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Curso de Planejamento Estratégico Jackson De Toni - [email protected] 1 Jackson De Toni – [email protected] 1 Jackson De Toni Planejamento Estratégico no Setor Público - Enfoque PES - • Economista Mestre em Planejamento Regional e Urbano Técnico em Planejamento da Secretaria de Coordenação e Planejamento do Rio Grande do Sul Professor universitário (ULBRA, UFRGS, UERGS) Ex-assessor da Presidência da República (2003/06) Coordenador Técnico da ABDI/MDIC Jackson De Toni – [email protected] 2 Estrutura do Curso Debate Teórico: exposição e debate da teoria de planejamento estratégico participativo, suas fontes teóricas e pressupostos metodológicos. Laboratório Prático: em Grupos de Trabalho os participantes simulam um processo simplificado, em contextos reais. Exercícios simulados: são tarefas que fixam os conceitos e ajudam no entendimento do método Oficinas Vivenciais: são jogos dramáticos e dinâmicas de grupo que auxiliam no entendimento do método. Jackson De Toni – [email protected] 3 Tópicos abordados no curso: Moderação e visualização Planejamento Estratégico versus Planejamento Tradicional: a visão do PES (Planejamento Estratégico Situacional) Momento Explicativo Momento Normativo Momento Estratégico Momento Tático Operacional

Curso de Planejamento Estratégico das habilidades pessoais necessárias Estabelecimento dos Cenários, Análise do Ambiente Interno, Análise do Ambiente de Negócio; Formulação

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1

Jackson De Toni

Planejamento Estratégico no Setor Público

- Enfoque PES -

• Economista • Mestre em Planejamento Regional e Urbano• Técnico em Planejamento da Secretaria de

Coordenação e Planejamento do Rio Grande do Sul• Professor universitário (ULBRA, UFRGS, UERGS)• Ex-assessor da Presidência da República (2003/06)• Coordenador Técnico da ABDI/MDIC

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Estrutura do CursoDebate Teórico: exposição e debate da teoria de planejamento estratégico participativo, suas fontes teóricas e pressupostos metodológicos.Laboratório Prático: em Grupos de Trabalho os participantes simulam um processo simplificado, em contextos reais.Exercícios simulados: são tarefas que fixam os conceitos e ajudam no entendimento do métodoOficinas Vivenciais: são jogos dramáticos e dinâmicas de grupo que auxiliam no entendimento do método.

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Tópicos abordados no curso:

• Moderação e visualização• Planejamento Estratégico versus Planejamento

Tradicional: a visão do PES (Planejamento Estratégico Situacional)

• Momento Explicativo• Momento Normativo• Momento Estratégico• Momento Tático Operacional

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4O uso de cartelas coloridas

Somente uma idéia por tarjeta.Tentar ser auto-explicativo e preciso, com menos ambiguidade possível.Todos podem (e devem) participar.Todos vêem o que o grupo está produzindo.Facilita a recomposição dos “mosaicos de idéias”, conforme evolução do debate.Ajuda no momento do relatório final.Estimula a objetividade do discurso.Não anula o debate, mas o qualifica.Pode-se ainda usar técnicas cromáticas.Tem baixo custo e muita praticidade.

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5VISUALIZAÇÃO MÓVEL E PARTICIPAÇÃO

• Participação pressupõe o intercâmbio de idéias e convergência para propostas comuns;

• Participação exige de uma comunicação eficiente;• Visualização é peça chave da comunicação;• A escrita ativa torna-se um elo de ligação do indivíduo

e o grupo.

MELHORIA DINÂMICA DA COMUNICAÇÃO

• ESCUTADO ESQUECE-SE• VISTO RECORDA-SE• EXECUTADO COMPREENDE-SE

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FERRAMENTAS DE VISUALIZAÇÃO

TRADICIONALQuadro negro / branco

RetroprojetorFlip-chart

Projetor de slidesVídeos

Datashow

MÓVEL

TARJETAS

COMUNICAÇÃOUNILATERAL

PARTICIPAÇÃOE IDENTIFICAÇAO

COM RESULTADOS

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TARJETAS - CORES• Normalmente 4 cores (banco, amarelo, laranja e

verde....azul, rosa, creme, etc) ;• Cuidado para o colorido não se opor ao conteúdo;• Servem para separar os conteúdos, destacando

hierarquias, importâncias;• Verde ou azul: aspectos positivos, potencial, etc;• Amarelo: chamar a atenção para o assunto;• Vermelho ou rosa: problema;• Tem que ter uma lógica (a ser criada) que possa ser

entendida pelos participantes , mas não existem regras fixas.

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Exemplo

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10Outras metodologias de planejamento• MASP (Método Alternativo de Solução de

Problemas)• PDCA (Plan, Do, Check, Action)• TQC (Total Quality Control)• PMI (Project Management Institute)• Logical Framework (Quadro Lógico)• ZOPP (Planejamento de Projetos Orientados por

Objetivos )• MAPP (Método Altadir de Planejamento Popular)• Miscelânea: BSC, 5W2H, GUT, etc...• SWOT (Strenghts,Weakness,Opportunitties and Threats).

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Matriz SWOT (ou F.O.F.A.)

MATRIZ F.O.F.A.

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

FORÇAS

FRAQUEZAS

POTENCIALIDADES DE AÇÃO OFENSIVA

CAPACIDADE DEFENSIVA

DEBILIDADES VULNERABILIDADES

• A avaliação das Oportunidades e Ameaças em conjunto com as Forças e Fraquezas permite à Organização se posicionar frente ao futuro, criando as bases para as definições de Objetivos e Estratégias.

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12Analisando a matriz SWOT

• Como fica o quadro final quando a análise estratégica está pronta? Há predominância de algum quadrante?

• O primeiro quadrante é o das potencialidades de ação ofensiva. Representa a força e o vigor da organização para aproveitar as oportunidades identificadas nos cenários.

• Em oposição, encontramos o quadrante das vulnerabilidades, que representa a fraqueza da organização no lidar com as ameaças. Pode sinalizar uma fase de declínio ou morte da organização.

• Numa posição intermediária vemos o quadrante da capacidade defensiva, onde as forças da organização conseguem formar uma barreira às ameaças do ambiente externo.

• Também numa posição intermediária, vemos o quadrante da debilidade, onde as fraquezas da organização impedem ou dificultam o aproveitamento das oportunidades do futuro.

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13Visão empresarial: planejamento e formulação da Estratégia Competitiva

1. Definição de Negócio

2. Declaração de Visão, Missão e Valores

3. Análise Ambiental e Elaboração de Cenários (mapeamento das oportunidades e ameaças)

3a. Análise do Ambiente Interno:Pontos Fortes e Fracos e FCS’s

Elaboração da Matriz SWOT

3b. Análise do Ambiente Externo:Ferramentas p/ Análise da Indústria

Modelo PorterNovas Tendências do PE

4. Formulação de Objetivos e Metas

5. Definição das Estratégias EmpresariaisFormulação da Estratégia Competitiva

6. Implantação: Planos de Ação, Projetos e Feedback (BSC)

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... Ou podemos entender o processo de planejamento estratégico como composto pelas seguintes fases:

1. Entendimento da Filosofia da Empresa

2. Análise e Síntesedas Ações Estratégicas

3. Ação e Controle

Definição do negócio, da Visão, da Missão, dos Valores;entendimento das habilidades pessoais necessárias

Estabelecimento dos Cenários, Análise do Ambiente Interno, Análise do Ambiente de Negócio; Formulação de Objetivos e da Estratégia CompetitivaPlanos de Ação

Implantação dos Planos de Ação e Projetos; Geração das diretrizes para o processo orçamentário e controle das atividades da empresa; Balanced Scorecard

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15E o Balance ScoreCard ? (indicadores balanceados de desempenho)

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Esquema

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17Exemplo

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18Mapa Estratégico Exemplo

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BSC: Critérios para avaliaçãoNúmero razoável de indicadores (menos que 20; bom entre 12 e 16; porém muitas correntes preconizam até 40 indicadores).A mensuração está focada nas perspectivas de tempo passado, presente e futuro. todos os fatores críticos de sucesso ou estratégias de negócio devem estar cobertos por pelo menos um indicador.Os indicadores são ponderados de acordo com sua relevância ou prioridade. Utilização de índices que simplifiquem a necessidade de dados e a análise.Estabelecimento de correlações entre as métricas (satisfação do cliente ou empregado vs desempenho financeiro). O desempenho dos indicadores é analisado visando a detecção de tendências, para que as ações corretivas sejam tomadas em tempo hábil.

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BSC: Exemplo de indicador

Market share - 20% Perda de clientes - 20% Vendas realizadas com clientes existentes (atual vspassado) - 20% Pesquisa satisfação (correio) - 10%Pesquisa satisfação (telefone) - 10% Reclamações dos clientes - 10% Grupos de discussão - 10%

Índice de satisfação agregado

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21Público X Privado (!?), qual metodologia ?

Peter Pfeifer, 2000

?

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Requisitos para um modelo teórico que funcione...

Coerência• Consistência interna entre suposições e

conclusões, lógica do raciocínio.Representatividade• Fidelidade do modelo, suposições e conclusões

à complexidade do mundo real, sem amputações.

Operacionalidade• Capacidade para orientar o cálculo na prática,

grau de aplicabilidade para o agir.

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Planejamento Estratégico Situacional

Planificación de SituacionesCarlos Tulio Matus Romo

BASE TEÓRICA

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• O que é planejamento ? O governo faz planejamento ?• Um país pode abrir mão do planejamento ?• Uma empresa pode atuar de forma planejada ?• Uma economia planejada possui menos democracia

política e social ?• Uma economia não-planejada possui mais democracia

política e social ?• Planejamento Econômico é igual à intervencionismo do

Estado na economia ?• Quantos métodos de planejamento existem ? Quantos

foram aplicados no Brasil ? Quantos deram certo ?• Só governos e empresas utilizam metodologias de

planejamento ?• Planejar no mundo globalizado é possível ? • Você é contra ou a favor do planejamento ? • Qual planejamento ?

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Plan

os e

conô

mic

os

• Relatório Simonsen (1944-45), Missão Cooke (1942-43), Missão Abbink (1948), Comissão Mista Brasil-EUA (1951-53) e Plano SALTE (1946).

• Plano de Metas (1956 - 1960)• Plano Trienal de Desenv. Econ. e Social (1963)• Plano de Ação Econômica do Governo (1964 – 1967)• I PND, do milagre à crise. (1968 –1973)• II PND – fim de um ciclo (1974 – 1977)• III PND - recessão e estagnação (1980 - 1985)• Plano Cruzado (1986)• Plano Bresser (junho/1987)• Plano Verão (janeiro de 1989)• Plano Collor (março de 1990)• Plano Real (1994 -1999)

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Tudo é “planejamento” ?• Planejamento Econômico: Planos de Desenvolvimento.• Planejamento de Políticas Setoriais: Plano Decenal de

Energia• Planejamento Regional e Planejamento Urbano• Planejamento Institucional (desenho organizacional).• Planejamento Estratégico Corporativo (empresarial).• Planejamento Estratégico, Operacional, Tático, etc...• Elaboração de Projetos como planejamento.• Elaboração da Estratégia como planejamento.• Dinâmicas de Grupo e Técnicas de moderação como

planejamento....

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27Tipos de planejamento...

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Nível Institucional / Estratégico

PESPlanejamento Estratégico Situacional

Nível Intermediário

ZOPPPlanejamento de Projetos Orientado para Objetivos

Nível Operacional

MAPP

Plano

Atividades

Marco Lógico

Atividades

Plano

Marco Lógico

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Ferramentas diferentes para situações diferentes !

Atrasado

Bêbado

Batom na roupa

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30O Planejamento Tradicional

Há um sujeito que planeja um objeto.Há uma explicação verdadeira, se verdadeira éobjetiva.Explicar é descobrir as leis que regem o sistema.O Poder não é um recurso escasso (não háresistência criativa do “outro”).É possível predizer o futuro e calcular as probabilidades de êxito e risco.Os problemas são bem estruturados (enunciados sem dúvidas).

Mundo Corporativo/CBN

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História recente do planejamento...

Como está o Planejamento de Governo hoje ?Desprestígio e perda de espaço político.Isolamento entre técnicos e dirigentes políticos.Processo setorializado e fragmentado.Tempos diferentes: imediatismo X “futurismo”.Rigidez de métodos, técnicas ultrapassadas e ferramentas ineficazes.Os órgãos de planejamento tornam-se “depósitos de formulários” (geralmente inúteis).Os planejadores são “dispensáveis”.

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• Administrar sem planejar é submeter-se à improvisação diária.

• Insistir em conceitos rígidos de planejamento é pior do que não-planejar.

• O planejamento moderno não é uma teoria acabada e inquestionável.

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33A crítica de Henry MintzbergThe rise and fall of Strategic Planning 1994

– “O planejamento é bom se ele tem sucesso e a sociedade é má se ele fracassa.É por isso que os planejadores não conseguem aprender com a experiência...é preciso cometer erros e o planejamento não pode ser um deles. ” (H.M.)

• A formação da estratégia é um processo complexo, interativo e evolucionário. Combinando raciocínio intuitivo e analítico.

• O planjamento só funciona como projeção da estratégia atual, com mudança incremental.

• O planejamento formal não estimula a criatividade nem a formação de uma estratégia.

• “planejamento estratégico” é uma contradição.

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• A “visão” é melhor do que o planejamento, plano é análise, estratégia é síntese criativa.

• O plano reforça o controle e não o compromisso dos gerentes.

• O plano é uma armadilha ao fazer previsões.• A formalização da estratégia pelo plano é um erro.• O plano reforça a análise enquanto a estratégia valoriza a

síntese e a aprendizagem.• O plano não estimula a visão periférica ou lateral para

novos negócios e oportunidades.• O plano simplifica demais problemas complexos,

reduzindo ambiguidades.

A crítica de Henry MintzbergThe rise and fall of Strategic Planning 1994

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• Quando o Planejamento dá certo !• Condições facilitadoras: intensidade de capital,

grande porte, maturidade da indústria e controle externo.

• Condições necessárias: ambiente estável• Planos com meios de comunicação.• Planos como instrumentos de controle.• Planejadores são descobridores da estratégia.• Planejadores são analistas.• Planejadores como catalisadores.• O plano deve combinar formalização e intuição

na dose certa.

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“...Se o homem, um governo ou uma instituição renuncia a conduzir e deixa-se conduzir, desiste

de dominar e é arrastado pelos fatos, abdica então da principal liberdade humana, que é tentar decidir por nós e para nós onde queremos chegar e

como lutar para alcançar nossos objetivos. O planejamento é assim uma ferramenta das lutas

permanentes que o homem trava desde o início da humanidade para conquistar graus crescentes de

liberdade...certamente, apresenta-se aqui um problema de ética e legitimidade no processo de governo, que não pode ser resolvido pela renúncia a conduzir, mas sim pela democracia na construção

do futuro...” CARLOS MATUS

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Sistema Social e Governabilidade (PES)Sistemas Determinísticos e Estocásticos:

seguem leis: um só passado, um só futuro.a predição é possível (ex.: o relógio).seguem leis probabilísticas.as possibilidades são conhecidas e enumeráveis.é possível a predição e o cálculo de probabilidade;ex.: uma partida de futebol ou votação no Congresso Nacionalsão sistemas que compõe a realidade social, porém não são dominantes;

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Sistemas Complexos e Não-Determinísticos:

São sistemas de incerteza dura.Não é possível previsão qualitativa.As possibilidades não são todas enumeráveis ou imagináveis.A predição é nula e a capacidade de previsão é muito baixa.O futuro é incerto e nebuloso...Geram problemas quase ou não-estruturadosExemplo: sistemas sociais.

Sistema Social e Governabilidade (PES)

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Não posso conhecer o futuro mas posso planejar cenários e planos para enfrentá-los

Modelo IV

Posso prever possibilidades quantitativas

Modelo III

Posso predizer com probabilidadesModelo II

Posso predizer com exatidãoModelo I

Modelos Epistemológicos

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Vida em sociedade

Incerteza sobre o futuro

Planejamento como aposta

Cálculo que precede e

preside a ação

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43A complexidade dos Sistemas Sociais

Os atores sociais tendem normalmente ao conflito em sistemas competitivos.Materializam diferentes perspectivas para conhecer a realidade.É criativo, segue “leis” só em poucos casos.Está cheio de incerteza, problemas quase-estruturados e tem “final aberto”.A produção econômica constitui aspecto básico, mas está condicionada ao processo de produção social.Não é possível planejar normativamente (rigidez burocrática e inviabilidade política).

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• A objetividade “a seco”: “o que dá validade àminha afirmação é aquilo que eu posso dizer que

tem a ver com algo que é independe de mim. Nessas circunstãncias aquele que não está comigo está contra mim...toda afirmação é uma petição de obediência”.

• “A realidade é uma proposição explicativa”.• “Havendo tantas realidades legítimas quantos domínios

explicativos eu possa trazer à mão em minhas coerências operacionais como observador se tenho uma discordância com outra pessoa,essa outra pessoa está num domínio de realidade diferente do meu. É tão legítimo quanto o meu, que é diferente. Pode ser que não me agrade mas nã não me agradar é um ato responsável de minha predileção, não é um ato de negação da legitimidade desse outro domínio de realidade.”

Maturana: a subjetividade do real

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45Maturana e a autopoise (auto-criação)• Ontologia da linguagem: ”…a linguagem faz com que

existamos num mundo sempre aberto de interaçõeslingüísticas recorrentes…

• Quando se tem uma linguagem, não há limites para o que épossível descrever, imaginar, relacionar. A linguagempermeia, de modo absoluto, toda a nossa ontogenia comoindivíduos, desde o modo de andar e a postura até a política.”

• Comunicação: é o “fluir de coordenações de açõesconsensuais” (uma “Teoria da Democracia”?).

• Autopoiese: um sistema organizado auto-suficiente, produze recicla seus pró-prios componentes diferenciando-se do meio exterior.

• A conduta social está fundada na cooperação, a competição é a negaçãodo outro, portanto, a negação de si mesmo (não há contradição entre indivíduo e sociedade).( # Matus!).

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46Porquê o enfoque participativo ?• Construção do poder bottom-top, mais que

padronizar a ação da alta direção.• Fixa um padrão de solução cooperativa dos

conflitos, de negociações táticas sistemáticas.• Estabelece pactos e compromissos sobre a

governabilidade democrática da organização.• Responsabilização coletiva no processo de direção

e governo.• Viabiliza maior eficiência, eficácia e

produtividade na produção das políticas públicas.• Saber como construção coletiva do conhecimento

e do poder.• O tema da participação =>

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47As grandes regras do jogo institucional: a

macro-regulação• Padrão Político-Ideológico: Estado Mínimo,

Estado Proprietário e Estado Coordenador.Estado Mínimo• A ação do Estado perturba o bom

funcionamento do mercado.• O Indivíduo usa melhor os recursos que o

Governo.• O Estado é um mal necessário e mau gerente.• Não há ideologia, só ciências (maniqueísmo

esquizofrênico unidimensional, Matus).

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Estado Proprietário:• A dimensão individual é relativa diante da

dimensão coletiva.• A propriedade privada é fonte de toda

desigualdade.• A liberdade coletiva é a liberdade de agir do

Estado, controlado por grupos auto-legitimados.• O mercado não garante crescimento, nem

igualdade: a planificação é um valor absoluto e total.

• A propriedade coletiva é a base para supressão de partidos, ideologias e opositores.

As grandes regras do jogo institucional: a macro-regulação

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Estado Coordenador• O equilíbrio entre Indivíduo e Coletivo é precário e

precisa ser tutelado. • Promove mudanças propostas pela maioria até o limite

da ruptura do equilíbrio social.• O mercado não pode ser abolido, nem adotado como

solução absoluta.• O planejamento público corrige as disfunções do

mercado: renda e poder.• A estabilidade do sistema depende do equilíbrio e

contrapeso entre poder político e poder econômico.• O Estado Democrático é um “regulador social”

indispensável e imperfeito.

As grandes regras do jogo institucional: a macro-regulação

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Reconhecer a existência dos outros atores.Explicar a realidade considerando outras explicações, muitas conflitantes.Trabalhar o Plano como “aposta”, num ambiente de incerteza - estratégias flexíveis, gestão intensiva.Dispor de métodos para lidar com a incerteza (protocolos).Trabalhar com problemas (atuais e potenciais) como base analítica determinante para compreensão da realidade.

Pressupostos para o Planejamento

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Reconhecer a existência de múltiplos recursos escassos, particularmente o Poder e o Tempo.Reconhecer múltiplos critérios de avaliação das decisões: integração entre as esferas políticas, econômicas, cognitivas e organizativas.Reconhecer no planejamento participativo um instrumento democrático de construção da identidade coletiva no setor público.Assimilar o planejamento, a estratégia e a gestão como momentos indissociáveis na gestão pública.Reconhecer no planejamento a tentativa de criar um futuro baseado na inteligência coletiva, na participação democrática e na conquista de liberdade.

Pressupostos para o Planejamento

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" O propósito real do planejamento efetivo não é fazer planos, mas mudar os modelos mentais que os tomadores de decisão carregam em suas cabeças “

Arie de Geus

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O Planejamento SituacionalO sujeito está dentro do objeto, o “outro”participa, há uma relação sempre entre sujeitos;Há mais de uma explicação verdadeira sobre a mesma realidade.Explicar implica em compreender como os demais atores criam suas possibilidades num sistema criativo.O “poder” é constituído por um campo de pressões difusas entre vários atores sociais, ora em conflito, ora em cooperação.Não há como separar o plano do contexto situacional.

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O poder é um recurso escasso - há limites àviabilidade política do meu projeto.O Plano é (no máximo) um “sistema de apostas bem fundamentado”, a incerteza permanece.O método é seletivo (não-extensivo), cada ferramenta metodológica é compatível com o tipo de solução.O planejamento é intensivo em gestão e estratégia.A análise econômica passa a ser apenas um dos critérios envolvidos na formulação dos planos.

O Planejamento Situacional

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Bourdieu: habitus e Campo• O real é relacional: relações objetivas

independente da vontade dos agentes e interações subjetivas entre indivíduos. Habitus - sistema de disposições duráveis adquirido pela socialização prévia e por aquela que é praticada, estruturas estruturadas que operam como estruturas estruturantes.composto por um conjunto de relações históricas depositadas dentro dos corpos individuais sob a forma de esquemas mentais e corporais de percepção, compreensão e ação.

• é uma “matriz de percepções” (cultura) quecondiciona o comportamento individual, condiciona o agir.

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As lutas nos campos sociais ocorrem pela existência de interesse no jogo - admitir que o jogo merece ser jogado e que os alvos envolvidos merecem ser perseguidos.Os agentes podem atuar para aumentar ou conservar segundo as regras do jogo, mas também podem transformá-lo, parcial ou completamente, pela mudança das regras imanentes do jogo através de estratégias para mudar o valor ou o tipo de poder que se encontra em disputa no campo.A estrutura do campo é dada, em cada momento, pelas relações entre as posições que os agentes ocupam. Mudanças nas posições dos agentes implicam em mudanças na estrutura do campo.

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• Campo é um sistema padronizado de forças objetivas, uma configuração relacional dotada de uma gravidade específica que é imposta a todos os objetos e agentes que entram nele.

• Um campo é, simultaneamente, um espaço de conflito e competição, um campo de batalha em que os participantes visam ter o monopólio sobre os tipos de capital efetivos, e sobre o poder de decretar hierarquias e uma “taxa de conversão” entre todos os tipos de autoridade no campo do poder.

• No desenrolar das batalhas a forma e as divisões do campo se tornam o objetivo central, porque alterar a distribuição e peso relativo dos tipos de capital (das formas de poder) é fundamental para modificar a estrutura do campo.

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58Bourdieu: Um método para análise.

• (a) analisar a posição do campo em relação ao campo de poder;

• (b) mapear as estruturas objetivas das relações entre as posições ocupadas pelos agentes ou instituições que competem pela forma de legitimidade da autoridade específica em cada campo;

• (c) analisar o habitus dos agentes, os diferentes sistemas de disposições que foram adquiridos pela internalização de determinados tipos de condições sociais e econômicas e que encontram, dentro do campo em estudo, em uma trajetória definida, condições mais ou menos favoráveis para se concretizarem.

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59A metáfora do “jogo” situacional(1) Na realidade social há uma infinidade de jogos,

inter-relacionados. As regras (genoestruturas) são parcialmente

conhecidas e as apostas são feitas em função de benefícios difusos ou duvidosos.

(2) Os jogadores partem de situações desiguais e tem oportunidades diferenciadas no jogo.

(3) O jogo é cumulativo: os jogadores mudam as regras através das jogadas (criam-se restrições e oportunidades). Os vencedores definem as regras.

(4) As regras definem o espaço de possibilidades do jogo, mas não limitam o resultado das apostas.

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No “jogo social” as regras não são iguais para cada jogador...

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(5) O direito de jogar está limitado pela “capacidade de jogar” (fenoestruturas), o jogo não controla o tempo, nem a seqüência das apostas.

(6) Entrar e sair do jogo depende da acumulação histórica prévia de cada Ator Social (jogador), faz parte do sistema de apostas.

(7) É um jogo recursivo (jogos, sub-jogos,...), multidimencional (diferentes planos de desenvolvimento) e difuso (impossível de calcular os riscos).

A metáfora do “jogo” situacional

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(8) A moeda do jogo é o Poder, que é também o objetivo do jogo (Poder como “capacidade que se exerce para....”).

(9) Os critérios de êxito são variados, complexos e transitórios:as regras não definem os ganhadores.

(10) O poder “mora” nas regras do jogo e indica as acumulações sociais prévias dos ganhadores, deste jogo ou de outros mais complexos.

A metáfora do “jogo” situacional

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63“Produção Social”...lembrando o que disse Marx

• Modo de produção (conceito abstrato)• É uma totalidade social articulada em estruturas

globais que são econômicas, ideológicas e político-jurídicas. (jogo social)

• Há uma determinação em última instância das estruturas econômicas sobre as demais (tese muito questionada!).

• Um modo de produção se reproduz continuamente através das relações de produção que estabelece. (antropogênese)

• Formação Social (conceito concreto)• É como acontecem as relações de produção em sociedades

historicamente determinadas (A França de Napoleão, a Russia em 1917, o Brasil na República Velha,...).

• É a complexidade das sociedades reais, convívio simultâneo de vários sistemas econômicos, atores e relações de dominação.

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64Os nove jogos, nove poderes...

• O jogo político: poder político, civil e militar.• O jogo econômico: poder econômico.• O jogo da vida quotidiana: poder comunitário.• [balanço de governo]• O jogo pessoal: poder pessoal, código de

personalidade.• O jogo da comunicação: poder de comunicação,

controle das conversações.• O jogo macro-organizacional: poder burocrático e

institucional, capacidade organizaconal.• O jogo de valores: capital ético, estético e emocional• O jogo das ciências: capital cognitivo, tecnologia.• O jogo da natureza: capital fixo, recursos naturais.

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• Democracia política: regras por consenso.• Liberdade de acesso e saída do jogo.• Liberdade de eleger e ser eleito• Respeito às desigualdades de personalidade.• Igualdade de oportunidades no jogo pessoal.• Tolerância limitada com a distribuição de

restrições e desigualdades inevitáveis (limites de variação da norma aceitos socialmente)

• Transparência comunicacional.• Validação democrática dos valores• Na realidade concreta há barreiras à equidade...

O mundo ideal: o jogo social da eqüidade.

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• Cognitivas, que limitam acesso á educação e produção de conhecimento acumulado.

• Políticas, que limitam o peso e distribuem capacidades desiguais no jogo político.

• Econômicas, que dissociam demanda de necessidade, que distribui desigualmente o patrimônio econômico e reforça desigualdade política.

• Organizacionais, que limitam a eficácia e eficiência das ações coletivas.

• Comunicativas, que tornam opacas as conversações, que limita o acesso às posições de diálogo social e inter-subjetivo.

• Estas barreiras criam problemas quase-estruturados...

Barreiras...

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Conceito de “situação”• “O contexto situacional complementa o texto da

linguagem nas conversações...” C. Matus• Explicar algo é dialogar com a situação, o

diagnóstico é um monólogo.• O conceito de situação difere do conceito de

“causalidade” das ciências naturais.• A situação é uma totalidade concreta e

presente, agir fora dela não tem significado.• Entre o “diagnóstico” e a “ação” surge a

“explicação situacional”.• Não há actio in distans.

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Quantos cubos você

vê ?

Qual o conceito de cuboadotado ?

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69A compreensão segundo Heidegger• A compreensão humana e emerge da situação

existencial• Compreender algo significa menos um modo de

conhecimento que um situar-se no mundo. • A nossa compreensão se orienta segundo determinados

esboços não expressos que corporificam possibilidades de nós mesmos, do nosso poder ser.

• Compreender significa poder: capacidade de concretizar este ou aquele modo de entender, em vez de outro.

• não é como se lá fora houvesse inicialmente coisas nuas, que receberiam, de nossa compreensão "subjetiva" determinada significação. O que existe, de início, éprecisamente nossa relação com o mundo, através de pré-esboços da compreensão

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As pessoas estão na varanda ou no terraço?

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“Situação” em Ortega Y Gasset

“Possuímos a realidade de uma idéia, o queela é integralmente, se a tomamos como reação concreta a uma situação concreta...pensar é dialogar com a circunstância...para entender o pensamento de outrem temos de tornar sua circunstância presente para nós...”“Não há nenhum dizer que diga simplesmente o quer dizer. Diz apenas uma pequena fraça do que pretende...esta deficiência é congênita à linguagem”O passado não é o que “passou”, mas o que estápresente no que somos hoje.

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72O ponto amarelo está mais próximo do vértice superior ou da base?

Ele estáno meio

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73“Situação” em Gadamer

• “Verdade e Método”, ruptura com a perspectiva racionalista.

• Não estamos diante da situação, não podemos ter conhecimento objetivo sobre ela.

• Estamos nela, já nos encontramos imersos na situação.

• Nossa tarefa de “iluminar” a situação nunca poderá ser cumprida totalmente.

• Situação hermenêutica: como nos encontramos face à tradição que queremos compreender.

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74• Os pré-conceitos valem, de certa forma, como condições

transcendentais de compreensão. Sendo assim, nossa historicidade não é uma limitação, mas um princípio para a compreensão.

• Nossa consciência atual foi constituída por uma história efeitual sendo, portanto, um efeito da história. Por outro lado, ela caracteriza uma consciência a ser sempre reconquistada desse ser um efeito.

• Essa consciência pode significar a exigência de um esclarecimento dessa nossa historicidade, no sentido de uma elaboração de nossa situação hermenêutica, mas também e sobretudo um dar-se conta dos limites estabelecidos para este esclarecimento.

• "O horizonte é, antes, algo no qual trilhamos nosso caminho e que conosco faz o caminho. Os horizontes se deslocam ao passo de quem se move."

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análise da correlação de forças, hegemonia e estratégia, movimentos e fatos orgânicos e conjunturais ou ocasionais, em Gramsci.

verstehen, compreenderdesde dentro os motivos e crenças por trás das açõesdas pessoas, em Max Weber.

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M.C.Escher

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78A análise situacional é...

O olhar que vê mais de uma perspectiva.A elaboração de um juízo que compreende os demais argumentos.A necessidade da consciência de suas próprias limitações (universo cognitivo, vocabulário).Limitada por compromissos emocionais.Apreciação que processa a informação, avalia o “jogo”, declara um propósito e se diferencia dos demais Atores Sociais.Slides “micro e macro”.

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Tente contar os pontos pretos

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M.C.Escher

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82“as explicações” em Maturana

• Uma explicação é uma resposta a uma pergunta, que é aceita como uma reformulação da experiência de acordo com certos critérios.

• Nenhuma resposta pode ser uma explicação em si mesma, é a pessoa (o receptor) que decide.

• Existem tantas respostas certas quanto o número de critérios para aceitá-las.

• As explicações científicas não se referem àverdade, mas configuram um domínio de verdade.

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83Explique este cubo...

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84O Tempo no Planejamento

O tempo é uma condição de eficácia de uma ação, o aproveitamento das oportunidades no tempo éesgotável e irreversível.Porque os partidos desperdiçam os primeiros seis meses de governo ?Enquanto as ações rotineiras tem um “tempo constante”, aquelas excepcionais e decisivas provocam uma “ruptura” no ritmo do tempo.A valorização do tempo muda conforme a importância atribuída a problemas e oportunidades futuras (cientista X governante).A “perda de controle” do tempo denuncia deterioração da governabilidade (agenda).

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O tempo na produção do sistema social não é um “rio que corre”...há dias que valem anos...

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86A gestão do plano não ocorre com a mesma eficácia durante todo o período de governo

tPerícia mínima

Força mínima

F P

Força

Perícia

Formação da perícia

PERÍODO EFICAZ DE GOVERNO

Ineficácia motivada por baixa governabilidade

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Tudo tem seu tempo...

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O que é um “Ator Social” ?

h No processo de planejamento deve-se selecionar os atores sociais relevantes.

h O ator deve possuir capacidade de acumular e desacumular força (participa do jogo ).

h Deve possuir uma estratégia ou direcionalidade qualquer (um projeto uma “imagem” de futuro).

h Um Ator Social deve ter uma organização estável (no tempo do jogo social).

h Pode ser uma organização, um líder, um partido, etc...

h Ex.: “moradores do bairro x” X “associação”.

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89“Ator Social” e a “razão comunicativa”em Habermas

• Os atores sociais interagem através da linguagem e da argumentaçãodiscursiva gerando consensos.

• Os atos de fala tem conteúdo proposicional, voltados para o entendimento.

• Agir comunicativo tem como condicionantes a cultura, a sociedade e a personalidade (mundo da vida).

• A dominação surge como bloqueio da comunicação, pela autonomia do sistema econômico ou político do mundo ético-social.

• Os atores sociais criam identidades e consensosatravés de ações comunicacionais.

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No jogo social só há verdades sobre fatos, sobre a

interpretação dos fatos não háverdades, só juízos...(Matus)

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Os momentos do PlanejamentohMomento Explicativo:

hfoi, é, tende a serhMomento Normativo:

hdeve serhMomento Estratégico:

hdeve ser e pode serhMomento Tático-Operacional

hOnde tudo se decide.

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Sentido dos “momentos”

• Não seguem uma seqüência linear estabelecida.

• Conformam uma cadeia contínua, sem começo nem fim.

• Há somente momentos dominantes.• Os problemas são processados

continuamente em cada momento.• Cada processo dominante requer

ferramentas metodológicas particulares para sua execução.

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Saber

explicar

Calcular estrategicamente

Atuar no presente

Desenhar criativamente

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94Recursividade dos Momentos

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95Esquema geral do PES

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