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__________________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça Deputado “Júlio Julinho
Marcondes de Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÕNICA INDUSTRIAL
EDUARDO RIBEIRO DA SILVA FILHO
MATHEUS TEODORO DUARTE
CONTROLE AUTOMATIZADO DO NÍVEL DE FLUÍDO DE AGROTÓXICOS
Garça 2015
__________________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça Deputado “Júlio Julinho
Marcondes de Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÕNICA INDUSTRIAL
EDUARDO RIBEIRO DA SILVA FILHO
MATHEUS TEODORO DUARTE
CONTROLE AUTOMATIZADO DO NÍVEL DE FLUÍDO DE AGROTÓXICOS
Artigo científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores:
Data de aprovação: ___ / ___ / ______ ___________________________________
Prof. Dr. José Arnaldo Duarte
FATEC - Garça
___________________________________
Prof.
FATEC - Garça
___________________________________
Prof.
FATEC - Garça
Garça 2015
CONTROLE AUTOMATIZADO DO NÍVEL DE FLUÍDO DE AGROTÓXICOS
Eduardo Ribeiro da Silva Filho1
Matheus Teodoro Duarte [email protected]
Prof. Dr. José Arnaldo Duarte2
Resumo - A proposta desse artigo é apresentar um dosador e misturador de agrotóxicos/fertilizantes agrícolas na forma líquida diluindo em água, utilizados na irrigação por gotejamento nas lavouras de café; serão utilizados sensores de vazão e nível, bombas hidráulicas, microcontrolador e um misturador mecânico para automatizar o processo. Após a mistura feita pelo equipamento, o restante do ciclo de irrigação a enviará aos pés de café. Esse protótipo pretende diminuir o contato de trabalhadores rurais com esses produtos. Atualmente, o processo é realizado de forma manual, o controle da dosagem do produto é feita através de galões e o trabalhador tem contato direto com o composto químico. Atualmente não há equipamento com essa finalidade; motivo pelo qual julgamos necessário automatizá-lo. Será desenvolvido um protótipo para verificar a viabilidade do dispositivo para a solução do problema de pesquisa. Pretende-se alcançar o objetivo previsto com a máxima precisão durante o processo de dosagem.
Palavras-chave: Agrotóxicos. Fertilizantes. Automatizar. Irrigação.
Abstract - The purpose of this article is to present a doser and mixer of pesticide / agricultural fertilizers in liquid form diluted in water. Used in drip irrigation in coffee plantations; In the project are flow and level sensors, water pumps, a microcontroller and a mechanical mixer to automate the process. After mixing, the remaining of the irrigation cycle will send the fluid to the coffee plants. This prototype aims to reduce the contact rural workers with those products. Currently, the process is performed manually, the product dosage control is made by the worker by having direct contact with the chemical compound in the gallon. Currently there is no equipment for this purpose; Reason why we deem necessary to automate it. It will develop a prototype to verify the device's viability for the solution of the problem. The main objective is to achieve the maximum precision during the dosing process. Keywords: Pesticides. Fertilizers. Automate. Irrigation.
1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC Garça
2 Docente da FATEC - Garça
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, os maiores produtores de café utilizam tecnologias modernas
para realizarem o tratamento da lavoura, para garantir uma maior produtividade,
melhor qualidade e baixo custo de operação.
Um dos métodos mais avançados no que diz respeito à suplementação de
nutrientes, combate e prevenção de doenças das lavouras cafeeiras, é chamada
irrigação por gotejamento. Ela consiste basicamente em enviar produtos na forma
líquida para os pés de café através de bombas hidráulicas de alta pressão, canos e
mangueiras, localizadas próximas ao tronco, na superfície do solo, pois facilita a
absorção pelo pé de café.
Com essa tecnologia em campo, fabricantes de produtos agrícolas se
adequaram à alta demanda, que por sua vez adotaram a forma líquida desses
produtos, ao invés da granulada, pois facilita o armazenamento, manuseio e o
transporte do mesmo.
Com o sistema de irrigação por gotejamento instalado na lavoura de café,
diversos benefícios são alcançados, dentre eles uma distribuição uniforme do
produto, rapidez e baixo custo operacional, pois uma única pessoa consegue
realizar todo o processo de dosagem, mistura controle e envio para a plantação.
A irrigação por gotejamento garante à lavoura absorver a maior quantidade
possível de agrotóxicos/fertilizantes, pelo fato do produto entrar diretamente em
contato com o solo, próximos às raízes do pé de café.
1.1 Problema de pesquisa
O processo de irrigação ainda consiste em realizar a mesclagem da água e o
produto agrícola - agrotóxico ou fertilizante - de forma manual dentro de um
reservatório; é de suma importância saber a quantidade adequada do produto a ser
despejado no tanque, pois a dosagem incorreta pode ocasionar danos à lavoura ou
não alcançar os objetivos esperados pelo produto.
O processo de mistura é realizado com o auxilio de um instrumento “pá” a fim
de facilitar a mesclagem do composto, para em seguida ser distribuído na lavoura de
café por meio do sistema de irrigação. Dessa maneira, o operador entra diretamente
em contato com a substância no simples ato de utilizar das mãos e da força
muscular para adicioná-la e mexê-la no tanque de mistura. As leis trabalhistas
exigem que a propriedade rural forneça o Equipamento de Proteção Individual (EPI)
adequado para este tipo de operação, para evitar o contato da pele com respingos
da substância, e até mesmo a inalação de gases tóxicos provenientes da mistura;
porém, não são todos que respeitam as leis e muitos acabam não utilizando, ou
apodera-se de maneira errada do material, dessa forma acabam se expondo
indiretamente prejudicando assim sua saúde.
1.2 Justificativa
Este trabalho é relevante, pois busca diminuir o contato excessivo de
trabalhadores rurais com fertilizantes ou agrotóxicos na forma líquida utilizados no
método de dosagem e mistura com a água na irrigação por gotejamento nas
lavouras de café.
Atualmente, esse processo é realizado de forma manual, onde o controle da
quantidade do produto é feita através de galões e o trabalhador acaba tendo contato
direto com o composto químico.
Com a exposição prolongada a esses produtos e sem a utilização de
equipamentos de proteções individuais adequados, pode acarretar a saúde do
trabalhador sérios problemas, pois esses compostos são fabricados em laboratórios
especializados com a finalidade de combater pragas e doenças das lavouras
cafeeiras.
Atualmente não existe equipamento com essa finalidade, o que justifica a
relevância do trabalho em automatizar esse processo utilizando dos conhecimentos
adquiridos em mecânica e eletrônica no curso de Tecnologia em Mecatrônica
Industrial da Fatec de Garça.
1.3 Objetivo geral
Desenvolver um equipamento para diminuir o contato de trabalhadores rurais
com produtos agrícolas na forma líquida utilizados em irrigação por gotejamento nas
lavouras de café.
1.4 Objetivo específico
Este trabalho desenvolve um protótipo que realizará a dosagem e a mistura
de produtos agrícolas com a água. Serão utilizados sensores para medir o nível e
vazão dos fluídos, bombas para efetuar a dosagem correta, batedor acoplado em
um eixo de motor que garantirá que a mistura está adequada e microcontrolador que
supervisionará e executará todo o processo.
1.5 Metodologia
Desenvolvimento experimental de um protótipo para verificar a viabilidade do
dispositivo proposto para a solução do problema de pesquisa apresentado.
O protótipo se trata de um equipamento em que o operador inicialmente
poderá escolher a quantidade de água a ser despejada pelas bombas no
reservatório principal, em seguida, será escolhido qual produto será misturado
juntamente com a quantidade do mesmo; após a confirmação das escolhas através
de um botão, todo o processo de dosagem e mistura entre os produtos se inicia
automaticamente, entregando a mistura correta para o usuário.
2 DESENVOLVIMENTO
Para o desenvolvimento do protótipo, foi necessário um aprofundamento
teórico realizando pesquisas com o tema voltado ao sistema de controle de
dosagem de agrotóxicos nas lavouras cafeeiras, em que os resultados foram
implementados na programação para controlar a quantidade correta dos produtos.
Na programação, foi necessário um aprofundamento teórico sobre o
microcontrolador da Freescale (utilizado no protótipo), pois ele se trata de um
componente um pouco diferente do que o aprendido na faculdade, no que diz
respeito à inicialização da programação, porém a linguagem utilizada é a mesma, a
linguagem C. Após o estudo, foi verificado que seu uso seria viável, pois o
microcontrolador escolhido possui características que se enquadram perfeitamente
com as do protótipo.
Para o controle da quantidade do produto, foi necessário um aprofundamento
teórico sobre o sensor de vazão por efeito hall, componente que gera pulsos quando
um determinado fluído passa por ele.
2.1 Referencial teórico
2.1.1 Microcontrolador
Segundo Pereira; Fábio (2004, p. 17-19) microcontrolador “... é um dispositivo
que obedece a uma sequência predefinida de comandos, tem plena forma autônoma
para interagir com o mundo exterior e é comum chamá-lo de computador em um
único chip”.
Para o microcontrolador se comunicar e obedecer a sequências pré-definidas
pelo programador, o mesmo depende da programação que segundo Pereira; Fábio
(2004, p. 17-19) “... é uma codificação sequencial em uma linguagem especifica de
algoritmo lógico a fim de solucionar problemas...”.
Os microcontroladores estão ocupando cada vez mais espaço no mercado
devido seu baixo custo e sua grande facilidade de manutenção e desenvolvimento.
Devido à grande demanda, fabricantes desenvolvem diferentes tecnologias
que acabam resultando em maior produção e consequentemente barateando ainda
mais os custos de fabricação, repassando a diferença para o consumidor final,
devido a isso, a tendência é que os preços caiam cada vez mais.
Utilizando microcontroladores, pode haver a redução de componentes de
layout, pois na programação, a funcionalidade deles pode ser implementada;
também é possível efetuar controles complexos que não seriam possíveis de realizar
somente com a utilização da eletrônica convencional e o tempo de desenvolvimento
de projeto é reduzido, pois apenas se altera a programação já existente (em alguns
casos).
2.1.2 Irrigação por gotejamento das lavouras de café
O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo, e segundo maior
consumidor, apresenta uma área estimada em 2256 milhões de hectares plantados,
algo em torno de 26% de todo o território brasileiro.
O alto investimento na irrigação de café no Brasil se dá pelo fato de haver
essa alta demanda, onde os agricultores procuram os mais variados métodos para
acelerar, facilitar e baratear o processo de tratamento das lavouras.
Um dos métodos mais adotados pela grande parte dos produtores é a
irrigação, nela é possível enviar água juntamente com fertilizantes/agrotóxicos até a
lavoura.
Existem diversos métodos de irrigação, porém o mais utilizado na lavoura
cafeeira é a irrigação por gotejamento.
A irrigação de café por gotejamento consiste num conjunto de equipamentos
que realizam o controle do processo de retirar a água de determinados locais como
represas, poços artesianos, etc.; em que bombas de alta pressão, que pressurizam a
água e a reenvia diretamente para a superfície do solo através de mangueiras
localizadas próximas ao tronco que possuem gotejos que regulam a quantidade
correta de água a ser derramada, conforme figura 1.
Figura 1 - Bomba localizada na borda do reservatório (represa), responsável por
pressurizar água na mangueira.
Fonte: Os autores
As mangueiras com a mistura já finalizada e pronta para ser gotejada no pé
de café conforme a figura 2.
Figura 2 - Mangueiras localizadas próximas ao tronco do pé de café.
Fonte Publicada: Netasul irrigação
Atualmente são enviados juntamente com a água produtos químicos para
melhorar a qualidade do café onde sua principal finalidade é o controle de pragas e
doenças.
O ato de misturar agrotóxicos ou fertilizantes durante o processo de irrigação
é conhecido como fertirrigação.
Essa mistura acontece em caixas de retenção de água (caixa de mistura),
onde uma bomba centrífuga retira parte da água que seria enviada para a lavoura e
a direciona para a caixa de mistura no qual o agrotóxico/fertilizante é disposto na
forma líquida; após esse processo, é necessário efetuar a mistura de modo manual
com o auxílio de uma “pá”, para que em seguida, possa ser bombeado juntamente
com a água pressurizada nas mangueiras até os pés de café, de acordo com a
figura 3.
Figura 3 - Sistema básico de mistura, onde são misturados de forma manual os
produtos agrícolas na forma líquida e a água bombeada através de bombas e canos
hidráulicos.
Fonte: fruticultura.iciag.ufu.br
O sistema de mistura atual é representado na figura 4, no qual é feita de
forma manual através de duas caixas de água, onde o operador faz a dosagem e a
mistura dos agrotóxicos/fertilizantes.
Figura 4 - Sistema de mistura atual.
Fonte: Os autores
Como se pode perceber, a chance de o operador entrar em contato com
respingos de produtos agrícolas é muito alta.
2.1.3 Sensor de efeito hall
O sensor de efeito Hall tem em seu funcionamento um diferencial de potência
entre os campos magnéticos, quando esse campo magnético externo (ímãs) se
aproxima, o mesmo envia para a sua saída sinais elétricos na forma de pulsos.
No protótipo, o ímã utilizado foi o do tipo rotativo representado pela figura 5.
Quando o fluído passa pela turbina que está acoplada ao imã, o mesmo passa pelo
sensor que identifica a rotação gerando sinais elétricos em sua saída na forma de
pulsos de onda quadrada.
Figura 5 - Modelo representativo imã rotativo.
Autor: Instituto Newton C. Braga
3 METODOLOGIA DO PROTÓTIPO
Para o desenvolvimento do protótipo, foi necessário um aprofundamento
teórico sobre o tema de pesquisa apresentado na área de irrigação por gotejamento
nas lavouras de café.
Para realizar o controle do ciclo de dosagem e mistura de agrotóxicos líquidos
e água, foram utilizados sensores e atuadores.
Para realizar o controle da dosagem e mistura de agrotóxicos líquidos e água,
foi utilizado um microcontrolador da fabricante Freescale com a programação
desenvolvida em linguagem em C, no qual é responsável por garantir que os
produtos com suas respectivas quantidades sejam corretas durante o processo de
ligar e desligar os atuadores.
Inicialmente, o operador escolhe a quantidade de água a ser derramada no
reservatório principal, que será de 1000 litros ou 500 litros (essas definições foram
estabelecidas através de pesquisas. Os produtores de café optam por essas
quantidades quando vão realizar a mistura da água com os agrotóxicos/fertilizantes).
Posteriormente, o operador define qual dos dois produtos estocados nos
reservatórios vai para o processo, juntamente com a quantidade do mesmo; é
possível escolher entre 1; 1,5 e 2 litros por hectare (essas definições foram
estabelecidas através de pesquisas onde essas quantidades são as mais indicadas
pelos fabricantes de agrotóxicos/fertilizantes).
Após serem definidas todas as variáveis do processo, o ciclo automático se
inicia após o operador pressionar o botão start.
O ciclo se inicia com o ligamento da bomba do produto escolhido desligando
após atingir a quantidade já definida; em seguida, o controlador espera 2 segundos
e liga a bomba de água desligando após atingir o nível no reservatório principal, o
controlador conta 2 segundos e liga o misturador mecânico ficando ligado por 15
segundos.
Em qualquer momento operador pode parar o processo, basta pressionar o
botão stop para que isso ocorra.
Após a mistura concluída, o restante do ciclo de irrigação é responsável por
enviá-la para os pés de café.
3.1 Detalhamentos dos materiais utilizados no protótipo.
3.1.1 Microcontrolador freescale MC9S08SH8
O microcontrolador MC9S08SH8 tem uma excelente configuração com alto
desempenho, ideal para controlar o sistema de dosagem e mistura, foi utilizado
linguagem C para desenvolver a lógica operacional, representado abaixo na figura 6.
Figura 6 - Microcontrolador MC9S08SH8.
Fonte: Os autores
O microcontrolador MC9S08SH8 é responsável por controlar as hidrobombas
e o sistema de transmissão do batedor, o mesmo recebe os dados de entrada como
os sensores de vazão e nível, e também as informações de dosagem escolhida pelo
operador através da interface homem máquina “IHM”. As especificações técnicas do
microcontrolador seguem abaixo.
- Frequência na CPU: 40 MHz;
- Frequência de ciclo: 2 a 20 MHz;
- Memória: 8192 bytes de memória flash;
- Memória de RAM: 512 bytes;
- Tensão: Leitura de 0v a 5v;
- Pinos: 20 pinos (18 de entrada e/ou saída e 2 pinos de alimentação);
- Corrente: 10 a 15 mA.
A identificação dos pinos do microcontrolador MC9S08SHCPJ, é
representada na figura 7.
Figura 7 - Pinagem do microcontrolador MC9S08SH8CPJ.
Fonte: Freescale
3.1.2 Sensores de fluxo de água
Para garantir maior precisão e fidelidade na dosagem dos agrotóxicos e
fertilizantes líquidos, utilizamos o sensor de fluxo modelo YF-S401.
A aplicação do sensor de fluxo de água é para medir a quantidade de água
em litros que passa pelo mesmo. A partir destas informações é possível fazer
especificações de acordo com a vontade do programador, o sensor de fluxo YF-
S401 e representado pela figura 8.
Figura 8 - Sensor de fluxo YF-S401l.
Fonte: Os autores
O sensor de fluxo de água na prática é utilizado medir a quantidade de água
passada pelo sensor, ou monitorar a movimentação de água em determinado local
fazendo com que o microcontrolador desligue uma pequena bomba quando passar
determinada quantia, a eficiência do sensor em medir a vazão é de 0,3 a 6 litros de
água por minuto, enviando pulsos na faixa de 0V e 5V para o microcontrolador. O
sensor de fluxo de água opera com pressão máxima de 0,8 Mpa.
Para sua instalação, o mesmo possui em suas extremidades travas que
facilitam a fixação de pequenas mangueiras, sua aplicação é apenas experimental,
pois suas especificações não são ideais para o produto concluído, abaixo segue as
especificações técnicas.
- Modelo: YF-S401;
- Tensão de funcionamento: 5 a 24VDC;
- Tensão de trabalho: 4.5V DC;
- Corrente máxima de trabalho: 15mA;
- Frequência máxima: 20 Hz;
- Vazão de água: 0,3 a 6 L/min;
- Capacidade de carga: ≤ 10 mA;
- Temperatura de operação: ≤ 80 ℃;
- Pressão da água: ≤ 0.8 MPa;
- Extensão do fio: 15 cm;
- Diâmetro do sensor: 34 mm;
- Diâmetro da entrada e da saída: ~ 3.3mm (interior) ~7mm (exterior);
- Dimensões totais (C x L x A): 58 x 35 x 27mm;
- Peso: 27g.
3.1.3 Sensor de nível de água ICOS LA16M-40
O sensor de nível ICOS LA16M-40, serve para monitorar o nível do fluido na
altura no qual ele for instalado em seu reservatório, sendo ideal para água,
combustíveis e lubrificantes. O Sensor indica o nível através de um sinal ON/OFF,
ele possui um contato elétrico reed switch em seu interior, que pode ser NA
(normalmente aberto) ou NF(normalmente fechado) quando o nível do líquido for
atingido. A instalação é feita através de furo de Ø16mm na lateral do tanque
principal. Sua saída de sinal é através de cabo de 40cm.
Figura 9 - Sensor de nível ICOS LA16M-40, utilizado no protótipo.
Fonte: Os autores
Especificações técnicas do sensor de nível de água.
- Material: POM - Poliacetal (porca em PA);
- Pressão máx. de trabalho: 2 bar;
- Temperatura de trabalho: -10 a 100ºC;
- Densidade min. do líquido (SG): 0,76;
- Peso: 30g;
- Saída: Contato: On/Off;
- Conexão elétrica: Cabo 2 x 0,5 mm² x 40 cm;
- Vedação: Arruela NBR (borracha nitrílica);
- Espessura máx. parede reservatório: 9 mm;
- Raio mín. reservatório cilíndrico: 150 mm;
Tabela 1: Tabela de potências máximas com suas respectivas tensões de trabalho.
TENSÃO TRABALHO POTÊNCIA MÁXIMA CORRENTE MÁXIMA CORRENTE DE PICO
110Vac 20VA 0,2A 0,5A @20ms
220Vac 20VA 0,1A 0,5A @20ms
5Vdc 2,5W 0,5A 1A @20ms
12Vdc 5W 0,5A 1A @20ms
24Vdc 10W 0,5A 1A @20ms
Fonte: Os autores
3.1.4 Eletrobombas TSA: 820001G
Foram utilizadas bombas da fabricante TSA cuja finalidade é de transportar os
líquidos dos reservatórios de agrotóxico/fertilizantes e água para o tanque principal,
a eletrobomba representada na figura 10, é responsável por enviar os fertilizantes e
os agrotóxicos para o tanque principal,
As bombas utilizadas são de uso experimental, pois suas configurações não
são ideais para serem utilizadas no produto final.
Figura 10 - Eletrobomba utilizada no protótipo.
Fonte: Os autores
Características técnicas da Eletrobomba.
-Partida: Á frio
-Tensão de Trabalho: 12vdc
-Corrente: 3.2 A
-Vazão: 5 litros por minuto.
3.1.5 Esquema elétrico
3.1.6 Sistema de transmissão
Para realizar a mistura dos produtos e a água, foi utilizado um batedor
mecânico acoplado em um eixo, cujo está acoplado em uma transmissão por
corrente. Sua aplicação é apenas demonstrativa, pois suas características técnicas
não são ideais para aplicação comercial. Abaixo segue as características técnicas
da transmissão.
- Diâmetro primitivo do pinhão: 30,5 mm;
- Número de dentes do pinhão: 15 dentes;
- Diâmetro primitivo da coroa: 63 mm;
- Número de dentes da coroa: 31 dentes;
- Relação de transmissão: 2,06;
- Comprimento da corrente: 350 mm;
- Passo da corrente: 6,37 mm;
- Distância entre centros: 100 mm.
- Velocidade: 50 RPM (no eixo da coroa);
- Corrente do motor: 1,2 A.
Figura 11 - Sistema de transmissão do misturador.
Fonte: Os autores
Figura 12 - Misturador dos fluidos já dosados, composto por um eixo e uma hélice que garante a mistura completa dos líquidos.
Fonte: Os autores
3.1.7 Reservatórios e tanque principal
A imagem 13 que segue abaixo e composta pelos reservatórios de
armazenamentos dos agrotóxicos e fertilizantes.
Figura 13 - Reservatórios para os armazenamentos dos agrotóxicos e fertilizantes.
Fonte: Os autores
Informações técnicas dos reservatórios de agrotóxicos.
- Diâmetro da boca x Altura sem tampa: 11 cm x 27 cm;
- Capacidade de Litros: 2,4 Litros.
Figura 14 - Tanque principal que recebe os fertilizantes e agrotóxicos com a água e ocorre a mistura dos líquidos.
Fonte: Os autores
Dados técnicos do tanque principal.
- Diâmetro da boca x Altura sem tampa: 22.5 cm x 27.5
- Capacidade em litros: 7,5 Litros
3.1.8 Interface homem máquina “IHM”
Como representado na figura 15 segue a interface homem máquina “IHM”, no
qual é uma ponte de comunicação entre o operador e a máquina para alcançar um
objetivo em comum, como escolher variáveis e alterar processos operacionais, onde
é demonstrado através de uma tela contendo as informações ou led’s informando o
processo e variáveis a serem executadas, na “IHM” a seguir o operador fará a
escolha da dosagem desejada através de botões juntamente com o auxilio de led’s
que demonstram cada etapa do processo de dosagem e mistura.
Figura 15 - Interface Homem Máquina.
Fonte: Os autores
4 Resultados
Como esperado o resultado foi satisfatório, foram alcançadas todas as metas
previstas ao longo do desenvolvimento do protótipo, como diminuir o contato dos
trabalhadores rurais com produtos agrícolas na forma líquida e garantir a realização
correta da dosagem e a mistura de produtos com a água, porém ocorreram alguns
imprevistos e dificuldades.
No inicio do desenvolvimento do protótipo, já foi encontrado um obstáculo,
pois como o protótipo envolve na área da agricultura cafeeira em relação aos
agrotóxicos e fertilizantes líquidos, e o conhecimento era pouco, para solucionar o
problema foi necessário a ajudas de técnicos e engenheiros agrônomos da região
com vasto conhecimento na área que nos auxiliou esclarecendo dúvidas em relação
á dosagem e o manuseio dos agrotóxicos e fertilizantes líquidos, também realizamos
pesquisas em sites especializados no assunto.
A programação foi umas das etapas mais desafiadoras, pois demandou certo
tempo de planejamento, desenvolvimento e execução, para que no final, não ocorra
erros e falhas quando executado, para isso contamos com a ajuda de técnicos e
engenheiros elétricos e também pesquisas em livros e em sites especializados.
A parte mecânica do protótipo foi de fácil desenvolvimento, pois os
conhecimentos adquiridos durante o curso foram suficientes para tal objetivo.
5 Discussões
Todo projeto é possível realizar mudanças e melhorias, torna-se relevantes
adicionar mais reservatórios com maiores opções de dosagens para possibilitar ao
agricultor uma maior variedade de agrotóxicos/fertilizantes e também uma interface
“IHM” mais harmoniosa para o operador de modo que facilite a manipulação do
equipamento.
6 Considerações finais
Com este trabalho foi possível obter um equipamento cujo á finalidade é
eliminar o contato de trabalhadores com agrotóxicos na forma líquida foi alcançado.
Dessa forma, o protótipo se encontra apto para implantação em um sistema de
irrigação. Isso foi possível devido ao apoio dos professores, e demais disciplinas
ministradas por eles foram de extrema importância para o desenvolvimento do
protótipo.
7 Referências
BRASIL. EMBRAPA Métodos de irrigação. Brasília/DF. Disponível em:
<http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_6_ed/imetodos.
htm>. Acesso em 15 out.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Brasília/DF
Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cafe/saiba-mais>.
Acesso em: 20 out. 2015.
EFEITO HALL. Disponível em: <http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-
funciona/6640-como-funcionam-os-sensores-de-efeito-hall-art1050>. Acesso em: 22
out 2015.
FREESCALE Semiconductor Literature Distribution Center. Rev. 3. 6/2008.
Disponível em <http://www.farnell.com/datasheets/1844096.pdf>. Acesso em: 21out
2015.
FURUKAWA, Celso Massatoshi. Mecatrônica, uma abordagem voltada à automação
industrial. MECATRÔNICA ATUAL, n. 1, p. 8-11, out./nov. 2001.
Disponível em: <http://w3.ufsm.br/fuentes/index_arquivos/Meca.pdf>. Acesso em: 3
nov. 2014.
PEREIRA, Fábio. Microcontroladores HC908Q – Teoria & Prática. ed. São Paulo:
Érica. 2004.
SANCHES, Carlos Eduardo. INTRODUÇÃO A NUTRIRRIGAÇÃO NA CULTURA DO
CAFÉ.
Disponível em: <http://www.netafim.com.br/crop/cafe>. Acesso em: 27 out. 2014.
SENSOR de fluxo modelo YF-S401. Disponível em:
<http://www.usinainfo.com.br/sensores-e-modulos/sensor-de-fluxo-de-agua-para-
arduino-03-6-lmin2841.html?search_query=sensor+de+vazao&results=5>. Acesso
em: 21 ago. 2015.
SENSOR de nível ICOS LA16M-40. Disponível em:
<http://www.icos.com.br/SensorDeNivel/LA16M40/>. Acesso em: 21 ago. 2015.