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Modelo Privado do SEB: 1990 - 2002 Prof. Rubens Rosental GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico – IE/UFRJ 1

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Modelo Privado do SEB: 1990 - 2002

Prof. Rubens Rosental

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1 – O Embrião do Modelo de Privatização do SEB

2 – Regulamentação e Reformas do SEB nos anos 90

3 – Consequências do Modelo

4 – Crise de Racionamento e Desdobramentos

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Sumário

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• No debate econômico e político no final da década de 80, o papel do Estado era extremamente questionado.

• Desejava-se a menor intervenção possível do Estado na atividade econômica.

• O modelo dos processos de privatização seguia as recomendações do FMI → necessidade de ajuste macroeconômico

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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Os grandes fluxos de recursos que ingressaram nos países emergentes (Privatização)

Relação com a redução da riqueza que afetava os países desenvolvidos desde os anos 80

Busca de melhores rendimentos - Oportunidade de comprar nos países emergentes ações depreciadas, empresas públicas quebradas e empresas privadas em dificuldades

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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• Brasil em sintonia com o pensamento dominante → impor limites à atuação das estatais por meio de privatizações

• O processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro, antes mesmo de estar definido o novo marco regulatório setorial

Orientado para o aumento da participação privada

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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• 1990 – Plano Nacional de Desestatização – Lei n°8031: artigo 1 definia como objetivos fundamentais:

I - reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público;

        II - contribuir para a redução da dívida pública, concorrendo para o saneamento das finanças do setor público;

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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III - permitir a retomada de investimentos nas empresas e atividades que vierem a ser transferidas à iniciativa privada;

IV - contribuir para modernização do parque industrial do País, ampliando sua competitividade e reforçando a capacidade empresarial nos diversos setores da economia;

       

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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V - permitir que a administração pública concentre seus esforços nas atividades em que a presença do Estado seja fundamental para a consecução das prioridades nacionais;

     VI - contribuir para o fortalecimento do mercado de capitais, através do acréscimo da oferta de valores mobiliários e da democratização da propriedade do capital das empresas que integrarem o Programa.

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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▪ Os objetivos da privatização estavam subordinados e articulados com:

a) Reorientação do papel do Estado – i e v

b) Equilíbrio fiscal – ii

c) Atrair investimentos e capital privado – iii, iv e vi

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O embrião do Modelo de Privatização do SEB

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• Lei 8631 / 93 – Lei Eliseu Rezende: saneamento financeiro do setor elétrico – ajuste patrimonial e financeiro das empresas:

a) Extingue a equalização tarifária e institui o serviço pelo custo da própria concessionária;

b) Encerra a deficitária Conta de Resultados a Compensar (CRC), com recursos do Tesouro;

c) Torna obrigatório os contratos de suprimento entre geradores e distribuidores

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Esta lei teve como resultado uma imediata melhora dos resultados econômicos e financeiros das empresas do setor elétrico

Melhorar a atratividade das empresas para futura privatização

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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A evolução institucional do SEB nos anos 90

Construir um novo ambiente - introdução de mecanismos competitivos - proporcionar uma maior eficiência técnica e econômica

Viabilizar a atração de capitais privados - únicas fontes de investimento para a expansão da capacidade instalada

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Lei 8987 / 95 (“Lei Geral de Concessões”) :

- concessão de serviços públicos se rege “..pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos”

- conceito de ’serviço adequado’ e ‘direitos e obrigações dos usuários’

- licitação e critério de julgamento prévios à concessão- cláusulas essenciais dos contratos de concessão,

entre elas : preço do serviço, critérios e procedimentos para reajuste e revisão

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Lei 9074 / 95

Obrigatoriedade da concessão e possibilidade de prorrogar as concessões existentes de geração e distribuição;

Prevê a ‘reestruturação dos serviços públicos concedidos’ com privatização e outorga simultânea da concessão, ou com a renovação da concessão existente

Publicação obrigatória, no edital de venda, ‘das cláusulas essenciais do contrato e do prazo de concessão’

Obriga a indicação de recursos para subsídios tarifários

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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• Criação de duas novas figuras no setor elétrico:

a) Produtor Independente de Energia (PIE) – comercializa a energia elétrica por sua conta e risco, sem garantia de equilíbrio econômico-financeiro;

b) Consumidor Livre – pode celebrar contratos de compra e venda de energia com o PIE

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Esta Lei prevê as bases do novo modelo competitivo para o setor elétrico

Introduzir a competição na geração e transmissão através de leilões e na comercialização, livre acesso às redes elétricas

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Lei 9427 / 96 Cria a ANEEL, agência independente para “regular e fiscalizar

a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica”; Exposição de Motivos da lei explicita intenção de estimular a eficiência com a “regulação por incentivos”

Regime econômico e financeiro: “tarifas baseadas no serviço pelo preço”, definidas como “tarifas máximas fixadas por contratos e os novos valores decorrentes de reajuste e revisão, nas condições do Contrato ” (ou seja, regime price-cap)

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

• O mecanismo de tarifação conhecido como price-cap constitui-se na definição de um preço-teto para os preços médios da firma, corrigido de acordo com a evolução de um índice de preços ao consumidor, menos um percentual equivalente a um fator de produtividade, para um período prefixado de anos → Esse mecanismo pode envolver, também, um fator de repasse de custos para os consumidores.

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

• Requer a definição, pelo regulador, de uma série de variáveis relevantes

indexador de preços, fator de produtividade, grau de liberdade para a variação de preços relativos, grau de extensão dos repasses dos custos permitidos para os consumidores e formas de incentivo ao investimento e à melhoria da qualidade do atendimento.

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Políticas Tarifárias Distintas

• Tarifa pelo custo de serviço → Consiste em estabelecer um valor de tarifa que cubra os custos totais de operação acrescidos de uma taxa de retorno sobre o capital investido, quase sempre fixada em 10-12% ao ano

• A principal vantagem desse modelo é permitir a cobertura integral dos custos e de suas variações ao longo do tempo.

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Políticas Tarifárias Distintas

• Entretanto, apresenta algumas desvantagens:

• a) necessidade de um cálculo apurado de taxas de retorno das firmas e um monitoramento contábil, ambos sujeitos a todos os problemas oriundos das assimetrias informacionais de um mercado monopolista;

• b) Não incentiva a racionalização de custos;• c) Não estimula a eficiência produtiva, pois empresas

menos eficientes contribuem para majorar os custos médios do sistema, elevando a tarifa; por outro lado, empresas eficientes não podem obter vantagens competitivas, como, por exemplo, reduzir suas tarifas

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Primeiras privatizações de empresas elétricas estatais:

1995 - distribuidoras Escelsa (federal) e CERJ (estadual);

1996 - Light (federal)

Privatizações se intensificam de 1997 até 2000 (final)

Prioridade na privatização de distribuidoras - argumento de que a permanência de distribuidoras estatais prejudicaria privatizações na geração (risco de inadimplência)

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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As Primeiras experiências de estatização do SEB

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• Distribuidoras: níveis tarifários similares mas operam em realidades diferentes (estrutura de mercado, taxas de crescimento, etc.) logo geram diferentes taxas de retorno

• Ajustes tarifários em 1995: elevação de tarifas, prévia à privatização, visava melhorar os resultados de avaliação para a venda das empresas, reduzir subsídio residencial, mas não resolve diferenças de taxas de retorno das Ds ;

• Vence o leilão quem paga ao Estado maior valor de UBP (Uso do Bem Público) pela concessão do aproveitamento de geração

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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• Lógica do novo modelo teve como referência o setor privado → transferir ao mesmo todas as responsabilidades de planejamento e decisões de investimento.

• Dispositivos e Instrumentos foram criados para garantir, proteger e ampliar a lucratividade, de modo a viabilizar e fomentar as ações de capital privado.

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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• Exemplo desta estratégia – artigo 15 da lei 9.074

“As tarifas das concessionárias, envolvidas na opção do consumidor, poderão ser revisadas para mais ou para menos, quando a perda ou o ganho de mercado alterar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”.

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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• Inverte-se a ordem desejável do processo de reforma → a privatização se daria em etapas posterior a segmentação e regulação do mercado.

• Somente em 1996, após o início das privatizações é que inicia-se a elaboração de um Programa de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Consultoria inglesa Coopers & Lybrand – define os papéis

das instituições e a nova estrutura industrial

Esta modelagem era considerada crucial para executar a privatização dos ativos de geração e estimular o investimento privado em projetos de geração

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Lei 9648 / 98 → Ponto central dessa lei: estabelece o regime de livre negociação na compra e venda de energia entre os agentes

• Ambiente para viabilizar os contratos livremente negociados → Criação do Mercado Atacadista de Energia (MAE):

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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a) Fixar um preço de referência para a energia vendida por meio de contratos bilaterais entre geradores e distribuidores ou entre PIEs e consumidores livres;

b) Estabelecer o preço à vista da energia com base no custo marginal de curto prazo de geração

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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A lei vai criar o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS)

Executar as atividades de coordenação e controle da operação da geração e da transmissão de energia elétrica no âmbito do SIN

Planejamento e programação da operação do sistema e o despacho centralizado com o objetivo de otimizar o uso dos recurso hídricos

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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Planejamento indicativo substituiu o planejamento estatal determinativo coordenado pela Eletrobrás

Para separar as atividades de geração e transmissão

Caberia à ANEEL estabelecer as tarifas e as condições de contratação

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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A lei também autorizou a reestruturação da Eletrobras e suas subsidiárias com o objetivo de privatizá-las

A reestruturação da Eletrobras começou com a cisão da Eletrosul (Gerasul), titular de diversas usinas de geração (depois comprada pela Tractebel) e a Eletrosul, que manteve o nome e deteve os ativos de transmissão da antiga Eletrosul

Antes mesmo de concluído o processo de transição o setor elétrico passou por grave crise de racionamento

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Regulamentação e Reforma do SEB nos anos 90

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A privatização do SEB, dentro da lógica das reformas econômicas da década de 1990

Implicou em mudanças na estrutura e concentração do mercado

A entrada de capital estrangeiro não resultou no aumento da capacidade produtiva – crise de racionamento em 2001

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Consequências da Reforma e das Privatizações

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• O processo de privatização brasileiro causou:

a) Redução da quantidade de trabalho;

b) Disseminação do processo de terceirização;

c) Importação de soluções tecnológicas que vinham do exterior com o suposto propósito de que seria ampliadas os ganhos de produtividade.

→ e não a busca destes ganhos baseadas nos aumentos da economia de escala e eficiência na gestão empresarial e tecnológica

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Consequências da Reforma e das Privatizações

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Tais políticas empresariais alteraram profundamente a lógica de desenvolvimento do setor elétrico

Os resultados geraram:

a) aumentos desproporcionais na rentabilidade empresarial,

b) impactos negativos nos setores e regiões ; e

c) lógica de eficiência macroeconômica nas reformas

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Consequências da Reforma e das Privatizações

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Os gestores das concessionárias de eletricidade entrantes passaram a destacar outras prioridades

Lógica da maximização da rentabilidade de curto prazo e/ou ampliação do poder de mercado

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Consequências da Reforma e das Privatizações

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Conduzir seus investimentos na compra de participações em outras empresa da indústria

Provocou um forte aumento na dívida dos serviços públicos privatizados

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Consequências da Reforma e das Privatizações

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Ao adquirir participações em outras empresas → a prioridade dos novos gestores foi a remuneração dos controladores

Alavancagem financeira excessiva

O patrimônio de 21 empresas do SEB se reduziu à metade entre 1998 e 2002 enquanto os empréstimos em relação ao patrimônio passou de 30% à 80%

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Consequências da Reforma e das Privatizações

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Evolução do Endividamento Pós-Privatização

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Evolução do Endividamento Pós-Privatização

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Evolução da capacidade instalada e do consumo de eletricidade: 1992-1999

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Evolução da capacidade instalada e do consumo de eletricidade por setores: 1992-1999

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Efeitos da Reforma nas Dimensões do SEB

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A redução no volume de investimentos nos 5 primeiros anos da década de 90 foi pouco a pouco revertida nos anos posteriores

O patamar necessário não foi atingido

Longo período que se constitui entre tomada de decisão do investimento e a entrada em operação de uma planta de geração de energia elétrica → falta de planejamento

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Crise de Racionamento e Desdobramentos

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Total de Investimentos Realizados: 1990 – 1999 ( em R$ milhões)

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• Em abril de 2001, o nível dos reservatórios se

encontrava em torno de 32% da capacidade de armazenamento, e o risco de déficit superava 15%

dez pontos percentuais acima do nível de risco de déficit aceitável (5%)

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Crise de Racionamento e Desdobramentos

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Além disso:

a) A inadimplência no MAE era crescente: na apresentação da liquidação os agentes simplesmente não pagavam;

b) As garantias físicas estavam superestimadas, o que assegurava a cobertura contratual para as distribuidoras sem a contrapartida de uma nova contratação de energia → necessária para viabilizar a expansão do sistema

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Crise de Racionamento e Desdobramentos

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A privatização do SEB, dentro da lógica das reformas econômicas da década de 1990

Implicou em mudanças na estrutura e concentração do mercado

A entrada de capital estrangeiro não resultou no aumento da capacidade produtiva – crise de racionamento em 2001

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• Criação da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (CGCE) → racionamento de energia elétrica nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, Norte e Nordeste (01/06/2001)

• Estratégias:

a) Redução de consumo nas regiões Sudeste e Nordeste;

b) Penalidades por ultrapassagem de metas de consumo;

c) Cortes programados em dias da semana;e

d) Incentivos à autogeração e cogeração.

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Crise de Racionamento e Desdobramentos

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Racionamento foi encerrado em 28/02/2002

O corte de 20% a 25% no consumo de energia elétrica produziu impacto negativo na economia com queda real da produção industrial

Em 2001 o crescimento do PIB foi de 1,3%, inferior ao crescimento de 4,3% de 2000

O PIB industrial de 2001 foi negativo

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Crise de Racionamento e Desdobramentos

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