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CURSO CURSO NÍVEL II NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO CIENTÍFICO

CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

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CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO. A DINÂMICA DO MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA. Núcleo: Economia Política Marxista e Desenvolvimento Marcos Costa [email protected]. TOPÍCOS DE CONTÚDO DAS 04 AULAS - PowerPoint PPT Presentation

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CURSOCURSO

NÍVEL IINÍVEL II

CONCEITOS BÁSICOS DO CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICOSOCIALISMO CIENTÍFICO

Page 2: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A DINÂMICA DO MODO

DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

Núcleo: Economia Política Marxista e Desenvolvimento

Marcos [email protected]

Page 3: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TOPÍCOS DE CONTÚDO DAS 04 AULAS

1- O Método da Economia Política em Marx; A Categoria Mercadoria; A Lei do Valor; O Duplo Caráter do Trabalho Materializado na Mercadoria; O Fetiche da Mercadoria;

2- A Mercadoria Dinheiro; As Fórmulas M-M, M-D-M, D-M-D’ e D-D’; A Mercadoria Força de Trabalho; Taxa de Mais-Valia; Mais-Valia Absoluta; Mais-Valia Relativa;

3- A Fórmula Geral do Capital; Composição Orgânica do Capital; Taxa de Mais-Valia e Taxa de Lucro; Capitalismo: Contradição em Processo;

4- A Lei Geral da Acumulação Capitalista; A Lei da Tendência de Queda da Taxa de Lucro; As Crises Cíclicas de Superprodução; As Crises Financeiras no Neoliberalismo.

Page 4: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

1ª PARTE

O Método da Economia Política em Marx

A Categoria Mercadoria

A Lei do Valor

O Duplo Caráter do Trabalho Materializado na Mercadoria

O Fetiche da Mercadoria

Page 5: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

Marx inicia a análise do Modo de Produção capitalista pela análise da mercadoria. Para Marx a mercadoria é a célula da moderna sociedade burguesa. Para Marx, portanto, “a riqueza das sociedades onde rege a produção capitalista configura-se ‘em uma imensa acumulação de mercadorias’ e a mercadoria, isoladamente considerada é a forma elementar dessa riqueza. Por isso nossa investigação começa com a análise da mercadoria”.

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CATEGORIAS EXPLICATIVAS BÁSICAS DA ECONONIA POLÍTICA MARXISTA:

MODO DE PRODUÇÃO - É o conceito que explica a forma como os homens, em cada época histórica, se relacionam com a natureza e com outros homens para a produção e reprodução dos bens necessários à sua existência. Inclui-se também no conceito modo de produção a forma pela qual os homens tomam consciência deste processo e o regulam. O conceito modo de produção é composto basicamente de três níveis que englobam a totalidade da sociedade, os quais são os níveis econômico, político e ideológico. O nível econômico constitui a base econômica ou infra-estrutura da sociedade; o nível político e o nível ideológico constituem a superestrutura da sociedade.

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FORÇAS PRODUTIVAS MATERIAIS:

É o conjunto de elementos que constituem a infra-estrutura ou base econômica da sociedade.

As forças produtivas são compostas pela força de trabalho (os conhecimentos, as habilidades, as técnicas e a organização empregadas pelos homens no processo de trabalho) e pelos meios de produção (são os meios de trabalho – máquinas, ferramentas, etc...) e objetos de trabalho (matérias-primas e auxiliares).

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RELAÇÕES DE PRODUÇÃO:

São as relações que, em cada época histórica, se estabelecem entre os indivíduos e as classes sociais no processo de produção da existência humana.

Estas relações são compostas pelas relações de propriedades sobre as forças produtivas e pelas relações de distribuição da riqueza social.

Page 9: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

O MÉTODO DA ECONOMIA POLÍTICA

POR ONDE COMEÇA O ESTUDO DA ECONOMIA POLÍTICA?

Como Marx assinala no texto “O Método da Economia Política” a Economia Política Clássica inicia o estudo da economia pelo todo, isto é, pela análise de categorias como população ou território até chegar às determinações mais simples.

Porém, segundo Marx, ainda que, de fato, comecemos sempre pela realidade concreta é necessário se efetuar o caminho inverso, ou seja, partir das determinações mais simples e abstratas para as determinações mais complexas e concretas até reproduzirmos o concreto real por meio do pensamento.

Page 10: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

Assim, em vez de um todo caótico como no caso do método clássico teríamos um concreto pensado. O concreto é concreto porque é síntese de múltiplas determinações, isto é, unidade da diversidade e por demonstrar que o papel das determinações abstratas é conduzir à reprodução do concreto real por meio do pensamento.

Page 11: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A CATEGORIA TRABALHO - DE ONDE ADVEM A RIQUEZA OU O VALOR.

Antigo sistema monetário – A fonte da riqueza estaria na circulação do dinheiro;

Sistema manufatureiro – A fonte da riqueza viria do trabalho comercial;

Fisiocratas – A fonte da riqueza residiria no trabalho agrícola;

Liberalismo clássico – A fonte da riqueza é o trabalho puro e simples (Adam Smith);

Adam Smith destacava o trabalho como um dos fatores de produção. David Ricardo apresentou os outros: o capital e a terra e estruturou o seguinte esquema explicativo para a origem das riquezas:

Page 12: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

FATORES DE PRODUÇÃO PRODUTO Capital Lucros e JurosVALOR Trabalho Salário Trabalho

Tera Renda

Ao final do processo, o Valor dos Fatores de Produção se igualariam ao Trabalho. Daí a abstração máxima alcançada pela Economia Política clássica.

  Assim: VALOR = TRABALHO

HUMANO

Page 13: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A MERCADORIA COMO UNIDADE DE CONTRÁRIOS E A LEI DO VALOR

Para Engels "uma economia produz mercadorias quando os bens produzidos são para troca, para serem vendidos no mercado“.

São pré-condições para a produção de mercadorias: Divisão da sociedade em classes sociais; Divisão social do trabalho e Propriedade privada dos meios de produção.

 

Page 14: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

MERCADORIA: Conceito central para a compreensão do sistema capitalista de produção. É, antes de tudo, um bem ou um objeto que satisfaz uma necessidade qualquer do homem e que pode ser trocado por outro bem. A mercadoria possui dois valores: o valor de uso e o valor de troca.

VALOR DE USO: É a utilidade que o bem possui para quem o vai consumir. A utilidade é determinada pelas qualidades e / ou características materiais deste bem.

VALOR DE TROCA: É a proporção pela qual determinados valores de uso trocam-se por valores de uso de outras espécies. Também é a forma de manifestação do valor.

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LEI DO VALOR: É a lei que explica a origem e a magnitude ou grandeza do valor das mercadorias. Sendo a mercadoria fruto do trabalho humano e sendo o trabalho humano a fonte do valor, temos que o valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade ou tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de determinada mercadoria.

PREÇO: É a expressão monetária do valor, a forma como o valor aparece para a sociedade. O preço pode divergir do valor, influenciado pelas condições de oferta e procura, especialmente pelas condições de monopolização na venda ou mesmo na compra.

Page 16: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

O DUPLO CARÁTER DO TRABALHO MATERIALIZADO NA MERCADORIA

A mercadoria apresenta um duplo aspecto: ser ao mesmo tempo valor de uso e valor de troca (ou valor). O trabalho, parte integrante da mercadoria também apresenta um duplo aspecto: ele é concreto e abstrato.

  TRABALHO CONCRETO: É o trabalho que se

destina a um determinado fim ou a produção de um valor de uso qualquer. É o caráter útil do trabalho. Este tipo de trabalho surge junto com a própria sociedade humana.

Page 17: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TRABALHO ABSTRATO: Ao retirarmos (abstrairmos) dos produtos do trabalho o seu caráter útil, resta somente o dispêndio humano de força de trabalho, o trabalho humano em geral. Este é o trabalho abstrato, a forma pela qual o trabalho cria valor. A generalização e universalização deste tipo específico de trabalho só se tornam possível no modo de produção capitalista.

Page 18: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

Esta propriedade, a do trabalho humano criar valor, refere-se a um certo período do desenvolvimento histórico. Quando Ricardo iguala VALOR = TRABALHO e não consegue “enxergar" o duplo caráter do trabalho ele estava somente demonstrando a impossibilidade histórica da burguesia compreender que o seu sistema social estava sujeito às mesmas leis que caracterizavam os sistemas sociais anteriores. O modo de produção capitalista também não é eterno.

MERCADORIA Valor de uso Trabalho concreto TRABALHO

Valor de troca Trabalho abstrato

Page 19: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

FETICHE (E FETICHISMO DA MERCADORIA)

No capitalismo, particularmente o resultado do

conjunto do processo de produção de mercadorias

assume a aparência de uma engrenagem “natural”,

quando é social. Quer dizer, a essência social da

produção capitalista, qual seja, a maneira como o

capital se reproduz da relação entre classes sociais

antagônicas - onde as trocas e as mercadorias como

que se apresentam resultado final -, fica obscurecida

ou oculta. Assim, diz Marx n’O Capital, produtos e

produtores se confundem: alfaiate e carpinteiro

aparecem como casaco e mesa.

Page 20: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

2ª PARTE

A Mercadoria Dinheiro

As Fórmulas M-M, M-D-M, D-M-D’ e D-D’

A Mercadoria Força de Trabalho

Taxa de Mais-Valia

Mais-Valia Absoluta e Mais-Valia Relativa

Page 21: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A FÓRMULA GERAL DO CAPITAL OU COMO O DINHEIRO SE TRANSFORMA EM CAPITAL:

Segundo Marx o ponto de partida para o entendimento da fórmula geral do capital é o de “que a produção de mercadorias e o comércio, forma desenvolvida de circulação de mercadorias, constituem as condições históricas que dão origem ao capital. Portanto a circulação de mercadoria é o ponto de partida do capital". .

 

Troca direta de mercadorias: M – M.

Desenvolvimento da sociedade, evolução e complexidade das trocas, surgimento do equivalente universal, o dinheiro.

 

Page 22: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

UMA MERCADORIA MUITO ESPECIAL: O DINHEIRO

O dinheiro é uma mercadoria muito especial,pois:- Rompe com a troca direta entre

mercadorias;- É a representante (equivalente

universal) das demais mercadorias;- É meio de pagamento;- É meio de circulação;- É moeda;- É a forma embrionária do capital.

Page 23: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A partir do surgimento do dinheirogeneralizam-se novas formas de circulaçãocomo:

Circulação do dinheiro: M − D − M e seu objetivo final: A obtenção de valores de uso.

Circulação do capital: D − M − D’ e seu objetivo final: A obtenção do lucro através da valorização do valor.

D' = D + ∆D onde ∆D é mais (sobre) valor / mais valia.

A circulação do capital visa a expansão do valor e por isso o seu movimento não tem limites ... D – M – D’ – M – D’ – M – D’...

M – D – M Vender para comprar

Page 24: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

D – M – D’ Comprar para vender.

Partindo das premissas de que o valor tem e não tem na circulação das mercadorias a sua origem e de que, seguindo estritamente as leis da economia, compra-se uma mercadoria pelo seu valor, vende-se uma mercadoria pelo seu valor e, mesmo assim, no final do processo tem-se mais dinheiro do que o investido inicialmente, esta fórmula proporciona as bases para a explicação do surgimento e expansão do valor e do mais (sobre) valor.

Page 25: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

D − D’ Já prevista por Marx esta é a fórmula que demonstra o objetivo supremo da auto-valorização do capital. Esta forma de circulação generaliza-se e adquire importância cada vez maior para a compreensão da atual dinâmica do modo de produção capitalista. Esta autovalorização se dá originariamente quando o capital é portador de juros, ou produtor de juros; ou seja, dinheiro que gera dinheiro.

Page 26: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

UMA OUTRA MERCADORIA MUITO ESPECIAL: A FORÇA DE TRABALHO:

FORÇA DE TRABALHO: É o conjunto de faculdades físicas e mentais, existentes no corpo e na personalidade viva do ser humano, as quais ele põe em ação toda vez que produz valores de uso de qualquer espécie. No modo de produção capitalista a força de trabalho transforma-se em mercadoria, pois passa a possuir um valor de uso e um valor de

troca.

Page 27: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

VALOR DE USO DA FORÇA DE TRABALHO: É a capacidade que a mesma possui de produzir valor de uso e valor quando transforma a matéria prima em novos produtos úteis para a sociedade.

 

VALOR DE TROCA OU VALOR DA FORÇA DE TRABALHO: É a quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário para mantê-la e reproduzi-la, ou seja, o valor da força de trabalho é o valor dos meios de subsistência necessários à manutenção e reprodução do trabalhador. O valor da força de trabalho é representado pelo salário.

Page 28: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TRABALHO NECESSÁRIO: É o tempo de

trabalho que o trabalhador necessita para a produção do valor equivalente ao valor dos seus meios de subsistência.

TRABALHO EXCEDENTE: É o tempo de trabalho em que o trabalhador produz gratuitamente para o empregador ou patrão.

  MAIS VALIA: É o valor adicional que a força

de trabalho gera no processo de produção e que é apropriado pelo capitalista. É o sobre-valor: o trabalho não pago pelo capitalista.

Page 29: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TAXA DE MAIS VALIA: A taxa de mais valia ou grau de exploração do trabalho é dada pela razão entre trabalho excedente e trabalho necessário (taxa de mais valia = t.e. / t.n.). A mais valia é a lei econômica fundamental do modo de produção capitalista, pois mostra que a produção e a acumulação capitalistas ocorrem através da exploração do trabalho assalariado pelo capital, ou seja, por meio da exploração do proletariado pela burguesia. A força de trabalho produz mais valia, pois o seu valor é sempre menor do que o valor que ela cria no processo de trabalho.

Page 30: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TN

TE

04 hs

04 hs

08 hs

Mais-valia= =100%

Mais-valia= =100%

Mais-valia = 100%

T.E

T.N

4

4

•MAIS – VALIA ou TAXA DE EXPLORAÇÃO•BASE = 08 hs de trabalho

Page 31: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

MAIS VALIA ABSOLUTA: É o aumento da extração de mais valia através do prolongamento da jornada de trabalho.

 

TN

TE

04 hs

06 hs

10 hs

Mais-valia= =100%

Mais-valia= =100%

Mais-valia = 150%

T.E

T.N

6

4

Page 32: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

MAIS VALIA RELATIVA:

É o aumento da extração de mais valia através do aumento da produtividade obtido pelo incremento do progresso técnico, nos setores que produzem bens e serviços para os trabalhadores. O aumento da produtividade baixa o valor destas mercadorias, com uma conseqüente redução do tempo de trabalho necessário e aumento do tempo de trabalho excedente.

Page 33: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TN

TE

02 hs

06 hs

08 hs

Mais-valia= =100%

Mais-valia= =100%

Mais-valia = 300%

T.E

T.N

6

2

Page 34: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

O que os capitalistas mais gostam de fazer

TN

TE

02 hs

08 hs

10 hs

Mais-valia= =100%

Mais-valia= =100%

Mais-valia = 400%

T.E

T.N

8

2

Page 35: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

3ª PARTE

A Fórmula Geral do Capital

Composição Orgânica do Capital

Taxa de Mais Valia e Taxa de Lucro

Capitalismo: Contradição em Processo

Page 36: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

CONCEITO DE CAPITAL

Relação de produção que tem por objetivo a produção e acumulação de mercadorias, isto é, de riqueza abstrata. Este objetivo é alcançado mediante a compra da força de trabalho, única mercadoria capaz de produzir um valor superior ao seu próprio valor.

Capital é, portanto, “um valor que se valoriza por meio da apropriação de trabalho não pago” (Marx). Capital é o valor que se expande

Page 37: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

CONCEITO DE CAPITAL E SUAS DETERMINAÇÕESHISTÓRICAS

As condições históricas para a disseminação do capital como relação social de produção na sociedade até se transformar em regulador de toda a riqueza social são:

1- A existência de uma população de trabalhadores desprovidos de todos os meios de produção (instrumentos do trabalho e terra) de modo a serem obrigados a vender sua força de trabalho como único meio de sobrevivência;2 – O livre acesso à terra como mercadoria (como arrendamento ou compra).

Page 38: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

FÓRMULA GERAL DO CAPITAL

MPMP MP MP

...D−M -P −−M−−D’− C−−M−−D’−...D−M -P −−M−−D’− C−−M−−D’−−C... −C...

FTFT FT FT

Lucro industrialJuros bancários Renda da terra Lucro comerciaFundo de consumo não produtivo

2 – FÓRMULA DA RIQUEZA SOCIAL VALOR= C + V + m

C + V + m  

Meiosde Produção

Saláriodo Trabalhador

Page 39: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

COMPOSIÇÃO DO CAPITAL (K)

CAPITAL CONSTANTE (C)- É a parte do capital investido nos meios de produção (máquinas, instalações, matérias primas e instrumentos), cujo valor transfere-se integralmente ou em parte ou frações para o produto acabado (mercadoria).

  CAPITAL VARIÁVEL (V)- É a parte do capital (salários) investida na compra da força de trabalho. O capital variável é assim denominado por ser a parcela do capital empregado cujo valor se altera durante o processo de produção (criação da mais-valia).

Capital Total (K)= C = V

Page 40: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

COMPOSIÇÃO ORGÂNICA DO CAPITAL

É determinada pela relação entre o capital constante e o capital variável.Temos então que C.O. = C / V

Esta relação é decisiva na formação da lei da tendência de queda da taxa de lucro pois existe uma tendência de crescimento do valor do capital constante frente ao valor do capital variável que é o produtor de mais-valia

Page 41: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

TAXA DE MAIS-VALIA E TAXA DE LUCROA taxa de mais-valia ou taxa de exploração é determinada pela relação entre trabalho excedente (t.e) e trabalho necessário (t.n), ou seja, refere-se apenas ao capital variável.Taxa de mais-valia (m) = t.e / t.n ouTaxa de mais-valia (m) = m / V onde m é a mais-valia e V o capital variável.

A taxa de lucro (l) é determinada pela relação entre a mais-valia (m) e o capital total (Capital constante + Capital variável. Ou seja, l = m / ( C + V)

Page 42: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

CAPITALISMO: CONTRADIÇÃO EM PROCESSO O antagonismo entre o caráter individual,

privado de apropriação da riqueza e a produção, cada vez mais social;

As diversas formas de manifestação das crises;

A lei da tendência de queda da taxa de lucro e a feroz luta dos capitalistas pelo lucro máximo;

A superprodução fundamentalmente como superprodução de capitais;

A desproporção entre o Departamento de produção de bens de consumo (D1) e o Departamento de produção de bens de produção (D2)

Page 43: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

4ª PARTE

A Lei Geral da Acumulação Capitalista

A Lei da Tendência de Queda da Taxa de Lucro

As Crises Cíclicas de Superprodução

As Crises Financeiras no Neoliberalismo

Page 44: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A LEI GERAL DA ACUMULAÇÃO CAPITALISTA

O capital precisa ser acumulado constante e ininterruptamente. Esse processo independe da vontade do capitalista individual, restringido que está pela concorrência.

A acumulação é o processo de transformar mais-valia em capital adicional, garantindo sua reprodução social.

O volume de capital individual também cresce pela centralização (aquisições, fusões, anexações)mas, neste caso, em detrimento de outros capitalistas individuais

Page 45: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

De conjunto, o capitalismo também pode ser caracterizado como uma crescente capitalização da produção (através da constante reprodução) e crescente centralização da propriedade do capital social total. A acumulação também adapta a massa de trabalhadores a esta necessidade através da criação de uma superpopulação relativa ou de um exército industrial de reserva.

Page 46: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A LEI DA TENDÊNCIA DE QUEDA DA TAXA DE LUCRO

A luta pela elevação da taxa de lucro obriga aos capitalistas a sempre buscar a redução dos custos unitários de produção, uma arma fundamental do confronto. Este processo tende, contudo, a elevar a composição orgânica do capital (C/V). Este aumento decorre do incremento da produtividade e é induzido pela concorrência.

Se C cresce mais do que V, mantendo a taxa de mais-valia (m/V) a taxa de lucro cai.

Page 47: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

A Lei da tendência de queda da taxa de lucro é, A Lei da tendência de queda da taxa de lucro é,

entretanto contrariada pelos seguintes fatores: a) entretanto contrariada pelos seguintes fatores: a)

a intensificação da exploração capitalista sobre os a intensificação da exploração capitalista sobre os

trabalhadores; b) salários menores; c) o capital trabalhadores; b) salários menores; c) o capital

constante mais barato; d) o crescimento de constante mais barato; d) o crescimento de

indústrias de composição orgânica relativamente indústrias de composição orgânica relativamente

baixa; e) a importação de bens salário [bens de baixa; e) a importação de bens salário [bens de

consumo] ou de meios de produção baratos; f) a consumo] ou de meios de produção baratos; f) a

migração do capital para áreas onde há recursos migração do capital para áreas onde há recursos

naturais e força de trabalho mais baratos, naturais e força de trabalho mais baratos,

contribuindo assim para o aumento da taxa de contribuindo assim para o aumento da taxa de

exploração e/ou para a baixa do valor da exploração e/ou para a baixa do valor da

composição orgânica. composição orgânica.

Page 48: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

AS CRISES CÍCLICAS DE SUPERPRODUÇÃO

A origem da crise decorre de características

intrínsecas ao capital e não do subconsumo dos trabalhadores(...) Esta natureza endógena da crise faz com que elas não possam deixar de ocorrer.

O capitalismo possui duas características que necessariamente engendram crises:

1- Generalização dos atos de compra e venda

2- A produção pela produção

As crises de superprodução do capital “não são mais que soluções momentâneas e violentas das contradições existentes, erupções bruscas que restauram transitoriamente o equilíbrio desfeito” (Marx) .

Page 49: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

Estas crises se dão de maneira cíclica e mais ou menos regulares, mas podem assumir, eventualmente, um caráter devastador e abrangente.

A superprodução de capital significa, tão somente, a criação em escala demasiada de mercadorias (bens de capital ou de produção) destinados a produzir mais mercadorias.

O capital nunca é excessivo em relação às necessidades sociais: “Seu excesso só é relativo à sua própria valorização, de modo que a superprodução de capital significa, única e tão somente, que o capital é excessivo a uma dada taxa de lucro” (“A contradição em processo”).

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AS CRISES FINANCEIRAS NO NEOLIBERALISMOA globalização neoliberal sucedeu a fase capitalista do pós-guerra caracterizada pela hegemonia americana e pela regulamentação do comércio e das finanças internacionais, institucionalizada pelo sistema de Bretton-Woods (padrão dólar-ouro, GATT, FMI, Banco Mundial)- com limitações aduaneiras protecionistas na periferia e no centro capitalista e também por restrições ao livre movimento de capitais.

A globalização teve por base a desregulamentação da produção e da circulação de mercadorias em nível internacional e também a desregulamentação dos mercados financeiros internacionais.

Esta fase se caracteriza pela forte valorização da riqueza financeira – alavancada pelos fortes instrumentos e mercados financeiros.

Page 51: CURSO NÍVEL II CONCEITOS BÁSICOS DO SOCIALISMO CIENTÍFICO

As crises financeiras nesta fase mantém a mesma natureza da crise de superprodução de capital, refletindo o excesso de valorização do capital em relação à determinada taxa de juros.

CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DESTAS CRISESa- as crises se tornam mais freqüentes, por conta do aumento da rapidez de acumulação fictícia – decorrente da velocidade das transações com ativos financeiros;

b- as crises também se tornam mais abrangentes, se transmitindo mais rapidamente entre os mercados nacionais, podendo facilmente englobar regiões inteiras ou mesmo o mundo – por conta da liberdade de movimento de capitais entre fronteiras econômicas..

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Uma outra causa importante da crise neoliberal é o desajuste causado na acumulação no sistema internacional, pela taxa de desenvolvimento desigual de regiões periféricas frente às economias do centro capitalista, determinada, em boa parte pelo fenômeno da relocalização produtiva.

Em decorrência, o sistema tende a uma instabilidade permanente, prejudicando a taxa de investimento, o que reduz o ritmo da acumulação e do crescimento econômico no centro capitalista e em parte da periferia do sistema.

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QUESTÕES PARA DE GRUPO DISCUSSÃO:1.      Estabelecer as diferenças entre lucro, juros e mais-valia.2.      Como se distinguem os processos de produção de mais-valia relativa e absoluta?3.      Definir o processo de acumulação e sua relação com as crises.4.      Quais as contradições internas ao processo capitalista que contribui para as crises cíclicas?