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CURSO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MÓDULO II

CURSO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MÓDULO II · CARACTERÍSTICAS DA TUTELA CAUTELAR 1 – Instrumentalidade 2 – Revogabilidade 3 – Provisoriedade 4 – Reversibilidade

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CURSO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MÓDULO II

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TUTELA DE URGÊNCIA E TUTELA DE EVIDÊNCIA

EVOLUÇÃO E NATUREZA DO PROCESSO CAUTELAR

A tutela cautelar no Brasil, pode ser bem diferenciadaem três momentos distintos nos últimos 70 (setenta)anos. O primeiro com o Código de Processo Civil de1939, o segundo com o advento do Código de 1973 e o1939, o segundo com o advento do Código de 1973 e oterceiro, com a reforma de 1994, através da Lei 8.952, de13 de dezembro, que deu nova redação ao art. 273, dalei instrumental civil, aperfeiçoado com a Lei 10.444/02.

O Código de 1939 tratava a matéria no Livro V,intitulando de processos acessórios, iniciando pelasmedidas preventivas no art. 675, para em seguidaelencar várias espécies de procedimentos cautelares atéo art. 781, daquele diploma legal.

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Em 1973, com o advento do atual Código de Processo Civil,todos aqueles institutos jurídicos existentes até então, foram deuma forma ou de outra aperfeiçoados com uma melhorsistematização, perdurando todos eles com alguns ingredientes amais, especialmente, na parte geral, tendo sido dedicado o seuLivro III, encimado com a expressão “Do Processo Cautela”, cujosarts. 796 a 889, passaram a cuidar da matéria.

Quando da reforma do nosso Código em 1994, a Lei 8.952,trouxe uma nova redação ao art. 273, fazendo inserir aí o institutoda antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, aperfeiçoada emda antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, aperfeiçoada em2002, através da lei 10.444, que adicionou a tutela de naturezacautelar, ao lado da antecipatória de efeitos.

Ressalte-se que nos dois primeiros momentos da tutelacautelar - no Código de 1939 e na primeira fase do Código de 73 -, a ideia central era voltada para a tutela cautelar ser requeridaatravés de ação autônoma. Essa concepção retratava umautonomismo processual advindo do cientificismo que o processohavia adquirido na segunda metade do século XIX.

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A reforma de 94 seguiu uma orientação diferente. Aoinvés do prestígio de um processo autônomo cautelar, sedeu prioridade a que essa espécie de tutela fossebuscada como simples medida dentro do processoprincipal, de forma incidental, sem necessidade deajuizamento de uma ação para se obter um provimentoantecipatório dos efeitos da sentença ou de garantia dodireito postulado, de natureza eminentemente cautelar.

Com isso restou consagrado em nosso ordenamentoCom isso restou consagrado em nosso ordenamentojurídico o instituto que ficou conhecido popular eabreviadamente como tutela antecipada, cujosparâmetros restaram fixados no art. 273 e seusparágrafos 1º a 5º, com a Lei 8.952/94, para em 2002,serem acrescidos os parágrafos 6º e 7º, aperfeiçoandoassim o sistema inicial, fazendo incluir aí a possibilidadede julgamento fracionado da causa e a medida denatureza meramente acauteladora.

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AUTONOMISMO E INDEPENDÊNCIA DO PROCESSO CAUTELAR ARTS. 801 A 803. ARTS. 809 E 810.

CLASSIFICAÇÃO DAS CAUTELARES NO CÓDIGO DE 1973

1 – Cautelares inominadas – arts. 796 a 8122 – Cautelares nominadas – arts. 813 a 888. 3 – Cautelares preparatórias – ART. 796 4 – Cautelares incidentais – ART. 796.

PODER GERAL DE CAUTELA DO JUIZ – ART. 798.

CARACTERÍSTICAS DA TUTELA CAUTELAR

1 – Instrumentalidade2 – Revogabilidade 3 – Provisoriedade4 – Reversibilidade.

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� REQUISITOS ESPECÍFICOS DA TUTELA CAUTELAR

� Fumus boni iuris – plausibilidade, verossimilhança,probabilidade do direito

� Periculum in mora – evitar um dano em razão da demora,tornar eficaz o processo cautelar e os demais processos.

� LIMINAR NA AÇÃO CAUTELAR – ART. 804, DO CPC.

� DA CAUÇÃO OU CONTRACAUTELA NA TUTELACAUTELAR – ART. 805

� EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR - ARTS. 806, 807E 808, DO CPC. PREJUÍZO QUE O PROCESSOCAUTELAR PODE CAUSAR – ART. 811.

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AÇÕES CAUTELARES ESPECÍFICAS – ARTS. 813 A 888.

1 – Do Seqüestro – arts. 822 a 825.2 – Da caução – arts. 826 a 838.3 – Da busca e apreensão – arts. 839 a 843.4 – Da exibição – arts. 844 a 845.5 – Da produção antecipada de provas – arts. 846 a 851.6 – Dos alimentos provisionais – arts. 852 a 854.7 – Do arrolamento de bens – arts. 855 a 860.8 – Da justificação – arts. 861 a 866.8 – Da justificação – arts. 861 a 866.9 – Dos protestos, notificações e interpelações – arts. 867 a

873.10 – Da homologação do penhor legal – arts. 874 a 876.11 – Da posse em nome do nascituro – arts. 877 a 878.12 – Do atentado – arts. 879 a 881.13 – Do protesto e da apreensão de títulos – arts. 882 a 887.14 – De outras medidas provisionais – art. 888, todos do CPC.

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MUDANÇAS DE PARADIGMAS, LINGUAGENS, INSTITUTOS E TÉCNICAS PARA OBTENÇÃO DE

TUTELAS DE URGÊNCIA, DE NATUREZA CAUTELAR, ANTECIPAÇÃO DE EFEITOS,DIFERENCIADAS, ETC.

PRINCÍPIOS PRESTIGIADOS COM AS MUDANÇAS.

1 – Instrumentalidade.2 – Sincretismo processual.3 – Necessidade e Utilidade.

VALORAÇÃO DO TEMPO E CUSTOS NO PROCESSO

TUTELA DE URGÊNCIA – NATUREZA CAUTELAR OU ANTECIPAÇÃO DE EFEITOS. ART. 273, INCISO I E

PARÁGRAFO 7º, DO CPC E ART. 461.

- Requisitos, características e finalidade.

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TUTELA DE ANTECIPAÇÃO DE EFEITOS POR ABUSO DE DIREITO DE DEFESA – ART. 273, INCISO II.

- Requisitos, características e finalidade.

JULGAMENTO FRACIONADO DO PROCESSO – ART. 273 JULGAMENTO FRACIONADO DO PROCESSO – ART. 273 § 6º.

TUTELAS SATISFATIVAS COM COGNIÇÃO SUMÁRIA E EXAURIENTE.

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LIMINARES EM AÇÕES ESPECIAIS

1 – Mandado de Segurança – Lei 12.016/2010.2 – Ação Popular – Lei 4.717/65.3 – Ação civil pública – Lei 7.347/85.4 – Ações possessórias – arts. 928, do CPC.5 – Ação de Alimentos.6 – Ação de Improbidade administrativa – Lei 8.429/92.6 – Ação de Improbidade administrativa – Lei 8.429/92.7 – Ação de Despejo.8 – Ações de controle de constitucionalidade concentrada – Leis

9.868 e 9.882/99.9 – Código do Consumidor – Lei 8.078/90 – art. 84, § 3º.10 – Desapropriação por interesse social para reforma agrária –

LC 76/93.

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NOVA SISTEMÁTICA DA CAUTELAR NO PROJETO DO CPC.

No projeto do novo código de processo civil, podemos constataras seguintes situações:

1. – Desaparece o Livro do Processo Cautelar.

2. – A Cautelar passa a ser tratada na parte geral do código com menosde vinte artigos dispensados ao temo.

3. – A classificação das cautelares passa a ser a seguinte:3.1 – Tutela de urgência e tutela da evidencia.3.2 – Tutela de urgência e tutela da evidencia preparatórias e

incidentais.3.2 – Tutela de urgência de natureza cautelar e antecipatória de efeitos.3.3 – Tutela de evidência revogável e definitiva.

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TÍTULO IX

TUTELA DE URGÊNCIA E TUTELA DA EVIDÊNCIA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

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Seção IDas disposições comuns

Art. 269. A tutela de urgência e a tutela da evidência podemser requeridas antes ou no curso do processo, sejamessas medidas de natureza satisfativa ou cautelar.

§ 1º São medidas satisfativas as que visam a antecipar aoautor, no todo ou em parte, os efeitos da tutela pretendida.

§ 2º São medidas cautelares as que visam a afastar riscos eassegurar o resultado útil do processo.assegurar o resultado útil do processo.

Art. 270. O juiz poderá determinar as medidas queconsiderar adequadas quando houver fundado receio deque uma parte, antes do julgamento da lide, cause aodireito da outra lesão grave e de difícil reparação.

Parágrafo único. A medida de urgência poderá sersubstituída, de ofício ou a requerimento de qualquer daspartes, pela prestação de caução ou outra garantia menosgravosa para o requerido, sempre que adequada esuficiente para evitar a lesão ou repará-la integralmente

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Art. 271. Na decisão que conceder ou negar a tutela de urgência e a tutela da evidência, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu convencimento.

Parágrafo único. A decisão será impugnável por agravo de instrumento.

Art. 272. A tutela de urgência e a tutela da evidência serão requeridas ao juiz da causa e, quando antecedentes, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.juízo competente para conhecer do pedido principal.

Parágrafo único. Nas ações e nos recursos pendentes no tribunal, perante este será a medida requerida.

Art. 273. A efetivação da medida observará, no que couber, o parâmetro operativo do cumprimento da sentença definitivo ou provisório.

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� Art. 274. Independentemente da reparação por danoprocessual, o requerente responde ao requerido peloprejuízo que lhe causar a efetivação da medida, se:

I - a sentença no processo principal lhe for desfavorável;II - obtida liminarmente a medida em caráter antecedente, não

promover a citação do requerido dentro de cinco dias;III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer dos

casos legais;IV - o juiz acolher a alegação de decadência, ou da prescrição

da pretensão do autor.da pretensão do autor.

� Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos emque a medida tiver sido concedida.

� Art. 275. Tramitarão prioritariamente os processos em que tenha sido concedida tutela da evidência ou de urgência, respeitadas outras preferências legais.

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� Seção II

� Da tutela de urgência cautelar e satisfativa

� Art. 276. A tutela de urgência será concedida quando foremdemonstrados elementos que evidenciem a plausibilidade dodireito, bem como o risco de dano irreparável ou de difícilreparação.

� Parágrafo único. Na concessão liminar da tutela de urgência,� Parágrafo único. Na concessão liminar da tutela de urgência,o juiz poderá exigir caução real ou fidejussória idônea pararessarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer,ressalvada a impossibilidade da parte economicamentehipossuficiente.

� Art. 277. Em casos excepcionais ou expressamenteautorizados por lei, o juiz poderá conceder medidas deurgência de ofício.

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� Seção III� Da tutela da evidência� Art. 278. A tutela da evidência será concedida, independentemente

da demonstração de risco de dano irreparável ou de difícilreparação, quando:

� I – ficar caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifestopropósito protelatório do requerido;

� II – um ou mais dos pedidos cumulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso, caso em que a solução será definitiva;se incontroverso, caso em que a solução será definitiva;

� III – a inicial for instruída com prova documental irrefutável dodireito alegado pelo autor a que o réu não oponha provainequívoca; ou

� IV – a matéria for unicamente de direito e houver tese firmada emjulgamento de recursos repetitivos, em incidente de resolução dedemandas repetitivas ou em súmula vinculante.

� Parágrafo único. Independerá igualmente de prévia comprovaçãode risco de dano a ordem liminar, sob cominação de multa diária,de entrega do objeto custodiado, sempre que o autor fundar seupedido reipersecutório em prova documental adequada do depósitolegal ou convencional.

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CAPÍTULO II

DO PROCEDIMENTO DAS MEDIDAS DE URGÊNCIA

Seção ISeção I

Das medidas de urgência requeridas em caráter antecedente

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� Art. 279. A petição inicial da medida de urgência requerida em caráterantecedente indicará a lide, seu fundamento e a exposição sumária dodireito ameaçado e do receio de lesão.

� Art. 280. O requerido será citado para, no prazo de cinco dias,contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.

� § 1º Do mandado de citação constará a advertência de que, nãoimpugnada decisão ou medida liminar eventualmente concedida, estacontinuará a produzir efeitos independentemente da formulação de umpedido principal pelo autor.

� § 2º Conta-se o prazo a partir da juntada aos autos do mandado:

I - de citação devidamente cumprido;

II - de intimação do requerido de haver-se efetivado a medida, quandoconcedida liminarmente ou após justificação prévia.

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� Art. 281. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegadospelo requerente presumir-se-ão aceitos pelo requerido comoverdadeiros, caso em que o juiz decidirá dentro de cincodias.

§ 1º Contestada a medida no prazo legal, o juiz designar᧠1º Contestada a medida no prazo legal, o juiz designaráaudiência de instrução e julgamento, caso haja prova a sernela produzida.

§ 2º Concedida a medida em caráter liminar e não havendoimpugnação, após sua efetivação integral, o juiz extinguirá oprocesso, conservando a sua eficácia.

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� Art. 282. Impugnada a medida liminar, o pedido principaldeverá ser apresentado pelo requerente no prazo de trintadias ou em outro prazo que o juiz fixar.

§ 1º O pedido principal será apresentado nos mesmos autos emque tiver sido veiculado o requerimento da medida deurgência, não dependendo do pagamento de novas custasprocessuais quanto ao objeto da medida requerida emcaráter antecedente.

§ 2º A parte será intimada para se manifestar sobre o pedido§ 2º A parte será intimada para se manifestar sobre o pedidoprincipal, por seu advogado ou pessoalmente, semnecessidade de nova citação.

§ 3º A apresentação do pedido principal será desnecessária seo réu, citado, não impugnar a liminar.

§ 4º Na hipótese prevista no § 3º, qualquer das partes poderápropor ação com o intuito de discutir o direito que tenha sidoacautelado ou cujos efeitos tenham sido antecipados.

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� Art. 283. As medidas conservam a sua eficácia napendência do processo em que esteja veiculado o pedidoprincipal, mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas oumodificadas, em decisão fundamentada, exceto quando umou mais dos pedidos cumulados ou parcela deles mostrar-seincontroverso, caso em que a solução será definitiva.

§ 1º Salvo decisão judicial em contrário, a medida de urgênciaconservará a eficácia durante o período de suspensão doconservará a eficácia durante o período de suspensão doprocesso.

§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 282, §§ 2º e 3º, as medidasde urgência conservarão seus efeitos enquanto nãorevogadas por decisão de mérito proferida em ação ajuizadapor qualquer das partes.

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� Art. 284. Cessa a eficácia da medida concedida em caráterantecedente, se:

I - tendo o requerido impugnado a medida liminar, o requerente nãodeduzir o pedido principal no prazo do caput do art. 282;

II - não for efetivada dentro de um mês;III - o juiz julgar improcedente o pedido apresentado pelo requerente

ou extinguir o processo em que esse pedido tenha sido veiculadosem resolução de mérito.

§1º Se por qualquer motivo cessar a eficácia da medida, é vedado àparte repetir o pedido, salvo sob novo fundamento.parte repetir o pedido, salvo sob novo fundamento.

§2º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas aestabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisãoque a revogar, proferida em ação ajuizada por uma das partes.

§3º Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dosautos em que foi concedida a medida para instruir a petição inicialda ação referida no caput.

� Art. 285. O indeferimento da medida não obsta a que a partededuza o pedido principal, nem influi no julgamento deste, salvo seo motivo do indeferimento for a declaração de decadência ou deprescrição

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Seção II

Das medidas de urgência requeridas em caráter incidental

� Art. 286. As medidas de que trata este Capítulo podem ser requeridas incidentalmente no curso da causa principal, nos próprios autos, independentemente do pagamento de novas custas.custas.

� Parágrafo único. Aplicam-se às medidas concedidas incidentalmente as disposições relativas às requeridas em caráter antecedente, no que couber.