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Guia do Facilitador – Curso para Agentes de Desenvolvimento 1 Curso para Agentes de Desenvolvimento Etapa 1 – Básica Módulo 2 – Agente do Desenvolvimento Unidade 4 – As Micro e Pequenas Empresas GUIA DO PARTICIPANTE

Curso para Agentes de Desenvolvimento - Veras Consultoria · Individual – EI; e, a Sociedade de Propósito Específico – SPE. Ambas podem acessar os benefícios da Lei Geral

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Guia do Facilitador – Curso para Agentes de Desenvolvimento 1

Curso para

Agentes de Desenvolvimento

Etapa 1 – Básica Módulo 2 – Agente do Desenvolvimento

Unidade 4 – As Micro e Pequenas Empresas

GUIA DO PARTICIPANTE

COPYRIGHT © 2010, FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS E CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – É permitida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, desde que divulgadas as fontes. FRENTE NACIONAL DE PREFEITOS – FNP Presidente: João Carlos Coser (Prefeito de Vitória/ES) 1º Vice-presidente nacional: Edvaldo Nogueira (Prefeito de Aracaju/SE) 2º Vice-presidente nacional: Eduardo Paes (Prefeito do Rio de Janeiro/RJ) 1ª Vice-presidenta de Relações Internacionais: Luzianne Lins (Prefeita de Fortaleza/CE) Secretária - geral: Maria do Carmo Lara Perpétuo (Prefeita de Betim/MG) Secretário- executivo: Gilberto Perre PROJETO INCENTIVO PARA O DESENVOLVIMENTO CONVÊNIO FNP E SEBRAE Coordenação Geral: Antônio Carlos Granado FNP - BRASÍLIA SRTVS – Quadra 701, Bloco H, Loja 10, Edifício Record, Sala 603 70.340-910 – Brasília – DF www.fnp.org.br CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS – CNM Presidente: Paulo Ziulkoski 1º Vice-presidente: vago por desincompatibilização 2º Vice-presidente: Luiz Benes Leocádio de Araujo 3° Vice-presidente: Pedro Ferreira de Souza 4° Vice-presidente: Valtenis Lino Da Silva CONVÊNIO CNM E SEBRAE NACIONAL Coordenação Geral: Augusto Braun CNM - BRASÍLIA SCRS 505, Bloco C Lote 01 - 3º andar CEP 70.350-530 – Brasília – DF www.cnm.org.br SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – SEBRAE Diretor Presidente: Paulo Tarciso Okamotto Diretor Técnico: Carlos Alberto dos Santos Diretor de Administração e Finanças: José Cláudio dos Santos SEBRAE NACIONAL - BRASÍLIA SEPN - Quadra 515 - Lote 03 - Bloco C - Asa Norte CEP 70.770-530 – Brasília – DF www.sebrae.com.br Ficha Catalográfica VERAS, Claudio; BARCELLOS, Flávio; OLIVEIRA, Inocêncio; SOUZA, Carlos; DIAS, Antônio Carlos. Curso para Agentes de Desenvolvimento: Agente de Desenvolvimento – As Micro e Pequenas Empresas - Brasília: FNP, CNM e Sebrae NA, 2010. 15 p. 1. Agente 2. Desenvolvimento 3. Pequenas Empresas I - Título

Guia do Participante – Curso para de Agentes de Desenvolvimento 3

Sumário

UNIDADE 4 – As Micro e Pequenas Empresas........................................... 4

1 Micro e Pequenas Empresas.............................................................. 4

1.1 A significância da MPE no mundo ..............................................................................7

1.2 A MPE no Brasil .........................................................................................................9

1.3 A Lei Geral ............................................................................................................... 13

2 Referências .................................................................................... 15

Guia do Participante – Curso para de Agentes de Desenvolvimento 4

UNIDADE 4 – As Micro e Pequenas Empresas

1 Micro e Pequenas Empresas

Esta unidade, parte do Módulo 2 será aplicada após o término da Unidade 3

– Território, Desenvolvimento e Competitividade. O tema é a Micro e

Pequena Empresa (MPE). Esta unidade pretende informar e sensibilizar os

participantes sobre a realidade das micro e pequenas empresas brasileiras e

sua relevância para a economia nacional e para os projetos de

desenvolvimento territorial.

Mais de 45% dos municípios brasileiros tem menos de 10.000 habitantes,

segundo a estimativa de população do IBGE atualizada em julho de 2009. A

mesma fonte mostra que 82% dos municípios têm menos de 30.000

habitantes. O Brasil é tipicamente um país de pequenos municípios. Como

também é um país de micro e pequenas empresas, como veremos com

mais detalhes nessa unidade. Quanto menor o município, tipicamente mais

relevante é a quantidade e a importância econômica das MPE para esse

município.

Antes de prosseguirmos pense e responda as questões:

Ao verem as imagens de T4M2U4 vocês reconhecem ou se lembram de

micro e pequenas empresas presentes em seu município?

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Quais são as características das micro e pequenas empresas no seu

município e qual é a realidade do dia-a-dia desses pequenos negócios?

Como é, hoje, o ambiente que essas pequenas empresas vivem no seu

município?

Vamos começar conceituando o que é Microempresa (ME) e Empresa de

Pequeno Porte Microempresa (EPP). ME e EPP são as sociedades

empresárias, sociedades simples e sociedade empresário, devidamente

registrados, e que atendam os seguintes limites, para categorização:

• Microempresa (ME): que recebam uma receita bruta anual igual ou

inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais).

• Empresa de Pequeno Porte (EPP): neste caso o limite é superior a R$

240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$

2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123, Cap I, Art

3) traz essas definições e, no mesmo artigo trata das exceções às quais não

é permitido o acesso aos benefícios da Lei Geral, como, por exemplo, as

pessoas jurídicas que participem do capital de outra pessoa jurídica; e das

permissões dentre as exceções, como, por exemplo, a participação no

capital de cooperativas de crédito. Para fins de recolhimento do ICMS

alguns estados definiram limites diferentes de receita bruta anual, mas que

não interferem no acesso aos benefícios da Lei Geral. Por força da Lei nº

11.488/2007, o regime diferenciado da ME e EPP foi estendido às

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sociedades cooperativas, que tenham recebido, no ano-calendário anterior,

receita bruta até os mesmos limites definidos acima, nela incluídos os atos

cooperados e não-cooperados.

A Lei Geral será objeto estudo neste curso, mas agora focaremos as Micro e

Pequenas Empresas. Conforme a T06M2U4, a Lei Complementar nº

128/2008, que alterou a Lei Geral, trouxe duas novas figuras: o Micro

Empreendedor Individual – MEI, simplesmente chamado de Empreendedor

Individual – EI; e, a Sociedade de Propósito Específico – SPE. Ambas podem

acessar os benefícios da Lei Geral. O EI por atender plenamente os

requisitos de microempresa, já a Sociedade de Propósito Específico por

estar conforme o novo parágrafo 5º, do Capítulo II, alterado pela própria LC

128/2008.

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1.1 A significância da MPE no mundo

Você sabe qual é a significância da MPE no mundo?

A T07M2U4 traz estatísticas sobre o percentual de MPE em alguns países ou

regiões do mundo, e segundo a estimativa da World Association for Small

and Medium Enterprises – WASME (Associação Mundial de Pequenas e

Médias Empresas) as pequenas empresas representam 98% das pequenas

empresas nos negócios formais do mundo.

É importante ressaltar o interessante aspecto de contribuição para a

inovação que as pequenas empresas trazem. Tomemos o exemplo do que

ocorre nos Estados Unidos. Tipicamente mais velozes no desenvolvimento

de soluções, as MPEs são, por exemplo, significativas na estratégia de

inovação da Agência Espacial Norte-Americana – NASA, dentre outras. A

participação das micro e pequenas empresas no fornecimento direto e

indireto ao Governo Federal norte-americano também é representativa,

alcançando 39%, segundo o relatório da Administração de Pequenos

Negócios – SBA, de 2008. Essa participação cresce quando se olha os

números dos estados e municípios (“countries”) norte-americanos.

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Mais de dois terços da riqueza mundial circula nas economias locais, a

economia dos municípios, onde prevalecem as MPE.

Vamos aproveitar o momento e refletir mais uma vez respondendo a

questão:

Qual é a importância das MPE para a economia do seu município?

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1.2 A MPE no Brasil

Vamos agora, através da T11M2U4, conhecer o perfil da MPE brasileira,

segundo levantamentos realizados pelo IBGE.

Vocês identificam esse perfil nas empresas dos seus municípios?

Apesar de sua representatividade em todo o mundo a MPE enfrenta muitas

dificuldades, inclusive no Brasil. A T12M2U4, apresenta as principais

dificuldades enfrentadas pela MPE no Brasil, identificadas em diversas

pesquisas do Sebrae.

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Mas apesar das muitas dificuldades a MPE tem elevada significância para a

economia brasileira, conforme podemos ver na T13M2U4.

A importância da MPE para o Brasil e, principalmente, para os municípios,

fica clara quando se analisa a evolução do saldo mensal acumulado de

empregos na MPE em comparação com os outros tipos de empresas, no

período de janeiro de 2005 a dezembro de 2008, últimos dados disponíveis

do IBGE, conforme se deduz da T14M2U4.

Guia do Participante – Curso para de Agentes de Desenvolvimento 11

No mesmo sentido, conforme a T15M2U4, na criação de empregos no Brasil

no primeiro semestre de 2009, destaca-se a diferença na geração de

empregos durante a recente crise econômica mundial de 2008 e 2009, a

favor da MPE. Esta foi, inclusive, objeto de manchete do jornal Folha de São

Paulo, chamando atenção para o fato de que enquanto as MPE criaram 450

mil novos empregos, as grandes empresas eliminaram 150 mil postos de

trabalho no primeiro semestre do ano de 2009.

Não obstante os bons resultados na criação de empregos a MPE, pela sua

significância e pelas dificuldades que enfrentam precisa ser apoiada, como

fazem todos os países desenvolvidos.

Lembrando sua responsabilidade para com o desenvolvimento local,

perguntamos: O que fazer para apoiara MPE?

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Segundo o Sebrae, para apoiar a MPE pode-se:

Facilitar o acesso ao crédito e reduzir o custo dos empréstimos

Facilitar a abertura e o funcionamento de micro e pequenas

empresas.

Estimular a capacitação profissional e o empreendedorismo.

Priorizar as pequenas empresas nas compras governamentais.

Investir em infra-estrutura e serviços públicos.

Promover o desenvolvimento do mercado local, regional e a

exportação

Ampliar o acesso à tecnologia

Apoiar as entidades representativas da sociedade

Adotar política de incentivos fiscais.

Todos os governos de países desenvolvidos possuem políticas públicas que

tratam simplificada e favorecidamente as MPE, exatamente por sua

relevância para o desenvolvimento econômico e social do país. O Brasil vem

evoluindo sua legislação relativa à MPE nos últimos 10 anos. A Lei

Complementar 123, sancionada em 14 de dezembro de 2006 pelo

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, ficou conhecida como Lei

Geral da Micro e Pequena Empresa. A Lei Geral é hoje uma das mais

modernas legislações do mundo relativa aos pequenos negócios, mas isso

não é garantia de que o desenvolvimento começará a acontecer no país a

partir dos pequenos negócios. A lei precisa ser implementada efetivamente

para que seus benefícios possam ser alcançados.

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1.3 A Lei Geral

Lei Geral possui 12 capítulos cujos conteúdos estão listados na T18M2U4. O

terceiro módulo deste curso apresentará a Lei Geral das Micro e Pequenas

Empresas em detalhes além de outras possibilidades para a melhoria do

ambiente para o desenvolvimento.

A Lei Geral foi aperfeiçoada através de duas alterações nos últimos 3 anos,

a Lei Complementar 127, de 2007, e a Lei Complementar 128, de 2008.

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E então? Vocês entendem que apoiar a MPE é uma boa estratégia para o

desenvolvimento do território?

Na próxima unidade vamos ver a relação entre a MPE e o Desenvolvimento

Local.

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2 Referências

Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa. DIEESE e Sebrae.

2008.

Governo dos Estados Unidos – Administração dos Pequenos Negócios (Small Business Administration) – www.sba.org.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – www.ibge.gov.br.

Lei Complementar 123/06, em www.leigeral.com.br.

Lei Complementar 127/07, em www.leigeral.com.br.

Lei Complementar 128/08, em www.leigeral.com.br.

Serviço Brasileiro de Apoio aos Micro e Pequenos Negócios – Sebrae – www.sebrae.com.br.

VERAS, Claudio. SOUZA, Carlos Roberto de Oliveira. Compras governamentais: uma oportunidade de negócios para a sua empresa - O que o empresário de micro e pequena empresa precisa saber e fazer para vender ao governo – Rio de Janeiro: Sebrae RJ, 2009.

VERAS, Claudio. SOUZA, Carlos Roberto de Oliveira. Oportunidades para o desenvolvimento dos municípios: o que a Prefeitura precisa saber e fazer para comprar das micro e pequenas empresas – Rio de Janeiro: Sebrae RJ, 2009.

World Association for Small and Medium Enterprises – www.wasmeinfo.org.