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Curso para Preletores e Líderes da Iluminação Superintendência das Atividades dos Preletores 1º semestre - 2014 SEICHO-NO-IE DO BRASIL

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Curso para Preletores e Líderes da Iluminação

Superintendência das Atividades dos Preletores

1 º s e m e s t r e - 2 0 1 4

SEICHO-NO-IE DO BRASIL

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Conteúdo

O preletor que transforma vidas .......................................................................................... 5

Mundo espiritual e o destino do homem .............................................................................. 9

Preletores + associação local = casa cheia ....................................................................... 15

A nova civilização .............................................................................................................. 19

Antes de tudo, sejamos bons para nós mesmos ............................................................... 25

Programa ........................................................................................................................... 29

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O preletor que transforma vidas

Todo ser humano nasce neste mundo com uma finalidade, uma missão especifica. Porém,

não podemos confundir missão com trabalho. Podemos definir trabalho como uma atividade

coordenada (física ou intelectual) necessária para a realização de qualquer tarefa, que pode ter

um prazo determinado ou não; missão é uma função conferida a alguém para realizar algo e

pode ser composta por diversos trabalhos.

Como líderes deste movimento, nossa missão é construir na face da Terra o Reino dos

Céus, de amor mútuo e cooperação; os trabalhos que realizamos com esta finalidade são ofertas

de trabalho físico, dedicação mental e contribuição monetária que auxiliam espiritualmente a

humanidade. A sutra sagrada Louvor aos Apóstolos da Missão Sagrada explica que nosso

compromisso com estes trabalhos é assumido quando nos conscientizamos da sagrada missão

para a qual fomos escolhidos por Deus e nos tornamos voluntariamente apóstolos dedicados à

salvação dos semelhantes.

Nesse caso, nós preletores e líderes da iluminação, recebemos de Deus a missão de

divulgar os Ensinamentos que conduzem as pessoas à salvação.

A Seicho-No-Ie do mundo terreno é a projeção, no nível fenomênico, do mundo da

Imagem Verdadeira que denominamos “Seicho-No-Ie”. São também “Seicho-No-Ie”

todos os lares onde está manifestada a perfeição do mundo da Imagem Verdadeira. (O

que é a Seicho-No-Ie, p. 21)

Os adeptos da Seicho-No-Ie são todos membros da “família Seicho-No-Ie” e devem

viver em conformidade com seus votos de aprimoramento espiritual (…), tendo como

meta tornarem-se “faróis” que iluminem todas as pessoas ao seu redor. (O que é a

Seicho-No-Ie, p. 19)

Estes, reunindo-se nos locais de pregação da Verdade recebem orientação dos dedicados

preletores que oram, agradecem, orientam e amam.

A “Seicho-No-Ie enquanto organização” e a “Seicho-No-le enquanto o próprio Universo”

são coisas distintas. Também dizemos “Seicho-No-Ie” referindo-nos ao mundo da

Imagem Verdadeira. (O que é a Seicho-No-Ie, p. 20)

Enquanto organização, assim como em todo movimento organizado, a Seicho-No-Ie

também possui hierarquia. O diferencial é que o preletor / líder da iluminação, com toda docilidade

e convergência ao centro, faz realizar a Seicho-No-Ie Imagem Verdadeira, vivenciando a Verdade.

Este é o objetivo máximo do Movimento de Iluminação da Humanidade, com o suporte da

organização.

Na revista Seicho-No-Ie nº 1 lançada em 1930 com o título “O Modo de Viver da Seicho-

No-Ie”, citando Tolstoi, o professor Masaharu Taniguchi diz:

Todo homem vive para o seu próprio bem, para sua própria felicidade. No instante em

que deixar de almejar a felicidade, ele não mais se sentirá vivo. O homem não consegue

pensar na vida sem relacioná-la ao desejo de ser feliz. Viver é, para todos os homens,

buscar e encontrar a felicidade.

Uma vez que nascemos neste mundo como seres humanos, queremos levar uma vida

humana feliz. Este é o desejo natural de todos nós. (p. 16)

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O trabalho dos líderes da Seicho-No-Ie, principalmente dos preletores e líderes da

iluminação, é dar um tratamento adequado para o público, indicando o sentido da vida através do

Ensinamento:

Como membros da “família Seicho-No-Ie”, vivamos de acordo com o ensinamento e

procuremos nos aprimorar constantemente, para que possamos nos tornar faróis que

iluminem as pessoas ao nosso redor.

Podemos dizer que a Seicho-No-Ie é uma religião transformadora de vidas que retira da

mente das pessoas a ideia do pecado, do sofrimento, dos maus hábitos levando-as a ter uma vida

de plena felicidade.

Para nos tornarmos os faróis de iluminação devemos viver conforme os votos de

aprimoramento espiritual e seguir a risca o termo de juramento que fizemos perante Deus e não

negligenciar a prática da Meditação Shinsokan, a leitura de livros da Verdade e a prática do amor

ao próximo. Este comportamento nos leva a uma condição de suma importância que é: primeiro

mudar a minha própria vida para depois servir de espelho para que as outras pessoas possam me

seguir (como farol que ilumina as pessoas ao redor).

Toda a argumentação de explicação deve se basear no texto das páginas 19 a 24 de O que é

Seicho-No-Ie.

Preletor, diretoria da Associação Local e adeptos são “um”

O preletor / líder da iluminação pode ter inúmeras atividades, mas deve ser sempre um

exemplo vivo da fé que abraçou, por isso é tão importante sua participação na Associação Local.

Como membro da Associação Local, o preletor / líder da iluminação deve ser o primeiro a

oferecer sua colaboração nos preparativos para as reuniões e ser o exemplo da boa convivência,

da amizade e da harmonização entre os dirigentes, vivendo o princípio da unidade. A Associação

Local é o lugar para viver na prática o Ensinamento, num clima de auxílio mútuo, apoio, respeito e

amor fraternal. Nesse ambiente, o estudo e a divulgação da Verdade propiciam o aprofundamento

da fé e a solução dos problemas.

O ensinamento (a Verdade) e a força vital são essencialmente um, e quem transmite as

palavras da Verdade e quem as ouve também são um, na essência, pois se originaram

de Deus único. Onde se manifesta a união intrínseca das pessoas, Deus Se revela; é

Ele que cura a doença, e não a força individual do orientador (…). (Princípio Básico da

Felicidade, p. 30)

A Associação Local é a porta de entrada das pessoas que buscam estudar a Verdade,

conhecer as leis mentais e tornar-se também as mensageiras dos Ensinamentos para doutrinar a

humanidade.

No livro Você é Dono de Potencialidade Infinita, o professor Kamino Kusumoto diz que

desde a sua infância vinha tendo atitudes extremamente egoístas e acreditava que este mundo

era um local onde se travavam lutas ferrenhas pela sobrevivência das pessoas e que os fracos

eram dominados pelos mais fortes. Porém quando leu com mais atenção os livros da coleção A

Verdade da Vida compreendeu que ele e toda criação de Deus são uma só Vida e assim passou a

agradecer a todas as coisas do céu e da terra. Desta forma, compreendeu que sua verdadeira

missão neste mundo era a da dedicação do amor a todas as pessoas.

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Da mesma forma, nossa missão como preletores é levar às pessoas essa compreensão de

reconhecer que eu e o outro somos uma só Vida e que o amor, o respeito mútuo e a gratidão são

o alicerce para que todos encontrem a verdadeira alegria de viver.

Viver em harmonia com as orientações do Centro

Sabemos que em toda criação de Deus existe um centro. Quando se respeita o centro

vivemos em perfeita ordem e harmonia. Exemplificando: na semente de uma flor existe a

Sabedoria Universal da mente de Deus e ao desabrochar segundo o plano divino, suas pétalas

convergem para o centro.

Em toda organização empresarial ou religiosa existe igualmente a figura do líder que

representa o seu centro e quando os seus colaboradores – funcionários ou voluntários (que é o

nosso caso) – observam e cumprem à risca as determinações e normas estabelecidas, essa

organização será coroada de pleno êxito.

Devemos manter sempre a disciplina em nossa organização e também dentro de nossa

Associação Local para que o centro seja respeitado e seguido. Quando não existe a convergência

para o centro, surgem comportamentos contrários como se todos estivessem dentro do mesmo

barco, mas remando para as direções que acreditam mais acertadas; naturalmente este

comportamento trará resultados não satisfatórios, já que a ação de um pode anular a dos outros.

Quando não existe a convergência, parece existir mais de um centro, surgem divergências e

acontecem as cisões no grupo. Dentro da organização é preciso cuidado para que não se formem

“grupinhos” ou “monopólios” que possam distorcer aquilo que deve ser prioritário: a harmonia, o

respeito, a boa convivência entre os membros de uma diretoria organizacional.

Cada membro da Seicho-No-Ie (…) não deve esquecer jamais que o centro imutável do

Movimento de Iluminação da Humanidade é a vontade divina expressa pelo trinômio:

Deus da Seicho-No-Ie – Supremo Presidente/Vice-Supremo Presidente – Ensinamento.

(O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 48)

Todos nós, preletores e líderes da iluminação da Seicho-No-Ie, vamos realizar nossa

missão espiritual quando cumprirmos corretamente as atribuições que nos foram concedidas por

Deus para concretizar o Reino dos Céus, de amor mútuo e cooperação.

Tratamento adequado para o público da Seicho-No-Ie

N‟O Livro dos Jovens, o professor Masaharu Taniguchi nos ensina que devemos combinar

o amor e a sabedoria, que são as duas rodas da vida; Jesus disse “Sede, pois, prudentes como as

serpentes e simples como as pombas”. Estas palavras ensinam que quem é apenas simples e

pacífico pode, por vezes, permitir que as pessoas se aproveitem dele. Por isso, além de sermos

pacíficos, devemos ser prudentes, sábios e sempre assistidos pela Sabedoria de Deus.

Como líderes do Movimento, devemos permanecer atentos às nossas atitudes e ao nosso

comportamento para com os adeptos, pois somos constantemente observados por eles. Devemos

conviver harmoniosamente com as pessoas e tratá-las com a mesma atenção, carinho e respeito,

não fazendo distinção por seu credo, raça ou quaisquer outras características.

Como Jesus disse “o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a

sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20:28). Portanto, nós, da mesma forma, praticamos o

Ensinamento da Seicho-No-Ie e pregamos a Verdade não como uma profissão ou como meio

para obter recursos – pois estes recebemos infinitamente de Deus –, mas como uma forma de

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cumprir a missão de servir e dar a vida para a salvação de toda a humanidade. O que nos cabe é

estudar, compreender e assimilar profundamente os Ensinamentos, e nos empenharmos cada vez

mais na doação de amor ao próximo.

Para que possamos estar prontos para atender e auxiliar as pessoas que nos procuram,

devemos estar muito bem preparados física, mental e espiritualmente. Para tanto, não devemos

negligenciar em nossas práticas diárias a Meditação Shinsokan e o estudo sistemático das obras

sagradas.

Livro-texto: O que é a Seicho-No-Ie e O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação

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Mundo espiritual e o destino do homem

A formação do destino e o mundo espiritual

O professor Masaharu Taniguchi nos ensina em seus vários textos como se forma o

destino de um indivíduo e da coletividade. O ponto principal deste ensinamento está no fato de

que o nosso destino não só é desenhado por nós e que sempre podemos realizar as correções

necessárias para um maior crescimento e felicidade. Sob esta perspectiva, estudaremos a

influência do mundo espiritual na formação de nosso destino.

Em A Verdade da Vida v. 9, p. 100, são apresentados os elementos formadores de nosso

destino:

Segundo explica Vetterini, quase metade de todos os tipos de sorte que uma

determinada “vida” recebe é determinada pela lei do carma. Do restante, uma metade é

livremente manipulável pelo indivíduo e a outra metade está nas corretoras mãos dos

espíritos elevados. A proporção desses principais determinantes da vida de cada ser foi

transmitida em tom claro, regular e firme, através da boca de Reine: a metade da vida é

determinada pelo carma; uma quarta parte pertence ao livre arbítrio de cada um; e outra

quarta parte está nas mãos dos espíritos elevados.

Está claro que é necessária a intervenção corretora dos espíritos. Se assim não fosse, e

o carma se tornasse absoluto, a Moral seria destroçada, e não haveria nenhuma

evolução.

Em Mundo Espiritual e o Destino do Homem, p. 38, o professor Masaharu Taniguchi

explica:

Pode-se pensar que o homem foi empurrado para um destino penoso e parece que não

há outro caminho a não ser suportar, seguir em frente. Nessa situação onde o esforço

humano nada alcança, necessita-se da ajuda de um espírito superior ou da proteção

divina. Como metade do destino do homem é formada pelo carma de vidas passadas, ¼

depende do esforço próprio e ¼ restante, que poderia ser bem mais infeliz, pode ser

salvo, corrigido ou melhorado por Deus ou por espírito superior.

A ação dos espíritos elevados

A Verdade da Vida v. 9 assim explica sobre a ação dos espíritos elevados no destino da

coletividade, narrando o relato de Reine:

Eles, os espíritos elevados, estavam fazendo de tudo o que podiam para evitar a terrível

sorte da Terra – ou melhor, estavam tentando ao máximo corrigi-la. Na vida terrena, há

pontos fatais que não podem ser modificados de maneira alguma, por mais que os

espíritos tentem. Porém, em relação ao que vem a decorrer em consequência da

personalidade das pessoas no seu inter-relacionamento e aos acontecimentos

resultantes da decisão dos homens, os espíritos elevados são dotados de influente

poder. A maior parte dos grandes movimentos ou correntes que abalam o mundo é

provocada ou é corrigida pelos espíritos. No presente caso, a atuação sobre o

sentimento humano precisa ser bem grande, porque é necessário modificar a atitude da

humanidade. (A Verdade da Vida v. 9, pp. 190-191)

O recebimento da correta orientação do mundo espiritual para a construção de um destino

feliz

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Quanto a este ponto, encontramos uma orientação detalhada e esclarecedora no texto

“Oração para receber a orientação do Espirito Superior”, constante na página 131 em diante,

contido na sutra sagrada A Verdade em Orações v. 2.

Sobre as ideias repentinas

O fato é que as ideias repentinas costumam surgir na mente das pessoas no seu dia a

dia e vão traçando-lhes o destino.

Realmente, as ideias repentinas possuem o misterioso poder de agira sobre o destino

das pessoas. Essas ideias, que surgem sem que as tenhamos elaborado ou planejado,

podem traçar um destino feliz ou infeliz, dependendo de sua natureza.

O ser misterioso que suscita ideias repentinas não está na mente da própria pessoa.

Tais ideias surgem em consequência das vibrações que algum espírito transmite do

mundo espiritual. (A Verdade em Orações v. 2, p. 132)

Vale a pena ler também o capítulo 4 de A Verdade da Vida v. 4, pois lá consta uma orientação

diversa sobre ideias repentinas, que pode ser utilizado em complemento a esta.

Dois tipos de ideias que influem nos nossos atos, advindas do mundo espiritual

Grosso modo, existem duas espécies de seres misteriosos que emitem, do mundo

espiritual, ideias que influem sobre nossos atos: espíritos benignos que nos transmitem

constantemente ideias corretas para melhorar o nosso destino, e espíritos malignos que

nos transmitem ideias errôneas para estragar o nosso destino. (A Verdade em Orações

v. 2, pp. 132-133)

Espíritos benignos – espíritos protetores e antepassados

Espíritos benignos são os “espíritos protetores titulares” que, tendo recebido de Deus a

missão de conduzir as pessoas para o caminho do bem, orientam-nas constantemente.

Geralmente, o espírito protetor de uma pessoa é o espírito de algum antepassado, que

alcançou um nível superior e possui poderes divinos. Quando a pessoa assume um

trabalho específico muito importante, um outro espírito superior, versado nessa função

específica, é designado como “espírito protetor em missão especial” a fim de orientá-la.

O espírito benigno protege e orienta a pessoa enviando-lhe boas ideias. Essa

transmissão é captada pela pessoa e surge em sua mente como “ideia repentina”.

Agindo conforme essa boa ideia, a pessoa obtém bom resultado. (A Verdade em

Orações v. 2, p. 133)

Recebendo as orientações dos Espíritos Superiores

As orientações do “espírito protetor titular” e do “espírito protetor em missão especial”

são perfeitas. Por isso, quem capta as ideias transmitidas pelos espíritos protetores e

age conforme as ideias repentinas e positivas não terá um destino adverso, não

cometerá erros nem sofrerá fracassos. Entretanto, às vezes as pessoas criam distúrbios

em suas ondas mentais por se deixarem dominar por ambições materiais ou

perseguirem avidamente os prazeres físicos; em consequência, perdem a sintonia com

as vibrações mentais transmitidas pelo seu “espírito protetor titular” ou pelo “espírito

protetor em missão especial” e não conseguem mais captar as ideias protetoras e

orientadoras provenientes deles. É nessas horas que as pessoas captam as vibrações

nocivas transmitidas pelos espíritos em ilusão ou espíritos vingativos; e, julgando serem

suas próprias ideias os pensamentos que lhe surgem repentinamente nessas ocasiões,

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agem de acordo com tais pensamentos e acabam fracassando. Para não cair nessa

situação, as pessoas precisam praticar a Meditação Shinsokan todos os dias a fim de

corrigir e afinar suas vibrações mentais e manter o estado mental correto, propício para

captar as vibrações orientadoras do espírito protetor de categoria superior enviado por

Deus. (A Verdade em Orações v. 2, pp. 133-134)

Orações e cerimônias aos antepassados

Revisando a terminologia

Anteriormente chamávamos as cerimônias e orações aos antepassados de “culto”. Porém

na língua japonesa, estas são chamadas de kuyō, que possui significado diverso.

“Culto” se relaciona à ideia de “adoração”. No Cristianismo existe a ideia de que somente

se presta culto (adoração) a Deus.

Kuyō (供養) segundo os dicionários “Daijirin” e “Kokugo Jiten” de língua japonesa, significa

oferecer ou ofertar algo a Buda ou aos espíritos. Significa “oferenda” ou “oferta”. Também aparece

como “oferecer orações para os espíritos”. O professor Masaharu Taniguchi explica no prefácio do

livro Mundo Espiritual e o Destino do Homem que esta oferta faz parte dos chamados seis

„paramitas‟, do chamado „dana paramita‟, traduzido como caridade, que consiste em doação. Esta

doação pode ser o oferecimento de “oferendas materiais”, como alimentos, líquidos e incensos,

mas também podem ser o oferecimento de palavras da Verdade (Dharma).

O professor Masaharu Taniguchi reforça nesse texto a responsabilidade dos

descendentes:

Oferecer a estes espíritos (…) a Verdade da Imagem Verdadeira do homem, para

conduzi-los à iluminação e aproximá-los mais do estado de completa liberdade, é nossa

obrigação e missão como descendentes. (Mundo Espiritual e o Destino do Homem,

prefácio)

Na China e também em algumas religiões e crenças japonesas, os rituais relacionados aos

antepassados incorporam a chamada “fé e adoração aos ancestrais”; aí sim cabe dizer “culto” aos

antepassados (Sosen-suhai). Não é o caso da Seicho-No-Ie.

Não existe espírito em ilusão

Não se deve evocar os espíritos dos antepassados nem dirigir-se a eles como espíritos em

ilusão. Quem considera existir espíritos em ilusão é que está em ilusão. Desta forma, a orientação

dada no livro é a importância de realizar as orações e cerimônias somente com sentimento de

gratidão.

Há um provérbio budista que diz: “Um sacerdote na família salva nove gerações”. Nove

gerações são as do trisavô, do bisavô, do avô, do pai, da própria pessoa, do filho, do

neto, do bisneto e do trineto. Para alguém salvar as almas dos antepassados, para que

eles passem a viver no paraíso eterno onde reinam anjos, não é preciso dedicar oração

a cada uma delas nem se tornar sacerdote. O importante é eu próprio despertar para a

Verdade, alcançar a iluminação e descobrir um mundo puro, mesmo continuando a viver

no mundo terreno. (Mundo Espiritual e o Destino do Homem, p. 199)

Elementos do rito xintoísta

No livro Mundo Espiritual e o Destino do Homem e também em Melhore seu Destino

Orando pelos Antepassados, o professor Masaharu Taniguchi nos apresenta explicações sobre

elementos do rito xintoísta de ofícios religiosos aos antepassados. É o caso do “canto numeral”,

do galho da árvore de Sakaki utilizado na consagração do Tamagushi etc. O importante é

observar que isto não significa necessariamente que estes elementos devam constar nos ritos

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adotados pela Seicho-No-Ie. No livro Melhore seu Destino Orando pelos Antepassados consta

que o rito a ser adotado deve ser conforme a religião de origem da família.

A oferta de incenso, como vimos anteriormente, faz parte do rito budista, e atualmente faz

parte do cerimonial da Seicho-No-Ie, bem como a organização do altar, que tem elementos

xintoístas e também budistas.

Santuário Hoozo do Brasil

Significado fundamental de orar no Santuário Hoozo

O significado fundamental de orar no Santuário Hoozo é:

1) Agradecer às divindades consagradas no Santuário.

2) Agradecer às almas dos antepassados que estão protegidos e orientados pelas divindades

consagradas.

3) Solicitar às divindades protetoras do Santuário orientação para desenvolver o Movimento de

Iluminação da Humanidade.

4) Receber das divindades e dos antepassados orientação individual e, também, ideias e força

para atuar em prol do Movimento de Iluminação da Humanidade.

Sacrário

O sacrário (Shinden) é dividido em três partes:

Shiunden – local onde estão consagrados os registros espirituais da Oração Perpétua aos

Apóstolos da Missão Sagrada Espiritual.

Hoozogu – local onde estão consagrados os registros espirituais das almas dos

antepassados da família, almas individuais e anjinhos.

Kōmyogu – local onde estão consagrados os registros espirituais do Santo da Missão

Sagrada Espiritual.

Oração perpétua aos apóstolos da Missão Sagrada Espiritual

Podem ser inscritos como apóstolos da Missão Sagrada Espiritual para receber oração

eternamente:

A pessoa que em vida demonstrar a intenção de ser consagrada na Oração Perpétua

do Santuário Hoozo do Brasil após a morte do corpo carnal;

No caso de familiares ou parentes de pessoa já falecida desejarem inscrevê-la na

Oração Perpétua do Santuário Hoozo do Brasil;

No caso de desejarem inscrever os anjinhos, sejam abortos espontâneos ou

provocados, e os natimortos na Oração Perpétua do Santuário Hoozo do Brasil.

Caso a pessoa se inscreva em vida, receberá oração desde o momento em que a inscrição

for efetivada. Atualmente, os registros das pessoas inscritas em vida ficam próximos ao quadro do

Jisso do Salão Nobre da Sede Central da SEICHO-NO-IE DO BRASIL. Quando as obras

estiverem concluídas, estes registros serão transferidos para a Casa de Oração na Academia Sul-

Americana de Treinamento Espiritual de Ibiúna (SP). Os registros daqueles que faleceram,

inclusive anjinhos, são consagrados diretamente no sacrário.

Na Oração Perpétua, o Apóstolo da Missão Sagrada Espiritual deve ser inscrito, evocado e

consagrado individualmente, pois não existe consagração pelo sobrenome da família.

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Santo da Missão Sagrada Espiritual

Caso a família queira que o membro da Missão Sagrada continue cumprindo a Missão

Sagrada mesmo após a passagem para o mundo espiritual e a família continue efetuando a

contribuição mensal poderá ser consagrado como Santo da Missão Sagrada Espiritual no

Santuário Hoozo do Brasil. Mesmo a pessoa que não tenha sido membro da Missão Sagrada em

vida poderá ser consagrada como Santo da Missão Sagrada Espiritual quando a família solicitar a

inclusão do nome. Só será incluída como Santo da Missão Sagrada Espiritual a alma individual e

não poderão ser incluídas almas apenas pelo sobrenome da família.

Registros espirituais

Existem três tipos de registros espirituais que são consagrados no Hoozogu, a saber:

Alma de (registro espiritual de alma individual): os descendentes devem renovar todos

os anos o registro espiritual a ser consagrado no Santuário Hoozo do Brasil, lembrando

as virtudes da pessoa falecida até 50 anos após a morte do corpo carnal, com

sentimento sincero de gratidão e retribuição. No registro espiritual deve ser escrito o

nome completo da pessoa falecida.

Sublime e abençoado anjo do Reino de Deus (registro espiritual de anjinho): a alma

que foi transferida para o mundo espiritual por meio de aborto deve ser consagrada no

registro espiritual de anjinho. Se não tiver nome, deve colocar o nome completo no

anjinho e escrever esse nome no registro espiritual.

Almas dos antepassados da família (registro espiritual de família): a alma da pessoa

falecida há mais de 50 anos deve ser consagrada como “Almas dos Antepassados da

Família xxx” e, como tal, escrita no registro espiritual para receber orações. Entretanto,

mesmo que a morte tenha ocorrido há mais de 50 anos, no caso de pessoas que

tiveram morte por suicídio, acidente, morte em guerra, desaparecidas ou no caso de

crianças abortadas (espontânea ou intencionalmente) podem ser consagradas

escrevendo o nome do falecido no registro espiritual de alma individual.

Sobre o espírito individual que não seja da família nem dos parentes, ao invés de uma

pessoa sem vínculo parentesco escrever registro espiritual imprudentemente, recomenda-se

orientar que o próprio descendente de cada espírito individual escreva o registro espiritual. Se o

natural é aceitar com docilidade e gratidão a todas as coisas que nos são proporcionadas – assim

como aceitamos docilmente a Vida para nascermos neste mundo e somos vivificados por ela

constantemente –, então podemos dizer que é natural agradecermos a Deus pela Vida que nos

mantém; desta forma, também será natural agradecermos por aqueles que nos proporcionaram

nascer neste mundo, recebendo a Vida de Deus e sendo vivificados por ela: nossos pais e

antepassados. Por isso, mais importante do que inscrever diversas almas desconhecidas nos

registros espirituais do Santuário Hoozo é colaborar para que os próprios descendentes

manifestem o sentimento de gratidão:

O solo é Deus, as raízes são os antepassados, o tronco simboliza os pais, e os galhos e

as folhas são os filhos. Para que tenha flores e bons frutos nos galhos, é preciso

gratidão aos pais e Oração de Gratidão aos Antepassados. (Mundo Espiritual e o

Destino do Homem, p. 201)

Livro-texto: Mundo Espiritual e o Destino do Homem

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3ª au

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Preletores + associação local = casa cheia

Muitas vezes nos pronunciamos favoráveis à iluminação do maior número de pessoas.

Também é comum ouvir em nossa organização que objetivamos levar luz à humanidade. Porém,

quando deparamos com algumas reuniões de Associação Local com poucas pessoas, às vezes,

poderemos nos sentir frustrados por não conseguirmos realizar o objetivo do Movimento de

Iluminação da Humanidade.

Qual é a postura, física (ação) e/ou mental, que devemos tomar para fazer de nossas

Associações Locais ambientes de mais amor, para que atraiam mais pessoas?

O sentimento que move o preletor da Seicho-No-Ie

Desejo que reflitam acerca da razão de essas pessoas estarem participando do

movimento da Seicho-No-Ie (...) e também o que levou vocês a aderirem a este

movimento. (...) Ao praticar os ensinamentos no cotidiano, cada membro estará

promovendo a felicidade e a prosperidade para si e para a família; mas não se limitar a

isso é o caminho do apóstolo da iluminação. (O que Deve Fazer o Dedicado à

Iluminação, p. 18)

(...) as pessoas que receberam graças devem se conscientizar de que são apóstolos da

Missão Sagrada, que têm a missão de salvar os outros e, participando sempre das

reuniões de adeptos, devem relatar suas experiências para influenciar correta e

positivamente os iniciantes e conduzi-los para a Verdade. (O que Deve Fazer o

Dedicado à Iluminação, p. 101)

Ao nos propormos a difundir ao mundo os ensinamentos da Seicho-No-Ie, não visamos

à obtenção de vantagens materiais para nós mesmos, nem ambicionamos ser grandes

mestres e conduzir a vida dos outros. Simplesmente queremos transmitir a Verdade aos

outros porque não conseguimos deixar de fazê-lo. (O que é a Seicho-No-Ie, pp. 96-97)

Como falar da Seicho-No-Ie para o público do meu convívio

O local onde cada um vive já é o lugar que lhe foi designado para difundir a Seicho-No-

Ie. (…) O lar está em primeiro lugar. Se o seu lar não estiver em harmonia, dirão que os

ensinamentos da Seicho-No-Ie não são bons. Farão comentários como: “Veja aquela

família. Fulano tornou-se adepto fervoroso da Seicho-No-Ie, mas a situação na casa

dele não está nada boa”. Quem é alvo de tal comentário não está disseminando a

Seicho-No-Ie. Ao contrário, está fazendo contrapropaganda. Com certeza, quem não é

benquisto no lar não é um verdadeiro seguidor da Seicho-No-Ie. (O que Deve Fazer o

Dedicado à Iluminação, p. 21)

Uma vez que tenhamos despertado para a Verdade, devemos nos empenhar em

transmitir a Verdade ao maior número possível de pessoas, utilizando todos os meios de

comunicação disponíveis. Isso não é, de maneira alguma, um trabalho que vise a

interesses egoísticos, e sim um trabalho sublime que visa à manifestação da Imagem

verdadeira (“Eu Verdadeiro”, divino) de todas as pessoas; e, para tanto, é preciso utilizar

os mais variados métodos e expedientes, de acordo com a época. (O que é a Seicho-

No-Ie, p. 103)

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Como convidar o público a participar das atividades da Seicho-No-Ie

A Seicho-No-Ie é Movimento de Iluminação da Humanidade. Por isso, é importante que

a pessoa que prega o ensinamento, na qualidade de preletor da Seicho-No-Ie, seja

antes de tudo dona de uma atmosfera radiante. Se o próprio indivíduo que se propõe a

iluminar as pessoas ao seu redor possui atmosfera sombria, não poderá desempenhar

essa missão. (Manual do Preletor v. 1, p. 85)

Antes de tudo, vocês devem ser sempre bons e gentis no local de trabalho e tornar-se

benquistos pelos colegas; devem esforçar-se para criar em torno de si uma atmosfera

tal que os outros passem a fazer comentários como: “É impossível contrariar o que ele

diz”. É importante demonstrar amor e bondade de modo natural, espontâneo, praticando

atos como: visitar um colega doente ou ir à casa de um colega prestar auxílio quando

ele estiver precisando de apoio. (O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 45)

É especialmente importante a questão de iluminar o local de trabalho, pois é aí que o

homem despende a maior parte das horas do dia. Se o local de trabalho não é

satisfatório, a vida de cada dia torna-se insuportável. Neste sentido, a iluminação do

local de trabalho constitui um relevante setor do novo campo de atuação. Para atuar no

local de trabalho, o preletor precisa, necessariamente, conhecer o plano de orientação

no campo da educação e da prosperidade, baseado no ensinamento da Seicho-No-Ie.

Tendo esses conhecimentos, poderá atuar não só no local de trabalho, mas na

comunidade onde reside, ensinando às mães da vizinhança o segredo para criar bons

filhos (...). (Manual do Preletor v. 1, p. 86)

Em A Verdade da Vida v. 38, p. 51, consta o seguinte:

O método mais eficiente e rápido para transformar o mundo em paraíso consiste em

realizar plenamente, com dedicação e alegria, os afazeres que estão diante de nós. As

coisas e os fatos que estão diante de nós foram-nos dados por Deus.

Com esse pensamento, devemos nos empenhar para a concretização do “Projeto 30” em

cada uma das Associações Locais da SEICHO-NO-IE DO BRASIL. Cientes de nosso trabalho,

devemos trabalhar visando reuniões com o mínimo de 30 pessoas, semanalmente.

Algumas ações se fazem necessárias para sempre estarmos com a “casa cheia”:

Reuniões atrativas: temas e programações que atraiam os participantes;

Orientação (pessoal ou palestras): os preletores e líderes da iluminação devem estudar mais

que o habitual, a fim de fazer com que as reuniões sejam eventos marcantes;

Academia: os preletores e líderes da iluminação devem incentivar cada vez mais aos

participantes a frequentarem as academias de treinamento espiritual;

Divulgação: voltar a divulgar animadamente as nossas atividades. As divulgações necessitam ser

feitas para as pessoas que já conhecemos e ainda não convidamos, como por exemplo, a

manicure, o funileiro, o contador, a atendente da loja, o porteiro do prédio, o colega de trabalho

etc., mas também podem ser feitas para quem já convidamos anteriormente;

Divulgação mensal de revistas da Seicho-No-Ie: os preletores e líderes da iluminação precisam

estar engajados na divulgação mensal de revistas, inspirando os adeptos e demais líderes a levar

a Verdade aos lares da região onde está situada a Associação Local;

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Recepção: os preletores e líderes da iluminação podem se oferecer para permanecerem na

recepção por mais vezes. A postura doutrinária, a atmosfera de respeito e alegria ao receber um

adepto e também um participante pela primeira vez, pode dar o “tom” da nossa atividade;

Conferências especiais: bimestralmente, trimestralmente ou semestralmente, as associações

podem fazer mais conferências locais (que são reuniões mais elaboradas). Quando chamarem um

orientador de fora, devem procurar escalar também um preletor ou líder da iluminação “da casa”

para orientar a conferência;

Visitas de bênção: os membros da Associação Local devem manter o hábito de orarem uns

pelos outros e estenderem sua convivência para além das reuniões – uma das formas de realizar

esta prática é através das visitas de bênção, que devem ser incentivadas pela própria liderança ao

invés de esperar que sejam solicitadas pelos adeptos.

Acreditamos que o primeiro passo para termos mais gente em nossas reuniões... é contar com a

presença dos preletores em suas próprias associações locais nos dias de atividades.

Contamos com todos!

Livro-texto: O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, O que é Seicho-No-Ie e Manual do

Preletor v. 1

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4ª au

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A nova civilização

Introdução

A Seicho-No-Ie não nega a ciência. Muito pelo contrário, o seu fundador, prof. Masaharu

Taniguchi, escreveu a coleção A Verdade da Vida em 40 volumes, a coletânea A

Verdade em 10 volumes (sic), dentre outros livros, citando muitas descobertas da Física

Nuclear e da Psicologia. Por isso, eu também, seguindo os passos do meu predecessor,

vim-me esforçando para enfatizar que, sem a harmonia com a Natureza, não é possível

alcançar a felicidade humana com base em conhecimentos científicos. (Decisão em Prol

das Futuras Gerações, p. 50)

Desperdício e extravagância

Conforme falei anteriormente, a atual civilização é resultado da “Revolução Industrial”.

Através da descoberta do combustível fóssil e evolução das diversas tecnologias

científicas, ampliaram-se em todo o mundo a cultura do descarte, da produção em

massa, do desperdício em massa, do descarte em massa. Como consequência, foi

violado o ecossistema do planeta Terra, começando com a biodiversidade, ocorrendo o

fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas.

Na civilização que dá valor supremo ao desenvolvimento econômico, é consumido

grande volume de energia e os recursos naturais do planeta Terra vieram se exaurindo.

E diante dessa situação de redução dos recursos naturais, como a energia, o ser

humano pensou no uso da energia nuclear.

(…) a vida na cidade está repleta de propagandas e produtos novos apelativos que

excitam a ambição humana e, por isso, quanto mais aumenta o número de moradores

na cidade, a sociedade humana avança em direção à satisfação da ambição e, como

consequência, agrava a destruição da natureza.

Na cidade temos escadas rolantes, elevadores, toda espécie de meios de comunicação,

painéis eletrônicos etc. em abundância, para que o ser humano possa viver de forma

cômoda e confortável, e eles consomem grande volume de energia. Todavia, o morador

da cidade não tem consciência disso e não consegue parar de levar uma “vida que

usurpa dos outros”. (Aula “Antiga e Nova Partida”, proferida pela professora Junko

Taniguchi no Curso Internacional da Seicho-No-Ie pela Paz Mundial no “Escritório na

Floresta” – 2013)

Viemos expandindo a nossa civilização pensando: “Conseguimos fazer tudo que

desejamos com o poder da ciência e da tecnologia. Somente o nosso progresso

importa. Podemos usar a Natureza como instrumento”. Creio que nisso está o grande

problema. (Decisão em Prol das Futuras Gerações, p. 136)

O ser humano muitas vezes se esquece de que faz parte da Natureza. Não podemos

esquecer essa verdade mais que óbvia. Por exemplo, nós respiramos o ar. Como não o

criamos, somos vivificados por ele. (…) O oxigênio é produzido pelas plantas do

mundo natural e, só por este fato, percebemos que somos um com a Natureza, fazemos

parte dela. (Decisão em Prol das Futuras Gerações, p. 136)

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A atual civilização, que propiciou e continua propiciando o desenvolvimento nos diversos

segmentos (social, científico etc.) e também demasiado conforto ao ser humano, nas mais

variadas áreas da vida individual bem como em sociedade, tem contribuído e ainda contribui para

o adoecimento do planeta Terra, que é um ser vivente. Assim como o homem que possui vários

corpos, o planeta Terra também possui vários corpos: a crosta terrestre corresponde ao corpo

carnal do homem, e as camadas internas são, respectivamente, de fora para dentro, corpos

etéreo, astral e espiritual.

O adoecimento do planeta Terra dá-se por meio de várias ações por parte do homem

como poluição dos rios, desmatamento das florestas, emissão de dióxido de carbono na

atmosfera etc.

No livro Vivendo com Plena Liberdade parte 1, p. 45, o professor Masaharu Taniguchi cita

que “O homem, visto em seu aspecto „corporal‟, é uma espécie de „filho da Terra‟, pois se originou

da Terra. Por isso, quando surgem fendas no corpo etéreo da Terra e torna-se difícil controlar e

conter as explosões, o homem também sofre a sua influência e passa a manifestar

incontrolavelmente os sentimentos e desejos mundanos nos seus atos. Os comportamentos

anormais, as violências, os escândalos, a busca desenfreada dos prazeres, a exibição do corpo

nu – essa tendência aumentou consideravelmente depois que o corpo etéreo da Terra começou a

ser ferido pelas explosões nucleares. Observando esse fato, compreende-se claramente que

existe estreito relacionamento entre a Terra e o homem”.

Pode-se dizer que esta civilização, em prol da ambição material “desenfreada”,

independente de ser por desconhecimento, omissão ou comodismo, desconsidera e despreza o

ensinamento contido na “Revelação Divina da Grande Harmonia”, que prega: “Reconcilia-te com

todas as coisas do Céu e da Terra”.

Significado da nova civilização

Sinto que a confusão da política japonesa dos últimos anos esteja refletindo a confusão

de toda a humanidade, que se encontra em época de transição da civilização. Muitos

especialistas afirmam de modo unânime que hoje, quando estão visíveis os limites da

civilização baseada em combustível fóssil, ou civilização baseada em recursos

subterrâneos, que durou vários anos desde a Revolução Industrial, a humanidade deve

substituir a velha civilização pela nova. A confusão está sendo gerada porque ninguém

consegue apresentar um método concreto, um modelo do processo de transição. A

nova civilização, aqui, significa naturalmente uma civilização de coexistência com a

Natureza ou civilização baseada em recursos da superfície terrestre, que utilize

basicamente uma energia natural renovável. (Decisão em Prol das Futuras Gerações,

pp.128-129)

A construção de uma nova civilização

Hoje, a população mundial continua aumentando, e os países populosos em

desenvolvimento continuam a crescer economicamente com o objetivo de alcançar uma

vida baseada em consumo material no mesmo nível dos países desenvolvidos. Assim, a

demanda energética cresceu rapidamente, a Natureza foi destruída, os gases de efeito

estufa aumentaram na atmosfera, ocorreram mudanças climáticas, a competição pelos

recursos se intensificou, o preço dos alimentos disparou... Não estamos conseguindo

interromper este ciclo vicioso. A humanidade precisa abandonar a teoria de que a

Natureza é infinita e decidir viver de acordo com a teoria de que a Terra é finita. E

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criar um sistema ou mecanismo em nível global, que possibilite a coexistência pacífica

de todos os países, mantendo a ambição e as atividades econômicas da humanidade

em um nível que seja possível a estabilização da Natureza, e diminuindo a desigualdade

econômica mundial. (Decisão em Prol das Futuras Gerações, pp.130-131)

O governador de Tóquio usou a expressão “castigo dos céus” referindo-se ao Grande

Terremoto e foi severamente criticado. A Seicho-No-Ie jamais acredita em Deus que

castiga as pessoas. O que à primeira vista parece castigo dos céus é uma repreensão

de Deus, de Buda, do nosso interior ao nosso falso eu. Precisamos viver seguindo

essa voz!

Assim, devemos conscientizar cada vez mais o filho de Deus, o Buda do nosso interior,

e agradecer a todas as coisas do mundo natural: a tudo, aos minerais, aos automóveis,

à eletricidade. Devemos transformar o nosso modo de viver: de uma vida que usa e

descarta os produtos de modo incontrolado, para uma vida que se harmoniza com todas

as coisas, que agradece a todas as coisas, e que não produz desperdícios. Para tanto,

não devemos buscar a prosperidade material, que acrescenta coisas de fora. Devemos

contribuir para mudar a civilização, propagando para maior número de pessoas uma

vida que agradece às bênçãos da Natureza que já nos foram dadas, ao amor das

pessoas, e que utiliza objetos valorizando-os. Devemos seguir nesta direção! (Decisão

em Prol das Futuras Gerações, pp.141-142)

Chegou um momento em que não só no Japão, mas também em várias partes do

mundo, a humanidade precisa refletir profundamente para qual direção irá seguir de

agora em diante. Se ampliarmos o estilo de vida dos países desenvolvidos, está claro

que, além de ocorrer o agravamento do aquecimento global, logo faltarão alimentos,

recursos e energia. Nesse sentido, o fato de acontecer no Japão, mesmo que por um

curto período a falta de mercadorias e de energia possui um significado. Graças a

esses acontecimentos, podemos repensar nosso estilo de vida de até agora, reconhecer

que levávamos uma vida materialista, cheia de desperdícios, e revalorizar os bons

costumes tradicionais. Assim, percebemos que nossos ancestrais levavam uma vida

que reverenciava a matéria: utilizavam os objetos reconhecendo a vontade de Deus, a

vontade de Buda e o amor das pessoas por trás daquilo que parece matéria, e tentavam

aproveitá-los ao máximo. Por muito tempo eles levaram de vida. Precisamos mudar o

nosso estilo de vida e passar a adotar esse modo de viver, com economia de recursos e

energia, e em coexistência com a Natureza. O nosso Movimento também se encontra

em uma importante fase de mudança, e, no meio dessa confusão, devemos descobrir a

direção correta e avançar com passos firmes nesse caminho. (Decisão em Prol das

Futuras Gerações, pp.145-146)

Base da nova civilização: o princípio do Relógio de Sol

Assim, precisamos difundir ainda mais este modo de viver segundo o Princípio do

Relógio de Sol, e transmitir corretamente o ensinamento “Homem, filho de Deus” que

existe por trás dele. Ao praticarmos o modo de viver segundo este Princípio,

conseguiremos nos libertar de uma espécie de “fome espiritual” de querer mais bens

materiais, de querer viajar para longe, bem como da sensação de insuficiência e

insegurança.

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O Japão atual possui fartura de bens materiais, mas as pessoas enfrentam uma espécie

de “pobreza espiritual”. Justamente por possuírem objetos com fartura, o seu espírito

passa fome. Por meio do Princípio do Relógio de Sol, podemos encontrar um caminho

para nos libertarmos desse estilo de vida materialista. Isso acarretará uma mudança de

valores, e passaremos a sentir felicidade não acrescentando algo de fora, mas sim

desenvolvendo nossa natureza divina interior. Passaremos a sentir satisfação não

subtraindo dos outros, mas oferecendo aos outros. Este novo estilo de vida se expandirá

por meio desta prática. Caso contrário será impossível a humanidade crescer

juntamente com a Natureza, e seu futuro será incerto.

A fase de o ser humano enriquecer destruindo a Natureza já é coisa do passado.

Gostaria de expandir ainda mais, juntamente com os senhores, o movimento para

difundir a consciência de que somos um com a Natureza e somos preenchidos de

bênçãos de Deus.

Vamos desenvolver ainda mais, de modo amplo, o Princípio do Relógio de Sol, proposto

pelo sagrado mestre Masaharu Taniguchi. (Decisão em Prol das Futuras Gerações,

pp.151-152)

Despertar a verdadeira natureza do homem, que é a natureza divina ou búdica, está

ligado à verdadeira felicidade. Até chegar ao mesmo, os caminhos são diversos e

passam por diversas “provas”, e mesmo confundido e envolvido por diversos usos e

costumes, pouco a pouco nos despertaremos para a consciência de “filho de Deus”.

Nós, dirigentes da Seicho-No-Ie, ao conhecermos a Verdade da Seicho-No-Ie,

aprendemos como fazer para manifestar claramente a natureza divina ou búdica

inerente.

Aprendemos o caminho, mas praticar isso na vida cotidiana não é algo tão fácil. Mas

gostaria que praticassem com forte decisão as três práticas espirituais e o modo de vida

do princípio do Relógio de Sol. Com forte decisão, pratiquemos o Ensinamento dentro

da vida e tornemo-nos aqueles que experienciam e constroem a “Nova Civilização”.

(Aula “Antiga e Nova Partida”, proferida pela professora Junko Taniguchi no Curso

Internacional da Seicho-No-Ie pela Paz Mundial no “Escritório na Floresta” – 2013)

Aparentemente a construção de uma nova civilização pode parecer uma ideia impraticável

quando observamos o modelo de vida que atualmente predomina na humanidade. Entretanto, a

proposta da construção de um novo modo de viver é parte presente do Ensinamento da Seicho-

No-Ie, desde a sua fundação. Para que esta nova civilização tome forma, precisamos, cada dia

mais, intensificar a prática do modo de viver segundo o Princípio do Relógio de Sol. Registrar

apenas as horas em que o sol brilha significa aplicar a fé religiosa no cotidiano, contemplando o

Bem existente no todo e, com isso, reconduzir a mente para Deus. Este ato por si só promove a

renovação constante da fé e desenvolve o olhar atencioso direcionado ao todo indivisível,

deixando para trás o ego e os desejos que dele provêm. Com isso o consumo exagerado,

causado em grande parte pela “pobreza espiritual”, também desaparece, prevalecendo o modo de

viver que vivifica a tudo e a todos, com economia de recursos e energia, e em coexistência com a

Natureza.

Transição

Precisamos parar de nos apegar ao mundo natural, mamar o mel da Natureza e destruir

o resto que não nos serve. A palavra “mel” pode soar estranha, mas se refere a tudo

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que é prazeroso ao nosso corpo carnal. Não quero dizer que não podemos obter

benefícios da Natureza. Quero dizer que, além de receber, devemos oferecer também.

Neste momento, creio que seja importante optarmos por não obter benefícios da

Natureza e preservar o seu estado atual, quando houver riscos de destruí-la.

Como primeiro passo, devemos mudar aos poucos o nosso estilo de vida atual,

começando por aquilo que é possível. Se mudarmos muito repentinamente, o impacto

será grande e a adaptação será difícil. Por isso, devemos mudar aos poucos, passo a

passo. Nós estamos pensando nesse tipo de processo. (…) decidimos transferir a Sede

Internacional da Seicho-No-Ie para o meio da floresta, como primeiro passo. Não vamos

nos mudar para a floresta movidos por apego a ela (risos). (Decisão em Prol das

Futuras Gerações, p. 208)

A mudança do modo de viver não é algo que se dê instantaneamente, mas que deve

acontecer gradativamente. A mudança do estilo de vida provando que a coexistência entre o

homem e a Natureza é algo possível pode ser ilustrada com a transferência da Sede Internacional

da Seicho-No-Ie para a floresta, com utilização de energia renovável e redução da utilização dos

demais recursos, indo ao encontro da proposta de construção da nova civilização.

No livro Imagem Verdadeira e Fenômeno, p. 153, o professor Masaharu Taniguchi escreve

que “(…) para purificar o mundo é necessário tempo (…)”, por isso a reverência à Vida e a

inserção do homem na Natureza devem ser realizados de forma natural e gradativa, mas

constante, comprovando a Verdade de que tudo funciona como um organismo ou, em outras a

palavras, “Neste Universo tudo forma uma unidade (…)”, também citadas pelo professor

Masanobu Taniguchi no livro Caminho da Paz pela Fé – a Fé na Atualidade (p. 149).

O viver religioso preconizado pela Seicho-No-Ie não se limita à salvação individual, mas

amplia a consciência de unidade com o todo para a construção de uma civilização que reverencie

a Vida.

Livro-texto: Decisão em Prol das Futuras Gerações

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5ª au

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Antes de tudo, sejamos bons para nós mesmos

Os preletores da Seicho-No-Ie são maravilhosos apóstolos da iluminação, que um dia,

tendo recebido a bênção de conhecer a Verdade “Homem, filho de Deus”, desejam transmitir essa

Verdade para que outras pessoas possam também encontrar o caminho da salvação. Porém,

nessa jornada missionária, são comumente acometidos por diversos questionamentos, originários

de várias situações, como problemas familiares, financeiros, profissionais, entre outros. A

inconstância do mundo fenomênico pode levar o preletor ao desânimo e à desmotivação. Mas por

que isso ocorre?

No texto abaixo, que consta no artigo 2 das Diretrizes do Movimento de Iluminação da

Humanidade, o professor Masaharu Taniguchi nos fala que, na maioria das vezes, buscamos o

Ensinamento para obter respostas e soluções para esses problemas, e isso não constitui nenhum

mal:

Desejo que reflitam acerca da razão de essas pessoas estarem participando do

movimento da Seicho-No-Ie (considero participação o simples fato de entrar em contato

com nosso pensamento religioso) e também sobre o que levou vocês a aderirem a este

movimento. Em primeiro lugar, notem que o artigo diz que “a motivação não deve ser

apenas a busca de felicidade e prosperidade para si e para os familiares; nem somente

o propósito de praticar os ensinamentos na vida pessoal”. Logo a seguir, porém, está

escrito que “isso também é importante” – não diz que é errado desejar a felicidade e a

prosperidade para si próprio e para a família. Não há, portanto, necessidade de sentir-se

constrangido em desejar a felicidade própria e da família, o que é um sentimento

natural. Ao praticar os ensinamentos no cotidiano, cada membro estará promovendo a

felicidade e a prosperidade para si e para a família; mas não se limitar a isso é o

caminho do apóstolo da iluminação. (O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 18)

Portanto, não é preciso que nos sintamos constrangidos pelo fato de estarmos buscando

essa felicidade pessoal. Mas é preciso observar que esse é um estágio inicial, que devemos nos

esforçar para subir os degraus do desenvolvimento, sabendo que ao praticarmos e nos

aprimorarmos, perceberemos que tudo se concretizará na medida de nossa compreensão.

O tema da aula nos diz que devemos, “antes de tudo, sermos bons conosco mesmos”.

Mas o que significa sermos bons para nós mesmos?

Talvez pensemos que ser bondosos conosco seja termos compaixão de nós mesmos,

sermos tolerantes com nossa situação fenomênica e esperarmos o mesmo dos outros. É claro

que o sentimento de solidariedade de nossos companheiros é importante em momentos de

dificuldades pelos quais passamos. Mas na verdade, a expressão “ser bondosos para conosco”

tem outra conotação:

A Seicho-No-Ie ensina que, antes de tudo, devemos passar por uma transformação

radical. Ensina que devemos ser, antes de tudo, bondosos conosco mesmos. Mas o que

isso significa? É fundamental sabermos corretamente quem somos “nós próprios”. Curar

a doença do nosso corpo, melhorar a situação financeira de nossa família, promover a

saúde dos nossos familiares, fazer prosperar os negócios da família, proporcionar

felicidade a nós próprios e à nossa família – tudo isso é, de modo geral, ser bondosos

conosco mesmos; mas precisamos ter uma nova visão de “nós próprios” e manifestar o

nosso Eu verdadeiro o máximo possível. Isso é ser verdadeiramente bons conosco

mesmos.

Se nos considerássemos uma simples existência carnal e levássemos uma vida

egocêntrica, achando que bastaria conseguir a felicidade própria e da família,

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satisfazendo o nosso insignificante eu falso, não estaríamos sendo bons com o nosso

Eu verdadeiro. Devemos abandonar o eu falso e manifestar cada vez mais o Eu

verdadeiro. (O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, pp. 18-19)

A compreensão de que precisamos manifestar cada vez mais o nosso Eu verdadeiro, que

é o próprio Deus, nos torna mais fortes para atravessarmos os momentos de turbulência do

mundo fenomênico, sem que isso abale a nossa fé e convicção.

Assim, façamos sempre essa reflexão, para que as dificuldades do dia a dia não se tornem

justificativas para deixarmos de praticar os Ensinamentos da Seicho-No-Ie.

Na Seicho-No-Ie aprendemos o princípio da identidade de todas as religiões na sua

essência. E nós, como ávidos perseguidores da origem da nossa vida, buscamos a Verdade e

temos a curiosidade de conhecer outros Ensinamentos, a fim de comprovar essa identidade

intrínseca entre eles. É comum que, mesmo entre os adeptos da Seicho-No-Ie, muitos ainda

busquem outros segmentos religiosos à procura de algo que complemente seus Ensinamentos, ou

que dê outra resposta que os satisfaça. Isso faz parte do processo normal de aprendizado. Mas,

por que, mesmo conhecendo um Ensinamento tão completo como a Seicho-No-Ie, alguns

preletores e líderes da iluminação ainda buscam outros Ensinamentos?

(…) hoje em dia, é imprescindível a existência de uma religião completa como a Seicho-

No-Ie, que prega a identidade de todas as religiões na essência e vivifica a tudo e a

todos. Encerra um profundo significado o fato de Deus ter divulgado através da

“trombeta”, que sou eu, o ensinamento que harmoniza e vivifica todas as religiões e toda

a humanidade. Se bastasse que as pessoas buscassem apenas para si o renascimento

no paraíso ou graças divinas neste mundo – como pregam algumas religiões

tradicionais –, não precisaria ter surgido a Seicho-No-Ie. Se surgiu uma religião que

prega a identidade de todas as religiões, foi por desígnio especial de Deus; e as

pessoas que se reuniram para ouvir os ensinamentos são predestinadas a cumprir uma

missão especial. Vocês conheceram esta religião porque têm uma ligação especial e

profunda com Deus e são os anjos que aqui vieram, atraídos pelo som da “trombeta”,

assim como foi profetizado na Bíblia: “Ele enviará os seus anjos”. (O que Deve Fazer o

Dedicado à Iluminação, p. 20)

Se compreendermos que viemos à Seicho-No-Ie porque temos um vínculo especial com

Deus, e que Ele é a origem desses Ensinamentos, perceberemos que não há necessidade de

“buscar Deus” em outros segmentos religiosos.

Na verdade, não existe outra meta senão a iluminação, e em todas as pessoas está

latente a força para conduzi-las a essa meta. As pessoas passam por várias fases: fase

em que levam uma vida pecaminosa e não se sentem maculadas com isso, fase em que

começam a abominar tal conduta e procuram um meio de fuga, fase em que tomam a

iniciativa de buscar o caminho, de buscar uma religião. O que faz com que as pessoas

passem por tudo isso é a natureza divina latente nelas. Portanto, não há nenhum mal

nesse processo, e devemos aceitar cada fase com sentimento de gratidão. (Princípio

Básico da Felicidade, p. 101)

Podemos então dizer que cada pessoa está numa fase específica de aprimoramento, e

mesmo aquelas que buscam em outras religiões aquilo que pensam não ter encontrado na

Seicho-No-Ie, de acordo com as suas convicções acerca dos Ensinamentos, estão passando por

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uma experiência necessária em suas vidas. Vamos, assim, orar por elas, reverenciá-las e

acreditar em sua natureza divina, na sua Imagem Verdadeira para que, dessa forma, encontrem o

caminho para manifestação de seu Eu verdadeiro, que é essencialmente filho de Deus.

E em que consiste a conscientização de que o homem é filho de Deus?

É a grande conscientização que pode ser assim expressa: “Não sou um simples

indivíduo, mas sim o ser real que abrange em si o Universo; eu sou o todo”. Pensar

desse modo significa ser verdadeiramente bom consigo mesmo. Ser bom consigo

mesmo não é eximir-se das próprias responsabilidades. Considerar-se um ser

insignificante que precisa fugir das responsabilidades é uma ofensa contra si mesmo,

não é ser bom consigo. Portanto, tomar consciência de que é “o ser real que abrange

tudo dentro de si” e agir como tal é a verdadeira prova de que adquiriu a convicção de

que o homem é filho de Deus. (O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 31)

Para sermos realmente felizes, precisamos vencer o complexo de inferioridade e

adquirir a convicção de que somos seres autônomos, ou seja, que gozamos de total

liberdade em qualquer ambiente. (O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 33)

Assim, a convicção de que podemos moldar o nosso destino e as circunstâncias

fenomênicas, e transpor qualquer dificuldade vem dessa conscientização. Quando adquirirmos

essa convicção, não necessitaremos mais responsabilizar as pessoas, as circunstâncias, o meio

em que estamos nem mesmo a Seicho-No-Ie. Mas, como adquirir a convicção necessária para

enfrentar qualquer tipo de situação? Isto só será possível através da prática dos Ensinamentos.

As três práticas da Seicho-No-Ie que levam à compreensão integral da Verdade

Para assimilar a Verdade da Seicho-No-Ie, há os meios estáticos – como a Meditação

Shinsokan e a leitura de revistas e livros sagrados –, mas é preciso também utilizar-se

de meios dinâmicos. A Verdade é a própria Vida, e a essência da Vida é o movimento.

Sendo assim, a Verdade só revelará a sua forma original latente – a força vivificadora –

quando a pessoa passar a se mobilizar, a usar os meios dinâmicos.

A única forma de se conseguir apreender integralmente a Imagem Verdadeira é: de um

lado, ler revistas e livros sagrados como a Seicho-No-Ie e A Verdade da Vida para

adquirir o correto conhecimento da Verdade e se precaver contra pensamentos iníquos;

e, de outro lado, praticar assiduamente a Meditação Shinsokan para elevar o

conhecimento da Verdade até transformá-lo em fé e, desse modo, manifestá-lo sob a

forma de prática de caridade e amor. A Verdade se manifesta como força viva e

dinâmica quando o conhecimento a respeito dela é vivificado pela fé e colocado em

prática sob a forma de atos de caridade e amor. Nossa mente deixa, então, de ter uma

visão apenas superficial da Verdade e se identifica com a verdadeira Vida que constitui

a nossa Imagem Verdadeira original. Em outras palavras, deixamos de ficar fazendo

intermináveis debates sobre a Imagem Verdadeira e tornamo-nos de fato um com ela.

Nesse momento, podemos afirmar que apreendemos integralmente a Verdade.

(Explicações Detalhadas sobre a Meditação Shinsokan, p. 216)

Nossa missão é grandiosa! Vamos cumpri-la com alegria, tendo a certeza de que fomos

escolhidos por Deus, vivendo plenamente e buscando a verdadeira salvação religiosa, através da

fé verdadeira.

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Se nos consideramos salvos por ter obtido graças de cunho material, não se pode dizer

que a nossa Vida alcançou a plena liberdade. Permanecemos presos à matéria e ao

mundo ao nosso redor e, portanto, não nos tornamos verdadeiramente livres. Não digo

que as pessoas que entram para a Seicho-No-Ie não obtêm graças de natureza

material. Em várias publicações nossas são citados muitos casos de pessoas que as

conseguiram. Para algumas pessoas, a obtenção de graças de cunho material é um

caminho que as leva à fé verdadeira, mas, para outras, constitui um empecilho para

adquirir a fé verdadeira.

(…) esclareço o seguinte a todas as pessoas que abraçam uma religião: a fé que

consiste na busca de graças é apenas uma “fase introdutória”. Após essa fase, é

necessário libertar-se do desejo de buscar as graças. Somente quando alcançar esse

estado espiritual superior e regozijar-se com a plena libertação da Vida, a pessoa

poderá dizer que alcançou a verdadeira salvação religiosa. (Princípio Básico da

Felicidade, pp. 134-135)

Vejamos como deve ser a conduta dos preletores e líderes da iluminação:

“Embora se empenhe na salvação de todos os seres vivos, a estes não se apega – eis a

conduta do apóstolo da iluminação. Embora deseje afastar-se do mundo fenomênico,

não se entrega ao desgaste do corpo e da mente – eis a conduta do apóstolo da

iluminação. Embora esteja vivendo a transitória vida fenomênica, cultiva diversas

virtudes – eis a conduta do apóstolo da iluminação. Embora esteja vivendo no transitório

mundo fenomênico, conduz o povo à iluminação – eis a conduta do apóstolo da

iluminação”. (Sutra Vimalakirti. In: O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, p. 7)

Livro-texto: O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação e Princípio Básico da Felicidade

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Pro

grama

Programa

Data: 16 de março de 2014

Local: Subsede-SP (transmissão on-line para as Regionais)

07h00 Início da transmissão e contatos com as Regionais

08h00 Leitura da sutra sagrada Chuva de Néctar da Verdade – Preletora em grau Sênior Leonor

Ichikawa

09h00 Hino Sagrado Canção à Primavera

09h05 Cerimônia de abertura

Hino Sagrado Meu Deus, oh! Meu Senhor

Declaração de abertura

Hino Nacional Brasileiro

Reverências e Oração de Abertura – Preletor da Sede Internacional Junji Miyaura

Palavras de abertura – 10‟ – Preletor em grau Máster Tuguio Teramae

09h30 Hino Sagrado Universo Magnificente

09h35 1ª aula – 30‟ – Preletor da Sede Internacional Fernando Antonio Mendes Marques

Tema: O preletor que transforma vidas

- Preletor, diretoria da Associação Local e adeptos são um

- Viver em harmonia com as orientações do centro

- Tratamento adequado para o público da Seicho-No-Ie

Livro-texto: O que é a Seicho-No-Ie e O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação

10h05 Hino Sagrado Purificando

10h10 2ª aula – 30‟ – Preletor da Sede Internacional Yoshio Mukai

Tema: O mundo espiritual e o destino do homem

- Mundo espiritual e o destino da humanidade

- Oração perpétua

- Santuário Hoozo do Brasil

Livro-texto: Mundo Espiritual e o Destino do Homem

10h40 Hino Sagrado Habitantes da Terra

10h45 3ª aula – 30‟ – Preletor da Sede Internacional Carlos Alberto da Silva

Tema: Preletores + Associação Local = casa cheia

- Método prático para atrair pessoas

- Como falar da Seicho-No-Ie para o público do meu convívio (família, amigos, colegas de trabalho

etc.)

- Como convidar o público a participar das atividades da Seicho-No-Ie

Livro-texto: O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação, O que é a Seicho-No-Ie e Manual do

Preletor v. 1

11h15 Trabalho em grupo – 20‟ – Preletor da Sede Internacional Carlos Alberto da Silva

Os grupos deverão aplicar o que foi explanado em questões do cotidiano da Associação Local. As

questões devem ser desenvolvidas de tal forma que, ao estudá-las, os preletores tenham diversos

momentos de reflexão e despertar sobre a sua própria atuação na Associação Local a que pertence.

11h35 Decisões pessoais com relação aos itens apresentados – 15‟

Um preletor da própria Regional conduzirá esta atividade. Os participantes apresentarão sua

decisão (individual) com relação à sua própria Associação Local, aplicando conceitos apreendidos

durante a atividade.

3’ introdução / 10’ apresentação / 2’ conclusão

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11h50 Conclusão geral – 5‟ – Preletor da Sede Internacional Carlos Alberto da Silva

11h55 Avisos – Revelação Divina “A Refeição da Seicho-No-Ie” – Almoço – 80’

13h15 Música Festa do Bem

Hino Sagrado Concretização do Paraíso

13h25 4ª aula – 30‟ – Preletora da Sede Internacional Marie Murakami

Tema: A nova civilização

- Mensagem de ano novo

- Viver a religiosidade na atualidade

- Escritório na Floresta

Livro-texto: Decisão em Prol das Futuras Gerações

13h55 Divulgação do Curso Internacional da Seicho-No-Ie pela Paz Mundial – Brasil 2014 – 20‟ –

Preletora em grau Sênior Daniela Cristina Seghessi

14h15 Hino Sagrado É Primavera!

14h20 Perguntas e respostas – 40‟

Todos os orientadores

15h00 Hino Sagrado Assim como Brilha o Sol

15h05 5ª aula – 30‟ – Preletor da Sede Internacional Junji Miyaura

Tema: Antes de tudo, sejamos bons para nós mesmos

- Como solucionar as questões particulares em culpa

- Dificuldade em praticar Meditação Shinsokan, leitura de livros e sutras sagradas

- Interesse por outros segmentos religiosos

- Convicção para falar sobre o Ensinamento

Livro-texto: O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação

15h35 Preenchimento da ficha de impressão – 15‟

15h50 Reverências e Oração de Encerramento – Preletor da Sede Internacional Junji Miyaura

Hino Sagrado Marcha da Missão

16h00 Encerramento

Livros-texto: Decisão em Prol das Futuras Gerações

Manual do Preletor v. 1

Mundo Espiritual e o Destino do Homem (ainda não publicado; título provisório)

O que Deve Fazer o Dedicado à Iluminação

O que é a Seicho-No-Ie

Orientadores: Preletor da Sede Internacional Junji Miyaura

Preletora com designação especial da Seicho-No-Ie para América Latina Marie Murakami

Preletor com designação especial da Seicho-No-Ie para América Latina Yoshio Mukai

Preletor da Sede Internacional Fernando Antonio Mendes Marques

Preletor da Sede Internacional Carlos Alberto da Silva

Coordenadora geral: Preletora em grau Sênior Kati Satoko Miura