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1 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS 2018 - PISM II HISTÓRIA MÓDULO II 5) Os EUA: Guerra de Secessão e a organização do Estado 5.1) INTRODUÇÃO -colonos provenientes da Inglaterra e se fixaram na zona leste -o governo inglês concedia através de cartas régias a permissão para se formar colônias no Novo Mundo, sendo doações do rei -grupos formados por puritanos calvinistas atravessavam o atlântico para a formação de uma nova sociedade política semi-independente da Inglaterra -milhares de colonos vieram a ocupar a região anteriormente ocupada pelos indígenas, chegando a cerca de 1,5 milhão de pessoas no século XVIII, que chegou ao recorde de treze colônias -apesar de terem a mesma origem, cada colônia tinha sua particularidade: As do sul eram geralmente ocupadas por pessoas pobres (artesãos, agricultores e aventureiros em busca de enriquecimento rápido). Depois da revolução puritana, muitos defensores da monarquia absolutista migraram para a região, se tornando grande proprietários de terras e escravos, dando a principal característica da região sulista. O norte, chamado de Nova Inglaterra tornou-se abrigo de puritanos e pobres fugidos de perseguições religiosas; davam prioridade para a educação. As colônias do centro reuniam aspectos tanto das nortistas, quanto das sulistas, se caracterizavam por ser uma sociedade cosmopolita e heterogênea formada por diversos povos da Europa. 5.2) O AUTOGOVERNO -apesar da subordinação à Inglaterra, algumas colônias gozavam de autonomia, principalmente as colônias do norte que podiam escolher seu próprio governador. -no século XVIII essa relação ficou ainda mais abalada, por causa da tentativa de maior controle do governo inglês da economia norte americana, principalmente o impedimento de se implantar fábricas que concorressem com as britânicas. -sem contar que toda mercadoria só poderia ser transportada em navio inglês e toda importação só poderia ser feito da metrópole.

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1 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS – 2018 - PISM II – HISTÓRIA – MÓDULO II

5) Os EUA: Guerra de Secessão e a organização do Estado

5.1) INTRODUÇÃO

-colonos provenientes da Inglaterra e se fixaram na zona leste

-o governo inglês concedia através de cartas régias a permissão para se formar colônias no Novo Mundo,

sendo doações do rei

-grupos formados por puritanos calvinistas atravessavam o atlântico

para a formação de uma nova sociedade política semi-independente

da Inglaterra

-milhares de colonos vieram a ocupar a região anteriormente ocupada

pelos indígenas, chegando a cerca de 1,5 milhão de pessoas no século

XVIII, que chegou ao recorde de treze colônias

-apesar de terem a mesma origem, cada colônia tinha sua

particularidade:

As do sul eram geralmente ocupadas por pessoas pobres (artesãos,

agricultores e aventureiros em busca de enriquecimento rápido).

Depois da revolução puritana, muitos defensores da monarquia

absolutista migraram para a região, se tornando grande proprietários de terras e escravos, dando a principal

característica da região sulista.

O norte, chamado de Nova Inglaterra tornou-se abrigo de puritanos e pobres fugidos de perseguições

religiosas; davam prioridade para a educação.

As colônias do centro reuniam aspectos tanto das nortistas, quanto das sulistas, se caracterizavam por ser

uma sociedade cosmopolita e heterogênea formada por diversos povos da Europa.

5.2) O AUTOGOVERNO

-apesar da subordinação à Inglaterra, algumas colônias gozavam de autonomia, principalmente as colônias

do norte que podiam escolher seu próprio governador.

-no século XVIII essa relação ficou ainda mais abalada, por causa da tentativa de maior controle do governo

inglês da economia norte americana, principalmente o impedimento de se implantar fábricas que

concorressem com as britânicas.

-sem contar que toda mercadoria só poderia ser transportada em navio inglês e toda importação só poderia

ser feito da metrópole.

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-todas essas limitações provocaram descontentamento por parte dos colonos

-Guerra dos sete anos (1756-1763): conflito entre França e Inglaterra por terras na América do Norte, na

África e na Ásia. Deixou a Inglaterra em péssima situação financeira que decidiu interferir cada vez mais na

colônia americana.

O parlamento aprovou a taxação de importação sobre qualquer produto (papel, metal, vidro, chá),

além do impedimento de se exportar de qualquer outro país

Essas medidas mostraram insatisfação da população das treze colônias e diversas manifestações

contra o governo britânico, começaram a boicotar navios vindos da Inglaterra e a questionar direito

de o parlamento britânico taxar as colônias.

-essas medidas surtiram efeito e o parlamento recuou mantendo o imposto apenas no chá

-os colonos começaram a contrabandear chá da Holanda, e o ápice do enfrentamento foi em 1773 quando

três navios da Companhia Britânica das Índias Ocidentais carregados de chá forma atacados no porto de

Boston, Massachusetts.

-em represália, o parlamento britânico fechou o porto de Boston, ocupou militarmente a cidade e restringiu

poderes da assembleia de Massachusetts.

Essas medidas ficaram conhecidas como Leis intoleráveis.

-em 1774, todas as colônias reuniram no primeiro congresso continental, e enviaram um oficio ao rei George

III e ao parlamento pedindo a revogação das leis intoleráveis, o que não foi feito.

-apesar da união para o congresso a sociedade se encontrava dividida em dois grupos:

Os patriotas, contrários ao domínio inglês, composto por representantes do norte e do centro

Os legalistas, fieis ao rei da Inglaterra, composto por latifundiários do sul.

3.3) INDEPENDÊNCIA

-algumas semanas antes do segundo congresso continental (1775), tropas britânicas entraram em conflito

com grupos patriotas

-o congresso rompeu com a metrópole e passou a funcionar como controlador das treze colônias aprovando

a formação de um exército continental americano. Para comandar foi escolhido o nome de George

Washington.

-em julho de 1776, uma comissão formada por John Adam, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson entregou

a um comitê do congresso continental a declaração de independência das treze colônias, agora Estados

Unidos da América.

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-após a declaração, teve inicio imediato à guerra de independência.

-França, Holanda e Espanha interessadas no enfraquecimento da Inglaterra entraram no conflito ao lado dos

revoltosos; conflito este que se estendeu até 1781.

-em 17833, foi assinado um acordo pela paz, quando a Inglaterra reconheceu formalmente a independência.

-em 1788 a constituição do EUA foi promulgada, esta que se encontra

em vigor até hoje. Influenciada pelas ideias iluministas, definia o país

como uma república, a divisão dos três poderes (executivo, legislativo e

judiciário), estabelecia a soberania popular como fonte de legitimação

do poder, reconhecia os direitos civis e políticos dos cidadãos e

garantia a liberdade religiosa e de opinião.

-em 1789, em razão da guerra de independência, George Washington

foi eleito o primeiro presidente do EUA.

Lendo e Interpretando Imagens:

A Estátua da Liberdade é um símbolo da Independência Norte

Americana, tendo sido um presente francês em comemoração ao

centenário da Independência.

- O que mais lhe chama atenção na Imagem?

- Quais elementos podem fazer alusão à Independência?

- Em sua opinião, o que a Estátua representa, tendo em vista o lugar que os EUA ocupam no cenário

mundial?

*FILME: O ÚLTIMO DOS MOICANOS (Michael Mann, 1992) *

*FILME: AS LOUCURAS DO REI GEORGE (Nicholas Hytner, 1994) *

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Independência das colônias espanholas

- administração colonial pela metrópole para obtenção de

riquezas

- leis e suas aplicações eram definidas pela coroa espanhola e,

portanto, serviam aos seus interesses políticos e econômicos

- Domínio econômico colonial - colonos só podiam comprar e

vender produtos da Espanha.

- Este pacto era ruim para os colonos pois desvalorizava seus

produtos, que eram vendidos mais barato, porém compravam

com preços altos – lucro aos espanhóis

- processo de independência advindo de um contexto de

mudanças como: surgimento e florescimento dos ideais

iluministas na América, questionamento sobre o pacto colonial, e a invasão da Espanha pelas tropas

napoleônicas, que foi o momento de enfraquecimento do controle colonial e ponto de tensão que favoreceu o

processo de independência

- intelectuais da América Espanhola inspiram-se no conjunto de ideias iluministas

- maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, filhos de espanhóis nascidos na América

desprovidos de amplos direitos políticos nas grandes instituições do mundo colonial espanhol e viam na

independência uma forma de obtenção de poder político.

- processo de independência das colônias espanholas foi violento, pois houve resistência militar por parte da

Espanha. As guerras de independência geraram milhares de mortes de ambos os lados.

- movimentos de independência, embora liderados pelos criollos, contou com a participação de negros,

mestiços, brancos das camadas mais pobres e até mesmo de indígenas.

- Os processos de independência dos países latino-americanos, em princípio, acenavam para a instalação de

governos liberais e da democracia na América. O atraso colonial seria finalmente abandonado pelas

promessas de felicidade e igualdade tão fortemente disseminadas pelo ideário iluminista, porém não foi

exatamente o que ocorreu, o que se viu foi um processo de substituição de um controle colonial pautado na

metrópole, para um controle a partir das elites locais.

- Com isso ganha força um personagem importante para a América, o caudilho. Descendente da elite

colonial criolla, o caudilho usou de seu poder econômico para o alcance das instituições políticas e,

consequentemente, de seus interesses pessoais.

- “Tendo uma relação ambígua com os poderes, o caudilho somente reconhecia as instituições que

estivessem harmoniosamente submetidas à manutenção de seus privilégios. Transformando-se em um tipo

de experiência política observável em toda a América Latina, o caudilhismo foi um fenômeno histórico

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vivenciado em países como Argentina, Brasil, Chile, Haiti e Peru. Mesmo usando da força para preservar-se,

o fenômeno caudilhista não resistiu às transformações do tempo. Ao longo do século XX, os fenômenos de

industrialização, urbanização e imigração europeia enfraqueceram o poder de atuação dos caudilhos.” 1

Principais nomes do processo de Independência

José de San Martín

Ajudou a consolidar a independência da Argentina, combatendo os espanhóis atravessando os Andes e

contribuindo com a libertação do Chile.

Antonio José de Sucre

Dedicou-se a libertação da Venezuela, Peru, Bolívia e Colômbia.

Simon Bolívar

Bolívar contribuiu para consolidar a independência da Colômbia, Venezuela, Equador e Bolívia. Costuma se

atribuir a Bolívar o papel precursor do pan-americanismo, por ocasião de suas ideias em relação à unificação

dos territórios da antiga América espanhola na formação da Gran Colômbia. Entre os princípios defendidos

por Bolívar pode-se destacar:

Nações livres, sem nenhuma interferência das potências estrangeiras e totalmente independentes,

tanto política como economicamente.

União dos povos, tanto com objetivo de formar blocos, sejam políticos ou econômicos, como para

discutir problemas de ordem mundial.

Tupac Amaru

Foi o nome adotado por José Gabriel Condorcanqui, após ler e conhecer a história do lendário índio na

resistência à colonização. Candorcanqui foi adotado como Tupac Amaru II. Após ler a história do real Tupac

e ter contato com as ideias iluministas, já que estudou na Universidade de São Marcos (Lima, Peru)

organizou um movimento emancipacionista que contou com o apoio da elite criolla. A rebelião começou em

1780, com a execução de um dos chefes espanhóis da administração colonial e influenciou o pensamento de

mestiços, indígenas, escravos e colonos empobrecidos, que se rebelaram contra a coroa. Porém suas ideias

eram ameaças para a elite criolla que resolveu prende-lo e julgá-lo. Tupac teve a língua cortada e teve seu

1 SOUSA, Rainer Gonçalves. "Caudilhismo"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/caudilhismo.htm>. Acesso em 01 de fev de 2017.

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corpo arrastado por uma tropa de cavalos. Depois do episódio, outras lutas sangrentas resultaram na

execução de 80 mil rebeldes.2

Lendo e interpretando imagens

- O que mais lhe chamou atenção nas imagens acima?

- Como estão representados os personagens?

- Por que, em sua opinião, estão representados dessa maneira?

- Existe alguma intenção em representa-los da forma como estão nos quadro observados?

Independência do Brasil

A construção política do Estado Nacional do Brasil

-colônia portuguesa muito povoada na passagem do século XVIII para o XIX: povoada, várias vilas e

cidades no litoral, mineração, bandeirantismo. O

Mapa ao lado ilustra as principais bandeiras do

período

-expansão econômica e diversificação, integração do

território, crescimento do mercado interno que a

comercialização de gêneros alimentícios e a formação

de rotas de comércio possibilitaram

2 Fragmento adaptado. Disponível em < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historia-america/rebeliao-tupac-amaru.htm> Acesso em 01 de fev de 2017.

Representação de Bolivar. Data e autor desconhecido INDEPENDÊNCIA OU MORTE" ou "O Grito do Ipiranga"

de Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888).

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-sul: fornecimento de gado; São Paulo: abastecedor agrícola; Rio de Janeiro: movimento comercial; Minas

Gerais: agricultura (Zona da mata: produção de açúcar); norte e nordeste: algodão, cacau, arroz, anil, etc

-monetização das relações coloniais, economia crescendo superando a do reino.

-Portugal não tinha a independência econômica da Inglaterra

-investimento dos lucros em construções e pagamento de dívidas com a Inglaterra

-Bloqueio Continental: Napoleão decretou visando prejudicar a economia inglesa. O governo português

tentou se manter neutro, para manter a boa vizinhança com os dois países.

-o rei português ficou entre um impasse: se não aderisse ao bloqueio os franceses invadiam, se aderisse às

forças armadas da Inglaterra atacavam.

-diante da demora, Napoleão resolveu invadir e começou a enviar tropas, e Dom João VI decidiu pôr em

prática o plano de transferir a corte para a colônia do Brasil.

-a marinha britânica escoltou os navios portugueses, em troca de se estabelecerem na ilha da Madeira

-cerca de 15 mil pessoas vieram para a América do Sul

-se preocupando em tirar o caráter de colônia de exploração, e transformá-la em povoamento, o príncipe de

Portugal decretou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (Inglaterra)

-a colônia foi elevada à categoria de reino, por ser sede da corte

- iniciou um processo de readaptação da cidade, e reivindicou as melhores casas para abrigar sua comitiva

-criou vários órgãos e instituições como: Conselho de Estado, o Erário Real, Intendência geral de polícia, a

casa de suplicação (STF), o Banco do Brasil, o Real Hospital Militar e o Jardim Botânico, o Museu

Nacional, a Academia de Belas Artes, o Observatório Astronômico e a Academia Militar, a Biblioteca

Nacional do Rio de Janeiro vindos da transferência da corte

-as capitanias passaram a se chamar províncias em 1815

O processo de Independência

-dom João foi recebido com festa no Brasil, mas isso não durou muito tempo

-uma das reivindicações da população era a diminuição da alta carga tributária, o dinheiro arrecadado era pra

suprir gastos da corte, e sustentar as reformas urbanas do Rio de Janeiro

-essas reivindicações fizeram com que surgissem agitações que acabavam em confrontos contra a polícia

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-em Portugal também havia descontentamento por causa da vinda da família real para cá. Até 1814 a

presença dela na colônia era justificável por causa da invasão napoleônica, porém depois da queda desses

passou-se a reivindicar o retorno do rei imediato

-o incomodo aumentou quando Dom João assinou o decreto do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves,

elevando a colônia para a condição de reino.

-Revolução Pernambucana de 1817: alguns conspiradores tomaram o poder, proclamaram a república em

Pernambuco, desenvolveram uma constituição inspirados na Revolução Francesa que garantia liberdade,

igualdade e tolerância religiosa. O movimento se enfraqueceu quando surgiu o embate pela abolição da

escravidão x senhores de escravos. Muitos revoltosos foram executados, presos ou enviados para o cárcere

em Salvador.

-Revolução do Porto: Dom João foi proclamado rei em 1818, mas insistia permanecer no Rio de Janeiro,

aumentando a insatisfação da população de Portugal. Monarquistas Liberais criaram uma sociedade secreta

que tinha por princípio acabar com o absolutismo e fazer o rei obedecer á uma constituição. Em 1820 um

general do rei veio ao Brasil para discutir a volta do rei, e então esse movimento se aproveitou da ausência e

deu início a uma revolução liberal e antiabsolutista. O movimento se espalhou e chegou a Lisboa, quando

estes convocaram as Cortes para elaborar uma constituição.

-na sociedade brasileira houve uma divisão entre os que desejavam a volta do rei (partido português) e os

que defendiam sua permanência (partido brasileiro)

-em fevereiro de 1821 o rei anunciou seu retorno, e o juramento de fidelidade a uma constituição que seria

elaborada. Voltaram em abril, levando todo o ouro guardado no Banco do Brasil

-em seu lugar o rei deixou seu filho Dom Pedro que assumiu como príncipe regente.

-na constituinte, várias medidas desfavoráveis ao Brasil foram tomadas, com a intenção de reduzi-lo a

condição de colônia novamente. Os representantes das outras colônias só chegaram a Portugal cerca de oito

meses depois de se iniciarem os trabalhos da constituinte. Em 1821, determinaram a volta imediata de Dom

Pedro a Portugal.

-defesa da separação do Brasil de Portugal por algumas partes da população – Dom Pedro decide ficar no

Brasil

-em 7 de setembro foi proclamada a separação do Brasil de Portugal

-o reconhecimento pelo reino de Portugal ocorreu em 1825 quando foi assinado um tratado de que o Brasil

deveria pagar uma taxa de 2 milhões de libras esterlinas. Iniciava assim a dívida externa

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Lendo e Interpretando Imagens

- O que mais lhe chamou atenção na imagem ao lado?

- Por que, em sua opinião, a mão não sabe responder o

significado de independência que os dois sujeitos estão

comemorando?

- Qual a classe social, a seu ver, dos personagens da

charge.

As Américas no século XIX

Estrutura política

- Processo de independência da América espanhola levou a uma fragmentação do território em diversas

repúblicas

- Mudanças socioeconômicas não acompanharam as mudanças territoriais – atividades econômicas voltadas

para o comércio agroexportador, tornando as novas repúblicas refém do capital estrangeiro.

- América no século XIX pensada como o continente do “futuro”, ocupando um lugar de marginalidade

frente ás grandes potências mundiais – contexto do neocolonialismo e imperialismo

- exploração sobre as populações indígenas, africanas e seus descendentes persistia

- grupos dominantes continuavam a ser formados pelos mesmos grupos predominavam nos tempos

coloniais: os antigos “criollos” - grandes fazendeiros e donos de minas na sociedade hispano-americana,

integravam agora as influentes oligarquias rurais.

- Essa elite é quem passa a dominar o sistema político – mesmo com adoção das repúblicas o fato de serem

eles os “donos do poder” acabaram por não garantir uma maior democratização nas novas nações latinas

- figura do caudilho”, que seria o indivíduo integrante das oligarquias que, através de uma relação

clientelista e paternalista com as populações sob sua influência, coordenava a política local e interferia nos

caminhos tomados pelo país

- Surgimento da imagem dos “líderes carismáticos” na América - esses “líderes carismáticos” mostram-se

ainda hoje como importantes personagens na dinâmica político-social de diversos países latino-americanos,

fato que contribui claramente à manutenção das misérias nessas localidades.

Escravidão

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- Mesmo com o processo de independência o que se observou foi à manutenção do regime escravagista em

diversas nações, e mesmo lugares cuja abolição viera anos antes, observou-se que a população

afrodescendente se mantinha em uma posição marginal na sociedade

- os povos indígenas também não fugiam a essa situação, por mais que fossem raros os casos de escravidão

desses grupos, estavam normalmente submetidos a péssimas condições de trabalho

- tiveram suas terras usurpadas pelos espanhóis e, agora, mantinham-se excluídos no espaço rural, dominado

pelos grandes latifundiários

- Um considerável número da população miserável latino americana são formados por esses dois grupos, em

detrimento do lugar que foram colocados no processo de colonização e no pós-independência.

Presença norte americana

- As ex-Treze Colônias Inglesas e as regiões hispano-americanas traçaram caminhos diferentes após

conquistarem suas independências.

-A colônia inglesa deu origem ao país que se tornaria o mais poderoso do Novo Mundo, os Estados Unidos

da América, enquanto as colônias hispânicas formaram nações que, uma vez livres do domínio espanhol,

passaram a trafegar justamente na órbita de influência norte-americana.

- Doutrina Monroe” (1823) - “América para os americanos” - os Estados Unidos se posicionavam

favoravelmente às independências das colônias da região, buscando com isso fragilizar o poder das

metrópoles europeias no continente

- Com isso seria possível estabelecer laços mais próximos e de maior dominação com as nações latinas –

“águia temível”

- Estratégias foram criadas para legitimar essa dominação, que ocorria ora mais pacificamente, ora de modo

mais violento. Em destaque, podemos localizar o “Corolário Roosevelt”, a “Diplomacia do Dólar” e a

política do “Big Stick”

A formação dos Estados Nacionais na América Espanhola

- Consolidação dos estados nacionais foi um processo violento

- Ideia de 'nação' era um dos elementos em construção durante o próprio processo de fabricação durante o

processo de independência

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11 CURSO PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS – 2018 - PISM II – HISTÓRIA – MÓDULO II

- Nação como forma prioritária de identidade teve que competir longamente com outras formas de

pertencimento fortemente presentes durante todo o século. As concepções de identidade envolvidas no

processo eram muito mais diversas.

- “O quadro de conflito generalizado da primeira metade do século XIX, e da segunda em alguns países,

indica as diversas limitações práticas para a construção dos Estados nacionais no período: falta de tropas

regulares; formação de rivalidades políticas regionais ou partidárias transmitidas de geração para geração;

resistência de práticas e estruturas corporativas, especialmente clericais e militares; fraqueza fiscal dos

Estados ainda em formação; falta de acesso aos territórios mais isolados; baixa institucionalização das

práticas políticas, apesar da proliferação das cartas constitucionais; limitada incorporação política das

populações indígenas, apesar de muito numerosas em algumas regiões; falta de autoridade política

amplamente aceita” 3

- Discussões sobre a forma de organização: confederação e federação:

. Confederação: defesa de uma grande independência local, muito defendido pelas pequenas províncias.

. Federação: defendiam uma centralização do Estado, eram comumente atacados por ser um modelo

planejado para garantir o domínio das grandes cidades.

- Assim como a política, a cultura e identidade também eram frágeis – tensão entre as comunidades

pequenas que se viam livres da dominação, como povos indígenas, e os líderes formados na razão

iluminista.

- Esses intelectuais visavam uma organização dos Estados latinos a fim de garantir o progresso e

modernização da ex-colônia espanhola.

- “A difusão de instrumentos do imaginário nacional – hinos; bandeiras; romances nacionalistas – só

começou a ganhar impulso décadas após o fim das lutas contra o domínio espanhol. Apesar dos territórios se

estabilizarem com certa rapidez e manterem seus formatos básicos, a afirmação da autoridade dos governos

centrais foi frágil, só alcançada no fim do século em alguns países” 4

3 Disponível em <http://anphlac.fflch.usp.br/formacao-estados-apresentacao>. Acesso em 01 de fev de 2017 4 Disponível em <http://anphlac.fflch.usp.br/formacao-estados-apresentacao>. Acesso em 01 de fev de 2017

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1. Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime

republicano, seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico:

a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros.

b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação

da independência dos Estados Unidos.

c) como consequência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia.

d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos.

e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes.

2. (MACKENZIE) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:

a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus

privilégios;

b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a

independência;

c) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma;

d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas;

e) promover um governo liberal e descentralizado através da Constituição de 1824.

3. (UNIFOR/CE) A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura definitiva do Antigo Sistema

Colonial. (Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec,

1981. p. 298) A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros fatores, à

decisão da Coroa portuguesa de:

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A - conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades brasileiras.

b - interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra.

c - proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa.

d - romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses.

E - abrir os portos brasileiros ao livre-comércio com as “nações amigas”.

4. (UFMT) A emancipação política do Brasil deu-se no contexto de insatisfações portuguesas diante da

atitude protelatória de D. João VI. A elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e a Algarves,

em 1815, provocou descontentamentos posteriores, até que a solução encontrada envolveu o retorno da

Corte para Portugal em 1821. Sobre a temática, assinale a afirmativa correta:

a)- D. Pedro I, na condição de Príncipe Regente, atendeu aos clamores populares e decidiu desobedecer à

convocação das Cortes de Lisboa em manifestação pública, no Rio de Janeiro, no dia 9 de janeiro de 1822.

b) Os partidários da manutenção da Corte Portuguesa no Brasil eram favoráveis à abolição da escravidão, à

reforma agrária e ao rompimento definitivo com a antiga metrópole.

c) A revolução do Porto, movimento de cunho liberal que eclodiu em 24 de agosto de 1820, tinha intenção

de emancipar o Brasil, desmembrando o que ainda estava no império ultramarino português.

d) D. João VI retornou a Portugal em 1821, após ter se recusado a atender as manifestações populares que o

pressionavam a jurar obediência à nova constituição portuguesa.

e) D. Pedro I, profundamente marcado por concepções liberais e democráticas, acatou as deliberações da

Assembleia Constituinte de 1822.

5. (UFSC/SC) “Não corram tanto! Vão pensar que estamos fugindo!” Frase atribuída a D. Maria I, a Louca,

quando a Família Real portuguesa se retirava de Lisboa para o Brasil, em 1807. Nossa História. Rio de

Janeiro, a. 1, n. 2, dez. 2003. Sobre o início do século XIX na América Portuguesa, é correto afirmar que:

a) transformações importantes ocorreram com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil. Era necessário adaptar

as condições do modo de vida rústico dos brasileiros às exigências dos europeus que aqui aportaram;

b) antes do estabelecimento da Corte portuguesa no Brasil, a Metrópole não havia demonstrado interesse em

atender às reivindicações por melhorias na Colônia;

c) a vinda da Família Real ao Brasil foi possível devido a um acordo diplomático estabelecido entre D. João

e Napoleão Bonaparte, no qual Portugal comprometia-se a manter as colônias abertas ao comércio francês;

d) a vinda da Corte significou, para os comerciantes da Metrópole, uma oportunidade de enriquecimento,

uma vez que a sede do império tinha sido transferida para o Brasil;

e) as mudanças implantadas no Brasil para satisfazer os interesses portugueses não impediram a

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continuidade da escravidão. Os escravos exerciam várias funções no meio urbano e rural e estavam sujeitos

a castigos físicos, tanto em ambientes privados quanto públicos.

6. (UFMS) A respeito do movimento organizado em Portugal, no início do século XIX, que recebeu o nome

de Revolução Liberal do Porto, é correto afirmar que:

a) foi organizado por revolucionários que queriam D. João VI de volta a Portugal, mas com a condição de

que fosse estabelecido um governo constitucional;

b) foi um movimento liderado por classes e camadas das elites portuguesas e que tinha como objetivo

principal dar apoio aos revolucionários franceses;

c) seus revolucionários queriam que a Família Real retornasse a Portugal e que esse país readquirisse o papel

e a importância que tinha perdido para o Rio de Janeiro;

d) foi liderado por manifestantes que não queriam o retorno de D. João VI a Portugal, pois o objetivo era

formar um governo antimonárquico e com características liberais;

e) tinha como objetivo a restauração de Portugal, o que só poderia acontecer com a volta do Brasil à

condição de colônia.

7. (Unicamp 2012) Leia o texto a seguir:

“Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade íntima com os Estados

Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…)

Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (...). Para mim a

Doutrina Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e

definitivamente como a lua da terra.” (Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira

Silva, “Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História, n. 138.

São Paulo, jul. 1988, p.88.)

Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que:

a) A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a América

para os americanos”.

b) Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política imperialista americana de tornar

o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.

c) Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava a

necessidade imediata de o Brasil romper suas relações diplomáticas com Portugal. d) O pensamento

americano considerava legítimas as intenções norte-americanas na América Central, bem como o apoio às

ditaduras na América do Sul, desde o século XIX.

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8. (UFU) No início do século XIX, a independência da América Espanhola ocorreu num contexto político

internacional marcado por fatos. Dentre os fatos que favoreceram a independência da América Espanhola,

podemos mencionar.

a) A Revolução Industrial Espanhola.

b) A derrota dos americanos na guerra de independência dos Estados Unidos.

c) O Despotismo Esclarecido.

d) O triunfo do absolutismo de direito divino na Espanha.

e) As guerras napoleônicas.

9. (FUVEST) No processo de emancipação política da América espanhola destaca-se a participação:

a) Da população nativa que através do Exército que lutou contra os cabildos criollos.

b) Dos indígenas que através dos cabildos organizaram o Estado Nacional.

c) Dos chapetones que para garantir seus interesses controlaram o Exército.

d) Dos caudilhos que defendiam princípios liberais e descentralizadores.

e) Dos Criollos que através dos cabildos defendiam os interesses locais.

10. (PUC-SP) O movimento de emancipação política da maioria dos países de colonização espanhola da

América não significou a quebra das estruturas sociais e econômicas. Daí se verificou que:

a) A dominação dos proprietários rurais foi garantida por novas incorporações territoriais.

b) As diferenças entre as várias classes da população foram superadas pelo desejo de união nacional.

c) O fortalecimento do poder político pessoal deu origem ao caudilhismo.

d) Os intelectuais apoiaram-se nas ideias libertárias para defender propostas de igualdade social.

e) A atuação da Igreja foi importante para garantir as reivindicações populares.

11. (UNESP – 2013) Leia:

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um único vínculo que

ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só língua, mesmos costumes e uma só

religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão

de se formar; mas tal não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e

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caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815].

In: Simón Bolívar: política, 1983.)

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer que:

a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua ação política e

militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.

b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e unidade da

América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola.

c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a América

Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no continente.

d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, mas tentou

submeter o Brasil à força militar hispano-americana.

e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, mas, em sua

ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis.

12. Uma das diferenças essenciais entre a Independência da América Espanhola e a Independência Brasileira

está no:

a) modelo político adotado, haja vista que na América Hispânica predominou o modelo republicano,

enquanto no Brasil adotou-se o modelo monárquico.

b) modelo de guerra adotado, já que no Brasil a guerrilha foi o modelo de combate adotado no processo de

independência.

c) modelo econômico, haja vista que o Brasil, ao contrário da América Espanhola, sofreu um grave

transtorno na produção agrícola, levando a política colonial ao colapso.

d) carisma do líder, já que Bolívar tinha menos impacto na consciência da população do que Dom Pedro I.

e) papel do exército, já que, no caso brasileiro, o exército precisou impedir que Portugal retomasse o Brasil

como sua colônia.

13. (UFMG-MG) Abaixo se encontram descritas diferentes características dos processos de independência

da América Latina e da América do Norte. Sobre esse contexto, leia as alternativas abaixo.

I. Nos Estados Unidos, como coincidência imediata de seu processo de independência, ocorreu a abolição da

escravatura.

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II. Em toda a América Espanhola ocorreu uma aliança entre as elites locais e os setores populares contra os

interesses metropolitanos sem, contudo, produzir mudanças nas formas de governo.

III. Na América Portuguesa, a transferência da corte para o Rio de Janeiro, bem como a abertura dos portos

às nações amigas, constitui-se em importante fator para a crise do sistema colonial.

IV. O processo de independência no Haiti caracterizou-se por uma rebelião escrava, constituindo-se em um

singular modelo de luta anticolonial.

Marque a opção correta.

a) Todas estão corretas.

b) Todas estão incorretas.

c) Apenas a I e a IV estão corretas.

d) Apenas a I e a III estão corretas.

e) Apenas a III e a IV estão corretas.

14. A Guerra dos Sete Anos (1756-1763), travada entre Grã-Bretanha e a França pela posse de territórios na

América do Norte, foi um evento histórico importante para a Independência das Treze Colônias, em 1776, o

que resultou na formação dos Estados Unidos da América. As alternativas abaixo apresentam consequências

da guerra para a população das Treze Colônias e para sua independência. Qual delas está incorreta?

a) A vitória da França fez com que os franceses se aliassem aos americanos contra as tropas inglesas durante

os conflitos que ocorreram após a Declaração da Independência, em 1776.

b) A participação dos colonos americanos na guerra, ao lado dos ingleses, deu a eles acesso a armas e

munições, bem como experiência bélica que seria usada durante a guerra de independência.

c) Os custos da guerra levaram a Coroa inglesa a aumentar a cobrança de taxas sobre as Treze Colônias,

gerando insatisfação com a administração britânica, transformando-se em um dos principais motivos para a

independência.

d) Afastou a pressão que a França exercia sobre as Treze Colônias, já que com a derrota francesa, os

ingleses anexaram o Canadá.