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Curso Sólon Concursos Apostila de Atualidades 2013 Reginaldo Cavalcante Agostini Conteúdo deste material: I- GEOPOLÍTICA E ECONOMIA MUNDIAL II- SOCIEDADE E POLÍTICA NO BRASIL III- ASSUNTOS ENERGÉTICOS IV- ASSUNTOS AMBIENTAIS V- POPULAÇÃO MUNDIAL E BRASILEIRA VI- ECONOMIA E BLOCOS ECONÔMICOS VII- AMÉRICA LATINA I-GEOPOLÍTICA E ECONOMIA MUNDIAL Da Velha à Nova Ordem Mundial De 1945 até 1991 o mundo viveu um período conhecido como Guerra Fria (Velha Ordem Mundial). Durante a Guerra Fria, as dispu- tas geopolíticas e econômicas entre EUA e União Soviética, levaram às corridas armamentista, aeroespacial e tecnológica, ocorrendo um relativo equilíbrio de forças que levou à chamada “Paz Armada”. Com a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da URSS em 1991, o mundo passa a viver uma nova geopolítica, caracterizada como Nova Ordem Mundial, ocorrendo a ampliação da hegemonia dos EUA e de seus aliados. Apesar dos anos 90 terem sido considerados como a década multipolar, as atitudes unilaterais do então presidente dos EUA George W. Bush no mundo levaram a uma perigosa unipolaridade. Velha Ordem Mundial Nova Ordem Mundial Conflito Oeste X Leste (geopolítico) Norte X Sul (econômico) Embate entre EUA X URSS Ricos X Pobres Divisão do mundo Países de 1°, 2° e 3° mundo Desenvolvidos, em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Hegemonia mundial Bipolar Multipolar e/ou unipolar

Curso Sólon Concursos · 5 Aulas & Apostilas Além do forte crescimento econômico destes países, chamou a atenção do mundo a possibili-dade de uma ajuda econômica aos países

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Curso Sólon Concursos

Apostila de Atualidades 2013

— Reginaldo Cavalcante Agostini —

Conteúdo deste material:

I- GEOPOLÍTICA E ECONOMIA MUNDIAL

II- SOCIEDADE E POLÍTICA NO BRASIL

III- ASSUNTOS ENERGÉTICOS

IV- ASSUNTOS AMBIENTAIS

V- POPULAÇÃO MUNDIAL E BRASILEIRA

VI- ECONOMIA E BLOCOS ECONÔMICOS

VII- AMÉRICA LATINA

I- GEOPOLÍTICA E ECONOMIA MUNDIAL

Da Velha à Nova Ordem Mundial

De 1945 até 1991 o mundo viveu um período conhecido como

Guerra Fria (Velha Ordem Mundial). Durante a Guerra Fria, as dispu-

tas geopolíticas e econômicas entre EUA e União Soviética, levaram

às corridas armamentista, aeroespacial e tecnológica, ocorrendo um

relativo equilíbrio de forças que levou à chamada “Paz Armada”. Com

a queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da URSS em 1991, o

mundo passa a viver uma nova geopolítica, caracterizada como Nova

Ordem Mundial, ocorrendo a ampliação da hegemonia dos EUA e de

seus aliados. Apesar dos anos 90 terem sido considerados como a

década multipolar, as atitudes unilaterais do então presidente dos

EUA George W. Bush no mundo levaram a uma perigosa unipolaridade.

Velha Ordem Mundial Nova Ordem Mundial

Conflito Oeste X Leste (geopolítico) Norte X Sul (econômico)

Embate entre EUA X URSS Ricos X Pobres

Divisão do mundo Países de 1°, 2° e 3° mundo Desenvolvidos, em desenvolvimento e

subdesenvolvidos.

Hegemonia mundial Bipolar Multipolar e/ou unipolar

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Globalização

Processo de integração mundial intensificado nas últi-

mas décadas, principalmente na esfera econômica, tendo por

base a liberalização das economias. Segundo os teóricos, o pon-

tapé inicial da globalização ocorreu com as Grandes Navega-

ções, ainda no século XVI, evoluindo juntamente com os avan-

ços do capitalismo e do comércio mundial. Apesar da divisão

entre o socialismo e o capitalismo ter dominado grande parte

do século XX, o processo de globalização continuou avançando

principalmente nas nações capitalistas mais desenvolvidas, co-

mo EUA, países europeus e Japão. Inúmeros setores tiveram

grandes avanços neste período, com destaque para os transportes, informática, telecomunicações,

biotecnologia, entre outros, provocando um “encolhimento” do mundo. Com o fim da URSS e conse-

quentemente o fim da Guerra Fria em 1991, a globalização mostrou a sua cara, que, em muitos casos

se demonstrou perversa. Há várias críticas em relação a este processo em decorrência de seus efei-

tos colaterais, com destaque para as ampliações nas desigualdades socioeconômicas, causadas pela

concentração generalizada das riquezas nos últimos anos e a “americanização” dos costumes, fenôme-

no caracterizado como massificação cultural a partir do modo de vida estadunidense.

Neoliberalismo

Este modelo econômico adotado em vários países é a ten-

dência econômica vigente no mundo globalizado. Tem como finali-

dade o combate ao poder dos sindicatos e a redução do papel do

Estado na economia (Estado mínimo). Neste sentido, o Estado

restringe a sua responsabilidade social, limitando-se a educação,

segurança e saúde, relegando ao mercado e às empresas privadas

parte dos seus encargos. Segundo esta teoria, o mercado possui

uma maior dinâmica para o setor produtivo, não cabendo ao Estado

a função de produzir e/ou gerar empregos em setores produtivos,

daí a ocorrência de privatizações nos países que adotam este modelo.

Esta política capitalista surgiu no final dos anos 70 na Europa em decorrência da crise no mo-

delo do Welfare State (Estado do Bem-estar Social), resgatando os ideais do Liberalismo Clássico

que predominou durante o século XIX com o desenvolvimento do imperialismo britânico. No Brasil e

na América Latina o neoliberalismo passa a ser adotado principalmente nos anos 90 como uma receita

“infalível” do FMI (Fundo Monetário Internacional) para solucionar as constantes crises econômicas

na região. Como consequência da adoção desta política, ocorreram inúmeras privatizações, terceiriza-

ções, implantações de pedágios e ainda tentativas governamentais de flexibilização das leis traba-

lhistas. Vale salientar que a ascensão de vários líderes de esquerda em países latino americanos após

os anos 90 se deu principalmente como consequência da falência do modelo neoliberal, que promoveu

poucas melhorias na qualidade de vida da população e um aumento das desigualdades socioeconômicas

em vários países.

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Doutrina Bush

A Doutrina Bush é definida como a política dos ataques

preventivos para proteger a sociedade hegemônica dos EUA. Con-

sidera como EIXO DO MAL o Iraque, Coreia do Norte, Irã, Síria

e Afeganistão. Baseando-se nesta Doutrina, o presidente Bush

não ratificou o Protocolo de Kyoto, desrespeitou o Tratado de

Proibição de Mísseis Defensivos (1972) e não aceitou a criação do

tribunal Penal Internacional, além de invadir o Iraque sem o aval

da ONU, num conflito que perdurou por pouco mais de 8 anos.

ONU

Órgão mais importante do mundo, foi criada após a 2ª

Guerra Mundial, em 24/10/1945, substituindo a anterior Liga

das Nações. Tem como objetivo principal manter a paz, defen-

der os direitos humanos e as liberdades fundamentais e pro-

mover o desenvolvimento dos países. Conta atualmente com

193 integrantes (exceto Taiwan e Vaticano).

Foi desmoralizada junto com seu Conselho de Seguran-

ça pela política internacional unilateral de Bush, principalmente

com a invasão ao Iraque em março de 2003. Seu Conselho de Segurança é formado por 5 membros

permanentes que possuem poder de veto (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido – os alia-

dos/vencedores da 2ª Guerra Mundial) e 10 membros rotativos, eleitos periodicamente. Já a Assem-

bleia Geral ocorre anualmente em Nova Iorque, sede da ONU, com a participação de todos os mem-

bros. Pelo fato do Brasil ter sido o primeiro a aderir a ONU em 1945, o país tem tradicionalmente o

direito de fazer o discurso de abertura da Assembleia anual.

Uma das maiores polêmicas atuais nas Nações Unidas se refere à reivindicação de alguns paí-

ses em reformar a estrutura do seu Conselho de Segurança. A alegação dos que defendem esta re-

forma se baseia no fato de que o modelo vigente retrata um mundo do pós 2ª Guerra Mundial, sendo

que atualmente inúmeras outras forças econômicas, políticas e militares tem se destacado, como é o

caso do Brasil, Índia, Japão, Alemanha e África do Sul, que também são exemplos de países que rei-

vindicam um assento permanente no Conselho.

Além do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral, inúmeras agências especializadas da

ONU se destacam no cenário internacional, como é o caso do FMI (Fundo Monetário Internacional),

Banco Mundial, UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), FAO

(Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), OIT (Organização Internacional

do Trabalho), OMS (Organização Mundial da Saúde), entre outras.

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Morte de Osama Bin Laden e as guerras dos EUA X Afeganistão e Iraque

Apesar de ainda envolvidos na interminável guerra contra o A-

feganistão desde 10/2001, e ainda estarem passando por uma crise

econômica com precedentes apenas em 1929, os EUA fecharam o ano

de 2011 com uma conquista: o assassinato do líder da rede terrorista

Al Qaeda, Osama Bin Laden.

Histórico: na chamada "guerra contra o terror", desencadeada

após os ataques terroristas às torres gêmeas do World Trade Center

em Nova York (11 de setembro de 2001), o presidente George W. Bush

ordenou a invasão do Afeganistão no final do mesmo ano como respos-

ta aos atentados. Dentre os objetivos deste conflito, se destacavam:

desestruturar a rede terrorista Al Qaeda, derrubar o regime Taleban e capturar Osama Bin Laden.

Em março de 2003 foi a vez da invasão do Iraque, país acusado pelos EUA de possuir armas

de destruição em massa (atômicas, químicas e/ou biológicas) e de Sadan Hussein (executado em pena

de morte em 30/12/2006 por um tribunal iraquiano) apoiar a rede terrorista Al Qaeda. Esta guerra,

batizada como Operação Liberdade Iraquiana, não teve o aval do Conselho de Segurança da ONU e

somente existiu em decorrência de uma tomada de decisão unilateral por parte dos EUA. A guerra

foi declarada finalizada por Barack Obama em Dezembro de 2011, após contabilizados 100 mil iraqui-

anos e quase 5 mil soldados estadunidenses mortos. Apesar de alegar motivos diferentes para as du-

as guerras, no geral, a justificativa das invasões se dava em torno da necessidade de uma maior se-

gurança para o povo estadunidense. Neste contexto, era importante a captura de Osama Bin Laden

para justificar os vultosos gastos da máquina militar es-

tadunidense. Somente a guerra no Iraque custou US$

744 bilhões (R$ 1,3 trilhão) aos cofres públicos dos EUA.

Passados quase 10 anos da invasão do Afeganistão, ape-

nas em maio de 2011 os EUA obtiveram sucesso na caça-

da contra Bin Laden. O terrorista foi executado por tro-

pas estadunidenses que invadiram o território paquista-

nês em quatro helicópteros. A operação militar sigilosa

foi bem sucedida, no entanto, suscitou inúmeros questio-

namentos pelo mundo em decorrência do desrespeito à

soberania territorial do Paquistão.

A ascensão dos BRICS no século XXI

O termo BRIC foi criado pelo economista Jim O’Nill do grupo Goldman Sachs, em 2001, para

referir-se às quatro grandes economias emergentes que apresentarão as maiores taxas de cresci-

mento econômico até 2050: Brasil, Rússia, Índia e China. O crescimento econômico considerável des-

tes países baleia do sul (grandes em economia, população e território, no entanto ainda países em

desenvolvimento) principalmente nos últimos dez anos, ativa novos fluxos internacionais e reconfigu-

ra a geopolítica mundial, fazendo aparecer novas perspectivas para o século XXI, com possíveis alte-

rações em relação aos atuais centros tradicionais de poder (EUA, União Europeia e Japão).

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Além do forte crescimento econômico destes países, chamou a atenção do mundo a possibili-

dade de uma ajuda econômica aos países da zona do Euro aventada em 2011 pelas nações do grupo,

que, no final de 2010 passou a se chamar BRICS, com a entrada da África do Sul (agora fazem parte

do grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Este contexto expõe a força dos países emer-

gentes no atual e futuro cenário econômico global. Esta possível ajuda financeira dos BRICS aos paí-

ses europeus, marcaria mais uma mudança simbólica no equilíbrio de forças da economia global na

direção dos grandes mercados emergentes.

Ao contrário das últimas décadas, quando episódios de instabilidade nas economias subdesen-

volvidas contagiavam os países ricos e requeriam resgate através de organismos multilaterais como o

FMI, agora são os pujantes países emergentes que temem a expansão dos males que castigam os paí-

ses ricos. Assim, mesmo que ainda não esteja claro que tipo de ajuda de longo prazo as nações em

desenvolvimento possam prover, o simples fato de que estejam em uma posição de ajudar, ilustra a

enorme transformação da economia global nos últimos anos.

Com os EUA, a Europa e o Japão imersos em mais uma crise econômica, China, Brasil, Índia,

Rússia e outras nações em desenvolvimento agora lideram as taxas de crescimento econômico global.

Apesar de também atingidos pela crise econômica, alguns destes países estão bem mais preparados

do que os países desenvolvidos para enfrentarem o problema. Além do elevado e crescente poder de

compra de suas enormes massas populacionais, os países em desenvolvimento se blindaram em relação

às cíclicas crises do capitalismo mundial, pois contam com grandes reservas internacionais: US$ 3,2

trilhões no caso da China, US$ 355 bilhões no caso do Brasil e US$ 320 bilhões no caso da Índia.

Dados

¹:2010

²:2011

PIB (em

US$ bi-

lhões)¹

Renda

per capita

(US$)¹

Crescimen-

to do PIB

(em %)¹

População

(em

milhões)²

Novo IDH

(187 países)²

CHINA 5.878,6 4.260 10,3 1.347,6 101° 0,687

BRASIL 2.087,9 9.390 7,5 190,7 84° 0,718

ÍNDIA 1.729,1 1.340 9,7 1.241,5 134° 0,547

RÚSSIA 1.479,8 9.910 4,0 142,8 66° 0,755

ÁF. DO SUL 363,7 6.100 2,8 50,5 123° 0,619

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Um gigante chamado China

Potência iminente para o século XXI, o país

passou a ter uma média de crescimento do PIB de

10% ao ano desde o final dos anos 70 e já é a 2ª

economia mais rica do mundo, atrás apenas dos

EUA e também o país que mais consome energia. A

China teme o aumento da inflação interna e o

mundo teme o desequilíbrio nas relações comerci-

ais internacionais, tendo em vista que o país al-

cança superávits anuais acima de US$ 150 bilhões, muito disso com base na desvalorização da própria

moeda, o Yuan. Neste contexto, a China já é:

a 2ª maior economia mundial, tendo ultrapassado o Japão em 2010;

o país de maior exportação no mundo (2009) com US$ 1,07 trilhão no ano – em 1997 era ape-

nas a 16ª e em 2002 a 5ª;

o maior consumidor mundial de energia - total de 2,252 bilhões de TEP (4% a mais que os EUA

em 2009);

o 2° maior gasto mundial nas Forças Armadas, potência nuclear e membro permanente do Con-

selho de Segurança da ONU.

Importante: a grande consequência negativa deste desenvolvimento da China a qualquer custo é o

título de maior poluidor da atmosfera global desde 2008, com um lançamento de 7,55 milhões de to-

neladas de CO² contra 5,69 dos EUA. Apesar de todo avanço econômico, o país ainda contabiliza cer-

ca de 135 milhões de miseráveis, aproximadamente 10% da população, principalmente na parte oeste

do território.

As olimpíadas de Pequim, em Agosto de 2008, foram

ameaçadas devido a dois problemas: preocupação do gover-

no com protestos em prol da independência do Tibete, país

anexado de forma arbitrária pela China em 1959 e ao alto

índice de poluição da cidade, que poderia ter dificultado

algumas competições de rua. Ambas as situações ficaram

sobre controle. A China se mantém irredutível em relação à

maior autonomia ou independência do Tibet. Vale salientar

que a China é o país que mais comete crimes contra a humanidade, inclusive cerceando o direito das

pessoas de terem mais que um filho.

Primavera Árabe

Um tsunami por liberdade atingiu o mundo árabe (paí-

ses da África Branca e Oriente Médio) a partir do final de

2010. Em 17/12/2010, o primeiro mártir: o jovem tunisiano

Mohamed Bouazizi, 26 anos, se suicidou na cidade de Sidi Bou-

zid, depois que a polícia o impediu de vender frutas e verduras

em uma barraca de rua em Túnis, capital da Tunísia. Como fogo

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em palha seca as manifestações se espalharam pela Tunísia e para outros países do mundo árabe,

principalmente entre os jovens que se organizaram através de redes sociais da internet como o face-

book e twitter.

RESULTADOS MAIS IMPORTANTES DAS MANIFESTAÇÕES PAÍS INÍCIO DAS

MANIFESTAÇÕES DITADOR TEMPO DA

DITADURA QUEDA DA DITADURA

Tunísia 17/12/2010 Zine Al-Abdine Ben

Ali 23 anos 14/01/2011

Egito 25/01/2011 Hosni Mubarak 30 anos 11/02/2011 Líbia 17/02/2011

Muammar Kadhafi 42 anos 20/10/2011 (morte de

Kadhafi e fim do regime)

As principais motivações destas revoltas foram:

Consequências da crise econômica global iniciada em 2008: desemprego, inflação (au-

mento no preço dos alimentos), além da corrupção dos governos ditatoriais da região;

Os jovens com cada vez mais acesso à informação, através da internet, utilizam as re-

des sociais como instrumento para praticarem o ativismo político;

Insatisfação com as restrições à liberdade e aos direitos civis;

Aumento da pobreza (exemplo: metade da população egípcia é pobre, vivendo com até

dois dólares por dia);

mudança de posição dos EUA na geopolítica da região – do apoio às ditaduras amigas, à

pressão diplomática pelas renúncias;

Importante 1: os manifestantes no mundo árabe não entoaram gritos por dogmas religiosos e sim por

democracia, emprego, maior justiça social, combate aos preços altos dos alimentos, etc.;

Importante 2: as redes sociais da internet não foram a causa das manifestações e sim um importan-

te instrumento de disseminação das diversas insatisfações populares;

Dilema: como estes países nunca tiveram sistemas democráticos de governo, a pergunta que se faz é:

quem e em quais condições os futuros novos governos assumirão o poder após as revoluções.

Síria: mais de 30 mil pessoas, em sua maioria civis, já morreram desde março/2011 no conflito arma-

do no país, segundo balanço do Observatório Sírio dos Direitos

Humanos (OSDH). O presidente Bashar al-Assad, no poder desde

Julho de 2000, sucedeu o pai, Hafez al-Assad, que se manteve no

poder por 30 anos.

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Terremoto, tsunami e desastre nuclear no Japão

As centrais termonucleares Daiichi da cidade de Fu-

kushima (Japão) foram varridas por um tsunami no dia 11 de

março de 2011, consequência de um terremoto de 9

graus na escala Richter, paralisando os sistemas de re-

frigeração dos reatores e dando origem a uma catástro- fe

nuclear. Após o evento, o Japão elevou de 5 para 7 o ní- vel

do acidente nuclear, o que o coloca no grau máximo de e-

ventos nucleares e radiológicos e no mesmo patamar do aci-

dente de Tchernobyl. O nível 7 atribuído a Fukushima sig-

nifica uma emissão "maior de material radioativo", com "efeitos consideráveis sobre a saúde e o meio

ambiente". Dentre as consequências do terremoto seguido de tsunami e da catástrofe nuclear, des-

tacam-se:

15.846 mortos e 3.317 desaparecidos (atualização em fevereiro de 2012);

Gigantesca tarefa de reconstrução que vai necessitar de 180 bilhões de euros nos próximos

cinco anos após o desastre;

O prejuízo causado pelo terremoto, tsunami e o desastre nuclear foi o mais caro da história:

US$ 300 bilhões;

Cerca de 341 mil pessoas foram evacuadas de suas casas.

Geopolítica nuclear: rumo a desordem nuclear?

O início da era nuclear se deu com os lançamentos das bombas

atômicas de Hiroshima (Little Boy) em 06/08/1945 e de Nagasaki (Fat

Man) em 09/08/1945 no Japão - os EUA foram a única nação a utilizar

armas nucleares em uma guerra e ainda contra populações civis, no caso,

que determinaram o fim da 2ª Guerra Mundial. Em 29/08/1949 a URSS

testou a sua primeira bomba nuclear no Cazaquistão. No mesmo ano os

EUA testaram novas armas nucleares no atol de Bikini (Micronésia). Em

1952 os EUA testam a primeira bomba de hidrogênio, também criada

pela URSS em 1955. Em 1962 ocorre a crise dos mísseis entre EUA e

URSS, com interceptação por parte dos EUA de navios soviéticos que

carregavam mísseis para Cuba.

A ampliação do clube nuclear ocorre durante a Guerra Fria, com outras nações entrando no

seleto clube nuclear: Reino Unido, França e China (junto com EUA e URSS, membros permanentes do

Conselho de Segurança da ONU). Os cinco países são considerados POTÊNCIAS NUCLEARES

RECONHECIDAS. Em 1968 ocorre a assinatura do TNP (Tratado de Não-Proliferação Nuclear):

países não-nucleares somente poderiam desenvolver atividades nucleares pacíficas. As potências nu-

cleares deveriam reduzir seus arsenais até a renúncia total. Foi criada a AIEA (Agência Internacio-

nal de Energia Atômica - ONU).

Atualmente, as potências nucleares “não-reconhecidas” são Índia, Paquistão, Israel e Coreia

do Norte (países que possuem armamentos nucleares e que não fazem parte do TNP). Apesar das

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acusações dos EUA e das dúvidas que pairam sobre os projetos nucleares do Irã, que segundo o go-

verno de Mahmoud Ahmadinejad são para fins pacíficos, ainda não é possível afirmar que o país pos-

sua armas nucleares. Esta interferência dos EUA na geopolítica nuclear surtiu efeitos claros na Co-

reia do Norte, quando o então presidente George W. Bush discursou que a proliferação de mísseis de

longo alcance é uma ameaça tão grande aos EUA quanto o terrorismo e classificou três países como

pertencentes ao Eixo do Mal (Irã, Iraque e Coreia do Norte). O discurso de Bush fez com que a Co-

reia do Norte se retirasse do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, do qual era signatária e ainda

expulsasse os funcionários da AIEA, criando temores de uma guerra nuclear. Assim, desde 2002 a

Coreia do Norte retomou seus projetos nucleares, com testes atômicos

O relógio do Apocalipse: foi criado em 1947 para simbolizar os riscos das armas nucleares. O

relógio, em 2010, marcava seis para a meia-noite. Foi atrasado em um minuto após os avanços nas

conversações entre os EUA e a Rússia (Acordo Novo Start). Este novo acordo Start (Acordo de Re-

dução de Armas Estratégicas) foi assinado em 2010 entre EUA e Rússia, substituindo o Start de

1991, do fim da Guerra Fria e têm vigência de dez anos, pror-

rogáveis por um período máximo de cinco anos. Objetivo: o

novo Start reduz o limite de ogivas nucleares em 30%, pas-

sando para 1550 o número máximo permitido a cada país e

limita cada lado a ter até 700 mísseis militares de longo al-

cance e aviões de bombardeio pesado, entre outros detalhes.

O acordo abre possibilidades de novas reduções futuras. Es-

taríamos caminhando para um futuro com o mundo sem armas

nucleares?

Os maiores acidentes nucleares da história:

- Kyshtym (União Soviética), 1957;

- Windscale (Reino Unido), 1957;

- Submarino K-19 (União Soviética – exercícios militares no Atlântico Norte), 1961;

- Yucca Flat (EUA), 1970;

- Bohunice (Tchecoslováquia), 1977;

- Three Mile Island (EUA), 1979;

- Chernobyl (Ucrânia - URSS), 1986;

- Goiânia (Brasil), 1987;

- Tokaimura (Japão), 1999;

- Fukushima (Japão), 2011;

CONCLUSÕES: dentre os maiores problemas nucleares atuais, destacam-se:

Os acordos para o fim do projeto nuclear norte-coreano não alcançam patamares de imple-

mentação;

Não se discute sobre o arsenal nuclear de Israel – “bombas amigas” dos EUA?;

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O Irã continua com o projeto de enriquecimento de Urânio com suspeitas de utilização para

fins bélicos;

Estima-se que cerca de 60 países tenham Plutônio ou Urânio enriquecido com capacidade de

criar novas bombas;

Suspeita-se que grupos terroristas tenham armas nucleares clandestinas, possivelmente des-

viadas após o fim da URSS em 1991;

Após o acidente nuclear de Fukushima (Japão), inúmeros países passaram a rever seus pro-

gramas nucleares.

Crise Alimentar

Os alimentos estão mais caros no mundo todo, colo-

cando autoridades em alerta e esquentando os debates em

torno das possíveis causas para a “escassez” de comida.

Para especialistas, não é possível eleger um único 'vilão'

para a crise, tendo em vista que muitos são os fatores que

culminaram no cenário de inflação agravado desde o come-

ço de 2008. De acordo com o Programa Mundial de Alimen-

tos (PMA) das Nações Unidas, a falta de alimentos ameaça

como um "tsunami silencioso", e pode afundar na fome mais

100 milhões de pessoas.

De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) os

principais fatores que influenciam a alta dos preços dos alimentos são: o aumento da demanda mundi-

al, manutenção dos elevados preços do petróleo, a especulação e as condições climáticas desfavorá-

veis, como a recente estiagem que atinge os EUA em 2012, considerada a maior seca dos últimos 50

anos naquele país. As perdas na lavoura do grão foram em média de 20%.

Ainda no que se refere aos fatores responsáveis pelo alto preço dos alimentos e por uma pos-

sível falta de grãos no mercado internacional, há controvérsias sobre a dimensão da responsabilidade

dos biocombustíveis, cujas matérias-primas (cana, milho, soja e outras) disputam espaço com culturas

destinadas à produção de comida. Neste último quesito o grande problema se refere aos EUA, país

que usa o milho como matéria-prima para a fabricação de etanol. Já no caso brasileiro, além da maté-

ria-prima ser outra, a cana-de-açúcar, a enorme quantidade de áreas disponíveis para o plantio faz

com que o país esteja entre os poucos privilegiados que podem se dar ao luxo de produzirem em e-

norme quantidade grãos em uma agricultura alimentar e energética.

O Estado de Israel

Em 2008 foi comemorado o aniversário de 60 anos da criação do Esta-

do judaico de Israel, no entanto, os conflitos ainda continuam na região com

grande repercussão em todo o mundo. Em 1947 a ONU aprovou uma resolução

com a divisão da Palestina, com 43,53% da área para os árabes e 56,47% para

os israelenses, no entanto, em 1948 o Estado de Israel declarou independên-

cia, desrespeitando as determinações da ONU e extinguindo a possibilidade da

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criação do Estado árabe palestino.

Desde então os conflitos são intensos na região, com inúmeras guerras entre Israel, apoiado

pelos Estados Unidos e os países árabes da região. Para os EUA é interessante manter o apoio a Is-

rael por se tratar de um território estrategicamente localizado no Oriente Médio, além do país ser

um dos seus maiores compradores de armas.

Depois de meses de esforços do presidente Barack Obama, os Estados Unidos convenceram os

dois lados, israelenses e árabes palestinos, a relançarem negociações diretas de paz no início de se-

tembro de 2010, mas os palestinos acabaram abandonando o processo depois de algumas semanas,

quando Israel permitiu que terminasse o embargo às obras nas colônias judaicas estabelecidas na

Cisjordânia. Autoridades palestinas declararam na época que, caso Israel não retomasse o embargo

às obras dos assentamentos judaicos, que ocorriam em ritmo acelerado, eles buscariam reconheci-

mento de sua independência perante os Estados Unidos, o Conselho de Segurança (CS) da Organiza-

ção das Nações Unidas (ONU) e/ou a Assembleia Geral da ONU.

O resultado mais importante desta reivindicação palestina acon-

teceu no final de Novembro de 2012, com as Nações Unidas reconhe-

cendo oficialmente a Palestina como Estado observador da entidade em

uma votação na Assembleia-Geral em Nova York. Foram 138 votos a fa-

vor, 9 contra e 41 abstenções. Vale salientar que durante os oito anos

do governo Bush as negociações de paz praticamente se estancaram,

principalmente após a subida ao poder em Israel do primeiro ministro

Ariel Sharon em 2001.

Ainda neste contexto de conflitos no Oriente Médio, um vídeo

divulgado na internet com cenas de um filme considerado ofensivo à religião muçulmana, por dene-

grir a imagem do profeta Maomé, gerou uma nova onda de protestos no mundo árabe em Setembro

de 2012. Em cinco dias de atos contra embaixadas estadunidenses, 30 pessoas foram mortas, entre

elas um diplomata dos EUA na Líbia. As manifestações ocorreram principalmente em países árabes

que foram palco da “Primavera Árabe”. Com o fim das ditaduras houve um fortalecimento de grupos

fundamentalistas islâmicos, que veem os Estados Unidos como inimigo, tanto pelo apoio dado à Israel

quanto pelas campanhas militares em países de maioria muçulmana, como Iraque e Afeganistão.

2010: vinte anos da libertação de Mandela

Em 1948 foi oficializado o regime do Apartheid na

África do Sul pelo Partido dos Nacionalistas. O Apartheid

foi o único caso histórico de um sistema onde a segregação

racial foi legitimada no âmbito nacional, apesar de inúmeras

resoluções da ONU condenando o regime. O líder anti-

apartheid Nelson Mandela, entra para o CNA (Congresso

Nacional Africano) em 1944 após graduação em direito e

funda a Liga da Juventude. Em 1948 o CNA inicia uma cam-

panha de resistência pacífica contra as leis do regime e em

1961 funda a Lança da Nação, o braço armado do partido.

No ano seguinte Mandela é condenado a 5 anos de prisão e em 1963 à prisão perpétua.

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Com o aumento da pressão internacional para a libertação de Mandela nos anos 80, o regime

caminha para o seu fim. Em 1989 Frederic. W. de Klerk, assumiu a presidência e em 1990 conduz o

regime sul-africano a uma mudança que põe fim ao Apartheid e liberta Nelson Mandela, aos 72 anos e

após 27 anos de prisão.

Em 1994 Mandela torna-se presidente da África do Sul e prega a união da população do país

independente da questão racial. Apesar dos avanços, a África do Sul permanece como um dos países

mais desiguais do mundo, tendo recebido no ano de 2010 o maior evento mundial do futebol: a copa do

mundo. Mandela completou em 2012 94 anos.

E x e r c í c i o s

1) (UERJ - 2008) Acabaram a União Soviética e a Guerra Fria e todos suspiramos aliviados. Mas em

vez de espíritos desarmados proliferaram novos fantasmas nucleares e perdemos até a primeira

condição para um tranquilizador equilíbrio de terror que é saber de que lado virão os mísseis. A

crise atual no mundo é uma crise de nitidez (...). Os que insistem em reduzir tudo a um choque de

civilizações querem, na verdade, reduzir tudo a outra Guerra Fria, recuperar a simplicidade de um

confronto entre potências com a simplificação adicional de que desta vez só um lado é uma potên-

cia...

Luiz Fernando Veríssimo "O Globo", 13/08/2006

As características da atual geopolítica mundial que justificam o ponto de vista expresso pelo autor

são:

a) assimetria política - corrida espacial - dispersão mundial do poder bélico

b) sectarismo religioso - corrida armamentista - constituição de blocos militares

c) bipolaridade cultural - proliferação nuclear - militarização dos países islâmicos

d) multipolaridade econômica - unipolaridade militar - multiplicação dos conflitos regionais

e) pluralismo partidário - retorno do socialismo no Leste Europeu – redução dos conflitos regionais

2) (UFRJ - 2001) "... os líderes da OTAN devem esboçar um programa claro para a expansão da ali-

ança em direção leste, para incluir os Estados da Europa central e do leste e a ex-União Soviéti-

ca, especialmente a Rússia democrática. Se isso não acontecer, a aliança mais bem-sucedida na

história se destina a seguir o caminho da ameaça que a criou, que a levaria para a lata de lixo da

história. As populações da Rússia, da Polônia, da Hungria, da República Tcheca e das outras demo-

cracias emergentes serão as espectadoras mais atentas e mais importantes da cúpula da OTAN.

Elas esperam que a OTAN lhes ofereça uma chance para se juntar à aliança ..."

BAKER III, James A. "Folha de São Paulo", 1993.

As considerações de James Baker, ex-secretário de Estado do governo Bush, só poderiam mesmo ser

feitas na década de 1990, em função

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a) da existência relativamente recente da OTAN, surgida no final da década de 1980.

b) da inviabilidade desse tipo de expansão da OTAN, durante a Guerra Fria.

c) de que essa intenção da Rússia democrática era impedida pela ex-União Soviética.

d) de que inicialmente essa aliança envolvia apenas os países da Europa central.

e) de que a aliança, quando criada, envolvia apenas os países da Europa oriental.

3) (PUCRS - 2001) Responder à questão com base na charge a seguir, referente à organização do

mundo hoje.

A charge acima

a) representa uma divisão esquemática do mundo, representada pela linha do Equador, definida pela

pobreza do Sul e riqueza do Norte.

b) caracteriza uma realidade vivenciada no capitalismo industrial, onde a poluição foi o fator domi-

nante devido à falta de tecnologia preventiva.

c) mostra um conflito ideológico, e não econômico, já que representa a bipolarização da Guerra Fria e

a preocupação com a ecologia.

d) indica que, embora o Sul fique separado do Norte por uma linha imaginária, há uma nítida ruptura

causada pelas diferenças em administrar problemas ambientais.

e) evidencia um antagonismo entre ricos e pobres, num conflito onde a população pobre dos países do

Sul é dominada pelo poder ideológico e econômico do Norte.

4) (UNIRIO - 1998) No contexto da nova ordem mundial pós-guerra fria, a ONU tem sido alvo de

determinados questionamentos que envolvem o seu Conselho de Segurança cuja composição apre-

senta apenas 5 países, únicos a terem poder de veto. Tais países são:

a) Estados Unidos, Rússia, Japão, Alemanha e Inglaterra.

b) França, Estados Unidos, Rússia, China e Inglaterra.

c) França, Alemanha, Itália, Estados Unidos e Bélgica

d) México, Coreia, Estados Unidos, França e Japão.

e) Brasil, Rússia, Estados Unidos, Japão e Alemanha.

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5) A questão a seguir refere-se ao texto adiante:

"Diga a verdade, leitor: algum dia você imaginou que entrariam em sua vida, locais como Pappete, Mu-

ruroa, Saint Martin? (...) Para minha geração, Afeganistão, capital Cabul, decorava na aula de geo-

grafia para esquecer o mais rápido possível. Mas, Pappete, Mururoa e Saint Martin, nem como verbe-

te de aula de geografia. Agora, essas três localidades ocupam os telejornais há três ou quatro di-

as.(...) A minha dúvida é saber se estamos preparados para dirigir essa ampliação ao infinito da geo-

grafia, digamos, familiar.(...) Por falar nisso, quantos ainda são capazes de, sem consulta ao dicionário,

dizer o que é um atol?

O tal de MacLuhan era de fato um gênio. Quando criou a expressão 'aldeia global', a aldeia não era

de fato global. Agora, é. Mas de aldeia tem pouco. Afinal aldeia é sinônimo imperfeito de coisa des-

complicada, fácil de entender para a sua tribo. A aldeia global é tudo, menos fácil de entender"

(ROSSI, Clóvis. "Global mas não aldeia". Folha de São Paulo, 10/09/1995, p.1-2)

A "ampliação da geografia" a que o autor se refere representa:

a) a importância estratégica que assumiram, pós-guerra fria, os pequenos países insulares citados no

texto.

b) o desenvolvimento das telecomunicações, que permitem o acesso à informação dos locais mais dis-

tantes do planeta.

c) a importância crescente do conhecimento dos acidentes geográficos devido aos problemas ambien-

tais que afetam a Terra.

d) ao surgimento de inúmeros Estados nacionais, como consequência do desaparecimento dos grandes

impérios no inicio da década.

e) ao desaparecimento das fronteiras entre os países, tornando todos os povos importantes para a

tomada de decisões no planeta.

6) Constitui uma das consequências ou "efeitos colaterais" do processo de globalização recente:

a) a desconcentração da renda, favorecida pela integração econômica entre os países do mundo.

b) a expressiva diminuição de pessoas pobres, que vivem com até 1 dólar/dia.

c) a elevação dos preços das "commodities", em relação aos dos manufaturados.

d) a queda significativa da economia dos países ricos (G-8), na última década.

e) o aumento da fragilidade econômica e institucional da maioria das nações não desenvolvidas.

7) Os deslocamentos populacionais que ocorrem em decorrência da procura de melhores condições

de vida e a fuga de regiões em conflitos representam um dos efeitos colaterais da globalização. A

propósito dessa temática, é INCORRETO afirmar:

a) A Ásia pode ser identificada como uma área de repulsão, uma vez que o continente concentra o

maior contingente absoluto de pobres do mundo por causa das injustas estruturas econômicas e

sociais, do sistema de castas e de questões religiosas.

b) Cada lugar é carregado de cultura e tradições, por isso as regiões marcadas pela entrada de imi-

grantes desenvolvem a xenofobia, fruto da intolerância e do medo da perda de identidade.

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c) A falta de políticas públicas e investimentos na área de pesquisa e tecnologia nos países subdesen-

volvidos provoca as migrações conhecidas como "evasão de cérebros", representando entraves pa-

ra o desenvolvimento técnico-científico.

d) Migrações provocadas por guerras locais têm sido constantes e crescentes. Entre os diversos lo-

cais do mundo, é no continente asiático que se desencadeia a maior quantidade de movimentos mi-

gratórios decorrentes de guerras civis, com legiões de refugiados vagando em busca de abrigo e

fugindo das guerras tribais.

8) (UFF - 2010) O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade

Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma

explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das

técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a in-

tencionalidade. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e to-

das as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um

mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo

confuso e confusamente percebido.

De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não

queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo

menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como

fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o

mundo como ele pode ser: uma outra globalização.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Do pensamento único à consci-

ência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 17-18.

A ideia da “globalização como fábula”, destacada no Texto XI, torna-se ainda mais expressiva, se

levamos em conta certas definições de fábula, apresentadas no dicionário: mitologia, lenda, narração

de coisas imaginárias. Não resta dúvida de que se lida com a imagem de um mundo cada vez mais in-

terconectado, mas de forma alguma “sem fronteiras”.

Essa imagem, difundida nos tempos atuais, encontra seu principal fundamento no aspecto:

a) político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros.

b) socioeconômico, com a redução das desigualdades entre os povos da Terra.

c) sanitário, com o êxito alcançado na prevenção das pandepidemias.

d) financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário.

e) cultural, com a crescente unificação das crenças religiosas no mundo.

9) (UFRJ - 2005) No texto a seguir, são feitas algumas considerações sobre o capitalismo e o seu

processo de desenvolvimento ao longo da história.

O capitalismo, como sistema econômico e social, passou a ser dominante no mundo ociden-

tal a partir do século XVI. Seus principais mecanismos foram sendo alterados para se adaptar às

novas formas de relações políticas e econômicas estabelecidas entre as nações ao longo do tempo.

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O capitalismo evoluiu gradativamente e foi-se transformando à medida que novas dificul-

dades surgiam, apresentando, assim, um grande dinamismo ao longo do seu processo de desenvolvi-

mento. Para melhor entender a sua evolução e a construção do espaço geográfico, costuma-se dividir

o capitalismo em 3 (três) fases distintas.

Adap. SENE, E. de e MOREIRA, J. C. "Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e

Globalização". São Paulo: Scipione, 1998. p. 14

Considerando o capitalismo e o seu processo de desenvolvimento através da história, marque a opção

que corresponde respectivamente a essas fases é

a) Capitalismo Comercial, Capitalismo Financeiro e Capitalismo Industrial.

b) Capitalismo Financeiro, Capitalismo Industrial e Capitalismo Comercial.

c) Capitalismo Comercial, Capitalismo Industrial e Capitalismo Financeiro.

d) Capitalismo Industrial, Capitalismo Financeiro e Capitalismo Comercial.

e) Capitalismo Industrial, Capitalismo Comercial e Capitalismo Financeiro.

10) (IBMECRJ - 2009) Desde o início dos anos 80 o mundo assiste a uma "onda neoliberal" em toda a

economia, processo que hoje vive uma crise de proporções ainda indefinidas. Sobre o neolibera-

lismo são feitas as seguintes afirmativas:

I - Cabe ao Estado, nesse processo, o papel de gestor e interventor.

II - Desprezar qualquer tipo de preocupação com os gastos públicos é uma característica marcante

do neoliberalismo.

III - A ocorrência de fusões de empresas e bancos permitiu o surgimento das empresas transnacio-

nais, atuantes nos mais diversos setores da economia.

Assinale:

a) Se apenas a afirmativa I for correta.

b) Se apenas a afirmativa II for correta.

c) Se apenas a afirmativa III for correta.

d) Se as afirmativas I e II forem corretas.

e) Se as afirmativas II e III forem corretas.

11) (UPE - 2012) Observe com atenção o organograma a seguir:

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O organograma acima exibe duas versões distintas do sistema capitalista, planejadas em diferentes

épocas, intrínsecas à economia de mercado, contudo diferenciadas por características marcadas por

oposições conjuntas. Sobre elas, analise os itens a seguir:

I. O Keynesianismo defende a ampla intervenção do Estado na economia, enquanto o Neolibera-

lismo aceita uma intervenção mínima do Estado na economia.

II. O Keynesianismo é favorável ao aumento de gastos públicos, enquanto o Neoliberalismo esti-

mula o Estado de bem-estar social.

III. O Keynesianismo propõe a geração de empregos por intermédio da receita pública, enquanto o

Neoliberalismo defende a abertura econômica dos países.

IV. O Keynesianismo critica o pensamento econômico clássico, enquanto o Neoliberalismo busca

aplicar os princípios do liberalismo clássico.

V. O Keynesianismo critica o princípio da “mão invisível”, enquanto o Neoliberalismo critica a pri-

vatização de estatais.

Apenas está CORRETO o que se afirma em

a) I.

b) III.

c) I e II.

d) I, III e IV.

e) I, II, III e V.

12) (MACK - 2012)

“Atacar não significa apenas assaltar cidades muradas ou golpear um exército em ordem de batalha, deve também incluir o ato de assaltar o inimigo no seu equilíbrio mental.” Sun Tzu-Ping-fa, A Arte da Guerra, séc.IV a. C.

Terrorismo: 1. Modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror; 2. Forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa

A respeito do atentado terrorista, ocorrido em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e as

consequências desse episódio para as relações geopolíticas internacionais no século XXI, é correto

afirmar que

a) foi mais uma ação liderada pelos grupos extremistas Hamas e do Hezbollah, contra a política

norte-americana no Oriente Médio, utilizando, para tais ações suicidas, somente jovens de

baixa renda e de pouca instrução, que acreditavam que tais atos lhes garantiriam o direito de

ingressar no paraíso celestial.

b) a resposta americana ao ataque de 11 de setembro foi a perseguição sistemática ao milionário

saudita Osama bin Laden que, em transmissões realizadas pela mídia na época, assumiu publi-

camente a autoria do atentado, provocando o aumento do sentimento xenofobista do povo

norte-americano aos imigrantes de origem árabe residentes no país.

c) formou-se uma coalização internacional contando, principalmente, com o apoio da Inglaterra

junto aos Estados Unidos, a fim de combater os focos terroristas no Oriente Médio, dando i-

nício à Guerra do Golfo e a um esforço, perante as agências internacionais de notícia, de com-

bater o islamismo fundamendalista.

d) o ataque sofrido pelos EUA em 2001 tem relação direta com a atuação política norte-

americana no Oriente Médio, que sempre visou atender aos interesses econômicos americanos

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na região, e resultou no aumento da insegurança junto à sociedade americana, jamais atacada

anteriormente em seu próprio território.

e) a partir desse episódio, os EUA cortaram relações diplomáticas com o Paquistão, pois houve

relutância, por parte da liderança religiosa paquistanesa, em indicar o local exato do esconde-

rijo de bin Laden, o que possibilitaria a sua prisão imediatamente após o atentado de 11 de se-

tembro.

13) (FGV - 2002) Após os acontecimentos no World Trade Center, que fizeram do 11/09/01 um

marco na geopolítica contemporânea, os Estados Unidos estão dando sinais cada vez mais fortes de

que o Iraque, após o Afeganistão, vai ser a próxima vítima do que Washington chama de "guerra con-

tra o terrorismo". Num famoso discurso, George W. Bush incluiu, além do Iraque, outros países inte-

grantes do "eixo do mal". Um deles alinhava-se com a URSS, durante o período da Guerra Fria. Tra-

ta-se da:

a) Coreia do Norte, país de regime fechado que possui capacidade de produzir e exportar armas nu-

cleares.

b) Colômbia, que possui grande parte de seu território controlado por narcotraficantes associados à

guerrilha.

c) Índia, por não respeitar acordos internacionais como os da OMC e violar as normas da ONU para

os direitos humanos.

d) Arábia Saudita, por seu apoio financeiro a organizações terroristas internacionais, como o Hamas

e o Al Qaeda.

e) Rússia, que tem graves conflitos separatistas internos e é detentora do segundo maior arsenal

bélico mundial.

14) (UERJ - 2004) A nova doutrina de segurança norte-americana altera drasticamente o ordena-

mento político iniciado com o fim da Segunda Guerra Mundial e define (...) um estilo de exercício he-

gemônico fronteiriço à coerção (...). Com a disposição de usar a força de forma unilateral e preventi-

va, os Estados Unidos tentam transformar sua soberania em valor absoluto, marginalizando os países

com quem dividiam - ainda que formalmente - as responsabilidades pela regulação sistêmica mundial.

(DUPAS, G. A nova doutrina de segurança internacional dos Estados Unidos e os impasses na gover-

nabilidade global. In: SANTOS, T. et alii. (org.) Os impasses da globalização - hegemonia e contra-

hegemonia. São Paulo: Loyola, 2003.)

BRASIL VAI GASTAR MAIS EM PORTOS PARA GARANTIR SEGURANÇA DOS EUA

WASHINGTON. O Brasil terá de gastar milhões de dólares para garantir a segurança dos america-

nos nos EUA. A campanha antiterrorismo do presidente George W. Bush vai obrigar o governo brasi-

leiro a equipar seus dois principais portos - o de Santos e o do Rio - com aparelhos capazes de detec-

tar se cargas destinadas ao Tio Sam estão contaminadas com produtos químicos ou biológicos ou, se

em meio a elas, foram também empacotadas armas de destruição em massa. Todo o trabalho será

monitorado por agentes americanos que passariam a residir no país. (...) Trata-se da chamada "políti-

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ca de extensão de fronteiras", com a qual o presidente Bush passou a considerar que os pontos de

saída de outros países passaram a fazer parte limítrofe do território americano.

(Adaptado de PASSOS, J. M. O Globo, 08/09/2003.)

A correlação entre estes textos evidencia que o novo papel assumido pelos Estados Unidos na ordem

mundial de poder é expresso, principalmente, por:

a) ampliação da importância dos blocos econômicos sob a sua hegemonia.

b) subordinação política e territorial das demais nações às suas decisões estratégicas.

c) imposição aos países aliados de gastos elevados com reforma administrativa.

d) combate ao terrorismo globalizado com a formação de pactos entre países aliados e não aliados.

15) (UFMG - 2005) A ONU organizou, no final do século XX, um plano de ação - denominado Metas do

Milênio -, que tem como um de seus objetivos a melhoria da condição de vida nas regiões menos

desenvolvidas do mundo. De acordo com o cronograma desse plano, os níveis de pobreza da popu-

lação mundial começariam a se reduzir nos primeiros anos do século XXI.

Considerando-se essa informação, é INCORRETO afirmar que o fator responsável pelo não-

cumprimento do cronograma do Plano de Metas da ONU é

a) a exigência da ONU quanto à aplicação de estratégias de desenvolvimento sustentável nos paí-

ses pobres tem reduzido o retorno de capital, desestimulando os investimentos estrangeiros.

b) a defasagem entre a ajuda prometida pelos países da OCDE - ou pelos países mais desenvolvi-

dos - e aquela efetivamente concedida até o momento atual.

c) a incapacidade de universalização da educação primária, já constatada em um número significa-

tivo dos países-alvo do programa.

d) o aumento do percentual da população que convive com a fome em regiões como o Oriente Mé-

dio e a África Subsaariana, em contraposição ao que se esperava no conjunto das Metas.

16) Nos últimos anos, por iniciativa da Organização das Nações Unidas, tem-se discutido a validade

da aplicação de índices como o PIB - Produto Interno Bruto, a Taxa de Alfabetização e outros, na

avaliação dos níveis de qualidade de vida da população. Em substituição a esses índices específicos e

setorizados, a ONU propôs a utilização de um novo índice, mais complexo, que reflita, de modo inte-

grado, os aspectos relativos a ECONOMIA, LONGEVIDADE e EDUCAÇÃO.

Esse novo índice é:

a) Índice de Desenvolvimento Humano - IDH.

b) Índice de Qualidade de Vida Agregado - IQVA.

c) Índice de Desenvolvimento Sustentável - IDS.

d) Índice de Desenvolvimento Econômico e Social Integrado - IDESI.

e) Índice de Sustentabilidade Social - ISS.

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17) Sem a aprovação da ONU e sob a reprovação da maior parte da comunidade internacional, forças

norte-americanas (dos EUA) e britânicas atacaram o Iraque, em 20 de março de 2003. Levando em

conta o texto e seus conhecimentos, é INCORRETO afirmar que

a) os EUA, ao atacarem o Iraque - país situado no Oriente Médio, no vale dos rios Tigre e Eufrates -

usaram como argumento a alegação de que o governo de Sadam Hussein detinha armas de destrui-

ção em massa, proibidas pela ONU.

b) o Iraque, localizado no Oriente Médio, na Península Arábica, possui ricas reservas de petróleo, o

que tem sido apontado como um dos motivos da ocupação desse país pelas tropas da coalizão.

c) os EUA, apesar de terem realizado a ocupação do Iraque - país islâmico, localizado na antiga Me-

sopotâmia -, têm, entre os seus principais aliados, outros países também islâmicos, como a Arábia

Saudita e o Kuwait.

d) as forças de segurança iraquianas ficaram sob controle de um novo governo que tem tido dificul-

dades de garantir a ordem e fazer diminuir os atentados terroristas que ameaçam a estabilidade

da nação e minam a economia.

e) a população iraquiana é, em sua maioria, árabe e segue a religião islâmica; apesar disso, aceitou a

presença das tropas ocidentais, após o anúncio do final da guerra pelo governo dos EUA.

18) (UFRS - 2005) Após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque e Wa-

shington, nos Estados Unidos, o governo norte-americano declarou guerra permanente ao terror.

Desde então, começou a se delinear a Doutrina Bush, que, como nova estratégia, desconsiderou o

multilateralismo.

Em relação a essa temática, são feitas as seguintes afirmações.

I. O multilateralismo caracteriza-se por restrições legais à importação de produtos fabricados

no Oriente Médio.

II. O governo estadunidense da Era Bush deu-se o direito de agir unilateralmente contra ameaças

terroristas, mesmo sem a aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU).

III. A Organização das Nações Unidas (ONU) definiu um grupo de países que constitui o denomi-

nado "Eixo do Mal", integrado, em primeira instância, pelo Iraque, Coreia do Norte e Irã.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.

b) Apenas II.

c) Apenas III.

d) Apenas I e II.

e) Apenas II e III.

19) (UFRN - 2011) Brasil, Rússia, Índia e China, constituem um grupo de economias emergentes, que

assumiram importância no mercado global. Esses países contribuíram nos últimos cinco anos com mais

da metade do crescimento do produto global, ou seja, a soma do que foi produzido nos diferentes

setores da economia, ampliando significativamente a participação destes no comércio mundial.

Sobre a participação desse grupo de países na economia mundial, pode-se afirmar que:

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a) A Rússia se destaca ofertando alimentos e matérias-primas para suprir as demandas de consumo

da sociedade indiana.

b) A China se destaca pela elevada qualificação de sua mão-de-obra e pelo desenvolvimento industrial

com rígido controle ambiental.

c) A Índia se destaca no setor de serviços de informática pela capacidade para formar profissionais

nas áreas tecnológicas.

d) O Brasil se destaca como fornecedor de petróleo e gás natural, atendendo as demandas de consu-

mo de energia da produção chinesa.

20) (adaptada de UFMG - 2007) Considerando-se alguns dos países do grupo classificado, na atuali-

dade, como emergente, analise as afirmativas abaixo:

I. a China vem direcionando o setor de bens de consumo duráveis para o atendimento da deman-

da de seu mercado interno, em detrimento das exportações.

II. a Índia, embora com um elevado percentual da população abaixo da linha da pobreza, se tem

destacado pela exportação de mão-de-obra qualificada e de tecnologia de ponta no setor de

informática, além de apresentar um elevado crescimento econômico na atualidade.

III. a Rússia, na sua condição de membro do grupo de países mais desenvolvidos do mundo – o G-8 –

apresenta o melhor desempenho econômico entre os países do BRIC.

IV. O crescimento econômico global tem sido, em grande parte, sustentado pelo crescimento dos

países emergentes "gigantes", como China, Índia, Brasil e Rússia. O rápido crescimento eco-

nômico desses países se deve em grande parte a uma grande massa populacional que está e-

mergindo da chamada linha da pobreza e tornando-se novos consumidores.

Estão corretas

a) apenas I e II

b) apenas I e III

c) apenas II e IV

d) apenas II e III

e) todas as afirmativas

21) (Enem - 2010) O G-20 é o grupo que reúne os países do G-7, os mais industrializados do mundo

(EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), a União Europeia e os principais emer-

gentes (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Coreia do

Sul, Indonésia, México e Turquia). Esse grupo de países vem ganhando força nos fóruns internacio-

nais de decisão e consulta.

ALLAN, R. Crise global. Disponível em:

http://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br. Acesso em: 31 jul. 2010.

Entre os países emergentes que formam o G-20, estão os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e Chi-

na), termo criado em 2001 para referir-se aos países que

a) apresentam características econômicas promissoras para as próximas décadas.

b) possuem base tecnológica mais elevada.

c) apresentam índices de igualdade social e econômica mais acentuados.

d) apresentam diversidade ambiental suficiente para impulsionar a economia global.

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e) possuem similaridades culturais capazes de alavancar a economia mundial.

22) (FUVEST - 2011)

Os investimentos diretos da China no Brasil aumentaram vertiginosamente nos últimos anos, confor-

me pode ser observado no gráfico acima.

Sobre esses investimentos, é correto afirmar:

a) Destinam-se, principalmente, à produção de matéria-prima no Brasil, destacando-se minério de

ferro e soja.

b) Originam-se, principalmente, da falta de qualificação da mão de obra no setor agrícola, na China,

nos últimos anos.

c) Devem-se à necessidade de a China diversificar e expandir sua indústria pesqueira para além do

Sudeste asiático.

d) Concentram-se na produção pecuária, visando atender à crescente demanda de sua carteira de

negócios no mercado norte-americano.

e) Relacionam-se à flexibilização da legislação trabalhista brasileira, que tem atraído investimentos

chineses, sobretudo para o setor de biotecnologia.

23) (VUNESP 2009) No ano de 2006, a China, com 6,2 bilhões de t/ano, tornou-se o principal emis-

sor mundial de gases-estufa, superando os Estados Unidos (5,8 bilhões de t/ano), segundo dados di-

vulgados pela ONU em 2008. Assinale a alternativa que contém um dos fatores do aumento chinês de

emissões de gases-estufa.

a) Desmatamento acelerado em todo o país para o cultivo de arroz irrigado.

b) Geração de energia, principalmente por queima de carvão mineral, o mais poluente dos com-

bustíveis fósseis.

c) Matriz energética baseada apenas no petróleo, por ser um dos principais produtores mundiais.

d) Maior frota mundial de veículos agrícolas, o que a coloca como uma das agriculturas mais me-

canizadas da Ásia.

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e) Grande aumento da área de pastagens em todo o país, para atender ao mercado asiático de

carne.

24) (UFGD - 2011) Leia o texto a seguir.

OCDE: EMERGENTES TERÃO 60% DO PIB MUNDIAL ATÉ 2030

Relatório da organização mostra uma transformação da riqueza global que vem acontecendo

nos últimos 20 anos.

Paris - Em 2030, quase 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo estará concentrado

nos países em desenvolvimento, como resultado de uma "transformação estrutural de importância

histórica" na economia mundial, afirmou a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Eco-

nômico (OCDE) em um relatório divulgado nesta quarta-feira.

Em 2000, os países que não integram a OCDE (atualmente formada por 34 países) represen-

tavam 40% da produção mundial, mas em 2030 concentrarão 57%, segundo o estudo, intitulado

"Perspectivas sobre o desenvolvimento mundial 2010: riqueza em transformação".

O informe assinala que "o rápido crescimento das economias emergentes levou a uma reaco-

modação do poder econômico" e deu lugar a uma "nova geografia do crescimento mundial" e indica que

"a crise financeira e econômica acelerou esta transformação estrutura da economia".

"As previsões sugerem que os países em desenvolvimento e os emergentes representarão quase 60%

do PIB mundial em 2030", afirma a primeira edição deste informe anual.

Exemplo dessa "transformação estrutural" que foi acontecendo nos últimos 20 anos é o caso

da China, enfatiza a OCDE, país que, em 2009, se converteu no principal sócio comercial do Brasil,

Índia e África do Sul.

"O centro de gravidade econômico do planeta se deslocou para o Oriente e o Sul; de membros

da OCDE a economias emergentes", afirma o documento, que classifica o fenômeno de "riqueza em

transformação".

Disponível em <http://portalexame.abril.com.br/economia>. A-

cesso em 16 Nov. 2010 [Texto adaptado]

Considerando as informações trazidas pelo texto e as transformações ocorridas nos últimos anos no

quadro da economia mundial, assinale a alternativa correta.

a) Os dados dos últimos 20 anos mostram que há uma tendência à manutenção da hegemonia do poder

econômico nos países centrais que comandam a OCDE.

b) A economia mundial está passando por um conjunto de transformações que não alterarão a compo-

sição do cenário mundial, que continuará sob a hegemonia dos países centrais.

c) O conjunto de mudanças ocorridas na economia mundial aponta transformações em relação ao pa-

pel e à importância dos países em desenvolvimento e emergentes neste cenário para os próximos

anos.

d) O poder econômico mundial está centralizado nos países do norte, e isso tem impedido a ascensão

dos países em desenvolvimento e emergentes no quadro da economia mundial.

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e) As previsões da OCDE mostram que a ascensão dos países emergentes na economia mundial propi-

ciará a eliminação das desigualdades sociais nos países do Oriente e Sul do globo terrestre.

25) (UECE - 2012) O ano de 2011, além de completar dez anos do atentado terrorista aos Estados

Unidos, tem visto vários conflitos no mundo árabe: a queda dos regimes tunisiano e egípcio e, em

seguida, a derrubada de Muammar Gaddafi, na Líbia, e a insurreição na Síria.

Sobre os atuais conflitos no mundo árabe, é correto afirmar–se que

a) as revoltas da Tunísia e do Egito foram geradas pela indignação diante da riqueza e da cor-

rupção da elite governante.

b) reivindicam a política de bem-estar social que garante educação, segurança e saúde gratui-

tas, bem como uma renda digna para todos.

c) foram gerados pela queda do preço do petróleo e pela indignação com a falta de oportunida-

des para os jovens.

d) os casos sírio e líbio decorrem da aceitação da desigualdade como preço a ser pago em troca

do crescimento econômico.

26) (ESPM - 2012) Observe o texto e o mapa abaixo:

Sudão do sul, independente e vulnerável No sábado 9, o mundo ganhou um novo país: o Sudão do Sul. A nação, maior que a Bahia, nasce carre-gando o título do Estado mais pobre do mundo, onde três dos estimados nove milhões de habitantes precisam de ajuda humanitária para se alimentar e 90% vivem com até 50 centavos de dólar por dia (cerca de 0,80 centavos de reais).

(Carta Capital disponível em http://www.cartacapital.com.br/internacional/ sudao-do-sul-independente-e-vulneravel. Acesso: 30/09/11)

Em relação à geografia do novo país, está correto afirmar:

a) Localizado na África Austral, as ricas jazidas de ferro e cobre apresentam-se como oportunidades

futuras em melhores dias para amenizar o alto índice de miséria existente.

b) Localizado entre a África Oriental e Central, e de maioria cristã e animista em oposição ao norte

islâmico, o Sudão do Sul vê no petróleo as melhores perspectivas futuras.

c) Localizado na África Ocidental, o novo país tem nas áreas de plantation a base da economia expor-

tadora de gêneros tropicais, como cacau e açúcar.

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d) O conflito étnico entre tutsis e hutus levou a um genocídio nesse novo país da África Oriental,

cuja separação em duas partes pareceu ser a única solução possível.

e) O novo país de maioria islâmica localiza-se na África Setentrional e o clima mediterrâneo favorece

o cultivo de videiras e oliveiras, os principais produtos de exportação.

27) (Enem - 2010)

Democracia: “regime político no qual a soberania é exercida pelo povo, pertence ao conjunto dos ci-

dadãos.” JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário Básico de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar,

2006.

Uma suposta “vacina” contra o despotismo, em um contexto democrático, tem por objetivo

a) impedir a contratação de familiares para o serviço público.

b) reduzir a ação das instituições constitucionais.

c) combater a distribuição equilibrada de poder.

d) evitar a escolha de governantes autoritários.

e) restringir a atuação do Parlamento.

28) (UEL - 2012) Recentemente, o mundo assistiu a uma série de revoltas populares nos países ára-

bes. A imprensa internacional destacou o papel das redes sociais nessas mobilizações contra os dita-

dores e a repressão dos governos sobre a população civil.

Sobre esses conflitos, assinale a alternativa correta.

a) A Jordânia viu seu rei ser deposto devido ao apoio dos países ocidentais e de Israel aos movimen-

tos revoltosos.

b) O governo da Síria, apesar dos protestos internacionais, atacou os revoltosos com a anuência do

Irã, da Rússia e da China.

c) Na Tunísia, o processo revoltoso de setores populares foi sufocado por empréstimos vultosos da

União Europeia.

d) No Marrocos, a permanência da violência deve-se aos conflitos entre cristãos, muçulmanos e mem-

bros de religiões tribais.

e) O Egito manteve Hosni Mubarak no poder devido à intervenção da Liga Árabe, com apoio norte-

americano.

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29) Observe o mapa do continente africano a seguir:

Analise os fragmentos de texto para responder às alternativas abaixo

TEXTO I: A "Revolução do Povo" teve, até então, a maior repressão entre os governos autoritários

do mundo árabe, tornando-se um conflito civil com forças aéreas da OTAN apoiando os rebel-

des/insurgentes. A manifestação de 17/02/2011 contra o regime de Muammar Kadhafi marca o início

das sucessivas revoltas violentas com confrontos sangrentos e consequente queda de ministros e

diplomatas do governo. A oposição avançava dominando inúmeras cidades com o apoio da artilharia

aérea dos aviões da OTAN. No dia 20/10/2011, ocorre a queda definitiva do regime com a captura e

morte de seu líder, o mais longevo ditador do mundo árabe, tendo ficado 42 anos no poder.

TEXTO II: “A Revolução de Jasmim, correspondeu a uma sucessão de manifestações insurrecionais

ocorrida no país africano entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011 que levou à saída do presidente

da República, Zine el-Abidine Ben Ali, que ocupava o cargo desde 1987. As manifestações começaram

logo depois do suicídio de Mohamed Bouazizi, de 26 anos, vendedor ambulante de frutas e verduras,

em Sidi Bouzid, quando o jovem ateou fogo no próprio corpo por não suportar mais pagar propinas às

autoridades para obter licença para trabalhar na rua. Os protestos no país prosseguiram ao longo de

janeiro de 2011, estimulados por um excessivo aumento dos preços dos alimentos básicos, que veio a

aumentar a insatisfação popular diante do elevado desemprego, das más condições de vida da maior

parte da população e da corrupção do governo. Quatro semanas de manifestações contínuas por todo

o país, apesar da repressão, provocaram a fuga de Ben Ali para a Arábia Saudita em 14 de janeiro de

2011.”

Buscando suporte no mapa e nos fragmentos acima, pode-se afirmar corretamente que os dados dos

países contidos nos textos referente aos recentes conflitos na África podem ser identificados com

os seguintes números no mapa do continente africano:

a) Texto I: Tunísia (país 3); Texto II: Marrocos (país 1).

b) Texto I: Líbia (país 5); Texto II: Tunísia (país 1).

c) Texto I: Egito (país 4): Texto II: Turquia (país 5).

d) Texto I: Argélia (país 1); Texto II: Líbia (país 4).

e) Texto I: Líbia (país 4); Texto II: Tunísia (país 3).

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30) (FGV - 2011) O recente tsunami no Japão, que abalou a segurança da usina nuclear de Fukushima,

voltou a acirrar os debates em torno dos riscos para a vida provocados por essa fonte de energia. Os

dados indicam que há 443 reatores em operação em 30 países. Considerando esses fatos e a distri-

buição geográfica das usinas no mundo, é correto afirmar que:

a- Boa parte dos reatores e usinas está distribuída nos países pobres, como o Brasil, para dimi-

nuir o risco das populações dos países ricos.

b- Somente os países que empregam energia nuclear para uso militar também a utilizam para ge-

rar energia.

c- A concentração dos reatores em poucos países é positiva, pois os efeitos de acidentes ficam

restritos aos seus territórios, diminuindo, assim, a escala dos riscos.

d- Os reatores concentram-se apenas em alguns países, que são aqueles poucos que têm acesso

limitado às outras fontes de energia, como os combustíveis fósseis.

e- A maior parte dos reatores encontra-se nos países do hemisfério norte que possuem econo-

mia dinâmica e contingente populacional bastante considerável.

31) (UEG - 2005) Levando em consideração a figura a seguir e os seus conhecimentos sobre terremo-

tos, leia atentamente as proposições e assinale V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) Os tsunamis são ondas gigantes ocasionadas pelo deslizamento costeiro ou marítimo, ou por e-

rupções vulcânicas. No ano de 2004, foi registrado no Oceano Índico alto índice de mortes provo-

cado por esse fenômeno.

( ) Os terremotos são vibrações das camadas da crosta da Terra produzidas pelo tremor e oriun-

das de fenômenos tectônicos ou vulcânicos. Esses fenômenos ocorrem quando as placas tectônicas

entram em processo de choque ou acomodação.

( ) As vibrações causadas pelos terremotos são produzidas por ondas longitudinais e transversais,

podendo ser consideradas fracas aquelas que não são notadas pelo homem, sendo, porém, regis-

tradas pelos sismógrafos.

( ) O alto risco de incidência de terremotos no Japão dá-se pela sua localização em uma região de

encontro de placas tectônicas continentais e oceânicas e pelo fato de a região conter várias falhas

geológicas, além de inúmeros vulcões.

( ) Se comparados aos que ocorrem no Japão e na Califórnia, os abalos sísmicos no Brasil são de

menor intensidade; esse fenômeno pode ser explicado pela situação geológica do país, que dificulta

ocorrências de maior proporção.

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Marque a alternativa CORRETA:

a) V, V, V, V, V

b) V, F, V, F, V

c) V, V, V, V, F

d) F, V, F, V, F

e) V, V, V, F, F

32) O debate em torno do uso da energia nuclear para produção de eletricidade permanece atual. Em

um encontro internacional para a discussão desse tema, foram colocados os seguintes argumentos:

I. Uma grande vantagem das usinas nucleares é o fato de não contribuírem para o aumento do efeito

estufa, uma vez que o urânio, utilizado como "combustível", não é queimado mas sofre fissão.

II. Ainda que sejam raros os acidentes com usinas nucleares, seus efeitos podem ser tão graves que

essa alternativa de geração de eletricidade não nos permite ficar tranquilos.

A respeito desses argumentos, pode-se afirmar que

a) o primeiro é válido e o segundo não é, já que nunca ocorreram acidentes com usinas nucleares.

b) o segundo é válido e o primeiro não é, pois de fato há queima de combustível na geração nuclear de

eletricidade.

c) o segundo é valido e o primeiro é irrelevante, pois nenhuma forma de gerar eletricidade produz

gases do efeito estufa.

d) ambos são válidos para se compararem vantagens e riscos na opção por essa forma de geração de

energia.

e) ambos são irrelevantes, pois a opção pela energia nuclear está se tornando uma necessidade in-

questionável.

33) Um problema ainda não resolvido da geração nuclear de eletricidade é a destinação dos rejeitos

radiativos, o chamado "lixo atômico". Os rejeitos mais ativos ficam por um período em piscinas de aço

inoxidável nas próprias usinas antes de ser, como os demais rejeitos, acondicionados em tambores

que são dispostos em áreas cercadas ou encerrados em depósitos subterrâneos secos, como antigas

minas de sal. A complexidade do problema do lixo atômico, comparativamente a outros lixos com

substâncias tóxicas, se deve ao fato de

a) emitir radiações nocivas, por milhares de anos, em um processo que não tem como ser interrompido

artificialmente.

b) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo industrial convencional, faltando assim lo-

cais para reunir tanto material.

c) ser constituído de materiais orgânicos que podem contaminar muitas espécies vivas, incluindo os

próprios seres humanos.

d) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam o ar irrespirável por milhares de anos.

e) emitir radiações e gases que podem destruir a camada de ozônio e agravar o efeito estufa.

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34) A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seu diretor, o egípcio Mohamed El Bara-

dei, foram escolhidos para o Nobel da Paz de 2005 pelo esforço empreendido para que a energia nu-

clear seja utilizada com fins pacíficos e de forma segura. Por outro lado, ainda existem países que

não assinaram o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), caso de Israel, Índia e Paquistão. A

esse respeito, julgue as afirmativas a seguir:

I. A proliferação de armas nucleares é uma ameaça potencial à paz, estabilidade e segurança no mun-

do, mas e, sobretudo à biosfera.

II. As rivalidades reinantes entre a Índia e o Paquistão a respeito do controle do território da Ca-

xemira colocam em risco permanente a estabilidade regional.

III. A proibição de armas nucleares fere a soberania das nações e o direito a autodefesa, razão pela

qual o Tratado de Não-Proliferação Nuclear é uma afronta ao Direito Internacional. IV. O uso pa-

cífico da energia nuclear não é uma segurança de que o meio-ambiente e a vida das pessoas este-

jam livres dos efeitos nocivos da radiação, haja vista o ocorrido com a usina de Chernobyl, na U-

crânia, em 1986.

Estão corretas:

a) todas.

b) apenas II, III e IV.

c) apenas I, III e IV.

d) apenas I, II e IV.

e) nenhuma.

35) (FGV-SP - 2012) No final de 2007 e início de 2008, a provisão de alimentos estava apertada e os

preços dos grãos subiram drasticamente. Alguns dos principais produtores reduziram as exporta-

ções para manter o custo nacional sob controle.[...] Foi então que, em 2008, Arábia Saudita, China

e Coreia do Sul começaram a comprar ou arrendar terra em outros países, particularmente na

África, mas também na América Latina e no Sudeste da Ásia, a fim de produzir alimentos para si.

(www.ecodebate.com.br/2011/10/25/nos-limites-da-terra- -entrevista-com-lester-brown.

Adaptado)

Sobre o fato descrito no texto, pode-se afirmar que

a) vários países da África, como a Etiópia e o Sudão, proibiram a ocupação de estrangeiros em

suas terras, como medida de proteção às suas respectivas populações.

b) essa é uma situação temporária, pois os países com agricultura avançada têm condições de au-

mentar a produtividade agrícola e suprir os mercados mundiais.

c) o problema dos suprimentos alimentares para muitos países está a cargo da FAO, órgão da

ONU voltado para as questões agrícolas.

d) a busca de áreas agricultáveis, em nível internacional, representa o traçado de uma nova geo-

política relacionada à escassez de terras e alimentos.

e) a probabilidade de se atender às necessidades alimentares de toda a população do globo pare-

ce cada vez mais próxima devido à expansão das áreas agrícolas

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36) (UEMG - 2009)

VAI TER PARA TODO MUNDO?

O preço dos alimentos disparou, e o aumento médio no mundo passa dos 80%. A crise atual, a pior dos

últimos trinta anos, decorre de uma combinação de causas: colheitas ruins, especulação de preços,

aumento excepcional do barril de petróleo e a explosão dos biocombustíveis. Mas, o que ajudará a

perpetuar o problema é o aumento do consumo de alimentos, sobretudo na China e na Índia, as loco-

motivas asiáticas que, juntas, têm mais de um terço da população mundial.

André Petry, Revista Veja – 28 de maio de 2008

Analisando este texto e os dados da ilustração, acima, só não é CORRETO afirmar que

a) a atual trajetória econômica, demográfica e ambiental do mundo é insustentável.

b) a previsão é que, em 2050, seremos 9,2 bilhões de pessoas, ou seja, 2,5 bilhões de habitantes a

mais, em relação à população atual.

c) o simples crescimento da população mundial traz grande impacto nos estoques de comida.

d) a escassez de comida está sendo controlada pela distribuição equitativa dos alimentos entre as

nações do mundo.

37) O diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação)

declarou, em entrevista à "Folha de São Paulo" de 19/12/93, que passam fome em todo o mundo 786

milhões de pessoas. Tal situação, entretanto, está acompanhada de um grande paradoxo, que consiste

no fato de que

a) são centenas de milhões de famintos que se concentram principalmente na África e na América

Latina.

b) a fome é provocada pela pobreza, desigualdade social e ignorância.

c) a fome penaliza especialmente as crianças, as mulheres e os idosos dos países mais pobres.

d) existem centenas de milhões de famintos num mundo onde há comida para todos.

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e) a fome leva à morte não só por destruição, mas também por expor a doenças infecciosas as pesso-

as debilitadas, principalmente as crianças.

38) (Unifesp – 2007) A charge, publicada em 07.07.2006, faz alusão à

a) ocupação, por militares dos Estados Unidos, do Iraque, acusado de manter armas nucleares.

b) contra-ofensiva de Israel ao Líbano, em resposta a agressões promovidas pelo Hizbollah.

c) presença militar do Ocidente no Oriente Médio, para garantir o acesso a recursos energéticos.

d) rejeição às forças de paz da ONU, que não evitaram a eclosão de novos conflitos árabe-

israelenses.

e) ação militar de Israel em reação às lideranças do Hamas, que exercem o poder na Palestina.

39) (PUCRS - 2006) Responda a questão com base nas informações referentes a um dos espaços mais

conflituosos do mundo.

"Tornou-se Estado em 1948, ampliando o seu território no ano seguinte. Chegou a incorporar a Faixa

de Gaza na década de 60, devolvendo-a oficialmente em 2005."

O país a que o texto se refere é:

a) Palestina.

b) Afeganistão.

c) Eritreia.

d) Síria.

e) Israel.

40) (UFMG - 1995) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas ligadas ao final do "apar-

theid" na África do Sul, EXCETO

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a) A África do Sul, com as eleições presidenciais de 1994, deu um passo importante para romper com

seu passado de discriminação racial.

b) As restrições comerciais impostas ao antigo regime racial foram suspensas, e a África do Sul res-

tabeleceu suas relações comerciais internacionais.

c) O fim do "apartheid" gerou poucas mudanças para a população branca cuja elite continua a contro-

lar a economia e a burocracia do país.

d) O novo país passa a contar com uma população negra, etnicamente homogênea, uma vez que os ban-

tustões formaram países independentes.

e) O novo regime se deparou com a possibilidade de aproximação entre as experiências sociais e eco-

nômicas de brancos e negros.

41) (Cesgranrio - 1992) A luta das populações negras e as pressões internacionais estão pouco a pou-

co minando o "apartheid". Todavia, os problemas sociais e políticos da África do Sul ainda estão lon-

ge de serem resolvidos. Sobre esse problema, pode-se afirmar que:

I - as populações negras não obtiveram uma representatividade político-eleitoral que viabilize um

governo hegemônico das maiorias negras.

II - avançaram as conquistas socioeconômicas da população negra, o que eliminou em grande parte as

desigualdades sociais antes existentes.

III - o governo sul-africano vem jogando com as disputas intertribais, financiando grupos que se o-

põem à liderança de Nelson Mandela.

IV - Face às pequenas mudanças introduzidas no "apartheid", algumas sanções contra a África do Sul

começam a ser suspensas.

Assinale a opção que contém as afirmativas corretas:

a) apenas I, II e III. b) apenas I, III e IV.

c) apenas II e III. d) apenas II, III e IV.

e) apenas II e IV.

Gabarito:

01-d 06-e 11-d 16-a 21-a 26-b 31-a 36-d

02-b 07-d 12-d 17-e 22-a 27-d 32-d 37-d

03-e 08-d 13-a 18-b 23-b 28-b 33-a 38-e

04-b 09-c 14-b 19-c 24-c 29-e 34-d 39-e

05-b 10-c 15-a 20-c 25-a 30-e 35-d 40-d

41-b

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II- SOCIEDADE E POLÍTICA NO BRASIL

A escalada da violência no Brasil

O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. A situação, que já é ruim, piora

quando se analisa apenas os dados referentes à população masculina. Para se ter uma ideia da tragé-

dia, o índice de assassinatos de vítimas do sexo masculino foi de 50,7 por 100 mil habitantes em

2009, enquanto para as mulheres, o índice foi de 4,4 (11 vezes menor).

Segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geo-

grafia e Estatística), existem no Brasil 95,9 homens para cada 100 mu-

lheres. Em 2000 eram 96,9 homens. Na expectativa de vida a população

masculina também leva a pior. Em 2009 este índice era de 69,4 anos

para os homens e de 77 anos para as mulheres. No trânsito, também

morrem mais homens. Considerando-se todos os meios de transportes,

em 2009 o índice foi de 20,1 óbitos por 100 mil habitantes, sendo os

óbitos masculinos aproximadamente quatro vezes superiores ao das

mulheres. Em 1992, o índice era de 18,3.

Quais são as principais causas da violência urbana no Brasil?

Porque tantas tragédias abalam direta ou indiretamente as famílias

brasileiras? Alguns fatores preponderantes nos dão a resposta. O Brasil apresenta uma enorme desi-

gualdade social, racial e falta de oportunidades, principalmente em decorrência dos baixos investi-

mentos em educação – o motor da violência é a desigualdade socioeconômica. O desemprego, que atu-

almente é muito baixo no país, atinge principalmente jovens, com uma taxa de 15% em 2012, muito

acima da taxa geral, que é de apenas 6,7%. A ineficiência da justiça, que ainda trata desigualmente

os criminosos conforme suas classes sociais, aliada à manutenção de um código penal antigo e em de-

sacordo com a sociedade atual, também corroboram para acentuar os índices de criminalidade no pa-

ís. Quanto aos presídios, além da falta deles, a inadequação dos existentes e a situação crônica de

superlotação, faz com estes ambientes se tornem escolas do crime. Para ilustrar o problema, entre

1995 a 2005 a população brasileira aumentou 15% e o número de presos 100%. Quanto aos policiais,

os baixos salários, o despreparo e a falta de equipamentos, os efetivos reduzidos e uma “justiça”

militar em conformidade com policiais violentos/corruptos também são realidades que interferem

negativamente nos índices de violência.

Tais fatores, entre outros, contribuem significativamente para o aumento da criminalidade e a

expansão do crime organizado no país, retratado através do tráfico de drogas, do contrabando de

armas e de produtos falsificados, da associação à parte corrupta do aparato estatal (exemplo: banda

podre da polícia), lavagem de dinheiro em bingos, quadrilhas especializadas em roubo e desmanche de

carros, a máfia do jogo do bicho, etc. Todos estes itens de delinquência se acentuaram na segunda

metade do século XX com o acelerado processo de urbanização no país que levou a macrocefalia ur-

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bana, ou seja, o inchaço das cidades, que passaram a apresentar intensos processos de favelização e

de precarização da assistência social pelo Estado, levando ao crescimento do Estado Paralelo (crime

organizado) enquanto aparato social. Como exemplos, destacam-se o PCC (Primeiro Comando da Capi-

tal), Comando Vermelho, milícias, entre outros.

O crime organizado cobra o seu preço. Em Maio de 2006, durante 9 dias de pânico no estado

de São Paulo, principalmente da capital e região metropolitana, 492 pessoas morreram em decorrên-

cia dos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital). Em 2012 não foi diferente. Novamente no es-

tado de São Paulo os criminosos atacaram policiais, bombeiros, guardas municipais e até agentes pe-

nitenciários, além de civis que perderam suas vidas em chacinas gratuitas.

Diante de um aparente caos generalizado da violência, surgem inúmeras propostas para a me-

lhoria da situação. As principais são: uma melhor preparação e maior repressão policial ao crime, uma

legislação mais rigorosa com a reforma do código penal, auxílio do exército no combate ao crime or-

ganizado (88% da população apoia esta ideia) e maior presença nas áreas de fronteira, redução da

maioridade penal para 16 anos e se fala até em pena de morte ou prisão perpétua para crimes hedi-

ondos.

O sistema de cotas em universidades públicas

A reserva de vagas raciais nas universidades públicas foi adotada pela primeira vez na UERJ,

em 2001. A primeira instituição federal de ensino superior a implementar o sistema de cotas foi a

Universidade de Brasília (UNB) em 2004, prevendo a reserva de vagas para negros e, num percentual

menor, para índios, durante dez anos. Diante das polêmicas que envolvem este modelo de inclusão

social e racial e de ações que tramitavam em várias instâncias da justiça contestando a constitucio-

nalidade desta reserva de vagas, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu em Abril de 2012, por

unanimidade, que o sistema de cotas raciais em universidades públicas é constitucional. Em Agosto de

2012 a presidente Dilma Rousseff sancionou o sistema de cotas para universidades públicas federais

após a sua aprovação no Congresso Nacional. Ao todo, 50% das vagas disponíveis serão para alunos

que cursaram todo o Ensino Médio em escola pública. A outra metade será destinada a alunos negros,

pardos e índios. A distribuição deve obedecer à proporção dessas populações em cada estado, de a-

cordo com o IBGE.

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Distribuição de renda no Brasil

Segundo dados da ONU, no mundo, 1% da população mais

rica possui a riqueza somada dos 57% mais pobres. A novi-

dade boa se refere ao Brasil, que, num período de 10 anos

(entre 2001 e 2011) melhorou seu Índice de Gini, que men-

sura a desigualdade na distribuição de renda, diminuindo

0,594 para 0,527, segundo o IPEA, ou seja, menos desi-

gualdade socioeconômica. Outro fator positivo foi a redu-

ção da pobreza, com o país atingindo a primeira e principal

meta proposta na Declaração do Milênio, que é a de redu-

zir pela metade a proporção da população com renda per capita inferior a US$ 1,25 por dia, considerados miseráveis. Em 1990, o país tinha 8,8% da sua popu-

lação nesta situação e em 2008 esse percentual chegou a 4,2%.

Mesmo com o avanço, o Brasil ainda é considerado o 4° país mais desigual da região mais desi-

gual da Terra, a América Latina. Caso esta melhora de perpetue para os próximos anos, comemora-

remos não apenas a ascensão dos mais pobres para a classe média, como também o fato de o país ca-

minhar firmemente rumo ao desenvolvimento.

Obs.: o melhor país no quesito distribuição de renda é o Japão, onde os 10% mais ricos recebem 4,23

vezes mais que os 10% mais pobres. Nos Estados Unidos este índice chega a 15,9 vezes. No Brasil,

para se ter uma ideia da situação, a classe dos 1% mais ricos possuem renda semelhante ao dos 50%

mais pobres, fator este, entre outros, considerado como o motor da violência no país.

Transposição de parte das águas do rio SÃO FRANCISCO

O projeto tem como objetivo retirar parte das águas do rio São Francis-

co para irrigar áreas do semiárido nordestino setentrional (norte da re-

gião), beneficiando agricultores familiares através de 400 pontos de cap-

tação. A meta é levar água para 12 milhões de pessoas até 2025 em 390

municípios do PE, CE, PB e RN. Apesar de o projeto ter sido apresentado

e debatido pela primeira vez no ano de 1918 e lembrado sempre em situa-

ções de estiagens, apenas em 2007/08 as obras se iniciaram e mesmo

assim num ritmo lento, tendo em vista que ainda correm na justiça pro-

cessos com liminares que a cada pouco paralisam as obras.

Reserva indígena Raposa Serra do Sol (RR)

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A Área de reserva, que segundo a Funai (Fundação Nacional do

Índio) abrange territórios de três cidades de Roraima, com

superfície aproximada de 1.678.800 hectares e perímetro de

1.000 km, foi demarcada pelo presidente Lula, em 2005. O a-

núncio em Abril/2008 da Operação Upatakon 3, da Polícia Fe-

deral, tendo como objetivo a retirada de não-índios na região,

provocou grande polêmica e aumentou a tensão na Terra Indí-

gena Raposa Serra do Sol, tendo em vista que moradores da

região tentaram impedir a entrada da PF.

Diante do litígio, o governo de Roraima entrou na Justiça e conseguiu a suspensão da ação.

Mesmo assim, os conflitos continuaram. O episódio de maior gravidade ocorreu na segunda-feira

(05/05/2008), quando pelo menos nove índios foram baleados enquanto construíam casas em uma

área supostamente invadida.

A ocupação de áreas da reserva indígena por arrozeiros era o principal motivo de polêmica. De

acordo com o Ministério da Justiça, o processo de demarcação da reserva começou na década de 70

e "praticamente todos os não-índios que a ocuparam de boa-fé já foram indenizados ou reassenta-

dos". Segundo a Funai, índios da região – das etnias macuxi, wapixana, ingarikó, taurepang e patamona

– seriam os maiores beneficiados com a implantação da reserva.

A resolução do problema aconteceu em 2009. O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou

a manutenção da demarcação contínua da reserva e a saída imediata dos produtores de arroz e não

índios que ocupavam a área em Roraima. O julgamento sobre a validade da demarcação foi concluído

no dia 19/03/2009.

Imigração Japonesa

Apesar da existência de alguns imigrantes nos primeiros anos

do século XX, a chegada do navio Kasato Maru no porto de Santos em

1908, é considerado pela historiografia oficial o primeiro a aportar no

Brasil com imigrantes japoneses. Trouxe um total de 165 famílias, que

vinham trabalhar nos cafezais do oeste paulista.

Nos primeiros sete anos, vieram mais 3.434 famílias (14.983

pessoas). Com o começo da I Guerra Mundial (1914), explodiu a imigra-

ção: entre 1917 e 1940, vieram 164 mil japoneses para o Brasil, sendo

75% do total para o estado de São Paulo. Em 2008 foi comemorado o

centenário da imigração japonesa no Brasil.

Desde a 2ª metade do século XX o fluxo migratório se inverteu e, principalmente a partir dos

anos 80, grande número de decasséguis (brasileiros de origem japonesa, mestiços e seus cônjuges,

que vão trabalhar no Japão) migraram para a terra do sol nascente. Atualmente, mais de 300.000

brasileiros vivem no Japão, sendo a 2ª maior comunidade de brasileiros fora do país, perdendo ape-

nas para os EUA, no entanto, com crise econômica que atingiu fortemente o país, aliado à tragédia do

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terremoto, tsunami e desastre nuclear de março de 2011, inúmeros brasileiros voltaram e outros

muitos que planejavam sua ida para o Japão, desistiram do sonho.

Reforma Agrária

O Brasil apresenta uma distribuição de terras extremamente desigual, conforme tabela a se-

guir:

É inconcebível num país com a maior quantidade de terras a-gricultáveis do mundo, existir agricultor sem-terra e gente

passando fome.

Estatuto da Terra/Lei 4.504 (1964): o acesso à terra é um direito para quem nela vive e trabalha

e promovê-lo é uma obrigação do Estado;

Constituição (1988) – a terra, em condições de plantio ou criação, precisa ter uma função social (produção, lazer, agropecuária, turismo ou reserva ecológica);

Diante dos dados apresentados, além de inúmeras outras reformas, o Brasil necessita com ur-

gência de uma ampla e irrestrita Reforma Agrária (desapropriação de terras improdutivas ou grila-

das, por meios legais através da intervenção do Estado, visando sua redistribuição para famílias tra-

balhadoras sem-terra). Diante da inoperância dos vários governos que se sucederam no país, lamenta-

velmente uma efetiva Reforma Agrária nunca ocorreu no Brasil. Assim, surgiu no início dos anos 80 o

MST (Movimento Social dos Trabalhadores Sem Terra) que, através de protestos e ocupações de

terras, pressionam o governo para o cumprimento da lei. Por outro lado, a UDR (União Democrática

Ruralista) defende o cumprimento da lei capitalista do direito à propriedade privada.

E x e r c í c i o s

42) Leia o texto a seguir:

A desigualdade racial brasileira, já bastante dissecada a partir de indicadores de renda e escolari-

dade, pode também ser constatada pelo padrão de mortalidade de cada grupo. Entre os homens ne-

gros, a principal causa de mortalidade foram as externas (homicídios, acidentes e outras razões não

naturais). Entre os brancos, essas causas são o terceiro item mais comum, atrás das doenças do apa-

Distribuição de terras no Brasil

Tamanho da propriedade % dos estabelecimentos % da área

Menos de 100 hectares 89,4% 20,2%

De 101 ha a 1.000 hectares 9,4% 34,8%

Mais de 1.000 hectares 1,2% 45,0%

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relho circulatório e das neoplasias (tumores). Além de negros e brancos apresentarem padrão de

mortalidade diferente, em 2005, um estudo dos pesquisadores Marcelo Paixão e Luiz Carvano, da

UFRJ, mostra que, desde 1999, cresce a desigualdade entre os dois grupos quando se comparam as

taxas de mortalidade por homicídios, HIV, tuberculose e problemas no parto. Em alguns casos, essa

desigualdade cresceu porque houve melhoria dos índices entre brancos e piora entre os negros. Foi o

que ocorreu, por exemplo, com os homicídios. De 1999 a 2005, a taxa de assassinatos por 100 mil

homens brancos caiu de 36 para 34 mortes. No mesmo período, a mesma taxa entre os homens ne-

gros aumentou de 52 para 61 por 100 mil.[...] A dificuldade nesse tipo de pesquisa, comparando as

causas de morte entre negros e brancos no Brasil, é identificar o quanto desse diferencial é causado

pela discriminação racial e o quanto é explicada por razões econômicas ou sociais. Segundo Paixão, no

caso dos homicídios, não há dúvida de que há um componente racial.

(Adaptado de: GOIS, Antonio. Violência é a maior causa de mortes entre homens negros.

Folha de São Paulo, SP, 20 nov. 2007, Cotidiano. Disponível em

<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2011200715.htm> Acesso em: 2 nov.

2009).

Com base no texto, assinale a alternativa correta.

a) Entre 1999 e 2005 a melhoria dos índices de morte por homicídio entre os homens brancos con-

tribuiu para homogeneizar o padrão de mortalidade que afeta os diversos segmentos raciais da

população.

b) Os resultados da análise do padrão de mortalidade dos diferentes grupos raciais da população

brasileira apontam um aspecto das desigualdades sociais que historicamente afetam com maior

gravidade a população negra.

c) Apesar de sua importância como tema para o debate democrático e para o avanço da sociedade, a

discriminação racial não interfere na configuração e evolução dos padrões de mortalidade dos di-

versos segmentos raciais da população brasileira.

d) As características do padrão de mortalidade da população masculina negra e da população masculi-

na branca refletem a redução das assimetrias nos padrões de escolaridade e renda entre esses

segmentos da sociedade brasileira.

e) A predominância das causas de morte externas entre a população masculina negra resulta da me-

lhoria dos indicadores de escolaridade desse segmento que, a partir dessa conquista, passou a a-

tuar no mundo do trabalho em funções sujeitas a acidentes e outros riscos não naturais.

43) Leia o texto a seguir:

Parcela expressiva da população de baixa renda encontra o seu local de moradia nas periferias urba-

nas. Características intrínsecas a essas áreas - como a existência de estoques de terras livres, a

ausência de infraestrutura instalada, a precariedade de serviços públicos, a longa distância dos cen-

tros urbanos, a baixa qualidade dos loteamentos e a clandestinidade generalizada - rebaixam o seu

valor no mercado imobiliário e possibilitam o seu acesso por parte da população de menores recursos.

Além do movimento de “periferização” das cidades, observa-se, a partir da década de 1980, um pro-

cesso crescente de favelização nas regiões metropolitanas brasileiras. [...] Via de regra, a expansão

de áreas periféricas e a ocupação de áreas intraurbanas por favelas se processam em áreas despre-

zadas pelo mercado imobiliário formal e/ou em áreas de restrição de uso - como beiras de córregos,

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encostas dos morros, terrenos sujeitos a enchentes ou áreas de proteção ambiental -, as quais fre-

quentemente envolvem algum tipo de risco.

(SILVA, Lucia Sousa; TRAVASSOS, Luciana. Problemas ambientais urbanos: desafios para a elabora-

ção de políticas públicas integradas. Cadernos Metrópole, n.19, pp. 27-47, 10 set. 2008.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, analise as afirmativas a seguir:

I. A conjunção entre ausência de políticas públicas de habitação para a população de baixa ren-

da, urbanização acelerada e concentrada e processo de segregação socioespacial agrava os

riscos ambientais urbanos nas metrópoles brasileiras.

II. A falta de fiscalização por parte do poder público contribui para a multiplicação de práticas

como o parcelamento irregular da terra urbana, o que tem reflexos no aumento de pontos do

tecido urbano sujeitos a riscos ambientais graves.

III. No que diz respeito aos riscos ambientais urbanos, os processos de periferização e faveliza-

ção são complementares e favorecem a ocorrência de deslizamentos, surtos de doenças e ví-

timas fatais.

IV. Segundo o texto, o aumento do valor dos terrenos periféricos seria uma solução para a ques-

tão habitacional nas metrópoles, pois inibiria a expansão desordenada fazendo com que a po-

pulação de baixa renda deixasse de ocupar áreas propensas a riscos ambientais.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

44) Observe o gráfico a seguir:

(Adaptado de:Folha de S. Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009. Cotidiano, C 1.)

Com base no gráfico e nos conhecimentos sobre o tema, considere V (verdadeiro) ou F (falso) para as

afirmativas a seguir:

( ) A rota das armas parte de três pontos distintos da Bolívia com destinos específicos no Bra-

sil: Brasília e Rio de Janeiro.

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( ) O tráfico de armas na fronteira entre Bolívia e Brasil é resultado de organização criminosa,

considerando que as armas especificadas, segundo a legislação brasileira, são de uso proibido aos

cidadãos comuns em território nacional.

( ) O gráfico revela que a Polícia Federal brasileira desconhece a rota do tráfico, tendo conhe-

cimento das armas ilegais somente quando há apreensão, sobretudo, no Rio de Janeiro.

( ) A entrada de armas no Brasil, ainda que ilegalmente, e com destino, principalmente, ao Rio de

Janeiro, é demonstração de que a população, diante da violência urbana, busca se proteger compran-

do armas no câmbio negro.

( ) A ilegalidade da entrada de armas no Brasil decorre da insuficiência de policiamento na

fronteira entre Brasil e Bolívia e, ainda, da falta ou limitada fiscalização por parte da Receita Fede-

ral e da Polícia Federal, quanto à documentação e às mercadorias que cruzam nossas fronteiras.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.

a) F, F, F, V e V.

b) F, V, F, F e V.

c) F, V, V, F e V.

d) V, F, V, V e F.

e) V, V, F, V e F.

45) Observe o quadro e o texto e responda à questão.

Na contramão da reativação econômica e da redução da pobreza na última década, os índices de vio-

lência na América do Sul não cederam ou pioraram. A insegurança crescente contamina a agenda polí-

tica da região, colocando os governos de centro-esquerda contra as cordas e dando fôlego às oposi-

ções. Da Argentina ao Equador e também na Venezuela, a insegurança já supera os problemas econô-

micos como a principal preocupação da população. Os números são eloquentes: com apenas 8% da po-

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pulação mundial, a América latina e o Caribe respondem por um terço dos homicídios e mais de 50%

dos sequestros mundiais.

(Folha de S. Paulo, domingo, 15 de novembro de 2009. Mundo, A 21.)

Com base no gráfico, no texto e nos conhecimentos sobre segurança pública, é correto afirmar:

a) O crescimento econômico em países da América Latina e a redução de pobreza estão desvinculados

de fatores redutores da violência no continente.

b) Os regimes militares que atuaram na América Latina em anos anteriores eram mais eficazes no

combate da violência do que as democracias atuais.

c) A Venezuela possui maior taxa de homicídio em razão de ser um país com forte ideologia socialista.

d) O Brasil possui a maior população carcerária da América Latina, devido à eficácia policial e prisio-

nal no combate ao crime de homicídio.

e) A América Latina é a região do globo que possui a maior taxa de homicídio em razão de sua polícia

agir de acordocom as regras do Estado de Direito.

46) Analise a charge a seguir, considerando que o modo de atuação das instituições sociais, políticas

e econômicas nela representada muitas vezes explicita e/ou corrobora a manifestação da violência.

(Disponível em: <http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/amendola> Acesso em: 10/01/2010.)

Com base no enunciado e na charge, assinale a alternativa correta.

a) A violência é responsabilidade de toda a sociedade.

b) A polícia é, entre as instituições, a que mais causa violência.

c) O indivíduo é naturalmente responsável pela violência.

d) A despeito de acreditar na vida, a religião é causa de violência.

e) A situação de violência está dissociada do desemprego.

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47) Leia os textos a seguir:

Grupos criminosos armados se apropriam dos territórios abandonados pelos poderes públicos e lá

fazem sua morada, estabelecendo as regras e controlando os serviços essenciais para a população

local. Seus lucros são inacreditáveis, mesmo se tratando de áreas pauperizadas, pois oferecem servi-

ços básicos e essenciais para milhares de pessoas: sistema de transporte local, venda de gás, TV a

cabo, sistema de segurança, compra e venda de imóveis, entre outros. A combinação de um sistema

de venda monopolista e um mecanismo direto de cobrança contribui para a realização de ganhos muito

elevados.

(STROZENBERG, Pedro. Falta Estado e sobram armas. Le Monde Diplomatique Bra-

sil, Novembro/2008, p.22-23)

Um diagnóstico incontestável por todos os que se debruçam sobre esse tema é que a ação ilegal das

milícias passa, prioritariamente, por três eixos: 1) controle de território exercido por agentes públi-

cos vinculados à área de segurança; 2) extorsão direta dos moradores por meio do controle de diver-

sos serviços; 3) formação de braços políticos nas comunidades onde as milícias são mais fortes, com

parlamentares eleitos como resultado da construção dos redutos eleitorais nesses espaços.

(FREIXO, Marcelo. Combater as milícias, uma questão de soberania. Le Monde Di-

plomatique Brasil. Outubro/2008. p.17.)

Na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro existe uma Comissão Parlamentar de Inquéri-

to para investigar esse fenômeno criminoso. Dessa ação legislativa já resultou prisão e perda de

mandato de parlamentares.

Com base nos textos, nos pressupostos da democracia e nos direitos de cidadania, assinale a alterna-

tiva correta.

a) É preferível milícias a traficantes, pois a presença delas inibe a ação do crime e evita que os jo-

vens entrem cedo para o tráfico de drogas e poderes paralelos ao Estado.

b) Sem a proteção das milícias, certamente as populações locais não teriam as facilidades para satis-

fazer algumas de suas necessidades básicas, e, como tal, exercer plenamente sua cidadania.

c) A presença dessas milícias em algumas áreas da cidade está ligada à ausência de políticas estatais

de infraestrutura urbana e comunitária, bem como à falta de segurança.

d) A entrada e permanência das milícias em certas áreas da cidade é viabilizada porque a população

faz sua escolha, dando apoio a quem a protege, numa simples avaliação de custo benefício.

e) Muitas vezes o poder paralelo que as milícias representam funciona como braço auxiliar do Estado,

tendo em conta controlar áreas vulneráveis ao domínio do tráfico de drogas.

48) Leia o texto abaixo e responda à questão.

"Antigamente... somente os miseráveis, compelidos por seus infortúnios, se tornavam bandidos. Agora

estava tudo diferente, até os mais providos da favela... cujos pais eram bem empregados, não bebiam,

não espancavam suas esposas, não tinham nenhum comprometimento com a criminalidade, caíram no

fascínio da guerra..."

(LINS, Paulo. "Cidade de Deus". São Paulo: Cia das Letras, 1997, p. 469)

Considerando o texto acima é correto afirmar:

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a) Atualmente os habitantes que optam por viver nas favelas o fazem com o intuito de ingressar no

crime, visto que as políticas de planejamento urbano nas grandes cidades brasileiras criaram ou-

tras opções mais adequadas de moradia.

b) A realidade constatada pelo autor, na favela do Rio de Janeiro, é exclusiva daquela cidade, esco-

lhida preferencialmente como localidade ideal para o tráfico de drogas e de armas.

c) A nova visibilidade dos bens de consumo em razão da urbanização das favelas (transportes, acesso

a meios de comunicação, escolas etc.) teve o efeito perverso de despertar desejos inviáveis nos

jovens que assim se tornaram presas do tráfico.

d) O tráfico de drogas se instala nas favelas em função da ausência do Estado, demarcando territó-

rios que ficam sob seu domínio. Nesses, instalam uma lógica de violência, que acaba sendo uma re-

ferência muito sedutora para os jovens.

e) A maior parte das grandes cidades brasileiras conseguiu eliminar as favelas e outras localidades

atraentes para o tráfico organizado e, por extensão, enfraqueceu o crime organizado, fato esse

que ainda não atingiu o Rio de Janeiro.

49) Observe a figura.

O documentário "Falcão: Meninos do Tráfico", exibi-

do na televisão, chocou e comoveu milhões de brasi-

leiros, por suas cenas cruas, nas quais meninos afir-

mam que a vida, para usar a expressão de um deles,

"é um breve e violento esculacho".

A partir da interpretação dos textos acima, verifica-

se que junto à evolução humana cresceu também a

violência.

Com base nessas informações e em seus conhecimen-

tos, é correto afirmar que o narcotráfico

I. cria, com sua crescente transnacionalização, uma geografia específica, abrindo e expandindo cor-

redores que ligam áreas produtoras a áreas consumidoras de drogas.

II. contrapõe-se à segurança pública, que, com a crescente atuação do crime organizado, está colo-

cando em xeque a eficácia do aparato de segurança dos estados.

III. tem, na eficiência e na rapidez dos sistemas de transporte e comunicação, que permitem a mun-

dialização da economia, o espaço para o processo que pode ser chamado "globalização do crime".

IV. teve facilitados, com o enorme crescimento do turismo internacional e das migrações de um país

para outro, o transporte de produtos proibidos através de fronteiras e também o recrutamento

de traficantes.

V. se caracteriza hoje pelo recrudescimento das máfias ou cartéis que controlam o comércio de dro-

gas, no crime organizado, agravado pela globalização, gerando um faturamento superior ao de mui-

tas empresas multinacionais.

Estão corretas

a) apenas I, II, e IV.

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b) apenas II, III e V.

c) apenas I, III e IV.

d) apenas II, IV e V.

e) todas as alternativas.

50) Leia o texto para responder à questão

A sensação de insegurança no país não é exatamente uma novidade, mas, em 2006 e início de

2007, a violência atingiu níveis alarmantes em São Paulo e Rio de Janeiro e, em certas ocasiões, o

Estado perdeu totalmente o controle da situação.

O quadro descrito demonstra a força do crime organizado no Brasil.

Com relação às principais causas da crescente criminalidade e violência no Brasil, considere as se-

guintes afirmativas, assinalando V (Verdadeiro) ou F (Falso).

( ) O crime organizado encontra mão-de-obra na periferia das grandes cidades, onde falta infra-

estrutura urbana e existe concentração da pobreza.

( ) As quadrilhas criam estruturas paralelas à lei, infiltrando-se nas diversas esferas do Poder Pú-

blico. Nesse fato, reside uma das grandes dificuldades do combate ao crime.

( ) De acordo com a Constituição Federal, é dever exclusivo do Estado cuidar da segurança pública,

papel esse que é cumprido pelo Exército, cujas forças são preparadas para esse tipo de combate.

( ) O ambiente social brasileiro é propício à criminalidade, pois reúne elementos que incluem a pre-

carização dos serviços públicos, a degradação do serviço penitenciário e a ineficiência da justiça.

( ) Caso os ganhos ilegais (o "dinheiro sujo") sejam transformados em recursos que possam ser

usados legalmente - processo conhecido como "lavagem de dinheiro" que faz parte da estrutura so-

cioeconômica do Brasil – o mesmo não pode ser considerado como crime.

Indique a alternativa que apresenta a sequencia correta.

a) V, V, V, F e F.

b) F, F, V, F e V.

c) V, F, F, V e V.

d) V, V, F, V e F.

e) F, V, F, V e F

51) Observe a figura.

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Os índices crescentes de violência no Brasil resultam da combinação de fatores que incluem miséria,

crescimento desordenado das cidades, lentidão da justiça e crescimento do tráfico de drogas. Na

base de tudo, está a desigualdade social, que faz com que grande parcela de brasileiros não tenha

perspectivas de melhorar de vida.

Com base nas informações anteriores e em seus conhecimentos sobre as causas da diferença de a-

cesso da população aos direitos sociais básicos, é correto afirmar que

I. o processo de "colonização de exploração" sofrido pelo Brasil já implicava uma segregação inicial,

entre colonizador e colonizado, uma forma de exclusão.

II. a escravidão que permeou um longo período da história econômica brasileira - extinguindo grande

parte das comunidades indígenas e transformando em mercadoria o negro africano - é parte do

processo de exclusão social verificada no país.

III. a formação de uma sociedade patriarcal e patrimonial que se fortaleceu ancorada no princípio da

"casa-grande e senzala" estabeleceu os parâmetros de uma sociedade que segrega e não promove

o direito de igualdade para todos.

IV. o fim da escravidão, a qual ocorreu sem políticas de inclusão social para os negros, fez com que

eles fossem a maioria entre os pobres e também fez com que se mantivesse um preconceito ve-

lado na sociedade.

V. a organização da sociedade brasileira sedimentou-se na segregação entre a elite e o povo, entre o

branco e o negro, formando um Estado resultante da formação desta sociedade.

Estão corretas

a) apenas I, II, e IV.

b) apenas II, III e V.

c) apenas I, III e IV.

d) apenas II, IV e V.

e) todas as alternativas.

52) (UEG - 2010) Um dos grandes desafios do século XXI para tornar o mundo melhor é o de apren-

der a conviver com os outros, aceitar e respeitar os que são diferentes na cultura, na religião, nos

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costumes, na sexualidade etc. A intolerância, os preconceitos, as discriminações e o racismo, no en-

tanto, vêm crescendo. Sobre esse assunto, é CORRETO afirmar:

a) o princípio de que todos os seres humanos são iguais, independentemente de sexo, cor da pele,

orientação sexual, local de nascimento, valores culturais, existe de direito e de fato nas socie-

dades democráticas.

b) o racismo consiste numa tendência a desvalorizar certos grupos étnicos, sociais ou culturais, atri-

buindo-lhes características inferiores e manifesta-se na segregação e rejeição de valores cultu-

rais.

c) os neonazistas, os carecas, os arianos, entre outros, são grupos organizados que visam combater

os preconceitos, sobretudo contra migrantes pobres.

d) a xenofobia e a homofobia atingem em maior grau os indígenas, os negros e a mulher, considerados

inferiores em determinadas sociedades.

53) (UEPB - 2006) Com o fim da escravidão no Brasil, em 1888, a situação do negro sofreu bastante

modificação. Mas, teria o negro passado a desfrutar as mesmas condições econômicas e sociais que

os brancos desfrutam? Tudo parece indicar que não. O negro continua a ocupar um lugar inferior na

hierarquia social, ganhando salários menores e vivendo em piores condições que a média da população.

Com base no texto acima, é correto afirmar:

I. O sistema de cotas para negros nas universidades, criado pelo Governo Federal, tem o objetivo de

facilitar o acesso de negros de baixa renda ao ensino superior de qualidade.

II. Não existe diferença na hierarquia social entre negros e brancos, pois ambos recebem os mesmos

salários.

III. Segundo o Governo Federal não existe necessidade da criação de cotas, pois os negros possuem

as mesmas condições e oportunidades dos demais segmentos da sociedade que almejam ingressar

nas Universidades Públicas e Particulares.

IV. O sistema de cotas abre caminhos para que pessoas comuns tenham uma educação digna e de qua-

lidade, independente de sua cor, de acordo apenas com sua capacidade intelectual.

Está(ão) correta(s), apenas a(s) proposição(ões)

a) II, III e IV

b) I, II e III

c) I

d) IV

e) III

54) (FGV - 2006) Em 2004 a UnB instituiu um programa de política de ação afirmativa em seu vesti-

bular. Posteriormente, também a UERJ inaugurou um programa semelhante e colocou este tema em

evidência no debate nacional. Indique o item abaixo que melhor caracteriza uma política de ação a-

firmativa.

a) Política afirmativa consiste apenas na adoção de quotas de acesso a universidades, com o objetivo

de eliminar a pobreza em determinadas regiões das áreas metropolitanas.

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b) Uma política de ação afirmativa consiste em um tipo de seleção apoiada em critérios não discrimi-

natórios e especialmente baseada no mérito acadêmico ou no desempenho escolar.

c) Política de ação afirmativa resume-se na adoção de cotas para o ingresso em universidades ou ou-

tras instituições de ensino, com o objetivo de garantir o amplo acesso de jovens negros às escolas

públicas ou privadas.

d) Política de ação afirmativa consiste na adoção de critérios de seleção para o ingresso a institui-

ções de ensino e postos de trabalho, com a finalidade de promover maior diversidade entre os alu-

nos, especialmente com respeito a gênero, raça, origem social, orientação sexual e deficiência fí-

sica.

e) Política de ação afirmativa resume-se à adoção do sistema de quotas. Tal sistema refere-se à de-

finição de 30% das vagas universitárias para minorias e grupos étnicos.

55) (PUCCAMP - 1996) Considere os seguintes versos:

"Livre do açoite da senzala

Preso à miséria da favela"

(do samba-enredo da Escola de Samba Mangueira, 1988)

Da leitura dos versos é possível afirmar que

a) historicamente, os grupos de negros e mulatos têm preferido as áreas centrais das grandes me-

trópoles em detrimento das periferias e consequentemente itensificado o processo de faveliza-

ção.

b) em decorrência de processos históricos e culturais, a população negra no Brasil ainda apresenta

níveis de pobreza, em geral, superiores aos de outros grupos étnicos.

c) o rápido processo de urbanização/industrialização do Brasil tem dificultado, fundamentalmente, a

ampliação das condições materiais de vida dos negros, numericamente, considerados minoria.

d) o elevado percentual de população economicamente ativa indica o forte processo recessivo pelo

qual passa nosso País.

e) em países subdesenvolvidos como o Brasil, a participação dos negros na força de trabalho é peque-

na, em virtude do reduzido números de empregos.

56) (UERJ - 2001) "O relatório de 1999 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

registra que, no Brasil, os 20% mais pobres - cerca de 32 milhões de brasileiros - dividem entre si

2,5% da renda nacional (cerca de R$ 22,5 bilhões, considerando que o nosso PIB é de cerca de

R$900bilhões). Já os 20% mais ricos abocanham 63,4% da renda nacional, ou seja, R$ 570,6 bilhões!

(...)"

(Frei Beto. "A avareza". In: SADER, Emir (org.).

"7 Pecados do Capital". Rio de Janeiro: Record, 1999.)

Considerando o texto anterior, a associação correta entre um sintoma típico do subdesenvolvimento

brasileiro e um elemento explicativo de sua manutenção é:

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a) concentração de renda com exclusão social / fenômeno de políticas econômicas

b) desigualdade social com redução do PIB nacional / resultado da dinâmica empresarial

c) contradição da sociedade capitalista com ampliação da produção de bens supérfluos / manifesta-

ção da globalização

d) injustiça social com aumento da participação dos segmentos mais pobres na renda nacional / reali-

dade da conjuntura internacional

57) (Uerj - 2006) Radiografia do século XX no seu final

Metade da população do mundo - cerca de 3 bilhões de pessoas - vive subalimentada, enquanto outros

10% sofrem graves deficiências alimentícias, totalizando 60% dos habitantes com algum tipo de pro-

blema de nutrição. De outro lado, 15% das pessoas do mundo estão superalimentadas. Alimentos não

faltam, há excedentes agrícolas - conforme os critérios de mercado, não das necessidades humanas -

de 15%.

(Adaptado de SADER, Emir. In: MOCELLIN, R. e CAMARGO, R. de. "Passaporte para a

História". São Paulo: Editora do Brasil, 2004.)

Com base nos dados apresentados no texto, um aspecto marcante da conjuntura macroeconômica

mundial do final do século passado e início deste milênio é:

a) aumento da desigualdade social, devido ao desenvolvimento diferenciado entre os países

b) elevação das taxas do desemprego estrutural, em decorrência da concentração industrial nos paí-

ses desenvolvidos

c) baixa produtividade agrícola, em função do acelerado crescimento demográfico nos países do he-

misfério sul

d) distribuição desigual de alimentos, pelo esgotamento de áreas agriculturáveis nos países subde-

senvolvidos

58) (UEMG - 2010) A NOVA CLASSE MÉDIA DO BRASIL

Analise os dados apresentados no quadro, a seguir:

Revista Galileu /Vestibular 2009.p. 48

a) nos últimos anos, uma parcela significativa da população brasileira deslocou-se do miolo para a base

da pirâmide.

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b) a classe média passou a ser maioria no Brasil; entretanto, o número de pobres vem aumentando

significativamente.

c) a pirâmide atual usou, como critérios, além da renda familiar, a taxa de analfabetismo e a expec-

tativa de vida.

d) o crescimento do miolo da pirâmide gera impactos no consumo, pois reflete o aumento do poder

aquisitivo da classe média.

59) (UERJ - 2010) No gráfico abaixo, estão representadas mudanças no perfil socioeconômico da

população brasileira entre 2002 e 2009.

Adaptado de Folha de S. Paulo, 18/04/2010

Um dos principais fatores que possibilitaram as mudanças representadas no gráfico é:

a) elevação do poder aquisitivo

b) ampliação da expectativa de vida

c) estabilização da oferta de emprego

d) diminuição da taxa de analfabetismo

60) (UNIFOR - 2012) O Governo Federal brasileiro executa, sob responsabilidade do Ministério da

Integração Nacional, o "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do

Nordeste Setentrional", conforme mapa abaixo. Esse projeto objetiva a transposição de parte das

águas do Rio São Francisco por meio da construção de dois canais com 700 quilômetros de extensão

total, os quais viabilizarão o aumento da oferta de recursos hídricos em áreas semiáridas dos esta-

dos de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Sobre o assunto, assinale a alternativa

correta.

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a) A realidade hídrica, principalmente nos aspectos atinentes à oferta e uso das águas, é tema que,

historicamente, não tem integrado o debate sobre o semiárido nordestino.

b) A transposição das águas do Rio São Francisco não é vista como solução para resolver o problema

do abastecimento das cidades e mitigar a sede dos nordestinos.

c) O São Francisco é um rio inteiramente localizado no Nordeste semiárido, com nascente no esta-

do da Bahia e foz no litoral de Pernambuco.

d) A escassez de água no Nordeste brasileiro pode ser atribuída a características geoambientais

específicas dessa região e, também, de falhas na gestão dos recursos hídricos por parte do po-

der público.

e) As chuvas na Região Nordeste são bem distribuídas no tempo, graças a fenômenos climáticos,

tais como o El Niño que favorece a ocorrência de frentes frias causadoras de chuvas.

61) (UFF - 1999) O controle e a distribuição da água, por meio de obras de engenharia, tem sido a

forma pela qual os governos vêm enfrentando a questão da seca no Nordeste semiárido. Seguindo

este modelo histórico, a solução desta questão refere-se, atualmente, à:

a) canalização e perenização dos rios Jaguaribe e Parnaíba;

b) criação de grandes represas nos rios temporários da região;

c) transposição das águas do rio São Francisco para outras áreas do semiárido;

d) perfuração e multiplicação de poços artesianos pela zona semiárida;

e) irrigação das várzeas criadas pelo curso do rio São Francisco.

62) (Pucmg - 2004) As hidrovias apresentam custos operacionais reduzidos, em comparação com ou-

tros modais, mas sua utilização depende da regularidade, efetividade e confiabilidade. Assim, consi-

derando a polêmica dos inúmeros projetos de transposição das águas do rio São Francisco e o seu

conhecimento sobre a realidade desse rio, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O rio encontra-se em estágio avançado de degradação hídrica e ambiental e não suporta projetos

expressivos de utilização e/ou transposição de suas águas sem um planejamento efetivo de sua

prévia recuperação.

b) O rio tem 70% de seu volume de água originado em Minas Gerais, exigindo que quaisquer medidas

levem em consideração esse espaço e o resgate de sua condição de rio da integração nacional.

c) A revitalização da navegação fluvial pode-se constituir em um elemento indutor de um processo de

transformação do rio em agente de desenvolvimento econômico regional.

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d) A modernização a que foram submetidos os portos mineiros do São Francisco, com apreciável po-

tencial de carga, é garantia para a realização do projeto de transposição de suas águas.

63) (ENEM - 2005) Segundo a análise do Prof. Paulo Canedo de Magalhães, do Laboratório de Hidro-

logia da COPPE, UFRJ, o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco envolve uma vazão

de água modesta e não representa nenhum perigo para o Velho Chico, mas pode beneficiar milhões

de pessoas. No entanto, o sucesso do empreendimento dependerá do aprimoramento da capacidade

de gestão das águas nas regiões doadora e receptora, bem como no exercício cotidiano de operar e

manter o sistema transportador. Embora não seja contestado que o reforço hídrico poderá benefi-

ciar o interior do Nordeste, um grupo de cientistas e técnicos, a convite da SBPC, numa análise isen-

ta, aponta algumas incertezas no projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Afirma

também que a água por si só não gera desenvolvimento e será preciso implantar sistemas de escoa-

mento de produção, capacitar e educar pessoas, entre outras ações.

(Adaptado. CIÊNCIA HOJE, volume 37, número 217, julho de 2005)

Os diferentes pontos de vista sobre o megaprojeto de transposição das águas do Rio São Francisco

quando confrontados indicam que

a) as perspectivas de sucesso dependem integralmente do desenvolvimento tecnológico prévio da re-

gião do semiárido nordestino.

b) o desenvolvimento sustentado da região receptora com a implantação do megaprojeto independe

de ações sociais já existentes.

c) o projeto deve limitar-se às infraestruturas de transporte de água e evitar induzir ou incentivar a

gestão participativa dos recursos hídricos.

d) o projeto deve ir além do aumento de recursos hídricos e remeter a um conjunto de ações para o

desenvolvimento das regiões afetadas.

e) as perspectivas claras de insucesso do megaprojeto inviabilizam a sua aplicação, apesar da neces-

sidade hídrica do semiárido.

64) (UEL - 2006) Analise a charge e o texto a seguir.

"A pressão de grupos políticos e empresariais de Rondônia que defendem a liberação do garimpo a

todo o custo, principalmente pelo próprio governo do Estado que se propõe a comprar os diamantes

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via Companhia Rondoniense de Mineração - CMR, tem funcionado como incentivador aos garimpeiros

no processo de invasão em busca de diamantes".

(SANTOS, R. A. "Índios e diamantes em Rondônia". Disponível em:

<www.socioambiental/noticias.com.br>. Acesso em: 11 Jun. 2005.)

Com base na charge, no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. A charge e o texto mostram a preocupação do Governo brasileiro em desenvolver uma Política In-

digenista que vise garantir os direitos territoriais dos povos indígenas.

II. O texto e a charge remetem à importância da política indigenista brasileira nos últimos cinco a-

nos e aos ganhos sociais decorrentes da garantia dos direitos a essa população.

III. A partir da charge e do texto, é possível verificar que os povos indígenas estão alijados do apoio

oficial necessário à luta pela manutenção de suas terras e de seus recursos naturais.

IV. A charge e o texto indicam que, em diversas instâncias, ecoam ações e discursos contrários às

reais necessidades dos povos indígenas.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e IV.

65) (Ufscar - 2002) Considere as duas afirmativas seguintes, sobre a demarcação das terras indíge-

nas no Brasil, e assinale a alternativa mais adequada para interpretá-las.

I. "Os indígenas precisam, para manter a sua cultura e o seu modo de vida, de muito mais terras do

que nós, os civilizados".

II. "Os índios não precisam de tanta terra e os que defendem a demarcação de enormes áreas para

eles na realidade estão querendo criar enclaves dentro do país".

a) A afirmativa I usa o nacionalismo como argumento para se evitar a demarcação de terras indíge-

nas.

b) A afirmativa II defende a demarcação das terras indígenas com o argumento que esses enclaves

seriam positivos para a economia nacional.

c) As afirmativas I e II se complementam: ambas defendem a demarcação das terras indígenas com

bom senso.

d) A afirmativa I é desfavorável à demarcação de enormes áreas como reservas indígenas, ao passo

que a II defende essa demarcação desde que não seja em zonas de fronteiras.

e) A afirmativa I defende a demarcação das terras indígenas, mesmo que enormes, e a II critica

esse procedimento.

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66) (UEL - 2001) "No Brasil, a questão de demarcação de terras indígenas é quase sempre acompa-

nhada de grandes polêmicas, travadas entre vários segmentos da opinião pública nacional. Para alguns

destes, as terras indígenas devem ser destinadas ao uso público ou ao atendimento de demandas so-

ciais como as dos sem-terra e bóias-frias e até mesmo das empresas agropecuárias e de mineração."

(ADAS, M. "Panorama geográfico do Brasil: contradições, impasses e desafios socioespaciais". São

Paulo: Moderna, 1999.)

Em relação ao tema, assinale a alternativa correta.

a) A opressão e o extermínio das populações indígenas terminaram em 1988, com a promulgação da

nova Constituição brasileira.

b) Na atualidade, todos os setores da sociedade brasileira estão empenhados na defesa dos povos

indígenas.

c) Os atuais conflitos com as populações indígenas ocorrem porque a maior parte de suas terras está

localizada nas áreas de maior densidade demográfica do país.

d) Muitas reservas indígenas da região Norte estão assentadas sobre áreas ricas em ouro, diaman-

tes, cobre e cassiterita, o que acarreta constantes invasões por garimpeiros e mineradoras.

e) A defesa da preservação cultural e física dos povos indígenas não tem mais razão de ser porque,

na prática, todos os indígenas brasileiros estão aculturados.

67) (Ufes - 1999) A imigração japonesa se iniciou no Brasil em 1908. Entretanto, nos últimos anos,

tem havido uma inversão do fluxo migratório. São os "dekasseguis" que partem em direção ao Japão.

É CORRETO afirmar que os "dekasseguis" são

a) trabalhadores brasileiros, bem remunerados, interessados em turismo a baixo custo.

b) trabalhadores brasileiros que foram para o Japão atuar em linhas de produção, ocupando posições

subalternas.

c) trabalhadores brasileiros que foram em busca de trabalhos altamente especializados e bem pagos.

d) trabalhadores brasileiros que se engajaram definitivamente no mercado de trabalho japonês e que

não têm intenção de retorno.

e) trabalhadores brasileiros que se destacam nos melhores empregos, competindo com a classe tra-

balhadora japonesa.

68) (Ufrs - 2002) O fluxo imigratório negativo, ou seja, o número de emigrantes maior que o de imi-

grantes, tornou-se uma realidade no Brasil a partir da década de 1980.

Os países que mais têm recebido brasileiros são:

a) Japão, Portugal e Suíça.

b) Japão, Portugal e Inglaterra.

c) Estados Unidos, Suíça e Alemanha.

d) Estados Unidos, Paraguai e Inglaterra.

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e) Estados Unidos, Paraguai e Japão.

69) (Uece - 1997) Ao lermos o poeta Patativa do Assaré, sentimos a expressão do povo por desejo de

bem-estar social.

"ESTA TERRA É DESMEDIDA

E DEVIA SÊ COMUM,

DEVIA SER REPARTIDA

UM TACO PARA CADA UM,

MODE MORÁ SOSSEGADO

EU JÁ TENHO MAGINADO

QUE A BAXA, O SERTÃO E A SERRA

DEVIA SÊ COISA NOSSA;

QUEM NÃO TRABAIA NA ROÇA,

QUE DIABO É QUE QUÉ COM A TERRA?"

Marque a opção que melhor sintetiza esses versos:

a) a necessidade de uma reforma agrária

b) a falta de assistência ao trabalhador rural

c) a classificação das unidades fisiográficas do território cearense

d) a baixa produtividade da terra agrícola

70) (Cesgranrio - 1998) Atualmente, a luta pela terra no Brasil adquire nova configuração com o Mo-

vimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Assinale a opção que caracteriza corretamente

esse movimento social.

a) Movimento de caráter político que visa a obter respostas do Poder Judiciário para questões fundi-

árias das cidades grandes.

b) Movimento organizado de trabalhadores com perspectivas de solução da questão da terra, por

meio de projetos de reforma agrária.

c) Ação de grupos sociais liderada por setores progressistas da Igreja, com o objetivo de acelerar a

reforma agrária na Amazônia.

d) Associação espontânea de trabalhadores com o objetivo principal de resolver conflitos de terra no

estado de São Paulo.

e) Organização de trabalhadores urbanos desempregados que buscam, no retorno ao campo, uma so-

lução para sua própria sobrevivência.

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71) (Pucpr - 2004) Embora o presidente Lula tenha colocado o boné do MST na cabeça meses atrás,

a violência no campo brasileiro não cedeu e tampouco a reforma agrária avançou no país.

A respeito da estrutura fundiária e das relações de produção no meio rural brasileiro, julgue as al-

ternativas a seguir:

I. Existe no país uma verdadeira perpetuação do padrão de elevada concentração da propriedade

rural, com o agravante de a terra ser subutilizada.

II. O uso do espaço agrário nacional permanece amplamente condicionado pelo mercado externo, fato

que determina o aproveitamento das melhores terras para os gêneros de exportação.

III. Os pequenos proprietários e arrendatários, que produzem nos moldes da unidade familiar, adap-

taram-se prontamente à dinâmica do mercado, o que os levou a abandonar a produção voltada para

o mercado Interno.

IV. O modelo de reforma agrária implantado no Brasil nas últimas décadas é altamente democrático,

assegurando acesso à terra e recursos para nela produzir, porém beneficia um número reduzido de

famílias.

Estão corretas:

a) apenas I e II.

b) apenas I e III.

c) apenas II e III.

d) apenas III e IV.

e) todas.

72) (ENEM - 2009) O gráfico mostra o percentual de áreas ocupadas, segundo o tipo de propriedade

rural no Brasil, no ano de 2006.

Área ocupada pelos imóveis rurais

MDA/INCRA (DIEESE, 2006)

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Disponível em: http://www.sober.org.br. Acesso em: 6 ago. 2009.

De acordo com o gráfico e com referência à distribuição das áreas rurais no Brasil, conclui-se que

a) imóveis improdutivos são predominantes em relação às demais formas de ocupação da terra no

âmbito nacional e na maioria das regiões.

b) o índice de 63,8% de imóveis improdutivos demonstra que grande parte do solo brasileiro é de

baixa fertilidade, impróprio para a atividade agrícola.

c) o percentual de imóveis improdutivos iguala-se ao de imóveis produtivos somados aos minifúndios,

o que justifica a existência de conflitos por terra.

d) a região Norte apresenta o segundo menor percentual de imóveis produtivos, possivelmente em

razão da presença de densa cobertura florestal, protegida por legislação ambiental.

e) a região Centro-Oeste apresenta o menor percentual de área ocupada por minifúndios, o que in-

viabiliza políticas de reforma agrária nesta região.

Gabarito:

42-b 47-c 52-b 57-a 62-d 67-b

43-d 48-d 53-c 58-d 63-d 68-e

44-b 49-e 54-d 59-a 64-c 69-a

45-a 50-d 55-b 60-d 65-e 70-b

46-a 51-e 56-a 61-c 66-d 71-a

72-a

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III- ASSUNTOS ENERGÉTICOS

Petróleo do Pré-sal no Brasil

O Brasil tem sido destacado no cenário internacio-

nal pelas recentes descobertas de petróleo. Em

08/11/2007 a Petrobrás anunciou a viabilidade econômica

para a exploração do Campo de Tupi na Bacia do Pré-sal,

maior reserva encontrada até hoje no Brasil. Em 2010 a

Petrobrás confirmou que o Campo de Tupi aumentará em

mais de 50% as atuais reservas de petróleo e de gás na-

tural do país. Apesar do óleo a ser retirado ser leve, ou

seja, de ótima qualidade e de alto valor comercial, sua

extração é dificultada pela profundidade, com mais de 5

Km abaixo do nível do mar. Vale lembrar que a Petrobrás está na vanguarda das pesquisas e explora-

ção de petróleo em águas profundas.

Com as atuais e constantes altas no preço do barril, reservas deste tipo passam a ser econo-

micamente interessantes para o Brasil. A camada do pré-sal tem uma extensão de cerca de 800 Km,

entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, podendo ainda chegar até à Bahia e o Rio Gran-

de do Sul. Abrange três bacias sedimentares: Espírito Santo, Campos e Santos. A produção experi-

mental foi iniciada em 01/05/2009 com um teste de longa duração que serviu para confirmar a viabi-

lidade econômica do Campo de Tupi e continuar desenvolvendo a tecnologia para a extração. Além do

difícil desenvolvimento das técnicas de extração, outro grande problema para o início da produção

comercial no pólo pré-sal se refere à legislação, como no caso da nova lei de distribuição dos royalti-

es, que, apesar de aprovada no Congresso Nacional, ainda em gera discussão entre os deputados e

senadores dos estados produtores e não-produtores. O início da produção comercial nos campos do

pré-sal está prevista para 2014.

Obs.: A Petrobrás anunciou no início de 2006 a obtenção da autossuficiência do país na produção de

petróleo, garantida com a entrada em operação da plataforma P-50, na Bacia de Campos, litoral do

Rio de Janeiro. A estrutura é a maior em operação no Brasil. Assim, mesmo com o naufrágio da maior

plataforma do mundo, a P-36 em 2001, a Petrobrás cumpriu a meta estabelecida para autossuficiên-

cia. Apesar desta notícia, o Brasil ainda é um país importador de petróleo, tendo em vista que em sua

maior parte, a produção nacional é de petróleo pesado, sendo necessária a importação de petróleo

leve.

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O Petróleo e o Oriente Médio

Os países do Oriente Médio possuem 64% das

reservas mundiais de petróleo e 30% de gás na-

tural, enquanto os EUA, que representam cerca

de 25% do consumo mundial, possuem apenas

1,9% das reservas do planeta. Hoje (2009) o pe-

tróleo representa 32,8% da matriz energética

mundial e, somado aos demais combustíveis fós-

seis, chegam a 80,9% do total. Segundo as esti-

mativas e, considerando o crescente aumento no

consumo de petróleo (2% a.a.), 2/3 das reservas

atuais se exaurirão até 2025. Resultado: estare-

mos chegando ao fim da Era do Petróleo, sendo

urgente a necessidade de buscar fontes energé-

ticas alternativas, ou então sucumbiremos a uma enorme crise econômica mundial.

A polêmica hidrelétrica de Belo Monte

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte é um megaprojeto previsto para ser implantado no Rio

Xingu (estado do Pará). Sua potência máxima instalada será de 11.233 MW. A plenitude na utilização

deste potencial ocorrerá apenas em épocas de cheias (durante cerca de quatro meses do ano), o que

fará dela a 3ª maior em capacidade de geração hidrelétrica no mundo, ficando atrás apenas da Bina-

cional de Itaipu e da Usina de Três Gargantas na China. Vale salientar que no restante do ano, perío-

do da vazante, a geração de eletricidade diminuirá muito, podendo atingir valores mínimos, próximos

a 1.000 MW. Assim, a energia firme (média assegurada pela usina) será de 4,4 mil MW, ou seja, cerca

de 40% de sua capacidade total instalada.

Apesar da enorme diminuição na geração de eletrici-

dade nos períodos mais secos, o Relatório de Impacto

Ambiental (Rima) de Belo Monte diz que quando a re-

presa da hidrelétrica estiver cheia vai ser possível

guardar água nos reservatórios das usinas em outras

regiões do Brasil. O lago da hidrelétrica terá uma área

total de 516 km² em área de Floresta Amazônica par-

cialmente alterada. O custo financeiro estimado pelo

governo federal ficará em R$ 19 bilhões. Caso seja

implantada, pois até agora apenas o canteiro de obras

possui licença ambiental para a construção, a hidrelé-

trica de Belo Monte poderá ocasionar as seguintes

consequências socioambientais:

milhares de pessoas dos municípios de Altamira, Vitória do Xingu e Brasil Novo serão realoca-

das;

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cerca de 3/4 ou 100 km da Volta Grande [do Xingu] serão submetidos a condições de uma fal-

ta de água severa, o que irá prejudicar o aproveitamento do rio pela população ribeirinha e in-

dígena, para a pesca e a navegação;

o empreendimento irá gerar o inchaço das cidades do entorno da obra, como já ocorre em Al-

tamira, e não foram previstos recursos para a ampliação da oferta de serviços públicos nesses

locais;

haverá desmatamentos da Floresta Amazônica remanescente;

A grande distância de Belo Monte em relação aos maiores centros de consumo de eletricidade

do Brasil ocasionará enorme perda de eletricidade na transmissão.

Biodiesel

Substituto natural do óleo diesel que pode ser produzido a

partir de fontes renováveis como óleos vegetais (plantas oleagino-

sas: soja, girassol, mamona, palma do dendê, amendoim, etc.), gor-

duras animais e óleos utilizados em fritura de alimentos. É uma

fonte energética renovável, ou seja, não se esgota e ainda é menos

poluente que os combustíveis fósseis, como também no caso da eólica, solar, biogás, geotérmica, etc.

O Brasil, pela enorme extensão de terras agricultáveis, clima predominantemente tropical e abun-

dância em água, é considerado a Arábia Saudita do biodiesel para o século XXI. Por lei federal,

todo o diesel mineral comercializado no país tem 5% de adição de biodiesel. As perspectivas são de

se chegar em 2014 com 10% de mistura e em 2020 com 20%, a exemplo do que prevê a Europa

para seus países, além de Argentina e Colômbia na América Latina.

Etanol (Álcool combustível)

O Proálcool, implantado no final da década de 70, marcou

a opção do álcool carburante como alternativa ao uso da gasoli-

na. Apesar dos problemas enfrentados, principalmente a partir

de meados dos anos 80, o programa sobreviveu, e, atualmente,

com as novas tecnologias dos motores bicombustíveis e a cres-

cente necessidade de inserção de fontes alternativas na matriz

energética mundial, o etanol tem se tornado cada vez mais im-

portante no Brasil e no mundo. Atualmente nossa gasolina é uma mistura contendo 25% de álcool e a

tecnologia de produção do carro a álcool atinge níveis de excelência.

Em 2007 o álcool se tornou a 2ª fonte mais importante da matriz energética brasileira, com-

putando 16% do total, deixando em terceiro lugar a energia hidráulica, com 14,7%, já que o petróleo

(com derivados) manteve em 2007 o maior peso, de 36,7% na matriz energética. De acordo com da-

dos divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) em ja-

neiro de 2010, 90% dos automóveis vendidos no mercado interno eram bicombustíveis (flex), man-

tendo o percentual do ano de 2009.

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E x e r c í c i o s

73) (CFTMG - 2005) Analise o gráfico a seguir.

Na matriz energética brasileira, os derivados de petróleo respondem por quase metade da energia

consumida no País. Analisando-se essa afirmativa, com o auxílio do gráfico, é INCORRETO concluir

que a

a) importação de petróleo manteve-se com ligeira queda nos últimos dez anos.

b) etapa do refino do petróleo é feita, em sua maioria, nas refinarias da Petrobrás.

c) produção de petróleo tem crescido nos últimos anos, praticamente na mesma proporção que o

crescimento do consumo.

d) maior parte da produção petrolífera tem origem nas bacias sedimentares continentais, notada-

mente no Recôncavo Baiano.

74) (UEL - 2010) Sobre a ocorrência do pré-sal, conforme ilustrado no mapa e na figura, é correto

afirmar:

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(Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/camada_pre_sal.htm>. Acesso em

15 ago. 2009.)

a) As reservas do pré-sal recebem esta denominação por estarem localizadas abaixo do nível do mar,

constituindo-se na maior jazida de sal descoberta até hoje, cujas camadas podem chegar a ter até

2 km de espessura.

b) Os técnicos ainda não conseguiram estimar a quantidade total de gás natural a ser extraído, pois

não se sabe exatamente qual a intensidade da camada pré-sal. Nos dois campos a serem explora-

dos a estimativa é de que as reservas cheguem a 12 bilhões de toneladas.

c) A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural, localizado nas Bacias de

Santos, Campos e Espírito Santo (região litorânea entre os estados de Santa Catarina e o Espírito

Santo).

d) Em abril de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em altíssimas quan-

tidades. Esta exploração vem ocorrendo no Campo de Tupi, 3 a 5 mil metros abaixo do nível do

mar.

e) A produção na camada pré-sal se justifica por investimentos de baixo custo tecnológico necessá-

rios para a exploração do petróleo, em função da rasa profundidade das reservas, que chegam a

alcançar menos de mil metros abaixo do nível do mar.

75) (UEMG - 2009) ENTENDA O QUE É A CAMADA PRÉ–SAL

A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende por cerca de 800 quilômetros abaixo do leito

do mar, entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, e engloba três bacias (Espírito Santo,

Campos e Santos). O petróleo localizado nesta área encontra-se em profundidades que superam os 7

mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo os geólogos, conservam a qualidade do

produto.

Trecho Adaptado- Folha Online – 10/08/2008

Sabe-se que a formação do petróleo ocorre através da alteração de matéria orgânica vegetal ou ani-

mal, de origem oceânica, retida no subsolo. Baseando-se nessas informações, é CORRETO afirmar que

a área propícia à produção do petróleo localiza-se

a) nos subsolos oceânicos, em áreas de bacias sedimentares.

b) nos terrenos cristalinos, em locais que estiveram cobertos por mares.

c) nos subsolos oceânicos, em áreas de terrenos cristalinos da era Mesozóica.

d) nos terrenos sedimentares, em subsolos oceânicos da era Pré-Cambriana.

76) (UFPR - 2009) As fontes de petróleo, que constituem a mola-mestra do modelo de desenvolvi-

mento mundial, estão concentradas em algumas regiões da Terra, conforme mostra a figura abaixo.

(Adaptado de SBPC. Petróleo. Disponível em http:// www.comciencia.br).

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Sobre o tema, considere as seguintes afirmativas:

1-As multinacionais, marcadamente as megaempresas ligadas ao setor energético, além da atuação

econômica, desempenham uma função geopolítica que se reflete nas relações entre os Estados na-

cionais.

2-O agravamento das crises entre países da OPEP e as discussões sobre o efeito estufa, relacionado

ao uso de combustíveis fósseis, estão provocando o abandono da prospecção e produção de petró-

leo, dando lugar ao caminho mais limpo dos biocombustíveis.

3-A guerra entre o Irã e o Iraque (na década de 80 do século XX) teve como uma de suas causas o

domínio de áreas petrolíferas.

4-Os países que bordejam o Mar Cáspio são considerados como áreas promissoras de exploração do

petróleo, o que explica, em parte, eventos recentes, como a invasão da Ossétia do Sul pela Geór-

gia, e da Geórgia pela Rússia, apesar de terem sido apresentadas justificativas de natureza étnica.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

77) (UEM - 2010) “Governo anuncia suas propostas para a exploração das reservas de petróleo na

chamada camada do Pré-sal”

(Folha de S.Paulo, 30 de agosto de 2009, página B1).

A respeito da camada do Pré-sal e do petróleo como recurso energético, assinale o que for correto,

somando os números relacionados aos itens verdadeiros.

01) As reservas levam o nome de Pré-sal por causa do alto teor de sal marinho existente nas reser-

vas de petróleo descobertas no fundo do mar.

02) O nome Pré-sal deve-se ao fato de as rochas de onde serão extraídos óleo e gás estarem abaixo

de uma barreira de sal localizada em águas profundas.

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04) Em 1953, no governo do presidente Getúlio Vargas, é promulgada a lei que cria a PETROBRAS

(Petróleo Brasileiro S/A) e institui o monopólio estatal na extração e refino do petróleo no País.

08) Considerando que a formação do petróleo deve-se à alteração de matéria orgânica existente nos

subsolos oceânicos, no Brasil, todos os poços de petróleo descobertos e catalogados se localizam

no Oceano Atlântico, próximo à zona costeira.

16) Entre os maiores produtores de petróleo do mundo, na atualidade, estão a Arábia Saudita, o Irã,

o Iraque, o Kuait e a Venezuela. Com a descoberta das reservas do Pré-sal, o Brasil poderá fazer

parte da lista dos maiores produtores mundiais.

Sua resposta: O valor da soma é _________

78) (Enem - 2000) Para compreender o processo de exploração e o consumo dos recursos petrolífe-

ros, é fundamental conhecer a gênese e o processo de formação do petróleo descritos no texto abai-

xo.

“O petróleo é um combustível fóssil, originado provavelmente de restos de vida aquática acumulados

no fundo dos oceanos primitivos e cobertos por sedimentos. O tempo e a pressão do sedimento sobre

o material depositado no fundo do mar transformaram esses restos em massas viscosas de coloração

negra denominadas jazidas de petróleo.”

As informações do texto permitem afirmar que:

a) o petróleo é um recurso energético renovável a curto prazo, em razão de sua constante for-

mação geológica.

b) a exploração de petróleo é realizada apenas em áreas marinhas.

c) a extração e o aproveitamento do petróleo são atividades não poluentes dada sua origem natu-

ral.

d) o petróleo é um recurso energético distribuído homogeneamente, em todas as regiões, inde-

pendentemente da sua origem.

e) o petróleo é um recurso não renovável a curto prazo, explorado em áreas continentais de ori-

gem marinha ou em áreas submarinas.

79) (UFRGS - 2010) A camada submarina do pré-sal, onde foram descobertas reservas de petróleo e

gás, estende-se entre os estados do Espírito Santo e de Santa Catarina, podendo estar localizada a

mais de 7.000 metros abaixo do nível do mar.

Considere as seguintes questões relacionadas à exploração dessas reservas.

1 – distribuição dos royalties entre a União e os estados

2 – definição do marco regulatório para a exploração

3 – redução dos limites territoriais marítimos do país, para menos que as 200 milhas atuais

Quais tem sido objeto de debate no país?

a) Apenas 1.

b) Apenas 2.

c) Apenas 3.

d) Apenas 1 e 2.

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e) 1, 2 e 3.

80) (PUCPR - 2010) Em novembro de 2007, a Petrobrás informou à Agência Nacional de Petróleo

(ANP) e ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que seus estudos geológicos indicavam a

existência de grande potencial petrolífero no litoral brasileiro.

I. O potencial petrolífero descoberto em 2007 está na Plataforma Continental e se estende do lito-

ral do Espírito Santo ao de Santa Catarina, ocupando uma área de 149 mil Km².

II. O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande

parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo.

III. A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros abaixo do

leito do mar e engloba as bacias sedimentares do Espírito Santo, Campos e Santos.

IV. Vários campos e poços de petróleo já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, que é

considerado o principal, o de Guará, o de Bem-Te-Vi, o de Carioca, o de Júpiter e o de Iara.

a) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.

b) Apenas a assertiva I está correta.

c) Todas as assertivas estão corretas.

d) Apenas as assertivas I e II estão corretas.

e) Apenas a assertiva III está correta.

81) (Enem - 2002) Em usinas hidrelétricas, a queda d'água move turbinas que acionam geradores. Em

usinas eólicas, os geradores são acionados por hélices movidas pelo vento. Na conversão direta solar-

elétrica são células fotovoltaicas que produzem tensão elétrica. Além de todos produzirem eletrici-

dade, esses processos têm em comum o fato de

a) não provocarem impacto ambiental.

b) independerem de condições climáticas.

c) a energia gerada poder ser armazenada.

d) utilizarem fontes de energia renováveis.

e) dependerem das reservas de combustíveis fósseis.

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82) (FGV - 2007) "ESTUDO AMBIENTAL DAS USINAS DO MADEIRA VOLTA AO IBAMA

Chega hoje ao Ibama, pela quarta vez em 15 meses, o Estudo de Impacto Ambiental do mega-

projeto das usinas hidrelétricas do Rio Madeira. (...)

O único item pendente pode estar sanado em uma semana, depois da análise da equipe técnica

do Ibama. Se o órgão ambiental der "ok" a este ponto, que versa sobre o fato de o Madeira ser um

dos maiores corredores de biodiversidade da Amazônia, o EIA-Rima é aprovado em seu mérito, tor-

na-se aberto à consulta pública e o cronograma passa a contemplar as audiências públicas.

As audiências devem ocorrer em outubro, em Porto Velho e outras comunidades da área de

influência do projeto de R$ 20 bilhões, que prevê a construção de duas hidrelétricas no Rio Madeira

- Jirau e Santo Antônio -, uma na Bolívia e outra binacional, no Rio Mamoré."

("Valor Econômico". 31 de agosto de 2006)

A exigência dos EIAs/RIMAs, para a realização de obras, visa principalmente identificar e avaliar

todos os efeitos físicos, ecológicos, socioeconômicos e culturais do empreendimento. Considerando as

informações do texto e a localização das obras, um dos impactos socioambientais que poderia ocorrer

na região, seria

a) a inundação de grandes áreas de agricultura de soja e banana, típicas de exportação.

b) o aumento do volume de cardumes no baixo curso dos rios Mamoré e Madeira.

c) a redução da fauna e da flora pela inundação de grandes áreas de florestas.

d) a modificação climática, na região, com menor grau de evaporação nos limites das represas e dimi-

nuição das chuvas.

e) o deslocamento de milhões de pessoas que residem às margens dos rios Mamoré e Madeira.

83) (Enem - 2010) A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de

Vitória de Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira,

com capacidade de 11,2 mil megawatts.

Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará, agri-

cultores fecharam estradas de uma região que será inundada pelas águas da usina.

BACOCCINA, D.; QUEIROZ. G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da confusão. Is-

toé Dinheiro. Ano 13, no 655,28 abr. 2010 (adaptado).

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Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte

estão relacionados

a) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográficas

das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

b) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esfor-

ços para a conservação ambiental.

c) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direciona-

dos para o pagamento pela desapropriação das terras.

d) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse

direito por parte das empreiteiras.

e) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das

construtoras na vinda de profissionais do Sudeste do país.

84) (UEL - 2012) A força das águas tem viabilizado a construção de usinas hidrelétricas de grande

porte no Brasil, sendo Itaipu um exemplo.

Com base nos conhecimentos sobre o desenvolvimento e a questão socioambiental, considere as afir-

mativas a seguir.

I. A retirada das populações das áreas atingidas por construção de hidrelétricas tem produzido

impactos sociais, como o desenraizamento cultural.

II. Itaipu é um exemplo da prioridade dada à preservação dos hábitats naturais no projeto nacio-

nal-desenvolvimentista defendido pelos militares pós-64.

III. As incertezas sobre os impactos ambientais com a construção de usinas hidrelétricas trouxe-

ram, por desdobramento, a formação de movimentos dos atingidos pelas barragens.

IV. A construção de hidrelétricas liga-se, também, à preocupação com a crise energética mundial

prevista para as próximas décadas.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.

c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

85) (MACK - 2012) No mapa, estão assinaladas

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a) áreas de maior produção de minério de Ferro, com exportações voltadas, principalmente, para

o mercado chinês.

b) regiões onde se concentra a pecuária melhorada ou semiintensiva, com destacável participação

nas exportações do país.

c) áreas com maior produção de soja.

d) principais áreas produtoras e consumidoras de gás natural.

e) áreas de maior produção de etanol.

86) (UFPR - 2010) Nos últimos anos, no Brasil, tem chamado a atenção a expansão do plantio de cana-

de-açúcar para produção do etanol, utilizado como combustível. No dia 17/09/2009, o governo lançou

um programa denominado Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar, que visa ordenar o avanço

dessa cultura sobre o território, proibindo sua expansão sobre alguns biomas, haja vista que isso po-

derá trazer impactos negativos no meio ambiente.

Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.

a) O bioma Amazônia, por sua grande extensão geográfica e vastas áreas ainda não usadas para agri-

cultura, é considerado um espaço adequado para a expansão da cana-de-açúcar.

b) O bioma Pantanal, devido à abundância de recursos hídricos necessários ao desenvolvimento da

cana-de-açúcar, é tido como área ideal para seu plantio.

c) Existem, em território brasileiro, milhões de hectares de terra subutilizados que podem ser re-

vertidos ao plantio de cana-de-açúcar, sendo desnecessário o avanço sobre biomas ainda conser-

vados.

d) Remanescentes florestais não utilizados na região Sudeste podem ser incorporados como áreas de

plantio, evitando assim sua expansão sobre biomas ambientalmente mais suscetíveis.

e) No Centro-Sul brasileiro não haverá expansão da cana-de-açúcar, porque as áreas agrícolas já es-

tão incorporadas à dinâmica produtiva.

87) (UERJ - 2009)

Lula defende biocombustíveis das críticas crescentes

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a produção de biocombustíveis pelo

Brasil, rejeitando as críticas de que ela acelera o aumento dos preços dos alimentos em todo o mundo

e prejudica o meio ambiente.

As crescentes críticas são um desafio à diplomacia brasileira e ao auge das exportações agrícolas,

que transformaram o Brasil no maior exportador mundial de etanol derivado da cana-de-açúcar.

Competidores e críticos tentaram relacionar várias das exportações agrícolas do país, da carne à

soja, com a destruição do meio ambiente e com más condições de trabalho.

RAYMOND COLITT, em 16/04/2008. Adaptado de www.estadao.com.br

O debate a respeito do uso de biocombustíveis não envolve apenas questões ambientais, mas também

diferentes interesses econômicos. Neste último caso, encontram-se países e empresas que lucram

com a utilização em larga escala dos combustíveis fósseis e produtores de biocombustíveis. Nesse

campo de lutas, o Brasil emerge como um potencial ator de primeira grandeza, posicionando-se no

centro dessa polêmica.

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Um alegado risco ambiental decorrente da maior produção de biocombustíveis no Brasil e uma vanta-

gem territorial que fundamenta a defesa desta política de Estado, respectivamente, são:

a) desertificação - abundância de recursos hídricos.

b) degradação dos solos - predomínio de solos férteis.

c) desmatamento - disponibilidade de terras não cultivadas.

d) disseminação de pragas - ocorrência de climas temperados.

88) (FUVEST - 2009) O debate atual em torno dos biocombustíveis, como o álcool de cana-de-açúcar

e o biodiesel, inclui o efeito estufa. Tal efeito garante temperaturas adequadas à vida na Terra, mas

seu aumento indiscriminado é danoso. Com relação a esse aumento, os biocombustíveis são alternati-

vas preferíveis aos combustíveis fósseis porque

a) são renováveis e sua queima impede o aquecimento global.

b) retiram da atmosfera o CO2 gerado em outras eras.

c) abrem o mercado para o álcool, cuja produção diminuiu o desmatamento.

d) são combustíveis de maior octanagem e de menores taxas de liberação de carbono.

e) contribuem para a diminuição da liberação de carbono, presente nos combustíveis fósseis.

89) (UEPB - 2009)

A manchete publicada em jornal de grande circulação nacional nos leva a reflexão de que:

I - Segundo o representante da ONU para Direito à Alimentação, o uso de terras férteis para culti-

vos destinados a fabricar biocombustíveis reduz as superfícies destinadas à produção de alimen-

tos.

II - No Brasil, o ministro da Agricultura afirmou que a produção de álcool não prejudica a produção

de alimentos. Existe uma perfeita compatibilidade entre a produção de álcool e de alimentos. A

plantação da cana-de-açúcar representa menos de 1% da produção total agrícola brasileira e as

novas áreas para produção de álcool avançam para as pastagens.

III - Segundo o representante da ONU para o Setor da Agricultura e Alimentação (FAO) o etanol e

o biodiesel têm condições de serem transformados em aliados no combate à fome, desde que a-

companhados de políticas públicas que estimulem a agricultura familiar, a oferta de créditos, e

uma estrutura de mercado que favoreça o comércio de alimentos sem amarras protecionistas.

IV - Atualmente o etanol é a maior fonte de energia do país.

Estão corretas:

a) Apenas as proposições II e III

b) Apenas as proposições I e II

c) Apenas as proposições I, II e III

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d) Apenas as proposições I e IV

e) Todas as proposições

90) (UNIFESP - 2008) No Brasil, o biodiesel é apontado como uma alternativa para geração de ener-

gia, por

a) abrir mercados no país, já que é uma fonte de energia sem restrições socioambientais.

b) impedir o desmatamento da Amazônia, substituindo a pecuária.

c) criar empregos rurais qualificados para manipular máquinas agrícolas.

d) permitir aproveitar espécies locais e agregar famílias de baixa renda à produção.

e) ser exportável aos Estados Unidos, que não dominam tecnologia de biocombustível.

Gabarito:

73-d 78-e 83-b 88-e

74-c 79-d 84-e 89-c

75-a 80-c 85-e 90-d

76-d 81-d 86-c

77) 02+04+16=22 82-c 87-c

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IV- ASSUNTOS AMBIENTAIS

Aquecimento global

Maiores poluidores da atmos-

fera global no século XX

Países (%)

1° EUA 36,1

2° Rússia 17,4

3° Japão 8,5

4° Alemanha 7,4

5° Reino Unido 4,3

6° Canadá 3,3

7° Itália 3,1

8° Polônia 3

9° França 2,7

10° Austrália 2,1

O aumento no consumo dos combustíveis fósseis, as queimadas florestais e as atividades vul-

cânicas provocaram alterações nas concentrações dos gases estufas, como o Dióxido de Carbono,

Metano e Óxido Nitroso, elevando a temperatura média da atmosfera do planeta. No século XX o

aumento foi de 1°C e para o século XXI as perspectivas são ainda mais assombrosas, com possibilida-

de de aumento em até 6°C para 2100, segundo as estimativas do IPCC (Painel Intergovernamental de

Mudança Climática). Caso esta catástrofe se confirme, a Terra passará por intensas mudanças climá-

ticas, derretimento de geleiras e aumento no nível dos oceanos.

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Camada de ozônio

Esta camada de concentração do gás ozônio se loca-

liza a cerca de 22km de altitude na Estratosfera e protege

a vida contra os raios solares nocivos, principalmente os

ultravioletas. Apesar do enorme buraco atual, que no Pólo

Sul já é maior do que o continente antártico, a camada de

ozônio deve se recuperar até a 2ª metade do século XXI,

segundo estudo das Nações Unidas divulgado em setembro

de 2010. Esta recuperação se deve ao cumprimento do Pro-

tocolo de Montreal, assinado em 1987 e que já conta com

196 signatários. O objetivo principal deste acordo é erra-

dicar gradualmente as substâncias que destroem a camada de ozônio, dentre elas os gases CFCs,

HCFCs e brometo de metila. Entre 1988 e 1995 o consumo de gases CFCs no mundo foi reduzido em

76%. O Brasil cumpre rigorosamente o acordo, reduzindo em 86% o consumo destes gases entre

1992 e 2006.

Agenda 21 e o Protocolo de Kyoto

A Agenda 21 é um documento elaborado a partir da Eco-92, realizada no

Rio de Janeiro (Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento

da ONU) e assinado por 179 países. Refere-se a um conjunto de normas para se alcançar o

DHS (DESENVOLVIMENTO HUMANO SUSTENTÁVEL), que tem como meta o desenvolvimento

socioeconômico com a menor degradação ambiental possível, sem que haja o comprometimento do

desenvolvimento das gerações futuras, ou seja, desenvolver sem destruir.

Da Agenda 21 derivou o Protocolo de Kyoto, assina-

do em 1997, que prevê uma redução no lançamento de gases

do efeito estufa (G.E.E.) para 2012 de 5,2% em relação aos

níveis registrados em 1990. Entrou em vigor em 2005, após

a adesão da Rússia, superando assim o patamar de 55% de

emissão dos G.E.E. sob responsabilidade dos signatários.

Atualmente, 188 países já ratificaram o acordo, responsá-

veis por 63,7% das emissões de poluentes. Vale lembrar

que ainda não foi assinado pelos EUA, maior poluidor da

atmosfera global no século XX. A meta deveria ser cumpri-

da até 2012, no entanto, a maioria dos países aumentou o nível de poluição.

Para vigorar, o Protocolo foi flexibilizado através do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento

Limpo), que permite aos países poluentes adquirirem créditos de carbono dos países menos poluentes.

Sabendo do fim do acordo em 2012, a comunidade internacional se mobilizou para a concretização de

um novo acordo ou a prorrogação do mesmo, esbarrando novamente na intransigência dos EUA. Esta

mobilização resultou na prorrogação das metas para 2020, decisão esta tomada entre Novembro e

Dezembro de 2012 na COP-18 (18ª Conferência das Partes da ONU) em Doha no Catar.

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Rio + 20

Em Junho de 2012 ocorreu no Brasil a Conferência das

Nações Unidas Sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20),

tendo como principal objetivo a busca pela economia verde no

contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da

pobreza. Apesar do documento final O Futuro que Queremos ter

sido considerado fraco (sem prazos, metas e valores especifica-

dos) e ainda ter ocorrido a ausência de importantes líderes mun-

diais como o presidente dos EUA, Barack Obama, a chanceler da

Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido,

David Cameron, houve as seguintes decisões:

2014: fim do prazo para definição dos mecanismos financeiros de transição para a economia

verde, com implementação dos objetivos do DHS em 2015;

700 compromissos voluntários de governos, bancos e empresas, somando US$ 500 bilhões pa-

ra o DHS;

Estado do Pará: compromisso de Desmatamento Zero até 2020 (municípios verdes);

C-40 se comprometeu na redução de 1 bilhão e 300 milhões de ton. de G.E.E. até 2030 (59 ci-

dades – no Brasil: SP, RJ e Curitiba).

Novo Código Florestal Brasileiro

O projeto de lei n.° 1.876/99, que altera o

Código Florestal Brasileiro, foi aprovado na

Câmara dos deputados no dia 24/05/2011,

após 12 anos de debates. O Código Florestal

refere-se a um conjunto de leis que visam a

preservação de florestas, com limites para

exploração da vegetação nativa e também a

definição da chamada Amazônia Legal (área

que compreende nove Estados brasileiros

abrangidos pela floresta amazônica). O desa-

fio do Novo Código reside em equacionar a

necessidade iminente de aumentar a produção agrícola no país e, ao mesmo tempo, garantir a preser-

vação ambiental. Apesar da aprovação nas duas casas do Congresso, parte do projeto foi vetado pela

presidente Dilma Rousseff, que editou medidas provisórias no lugar dos itens vetados. As divergên-

cias em relação à nova lei se referem à necessidade de reconstituição pelos produtores rurais das

APPs (Áreas de preservação permanentes) - como topos de morros, áreas com declividade a partir de

45°, matas ciliares, nascentes e vegetações litorâneas - e das RLs (Reservas Legais) - até então es-

tabelecidas no percentual de 80% na Amazônia, 35% no Cerrado da Amazônia Legal e 20% para os

demais biomas. O principal dilema se refere à possibilidade de anistia para os agropecuaristas que

desmataram estas áreas, desde que se comprometam em reconstituí-las, mesmo que em partes, após

a aprovação final do Novo Código Florestal.

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Amazônia

É considerada a maior floresta equa-

torial do mundo, abrangendo quase a

metade do território brasileiro e

ainda parte de outros 7 países na

América do Sul mais a Guiana Fran-

cesa. Com um índice de desmatamen-

to anual perto dos 20.000Km² entre

2000 e 2005, o Brasil foi considerado pelo BIRD como o campeão mundial do desmatamento no perí-

odo, seguido pela Indonésia e Sudão. Na atualidade, o Brasil já perdeu 17% da área original da Flo-

resta Amazônica, além de outros biomas, como o Cerrado, que apresenta menos de 50% de sua área

original e da Mata Atlântica com apenas 7% do que existia. No caso da Amazônia, o desmatamento

ocorre principalmente no Arco do Desmatamento, região de grande expansão das fronteiras agrope-

cuárias, nas bordas sul e leste da floresta, onde as pastagens para o gado de corte e a monocultura

de soja avançam de forma acelerada. Destacam-se como principais estados desmatadores o Acre,

Rondônia, Mato Grosso, Pará, Tocantins e Maranhão. Percebe-se no gráfico abaixo uma tendência

clara de diminuição dos índices de desmatamento, resultado de um maior rigor na fiscalização e tam-

bém da crise econômica global, com menor demanda por commodities.

Desertificação

Um terço da superfície do planeta corre risco de desertificação em

decorrência do mau uso do solo. O processo é mais grave nas bordas dos

desertos e em áreas semiáridas, no entanto, pode ocorrer em inúmeros outros

lugares em decorrência de práticas rudimentares de uso do solo, como o

desmatamento, queimadas e uso intensivo sem adubação. Especialistas

alertam que apenas as ações conjuntas com comunidades locais poderão evitar

catástrofes sociais como o aumento da fome, que já assola inúmeros países

africanos. O principal local de avanço do processo de desertificação ocorre na

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borda sul do Deserto do Saara, região conhecida como Sahel, onde se localizam os países mais pobres

da África e do mundo, conforme mapa abaixo.

Biodiversidade

Nos últimos 100 anos, cerca de 50% dos pântanos, 40% das florestas e 30% dos mangues de-

sapareceram em decorrência das ações antrópicas. Para se ter ideia da perda financeira gerada pela

degradação dos biomas, estima-se em US$ 4,5 trilhões por ano (segundo a ONU) o prejuízo causado

pela eliminação da biodiversidade. Entre 18 e 29/10/2010 ocorreu em Nagoya, no Japão, a décima

reunião das partes da Convenção das Nações Unidas sobre

Diversidade Biológica, que reuniu representantes de 192

países para buscar um acordo que permita reduzir a perda

de biodiversidade no planeta até 2020. A reunião segue os

parâmetros da Convenção sobre Diversidade Biológica

(CDB) da ONU, tratado este que tem três objetivos princi-

pais: a conservação da biodiversidade, o uso sustentável

dela, e a repartição dos benefícios oriundos da utilização

dos recursos genéticos.

Antes do seu início, a reunião já estava ameaçada em fracassar. O motivo é a manutenção do

antagonismo entre os países em desenvolvimento (mais ricos em biodiversidade) e os desenvolvidos.

Como exemplo, o Brasil, líder do G-17 (Grupo dos 17 países megabiodiversos) reivindica compensações

financeiras para a preservação de sua biodiversidade, além da transferência de tecnologias dos paí-

ses ricos. Por falta de investimentos científicos, o Brasil detém apenas 135 patentes de insumos na-

turais ou sintéticos na área de cosméticos, enquanto os EUA detêm 42.700 e o Japão 30.000.

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CONCEITO: Hotspot, conceito criado em 1988, refere-se a toda área prioritária para conservação,

isto é, de alta biodiversidade e ameaçada no mais alto grau. É considerada Hotspot uma área com

pelo menos 1.500 espécies endêmicas de plantas e que tenha perdido mais de 3/4 de sua vegetação

original. Atualmente, são 34 as áreas no planeta consideradas Hotspots, cobrindo apenas 2,3% da

superfície terrestre e abrigando mais de 60% de toda a biodiversidade do planeta. No Brasil há dois

Hotspots: o Cerrado e a Mata Atlântica.

Lixo urbano

Este é um dos temas mais importantes da atualidade. O crescimento populacional e o aumento

no potencial de consumo têm levado a humanidade a produzir uma quantidade cada vez maior e mais

variada de lixo. Quanto mais próspera é uma sociedade, mais lixo ela produz. Calcula-se que cada ha-

bitante de áreas urbanas no Brasil produza em média cerca de 0,8 quilo de lixo por dia. A cidade mais

populosa do país, São Paulo, produz diariamente 15 mil toneladas de lixo. E é aí que começa o proble-

ma: como coletar esse lixo todo e que destino se pode dar a ele? A resposta ideal seria a composta-

gem do lixo orgânico e a reciclagem do inorgânico. O lixo pode ser classificado em vários tipos quanto

à sua composição: lixo domiciliar (orgânico e inorgânico), industrial, agrícola, hospitalar, atômico, etc.

Em 2010 foi aprovada no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que, dentre

inúmeras decisões, estabelece:

fechamento de lixões até 2014 e substituição por aterros

controlados;

elaboração de planos de resíduos sólidos nos municípios;

somente rejeitos poderão ser encaminhados aos aterros sani-

tários;

implantação da logística reversa;

coleta seletiva com ampliação da reciclagem e da composta-

gem;

inclusão social de catadores.

A questão da água

Aproximadamente 2,5% da água do planeta é continental (“do-

ce”) e destes, 68,9% encontram-se congeladas e 29,9% em depósitos

subterrâneos. Sobram 0,9% para rios e lagos. O que parece pouco, na

verdade é mais do que suficiente para o consumo humano, animal e pa-

ra a agricultura, no entanto, a ONU estima que em 2025, 2,7 bilhões

de pessoas irão sofrer problemas de carência hídrica. Apesar de reno-

vável e encontrar-se em abundância em locais como a Amazônia e a

Floresta do Congo na África, em muitas regiões a falta de água existe

em decorrência do acelerado crescimento urbano, aumento acelerado

no seu consumo, poluição, desperdício e mau uso deste recurso. Daí a necessidade de preservar este

bem precioso.

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Um exemplo da necessidade de conservação se refere ao Aquífero

Guarani, enorme reserva de água subterrânea em rochas sedimentares, sendo

considerado como um dos maiores mananciais subterrâneos do mundo. Com

numa área de 1,2 milhão de Km², localiza-se no centro-sul da América do Sul,

abrangendo áreas do Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil (RS, PR, SC, SP,

MT, MS, GO e MG). Apesar de sua grandeza, a exploração sem controle de

suas águas e a possibilidade de contaminação em suas zonas de recarga,

devem ser preocupações constantes entre os países abrangidos por este

manancial.

E x e r c í c i o s

91) O IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas globais) é um órgão da ONU criado

em 1988 especificamente para estudos das mudanças climáticas. Em seu 4º relatório (2001), o IPCC

identificou modificações significativas dos sistemas físicos, tais como recuo de geleiras, alterações

no regime hidrológico de rios, lagos e oceanos. Também foram verificadas alterações nos sistemas

biológicos, como modificação do comportamento dos animais e nos ciclos naturais das espécies vege-

tais. As mudanças físicas e biológicas identificadas foram interpretadas pelo IPCC como:

a) O resultado do aumento da temperatura global causada pela expansão progressiva da calota de

gelo nos últimos vinte anos, que reduziu a temperatura da água do mar a afetou a distribuição das

massas de ar no planeta;

b) O resultado do desmatamento e queimadas das florestas tropicais, que modificaram a distribuição

das chuvas no globo;

c) O resultado do aumento das concentrações antrópicas dos gases do efeito estufa na atmosfera,

causando a progressiva elevação das temperaturas no globo;

d) O resultado do fenômeno “el hijo” atuando em escala global;

e) A redução das concentrações dos gases do efeito estufa na atmosfera, o que aumentou a incidên-

cia de raios ultravioleta, afetando plantas e animais na superfície terrestre.

92) (UECE - 2011) Tratando-se de assuntos pertinentes às mudanças climáticas, aquecimento global e

desenvolvimento sustentável e outros temas relacionados ao equilíbrio global, assinale a afirmação

verdadeira.

a) O desenvolvimento sustentável é um processo exclusivo de crescimento econômico sem implicações

na melhoria das condições sociais.

b) O aquecimento global motivado pelo efeito estufa decorre da emissão de gases e aumento da con-

centração de CO2 na atmosfera, contribuindo para as mudanças climáticas.

c) As mudanças que se pronunciam não tenderão a repercutir na ocorrência de transgressões ou de

regressões marinhas.

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Apostila de Atualidades

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d) O desenvolvimento sustentável requer, de modo exclusivo, a preservação da natureza e a intocabi-

lidade e manutenção da qualidade dos recursos naturais.

93) (FEI - 2010) Para responder à questão, analise a tabela a seguir sobre a emissão anual de Gases

de Efeito Estufa (GEEs):

Fonte: United Nations Statistics Division, Millennium Development Goals indicators: Carbon dioxide

emissions (CO2), thousand metric tons of CO2 (collected by CDIAC).

De acordo com a tabela, assinale a alternativa que expõe corretamente posição dos países no ranking

global anual de emissões de CO2 antropogênico:

a) 1º-EUA, 2º-Brasil, 3º-China, 4º-Rússia, 5º-Japão e 6º-Alemanha.

b) 1º-EUA, 2º-Rússia, 3º-China, 4º-Japão, 5º-Índia e 6º-Alemanha.

c) 1º-China, 2º-EUA, 3º-Rússia, 4º-Índia, 5º-Japão e 6º-Alemanha.

d) 1º-China, 2º-Brasil, 3º-EUA, 4º-Índia, 5º-Alemanha e 6º-Arábia Saudita.

e) 1º-EUA, 2º-China, 3º-Rússia, 4º-Índia, 5º-Alemanha e 6º-Arábia Saudita.

94) As afirmações seguintes relacionam-se a acordos internacionais – Rio de Janeiro (1992) e Kyoto

(1997) – para redução da emissão de gases que intensificam o efeito estufa e aceleram o aquecimen-

to global, atingindo assim todos os climas da Terra.

I. Os Estados Unidos da América e a China são os principais países emissores de gases de efeito es-

tufa, devido ao grande volume de suas atividades econômicas.

II. Os Estados Unidos foram um dos primeiros países a aderir ao primeiro tratado citado propondo,

durante a Rio 92, que um país possa comprar de outro parte da cota da emissão de gases-estufa.

III. Os acordos internacionais, apesar de polêmicos, não contrariam interesses dos produtores de

petróleo e de automóveis.

IV. Vários países do mundo aderiram ao Tratado de Kyoto, concordando em estabelecer metas para

reduzir a emissão de gases estufa desde o início do século XXI.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e II

b) I e III

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c) I e IV

d) II e III

e) II e IV

95) A intensificação dos problemas de ordem ambiental despontou para o processo de mobilização

em torno do meio ambiente, que foi divulgado e se consolidou através de estudos técnicos, da litera-

tura científica e da realização de Conferências Internacionais.

Sobre essas Conferências analise as afirmativas abaixo.

I. A primeira mobilização internacional em favor das questões ambientais ocorreu em Estocolmo,

em 1972. Esse evento significou a tentativa mundial de equacionar, os problemas ambientais,

chamando atenção à recusa dos Estados Unidos em assinar o Protocolo de Kyoto.

II. A Conferência de Estocolmo sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente, foi um marco na evolu-

ção da consciência ambiental na tentativa de se conciliar o desenvolvimento econômico com a

preservação dos recursos naturais.

III. No evento denominado Rio + 10, que ocorreu em Johannesburgo, os países participantes assi-

naram o Protocolo de Kyoto aderindo à nova ordem ambiental internacional da política do

Crescimento Zero.

IV. Foi na Rio-92 que o conceito de Desenvolvimento Sustentável foi amplamente divulgado, como

um princípio de que o atendimento às necessidades básicas das populações do presente não

devem comprometer a qualidade de vida das futuras gerações.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e II

b) I e III

c) II e III

d) II e IV

e) I e IV

96) O conceito de Desenvolvimento Sustentável parte do princípio de que

a) para sustentar o consumo da população mundial, a destruição do meio ambiente deveria ser contida

nos países pobres.

b) o padrão básico de vida populacional tem esgotado os recursos naturais e a alternativa seria rever

o modo de viver nas grandes cidades.

c) o desenvolvimento industrial deve diminuir, adaptando um novo modo de vida às gerações atuais e

otimizando o uso de produtos artesanais.

d) a diminuição da retirada de recursos naturais renováveis e não renováveis buscam estabelecer

novas formas de convívio com o meio agropecuário.

e) o atendimento às necessidades básicas das populações, no presente, não deve comprometer os

padrões de vida das gerações futuras.

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97) (FGV-SP - 2012) Leia atentamente o texto a seguir:

As Nações Unidas estimam que, até 2025, dois terços da população mundial sofrerão escassez, mo-

derada ou severa, de água. Essa situação tem sido interpretada como resultante da falta física de

água doce para o atendimento da demanda das populações da Terra. Entretanto, no plano geral, há

água suficiente no mundo (...) para satisfazer as necessidades de todos. De fato, este cenário de es-

cassez significa que, no ano 2025, apenas um terço da humanidade deverá dispor de dinheiro sufici-

ente para pagar o serviço de abastecimento d’água decente, isto é, com regularidade de fornecimen-

to e qualidade garantida da água.

REBOUÇAS, Aldo. O ambiente brasileiro: 500 anos de exploração. In: RIBEIRO, Wagner

Costa. (Org.) Patrimônio Ambiental Brasileiro. São Paulo: Edusp, 2003. pg. 206.

Considerando os argumentos do texto, é correto afirmar que:

a) A “crise da água” resulta do elevado crescimento da população dos países mais pobres.

b) A “crise da água” não pode ser enfrentada com as tecnologias disponíveis, por isso tende a se a-

profundar.

c) No cenário projetado pela ONU, a escassez de água tenderá a se agravar devido à continuidade

do processo de urbanização.

d) Fatores sociais e econômicos desempenham um papel importante no problema da escassez de á-

gua.

e) A água é um recurso natural renovável, portanto, a escassez resulta apenas da distribuição desi-

gual desse recurso pela superfície da Terra.

98) (UFAL - 2011) “A civilização industrial, como se encontra hoje organizada, está se chocando

frontalmente com o sistema ecológico do planeta” (Al Gore, no livro “A terra em balanço”). Essa

frase de Al Gore nos faz pensar que o modelo atual de desenvolvimento não é capaz de satisfazer as

gerações atuais e compromete as gerações futuras. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:

1-o desenvolvimento sustentável responde às necessidades do presente, sem comprometer a capaci-

dade das gerações futuras de responder às suas necessidades.

2-o cooperativismo poderá ser um importante instrumento de promoção do desenvolvimento susten-

tável; é uma forma de estruturação do capital social.

3-o cooperativismo, além de fortalecer a democracia, volta-se para o desenvolvimento sustentável

local.

4-nenhum país desenvolvido da modernidade sacrificou o seu desenvolvimento econômico original em

função da consciência de que os recursos naturais são finitos.

5-existe uma necessidade imperiosa de os países industrializados reduzirem o seu consumo e seu

impacto desproporcional na poluição da Biosfera.

Estão corretas:

a) 1 e 4 apenas

b) 1 e 5 apenas

c) 2 e 4 apenas

d) 1, 2 e 3 apenas

e) 1, 2, 3, 4 e 5.

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99) (FGVRJ - 2012) A próxima conferência internacional do clima, em Durban, na África do Sul, cen-

trará seu foco no destino do Protocolo de Kyoto. [...] Se não for renovado, expira em 2012. Durban é

a última oportunidade de salvar Kyoto. Sem ele, desaparece o único acordo climático internacional

que existe. A decisão tem dia marcado: 9 de dezembro. É quando termina a Cop-17, o encontro anual

que reúne negociadores do mundo todo para discutir um acordo climático internacional, desta vez, na

África do Sul.

http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/10/futuro-do-protocolo-

de-kyoto-sera-prioridade-na-cupula-do-clima/?searchterm=Clima%20Kyoto.

Sobre o Protocolo de Kyoto, mencionado na reportagem, assinale a alternativa correta:

a) Afirma o princípio da responsabilidade comum, estabelecendo metas de redução obrigatória das

emissões de gases de efeito estufa para todos os países signatários.

b) Não foi ratificado pelos Estados Unidos, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do

mundo.

c) Criou um sistema de comércio de créditos de carbono válido apenas entre os países industrializa-

dos: o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

d) Entrou em vigor em 2008, quando ocorreu a adesão de dois países que figuram entre os maiores

emissores de poluentes: a Índia e a China.

e) Considera apenas os níveis atuais de emissão, eximindo os países industrializados da responsabili-

dade sobre o estoque de gases estufa presente na atmosfera.

100) (ENEM - 2007) O gráfico a seguir ilustra o resultado de um estudo sobre o aquecimento global.

A curva mais escura e contínua representa o resultado de um cálculo em que se considerou a soma de

cinco fatores que influenciaram a temperatura média global de 1900 a 1990, conforme mostrado na

legenda do gráfico. A contribuição efetiva de cada um desses cinco fatores isoladamente é mostrada

na parte inferior do gráfico.

Os dados apresentados revelam que, de 1960 a 1990, contribuíram de forma efetiva e positiva para

aumentar a temperatura atmosférica:

a) aerossóis, atividade solar e atividade vulcânica.

b) atividade vulcânica, ozônio e gases estufa.

c) aerossóis, atividade solar e gases estufa.

d) aerossóis, atividade vulcânica e ozônio.

e) atividade solar, gases estufa e ozônio.

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101) (MACKENZIE-SP - 2010)

I

Na Conferência sobre Mudanças Climáticas, ocorrida em Poznan, na Polônia, em dezembro de

2008, a atitude do governo brasileiro foi elogiada ao apresentar um plano que tem como meta

principal a diminuição gradativa da taxa de desflorestamento no país, até chegar ao patamar de

5.000 km2 em 2017, acompanhada de medidas de reflorestamento que chegaria a aproximada-

mente 55.000 km2 em 2020.

II

Em 03 de agosto de 2009, o Ministério de Minas e Energia do Brasil publicou, no Diário Oficial

da União, o Plano Decenal de Energia, que traça as perspectivas para o setor, duplicando o par-

que termelétrico do país, criando, entre 2008 a 2017, 82 novas usinas, com potência total de

15.305 MW, sendo 68 delas movidas com combustíveis fósseis.

Analise I e II e assinale a alternativa correta.

a) Ambas abordam temáticas diferentes. A afirmativa I refere-se às questões da preocupação com o

aquecimento global e a afirmativa II faz menções à política de racionamento de energia.

b) As afirmativas se complementam. As medidas adotadas na afirmativa I têm como meta minimizar a

emissão de toneladas de CO2 na atmosfera e o reflorestamento irá abastecer o parque termelé-

trico descrito na afirmativa II.

c) As afirmativas se contrapõem. A afirmativa I descreve a preocupação do governo brasileiro, le-

vando a assumir metas de redução do desmatamento e, indiretamente, das emissões de CO2 e a

afirmativa II descreve uma prática equivocada de produção de energia, uma vez que os combus-

tíveis fósseis são extremamente poluentes.

d) As afirmativas abordam a mesma temática. Ambas descrevem as medidas recentes adotadas pelo

governo brasileiro em não aumentar a emissão de CO2 na atmosfera.

e) As afirmativas tratam de temáticas independentes. A afirmativa I refere-se às mudanças climáti-

cas no território brasileiro e a afirmativa II destaca a necessidade de alterar a matriz energé-

tica do país.

102) (UNIFOR - 2008) Reflita sobre a ilustração a seguir.

A ONU realizou, em 1997, uma Convenção sobre mudanças climáticas que se tornou conhecida por

Protocolo de Kyoto. Considerando as decisões dessa Convenção, depreende-se que o autor da ilustra-

ção

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a) demonstra o empenho dos Estados Unidos no combate às causas do chamado aquecimento global.

b) defende as ações que os Estados Unidos tomaram para eliminar as causas do efeito estufa do pla-

neta.

c) critica os Estados Unidos por desrespeitarem determinações de organizações que defendem o

meio ambiente.

d) denuncia os Estados Unidos pelo fato de ele ter proibido a realização de congressos em defesa do

meio ambiente.

e) concorda com a política ambiental dos Estados Unidos de redução de gases que provocam o efeito

estufa.

103) (UEMG - 2012) Analise as informações do texto e das imagens a seguir: A Assembleia Geral das

Nações Unidas determinou que o ano de 2011 fosse o Ano Internacional das Florestas, tendo como

principal objetivo esclarecer para todos a importância das florestas e de seu manejo sustentável na

redução da pobreza. E o Brasil, nesse mesmo período, resolveu revisar o seu Código Florestal, um

documento que tem por objetivo regularizar o uso de diferentes formas de vegetação. (Texto adap-

tado)

Imagens retiradas da Folha de São Paulo – 17/01/2011 -

HTTP/centrodeestudosambientais.wordpress.com

Observe que, na ilustração, algumas modificações do Código Florestal atual poderão trazer proble-

mas mais sérios. Considerando as características naturais do Brasil e a partir da análise da ilustração

acima, é CORRETO afirmar que

a) o novo Código Florestal tem como objetivo fundamental compatibilizar a proteção do meio ambien-

te com a proteção da agricultura.

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b) o projeto do novo Código Florestal amplia a chance de ocupação de áreas de risco, uma das razões

frequentes dos desastres provocados pelas chuvas no Centro-Oeste brasileiro.

c) o projeto aumenta a faixa de preservação nas margens de rios, criando brecha para o uso de á-

reas, como o alagado Jardim Pantanal, zona leste paulistana.

d) o texto, em tramitação no Congresso, não considera topos de morro como áreas de preservação

permanente, e libera a construção de casas em encostas e áreas alagáveis de redes fluviais.

104) (UFPA - 2012) No mês de maio deste ano, desabaram sobre a sociedade brasileira cenas de uma

dupla violência: a violência contra a terra, com a aprovação do Código Florestal na Câmara dos Depu-

tados, e a violência contra a pessoa humana, com os assassinatos dos líderes camponeses Maria do

Espírito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva, que se opunham ao desmatamento na Amazô-

nia.

Artigo de Dom Tomás Balduíno publicado no portal Santa Catarina 24 horas, no dia 6/9/11,

adaptado. http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=79182

O campo brasileiro está, historicamente, marcado por conflitos que envolvem interesses opostos dos

diversos atores sociais. Os recentes fatos apresentados estão relacionados ao/à(s)

a) oposição entre ambientalistas que aprovam o Código Florestal e ruralistas que exigem ampliação

das áreas para produção.

b) ações que resultam em desmatamento e concentração fundiária, de um lado, e à defesa da flores-

ta e da posse da terra pelos trabalhadores rurais, de outro.

c) ampliação da área de reserva legal defendida pelo agronegócio na Amazônia, em detrimento das

áreas agrícolas destinadas ao pequeno agricultor.

d) expansão das áreas de preservação permanente (APP) nas margens dos rios, que favorecerá as

comunidades extrativistas.

e) embate entre os trabalhadores rurais sem-terra que defendem o Código Florestal e os latifundi-

ários que veem a reserva legal como obstáculo

105) (PUCSP - 2012) "O Código Florestal tornou objetivos alguns conceitos consagrados na ciência,

como a importância da conservação dos solos, das águas, da paisagem, da vegetação e fauna e suas

relações com ciclos biogeoquímicos. Normas como as Áreas de Preservação Permanente (APPs), e as

Reservas Legais (RL), ao serem aplicadas, garantiriam a permanência da 'saúde ambiental' da propri-

edade, combinada com a 'saúde econômica da produção'.

Entretanto, o Código Florestal esteve por muitos anos no 'ostracismo'. Nas escolas de agronomia não

era ensinado, no campo não era cumprido, e não era exigido pelos órgãos de fiscalização.”

BRITO, Maria Cecília Wey de. Esforços pela Preservação no Brasil. In: Scientific American.

São Paulo: Duetto, n. 39. 2011, p. 13.

Com relação ao Código Florestal é correto dizer que

a) o Código Florestal é de fato uma lei de baixa aplicação, mas somente no que diz respeito às medi-

das legais em propriedades privadas; no que diz respeito às terras públicas, ele é rigorosamente

seguido.

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b) a despeito de sua baixa efetividade no controle as condições ambientais, há um processo de re-

forma de seu conteúdo, tornando-o menos rigoroso em vários aspectos, como por exemplo, na de-

finição dos limites das matas ciliares.

c) algumas regras do Código Florestal não podiam ser seguidas porque elas sufocavam as atividades

agrícolas, como por exemplo, a exigência de uma Reserva Legal nas propriedades que retira a mai-

or parte das terras da produção.

d) manter APPs (por exemplo, áreas em terrenos de elevada declividade, áreas obrigatórias de ma-

tas ciliares etc.) não era exigência para os agricultores, pois eles não podiam ser penalizados pela

existência desse tipo de situação em suas propriedades.

e) a mudança no Código Florestal vai melhorar sua aplicabilidade, pois vai tornar mais rigoroso o sis-

tema de punições, (advertências, multas e desapropriação), e também prevê campanhas de divul-

gação e de esclarecimento de sua importância.

106) (UCPEL - 2012) Observe a figura a seguir sobre desmatamento.

Com relação ao desmatamento, analise as afirmativas abaixo.

I. O crescente ritmo de desmatamento deve-se à produção agrícola e pastoril, com a abertura

de novas áreas de lavoura e pastagens, ao crescimento urbano, à mineração e ao extrativismo

animal, vegetal e mineral. Implementar políticas de preservação e conservação, através de um

desenvolvimento sustentável das florestas, causaria uma estagnação, sendo totalmente preju-

dicial ao progresso nesses setores.

II. O desmatamento é um processo que ocorre no mundo todo, resultado do crescimento das ati-

vidades produtivas e econômicas e, principalmente, pelo aumento da densidade demográfica

em escala mundial, colocando em risco as regiões compostas por florestas.

III. As consequências da retirada da cobertura vegetal original são, principalmente, perdas de

biodiversidade, degradação do solo, aumento da incidência do processo de desertificação, e-

rosões, mudanças de clima e da hidrografia.

Assinale a opção correta.

a) Apenas está correta a afirmativa I.

b) As afirmativas I e II estão corretas.

c) As afirmativas I e III estão corretas.

d) Apenas está correta a afirmativa III.

e) As afirmativas II e III estão corretas.

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107) (PUCSP - 1998) Considere os enunciados a seguir:

I. Raramente, em regiões urbanas, encontram-se matas ciliares. As margens dos rios estão, em geral,

bem impermeabilizadas. As águas da chuva escoam sobre a superfície rapidamente, podendo

formar enchentes. Além disso, as chuvas carregam, para os rios, grande quantidade de sedimen-

tos e outros materiais. Esses materiais vão-se acumulando no leito dos rios, num processo cha-

mado assoreamento.

II. A mata ciliar diminui e filtra o escoamento superficial. Esse escoamento, sem o obstáculo da mata

ciliar, pode causar erosão e arraste de nutrientes de solos e de sedimentos para os cursos d'á-

gua. Assim, a mata ciliar contribui para a manutenção da qualidade da água das bacias hidrográfi-

cas. Isso é fundamental, em especial, nas áreas mais sensíveis como as nascentes.

III. Nas bacias hidrográficas pouco impermeabilizadas e com forte presença de matas ciliares, a

infiltração das águas das chuvas nas camadas subterrâneas se dá mais facilmente. Assim, nessas

regiões, os lençóis freáticos são alimentados permanentemente e, por conseguinte, alimentam os

rios da região através das bicas, nascentes e olhos d'água, mesmo nos períodos mais secos.

IV. A mata ciliar, em algumas circunstâncias, pode apresentar efeitos negativos para o ser humano.

Por exemplo: em climas úmidos, a farta presença de mata ciliar, tanto nas margens dos rios,

quanto na orla de reservatórios, pode significar uma grande deposição de folhas, ramos, frutos

etc. na água, causando alguns problemas contornáveis, do ponto de vista da sua utilização para

abastecimento público.

Observe o esquema a seguir com atenção:

Assinale a alternativa que contém os enunciados corretos

a) Todas

b) I, II e III

c) II, III e IV

d) I, II e IV

e) I e III

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108) (UFAC - 2010) Pedro comprou 100 hectares de terra na zona rural de um município do Estado do

Acre, com o objetivo de residir e cultivar no local. Parte de suas terras está representada na figura

a seguir:

Com relação à utilização das áreas I e II das terras de Pedro, pode-se dizer:

a) As áreas I e II não apresentam nenhuma restrição quanto ao uso.

b) A área I apresenta áreas de preservação permanente (APPs), mas pode ser utilizada para pasta-

gem.

c) O cultivo é indicado para a área II, porém, deve-se lembrar que a mata ciliar deve ser preservada,

por se tratar de uma Área de Preservação Permanente.

d) Pedro pode retirar a mata ciliar das áreas I e II e cultivar às margens do rio, pois nestas áreas a

fertilidade do solo é maior.

e) A melhor área para Pedro cultivar e fazer a sua casa é a área I, já que não há nenhum risco de

erosão e, ou, impedimento legal.

109) (PUCSP - 2011) Observe a imagem:

Este é o logotipo do site do Programa Mata Ciliar do governo do Estado do Paraná. Define-se essa

formação vegetal e sua importância no desenvolvimento de políticas ambientais como

a) a cobertura vegetal que fica nas áreas elevadas entre dois rios (no divisor de águas) e que deve

ser preservada para impedir o desmoronamento das vertentes, o que arrastaria material e asso-

rearia o leito dos rios.

b) a formação vegetal exclusiva das margens das grandes represas artificiais, à semelhança dos cílios

em torno dos olhos, e sua função é garantir que as águas das represas sofram índices menores de

evaporação.

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c) a cobertura vegetal que chega até as margens dos rios em apenas alguns pontos, e que deve ser

preservada como meio para impedir que a fauna terrestre tenha livre acesso a toda a zona ribei-

rinha.

d) a formação nas margens dos rios, lagos, represas e nascentes, e tem como algumas de suas virtu-

des ambientais a contenção da erosão nas margens dos corpos d'água e a manutenção de uma im-

portante fonte de biodiversidade.

e) a formação vegetal rasteira, como pequenos cílios, que se forma nas margens dos rios em zonas

semiáridas, e que deve ser preservada para garantir ao leito do rio uma estabilidade nas verten-

tes do seu leito.

110)A paisagem artificial é a paisagem transformada pelo homem. Se no passado havia a paisagem

natural, hoje essa modalidade de paisagem praticamente não existe mais (...). Quanto mais complexa

for a vida social, tanto mais nos afastamos de um mundo natural e nos endereçamos a um mundo arti-

ficial (...), este parece ser o caminho da evolução.

(SANTOS, M. "Metamorfoses do espaço habitado". São Paulo: HUCITEC,1988, p.64-65.)

Considere as afirmativas abaixo, relativas às consequências dessas transformações, sob o enfoque

ambiental e assinale a alternativa INCORRETA:

a) O fenômeno das "ilhas de calor" tem como uma das causas a alta capacidade de absorção de calor

de muitas superfícies urbanas, como paredes de cimento e ruas asfaltadas.

b) Os resíduos sólidos do lixo urbano, encaminhados para lixões ou aterros, se reincorporam rapi-

damente à terra, porque são biodegradáveis.

c) A impermeabilização do solo aumenta o volume e a velocidade de escoamento das águas superfici-

ais, ocasionando maiores inundações.

d) Nos ambientes urbanos, principalmente em cidades como São Paulo, a inversão térmica é comum

na época do inverno.

e) Os lixões causam problemas de contaminação das águas subterrâneas, pois liberam substâncias

poluentes, geradas pela decomposição do lixo, como é o caso do chorume.

111) No verão de 2000 foram realizadas, para análise, duas coletas do lixo deixado pelos frequenta-

dores de um calçadão na cidade de São Paulo. O lixo foi pesado, separado e classificado. Os resulta-

dos das coletas feitas estão na tabela a seguir.

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Embora fosse grande a venda de bebidas em latas nesse local, não se encontrou a quantidade espera-

da dessas embalagens no lixo coletado, o que foi atribuído à existência de um bom mercado para a

reciclagem de alumínio. Considerada essa hipótese, para reduzir o lixo nesse calçadão, a iniciativa que

mais diretamente atende à variedade de interesses envolvidos, respeitando a preservação ambiental,

seria

a) proibir o consumo de bebidas e de outros alimentos nas praias.

b) realizar a coleta de lixo somente no período noturno.

c) proibir a comercialização de produtos com embalagem.

d) substituir embalagens plásticas por embalagens de vidro.

e) incentivar a reciclagem de plásticos, estimulando seu recolhimento.

Gabarito:

91-c 96-e 101-c 106-e 111-e

92-b 97-d 102-c 107-a

93-c 98-e 103-d 108-c

94-c 99-b 104-b 109-d

95-d 100-e 105-b 110-b

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V- POPULAÇÃO MUNDIAL E BRASILEIRA

População Mundial

A população mundial atingiu em 2011, a marca de 7 bilhões de habitantes, conforme dados di-

vulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP). O ritmo de crescimento populacional

tem apresentado redução a cada ano, estando na atualidade em torno de 1,17% ao ano. Segundo esti-

mativas da ONU, a Terra terá cerca de 9 bilhões de habitantes em 2050, quando crescerá a um rit-

mo anual de 0,33% ao ano. Segue a lista atual dos dez países mais populosos do mundo em 2010:

1° - China (Ásia): 1.345.750.973 habitantes.

2° - Índia (Ásia): 1.198.003.272 habitantes

3° - EUA (América): 314.658.780 habitantes

4° - Indonésia (Ásia): 229.964.723 habitantes

5° - Brasil (América): 190.755.799 habitantes

6° - Paquistão (Ásia): 180.808.096 habitantes

7° - Bangladesh (Ásia): 162.220.762 habitantes

8° - Nigéria (África): 154.728.892 habitantes

9° - Rússia (Europa): 140.873.647 habitantes

10° - Japão (Ásia): 127.156.225 habitantes

De acordo com pesquisas demográficas, estima-se que neste início do século XXI a Terra re-

ceberá cerca de 80 milhões de habitantes a cada ano. Destes, cerca de 1,2 bilhão vivem abaixo da

linha de pobreza – miseráveis (pessoas que vivem com até US$ 1,25/dia).

Censo demográfico brasileiro de 2010

No censo de 2010 o Brasil apareceu com uma população de

190,7 milhões de habitantes, e atingiu uma das mais baixas

taxas de fecundidade do mundo: 1,9 filhos por mulher, segun-

do o IBGE. Neste ritmo, a população brasileira passará a enco-

lher a partir de 2039. Entre 2009 e 2010, o crescimento popu-

lacional no Brasil foi de 1,02%. A média da década passada, en-

tre 2001 e 2010 foi de 1,17% a.a. Daqui 30 anos ocorrerá no

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país o chamado "crescimento zero", como já ocorre em alguns países desenvolvidos principalmente da

Europa, alcançando assim a estabilidade demográfica e até uma possível futura redução populacional.

Segue abaixo as principais conclusões do Censo de 2010:

Os municípios médios (entre 100 e 500 mil habitantes) foram os de maior crescimento demo-

gráfico no país, com taxa de 1,50% a.a.;

Houve um elevado crescimento demográfico na Amazônia Legal nos últimos 10 anos (1,93%

a.a.), destacando-se a Região Norte (2,09% a.a.) e a Centro-oeste (1,91% a.a.);

O número médio de pessoas por domicílios, agora com de 3,3, é bem menor se comparado ao

ano de 2000, quando haviam 3,75 pessoas por residência;

O acréscimo de quase 23 milhões de habitantes urbanos entre 2000 e 2010, resultou no au-

mento do grau de urbanização, que passou de 81,2%, para 84,4%. Esse incremento foi causado

pelo próprio crescimento vegetativo nas áreas urbanas, além da continuidade, mesmo que num

ritmo mais lento, do êxodo rural;

há no Brasil uma relação de 96 homens para cada 100 mulheres, como resultado de um exce-

dente de 3.941.819 mulheres em relação ao número total de homens, número este que tende a

aumentar no século XXI.

Novo IDH

A principal novidade do RDH (Relatório de Desenvolvimentos Hu-

mano) de 2010 foi a introdução de um ‘novo IDH’ (Índice de De-

senvolvimento Humano) no ano em que se comemorou o 20° aniver-

sário da utilização do índice. Esse novo IDH mantém a estrutura

do IDH de sempre, no entanto, apresenta mudanças metodológi-

cas na sua forma de cálculo. A estrutura do IDH composta pelas

dimensões saúde (expectativa de vida), conhecimento (educação)

e padrão de vida decente (renda) foi mantida. Na saúde, a variável utilizada ‘expectativa de vida ao

nascer’ (dada em anos) permaneceu a mesma. No entanto, na educação, as principais variáveis utiliza-

das foram substituídas. No velho IDH eram utilizadas as variáveis ‘alfabetização’ e ‘matrícula com-

binada’ (isto é, matrículas no ensino fundamental, médio e superior, dada como percentual). Mas es-

sas variáveis discriminavam pouco os resultados dos países nesta área, ou seja, os países já não se

diferenciavam muito em relação ao valor desses parâmetros. Além disso, a variável ‘alfabetização’ é

de algum modo simplista, pois classifica as pessoas em ‘alfabetizadas’ e ‘analfabetas’ (há somente

duas opções, por isso ela é chamada de variável ‘binária’), deixando de lado avanços nos anos adicio-

nais de escolaridade que as pessoas possam ter. Assim, ambas variáveis foram substituídas pelas va-

riáveis ‘Anos Médios de Estudo’ recebidos por pessoas com 25 anos ou mais e ‘Anos Esperados de

Escolaridade’ que uma criança na idade de entrar na escola pode esperar receber. Outra substituição

importante foi na variável renda, que antes era medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) per capita

(em PPC, isto é, Paridade de Poder de Compra) e agora, no novo relatório, utiliza-se a RNB (Renda

Nacional Bruta) per capita, também medida em PPC. O cálculo agora é feito para 187 países (2011),

sendo o primeiro do ranking a Noruega, com IDH de 0,943 e o último a República Democrática do

Congo, com IDH de 0,286. O Brasil figura em 84°, com IDH de 0,718.

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Importante: vale salientar que com a nova metodologia, todos os países tiveram redução no índice

que varia de 0 a 1. Assim, não é possível fazer a comparação entre os números do novo IDH com os do

velho IDH. No novo ranking, agora com 187 países, a ONU classifica 47 países com IDH muito alto,

47 com IDH alto, 47 com IDH médio e 46 com IDH baixo, ou seja, aproximadamente 25% dos países

por grupo.

E x e r c í c i o s

112) (UEMG - 2012)

Em Outubro Seremos 7 Bilhões de Habitantes no Planeta Terra.

Até outubro deste ano, provavelmente em alguma cidade indiana ou chinesa, nascerá o bebê que fará

a população atingir a marca de 7 bilhões de habitantes. A ONU estima que seremos 10 bilhões até o

fim do século, quando, finalmente, a população vai começar a diminuir (...).

A questão, que está representada no gráfico abaixo, sempre afligiu a humanidade, pelo menos desde

que o reverendo britânico, Thomas Malthus (1766-1834) previu, em 1798, um desfecho catastrófico

para o aumento rápido da população mundial(...).

Folha de São Paulo - 1o/8/2011 - Cad. Ilustríssima. Adaptação.

A análise dos dados no gráfico e no texto acima, aliada a seus conhecimentos, permite afirmar

CORRETAMENTE que

a) a chamada teoria Malthusiana afirmava que os recursos naturais cresceriam a uma velocidade su-

perior à população, resultando num quadro de fome em massa, no final do século passado.

b) a produção mundial de alimentos per capita foi inferior a 70%, no período de 1951 a 1995, quando

o crescimento da população mundial foi alarmante.

c) o aquecimento global, a educação e o controle de natalidade estão entre os fatores apontados por

demógrafos para assegurar a qualidade de vida no planeta.

d) o problema não está na incapacidade de produzir comida em escala global para alimentar a popula-

ção, e sim na distribuição dos recursos econômicos.

113) (ESPM - 2012) Em 2011 o IBGE divulgou a Sinopse do Censo Demográfico 2010. Observe alguns

dados:

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De acordo com os dados é possível afirmar:

Taxa média geométrica de crescimento anual Brasil - 1872/2010

a) o Brasil passa a apresentar um processo de envelhecimento a partir das décadas de 1950 e 1960.

b) a diminuição da população brasileira é observada a partir das duas últimas décadas devido a queda

da fecundidade.

c) a queda da taxa de fecundidade na metade do século XX e o processo de urbanização, que se se-

guiu a partir desse período, ajudam a compreender o crescimento vegetativo.

d) a queda da taxa de mortalidade que provocou a desaceleração do crescimento vegetativo nos anos

1950, está relacionada à evolução da medicina e à melhoria das condições sanitárias.

e) a população brasileira segue aumentando apesar da desaceleração do crescimento.

114) (FEI – 2012) Sobre a demografia brasileira, assinale a alternativa incorreta:

a) A taxa de fecundidade da população brasileira vem caindo consideravelmente há várias décadas.

Este declínio é um dos mais rápidos e intensos observados entre os países mais populosos do

mundo.

b) O Brasil é um dos países mais populosos do mundo, sendo suplantado atualmente apenas pela Chi-

na, Índia, Estados Unidos e Indonésia.

c) Apesar de uma melhora na distribuição da população brasileira pelo território nas últimas déca-

das, a densidade demográfica nas cinco macro-regiões brasileiras ainda é heterogênea.

d) A única região brasileira onde a população rural ultrapassa a população urbana no país é a Região

Norte.

e) O Brasil é hoje um país predominantemente urbano, de acordo com as últimas estatísticas popula-

cionais, pois mais de oitenta por cento da população brasileira vive nas cidades.

115) (UEL - 2011) Leia o texto abaixo

90 milhões em ação, pra frente, Brasil, do meu coração.

Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, salve a seleção.

De repente é aquela corrente pra frente.

Parece que todo o Brasil deu a mão.

Todos ligados na mesma emoção.

Tudo é um só coração.

Todos juntos, vamos, pra frente, Brasil, Brasil,

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Salve a seleção.

(Canção: Pra frente Brasil/ Copa 1970. Autor: Miguel Gustavo)

Da Copa de 1970 à Copa de 2010, a população brasileira passou de 93.139.037 para uma população

estimada em 193.114.840 habitantes. IBGE - Popclock em 23 jun. 2010.

Com base nos conhecimentos sobre a dinâmica do crescimento vegetativo da população no Brasil, ao

longo desses 40 anos, assinale a alternativa correta.

a) A taxa de crescimento anual da população brasileira foi maior na primeira década do século XXI

que nos anos 1970, apesar da estabilização da taxa bruta de mortalidade.

b) A contínua redução da taxa de fecundidade explica a queda na taxa de crescimento anual da popu-

lação, apesar de o número total de habitantes ter mais que dobrado.

c) Nas duas últimas décadas, apesar do aumento das taxas brutas de natalidade, as taxas anuais de

crescimento vegetativo da população brasileira se estabilizaram devido ao comportamento do sal-

do migratório.

d) O crescimento absoluto de aproximadamente 100 milhões de habitantes foi proporcionado pela

elevação das taxas de fecundidade no Brasil ao longo do período.

e) O fato de a população absoluta ter mais que dobrado no período se deve ao saldo migratório posi-

tivo ocasionado pela absorção de centenas de milhares de imigrantes italianos e japoneses.

116) (UEL - 2007) Observe a tabela seguinte:

Com base nos dados e nos conhecimentos sobre dinâmica da população brasileira, assinale a alternati-

va correta:

a) A taxa de crescimento da população brasileira vem decaindo nas últimas décadas. Este decréscimo

está relacionado com a redução da taxa de fecundidade da população brasileira.

b) A queda no crescimento da população brasileira nos últimos trinta anos foi o fator que definiu o

melhor desempenho de nossa economia no que se refere ao desenvolvimento e à distribuição de

renda.

c) Paralelamente ao aumento da população brasileira, ocorreu aumento na taxa de mortalidade infan-

til. A causa pode ser atribuída a um maior acesso aos centros de puericultura nas cidades. O Su-

deste e o Nordeste ficam, respectivamente, com as taxas menos e mais elevadas do país.

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d) Houve um crescimento acelerado da população brasileira devido ao intenso processo de urbaniza-

ção pelo qual passou o país nos últimos trinta anos, sendo seguido pela diminuição nas taxas de na-

talidade e mortalidade infantil.

e) Um fator que caracteriza o aumento da taxa de crescimento da população brasileira está associa-

do ao índice de urbanização deste período, que estimulou um mínimo de programação familiar e fa-

voreceu a queda nas taxas de natalidade.

117)(UEPB - 2011)

A estrutura etária da população tem reflexos importantes na economia de um país. Logo, a tendência

dos grupos etários representados no gráfico nos leva à reflexão de que:

I - Em 1980, 38% da população tinham entre 0 a 14 anos de idade, em 2000 esse percentual cai para

29%, e, de acordo com as projeções do IBGE, em 2020 as crianças e jovens menores de 14 anos

serão apenas 23% da população do país.

II - A participação relativa de idosos na população total vem aumentando significativamente. Em

1980, as pessoas com mais de 60 anos de idade representavam apenas 6%; em 2000 já perfaziam

7% e em 2020 totalizarão 13%.

III - As estatísticas oficiais afirmam que em 2006, 97% das população entre 7 a 14 anos frequenta-

vam a escola. Como a população, nessa faixa etária, tende a diminuir em termos relativos e a per-

manecer estável em termos absolutos, não será necessário ampliar o número de vagas já existen-

tes nas escolas fundamentais e sim melhorar a universalização do ensino médio e a qualidade das

escolas, em todos os níveis.

IV - A projeção nos mostra que nas próximas décadas haverá um acelerado crescimento da população

de idosos, resultante do aumento da expectativa de vida. Essas alterações no padrão demográfico

brasileiro agravam a crise estrutural do sistema de previdência social no Brasil, mas, por outro la-

do, aumentam de maneira significativa a importância dos idosos no mercado de consumo (casas de

repouso, atividades recreativas, educação continuada na área de informática, ensino de línguas es-

trangeiras e uma boa pedida para a indústria do turismo).

Estão corretas:

a) Apenas as proposições II e III

b) Apenas as proposições I e II

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c) Todas as proposições

d) Apenas as proposições II e IV

e) Apenas as proposições I e IV

118)(adaptada de MACK - 2011) O Brasil em 2020

Será, é claro, um Brasil diferente sob vários aspectos. A maior parte deles, imprevisível. Uma década

é um período longo o suficiente para derrubar certezas absolutas (ninguém prediz uma Revolução

Francesa, uma queda do Muro de Berlim ou um ataque às torres gêmeas de Nova York). Mas é tam-

bém um período de maturação dos grandes fenômenos incipientes — dez anos antes da popularização

da internet já era possível imaginar como ela mudaria o mundo. Da mesma forma, fenômenos detectá-

veis hoje terão seus efeitos mais fortes a partir de 2020.

David Cohen, Revista Época, 25/05/2009

Com base no enunciado, observe as afirmações abaixo.

I. A diminuição da fecundidade no Brasil deve-se às transformações econômicas e sociais que se a-

centuaram na primeira metade do século XX devido à intensa necessidade de mão de obra no cam-

po, inclusive de mulheres, fato este que elevou o país ao patamar de agrário-exportador.

II. Devido à mudança do papel social da mulher do século XX, ela deixa de viver, exclusivamente,

no núcleo familiar, ingressando no mercado de trabalho e passando a ter acesso ao planejamento

familiar e a métodos contraceptivos. Esses aspectos, conjugados, explicam a diminuição vertigino-

sa das taxas de fecundidade no Brasil.

III. As quedas nas taxas de natalidade de um país levam, ao longo do tempo, ao envelhecimento da

população (realidade da maioria dos países desenvolvidos). Neste sentido, verifica-se uma forte

tendência a um mercado de trabalho menos competitivo e exigente, demandando menos custos do

Estado com os aspectos sociais.

Dessa forma, estão corretas

a) apenas a I.

b) apenas a II

c) apenas a I e II

d) apenas a II e III

e) todas as alternativas

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119)(Enem - 2007) Os gráficos abaixo, extraídos do sítio eletrônico do IBGE, apresentam a distribu-

ição da população brasileira por sexo e faixa etária no ano de 1990 e projeções dessa população para

2010 e 2030.

A partir da comparação da pirâmide etária relativa a 1990 com as projeções para 2030 e consideran-

do-se os processos de formação socioeconômica da população brasileira, é correto afirmar que

a) a expectativa de vida do brasileiro tende a aumentar na medida em que melhoram as condições de

vida da população.

b) a população do país tende a diminuir na medida em que a taxa de mortalidade diminui.

c) a taxa de mortalidade infantil tende a aumentar na medida em que aumenta o índice de desenvol-

vimento humano.

d) a necessidade de investimentos no setor de saúde tende a diminuir na medida em que aumenta a

população idosa.

e) o nível de instrução da população tende a diminuir na medida em que diminui a população.

120)(UCP - 2011) Observe a figura a seguir.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) está realizando o Censo da população brasi-

leira em 2010. Com 80% da população brasileira já recenseada, os dados preliminares do Censo 2010

indicam que a pirâmide etária brasileira se alterou na última década. Em 2000, as crianças de até 4

anos de idade representavam 9,64% da população brasileira; hoje, são 7,17%. As de 5 a 9 eram

9,74%, percentual que caiu para 7,79%. A população com até 24 anos somava 49,68% dos brasileiros

há 10 anos; hoje, constituem 41,95%.

Sobre os dados do Censo 2010, é correto afirmar que

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a) os resultados apontam para um aumento da base da pirâmide etária, uma vez que a população jovem

diminuiu.

b) a queda da taxa de fecundidade aliada a uma maior expectativa de vida são fatores que podem

explicar as mudanças ocorridas na estrutura da população brasileira.

c) a diminuição da população jovem no Brasil é decorrente do aumento da taxa de mortalidade verifi-

cada no país em função das diversas epidemias que ocorreram na década analisada, tais como a

“gripe suína” ou H1N1.

d) o envelhecimento da população brasileira era totalmente inesperado neste Censo, haja vista os

grandes investimentos sociais que foram feitos para a melhoria de vida da população jovem.

e) a diminuição da base da pirâmide etária brasileira é ruim, pois evidencia que o número de mortos

na juventude está influenciando diretamente a estrutura da população.

121) (UFOP - 2010) Em 05/03/2010, a edição digital do canal Globo News publicou uma matéria do

programa “Sem fronteiras” com a seguinte chamada:

(Fonte: http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1516696-17665-320,00.html>. Acesso

em: 05 mar.2010.)

Sobre a questão, assinale a afirmativa INCORRETA.

a) As mulheres ocupam grande parcela do mercado de trabalho, mas, na prática, ainda ganham menos

do que os homens.

b) Em diversos países tem sido verificada a presença de mulheres em ocupações de nível superior, em

decorrência da elevação do padrão da escolarização feminina.

c) Grande parte das mulheres incorporadas ao mundo do trabalho tem de conciliar as atividades fa-

miliares e domésticas com a vida profissional.

d) O aumento do número de mulheres no setor produtivo tem ocorrido principalmente nas atividades

relacionadas aos processos de gerenciamento.

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122) (UECE - 2011) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organiza-

ção das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Em

2009, o Brasil apresentou IDH de 0,813, valor considerado alto. Para definição desse índice são utili-

zadas três variáveis básicas que fazem parte do nosso dia-a-dia.

Para responder considere os itens:

As três variáveis básicas que compõem o IDH são as dos itens

a) I, III e V.

b) I, II e IV.

c) I, II e V.

d) II, III e V.

e) I, III e IV

123) (PUCRS - 2008) INSTRUÇÃO: Responder à questão com base nas afirmativas a seguir, referen-

tes à diminuição da taxa de natalidade no Brasil nas últimas décadas.

A redução da taxa de natalidade verificada no Brasil nas últimas décadas deve-se a:

I. Crescente participação da mulher no mercado de trabalho.

II. Grande difusão de métodos anticoncepcionais.

III. Novos comportamentos, mais hedonistas e narcisistas, que implicam menor predisposição para

constituir família.

IV. Elevados custos referentes à criação e formação dos filhos.

As afirmativas corretas são

a) apenas I e II.

b) apenas I e III.

c) apenas II e IV.

d) apenas I, II e III.

e) I, II, III e IV

124) (Enem - 2008) Uma pesquisa da ONU estima que, já em 2008, pela primeira vez na história das

civilizações, a maioria das pessoas viverá na zona urbana. O gráfico a seguir mostra o crescimento da

população urbana desde 1950, quando essa população era de 700 milhões de pessoas, e apresenta uma

previsão para 2030, baseada em crescimento linear no período de 2008 a 2030.

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De acordo com o gráfico, a população urbana mundial em 2020 corresponderá, aproximadamente, a

quantos bilhões de pessoas?

a) 4,00.

b) 4,10.

c) 4,15.

d) 4,25.

e) 4,50.

125) (UNIFOR) De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), a população

mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro. O gráfico abaixo está presente no

Relatório sobre a Situação da População Mundial 2011, produzido pela Divisão de Informações e Rela-

ções Externas do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA/ONU).

Sobre a questão do crescimento demográfico mundial e com base na informação do gráfico NÃO se

pode considerar como verdadeira a afirmativa:

a) Grande parte da população mundial vive no continente asiático que possui os dois países de maior

população: a China e a Índia.

b) Em conjunto com os países do continente asiático, os países da América Latina apresentam a mai-

or taxa de crescimento demográfico.

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c) a população africana apresenta uma taxa de crescimento bem evidente e sem previsão de estabi-

lização e reversão para o século XXI.

d) A população asiática provavelmente alcançará seu pico na metade do século (de acordo com as

projeções) e começará a declinar gradativamente a partir daí.

e) Por ser ainda um continente pobre, o crescimento demográfico africano é visto com preocupação.

126) (FATEC - 2012) Antes do século 20, nenhum ser humano tinha vivido o suficiente para testemu-nhar uma duplicação da população mundial, mas hoje há pessoas que a viram triplicar. Em algum mo-mento no fim de 2011, segundo a Divisão de População das Nações Unidas, seremos 7 bilhões de pes-soas.

(http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/edicao-130/populacao-mundial-7-

bilhoes-613876.shtml Acesso em: 07.09.2011)

Assinale a alternativa que completa o texto anterior.

a) O crescimento da população deverá se refletir no processo de urbanização que poderá atingir 3/4

da população mundial em 2015.

b) As maiores contribuições para o crescimento demográfico vêm dos países que estão na fase inici-

al da transição demográfica.

c) Os principais responsáveis pelo crescimento populacional são os países que conseguiram reduzir as

taxas de analfabetismo.

d) O crescimento demográfico anunciado permitirá uma distribuição mais homogênea da população

pelo espaço terrestre.

e) O aumento da população esperado desmistifica a crença de que os países desenvolvidos apresen-

tam baixas taxas de fertilidade.

127) Analise o gráfico do IDH abaixo

Fonte: http://www.pnud.org.br/2003. Acessado em julho de 2004

A análise do gráfico permite afirmar que a América Latina apresenta

a) indicadores sociais mais próximos aos dos países ricos que aos da média mundial.

b) renda igual à média mundial e indicadores de longevidade e educacionais melhores que os da média

mundial.

c) posição intermediária entre os países ricos e a média mundial, sendo o melhor índice, o de longevi-

dade.

d) renda semelhante à dos países ricos e os piores indicadores de qualidade de vida do planeta.

e) índices de longevidade e educacionais semelhantes aos dos países ricos.

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128) Responder a questão considerando a tabela que apresenta dados referentes ao Índice de De-

senvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

A partir das informações da tabela, é correto afirmar:

a) A expectativa de vida em Bangladesh deve ser inferior à da França, embora a renda per capita e

os índices de escolarização possam apresentar pequenas diferenças nos dois países.

b) Tanto a Tailândia como Ruanda são países considerados de IDH muito baixo ou baixo, portanto

com expectativa de vida para homens e mulheres inferior aos 50 anos.

c) A França e a Noruega são consideradas como países de IDH elevado, portanto autossuficientes

quanto à produção de energia e matérias-primas.

d) A Tailândia, por apresentar um IDH considerado médio, deve possuir taxas de analfabetismo in-

significantes.

e) O contraste entre os países da tabela evidencia a relação que existe entre IDH e a situação eco-

nômica e tecnológica dos países.

Gabarito:

112-d 116-a 120-b 124-d 128-e

113-e 117-c 121-d 125-b

114-d 118-b 122-c 126-b

115-b 119-a 123-e 127-b

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VI- ECONOMIA E BLOCOS ECONÔMICOS

A Rodada de Doha da OMC

A Rodada Doha da OMC são as negociações comerciais criadas em

2001 pelos 148 países-membros da Organização Mundial do Co-

mércio. O nome é uma referência à capital do Catar, onde os paí-

ses estavam reunidos. A Agenda Doha de Desenvolvimento tem

como objetivo principal impulsionar o comércio mundial com foco

nos países pobres e em desenvolvimento, no entanto, as negocia-

ções estão travadas em decorrência da intransigência dos países

desenvolvidos, que insistem na manutenção dos elevados subsídios

aos seus agropecuaristas e das tarifas alfandegárias de importa-

ção. Ambas as situações perpetuam uma política protecionista que

dificulta a ampliação do comércio mundial para os países em de-

senvolvimento, ampliando as desigualdades econômicas no mundo.

Crise imobiliária nos EUA e a crise econômica mundial

No final de 2007 a crise imobiliária a-

parece nos EUA a partir do considerável au-

mento da inadimplência no setor, com conse-

quente queda nas bolsas mundiais e falência de

inúmeras empresas de crédito imobiliário no

país. O estouro da bolha imobiliária resultou

do farto crédito e crescimento do setor desde

2002. Para se ter uma ideia, a inadimplência

registrada em 2007 atingiu patamares recor-

des de 20%. O setor representa 10% do PIB

dos EUA, daí a importância da crise, que, como

num efeito dominó da globalização, se espalhou

pelo restante do mundo, com maior destaque

recente para os países europeus.

Apesar do histórico avanço da União Europeia desde a criação da BENELUX, em 1948, a crise

econômica atual que atinge fortemente a Grécia e outros países europeus ameaça a estabilidade do

bloco econômico e de sua moeda única, o Euro. A situação econômica delicada da Grécia encontra se-

melhanças em outros países do bloco, como é o caso de Portugal, Itália, Irlanda e Espanha (juntos

formam a sigla pejorativa PIIGS – economias “porcas”). A Grécia apresenta uma previdência social

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deficitária, enormes gastos públicos, dívida externa crescente e um déficit anual no orçamento que

atingiu 13,6% em 2009.

Nos demais países citados a situação também é ruim. No Reino Unido, por exemplo, que não

está na zona do Euro, e não integra o grupo dos PIIGS, esse déficit anual chega a 13% do PIB. Na

Espanha ele chega a 11,2%, na Irlanda a 14,3% e na Itália a 5,3%. Vale salientar que com a união mo-

netária a partir de 1999, quando a maioria dos países do bloco adotou o Euro, uma das prerrogativas

mais importantes era o compromisso de manutenção de uma rígida política fiscal, sendo que os países

da zona do Euro poderiam ter um déficit público anual de no máximo 3% do seu PIB e uma dívida pú-

blica de no máximo 70% do PIB.

A dívida governamental total da União Europeia (UE) atingiu 82,2% da produção econômica no

terceiro trimestre de 2011. No caso específico da Grécia, a dívida atingiu 159,1% do PIB no mesmo

período. Essa crise fiscal dos países europeus ocorria mesmo antes da crise econômica internacional

desencadeada em 2008 a partir do setor imobiliário dos EUA, que veio para agravar ainda mais a si-

tuação e expor ao mundo o problema. O envelhecimento da população e os gastos crescentes com as-

sistência de saúde pública e demais benefícios demandados pelas políticas governamentais de um Es-

tado assistencialista, aliados a sucessivos governos que mantiveram irresponsabilidades fiscais, são

questões que estão na raiz do problema destas economias, que caminham cada vez mais para uma es-

tagnação econômica, sem perspectivas claras de reversão do problema.

Economia brasileira

O PIB (Produto Interno

Bruto) brasileiro cresceu 7,5% em

2010 em relação ao ano anterior,

segundo o IBGE. Foi o ano de me-

lhor desempenho do PIB desde

1986. Entre os setores da econo-

mia, o de melhor desempenho foi o

agropecuário. O PIB per capita,

divisão do PIB total pelo número

de pessoas residentes no país,

atingiu US$ 9.390,00 em 2010.

Desde o inicio de 2008 o

Brasil passou, pela pri-

meira vez na história, a ser credor externo, segundo o Banco Central,

ou seja, as reservas cambiais avançaram para US$ 187,5 bilhões (jan./2008), possibilitando um

saldo positivo de US$ 4 bilhões em relação à dívida externa do governo federal na época. Atualmente

estas reservas cambiais já superam os US$ 350 bilhões. No ano de 2011 a economia brasileira se

tornou a 6ª maior do mundo, ultrapassando o Reino Unido. Integrante do grupo BRICS, o Brasil possui

a perspectiva de se tornar a 4ª maior economia do planeta até meados do século XXI.

No início de 2007 o governo federal anunciou as obras do PAC (Plano de Aceleração do Cres-

cimento), na época, um conjunto de obras no valor de R$ 504 bilhões de reais. O início e andamento

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das obras do PAC apresentam dificuldades por vários motivos: demora na obtenção do licenciamento

ambiental, corte de recursos com o fim da cobrança da CPMF em 01/01/2008, paralisação das obras

pelo TCU por suspeitas de superfaturamento, entre outros. Terminado o governo Lula em 2010, sua

sucessora do mesmo partido, a presidenta Dilma Rousseff, tem mantido uma política governamental

semelhante a de seu companheiro, sendo suas metas principais o crescimento econômico e o combate

à miséria.

Blocos econômicos

Apesar dos planos do então presidente dos EUA George W. Bu-

sh para a implantação da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas)

não terem dado certo, o MERCOSUL, formado em 1991, permanece

uma incógnita. Ao contrário do desenvolvimento da União Europeia,

atualmente com 27 membros, o MERCOSUL vem patinando no desen-

volvimento regional, tendo passado por duas fortes crises: desvaloriza-

ção do REAL (1999) e crise Argentina (2001 - panelaço). A entrada da

Venezuela no Bloco (2006) apenas foi concretizada em 2012, após a

crise política no Paraguai que levou a suspensão do país do bloco. Um

ponto positivo foi a adoção das trocas comerciais diretas entre o Peso

e o Real a partir de 2008, sem a utilização do Dólar.

Já a União Europeia, criada em 1992 para substituir a CEE/MCE através de Tratado de Ma-

astrichit, apesar da forte crise dos últimos anos, apresenta grande evolução. Em 2002 entrou em

circulação a moeda única, o EURO. Em 01/05/2004 o bloco passa de 15 para 25 membros, sendo na

sua maioria países ex-socialistas e em 2007 aceita mais dois: Bulgária e Romênia – A Europa dos 27. Apesar deste avanço, a crise que atinge a Grécia desde 2010 ameaça a estabilidade do Euro, tendo

em vista que o país apresenta uma economia semelhante à outros países do bloco, como é o caso de

Portugal, Itália, Irlanda e Espanha (juntos formam a sigla PIIGS). Outros países também preocupam.

Na Grã-Bretanha, por exemplo, que não está na zona do euro, o déficit público chega a 13% do PIB.

Na Espanha ele chega a 11,2%, na Irlanda a 14,3% e na Itália a 5,3%.

UNASUL

A União das Nações Sul-americanas é uma instituição que visa a inte-

gração política e econômica dos 12 países da América do Sul. Presidentes e

representantes destes países assinaram em Brasília no dia 23/05/2008 seu

tratado de criação. O projeto inicial recebeu o nome de Casa (Comunidade

Sul-Americana de Nações), que foi modificado para Unasul durante a Primeira

Reunião Energética da América do Sul, realizada no mesmo ano na Venezuela.

O principal objetivo da UNASUL será a coordenação política, econômi-

ca e social da região. O primeiro empecilho para o sucesso do bloco já apare-

ceu, tendo em vista que a criação do Conselho de Defesa da América do Sul,

proposta apresentada oficialmente pelo Brasil, foi rejeitada pela Colômbia.

Existe o plano de criação do Parlamento único da Unasul e Lula disse que con-

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fia na evolução do bloco, apontando até para um banco central e moeda únicos no futuro. Os países

que aderiram ao grupo tinham em 2008 cerca de 360 milhões de habitantes e um Produto Interno

Bruto (PIB) de US$ 2,5 trilhões (2006). Por suas riquezas naturais e econômicas, a América do Sul é

importante internacionalmente como um dos principais centros produtores de energia e de alimentos

do planeta, sendo fundamental o sucesso do acordo para o futuro da região.

E x e r c í c i o s

129) Em uma entrevista ao caderno do Terceiro Mundo, edição especial n.° 200, Adolfo Sanchez Vas-

quez, professor da Universidade Autônoma do México, faz referência a duas formas de política eco-

nômica adotadas pelo Estado capitalista moderno. Segundo ele, o neoliberalismo considera que o Es-

tado deve ser mínimo e o mercado máximo. No entanto, para desempenhar uma adequada função soci-

al, a cultura, a arte, o meio ambiente e o bem-estar social não podem estar sujeitos às leis de merca-

do e exigem a ação do Estado.

Considerando seus conhecimentos sobre o capitalismo, o texto acima e sua relação com a crise eco-

nômica atual, é INCORRETO que:

a) No período de crescimento econômico após os atentados terroristas ao WTC em 11/09/2001,

ocorreu uma maior concentração da renda mundial.

b) A socialização dos prejuízos em épocas de crise do capitalismo mundial aprofunda as desigualda-

des socioeconômicas no mundo.

c) Nos períodos de crescimento econômico mundial ocorre uma socialização das riquezas entre a

população, enquanto nos períodos de crise há uma concentração dos prejuízos aos investidores in-

ternacionais.

d) A política econômica capitalista citada no texto como neoliberalismo, que contribuiu para o adven-

to da crise atual, caracteriza-se pela diminuição da intervenção estatal na economia, sendo atri-

buído cada vez mais ao mercado o papel de controlá-la.

e) Como resultado desastroso dos períodos de crise econômica, constata-se em países como o Brasil

o crescimento no número de pessoas que sobrevivem do comércio informal.

130) (FGV-SP - 2012) O rebaixamento da nota de classificação de risco dos Estados Unidos, pela

Standard e Poor’s, gerou uma nova onda de pânico no mercado global. A segunda-feira 8 [de agosto]

abriu com queda nas bolsas de valores do mundo inteiro – a Bovespa foi uma das mais prejudicadas,

com queda de 8,08% – e o Banco Central Europeu tratou de fortalecer os países do bloco para evitar

novos rebaixamentos, por meio da injeção de capital e controle de taxas cambiais.

http://www.cartacapital.com.br/economia/a-decada-perdida-para-a-europa

O rebaixamento da nota de classificação mencionado na reportagem ocorreu no contexto:

a) da crise da dívida pública estadunidense, que atualmente equivale a mais que 100% do PIB do país.

b) da disputa entre republicanos e democratas, que inviabilizou o acordo que ampliaria o teto de en-

dividamento dos Estados Unidos.

c) da adoção de medidas de regulamentação do setor financeiro, o que produziu a desvalorização dos

títulos emitidos pelo Tesouro estadunidense.

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d) da crise da zona do euro, que já provocou o rebaixamento da nota de classificação da França e da

Alemanha.

e) de um erro de cálculo da Standard e Poor’s, já assumido publicamente pela agência

131) (UNIR - 2011) Analise os dois trechos de notícias abaixo.

Espanha, Portugal e Grécia devem reduzir salários.

Espanha, Portugal e Grécia terão que assumir sacrifícios como uma redução de salários para recupe-

rar competitividade, afirmou o economista-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional), Olivier

Blanchard, em entrevista publicada nesta terça-feira (2) pelo diário econômico francês Les Echos.

Para o FMI, o restabelecimento de competitividade pode exigir grandes sacrifícios, como uma baixa

dos salários. Essa será a maneira encontrada pelos governos para sanar a dívida pública.

(Disponível em http://noticias.r7.com/economia/noticias. Acesso em 10/10/2010.)

Trabalhadores alemães e italianos ocupam as ruas contra arrocho.

Dezenas de milhares de alemães protestaram neste sábado (12) contra o que está sendo considerado

como o maior pacote de austeridade da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial. O governo da

coalizão direitista e cada vez mais impopular da chanceler Angela Merkel acertou, na última segunda-

feira, um pacote de cortes orçamentários para trazer o déficit federal de volta aos limites estabe-

lecidos pela União Europeia até 2013.

(Disponível em www.vermelho.org.br. Acesso em 13/06/2010.)

Pode-se afirmar corretamente que os trechos acima

a) são excludentes uma vez que tratam de questões distintas.

b) não fazem parte de um mesmo contexto, uma vez que o primeiro trata do FMI e o segundo, da A-

lemanha.

c) relacionam-se porque mostram as políticas adotadas por governos europeus na condução da crise

econômica iniciada em 2008 nos Estados Unidos.

d) completam-se porque abordam aspectos da criação da União Europeia.

e) não se relacionam uma vez que tratam de aspectos divergentes quanto à resolução da crise econô-

mica provocada pela União Europeia.

132) (UERJ - 2010) G-20 adota linha dura para combater crise

Grupo anuncia maior controle para o sistema financeiro Cercada de expectativas, a reunião do G-20,

grupo que congrega os países mais ricos e os principais emergentes do mundo, chegou ao fim, em Lon-

dres, com o consenso da necessidade de combate aos paraísos fiscais e da criação de novas regras de

fiscalização para o sistema financeiro. Além disso, os líderes concordaram, dentre várias medidas,

em injetar US$ 1,1 trilhão na economia para debelar a crise.

(Adaptado de http://zerohora.clicrbs.com.br)

A passagem da década de 1980 para a de 1990 ficou marcada como um momento histórico no qual se

esgotou um arranjo geopolítico e teve início uma nova ordem política internacional, cuja configuração

mais clara ainda está em andamento.

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Conforme se observa na notícia, essa nova geopolítica possui a seguinte característica marcante:

a) diminuição dos fluxos internacionais de capital

b) aumento do número de pólos de poder mundial

c) redução das desigualdades sociais entre o Norte e o Sul

d) crescimento da probabilidade de conflitos entre países centrais e periféricos

133) (adaptado de Ibmec - 2008) As principais Bolsas do mundo tiveram, a partir de julho de 2008,

sucessivas quedas atribuídas à Crise Imobiliária nos Estados Unidos. Sobre essa crise, é correto a-

firmar que (some os números das alternativas corretas):

(01) O setor imobiliário e a construção civil nos Estados Unidos, que teve um grande boom nos últimos

anos, não foram afetados pela crise. As ações desse segmento continuam a ser as mais indica-

das pelos bancos e gestores de investimento.

(02) A crise imobiliária foi encerrada com a quebra do Banco francês BNP Paribas que tinha vários

fundos de investimento com recursos aplicados em créditos gerados a partir de operações hi-

potecárias nos Estados Unidos, arrastando outros bancos.

(04) A crise encerrou-se em julho quando o Banco Central Europeu, o Federal Reserve (Estados Uni-

dos) e o Banco do Japão anunciaram o investimento de 94,8 bilhões de dólares no mercado imo-

biliário americano, salvando várias empresas do setor e aumentando a oferta de crédito.

(08) O principal temor diz respeito à oferta de crédito disponível, já que foi detectada uma alta ina-

dimplência do segmento imobiliário americano, com um número grande de americanos que estão

atrasando ou deixando de pagar a hipoteca da casa própria.

(16) O Brasil foi atingido parcialmente pela crise, no entanto, com fundamentos econômicos mais sóli-

dos que em crises anteriores, o país é considerado como um dos emergentes mais preparados

para este tipo de situação.

Sua resposta: A soma total é ____.

134) (UEMG - 2012)

BRASIL: POTÊNCIA OU COLÔNIA?

Não há dúvidas de que, em alguns aspectos, a economia brasileira vai bem, com seu crescimento pu-

xado pelo forte consumo do mercado interno. Também é preciso reconhecer que nos últimos anos o

país obteve resultados expressivos no que diz respeito às políticas sociais, tendo tirado mais de 20

milhões de brasileiros do estado de miséria e elevado mais de 30 milhões à classe média. Por outro

lado, alguns indicadores ainda nos envergonham e mostram que estamos muito distantes do mínimo

necessário para nos considerarmos uma nação em desenvolvimento. Como exemplo, podemos citar um

quesito fundamental à saúde, que é o saneamento ambiental, cujos indicadores são alarmantes (...). Na

educação, ciência e tecnologia a situação não é diferente(...). No que se refere à Política Industrial, a

situação também é extremamente preocupante, pois o atual modelo econômico nos empurra para uma

primarização da economia. O fato é que o Brasil está priorizando a exportação de commodities em

detrimento das exportações de bens de maior valor agregado(...).

NETO, Luiz Aubert. Revista Mercado Comum. Ano XVIII – Ed. 218. p. 112, 113.Texto adaptado.

Em relação ao texto acima e seu título, são apresentadas as seguintes afirmativas:

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I. O Brasil mostra características de potência, devido ao valor agregado dos seus produtos in-

dustrializados.

II. Alguns indicadores de extrema relevância, como saúde, educação, política industrial ainda in-

cluem o país na classificação do subdesenvolvimento.

III. A exportação de commodities, em detrimento das exportações de bens de maior valor, coloca

o Brasil na categoria de potência.

IV. Os fatores de expressivos resultados nas políticas sociais e o crescimento da economia atra-

vés do fortalecimento do mercado interno têm levado a crer que o Brasil está na categoria de

potência.

Está CORRETO apenas o que se afirma em

a) II e IV

b) II e III

c) I e IV

d) I e II

135) Nos últimos anos, foram observadas situações de fragilidade na economia mundial, com empre-

sas e países enfrentando sérias crises financeiras. Como resultado dessas crises, por exemplo, foram

realizados programas de ajuda econômico- financeira de emergência para países com dificuldades

para pagar suas dívidas. Marque a alternativa que identifica somente países que receberam esse tipo

de ajuda econômico- financeira no período 2010/2011.

a) Brasil, Chile e México.

b) Rússia, China e Coreia do Sul.

c) Irlanda, Grécia e Portugal.

d) Venezuela, Colômbia e Uruguai.

e) Dinamarca, Finlândia e Noruega.

136) Analise o mapa a seguir

A organização observada no cartograma representa:

a) as nações europeias que adotaram o Euro como moeda.

b) a atual composição regional da União Europeia (UE).

c) as forças militares dos EUA na Europa da Guerra Fria.

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d) o espaço militar europeu do século XXI (OTAN).

e) as 25 nações mais ricas do continente europeu.

137) (Enem - 2005) No gráfico abaixo, mostra-se como variou o valor do dólar, em relação ao real,

entre o final de 2001 e o início de 2005. Por exemplo, em janeiro de 2002, um dólar valia cerca de R$

2,40.

Durante esse período, a época em que o real esteve mais desvalorizado em relação ao dólar foi no

a) final de 2001.

b) final de 2002.

c) início de 2003.

d) final de 2004.

e) início de 2005.

138) (UFF - 2010)

O mundo como fábula, como perversidade e como possibilidade

Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxo pedindo uma

explicação? De um lado, é abusivamente mencionado o extraordinário progresso das ciências e das

técnicas, das quais um dos frutos são os novos materiais artificiais que autorizam a precisão e a in-

tencionalidade. De outro lado, há, também, referência obrigatória à aceleração contemporânea e to-

das as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade. Todos esses, porém, são dados de um

mundo físico fabricado pelo homem, cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo

confuso e confusamente percebido.

De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não

queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo

menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como

fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o

mundo como ele pode ser: uma outra globalização.

(SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. Do pensamento único à cons-

ciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 17-18.)

A ideia da “globalização como fábula”, destacada no Texto XI, torna-se ainda mais expressiva, se

levamos em conta certas definições de fábula, apresentadas no dicionário: mitologia, lenda, narração

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de coisas imaginárias. Não resta dúvida de que se lida com a imagem de um mundo cada vez mais in-

terconectado, mas de forma alguma “sem fronteiras”.

Essa imagem, difundida nos tempos atuais, encontra seu principal fundamento no aspecto:

a) político, com o triunfo de regimes democráticos em continentes inteiros.

b) socioeconômico, com a redução das desigualdades entre os povos da Terra.

c) sanitário, com o êxito alcançado na prevenção das pandepidemias.

d) financeiro, com a intensa circulação de capitais em nível planetário.

e) cultural, com a crescente unificação das crenças religiosas no mundo.

139) (Uft - 2009) Os conflitos mundiais da atualidade ocorrem, também, em função do domínio dos

fluxos do comércio internacional, onde o intercâmbio entre países do capitalismo central e periférico

são extremamente desiguais.

Tomando por base o texto é INCORRETO afirmar que:

a) A formação dos blocos econômicos mundiais não proporcionou um crescimento equitativo para to-

dos os países membros.

b) A divisão internacional do trabalho influencia no intercâmbio do comércio mundial.

c) Os países do capitalismo central estabelecem trocas desiguais com o mundo periférico, principal-

mente, pelo domínio científico-tecnológico.

d) Os centros de poder, que compõem a nova ordem mundial, possuem um ator hegemônico, qual seja:

os Estados Unidos, que controlam e comandam todos os demais países, evidenciando a monopola-

ridade da nova ordem mundial.

140) (UNIFOR - 2012) Os exportadores brasileiros protestam constantemente contra a sobrevalori-

zação da taxa de câmbio, que prejudicaria as exportações do Brasil e aumentaria o nível de importa-

ções. Este incremento nas importações estaria provocando um processo de desindustrialização den-

tro do país. Sobre este assunto, é INCORRETO afirmar:

a) A sobrevalorização cambial prejudica as exportações, pois aumenta os preços dos produtos expor-

tados.

b) A sobrevalorização cambial prejudica a indústria brasileira pois diminui os preços dos produtos

importados.

c) A sobrevalorização cambial estimula as importações pois aumenta o valor do dólar.

d) A sobrevalorização cambial em geral diminui o preço das importações, inclusive o preço dos insu-

mos importados usados palas empresas no Brasil.

e) A sobrevalorização cambial, em um regime de câmbio flutuante, ocorre quando há uma oferta ex-

cessiva de dólares.

141) (FGV-SP) As commodities representaram 71% do valor exportado pelo Brasil de janeiro a maio.

Nos cinco primeiros meses do ano passado essa participação era de 67%. As vendas ao exterior des-

ses produtos avançaram 39,1%, muito mais que as dos manufaturados, 15,1%. Os cálculos são da As-

sociação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), obedecendo a critérios diferentes dos seguidos pelo

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Ministério do Desenvolvimento, já que incluem commodities classificadas como semimanufaturados e

mesmo alguns produtos considerados manufaturados pelas estatísticas oficiais. Entre esses itens

estão açúcar refinado, combustíveis, café solúvel e alumínio em barras.

(http://www.iedi.org.br/artigos/imprensa/2011/iedi_na_imprensa_20110629_ com-

modities_ja_representam_71_das_exportacoes_do_pais.html)

A reportagem revela uma mudança gradual no perfil das exportações brasileiras. Sobre esse tema, é

correto afirmar:

a) Apesar do aumento da participação das commodities na pauta de exportações, o Brasil apresenta

superávit na balança comercial dos produtos manufaturados.

b) O aumento da exportação brasileira de commodities, mencionado na reportagem, está fortemente

baseado no crescimento da demanda asiática.

c) Nos últimos anos, o Brasil vem aumentando exponencialmente a sua participação no comércio de

produtos de alta e média intensidade tecnológica.

d) A mudança revelada pela reportagem resulta da maior diversificação do setor produtivo brasilei-

ro.

e) O câmbio valorizado foi um dos fatores que contribuíram para o aumento das vendas externas,

tanto de commodities como de manufaturados.

Gabarito:

129-c 132-b 135-c 138-d 141-b

130-a 133)08+16=24 136-b 139-d

131-c 134-a 137-b 140-c

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VII- AMÉRICA LATINA

A Colômbia e o caso das FARC

O governo colombiano e a guerrilha das FARC decidiram abrir negociações para a paz no país,

com auxílio do governo cubano. O primeiro encontro ocorreu em 17/10/2012 na cidade de Oslo na

Noruega. Caso as partes cheguem a um acordo, o país continuará com outro enorme desafio: o comba-

te ao narcotráfico. As FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) é um grupo guerrilheiro

clandestino que surgiu em 1964 e hoje ocupa entre 35% e 40% do território colombiano, principal-

mente em áreas de florestas.

Com inspirações socialistas, a guerrilha, considerada terrorista pelos

EUA e União Europeia, pretende tomar o poder na Colômbia e implantar o

socialismo. É financiada pelo narcotráfico e utiliza-se de atos criminosos

para alcançar seus objetivos. Nos últimos anos o grupo tem demonstrado um

relevante enfraquecimento, principalmente em decorrência do apoio finan-

ceiro e militar dos EUA ao governo colombiano, que tem conquistado vitórias

pontuais, como no dia 01/03/2008, quando o número 2 das Farc, Raúl Reyes,

foi assassinado em território equatoriano pelas Forças Armadas colombia-

nas. Esta ação militar ocorreu com a violação da soberania do Equador, ge-

rando um conflito diplomático entre os dois países, inclusive com o envolvi-

mento direto da Venezuela, país que apoiou incondicionalmente o Equador,

aventando até mesmo uma possibilidade de conflito armado contra a Colômbia. Hugo Chávez, o presi-

dente da Venezuela, interferiu na crise, determinando a saída de todos os funcionários da embaixada

em Bogotá e enviando dez batalhões para a fronteira com a Colômbia. Estaria por acontecer uma

guerra na América do Sul? O acordo ocorre uma semana após o início da crise. Os presidentes dos

três países em reunião de urgência da OEA (Organização dos Estados Americanos) em Santo Domin-

go, concluíram que as forças colombianas violaram a soberania territorial do Equador, estando o país

sujeito a punições.

Crise política no Paraguai

O presidente paraguaio Fernando Lugo foi deposto pelo

congresso em 22/06/2012 num processo relâmpago de impea-

chment, que durou apenas 24h. Seu vice, o liberal Federico

Franco assumiu o poder. A motivação para a cassação surgiu a

partir de uma ação desastrada da polícia paraguaia para a rein-

tegração de posse de uma área rural no dia 15/06/2012, ocor-

rendo a morte de onze camponeses e sete policiais.

Após a tragédia, o governo de Fernando Lugo foi acusado

no Congresso de má gestão do país, gerando um processo que

culminou na sua cassação. Em decorrência da situação, conside-

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rada por muitos países da América do Sul como um rito sumário, o Paraguai foi suspenso do Mercosul

e da Unasul.

O novo presidente ameaçou uma retaliação ao Brasil e Argentina, ao declarar que seu governo

não vai mais "ceder" energia excedente a ambos os países e pretende levar adiante uma política que

estimule o uso dessa energia elétrica no próprio país, ignorando parcerias firmadas anteriormente.

Vale lembrar que a Usina Hidrelétrica de Itaipu é uma empresa binacional, pertencente ao Brasil e o

Paraguai, sendo atualmente a 2ª maior usina hidrelétrica e também a maior unidade geradora de ele-

tricidade no mundo. Com 20 turbinas no total e 14.000 MW de potência instalada, fornece 19% da

energia consumida no Brasil e abastece 91% do consumo paraguaio. Resta esperar o que significará

efetivamente esta declaração do novo presidente paraguaio para o futuro energético dos dois países,

até mesmo porque o Paraguai terá eleições para o executivo já em Abril de 2013.

30 anos da Guerra das Malvinas

Em Junho de 2012 completou-se 30 anos da Guerra das Malvinas entre a Argentina e o Reino

Unido, este último vencedor do conflito. A presidente da Argentina, Cristina Kirchner tem retomado

os debates sobre a soberania da Ilhas Malvinas, atualmente um território ultramarino inglês. O pri-

meiro ministro inglês, David Cameron, afirmou que os moradores das ilhas irão decidir o futuro do

território em um referendo a ser realizado no início de 2013, desconsiderando resoluções anteriores

da ONU para que houvesse negociações entre os dois países. Além da pesca e do turismo no arquipé-

lago, outra importante fonte econômica foi descoberta recentemente: reservas de petróleo ao sul

das ilhas.

O fim da Era Fidel em Cuba

O país apresentou grandes conquistas sociais e enorme a-

traso econômico desde a Revolução Cubana. Após o período dita-

torial de Fulgêncio Batista (1934-58), que tinha o apoio dos EUA,

em 01/01/1959 Fidel Castro e sua guerrilha tomam Havana, dando

início a uma Revolução de caráter socialista no país.

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Em 1961 Cuba alinha-se com a União Soviética e passa a conquistar grandes avanços so-

ciais nas décadas posteriores, no entanto, o país se torna órfão com o fim da URSS em 1991.

Atualmente, o país ruma num ritmo lento para uma economia de transição, abrindo-se para o

turismo e autorizando aos poucos a entrada do capitalismo na ilha. Em 08/2006, após 47 anos

no comando, Fidel se licencia por motivos de doença, deixando o poder em definitivo para o

irmão Raul Castro no início de 2008, que tende a realizar mudanças mais profundas no país.

INDICADORES SOCIOECONÔMICOS DE CUBA

- População: 11,3 milhões;

- Crescimento demográfico: 0% ao ano;

- Taxa de fecundidade: 1,45 filhos por mulher;

- Expectativa de vida: 77,4 (H) e 81,3 (M);

- Mortalidade Infantil: 5 por mil;

- IDH: 0,776 – 51º de 187 países (só não é mais elevado, por que a renda per capita é baixa);

- Analfabetismo: 0,2%.

E x e r c í c i o s

142) (FGV-SP - 2012) Considere os textos.

I. [maio de 2011] O governo da presidente Cristina Kirchner aplica uma saraivada de medidas que

restringem ou atrasam a entrada de produtos brasileiros no mercado argentino. Segundo a con-

sultoria portenha Abeceb, do total de exportações realizadas pelo Brasil para a Argen tina,

23,9% são alvo de barreiras – quase um quarto das vendas.

(http://veja.abril.com.br/noticia/economia/argentina-aumenta-barreiras-

comerciais-contra-o-brasil)

II. [outubro de 2011] A decisão do Brasil de elevar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

para veículos importados foi questionada durante reunião do comitê de acesso a mercados da

Organização Mundial do Comércio (OMC). Durante o encontro, representantes de Japão, Austrá-

lia, Coreia do Sul, Estados Unidos e União Europeia – que abrigam algumas das maiores montado-

ras do mundo – pediram à delegação brasileira explicações sobre a medida.

(http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/10/14/paises-exportadores-de-vei- culos-

reclamam-na-omc-do-aumento-do-ipi-925586226.asp#ixzz1cQB0V2Hq)

Sobre os textos, é correto afirmar que

a) ambos expressam medidas protecionistas que visam salvaguardar as indústrias nacionais.

b) ambos têm como objetivo criar superávits nas balanças comerciais argentina e brasileira.

c) I mostra uma medida protecionista e II é uma retaliação brasileira aos subsídios agrícolas dos

países ricos.

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d) I representa o rompimento dos acordos firmados pelo Mercosul e II é uma medida protecionista

do Brasil.

e) I é medida fortemente condenada pela OMC e II tem caráter paliativo para balanças comerciais

deficitárias.

143) (PUCRIO - 2008) A foto de satélite acima nos ajuda a confirmar todas as sentenças a seguir,

COM EXCEÇÃO da opção:

a) A localização geográfica do istmo centro-americano explica a sua importância estratégica como

rota do fluxo de mercadorias no comércio marítimo internacional, principalmente a partir da cons-

trução do canal do Panamá.

b) A localização geográfica da ilha de Cuba, na entrada do Golfo do México, fez com que ela se tor-

nasse, ao longo do processo de formação territorial do continente americano, um importante ponto

estratégico.

c) O fato de Cuba estar localizada a apenas 180 quilômetros de distância dos Estados Unidos consti-

tui o principal motivo do interesse dos cubanos insatisfeitos com o regime socialista em fugirem

para aquele país.

d) Mesmo estando a ilha Hispaniola mais próxima de Cuba do que dos Estados Unidos, essa ilha não

representa uma rota de fuga para os cubanos insatisfeitos com o regime socialista, já que as con-

dições de vida lá encontradas são bastante precárias para a grande maioria da população.

e) A ilha de Cuba, que se localiza no mar do Caribe, está muito próxima da península da Flórida, da

península de Yucatán e da ilha da Jamaica, compondo a região das Grandes Antilhas.

144) (UNESP - 2004) Observe o gráfico sobre a participação do açúcar e do turismo na economia

cubana e assinale a alternativa que justifica as causas da evolução dos dois produtos representados.

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a) Grave crise econômica após a extinção da URSS; parceria com grandes redes hoteleiras europeias;

riqueza em recursos paisagísticos.

b) Substituição da cana-de-açúcar por outros produtos agrícolas; parceria com redes hoteleiras asiá-

ticas; riqueza em recursos minerais.

c) Desenvolvimento da pecuária de corte; parceria com redes hoteleiras japonesas; riqueza em re-

cursos marinhos.

d) Grave crise econômica após a extinção da CEI; parceria com redes hoteleiras tailandesas; riqueza

em recursos pedológicos.

e) Grave crise econômica após a extinção da Rússia; parceria com redes hoteleiras mexicanas; rique-

za em recursos pesqueiros.

145) (PUCSP - 1995) Cuba vive atualmente uma profunda crise econômica. Esta situação tem provo-

cado a elevação do número de "balseros", fugitivos cubanos que tentam, com grande risco, a travessia

para chegar aos EUA. O volume destes refugiados amplia-se a cada dia, tendo superado, nos últimos

meses, a cifra de 50 mil.

Analise as afirmações a seguir:

I. A situação econômica de Cuba agravou-se decisivamente com a dissolução dos regimes socia-

listas na Europa Oriental e da URSS, pois estes países compravam o açúcar cubano, seu prin-

cipal produto, a preços acima do mercado.

II. A imposição do embargo econômico e comercial pelos EUA mantém Cuba num estado de isola-

mento em relação ao mercado mundial. Este fato prejudica imensamente Cuba, já que na eco-

nomia moderna nenhum país pode viver isolado.

III. O fato de o território cubano distribuir-se num arquipélago de pequena dimensão explica sua

inviabilidade econômica, já que existe sempre uma relação direta entre tamanho do território

e desenvolvimento econômico.

IV. Os "balseros" são refugiados políticos, única e exclusivamente. São pessoas descontentes com

o regime político e com a falta de perspectiva de abertura democrática. Nesse caso, a motiva-

ção econômica-material não tem tanta importância.

V. A escassez de recursos naturais em Cuba, em especial o petróleo, compromete o futuro cuba-

no, caso não haja imediatamente a suspensão do embargo econômico promovido pela EUA.

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Assinale a alternativa que contenha o conjunto de afirmações verdadeiras:

a) II - III - IV - V

b) II - IV - V

c) I - II - V

d) I - II - III - V

e) III - IV - V

146) (UFRS - 1996) Com relação à situação atual de Cuba, considere as seguintes afirmações.

I - Cuba é governada pelo Partido Comunista Cubano.

II - Cuba ingressou nos anos 90 no "Período Especial", o que significa crise na estatização geral da

economia e o influxo de subsídios soviéticos.

III - O estado Cubano tem no turismo a principal fonte para obtenção de divisas e está buscando

atrair capital estrangeiro para sociedades em empreendimentos hoteleiros.

Quais estão corretas?

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Apenas I e II

e) I, II e III

147) (UERJ - 2003) Observe os textos a seguir:

CUBA JÁ RECEBE OS EUROS DOS TURISTAS

O Euro começou a circular em Varadero, o balneário turístico mais importante de Cuba, onde a em-

presa Transtur anunciou que os serviços de táxi e aluguel de automóveis já podem ser pagos com a

moeda. ("Gazeta Mercantil", 12/05/2002)

TENSÃO ENTRE FIDEL E WASHINGTON

A viagem de Jimmy Carter acontece num dos momentos mais tensos das relações entre EUA e Cuba

nos últimos anos. No dia 6 de maio, durante um pronunciamento em Washington, o subsecretário de

Estado para Controle de Armas e Segurança Nacional americano, John Bolton, incluiu Cuba na lista de

países que apoiam o terrorismo. ("Jornal do Brasil", 12/05/2002)

As duas notícias revelam atitudes distintas com relação a Cuba. Do lado da União Europeia, há a valo-

rização do turismo e do comércio; do lado dos EUA, desconfiança e tentativa de controle.

A dificuldade dos governos norte-americanos em lidar com o regime cubano decorre do fato de que

este tem sido visto como:

a) um pólo de fundamentalismo religioso na América Central

b) uma exceção política no espaço de dominação norte-americana

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c) um posto avançado das tecnologias alternativas na região do Caribe

d) um aliado ideológico da União Europeia no contexto latino-americano

148) (Ufpe - 2001) Leia, com atenção, o texto a seguir e identifique no mapa o país descrito.

"Hoje esse país é o centro da América Latina. Pelo menos o centro de preocupações nesta parte do

continente. Guerrilha, narcotráfico, paramilitares e uma latente guerra civil são os componentes ex-

plosivos dessa terra de Gabriel Garcia Márquez, cujo cenário viu nascer os 'Cem Anos de Solidão'".

As Farc e o ELN são os mais representativos grupos guerrilheiros. (...) Atualmente ocupam parte do

país e nesse espaço fazem valer suas próprias leis, compondo um "Estado dentro do Estado". (Rober-

to Candelori - "Folha de São Paulo", 5/9/2000)

O país está indicado pelo número:

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

149) A FARC - autodenominada Forças Armadas Revolucionárias - é, para alguns, um grupo revolucio-

nário que luta pela mudança do poder e, para outros, um grupo de terroristas e sequestradores. Esse

movimento ocorre em que país vizinho do Brasil e com qual estado membro brasileiro ele faz frontei-

ra?

a) Venezuela, fronteira com o Amazonas.

b) Guiana, fronteira com Roraima.

c) Colômbia, fronteira com o Pará.

d) Colômbia, fronteira com Roraima.

e) Colômbia, fronteira com o Amazonas.

150) Em relação ao Produto Interno Bruto - P.I.B - da América Latina, é correto afirmar:

I - Os países da América Latina que apresentam maior P.I.B. são: Brasil, México e Argentina.

II - O P.I.B. per capita na América Latina não retrata a situação socioeconômica dos países em de-

corrências das enormes desigualdades existentes.

Page 119: Curso Sólon Concursos · 5 Aulas & Apostilas Além do forte crescimento econômico destes países, chamou a atenção do mundo a possibili-dade de uma ajuda econômica aos países

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III - O maior P.I.B. Latino-americano é o brasileiro, no entanto, o país não apresenta o maior P.I.B.

per capita da região.

IV - Os menores P.I.B. por habitantes da América Latina são os da Argentina e Chile, em decorrência

das constantes crises econômicas.

V - A participação do setor agropecuário no P.I.B. dos países da América Latina é insignificante.

São corretas as afirmativas:

a) I e II.

b) I, II e III.

c) I, II, III e IV.

d) I e V.

e) II, III e V.

Gabarito:

142-a 144-a 146-e 148-e 150-b

143-c 145-c 147-b 149-e