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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios
Prof. Leandro Candido de Lemos Pinheiro [email protected]
Vidros
VIDROS
Definição
Produto fisicamente homogêneo obtido pelo resfriamento de uma massa
inorgânica em fusão, que enrijece sem cristalizar através de um aumento
contínuo de viscosidade.
VIDROS
Histórico
• 3000 AC – origem (Fenícios)
• 1500 AC – utilização (Egito)
• Séculos III e IV da era Cristã – proteção de janelas
• Século VI – primeiro vidro colorido da arquitetura na Catedral de
Santa Sofia (Constantinopla)
VIDROS
Histórico
• Século XI – através das Cruzadas, o vidro chega do Oriente para
Veneza
• Séculos XIII e XVI – vidro cristal, incolor, transparente e espelhos em
Veneza
• Séculos XVII – placas de vidros
• Séculos XVIII – vidro plano transparente e a janela é protagonista na
composição da fachada
VIDROS
Histórico
• Século XIX – aumento de vãos e aberturas
• Século XX – com o desenvolvimento do aço e do concreto, o vidro
passa a ser mais difundido
• 1917 – processo contínuo de laminação de vidros de janelas por Emil
Fourcault (Bélgica) e Irwing Golbem (EUA)
• 1952 – Vidro Float
VIDROS
Histórico no Brasil
• Período das invasões holandesas em Pernambuco (Olinda e Recife), entre
1624 e 1635. Nessa região foi construída a primeira oficina de vidro, criada
por quatro artesões que acompanhavam o príncipe Mauricio de Nassau.
Após a expulsão dos holandeses das terras brasileiras, a oficina fechou e,
nesse período, todo o vidro passou a ser importado de países europeus.
• Apenas no ano de 1812 a produção de vidro no país voltou a ser realizada,
com a instalação de uma indústria baiana na qual eram produzidos vidros
lisos, de cristal branco, frascos, garrafas e garrafões. Mais tarde, a fábrica
também acabou sendo fechada.
VIDROS
Histórico no Brasil
• Em 1839, outra fábrica é aberta, no Rio de Janeiro, enfrentando a
concorrência de produtos da Europa.
• Entre o final do século XIX e o início do século XX, algumas fábricas foram
instaladas. A produção de vidro era essencialmente artesanal, utilizando os
processos rudimentares de fabricação. Só no final deste período é que a
indústria do vidro passou a se desenvolver, com a instalação de máquinas.
Também nesta fase, surgiram várias empresas que estão presentes no
mercado brasileiro até hoje.
VIDROS
Componentes
O componente primordial do vidro é a sílica (óxido de silício), que, por
resfriamento, enrijece sem cristalizar. Assim, em função da temperatura, o
vidro pode passar a tomar os aspectos: líquido, viscoso e frágil (quebradiço).
Quartzo (sílica cristalizada) Sílica Vítrea
VIDROS
Vidro comum e vidro cristal
• o vidro cristal é obtido pela adição de chumbo ao vidro comum
• o chumbo aumenta a refração (desvio na direção da luz), a transparência e
reduz a dureza, permitindo melhor polimento
VIDROS
Processos de fabricação
• Misturar os componentes
• Levar a mistura à fusão (1350°C a 1450°C)
• Moldagem (800°C)
• Resfriamento (600°C a 100°C)
• Beneficiamento
• Recozimento (alívio das tensões)
VIDROS
Tipos de vidros
• Vidro impresso
O vidro impresso é um vidro translúcido que recebe em uma ou ambas as
faces, a impressão de um desenho (padrão ou estampa).
VIDROS
Tipos de vidros
• Vidro refletivo
Os vidros refletivos, também chamados de vidros metálicos, são vidros que
recebem um tratamento, onde recebem óxidos metálicos, com a finalidade de
refletir os raios solares, reduzindo a entrada de calor, proporcionando
ambientes mais confortáveis e economia de energia com aparelhos de ar
condicionado.
VIDROS
Tipos de vidros
• Vidro temperado
São vidros que são submetidos a um processo de aquecimento gradativo a
uma temperatura próxima do ponto de amolecimento do vidro (700°C);
depois, ocorre um resfriamento rápido através de jatos de ar. Sendo o vidro
um mau condutor de calor, esse resfriamento provoca apenas o
endurecimento da parte externa, enquanto, no seu interior, as moléculas
ainda estão moles.
Este processo provoca, no vidro, tensões internas (tração no interior mole e
compressão na superfície endurecida), conferindo ao vidro uma resistência
mecânica até cinco vezes maior que o vidro comum.
VIDROS
Tipos de vidros
• Vidro laminado
É um vidro constituído por duas ou mais chapas de vidro intercaladas por um
tipo de plástico. Sua principal característica, é que em caso de quebra, os
cacos ficam presos ao plástico, reduzindo o risco de ferimentos às pessoas e
também o atravessamentos de objetos.
VIDROS
Tipos de vidros
• Vidro aramado
É um vidro composto por uma tela metálica que oferece maior resistência a
perfuração e proteção pois, em caso de quebra, os cacos ficam presos na tela
diminuindo o risco de ferimentos.
VIDROS
Tipos de vidros
• Vidro duplo ou termo-acústico
É um vidro composto por duas ou mais lâminas de vidro separadas por um gás
inerte. O isolamento térmico se dá, pois a câmara de ar, serve como isolante
para a passagem de calor do vidro externo para o interior do ambiente.
VIDROS
Tipos de vidros
• Janelas inteligentes (“smart windows”)
É um vidro laminado, composto por duas chapas de vidro, incolor ou colorido,
entre os quais é colocado um filme de cristais líquidos em um campo elétrico.
Quando este campo é ativado, os cristais líquidos se alinham, tornando o
vidro transparente.
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Densidade
A densidade do vidro é de 2500 kg/m³. Portanto 1 m² de um vidro 4 mm tem
massa igual a ?
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Densidade
A densidade do vidro é de 2500 kg/m³. Portanto 1 m² de um vidro 4 mm tem
massa igual a 10 kg.
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Densidade
A densidade do vidro é de 2500 kg/m³. Portanto 1 m² de um vidro 4 mm tem
massa igual a 10 kg.
• Resistência à compressão
A resistência a compressão do vidro é muito elevada: 1000 N/mm² (quantos
MPa?). Qual a carga (em toneladas) necessária para quebrar um cubo de vidro
com 1 cm de aresta?
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Densidade
A densidade do vidro é de 2500 kg/m³. Portanto 1 m² de um vidro 4 mm tem
massa igual a 10 kg.
• Resistência à compressão
A resistência a compressão do vidro é muito elevada: 1000 N/mm² (1000
MPa). Qual a carga (em toneladas) necessária para quebrar um cubo de vidro
com 1 cm de aresta? 10 toneladas
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Resistência à tração
Depende do tipo de vidro, do volume e do formato.
• Comportamento térmico
O coeficiente de dilatação linear do vidro é de 9 x 10-6 °C-1.
Qual o alongamento sofrido por um vidro com 2 metros de comprimento, ao
aquecer 30 °C?
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Resistência à tração
Depende do tipo de vidro, do volume e do formato.
• Comportamento térmico
O coeficiente de dilatação linear do vidro é em torno de 9 x 10-6 °C-1.
Qual o alongamento sofrido por um vidro com 2 metros de comprimento, ao
aquecer 30 °C? 0,54 mm
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• Dureza superficial
O vidro só é riscado pelo diamante.
• Isolamento acústico
Apresenta bom isolamento acústico, mas grandes placas podem entrar em
ressonância acústica.
VIDROS
Propriedades dos Vidros
• O vidro é atacado pelo ácido fluorídrico
• O vidro é mau condutor de eletricidade
• Resistência à abrasão: é 16 vezes mais resistente que o granito
VIDROS
Principais defeitos
• Ondulação: falta de uniformidade na espessura. Produz distorções na
imagem.
• Bolha: presença de vazios no interior da placa, contendo gases.
• Garoa: agrupamento de bolhas.
• Fenda: defeito sensível ao tato, como uma bolha aberta.
VIDROS
BIBLIOGRAFIA
BAUER, L. A. F. Materiais de construção. Volume 1. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. BAUER, L. A. F. Materiais de construção. Volume 2. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. FREIRE, W. J.; BERALDO, A. L. (coord.) Tecnologias e materiais alternativos de construção. Campinas: Ed. UNICAMP, 2003. MAGALHÃES, F. Concreto e cimento Portland: especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]a Disponível em: <http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012. MAGALHÃES, F. Materiais componentes do concreto: especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]b. Disponível em: <http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012. MAGALHÃES, F. Rochas, madeiras e materiais cerâmicos : especificações e ensaios. Versão 1.0. Apostila. (Curso Superior de Tecnologia em Construção de Edifícios) – Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande: IFRS, [s.d.]c. Disponível em: <http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~fabio.magalhaes>. Acesso em: 2 ago. 2012. RIBEIRO, C. C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de construção civil. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2000. ROCHA, J. C.; XAVIER, L. L. Materiais de construção civil. Apostila. Disciplina ECV 5330. (Graduação em Engenharia Civil) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: Departamento de Engenharia Civil; UFSC, 2000. SILVER, P.; MCLEAN, W. Introducción a la tecnologia arquitectónica. Barcelona: Parramón, 2008.