curso viveiro doc79

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  • 8/6/2019 curso viveiro doc79

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    Documentos 79

    Ivar WendlingMrcio Pinheiro FerrariFernando Grossi

    CURSO INTENSIVO DE

    VIVEIROS E PRODUO DEMUDAS

    Colombo, PRDezembro 2002

    ISSN 1517-536X

    Dezembro, 2002Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaCentro Nacional de Pesquisa de Florestas

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

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    Exemplares desta publicao podem ser adquiridos na:

    Embrapa FlorestasEstrada da Ribeira, km 111

    Caixa Postal 319Fone: (41) 666-1313Fax: (41) 666-1276Home page: hhtp://www.cnpf.embrapa.brE-mail: [email protected]

    Comit de Publicaes da Unidade

    Presidente: Moacir Jos Sales MedradoSecretrio-Executivo: Guiomar Moreira de Souza Braguinia

    Membros: Antnio Carlos de S. Medeiros, Edilson B. deOliveira, Erich G. Schaitza, Honorino R. Rodigheri, JarbasY. Shimizu, Jos Alfredo Sturion, Patricia P. de Mattos,Srgio Ahrens, Susete do Rocio C. Penteado

    Supervisor editorial: Moacir Jos Sales MedradoRevisor de texto: Ralph D. M. de SouzaNormalizao bibliogrfica: Lidia WoronkoffFoto(s) da capa: Ivar WendlingEditorao eletrnica: Marta de Ftima Vencato

    1a edio1a impresso (2002): 500 exemplares

    Todos os direitos reservados.A reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ouem parte, constitui violao dos direitos autorais (Lei no9.610).

    CIP-Brasil. Catalogao-na-publicao.

    Wendling, IvarCurso intensivo de viveiros e produo de mudas / Ivar

    Wendling, Mrcio Pinheiro Ferrari e Fernando Grossi. - Colombo :Embrapa Florestas, 2002.

    48 p. (Embrapa Florestas. Documentos, 79).

    ISSN 1517-536X

    1. Viveiro florestal - curso. 2. Muda - produo. I. Ferrari,Mrcio Pinheiro. II. Grossi, Fernando. III. Ttulo. IV. Srie.

    CDD 634.9564

    Embrapa 2002

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    Ivar WendlingEngenheiro Florestal, Doutor, Pesquisador da Embrapa

    Florestas [email protected]

    Mrcio Pinheiro FerrariEngenheiro Florestal, Mestre, Pesquisador da Embrapa Florestas [email protected]

    Fernando GrossiEngenheiro Florestal, Doutor, Professor na UniversidadeFederal do Paran.

    [email protected]

    Autores

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    Apresentao

    A vida moderna afasta o ser humano cada vez mais da natureza, criando anecessidade de se levar plantas para mais prximo do seu convvio, nos lares,escritrios, jardins, praas pblicas, reas de lazer etc, promovendo-se, dessa forma, um sentimento de unidade entre o ser humano e a natureza, mantendouma relao ntima entre si. Esses fatores, aliados produo de alimentos

    (frutos, razes, folhas), sombra, flores e utenslios (madeira, papel, energia, etc.)promovem uma demanda cada vez maior de mudas de plantas arbreas.

    O xito de um empreendimento com plantas arbreas depende da escolha daespcie ideal para cada local de plantio, do objetivo e, principalmente, daqualidade das mudas a serem plantadas. Essas, alm de resistirem s condiesadversas encontradas, como secas, elevada insolao, baixa fertilidade do solo,pragas, doenas etc, devem ser capazes de se desenvolver e poder mostrar

    todo seu potencial em relao aos objetivos para os quais foram produzidas.

    O presente curso tem o objetivo de fornecer subsdios tericos e prticos, almde esclarecer dvidas relacionadas implantao de viveiros e produo demudas de espcies arbreas, frutferas e ornamentais.

    Vitor Afonso HoeflichChefe Geral da Embrapa Florestas

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    Sumrio

    Apresentao ................................................................................................... 51. Planejamento e instalao de viveiros............................. 9

    1.1 Instalao de um viveiro....................................................................91.1.1 Tipos de viveiro ........................................................................... 91.1.2 Escolha do local ......................................................................... 101.1.3 rea do viveiro .......................................................................... 111.1.4 Instalaes necessrias............................................................. 111.1.5 Ferramentas, mquinas, equipamentos e outros materiais ne-

    cessrios .................................................................................... 121.1.6 Recipientes usados para a produo de mudas ...................... 121.1.7 Substratos usados para a produo de mudas ....................... 131.1.8 Adubao de cobertura das mudas.......................................... 181.1.9 Parmetros de qualidade das mudas........................................ 191.1.10 Pragas, doenas e ervas daninhas ........................................... 19

    1.1.10.1 Tombamento ou Damping-off .................................. 2 01.1.10.2 Podrido das razes .................................................. 2 11.1.10.3 Ferrugem fusiforme ................................................... 2 11.1.10.4 Amarelecimento ou clorose ...................................... 2 1

    1.1.11 Transporte das mudas para o plantio ou venda ...................... 21

    2. Produo de mudas ........................................................ 22

    2.1 Produo de mudas sexuadamente ...........................................22

    2.1.1 Quebra de dormncia e testes de germinao ....................... 222.1.2 Semeadura em canteiros .......................................................... 23

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    Curso Intensivo de Viveirose Produo de Mudas Ivar Wendling Mrcio Pinheiro Ferrari Fernando Grossi

    1 .Planejamento e instalao deviveiros

    O viveiro de produo de mudas uma rea ou superfcie de terreno, comcaractersticas prprias, destinada a produo, ao manejo e a proteo dasmudas at que tenham idade e tamanho suficientes para serem transplantadasno local definitivo, resistindo s condies adversas do local de crescimento eapresentar um bom desenvolvimento.

    O xito de um projeto, quer tenha a finalidade de ornamentao, produo de frutos, florestas ou arborizao, depende diretamente da qualidade das mudasproduzidas. Mudas com sistema radicular e parte area bem formada, com bom

    estado nutricional, livres de pragas e doenas, tm altas taxas de sobrevivnciae desenvolvimento aps o plantio.

    1.1 Instalao de um viveiro

    1.1.1 Tipos de viveiroQuanto sua durao, os viveiros podem ser classificados em temporrios e

    permanentes, e quanto a proteo do sistema radicular, em viveiros com mudasde raiz nua ou em recipientes.

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    10 Curso intensivo de viveiros e produo de mudas

    Os viveiros temporrios destinam-se produo de mudas em determinadolocal durante apenas certo perodo e, cumprindo as finalidades a que sedestinaram, so desativados. Esses viveiros so de instalaes simples,

    geralmente dentro da rea de plantio, visando a reduo de custos detransporte das mudas e melhor adaptao das mesmas s condies climticasdo local.

    Os viveiros permanentes tm por finalidade produzir mudas durante muitosanos, e por isso requerem planejamento muito mais cuidadoso, uma vez quesuas instalaes so mais sofisticadas e onerosas, para suportar o maiorperodo de produo de mudas. Geralmente, esse tipo de viveiro instalado

    prximo aos centros consumidores de mudas. A rea fsica dividida embenfeitorias, rea de produo de mudas e rea de crescimento ou viveiro deespera, que objetiva conduzir as mudas at maiores tamanhos para objetivosespecficos (arborizao urbana, praas, jardins, pomares, florestas etc.).

    As mudas de razes nuas so aquelas que no possuem proteo para o sistemaradicular no momento do plantio. A semeadura feita diretamente noscanteiros e as mudas so retiradas para o plantio, tendo-se apenas o cuidado

    de evitar danos s razes, insolao direta, vento, evitando-se o ressecamentodas razes e posterior morte das mudas.

    As mudas produzidas em recipientes apresentam o sistema radicular protegido,ou seja, envolto em um substrato que o recipiente contm. Os recipientes,quando biodegradveis (palha, papel, embalagens hidrossolveis), podem serplantados com as mudas. Porm, para embalagens no biodegradveis, oprocedimento correto para o plantio o de retirar a muda da embalagem para

    liberar as razes e facilitar o pegamento.

    1.1.2 Escolha do local Na escolha do local para instalao do viveiro, os principais pontos a seremconsiderados so:

    1) disponibilidade de gua em qualidade e quantidades satisfatrias;

    2) facilidade de acesso;3) proximidade da rea de plantio e/ou comercializao;

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    4) ausncia de ventos fortes;

    5) boa disponibilidade de mo-de-obra;

    6) local bem arejado e ensolarado;7) solo com boa drenagem;

    8) localizao meia encosta;

    9) a rea do viveiro deve ser plana ou com at 3% de declividade;

    10) rea deve ser livre de ervas daninhas de difcil controle e de plantas quepromovam o sombreamento das mudas.

    1.1.3 rea do viveiro

    A rea necessria para instalao de um viveiro depende do nmero e tipo deplantas a serem produzidas, do tamanho das embalagens a serem utilizadas, dopercentual de germinao da semente ou de enraizamento, das perdasprovenientes das selees, da repicagem (quando for o caso) etc.

    Num viveiro bem planejado, a rea produtiva, ou seja, a rea dos canteiros oude recipientes, dever possuir sempre em torno de 50 a 60% da rea total,sendo o espao restante destinado a caminhos, ruas, estradas, galpes,construes em geral e rea para preparo do substrato e enchimento dasembalagens.

    1.1.4 Instalaes necessrias

    O tipo e tamanho da infraestrutura necessria para a instalao de um viveirovaria de acordo com o objetivo a que se prope. Algumas estruturas, como ascasas de vegetao (estufa) e as casas de sombra (sombreadas) oferecemcondies climticas controladas para o crescimento das mudas, o que extremamente importante, principalmente para as espcies mais sensveis naspocas mais frias e nas mais quentes do ano. Entre as principais instalaespode-se citar:

    casa do viveirista; galpo semi-aberto para trabalho em dias chuvosos;

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    tanque ou caixa dgua para irrigao; depsito para insumos;

    almoxarifado para ferramentas e equipamentos; local de produo (sementeiras e/ou embalagens); casa de vegetao e casa de sombra.

    1.1.5 Ferramentas, mquinas, equipamentos e outros materiais necessrios

    Variam de acordo com a tecnologia utilizada, local, espcies a seremproduzidas, tamanho do viveiro etc. Entretanto, os mais comuns so:

    Ferramentas e utenslios:

    - Ps (quadrada e de concha) - Sacho- Machado, enxada, enxado, foice, faco - Serrote, martelo, alicate, torqus- Tesoura de poda e podo - Chaves de boca, de fenda, de cano

    - Ancinho - Lima- Regadores, baldes, mangueira plstica - Peneiras

    Mquinas e equipamentos:

    - Carrinho-de-mo - Balana comercial- Conjunto moto-bomba - Pulverizador costal- Mquina para encher tubetes - Mquina lavadora de tubetes- Mquina para semeadura - Misturador de substratos

    Outros materiais:

    - Sistemas para irrigao - Agrotxicos registrados para uso- Depsito de sementes - Madeira para confeco de caixas- Plsticos e sombrites para cobertura - Grampos, pregos, arames, barbantes- Adubo mineral e orgnico

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    1.1.6 Recipientes usados para a produo de mudasCom o objetivo de melhorar a qualidade das mudas produzidas (sem defeitos emais vigorosas) e a produtividade dos viveiros, o sistema de produo demudas em recipientes est sendo cada vez mais utilizado.

    Existem diversos tipos de recipientes disponveis no mercado ou que podem serconfeccionados com certa facilidade, destacando-se: canudos de bambu oulaminado de madeira, latas e copos descartveis, sacos e tubetes de plstico.Os tubetes ou potes plsticos rgidos apresentam algumas vantagens emrelao aos demais tipos de recipientes, a saber: menor dimetro (ocupando

    menor rea no viveiro), menor peso, maior possibilidade de mecanizao dasoperaes de produo de mudas e reduo considervel no custo detransporte e distribuio das mudas. Contudo, os sacos plsticos ainda so osrecipientes mais usados em funo de seu menor preo, maior disponibilidade nomercado e da grande variedade de dimenses disponveis, possibilitando aproduo de qualquer tipo de muda.

    O tamanho do recipiente varia em funo da espcie a ser produzida, do tamanho

    final que a muda dever atingir e do tempo de permanncia das mesmas no viveiro.

    1.1.7 Substratos usados para a produo de mudas

    A principal funo do substrato sustentar a muda e fornecer-lhe nutrientespara seu adequado crescimento. O substrato a ser utilizado no enchimento dosrecipientes deve ser isento de sementes de plantas invasoras, pragas e fungos

    patognicos, evitando-se assim a necessidade de desinfestao dos canteiros ereduzindo-se sensivelmente os riscos de competio e doenas. Desse modo, comum o uso de terra do subsolo, misturada com materiais orgnicos (estercos,casca de arroz carbonizada, composto orgnico) ou minerais (vermiculita, fertilizantes). Um cuidado todo especial deve ser tomado quando se utiliza oesterco de curral, pois este pode conter sementes de ervas daninhas epatgenos, que contaminam o substrato, devendo ser curtido para evitar danoss sementes ou s estacas.

    Existem diversos tipos de substratos, dentre os quais cita-se: terra de subsolo,composto orgnico, vermiculita, areia, esterco animal, serragem, casca de

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    rvores decompostas, moinha de carvo, etc. Atualmente, encontram-se nomercado substratos esterilizados, livres de pragas e doenas, formuladosespecialmente para a produo de mudas, tais como: composto orgnico,

    hmus, espuma fenlica (para enraizamento de estacas e cultivo hidropnico), fibra de coco, entre outros.

    Recomenda-se que seja feita a mistura de dois ou mais materiais para a formulao do substrato, visando uma boa aerao, drenagem e fornecimentode nutrientes de forma adequada. O tipo de material e a proporo de cada umna composio do substrato variam de acordo com a disponibilidade local,custo e tipo de muda a ser produzida. Abaixo se encontram exemplos de

    formulao de substratos. Porm, ressalta-se que cada formulao dever sertestada nas condies especficas de cada local de produo, e devidamenteajustada, caso haja necessidade.

    Para mudas de semente em geral:

    No Quadro 1 so apresentados alguns grupos de substratos, com suasvantagens e desvantagens, possibilitando a tomada de deciso sobre qualsubstrato usar, de forma isolada e/ou, preferencialmente em misturas. De modogeral, pode-se recomendar que sejam feitas misturas de materiais de gruposdiferentes, o que resulta em maiores alteraes das caractersticas e, oupropriedades do substrato final obtido. O tipo de mistura, bem como aproporo de componentes dos diferentes grupos, deve ser feita objetivando oajuste das caractersticas e, ou propriedades fsicas, uma vez que as qumicas

    (fertilidade), normalmente, podem ser facilmente modificadas somente comprticas de adubao e manejo.

    - 80% de composto orgnico

    - 20% de moinha de carvo (1 a 3 mm)

    - 33% de casca de pinus semi-decomposta e moda- 33% de humus

    - 34% de casca de arroz carbonizada

    Para mudas de propagao vegetativa:

    - 60 % de terra de subsolo peneirada- 40% de casca de arroz carbonizada

    - 60% de terra vegetal- 40% de areia m dia

    - 25% de casca de pinus sem i-decom posta e m oda- 25% de casca de arroz carbonizada- 25% de verm iculita fina- 24% de turfa ou hm us- 1% de solo verm elho

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    As caractersticas e, ou propriedades fsicas e qumicas dos substratos sovariveis em funo de sua origem, mtodo de produo/obteno, proporesde seus componentes, entre outras caractersticas. No Quadro 2, apresentada

    uma relao das caractersticas e, ou propriedades fsicas e qumicas de algunssubstratos para produo de mudas. Caso haja possibilidade, todo substratoutilizado no viveiro dever ter suas caractersticas e/ou propriedades fsicas equmicas analisadas, o que embasa melhor a formulao de misturas eadubaes.

    Estudos resultaram em uma escala de valores para interpretao das principaiscaractersticas e/ou propriedades fsicas e qumicas de substratos para

    produo de mudas florestais (Quadro 3). De maneira geral, estasrecomendaes tambm podem ser adotadas para a produo de mudas deplantas ornamentais.

    Recomenda-se a adio de nutrientes no substrato para promover o suprimentodos elementos necessrios, economizando-se tempo no processo de produodas mudas. Sua formulao e dosagem so variveis em funo do tipo desubstrato utilizado e da espcie a ser produzida; recomendada a realizao de

    uma anlise qumica do substrato, e caso haja necessidade de se proceder acorreo da acidez do substrato (pH < 5,0) e elevar o nvel de fertilidade pode-se consultar as tabelas de recomendao de adubao e calagem, elaboradaspor institutos de pesquisas, para a planta que se deseja produzir.

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    Q u a

    d r o

    2 .

    C a r a c

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    C E D = c a s c a d e e u c a

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    8 0 %

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    6 0 %

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    1.1.9 Parmetros de qualidade das mudasA classificao das mudas em termos de qualidade de fundamentalimportncia em virtude da melhor adaptao e crescimento daquelas commelhor padro de qualidade no plantio definitivo. Reconhecer uma muda de boaqualidade torna-se tambm prioritrio no caso da compra destas de terceiros.Os principais parmetros que indicam a boa qualidade de uma muda so:

    uniformidade de altura entre as mudas;

    rigidez da haste principal (dimetro de colo);

    nmero de folhas e/ou, tamanho de copa;

    aspecto visual vigoroso (sintomas de deficincia, tonalidade das folhas);ausncia de estiolamento;

    ausncia de pragas e doenas na folha, no caule e nas razes;

    ausncia de ervas daninhas no substrato;

    sistema radicular e parte area bem desenvolvida (raiz pivotante noenrolada e fixada no solo, fora do recipiente);

    relao parte area/sistema radicular.

    1.1.10 Pragas, doenas e ervas daninhas interessante realizar tratamentos preventivos como a desinfestao do solodo canteiro ou substrato a ser utilizado no preenchimento dos recipientes, a fimde evitar a ocorrncia de pragas, doenas e a competio por ervas daninhas.Para tanto, utiliza-se mtodos qumicos e/ou, mecnicos. Dentre os mtodosqumicos, cita-se a aplicao de herbicidas, fungicidas e inseticidas e, para osmecnicos, tm-se a catao manual, o revolvimento do solo, a aplicao degua quente, a exposio ao sol, a inundao, entre outros.

    Ressalta-se a grande importncia da escolha do local adequado para ainstalao do viveiro, o que evita ou diminui problemas relacionados compragas e doenas. O correto manejo dirio do viveiro tambm de fundamentalimportncia na reduo da ocorrncia de problemas, devendo-se evitarexcessos de irrigao, adubao e radiao direta logo aps a germinao.

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    Dentre as pragas mais comuns encontram-se a lagarta-rosca, formigacortadeira, grilos, besouros, cochonilhas, paquinhas, pulges e formigas.Contudo, no manejo adequado do viveiro, normalmente no se verifica muitos

    danos; entretanto, se o nvel de infestao for elevado, torna-se necessrio ocombate.

    As doenas que mais comumente ocorrem nos viveiros so: tombamento,podrido de razes, ferrugens e manchas foliares. Quando o nvel de danos semostrar significativo, torna-se necessrio o controle pela aplicao de fungicidas, utilizando-se dosagem de acordo com recomendaes dos fabricantes.

    Tanto em termos de pragas quanto de doenas, recomenda-se consultar umprofissional capacitado quando da sua ocorrncia, visando o adequado controle,caso haja necessidade.

    1.1.10.1 Tombamento ou Damping-off a doena mais comum em viveiros, causada por fungos que atacam o colodas mudas originadas de sementes no estdio inicial de germinao. umadoena que em poucos dias chega a causar a morte de todas as mudas e podeaparecer em qualquer poca do ano; sua intensidade depende dascaractersticas do substrato e das condies climticas (chuva, insolao).

    A infestao e proliferao favorecida pela grande densidade de mudas noscanteiros, pela utilizao de esterco no curtido no substrato, pelo excesso deumidade e pela compactao dos solos. O tombamento tambm pode serdisseminado de um canteiro para outro, por meio de ferramentas ou pelarepicagem das mudas.

    A adubao orgnica com esterco deve ser abandonada quando o mesmo noestiver bem curtido. Quando no houver substituto, curt-lo no mnimo 2 mesesantes da semeadura.

    O tombamento mais severo em viveiros que so excessivamente regados. Umlote de mudas saudveis pode apresentar um severo tombamento aps 1 ou 2dias de chuva. Uma boa medida, quando aparecem os primeiros casos detombamento, diminuir a rega.

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    Como medidas preventivas ao aparecimento do tombamento pode-serecomendar:

    a escolha adequada do local;a desinfestao do solo com fungicidas;tratamento da semente com produtos registrados para essa finalidade;seleo do substrato e material de cobertura.

    1.1.10.2 Podrido das razes

    um problema comum e, alm de danificar o sistema radicular, tambm responsvel pelo tombamento das mudas no seu estdio inicial de crescimento.

    O ataque ao sistema radicular manifesta-se atravs de clorose, atrofia e murchada parte area e, por vezes, morte da muda.

    1.1.10.3 Ferrugem fusiforme

    As folhas apresentam-se com aspecto ferruginoso, provocando um baixocrescimento ou morte das mudas.

    O combate pode ser feito por meio de pulverizaes com fungicidasencontrados nas lojas especializadas.

    1.1.10.4 Amarelecimento ou clorose

    So termos utilizados para descrever problemas de crescimento, que resultamno amarelecimento ou embranquecimento das folhagens. Todas as plantasverdes esto sujeitas a clorose, podendo causar reduo no crescimento oumortalidade das mudas. Os agentes mais comuns causadores de clorose so:

    falta ou excesso de nutrientes para as plantas;nveis txicos de produtos qumicos nas folhas ou no solo;

    presena de pragas sugadoras da seiva, deixando a muda clortica;

    fungos, bactrias e nematides que causam danos s razes, provocandoclorose na parte area;

    a falta ou excesso de umidade; a alta ou a baixa temperatura do solo ou

    do ar podem causar clorose.

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    1.1.11 Transporte das mudas para o plantio ou vendaNo transporte as mudas devem ser protegidas por lonas ou outro tipo decobertura, de forma a evitar danos pelo vento, chuva e calor.

    Por ocasio do plantio, havendo a necessidade de estocagem das mudas nocampo por alguns dias, deve-se ter o cuidado de mant-las sempre irrigadas, fazer o controle das formigas e outros agentes nocivos.

    2. Produo de mudas

    A produo de mudas de espcies ornamentais, frutferas e arbreas em geralpode ser realizada pelos mtodos sexuado e assexuado. O primeiro refere-se produo de mudas por meio de sementes, e o segundo, por propagaovegetativa (partes da planta), tais como: estaquia, enxertia, mergulhia,encostia, diviso de rizomas, bulbos e touceiras. Atualmente, com o avano datecnologia, muitas espcies j podem ser propagadas por meio damicropropagao, que a propagao vegetativa das plantas, feita emlaboratrio sob condies controladas.

    2.1. Produo de mudas sexuadamenteO principal insumo para o processo sexuado de produo de mudas asemente. A boa qualidade das mudas depende da aquisio de sementes deprodutores idneos e credenciados junto aos rgos governamentaiscompetentes (MAPA, Secretarias de Agricultura etc.), para se obter garantia daqualidade das sementes. Com a dificuldade de se encontrar sementes dealgumas espcies no mercado, pode-se proceder a coleta dessas em plantasmatrizes previamente selecionadas, observando-se certos critrios de interessepara nosso objetivo (crescimento, formato da copa e tronco, produo desementes, flores e frutos etc.).

    Aps a obteno das sementes, estas devem ser armazenadas num lugaradequado, conforme indicao do produtor, o que permitir manter seu podergerminativo por mais tempo. Sementes que facilmente perdem seu podergerminativo devem ser semeadas logo aps a coleta e/ou compra.

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    de sementes pode ser feita em canteiros para posterior repicagem, em canteirospara plantio com raiz nua e em recipientes por meio de semeadura direta.

    2.1.2 Semeadura em canteirosExistem duas variantes do processo de semeadura em canteiros, ou seja, asemeadura em canteiros para plantio de mudas com raiz nua e a semeadura emcanteiros para posterior repicagem em embalagens individuais.

    A semeadura em canteiros para plantio de mudas com raiz nua feitadiretamente na terra e as mudas permanecem nos canteiros at o plantiodefinitivo. de fcil mecanizao, pois no so utilizadas embalagens. Asmudas assim produzidas podero ter custo menor, pois sero eliminadasdiversas operaes que demandam mo-de-obra para enchimento deembalagens, encanteiramento etc.

    Na prtica, recomenda-se que a profundidade de semeadura no ultrapasseduas vezes o dimetro da semente. Aps o semeio, recomendada a colocaode uma proteo sobre o canteiro (serragem, capim, sombrite etc.), o queproteger as sementes. Para o caso de sementes achatadas ou muitopequenas, recomenda-se o peneiramento de uma fina camada de substrato ouvermiculita sobre as sementes. A colocao de um sombrite recomendadapara evitar a exposio das mudas ao excesso de insolao.

    Recomenda-se a semeadura em canteiros para posterior repicagem emembalagens individuais quando se desconhece a capacidade de germinao daespcie, as sementes apresentam dormncia e no se conhece o mtodo mais

    adequado para sua quebra, as sementes forem muito pequenas (ex.:quaresmeira) ou muito grandes (ex.: abacate) para o caso de produo emrecipientes pequenos, as sementes apresentarem baixo poder germinativo.

    2.1.3 Semeadura direta nos recipientes

    Este processo usado, principalmente, para sementes que apresentam

    germinao rpida e uniforme, ou para espcies que no toleram a repicagem.As vantagens desse mtodo so: eliminao da necessidade de confeco dos

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    canteiros sombreamento para as mudas recm-repicadas; reduo do prazopara produo das mudas; formao de mudas mais vigorosas; diminuio dasperdas por doenas e produo de mudas com sistema radicular de melhor

    qualidade.

    Nesse processo tambm recomendada a proteo das sementes comcobertura morta (serragem, capim etc.) e sombrite para evitar a exposio dasmudas ao excesso de insolao, aos impactos das gotas de chuva,principalmente nos primeiros dias aps a germinao.

    2.1.4. Desbaste, repicagem, irrigao e danaEm torno de 30 a 50 dias aps a emergncia (varivel em funo da espcie,da poca do ano e condies de manejo), quando as mudas atingirem em tornode 5 a 10 cm de altura realiza-se um desbaste, por meio do arrancamento oucorte, deixando-se somente uma muda por recipiente. No caso de semeaduraem canteiros, um espaamento adequado entre as mudas deve ser mantido,distribuindo-as de forma uniforme pelo canteiro.

    A repicagem o processo de seleo e transferncia das mudas da embalagemou sementeira para os sacos plsticos, tubetes ou canteiros. Deve ser feitapreferencialmente em dias nublados ou chuvosos, evitando-se realiz-la nashoras mais quentes dos dias ensolarados, devido a fragilidade das mudas temperaturas elevadas. Previamente repicagem deve-se tomar o cuidado demolhar bem o substrato das mudas a serem transplantadas. As mudasrepicadas devem ter sua rea foliar e o sistema radicular reduzido, comotambm devero ser protegidas do excesso de insolao com sombrite de 50%

    por, pelo menos, sete dias ou at o seu pegamento.

    A irrigao um dos fatores de maior importncia do viveiro. O excesso e a falta dgua podem comprometer qualquer uma das fases de formao dasmudas. Normalmente, duas vezes ao dia (no incio da manh e no final datarde), podendo esse nmero ser maior em dias mais quentes e ensolarados. Airrigao em excesso pode lixiviar os nutrientes solveis (especialmente o N eK), reduzir a aerao, favorecer a ocorrncia de doenas, dificultar o

    desenvolvimento das razes, tornar as mudas suculentas e pouco resistentes seca e, finalmente, resulta no gasto desnecessrio de gua.

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    A escolha do equipamento adequado associa-se ao manejo do sistema comoum todo, onde devem ser considerados, dentre outros fatores, o tipo desubstrato e recipientes utilizados pelo produtor, a espcie escolhida para a

    produo de mudas, a fase em que a muda se encontra (germinao, incluindorepicagem, crescimento ou rustificao), a poca do ano em que se estproduzindo e a regio onde est instalado o viveiro (temperatura e regime dechuvas). Assim, em regies de calor intenso, normalmente, a exigncia dasmudas por gua em qualquer fase de desenvolvimento maior que em regiesde clima mais frio. Por outro lado, alguns tipos de substratos, por terem menorcapacidade de reteno de gua, exigem que se aplique mais gua a cadairrigao, ou que se aumente a freqncia da mesma.

    importante ressaltar que para cada etapa de formao das mudas, e paradiferentes tipos de recipientes, existem diferentes sistemas de irrigao, combicos de diferentes vazes, presso de trabalho e rea de recobrimento.Existem no mercado empresas especializadas que prestam assessoria e ajudamo produtor a determinar o melhor equipamento para o seu sistema de produo.

    A dana das mudas consiste na mudana de lugar para evitar que as razes

    penetrem no solo, no caso de mudas produzidas em recipientes em contatocom o solo.

    2.1.5 Rustificao, seleo e podas de formao

    Antes de serem plantadas no local definitivo, as mudas devem sofrer umprocesso de rustificao que consiste em induzir uma maior resistncia das

    mudas aos fatores ambientais adversos do campo, tais como: secas, elevadainsolao, baixa fertilidade do solo, etc. Pode ser realizado de diversasmaneiras, entre as quais a mais recomendada a diminuio na irrigao, acolocao das mudas em pleno sol e a reduo ou mesmo suspenso daadubao.

    Antes de serem encaminhadas para o plantio definitivo, deve haver umprocesso de seleo. Os principais critrios adotados para esta seleo noviveiro ou mesmo na compra de mudas de terceiros variam de acordo com aespcie utilizada e a finalidade a que se destina a muda (arborizao urbana,plantio de pomar, jardim, floresta etc.). Caractersticas como um sistema

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    radicular bem desenvolvido e agregado ao substrato, rigidez da haste, nmerode pares de folhas, aspecto nutricional (sem sintomas de deficincia) e boasanidade (ausncia de pragas e doenas) so essenciais para todas as

    espcies.

    As podas de formao so necessrias para mudas destinadas a formao depomares frutferos, arborizao, reflorestamentos etc. Nas mudas frutferas, apoda deve seguir os padres de cada espcie, definidos em normas tcnicaspara conduo da cultura; para o caso de mudas destinadas arborizaourbana, necessita-se realizar podas de conduo que visem a formao de umamuda retilnea com a copa de, pelo menos 1,8 m acima do solo.

    2.2 Tratamentos com fitoreguladores de enraizamento(hormnios)

    O tratamento com hormnios um mtodo eficiente para obteno de razesem estacas, principalmente em plantas de difcil enraizamento, aumentando avelocidade de formao de razes, o nmero e a qualidade das razes formadas,bem como a uniformidade de enraizamento.

    Dentre os hormnios mais comumente usados no processo de enraizamento deestacas est o cido indolbutrico (AIB). A concentrao utilizada varia deacordo com a espcie, com variaes de 20 a 10.000 mg L-1 (miligramas porlitro, antigo ppm - partes por milho), sendo as maiores concentraesutilizadas para estacas mais lenhosas, de enraizamento mais difcil. A aplicaodo hormnio pode ser feita na forma de p, misturado com talco ou na forma

    lquida, dissolvido em lcool etlico a 95%, acrescentando-se ainda gua paracompletar a concentrao desejada.

    Para a preparao de um litro de hormnio pronto na concentrao de 100 mgL-1, tomam-se 100 miligramas (mg) do hormnio e se dissolve em 10 mililitros(ml) de lcool etlico a 95% e, em seguida, junta-se gua at completar 1 litro.

    Para a aplicao da soluo de hormnio deve-se mergulhar cerca de 2,5 cm da

    base das estacas na soluo, por um perodo que varia de alguns segundos(estacas herbceas) a alguns minutos (estacas lenhosas), possibilitando a

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    penetrao do hormnio.

    Existem no mercado hormnios enraizadores prontos para o uso, em

    concentraes pr-definidas, na forma de cidos ou sais em p, como:Hormex , Rootone , Hormodin , Seradix etc.

    Assim que as estacas estiverem preparadas, devem ser tratadas com hormniose, logo em seguida, colocadas nos recipientes ou canteiros de enraizamento.

    2.3 Propagao vegetativa

    A propagao vegetativa, assexuada, ou clonagem, consiste na produo demudas ou novas plantas a partir de partes ou rgos vegetativos da planta(ramos, gemas, estacas, folhas, razes e outros), sendo denominada dereproduo assexuada. uma antiga tcnica, capaz de reproduzir as plantasselecionadas, usada na floricultura, horticultura, fruticultura e na silvicultura. Arazo principal para se empregar essa tcnica que permite obter indivduoscom as mesmas caractersticas da planta-me (florescimento, crescimento,

    forma, produo etc.). Seu uso indicado no caso de plantas com dificuldadesou impossibilidade de produo de sementes, sementes com altos ndices depredao (pragas e/ou doenas), sementes com baixo poder germinativo,plantas com alto valor gentico e para reduo do porte e tempo para aproduo de sementes em matrizes de espcies arbreas.

    Existem vrios mtodos para a propagao vegetativa de plantas, dentre osquais cita-se a estaquia, a microestaquia, a miniestaquia, a mergulhia, a

    enxertia, a separao por bulbos, a diviso de touceiras, rizomas e apropagao por meio de cultura de tecidos. A definio do mtodo varia deacordo com os objetivos da tcnica, da espcie envolvida, da poca do ano, dahabilidade do executor, do tipo e quantidade de material disponvel e dascondies ambientais entre outros fatores.

    2.3.1 EstaquiaA estaquia o processo de propagao no qual pores das hastes (caules,ramos), folhas ou razes so colocadas sob condies propcias ao enraizamento(leitos de enraizamento), dando origem a uma nova planta.

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    O tipo de estaca a ser usado varia de espcie para espcie e, s vezes, em funo da poca. Diversas plantas apresentam folhas com capacidade deoriginarem plantas completas, tais como: begnia, gloxnia, lngua-de-sogra,

    violeta africana, pepermia, sedum, camlia, ficus, etc.

    As estacas de razes so um tipo pouco comum, sendo as razes seccionadasaps a colheita, em pedaos de 5 a 15 cm de comprimento e enterradas nosubstrato a uma profundidade de 2,5 a 5 cm. A dificuldade do processo est nacoleta das razes e nos danos causados planta-me. A propagao vegetativapor estaca radicular pode ser feita em cerejeira, pessegueiro, goiabeira,caquizeiro, ip, manac, quiri, etc.

    As estacas caulinares podem ser herbceas, lenhosas ou semi-lenhosas, o quevaria em funo do local de coleta e do tipo de planta. Dentre os tipos de caule,o que possui maior capacidade de enraizamento o herbceo, e quanto maisherbcea e nova for a estaca maior ser sua capacidade de enraizamento.

    Em alguns casos, a poca do ano em que se procede a coleta das estacas degrande importncia sobre o enraizamento. Para as espcies de difcil

    enraizamento, a poca indicada para a coleta das estacas aquela que coincidecom o repouso vegetativo ou com a estao de crescimento (dependendo daespcie) j para as espcies de fcil enraizamento, as estacas podem sercolhidas em qualquer poca do ano.

    As estacas lenhosas so, normalmente, coletadas aps a queda das folhas, ouno incio da nova brotao, que compreende o perodo de menor atividademetablica da planta. Existem porm plantas lenhosas que so facilmente

    propagadas por estaquia em qualquer poca do ano, como por exemplo, ocrton, o hibisco e o ficus.

    Para realizar a estaquia, corta-se um ramo novo, de 7 a 15 cm de comprimento,retirando-se as folhas da metade inferior e cortando-se o restante das folhaspela metade. No caso de estacas lenhosas coletadas no perodo de repouso,todas as folhas so removidas. O corte da base dever ser feito em forma debisel (cunha), para facilitar o enraizamento. Aps a preparao da estaca,

    promove-se a estaquia em recipiente ou canteiro em local adequado.

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    A tcnica da miniestaquia uma variao da estaquia convencional. Consiste

    na utilizao de brotaes de plantas propagadas pelo mtodo de estaquiaconvencional como fontes de propgulos vegetativos. Numa seqnciaesquemtica desta tcnica, inicialmente, faz-se a poda do pice da brotao daestaca enraizada, e em intervalos variveis em funo da poca do ano, doclone/espcie, das condies nutricionais, entre outras, h emisso de novasbrotaes, que so coletadas e colocadas para enraizar.

    A coleta de miniestacas nas mudas podadas realizada de forma seletiva, em

    perodos a serem definidos conforme o vigor das brotaes, colhendo-se todasaquelas que se enquadram nos padres de miniestaca, ou seja, de 3 a 5 cm decomprimento, contendo de um a trs pares de folhas, recortadas pela metade.Aps serem coletadas, as miniestacas so acondicionadas em recipientes comgua, para que possam chegar ao local de enraizamento em perfeitas condiesde turgor.

    As miniestacas so colocadas para enraizamento em casa de vegetao com

    umidade relativa acima de 80 %, seguindo posteriormente para a casa desombra, para uma pr-adaptao s condies de menor umidade relativa e, finalmente transferidas para pleno sol para rustificao e posterior plantio. Osperodos de permanncia das miniestacas em casa de vegetao dependem dapoca do ano, do clone/espcie envolvido e do seu estado nutricional.

    2.3.2 Miniestaquia

    2.3.2.1 Medidas para aumentar o enraizamento em plantas

    Existem muitas variaes quanto capacidade de enraizamento e posterior formao de mudas entre as espcies de plantas. No geral, as plantasherbceas e arbustivas so mais fceis de enraizar do que as lenhosas (rvores frutferas, florestais e algumas ornamentais), embora existam excees.

    Para plantas de difcil enraizamento, de forma geral, pode-se lanar mo dealguns tratamentos para aumentar os ndices de enraizamento, ou seja:

    escolha da poca adequada: geralmente as plantas lenhosas apresentammaiores ndices de enraizamento na sada do inverno, ou seja, antes delanarem brotaes novas;

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    tratamentos na planta-me que vai fornecer as estacas a seremenraizadas. Ex.: adubaes e irrigaes adequadas, sombreamento,anelamento, toro etc.;

    coleta de estacas mais prximas base e ao tronco da planta quantopossvel;

    melhoria das condies de enraizamento: usar substrato poroso, mantera umidade relativa do ar acima de 80%, promover sombreamento,manter a temperatura entre 20 e 300C;

    aplicao de fitoreguladores para enraizamento;

    deixar de 1 a 3 pares de folhas recortadas ao meio nas estacas;diminuir ao mximo o tempo entre a coleta das estacas e sua colocaono substrato, bem como realizar seu transporte em caixas de isopor,panos ou embalagens umedecidas;

    enterrar, pelo menos, um entren (espao entre 2 ns consecutivos) nosubstrato;

    no usar estacas muito velhas e duras;

    fazer subcultivos (estaquia e enxertia consecutiva).

    Se aps estes tratamentos e cuidados os resultados forem insatisfatrios, deve-se utilizar outros mtodos de propagao.

    2.3.3 MergulhiaA mergulhia um processo de propagao vegetativa no qual um ramo postoa enraizar quando ainda faz parte da planta-me, sendo destacado destasomente aps o enraizamento. Por ser um processo rpido de propagao e por fornecer mudas enfolhadas, utilizado com bons resultados na obteno deplantas. Por ser um processo de baixo rendimento e necessitar de muita mo-de-obra, recomendado para a propagao de plantas de alto valor ouinteresse, difceis de propagar por outros mtodos.

    Como regra geral, recomenda-se a utilizao de ramos com menos de um ano

    para fazer a mergulhia. A poca indicada para a sua realizao o princpio daprimavera.

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    Na mergulhia area ou alporquia, com o objetivo de facilitar o enraizamento,so feitas incises, anelamentos, estrangulamentos ou tores no ramo a serpropagado. O ponto lesionado coberto com um substrato umedecido, que

    pode ser musgo, substrato orgnico ou qualquer outro formado pela mistura demateriais que proporcionem uma boa aerao, umidade e temperaturamoderada, envolto por tecidos ou plsticos.

    recomendada a realizao da mergulhia area em ramos de at um ano, noqual eliminam-se as brotaes laterais em cerca de 15-30 cm antes da gematerminal. A mergulhia deve ser feita na poca em que as plantas estejam emplena atividade de crescimento.

    No ponto lesionado pode-se aplicar fitoregulador de enraizamento. Cuidadoespecial deve ser tomado para manter uma boa umidade do substrato envoltono galho, por meio de irrigaes.

    O tempo necessrio para realizar a separao da planta-me do ramo que sofreumergulhia depende da espcie, sendo de aproximadamente dois a trs meses. Amelhor forma de determinar a poca de remoo do ramo que sofreu mergulhia

    observar a formao de razes atravs do plstico transparente utilizado paraenvolver o substrato.

    2.3.4 EnxertiaA enxertia obtida por meio da unio entre duas plantas (enxerto ou cavaleiro eporta-enxerto ou cavalo). O enxerto sempre representado por uma parte da plantaque se pretende multiplicar, ao passo que o porta-enxerto que recebe o enxerto e

    geralmente uma planta jovem, com boa taxa de crescimento, proveniente desementes ou de estacas, bastante rstica e resistente a pragas e doenas.

    A enxertia um mtodo muito empregado na propagao de plantas; noentanto, para se ter xito, torna-se necessrio respeitar alguns princpiosbsicos, tais como: utilizao de plantas da mesma famlia ou gnero; observara poca ideal de enxertia, varivel em funo da espcie e tipo de enxertoempregado; promover um contato ntimo entre as cascas vivas; utilizar fitilhopara promover o contato entre enxerto e porta-enxerto; o tipo de enxertia(varivel em funo da planta envolvida), a experincia e cuidados do operador.

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    Para fazer a ligadura da parte enxertada recomendvel usar uma fita depolietileno de 1,2 cm de largura, denomidada fitilho, que de fcil aquisio epraticidade de uso, alm de possuir as caractersticas de elasticidade e evitar o

    ressecamento da parte enxertada.

    Durante a enxertia deve-se cuidar para que os enxertos no ressequem,deixando-os em gua limpa ou panos midos. As operaes devem serefetuadas rapidamente, realizando-se um nico corte, evitando o acmulo deresduos na lmina. A amarrao deve ser realizada ao longo de todo ocomprimento de unio, certificando-se de que no haja deslocamento daspartes envolvidas. Em torno de 20 - 40 dias aps a enxertia, dependendo das

    condies locais e da espcie, retira-se o fitilho. Dever-se efetuar a poda dosramos do porta-enxerto para promover a dominncia apical no enxerto,deixando-se somente o broto do enxerto crescer.

    Vrios so os processos de enxertia, os quais podem ser agrupados em trsgrupos ou categorias distintas: borbulhia, garfagem e encostia.

    2.3.4.1 Borbulhia ou enxerto de gema

    o processo que consiste na justaposio de uma nica gema sobre um porta-enxerto enraizado. As borbulhas podem ser destacadas com um pouco delenho, tornando-as mais resistentes e a extrao mais simples.

    Recomenda-se que a enxertia por borbulhia seja realizada a uma altura de 5 a20 cm do nvel do colo do cavalo, de acordo com a espcie, podendo serrealizada tambm em qualquer ponto da planta. Uma condio essencial para se

    efetuar a borbulhia que o porta-enxerto esteja despredendo a casca.Normalmente, a borbulhia realizada em plantas jovens ou em ramos mais finos de plantas maiores (de 0,5 a 2,5 cm de dimetro, geralmente o dimetrode um lpis). Existem diversas modalidades de enxertia por borbulhia, sendo aborbulhia em T normal e em T invertido as principais.

    Na borbulhia em T normal corta-se o cavalo com o canivete bem afiado eesterilizado (lcool) no sentido transversal; depois no sentido perpendicular demodo a formar um T. O escudo ou gema retirado segurando-se o ramo emposio invertida. Segura-se o escudo pelo pecolo, levanta-se a casca com o

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    dorso da lmina e introduz-se a borbulha, cortando-se o excesso e,posteriormente, procede-se a amarrao.

    No T invertido procede-se de modo semelhante ao anterior, diferindo-se,principalmente, apenas na forma de colocao da borbulha, que invertida(Figura 1).

    2.3.4.2 Garfagem

    o processo que consiste em se soldar um pedao de ramo destacado (enxertoou garfo) sobre outro vegetal (porta-enxerto) de maneira a permitir a unio dos

    tecidos e o seu desenvolvimento. O garfo difere da borbulha por possuirnormalmente mais de uma gema.

    A poca normal da garfagem para as plantas de folhas caducas se d noperodo de repouso vegetativo (inverno) e nas folhas persistentes, dependendoda espcie, na primavera, vero e outono.

    Principalmente para espcies lenhosas, recomendada a colocao de um saco

    plstico amarrado com barbante na base do porta-enxerto, o que permite maiorumidade relativa do ar e temperatura at o pegamento do enxerto.

    Como na borbulhia, tambm existem diversos tipos de garfagem, sendo agarfagem em fenda cheia a mais comumente empregada. Essa consiste emdecepar o porta-enxerto a uma altura determinada do colo (em torno de 10 a20 cm) e, com um canivete, faz-se uma fenda de 2 a 4 cm, perpendicular aosentido do dimetro, justapondo o enxerto (com forma de cunha) com o cavalo,

    de forma que haja coincidncia dos dimetros ou que pelo menos um dos ladossejam coincidentes. Por fim, amarra-se com fitilho (Figura 2).

    A minigarfagem realizada com material mais jovem (enxerto e porta-enxerto).A proteo no ponto de unio do enxerto com o porta-enxerto realizada como uso de pequenos pedaos de canundinho de diferentes dimetros, sendo orestante das atividades de manuteno similares a enxertia comun. Asprincipais vantagens da minigarfagem em relao a enxertia convencionalreferem-se ao ganho de tempo no pegamento dos minienxertos, na menor reaocupada, principalmente se os mesmos forem realizados sobre porta-enxertosde mudas obtidas em tubetes.

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    Figura 1.Enxertia por borbulhia.

    Faz-se umcorte nocavalo emforma de"T"

    Retira-se a

    gem a daespcie que

    se querpropagar(enxerto)

    Acom oda-se a gem a,comcuidado, nocorte em"T" docavalo ...

    ... eam arram -sebem os doiscom a ajudade um fitilhode plstico,apertandobem agem a...

    ...fic a n d oa s s im a

    a m a rra o .

    15 - 30 diasaps, curva-se a pontado cavalo oucorta-seacim a do

    localenxertado,para que oenxertocresa reto.M antm -seapenas oenxertono cavalo

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    C o rta-se ora m o d o

    ca va lo em1 0 a 2 0 cm

    d e altu ra

    A b re-se

    u m a fe n d ade 2 a 4

    cm n ocav alo

    C om um a lm ina

    bem afiada,corta-se o ram oa ser enxertado

    em bisel,resultando no

    enxerto

    Encaixa-seo enxerto

    no cavalo,d e m o do acoin cid ir as

    cascas

    C o m umfitilho de

    p lstico ...

    .... fix a-sea s d u a s

    p artes , d em o d o q u e

    fiqu em bemu n id as

    E n vo lv e-se oen xe rto e oca va lo co mu m sa co d e

    p l s ticotran sp aren te.

    O s a co re tira d o

    q u a n d o oen x erto

    c o m e a r ab ro ta r.

    Figura 2.Enxertia por garfagem.

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    2.3.5 Micropropagao

    A micropropagao de espcimes vegetais consiste na multiplicao em grande

    escala, e em pequeno espao de tempo, de tecidos e/ou rgos vegetais emcondies asspticas e controladas, e pode ser dividida nas seguintes fases:Fase 0 Preparo da planta matriz; Fase 1- Introduo; Fase 2 Multiplicao;Fase 3 Alongamento; Fase 4 Enraizamento.

    Sua aplicabilidade, como a da estaquia, est baseada na teoria da totipotncia,a qual estabelece que qualquer parte do vegetal, por menor que seja, temcapacidade de regenerar a parte que lhe falta, desde que sejam fornecidas as

    condies adequadas para tal.

    Com base nesta teoria, portanto, pode-se inferir que qualquer espcie vegetaltem a capacidade de ser micropropagada a partir de qualquer parte da planta.Contudo, na prtica muitas espcies so difceis de se micropropagar e sochamadas de recalcitrantes.

    As respostas das plantas s tcnicas de micropropagao so variveis em

    funo da espcie, variedade e/ou cultivar, poca de coleta, tipo de explanteutilizado e condies de cultivo. Portanto, cabe ao tcnico descobrir qual apoca mais adequada para coleta dos explantes e as condies que devem seroferecidas para que venham a expressar seu potencial de regenerao de novasplantas.

    A tarefa exige experimentao intensa, at que se possa obter resultadossatisfatrios. Porm, uma vez estabelecida, permite o desenvolvimento de

    protocolos que tem por objetivo tornar a operao prtica e rotineira para umdado material.

    Portanto, um protocolo nada mais do que uma seqncia de etapas pr-determinadas que indicaro, passo a passo, quais os procedimentos maisadequados a serem aplicados para que de uma determinada espcie e/oucultivar obtenha-se um mximo aproveitamento do material vegetal disponvel.

    Dentre as diferentes tcnicas de cultivo in vitro , a micropropagao a partir departe de segmentos de rgos ou tecidos meiristemticos, com induo diretade gemas (organognese direta) e ou estmulo de gemas pr-existentes pela

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    quebra da dominncia apical , at hoje, a mais indicada comercialmente, pelo fato de permitir menor ocorrncia de variaes genticas em relao aoexplante original.

    A induo da multiplicao de explantes cultivados in vitro se d atravs dainterao entre o potencial inerente do explante utilizado e os fitorreguladores.

    Quando nesta multiplicao ocorre a formao direta de uma ou mais gemasesta chamada de organognese direta. E quando antes da formao de umanova gema ocorre a formao de calo esta chamada de organogse indireta.

    Num sistema comercial de micropropagao o objetivo a multiplicao o mais fiel possvel do material original (clonagem), a fim de que sejam mantidas ascaractersticas comerciais deste material. Assim, para a manuteno desta fidelidade importante que se evite a organognese indireta, pois a formaode calo pode dar origem a instabilidades genticas indesejveis que viro a semultiplicar durante o processo de micropropagao, vindo a produzir indivduoscom caractersticas diferentes do original (off types). Fato comum,principalmente, em indivduos com nvel de ploidia elevada como no caso doscultivares de banana.

    Portanto, a partir desta rpida e genrica introduo sobre o tema, serabordada a micropropagao com nfase nos mtodos de organognese direta,por sua maior aplicabilidade prtica.

    2.3.5.1 Etapas da Micropropagao

    a) Preparo das matrizes para coleta de explantes - Fase 0

    Nesta etapa, considerada a Fase 0 na micropropagao de plantas, o preparoadequado das matrizes determinar, em grande parte, o sucesso da aplicaoda tcnica.

    As matrizes que iro doar os explantes devem ser mantidas nas melhorescondies de limpeza e fertilidade possvel. Para tal, recomenda-se que sejamcultivadas em condies controladas, onde possam receber tratamento fitossanitrio, irrigao e nutrio mineral adequada. A parte area deve

    tambm, dentro do possvel, ser mantida seca para dominuir os problemas decontaminao exgena por microorganismos fitopatognicos ou no.

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    Os tratamentos fitossanitrios a serem adotados tm por objetivo manter osagentes microbianos externos, fitopatognicos ou no, nos nveis mais baixospossveis, enquanto os internos (endofticos) devem ser totalmente eliminados.

    Para tal, so utilizados agentes antimicrobianos de contato e sistmicos,respectivamente.

    Uma vez reduzida a carga exgena, e eliminada a carga endgena de agentesmicrobianos, as chances de estabelecimento dos explantes introduzidos nomeio de cultivo in vitro aps a desinfestao no laboratrio, aumentambastante.

    No caso de plantas de grande porte, onde seu cultivo direto sob condiescontroladas difcil, podem ser adotados mtodos intermedirios depropagao vegetativa antes da introduo do material in vitro . Estas tcnicastm por objetivo reduzir o porte do material a ser micropropagado para que estepossa vir a receber o devido tratamento nutricional e fitossanitrio.

    Para as espcies arbreas, a prtica normalmente adotada consiste em induzir aproduo de brotos rejuvenescidos atravs de podas drsticas da copa, os

    quais sero posteriormente enraizados ou atravs do resgate erejuvenescimento pela enxertia seriada. A primeira pode ser aplicada paraespcies que apresentam boa capacidade de brotao, e a segunda paraaquelas que no apresentam esta caracterstica.

    No caso de musceas de grande porte, como as bananeiras por exemplo, podeser utilizado a diviso de rizomas e seu plantio em vasos de grande volume,permitindo assim seu cultivo sob condies controladas.

    Quanto nutrio das matrizes, deve-se procurar formulaes que venham a favorecer o crescimento e vigor vegetativo, mantendo-se adequadas as relaesNPK de acordo com as caractersticas de cultivo de cada espcie e/ou cultivar.Uma planta adequadamente nutrida apresentar um melhor desempenhodurante as etapas da micropropagao, em funo de um melhor balanohormonal endgeno.

    b) Desinfestao e introduo dos explantes in vitro -Fase 1A desinfestao dos explantes deve levar em considerao as caractersticas

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    dos tecidos que os compem, a fim de adequar o tipo e a concentrao doagente desinfestante a ser utilizado e o tempo mais adequado em que oexplante dever permanecer sob tratamento. A escolha do mtodo

    normalmente se baseia em experincias prvias divulgadas atravs de literaturaou outros veculos de comunicao especializados. Contudo, os ajustes finaisdevem ser feitos de forma emprica para cada material e tcnica a ser adotada.

    O processo de desinfestao superficial no laboratrio tem por objetivo eliminarapenas a carga exgena de contaminantes, no tendo portanto efeito algumsobre contaminantes endofticos. Os agentes desinfestantes mais comumenteutilizados so o hipoclorito de sdio ou clcio, lcool etlico e o bicloreto de

    mercrio. No entanto, este ltimo deve ser utilizado somente quando os demaisno forem eficientes, em funo de seu alto grau de toxicidade e problemas dedescarte.

    Como mencionado anteriormente, os ajustes quanto concentrao dessesagentes desinfestantes podem variar em funo do tipo de explante e de seugrau de contaminao. Em geral, as solues mais comumente utilizadastrabalham com concentraes variando de 1 a 5 % de Cl ativo, que o

    elemento desinfestante no caso do hipoclorito, com lcool 70 %, e comsolues de at 500 mg L-1 no caso do bicloreto de mercrio.

    Quanto maior a concentrao do agente desinfestante, menor o temponecessrio para que ocorra a desinfestao. Em geral, varia de 10 a 20 minutosno caso do hipoclorito e bicloreto de mercrio e de apenas alguns minutos nocaso do lcool 70%, em funo de seu dano aos tecidos. Na prtica, muitasvezes so utilizadas combinaes desses agentes desinfestantes.

    Finalizado o processo de desinfestao, os explantes devem ser lavados, emabundncia, com gua destilada autoclavada, a fim de remover o excesso doagente desinfestante que poderia vir a prejudicar seu desenvolvimento. Estaetapa realizada dentro da cmara de fluxo laminar.

    Aps a lavagem, os explantes so transferidos para o meio de cultura deinduo, onde permanecero at que se inicie a emisso de novas gemas, o que

    pode se dar no escuro no caso de plantas com problemas de oxidao dostecidos. Neste estgio, normalmente s se utilizam fontes de citocininas emconcentraes moderadas (0,1 a 1 mg L-1, conforme a cultura), para estmulo

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    e) Enraizamento - Fase 4

    Inicialmente, a fase de enraizamento dos explantes era conduzida tambm invitro . Contudo, com o avano do manejo das condies ambientais em casa devegetao, mais prtico e econmico que este seja conduzido nestascondies.

    Para espcies que necessitam de fitoreguladores para o enraizamentoex vitro ,o mais utilizado o AIB, em concentraes que variam de 500 a 6000 ppm. I nvitro, esta concentrao bem inferior.

    No enraizamentoex vitro , primordial que a umidade relativa seja mantida emnveis acima de 85% para que no ocorra dessecamento dos explantes. Paraisso necessrio que a casa de vegetao seja dotada de sistema denebulizao.

    2.3.5.2 Preparo do meio de culturaO meio de cultura tem por objetivo fornecer ao explante todos os nutrientesminerais necessrios ao desenvolvimento de um vegetal normal, acrescido de

    sacarose, que a fonte de energia e esqueleto carbnico para o crescimentodas novas brotaes, diferentes fontes de vitaminas, para permitir umadequado equilbrio metablico, e fitorreguladores (Auxinas e Citocininas), queiro direcionar os explantes a produzir gemas, razes ou embries somticos.

    Para seu preparo, so utilizados sais minerais com alto grau de pureza (PA),encontrados facilmente no mercado nacional, assim como a fonte de sacarose.Entretanto, recomendvel que as fontes de auxinas, citocininas e de

    vitaminas sejam adquiridas de empresas idneas, em funo da melhorqualidade e confiabilidade destes produtos.

    Alm das fontes de nutrientes necessrias ao desenvolvimento dos explantes,na micropropagao comercial necessrio um substrato para seu suporte, a fim de que o explante no fique imerso na soluo nutritiva, o que causaria suamorte por falta de oxignio para as atividades metablicas. Para tal, utiliza-se,misturado ao meio de cultura, uma fonte de agente geleificante, que pode ser o

    Agar-Agar, extrado de algas marinhas, ou o Fitagel, sintetizado a partir demetablitos bacterianos.

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    O Fitagel um produto importado e de custo mais elevado do que o Agar-Agar.Contudo, a quantidade necessria para geleificao bem menor, e atransparncia obtida no meio de cultura maior. Em geral, a partir de fontes

    comerciais de agar-agar, so necessrios de 6 a 8 g L-1

    de meio de cultura,enquanto que para o Fitagel, apenas 2 g L-1.

    Embora para a maior parte das culturas comercialmente micropropagadas sejanecessrio a utilizao de um agente geleificante, outras como o abacaxipodem ser cultivadas em meio lquido sem agitao. Mas, para a grandemaioria, o cultivo em meio lquido exige a utilizao de mecanismos quepermitam sua aerao.

    2.3.5.3 Equipamentos e materiaisCom relao aos equipamentos utilizados na micropropagao, todos elespodem ser encontrados no mercado nacional. Para um laboratrio comercial sonecessrios os seguintes equipamentos:

    1 . Uma balana de preciso ou analtica (pelo menos trs casas aps avrgula): utilizada para a pesagem dos reagentes orgnicos emicronutrientes.

    2 . Uma balana digital comum (duas casas aps a vrgula): para pesagemgrosseira e de maior massa.

    3 . Um destilador com capacidade mnima de 5 litros/hora.

    4 . Um deionizador: para remoo do excesso de ons da gua destilada.

    5 . Dois agitadores/aquecedores magnticos: para dissoluo dos reagentes e

    preparo de solues estoque.6 . Uma chapa aquecedora ou fogareiro para cozimento e dissoluo do gar

    7 . Um potencimetro (pHmetro): para ajuste do pH do meio de cultura.

    8 . Uma geladeira com freezer: para armazenamento dos reagentes orgnicos edas solues do estoque.

    9 . Um autoclave: para esterilizao do meio de cultura e de outros materiaisnormalmente utilizados.

    10. Dois barriletes de PVC de 30 L cada: para armazenamento da guadestilada e da gua deionizada.

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    11. Uma estufa: para esterilizao do material que no pode ou no necessitaser autoclavado.

    12. Um recipiente grande (aprox. 10 L), preferencialmente de inox: para misturae preparo do meio de cultura.

    13. Um microscpio estereoscpio (aumento mnimo final de 40 x): para o casode isolamento de meristemas (orqudeas, por exemplo).

    14. Filtros estreis ou esterilizveis: para filtragem de compostostermodegradveis.

    15. Bomba de vcuo: para acoplamento aos filtros estreis.

    16. Uma cmara de fluxo laminar horizontal: para manipulao assptica domaterial.

    Alm dos equipamentos, um laboratrio comercial de micropropagaonecessita de provetas de 10, 100, 250, 500, 1000 e 2000 mL e Beckers de50, 100, 500, 1000, 2000 e 4000 mL. Tanto um como outro, recomenda-seque sejam de plstico para evitar acidentes e prejuzo financeiro. Alm destes,

    so necessrios bales volumtricos de 100, 500 e 1000 mL para preparo dassolues estoque.

    Para a introduo do material in vitro , podem ser utilizados tubos de ensaio de150 x 25 mm ou placas de petri. A quantidade necessria deve levar emconta o cronograma de produo a ser estabelecido, considerando para tal otempo de permanncia do material nesta fase. Os tubos podem ser tampadoscom tampas plsticas autoclavveis, tipo Belco, ou com bonecas de gase

    e algodo.

    Para as demais etapas da micropropagao, recomenda-se a utilizao de frascos de 250 mL, do tipo comida de beb (baby food jar) ou vidros demaionese, ambos reutilizveis. Diferentes tipos de tampa podem ser utilizadaspara estes recipientes, sendo recomendada aquela conhecida no mercado comotipo bioplanta, em funo da praticidade de manejo, transparncia e melhorcapacidade de troca de ar com o meio externo.

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    2.3.5.4 Estrutura FsicaCom relao estrutura fsica, o laboratrio deve ser dividido em trs reasbsicas:

    1 Sala de Preparo do meio de cultura e dos explantes

    Esta sala denominada de rea suja do laboratrio. Nela, so dispostos todosos equipamentos e reagentes necessrios ao preparo do meio de cultura e aopreparo e desinfestao dos explantes.

    2 Sala de Transferncia

    o local onde so dispostas as cmaras de fluxo laminar para realizao dainoculao e subcultivo do material j desinfestado. uma rea que deve sermantida em excelentes condies de limpeza. Em muitos laboratrioscomerciais o prprio ar ambiente insuflado atravs de filtros tipo Hepa, parareduzir ao mximo os nveis de contaminao.

    3 Sala de Crescimento

    um local com luz e temperatura controladas. O fotoperodo mantidonormalmente em 16 horas de luz e 8 de escuro, e a iluminao fornecidaatravs de lmpadas fluorescentes de 40 ou 110 W, do tipo luz do dia oubranca fria, em quantidade suficiente para fornecer de 1000 a 3000 lux,conforme a necessidade da cultura. A temperatura mantida ao redor de 250C 2 0C com auxlio de pelo menos 2 condicionadores de ar, controlados atravsde termostato.

    3. Referncias BibliogrficasALVARENGA, L. R.; CARVALHO, V. D. Uso de substncias promotoras deenraizamento de estacas frutferas.Informe Agropecurio, v. 9, n. 101, p. 47-55, 1983.

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    VAZ., R. L. Cultura de tecidos: potencial e aplicao. In: SIMPSIO NACIONALDE CULTURA DE TECIDOS VEGETAIS, 1., 1985, Braslia.Anais... Braslia:Embrapa-DDT, 1986. p. 9-10. (Embrapa-CNPH. Documentos, 1).

    WENDLING, I.; GATTO, A.; PAIVA, H. N.; GONCALVES, W.Planejamento einstalao de viveiros. Viosa: Aprenda Fcil, 2001. 120 p. (Coleo

    Jardinagem e Paisagismo, 1; Srie Produo de Mudas Ornamentais).

    WENDLING, I.; GATTO, A.Substratos, adubao e irrigao na produo demudas. Viosa: Aprenda Fcil, 2002. 166 p. (Coleo Jardinagem ePaisagismo, 2; Srie Produo de Mudas Ornamentais).

    Anexo I - Glossrio de termos tcnicos

    Auxinas indutores de raiz (AIA - cido indolil-actico, AIB - cido Indolbutrico, NA - cido naftaleno actico, 2, 4 - D (diclorofenoxiactico); Picloram,Dicamba, etc.Calo massa amorfa (sem forma) de clulas no diferenciadasCitocininas indutores de gemas (BAP-Benzil amino purina ou BA- Benziladenina, Cinetina, Zeatina, 2IP 2 isopentil adenina, TDZ Thiadzuron) Ex vitro fora do vidro

    Explante segmento vegetal utilizado para incio da micropropagaoFitorreguladores Reguladores de crescimento vegetalGiberilinas- promovem o alongamento das gemas (GA3 cido giberlico) In vitro dentro do vidroOrganognese gerao de rgosPloidia tamanho do genomaRecalcitrantes que apresentam alguma dificuldade inerenteSubcultivo Processo de transferncia dos explantes de um meio de culturavelho para um novo.

  • 8/6/2019 curso viveiro doc79

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    48 Curso intensivo de viveiros e produo de mudas

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