90
Requerente CURTUMES BOAVENTURA, LDA. Concelho / Freguesia /Local Santarém/ União das Freguesias de Alcanena e Vila Moreira / Ponte da Pedra Referencia do documento 18.CBO.A.LIC.SIR.01 REGIME DE ALTERAÇÕES DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL [ao abrigo do n.º 1 do artigo 39º do decreto-lei n.º 73/2015, de 11 de maio] PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PROCEDIMENTO COM VISTORIA PRÉVIA TIPOLOGIA DO ESTABELECIMENTO TIPO 1 CONCELHO FREGUESIA LOCAL SANTARÉM UNIÃO DAS FREGUESIAS DE ALCANENA E VILA MOREIRA PONTE DA PEDRA Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE – Rev 3) 15111 - Curtimenta e acabamento de peles sem pelo Torres Novas, junho de 2018 Travessa das Arroteias, n.º 62 Parceiros de São João 2350-214 Parceiros de Igreja Telf: +351 249 835 190 Telm: +351 917 882 462 [email protected] www.ambialca.pt

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Requerente

CURTUMES BOAVENTURA, LDA.

Concelho / Freguesia /Local

Santarém/ União das Freguesias de Alcanena e Vila

Moreira / Ponte da Pedra

Referencia do documento

18.CBO.A.LIC.SIR.01 REGIME DE ALTERAÇÕES DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL

[ao abrigo do n.º 1 do artigo 39º do decreto-lei n.º 73/2015, de 11 de

maio]

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

PROCEDIMENTO COM VISTORIA PRÉVIA

TIPOLOGIA DO ESTABELECIMENTO

TIPO 1

CONCELHO FREGUESIA LOCAL

SANTARÉM UNIÃO DAS FREGUESIAS DE

ALCANENA E VILA MOREIRA PONTE DA PEDRA

Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE – Rev 3)

15111 - Curtimenta e acabamento de peles sem pelo

Torres Novas, junho de 2018

Travessa das Arroteias, n.º 62

Parceiros de São João

2350-214 Parceiros de Igreja

Telf: +351 249 835 190

Telm: +351 917 882 462

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ÍNDICE

1 Folha de identificação da empresa que elaborou o processo ..................................................... 13

1.1 Identificação ........................................................................................................................ 13

1.2 Identificação dos técnicos Intervenientes ........................................................................... 13

2 Identificação dos Intervenientes .................................................................................................. 13

2.1 Identificação do Industrial ................................................................................................... 13

2.1.1 Identificação da Organização ..................................................................................................... 13

2.1.2 Identificação do Estabelecimento .............................................................................................. 14

2.2 Identificação do Representante do Industrial ..................................................................... 14

2.3 Identificação dos Responsável Técnico ............................................................................... 14

2.4 Identificação do Responsável Técnico de OGR ................................................................... 14

3 Objetivo e âmbito da memória descritiva .................................................................................... 15

4 Enquadramento da tipologia do estabelecimento industrial no âmbito do SIR .......................... 16

4.1 Introdução ............................................................................................................................ 16

4.2 Exploração de uma das atividades descritas na alínea e) do ponto 2 do artigo 11º

do SIR ............................................................................................................................. 16

4.3 Classificação do estabelecimento Industrial ....................................................................... 16

5 Descrição das Alterações ............................................................................................................. 16

5.1 Introdução ............................................................................................................................ 16

5.1.1 Metodologia de abordagem ....................................................................................................... 17

5.2 Instalação de novos equipamentos ..................................................................................... 17

5.2.1 Novos foulons ............................................................................................................................ 17

5.2.2 Ribeira ........................................................................................................................................ 17

5.2.3 Curtimenta ................................................................................................................................. 18

5.2.4 Remolho ..................................................................................................................................... 18

5.2.5 Novo equipamento de descarna ................................................................................................ 19

5.2.6 Tapete rolante de encaminhamento dos couros ....................................................................... 19

5.2.7 Máquinas de rebaixar ................................................................................................................ 19

5.2.8 Máquina de dividir ..................................................................................................................... 19

5.2.9 Depósitos e tanque de armazenagem de água de abastecimneto............................................ 19

5.3 Requalificação de espaços .................................................................................................. 20

5.3.1 Requalificação do telheiro do parque de resíduos e armazém de produtos químicos .............. 20

5.3.2 Requalificação da sala de refeições .......................................................................................... 20

5.3.3 Reformulação do escritório de produção ................................................................................... 20

5.3.4 Novo armazém de produtos químicos ....................................................................................... 20

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5.3.5 Passadiço ................................................................................................................................... 20

5.3.6 Reformulação do tanque de sulfuretos ..................................................................................... 20

5.4 Alterações da área edificada ............................................................................................... 21

5.5 Quantificação das Alterações .............................................................................................. 21

5.5.1 Verificação aumento da capacidade produtiva e área edificada ............................................... 21

6 Identificação da modalidade do regime de alterações ................................................................ 21

6.1 Introdução ............................................................................................................................ 21

6.2 Ponto 1 do artigo 39.º do DL nº 73/2015, de 11 de maio .................................................. 22

6.3 Ponto 3 do artigo 39.º do dl nº 73/2015 de 11 de maio .................................................... 22

6.4 Ponto 4 do artigo 39.º do dl nº 73/2015 de 11 de maio .................................................... 23

6.5 Conclusão ............................................................................................................................ 23

7 Localização do Estabelecimento Industrial ................................................................................. 24

7.1 Localização .......................................................................................................................... 24

7.1.1 Localização a nível nacional e regional ...................................................................................... 24

7.1.2 Localização a nível local............................................................................................................. 24

7.1.3 Ortofotomapa ............................................................................................................................. 25

7.2 Coordenadas do Estabelecimento ....................................................................................... 26

7.3 Confrontações do Estabelecimento ..................................................................................... 26

7.4 Área Poligonal do Estabelecimento ..................................................................................... 27

7.5 Identificação das áreas do estabelecimento ....................................................................... 27

7.5.1 Espaços e Edificações/ Parâmetros Urbanísticos...................................................................... 27

7.5.2 Área total de implantação e de construção do estabelecimento ............................................... 27

7.5.3 Áreas do estabelecimento ......................................................................................................... 28

7.6 Usos do solo e análise de condicionantes ........................................................................... 28

7.7 Licença de exploração industrial ......................................................................................... 28

8 Caracterização das Atividades Desenvolvidas no Estabelecimento Industrial ............................ 28

8.1 Introdução ............................................................................................................................ 28

8.2 Classificação de Actividades Económicas ........................................................................... 29

8.3 Capacidade produtiva a instalar .......................................................................................... 29

8.4 Caracterização da Matéria-Prima ........................................................................................ 29

8.5 Caracterização do Produto Final .......................................................................................... 29

8.6 Processo fabril ..................................................................................................................... 29

8.6.1 Diagrama do Processo ............................................................................................................... 29

8.6.2 Convenções ................................................................................................................................ 30

8.6.3 Diagramas de fluxo dos processos ............................................................................................ 30

8.6.4 Descrição da instalação de curtimenta de peles ....................................................................... 30

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8.6.5 Introdução .................................................................................................................................. 30

8.6.6 Duração temporal das operações .............................................................................................. 30

8.6.7 Receção de matéria-prima ......................................................................................................... 31

8.6.8 Peles verdes ............................................................................................................................... 31

8.6.9 Fase da ribeira ........................................................................................................................... 32

8.6.9.1 Molho ......................................................................................................................................... 32

8.6.9.2 Caleiro ....................................................................................................................................... 33

8.6.10 Operações complementares .................................................................................................... 34

8.6.10.1 Transporte de peles em tripa................................................................................................. 34

8.6.11 Divisão de crutes de tripa ........................................................................................................ 37

8.6.12 Fase de curtimenta .................................................................................................................. 38

8.6.12.1 Introdução ............................................................................................................................... 38

8.6.12.2 Desencalagem ........................................................................................................................ 38

8.6.12.3 Purga ....................................................................................................................................... 38

8.6.12.4 Piquelagem ............................................................................................................................. 39

8.6.12.5 Curtume .................................................................................................................................. 39

8.6.13 Escorrimento ............................................................................................................................ 40

8.6.14 Rebaixamento .......................................................................................................................... 40

8.6.15 Remolho................................................................................................................................... 40

8.7 Matérias-primas, Subsidiárias, Auxiliares e residuos utilizados .......................................... 41

8.7.1 Processo de curtimenta de peles ............................................................................................... 41

8.7.2 Matérias-primas e subsidiárias utilizadas .................................................................................. 41

8.7.3 Matérias Auxiliar a utilizar .......................................................................................................... 42

8.7.4 Resíduos Utilizados .................................................................................................................... 43

8.7.5 Produtos intermédios, subprodutos e finais .............................................................................. 43

8.7.5.1 Produtos finais fabricados ....................................................................................................... 43

8.7.6 Produtos intermédios fabricados ............................................................................................... 43

8.7.7 Subprodutos Gerados ................................................................................................................ 43

8.7.8 Resíduos Gerados ...................................................................................................................... 44

8.7.8.1 Identificação dos resíduos produzidos .................................................................................... 44

8.7.8.2 Identificação dos parques de resíduos ................................................................................... 45

8.8 Balanços de massas dos processos .................................................................................... 46

8.8.1 Instalação de curtimenta de peles ............................................................................................. 46

8.9 Capacidade Instalada .......................................................................................................... 47

8.9.1 Cálculo da capacidade instalada ............................................................................................... 47

8.9.2 Fluxograma de balanço de massas ........................................................................................... 49

8.10 TIPOS DE COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS/PRODUZIDOS ....................................................... 50

8.10.1 Combustíveis Utilizados ........................................................................................................... 50

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8.10.2 Armazenados na unidade ........................................................................................................ 50

8.10.3 Proveniência externa ............................................................................................................... 51

8.10.4 Utilização ................................................................................................................................. 51

8.10.5 Combustíveis Produzidos ......................................................................................................... 51

8.11 CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADES AUXILIARES ................................................................. 51

8.11.1 Produção de Vapor e produção de água quente ..................................................................... 51

8.11.2 Origem e Utilização .................................................................................................................. 51

8.11.3 Características dos equipamentos .......................................................................................... 52

8.11.4 Produção de Ar Comprimido .................................................................................................... 53

8.11.5 Origem e Utilização .................................................................................................................. 54

8.11.6 Características do equipamento .............................................................................................. 54

8.11.7 Produção de Frio ...................................................................................................................... 55

8.12 Listagem das máquinas e equipamentos ......................................................................... 55

8.13 Regime de laboração e indicação do número de trabalhadores por género, e por

atividade fabril ............................................................................................................... 55

8.13.1 Regime de laboração ............................................................................................................... 55

8.13.2 Identificação de Períodos de Paragem .................................................................................... 55

8.13.3 Número de trabalhadores ........................................................................................................ 55

8.14 Descrição das instalações de carácter social ................................................................... 56

8.14.1 Requisitos das instalações sanitárias – área de produção ..................................................... 56

8.14.2 Requisitos dos balneários – área de produção ....................................................................... 56

8.14.3 Descrição das instalações sanitárias, vestiários, balneários e sala de refeições ................... 57

8.14.4 Sala de refeições ..................................................................................................................... 58

8.14.5 Planos de higienização e desinfeção das instalações ............................................................. 58

8.15 Primeiros Socorros............................................................................................................. 58

8.16 Produção de Águas Quentes Sanitárias ............................................................................ 59

9 Segurança e Saúde no Trabalho .................................................................................................. 59

9.1 Serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho .......................................................... 59

9.1.1 Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho ........................................................................... 59

9.1.2 Plano de exames de vigilância da saúde ................................................................................... 59

9.2 Ações para a prevenção de riscos ....................................................................................... 60

9.3 Plano de avaliação de riscos ............................................................................................... 60

9.4 Dimensão do Local de Trabalho .......................................................................................... 60

9.5 Estudo de identificação de perigos e avaliação de riscos para a segurança, higiene

e saúde no trabalho ....................................................................................................... 61

9.5.1 Identificação das fontes de perigo internas ............................................................................... 61

9.5.2 Agentes Químicos ...................................................................................................................... 61

9.5.3 Agentes físicos ........................................................................................................................... 61

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9.5.3.1 Introdução ................................................................................................................................. 61

9.5.3.2 Ruido ......................................................................................................................................... 61

9.5.3.3 Iluminância ................................................................................................................................ 62

9.5.3.4 Vibrações ................................................................................................................................... 62

9.5.3.5 Radiações .................................................................................................................................. 62

9.5.3.6 Ambiente térmico...................................................................................................................... 62

9.5.4 Agentes mecânicos .................................................................................................................... 62

9.5.5 Agentes biológicos ..................................................................................................................... 62

9.5.6 Fontes de perigos de incêndio e de explosão inerentes aos equipamentos ou de

produtos armazenados, utilizados ou fabricados, nomeadamente os inflamáveis, os tóxicos ou

outros perigosos .................................................................................................................................. 63

9.5.6.1 A nível de incêndio .................................................................................................................... 63

9.5.6.2 A nível de explosão ................................................................................................................... 63

9.5.7 A escolha de tecnologias que permitam evitar ou reduzir os riscos decorrentes da

utilização de equipamentos ou produtos perigosos ............................................................................ 63

9.5.8 Equipamentos ............................................................................................................................ 63

9.5.9 Matéria-prima, semi-acabado, subprodutos e produto acabado ............................................... 64

9.5.10 Veículos de transporte mecânico de carga .............................................................................. 64

9.5.11 Produtos perigosos .................................................................................................................. 64

9.5.12 As condições de armazenagem, movimentação e utilização de produtos inflamáveis,

tóxicos ou outros perigosos ................................................................................................................. 64

9.5.13 Condições de armazenagem ................................................................................................... 64

9.5.13.1 Matéria-prima /Mercadorias/Produtos acabados ............................................................... 64

9.5.14 Condições de movimentação ................................................................................................... 65

9.5.14.1 Matéria-prima /Mercadorias/Produtos acabados ............................................................... 65

9.5.15 Descrição das medidas e meios de prevenção de riscos profissionais e proteção de

trabalhadores ...................................................................................................................................... 65

9.5.16 Em matéria de segurança e higiene no trabalho ..................................................................... 66

9.5.17 Plano de manutenção (processo) ............................................................................................ 66

9.5.18 Medidas de organização do trabalho ...................................................................................... 66

9.5.18.1 Gestão dos tempos de exposição ......................................................................................... 66

9.5.18.2 Arrumação e limpeza dos locais de trabalho ........................................................................ 66

9.5.19 Instruções de segurança ......................................................................................................... 67

9.5.20 Medidas de formação e informação ........................................................................................ 67

9.5.21 Riscos de incêndio e explosão adotadas ................................................................................. 67

9.5.21.1 A nível do projeto .................................................................................................................... 67

9.5.21.2 Aquando da instalação, exploração e desativação .............................................................. 67

9.5.22 Sinalização de segurança ........................................................................................................ 68

9.5.23 Medidas de proteção individual ............................................................................................... 68

9.5.23.1 Identificação ........................................................................................................................... 68

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9.5.23.2 Plano de manutenção dos equipamentos de proteção individual ...................................... 68

9.5.24 Indicação das principais fontes de emissão de ruído e vibrações e das certificações e

sistemas de segurança das máquinas e equipamentos a instalar ..................................................... 69

9.5.25 Os meios de deteção e alarme das condições anormais de funcionamento suscetíveis

de criarem situações de risco .............................................................................................................. 69

9.6 Organização de emergência ................................................................................................ 69

9.6.1 Enquadramento ......................................................................................................................... 69

9.6.2 Medidas de autoproteção .......................................................................................................... 70

9.6.3 Ponto de situação ...................................................................................................................... 70

10 Proteção do Ambiente ............................................................................................................... 70

10.1 Água Abastecimento .......................................................................................................... 70

10.1.1 Origem da água utilizada/consumida e Caudais ..................................................................... 70

10.1.2 Usos/Sistema de Tratamento .................................................................................................. 71

10.1.3 Tratamento de águas ............................................................................................................... 72

10.1.4 Água Alimentação ao gerador de vapor e caldeira de água quente ........................................ 72

10.1.4.1 Sistema de Descalcificação ................................................................................................... 72

10.1.4.2 Acondicionamento da água descalcificada .......................................................................... 73

10.1.5 Água alimentação aos foulons ................................................................................................. 73

10.1.6 Reutilização ou Recirculação de Águas do processo ............................................................... 74

10.2 Águas Residuais ................................................................................................................ 74

10.2.1 Origem e Caudal ...................................................................................................................... 74

10.2.2 Ponto e Regime de Descarga................................................................................................... 74

10.2.3 Tratamento .............................................................................................................................. 74

10.2.4 Descrição do Sistema de Tratamento de Águas Residuais Industriais .................................... 75

10.2.5 Monitorização .......................................................................................................................... 76

10.2.6 Caracterização Qualitativa ....................................................................................................... 77

10.3 Efluentes Gasosos ............................................................................................................. 78

10.3.1 Origem dos efluentes ............................................................................................................... 78

10.3.2 Caracterização qualitativa e Quantitativa ................................................................................ 78

10.3.3 Dimensionamento das chaminés ............................................................................................ 79

10.3.4 Tomas de Amostragem ............................................................................................................ 79

10.3.5 Descrição das medidas destinadas à sua minimização e tratamento .................................... 79

10.4 Resíduos ............................................................................................................................ 79

10.4.1 Introdução ................................................................................................................................ 79

10.4.2 Caracterização qualitativa e Quantitativa ................................................................................ 79

10.4.3 Descrição das medidas internas destinadas à sua redução, valorização e eliminação .......... 80

10.4.4 Medidas de reutilização e valorização ..................................................................................... 80

10.4.5 Gestão dos resíduos produzidos .............................................................................................. 80

10.5 Ruído Ambiente ................................................................................................................. 80

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10.5.1 Enquadramento do Estabelecimento na Envolvente ............................................................... 80

10.5.2 Identificação das fontes de emissão de ruído ......................................................................... 80

10.5.3 Caracterização qualitativa e quantitativa do ruído para o exterior .......................................... 80

10.5.4 Medidas de prevenção e controlo ........................................................................................... 80

11 Tipos de energia utilizada e produzida no estabelecimento ..................................................... 81

11.1 Indicação dos tipos de energia utilizada explicitando o respetivo consumo

evidenciado a sua utilização racional ............................................................................ 81

11.2 Indicação dos tipos de energia produzida no estabelecimento ........................................ 81

12 Projeto Elétrico ........................................................................................................................... 81

12.1 Pedido de aprovação do projeto de eletricidade ............................................................... 81

12.2 Pedido de aprovação do projeto de produção de energia térmica ................................... 81

12.3 Aprovação do projeto de eletricidade ................................................................................ 82

13 Articulação com outros Regimes ............................................................................................... 82

13.1 Emissão de gases com efeito de estufa (CELE) ................................................................ 82

13.1.1 Referencial Legislativo ............................................................................................................. 82

13.1.2 Abrangência ............................................................................................................................. 82

13.2 Emissão de compostos orgânicos voláteis para o ambiente ............................................ 83

13.2.1 Referencial Legislativo ............................................................................................................. 83

13.2.2 Abrangência ............................................................................................................................. 83

13.3 Regime de prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera ............. 84

13.3.1 referencial legislativo ............................................................................................................... 84

13.3.2 Abragência ............................................................................................................................... 84

13.4 Regime de prevenção e controlo da poluição sonora ....................................................... 85

13.4.1 Referencial legislativo .............................................................................................................. 85

13.4.2 Abrangência ............................................................................................................................. 85

13.5 Recursos hídricos .............................................................................................................. 85

13.5.1 Referencial legislativo .............................................................................................................. 85

13.5.2 Abragência ............................................................................................................................... 85

13.6 Regime geral aplicável à prevenção, produção e gestão de resíduos .............................. 86

13.6.1 Enquadramento legislativo ...................................................................................................... 86

13.6.2 Abrangência ............................................................................................................................. 86

13.7 Segurança alimentar ......................................................................................................... 86

13.8 Regulamento de Instalação, de Funcionamento, de Reparação e de Alteração de

Equipamentos sob Pressão (ESP) .................................................................................. 87

13.8.1 Referencial Legislativo ............................................................................................................. 87

13.8.2 Requisitos de Referência ......................................................................................................... 87

13.8.3 Despachos – Instruções Técnicas Complementares ............................................................... 87

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14 Termo de responsabilidade ....................................................................................................... 88

15 Anexos ........................................................................................................................................ 89

16 Plantas ....................................................................................................................................... 90

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Localização a nível nacional e regional do estabelecimento. ---------------------------------------------------------- 24 Figura 2 – Localização a nível local do estabelecimento (fonte: googleEarth). ------------------------------------------------ 24 Figura 3 – Localização do estabelecimento_ Carta Militar 329. ---------------------------------------------------------------------- 25 Figura 4 – Vista aérea do estabelecimento (Fonte: http://bing.com/maps/). ------------------------------------------------- 25 Figura 5 - Vista geral a Oeste do estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------------- 26 Figura 6 - Vista geral a Norte do estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------------- 26 Figura 7 - Fluxograma de cálculo da capacidade instalada. ------------------------------------------------------------------------------ 49

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Descrição das alterações associadas à fase de ribeira. .................................................................. 17 Tabela 2 - Descrição das alterações associadas à fase de curtimenta. ........................................................... 18 Tabela 3 - Descrição das alterações associadas à fase de remolho. ............................................................... 18 Tabela 4 - Avaliação do aumento acumulado da capacidade produtiva. ......................................................... 21 Tabela 5 - Coordenadas de localização do estabelecimento. (Fonte: geomatica.no.sapo.pt/proj4js.html). .. 26 Tabela 6 - Área poligonal do estabelecimento de acordo com o sistema de referência PT -TM06/ETRS89. 27 Tabela 7 - Quadro sinótico áreas do estabelecimento. ...................................................................................... 27 Tabela 8 – Identificação das áreas construção e implantação do estabelecimento. ...................................... 27 Tabela 9 – Identificação das áreas associadas aos edifícios/infraestruturas. ................................................ 28 Tabela 10 - CAE’s (rev. 03) do estabelecimento. ............................................................................................... 29 Tabela 11 - Formatação do fluxograma. ............................................................................................................. 30 Tabela 12 - Identificação dos tempos médios e tempos reais por operação. .................................................. 30 Tabela 13 - Resíduos resultantes do processo. ................................................................................................. 33 Tabela 14 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo. ...................................................................... 34 Tabela 15 - Registo fotográfico do processo de descarna mecânica. .............................................................. 36 Tabela 16 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo. ...................................................................... 37 Tabela 17 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias-primas e matérias

subsidiárias. .......................................................................................................................................................... 41 Tabela 18 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias auxiliares. ................ 42 Tabela 19 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e produção de produto acabado. ................... 43 Tabela 20 - Identificação das condições de acondicionamento do produto acabado. .................................... 43 Tabela 21 - Subprodutos de origem animal gerados na instalação. ................................................................. 44 Tabela 22 - Identificação dos resíduos não perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada

anualmente. .......................................................................................................................................................... 44 Tabela 23 - Identificação dos resíduos perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada

anualmente. .......................................................................................................................................................... 44 Tabela 24 - Identificação dos parques de resíduos existentes na unidade. .................................................... 46 Tabela 25 – Descrição do processo de cálculo da capacidade instalada de acordo com as alterações

pretendidas. .......................................................................................................................................................... 48 Tabela 26 - Identificação do tipo, capacidade de armazenagem e consumo de combustíveis. ..................... 50 Tabela 27 - Descrição das condições de armazenagem dos combustíveis. .................................................... 51 Tabela 28 - Energia consumida de proveniência externa. ................................................................................. 51 Tabela 29 - Características técnicas do gerador de vapor................................................................................. 52 Tabela 30 - Características depósito diário de alimentação de fuelóleo. ......................................................... 53 Tabela 31 - Características técnicas da caldeira de produção de águas quentes. .......................................... 53 Tabela 32 - Características do depósito de condensados. ................................................................................ 53 Tabela 33 - Características técnicas dos reservatórios de ar comprimido. ...................................................... 54 Tabela 34 - Características técnicas do compressor afeto aos RAC01 e RAC03 ............................................. 54 Tabela 35 - Descrição do regime de laboração da unidade. ............................................................................. 55 Tabela 36 - Distribuição de tarefas por trabalhadores. ..................................................................................... 55 Tabela 37 - Pé direito dos locais de trabalho. .................................................................................................... 61 Tabela 38 - Dimensão dos locais de trabalho. ................................................................................................... 61 Tabela 39 - Identificação das origens e caudais de água consumidos. ........................................................... 70 Tabela 40 - Identificação das utilizações de água. ............................................................................................ 71 Tabela 41 - Características do equipamento de tratamento água. ................................................................... 73 Tabela 42 - Origem, local e o caudal de águas residuais estimado. ................................................................. 74 Tabela 43 - Caracterização do ponto e regime de descarga. ............................................................................ 74 Tabela 44 - Tipo de tratamento efetuada para as águas residuais geradas - Linhas de Tratamento. ........... 74 Tabela 45 - Programa de autocontrolo................................................................................................................ 77 Tabela 46 - Identificação do ponto de amostragem e respetivas coordenadas. ............................................. 77 Tabela 47 - Caracterização qualitativa das águas residuais antes e após tratamento. .................................. 77 Tabela 48 - Fontes de emissão para a atmosfera. ............................................................................................. 78 Tabela 49 - Limiares mássicos mínimos e respetivos valores medidos. .......................................................... 79 Tabela 50 - Energia utilizada. .............................................................................................................................. 81 Tabela 51 - Energia produzida. ............................................................................................................................ 81

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Tabela 52 - Avaliação da abrangência do estabelecimento no diploma CELE. ................................................ 82 Tabela 53 - Avaliação da abrangência. ............................................................................................................... 83 Tabela 54 – Avaliação da obrigatoriedade de realização de avaliação acústica. ............................................ 85 Tabela 55 – Identificação dos equipamentos sob pressão existentes na unidade e respetivas

características. ..................................................................................................................................................... 87 Tabela 56 - Identificação dos anexos da memória descritiva. .......................................................................... 89 Tabela 57 – Identificação das plantas em anexo à memória descritiva. ......................................................... 90

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1 FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA QUE ELABOROU O

PROCESSO

1.1 IDENTIFICAÇÃO

DESCRIÇÃO CONTEÚDO

Nome da Organização Ambialca – Engenharia do Ambiente, Unipessoal Lda

Morada Sede

Travessa das Arroteias, n.º 62

Parceiros de São João

2350 - 214 Parceiros de Igreja (Torres Novas)

Telefone/Fax 249 835 190/---

N.º Pessoa Coletiva 504 948 245

1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS TÉCNICOS INTERVENIENTES

NOME RESPONSABILIDADE E-MAIL

Paulo Cruz Coordenador Responsável E-mail: [email protected]

Cátia Carvalheira Ambiente, Segurança, Indústria e

Qualidade E-mail: [email protected]

2 IDENTIFICAÇÃO DOS INTERVENIENTES

1.3 IDENTIFICAÇÃO DO INDUSTRIAL

1.3.1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Denominação Social Curtumes Boaventura, Lda.

Morada da Sede social

Ponte da Pedra,

Apartado 27

2384-909

Freguesia União das Freguesias de Alcanena e Vila Moreira

Concelho/ Distrito Alcanena/ Santarém

Telefone/Fax +351 249 887 380/ +351 249 887 340

Fax + 351 249 887 389

E-mail [email protected]

N.º Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC) 501 122 850

Código acesso à certidão permanente de

registo comercial 0028-0177-0666

CAE Principal (Rev.3) 15111 - Curtimenta e acabamento de peles sem pelo

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1.3.2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Denominação Social Curtumes Boaventura, Lda.

Morada do Estabelecimento

Ponte da Pedra, Apartado 27

2384-909

Alcanena

Freguesia Alcanena

Concelho/ Distrito Alcanena/ Santarém

Telefone/Fax +351 249 887 380/ + 351 249 887 389

1.4 IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DO INDUSTRIAL

Nome Narciso Gonçalo Maximiano Ferreira

Função Gerente

N.º Identificação Civil 111 331 293

Morada Estrada do Alviela, Nº 835 - São Pedro

Apartado 27 | 2384-909 ALCANENA

Telefone +351 249 887 380/ +351 249 887 340

E-mail [email protected]

1.5 IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome Paulo Alexandre Vicente Cruz

E-mail [email protected]

Denominação Social da Empresa Ambialca – Engenharia do Ambiente, Unipessoal Lda

Morada Sede Travessa das Arroteias, n.º 62 - Parceiros de São João

2350-214 Parceiros de Igreja (Torres Novas)

Telefone 249 835 190

Fax ---

N.º Identificação Civil 10715181

1.6 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DE OGR

Não aplicável.

Nome ---

N.º Identificação Civil ---

E-mail ---

Denominação Social da Empresa ---

Morada Sede ---

Telefone ---

Fax ---

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3 OBJETIVO E ÂMBITO DA MEMÓRIA DESCRITIVA

O presente documento pretende apresentar as alterações efetuadas na instalação no que respeita aos

equipamentos com influência na capacidade instalada, alterações de outras tipologias de equipamentos e

alterações estruturais.

A atual memória descritiva parte da última memória descritiva, submetida no âmbito do processo n.º IAPMEI

DPR-DPLS N.º 3/ 5110, tendo como referência de equipamentos e processos descritos na referida memória

descritiva submetida a 20 de setembro de 2016.

Neste documento considerou-se complementarmente oportuno:

1. Enquadrar o estabelecimento na tipologia do estabelecimento industrial no âmbito do SIR, tendo

em conta que o processo é anterior à publicação do diploma do SIR;

2. Verificar o enquadramento das pretensões de alterações a realizar na instalação no artigo 39.º

(Modalidades do regime das alterações) do Decreto-Lei nº 73/2015, de 11 de maio que procede à

primeira alteração ao Sistema da Indústria Responsável (SIR), aprovado em anexo ao Decreto-Lei

n.º 169/2012, de 1 de agosto. De acordo com a definição descrita no Decreto-Lei nº 73/2015, de

11 de maio «Alteração de estabelecimento industrial» considera-se modificação ou a ampliação do

estabelecimento ou das respetivas instalações industriais face ao título de exploração da qual possa

resultar aumento dos riscos e inconvenientes para os bens referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo

1º.

3. Avaliar o aumento da capacidade produtiva existente e da área edificada do estabelecimento

industrial.

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4 ENQUADRAMENTO DA TIPOLOGIA DO ESTABELECIMENTO

INDUSTRIAL NO ÂMBITO DO SIR

1.7 INTRODUÇÃO

Neste capítulo pretende-se enquadrar o estabelecimento na tipologia de estabelecimento industrial conforme

descrito no artigo 11º do diploma do SIR.

1.8 EXPLORAÇÃO DE UMA DAS ATIVIDADES DESCRITAS NA ALÍNEA E) DO PONTO

2 DO ARTIGO 11º DO SIR

Na tabela seguinte verifica-se o enquadramento do estabelecimento nas atividades descritas na alínea e) do

ponto 2 do artigo 11º do diploma do SIR, nos termos da legislação aplicável.

ATIVIDADE ENQUADRAMENTO?

OBSERVAÇÕES SIM NÃO

Agroalimentar que utilize matéria-prima de origem

animal não transformada.

Atividade que envolva a manipulação de

subprodutos de origem animal.

NCV nº: RST 014, para as atividades de:

1. Manuseamento e Armazenagem de

Subprodutos Animais

2. Produção couros curtidos

Atividade de fabrico de alimentos para animais que

careça de atribuição de número de controlo

veterinário ou de número de identificação individual.

1.9 CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL

Nos pontos anteriores, verifica-se o enquadramento do estabelecimento na tipologia, tipo 1, através da

avaliação de abrangência na circunstância referida na alínea e), do ponto 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei nº

73/2015.

5 DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES

1.10 INTRODUÇÃO

Neste capítulo apresentam-se as alterações que o estabelecimento efetuou desde a última memória

descritiva submetida no âmbito do processo n.º IAPMEI DPR-DPLS N.º 3/ 5110, enviada a 20 de setembro

de 2016.

As alterações descritas neste capítulo encontram-se explanadas na planta de alterações em anexo á presente

memória descritiva.

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1.10.1 METODOLOGIA DE ABORDAGEM

As alterações descritas nos pontos seguintes tiveram como base o descrito na última memória descritiva

submetida relativa ao diploma SIR, conforme descrito no ponto anterior.

A instalação dará um maior enfase às capacidades associadas aos foulons associados á ribeira e curtume,

tendo em conta a importância dos primeiros no cálculo da capacidade produtiva associada ao processo, por

se tratar da etapa limitante do processo.

1.11 INSTALAÇÃO DE NOVOS EQUIPAMENTOS

1.11.1 NOVOS FOULONS

Com a finalidade de aumentar a sua capacidade produtiva e renovar equipamento existentes a empresa

pretende alterar as capacidades dos foulons associados ao processo, substituindo e adicionando novos

foulons aos existentes até à data.

Nos pontos seguintes encontram-se identificados os processos e equipamentos atualmente existentes no

estabelecimento e os que se pretendem implementar no âmbito das alterações pretendidas.

Nota: Procedeu-se à diferenciação das fases por cores por forma a facilitar a identificação de cada fase em

planta, pelo que a correspondência de cores será verde, azul, castanha e roxa para a ribeira, curtimenta com

adição de crómio, curtimenta sem adição de crómio e remolho respetivamente.

1.11.2 RIBEIRA

Na tabela seguinte encontram-se identificadas as alterações associadas à ribeira:

Tabela 1 - Descrição das alterações associadas à fase de ribeira.

Fase processo

Nº Foulon Antes Alteração

Capacidade Antes Alteração

Nº Foulon Após Alteração

Capacidade Após Alteração

Avaliação aumento

Ribeira 1 8 1 7 Ribeira 2 8 2 7 Ribeira 3 8 3 10 Ribeira 5 3 4 7 Ribeira 6 3 5 7 Ribeira -- -- 6 7 Ribeira -- -- 7 3 Total 5 30 7 48 60%

Conforme se pode verificar procedeu-se à alteração de grande parte dos foulons associados à fase de ribeira,

no caso do foulon 3 o mesmo foi requalificado tendo-se mantido.

Os restantes foulons associados à fase de ribeira foram removidos, tendo-se procedido complementarmente

à instalação de mais dois foulons, perfazendo atualmente um total de 7 foulons associados ao processo de

ribeira.

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As alterações evidenciadas poderão verificar-se na planta de alterações em anexo.

Verifica-se um aumento de 60% na capacidade dos foulons associados à ribeira.

1.11.3 CURTIMENTA

Na tabela seguinte encontram-se identificadas as alterações associadas à curtimenta:

Tabela 2 - Descrição das alterações associadas à fase de curtimenta.

Fase processo

Nº Foulon Antes Alteração

Capacidade Antes Alteração

Nº Foulon Após Alteração

Capacidade Após Alteração

Avaliação aumento

Curtimenta 7 8 8 8 Curtimenta 8 8 9 8 Curtimenta 9 8 10 8 Curtimenta 10 8 11 3 Curtimenta 11 8 12 8 Curtimenta 12 8 13 9 Curtimenta -- -- 14 8 Curtimenta -- -- 15 8 Curtimenta -- -- 16 8 Curtimenta ou Remolho 13 8 17 8 Curtimenta ou Remolho 14 8 18 8

Total 8 64 11 84 31%

Conforme se pode verificar procedeu-se à aquisição e instalação de novos foulons que substituem os

anteriores, nomeadamente os foulons com numeração atual 11, 13, 14, 15 e 16.

As alterações evidenciadas poderão verificar-se na planta de alterações em anexo.

Os foulons 17 e 18 (anteriormente numerados com 14 e 13) poderão estar associados à atividade de

curtimenta ou remolho conforme as necessidades existentes.

Verifica-se um aumento de 31% na capacidade dos foulons associados à curtimenta.

1.11.4 REMOLHO

Na tabela seguinte encontram-se identificadas os foulons associados ao remolho, sendo que neste caso os

mesmos não foram sujeitos qualquer alteração de capacidade apenas se procedeu à relocalização dos

foulons 19 e 20 (anteriormente numerados 15 e 16).

Tabela 3 - Descrição das alterações associadas à fase de remolho.

Fase processo

Nº Foulon Antes Alteração

Capacidade Antes Alteração

Nº Foulon Após Alteração

Capacidade Após Alteração

Avaliação aumento

Curtimenta ou Remolho 13 8 17 8

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Curtimenta ou Remolho 14 8 18 8 Remolho 15 3 19 3 Remolho 16 3 20 3

Total 4 22 4 22 0%

1.11.5 NOVO EQUIPAMENTO DE DESCARNA

A instalação procederá à instalação de um novo equipamento de descarna, procedendo à relocalização da

existente até à data. O novo equipamento terá exatamente a mesma função do anterior servindo como

complemento ao existente, no entanto, ocupará menos espaço e funcionará de forma mais expedita.

Para alimentar o novo equipamento de descarna serão instalados os seguintes complementos:

• Foço ao nível do pavimento com cerca de 16 toneladas de capacidade prevista: que as “banheiras”

de inox atualmente existentes, armazenando os couros provenientes da fase de ribeira e que

aguardam a descarna. Até à data eram utilizadas as “banheiras” em inox, sendo necessário

proceder à sua constante colocação e retirada;

• Linha de pinças: para agarrar os couros que chegam ao operador;

• Tapete rolante para elevação dos couros: este tapete elevará os couros que saírem da nova

máquina de descarna e da antiga máquina com a mesma função até aos foulons de curtimenta.

A linha de pinças permitirá um menor esforço por parte do trabalhador, uma vez que o mesmo apenas terá

de colocar as pinças nos couros, em vez de elevá-las como atualmente.

1.11.6 TAPETE ROLANTE DE ENCAMINHAMENTO DOS COUROS

Á saída das máquinas de descarna será instalado um tapete rolante que encaminhará diretamente as peles

descarnadas para os foulons de curtimenta. Este equipamento terá incorporado uma balança para controlo

interno do peso associado às peles descarnadas.

1.11.7 MÁQUINAS DE REBAIXAR

Serão instaladas duas máquinas de rebaixar cuja sua função consiste em raspar a pele do lado da carne

(carnaz) através de um rolo de lâminas com o fim de acertar a espessura para o valor pretendido.

1.11.8 MÁQUINA DE DIVIDIR

Será instalada mais uma máquina de dividir crutes em tripa, conforme se pode verificar na planta em anexo.

1.11.9 DEPÓSITOS E TANQUE DE ARMAZENAGEM DE ÁGUA DE ABASTECIMNETO

Serão instalados dois novos depósitos verticais para armazenagem da água de abastecimento em

complemento com um tanque com a mesma função.

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As capacidades dos depósitos e tanque em causa encontram-se descriminadas na planta de alterações em

anexo à presente memória descritiva.

1.12 REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS

1.12.1 REQUALIFICAÇÃO DO TELHEIRO DO PARQUE DE RESÍDUOS E ARMAZÉM DE PRODUTOS

QUÍMICOS

Serão requalificados os edifícios atualmente designados como parques de resíduos e armazém de produtos

químicos, por forma a melhorar as condições de armazenagem e acesso aos resíduos e substâncias

químicas.

A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.

1.12.2 REQUALIFICAÇÃO DA SALA DE REFEIÇÕES

No piso 0 a divisão atualmente existente será requalificada por forma a criar uma sala de refeições.

A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.

1.12.3 REFORMULAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE PRODUÇÃO

No piso 1 será reformulado o espaço existente com a finalidade de servir como novo escritório para o diretor

fabril.

A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.

1.12.4 NOVO ARMAZÉM DE PRODUTOS QUÍMICOS

No piso 1 será construída uma área destinada à armazenagem das substâncias químicas a abastecer nos

foulons de curtimenta. Este novo armazém terá como objetivo armazenar apenas a quantidade de

substâncias químicas necessária para cada semana, evitando a necessidade de movimentação das mesmas

com periodicidade diária.

A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.

1.12.5 PASSADIÇO

Será criado um passadiço no piso 1 ao longo da unidade fabril com acesso às várias zonas dos foulons.

A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.

1.12.6 REFORMULAÇÃO DO TANQUE DE SULFURETOS

O estabelecimento procedeu à reformulação do processo afeto ao tanque de sulfuretos, acrescentando ao

mesmo um sistema de distribuição de arejamento, com difusores de bolhas. A montante do tanque será

instalado um tamisador de compressão, sendo eliminados os tamisadores existentes.

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No que respeita ao tratamento de odores será instalado um sistema de sução seguindo de um lavador de

gases que tratará os gases produzidos no tanque de sulfuretos.

1.13 ALTERAÇÕES DA ÁREA EDIFICADA

Nada a assinalar.

1.14 QUANTIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES

O diploma SIR define na alínea d) do ponto 3 do artigo 39º [alterações sujeitas a procedimento] que os

seguintes aumentos, por efeito acumulado de anteriores alterações, têm implicação nos procedimentos a

realizar pelo estabelecimento industrial:

1. um aumento superior a 30 % da capacidade produtiva existente ou;

2. um aumento superior a 30 % da área edificada1 do estabelecimento industrial;

1.14.1 VERIFICAÇÃO AUMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA E ÁREA EDIFICADA

Na tabela seguinte apresenta-se o aumento da capacidade produtiva e área edificada em relação à data do

último processo submetido [ano de 2016] e após as alterações apresentadas anteriormente neste

documento:

Tabela 4 - Avaliação do aumento acumulado da capacidade produtiva.

Descrição Projeto

licenciado 2016 Alteração 2018

Avaliação aumento

acumulado

Capacidade produtiva

[produto acabado] 10.5 t/dia

17 ton/dia

(Conforme calculado na Tabela 25) 62 %

Área edificada 4280 m2 4280 m2 0 %

Nota: As alterações efetuadas no interior do edifício apenas compreenderam alterações da área útil do

estabelecimento.

6 IDENTIFICAÇÃO DA MODALIDADE DO REGIME DE ALTERAÇÕES

1.15 INTRODUÇÃO

No artigo 39.º (Alterações sujeitas a procedimento), CAPÍTULO IV do Decreto-Lei n.º 73/2015, de 11 de maio

encontram-se definidos os diferentes procedimentos a que o estabelecimento se encontra sujeito de acordo

com as alterações efetuadas no mesmo.

1 A edificação é a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado

a utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se incorpore no solo com carácter de permanência. [Decreto

Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio]

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O enquadramento do estabelecimento é verificado nos seguintes pontos.

1.16 PONTO 1 DO ARTIGO 39.º DO DL Nº 73/2015, DE 11 DE MAIO

Na tabela seguinte, procede-se à análise das condições a que fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia

a alteração de estabelecimento industrial:

Verificação de aplicabilidade

APLICABILIDADE OBSERVAÇÕES

A NA

Pro

ce

dim

en

to c

om

vis

tori

a p

révia

a) Alteração de um projeto, na aceção do RJAIA;

Com as alterações: Capacidade de

produção ≥ 12 t/dia.

(alínea c) do ponto 8 do anexo II do DL

n.º 151-B/2013)

b) Alteração substancial, na aceção do RJPCIP;

Com as alterações: Capacidade de

tratamento superior a 12 t/dia.

(Ponto 6.3 do anexo I do DL n.º

127/2013)

c) Alteração substancial que implique um aumento do

risco do estabelecimento, na aceção do RPAG.

d) Alteração, que careça por si mesma, de alvará para

operação de gestão de resíduos perigosos

e) Alteração que implique a atribuição do número de

controlo veterinário ou número de identificação

individual, consoante se trate de operador no setor dos

géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal

ou do setor dos alimentos para animais,

respetivamente, de acordo com a legislação aplicável.

O NCV existente afeto ao estabelecimento

não é alterado.

Da tabela anterior verifica-se que a alteração consubstanciada pelo estabelecimento fica sujeita a

procedimento com vistoria prévia.

1.17 PONTO 3 DO ARTIGO 39.º DO DL Nº 73/2015 DE 11 DE MAIO

Na tabela seguinte, procede-se à análise das condições a que fica sujeita ao procedimento sem vistoria prévia

a alteração de estabelecimento industrial:

Verificação de aplicabilidade APLICABILIDADE

OBSERVAÇÕES A NA

Pro

ce

dim

en

to s

em

vis

tori

a

pré

via

a) Estabelecimento industrial de tipo 1 que, não se

encontrando abrangida pelo disposto no n.º 1, configure,

ainda assim, uma «alteração de exploração», para efeitos do

n.º 1 do artigo 19.º ou do n.º 2 do artigo 66.º do Regime das

Emissões Industriais (REI);

b) Estabelecimento industrial de tipo 1 ou 2 que careça, por si

mesma, de alvará para operações de gestão de resíduos

não perigosos;

c) Estabelecimento industrial de tipo 1 ou 2 que corresponda

a uma alteração da natureza ou funcionamento da

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Verificação de aplicabilidade APLICABILIDADE

OBSERVAÇÕES A NA

instalação industrial na aceção do regime do comércio

europeu de licenças de emissão de gases com efeitos de

estufa (CELE);

d) Estabelecimento industrial de tipo 1 ou 2 que, não se

encontrando abrangida pelo n.º 1, implique, por si mesma,

ou por efeito acumulado de anteriores alterações, um

aumento superior a 30 % da capacidade produtiva existente

ou a 30 % da área edificada do estabelecimento industrial;

e) Estabelecimento de tipo 3 que implique a sua classificação

como estabelecimento de tipo 2;

f) De qualquer tipo, que implique a alteração das

características de efluentes rejeitados após tratamento ou

dos volumes titulados, bem como das áreas do domínio

hídrico ocupadas, nos termos do disposto no regime de

utilização de recursos hídricos.

Da tabela anterior verifica-se que a alteração consubstanciada pelo estabelecimento se encontra abrangido

por procedimento com vistoria prévia por se verificar um aumento da capacidade produtiva superior a 30%.

1.18 PONTO 4 DO ARTIGO 39.º DO DL Nº 73/2015 DE 11 DE MAIO

Na tabela seguinte, procede-se à análise das condições a que fica sujeita ao procedimento mera

comunicação prévia a alteração de estabelecimento industrial:

Verificação de aplicabilidade APLICABILIDADE

A NA

Mera comunicação

prévia

Alteração do estabelecimento industrial de tipo 3 que não se encontre

abrangida pelo disposto nos n.os 1 e 3, que implique a alteração da

atividade económica, classificada de acordo com a respetiva CAE,

exercida no estabelecimento.

Da tabela anterior verifica-se que a alteração consubstanciada pelo estabelecimento não se encontra

abrangido por procedimento de mera comunicação prévia.

1.19 CONCLUSÃO

Da análise dos pontos anteriores verifica-se que as alterações a realizar pelo estabelecimento industrial

Curtumes Boaventura, Lda. se encontram, abrangidas pelo regime das alterações aos estabelecimentos

industriais, sendo necessário proceder à execução de procedimento com vistoria prévia.

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7 LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL

1.20 LOCALIZAÇÃO

1.20.1 LOCALIZAÇÃO A NÍVEL NACIONAL E REGIONAL

Figura 1 – Localização a nível nacional e regional do estabelecimento.

1.20.2 LOCALIZAÇÃO A NÍVEL LOCAL

Figura 2 – Localização a nível local do estabelecimento (fonte: googleEarth).

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Figura 3 – Localização do estabelecimento_ Carta Militar 329.

1.20.3 ORTOFOTOMAPA

Figura 4 – Vista aérea do estabelecimento (Fonte: http://bing.com/maps/).

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1.21 COORDENADAS DO ESTABELECIMENTO

O estabelecimento encontra-se localizado segundo as seguintes coordenadas:

Tabela 5 - Coordenadas de localização do estabelecimento. (Fonte: geomatica.no.sapo.pt/proj4js.html).

Sistema de Coordenadas Longitude Latitude

Carta Militar nº 329 153438.20 276724.04

PT -TM06/ETRS89 - 46560.80 - 23276.20

WGS84 - 8.67409 39.45735

Coordenadas Geográficas - 8.67287 39.45577

Sistema de Posicionamento global (GPS) 8°40'22.3"W 39°27'20.8"N

1.22 CONFRONTAÇÕES DO ESTABELECIMENTO

As confrontações inerentes ao estabelecimento são:

❖ Norte e Sul - Edifícios habitacionais,

❖ Oeste – Estrada nacional 365 e terrenos com aptidão agrícola,

❖ Este – Edifícios pertencentes a uma unidade fabril.

O estabelecimento encontra-se a cerca de 1 Km do centro da vila de Alcanena, em espaço urbano

encontrando-se a habitação mais próxima a cerca de 30 metros da entrada do estabelecimento.

A via rodoviária de acesso ao estabelecimento industrial trata-se da Estrada Nacional 365 na Rua Tenente

Coronel Salgueiro Maia.

A Oeste do perímetro fabril a cerca de 3 Km encontra-se localizado o rio Alviela.

Figura 5 - Vista geral a Oeste do estabelecimento.

Figura 6 - Vista geral a Norte do estabelecimento.

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1.23 ÁREA POLIGONAL DO ESTABELECIMENTO

Na tabela seguinte encontram-se identificada a área poligonal do estabelecimento.

Tabela 6 - Área poligonal do estabelecimento de acordo com o sistema de referência PT -TM06/ETRS89.

1.24 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DO ESTABELECIMENTO

1.24.1 ESPAÇOS E EDIFICAÇÕES/ PARÂMETROS URBANÍSTICOS

O estabelecimento apresenta os índices descritos na tabela seguinte:

Tabela 7 - Quadro sinótico áreas do estabelecimento.

Identificação Áreas

(m2)

Área total do perímetro fabril 5953

Área coberta (implantação do edificado) 4280

Área pavimentada/impermeabilizada 858

Área não impermeabilizada 815

Nº pisos acima da cota da soleira 1

Nota: As áreas apresentadas poderão sofrer pequenas alterações de acordo com o projeto de legalização do edificado que se encontra

em curso

1.24.2 ÁREA TOTAL DE IMPLANTAÇÃO E DE CONSTRUÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Na tabela seguinte é apresentada exclusivamente a área total de implantação e de construção do

estabelecimento:

Tabela 8 – Identificação das áreas construção e implantação do estabelecimento.

Identificação Áreas

(m2)

VÉRTICE MERIDIANA

(X)

PERPENDICULAR

A MERIDIANA

(Y)

1 - 46459.58 - 23472.87

2 - 46484.93 - 23200.89

3 - 46456.52 - 23242.25

4 - 46441.56 - 23289.31

5 - 46454.07 - 23293.34

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Construção 4280

Implantação 4280

(Área edificada do estabelecimento, indicando para o efeito a totalidade da área de construção das instalações industriais).

Nota: As áreas apresentadas poderão sofrer pequenas alterações de acordo com o projeto de legalização do edificado que se encontra

em curso

1.24.3 ÁREAS DO ESTABELECIMENTO

A unidade fabril está dividida em diversas edificiações a saber:

Tabela 9 – Identificação das áreas associadas aos edifícios/infraestruturas.

Ref. Edifício/Infraestrutura Área Implantação

(m2)

Pé Direito

(m)

1 Armazenagem de Peles e Couros 347 4

2 Oficina e Parque de Resíduos 188 4

3 Unidade Fabril 3745 6

1.25 USOS DO SOLO E ANÁLISE DE CONDICIONANTES

A unidade encontra-se localizada quase na sua totalidade segundo o Plano Diretor Municipal em área

classificada como espaço urbano.

1.26 LICENÇA DE EXPLORAÇÃO INDUSTRIAL

A unidade industrial detém a Licença digital de exploração industrial N.º 5110/2016-1 datada de 4 de março

de 2016 emitida pelo IAPMEI.

8 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL

1.27 INTRODUÇÃO

O estabelecimento da organização Curtumes Boaventura, Lda. constitui uma unidade industrial que executa

a atividade de curtume de pele animal de origem bovina, dando origem a peles curtidas em wet blue2, com

destino ao mercado nacional e internacional para utilização em indústrias de calçado, vestuário, estofos,

peças decorativas, etc.

A empresa integra pessoal técnico especializado, que assegura o fabrico de produtos com altos padrões de

qualidade, e utiliza também os mais modernos equipamentos em todo o ciclo de produção, desde o molho,

caleiro, descarna, desencalagem, piquelagem e curtume.

2 Wet blue – designação de peles que são curtidas com solução de crómio, pela sua cor características azul

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As peles em bruto [salgadas ou em verde] rececionadas provêem de matadouros, armazenistas e de países

do estado membro ou países terceiros devendo em qualquer um dos casos os estabelecimentos

fornecedores encontrarem-se aprovados pela autoridade competente, garantido desta forma a qualidade do

produto final.

1.28 CLASSIFICAÇÃO DE ACTIVIDADES ECONÓMICAS

De acordo com a classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE – rev.3), o estabelecimento

industrial terá a atividade principal e secundária conforme definido no quadro que se segue:

Tabela 10 - CAE’s (rev. 03) do estabelecimento.

Rubrica PCIP Descrição

Anexo I, 6, 6.3 6.3 Curtimenta de peles quando a capacidade de tratamento for superior a 12 t de

produto acabado por dia;

1.29 CAPACIDADE PRODUTIVA A INSTALAR

A alteração da capacidade instalada associada à produção de peles wet-blue e respetiva metodologia de

cálculo da mesma encontra-se descrita na Tabela 25 – Descrição do processo de cálculo da capacidade

instalada de acordo com as alterações pretendidas.

1.30 CARACTERIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA

A instalação industrial receciona peles de bovino salgadas paletizadas e peles de bovino em verde

paletizadas.

No caso das peles salgadas paletizadas, procede-se á sua armazenagem temporária na unidade.

Já no que respeita às peles verdes as mesmas são diretamente encaminhaddas para os foulons de ribeira

assimque dão entrada na unidade.

No que respeita à sua classificação, as peles salgadas e verdes, são classificadas como subprodutos de

origem animal de categoria 3, de acordo com o regulamento (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento Europeu e

do Conselho de 21 de outubro de 2009 e o regulamento (UE) n.º 142/2011 da Comissão de 25 de fevereiro

de 2011, devendo cumprir todos os requisitos descritos nos referidos regulamentos.

1.31 CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO FINAL

Associado à atividade de curtimenta a instalação industrial produz apenas um produto, peles curtidas Wet-

blue de bovino, desenvolvendo as fases de ribeira e de curtimenta.

1.32 PROCESSO FABRIL

1.32.1 DIAGRAMA DO PROCESSO

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1.32.2 CONVENÇÕES

Na elaboração dos fluxogramas aplica-se a seguinte formatação:

Tabela 11 - Formatação do fluxograma.

Atividade Início/Fim Decisão Documento Matérias/Produtos

Input / Output Sentido do fluxo de

atividades

Sentido dos Input /

Output

Sentido de fluxos

alternativos

Sentido dos

documentos

1.32.3 DIAGRAMAS DE FLUXO DOS PROCESSOS

Junta-se em anexo o diagrama de fluxo associados à operação de curtimenta de peles.

1.32.4 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO DE CURTIMENTA DE PELES

Seguidamente é apresentado uma descrição mais detalhada das principais etapas associadas ao processo

fabril da instalação de curtimenta de peles.

1.32.5 INTRODUÇÃO

A transformação da pele em bruto de bovino (peles verdes ou peles salgadas) até obter o produto acabado

(wet-blue ou wet-white) envolve um conjunto de operações físico-químicas e mecânicas cujo tempo de

duração depende da finalidade pretendida para o produto final, bem como da própria qualidade das peles

rececionadas.

1.32.6 DURAÇÃO TEMPORAL DAS OPERAÇÕES

A duração considerada por operação tem em conta os tempos de duração considerados de todo o processo

até obtenção do produto acabado, encontra-se de acordo com os tempos médios reais praticados no

estabelecimento, tendo sido estes fornecidos pelo Diretor Fabril.

Como termo de comparação, apresenta-se o intervalo de duração de cada operação encontrados na

bibliografia da especialidade descrito no manual: “Boas Práticas para o Setor de Curtumes (2015) do CTIC -

Centro Tecnológico das Indústrias do Couro e AUSTRA – Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento

de Águas Residuais de Alcanena”, conforme sintetizado na tabela abaixo:

Tabela 12 - Identificação dos tempos médios e tempos reais por operação.

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Fase Operação

Duração Média de

cada operação no

estabelecimento

Intervalo de Duração de cada

operação de acordo com a

Bibliografia da especialidade3

Receção Conservação

por sal 14 dias ND

Ribeira Molho 12 h Entre 6h e 48h

Ribeira Caleiro 36 h Entre 16h e 48h

Operação

complementar

Descarna

mecânica 1 h

Não apresentado no manual

Curtimenta Desencalagem 1 h Entre 20min a 2h

Curtimenta Purga 1 h Entre 15min a 1h

Curtimenta Piquelagem 8 h Entre 4h e 12h

Curtimenta Curtume 38 h 10h a 1 semana

1.32.7 RECEÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA

1.32.7.1 PELES SALGADAS

A matéria-prima peles salgadas em paletes chegam á unidade nas viaturas de

transporte sendo encaminhada para a plataforma de descarga.

Nesta fase verificam-se os dados do produtor (nome, matrícula do carro, horário de

entrega, entre outros), a conformidade das referidas peles e a informação constante

na guia 376/DGAV de acompanhamento, subprodutos animais e produtos derivados.

As peles salgadas chegam organizadas em paletes de madeira, sendo descarregadas

da viatura, pesadas individualmente e por fim armazenadas no armazém de peles.

Peles salgadas armazenadas no armazém de peles salgadas [MN1].

1.32.7.2 PELES VERDES

3 “Boas Práticas para o Setor de Curtumes (2015) do CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro e AUSTRA – Associação de

Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena”

Caís de receção de peles.

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No que respeita à receção de peles verdes em paletes, estas seguiram o seguinte destino:

• São descarregadas junto aos foulons e encaminhadas num curto espaço de tempo para a fase de

ribeira.

1.32.8 FASE DA RIBEIRA

A ribeira consiste em banhos, realizados em foulons, com adição de substâncias químicas com objetivo de

remoção da camada epiderme e hipoderme das peles, consistindo nas operações designadas de molho,

caleiro e descarna mecânica e esporadicamente na divisão de crutes em tripa conforme descrito nos pontos

seguintes.

1.32.8.1 MOLHO

As peles salgadas ou verdes são encaminhadas para o interior dos foulons associados ao processo de ribeira

(conforme planta em anexo), pelos operários fabris para a fase de molho, onde é realizado o primeiro

tratamento com recurso a água e substâncias químicas, nomeadamente tensioativos, eletrólitos, enzimas e

bactericidas, durante um período de 6 a 48 horas.

Nesta etapa, vulgarmente designada por reverdecimento, as peles sofrem uma hidratação, são eliminadas

sujidades, sangue, sal, chorume, entre outros possíveis compostos indesejáveis, sendo o objetivo final

preparar as peles para a absorção das substâncias químicas que se pretendem adicionar na etapa seguinte.

As paletes agora vazias, utlizadas no acondicionamento das peles, são temporariamente armazenadas

aguardando a lavagem e seleção de acordo com o seu estado de conservação.

• Do processo descrito anteriormente resultam:

Peles em molho.

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Tabela 13 - Resíduos resultantes do processo.

IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO

Paletes de Madeira

Nota: algumas paletes serão reutilizadas para a mesma

função

As paletes serão lavadas e higienizadas antes da

reutilização ou enviadas para operador de resíduos

Embalagens de plástico contaminadas

Embalagens de papel e cartão contaminadas

1.32.8.2 CALEIRO

A fase de caleiro pretende ajustar o pH das peles, sendo as mesmas mantidas no foulon referidos no ponto

anterior e seguidamente adicionadas substâncias químicas (Cal, sulfidratos e sulfuretos) ao molho existente.

Este processo dura entre 16 a 48 horas.

• Resíduos resultantes do processo:

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Tabela 14 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo.

IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO

Peles em tripa

Papel e cartão

Plástico

Aparas em bruto

Águas Residuais ----

1.32.9 OPERAÇÕES COMPLEMENTARES

1.32.9.1 TRANSPORTE DE PELES EM TRIPA

Para o transporte das peles em tripa é utilizado um carinho em inox com abertura basculante. O transporte

do referido carrinho é efetuado por um empilhador conforme se pode observar nas figuras seguintes.

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Transporte de peles em tripa.

Seguidamente ao transporte as peles são depositadas num foço existente no pavimento com capacidade

para abastecer um foulon (16 toneladas)

A alimentação do equipamento de descarna é realizada da seguinte forma:

• Tapete rolante para elevação dos couros: este tapete elevará os couros até ao equipamento de

descarna;

• Linha de pinças: para agarrar os couros que chegam ao operador;

• Tapete rolante: as peles caiem da descarnadora sob um tapete rolante que as encaminha para as

mesmas para a fase de curtimenta.

DESCARNA

Nesta fase pretende-se proceder á remoção mecânica da hipoderme, camada da pele onde se situa o tecido

adiposo, músculo e sebo. Esta etapa é fundamental visto que o tecido subcutâneo impede a penetração dos

produtos químicos usados nas etapas seguintes, retardando o processo de curtume e levando à obtenção

de uma pele com pouca qualidade.

Assim a pele emergente do caleiro, designada por pele em tripa, sai dos foulons para o interior das banheiras

metálicas de receção, sendo a referida banheira encaminhada para a máquina de descarnar com recurso a

um empilhador.

Sendo a descarna constituída pelas seguintes etapas:

• Elevação – nesta fase um operador agarra a pele em tripa com uma pinça metálica para que sejam

elevadas até á máquina de descarnar.

• Primeira descarna – as peles em tripa elevadas são encaminhadas até á primeira descarna onde

são seguradas pelos dois trabalhadores e colocadas no interior do rolo de descarna. Nesta fase os

trabalhadores têm à sua disposição serradura por forma a permitir uma maior aderência às peles.

• Segunda descarna – após a primeira descarna as peles caiem para um tapete rolante que

encaminha as mesmas para a máquina de segunda descarna onde se completa esta operação

caindo as peles descarnadas, através de um tapete rolante, em paletes de madeira.

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Tabela 15 - Registo fotográfico do processo de descarna mecânica.

FASE EQUIPAMENTO

UTILIZADO REGISTO FOTOGRÁFICO

1. Elevação Pinças

Linha de

elevação de

peles

2. Primeira

Descarna

Descarnadora

1 (117)

3. Segunda

Descarna

Descarnadora

2

(113)

4. Trasfega

de raspas

verdes

bomba de

trasfega de

raspas verdes

• Do processo descrito anteriormente resultam:

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Tabela 16 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo.

IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO

Peles Descarnadas

Carniças em tripa

1.32.10 DIVISÃO DE CRUTES DE TRIPA

Esporadicamente as peles descarnadas são encaminhadas para as máquinas de divisão de crutes em tripa

resultando a divisão da pele (flor) do crute. Esta operação permite a obtenção de um produto final de

qualidade superior e a diminuição da quantidade de resíduos curtidos gerados.

Os produtos obtidos (peles e crutes) são encaminhados para a curtimenta separadamente, uma vez que

tendo em conta as suas características exigem processo de tratamento diferenciados.

• Deste processo resultam:

IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO

Crutes ND

Peles ND

Máquina de divisão de crutes em tripa.

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Aparas em tripa

1.32.11 FASE DE CURTIMENTA

1.32.11.1 INTRODUÇÃO

As peles descarnadas, livres de impurezas prejudicais para o produto final, poderão passar pelo processo

anterior ou seguir diretamente da descarna mecânica para a fase de curtimenta.

De uma forma sucinta a curtimenta consiste na estabilização das peles a partir da neutralização dos agentes

agressivos que promovem a degradação e putrefação das mesmas, passando pelas seguintes fases:

desencalagem, purga, piquelagem e curtume, encontrando-se as anteriores descritas de forma mais

pormenorizada nos pontos seguintes.

1.32.11.2 DESENCALAGEM

As peles descarnadas são pesadas e transportadas com recurso a um empilhador para os foulon destinados

ao processo de curtimenta (conforme identificado em planta em anexo). Este processo visa a eliminação da

cal presente nas peles, recorrendo a substâncias químicas que reajam com a cal (ácidos), revertendo o

inchamento da pele e transportando o pH para aproximadamente 8.

Esta operação tem uma duração aproximada de 20 a 120 minutos.

1.32.11.3 PURGA

Exemplo de Foulons utilizados no processo de

curtimenta.

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Seguidamente no mesmo molho da desencalagem procede-se à purga com a finalidade de estabilizar a

estrutura da pele e eliminar possíveis existências de epiderme, pelo e gorduras.

Esta operação é seguida de duas lavagens tendo uma duração de cerca de 15 a 60 minutos, dando origem

a águas residuais.

1.32.11.4 PIQUELAGEM

Nesta operação a pele é preparada para o curtume consistindo num banho em solução salino-ácida (ácido

fosfórico e ácido sulfúrico) que tem por objetivo ajustar o pH da pele para valores entre 2,5 e 4,5, preparando

a mesma para receber o tipo de curtume a ser empregado, normalmente sais de crómio.

A duração desta operação pode variar entre 4 a 12 horas.

1.32.11.5 CURTUME

Nesta fase o curtume da pele é efetuado no mesmo banho da operação anterior, recorrendo a saís de crómio

caso se pretenda obter peles wet blue, ou sem adição destes mesmos saís caso se pretenda obter peles wet

white.

A operação de curtume com sais de crómio consiste na reação de sais de metais ou de extratos taninos

vegetais ou sintéticos com grupos reativos na estrutura proteica. Os saís de crómio permitem dar à pele uma

maior estabilidade térmica e resistência. Os couros curtidos com crómio designam-se por wet-blue,

apresentando uma tonalidade azul e encontrando-se aptos para tingimentos, recurtimento e acabamento,

que irão conferir as características desejadas ao produto final.

Ao sair dos foulons as peles são colocadas em contentores metálicos e deixando os mesmos a escorrer.

No que respeita à duração da operação o curtume poderá ter uma duração de 10 horas na maioria dos casos

ou algumas semanas (no caso do curtume para produção de sola).

• Do processo descrito anteriormente resultam:

IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO

Peles wet white Não disponivel.

Peles wet-blue

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Aparas curtidas

Licores de curtimenta ao crómio ---

1.32.12 ESCORRIMENTO

Esporádicamente os caixotes metálicos poderão ser encaminhados até à máquina de escorrimento com

recurso a empilhador, nesta fase dois colaboradores encaminham os couros para o tapete rolante da

máquina sendo removida a água em excesso e preparada a pele para o processo seguinte.

• Deste processo resultam:

▪ Aparas curtidas,

▪ Águas residuais.

Medição da pele wet-blue.

1.32.13 REBAIXAMENTO

Nesta operação as peles são encaminhadas para as máquinas de rebaixamento, onde são submetidas ao

processo de rebaixamento que consiste em raspar a pele do lado da carne (carnaz) através de um rolo de

lâminas com o fim de acertar a espessura para o valor pretendido.

1.32.14 REMOLHO

A operação de remolho das peles já curtidas é esporádica uma vez que depende dos requisitos do produto

final.

O remolho consiste em bater os couros em seco, em foulons apropriados, libertando-os de parte do sal que

contenham. Esta técnica permite obter um couro mais apto ao processo de piquelagem, uma vez que o

elevado teor proteico do sal diminui o poder curtiente do crómio.

Entrada da wet-blue na máquina de

escorrimento. Pele wet-blue escorrida paletizada.

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Exemplo de Foulons utilizados no remolho.

1.33 MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS, AUXILIARES E RESIDUOS UTILIZADOS

1.33.1 PROCESSO DE CURTIMENTA DE PELES

1.33.2 MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSIDIÁRIAS UTILIZADAS

Na tabela abaixo apresenta-se a capacidade de armazenagem e o consumo anual de matéria-prima estimado

para a unidade.

Tabela 17 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias-primas e matérias subsidiárias.

Código Designação

Capacidade

Armazenagem

[Volume]

Capacidade

Armazenagem

[Massa]

Acondicionamento Consumo anual Densidade Obs.

MN01

Paletes de

peles

salgadas

--- 200 t

[114 paletes] Paletes de madeira 1 640 t/ano Nd

MN02 Paletes de

peles verdes --- N.A. Contentores 1 640 t/ano Nd

MN03 Cal Hidratada Nd Nd Conforme fornecido

pelo fabricante 130 t/ano Nd

MN04 Sulfidratos Nd Nd Conforme fornecido

pelo fabricante 30 t/ano Nd

MN05 Sulfuretos Nd Nd Conforme fornecido

pelo fabricante 70 t/ano Nd

MN06 Saís de

crómio Nd Nd

Conforme fornecido

pelo fabricante 250 t/ano Nd

MN07 Ácido Fórmico 6 m³ 7.2 t Depósito de

armazenagem 20 t/ano Nd

MN08 Ácido

Sulfúrico 6 m³ 10.8 t

Depósito de

armazenagem 70 t/ano Nd

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Não disponível

MN01 MN02

MN03 MN04 MN05

MN06 MN07 MN08

1.33.3 MATÉRIAS AUXILIAR A UTILIZAR

O estabelecimento utilizará como matérias auxiliares as identificadas na tabela seguinte:

Tabela 18 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias auxiliares.

TIPO ARMAZENAGEM

CONSUMO CAPACIDADE LOCAL ACONDICIONAMENTO

MA1 Paletes de Madeira ND Zona de armazenagem

do Edifício Fabril Granel ND

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MA2 Película estirável para

paletização ND

Armazém do Edifício

Fabril

Palatizado conforme

fornecido pelo fabricante ND

MA1 MA2

1.33.4 RESÍDUOS UTILIZADOS

Não aplicável.

1.33.5 PRODUTOS INTERMÉDIOS, SUBPRODUTOS E FINAIS

1.33.5.1 PRODUTOS FINAIS FABRICADOS

O estabelecimento produzirá o produto acabado e respetiva quantidade identificados na tabela seguinte:

Tabela 19 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e produção de produto acabado.

Código Designação Capacidade

Armazenagem Acondicionamento Produção anual Densidade Origem Obs.

PN01 Peles wet-

blue 3 t Contentor 1 560 t/ano Nd

MN01 a

MN08

PN02 Peles wet-

white 3 t Contentor 1 560 t/ano Nd

MN01 a

MN03

Na tabela seguinte abaixo apresentamos as condições de acondicionamento do produto acabado.

Tabela 20 - Identificação das condições de acondicionamento do produto acabado.

TIPO DE ACONDICIONAMENTO DO PRODUTO FINAL N.º ANDARES N.º DE PELES POR RECIPIENTE DE ARMAZENAGEM

Contentores 1 Não disponível

Paletes 1 Não disponível

1.33.6 PRODUTOS INTERMÉDIOS FABRICADOS

Nada a assinalar.

1.33.7 SUBPRODUTOS GERADOS

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A tabela seguinte identifica os subprodutos de origem animal gerados na instalação.

Tabela 21 - Subprodutos de origem animal gerados na instalação.

Designação Categoria

de SPA Caraterização

Unidade/

Processo que

lhe deu

origem

Quantidade

gerada

Nome do

Transportador

Nome do

Destinatário

Operação

efetuada

dentro ou

fora da

instalação

SPAP01

SPOA de

categoria

3

Raspas

verdes

Descarna

mecânica 40 t/ano Próprio Compostagem

Nota: Não sendo possível o seu aproveitamento na unidade neste momento as raspas verdes têm sido

encaminhadas para unidades de compostagem.

1.33.8 RESÍDUOS GERADOS

1.33.8.1 IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS

Nas tabelas abaixo, são indicados os resíduos gerados pelo processo fabril sendo apresentada a quantidade

média gerada anualmente.

Tabela 22 - Identificação dos resíduos não perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada anualmente.

Designação Código LER Caracterização Origem Quantidade

Gerada Observações

RN01 040101 Resíduos das fases de ribeira e

divisão em tripa

Aparas Verdes

(antes do caleiro)

Raspas verdes

(após o caleiro)

30 t/ano

RN02 040199 Outros resíduos de processo Diversa (industrial) 15 t/ano

RN03 200101 Papel e cartão Diversa (industrial) 0.67 t/ano

RN04 200139 Plásticos Diversa (industrial) 0.70 t/ano

RN05 200301

Outros resíduos urbanos e

equiparados, incluindo misturas

de resíduos

Diversas ND

RN06 200138 Madeira não abrangida em 20

01 37 Pedaços de paletes 0.18 t/ano

Tabela 23 - Identificação dos resíduos perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada anualmente.

Designação Código LER Caracterização Origem Quantidade

Gerada Observações

RP01 040104 Licores de curtimenta, contendo

crómio Curtimenta 30.00 t/ano

Encaminhadas

para a SIRECRO

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Designação Código LER Caracterização Origem Quantidade

Gerada Observações

RP02 130208 (*) Outros óleos de motores,

transmissões e lubrificação

Óleos usados e

lubrificantes

provenientes das

viaturas e do

processo fabril

ND

RP03 150110

(*) Embalagens contendo ou

contaminadas por resíduos de

substâncias perigosas

Diversa (industrial) 0.08 t/ano

RP04 170204

(*) Vidro, plástico e madeira

contendo ou contaminados com

substâncias perigosas

Diversa (industrial) 0.03 t/ano

RP05 200121

(*) Lâmpadas fluorescentes e

outros resíduos contendo

mercúrio

Iluminação da

unidade fabril 1.00 t/ano

RP06 200135

(*) Equipamento elétrico e

eletrónico fora de uso não

abrangido em 20 01 21 ou 20

01 23 contendo componentes

perigosos (ver nota 2)

Alterações e

substituição de

equipamentos

ND

1.33.8.2 IDENTIFICAÇÃO DOS PARQUES DE RESÍDUOS

Na tabela seguinte encontram-se identificados os parques de resíduos destinados à armazenagem dos

resíduos produzidos na instalação.

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Tabela 24 - Identificação dos parques de resíduos existentes na unidade.

Cod. Área

total

Área

coberta

Área

impermeabilizada Vedado

Sistema

de

drenagem

Bacia de

retenção

[BR]

Volume

da BR

LER dos

resíduos

armazenados

Tipo recipiente de

acondicionamento

Capacidade

recipientes Obs.

PA1 40 m2 40 m2 40 m2 Não Não Não NA 200101

200139

Contentor metálico

Contentor metálico

25 m3

25 m3

PA2 25 m2 25 m2 25 m2 Não Sim Não NA

040101

040199

200138

040104

Palote plástico

Palote plástico

Palote plástico

Palote plástico

900 m3

900 m3

900 m3

900 m3

Drenagem para a

EPTARI.

PA3 50 m2 0 m2 50 m2 Não Não Não NA 040101

040104

Contentor metálico

Contentor metálico

25 m3

25 m3

1.34 BALANÇOS DE MASSAS DOS PROCESSOS

1.34.1 INSTALAÇÃO DE CURTIMENTA DE PELES

Instalação de Curtimenta de Peles

INPUT s Matérias-Primas

Matérias-Primas:

- Paletes de peles

salgadas

- Paletes de peles verdes

OUPUT´s DO PROCESSO

Produto Final:

- Peles wet-blue

- Peles wet-white

CONSUMOS

GNL

Emissões

Efluentes:

- Água Residual

- Emissões Gasosas

Matérias Subsidiárias:

- Cal hidratada

- Sulfidratos

- Sulfuretos

- Saís de crómio

- Ácido fórmico

- Ácido sulfúrico

Auxiliares

Processo

Vapor

Água

Subprodutos:

- Raspas verdesResíduos:

- Raspas

- Aparas curtidas

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1.35 CAPACIDADE INSTALADA

Na tabela e figura seguintes são apresentados os cálculos efetuados para determinar a capacidade instalada

atualmente existente no estabelecimento.

1.35.1 CÁLCULO DA CAPACIDADE INSTALADA

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Tabela 25 – Descrição do processo de cálculo da capacidade instalada de acordo com as alterações pretendidas.

FASE OPERAÇÃO DURAÇÃO INPUT OUTPUT

DESCRIÇÃO QUANTIDADE OBSERVAÇÕES DESCRIÇÃO QUANTIDADE OBSERVAÇÕES

RIB

EIR

A

MOLHO

48 h PELES

SALGADAS 48 TON.

Para a realização da fase da Ribeira, o

estabelecimento terá afetos 7 foulons que

correspondem uma capacidade de carga dos

foulons total de 48 toneladas de peles em

bruto.

PELES EM TRIPA 46 TON

CALEIRO

ÁGUAS RESIDUAIS ND

SAL 2 TON.

De acordo com a informação fornecida pelo estabelecimento,

as peles em bruto, apresentam em média, 5% em peso de sal,

que será dissolvido na água e será encaminhado junto das

águas residuais. A fonte bibliográfica da especialidade: “Boas

Práticas para o Setor de Curtumes (2015) do CTIC - Centro

Tecnológico das Indústrias do Couro e AUSTRA – Associação

de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais

de Alcanena”, confirma este valor.

OP

ER

ÃO

CO

MP

LE

ME

NTA

R

DESCARNA

MECÂNICA ---- PELES EM TRIPA 46 TON.

Este processo ocorre no exterior do foulon

com recurso a equipamento apropriado, por

essa razão não se considerou o tempo de

duração da operação em análise para o

cálculo da capacidade de produção da

unidade

PELES DESCARNADAS 36 TON. Nesta fase se procede á remoção das camadas inferiores das

peles, compostas por tecido adiposo, músculo e sebo

considera-se que as perdas (raspas verdes) correspondem a

cerca de 20% em peso da matéria-prima4 (fonte: dados

internos). RASPAS VERDES 10 TON.

CU

RTIM

EN

TA DESENCALAGEM

48 h PELES

DESCARNADAS 36 TON.

Para a realização da fase da Curtimenta, o

estabelecimento tem afetos 11 foulons

[7,8,9,10,11,12, 13, 14, 17, 18, 19] que

correspondem uma capacidade de carga dos

foulons no total de 88 toneladas de peles

em bruto.

PELES CURTIDAS 34 TON.

PURGA ÁGUAS RESIDUAIS ND

PIQUELAGEM APARAS CURTIDAS 2 TON.

Nesta fase as perdas, as aparas curtidas, correspondem a 5%

de peso da matéria-prima5 (fonte: Dados do estabelecimento). CURTUME

DURAÇÃO DO CICLO DE

PRODUÇÃO

96 h

[4 dias]

Da informação apresentada neste quadro podemos concluir:

1. A fase da ribeira é a operação limitante, tanto em tempo como em capacidade de carga dos foulons;

2. O processo de ribeira e curtimenta apresenta um desperdício que corresponde a 30 % em peso da matéria-prima6

Cálculo da capacidade instalada:

Matéria-prima máxima processada – 48 ton a que corresponde à produção de um produto acabado máximo de 34 ton. a cada 48 horas continuas de laboração, o que

corresponde uma capacidade instalada de produção de 17 ton/dia de peles CURTIDAS.

4 20% de 48 ton, equivale a 9,6 ton. 5 5% de 48 ton, equivale a 1,9 ton. 6 Valor que es dentro da gama apresentada no BATReferenceDocument for theTanningofHidesandSkins de 2013, que na sua página 35 refere que são gerados cerca de 190 a 470 kg de resíduos não curtidos

por tonelada de pele salgada.

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1.35.2 FLUXOGRAMA DE BALANÇO DE MASSAS

O seguinte fluxograma define o balanço de massas associado à capacidade de produção diária da unidade,

sendo que os valores apresentados estão justificados na tabela apresentada a seguir.

Processo Output

Peles Salgadas(48 t/dia)

(1)RIBEIRA (48h)

Peles em tripa(46 t/dia)

(2)DESCARNA MECÂNICA

Peles descarnadas(36 t/dia)

5% Sal(1)

Águas Residuais(1)

20% Raspas verdes(2)

(3)CURTIMENTA (48h)

Peles (Wet-Blue)(17 t/dia)

5% Aparas curtidas(3)

Águas Residuais(3)

Figura 7 - Fluxograma de cálculo da capacidade instalada.

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1.36 TIPOS DE COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS/PRODUZIDOS

1.36.1 COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS

1.36.2 ARMAZENADOS NA UNIDADE

A tabela seguinte apresenta a capacidade de armazenagem e consumos de combustíveis estimados para os

combustíveis armazenados na instalação.

Tabela 26 - Identificação do tipo, capacidade de armazenagem e consumo de combustíveis.

Código Tipo Tipo

Deposito Proveniência

Capacidade de

Armazenamento Consumo anual Observações

CC01 FO: Fuel Óleo Superficial Interna 17 t 12 t/ano

Nota: O consumo médio foi baseado no consumo dos anos de 2016 e 2017.

CC01

Em anexo apresentamos peça desenhada com a localização dos locais de armazenagem de combustíveis.

DESCRIÇÃO DA ARMAZENAGEM

Na tabela seguinte apresenta-se a descrição do depósito de armazenagem de fuelóleo utilizado no gerador

de vapor do estabelecimento.

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Tabela 27 - Descrição das condições de armazenagem dos combustíveis.

1.36.3 PROVENIÊNCIA EXTERNA

A tabela seguinte apresenta a capacidade de armazenagem e consumos de combustíveis estimados para os

combustíveis com proveniência externa à instalação.

Tabela 28 - Energia consumida de proveniência externa.

Código Tipo Tipo de

Deposito Proveniência

Capacidade de

Armazenamento Consumo anual Observações

CC02 GN: Gás

Natural Subterrâneo Externa NA 46 m3/ano

CC03 EE: Energia

Elétrica Subterrâneo Externa NA 970 137 Kwh

Nota: O consumo médio foi baseado no consumo dos anos de 2016 e 2017.

1.36.4 UTILIZAÇÃO

Os combustíveis fósseis são utilizados da seguinte forma no estabelecimento:

• Fuel Óleo – uso como combustível da caldeira geradora de vapor que aquece indiretamente a água

contida no depósito um de armazenagem de água para o processo.

• GN – o gás natural é proveniente da rede pública de abastecimento utilizado na caldeira de produção

de águas quentes de alimentação ao depósito dois de armazenagem de água para o processo.

1.36.5 COMBUSTÍVEIS PRODUZIDOS

Da instalação de valorização de raspas verdes (SPOA de categoria 3) será obtida gordura de origem animal

de categoria 3 que poderá ser utilizada na caldeira de produção de vapor.

1.37 CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADES AUXILIARES

1.37.1 PRODUÇÃO DE VAPOR E PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE

1.37.2 ORIGEM E UTILIZAÇÃO

Na unidade existe produção de energia térmica (vapor de água) para aquecimento indireto do depósito de

água de menor capacidade (DS01), através 1 equipamento sob pressão denominado Gerador de Vapor JOTEX

(GV01) alimentado por um depósito superficial de fuelóleo.

Produto

armazenado

Capacidade

(L)

Material

Fabrico Tipo

Bacia de

Retenção e

Volume (m3)

Parede Dupla

(espessura

mm)

Bacia de

retenção na

boca de

enchimento

Sistema de

deteção de

fugas Ano

construção Sim

V (m3) Não Sim Não Sim Não Sim Não

FO - Fuel

Óleo 20 000 Aço Superficial N.D.

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No mesmo edifício existe uma caldeira de produção de águas quentes MORISA (GAQ01) alimentada a gás

natural proveniente da rede pública de abastecimento. A referida caldeira funciona apenas em casos de

emergência a água quente produzida nesta caldeira é encaminhada para o depósito de água quente de maior

capacidade (DS02).

Assim a produção de águas quentes desenvolve-se conforme os passos descritos nos seguintes pontos:

• A água da rede publica à temperatura ambiente passa pelo descalcificador, sendo encaminhada

para o depósito de condensados, que alimenta a geradora de vapor e a caldeira de produção de

águas quentes da unidade.

• A geradora de vapor através de um processo térmico receciona água no seu estado liquido e emite

vapor, posteriormente através da sua própria pressão transporta o vapor gerado até ao depósito

(DS01). Através do sistema de permuta de calor por serpentina, aquece a água fria contida no

depósito (DS01), encaminhando a água aquecida para o depósito DS02. Neste processo de permuta

de calor são gerados condensados, sendo os mesmos recirculados para o depósito de condensados

o que permite a reutilização parcial da energia térmica.

• A caldeira de produção de águas quentes a GN alimenta o depósito de águas quentes (DS02),

funcionando apenas em caso de emergência.

• As águas quentes contidas no depósito (DS02) abastecem o processo fabril.

1.37.3 CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS

Nas tabelas seguintes são apresentadas as características técnicas dos equipamentos utilizados na geração

de vapor, produção de águas quentes e respetivos equipamentos auxiliares.

GERADOR DE VAPOR

Tabela 29 - Características técnicas do gerador de vapor.

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência Interna --- GV01

N.º Registo --- 10209/L

Fabricante --- Joaquim de Oliveira Teixeira

& Cª, Lda

Marca --- JOTEX

Ano Fabrico --- 1992

N.º Fabrico --- 342

Pressão Máxima Admissível (PS) bar 10

Capacidade Total (V) m3 5

Potência MW 1.37

Produção de vapor Kg/h 1750

Superfície de Aquecimento m2 50

Combustível --- Fuelóleo

7 Valor calculado pela empresa JOTEXCALDEIRAS de acordo com e-mail datado de 11 de maio de 2016 para a Eng.ª Mónica Mendes.

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CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Fluído a conter --- Água/Vapor

Tabela 30 - Características depósito diário de alimentação de fuelóleo.

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO

Referência Interna --- DPD01

Fabricante --- n.d.

Marca --- n.d.

Ano Fabrico --- n.d.

N.º Fabrico --- n.d.

Capacidade Total (V) m3 0,5

Fluído a conter --- fuelóleo

CALDEIRA DE ÁGUAS QUENTES

Tabela 31 - Características técnicas da caldeira de produção de águas quentes.

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência Interna --- GV02

N.º Registo --- Não aplicável

Modelo --- MAQ720

Fabricante --- Morisa – Caldeira e

Equipamentos Industriais, S.A.

Marca --- MORISA

Ano Fabrico --- 1989

N.º Fabrico --- 31_89

Pressão Máxima Admissível (PS) bar 1,4

Capacidade Total (V) m3 2,1

Potência térmica MW 0.85

Superfície de Aquecimento m2 30

Combustível --- Gás Natural

EQUIPAMENTOS AUXILIARES

Tabela 32 - Características do depósito de condensados.

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO

Referência Interna --- DS05

Fabricante --- FANTINI COSMI SPA - Itália

Marca --- FANTINI

Ano Fabrico --- n.d.

N.º Fabrico --- CS44

Capacidade Total (V) m3 Não disponível

Fluído a conter --- Água/Condensados

1.37.4 PRODUÇÃO DE AR COMPRIMIDO

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1.37.5 ORIGEM E UTILIZAÇÃO

A unidade apresenta produção de ar comprimido para utilização no processo fabril através de 2

compressores e 3 reservatórios de ar comprimido.

1.37.6 CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO

Nas tabelas seguintes são apresentadas as principais características técnicas dos equipamentos.

Tabela 33 - Características técnicas dos reservatórios de ar comprimido.

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência interna --- RAC01

N.º Registo no MEI --- 33921/L

Fabricante --- n.d.

Ano Fabrico --- n.d.

N.º Fabrico --- n.d.

Modelo --- n.d.

Pressão Máxima Admissível (PS) bar 7,84

Capacidade Total (V) Litros 1 000

Fluido a conter --- AR

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência interna --- RAC02

N.º Registo no MEI --- N.a.

Fabricante --- FIAC

Ano Fabrico --- 2011

N.º Fabrico --- 270

Modelo --- 300

Pressão Máxima Admissível (PS) bar 7,84

Capacidade Total (V) Litros 270

Fluido a conter --- AR

CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência interna --- RAC03 e Compressor

N.º Registo no MEI --- NA

Fabricante --- FIAC

Ano Fabrico --- 2016

N.º Fabrico --- 22160

Modelo --- n.d.

Pressão Máxima Admissível (PS) bar 10

Capacidade Total (V) Litros 100

Fluido a conter --- AR

Tabela 34 - Características técnicas do compressor afeto aos RAC01 e RAC03

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CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO

Referência interna --- K01

Marca --- PONTECCHIO

MARCONI

Modelo --- NEWSILVER 10/300

Ano Fabrico --- 2011

N.º Série --- BMT 38679

Pressão bar 10

Capacidade L/min 860

Potência elétrica kW 8,2

1.37.7 PRODUÇÃO DE FRIO

Nada a assinalar.

1.38 LISTAGEM DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

A listagem de equipamentos encontra-se em anexo ao presente documento.

1.39 REGIME DE LABORAÇÃO E INDICAÇÃO DO NÚMERO DE TRABALHADORES

POR GÉNERO, E POR ATIVIDADE FABRIL

1.39.1 REGIME DE LABORAÇÃO

Na tabela seguinte encontra-se descrito o regime de laboração:

Tabela 35 - Descrição do regime de laboração da unidade.

Regime de Laboração Horário

Segunda-feira a Sexta-feira 08h00 ás 17h00

Sábado Descanso Suplementar

Domingo Descanso Semanal

1.39.2 IDENTIFICAÇÃO DE PERÍODOS DE PARAGEM

A empresa procede a um período de paragem anual no mês de agosto e no final do mês de dezembro, com

o objetivo de efetuar manutenção preventiva aos equipamentos de trabalho.

1.39.3 NÚMERO DE TRABALHADORES

A distribuição dos trabalhadores é a apresentada na tabela seguinte.

Tabela 36 - Distribuição de tarefas por trabalhadores.

Função Homens Mulheres

Encarregado da Unidade 1 0

Preparador de Caleiros 1 0

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Função Homens Mulheres

Ribeira 2 0

Operadores de Descarna 4 0

Curtume 1 1

TOTAL 9 1

Nota: os postos de trabalho, à exceção dos especializados, são rotativos de acordo com o período de duração

das fases do processo.

1.40 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE CARÁCTER SOCIAL

De acordo com o estabelecido no artigo 139º da Seção II, da portaria n.º 53/71, 3 de fevereiro relativamente

às instalações sanitárias, o estabelecimento Industrial, dispõe de instalações sanitárias de acesso fácil e

cómodo ao longo do piso onde se desenvolve a atividade industrial, sendo separadas por sexo e não

comunicando diretamente com os locais de trabalho.

As tabelas seguintes identificam para cada instalação sanitária o equipamento existente quanto ao número

de lavatórios, número de sanitas e número de urinóis.

1.40.1 REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS – ÁREA DE PRODUÇÃO

Ponto 2, do art.º 139 da seção II da

Portaria n.º53/71, 3 de fevereiro

Instalações Sanitárias

Avaliação do Requisito - Art.º139, 2)

N.º

Trabalhadores

Quantidade

existente C NC NA

I.S. Masculinas

Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 15 2

Sanitas 1 por cada 25 trabalhadores ou fração 15 2

Urinol 1 por cada 25 trabalhadores ou fração 15 2

I.S. Femininas

Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 1 2

Sanitas 1 por cada 25 trabalhadores ou fração 1 1

1.40.2 REQUISITOS DOS BALNEÁRIOS – ÁREA DE PRODUÇÃO

Balneários

Portaria n.º53/71,

3 de fevereiro

Art.º 139

Avaliação do Requisito Art.º139

N.º

Trabalhadores

Quantidade

existente C NC

Balneários Masculinos

Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 15 2

Duches 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 15 2

Armários N.º Avaliação do Requisito 4.2.2

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NP 1116:1975 – Armários e

Vestiários – definição, utilização e

características

Trabalhadores Quantidade

existente C NC

N.º de

Armários

Individuais

Armários-vestiários tipo B, com dimensões

interiores mínimas de

150mmx480mmx1700mm, e o destinado ao

vestiário de uso corrente deve ter as dimensões

interiores mínimas de 300mmx480mmx1700mm

15 13

Balneários Femininos

Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 1

2

Duches 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 1

Armários

NP 1116:1975 – Armários e

Vestiários – definição, utilização e

características

N.º

Trabalhadores

Avaliação do Requisito 4.2.2

Quantidade

existente C NC

N.º de

Armários

Individuais

Armários-vestiários tipo B, com dimensões

interiores mínimas de

150mmx480mmx1700mm, e o destinado ao

vestiário de uso corrente deve ter as dimensões

interiores mínimas de 300mmx480mmx1700mm

1 1

1.40.3 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, VESTIÁRIOS, BALNEÁRIOS E SALA DE

REFEIÇÕES

Portaria n.º53/71, 3 de Fevereiro

Seção I - Art.º 9

Paredes

Avaliação do Requisito

Art.º9

EXIGÊNCIA C NC

1 - As paredes dos locais de trabalho, quando não sejam construídas com material preparado para ficar à vista, serão guarnecidas com revestimentos apropriados que garantam as indispensáveis condições de salubridade.

As paredes estão executadas em alvenaria

rebocada

2 - As paredes devem ser de preferência lisas, de fácil limpeza e revestidas ou pintadas de cores claras não brilhantes, se outras cores não forem impostas por condições especiais.

As paredes estão revestidas a azulejo a uma altura

de 2m, sendo a restante pintada a cor branca

3 - Quando for necessário, as paredes devem ser revestidas com materiais impermeáveis até, pelo menos, 1,50 m de altura.

Sendo o azulejo o material de revestimento, este

aufere a impermeabilidade das paredes

Portaria n.º53/71, 3 de Fevereiro

Seção II - Art.º 139, 1)

1) Instalações Sanitárias

Avaliação do Requisito

Art.º139, 1)

EXIGÊNCIA C NC

Serem separadas por cada sexo São separadas por sexo Masculino e Feminino

Não comunicarem diretamente com os locais de trabalho e terem acesso fácil e cómodo. A comunicação com os locais de trabalho deve fazer-se, de preferência, por passagens cobertas, no caso de as instalações sanitárias se situarem em edifício separado;

Comunicam diretamente com o local de trabalho

Disporem de água canalizada e de esgotos ligados à rede geral ou a fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos

O abastecimento de água é feito a partir da

rede de distribuição pública, com uma pressão

mínima de 25 m.c.a.

A ligação da rede pública ao edifício é

constituída por tubagem em PVC PN16

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Seção II - Art.º 139, 1)

1) Instalações Sanitárias

Avaliação do Requisito

Art.º139, 1)

EXIGÊNCIA C NC

No interior do edifício a rede é constituída por

tubagem em PPR PN16, á vista e fixa às paredes

ou tetos.

A água quente fornecida às instalações

sanitárias será feita com recurso á instalação de

um termoacumulador

Os esgotos encontram-se ligados a coletor

municipal

Serem iluminadas e ventiladas conforme as disposições do capítulo II respeitantes a esta matéria

A iluminação é artificial

A ventilação dos balneários e instalações

sanitárias é forçada e a mesma será do tipo

centrífugo próprios para montagem em linha com

pás de curvatura recuada, com motor diretamente

acoplado.

Os pavimentos serem revestidos de material resistente, liso e impermeável, inclinados para ralos de escoamento providos de sifões hidráulicos

Os pavimentos são revestidos a azulejo

As paredes serem de cor clara e revestidas de azulejo ou outro material impermeável até, pelo menos, 1,5 m de altura.

As paredes são revestidas a azulejo até uma altura

de 2m, e sendo este um material de revestimento,

este aufere a impermeabilidade das paredes

1.40.4 SALA DE REFEIÇÕES

A empresa possui sala de refeições no primeiro piso da unidade sem comunicação direta com a zona fabril.

1.40.5 PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO E DESINFEÇÃO DAS INSTALAÇÕES

O plano de higienização identifica as medidas a tomar de modo a manter a limpeza das instalações de

produção, sanitárias, sala de refeição e serviços administrativos do estabelecimento.

Complementarmente o programa de higienização é útil na otimização da operação de limpeza e desinfeção

e na normalização das atividades que se referem à higienização por parte dos colaboradores responsáveis.

Para cada área é estabelecido um plano de limpeza e desinfeção específico, sendo selecionados produtos

de higienização adequados ao tipo de sujidade e de superfície.

Os detergentes e desinfetantes são armazenados em armário destinados ao efeito.

1.41 PRIMEIROS SOCORROS

De acordo com o artigo 75.º da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede à segunda alteração da Lei n.º

102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho,

a empresa ou o estabelecimento, “qualquer que seja a modalidade do serviço de segurança e saúde no

trabalho, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades de emergência e primeiros socorros, de

evacuação de trabalhadores e de combate a incêndios”.

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Neste âmbito pretende-se realizar um levantamento das necessidades da unidade em termos da prestação

de cuidados de 1º socorros, sendo a mesma assegurada pela aquisição do material de 1º socorro (conteúdo

mínimo) e a sua monitorização assegurada com recurso a uma lista com indicação do conteúdo mínimo,

onde se monitoriza quantidades existentes e validades dos produtos. Em planta de equipamento é

apresentada a localização prevista para a localização da caixa de primeiros socorros.

O estabelecimento pretende complementarmente implementar as medidas de autoproteção uma vez que o

projeto de SCIE já se encontra aprovado pela autoridade competente.

1.42 PRODUÇÃO DE ÁGUAS QUENTES SANITÁRIAS

A produção de águas quentes sanitárias para abastecimento dos balneários é assegurada por

termoacumulador.

9 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

1.43 SERVIÇOS DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

1.43.1 SERVIÇOS DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO

De acordo com o artigo 73º da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede á segunda alteração da Lei n.º

102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho,

a entidade empregadora deve organizar o serviço de segurança e saúde no trabalho de acordo com as

modalidades previstas no artigo 74º da referida Lei.

Na Organização do serviço de Segurança e Saúde no trabalho, o empregador pode adotar, uma das seguintes

modalidades (artigo 74º, Lei n.º 3/2014 de 28 de janeiro):

a. Serviço interno8;

b. Serviço comum;

c. Serviço externo.

A Entidade Empregadora adotou a modalidade de organização de Serviços Externos para a atividade de

serviços de Segurança e Saúde no Trabalho – MediSigma.

1.43.2 PLANO DE EXAMES DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE

8Aplica-se para estabelecimentos que tenha pelo menos 400 trabalhadores; de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior número

de trabalhadores e que, com este, tenham pelo menos 400 trabalhadores; estabelecimento com actividades que envolvam risco elevado (artigo 78º, Lei

n.º 102/2009) a que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores

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De acordo com a secção VII da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede á segunda alteração da Lei n.º

102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho,

onde se encontra descrita a necessidade de existência de médico de trabalho no local.

Os serviços de Medicina do Trabalho realizam através de consultas de vigilância de saúde a realizar através

de Médico do trabalho os seguintes exames de saúde:

a) Exames de admissão, antes do início da prestação de trabalho ou, se a urgência da admissão o

justificar, nos 15 dias seguintes;

b) Exames periódicos, anuais para os menores e para os trabalhadores com idade superior a 50 anos,

e de 2 em 2 anos para os restantes trabalhadores;

c) Exames ocasionais, sempre que haja alterações substanciais nos componentes materiais de

trabalho que possam ter repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem como no caso de

regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente.

Os Recursos Humanos da Organização têm a responsabilidade de elaborar em conjunto com a empresa

prestadora de serviços de Medicina do Trabalho um plano de exames de vigilância da Saúde.

1.44 AÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS

A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, de forma a impedir que a

segurança física do trabalhador possa ser comprometida (mera probabilidade e incerteza da ocorrência de

danos), durante a realização do seu trabalho.

O Plano de Prevenção implementado no estabelecimento visa identificar, prevenir e reduzir os riscos de

ocorrência, definindo regras de segurança, de exploração e de comportamento a adotar.

1.45 PLANO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

De acordo com a alínea b) e c), do ponto 1 do artigo 73.º-B da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede á

segunda alteração da Lei n.º 102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da

segurança e saúde no trabalho, “O serviço de Segurança e de Saúde no Trabalho deve proceder à validação

de riscos, elaborando os respetivos relatórios”, “Elaborar o plano de prevenção de riscos profissionais, bem

como planos detalhados de prevenção e proteção exigidos por legislação especifica”.

A unidade apresenta a Avaliação de Riscos e respetivo plano de prevenção realizados pela empresa

prestadora de Serviços: MediSigma.

1.46 DIMENSÃO DO LOCAL DE TRABALHO

Nas tabelas seguintes são apresentados os pés direitos de todos os edifícios e a dimensão dos diversos

locais de trabalho.

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Tabela 37 - Pé direito dos locais de trabalho.

EDIFÍCIO PÉ DIREITO

(m)

Armazém de peles e couros > 3 m

Zona de Armazenagem e Produção > 3 m

Armazém de substâncias químicas > 3 m

Gabinete 2.7 m

Tabela 38 - Dimensão dos locais de trabalho.

LOCAL DE TRABALHO ÁREA

(m2/trabalhador)

VOLUME

(m3/trabalhador) OBSERVAÇÕES9

Armazém de peles e couros > 4 > 12

Zona de Armazenagem e

Produção > 4 > 12

Armazém de substâncias

sólidas e líquidas > 4 > 12

Gabinete > 2 > 12

1.47 ESTUDO DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO DE RISCOS PARA A

SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO

1.47.1 IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE PERIGO INTERNAS

1.47.2 AGENTES QUÍMICOS

A nível de agentes químicos foram identificadas as seguintes fontes de perigo de maior impacto:

• Ácido fórmico,

• Ácido sulfúrico.

1.47.3 AGENTES FÍSICOS

1.47.3.1 INTRODUÇÃO

As fontes de perigo internas relevantes referentes a agentes físicos identificados foram:

• Ruído,

• Iluminância,

• Vibrações,

• Ambiente térmico.

1.47.3.2 RUIDO

9 Fonte Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro

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As fontes geradoras de resíduos de maior relevância (com nível de potencia sonora superior a 80 dB(A))

encontram-se descriminadas no módulo VIII, no documento com a seguinte designação MD.VIII.1.Ruido

submetido na plataforma LUA.

1.47.3.3 ILUMINÂNCIA

Ainda não se dispõe de dados suficientes para análise da adequação dos níveis de iluminância, a análise

será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de segurança e saúde no trabalho.

1.47.3.4 VIBRAÇÕES

Ainda não se dispõe de dados suficientes para análise das vibrações a que os trabalhadores se encontram

sujeitos, a análise será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de segurança e saúde

no trabalho.

1.47.3.5 RADIAÇÕES

Não aplicável.

1.47.3.6 AMBIENTE TÉRMICO

Ainda não se dispõe de dados suficientes para avaliação das temperaturas a que os trabalhadores se

encontram expostos, a análise será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de

segurança e saúde no trabalho.

1.47.4 AGENTES MECÂNICOS

As fontes de perigo internas referentes a agentes mecânicos identificados foram:

❖ Partes móveis dos equipamentos fabris,

❖ Equipamentos de transporte de carga.

Não se dispõe de dados suficientes que permitam avaliar todos os riscos mecânicos presentes no

estabelecimento, a análise será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de segurança

e saúde no trabalho.

1.47.5 AGENTES BIOLÓGICOS

De acordo com a avaliação de riscos efetuada pela empresa responsável pela Segurança e Saúde no

Trabalho na Curtumes Boaventura, Lda. os fatores de risco associados a agentes biológicos relacionam-se

com a presença no ambiente de trabalho de microrganismos como vírus, bactérias, fungos, parasitas,

germes, etc, penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele. Os fatores de

risco associados a agentes biológicos são responsáveis por transmissão de variadas doenças.

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Associadas a tarefas de manipulação de peles, são comuns de acordo com a bibliografia disponível infeções

por borrelias, nomeadamente Doença de Lyme e infeções por rickettias também designadas por Febre Q.

Estão também, descritas algumas infeções por fungos originando dermatoses cutâneas e das unhas ou

Carbúnculo, doença infeciosa aguda provocada pela bactéria Bacillus anthracis, comum nos animais

herbívoros, mas que também pode afetar os seres humanos.

1.47.6 FONTES DE PERIGOS DE INCÊNDIO E DE EXPLOSÃO INERENTES AOS EQUIPAMENTOS

OU DE PRODUTOS ARMAZENADOS, UTILIZADOS OU FABRICADOS, NOMEADAMENTE

OS INFLAMÁVEIS, OS TÓXICOS OU OUTROS PERIGOSOS

1.47.6.1 A NÍVEL DE INCÊNDIO

As fontes de perigos neste domínio são os afetos a:

❖ Armazenagem de substâncias químicas sólidas e liquidas,

❖ Armazém de peles e couros,

❖ Telheiro de armazenagem de resíduos: papel/cartão e plástico,

❖ Equipamentos nomeadamente: Caldeiras,

❖ Quadros elétricos e de controlo.

1.47.6.2 A NÍVEL DE EXPLOSÃO

As fontes de perigos neste domínio são os afetos a:

❖ Reservatório de Ar comprimido (RAC),

❖ Caldeira de produção de vapor,

❖ Caldeira de produção de água quente,

❖ Motores elétricos.

1.47.7 A ESCOLHA DE TECNOLOGIAS QUE PERMITAM EVITAR OU REDUZIR OS RISCOS

DECORRENTES DA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS OU PRODUTOS PERIGOSOS

1.47.8 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos fabris a instalar apresentarão os seguintes aspetos de forma a minimizar o risco da sua

utilização:

❖ Confinamento dos RAC’s no exterior e uso de cabines de proteção;

❖ Partes móveis em movimento estão protegidas;

❖ Corte energia junto a cada equipamento;

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❖ Identificação de áreas restritas à permanência de trabalhadores;

❖ Uso de sinalização, nomeadamente sinalização de perigo e de informação;

❖ Informação e formação dos trabalhadores.

1.47.9 MATÉRIA-PRIMA, SEMI-ACABADO, SUBPRODUTOS E PRODUTO ACABADO

No que respeita a matéria-prima, mercadorias e produto acabado deverão ser previstas medidas de forma a

minimizar o risco da sua utilização.

1.47.10 VEÍCULOS DE TRANSPORTE MECÂNICO DE CARGA

Relativamente aos veículos de transporte mecânico de carga deverão ser tomados os seguintes aspetos de

forma a minimizar o risco da sua utilização:

❖ Sinalização,

❖ Identificação e sinalização a nível de pavimento os circuitos e passagem dos veículos,

❖ Uso exclusivamente por operadores autorizados e formados para a sua condução,

❖ Informação e formação dos trabalhadores.

1.47.11 PRODUTOS PERIGOSOS

Em relação aos produtos perigosos recomenda-se, a armazenagem em locais próprios, identificados e

separados por categoria com especial atenção para eventuais incompatibilidades.

1.47.12 AS CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM, MOVIMENTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS

INFLAMÁVEIS, TÓXICOS OU OUTROS PERIGOSOS

1.47.13 CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM

1.47.13.1 MATÉRIA-PRIMA /MERCADORIAS/PRODUTOS ACABADOS

a. Os locais onde estão armazenados os produtos químicos são dotados de piso impermeável;

b. Não existe ligação do sistema de drenagem do pavimento aos coletores de águas pluviais;

c. Os locais de armazenamento não estão expostos a intempéries;

d. Os locais de armazenamento têm acesso restrito a pessoas autorizadas;

e. Os locais destinados a armazenagem de produtos químicos apresentam boas condições de ordem

e limpeza;

f. Os locais estão adequadamente iluminados (200 Lux) permitindo a leitura fácil e objetiva da

identificação dos produtos e cuidados necessários para a manipulação dos mesmos;

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g. Os produtos químicos estão agrupados, tomando-se por base a família a qual pertençam, evitando-

se composições de risco;

h. Os produtos incompatíveis estão armazenados, distantes entre si, o máximo possível, sendo que,

quando não for viável, deverão existir barreiras físicas entre os mesmos;

i. Os produtos químicos são armazenados devidamente rotulados nos locais previamente definidos e

sinalizados;

j. As fichas contendo orientações de primeiros socorros em caso de acidentes, que obrigatoriamente

devem acompanhar os produtos são afixadas junto ao mesmo;

k. Os locais destinados a armazenagem de produtos químicos estão adequadamente sinalizados,

quanto ao produto e grau de agressividade do mesmo;

l. É expressamente proibido fumar nos locais de armazenamento e manipulação de produtos

químicos;

m. Não será permitido a ingestão de alimento de qualquer tipo, nos locais destinados ao

armazenamento e manipulação de produtos químicos.

1.47.14 CONDIÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO

1.47.14.1 MATÉRIA-PRIMA /MERCADORIAS/PRODUTOS ACABADOS

A movimentação dos produtos químicos é executada da seguinte forma:

a. Todos os funcionários que estão expostos ou poderão vir a ficar expostos a produtos químicos devem

estar instruídos em relação aos procedimentos que devem adotar para que essa atividade seja feita

com total segurança;

b. Esses funcionários devem ainda ter conhecimento dos riscos oferecidos pelos produtos que

manuseiam e de como agir em caso de acidente;

c. É obrigatório o uso dos EPI - Equipamento de Proteção Individual indicados para o tipo de atividade

e/ou produto químico que se está a manipular;

d. Sempre que possível, deve-se substituir o produto em utilização por outro de menor toxidade ou que

apresente menor risco de agressão ao trabalhador e ao meio ambiente;

e. A rejeição dos resíduos gerados na utilização de produtos químicos será da responsabilidade de

quem o manipular, devendo consultar o responsável para orientação dos procedimentos a serem

tomados;

f. É proibido fumar durante o manuseio de produtos químicos.

1.47.15 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS E MEIOS DE PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS E

PROTEÇÃO DE TRABALHADORES

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1.47.16 EM MATÉRIA DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO

Nesta matéria pode-se apontar as seguintes medidas e meios:

❖ Uso de proteções físicas que impeçam o trabalhador aproximar-se dos perigos;

❖ Uso de meios mecânicos para o transporte de cargas;

❖ Uso de Equipamento de Proteção Individual, tais como: vestuário, botas, luvas, máscara, óculos;

❖ Monitorização de forma a controlar a exposição dos trabalhadores a agentes físicos e químicos;

❖ Uso de sinalização (perigo e informação).

1.47.17 PLANO DE MANUTENÇÃO (PROCESSO)

Será elaborado um plano de manutenção específico para cada equipamento de processo, incluindo todos os

órgãos de segurança, que tipifica o tipo de manutenção, periodicidade de manutenção, responsável pela

manutenção e monitorização.

O plano de manutenção será elaborado de acordo com orientações e especificações do fabricante.

1.47.18 MEDIDAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

1.47.18.1 GESTÃO DOS TEMPOS DE EXPOSIÇÃO

A gestão dos tempos de exposição do trabalhador está associada à tarefa que o trabalhador executa em

relação ao fator de risco a que ele está exposto.

Na unidade em análise a gestão dos tempos de exposição não é um fator intrínseco estabelecido.

Na maioria das tarefas desempenhadas pelos trabalhadores, o tempo de duração é curto, sendo grande

parte da duração do processo destinado á ribeira e ao curtume. Poderemos considerar que o tempo de

exposição, com maior relevância, estará associado às seguintes tarefas:

❖ Descarna,

❖ Encaminhamento das peles para a máquina de escorrer.

1.47.18.2 ARRUMAÇÃO E LIMPEZA DOS LOCAIS DE TRABALHO

Encontram-se definidos princípios e regras aplicadas à arrumação e limpeza dos locais de trabalho.

Com essa finalidade serão definidos locais para armazenagem das ferramentas, utensílios e assessórios no

local de trabalho, bem como serão disponibilizados no local armários para a arrumação dos produtos de

limpeza e seus assessórios de limpeza.

Haverá periodicamente relatórios de acompanhamento a constatar o cumprimento desses princípios e regras

de arrumação e limpeza nos locais de trabalho.

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1.47.19 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA

Serão elaboradas diversas instruções de segurança nomeadamente:

❖ Utilização de EPI´s,

❖ Entrada em ambientes ruidosos,

❖ Operações de manutenção

1.47.20 MEDIDAS DE FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO

Será elaborado e disponibilizado para este estabelecimento:

a. Manual de segurança;

b. Informação do modo de proceder em caso de incidente e acidente de trabalho;

c. Quais os riscos presentes no local de trabalho e na sua envolvente, sob a forma de plantas onde se

identificam quais os fatores de risco e sua intensidade;

d. Alertas de segurança, incluindo as boas práticas de segurança a adotar na unidade industrial;

e. Circuitos de circulação de matéria-prima, matéria subsidiária, produto final e resíduos

f. Serão calendarizadas ações de formação em matéria de Higiene e Segurança do trabalho, atuação

em caso de situação de emergência, atuação em caso de pequenos derrames e derrames de grande

dimensão.

1.47.21 RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO ADOTADAS

1.47.21.1 A NÍVEL DO PROJETO

A nível de projeto serão adotadas as medidas apresentadas em projeto da especialidade de SCIE aprovado

pela ANPC.

1.47.21.2 AQUANDO DA INSTALAÇÃO, EXPLORAÇÃO E DESATIVAÇÃO

As instalações apresentarão meios de primeira intervenção a nível do combate a incêndios, bem como a sua

deteção.

Nos pontos seguintes são descritas algumas medidas e meios de prevenção de riscos e proteção de

trabalhadores:

• Disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual;

• Dispositivos de proteção dos elementos móveis em rotação ou translação (blindagem de

movimentos rotativos);

• Instalação de escadas com guarda corpos;

• Disponibilização de empilhadores para o transporte de cargas;

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• Mecanismos para paragem de emergência;

• Aplicação de estruturas de proteção contra o risco de queda de materiais;

• Condições de armazenagem adequada de substâncias ou preparações perigosas.

1.47.22 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA

A sinalização de segurança nas instalações industriais, tem normalmente uma configuração complexa não

sendo possível adotar uma solução de sinalização padronizada.

Deste modo, para cada sinal deve-se ter em consideração a maior distância de observação a que deverá ser

visualizado. Tendo em atenção estes pormenores, definir-se-á convenientemente a dimensão, o tipo de

aplicação e a altura de instalações dos sinais.

O estabelecimento industrial encontra a implementar/instalar a sinalização de Segurança Vertical e

Horizontal.

1.47.23 MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

1.47.23.1 IDENTIFICAÇÃO

Para este estabelecimento Industrial, vai ser efetuado uma instrução operacional, que tem como objetivo

identificar e selecionar quais os equipamentos de proteção individual a utilizar para as funções a

desempenhar.

Os passos a ter em consideração na identificação dos EPI’s são:

• Identificação e Seleção de EPI por Função/Tarefa

• Identifico o EPI de uso Geral

• Identifico a Tarefa

• Identifico o tipo de EPI para a tarefa

• Identifico as especificidades do EPI (proteção da exposição ao fator de risco presente)

1.47.23.2 PLANO DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Com base nas especificidades do EPI em análise e uso, será elaborado um plano de manutenção para o

mesmo.

A manutenção do EPI da responsabilidade do operador que o utiliza.

Será disponibilizado na unidade industrial armários ou suportes para armazenar os EPI´s de uso geral para

cada operador.

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1.47.24 INDICAÇÃO DAS PRINCIPAIS FONTES DE EMISSÃO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES E DAS

CERTIFICAÇÕES E SISTEMAS DE SEGURANÇA DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A

INSTALAR

Atualmente não se dispõe de todos os dados dos níveis de ruído produzidos pelos equipamentos existentes

na unidade, sendo que os níveis de ruido contantes na Erro! A origem da referência não foi encontrada. se e

ncontram de acordo com a última avaliação de ruído ocupacional efetuada a 03 de dezembro de 2014.

1.47.25 OS MEIOS DE DETEÇÃO E ALARME DAS CONDIÇÕES ANORMAIS DE FUNCIONAMENTO

SUSCETÍVEIS DE CRIAREM SITUAÇÕES DE RISCO

A unidade fabril disporá de meios automáticos de deteção contra incêndios e de alarme conforme descrito

no projeto da especialidade.

A assistência aos meios de intervenção em termos de SCIE será dada por empresa externa da especialidade.

No caso de uma emergência o processo será totalmente parado através de Paragem de emergência

acionando as betoneiras de emergência localizadas junto aos equipamentos.

1.48 ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

1.48.1 ENQUADRAMENTO

Os edifícios, os estabelecimentos e os recintos devem no decurso da exploração dos respetivos espaços, ser

dotados de medidas de organização e gestão da segurança designadas por medidas de autoproteção.

O responsável pela segurança contra incêndio (RS) perante a entidade

competente é a pessoa individual ou coletiva a que se referem os

n.º 3 e 4 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de

outubro que procede á primeira alteração do Decreto-Lei n.º

220/2008 de 12 de novembro.

O artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro define que a entidade responsável designa um

delegado de segurança para que este execute as medidas de

autoproteção.

O delegado de segurança age em representação da entidade

responsável, ficando esta integralmente obrigada ao cumprimento

das condições de SCIE, previstas no RT-SCIE e demais legislação aplicável.

Responsável Segurança

DESIGNA

Delegado de Segurança

•Proprietário

Responsável Segurança

•Executa as medidas de autoprotecção

Delegado de Segurança

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1.48.2 MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO

No artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro é referido que a autoproteção e a gestão de

segurança contraincêndios em edifícios e recintos, durante a exploração ou utilização dos mesmos, baseiam-

se nas seguintes medidas:

• Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de prevenção ou planos de prevenção,

conforme a categoria de risco;

• Medidas de intervenção em caso de incêndio, que

tomam a forma de procedimentos de emergência

ou de planos de emergência interno, conforme a

categoria de risco;

• Registo de segurança onde devem constar os

relatórios de vistoria ou inspeção, e relação de

todas as ações de manutenção e ocorrências

direta ou indiretamente relacionadas com a SCIE;

• Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas a todos os funcionários e colaboradores das

entidades exploradoras, ou de formação específica, destinada aos delegados de segurança e outros

elementos que lidam com situações de maior risco de incêndio;

• Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes com vista a criação

de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.

O plano de segurança interno será constituído pelo:

• Plano de prevenção;

• Plano de emergência interno (PEI);

• Registos de segurança.

1.48.3 PONTO DE SITUAÇÃO

As medidas de autoproteção encontram-se aprovadas pela ANPC.

10 PROTEÇÃO DO AMBIENTE

1.49 ÁGUA ABASTECIMENTO

1.49.1 ORIGEM DA ÁGUA UTILIZADA/CONSUMIDA E CAUDAIS

Na tabela seguinte são apresentadas as origens, utilizações e caudais de água consumidos no

estabelecimento.

Tabela 39 - Identificação das origens e caudais de água consumidos.

•Registos de segurança

•Plano de prevenção

•Plano de Emergência Interno

•Acções de sensibilização

•Simulacros

Medidas de Autoprotecção

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CÓDIGO

ORIGEM

LICENÇA ARMAZENAGEM CONSUMO

(m3/ANO)10 Tipo Coordenadas Geográficas

Longitude Latitude

AC1 FR1 Furo vertical - 8.671088 39.455565 ARHT/1442.09/T/A.CA.F NA 22 781

AC2 OT1 Rede

Pública

--- --- ---- NA 19

Legenda: NA – Não aplicável; FR – Furo; RT – Redes de terceiros, OT - Outra.

AC1 - Furo 1 Contador da Rede pública

Contador AC1

1.49.2 USOS/SISTEMA DE TRATAMENTO

Tabela 40 - Identificação das utilizações de água.

CÓDIGO UTILIZAÇÕES SISTEMA TRATAMENTO

OBSERVAÇÕES Sim Não Tipo

AC1 RG

PI

Rega

Preparação de caleiros

Adição de

Hipoclorito de sódio

AC2 DM Instalações sanitárias e refeitório NA

Legenda: NA – Não aplicável; RG – Rega; PI – Processo Industrial; DM: doméstica (instalações sanitárias, balneários, refeitório/cantina).

10 Valor referente ao ano de 2013

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1.49.3 TRATAMENTO DE ÁGUAS

1.49.4 ÁGUA ALIMENTAÇÃO AO GERADOR DE VAPOR E CALDEIRA DE ÁGUA QUENTE

A qualidade da água de alimentação ao gerador de vapor e caldeira de produção de água quente é um fator

fundamental para o bom funcionamento do sistema, como tal a água de alimentação é submetida a um

tratamento composto por descalcificação [permuta íonica para remoção do cálcio e magnésio] e adição de

produtos químicos para acondicionamento da água de forma a evitar a corrosão e formação de depósitos de

calcário.

1.49.4.1 SISTEMA DE DESCALCIFICAÇÃO

Para tratamento da dureza da água, existe no estabelecimento um

sistema de descalcificação volumétrico cujo processo consiste na

redução da dureza da água utilizando uma da resina de permuta iónica,

onde se removem os catiões de cálcio e magnésio, responsáveis pela

dureza conferida à água.

Quando a resina atinge a saturação tem de ser regenerada com uma

solução saturada de cloreto de sódio, onde se processa novamente a

troca iónica, ficando os iões de sódio retidos na resina, libertando o cálcio

e o magnésio na forma de cloretos.

Deste modo o tratamento de água de caldeiras realizado previne as seguintes anomalias:

• Corrosão provocada pelo vapor e água do gerador;

• Formação de incrustações e depósitos nas paredes dos tubos e tubulações; e

• Arrastamento de materiais contaminantes da água da caldeira para as demais partes do sistema de

vapor, como redes, válvulas e turbinas.

Na tabela seguinte encontram-se apresentadas as características técnicas do equipamento de tratamento

da água de alimentação ao gerador de vapor.

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Tabela 41 - Características do equipamento de tratamento água.

EQUIPAMENTO QUANTIDAD

E

VOLUME

OBSERVAÇÕES

Coluna descalcificadora 1 300 m3 Sistema Simplex

Depósito de preparação de

salmoura

1 500 L

1.49.4.2 ACONDICIONAMENTO DA ÁGUA DESCALCIFICADA

O acondicionamento da água descalcificada é realizado no tanque de condensados sendo efetuado o

doseamento de produtos formulados para a remoção de oxigénio e impedir a incrustação das tubagens,

recorrendo a uma bomba doseadora.

A referida bomba doseadora, encontra-se localizada junto ao depósito de alimentação das caldeiras (depósito

de condensados) que alimenta a caldeira geradora de vapor e a caldeira geradora de água quente.

O sistema de doseamento é composto por:

• Bomba doseadora diafragma com motor com sistema acoplado on/off – a dosagem de solução é

efetuada quando o gerador de vapor está em funcionamento.

• Cuba de armazenamento - Depósito em PP para preparação da solução.

• Sonda de nível em PP resiste à corrosão - Quando o tanque de solução atinge um baixo valor, a sonda

emite um sinal para desligar a bomba de modo a não ocorrer desgaste pelo trabalho a seco.

1.49.5 ÁGUA ALIMENTAÇÃO AOS FOULONS

Após o tratamento de descalcificação e de remoção do oxigénio presente na água esta é encaminhada ao

gerador de vapor ou à caldeira de água quente. A caldeira de água quente alimenta o depósito horizontal

(DP02) tendo a anterior permanentemente água quente. Já a caldeira de vapor através de um sistema de

serpentinas aquece a água à temperatura ambiente contida no depósito vertical (DP01).

SISTEMA DE DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS

Substância doseada: BOTAN FT 95/ BOTAN SR 95

Volume: 50 L

Abastece: 1 bomba doseadora

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Nas tabelas de equipamentos em anexo encontram-se apresentadas as características dos depósitos de

armazenagem de águas quentes.

1.49.6 REUTILIZAÇÃO OU RECIRCULAÇÃO DE ÁGUAS DO PROCESSO

Não aplicável.

1.50 ÁGUAS RESIDUAIS

1.50.1 ORIGEM E CAUDAL

Na tabela seguinte são identificadas a origem, o local e o caudal de águas residuais estimado.

Tabela 42 - Origem, local e o caudal de águas residuais estimado.

TIPO DE

ORIGEM

(1)

LOCAL GERADOR

CAUDAL DESCARGA MODO DETERMINAÇÃO

DO CAUDAL DE

DESCARGA(2)

CÓDIGO LOCAL

DE DESCARGA OBSERVAÇÕES MÉDIA

DIÁRIO (m3/dia)

MÉDIO

ANUAL (m3/ano)

IN

Ribeira e Pavimentos 79 19894 MC ED1

Curtume ND ND ES Tanque Águas residuais com

crómio

DM IS, Balneários ND ND ES ED2 Ano 2016: 15

trabalhadores

Legenda: (1) DM: Doméstico; PL: Pluvial; IN: Industrial; DI: Doméstico + Industrial; OT: Outro.

(2) MC: Método de cálculo; ES: Estimativa.

1.50.2 PONTO E REGIME DE DESCARGA

Tabela 43 - Caracterização do ponto e regime de descarga.

TIPO DE

ORIGE

M (1)

PONTO DE DESCARGA REGIME DE DESCARGA Coordenadas

Geográficas

Local de

Descarga

Meio de

Descarg

a (2)

Nome do Recetor Sistema

de

Descarg

a

Tip

o (3)

h/di

a

d/mê

s

Semana

/

ano Long Lat

IN - 8,671659 39,455729 ED1 CI ETAR/AUSTRA Caixa de

Visita

C 3 20 52

IN - 8,671732 39,455984 Tanque CT SIRECRO/AUSTR

A

Recolha

pela

AUSTRA

NA --- --- ---

DM ND ND --- CM --- ETAR da

Câmara

E --- --- ---

Legenda: (1) DM: Doméstico; PL: Pluvial; IN: Industrial; DI: Doméstico + Industrial; OT: Outro.

(2) CM: Coletor Municipal seguido de ETAR; CI: Coletor Industrial seguido de ETAR; CS: Coletor Misto seguido de ETAR; CN: Coletor Não

seguido de ETAR; CR: Cisterna; CT: Camião-Tanque ET: Entrega a Terceiros; OT: Outro (especifique na coluna Observações);

(3) C: descarga contínua; D: descarga descontínua; E: descarga esporádica (indicar periodicidade na coluna Observações, p.e. 2

horas/dia; 1 hora, 2 vezes por semana); P: descarga potencial (indicar causa na coluna Observações: derrames acidentais, esvaziamento

de reservatórios, etc.);

1.50.3 TRATAMENTO

Na tabela seguinte é apresentado o tipo de tratamento efetuada ás águas residuais geradas na unidade bem

como as linhas afetas ao mesmo.

Tabela 44 - Tipo de tratamento efetuada para as águas residuais geradas - Linhas de Tratamento.

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Origem das

águas

residuais

Código ponto

de descarga Etapas de Tratamento Observações

LT01 ED1 TM:

Tamisação GR: Gradagem

HM:

Homogeneização

Encaminhadas para o coletor

da entidade gestora: AUSTRA

LT02 ED2 TM:

Tamisação

As águas encaminhadas

para o tanque de

armazenagem apenas

sofrem uma tamisação

LT03 ED3 As águas residuais do tipo

doméstico não são sujeitas a

tratamento.

Legenda: (1) GR: Gradagem; TM: Tamisação; DO: Desoleador; NT: Neutralização; HM: Homogeneização; FL: Floculação; DC: Decantação;

LG: Lagunagem; DB: Discos Biológicos; LP: Leitos Percoladores; LA: Lamas Ativadas; FS: Fossa Séptica; FC: Fossa Séptica com Instalação

Complementar, TA: Tratamento Anaeróbio; AR: Arrefecimento.

1.50.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS INDUSTRIAIS

O estabelecimento gera duas tipologias distintas de água residuais:

• Águas residuais mistas: provenientes dos processos associados á ribeira e pavimentos,

• Águas residuais com crómio: provenientes dos processos associados á curtimenta (banhos de

crómio).

• Águas sulfuradas: provenientes de processos associados à ribeira.

O sistema de tratamento para as águas residuais mistas é constituído pelas seguintes etapas:

1. Gradagen,

2. Tamisagem,

3. Tanque de dessulfuração,

4. Homogeneização,

5. Medição de caudal.

6. Descarga em coletor industrial.

As águas residuais mistas são descarregadas no coletor com destino á ETAR de Alcanena.

Já no que respeita às águas residuais provenientes dos banhos de crómio o seu processo de tratamento

consiste na passagem por um tamisador, com a finalidade de reter as partículas sólidas de maior dimensão,

seguindo-se o encaminhamento para o tanque de armazenagem de banhos crómio. A recolha das referidas

águas é efetuada periodicamente pela associação AUSTRA encaminhando o efluente para a sua unidade

onde é realizada a recuperação de crómio.

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FLUXOGRAMA

Industria de Curtume

(1)

Caleiro

Gradagem

Tanque de sulfuretos

(2)

Conduta Mista

(3)

Curtume

Tamisagem

Caixa de Separação

Efluente com sulfuretos?

SIM

Gradagem

Tamisagem

NÃO

Tanque de Homogeneização

Medidor de caudal

Caixa de Visita

ETAR/AUSTRA

Tamisagem

Tanque de crómio

SIRECRO/AUSTRA

Recolha efluente(camião cisterna)

1.50.5 MONITORIZAÇÃO

As recolhas de amostras são realizadas pela entidade gestora (AUSTRA), enquadrando-se o estabelecimento

enquadrado na classe 2 – Unidade Industrial de curtumes que processe pele em bruto – ciclo completo

crómio de acordo com o definido no ponto 1 do artigo nº 8 do regulamento do sistema de águas residuais de

Alcanena, aprovado em assembleia geral de 17 de março de 2014.

Os parâmetros a monitorizar e respetivos valores limite encontram-se estabelecidos no Quadro A – Valores

Máximos Admissíveis das águas residuais a rejeitar no Sistema de Alcanena [VMA11] e no Quadro B– Valores

11 VMA – Valor Máximo Admissível, entendido como valor médio diário determinado com base numa amostra, representativa de água

residual, descarregada no período laboral

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Máximos Admissíveis pontuais das águas residuais a rejeitar no Sistema de Alcanena [VMAP12] do Anexo I do

referido regulamento.

Tabela 45 - Programa de autocontrolo.

LOCAL DE

AMOSTRAGEM

PARÂMETRO CL2 [MG/L] METODOLOGIA FREQUÊNCIA DE

AMOSTRAGEM VMA VMAP

Caixa à saída

da EPTARI

(Efluente)

pH --- 3 a 12.5 Escala de Sorenson Não definida

Amostragem e

controlo

executado pela

AUSTRA

SST 10000 30000 Não definido

CQO 12000 36000 Não definido

Cloretos 12000 36000 Não definido

Sulfuretos 7.5 60 SMEWW, 4500-S2, D

Crómio TOTAL 90 150 SMEWW, 3500-Cr, D

Gorduras 500 700 Não definido

Contador à

saída da EPTARI

Caudal --- --- Medição Diário

Tabela 46 - Identificação do ponto de amostragem e respetivas coordenadas.

LOCAL DE AMOSTRAGEM COORDENADAS GPS

Efluente

Longitude: - 8,671659

Latitude: 39,455729

1.50.6 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA

Na tabela seguinte apresentamos os resultados da caracterização efetuada durante o ano de 2015.

Tabela 47 - Caracterização qualitativa das águas residuais antes e após tratamento.

Data Laboratório N.º relatório pH Sulfuretos Crómio

--- --- E.S. mg/L mg O2/L

13/04/2015 AUSTRA 049/15 6,9 ---- <0,2

14/04/2015 4,1 ---- <0,2

15/04/2015 6,8 ---- <0,2

16/04/2015 8,3 ---- <0,2

17/04/2015 ---- ---- ----

12 VMAP – Valor Máximo Admissível Pontual, entendido como valor determinado com base numa amostra aleatória pontual

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20/07/2015 088/15 5,5 ---- <0,2

21/07/2015 5,1 ---- <0,2

22/07/2015 5,2 ---- <0,2

23/07/2015 ---- ---- ----

24/07/2015 ---- ---- ----

21/09/2015 104/15 8,9 ---- 5,5

22/09/2015 7,1 ---- 26,8

23/09/2015 3,0 ---- <0,2

24/09/2015 ---- ---- ----

25/09/2015 ---- ---- ----

Valor médio 6,1 ---- 3,4

VMA (Regulamento do sistema de águas residuais de

Alcanena)

--- 7.5 90

VMAP 3 a 12.5 60 150

1.51 EFLUENTES GASOSOS

1.51.1 ORIGEM DOS EFLUENTES

Na tabela seguinte são apresentadas as fontes de emissão existentes na unidade, bem como os

equipamentos associados às mesmas.

Tabela 48 - Fontes de emissão para a atmosfera.

CÓDIGO13 REF. INTERNA ORIGEM DA EMISSÃO OBSERVAÇÕES

Fontes Pontuais

FF1

GV01 Instalação de Combustão - Gerador de

vapor

GAQ01 Caldeira de produção de águas quentes

FF2 FF2 Lavador de gases associado ao tanque

de sulfuretos

Fontes Difusas

ED1 CC1 Depósito de fuelóleo Operações de carga e descarga

ED2 CC2 Gás natural No fornecimento á caldeira

ED3 --- Fumos de soldadura A periodicidade depende dos trabalhas a

realizar

ED4 --- Fugas Em flanges, válvulas e tubagens

ED5 --- Empilhadores a Diesel A periodicidade depende da utilização

1.51.2 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

13 FF – Fonte Fixa e ED – Emissão Difusa

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Na tabela seguinte são apresentados os limiares mássicos mínimos e identificado para a Fonte Fixa existente

no estabelecimento e as respetivas cargas poluentes emitidas de acordo com o relatório técnico de efluentes

gasosos n.º 2016/01241 emitido pelo Centro tecnológico de indústrias do couro (CTIC).

Tabela 49 - Limiares mássicos mínimos e respetivos valores medidos.

PARÂMETRO A

Limiar mínimo FF01

Pts [Kg/hora] 0,5 0,2

SO2 [Kg/hora] 2 1,9

NO2 [Kg/hora] 2 1,1

CO [Kg/hora] 5 0,58

COV [Kg/hora] 2 0,039

COVNM [Kg/hora] 1,5 ----

H2S [Kg/hora] 0,05 0,0047

Metais I 0,001 ----

Metais II 0,005 ----

Metais III 0,025 ----

1.51.3 DIMENSIONAMENTO DAS CHAMINÉS

Em anexo apresenta-se o parecer sobre altura das chaminés emitido pela CCDRLVT.

1.51.4 TOMAS DE AMOSTRAGEM

As tomas de amostragem cumprem os requisitos definidos na NP 2167.

1.51.5 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS DESTINADAS À SUA MINIMIZAÇÃO E TRATAMENTO

Nada a assinalar.

1.52 RESÍDUOS14

1.52.1 INTRODUÇÃO

A empresa encontra-se registada no SILIAMB, submetendo anualmente o formulário MIRR.

1.52.2 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Conforme definido no ponto 1.33.8 da presente memória descritiva.

14 Neste capítulo apenas são apresentados os resíduos gerados no estabelecimento, à exceção dos gerados no processo fabril, sendo

os mesmos identificados e descritos no capítulo afeto à descrição do processo fabril

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1.52.3 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS INTERNAS DESTINADAS À SUA REDUÇÃO, VALORIZAÇÃO E

ELIMINAÇÃO

Não são esperadas a implementação de qualquer medida interna de minimização de resíduos.

1.52.4 MEDIDAS DE REUTILIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO

Não são esperadas a implementação de qualquer medida interna de reutilização e valorização de resíduos.

1.52.5 GESTÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS

Não existem medidas internas especiais de redução deste tipo de resíduo, existindo unicamente uma gestão

cuidadosa na sua gestão e uso de edifício específico para a sua armazenagem.

A gestão de resíduos a implementar na unidade fabril assenta nos seguintes pressupostos:

• Os resíduos com características diferentes são separados;

• A assegurar uma correta e adequada gestão de resíduos e que as empresas são operadores

recomendados pelo Instituto de Resíduos para fazer essa gestão,

• Armazenagem temporária dos resíduos nas próprias instalações, de forma a não causar danos para

o ambiente ou para a saúde humana,

• Entrega a entidades licenciadas para armazenagem, tratamento ou valorização dos resíduos,

• Quando o destino a atribuir a determinado resíduo é a entrega a terceiros, a empresa garante-se que

se trata de entidade licenciada para o receber e que o seu transporte é acompanhado da respetiva

guia de acompanhamento de resíduos (modelo n.º 1428 da INCM), a qual é adequadamente

preenchida.

1.53 RUÍDO AMBIENTE

1.53.1 ENQUADRAMENTO DO ESTABELECIMENTO NA ENVOLVENTE

A envolvente do estabelecimento é caracterizada por edifícios habitacionais a Norte, Oeste e Sul e edifícios

pertencentes a uma unidade fabril.

As habitações mais próximas ficam a cerca de 50 metros.

1.53.2 IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE EMISSÃO DE RUÍDO

Ver capítulo 1.47.3.2 Ruído.

1.53.3 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO RUÍDO PARA O EXTERIOR

Ver em anexo relatório da avaliação do ruido ambiente.

1.53.4 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO

Nada para assinalar.

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11 TIPOS DE ENERGIA UTILIZADA E PRODUZIDA NO

ESTABELECIMENTO

1.54 INDICAÇÃO DOS TIPOS DE ENERGIA UTILIZADA EXPLICITANDO O RESPETIVO

CONSUMO EVIDENCIADO A SUA UTILIZAÇÃO RACIONAL

A tabela seguinte apresenta a capacidade de armazenagem e o consumo anual de energia estimado para a

unidade.

Tabela 50 - Energia utilizada.

Código Tipo Tipo Deposito Proveniência Capacidade de

Armazenamento Consumo anual Observações

CC03 GN: Gás Natural

Subterrâneo Externa NA 26 304 t/ano

CC04 EE: Energia Elétrica

Subterrâneo Externa NA 433 821 Kwh

1.55 INDICAÇÃO DOS TIPOS DE ENERGIA PRODUZIDA NO ESTABELECIMENTO

A tabela abaixo identifica as tipologias de energias produzidas na instalação.

Tabela 51 - Energia produzida.

Código Origem

Tipo Energia

ou Produto

Energético

Gerado

Un.

Quantidade

Gerada

Anualmente

Destino/Utilização

para Consumo

Próprio

Percentagem

para

Consumo

Próprio

Percentagem

para Venda Observações

EP01

Caldeiras

produção

de vapor

ET: Energia

Térmica t Nd Processo fabril 100% 0%

12 PROJETO ELÉTRICO

1.56 PEDIDO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE ELETRICIDADE15

Não aplicável.

1.57 PEDIDO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA

Não aplicável.

15 Nos termos da legislação aplicável, caso o requerente opte pela sua entrega junto da entidade coordenadora ao abrigo da alínea a)

do n.º 1 do artigo 19.º do SIR

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1.58 APROVAÇÃO DO PROJETO DE ELETRICIDADE

Não aplicável.

13 ARTICULAÇÃO COM OUTROS REGIMES

1.59 EMISSÃO DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA (CELE)

Pedido de título de emissão de gases com efeito de estufa, nos termos do regime de comércio de licenças

de emissão de gases com efeito de estufa, quando exigível nos termos da legislação aplicável.

1.59.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO

O Decreto-Lei n.º 154/2009 de 6 de julho estabelece a criação de um regime de comércio de licenças de

emissão de gases com efeito de estufa.

O presente diploma aplica-se às emissões provenientes das atividades constantes do Anexo I ao presente

decreto-lei, do qual faz parte integrante, e aos gases com efeito de estufa.

1.59.2 ABRANGÊNCIA

Após a comparação das atividades mencionadas no anexo I bem como os limiares associados às

mesmas verificou-se que a unidade não se encontra abrangida pelo Decreto-Lei nº 154/2006 de

julho, como se pode constatar na tabela seguinte.

Tabela 52 - Avaliação da abrangência do estabelecimento no diploma CELE.

Atividade abrangida no ANEXO I Abrangência

Observações Sim Não

Atividades no sector da energia:

Instalações de combustão com uma potência térmica nominal superior a

20 MW (com exceção de instalações para resíduos perigosos ou

resíduos sólidos urbanos).

Potência térmica

nominal:

Total = 2,15 MW

Refinarias de óleos minerais

Fornos de coque

Produção e transformação de metais ferrosos:

Instalações de ustulação ou sinterização de minério metálico (incluindo

sulfuretos)

Instalações para a produção de gusa ou aço (fusão primária ou

secundária), incluindo vazamento contínuo, com uma capacidade

superior a 2,5 t por hora.

Indústria mineral:

Instalações de produção de clínquer em fornos rotativos com uma

capacidade de produção superior a 500 t por dia ou de cal em fornos

rotativos com uma capacidade de produção superior a 50 t por dia, ou

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Atividade abrangida no ANEXO I Abrangência

Observações Sim Não

noutros tipos de fornos com uma capacidade de produção superior a 50

t por dia

Instalações de produção de vidro, incluindo fibra de vidro, com uma

capacidade de fusão superior a 20 t por dia

Instalações de fabrico de produtos cerâmicos por cozedura,

nomeadamente telhas, tijolos, tijolos refratários, ladrilhos, produtos de

grés ou porcelanas, com uma capacidade de produção superior a 75 t por

dia e ou uma capacidade de forno superior a 4 m3 e uma densidade de

carga enfornada por forno superior a 300 kg/m3.

Outras atividades:

Instalações industriais de fabrico de:

Pasta de papel a partir de madeira ou de outras substâncias fibrosas

Papel e cartão com uma capacidade de produção superior a 20 t por dia

1.60 EMISSÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS PARA O AMBIENTE

1.60.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO

O Decreto-Lei n.º 127/2013 de 30 de agosto estabelece o regime de emissões industriais aplicável à

prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como as regras destinadas a evitar e ou reduzir as

emissões para o ar, a água e o solo e a produção de resíduos, a fim de alcançar um elevado nível de proteção

do ambiente no seu todo, e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2010/75/UE, do Parlamento

Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, relativa às emissões industriais (prevenção e controlo

integrados da poluição).

No CAPÍTULO V (Instalações e atividades que utilizam solventes orgânicos) define que as instalações e

atividades que utilizam solventes orgânicos, previstas no anexo VII do presente decreto-lei, notificam a APA,

I.P., para efeitos do registo nacional de COV, da informação constante na parte 9 do referido anexo, através

do balcão único.

1.60.2 ABRANGÊNCIA

A atividade desenvolvida no estabelecimento não se encontra listada no Anexo VII, pelo que o mesmo não se

encontra abrangido pelo Decreto-Lei n.º 127/2013 de 30 de agosto, como se pode constatar na tabela

seguinte.

Tabela 53 - Avaliação da abrangência.

CATEGORIA DAS ATIVIDADES

ANEXO VII do decreto-lei n.º 127/2013 de 30 de agosto de 2013

ABRANGIDA

SIM NÃO

2 - Revestimentos adesivos

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3 - Atividade de revestimento

3 a) Qualquer dos seguintes veículos16s

3 b) Superfícies metálicas e plásticas de aviões, barcos, comboios, etc.;

3 c) Superfícies de madeira;

3 d) Têxteis, tecidos, películas e superfícies de papel;

3 e) Curtumes.

4 - Revestimento de bobinas

5 - Limpeza a seco

6 - Fabrico de calçado

7 - Produção de misturas para revestimentos, vernizes, tintas de impressão e adesivos

8 - Fabrico de produtos farmacêuticos

9 - Impressão

10 - Processamento de borracha

11 - Limpeza de superfícies

12 - Extração de óleos vegetais e gorduras animais e refinação de óleos vegetais

13 - Retoque de veículos

14 - Revestimento de fios metálicos para bobinas

15 - Impregnação de madeira

16 - Fabrico de laminados de madeira e plástico

O estabelecimento não está abrangido por este regime jurídico.

1.61 REGIME DE PREVENÇÃO E CONTROLO DAS EMISSÕES DE POLUENTES

PARA A ATMOSFERA

1.61.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO

O Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril, tem como objetivo estabelecer o regime da prevenção e controlo

das emissões de poluentes para a atmosfera, fixando os princípios, objetivos e instrumentos apropriados à

garantia de proteção do recurso natural ar, bem como as medidas, procedimentos e obrigações dos

operadores das instalações abrangidas, com vista a evitar ou reduzir a níveis aceitáveis a poluição

atmosférica originada nessas mesmas instalações.

1.61.2 ABRAGÊNCIA

16 As atividades de revestimento não incluem o revestimento de substratos com metais por técnicas eletroforéticas e pulverização

química. Caso a atividade de revestimento inclua uma fase em que o produto seja objeto de impressão por qualquer tipo de técnica,

essa fase é considerada parte integrante da atividade de revestimento. Não se incluem, contudo, as atividades de impressão autónomas;

estas podem, porém, ficar abrangidas pelo capítulo V do decreto-lei 127/2013 se a atividade de impressão se integrar no seu âmbito

de aplicação.

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O estabelecimento está abrangido pelo presente regime uma vez que possui uma fonte fixa de emissão

atmosférica FF1 associada a duas fontes de emissão: gerador de vapor (GV01) e caldeira de produção de

água quente (GQA01) com potência térmica nominal superior a 100 kWth.

1.62 REGIME DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA POLUIÇÃO SONORA

1.62.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO

O Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro, aprova o Regulamento Geral do Ruído, o qual, tem como objetivo

estabelecer o regime de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda da saúde humana

e o bem-estar das populações.

1.62.2 ABRANGÊNCIA

O operador do estabelecimento deve efetuar medições do ruído ambiente no caso de serem apresentadas

queixas, caso venham se verifique alguma das situações descritas na tabela seguinte.

Tabela 54 – Avaliação da obrigatoriedade de realização de avaliação acústica.

OBRIGATORIEDADE DE AVALIAÇÃO ACÚSTICA OCORREU?

OBSERVAÇÕES

Sim Não

Estabelecido na DIA

Existência de reclamações relativas ao ruido

Ocorrerem alterações na instalação que possa ter interferência direta com

os níveis sonoros anteriormente existentes?

Ocorreram alterações implicam o aumento de equipamentos com emissões

sonoras para o exterior, o aumento do n.º de horas de funcionamento de

equipamentos ou alteração da sua disposição, que faça prever o aumento

do nível sonoro nos recetores sensíveis?

Aumento de

equipamentos com

emissões sonoras.

1.63 RECURSOS HÍDRICOS

1.63.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO

O Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos no

qual se enquadram as captações de água, superficiais e subterrâneas, e a descarga de águas residuais em

domínio hídrico.

1.63.2 ABRAGÊNCIA

Encontra-se abrangidos pelo presente regime jurídico os estabelecimentos que possuam captações da água

subterrânea e/ou efetuem descarga de águas residuais proveniente da ETARI, sendo detentor de títulos de

utilização de recursos hídricos para as diferentes utilizações.

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Para o efeito o operador é detentor de título de utilização de recursos hídricos para captação de águas

subterrâneas, encontrando-se obrigado a comunicar à entidade competente o autocontrolo de acordo com o

definido nos referidos títulos de utilização.

TIPO LICENÇA/COMUNICAÇÃO PRÉVIA Id.ª ABRANGIDO?

OBSERVAÇÕES Sim Não

Captação de Água

Subterrânea ARHT/1442.09/T/A.CA.F AC1

Rejeição de Águas

Residuais

Declaração AUSTRA de 09 de

fevereiro de 2006 CI

Coletor de responsabilidade

da AUSTRA

Apenas a captação subterrânea do estabelecimento se encontra abrangida pelo presente regime.

1.64 REGIME GERAL APLICÁVEL À PREVENÇÃO, PRODUÇÃO E GESTÃO DE

RESÍDUOS

1.64.1 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO

O Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, que altera e república o Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de

outubro, aplica-se às operações de gestão de resíduos destinadas a prevenir ou reduzir a produção de

resíduos, o seu carácter nocivo e os impactes adversos decorrentes da sua produção e gestão, bem como a

diminuição dos impactes associados à utilização dos recursos, de forma a melhorar a eficiência da sua

utilização e a proteção do ambiente e da saúde humana.

1.64.2 ABRANGÊNCIA

O presente regime aplica-se ao estabelecimento no âmbito do registo de dados como produtor de resíduos

não urbanos, previsto na alínea a), do ponto 1, do artigo 48.º do Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho,

na sua redação atual (RGGR), através do Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR).

O estabelecimento está abrangido por este regime jurídico submetendo anualmente o Mapa Integrado de

Registo de Resíduos (MIRR).

1.65 SEGURANÇA ALIMENTAR

Pedido de atribuição do número de controlo veterinário ou de aprovação, no caso de estabelecimentos que

manipulem matéria-prima de origem animal, nos termos da legislação aplicável.

O estabelecimento encontra-se abrangido por este regime jurídico tendo sido atribuído o Número de Controlo

Veterinário – RST014.

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1.66 REGULAMENTO DE INSTALAÇÃO, DE FUNCIONAMENTO, DE REPARAÇÃO E

DE ALTERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO (ESP)

1.66.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO

O DL n.º 90/2010 de 22 de julho tem por objeto a aprovação do Regulamento de Instalação, de

Funcionamento, de Reparação e de Alteração de Equipamentos sob Pressão, aos quais os mesmos ficam

sujeitos aos procedimentos previsto no presente regulamento.

O presente Regulamento aplica-se a todos os Equipamentos sob Pressão (ESP) destinados a conter um fluido

— líquido, gás ou vapor — a pressão superior à atmosférica, a todos os ESP usados, a todas as instruções

técnicas complementares (ITC) que definam, entre outros critérios, os relacionados com o projeto e a

construção de determinadas famílias de equipamentos (artigo 2.º).

1.66.2 REQUISITOS DE REFERÊNCIA

A tabela seguinte identifica os equipamentos sob pressão existentes no estabelecimento bem como as

respetivas características e verifica a sua abrangência de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei nº

90/2010 de 22 de julho.

Tabela 55 – Identificação dos equipamentos sob pressão existentes na unidade e respetivas características.

EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO

CARACTERÍSTICAS

ABRANGÊNCIA

Ref.ª Tipo SIM NÃO

GV01 Gerador Vapor

Volume: 5000 Litros

PS: 10 bar

PS x V = 50 000 bar.L

RAC01 Reservatório de Ar Comprimido PS: 7,84 bar

PS x V = 7840 bar.L

RAC02 Reservatório de Ar Comprimido

Volume: 100 Litros

PS: 10 bar

PS x V = 1000 bar.L

RAC03 Reservatório de Ar Comprimido

Volume: 270 Litros

PS: 7,84 bar

PS x V = 2117 bar.L

No que respeita à avaliação de abrangência dos equipamentos dos equipamentos pressão foram realizadas

fichas de avaliação de abrangência de acordo com o estabelecido no pelo DL n.º 90/2010 de 22 de julho e

as respetivas características do ESP, juntando as mesmas em anexo.

1.66.3 DESPACHOS – INSTRUÇÕES TÉCNICAS COMPLEMENTARES

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Despacho nº 1859/2003 (2ª série) de 30 de janeiro - Aprova a Instrução Técnica Complementar (ITC) para

recipientes sob pressão de ar comprimido (RAC), definindo as regras técnicas aplicáveis.

As condições de instalação dos equipamentos, os órgãos de segurança afetos aos mesmos, devem seguir as

instruções mencionadas nas respetivas Instruções Técnicas Complementares.

14 TERMO DE RESPONSABILIDADE

Aceitação do termo de responsabilidade a que se refere o n.º 3 do artigo 33.º do SIR disponibilizado no

Balcão do Empreendedor, sempre que a atividade ou operação a exercer no estabelecimento industrial

esteja abrangida por licença ou autorização padronizada nos domínios do ambiente, da segurança e saúde

no trabalho e da segurança alimentar, no qual o requerente declara conhecer e cumprir todas as condições

constantes das licenças ou autorizações padronizadas em causa.

O estabelecimento não está abrangido por este termo de responsabilidade uma vez que se trata de um

estabelecimento de tipo 1.

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15 ANEXOS

Na tabela seguinte encontram-se listados os anexos que fazem parte integrante da presente memória

descritiva.

Tabela 56 - Identificação dos anexos da memória descritiva.

Identificação

18.CBO.A.LIC.SIR.01_FluxogramaProcesso.pdf

18.CBO.A.LIC.SIR.01_ListaEquipamentos.pdf

2007-01-03_CCDR_OF_2007-00209-S_CBO_A_ParecerAlturaChamine.PDF

2014-12-29_CTIC_RelatorioRuidoAmbiental.PDF

2016-03-04_IAPMEI_TituloExploracao_5110-2016-1.pdf

2016_2015_BoletinsAnaliticosAustra.PDF

2017-03-23_CBO_PLO_MIRR_APA_ComprovativoMIRR2016.pdf

2018-03-23_CBO_PLO_MIRR_APA_ComprovativoMIRR2017.pdf

2019-08-05_IPQ_ESP_96-GV-2014_2014-10-24_CBO_A_GV10209-L$CaldeiraNafta.pdf

CertidaoPermanente_Val_24-11-19.PDF

SP_APA_CAS_ARHT-1442.09-T-A.CA.F_2009-05-12_CBO_A_CaptacaoAC1.PDF

SP_AUSTRA_ADC_X_CBO_A_DeclaracaoDescargaAUSTRA.PDF

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16 PLANTAS

Na tabela seguinte encontram-se listados as plantas que fazem parte integrante da presente memória

descritiva.

Tabela 57 – Identificação das plantas em anexo à memória descritiva.

Identificação

Planta01_Sintese.pdf

Planta02_LocalizacaoCaptacoesAgua.pdf

Planta03_LocalizacaoFontesFixas.pdf

Planta04_LocalizacaoCombustiveis-Energia.pdf

Planta05_LocalizacaoPontosRejeicaoAguasResiduais.pdf

Planta06_LocalizacaoEquipamentosSobPressao.pdf

Planta07_LocalizacaoParquesResiduos.pdf

Planta08_Alteracoes.pdf

Planta09_EquipamentoEdifico3Etari.pdf

Planta10_EquipamentoEdificio1-2-3.pdf