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CONTROLE DE QUALIDADE NA FARMÁCIA MAGISTRAL Silvia Leticia V. Alves Ferreira Farmacêutica

CVISA - Controle de Qualidade (Farmácia Magistral)

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Controle

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  • CONTROLE DE QUALIDADENA FARMCIA MAGISTRAL

    Silvia Leticia V. Alves FerreiraFarmacutica

  • Controle de QualidadeControle da qualidade so as aes relacionadas com a medio da qualidade, para diagnosticar se os requisitos esto sendo respeitados e se os objetivos da empresa esto sendo atingidos.

  • Controle de Qualidade a parte das BPF relacionada amostragem, especificaes e testes, ligada organizao, documentao e procedimentos de liberao, que garantiro que os testes necessrios e relevantes sejam executados e que os materiais no sejam liberados para uso (nem os produtos para venda ou fornecimento) at que a qualidade dos mesmos seja julgada satisfatria.

  • Definio de acordo com a RDC no 67/2007Controle de Qualidade: conjunto de operaes (programao, coordenao e execuo) com o objetivo de verificar a conformidade das matrias-primas, materiais de embalagem e do produto acabado, com as especificaes estabelecidas.Controle em processo: verificaes realizadas durante a manipulao de forma a assegurar que o produto esteja em conformidade com as suas especificaes.

  • Atividades do Controle de Qualidade

    Aprovar ou rejeitar matrias-primas, material deembalagem, rtulos, de acordo com os padres dequalidade. Executar anlises em amostras, sejam por testesfsico qumicos ou biolgicos. Acompanhar cada processo de produo paracertificar-se de que mtodos de produopadronizados esto sendo seguidos. Avaliar as condies ambientais da rea produtiva.

  • rea ou sala de Controle de QualidadeItem 4.3 Anexo I A farmcia deve dispor de rea ou sala para as atividades de controle de qualidade.

  • rea ou sala de Controle de QualidadeEquipamentos:pHmetro *Aparelho para determinao do ponto de fuso*ViscosmetroDensmetro ou picnometro*Balana analtica de preciso*Vidrarias (provetas, tubos de ensaio, pipetas, termometros, etc.)

    * Utilizados para realizao dos testes mnimos (item 7.3.10):Caracteres organolpticos, solubilidade, pH, peso, volume, ponto de fuso, densidade, avaliao do laudo de anlise do fabricante/fornecedor.

  • Equipamentos:

    7.3.17. Os equipamentos e instrumentos de medio e ensaios devem ser periodicamente verificados e calibrados, de acordo com o item 5.2 deste Anexo.7.3.18. Os equipamentos utilizados no laboratrio de controle de qualidade devem ser submetidos manuteno preventiva e corretiva, quando necessrio, de acordo com um programa documentado e obedecendo aos procedimentos operacionais escritos.7.3.19. Os registros referentes s calibraes e manutenes preventivas e corretivas devem ser mantidos por no mnimo 2 (dois) anos.

  • Controle de Qualidade de matrias-primas e material de embalagemEspecificao Definio rigorosa e minuciosa dascaractersticas essenciais (qualitativas equantitativas) que deve ter um insumo paracumprir sua finalidade numa formafarmacutica

  • Identificao de MP e ME:

    Todas as MP e ME recm-chegadas devem ser identificadas e colocadas em uma rea chamada quarentena, at que o CQ tenha determinado ou no sua aceitabilidade.

    Etiquetas:Quarentena:amarelaAprovado:verdeReprovado:vermelha

  • item 7.3.20 - Deve ser realizada em local especfico e sob condies ambientais adequadas, obedecendo a procedimentos operacionais padres que impeam a contaminao cruzada.item 7.3.21 - Todos os utenslios utilizados no processo de amostragem que entrarem em contato com os materiais devem estar limpos e sanitizados

  • Item 7.3.2 - Se uma nica remessa de material contiver lotes distintos, cada lote deve ser levado em considerao, separadamente, para inspeo, anlise e liberao;

  • Item 7.3.10 ANLISES MNIMASMatrias-primas em geral:

    A) CARACTERES ORGANOLPTICOS:- utilizam os cinco sentidos como instrumentos de anlise;- identificao inicial da MP;- custo baixo;- subjetivas

    Caracteres organolpticosSentidoAparnciaTato, visoCorVisoOdorOlfatoSaborPaladar

  • B) SOLUBILIDADE:- referem-se a determinaes feitas a 25C;- solventes utilizados: gua, lcool etlico, acetona, ter, clorofrmio, metanol, etc

    Termo descritivoParte do solvente requerido(ml)Para uma parte do soluto (g)Muito solvel< do que 1 mlLivremente solvelDe 1 para 10mlSolvelDe 10 para 30mlParcialmente solvelDe 30 para 100mlLevemente solvelDe 100 para 1000mlMuito pouco solvelDe 1000 para 10.000mlInsolvelDe 10.000 para mais

  • C) DETERMINAO DO pH:pHmetro usado na MP e produto acabado;Alterao de pH em funo de impurezas ou instabilidade;Importante verificao e cuidados com o eletrodo;

    D) PESO:- Balana analtica devidamente verificada e calibrada;

    E) VOLUME:- Utilizao de vidraria compatvel com o volume ser medido

  • F) DETERMINAO DO PONTO DE FUSO:- Temperatura de passagem do estado slido ao estado lquido por influncia do calor;- na prtica: intervalo de fuso;- OMS: variao de +/- 4C;- USP: mdia das temperaturas inicial ( quando h formao de pequenas gotculas) e final (completa formao de gotas lmpidas e transparentes) de fuso;- Farmacopia Brasileira: idem USP;- identificao e grau de pureza;- Comportamento de fuso: para frmacos que sofrem decomposio.

  • G) DENSIDADE:- propriedade fsica calculada atravs do peso (em gramas) e do volume ( em ml) de uma dada substncia pura (slida ou lquida) ou mistura;- ps: densidade aparente; - lquidos: densidade relativa - picnmetro

    densidade especfica:H) AVALIAO DO LAUDO DE ANLISE DO FABRICANTE/FORNECEDOR:

    D(esp)20C=0,99703xd(ret)+0,0012

  • Matrias-primas de origem vegetal:-Caracteres organolpticos- Determinao de materiais estranhos- Pesquisas de contaminao microbiolgica (contagem total, fungos e leveduras) 1- Umidade 1- Determinao de cinzas totais1- plantas ntegras ou grosseiramente rasuradas: avaliao dos caracteres macroscpicos- ps ou materiais fragmentados : avaliao dos caracteres microscpicos1- lquidos: tambm a determinao da densidade

    1 Fornecedores qualificados ou terceirizado.

  • Controle de Qualidade Terceirizado7.3.15. Em caso de terceirizao de anlises de controle de qualidade, o contrato deve ser mutuamente acordado e controlado entre as partes, de modo a evitar equvocos na anlise de qualidade. Deve ser firmado um contrato escrito entre o contratante e o contratado, que estabelea claramente as atribuies de cada parte.7.3.15.1. O contrato escrito firmado deve estabelecer os mtodos de anlise utilizados.7.3.15.2. O contrato deve estabelecer que o contratante pode fazer auditoria nas instalaes do contratado.7.3.15.3. O contratante responsvel pela avaliao da qualificao do contratado para realizar os servios contratados. Alm disso, deve serassegurado, por meio do contrato firmado, que os princpios das Boas Prticas de Laboratrio sejam cumpridos.7.3.15.4. O contratado deve possuir instalaes, equipamentos e conhecimentos adequados, alm de experincia e pessoal qualificado para as atividades estabelecidas em contrato.7.3.15.5. O contrato deve prever as aes a serem adotadas quando houver reprovao do material.7.3.16. Os Certificados de Anlise emitidos pela farmcia ou por empresa contratada devem ser avaliados para verificar o atendimento s especificaes e conter informaes claras e conclusivas, com todas as especificaes, definio dos resultados; datados, assinados e com identificao do responsvel tcnico e respectivo nmero de inscrio no seu Conselho Profissional.

  • IMPORTANTE:

    7.3.14. A reprovao de insumos deve ser notificada Autoridade Sanitria, segundo legislao vigente.

  • Controle de Qualidade guaGUA POTVEL:7.5.1.2. A farmcia deve possuir procedimentos escritos para realizar amostragem da gua e periodicidade das anlises.7.5.1.3. Devem ser feitos testes fsico-qumicos e microbiolgicos, no mnimo a cada seis meses, para monitorar a qualidade da gua de abastecimento, mantendo-se os respectivos registros. As especificaes para gua potvel devem ser estabelecidas com base na legislao vigente.(Portaria 518 de 25 de Maro de 2004)

  • GUA POTVEL:7.5.1.4. Devem ser realizadas, no mnimo, as seguintes anlises:a) pHb) cor aparentec) turbidezd) cloro residual livree) slidos totais dissolvidosf) contagem total de bactriasg) coliformes totaish) presena de E. coli.i) coliformes termorresistentes

  • Especificaes para gua potvel de acordo com Portaria 518 de 25/03/2004Padro microbiolgico

    NOTAS:

    PARMETRO VALOR MXIMO PERMITIDO gua para consumo humano Escherichia coli ou coliformes termotolerantes Ausncia em 100ml gua na sada do tratamento Coliformes totais Ausncia em 100ml gua tratada no sistema de distribuio (reservatrios e rede) Escherichia coli ou coliformes termotolerantes Ausncia em 100ml Coliformes totais Sistemas que analisam 40 ou mais amostras por ms: Ausncia em 100ml em 95% das amostras examinadas no ms; Sistemas que analisam menos de 40 amostras por ms: Apenas uma amostra poder apresentar mensalmente resultado positivo em 100ml

  • 1 Recomenda-se que, no sistema de distribuio, o pH da gua seja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.

    2 Recomenda-se que o teor mximo de cloro residual livre, em qualquer ponto do sistema de abastecimento, seja de 2,0 mg/L.

    Contagem total : mximo 500UFC

  • GUA PURIFICADA:

    7.5.2.2. Devem ser feitos testes fsico-qumicos e microbiolgicos da gua purificada, no mnimo mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo de obteno de gua, podendo a farmcia terceiriz-los.7.5.2.3. A farmcia deve possuir procedimento escrito para a coleta e amostragem da gua. Um dos pontos de amostragem deve ser o local usado para armazenamento.

  • Parmetros gua purificada. Tabela II - Farmacopeia Brasileira, quarta edio, 2005, 263.pH 5,0 a 7,0Aspecto: LmpidoCor: incolorOdor: InodoroNitrato: 0,2 ppmSubstncias oxidveis Cumpre teste para soluo fracamente rosadaCondutividade: 4,9sContagem total de bactrias aerbicas: < 10UFC/ml

  • Terceirizao:7.5.1.5. facultado farmcia terceirizar os testes de que trata o item anterior, devendo estabelecer para o laboratrio contratado as especificaes para gua potvel, de acordo com a legislao vigente.7.5.2.2. Devem ser feitos testes fsico-qumicos e microbiolgicos da gua purificada, no mnimo mensalmente, com o objetivo de monitorar o processo de obteno de gua, podendo a farmcia terceiriz-los.

    Laudos insatisfatrios:7.5.1.6. A farmcia deve estabelecer e registrar as medidas adotadas em caso de laudo insatisfatrio da gua de abastecimento.7.5.2.4. A farmcia deve estabelecer, registrar e avaliar a efetividade das medidas adotadas, por meio de uma nova anlise, em caso de resultado de anlise insatisfatrio da gua purificada.

  • Controle de Qualidade das Preparaes Magistrais e OficinaisItem 9.1.1. Devem ser realizados, no mnimo, os seguintes ensaios, de acordo com a Farmacopia Brasileira ou outro Compndio Oficial reconhecido pela ANVISA, em todas as preparaes magistrais e oficinais:

    PreparaesEnsaiosSlidasDescrio, aspecto, caracteres organolpticos, peso mdio.Semi-slidasDescrio, aspecto, caracteres organolpticos, pH (quando aplicvel), peso.Lquidas no-streisDescrio, aspecto, caracteres organolpticos, pH (quando aplicvel), peso ou volume antes do envase.

  • Controle de Qualidade das Preparaes Magistrais e OficinaisPREPARAES SLIDAS:

    A)DescrioB)AspectoC)Caracteres organolpticosD)Peso mdio Este teste tem por objetivo verificar se as unidades de um mesmo lote apresentam uniformidade de peso e aplica-se a formas farmacuticas slidas, como cpsulas, comprimidos, drgeas, etc.

  • PROCEDIMENTO:Cpsulas duras:Pesar individualmente 10 cpsulas e determinar o peso mdio..

  • +7,5%= 264 -7,5%= 227Cv (4%) : 1,19Capsulas mais leves: 221Capsulas mais pesadas: 271Teor mnimo( 90%):93,7Teor mximo(110%): 96,9

    Cpsulas de Hidroclortiazida 20mgUnidadeCpsula cheia12332238323142325236623472378241923410239PESO MDIO:246

  • Processador estatstico acoplado a uma balana e uma impressora que permite a obteno de todos os resultados dos clculos estatsticos da amostra e a conformidade ou no do resultado.

  • 9.2.3. Devem ser realizadas anlises de teor e uniformidade de contedo do princpio ativo, de frmulas cuja unidade farmacotcnica contenha frmaco(s) em quantidade igual ou inferior a vinte e cinco miligramas, dando prioridade quelas que contenham frmacos em quantidade igual ou inferior a cinco miligramas.

  • 9.2.3.1. A farmcia deve realizar a anlise de no mnimo uma frmula a cada dois meses. O nmero de unidades para compor a amostra deve ser suficiente para a realizao das anlises de que trata o item 9.2.3.

  • CONTROLE DE QUALIDADE DO ESTOQUE MNIMO.Item 11.2 - Anlise lote a lote dos produtos de estoque mnimo, conforme os itens abaixo relacionados, quando aplicveis, mantendo os registros dos resultados:a) caracteres organolpticos;b) pH;c) peso mdio;d) viscosidade;e) grau ou teor alcolico;f) densidade;g) volume;h) teor do princpio ativo;i) dissoluo;j) pureza microbiolgica

  • Viscosidade medida do tempo de escoamento dos lquidos, sob determinadas condies.grau ou teor alcolico lcoometro de Gay LussacDissoluo - relaciona a porcentagem de frmaco dissolvido em funo do tempo ;pureza microbiolgica

  • Item 11.2.4. No caso das bases galnicas, a avaliao da pureza microbiolgica (letra j do item 11.2) poder ser realizada por meio de monitoramento.Este monitoramento consiste na realizao de anlise mensal de pelo menos uma base ou produto acabado que fora feito a partir de base galnica, devendo ser adotado sistema de rodzio considerando o tipo de base e manipulador, sendo que todos os tipos de base devem ser analisados anualmente.

  • ANEXO IIIHORMNIOS, ANTIBITICOS, CITOSTTICOS E SUBSTNCIAS SUJEITAS A CONTROLE ESPECIAL (PRAZO 180 DIAS)Item 2.16. Para o monitoramento do processo de manipulao de formas farmacuticas de uso interno, a farmcia deve realizar uma anlise completa de formulao manipulada de cada uma das classes teraputicas - antibiticos, hormnios e citostticos.

    Item 2.16.1. O monitoramento deve ser realizado por estabelecimento, de forma a serem analisadas no mnimo uma amostra a cada trs meses de cada uma das classes teraputicas elencadas no item 2.16.

    Item 2.16.2. As amostras devem contemplar diferentes manipuladores, frmacos e dosagens e formas farmacuticas, podendo ser adotado sistema de rodzio.

  • ANEXO V PREPARAES HOMEOPTICAS 9. CONTROLE DE QUALIDADE.Item 9.1. A farmcia deve avaliar os insumos inertes conforme o item 7.3.10. do Anexo I.Item 9.2. O controle de qualidade dos insumos ativos ser estabelecido, respeitadas as peculiaridades das preparaes homeopticas.Item 9.3. Os insumos ativos para os quais existem mtodos de controle de qualidade devem ser adquiridos acompanhados dos respectivos certificados de anlise.Item 9.4. Os insumos ativos para os quais no existem mtodos de controle de qualidade, devem ser adquiridos acompanhados da respectiva descrio de preparo.Item 9.5. Devem ser realizadas anlises microbiolgicas das matrizes do estoque existente, por amostragem representativa, mantendo-se os registros.Item 9.5.1. A farmcia pode, por meio de processos controlados e registrados, estipular a periodicidade adequada para as anlises de forma a garantir a qualidade de suas matrizes.

  • OBRIGADA