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DESENVOLVIMENTO DE UM GUIA DE MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO DO DESEMPENHO ENERGÉTICO
Trabalho de dissertação realizado por:
Tiago José de Castro Guedes Lopes Armando
Orientador Professor Doutor:
Cláudio Monteiro
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CONTEXTO
Necessidade de M&V:
Necessidade de formalização contratual de contratos de eficiência
Necessidade monitorização da execução de programas de eficiência
Certificação da eficiência para certificado brancos
Motivações:
Novo mercado de eficiência (novo produto) Programa ECO-AP Necessidade de formalizar compromissos entre ESE,
clientes e entidades financeiras
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OBJECTIVO
O desenvolvimento do Guia de Medição e Verificação (M&V) foi realizado com base no protocolo (seguindo os mesmos princípios):
IPMVP – International Performance Measurement and Verification Protocol
Objectivos específicos e inovação:
Definir novas abordagens de M&V Definir estrutura de um Plano M&V Detalhar a forma e conteúdo do Plano M&V
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O QUE É A MEDIÇÃO E VERIFICAÇÃO (M&V)?
IPMVP, Vol. 1. 2009: Efficiency Valuation Organization
“Medição e Verificação (M&V) é um procedimento de utilização de medições para determinar correctamente a poupança real conseguida numa instalação individual resultante da aplicação de Medidas de Racionalização Energética (MRE).”
É um procedimento formal de verificação de contratos de eficiência energética.
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PROTOCOLOS DE M&V A M&V é uma ciência em desenvolvimento, contudo
as práticas mais comuns encontram-se fundamentadas em protocolos conhecidos, como:
IPMVP – International Performance Measurement and Verification Protocol
ASHRAE Guideline 14 FEMP – Federal Energy Management Program – utilizado
nos E.U.A para edifícios públicos ISO 50001 – Energy Management Standard – este
documento é idêntico à EN-16001, integra aspectos genéricos da M&V
Necessidade de protocolos específicos para cada país
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PRINCÍPIOS DA M&V
Completo – considerar todos os efeitos, medir os mais significativos
Conservador – apresentar a poupança mais pessimista
Consistente – entre diferentes situações de aplicação, utilizar metodologias standard
Preciso – tanto quanto o orçamento permitir Relevante – focar-se na medição do(s)
parâmetro(s) de desempenho energético mais importantes
Transparente – divulgação completa evitando subjectividade na interpretação
Integro – baseado em indicadores energéticos, evitar critérios económicos ou ambientais
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PERÍODOS DE MEDIÇÃOPERÍODO DE REFERÊNCIA
(ANTES)PERÍODO DE REPORTE
(DEPOIS)
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IPMVP – ABORDAGEM DE M&V
Opção A – Estima a poupança com base na medida simples de alguns parâmetros e características do sistema.
Opção B – Mede efectivamente o consumo (antes e após) e as variáveis que o afectam.
Opção C – Mede efectivamente o consumo (antes e após) mas para toda a instalação.
Opção D – Simula o consumo (antes e após) requerendo a modelização das envolventes e dos sistemas.
M&V para sistema isolado M&V para a instalação (vários sistemas)
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NOVA ABORDAGEM DE M&V O conceito de medida isolada é subjectivo e
irrelevante O importante é a abordagem antes e após a
implementação da medida
Opção B e C
Opção A e D
Opção A e D
Opção A e D
Opção A e D
Opção A e D
Opções equivalentes do
IPMVP
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NOVA ESTRUTURA DE UM PLANO M&V Caracterização do âmbito da M&V Caracterização da Fronteira de Medição Caracterização da Fronteira de Utilização Procedimentos no Período de Referência Procedimentos no Período de Reporte Definição de indicadores e modelos
Modelos de referênciaModelos de ajusteModelos de desempenho
Procedimento de aferição da qualidade de M&V
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Fronteira de Medição – é o limite físico definido pela localização das unidades de medição de fluxo nos circuitos de fluxo energéticos
Caracterização das unidades de medição de fluxo Caracterização dos circuitos de fluxo energético Caracterização da fronteira de medição
Fronteira de Utilização – delimita os espaços de utilização ou transformação da energia e poderá não corresponder a um limite com existência física
Correspondência entre fronteira de utilização e medição Caracterização de sistemas de consumo Caracterização das unidades de medição de estado Caracterização dos utilizadores do espaço
NOVA ABORDAGEM DE FRONTEIRAS
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FRONTEIRA DE MEDIÇÃO Exemplo de caracterização das unidades de
medição e circuitos de fluxo energético:
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FRONTEIRA DE MEDIÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Tabela – Contadores eléctricos
Tabela – Caracterização de redes de fluxo energético Tabela – Características da fronteira de medição
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FRONTEIRA DE UTILIZAÇÃO Exemplo de uma planta de localização das unidades
de medição de variáveis de estado:
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FRONTEIRA DE UTILIZAÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Tabela – Características entre fronteira de utilização e medição
Tabela – Características dos constituintes de cada fronteira de utilização
Tabela – Características das unidades de medição de estado
Tabela – Caracterização dos utilizadores
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CARACTERIZAÇÃO DE INDICADORES E MODELOS
Indicadores são modelos matemáticos simples de apresentação de medidas de consumo e de desempenho:
Consumo específico Intensidade energética Etc.
Modelos são formulações mais elaboradas que os indicadores e podem ser do tipo:
Modelos de referência (baseline) Modelos de ajuste Modelos de desempenho
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MODELOS DE REFERÊNCIA Podem ser do tipo:
Indicadores de consumo como referência Padrões de consumo tabelados Característica de consumo Representação de incerteza
Exemplo:
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MODELOS DE REFERÊNCIA (EXEMPLO)
Característica de consumo:
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MODELOS DE AJUSTE O objectivo destes modelos:
Separar os efeitos e variáveis não controláveis que influenciam o valor final das poupanças e que não são responsabilidade directa das ESE nem das MRE.
Os modelos de ajuste podem ser:
Ajuste de alteração da fronteira de utilização Ajuste de variáveis de envolvente Ajuste de alteração da fronteira de medição Ajuste de consistência entre fronteira de medição e
fronteira de utilização Ajuste devido a medição descontínua Ajuste relativos a referências das variáveis de estado
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MODELOS DE AJUSTE (EXEMPLO)
Ajuste de consistência entre fronteira de utilização e fronteira de medição:
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MODELOS DE DESEMPENHO Modelos cujo o objectivo é estimar as poupanças com base
em medidas e em valores de referência.
Podem ser do tipo:
Poupança energética medida antes e após (Opção B do IPMVP)
Poupança energética medida relativamente a indicadores ou características de referência de outras instalações (hipoteticamente Opção D do IPMVP)
Poupança energética estimada com base nas características dos equipamentos substituídos (Opção A do IPMVP)
Poupança com base em simulações de desempenho (Opção D do IPMVP)
Poupança económica e valorização do conforto
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MODELOS DE DESEMPENHO (EXEMPLO)
Baseado na Característica de consumo:
ii
iiii
PCC
PCPCCDE
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MODELOS DE DESEMPENHO (EXEMPLO)
Sistema AVAC
O modelo é aplicado após o ajuste:
Detecção de anomalias no consumo de AVAC
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CONCLUSÕES A M&V é essencial, sem a inclusão de um
Plano de M&V nos contratos de desempenho o mercado da eficiência estará condenado ao fracasso
Um Plano de M&V é muito mais que uma medição de energia
É necessária regulação, para adoptar ou definir protocolos adequados aos programas nacionais
É necessário criar uma estrutura de formação e credenciação de peritos de M&V
Haverá responsabilidades de M&V ao nível das ESE, dos operadores das instalações e das entidades financiadoras.
Mas o ideal seria realmente existirem entidades independentes e bem credenciadas para realizar a M&V
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FIM
Obrigado