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da CAPACIDADE PARA SUCEDER, aceitação, renúncia e os excluídos da sucessão

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DA CAPACIDADE PARA SUCEDER

• Capacidade para suceder na sucessão legítima (art. 1798).

• O problema dos embriões crioconservados.

• Capacidade para suceder na sucessão testamentária (art. 1799).

• A questão da prole eventual.

• Enunciados das JDC.

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DIREITO DE REPRESENTAÇÃO

• Possibilidade de alguém ser chamado a suceder uma pessoa em todos os direitos que essa pessoa teria se viva fosse.

• Formas de herdar: por cabeça e por estirpe ou representação (art. 1851).

• Linha reta descendente e linha colateral, excepcionalmente.

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ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA OU DO LEGADO

1 - Aceitação/adição – mera confirmação.

• Ato jurídico unilateral e irrevogável, cujos

efeitos retroagem à data da abertura da

sucessão. Pode ser:

• Expressa (art. 1805).

• Tácita (par. 1º , art. 1805).

• Presumida (art. 1807).

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RENÚNCIA

2 - É ato jurídico unilateral e irrevogável, com

efeitos “ex tunc”.

• Não há direito de representação (art. 1811) e o

renunciante é tratado como se nunca tivesse

existido.

• Forma pública (art. 1793) e por termo judicial

(art. 1806).

• Anuência do cônjuge (art. 1647 c/c 80, II).

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Classificação da doutrina

• Renúncia Abdicativa (art. 1804) – o herdeiro não aceita e

a herança retorna para o monte-mor (ITCM – paga um

imposto). Esta é a renúncia pura.

• “Renúncia” Translativa (par. 2º - art. 1805)– o herdeiro

recebe e transmite a herança para certa pessoa. Não se

trata de renúncia e sim de cessão de direitos. Aqui pagam-

se dois tributos (ITCM e ITIV).

• Cessão de direitos hereditários, gratuita (equipara-se a

doação) ou onerosa (equipara-se a compra e venda):

consiste na transferência que o herdeiro, legítimo ou

testamentário faz a outrem, de todo o quinhão ou parte

dele, que lhe compete após a abertura da sucessão (art.

1793).

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EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO: INDIGNO E DESERDADO

• Podem ser excluídos da sucessão quem agiu com

ingratidão, praticando atos condenáveis contra o

“de cujus” e seus ascendentes, descendentes,

cônjuge ou companheiro.

1 - Indignidade – É uma sanção civil que acarreta a

perda do direito sucessório.

• Atinge os herdeiros legítimos e testamentários,

bem como os legatários.

• Decorre de lei (art. 1814), para excluir herdeiros

necessários ou não, por iniciativa dos

interessados. http://patriciafontanella.adv.br

CAUSAS DE EXCLUSÃO POR INDIGNIDADE

a) Seja o herdeiro ou legatário incurso em

casos legais de indignidade.

b) Não tenha sido ele reabilitado pelo “de

cujus”.

c) Haja uma sentença declaratória da

indignidade.

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Procedimento • Obrigatoriedade de procedimento judicial (rito ordinário).

• Juiz declara por sentença a exclusão (art. 1815). Na

doutrina predomina o entendimento de que é indispensável

a provocação judicial.

• Legitimidade ativa: quem tiver legítimo interesse na

sucessão: demais herdeiros (art. 6º do CPC). MP? Há

enunciado. Mas parte da doutrina entende que o MP não

possui legitimidade, mesmo nos casos de menores ou

inexistência de herdeiros.

• Legitimidade passiva: só o imputado.

• Prazo: 04 anos a contar da abertura da sucessão (par.

único do art. 1815).

• Há direito de representação (art. 1816).

REABILITAÇÃO OU PERDÃO DO INDIGNO

• O perdão é ato solene, pois a lei só lhe dá

eficácia se efetuado por ato autêntico, ou

em testamento.

• Deve ser expresso e é irretratável. Mesmo

revogado o testamento, permanence válida

a cláusula que reabilita o indigno.

• Ato autêntico é qualquer declaração (mesmo

sem esse fim específico), por instrumento

público ou particular, autenticada pelo

escrivão. http://patriciafontanella.adv.br

• Perdão tácito somente quando o testador,

após a ofensa, contemplou o indigno em

testamento, cujos direitos ficam

circunscritos aos limites da deixa.

• Nulo o testamento, não terá efeito o perdão,

salvo se foi realizado pro escritura pública,

então valerá como ato autêntico.

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EFEITOS DA EXCLUSÃO • São pessoais e não passam da pessoa do culpado. Não se

presume culpado, necessário sentença que possui efeitos

“ex nunc”.

• Os descendentes do indigno sucedem como se morto fosse

antes da abertura da sucessão (art. 1816), salvo se o

indigno foi nomeado em testamento, caso em que os bens

seguirão o destino dado pelo testador em eventual

substituição ou acrescidos ao monte-mor.

• Não poderão usufruir, nem administrar os bens herdados

por seus descendentes.

• Bens ereptícios são os bens retirados do indigno.

• Não poderá administrar ou usufruir os bens.

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HERDEIRO APARENTE

• “É o herdeiro que, não sendo titular dos direitos

sucessórios, é tido, entretanto, como legítimo proprietário

da herança, em consequencia de erro invencível e comum.”

Mário Moacir Porto.

• O art. 1827 prevê a validade de atos onerosos praticados

pelo herdeiro aparente a terceiros de boa-fé, sendo válidas

as alienações de bens hereditários efetuadas antes da

exclusão do herdeiro. A boa-fé de terceiro valida atos que

seriam originariamente nulos ou anuláveis.

• A sentença retroage para todos os demais efeitos.

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DESERDAÇÃO

• Decorre de lei (arts. 1814 + 1962 + 1963) e por

iniciativa do testador para afastar os herdeiros

necessários.

• O autor da herança afasta-os em testamento,

punindo o responsável com expressa declaração

de causa (art. 1964).

• Não haverá deserdação se houver perdão (art.

1818).

• É necessária a prova determinante em juízo, em

ação movida pelos interessados, no prazo de 04

anos, a partir da abertura do testamento.

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REQUISITOS DE EFICÁCIA DA DESERDAÇÃO

a) Existência de herdeiros necessários;

b) Testamento válido;

c) Forma expressa e pode ser revogado por

outro testamento;

d) Expressa declaração de causa prevista em

lei e taxativo;

e) Propositura de ação ordinária no prazo para

provar a veracidade da causa alegada;

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EFEITOS DA DESERDAÇÃO

• São pessoais e não passam da pessoa do culpado e os

descendentes do deserdado sucedem como se morto fosse

antes da abertura da sucessão conforme a doutrina

majoritária atual.

• Não poderão usufruir, nem administrar os bens herdados

por seus descendentes.

• O indigno não se presume culpado, ao passo que o

deserdado sim, impedindo este de assumir a posse dos

bens da herança. A doutrina e a jurisprudência dominantes

tem entendido que os bens devem ser deixados com o

inventariante ou depositário judicialmente se necessário e

onde houver, eis que necessário aguardar a sentença

definitiva de confirmação da pena.

• TENDO A FALECIDA EXARADO EM

TESTAMENTO A FIRME DISPOSIÇÃO DE

DESERDAR A FILHA E AS NETAS, POR

OFENSA MORAL, INJÚRIA E DESAMPARO NA

VELHICE E, HAVENDO COMPROVAÇÃO

DESTES FATOS, HÁ QUE SER MANTIDA A

ÚLTIMA VONTADE DA TESTADORA. APELAÇÃO

DESPROVIDA. TJRS, APELAÇÃO CÍVEL n

70002568863.

• SUCESSAO. DESERDAÇÃO DE HERDEIRA

NECESSÁRIA.CASTIGO NÃO INCIDENTE

SOBRE OS SUCESSORES. CIRCUSTÂNCIA EM

QUE NÃO SE ADMITE A PENA ALÉM DA

PESSOA DO DELIQUENTE. TJSP, In: RT

691/89.

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HERANÇA JACENTE E VACANTE SUCESSÃO DO ESTADO

• Não havendo cônjuge ou parente sucessível ou havendo renúncia, o Estado recolhe a herança (art. 1819 e ss.)

• Ele não é herdeiro, pois não adquire o domínio e a posse da herança no momento da abertura da sucessão (art. 1844).

• Nesse caso: 1. Jacente; 2. Vacante (aqui os bens passam ao domínio público)

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• Principal característica: passagem transitória para transferir os bens para o Estado.

• No espólio: os herdeiros são conhecidos.

• Na jacência: não se sabe dos herdeiros.

• Administrador da herança jacente: CPC, art. 12, IV e CPC 1142 e ss.

• Principal efeito da declaração de vacância: afastar os colaterais, conforme o art. 1822 do CC.

Bibliografia Recomendada

• DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das sucessões. São Paulo: RT, 2011.

• HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Comentários ao código civil. Parte especial do direito das sucessões. Da sucessão em geral; da sucessão legítima. V. 20. São Paulo: Saraiva, 2003.

• ______ et alli. Direito de Família e das Sucessões. Temas atuais. São Paulo:Método, 2010.

• LEITE, Eduardo de Oliveira. Comentários ao novo código civil. Do direito das sucessões. V. XXI. Rio de Janeiro: Forense, 2004.

• FONTANELLA, Patrícia; RUSSI, Patrícia. A possibilidade da adoção da prole eventual diante da incidência dos direitos fundamentais nas relações privadas. Disponível em: www.professorflaviotartuce.com.br

• TARTUCE, Flávio; SIMÃO, José Fernando. Direito das sucessões. São Paulo: Ed. Método, 2011. v.6.

• VELOSO, Zeno. Comentários ao código civil. Parte especial do direito das sucessões. Da sucessão testamentária; do inventário e da partilha. V. 21. São Paulo: Saraiva, 2003.

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