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PANORAMAS E PERSPECTIVAS DO PROCESSO CIVIL INTERNACIONAL: A ARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL COMO RUPTURA DO HERMETISMO PROCESSUAL NO MERCOSUL OVERVIEW AND PERSPECTIVES OF INTERNATIONAL CIVIL PROCEDURE: THE INTERNATIONAL PRIVATE ARBITRATION AS A CLOSURE PROCESS RUPTURE IN MERCOSUR JEANE SANTOS BERNARDINO FERNANDES RESUMO O ensaio ora apresentado busca perquirir as raízes da instituição da Arbitragem Internacional no MERCOSUL, demonstrando que, malgrado a recepção criativa nacional e supranacional tenha se abeberado de construções sistemáticas alienígenas e do direito comunitário, no ordenamento jurídico vigente, as soluções sugeridas pelo juízo arbitral das searas em enfoque restaram aquém das medidas em que se espelharam, havendo questões nevrálgicas não dirimidas a contento, sobremaneira no que tange à natureza jurídica da Arbitragem Internacional Comercial, e os consectários lógicos de sua utilização em relações jurídicas estabelecidas entre entes de nacionalidades distintas, seja em solo nacional, seja no âmbito do Mercado Comum do Cone Sul. Ante a inarredável complexidade do tema em comento, e a inoperância do suporte legal positivado, o presente estudo busca delinear justificativas hábeis a validar os primados da disseminação de mecanismos extrajudiciais a facultar posicionamentos de lege lata e lege ferenda até então incogitáveis. PALAVRAS-CHAVES: Arbitragem Internacional Comercial, litígios internacionais, MERCOSUL. ABSTRACT The essay seeks the remote origins of International Arbitration in MERCOSUR, showing that, besides the use of the foreign countries’ mechanisms, the way it was accepted in our juridical order, the solutions presented for these systems were less useful than it was be minded. By the way, there are “hard cases” and emblematic problems to be solved, especially in questions involving the Arbitration concept and their classification, focus on the reason it has being fixed in MERCOSUR to solve litigation between private issues. Due to the complexity of the topic and the legal system inutility, the present study research for justifications and remarks to validate the arbitration effectiveness, much more important while imagined as a legislation and jurisprudence support transformation. KEYWORDS: International Private Arbitration, International litigation, MERCOSUR. INTRODUÇÃO Visando ao deslinde de questões que demandam resolução célere e idônea, em prol do advento de novas instâncias de articulação política e jurídica, passaram a ser incentivados instrumentais diferenciados da corriqueira atuação jurisdicional. Neste contexto, novos sistemas internacionais jurídico-institucionais de solução de conflitos * Trabalho publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI realizado em Fortaleza - CE nos dias 09, 10, 11 e 12 de Junho de 2010 7677

da corriqueira atuação jurisdicional. · patrimoniais podem ser enumerados. Dentre tais estruturas, este artigo pretende analisar os mecanismos concebidos nos âmbitos internacional,

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PANORAMAS E PERSPECTIVAS DO PROCESSO CIVIL INTERNACIONAL: A ARBITRAGEMCOMERCIAL INTERNACIONAL COMO RUPTURA DO HERMETISMO PROCESSUAL NO

MERCOSUL

OVERVIEW AND PERSPECTIVES OF INTERNATIONAL CIVIL PROCEDURE: THEINTERNATIONAL PRIVATE ARBITRATION AS A CLOSURE PROCESS RUPTURE IN MERCOSUR

JEANE SANTOS BERNARDINO FERNANDES

RESUMOO ensaio ora apresentado busca perquirir as raízes da instituição da Arbitragem Internacional noMERCOSUL, demonstrando que, malgrado a recepção criativa nacional e supranacional tenha se abeberadode construções sistemáticas alienígenas e do direito comunitário, no ordenamento jurídico vigente, assoluções sugeridas pelo juízo arbitral das searas em enfoque restaram aquém das medidas em que seespelharam, havendo questões nevrálgicas não dirimidas a contento, sobremaneira no que tange à naturezajurídica da Arbitragem Internacional Comercial, e os consectários lógicos de sua utilização em relaçõesjurídicas estabelecidas entre entes de nacionalidades distintas, seja em solo nacional, seja no âmbito doMercado Comum do Cone Sul. Ante a inarredável complexidade do tema em comento, e a inoperância dosuporte legal positivado, o presente estudo busca delinear justificativas hábeis a validar os primados dadisseminação de mecanismos extrajudiciais a facultar posicionamentos de lege lata e lege ferenda até entãoincogitáveis.PALAVRAS-CHAVES: Arbitragem Internacional Comercial, litígios internacionais, MERCOSUL.

ABSTRACTThe essay seeks the remote origins of International Arbitration in MERCOSUR, showing that, besides theuse of the foreign countries’ mechanisms, the way it was accepted in our juridical order, the solutionspresented for these systems were less useful than it was be minded. By the way, there are “hard cases” andemblematic problems to be solved, especially in questions involving the Arbitration concept and theirclassification, focus on the reason it has being fixed in MERCOSUR to solve litigation between privateissues. Due to the complexity of the topic and the legal system inutility, the present study research forjustifications and remarks to validate the arbitration effectiveness, much more important while imagined asa legislation and jurisprudence support transformation.KEYWORDS: International Private Arbitration, International litigation, MERCOSUR.

INTRODUÇÃO

Visando ao deslinde de questões que demandam resolução célere e idônea, em prol do advento denovas instâncias de articulação política e jurídica, passaram a ser incentivados instrumentais diferenciadosda corriqueira atuação jurisdicional.

Neste contexto, novos sistemas internacionais jurídico-institucionais de solução de conflitos

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patrimoniais podem ser enumerados. Dentre tais estruturas, este artigo pretende analisar os mecanismosconcebidos nos âmbitos internacional, regional e comunitário de resolução extrajudicial, destacando nestaórbita os atuais desafios do direito internacional em promover e proteger a segurança jurídica de seussujeitos.

Para tanto, esta sede intenta proclamar os métodos extrajudiciais de resolução de conflitos comoalternativa viável e lépida de mitigação de eventos litigiosos.

A realização da pesquisa ora projetada se justifica na necessidade de se compreender e,consequentemente, de se decodificar os sistemas internacionais multilaterais e regionais de solução deconflitos, e sua respectiva aplicação, sobretudo, enfatizando a relevância de se obrar mecanismos deharmonização dos métodos postos à disposição dos interessados na busca de instrumentosheterocompositivos.

Pela confrontação das legislações nacionais e os arremedos de harmonização inter-estatal ecomunitária, o ensaio anseia elencar quais são os pontos de destaque, as vantagens e desvantagens de seproceder à uniformização dos mecanismos extrajudiciais de resolução de conflitos internacionais,concedendo especial destaque à Arbitragem Comercial Internacional.

Outrossim, o objeto deste bosquejo sustenta-se na busca de uma interface entre o direitointernacional e o direito processual, além de tangenciar o direito comunitário e suas elementares, a fim detrazer ao cotidiano da sociedade a análise e o desenvolvimento crítico de temas tão emergenciais ecomplexos como os que se propõe.

Transpostas reflexões conceituais incipientes, donde se extrairá o novo olhar sobre a percepçãohodierna de resolução de conflitos, e os limites impostos pela atuação estatal, as discussões adensadasacerca do tema são colhidas, sem que se cogite o esgotamento da matéria.

Após, cumpre avançar para averiguação dos panoramas, das tendências e das perspectivas dasolução de conflitos patrimoniais, sobremaneira no âmbito do MERCOSUL, dando azo a uma análisevestibular sobre os problemas dali extraídos.

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Sistematicamente, o artigo perpassará, respectivamente: a) pela verificação das transformações domundo contemporâneo; b) pelas consequencias dos fluxos da globalização nos novos limites da atuaçãojurisdicional, tratará, ainda, c) do hermetismo processual e sua insuficiência no plano internacional comocausa bastante à opção por métodos alternativos à corrente ingerência estatal, de forma a concluir pelapremente d) opção por métodos heterocompositivos, e o valimento da e) harmonização legislativapretendida, sem embargo às necessárias evoluções na regulamentação elementar desenvolvida até omomento.

1. UM NOVO TEMPO, NOVOS LIMITES

As transformações do mundo contemporâneo, em especial, as alterações nas formas de produçãoeconômica e o avanço tecnológico nos setores de comunicação e logística, trouxeram novos desafios para oEstado e, consequentemente para o Direito.

Cediço que a “sociedade contemporânea move-se num espaço global. Essa realidade requerinstâncias globais para a produção de regras de convivência, com a efetiva participação dos interlocutoressociais válidos”[1].

Tomado como pano de fundo o ideário de ‘interfluência’, é desnudada a simbiose entre Direito eEconomia a refletir inequivocamente nas dinâmicas do Comércio Internacional.

Fato é que os países não vivem sozinhos, seja movidos pela satisfação de necessidades básicas,supérfluas ou por mera demonstração de status, seja vocacionados à mercancia, a participação no cenáriointernacional é imanente à condição estatal. Assim, cabe ressaltar a abordagem que será adotada nesteensaio: a premissa a ser considerada é a de que vigora o sistema econômico aberto.

Assim, um país possui relações comerciais com outros países, ou seja, vivencia o comérciointernacional. Para compreensão das abordagens do comércio internacional, mister que se tenha em nota aseguinte menção:

Durante a história contemporânea houve abordagens muito diferentes sobre o comércio internacional. Aprimeira foi o mercantilismo.

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Depois, com a produção de manufaturados em larga escala, desenvolveram-se o “livre-comércio” e suaantítese, o “protecionismo”.

Surgem daí duas visões sobre o vínculo entre comércio e desenvolvimento econômico: o liberalismo e onacionalismo.

Ao longo dos últimos 60 anos, estas visões, em diferentes momentos, se opõem, e em outros, secomplementam, durante as tentativas de regulamentar e ao mesmo tempo liberalizar ao máximo ocomércio e os investimentos.[2]

A mundialização da economia, a desconcentração do aparato estatal, a internacionalização doEstado, a desterritorialização da produção e sua fragmentação, enfim, o desenvolvimento atual do sistemacapitalista[3], com suas rupturas jurídico-institucionais, acabam provocando uma progressiva deterioraçãodos sistemas normativos nacionais, erigido nas estruturas organizacionistas do Estado Liberal do séculoXIX[4].

O atual período de transição capitalista – com o crescimento espetacular dos mercados mundiais eemergência de sistemas transnacionais–, de um lado, faz minar o protagonismo do Estado[5], enquantoestatuto de unidade privilegiado de construção e de aplicação do direito, mas de outro, promove novasinstâncias de articulação política e jurídica, frutos da efervescência conjuntural sobredita.

Nesse diapasão enumeram-se diversos sistemas internacionais de natureza jurídico-institucionais,visando, pois, a solução de conflitos patrimoniais. Entre tais estruturas o presente estudo pretende analisaros mecanismos intergovernamentais multilaterais e regionais, assim como, os atuais desafios do direitointernacional e do direito processual internacional em face da Arbitragem Comercial Internacional.

No que tange à Arbitragem Comercial Internacional, ante a aglutinação das percepções dossistemas estrangeiros, esta desponta como sustentáculo ao afastamento de controvérsias nacionais einternacionais, resposta à gradual falência do sistema judiciário[6] e ao obstáculo natural da fixação decompetência para dirimir conflitos que envolvam entes lotados em locais distintos do globo terrestre,aproximados pela nova lex mercatoria.

Em tempos regidos pelas leis de mercado e pelo desenvolvimento constante da tecnologia, há acrescente integração e interdependência entre os Estados, empresas e indivíduos, sobretudo pelo prismacomercial.

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Este comércio não mais parou de expandir-se, e hoje, repousado sobre os paradoxos do NovoMilênio, o Direito do Comércio Internacional é amplamente estudado e utilizado para regular as transaçõesque ultrapassam os limites territoriais, atingindo até mesmo a esfera virtual. Os avanços ora narrados nãoimpediram que sobre o ponto de vista jurídico ainda pendam algumas incompreensões ou estranhamentosderivados da pluralidade legislativa.

A internacionalização – ou seja, a participação ativa nos mercados externos – consagra-se como ocaminho estratégico para a competitividade em ascensão.

Este efeito é marcado, por um lado, pelos avanços tecnológicos e científicos, a intensificação docomércio internacional, a contínua integração social com as intensas imigrações, as influências culturais,além da integração econômica, e, por outro, pela acentuação das desigualdades sociais entre os países,aumento da pobreza, miséria, degradação ambiental e multiplicação dos conflitos – seja localizada, sejapulverizada.

A regionalização e a globalização[7] das economias são fenômenos irreversíveis, sujeitando ospartícipes da Comunidade internacional a profundas e contínuas alterações nos meios de organização,comunicação, produção e distribuição.

A litigiosidade imanente de relações tão imbricadas demanda soluções consentâneas com aagilidade da hipermodernidade[8]. A partir da intensificação deste fenômeno, o Estado e o Direito sofremrupturas nas mais diversas de suas instituições.

Eduardo Teixeira Silveira[9], ao citar José Eduardo Faria, resume estas rupturas em: a)mundialização da economia (internacionalização dos mercados); b) desconcentração do aparelho estatal(privatização e desregulamentação dos direitos sociais); c) internacionalização do Estado (formação dosblocos regionais e tratados de livre comércio); d) fragmentação das atividades produtivas nos diferentesterritórios e continentes sempre buscando o melhor custo-benefício (concentração dos investimentos dasempresas multinacionais em países com legislações favoráveis aos seus interesses); e, e) expansão de umdireito paralelo ao dos Estados, de natureza mercatória (lex mercatoria estabelecida pelos usos e costumesadvindos das negociações internacionais).

Como decorrência lógica de tais vivências, litígios eclodem em velocidade inestimável. Acaso não

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se operasse a instituição de mecanismos aptos a refrear com a rapidez almejada pelos envolvidos nacontenda o dissipar da controvérsia, as divergências instauradas tornar-se-iam um pandemônio insolúvel.

O descortinar deste cenário aponta para relevantes atualizações havidas nos ordenamentos jurídicosnacionais em âmbito mundial[10], com vistas ao atendimento das novas relações exteriores, fenômeno aoqual alguns países ainda se apresentam parcialmente alheios e/ou reticentes.

A este respeito, enuncia André-Noel Roth[11] em sua obra O direito em crise: fim do estadomoderno?:

Antes caracterizado por seu débil poder de coerção, ultimamente o direito internacional institui-se cadavez mais como um princípio normativo superior, que permite aos indivíduos reivindicar sua aplicaçãoou denunciar sua violação pelo Estado (exemplos: tratado de Maastricht, Corte Européia dos Direitosdo Homem). A multiplicação dos tratados de cooperação econômica (Mercosul, Nafta, CEE, Asean)reflete também este fenômeno.

Perceber o locus de atuação do direito internacional, e a razão se apresentá-lo como repositórioválido à missão de atenuar o acrisolamento processual são as elementares a ser desenvolvidas a seguir.

2. A PERCEPÇÃO PROCESSUAL HERMÉTICA E AS INSUFICIÊNCIAS DELADECORRENTES NO PLANO INTERNACIONAL

Ao se tratar do hermetismo processual, o primeiro aspecto a ser investigado atenta ao acesso àprestação jurisdicional.

O princípio da inafastabilidade imprime às ordens nacionais a atribuição formal de exercíciojurisdicional. “Deveras, a problemática do direito à jurisdição não pode ser estudada nos acanhados limitesdo acesso aos órgãos judiciais já existentes. Não se trata apenas de possibilitar o acesso à Justiça comoinstituição estatal, e sim de viabilizar o acesso à ordem jurídica justa” [12].

À primeira vista, a simplicidade da estruturação do Poder Judiciário, a forma arregimentada dosprocedimentos definidos na legislação, bem como o vulto econômico-financeiro e a especificidade dos

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enfrentamentos próprios dos litígios internacionais, fazem crer que se tratam de instâncias inconciliáveis.

Convém enfatizar a amplitude do topoi na entrega da tutela jurisdicional, que antes de concentrar-se em perspectivas sectárias processuais e/ou de organização judiciária, atine às ordens econômica, social,política e administrativa dos Estados, não se quadrando, nessa esteira, tão-somente como desafios de paísesdesenvoltos, visto que se trata de circunstância afeta à identidade da função jurisdicional no Estado Pós-Moderno Neoconstitucional[13].

Abertas as portas do Judiciário ao particular envolvido em desavenças, resta averiguar quais dospotenciais países habilitados para dirimir o conflito o farão de forma menos gravosa para as partes, e demaneira mais coeva com as circunstâncias fáticas e jurídicas.

Nesse giro, passa a ser perquirida a questão da “competência internacional”. O ponto nodal queenceta a discussão da “competência” transita de forma pouco fleumática pelo direito processual e pelodireito internacional privado.

Frisa Donaldo Armelin[14] que a matéria anotada reflete duas posições doutrinárias no respeitanteao enquadramento das normas do que se denomina ‘Direito Processual Internacional’, por força daubiquação dos institutos afetos.

Este corresponde àquela zona cinzenta onde se tangenciam o Direito Processual Civil e o DireitoInternacional Privado, à terra de ninguém freqüentemente invada por processualistas einternacionalistas que reivindicam para o seu campo as normas ali existentes. Daí a necessidade dedistinguir as esferas e agrupar as regras jurídicas neste ou naquele ramo de direito, a fim de se evitaremaqueles erros no enfoque da questão, [...], em decorrência do prisma exclusivista em que, na maioria dasvezes, se coloca o especialista de uma ou outra disciplinas.

A questão é, portanto, metodológica, porque a heterotopia de uma norma não tem o condão de adesnaturar nem de empecer a sua aplicação.

Patente que “competência” e “jurisdição” são signos eminentemente processuais, elencandopressupostos de existência e validade do comando sentencial, contudo o modus de se estatuir os limites deatuação internacional, e a opção por barreiras rígidas ou flexíveis à incursão da jurisdição estrangeiraconcorrente, propicia, por via reflexa, que se discipline a interpenetração de ordenamentos jurídicos atravésdo exercício de um de seus poderes imanentes, a definir o permissivo de incidência da “faina legiferantealienígena”[15], malgrado se deva considerar os pontos de conexão entre as ordens conflitantes.

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A rigor, uma pluralidade de ordenamentos e soberanias potencializa a ocorrência do semprepropalado “conflito de normas”, inobstante a atecnia do termo empregado. Com o intento de mitigar opandemônio legislativo, costumeiramente se tem arrolado atribuições de julgamentos, de forma etérea emaleável, “por isso as normas que fixam a competência internacional são mais de Direito InternacionalPrivado do que de Processo Civil” [16].

Acorde com a asserção em comento, é possível afirmar que:

Com efeito, as normas que definem a competência internacional não se restringem a uma simplesdistribuição de atividade jurisdicional entre os diversos órgãos investidos de uma mesma jurisdição,mas, ao contrário, determinam a extensão de uma jurisdição (a nacional) diante das demais (as de outroEstados soberanos)[17].

A precariedade da instituição da jurisdição internacional, sói ao regramento processual, obsta ofomento de novas técnicas principiológicas, ou a edição de estipulações assemelhadas às soft laws queversem de forma factível acerca do tema em deslinde, haja vista que os tacanhos mecanismos legaisexistentes não se prestam adequadamente a extirpar as tensões surgidas, ainda que ambicionem o alcancedos limites do princípio da efetividade[18].

Com lastro na linha de raciocínio apontada, escreve Athos Gusmão Carneiro[19]:

Do ponto de vista da competência internacional, é geralmente assente que a assunção pela justiça de umpaís do poder de julgar determinada causa supõe, em princípio, a vinculação desta causa àquele país –teoria da maior proximidade de Wolff e, ainda, a possibilidade de tornar efetiva a sentença que venha aser proferida, de molde a justificar como razoável o exercício da soberania nacional.

Tendo em mira alguns dos problemas mais sensíveis a ser extirpados pelos envolvidos em umaquerela internacional, que tantas vezes os impulsionam à adoção da via arbitral, desponta a insuficiência daatuação jurisdicional.

Inicialmente, visualizado o círculo hermético de exercício processual e jurisdicional, focalizado naliteralidade do texto legal, a fluidez do direito internacional demanda artifícios menos rígidos ou ao menos

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não sedimentados em rigorismos extremados.

Cediço que o reflexo das decisões judiciais espraia-se para os setores econômicos, sociais epolíticos. Contudo, a crise planetária de credibilidade do sistema judiciário – proveniente da inequívocamorosidade, de ocorrências reiteradas de práticas fraudulentas e corruptas, da desmoralização das decisõesante a recalcitrância de cumprimento, ademais, a estrutura legislativa processual que se orienta pelamajoração de instrumentais aptos à crescente oportunização da tutela recursal e mecanismos deprocrastinação válida do procedimento – minou a percepção do Poder Judiciário como unidade privilegiadade construção e de aplicação do direito.

Destarte, a experiência tem patenteado que a solução destes conflitos surgidos no universocomercial privado, isto é, colisões de interesses deflagradas entre particulares e/ou empresas de diferentespaíses, encontrava entraves quanto à jurisdição estatal a ser aplicada[20], em virtude do tangenciamento daquestão da soberania dos Estados, motivo pelo qual se vislumbrou a premência de um “poder”supranacional de superação das crises jurídicas[21], lacuna que viria a ser fielmente preenchida pelaArbitragem[22].

Quadra, ainda, registrar que, embora não mais se aceite a atuação judicante como se fora um“convidado de pedra”[23], existem áreas demasiadamente específicas, que demandam uma sabença técnico-científica que não raro o juiz não ostenta.

Por fim, os formalismos exacerbados, as exigências procedimentais, a ausência de punições maisgravosas àqueles que atuam em juízo lançando mão de chicanas processuais, o retardamento normal dotempo do processo, os efeitos deletérios da morosidade do sistema judicial, a leniência de alguns servidorese julgadores, e sobremaneira, os aparatos técnico-legislativos que propiciam o arrastamento da resolução dolitígio por anos a fio são outras circunstâncias próprias do acrisolamento do sistema estatal de resolução deconflitos, que somados à crise mundial de credibilidade do Judiciário e às mazelas do sistema que seequiparam ao insanável, impingem à utilização de vias alternativas.

No jaez em comento, a superação da crise institucional e operacional dos sistemas judiciários eprocessuais confere novos relevos à Arbitragem, concebida como justiça reparadora e coexistencial, por seenfeixar como equivalente jurisdicional, consolidando uma justiça mais eqüitativa e mais acessível[24].

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Permeado pelos movimentos de anseio à efetividade da tutela jurisdicional[25], deflagra-se adicotomia desta com a segurança jurídico-processual, assim sendo, em prol da presteza do comandosuplicado, tendo em nota a lentidão a que são expostas as partes nos processos judiciais, oportunizou-serelevância ímpar à Arbitragem como solução de concessão de eficiência, e antídoto à morosidade doJudiciário[26].

Escorado sobre os anseios de agilidade e presteza na resolução de entrechoques de interesses, oconceito de processo civil internacional deve ser elastecido para se fazer incluir a atuação arbitral.

3. A DINÂMICA DAS RELAÇÕES NEGOCIAIS E A LITIGIOSIDADE DELAS ORIUNDAS

Decorrência do incremento e do avivamento das relações negociais no âmbito internacional, namesma torrente, sobrevieram aos magotes pretensões resistidas e ocorrências litigiosas.

Traz-se a lume o substrato abaixo transcrito, que sintetiza as contradições que podem se emoldurarem casos semelhantes:

Se por um lado as contingências econômicas incitam procedimentos político-institucionais supra-nacionais [sic] capazes de gerir uma situação de real interdependência da maneira mais racionalpossível, por outro lado, questões culturais e políticas impelem a uma reforma do Estado-nação queconsidere não somente tradições seculares, mas também práticas democráticas efetivas, as quais nãopodem prescindir da esfera infra-estatal. [27]

Resumidamente, visadas são as medidas desburocratizantes, enaltecidas na seguinte transcrição:

Pourtant, au regard de l’agressivité et de l’acuité des autres acteurs qui composent la scène politique-économique internacionale, l’enterprise inteégrationaliste du cône Sud de l’Amérique se voit d’unepart, vouée à devélopper un arsenal institutionnel qui aille frachement au-dèla d’une simple zone delibre commerce – la necessite d’un degrée de coordination eleve demande forcément un chapeautage politique et efficace exemptée de la loudeur caractéristique des bureaucreaties administratives. [28]

Cabe aos operadores jurídicos o aprimoramento institucional, seja pela criação, seja pelodesenvolvimento de mecanismos adequados à manutenção da ordem nas relações domésticas einternacionais, rememorando a imperiosa preservação dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos e

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das economias locais, sem que suplante o intento de obtenção do maior desenvolvimento sustentável aospaíses[29].

A despeito da internacionalização da justiça e da instituição de tribunais internacionais, comoreflexo dos fenômenos oriundos da consolidação do direito comunitário[30], em dados momentos faz-sepremente a utilização da via arbitral, nada obstante, seja cediço que a tarefa restaria deveras facilitada pelaalteração da postura adotada pelos promotores dos ordenamentos jurídicos, haja vista a insuficiência doinstrumental até então disponível.

À luz de tais circunstâncias, desde uma perspectiva de mitigação dos desacertos ou das limitaçõesda atividade jurisdicional tradicional, a Arbitragem Internacional surge como via alternativa à inoperância eao despreparo da judicatura.

Destaca-se entre os métodos heterocompositivos[31] a Arbitragem Internacional, por ser ummétodo de resolução de litígios amplamente utilizado em contratos comerciais.

4. COMPREENSÕES PROPEDÊUTICAS ACERCA DA ARBITRAGEM COMERCIALINTERNACIONAL

Comumente conceitua-se a Arbitragem como sendo “um acordo de vontades de que se utilizam oscontratantes, preferindo não se submeter a decisão judicial, com o objetivo de solucionar seus conflitos deinteresses presentes ou futuros, por meio de árbitro ou árbitros” [32].

A Arbitragem desponta na resolução conflitual por restar dotada de maior disseminação no plexointernacional, consectário lógico da tendência mundial de reavaliação de conceitos já cristalizados pelamentalidade jurídica[33].

Neste sentido preleciona Hermes Marcelo Huck[34]:

A busca de soluções dinâmicas e eficientes para as pendências oriundas das relações comerciaisinternacionais tem-se orientado no sentido da arbitragem comercial. De natureza basicamente

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contratual, guarda íntegra, entretanto suas características jurisdicionais. Funcionando como umajurisdição alternativa, especializada, conhecedora das regras e práticas do comércio internacional, aarbitragem estaria capacitada a dar uma rápida e competente solução para tais pendências.

Por Arbitragem Comercial entende-se a resolução de qualquer litígio de conteúdo econômico. Oscritérios para sua adoção, e as matérias passíveis de serem deslindadas pela via arbitral, mudam de país parapaís, todavia o método utilizado pelas legislações tende a se harmonizar, de sorte a alcançar oreconhecimento no direito comparado.

A Arbitragem no Brasil[35] e o sistema embrionário de solução de litígios nos blocos econômicos –com ênfase ao MERCOSUL – derivam de uma série de circunstâncias e fatores históricos e políticos quedemandam estudo aprofundado em sede própria.

A Arbitragem, já decantada como direito processual de cidadania[36], ganha contornos peculiaresno cenário internacional, ante a miscelânea institucional operada nas relações multilaterais havidas.

Este ensaio busca apartar-se da obviedade que seria a sustentação de que a Arbitragem Comercialse lastreia no princípio da autonomia da vontade, e em razão disso dispensaria a uniformizaçãoprocedimental, ao pífio fundamento de adequação à modalidade ou ao Tribunal eleito pelos envolvidos,porquanto mencionada percepção induz à equivocada conclusão de que a via arbitral se configura comomero organismo judiciário descentralizado.

Ao se atentar para os imensuráveis benefícios que a concessão de maior amplitude à ArbitragemComercial fomenta em escala mundial, sobremaneira em questões comerciais internacionais, é possívelconstatar que além de reduzir o emperramento da engrenagem judiciária estatal[37], compatibilizam-se osrogos de agilidade e uniformidade trazidos, respectivamente, pela a globalização e pela hipermodernidade.

Merece registro o excerto que segue:

Arbitration has three advantages over litigation. First, arbitration is much faster. [...] Second, arbitrationis much less expensive, since less lawyer-time is needed for discovery and motion practice. Third,arbitration is much less formal than litigation, making it easier and less time-consuming to prepare acase. [38]

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Considerando as três benesses destacadas à utilização da via arbitral, quais sejam, maior agilidade,menor custo e a eliminação de formalismo excessivos, inexistem ressalvas factíveis ao aguardo da prestaçãojurisdicional.

Restando inviável o aguardo infindo por alterações emergenciais, circunstância queinelutavelmente demandaria um giro copernicano nas previsões normativas e na mentalidade dos operadoresjurídicos, concebeu-se como acertado e plausível o resgate de instrumentais distintos da outrora unívocajurisdição estatal.

A integração dos países fronteiriços – tributários do desejo de incremento de suas participaçõeseconômicas na mercancia de âmbito internacional[39], bem assim como o aprimoramento da tecnologia, dacomunicação à distância e os rogos do mercado, associados às dificuldades de assimilação e harmonizaçãode regramentos de sistemas jurídicos diversos[40], revigoraram a relevância da Arbitragem ComercialInternacional como solucionadora dos embates não cognoscíveis por uma jurisdição cogitada em abstrato.

De posse de referida convicção, aquiescer que a utilização da autonomia da vontade das partescomo ferramenta de modificação da competência internacional judiciária ou a opção pela via arbitral seriamrepositórios viáveis e coerentes com os primados de efetividade, tendo “por escopo evitar a denegação dejustiça, quando pela aplicação de regras normais da competência internacional não se obteria qualquerpronunciamento judicial eficaz”[41], além de uma viragem nas condicionantes promíscuas de orientação nãoengajada com a ambiência internacional, dá ensejo à eliminação do fetichismo jurisdicional.

O anseio deste ensaio é destacar recepções criativas[42] no âmbito do MERCOSUL, vez que osistema atual resta aquém dos reclamos da ordem internacional, assim sendo, a Arbitragem Comercial sedestaca por agir como mecanismo de rompimento do hermetismo processual e das vicissitudes do sistemajudicial.

5. A ARBITRAGEM COMERCIAL INTERNACIONAL NO MERCOSUL

Dentre os meios de solução pacíficos existentes, encontram-se os métodos alternativos de soluçãode controvérsias internacionais, quais sejam, a mediação, a conciliação e a arbitragem. Destes, o último

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desponta na resolução conflitual, por restar dotado de maior disseminação no plexo internacional,consectário lógico da tendência mundial de reavaliação de conceitos já cristalizados pela mentalidadejurídica[43].

Registra Barbosa Moreira que “em termos específicos, no que tange à arbitragem, o que se poderazoavelmente esperar é que a ela se submetam conflitos que encontrariam outra sede adequada para examee desate, na hipótese de não se lograr solução consensual” [44].

Exaltando a arbitragem como método de soluções de controvérsias no campo internacional, épossível sintetizar os destaques havidos alhures transcrevendo o trecho que segue:

El panorama actual nos demuestra la frecuencia con que las partes en los contratos internacionalesdeciden que para el caso que surgieran controversias respecto de la celebración, validez, interpretación,o ejecución y consecuencias de su incumplimiento, las mismas serán resueltas recurriendo a la vía delarbitraje. En este área, el arbitraje internacional constituye el método de solución de las disputas porexcelencia. Goza de gran prestigio respecto de los restantes mecanismos disponibles para losjusticiables en virtud de sus considerables ventajas comparativas. [45]

A integração dos países fronteiriços – tributários do desejo de incremento de suas participaçõeseconômicas na mercancia de âmbito internacional[46], bem assim como o aprimoramento da tecnologia, dacomunicação à distância e os rogos do mercado, associados às dificuldades de assimilação e harmonizaçãode regramentos de sistemas jurídicos diversos, revigoraram a Arbitragem como solucionadora dos embatesnão cognoscíveis por uma jurisdição cogitada em abstrato, momento em que esta se amolda como tertiumgenus de eliminação de lides potencializadas.

Essas ocorrências litigiosas, se consagram no cenário internacional sob várias modalidades,redundando no mais das vezes em interações entre particulares de países contíguos, importando tantas vezesem relações mercantis puras, ao formato compra-e-venda, e outras, na transferência de capitais,circunstância que torna ainda mais temerário o disciplinamento da competência jurisdicional:

El arbitraje internacional nace con la finalidad de resolver las desavenencias emergentes del comerciointernacional, dentro del que aparece ocupando un destacadísimo lugar la clásica contratación de lacompraventa de mercaderías a través de las fronteras. Aquí los intereses involucrados son básicamenteintereses privados.

En cambio, cuando el arbitraje internacional se relaciona con las inversiones extranjeras, es decir, estáreferido no ya al tránsito de mercaderías sino al tránsito de capitales a través de las fronteras, las

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cuestiones que puedan plantearse entre las partes, dados los intereses en juego, revisten una grandelicadeza y relevancia.

En efecto, en estas transacciones internacionales muchas veces las partes están constituidas porEstados, de modo que los intereses involucrados suelen exceder el ámbito de los intereses privadospara colocarse en el ámbito de los intereses públicos. En rigor, existe en esta área -como en tantasotras- una virtual imposibilidad de lograr límites precisos. [47]

Estando em um crescente vertiginoso os âmbitos de atuação arbitral, cumpre delinear:

Por ende, el contexto actual del arbitraje internacional se caracteriza:

a) Por la creciente recurrencia a la vía arbitral como método para solucionar las disputas en el ámbitointernacional.

Existen datos que permiten demostrar la adaptación del arbitraje internacional a las expectativas tantode los particulares como de los Estados como método confiable de solución de disputas.

b) Las transacciones internacionales en las que se pacta el arbitraje internacional tiende a aumentar.

No se agota su función dentro de las clásicas controversias derivadas de las operaciones de tránsito demercaderías, sino que abarca las derivadas de relaciones jurídicas, como la de las inversionesextranjeras referidas a la transferencia de capitales a través de las fronteras. [48]

O MERCOSUL não se furta à apropriação de tais elementares, não havendo, em uma observaçãopreliminar causa obstativa à plena utilização da via arbitral, como se extrai do trecho seguinte:

No âmbito do MERCOSUL, algumas normas sobre solução de controvérsias foram criadas. Em linha deprincípio, o documento designado por Protocolo de Brasília para a Solução de Controvérsias, de 17 dedezembro de 1991, deixa de litígios sob a égide dos tribunais, ou, eventualmente, de juízes arbitrais,por árbitros e segundo os procedimentos adotados pelas partes. Não houve a instituição de um órgãosupranacional para fins de arbitragem entre partes sediadas em diferentes jurisdições no MERCOSUL.O Protocolo de Buenos Aires sobre Jurisdição Internacional em Matéria Contratual, de 05 agosto de1994, limita-se a discorrer sobre regras gerais de domicílio e competência, sem tratar especificamentedo procedimento arbitral. O Protocolo de Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil,Comercial, Trabalhista e Administrativa, de 27 de junho 1992, conhecido como Protocolo de LasLeñas, estabelece em seu Capítulo V que as sentenças e laudos arbitrais originários de países doMERCOSUL terão o trâmite de homologação simplificado por intermédio de Carta Rogatória e daAutoridade Central. Ademais, o Brasil firmou um Acordo sobre Arbitragem Comercial Internacional noMERCOSUL, em 24 de julho de 1998, que foi incorporado à legislação brasileira pelo Decreto nº 4719de 4 de junho de 2003. [49]

Enfrenta-se a questão da solução de controvérsias no MERCOSUL[50], outrora instituída peloAnexo III do Tratado de Assunção, tendo este sido inicialmente regulamentado pelo Protocolo de Brasília, eposteriormente modificado pelo Protocolo de Ouro Preto . Atualmente, a matéria da resolução de conflitosestá regulamentada pelo Protocolo de Olivos, assinado em 18 de Fevereiro de 2002, e vigente desde 1º deJaneiro de 2004.

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Retomada a instituição do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), sublinha-se a escassa menção àresolução de conflitos entre particulares no seio do bloco econômico, restando tão-somente como referênciamínima a discriminação do procedimento constante do Protocolo de Olivos, quanto a este não se amoldandoinovações em relação ao Protocolo de Brasília, a saber: “O Protocolo de Olivos não trouxe novidades emrelação ao acesso dos particulares ao sistema de solução de controvérsias, pois como no procedimentoanterior, não podem ter acesso direto, eis que não são sujeitos de direito internacional” [51].

Em meio às divergências opinativas, há quem refute enfaticamente a formalização de petitórioperante Cortes Arbitrais Supranacionais no âmbito do MERCOSUL, como ora se evidencia:

No que concerne à possibilidade de particulares, pessoas físicas e jurídicas dos Estados membroslitigarem in pectore, sem os mecanismos de representação diplomática, como se poderia pleitear semprudência política, e como também o faz a comunidade acadêmica, acertadamente o Protocolo deOlivos nada aditou, reiterando o tratamento meramente elucidativo, de soft law, conforme consta doProtocolo de Olivos.[52]

O enunciado transcrito adensa corrente pontuação doutrinária que corrobora a vedação ao acessodos particulares no sistema de solução de controvérsias, ao fundamento de que por não serem sujeitos dedireito internacional público estariam obstados de pleitear diretamente[53].

Fato é que com o advento do Protocolo de Olivos, e as pontuais e imperceptíveis alteraçõesempreendidas em relação ao Protocolo de Brasília, somaram-se esperanças de que as modificaçõesperpetradas prestigiariam a atenuação no rigorismo excludente da fixação anterior, gana evolutiva,desafortunadamente, não confirmada.

Por fim, o Protocolo de Olivos não criou novidades quanto ao acesso de particulares, que continuarão adepender da Seção Nacional do Mercosul, no Estado onde tenham a sede de seus negócios, paraapresentar reclamações. Segundo o Protocolo de Olivos, a Seção Nacional “deverá entabular consultas”com o Estado reclamado, se forem apresentados elementos que permitam determinar a veracidade daviolação e a existência ou ameaça de um prejuízo. Observe-se que o Protocolo de Brasília afirmava quea Seção Nacional “poderá entabular contatos diretos”. Significa isto que, pelo Protocolo de Olivos,assegura-se aos particulares o direito de ter sua reclamação examinada? Uma tal interpretação atenderiareclamos da comunidade empresarial, que por vezes assiste a seus interesses serem arquivados, emrazão de imperativos políticos. Mas esta interpretação, ainda que viável, provavelmente contrastará coma praxe diplomática dos Estados do Mercosul.[54]

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Sem embargo à impressão sobredita, concessa venia, ousa-se discordar, haja vista que a evoluçãoampliativa da percepção restrita do conceito de “bloco econômico” habilita que atuações sejam consagradascom animus de conflagração de avanços à instituição “de um mero acordo alfandegário que conjugueprecários interesses conjunturais”[55].

Não se cogita que pela eloqüência discursiva, e/ou por objeções superficiais sedimentadas emsustentações de índole duvidosa, se refute a utilização de meios não-adversariais de eliminação decontendas, por se tratar de mera rejeição à inovação.

Em idêntico sentido, à época da consolidação do Protocolo de Olivos[56], enunciou EduardoBiacchi Gomes[57] que a ausência de nova diagramação pela consolidação procedimental em referênciapropicia o repisar das pontuações refletidas acerca do Protocolo de Brasília, a saber:

O sistema de acesso dos particulares previsto no Protocolo de Brasília não garante de forma efetiva atutela dos seus direitos e no âmbito MERCOSUL repete os mecanismos já previstos para solução delitígios internacionais que facultam o acesso à jurisdição dos tribunais internacionais somente dossujeitos de direito internacional público.

Conquanto para alguns doutrinadores o expediente arbitral entre particulares em um blocoeconômicos guarde “limites políticos quase intransponíveis para a sua utilização”[58], a disciplina do objetoanalisado era há muito invocada pelos experts das orientações de direito comunitário[59] do MERCOSUL,com especial enlevo às questões relativas à atividade heterocompositiva, amoldando-se reflexões dos pontosem que tangenciam os institutos jurídicos nacionais com o cerne da investigação do direito comparado e daperspectiva político-histórica, diagramando os panoramas atuais, que contrastam com o Estado prestadorjurisdicional, e projetam os influxos paradigmáticos na disciplina do temário sub censura.

Credita-se ao comparatismo político-jurídico e à impulsão criativa de superação e reconstrução daciência jurídica a faculdade de projetar, alvissareiramente, a abertura dos Tribunais instituídos à funçãoarbitral aos particulares que experimentem o entrave das zonas de competência dos Estados integrantes,ampliação producente que operará como elemento propulsor da efetividade do MERCOSUL.

Bem assim, oportuno não olvidar que o “sistema de solução de controvérsias constitui [...] fatordecisivo para o contingente sucesso de projetos de construção de blocos econômicos, qualquer que seja seugrau de aprofundamento ou institucionalização” [60].

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Inexistindo norma específica, a pretensão resolutória não deve restar a descoberto. A opção por umordenamento jurídico específico, em circunstâncias pontuais, pode desatender os interesses das partes, hajavista certas idiossincrasias aferíveis na regulamentação empreendida nas ordenações nacionais.

Furtar-se ao regramento da matéria na zona de influência do MERCOSUL significa fazerperseverar uma visão canhestra de integração jurídico-econômica, que se olvida dos rumos e implicaçõesdas negociações na área de solução de controvérsias[61].

Subjaz, à luz da omissão deliberada de definição objetiva e positivada, a imperiosa mutação damentalidade daqueles que deliberam os rumos integracionais e os permissivos de operação arbitral, vistoque o acanhamento diante da plêiade de casos que demandariam a mediação prospectiva de um organismointernacional deve ser extirpado, sob pena de se deflagrar denegação de justiça[62].

A preeminência das vozes contrárias à utilização de mecanismos supranacionais de resolução não-adversarial de conflitos colidem com as conclusões de substancioso veio doutrinário que lamenta aincompletude do sistema edificado. Por todos, quadra delinear a reflexão de Carlos Alberto Carmona[63]:

Fica por outro lado patenteado – e este parece ser o ponto mais sensível da questão – que oprocedimento arbitral acaba alijando o acesso dos particulares, eis que somente será instaurado omecanismo de solução de litígio se o Estado-membro encampar a reclamação perante a Seção Nacional,estando em jogo, portanto, interesses políticos imponderáveis, tudo girando em torno de conveniênciase oportunidades nem sempre claras e objetivas. Em conclusão, é evidente que o sistemainstitucionalmente previsto no MERCOSUL não contempla, de forma eficaz, a tutela dos interesses dosparticulares, tendo optado os Estados-membros pela preponderância do aspecto político e econômicosobre o jurídico (diferentemente do que ocorre na União Européia). Embora desejável a criação de ummecanismo supranacional para solução de controvérsias, tudo leva a crer que os Estados integrantes dobloco regional ainda não estão suficientemente integrados para que uma corte possa ser implantada, jáque os países envolvidos são por demais ciosos de suas respectivas soberanias para optarem – por ora –o regime de um tribunal judicial, sendo certo que experiência embrionária ainda, revela que omecanismo de solução de controvérsias hoje em funcionamento tem sido capaz de manter a harmoniados membros do grupo regional, resolvendo de forma aceitável pelo menos as controvérsias surgidasentre os Estados.

Assim sendo, a não fixação de lindes de atuação frustrou as expectativas acerca do temário, o quenão impede que, com ousadia, de lege lata, fulcrado no escol de doutrinadores referenciais, não se busquemeios de aplicação casuística[64], pela flexibilização do sistema[65], ou que, de lege ferenda, se opere ainstituição de Corte Arbitral Supranacional[66] expressão de novas práticas sociais participativas e de uma

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racionalidade jurídica emancipadora, laureada pela carreia principiológica e pela ponderação de interesses,matizes incipientes da eliminação das cegas que subsistem nas ordens jurídicas referidas no presente esboço.

A despeito de não se vislumbrar o inedistismo restaurador das patologias sistêmicas, oconformismo com o modelo consolidado não deve impedir a gana crescente pela criação de novos institutosque transponham a construção dos marcos protocolares, conflagrando-se, pois, um contributo real aopensamento da coesão do MERCOSUL, com vistas à solução prévia de conflitos, momento em que se postao diferencial da edificação de mecanismos proativos, corolário dos primados de redução da litigiosidade eda concessão de prestígio “à profusão de novas órbitas além da jurisdição estatal, dos direitos comunitáriosà voga de formas alternativas de solução de controvérsias, da lex mercatoria a laudos arbitrais não-nacionais” [67], suplantando, em definitivo, a figura estatal soberanófila[68].

A posição ensimesmada adotada pelos pensadores do MERCOSUL no respeitante à resolução deconflitos entre particulares invalida ideais para implementação de aparatos renovatórios que edifiquemconsiderações regulativas da Arbitragem além da perspectiva atualmente adotada.

A sustentação que atesta redundar em uma enorme mixórdia a incidência de juízos arbitrais noMERCOSUL entre entes não-estatais, e insuflam a hipótese de perecimento dos influxos diplomáticos,carece de idoneidade, por arrolar premissas falaciosas e percepções consequencialistas não explanadasadequadamente.

Profícua a impressão de Horácio Wanderlei Rodrigues[69]:

[...] referentemente aos conflitos entre particulares pertencentes a diferentes Estados-partes, área naqual há a menor produção legislativa, também ocorrem problemas. A opção por atribuir aos PoderesJudiciários dos Estados-partes, a partir de critérios definidos de jurisdição internacional, a competênciapara solucionar as controvérsias existentes, é adequada. Carece ela, entretanto, de um mecanismoefetivo de uniformização das decisões, sob pena de se ter, em situações idênticas ou assemelhadas,decisões díspares, tendo em vista a posição adotada pela jurisprudência de cada Estado. É necessário,de outro lado, incentivar a utilização da arbitragem, para o que se torna necessária a edição de protocoloespecífico sobre a matéria, buscando definir claramente as regras para a sua adoção.

A proposição que segue resume, todas as digressões empreendidas nesta sede:

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E, no âmbito do MERCOSUL, no âmbito dos contratos internacionais elaborados com parceirosoriginários dos países vizinhos, pode ser conveniente, dependendo da negociação, que, frente a umconflito, o oportuno seja resolver o desencontro e continuar negociando. E é nessa ordem que aarbitragem se vislumbra como o instrumento jurídico válido para manter as partes de um conflitocomercial unidas em prol do interesse econômico comum.[70]

Longe de se imbuir as considerações versadas de condição de repositório de validade, assume-se afalibilidade e os problemas que podem resultar da adoção do sistema de Corte Supranacional para resoluçãode litígios dessa ordem, todavia, para se refrear um suposto cunho panfletário, à esta sede deve ser atribuídatão-somente caráter opinativo.

Eis que com tais pontuações se encerram as pontuações de desenvolvimento, importando sejamtecidas as considerações finais acerca do objeto esquadrinhado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta sede, discorreu-se, desprentensiosamente, acerca dos panoramas da Arbitragem InternacionalPrivada, e seu modus de operação no MERCOSUL.

À guisa de conclusão, concebidas hipóteses de mobilidade transfronteiriça ostensiva no âmbito doMercado Comum do Sul, há, incontestavelmente, um interesse prático na harmonização dos mecanismosadotados pelos sistemas arbitrais.

Neste sentido, a maior justificativa para a realização da pesquisa ora projetada, reside nanecessidade de se compreender e, conseqüentemente, de se decodificar os sistemas internacionaismultilaterais e regionais de solução de conflitos patrimoniais, enaltecendo a valia da adoção de medidasextrajudiciais harmonizadas, para que os mecanismos sugeridos mundialmente não venham a padecer deidêntica crise de credibilidade do Judiciário, ou pendam à ineficiência.

Com vistas ao pleno acesso ao bem jurídico vindicado, e para obstar a denegação de justiça, tendoem conta a ineficácia dos sistemas judiciais nacionais na supressão de questões complexas, considerando,ademais, que os desrespeitos reiterados às decisões judiciais desmoralizam as instituições sedimentadas e

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fomentam a descrença, os países tem se valido de mecanismos alternativos para debelar as crises jurídicas,dentre os quais, se destaca pela profusão de instrumentais a Arbitragem Comercial Internacional.

Rotulou-se no ensaio retro alinhavado que à plena fruição de aludida alteração paradigmática,impõe-se a utilização usual da Arbitragem Internacional privada no MERCOSUL, enquanto a harmonizaçãoprocessual não for empreendida.

Os aspectos legitimadores de um desafogamento do Judiciário e da formalização de soluções àsquestões de competência internacional devem ser causa bastante ao ato de repensar o cabal repúdioconsagrado pelas reflexões protocolares, e pela doutrina mais abalizada acerca do funcionamento dos juízosarbitrais privados no MERCOSUL.

O ponto nodal, reiteradamente negligenciado, deve frisar que os males da dificuldade dedisciplinamento da competência internacional, e a obstaculização imposta ao exercício da autonomia davontade pelos particulares viabiliza a instituição da Arbitragem para contendas havidas entre particularesdos Estados-membros do referido bloco econômico.

Se faz necessário o deslocamento do problema e as decorrências enumeradas pela doutrinatradicionalista, em prol de disseminação de raciocínios vocacionados ao enaltecimento da relevância usualda Arbitragem entre particulares no âmbito do MERCOSUL, não cabendo, pois, ser refutado ousubestimado peremptoriamente.

Neste sentir, mais uma vez, concebe-se a Arbitragem Comercial, sobretudo no âmbito de atuaçãodo MERCOSUL como ferramenta útil e inequívoca ao desate do acrisolamento processual, agindo comomecanismo de ruptura ao hermetismo procedimental e às vicissitudes da prestação jurisdicional.

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[1] SOARES FILHO, José. As negociações coletivas supranacionais para além da OIT e da União Européia.In: Revista CEJ, Brasília, Ano XI, n. 39, pp. 44-52, out./dez. 2007. p. 51

[2] JAKOBSEN, Kjeld. Comércio internacional e desenvolvimento: do GATT à OMC – discurso e prática.São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2005. p. 06

[3] Etapa conhecida, como a “Era do capitalismo desorganizado”, no dizer de Boaventura Sousa Santos, emA crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. In: Para um novo censo comum : aciência, o direito e a política na transição paradigmática. v. I. São Paulo: Cortez, 2000.

[4] FARIA, José Eduardo, Direito e Globalização Econômica: Implicações e Perspectivas. São Paulo:Malheiros, 1996. p.10.

[5] FELIX, Loussia. Um olhar para além da crise / Loussia Felix. Getúlio / Fundação Getúlio Vargas (FGV),v.2, n.7, p.42-43, jan. 2008.

[6] BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O futuro da justiça: alguns mitos. In: Temas de direito processual:(oitava Série). São Paulo: Saraiva, 2004. pp. 01-13 passim; BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Oproblema da duração dos processos: premissas para uma discussão séria. In: Temas de direito processual:(nona Série). São Paulo: Saraiva, 2007. pp. 367-377 passim.

[7] Entende-se por globalização, a “[...]integração sistêmica da economia em nível supranacional, deflagradapela crescente diferenciação estrutural e funcional dos sistemas produtivos e pela subseqüente ampliaçãodas redes empresariais, comerciais e financeiras em escala mundial, atuando de modo cada vez maisindependente dos controles políticos e jurídicos a nível nacional. (Cf. FARIA, José Eduardo. O direito naeconomia globalizada. São Paulo: Malheiros, 2004. p. 52.)

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[8] LIPOVETSKY, Gilles. Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla, 2004 apud ZANETI JUNIOR,Hermes. Processo constitucional: o modelo constitucional do processo civil brasileiro. Rio de Janeiro:Lumen Juris, 2007. p. 64

[9] FARIA, José Eduardo, 1996, apud SILVEIRA, Eduardo Teixeira. Globalização e neoliberalismo: odireito da concorrência entre empresas nacionais e transnacionais. In: GARCIA. Maria (Coord.). Revista deDireito Constitucional e Internacional, n. 40, São Paulo: RT, jul./set.2002. p. 168

[10] Com especial enfoque na crescente relevância das ADR (Alternative Dispute Resolution) nos EstadosUnidos e pela Ásia (sobretudo China, Japão, Coréia e outros países da região), e do alcance de poucorespaldo na Europa e na própria América Latina. In: RECHSTEINER, Beat Walter. Arbitragem privadainternacional no Brasil, depois da nova lei 9.307, de 23.09.1996: teoria e prática. São Paulo: Revista dosTribunais, 1997. p. 17. Mais sobre ADR: Stone, Katherine V.W. Alternative Dispute Resolution.Encyclopedia of Legal History, Stan Katz, ed., Oxford University Press. Disponível em SSRN:<http://ssrn.com/abstract=631346>. Acesso em: 08 mar. 2010; CESCA, Jane Elisabeth; NUNES, ThomazCesca. Da necessidade da evolução do direito e da justiça: os meios não adversariais de resolução deconflitos no Brasil e no direito alienígena. Revista eletrônica do Curso de Direito da UFSM, Santa Maria,v. 1, n. 2, p. 3-21, jul. 2006. Disponível em: <http://www.ufsm.br/revistadireito/arquivos/v1n2/a1.pdf>.Acesso em: 08 mar. 2010.

[11] In: FARIA, José Eduardo. Direito e globalização econômica: implicações e perspectivas. São Paulo:Malheiros, 1996. p. 03.

[12] REBELO, José Henrique Guaracy. O processo civil e o acesso à justiça. In: Revista CEJ, Brasília, n. 22,pp. 8-12, jul./set. 2003. p. 9

[13] OST, François; HOECKE, Mark Van. Legal doctrine in crisis: towards a european legal science. In:Legal Studies, v. 18, 1998. pp. 197-215 passim; BARROSO, Luís Roberto. Fundamentos teóricos efilosóficos do novo direito constitucional brasileiro (pós-modernidade, teoria crítica e pós-positivismo). In:A nova interpretação constitucional: ponderação, direitos fundamentais e relações privadas / Ana Paula deBarcelos [et. al.]; org.: Luís Roberto Barroso. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. passim

[14] Competência internacional. In: Revista de processo, v.1, n.2, p.131-158, abr./jun., 1976. p. 144

[15] Idem, ibidem, pp. 144-145.

[16] MORI, Celso Cintra; NASCIMENTO, Edsom Bueno. A competência geral internacional do Brasil :competência legislativa e competência judiciária no direito brasileiro. In: Revista de processo, v.19, n.73,p.74-93, jan./mar., 1994. p. 145.

[17] MESQUITA, José Ignacio Botelho de. Da competência internacional e dos princípios que a informam. In: Revista de processo,v.13, n.50, p.51-71, abr./jun., 1988. p. 51

[18] CARNEIRO, Athos Gusmão. Jurisdição e competência: exposição didática. 13. ed. rev. e atual. SãoPaulo: Saraiva, 2004. p. 65

[19] Competência internacional concorrente: artigo 88 do Código de Processo Civil e o foro de eleição. In: O Direito e a sociedadecontemporânea: estudos em homenagem ao Ministro Néri da Silveira, Rio de Janeiro: Forense, pp. 109-124, 2005. p. 114

[20] Versando sobre elementos definidores da jurisdição internacional, sobre a relativização da soberania eforçosa noção de pluralidade, por todos, GOMES, Domingos Taciano Lepri. Competência exclusiva econcorrente: limites e expansão da jurisdição internacional. In: Revista de direito privado. n. 14, pp. 176-

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258, abr./jun. 2003. especialmente p. 176-193

[21] Comentando as premissas e zonas de atuação do Protocolo de Las Leñas, ARAÚJO, Nádia de;SALLES, Carlos Alberto de; ALMEIDA, Ricardo Ramalho. Medidas de cooperação interjurisdicional noMercosul. In: Revista de Processo, v. 30, n. 123, pp. 77-113, maio 2005. especialmente pp. 97-112;CRETELLA NETO, José. Da jurisdição internacional: exame dos principais foros para solução decontrovérsias internacionais. In: Revista Forense, v. 1001, n. 377, pp. 63-110, fev. 2005, especialmente pp.100-108.

[22] GARCIA, Ailton Stropa. A arbitragem no direito econômico nacional e internacional. In: GARCIA,Maria (Coord.). Revista de Direito Constitucional e Internacional. n. 33. São Paulo: RT, out./dez.2000. p.29.

[23] BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O processo civil contemporâneo: um enfoque comparativo. In:Temas de direito processual: (nona Série). São Paulo: Saraiva, 2007. p. 53-54

[24] No sentido trilhado, traçando paralelos entre a atuação jurisdicional e arbitragem, e enaltecendo, deforma responsável, os benefícios da jurisdição arbitral: GUERRERO, Luis Fernando. Arbitragem ejurisdição: premissa à homologação de sentença estrangeira. In: Revista de Processo. v. 33, n. 159, pp. 9-34,maio 2008. especialmente pp. 9-11

[25] BEDAQUE, José Roberto dos Santos. Efetividade do Processo e Técnica Processual. São Paulo:Malheiros, 2006. passim

[26] BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O futuro da justiça: alguns mitos. In: Temas de direitoprocessual: (oitava Série). São Paulo: Saraiva, pp. 01-13, 2004. passim; BARBOSA MOREIRA, 2007, pp.367-377, passim, nota 22.

[27] MEDEIROS, Marcelo de Almeida. A hegemonia brasileira no MERCOSUL: O efeito samba e suasconseqüências no processo institucional de integração. In: O Mercosul no limiar do século XXI/ MarcosCosta Lima, Marcelo de Almeida Medeiros (organizadores) São Paulo: Cortez; [Buenos Aires, Argentina]:CLACSO, 2000. p. 191

[28] Tradução livre: “Logo, ante a agressividade e a atuação dos outros atores que compõem a cena político-econômica internacional, o empreendimento integracionista do Cone Sul da América se presta, de umaparte, a desenvolver um arsenal institucional que a poste na condição de um simples zona de livre-comércio,demanda o incremento de uma coordenação política eficaz e a diminuição das usuais burocraciaisadministrativas.” MEDEIROS, Marcelo de Almeida. La gênese du MERCOSUD: Dynamisme interne,influence de l’Union Européene et insertion internationale. Paris: L’Harmattan, [2000]. p. 94

[29] AMARAL, Antônio Carlos Rodrigues do (Coord.). Direito do Comércio Internacional: aspectosfundamentais. São Paulo: Aduaneiras, 2004. p. 54.

[30] SOUZA, Carlos Fernando Mathias de. Direito de Integração, Internacionalização da Justiça e DuasPalavras Sobre o Mercosul. Revista de Informação Legislativa, v.36, nº 142, p. 27-34, abr./jun. de 1999. p.27

[31] A dotando a concepção de método heterocompositivo da Arbitragem: AMARAL, Lídia Miranda deLima. Mediação e Arbitragem: uma solução para os conflitos trabalhistas no Brasil. São Paulo: LTr, 1994.p. 17; NERY Junior, Nelson. Princípios do processo civil na Constituição Federal. São Paulo: Revista dosTribunais, 2004. pp. 105-123.

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[32] AZEVEDO, Álvaro Villaça. Arbitragem. In: Revista CEJ, Brasília, n. 24, pp.67-74, jan/mar2004. p. 68

[33] Mais sobre o tema abordado: BULOS, Uadi Lammêgo; FURTADO, Paulo. Lei da arbitragemcomentada: breves comentários à lei n. 9307, de 23-9-1996. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 04; LAFER,Celso. Comércio e relações internacionais. São Paulo: Perspectiva, 1977. passim

[34] Sentença estrangeira e lex mercatória, horizontes e fronteiras do comércio internacional. São Paulo:Saraiva, 1994. pp. 125-126).

[35] ALVES, Eliana Calmon. A arbitragem internacional. Informativo Jurídico da Biblioteca MinistroOscar Saraiva, Brasília, DF, v. 16, n. 1, jan./jun. 2004; ANDRIGHI, Fátima Nancy. A arbitragem: soluçãoalternativa de conflitos. Revista da Escola Superior da Magistratura do Distrito Federal, n. 2, p. 149-173,maio/ago. 1996; DELGADO, José Augusto. A arbitragem no Brasil: evolução histórica e conceitual.Revista Forense, v. 100, n. 374, p. 127-142, jul./ago. 2004; TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo. A arbitragemno sistema jurídico brasileiro. Jurisprudência Mineira, v. 47, n. 137/138, p. 1-13, jul./dez. 1996.

[36] DELGADO, José Augusto. A Arbitragem: direito processual da cidadania. Revista Jurídica, São Paulo,ano 49, n. 282, pp. 05-18, abr. 2001.

[37] Sobre o emperramento do Poder Judiciário conferir: PAULA, Jônatas Luiz Moreira. História do direitoprocessual brasileiro. Barueri: Manole, 2002. pp. 14-15. Acerca da “crise da jurisdição”, vide PAULA,Jônatas Luiz Moreira. Uma visão crítica da jurisdição civil. Leme. LED – Editora de Direito, 1999. pp. 47-53

[38] Tradução Livre: “A arbitragem apresenta três vantagens em relação à demanda judicial. Primeiro, a arbitragem é mais rápida.Segundo, é menos dispendiosa, posto que há o menor consumo de tempo e esforços da atividade advocatícia com colheita de provase instrução do feito. Terceiro, é menos formal que os litígios judiciais, tornando-a mais fácil e menos onerosa à preparação do caso eseu deslinde”. BALES, Richard. An Introduction to Arbitration. Section Alternate Dispute Resolution. Bench & Bar, pp. 2-3, March2006. p. 2

[39] BENZ, Paulo André. A mercearia da esquina, a economia globalizada e a legitimidade do poder.Revista do Insitituto de Pesquisas e Estudos, Bauru, n. 25, p. 141-156, abr./jul. 1999. pp. 147-148

[40] Giza Konstantinos D. Kerameus ao elucidar os preceitos visualizados para harmonização do direitoprocessual na contemporaneidade: “En principe, l’unification du droit procédural, comme d’ailleursl’unification Du droit tout court, implique l’élimination nde toutedifférence entre les systèmes sousconsidération dans la matiére concernée, donc la création dês normes identiques qui évidemmentrequièrent également une application identique dans toute la région envisagée”. (Cf. L’harmonisationprocédurale dans Le monde contemporain. In: Litígio judicial internacional. DeCITA 04.2005: direito docomércio internacional – temas e atualidades. pp. 14-25. Florianópolis - SC: Zavalia – Fundação Boiteux,2005. p. 14)

[41] ARMELIN, 1976, p. 130, nota 14.

[42] HÄBERLE, Peter. Elementos teóricos de un modelo general de recepción jurídica. Tradução de Emilio M. Franco. In: PÉREZLUÑO, Antonio-Enrique (Coord.). Derechos humanos y constitucionalismo ante el tercer milenio. Madrid: Marcial Pons, 1996.pp. 151-186, especialmente p. 156

[43] Mais sobre o tema abordado: BULOS, Uadi Lammêgo; FURTADO, Paulo. Lei da arbitragemcomentada: breves comentários à lei n. 9307, de 23-9-1996. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 04; LAFER,Celso. Comércio e relações internacionais. São Paulo: Perspectiva, 1977. passim

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[44] BARBOSA MOREIRA, José Carlos. O problema da duração dos processos: premissas para umadiscussão séria. In: Temas de direito processual: (nona Série). São Paulo: Saraiva, 2007. p. 375

[45] CÁRDENAS, Sara L. Feldstein de. Contratos Internacionales. LexisNexis - Abeledo-Perrot, 1995. pp. 80-81[46] BENZ, Paulo André. A mercearia da esquina, a economia globalizada e a legitimidade do poder.Revista do Insitituto de Pesquisas e Estudos, Bauru, n. 25, p. 141-156, abr./jul. 1999. pp. 147-148

[47] CÁRDENAS, p. 80, nota 45.

[48] CÁRDENAS, p. 81, nota 45.

[49] ARBITRAGEM no Comércio Internacional e no Brasil. Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. / AntônioCarlos Rodrigues do Amaral (coord.) São Paulo: Aduaneiras, 2004. p. 336

[50] Por todos: CRETELLA JÚNIOR, José; DOS SANTOS, Ricardo Soares Stersi. Mercosul e arbitragemcomercial: aspectos gerais e algumas possibilidades. Belo Horizonte: Del Rey, 1997.

[51] GOMES, Eduardo Biancchi. Blocos econômicos – solução de controvérsias. 2 ed.. Curitiba: Juruá,2005. p. 196. Acorde com o trecho transcrito: LENZA, Vítor Barboza. Cortes Arbitrais. Goiânia : AB,1997. p. 91.

[52] BASTOS, Carlos Eduardo Caputo; FONTURA, Jorge. O adensamento jurídico do MERCOSUL e o Protocolo de Olivos. . In:Revista de informação legislativa. v. 41, n. 162, pp. 19-23, abr./jun., 2004. p. 22

[53] GOMES, Eduardo Biancchi. Protocolo de Olivos: alterações no sistema de soluções de controvérsias no Mercosul eperspectivas. In: Revista de Direito Constitucional e Internacional. V. 11, n. 42, pp. 78-88, jan./mar. 2003. p. 87

[54] BARRAL, Welber. O novo sistema de soluções de controvérsia do MERCOSUL. In: Estudos emArbitragem, Mediação e Negociação. v. 2 / André Gomma de Azevedo (org.) Brasília: Grupos de Pesquisa,2003. p. 46

[55] ARAÚJO, Nádia de; SALLES, Carlos Alberto de; ALMEIDA, Ricardo Ramalho. Medidas de cooperação interjurisdicional noMercosul. In: Revista de Processo, v. 30, n. 123, pp. 77-113, maio 2005. p. 77

[56] Para esclarecimentos mais aprofundados, por todos: SILVEIRA, Vladmir Oliveira de. O protocolo deOlivos e a solução de controvérsias no Mercosul. In: Revista Forense. V. 103, n. 392, pp. 191-208, jul./ago.2007.

[57] Protocolo de Olivos: alterações no sistema de soluções de controvérsias no Mercosul e perspectivas. In:Revista de Direito Constitucional e Internacional. V. 11, n. 42, pp. 72-88, jan./mar. 2003. p. 84

[58] ACCIOLY, Elizabeth. Sistema de solução de controvérsias em blocos econômicos. Coimbra:Alamedina, 2004. p. 29.

[59] Para maiores esclarecimentos sobre a estrutura e a conformação do MERCOSUL sob as luzes do direitocomunitário, por todos, PEROTTI, Alejandro Daniel. Estructura institucional y derecho en el Mercosur. In:Revista de Direito Constitucional e Internacional. V. 11, n. 42, pp. 7-77, jan./mar. 2003 passim.

[60] BASTOS, Carlos Eduardo Caputo; FONTURA, Jorge. O adensamento jurídico do MERCOSUL e o Protocolo de Olivos. . In:Revista de informação legislativa. v. 41, n. 162, pp. 19-23, abr./jun., 2004. p. 20

[61] Vide o Painel 4 dos Anais do III Seminário sobre Comércio Internacional. In: Revista do Ibrac. V. 10,n. 6, 2003, p. 175 e ss.

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[62] O Decreto Legislativo 69/65 define denegação de justiça de maneira formal, ao ratificar o Acordo deGarantia e Investimentos celebrado entre o Brasil e os Estados Unidos da América, e nesta senda, entendeJosé Carlos de Magalhães que a conceituação pode ser estendida para deflagrar a “inexistência de tribunaisregulares, ou de vias normais de acesso à justiça”, e sob mencionado pálio, a ausência de órgão específico,tal qual o narrado no texto supra, deflagraria hipótese assemelhada de supressão injustificada de mecanismopacificador. (Cf. MAGALHÃES, José Carlos de. Competência internacional do juiz brasileiro e denegaçãode justiça. In: Revista dos Tribunais. v. 630, pp. 52-55, abr. 1988. especialmente p. 52)

[63] O Brasil e os tribunais transnacionais. In: Revista Forense, v. 97, n. 354, PP. 71-81, mar./abr. 2001. p.80.

[64] LAFER, Celso. Sentido Estratégico do Mercosul. In: Mercosul: desafios a vencer. São Paulo: ConselhoBrasileiro de Relações Internacionais, 1994. passim; SOARES, Guido Fernando Silva. Curso de direitointernacional público. São Paulo: Atlas, 2002, p. 172.

[65] BARRAL, 2003, p. 38, nota 54; MARTINS, Eliane Octaviano. Sistemática de Solução de Controvérsiasdo Mercosul: o Protocolo de Brasília e o Protocolo de Olivos. Cadernos PROLAM/USP. Ano 5 – vol.1 –2006. p. 91.

[66] TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo. Arbitragem como meio de solução de conflitos no âmbito doMercosul e a imprescindibilidade da corte comunitária. Belo Horizonte: Revista do Tribunal de Contas doEstado de Minas Gerais, v. 23, n. 2, pp. 15-42, abr./jun. 1997, especialmente, pp. 39-42; MEIRA, 1997, pp.419-420, nota 25; Reforçando a busca pela superação da inexistência de Tribunais de Apreciação Arbitralno âmbito do Mercosul: Cortes Supremas debatem a criação do “Tribunal do Mercosul”. In: Pastas dosMinistros, n. STF. Supremo Tribunal Federal, 21/11/2008, Notícias. Notícias STF.

[67] FONTOURA, Jorge. A solução arbitral e as controvérsias em blocos econômicos. In: Revista de informação legislativa. v. 44,n. 174, pp. 97-105, abr./jun., 2007. p. 103.

[68] Idem, ibidem, p. 104.

[69] Direito processual no MERCOSUL: tópicos para reflexão. In: MERCOSUL no cenário internacional /Organizado por Luiz Otávio Pimentel. V. 2. Curitiba: Juruá Editora, 1998. p. 225

[70] PUCCI, Adriana Noemi. A arbitragem no MERCOSUL. In: Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 86, n.738, pp. 4-55, abr. 1997. p. 52

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