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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
¹ Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria estadual de Educação – Estado do Paraná. E-mail: [email protected] ² Mestre em Geografia Física. Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação – Estado do Paraná – Universidade Estadual de Maringá.
DISCUTINDO PAISAGISMO NA ESCOLA ESTADUAL TOMAZ EDISON DE
ANDRADE VIEIRA
Autora: Orlanda Camargo Alves¹
Orientadora: Glaucia Deffune²
RESUMO
O artigo trata de algumas reflexões pertinentes à nossa experiência profissional na disciplina de geografia, somadas aos questionamentos e discussões sobre o paisagismo e a preservação ambiental no espaço escolar. Aspectos fizeram parte do processo de implementação didática, que teve como objetivo a construção do conhecimento sobre a temática, envolvendo toda a comunidade escolar (alunos, pais, mestres e equipe pedagógica). Partindo do pressuposto que o espaço físico da escola possui brilho, cor, leveza e vida próprios, tais elementos podem influenciar no comportamento, atitudes e hábitos das pessoas que frequentam este ambiente. Nesse sentido, as ações empreendidas por nós na escola tiveram como foco envolver os alunos e responsabilizá-los por setores do jardim, da horta, e, espaços de convívio coletivo (pátio, corredores, entrada da escola etc.), para que se sentissem co-responsáveis na construção e modelagem de um espaço escolar mais vibrante e acolhedor. Buscando também sensibilizar professores de outras disciplinas e demais alunos da escola para a readequação dos espaços livres, tornando-os mais acolhedores, planejados e produzidos por seus respectivos atores (comunidade escolar). Na primeira etapa dos trabalhos, dimensionou-se o estudo de caso por meio de um diagnóstico preliminar, com a aplicação de um questionário direcionado à comunidade escolar. Na segunda, realizaram-se contatos com empresários e paisagistas para viabilizar a implantação da proposta. A terceira foi composta de ações junto à comunidade escolar: implantação de horta, plantio de árvores frutíferas, folhagens, ornamentação de vasos e plantio de flores nos espaços internos da escola. Nessa última etapa avaliou-se resultados da intervenção didática. Palavras-chave: Paisagismo na geografia; Espaço escolar; Horta Escolar; Percepção ambiental.
1. Introdução
2
Ao longo desses anos de atividade profissional na área da educação, um dos
aspectos que mais nos chamaram a atenção, e até certo ponto nos incomodaram no
fazer da docência, é a aparência e os cuidados dispensados às áreas de convívio
coletivo no espaço físico da escola, que em alguns períodos do dia se apresentam
como área de recepção da comunidade escolar. Espaços comuns que, na nossa
percepção, exigem brilho, cor e leveza, pois, estes elementos podem influir muito no
comportamento, atitudes e hábitos dos alunos, professores e de toda comunidade.
Refletindo sobre estes espaços de convivência, elaborou-se um projeto e
desenvolveram ações pedagógicas de implementação didática, que resultaram no
presente artigo.
Utilizou-se o paisagismo como estratégia para o desenvolvimento da
percepção ambiental do espaço geográfico na comunidade escolar em que está
inserida a Escola Estadual Tomaz Edison de Andrade Vieira, na cidade de Maringá –
Pr (Figura 01). A escolha deste tema para a execução de um projeto de intervenção
didática na escola deve-se à importância e à necessidade de proporcionar um
ambiente agradável à comunidade escolar em questão, e o desenvolvimento de
atividades de Jardinagem e Paisagismo para a melhoria visual do jardim e espaços
de convivência. Para isso, orientou-se os alunos num primeiro momento, para que
observassem os jardins das vizinhanças durante o trajeto casa-escola e realizassem
pesquisa com jardineiros sobre nomes de plantas, cuidados necessários e escolha
de locais adequados para a implantação de jardins, canteiros ou vasos ornamentais.
Trabalhar com os alunos um projeto desta natureza, e responsabilizá-los por setores
do jardim para que se sentissem corresponsáveis na construção e modelagem de
um espaço escolar mais vibrante e acolhedor foi altamente educativo. Tivemos como
objetivo, sensibilizar professores e alunos para a readequação dos espaços livres,
tornando-os mais aconchegantes, planejados e produzidos por seus respectivos
atores (comunidade escolar).
3
Figura 1 – Localização da Escola Estadual Tomaz Edison de Andrade Vieira, na cidade de Maringá- Pr
A presente proposta dividiu-se em quatro etapas. Na primeira, dimensionou-
se o estudo de caso por meio de um diagnóstico preliminar, com a aplicação de um
questionário na comunidade escolar. A segunda constituiu-se em contatos com
empresários e paisagistas para viabilizar a implantação da proposta. A terceira foi
composta de ações junto à comunidade escolar: implantação de horta, plantio de
árvores frutíferas, folhagens, ornamentação de vasos e plantio de flores nos espaços
internos da escola. Na quarta e última etapa, realizou-se a avaliação dos resultados
da implementação didática realizada.
Reconhecemos a criança como sujeito do processo educacional e como
principal usuário do espaço físico da escola. Por isso, é necessário identificar
4
parâmetros essenciais de ambientes físicos que ofereçam condições compatíveis
com os requisitos definidos pela qualidade da educação, bem como com os
conceitos de sustentabilidade, acessibilidade universal e com a proposta
pedagógica. Portanto, refletir sobre as necessidades de desenvolvimento da criança
(físico, psicológico, intelectual e social) constitui requisito essencial para a formula-
ção dos espaços/lugares destinados à Educação.
Os parâmetros ambientais são as circunstâncias preexistentes que
influenciam as decisões arquitetônicas: condições do terreno, infra-estrutura,
legislação em vigor, o que está construído nas proximidades, aspectos socioculturais
e econômicos e aspectos físico-climáticos e ambientais (insolação, temperatura,
ventos, umidade, índice pluviométrico, qualidade do ar etc). Alguns aspectos são
determinantes para a qualidade das aulas e o bem-estar de toda a comunidade
escolar.
Nesse sentido, o paisagismo, de maneira geral, tem um papel importante:
considerando o aumento do stress urbano das grandes cidades, a necessidade de
estar cada vez mais próximo da natureza tem aumentado consideravelmente. As
áreas verdes são utilizadas para o lazer, prática de esportes, meditação, estudo e
entretenimento. Nos últimos anos, houve um incremento na busca de informações
sobre como amenizar o “cinza” dos prédios, do asfalto e como anular o efeito da
poluição urbana. As áreas verdes, os parques, a arborização das ruas, as avenidas,
as praças públicas, os clubes, os jardins públicos ou particulares, passaram de
locais com algumas plantas dispostas sem nenhum cuidado a locais desenhados e
com composições de cores, formas e texturas, proporcionando um visual
extremamente amenizador e relaxante.
Para cada projeto de paisagismo, existem vários fatores a considerar, como o
porquê de implantar, onde implantar, como implantar, como manter, que estilo, que
cores e quais as características desejáveis das plantas. Para a arborização de ruas,
normalmente cada cidade tem suas regras e modelos estabelecidos por
profissionais da área, que irão avaliar ruas, avenidas, praças, parques, jardins
públicos e, depois, implantar seu projeto de forma mais adequada às condições da
cidade.
5
1.1 Algumas reflexões pertinentes à temática: Educação ambiental e
sustentabilidade na atualidade
A preocupação com o meio ambiente começou oficialmente em 1968, quando
trinta estudiosos de vários países formaram o “Clube de Roma” e divulgaram um
relatório: o planeta Terra estava doente. Grandes catástrofes ambientais, mudanças
drásticas no clima do planeta, áreas devastadas, extinção de espécies animais e
vegetais, acúmulo de lixo e poluição, chuvas ácidas, buracos na camada de ozônio e
o efeito estufa denunciavam a ação do homem na busca de satisfazer suas
necessidades.
A humanidade começava a buscar caminhos, por meio da educação
ambiental e da sustentabilidade, para que garantissem a satisfação de suas
necessidades, mantendo o desenvolvimento da sociedade e, ao mesmo tempo,
conservando, protegendo e preservando a natureza e seus recursos. Não é tarefa
fácil; nesses quarenta e dois anos, a sociedade vem tomando medidas que
envolvem políticas governamentais de conscientização, de enfrentamento de
problemas e de punição aos infratores.
A educação ambiental foi implantada nas escolas em todo o mundo, em todos
os níveis e procura alcançar todas as comunidades. É parte obrigatória do currículo
básico da educação brasileira e abrange todas as disciplinas possíveis, com a
finalidade de informar e formar. Precisamos garantir a sustentabilidade da vida para
todos os seres vivos, utilizando os recursos naturais, mas preservando a biosfera,
deixando para as futuras gerações condições de vida e de habitabilidade no planeta.
É tarefa de todos: desde os governos até os indivíduos, todos têm responsabilidade
sobre a sustentabilidade do planeta.
1.2 Paisagismo e qualidade de vida
Com o paisagismo, devemos adotar a mesma postura, isto é: para
agregarmos valor afetivo aos ambientes escolares, devemos lançar mão das plantas
ornamentais, que proporcionarão cor, leveza e brilho aos ambientes, tornando-os
mais aconchegantes. Outro aspecto fundamental que podemos colocar em prática é
o planejamento e otimização do espaço escolar: visando a qualidade alimentar da
6
comunidade, pode-se implantar a horta escolar para o cultivo de verduras e legumes
saudáveis, sem adubos químicos ou agrotóxicos, dando início a atitudes mais
conscientes que promovam o equilíbrio ambiental.
O paisagismo escolar e a qualidade de vida aos poucos vão sendo
disseminados nas comunidades envolvidas. No caso de uma escola, os alunos se
encarregarão da multiplicação da proposta em seus bairros ou comunidades.
Quanto ao alto índice de contaminação por aedes aegyptis, apesar de estar
relacionado com as condições climáticas, o que mais dissemina a dengue entre as
pessoas são as atitudes irresponsáveis adotadas por estas: quintais e ruas que
servem para o descarte de lixo, que consequentemente entopem bueiros, poluem
rios e etc. Com relação aos terrenos baldios, as atitudes são alarmantes, pois os
donos ou responsáveis por estas propriedades geralmente são desconhecidos ou
não moram nas proximidades, sendo seus terrenos vulneráveis ao descarte de lixo a
céu aberto, expondo os moradores do entorno a todo tipo de contaminação.
Outro aspecto relevante na área de paisagismo é o tratamento dispensado
aos ambientes de convivência na escola: área de lazer coletivo, espaços para os
alunos se reunirem em grupo- (para jogos de dama, xadrez, figurinhas, dominó etc).
A distribuição de mesinhas e bancos de concreto em áreas estratégicas da escola
exercerá um papel fundamental para a convivência social dos alunos. O paisagismo
nesse sentido tem um papel fundamental. Reproduzir paisagens naturais e combiná-
las com espaços habitados pelo homem parece a princípio um trabalho de simples
embelezamento, mas, nos dias atuais, tem também a função de quebrar a aridez da
paisagem urbana, fornecendo à população espaços com ar puro e para a fixação de
pequenos animais silvestres. Em parques e reservas, jardins e praças, as pessoas
podem descansar correr, pedalar, caminhar, relacionando-se com outras pessoas
em ambientes menos formais. Qualquer ambiente é mais aconchegante e receptivo
quando sua estrutura paisagística inclui jardins e gramados, árvores, flores e
folhagens.
2 Fundamentação Teórica
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Não poderíamos realizar uma reflexão sobre os pressupostos da ciência
geográfica no que diz respeito à organização do espaço geográfico sem mencionar
“a presença do paisagismo na disciplina de Geografia no Ensino Básico”.
Para contextualizar a inserção do paisagismo em geografia, buscou-se na
bibliografia uma razoável sustentação, como pontua Kimura (2008), ao mencionar o
paisagismo como uma possibilidade de tornar os ambientes mais agradáveis em
suas estéticas. Embora possa ser considerada uma intervenção na natureza,
utilizando-se da criatividade humana, o fato de repovoar espaços e de recuperar
áreas devastadas é sempre uma forma de preservação ambiental.
A recuperação de áreas devastadas com árvores nativas, o ordenamento de
árvores diversas e plantadas com técnicas selecionadas e mesmo a arborização
urbana podem ser vistas como paisagismo.
Segundo Braga (2007), o paisagismo é uma “técnica artesanal” que ao
aproximar da sensibilidade permite visualizarmos a paisagem natural em um
ambiente. Isso integra o homem com a natureza, trazendo a harmonia e benefícios à
nossa qualidade de vida com o meio ambiente. Os espaços verdes inseridos em
nosso dia a dia provocam efeitos que são percebidos no equilíbrio do ecossistema,
na melhoria da qualidade do ar, no controle natural da temperatura ambiental, na
manutenção equilibrada dos índices pluviométricos, na diminuição do nível de ruídos
urbanos e oferecem um visual agradavelmente repousante.
Com relação à preservação do meio ambiente, existem muitas recomendações e
métodos, tanto pelo fato de atenderem às exigências, quanto pela diversidade de
ecossistemas e biomas existentes na natureza, que são passíveis de destruição por
atividades indiscriminadas e por falta de respeito à natureza.
Nesse sentido, a escola é o local onde alunos, professores, gestores, grupos
pedagógicos e técnicos passam grande parte de seu tempo, portanto, ela deveria
propiciar ambientes agradáveis, com estética e natureza se harmonizando. Neste
caso, a criação de um jardim em seus espaços vazios seria o ideal.
Entendendo jardim como:
espaço que recebe melhorias estéticas e funcionais, com elementos arquitetônicos e vegetais. Trata-se, na verdade, de um cenário ou uma paisagem trabalhada por paisagistas que, ao ser observado ou usado pelo
8
homem, provoca certa ascendência sobre o espírito. Um bom jardim também dá abrigo e alimento à fauna. (Winters, 2004, p. 128).
A intenção de garantir o desenvolvimento de atividades que servissem de
base para a aquisição de conhecimentos, permitindo reflexão sobre questões que
envolvem o paisagismo e a preservação ambiental nos espaços físicos da escola se
justifica pela inexistência de uma cultura nessa área, por parte da maioria das
escolas públicas, que deixam muito a desejar. O que existe em alguns
estabelecimentos, é a preocupação com a estética, enfeite e destaque visual.
A intervenção paisagística nos pátios das escolas deveria ser planejada não apenas para atender às necessidades estéticas e de conforto ambiental dos usuários como também, para servir de ferramenta às práticas escolares. A vegetação, matéria-prima do paisagismo, deve ser usada para ilustrar os conhecimentos teóricos relativos à saúde humana e à conservação da natureza. (Biondi, et al, 2008,p.268).
A composição da vegetação adotada em cada projeto paisagístico deve
valorizar e potencializar o uso de áreas externas para atividades pedagógicas e
recreativas, além de contribuir para a aclimatação dos espaços internos e externos
das escolas. (Fedrizzi, 1999, apud Biondi, et al, 2008).
Segundo estes pesquisadores, as experiências realizadas com paisagismo
em alguns estabelecimentos de ensino têm mostrado resultados positivos no sentido
de conscientizar os alunos e despertar-lhes a autoestima, o que é fundamental para
melhor concentração e motivação para a aprendizagem. Tal percepção da
comunidade escolar emerge, provavelmente, da experiência prática com a
vegetação existente no pátio.
Existem pesquisas que provam ser fundamental a natureza no ambiente
escolar, pois esta é um componente que proporciona o despertar do ser humano
para viver melhor. A psicologia ambiental aponta para a necessidade de se manter
ambientes com vida, onde não apenas o ar fica com melhor qualidade, mas também
o solo, a água e demais locais com os quais o homem se relaciona. As crianças
brincam com mais alegria, pensam e têm maior capacidade criativa para alcançar os
resultados necessários em suas atividades educacionais e vivenciais.
A convivência em áreas verdes aumenta a concentração do aluno e contribui
diretamente para o seu amadurecimento emocional e para as suas relações sociais.
9
Em razão disso, algumas escolas estão adotando cenários até então comuns aos
parques e bosques: jardins, fontes d'água e animais, com fins pedagógicos.
Mas o que é um pátio grande ou pequeno? O MEC (Ministério da Educação) não estabelece critérios e sua única recomendação é que a área livre deva ocupar 50% do terreno escolar. "Nesse sentido, as escolas públicas são melhores do que as particulares. No Brasil, alguns estudiosos de psicologia ambiental sugerem como parâmetros aqueles estabelecidos em pesquisas no Canadá: 7 metros quadrados de área por aluno como o mínimo; 10 metros quadrados como o recomendado; 20 metros quadrados como generoso. Na prática há escolas que não chegam a 3 metros quadrados por aluno, e as conseqüências para a criança são frustração e disputa por espaço, com vitória geralmente dos maiores sobre os menores. (Gerhardt, 2004,p.01).
Sempre gostei da natureza, de plantas, folhagens e de contemplar um jardim
com flores, pássaros e borboletas, mas descobri que o tipo de escola, a dos meus
sonhos, é onde há muito mais para viver do que para aprender sobre a natureza.
Não sabia que anos mais tarde trabalharia como professora nem tampouco que faria
um trabalho sobre paisagismo na minha escola. E ainda ter a possibilidade de
desenvolver esse projeto de intervenção didática com um tema que poderá mudar o
astral da comunidade escolar como um todo. São experiências como estas que
pouco a pouco vão formar e influenciar nosso esquema de tomadas de decisões e
até mesmo determiná-las.
A crise que estamos vivendo é fruto de uma história de busca de poder, onde
cada indivíduo se vê e se sente separado das outras pessoas, dos outros seres, da
natureza como um todo. Dentro de si mesmo há divisões: entre a mente, o corpo e
emoção. A educação existente supervaloriza o mental, preparando as pessoas para
um sistema competitivo. Stumpf (2003, p.02), destaca que:
O reencontro com a natureza ocorre nas ações humanas em integração com o ambiente, e não contra ele, trazendo somente impactos positivos. Estas ações são aprendidas com a própria natureza, nas leis básicas que regem a vida: interdependência, diversidade, reciclagem e flexibilidade. A Educação Ambiental possibilita este reencontro, pois se fundamenta no afeto, no diálogo, na valorização positiva, na participação, no resgate cultural, na reflexão crítica e na transformação coletiva da realidade, com a valorização das diferenças, favorecendo a manifestação do potencial de cada indivíduo, ressaltando as qualidades naturais da criança: a criatividade, a curiosidade, a espontaneidade, a afetividade.
Nas escolas, pode-se desenvolver um trabalho de transformação coletiva da
própria realidade escolar, com projetos baseados em interesses das crianças e de
toda a comunidade escolar, envolvendo a resolução de problemas ambientais e a
revitalização do pátio da escola, como o plantio e o cuidado de flores, mudas, horta,
10
ervas medicinais; a criação de brinquedos, bancos e recantos. O aprendizado dos
conteúdos curriculares ocorre ativamente através deste processo, de uma forma
bastante prática, dinâmica e criativa, pois o ambiente de recepção dos alunos
(pátios, jardins externos e outras áreas de convivência escolar) torna-se mais
aconchegante e colorido, interfere no astral de toda a comunidade escolar quando o
paisagismo faz parte desses ambientes.
O “lugar” ganhou nova dimensão quando visualizado pelas mais recentes
correntes do pensamento geográfico que viabilizaram um redimensionamento não
só do conceito de lugar, mas de diversos outros conceitos fundamentais da
geografia. Em sua nova visão, o lugar ganha em abrangência de significado,
deixando de ser compreendido apenas como um espaço produzido ao longo de um
determinado tempo pela natureza e pelo homem, para ser visto como uma
construção única, singular, carregada de simbolismo e que agrega idéias e sentidos
produzidos por aqueles que o habitam.
Muito além de um espaço físico, de uma paisagem repleta de elementos e de
referências peculiares passíveis de descrições objetivas e racionalizadas, o lugar, na
visão humanística, constitui-se como uma paisagem cultural, campo da
materialização das experiências vividas que ligam o homem ao mundo e às
pessoas, e que despertam os sentimentos de identidade e de pertencimento no
indivíduo. É, portanto, fruto da construção de um elo afetivo entre o sujeito e o
ambiente em que vive. Deve ser estudado a partir da observação, descrição,
comparação, estabelecendo relações, correlações, conclusões e sínteses.
Entretanto, quando Santos (1985) nos fala de “território”, trata-se de um
espaço muito mais amplo, seria a totalidade, englobando a configuração territorial, a
paisagem e a sociedade. É formado no desenrolar da História, com a apresentação
humana de um conjunto natural preexistente. Além dos aspectos políticos, sociais,
econômicos e culturais entrelaçados em virtude do movimento da sociedade no
decorrer dos diversos momentos históricos e do desenvolvimento das técnicas,
chegando à conclusão de que o trabalho é uma das partes fortes para compreensão
do que é território.
Já o “paisagismo” é essencialmente uma manifestação artística do homem.
Utilizando-se da grande riqueza plástica e da diversidade das formas, cores e
11
texturas dos vegetais, o homem modifica ambientes externos e internos. A
composição harmoniosa do uso da vegetação integra-se aos demais elementos da
natureza e aos elementos introduzidos pelo próprio homem, compondo os espaços,
e fazendo deles verdadeiras obras de arte vivas. E o “jardim”, na concepção atual,
está ligado às palavras hebraicas originais: um mundo ideal, pequeno, perfeito e
privativo. Na tradição judaico-cristã, a idéia primitiva de jardim é de paraíso: um lugar
com plantas ornamentais e frutíferas, formando um ambiente de harmonia, beleza e
satisfação espiritual.
Um jardim é a representação idealizada da paisagem como cada civilização
desejaria que ela fosse. É um local que pode ser percebido pelos cinco sentidos; é
dinâmico, porque o elemento vegetal, como ser vivo, está sujeito a um ciclo
biológico. O jardim modifica-se com o passar do tempo (crescimento) e durante as
estações do ano (floração, frutificação, queda das folhas e mudança de cor).
Já o conceito de “Ensino-aprendizagem” ou o processo de ensino e
aprendizagem dependem do caráter individual do professor depende como ele se
relaciona com o caráter individual do aluno. O professor assume a função de
facilitador da aprendizagem. O aluno deve responsabilizar-se pelos objetivos
referentes à aprendizagem que tem significado para ele. Partindo da proposta
paisagística da cidade de Maringá, inserimos o paisagismo como elemento do
ensino-aprendizagem da disciplina de geografia, adotando como estudo de caso o
“lugar geográfico”- “A Escola Estadual Tomaz Edison de Andrade Vieira”
Maringá é considerada a cidade mais arborizada do Brasil, e a busca pela
valorização da qualidade ambiental no espaço urbano demonstra uma mudança de
atitude na gestão pública, que deve servir de exemplo na área educacional. Nesse
sentido, buscou-se refletir na comunidade escolar a importância das áreas verdes
nesse espaço urbano, mais especificamente nos canteiros das avenidas de Maringá
e a influência destes na qualidade de vida da população.
Essas áreas verdes no meio urbano são importantes na determinação da
qualidade de vida da população, uma vez que atua no microclima, na qualidade do
ar, no nível do ruído sonoro e na paisagem. As árvores e outras espécies vegetais
são formas de vida que atuam sobre outras formas de vida direta ou indiretamente e
12
estão ligadas ao equilíbrio das obras arquitetônicas, sendo o ponto de equilíbrio
entre o meio físico e humano.
Os ambientes verdes criados e a vegetação assumem um papel de destaque pelas
funções que desempenham, nas vias, canteiros, parques, praças e áreas de refúgio
da vida silvestre. As calçadas ecológicas revelam a preocupação da gestão pública,
quanto à questão ambiental.
3 Desenvolvimento
O Programa de Desenvolvimento Educacional de formação continuada dos
professores do Paraná (PDE) foi implantado em 2007, com a participação de cerca
de 1.200 docentes, investindo na qualidade, na qualificação e na capacitação
continuada dos professores, possibilitando a transformação dentro da escola,
resultando na melhoria da prática educacional. Evidencia-se que a qualidade da
educação pública é o foco desse programa. Em 2009, formou-se a 3ª turma do
programa PDE, na qual estou inserida, participando de cursos e contatos com a IES
(Instituição de Ensino Superior), modalidade que proporciona a capacitação
necessária para a efetivação do Plano de Trabalho Docente, possibilitando assim
sua implantação na escola. Este artigo apresenta os resultados finais do trabalho
desenvolvido.
A partir desse programa e de nossa vivência anterior, desenvolve-se a
proposta de trabalho procurando avaliar a percepção dos estudantes, futuros
multiplicadores do conhecimento junto à comunidade escolar, quanto ao
conhecimento da flora do estado do Paraná. Como instrumento de coleta de dados
utilizou-se a aplicação de um questionário semi-estruturado com quatro questões
subjetivas, que foi aplicado em 30 alunos do 1º ano do Ensino Médio e em 30 alunos
do 2º ano do Ensino Médio, respectivamente, totalizando 60 alunos escolhidos
aleatoriamente.
Os resultados serviram como diagnóstico sobre os saberes acumulados
pelos alunos, e como norteadores de ações educativas que seriam promovidas
posteriormente por nós, e que fossem ambientalmente comprometidas com a
13
formação de indivíduos responsáveis pela manutenção da qualidade de vida.
Considerando o aluno um agente multiplicador da cidadania e educação ambiental e
paisagismo escolar, essa intervenção procurou desenvolver a conscientização dos
alunos em relação ao paisagismo e à preservação ambiental não somente na
escola, mas no exercício de suas cidadanias.
A primeira etapa se constituiu em um levantamento diagnóstico preliminar
realizado por meio do questionário aplicado. Assim sendo, iniciou-se esta etapa da
intervenção, com a realização de uma reunião com os pais para explicar o projeto e
solicitar a colaboração dos mesmos na implantação da proposta na escola.
Na sequência deu-se início à segunda etapa, reunindo turmas das séries
mencionadas em nosso projeto, para explicações e levantamentos e a realização de
uma sondagem por meio de um questionário. Nesse encontro participaram alguns
alunos das seguintes séries: 5ª B, 5ª C, 5ª D, 6ª C, 7ª D, totalizando 46 alunos.
A partir dos resultados encontrados, procedeu-se uma discussão com os
professores envolvidos, no sentido de adotarem ações educativas a partir dos
saberes acumulados pelos alunos, e que fossem ambientalmente comprometidas
com a formação de indivíduos responsáveis pela criação e manutenção da
qualidade de vida, agindo como agentes multiplicadores da cidadania e educação
ambiental e paisagismo escolar.
A terceira etapa constituiu-se das seguintes ações com a comunidade escolar:
implantação da horta, preparação dos canteiros, definição das espécies a serem
cultivadas, escolha das turmas responsáveis por cada canteiro, pintura das placas
com os nomes científicos das espécies vegetais, definição dos canteiros de flor,
definição dos responsáveis pelos vasos, construção de bancos, mesas e banquetas
de concreto e elaboração do croqui da escola (contendo uma proposta paisagística a
ser implantada).
A quarta e última etapa consistiu na avaliação dos resultados; uma palestra
sobre meio ambiente e paisagismo; e uma sessão de filme relacionado ao tema
abordado para a comunidade escolar.
Ao falarmos dos estudos sobre a percepção que os indivíduos têm acerca de
seu meio, Guerra (2004, p.03) afirma que são de “fundamental importância” para que
se possam compreender melhor as inter-relações existentes entre o homem e o
ambiente, suas perspectivas, expectativas, satisfações, julgamentos e condutas.
14
Entendendo que a comunicação é o norteador e que possibilita a
compreensão das diferentes concepções de mundo e das relações cotidianas com o
meio natural e construído, podemos estabelecer as diretrizes mínimas para a solução
dos problemas ambientais que preocupam a todos. Reigota (2001, p.01), menciona
que “o exercício do diálogo entre diferentes culturas e representações sobre um
mesmo tema é extremamente necessário no atual contexto mundial”.
Portanto, conhecer as concepções sobre paisagismo e conferir a
representação dos alunos sobre as questões relativas ao paisagismo e meio
ambiente podem ser os indicadores das atitudes individuais e coletivas. No entanto,
como são dinâmicas, é importante identificá-las, para que sejam trabalhadas pelo
professor, envolvendo alunos e comunidade.
4 Discussão e Resultados
O presente artigo fundamenta-se em estratégias de ação que foram definidas
por meio de três aspectos essenciais: paisagismo, preservação ambiental e
paisagismo escolar.
As atividades práticas de paisagismo foram desenvolvidas com o auxílio de
um profissional da área, que orientou os envolvidos no projeto: alunos de 5ª a 8ª
séries, 1º e 2º anos do ensino médio, professores, direção do estabelecimento e os
integrantes da Diretoria da Associação de Pais.
É comum entre alunos, e até mesmo entre professores, não relacionar o
paisagismo com a questão ambiental, mas eles se complementam. Por outro lado,
sabe-se que as escolas normalmente não se preocupam com a localização em
áreas de circulação menos intensa, de acesso mais fácil, de medidas de área de
construção e de áreas para paisagismo que podem transformar o ambiente escolar,
dotando-o de melhor qualidade dos ambientes de aula, mais inspirador, arejado,
com estética agradável e mais bonita.
A presente reflexão teve como pressuposto discutir e repensar os espaços
ociosos da escola, bem como desenvolver nos alunos, a capacidade crítica e de
responsabilidade social pelo espaço público (preservação do prédio da escola). E
15
também modificar o olhar da comunidade escolar com relação ao paisagismo,
sensibilizando professores e alunos para a readequação dos espaços livres,
tornando-os mais aconchegantes e o mais importante, espaços planejados,
organizados e produzidos pelos seus respectivos atores (comunidade escolar).
Esse projeto foi composto por muitos desafios, inclusive pela quebra de
paradigma, por se tratar de um tema que cada vez mais precisa de atenção
especial. A cada dia nos preocupamos mais com a qualidade de vida, o meio
ambiente e a sua preservação. Porém, ainda é evidente que há a necessidade de
conscientização sobre o uso da natureza.
No início, houve certa resistência por parte da comunidade escolar, com
relação à temática. Buscou-se discutir os principais pontos da abordagem proposta,
tais como: atitudes, hábitos e até o descaso com as questões ambientais.
Gradativamente, alunos, professores e comunidade escolar foram se engajando na
proposta, dessa maneira foi possível, com o apoio de alunos e pais, realizar a
implantação da horta escolar que, em curto prazo, poderá beneficiar a merenda
escolar da instituição e ainda o cultivo de espécies, como temperos (salsa,
cebolinha, rabanete), hortaliças (alface, couve, mostarda) e ervas medicinais (poejo,
hortelã, gengibre, erva cidreira, alecrim, boldo, manjericão). Obtivemos também a
colaboração de pais que são profissionais liberais, engenheiros e arquitetos, mesmo
discretamente, contribuíram com orientações, palestras, mudas de plantas e adubo,
para a realização das atividades propostas.
A aplicação do questionário na fase inicial do projeto teve como objetivo
realizar um diagnóstico com os alunos das seguintes séries: 5ª B, 5ª C, 5ª D, 6ª C, 7ª
D e os respectivos temas: paisagismo escolar, preservação ambiental, consumo de
água, prevenção da dengue, coleta seletiva do lixo, alimentação e vida saudável.
Quando questionados sobre paisagismo, 80% dos entrevistados
desconheciam sua finalidade e importância. Para Mantovi (2006), o paisagismo
permite a integração do homem com a natureza, proporcionando melhores
condições de vida e equilíbrio ao meio ambiente, abrangendo a presença do ser
humano.
16
O paisagismo não é apenas a criação de jardins com plantio desordenado de
plantas ornamentais, é uma técnica artesanal que procura reconstituir a paisagem
natural dentro do cenário das modificações promovidas pelas construções.
Em relação a horta escolar, chegou-se a um consenso sobre os benefícios
desta e para o uso diário nas refeições, alguns alunos até citaram espécies
medicinais utilizadas em chás, remédios e temperos tais como: hortelã, alecrim,
cheiro verde etc. Na questão que se referia à utilização de adubos químicos em
hortas domiciliares, 99,5% dos alunos que cultivam hortas em casa responderam
que não utilizam qualquer tipo de produto químico em suas hortas.
Observou-se que há uma grande preocupação com a qualidade dos produtos
a serem consumidos, o que demonstrou mudanças de hábitos diários das famílias,
como por exemplo, realizar a separação do lixo (reciclável, não-reciclável e
orgânico), Este último podendo ser reutilizado como adubo orgânico na própria
horta. Ao discutirmos com os alunos sobre a separação do lixo, os mesmos
apresentaram justificativas que apontavam para uma maior conscientização sobre a
problemática: ao separarmos o lixo, contribuímos com a melhoria na qualidade de
vida: diminuindo a quantidade de lixo nos aterros; poupando energia; economizando
recursos naturais; gerando empregos e ajudando no sustento das famílias dos
coletores de material reciclável.
Quando questionados sobre o consumo de água, observou-se consciência e
bom senso no uso da água e sua conservação. A água é fundamental para a
existência e manutenção da vida no planeta. Nosso corpo é formado por cerca de
70% de água e, sem ela, sobreviveríamos apenas de 3 a 5 dias. Ainda que quase
2/3 da superfície da Terra seja recoberta de água, a maior parte não está acessível
para o consumo, porque é salgada, está congelada ou é subterrânea. É um recurso
limitado e sua disponibilidade diminui ainda mais devido ao aumento do consumo, à
distribuição desigual, ao desperdício e à poluição.
Esse projeto permitiu conhecer o nível de envolvimento da comunidade
escolar com questões relacionadas ao meio ambiente, sua preservação e o
paisagismo escolar. Tivemos contato com os alunos e seus respectivos pais, os
quais contribuíram para o desenvolvimento do presente projeto como relatamos
anteriormente.
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Pôde-se observar em cada etapa desenvolvida o comprometimento e a
colaboração de toda comunidade escolar, auxiliando na implantação e manutenção
da horta escolar, na confecção de placas, na reestruturação dos bancos e mesas do
pátio. Na contribuição e manejo das mudas que, a partir das orientações realizadas
por um profissional da área, o Engenheiro Agrônomo Márcio Alencar Rocha, da
Emater, foi possível a implantação da horta na nossa escola. O profissional
disponibilizou tempo e envolvimento para orientar e colaborar com esse projeto,
conforme registro fotográfico a seguir.
Figura 02: Placas com os nomes científicos das plantas e a preparação da horta escolar
Os resultados obtidos com o desenvolvimento do presente trabalho indicam
mudanças em nossa comunidade, não com a intensidade e expectativas esperadas,
mas já observa-se uma mudança de postura dos alunos envolvidos nas ações. O
que indica que nosso projeto é apenas o “início” de ações futuras na escola. Segue
abaixo alguns registros fotográficos da escola, antes e depois das ações promovidas
neste espaço, e um croqui elaborado para planejar o paisagismo na escola.
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Set. 2009 Mar. 2011
Set. 2011 Mar. 2011
Mar. 2011 Mar.2011
Figura 03 - Registros fotográficos da escola, antes e depois da execução do projeto.
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Figura 04 – Croqui elaborado para planejar o paisagismo na Escola Estadual Tomaz Edison de
Andrade Vieira (Autor: Fernando Dantas)
5 Considerações finais
Escrever um artigo sobre a concretização de um projeto educacional sobre
paisagismo sob a ótica geográfica significa imensa maturidade e esforço diante dos
desafios enfrentados, que exigiram muita determinação profissional. Hoje nossa
maior satisfação é perceber nos participantes (alunos e professores) a
transformação por meio das ações, a conscientização e a possibilidade de
proporcionar à comunidade escolar uma colaboração coletiva que conseguimos
promover. Assim, chegamos ao final desse programa percebendo que nosso maior
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ganho é ter revitalizado o ambiente escolar, deixando-o mais atrativo, oferecendo
condições de acolhimento e uma alimentação mais saudável. Alicerçamos valores
em nossa comunidade escolar que, aos poucos, serão internalizados e consolidados
para que sempre tenhamos um ambiente propício para promover a qualidade de
ensino e melhorar o rendimento escolar, aspectos fundamentais na educação.
Contribuímos com o reforço na alimentação dos alunos diariamente, além de
estarmos promovendo a cidadania de fato.
Nesse momento, é fundamental registrar aqui nossa imensa gratidão por
todos que estiveram ao nosso lado e que direta ou indiretamente contribuíram para a
execução da nossa proposta. Enfim, desenvolvemos o presente projeto com muita
satisfação. Apesar das barreiras iniciais, concretizamos os objetivos propostos com
sucesso e, o mais importante, conseguimos congregar a comunidade escolar em um
único objetivo, o coletivo.
Obtivemos uma melhora significativa no ambiente escolar, no que diz respeito
aos aspectos propostos. E ainda o enriquecimento da alimentação com espécies
cultivadas na horta da escola e na construção do conhecimento, embasado na
teoria, e fixado nas práticas desenvolvidas.
Ao final deste processo, constatamos com satisfação que iniciamos um
trabalho significativo no ambiente escolar, que atua decisivamente tanto no aspecto
físico local quanto na melhoria de vários aspectos da vida das pessoas, indicando
caminhos e soluções que as mesmas poderão utilizar não só no ambiente escolar
mas em toda sua vida.
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