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Havia um ar de leveza

Havia um ar de leveza

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Catálogo da exposição "Havia um ar de leveza", que ocorre de 19 de junho até 03 de agosto de 2012 no Espaço Cultural da Aliança Francesa de Brasília (708/907 sul).

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Apresentação

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Há quase cinquenta anos promovendo a cultura francófona, a Aliança Francesa de Brasília sempre atribuiu grande importância ao trabalho artístico. Durante todos esses anos, é expressivo o número de artistas que se apresentaram nessa casa: músicos, fotógrafos, pintores, gravuristas... Estamos contentes de acrescentarmos hoje a esse grande número os nomes destes doze promissores jovens artistas, reunidos pela curadoria de Suzzana Magalhães na exposição Havia um ar de leveza, que conta com apoio e produção da Aliança Francesa de Brasília.

Jean BourdinDiretor da Aliança Francesa de Brasília

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Sobre a exposição

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No ano de 1984, o escritor italiano Italo Calvino foi convidado a ministrar um ciclo de conferências em Harvard, que deveria ocorrer ao longo do ano seguinte. Para tanto, visto que faltava apenas uma década e meia para o fim do milênio, Calvino elaborou suas ditas Seis Propostas para o Próximo Milênio, tendo como foco, a princípio, os estudantes da Universidade em questão. Essas tais propostas são baseadas no mote de que: “há coisas que só a literatura com seus meios específicos nos pode dar”. Sendo assim, ao lermos as palavras compiladas em livro, se faz improvável não transpor os conselhos inseridos pelo autor em seu discurso para nichos da vida cotidiana; Calvino propôs virtudes que não deveriam se restringir apenas aos artistas ou literatos, mas sim, nortear a existência humana. As cinco conferências preparadas, mas nunca ministradas (devido à morte prematura do autor) foram: leveza, rapidez, exatidão, visibilidade e multiplicidade, sendo que a última, com o tema de consistência, infelizmente não pôde ser escrita. Com o intuito de homenagear a primeira dessas propostas, a exposição Havia um ar de leveza

busca apresentar alguns dos vários aspectos que podem ser pensados e gerados a partir da interpretação da leveza.

Partindo da dualidade leveza/peso inserida no plano físico, é possível refletir a respeito do assunto de maneiras diversas, tendo como base os trabalhos artísticos que figuram na exposição. A artista Luisa Günther, por exemplo, quando toma como referência a história de Atlas, que de acordo com a mitologia grega carrega o mundo sobre seus ombros, transfigura as características do mito para a vida contemporânea, refletindo assim sobre cada ser humano que acaba tornando-se também o titã e aprendendo habitualmente a carregar o peso da própria vida nas costas. Ainda pensando sobre esse binômio, podemos falar acerca da sensação de tornar-se leve, que o trabalho conjunto de Joana Zimmermann e Tartaruga Feliz nos proporciona: como se qualquer um fosse capaz de “perder seu peso” ao se balançar na instalação Play me, I’m yours. A experiência da leveza é alcançada nesse trabalho, tanto no sentido corporal como mental, pois ao trazer um balanço para o espaço

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da galeria, damos a oportunidade para o público (de qualquer idade) poder interagir com a peça. Há também um momento de esvaziamento mental, em que é possível parar e sentir a doce sensação de flutuar com o embalo do brinquedo infantil. Estrategicamente montado no jardim da galeria (iluminado, aberto e tranquilo), esse possível momento de desprendimento é atingido graças à paisagem e ao companheiro Minos, o personagem colocado sobre o segundo balanço da instalação, que se movimenta à medida em que o visitante ganha velocidade e altura. O espectador interagindo com a obra nunca está sozinho, mas sempre acompanhado da toy art no balanço ao lado.

Em seguida, podemos abordar a questão da paisagem: é claro que a paisagem em si já anuncia toda a leveza e cuidado que o tempo emprega ao construí-la. A natureza, vasta e inapreensível, pode ser mimetizada pelo artista, que a captura num pequeno recorte para dela nos aproximar – seja através de um quadro, de uma instalação, de uma escultura ou intervenção. No caso da obra citada acima, existe a apropriação do espaço por parte das artistas, que nos faz sentir

pequenos em relação ao jardim. De uma maneira inversa, outras obras podem ser capazes de fazer-nos sentir imensos em relação ao pequeno pedaço de mundo apresentado, a partir do qual podemos ter a experiência de observadores de uma cena, quase como um viajante que olha da janela do avião a cidade que sobrevoa. Percebemos isso quando Moisés Crivelaro apresenta uma micro paisagem de memórias criadas; ou então com Nina Trindade, que traz para a parede branca um campo de margaridas; e ainda com Matias Monteiro, que reconstrói uma pequena cena com céu estrelado. Tornamo-nos agora imensos diante dessas paisagens, isto é, deixamos de ser espectadores de cenas que comumente nos tornam pequenos por sua grandiosidade, para nos tornarmos gigantes diante desses pequenos fragmentos de universos particulares. Peças em que a leveza se confunde com delicadeza; nesses três exemplos, percebemos uma fragilidade tão clara, que se torna presente por intermédio de seus elementos componentes.

Noutra linha de argumentação, também é possível pensar a leveza como algo

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que nos escapa: o que se torna imaterial e, por tanta falta de peso, vai se tornando etéreo. No trabalho de Annima de Mattos, por exemplo, as fontes coladas no vidro da galeria por vezes passam despercebidas aos olhos do espectador – a transparência permite a sobreposição da imagem, as letras se fundem e se dissolvem desfazendo o texto. Desperta a atenção do observador mais atento, que a partir dos indícios técnicos da obra (iluminação, legenda), percebe que as letras quase invisíveis compõem também um trabalho artístico. Daniel Lopes, por sua vez, tira o peso de Ophelia, permitindo que flutue sobre as correntes da aquarela sobre o papel. A tensão de uma cena quase mórbida se esvai na languidez da personagem, em repouso sobre águas azuis-esverdeadas. Uma subtração do peso também transparece no trabalho de Renata Rinaldi, que, além de expressar (pelo guache e nanquim sobre papel) sua visão sobre o tema, utiliza o suporte de seu trabalho como um meio para refletir sobre a proposta da mostra, colocando-o a flutuar no espaço expositivo, suspenso por fios de nylon presos ao teto. David Almeida, assim como

Mattos e Rinaldi, trabalha o suporte da obra para retirar-lhe o peso: dividindo-a em várias, faz sua imagem quase desaparecer. Contrasta a leveza com o óleo de tom escuro, pesando conjuntamente com a própria imagem da rígida cadeira, pintada sobre as pequenas telas – em tantos fragmentos, o peso acaba se perdendo.

Sensação semelhante, porém obtida através de uma experiência distinta, advém da instalação de Daniela Bressan. No trabalho Trans(fer)lucidez: A leveza das bolhas de sabão, a sequência fotográfica que a artista propõe faz com que a cena se dissolva nos delicados gestos de duas meninas que se divertem brincando. A atmosfera criada, os tons das imagens, as duas crianças vestidas com asas de anjinhos e as bolhas espalhadas pelas fotografias, sumindo aos poucos, são congeladas nas imagens registradas pelo olhar da fotógrafa. À medida que as bolhas se desfazem e a cena é fragmentada, somos remetidos então à questão da memória, tão arraigada no trabalho de Bressan: a fugacidade da lembrança torna-se presente, através de metáforas, até nos mínimos detalhes.

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Porém, não se pensa apenas em contrastes ou imagina-se o leve como algo físico e material. A leveza pode também ser um estado de espírito. É como um dos textos de Paul Auster, em que o autor diz que às vezes “precisamos aprender a parar de sermos nós mesmos”. O escritor nos convida a atingir um estado mental de tranquilidade, deixando nossos músculos se entorpecerem, relaxando o corpo para que então possamos pesar menos que o nada. E “então, aos poucos, subimos no ar”. Da mesma forma, o trabalho de Gabriel Luan exposto nessa mostra reflete sobre um estado de paz interior, nos incentivando a entrar em meditação ao apresentar uma imagem sutil, porém carregada de elementos que buscam uma tranquilidade espiritual.

Como o próprio Calvino disse, a leveza pode ser vista de maneiras diferentes e para cada uma delas existem inúmeros argumentos contra e a favor. Em sua primeira conferência, o autor apresenta a oposição leveza-peso, em defesa da leveza, não por achá-la melhor, mas, em suas próprias palavras, por ter mais para dizer a respeito. Utiliza diferentes referências, principalmente da

literatura, para abordar o tema.Na exposição Havia um ar de leveza, os

doze artistas apresentam seus trabalhos baseados na proposta de Calvino, com interpretações subjetivas sobre o tema, aproximando a leveza da doçura, da delicadeza, da fragilidade, ou colocando-a em contraste com o peso. É claro que uma mostra desse porte não apresenta senão um pequeno recorte das análises possíveis. É claro também que uma única exposição não se propõe a representar literalmente a grandeza da obra de Italo Calvino, tampouco abordar as outras conferências propostas pelo autor. Mas espera-se que, ao menos, realize sua missão de prestar-lhe a devida homenagem por tais conselhos por ele gentilmente elaborados, no intuito de que sejam sempre retomados e lembrados. Afinal, suas seis propostas foram pensadas para o presente tempo, isto é, este longo milênio está apenas começando.

Suzzana MagalhãesCuradora

com a colaboração de Moisés Crivelaro

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artistas

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Annima de MattosObjeto Gráfico

Adesivo transparente sobre vidro200 x 100

2012

Annima de Mattos desenvolve sua pesquisa em torno da tipografia e da caligrafia, baseada na escrita como

imagem. Expôs o trabalho Fio da Meada por duas vezes na Galeria UnB (406N). O trabalho Objeto Gráfico é

composto por transparências, sobreposições, pela escrita que se perde e se dissolve nos vidros da galeria, passando,

por vezes, quase imperceptível aos olhos do visitante.

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Daniel LopesOphelia

Aquarela sobre papel canson17 x 17

2012

Daniel Lopes é estudante de artes da UnB e desenvolve seu trabalho a partir do desenho. Participou das exposições Dos

Planos que Voam, na Câmara dos Deputados, em 2011 e Cinco+1, na Galeria Yara Amaral, no SESI de Taguatinga,

em 2008. Às vezes seu trabalho se torna contraditório, mostrando uma cena que, a princípio, pode se apresentar um tanto quanto grotesca, mas que vai se tornando leve a cada pincelada. A delicadeza de seu trabalho encontra-se no próprio traço do desenho, que se dissolve nas camadas

coloridas da aquarela sobre o papel.

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Daniela BressanTrans(fer)lucidez: a leveza das bolhas de sabão

Transfer de fotografia analógica para película translúcida de cola60 x 94

2012

Daniela Bressan estuda Artes Visuais na Universidade de Brasília. Tendo como paixão e principal objeto de estudo

a fotografia, sua poética está ligada à memória. Com o objetivo de mesclar planos, linguagens e técnicas, realiza

experimentações com fotografias analógicas, pesquisando diversos suportes.

No trabalho Trans(fer)lucidez: A leveza das bolhas de sabão, Bressan narra uma cena, através de fotografias,

que desfaz-se em leveza ao mesmo tempo em que é registrada pela câmera. Dentre as várias leituras possíveis

sobre A leveza das bolhas de sabão, é possível que nos desperte, como o próprio nome diz, lembranças de momentos da infância: as bolhas que facilmente se

tornam um objeto de vislumbre de qualquer criança, ao se dissolverem – registradas pela fotografia – remetem

instantaneamente à fugacidade da memória.

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David AlmeidaSem título

Óleo sobre painel de madeira180 x 110

David Almeida nasceu em Brasília e é aluno de Artes Plásticas da UnB, como outros artistas participantes da mostra. Há

alguns anos vem desenvolvendo sua pesquisa em pintura. Seu trabalho se realiza através dos desdobramentos da imagem:

seu peso se dissolve à medida em que se subdivide e, por mais concreta e pesada que se apresente inicialmente, acaba

tornando-se leve por meio de seus fragmentos.

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Gabriel LuanEquilíbrio

Aquarela, Guache e Nanquim sobre papel fabriano50 x 46

2011

Gabriel Luan dedica sua produção artística ao desenho, tendo participado de diversas exposições, como a Inter-Vir, na Galeria

Objeto Encontrado, em 2009; a exposição COLETIVA, na mesma galeria, em 2010; no Projetocupar, na Casa Cor, no mesmo ano; e, recentemente, na mostra O tempo acabou, da

Galeria UnB, em 2012. Através de traços delicados dispensados sobre o papel por meio de nanquim e aquarela, busca, com o trabalho Equilíbrio, uma reflexão sobre a leveza “interior”: a

meditação se apresenta como caminho para um mundo melhor, ao mesmo tempo em que propõe, por meio de elementos sutis da

imagem, o equilíbrio entre homem e natureza.

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Luisa GünterPesquisa sobre o peso do mundoAcrílica sobre tela70 x 902012

Reflexão sobre o que carrego por cima dos ombrosInstalação220 x 2002012

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Luisa Günther é professora assistente do Departamento de Artes Visuais da UnB. Mestre em Sociologia da Arte (2007), cursa

doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UnB, no qual desenvolve pesquisa sobre formas de registro em Arte

Contemporânea. Participa de exposições artísticas, intervenções urbanas e projetos de arte-educação desde 2000, com destaque para exposições

individuais no Conjunto Cultural da Caixa de São Paulo, em 2004, Conjunto Cultural da Caixa de Salvador, em 2005 e no MARCO/MS, em 2010. Em 2005 foi contemplada pelo Fundo de Apoio à Cultura do

Distrito Federal para a panfletagem Pangrafismos: Coisas de Ler.

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Matias MonteiroAstronomia IntuitivaInstalação100 x 302012

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Matias Monteiro é bacharel em Artes Plásticas e mestre em Arte, na linha de Poéticas Contemporâneas, pelo Instituto de Artes da

Universidade de Brasília. Dentre suas recentes exposições estão as coletivas Daquilo que me Habita, no Centro Cultural Banco do Brasil

de Brasília, em 2012; Lembranças de chuva (e outras memórias lacrimosas), no Museu Universitário de Arte - MUnA, em Uberlândia–MG, no

mesmo ano; a obra coletiva CadaVer, integrando o Projeto Parede, no Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM, em 2011; e a exposição individual (a)notações-paisagem, no Espaço Cultural Marcantonio Vilaça,

do Tribunal de Contas da União, em 2011.

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Moisés CrivelaroSem Mar

Técnica mista (madeira resina, cola, plástico, cortiça, isopor, vidro, terra, pedra)22 x 22 x 20

2012

Moisés Crivelaro é mestre na linha de Poéticas Contemporâneas pelo Programa de Pós-Graduação em Arte

da Universidade de Brasília (2011). Desenvolve uma pesquisa a partir de linguagens artísticas e técnicas diversas focando na busca de uma estética de eventos cotidianos. Expõe seus

trabalhos em salões, galerias e museus brasileiros há dez anos.

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Nina TrindadeBem me quer / mal me quer

Instalação: flores secas sobre papel calque200 x 200

Nina Trindade é meio francesa, meio brasileira. Aproveitando cada uma dessas metades, começou a estudar Artes Plásticas na UnB,

estudando até o meio do curso, mas acabou por se mudar para Grenoble, na França, onde continua seus estudos, até se formar.

Seu trabalho artístico tem coisas tão pequenas, meigas e belas, que acabam se tornando ninas demais. É o que a artista nos apresenta,

por exemplo, na instalação Bem me quer, mal me quer, onde torna o cubo branco repleto de delicadeza e fragilidade, trazendo para

dentro da galeria um imenso campo de pequenas margaridas.

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Renata RinaldiA jornada do HeróiDíptico: 48 x 32,5Grafite colorido, guache e nanquim sobre papel vegetal2012

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Renata Rinaldi vivenciou a maior parte de suas experiências em Minas Gerais, onde o deslumbramento pelo desenho se iniciou. Sua

jornada acadêmica teve início na Universidade Federal de Uberlândia – UFU com o curso de Artes Visuais. Participou de exposições na

cidade, e, em seguida, descobriu Brasília – a paixão foi tanta que pediu transferência para o curso de Artes Plásticas da UnB, dando assim

continuidade a uma história que, na verdade, ainda se faz por vir.

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Tartaruga Feliz e Joana ZimmermannPlay me, I’m yours

Materiais diversos400 x 500

2012

Tartaruga Feliz gosta do universo infantil. Brasileira que adotou Paris como sua nova casa, trabalha com ilustração e faz parte da

Maison des Illustrateurs. Gosta de fazer bolhas e passear de tapete mágico. Às quartas-feiras, toma sorvete de abacaxi. Esporte favorito?

Salto à distância nos braços do sofá de casa.(www.tartarugafeliz.com)

Joana Zimmermann é gaúcha e estudava Artes Visuais em Porto Alegre. Se mudou para Paris, transferiu os estudos para a École Nationale

Supérieure des Beaux-arts e conheceu a Tartaruga Feliz. Hoje, Joana cria formas e situações. É perambulando pelas ruas que encontra janelas, martelo e inspiração. Quando olha para o horizonte ela sente o espaço e

dentro do cubo a arte se confunde com a vida.(www.joanazimmermann.com)

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Ficha Técnica

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Paulo Victor Rada de RezendePresidente da Aliança Francesa de Brasília

Jean BourdinDiretor da Aliança Francesa de Brasília

Juliana Fiallo

Coordenadora Cultural da Aliança Francesa de Brasília

Havia um ar de leveza

Suzzana MagalhãesCuradoria

Juliana FialloProdução

Eduardo MassaoProjeto Expográfico

Tartaruga FelizProjeto Gráfico e Diagramação

Daniel FernandesRevisão

AgradecimentosDaniel FernandesEduardo MassaoGledir NicolauJean BourdinJuliana Fiallo

Moisés CrivelaroTartaruga FelizLetícia Pacheco

RealizaçãoAliança Francesa de Brasília

Espaço Cultural da Aliança Francesa de Brasília

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