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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁNÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
CADERNO PEDAGÓGICO
DESENVOLVIMENTO MOTOR – IMPLICAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA 5ª SÉRIE E SEU APRIMORAMENTO
ATRAVÉS DA GINÁSTICA OLÍMPICA.
ORIENTADOR: Msc. JULIO ALBERTO AGANTE FERNANDES
PROFESSORA: LUCIA MARIA PEREIRA
Cornélio Procópio, 2010
INTRODUÇÃO
As Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado
do Paraná para a disciplina de Educação Física, retrata o movimento como
componente curricular e disponibiliza os conteúdos a serem trabalhados nas quatro
séries finais do Ensino Fundamental, divididos em estruturantes, básicos e
específicos, sendo que os estruturantes são impostos por serem considerados
fundamentais para compreender seu objeto de estudo/ensino, neles deverão ser
trabalhados o esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, dança e lutas, todos em
complexidade crescente, em cada uma das séries.
Para que o aluno vivencie os fundamentos e técnicas dos conteúdos
estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares de Educação Física (2008), é
necessário que o aluno esteja na sequência do desenvolvimento motor chamado de
habilidades motoras especializadas, onde os movimentos que serão utilizados são
movimentos fundamentais que foram refinados ou combinados com outros
movimentos de forma complexa. Portanto só poderá ser atingido se ocorrer á
realização correta dos movimentos fundamentais.
É extremamente importante que o professor entenda como é o
desenvolvimento do aluno, como ele se move, como aprende e como manifesta
suas emoções e sentimentos, pois com base nessas características é que o
professor elabora seu plano de trabalho, tornando indispensável trabalhar sempre
com o estágio do desenvolvimento motor, procurando melhorar a qualidade de
controle do movimento do aluno, fator que contribuirá na melhoria do rendimento
dos conteúdos a serem desenvolvidos.
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos. (DCE, 2008, p.15)
O aluno necessita de abundância de oportunidade de movimentação
e instrução, com o objetivo de desenvolver sua capacidade de movimento. Existem
várias atividades, que favorece o desenvolvimento motor, a opção aqui foi utilizar a
2
ginástica olímpica por apresentar em seu conteúdo movimentos básicos de forma
variada e com combinações sequenciais mais complexas, aperfeiçoando as
habilidades fundamentais quando não foram desenvolvidas satisfatoriamente e
desenvolvendo as especializadas dando assim a estrutura necessária para o
aprendizado de todos os conteúdos propostos nas Diretrizes Curriculares de
Educação Física (2008), efetivando assim a aprendizagem.
No desenvolvimento motor ocorre uma mudança contínua do
controle motor, devido à maturação e as experiências motoras adquiridas, que terá
diversas peculiaridades influenciadas pelo ambiente social, econômico e cultural.
O adolescente que ingressa na 5ª série, cuja faixa etária é de 11 a
13 anos se encontra em uma fase de mudanças biológicas, psicológicas e sociais e
é nessa fase que ocorre o aprimoramento das habilidades fundamentais.
O desenvolvimento motor é melhor observado e problematizado nas
situações concretas dos conteúdos. Quando o aluno tem a oportunidade de se
movimentar, o professor de Educação Física tem a percepção de que ao chegarem
na 5ª série os alunos geralmente se encontram na fase elementar dos movimentos
fundamentais em determinados padrões motores, quando deveriam estar na fase
madura. Os conteúdos propostos pelas Diretrizes Curriculares de Educação Física
para o ensino na 5ª série são conteúdos que necessitam de combinações entre
padrões de movimentos fundamentais, como sustentação invertida, equilíbrio sobre
um pé, movimentos em torno do eixo, entre outros necessários principalmente na
prática dos esportes, mas geralmente o aperfeiçoamento dos movimentos é
prejudicado pela falta de flexibilidade, do rendimento articular e muscular, da
constância espacial e temporal, da coordenação, do ritmo e equilíbrio. Gallahue
(2005, p 368) afirma que: “O Desenvolvimento motor fundamental é pré-requisito
para a incorporação bem sucedida de habilidades motoras especializadas
correspondentes ao repertório motor de um indivíduo.”
O trabalho com o título “Desenvolvimento Motor - Implicações nas
Aulas de Educação Física da 5ª série e seu Aprimoramento Através da Ginástica
Olímpica” tem a finalidade de planejar o trabalho docente baseado no estudo por
base teórica de como ocorre o desenvolvimento motor, a classificação das
habilidades motoras, e como ocorre o aprendizado da mesma, explicitada e
discutida nas situações concretas no âmbito escolar e propor metodologias
3
direcionadas às necessidades dos alunos, aprimorando o desenvolvimento das
habilidades motoras fundamentais.
Na busca de suporte para possíveis soluções, será usada no
processo de intervenção pedagógica a utilização da ginástica olímpica como meio
de aperfeiçoar o desenvolvimento motor nos escolares da 5ª série que
apresentarem um déficit no desenvolvimento motor quanto às habilidades básicas e
para o aprendizado das habilidades específicas, fornecendo atividades onde os
alunos tenham a oportunidade de participarem plenamente habilidosos ou não.
Neste processo, a estratégia de ação é investigar o estágio de desenvolvimento de
dois padrões fundamentais de movimento, o de rolamento do corpo e apoios
invertidos dos alunos da 5ª série “B” e “C” da Escola Estadual Professor Paulo
Mozart Machado – EF, situada na Alameda Professor Jean Fumiere, nº 135, Uraí,
Núcleo de Cornélio Procópio. Atualmente, com 703 alunos. Os dados serão filmados
e posteriormente analisados conforme protocolo do Gallahue e Ozmun (2005). Os
resultados mostrarão em que estágio dos padrões de movimentos os alunos se
encontram. Diante dos resultados coletados, os alunos participarão de um programa
de ginástica olímpica específico para o desenvolvimento motor, que ao final serão
submetidos aos pós-testes para investigar se houve mudança no estágio dos
padrões fundamentais de movimentos e se a intervenção pedagógica por meio da
ginástica olímpica contribuiu ou não para o desenvolvimento motor desejado.
A opção pelos dois movimentos do conteúdo da ginástica olímpica,
o de rolamento do corpo e apoios invertidos dos alunos, foram por esses dois
movimentos serem considerados movimentos de estabilização, sendo que: “A
estabilidade é o aspecto mais fundamental do aprendizado de movimentar-se,
porque todo movimento envolve um elemento de estabilidade”. Gallahue (2005
p.228).
Outro motivo seria pela atividade de rolamento do corpo ser uma das
ações mais espetaculares da ginástica, o girar sobre si está presente em todas as
série do solo e dos aparelhos desde a mais simples até a mais complexa e o
rolamento do corpo também é considerado tanto movimento de locomoção com
estabilização.
Hostal, P. (1977 p.10), corrobora com a escolha quando afirma que:
4
Em ginástica, o corpo se encontra geralmente em situações e em posições incomuns. É o momento de dominar os elementos sócio-afetivo: emoção, atenção e concentração. Na realidade, cada indivíduo tem em si reflexos de defesa que são com freqüência, opostos à atividade planejada e se traduzem por uma recusa inconsciente do movimento; bloqueio devido à timidez, à apreensão, ao medo. A ginástica nos ensina a enfrentar progressivamente, a partir de situações seguras, situações mais perigosas, a lutar para vencer sozinho a dificuldade do problema proposto, a superar e a sentir o prazer se dar-se vitorioso.
Como material de pesquisa nos capítulos seguintes serão
apresentado os seguintes tópicos:
No primeiro capítulo, serão relatados os fundamentos teórico-
metodológigos da Educação Física.
O desenvolvimento motor e a aprendizagem motora serão
abordados no segundo capítulo. Nele será analisado o desenvolvimento do aluno,
como se move, como se aprende e se manifesta.
No terceiro capítulo será referenciado o conteúdo da ginástica
olímpica contendo seu histórico e sua aplicação como prática pedagógica.
No quarto capítulo, será apresentada a estratégia de ação para a
intervenção pedagógica.
No quinto capítulo serão propostas as sugestões de atividades para
o desenvolvimento motor apropriado.
No sexto e último capítulo as considerações finais.
5
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Os fundamentos teórico-metodológicos que referenciam as
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
(2008) são orientados por uma abordagem histórica e crítica que prioriza a
concepção de conhecimento em suas dimensões científica, filosófica e artística.
Nela, a escola assume o seu papel básico de proporcionar ao aluno o acesso ao
conhecimento produzido pela humanidade vinculado pelos conteúdos das
disciplinas escolares com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as
oportunidades sejam iguais para todos. Ao definir qual a formação a escola quer
proporcionar ao aluno, ela contribui de forma responsável pela apropriação crítica e
histórica do conhecimento, como instrumento de compreensão das relações sociais
para a transformação da realidade. Dessa forma, a escolarização preocupa-se não
apenas com o saber como resultado, mas com o processo de sua produção e as
tendências de sua transformação com base no sujeito da escola pública, de onde
vem e quais os seus referenciais sociais e culturais.
Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias que priorizem diferentes formas de
ensinar, aprender e avaliar.
Nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica
do Estado do Paraná, destaca-se a importância dos conteúdos disciplinares e do
professor como autor de seu plano de ensino.
É importante reconhecer que a Educação Física Escolar tem
dificuldades para definir a sua função na educação escolarizada, falta identidade
clara como uma área de conhecimento no que se refere à aprendizagem de
conhecimentos acadêmicos sobre o movimento nas dimensões e implicações
biológicas, psicológicas, sociológicas e culturais.
A histórica da Educação Física nos mostra o quanto ela foi
influenciada por mudanças teórico-metodológicas no decorrer dos anos, por vezes
6
perdeu sua identidade para se adequar às tendências e concepções da época o que
a desqualificou como área de conhecimento, tornando-a uma disciplina coadjuvante
de atuação de subordinação e compensação das demais disciplinas, sendo
facultativa conforme os interesses de ordem administrativa e pessoal.
Segundo Shardakov (1978 apud DCE, 2008 p. 50) relata alguns dos
principais problemas que ainda hoje desqualifica a Educação Física como área de
conhecimento e compromete sua legitimidade:
•A persistência do dualismo corpo-mente com base científico-teórico da
Educação Física que mantém a cisão teoria-prática e dá origem a um aparelho
conceitual desprovido de conteúdo real, dentre eles o conceito a-histórico de esporte
e das suas classificações;
•A banalização do conhecimento da cultura corporal, pela repetição
mecânica de técnicas esvaziadas da valorização subjetiva que deu origem a sua
criação;
•A restrição do conhecimento oferecido aos alunos, obstáculo para que
modalidades esportivas, especialmente as que mais atraem às crianças e jovens,
possam ser apreendidas na escola, por todos, independentemente de condições
físicas, de etnia, sexo ou condição social;
•A utilização de testes e medidas padronizadas, não como forma de
acesso aos conhecimentos oriundos do esporte de rendimento, mas com objetivos
exclusivos de aferir o nível das habilidades físicas, ou como instrumentos de
avaliação do desempenho instrucional dos alunos nas aulas de Educação Física;
•A adoção da teoria da pirâmide esportiva como teoria educacional;
•A falta de uma reflexão aprofundada sobre o desenvolvimento da
aptidão física e sua contradição com a reflexão sobre a Cultura Corporal;
A Educação Física, deve ter clara a sua função no contexto da
educação escolarizada, interagir com as demais disciplinas curriculares e participar
efetivamente das discussões e decisões do projeto pedagógico da escola, como
uma disciplina que fornece sustentação aos seus procedimentos didáticos baseados
em fundamentação teórica.
Go Tani, em seu artigo de opinião, publicado na revista de Educação
Física da UEM, v. 19, n 2, p. 313-331, 3. Trim. 2008 com o título: Abordagem
Desenvolvimentista: 20 anos depois, afirma:
7
É importante reconhecer que uma das grandes dificuldades para a EFE definir a sua função na educação escolarizada tem sido a falta de uma identidade clara da Educação Física como uma área de conhecimento. (TANI, 1991; TANI; MANOEL, 2004; TANI, 2007). Se olharmos o currículo escolar como um todo, observaremos que existe uma correspondência inequívoca entre as disciplinas curriculares e as respectivas áreas de conhecimento - por exemplo, entre o ensino da física e a Física, entre o ensino da matemática e a Matemática, e assim por diante. Isso quer dizer que, se eventualmente o ensino da física ou da matemática deixassem de fazer parte da grade curricular escolar, nem por isso a Física e a Matemática deixariam de existir como área de conhecimento.
Segundo o mesmo autor, a Educação Física tem seu objeto de
estudo próprio que é a aprendizagem do movimento e através do movimento, que
deve ser enfatizado em todos os mecanismos e fatores que afetam o seu
funcionamento, como o cognitivo, afetivo, social e motor.
TANI, G. (1991). Também descreve em: Perspectivas para a
Educação Física Escolar. Revista Paulista de Educação Física, v.5, n.1/2, p.61-69
que:
Entretanto existe uma outra dimensão da aprendizagem relacionada ao movimento, além da aprendizagem do e através do movimento, que é a aprendizagem sobre o movimento (figura 1), ou seja, a aquisição do corpo de conhecimentos racionais e objetivos sobre o movimento humano.
Figura 1: Diferentes tipos de aprendizagem relacionados ao movimento humano.
8
APRENDIZAGEM
DO MOVIMENTO
ATRAVÉS DO MOVIMENTO
SOBRE O MOVIMENTO
Com o questionamento sobre os problemas, o autor expõe sua visão
baseando-se em três pontos que julga essenciais para uma perspectiva melhor para
a Educação física escolar que é:
1- A conquista da autenticidade: com o desenvolvimento de um
corpo de conhecimento através de estudos e pesquisas para a sua utilização na
melhoria da qualidade da prática profissional;
2- A mudança de paradigma em relação ao movimento humano:
com uma prática diversificada e de complexidade que possibilita explorar ao máximo
a potencialidades motoras, respeitando as características individuais.
3- A definição da especificidade: definir a função da Educação Física
no desenvolvimento da criança no contexto educacional, estipulando o que cabe a
ela resolver e de que maneira.
Cabe ao professor o compromisso com o projeto de escolarização e
o domínio do conhecimento o que significa ter condições de analisar o atual modelo
de ensino e reconhecer os critérios educacionais adequados às expectativas e
necessidades dos alunos.
Assim, o ensino da Educação Física deve fazer parte do projeto
geral da escola, e como tal devidamente articulada ao projeto político pedagógico
ser norteada para um propósito maior de educação, buscando relações do
conhecimento teórico científico, conteúdos, metodologias, práticas e reflexões, para
a formação de um estudante capaz de reconhecer o próprio corpo, adquirindo uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente.
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CAPÍTULO 2
DESENVOLVIMENTO MOTOR
O desenvolvimento motor, como uma área de estudo é de grande
interesse para estudiosos e educadores, com origem no século XVIII, baseados em
duas disciplinas, a biologia e a psicologia, mas é, a partir de 1928 com os estudos
descritivos de Gesell e Mcdraw em 1935, bem como os trabalhos de Marry Shirley
em 1931 e Nancy Bailey em 1935 que segundo Gallahue, (p.6, 2005), forneceram
conhecimentos sobre a sequência da aquisição de habilidades motoras infantis.
É possível identificar pelo ciclo da vida do ser humano uma
sequência normal no processo de crescimento baseado nas mudanças
comportamentais observadas, onde há um progresso de movimentos simples e não
organizados para a realização de habilidades altamente complexas.
Para Gallahue (2008, p. 36) “Desenvolvimento motor é um processo
contínuo de mudanças ao longo do tempo que se inicia na concepção e cessa
somente na morte”.
O ser humano não nasce com a capacidade de movimentar-se já
desenvolvida, mas com um potencial a ser explorado com a aprendizagem do seu
domínio, ampliação e aperfeiçoamento.
Go Tani, (1988, p. 65) explica o desenvolvimento motor como sendo
um processo ordenado e seqüencial, em que a sequência dificilmente se altera, mas
a velocidade de desenvolvimento difere de indivíduo para indivíduo. Por mais que se
“treine” uma criança, ela jamais correrá antes de andar, mas no desenvolvimento do
andar e do correr, diferentes crianças apresentam padrões diferentes de
desenvolvimento no que se refere à velocidade.
Essa diferença na velocidade resulta da influência de fatores
biológicos e ambientais. Esse princípio do desenvolvimento motor possibilita a
identificação de várias fases características no decorrer do processo, o que
possibilitou a proposição de modelos descritivos sobre as mudanças de movimentos
no decorrer da vida.
10
Os modelos teóricos que explicam o comportamento motor abaixo
apresentados são do Gallahue, (2005 p. 56).
O movimento observável pode ser agrupado em três categorias:
• Movimento de estabilidade;
• Movimento de locomoção;
• Movimento de manipulação;
A estabilidade refere-se a qualquer movimento que tenha como
objetivo obter a manter o equilíbrio em relação à força da gravidade. Assim,
movimentos axiais (outro termo, algumas vezes usados para os movimentos não-
locomotores) e posturas invertidas e de rolamento corporal são considerados
movimentos estabilizadores.
Movimentos locomotores referem-se a movimentos que envolvem
mudanças na localização do corpo relativamente a um ponto fixo na superfície.
Caminhar, correr, pular, saltitar ou saltar um obstáculo é desempenhar uma tarefa
locomotora. Em nosso uso, atividades como rolar para frente e para trás podem ser
consideradas tanto movimentos locomotores como movimentos estabilizadores:
locomotores porque o corpo está se movendo de um ponto a outro; estabilizadores
porque têm como objetivo a manutenção do equilíbrio em situação de equilíbrio
incomum.
Movimentos manipulativos referem-se à manipulação motora
rudimentar quanto à manipulação motora refinada. A manipulação motora
rudimentar envolve aplicar força sobre objetos ou receber força deles. As tarefas de
arremessar, apanhar, chutar e derrubar um objeto, bem como prender e rebater, são
movimentos manipulativos rudimentares. A manipulação motora refinada envolve o
uso complexo dos músculos da mão e do punho. Costurar, cortar com tesoura e
dirigir são movimentos manipulativos motores refinados.
Existem fases no desenvolvimento motor que se dividem em:
• Fase dos movimentos reflexivos;
• Fase dos movimentos rudimentares;
• Fase dos movimentos fundamentais;
• Fase dos movimentos especializados.
Gallahue (2005, p.57), no seu modelo de desenvolvimento motor
através do desenho de uma ampulheta, explica as fases do desenvolvimento
11
reflexivo, rudimentar, fundamental e especializada conforme a idade demonstrada
na figura e seus estágios com características próprias de desenvolvimento para
cada idade.
Figura 2 – As fases do desenvolvimento motor.
A fase motora dos movimentos reflexivos vai da faixa etária
aproximada de: dentro do útero até 4 meses, onde o estágio de desenvolvimento
motor ocorre o estágio de codificação de informação; de 4 meses a 1 ano
compreende o estágio de decodificação de informação.
Fase motora rudimentar vai da faixa etária aproximada de: do
nascimento até 1 ano, onde ocorre o estágio de inibição; de 1 ano a 2 anos ocorre o
estágio de pré-controle.
Fase motora fundamental aproximadamente de: 2 a 3 anos com o
estágio inicial; de 4 a 5 anos com o estágio elementar e de 6 a 7 anos com o estágio
maduro de reflexo.
Fase motora especializadas de: 7 a 10 anos com o estágio
transitório; de 11 a 13 anos com o estágio de aplicação e de 14 anos acima com o
estágio de utilização permanente.
Na fase dos movimentos especializados, de 7 a 14 anos é onde se
encontram os alunos do ensino fundamental, onde nós professores de Educação
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Física temos a oportunidade de contribuir com o desenvolvimento motor apropriado
dos nossos alunos com os procedimentos de intervenção, baseados nos processos
de desenvolvimento do comportamento humano, vistos sobre o âmago da
educação, na sala de aula, quadra de esporte ou no campo.
A fase especializada ocorre em três estágios, segundo Gallahue
(2005):
• Estágio de transição;
• Estágio de aplicação;
• Estágio de utilização permanente.
O estágio de transição dos 11 aos 13 anos é caracterizado pelo
início da tentativa de refinamento e combinação de padrões motores maduros.
Nesta fase, nos seus 7 ou 8 anos para a criança não há limite a um esporte, e as
crianças líderes começam a enfatizar a precisão e as habilidades nos jogos e em
atividades de grande variedade de movimento no esporte.
No estágio de aplicação, o indivíduo passa a ter noção dos seus
limites e concentra-se em certos esportes. Nesse momento a ênfase está nas
competências. O treino é o alicerce para o desenvolvimento de níveis superiores de
habilidades. É nesse estágio que os padrões de movimento característico do
iniciante, no estágio de transição, se refinam.
No estágio de utilização permanente, por volta dos 14 anos, os
indivíduos buscam participar de atividades competitivas, recreativas ou da vida
diária regularmente, restringindo sua área de busca atlética. Muitas atividades são
escolhidas com interesses pessoais.
2.1 APRENDIZAGEM MOTORA
Segundo Afonso apud Schmitdt (2005, p.1),” aprendizagem motora
são mudanças em processos internos que determinam a capacidade de um
indivíduo para produzir uma tarefa”, tendo como objetivo facilitar ao praticante a
meta determinada.
Complementando, Go Tani (1988), diz que o processo de
aprendizagem motora necessita de prática sistemática para que as habilidades
sejam adquiridas e aperfeiçoadas, uma situação específica é andar de bicicleta. A
13
maioria dos adultos sabem andar de bicicleta. Muitas vezes o fazem, ouvindo
música, cantando, conversando e assim por diante. Porém caso a pessoa não tiver
a prática sistemática, ela nunca saberá andar de bicicleta é o caso de adultos que
não sabe andar de bicicleta, pela falta de aquisição de habilidade motoras e pelo
controle de movimento adquiridos pelo “treino”.
A Aprendizagem Motora, como área de estudo, procura explicar o que
acontece internamente com o indivíduo, quando passa, por exemplo, de um
estado em que não sabia andar de bicicleta para um estado em que o faz
com muita proficiência. É, portanto uma área de estudo preocupada com a
investigação dos mecanismos e variáveis pela mudança no comportamento
motor de um indivíduo. (Go Tani, l988 p. 91).
Ainda sobre a aprendizagem motora, segundo Go Tani, (1988),
qualquer aprendizagem visa à obtenção de respostas corretas, porém a
aprendizagem motora é entendida como um processo de soluções dos problemas
motores que é contínuo e normalmente, as primeiras tentativas de execução
resultam em erros de performance. Com base no mecanismo de detecção e
correção dos erros, o processo é repetido até a obtenção do objetivo ou da
avaliação do problema. Para o professor, os erros cometidos pelos alunos, fornecem
informações importantes que o possibilita reverem os objetivos e os métodos
pedagógicos adotados para a efetivação da aprendizagem.
Neste aspecto, o processo de ensino de habilidades motoras é
muito importante o que Go Tani (1988, p.93) denomina de feedback, ou seja,
informações, basicamente visuais, sobre o resultado do movimento.
Na fase inicial da aprendizagem, os alunos percebem que algo está
sendo executado erradamente, porém muitas vezes são incapazes de detectar as
origens e as características dos erros cometidos.
O acompanhamento do professor no processo de aprendizagem tem
a função de auxiliar o feedback dos alunos, para que eles possam ser capazes de
identificar que o movimento não foi executado conforme o desejado e assim
introduzir mudanças que possam corrigir os erros nas próximas tentativas.
Para que o professor desempenhe adequadamente esta função é
necessário que o mesmo tenha conhecimento sobre o mecanismo da performance
humana e do processo de aprendizagem motora.
14
CAPÍTULO 3
GINÁSTICA OLÍMPICA COMO INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA PARA O DESENVOLVIMENTO MOTOR
A proposta é utilizar a ginástica olímpica como meio e não fim de
aperfeiçoar o desenvolvimento motor nos escolares da 5ª série, quanto às
habilidades básicas e para o aprendizado das habilidades específicas, fornecendo
atividades onde os alunos tenham a oportunidade de participarem plenamente,
habilidosos ou não, de forma lúdica e prazerosa.
Nas Diretrizes Curriculares de Educação Física (2008, p.67),
entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as
possibilidades de seu corpo, ou seja, a ginástica em suas diversas formas devem
ser objetos de ensino nas aulas de Educação Física.
A implementação deste trabalho na escola tem como norteadores as
Diretrizes Curriculares de Educação Física (2008), que propõem que o conteúdo de
ginástica, deve cumprir um papel verdadeiramente educativo, devendo sua
organização levar em consideração: a origem da criança; o seu desenvolvimento e
não o adestramento; a valorização da criança no contexto social; evitar exercícios
mecânicos, repetitivos, extraídos de um rol de receitas, evitando a reprodução, sem
o entendimento e o ensino da história e a evolução da ginástica.
A prática pedagógica será por meio da criação espontânea de
movimentos, coreografias, jogos, brincadeiras e exercícios direcionados para o
desenvolvimento motor, baseadas em pesquisas bibliográficas.
O procedimento consistirá em fazer evoluir os comportamentos já
existentes, melhorando a eficácia dos aspectos cognitivos, afetivos e motores.
Philippe Hostal em seu livro Pedagogia da Ginástica Olímpica (1977
p.10), relata a importância da ginástica, quando afirma que:
Com efeito, a ginástica põe a criança em relação com seu próprio corpo, permite-lhe descobrir diversos segmentos, exercer o jogo das articulações, sentir e realizar melhor os vários movimentos que elas desencadeiam É uma conscientização geral da existência do corpo, dos deslocamentos em um espaço onde as distâncias, os intervalos, as direções e os sentidos são avaliados e controlados. Uma relação se estabelece entre as durações e as
15
intensidades das atividades que se sucedem até constituir, dentro do equilíbrio entre ritmo e desgaste de energia, a harmonia que dá vida ao movimento.
Os materiais citados nas atividades poderão ser adaptados quando
não forem disponíveis na escola, bem como a intensidade e o volume das atividades
deve ser controladas pelo professor no momento de sua aplicação com os alunos. A
utilização dos espaços para a prática pode ser em locais livres como pátios,
campos, entre outros.
A ginástica olímpica é uma modalidade esportiva composta por
elementos técnicos e uma grande variedade de movimentos. A ginástica se baseia
em movimentos corporais que envolvem balançar, saltar, apoiar, onde o domínio
das movimentações básicas é fundamental. Exige de seus professores
conhecimento sobre a aprendizagem motora, desenvolvimento motor, psicologia,
pedagogia, fisiologia do exercício entre outras.
Para a prática da ginástica é essencial, que a fase de iniciação seja
bem trabalhada, onde os iniciantes deverão ter uma boa base dos movimentos para
gradativamente aumentar seu nível de dificuldade. Por isso é necessário um grande
aprofundamento teórico e uma boa metodologia de ensino, baseada na faixa etária
do aluno, nas experiências anteriores, no grau de coordenação na maturação que
permita ao professor sistematizar a prática de forma coerente e progressiva.
Segundo Go Tani (2002, apud Aleixo & Vieira, 2004), o conteúdo da
ginástica olímpica deve se encaixar às características da criança, à tarefa e ao
ambiente social de maneira que o esporte seja um fator de inserção e não de
exclusão.
Faz-se necessário conhecer um pouco da história da modalidade,
para que possamos dar a devida importância à atividade como uma forma de
aumentar a eficiência e o controle corporal e desenvolver as habilidades motoras.
3.1 HISTÓRICO DA GINÁSTICA OLÍMPICA
A ginástica de solo era praticada em danças sacras por civilizações
antigas, sendo praticada por Saltimbancos. Por serem praticadas por pessoas das
16
classes baixas, para diversão de seus amos, sofreu discriminação durante um
grande período.
A ginástica olímpica, nome popularizado no Brasil e oficializado e
publicado no Diário Oficial da União de 16 de março de 1979, também conhecida
por: ginástica de solo e aparelhos, ginástica em aparelhos, ginástica desportiva e
ginástica artística.
A ginástica olímpica teve sua origem propriamente dita com Johann-
Friedrich-Ludwing-Christoph-Jahn, que adotou o prenome de Friedrich, filho de
pastor protestante, nasceu em Lanz, nas Cercanias de Lenzen, em 11 de agosto de
1778 e morreu a 15 de outubro de 1852, em Freyburg tido como propagador da
ginástica em aparelhos pelo mundo inteiro, sendo considerado o “Pai da Ginástica
Olímpica”, inventor da barra fixa, paralelas, cavalo com alças e carneiro. Sua
ginástica era militarista, visando formar homens capazes de defender a Pátria. A
atividade de Jahn foi proibida na Alemanha por motivos políticos, sua participação
na preparação e na execução da luta nacional de libertação contra o domínio
napoleônico, em 1813/1815 fez com que os voluntários engajassem um movimento
de oposição, visando à construção da unidade alemã, assim Jahn foi vítima de
perseguição e acusado de conspiração como revolucionário de direita e de fazer
propaganda subversiva à nação, ficando detido por cinco anos.
Publio (2002 p. 45) explica a importância de Jahn para a Educação
Física no mundo e principalmente nos Estados Unidos quando relata que a prisão
de Jahn foi uma explosão para o movimento Turnen. O engajamento por demais
político de Jahn e de sua ginástica originou o “Bloqueio Ginástico” na Alemanha, de
1820 a 1842. Durante esse período, diversos alemães emigraram para o mundo,
difundindo a ginástica de Jahn com uma forte inclinação e disciplina para exercícios
físicos sistemáticos.
A origem da ginástica olímpica no Brasil teve seu início com a
colonização alemã no Rio Grande do Sul, em 1824. A ginástica fazia parte das
festas das colônias.
Com os objetivos de formação moral, conservar e aprimorar a força
física da juventude e, ao mesmo tempo, cultivar uma harmonia social, junto com
uma recreação útil, foi fundada a mais antiga sociedade de ginástica da América do
Sul em Joinville-SC, em 16 de novembro de 1858, denominada “Sociedade
Ginástica de Joinville” (PÚBLIO p.177).
17
Em 1832, foi fundada a primeira Sociedade Federal de Ginástica, na
Suíça. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) teve inicio com quatro
federações , em 1881, e possui hoje mais de uma centena de filiados é ela quem
organiza as competições, sendo seis aparelhos para o sexo masculino (solo, cavalo
com ações, argolas, salto sobre o cavalo longitudinal, barras paralelas e barra fixa) e
quatro para o sexo feminino (salto sobre o cavalo transversal, paralelas
assimétricas, trave de equilíbrio e solo com acompanhamento musical).
No Paraná a ginástica teve início em Rolândia, no norte do estado,
na década de 50, sob influência dos colonos alemães. As aulas eram ministradas no
ginásio do clube de Rolândia e tinha como objetivo a preparação física e a
recreação.
Nos anos 70, a professora Lia Lima em Jacarezinho, os Professores
Viscélia Florenzano e Eduardo Arraia em Curitiba e a professora Elci Bittencourt, em
Paranavaí, difundiram a ginástica olímpica no Estado.
18
CAPÍTULO 4
ESTRATÉGIA DE AÇÃO
Neste capítulo será apresentado para implementação pedagógica, a
estratégia de ação que será utilizada, a função do professor e atividade da criança,
método pedagógico e estudo progressivo de uma atividade e o material para a
prática da ginástica olímpica.
4.1 PÚBLICO ALVO
O presente estudo ocorrerá na Escola Estadual Professor Paulo Mo-
zart Machado – EF, situada na Alameda Professor Jean Fumiere, nº 135, Uraí, Nú-
cleo de Cornélio Procópio. Atualmente, conta com 703 alunos matriculados.
A turma que participará da implementação da proposta pedagógica
será de 5ª série, turma “B” com 30 alunos, 14 meninos e 16 meninas com idade de
10,11 e 12 anos e a 5ª série “C” com 29 alunos, sendo 12 meninas e 17 meninos de
10, 11,12 e 14 anos, ambas do período vespertino. Os testes serão aplicados em to-
dos os alunos, sendo divididos em dois grupos: um “grupo de controle” onde os alu-
nos serão avaliados, porem não participarão do processo de intervenção pedagógi-
ca e um “grupo da prática” que também serão avaliados e participarão da interven-
ção pedagógica com atividades da ginástica olímpica.
4.2 PROCEDIMENTOS
O objetivo é investigar o estágio de desenvolvimento de dois pa-
drões fundamentais de movimento, o de rolamento do corpo e apoios invertidos dos
alunos da 5ª série “B” e “C”. Os dados serão filmados e posteriormente analisados,
conforme protocolo do Gallahue e Ozmun (2005), para a classificação de indivíduo
nos estágios inicial, elementar e maduro, pela professora e por uma acadêmica de
Educação Física da Universidade Estadual de Londrina, com experiência nos testes
19
a serem aplicados. Os resultados mostrarão em que estágio dos padrões de movi-
mentos os alunos se encontram. Diante dos resultados coletados, os alunos partici-
parão de um programa de ginástica olímpica específico para o desenvolvimento mo-
tor, que ao final serão submetidos aos pós-testes para investigar se houve mudança
no estágio dos padrões fundamentais de movimentos. A partir dos resultados obti-
dos, será feita a análise para verificar se a intervenção através da ginástica olímpica
contribuiu ou não para o desenvolvimento motor desejado.
4.3 SEQUÊNCIA PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
Em meados de agosto, data para o retorno do professor PDE na
escola, será realizado os primeiros testes, nas duas turmas 5ª série “B” e “C”. Na
sequência serão ministradas as aulas da intervenção pedagógica somente na 5ª
série “B” “grupo da prática” e a 5ª série “C’” grupo de controle”, só participará
novamente no final da intervenção pedagógica, quando será realizado os pós-testes
em ambas as turmas. Os dados coletados serão analisados para a verificação dos
resultados com a intervenção e sem a intervenção. As aulas para o “grupo da
prática” serão alternadas, sempre uma do conteúdo básico da 5ª série e duas aulas
de ginástica olímpica, sendo que as aulas do “grupo de controle” serão do conteúdo
básico da 5ª série. Ao todo serão em torno de trinta e duas aulas de intervenção
pedagógica com cinquenta minutos cada.
4.4 OS TESTES A SEREM APLICADOS
As duas tabela a seguir, a da seqüência de desenvolvimento para
rolamento do corpo e da seqüência de desenvolvimento para apoios invertidos foi
criada de acordo com Gallahue (2005), para os estágios do desenvolvimento inicial,
elementar e maduro e adaptada com o período aproximado de idade de
desenvolvimento para cada estágio para maior compreensão.
20
SEQUÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO PARA ROLAMENTO DO CORPO
Figura 3 – fonte Gallahue, 2008, p.233.
ESTÁGIO INICIAL
1- Cabeça entra em contato com a superfície.
2- Corpo curvado em posição “C” solta.
3- Inabilidade para coordenar o uso dos braços.
4- Não consegue rolar para trás ou para as laterais.
5- Curva-se para a posição “L” depois de rolar para frente.
21
ESTÁGIO ELEMENTAR
1- Depois de rolar para frente, as ações parecem segmentadas.
2- Cabeça conduz a ação em vez de inibi-la.
3- Topo da cabeça ainda toca a superfície.
4- Corpo curvado em posição “C” apertada no início da rolagem.
5- Curva-se para a posição “L” ao completar a rolagem.
6- Auxilio das mãos e dos braços sem técnica, mas fornecendo ligeiro impulso.
7- Pode executar apenas uma rolagem de cada vez
ESTÁGIO MADURO
1- Cabeça conduz a ação.
2- Parte de trás da cabeça toca a superfície bem levemente.
3- Corpo permanece em “C” apertado durante todo o movimento.
4- Braços auxiliam na produção de força.
5- Impulso do movimento leva a criança à posição inicial.
DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO
1- Cabeça tocando superfície fortemente
2- Falha em curvar suficientemente o corpo
3- Inabilidade de empurrar o corpo com os braços
4- Empurrar o corpo com um só braço
5- Falha em manter-se em posição fletida
6- Inabilidade de executar rolagens consecutivas
7- Sentir tontura
8- Falha em rolar em linha reta
9- Impulso insuficiente para completar o rolamento.
22
SEQUÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO PARA APOIO INVERTIDO.
Figura 4 – fonte Gallahuer, 2008, p.233
ESTÁGIO INICIAL
1- Capaz de manter, em nível básico, posição de equilíbrio em três apoios.
2- Capaz de assumir posturas de três apoios, invertidas por três segundos.
3- Sensação sinestésica insuficiente para partes do corpo não vistas.
4- Controle de movimentos minimamente coordenados.
23
ESTÁGIO ELEMENTAR
1- Pode manter equilíbrio controlado em três apoios e dois apoios inferiores de
contato com a superfície.
2- Capaz de manter equilíbrio por três segundos ou mais, com frequência e breve
adição de outro ponto de equilíbrio.
3- Gradual melhora na monitoração de partes do corpo não vistas.
ESTÁGIO MADURO
1- Boa posição do contato com a superfície.
2- Bom controle da cabeça e do pescoço.
3- Boa sensação sinestésica de localização de partes do corpo.
4- Parece estar com bom controle do corpo.
5- Mantém equilíbrio em posição de dois e três apoios em nível baixo e elevado por
três segundos ou mais.
6- Sai da postura estática sob controle.
DIFICULDADES DE DESENVOLVIMENTO
1- Inabilidade para sentir acuradamente localização e posição de partes do
corpo não vistas.
2- Inabilidade para manter a linha de gravidade dentro da base de apoio.
3- Base de apoio anadequada ou exagerada.
4- Excessivo esforço de equilíbrio pela transferência do peso corporal muito para
a frente.
5- Falta de habilidade para permanecer na posição de equilíbrio invertido por
três segundos ou mais.
24
4.5 FUNÇÃO DO PROFESSOR E A ATIVIDADE DA CRIANÇA
Figura 5: Hostal, P (1977 p.15)
25
4.6 MÉTODO PEDAGÓGICO E ESTUDO PROGRESSIVO DE UMA ATIVIDADE
Figura 6: Hostal, P (1977) p. 14)
26
4.7 MATERIAL PARA A PRÁTICA DA GINÁSTICA OLÍMPICA
A relação abaixo apresentada tem o objetivo de conhecimento dos materiais utilizados para a prática da ginástica olímpica e sua possível adaptação por material alternativo adequado ao uso escolar.
Figura 7: Hostal, P. p.30
Figura 8: Hostal, P. p.31
27
CAPÍTULO 5
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE GINÁSTICA OLÍMPICA PARA A 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Na tentativa de elaborar uma metodologia sistematizada no
conteúdo da ginástica, contemplados nas Diretrizes Curriculares, e nos referenciais
teóricos no qual tem como relevante o desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo,
buscou-se organizar sugestões de atividades inseridas no contexto social. Serão
abordados no primeiro momento, atividades de forma lúdica visando a obtenção da
familiarização e intimidade com a ginástica olímpica. Nesta fase outro objetivo é
buscar trabalhar a força de impulsão e força de apoio antes de iniciar o processo de
aprendizagem, do contrário, ocorre o risco de que, o sucesso da aprendizagem seja
notado em poucos alunos.
Para a segunda fase as atividades se concentram em treinamento
científico e especializado, onde as progressões pedagógicas buscam o
aperfeiçoamento das ações motoras que serão utilizadas nos comportamentos já
existentes, podendo, transformar-se pela prática diferenciada e ganhar em
eficiência.
Para a fase final da intervenção as atividades serão de
enriquecimento por meio de ligações onde os movimentos são combinados com
outros, formando séries mais complexas no solo.
As ações mais características no solo são: rolar, saltar, amortecer,
passar pelo apoio invertido, manter equilíbrio, deslocar-se em bipedia e passar
próximo ao solo. Se integramos estas diferentes ações pelo menos uma vez, ( e
para rolar, em diferentes sentidos ) teremos uma série simples, porém completa.
Alguns exemplos como: exercícios em série de duas ou mais
ações, com situações variadas e com dificuldades crescente , série curta com pouco
material e série longa, estarão nas sugestões de atividades.
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SUGESTÕES DE ATIVIDADES
5.1 FORMAS LÚDICAS DE ATIVIDADES EM GINÁSTICA OLÍMPICA
ATIVIDADE 1EM CIMA DO APARELHO ESTÁ SALVO
Figura 9: Francisco, W.P. p.86
Organização:Montam-se pela quadra (ou espaço disponível), dispersos plintos ou barcos
(ou similares) de várias alturas e dimensões. Os alunos estão sentados entre estes
aparelhos. Um aluno é designado caçador.
Execução:Ao sinal do professor, os alunos movimentam-se livremente entre os
aparelhos, a um novo sinal, todos procuram “salvar-se” o mais rápido possível para
cima de um aparelho, trepando ou saltando. Quem não o faz a tempo ou não arranja
lugar é agarrado. Designa outro caçador na corrida seguinte.
Qual é o caçador que consegue agarrar o maior número de alunos?
Variação: Quem for agarrado é o próximo pegador.
Quem for agarrado, vira pegador também e assim sucessivamente até o
último a ser pego.
Dança dos bancos, vai retirando os bancos até ficar um, estipula quantos
pessoas por banco.
29
ATIVIDADE 2TROQUEM DE BANCO!
Figura 10: Francisco, W.P. p.86
Organização:Colocam-se 4 bancos (ou cadeiras) a formar um circulo. Divide-se a turma
nos bancos. Estes alunos sentam-se sobre os bancos.
Execução:De acordo com a direção apontada pelo braço do professor que se encontra
fora do circulo, os alunos que se encontram no lado oposto, trocam de lugares.
Variações:a) Os alunos têm de transpor primeiro o banco e depois passar por baixo
dele.
b) A troca é feita engatinhando.
c) Os alunos estão em competição entre si. A troca dos bancos é feita no
sentido dos ponteiros do relógio.
d) Os bancos são dispostos na forma de um quadrado, a turma dividida em
quatro grupos, cada grupo deverá ficar sentado em um banco e ao sinal do
professor trocam de banco, tentando se livrar do pegador, quem for pego será o
próximo pegador.
30
ATIVIDADE 3GATO E RATO UTILIZANDO APARELHOS
Figura 11: Francisco, W.P. p.80
Organização:Os alunos formam um círculo. Entram os alunos neste círculo, montam-se
também alguns aparelhos. Um aluno é nomeado pelo professor, o rato e o outro o
gato.
Execução:Ao sinal do professor, o gato sai e tenta pegar o rato, esse terá que correr por
fora do círculo dos alunos e transpor os aparelhos (banco, cadeira, caixa) por baixo
ou entre eles, até chegar ao seu lugar de origem.
Variação:Se o gato agarrar o rato, este será o rato.
O gato tem que passar por cima dos obstáculos para pegar o rato.
ATIVIDADE 4ESTAFETA “ENGATINHA” SOBRE BANCOS SUECOS
Figura 12: Francisco W.P. p.38
31
Organização:Os alunos formam colunas atrás dos bancos (muretas ou similares) dispostos
longitudinalmente. O número de grupos depende do número de bancos existentes.
Se houver apenas um banco, dá-se a competição por tempo.
Execução:Os alunos percorrem o banco engatinhando e regressam por meio de corrida
(ao lado do banco, no chão) ao seu grupo, onde batem na mão do seguinte como
sinal de partida.
Qual é o grupo que atravessa mais depressa o banco engatinhando?
ATIVIDADE 5CORRIDA EM GRUPO COM PASSAGENS ENTRE CAIXAS DE PLINTO.
Figura 13: Francisco W.P. p.36
Organização:Os alunos formam colunas atrás de uma linha, a frente de cada grupo, plintos
dispostos no sentido longitudinal , mais adiante um bastão ou outro marco qualquer.
Execução:Ao sinal do professor, o grupo de alunos, passam por dentro dos “obstáculos”
(da forma que quiser, mas utilizando as mãos), saem correndo até tocar o bastão ou
o marco final.
Qual é o grupo que termina primeiro o percurso?
32
Variação:A partida pode ser dada individualmente. Um a um corre e passa pelo
“obstáculo”. Vai até o marco e retorna correndo por fora tocando a mão do
companheiro para que ele inicia o percurso e assim sucessivamente até o último.
Qual o aluno mais rápido?
ATIVIDADE 6ESTAFETAS DE IDA, COM OU SEM TRANSPORTE DE APARELHOS
PORTÁTEIS, SOBRE BANCOS SUECOS
Figura 14: Francisco W.P p. 39
Organização: Alunos são colocados em frente a dois bancos ligados a uma extremidade
mais alto.
Execução:Com a bola de medicine ball (ou similar) percorrer o obstáculo de uma
extremidade a outra, em estafeta de uma só ida.
Qual das equipes termina primeiro a sua tarefa?
Variações:a) Os alunos em equilíbrio sobre os bancos, de mãos livres.
b) A bola é transportada sobre a cabeça.
c) A bola é rolada enquanto se faz o percurso.
33
ATIVIDADE 7ESTAFETAS COM OBSTÁCULOS
Figura 15: Francisco W.P. p. 40
Organização:Montam-se dois percursos utilizando a barra ou a trave do gol.
Execução:O primeiro de cada grupo sai percorrendo o obstáculo pendurado pelas mãos
e retornar para seu grupo, saindo o segundo e assim sucessivamente até o último.
Qual grupo é mais rápido?
Variação:A corrida pode ser do grupo todo, sendo para isto que o segundo do grupo só
começa a correr quando o primeiro já transpôs o percurso e assim sucessivamente.
ATIVIDADE 8CORRIDA DE BANCOS
Figura 16: Francisco, W.P p.38
34
Organização:Colocam-se 4 bancos dispostos em quadrado, dois no chão e dois sobre os
dois bancos (em sua extremidade). Os alunos em dois grupos.
Execução:Dar a volta nos bancos, transpondo-os ora engatinhando, ora saltando sobre
eles. Um aluno por vez.
Vence a equipe que for mais rápida.
Variações:a) Pode sair o grupo todo ao mesmo tempo.
b) Pode sair um de cada grupo ao mesmo tempo.
c) Pode sair um de cada grupo ao mesmo tempo mais em direção contrária.
ATIVIDADE 9ENGATINHAR SOBRE O BANCO SUECO TRANSPONDO OBSTÁCULOS
Figura 17: Francisco W. P. p 90
Organização:Dois bancos dispostos á frente de cada grupo longitudinalmente. O número
de grupos depende do número de bancos. Sobre os bancos estão bolas de medicine
ball e arcos (seguros pelos alunos).
Execução:Ao sinal do professor, o primeiro de cada grupo sai engatinhando sobre o
banco, passa pelos arcos e sobre as bolas sem derrubá-las.
Vence a equipe que terminar primeiro. Se derrubar um obstáculo, recoloca-o
no lugar e volta para o início do banco.
Variações:a) Pode ser feito o trajeto em pé.
b) Pode sair o grupo todo de uma vez, um a frente do outro.
c) O percurso pode ser feito de costas para o final do banco.
35
ATIVIDADE 10ROLAR E DAR CAMBALHOTAS SOBRE COLCHÕES
Figura 18: Francisco W. P. p.35
Organização:Colocam-se os colchões em fila, em sentido longitudinal. Os alunos em fila.
Execução:Rolar lateralmente sobre os colchões.
- Qual o grupo mais rápido?
- Qual o aluno mais rápido?
- Outro jeito de rolar.
ATIVIDADE 11TRANSPONDO BANCOS SUECOS COM CAMBALHOTAS
Figura 19: Francisco, W.P. p.43
Organização:Coloca-se um banco e à sua frente colchão, mais adiante, outro banco e mais
colchões. Os alunos poderão estar em uma fila inicialmente e após em duas filas.
36
Execução:Os joelhos sobre o banco apóiam as mãos no colchão e fazem uma
cambalhota.
ATIVIDADE 12ESTAFETAS COM OBSTÁCULOS
Figura 20: Francisco W. P. p.36
Organização:Colocam-se bancos em linha reta. Os alunos poderão estar em uma fila.
Execução:De joelhos apóiam as mãos no chão e engatinhando passam por baixo dos
bancos fazendo o movimento de zigue zague por entre os bancos.
Qual o grupo que atravessa mais depressa os bancos engatinhando?
ATIVIDADE 13CORRIDA DENTRO DOS OBSTÁCULOS
Figura 21: Francisco W.P p.36
Organização:Colocam-se caixas em linha reta. Os alunos poderão estar em uma fila.
Execução:Os alunos percorrem os obstáculos passando por dentro das caixas
Qual é o grupo que atravessa mais depressa?
37
ATIVIDADE 14CORRIDA DE OSBSTÁCULOS
Figura 22: Francisco W.P. p.36
Organização:Montam-se dois percursos conforme o desenho acima.
Execução:O primeiro de cada grupo sai correndo, transpondo o primeiro obstáculo,
passando-o por cima e o segundo por baixo e retorna para o seu grupo.
ATIVIDADE 15CORRIDA DOS BANCOS
Figura 23: Francisco, W.P. p. 36
Organização:Colocam-se os bancos dispostos longitudinalmente com espaços curtos entre
eles. Os alunos formam fila atrás de uma linha.
38
Execução: Ao sinal do professor, os alunos saem correndo, passando por cima dos
bancos, até o marco.
Qual é o grupo que termina primeiro o percurso?
Variações:Passar pelos bancos engatinhando.
Passar pelo banco em apoio invertido.
Passar pelos bancos em dupla.
Passar por baixo dos bancos
ATIVIDADE 16PASSAR PELO BANCO EM ZIQUE ZAQUE
Figura 24: Francisco, W. P. p.38
Organização:Colocam-se os bancos dispostos em linha reta, com espaços entre eles. Os
alunos formam fila atrás de uma linha.
Execução:Os alunos do grupo saem, saltando por cima do banco, nos dois sentidos ora
para a direita e ora esquerda, fazendo um movimento de zique zaque. E assim, até
todos, passarem pelos obstáculos.
Qual o grupo mais rápido?
39
ATIVIDADE 17SUBIR E DESCER MONTANHA
Figura 25: Francisco W.P. p. 38
Organização:Um plinto na posição transversal, dois bancos suecos, um em cada
extremidade e levada até o topo do plinto (aclive e declive). Os alunos em grupos.
Execução:Um aluno por vez, sobe pelo banco engatinhando e desce pelo outro lado,
também engatinhando, toca o solo e retorna pelo mesmo trajeto, após tocar a mão,
o próximo do grupo sai.
Quem é mais rápido?
Qual grupo mais rápido?
5.2 FORMAS MOTORAS DE ATIVIDADES EM GINÁSTICA OLÍMPICA
Neste item as atividades são agrupadas seguindo um progressão pedagógica
baseada na prática docente e que foi adaptada conforme a proposta por Jacques
Leguet em seu livro As Ações Motoras Em Ginástica Esportiva, que tem o objetivo
de abordar o conteúdo motor considerando os problemas observados nas situações
do rolamento do corpo e do apoio invertido, estruturando às atividades para uma
melhor adaptação e eficiência.
40
ROLAMENTO DO CORPOCaracterísticas típicas de todos os movimentos de rolamento no solo são:
1) O corpo na fase principal é enrolamento semelhante a uma bola, o queixo
deve estar encostado no peito.
2) As mãos apóiam na largura dos ombros, enquanto os dedos apontam para
frente (levemente oblíquo para fora).
3) A pressão principal é amortecida pelos braços, para que o rolamento possa
ser efetuado sobre a nuca e costas arredondadas.
4) As mãos pressionam o solo e impulsionam rapidamente à posição à frente, a
fim de alcançar a posição firme com pernas grupadas sem outro apoio no solo.
5) No rolamento para trás, as mãos devem ser colocadas o mais cedo possível
ao lado da cabeça para contrabalançar a pressão sobre a parte posterior da cabeça.
No rolamento de peixe ou rolamento saltado mantém as mesmas
características do rolamento, apenas na fase principal o corpo é esticado até um
ângulo perna - tronco de 90-130 graus. Os braços estendidos serão levados com
amplitude para frente, a vista é dirigida para o lugar onde se efetuará o movimento.
ERROS COMUNS NO ROLAMENTO PARA FRENTEa) Joelhos afastados;
b) Ao levantar cruzar as pernas;
c) Não grupar o corpo suficiente ao executar o rolamento;
CORREÇÃO DOS ERROSa) Colocar um lenço entre o queixo e o peito;
b) Prender uma bola entre os joelhos;
c) Lançar a bola por entre as pernas;
d) Dar as mãos ao companheiro.
O rolamento de acordo com a postura pode ser grupada, carpada,
estendida, intermediária (puck) pernas afastada.
41
Grupado Carpado Estendido Puck Pernas fastadasFigura 26. Leguet, J. p. 68
Quanto ao sentido da ação pode ser para frente, para trás, lateralmente e
longitudinalmente.
Para frente Para trásFigura 27: Francisco, W. P. p.42 Figura 28: Francisco, W. P. p.47
42
Lateralmente LongitudinalmenteFigura 29: Leget, J. p.79 Figura 30: Leget, J. p.71
ROLAMENTO PARA FRENTEATIVIDADE 1
GANGORRINHAS
Figura 31: Leguet, J. p.70
Organização: Os alunos livremente dispostos pela quadra, de frente aos colchões.
Execução:
Em decúbito dorsal, fazer o movimento de gangorra.
ATIVIDADE 2CAMBALHOTA SOBRE UM PLANO INCLINADO
Figura 32: Francisco, W.P. p.42
43
Organização:Os alunos em fila, a sua frente um colchão com uma das extremidades
elevadas, estando sobre um caixote ou pinto (ou similar).
Execução:Um aluno por vez apóia as mãos na parte mais elevada e rola até a parte
mais baixa.
ATIVIDADE 3ROLAR A PARTIR DO CARRINHO DE MÃO
Figura 33: Francisco, W. P. p.42
Organização:Os alunos em duplas, à sua frente, um colchão.
Execução:Um dos alunos da dupla segura o outro na altura das coxas. O que for seguro
apóia as mãos no solo (carrinho de mão). Caminhar até o colchão, soltar as pernas,
este rolará sobre o colchão.
Após, realizar o movimento proposto, inverter as posições da dupla.
Variações: A dupla, poderá percorrer uma distância pequena estipulada pelo professor e
no final rolar sobre o colchão.
A partir do carrinho de mão, o aluno que está sendo carregado, passar para o
apoios invertidos, com o auxílio do companheiro.
44
ATIVIDADE 4ELEVAR AS PERNAS
Figura 34: Leguet, J. p. 104
Organização:Os alunos em fila, agacham e deitam nos colchões (ou no solo mesmo), em
sentido longitudinal.
Execução:a) Elevar uma perna e retornar.
b) Elevar as duas pernas e retornar.
c) Elevar as duas pernas e mantê-las elevadas por alguns instantes.
d) Elevar as duas pernas, passando-as por dentro do arco.
ATIVIDADE 5ROLAR APÓS O ESPAÇO
Figura 35: Leguet, J. p.73
45
Organização:Os alunos em fila. Dois colchões em sentido longitudinal (quanto mais
espesso melhor), com um espaço entre eles.
Execução:Saltar de um colchão para outro, ultrapassando o espaço, amortecer com os
braços a rolar à frente.
ATIVIDADE 6ROLAMENTO COM SAÍDA E CHEGADA SOBRE O BANCO
Figura 36: Leguet, J. p.73
Organização:Um banco e um (ou mais) colchões sobre ele.
Execução:O aluno rolará sobre o banco com saída e chegada em pé.
Variações: O aluno rolará para trás com a saída e chegada em pé.
O aluno rolará com as pernas estendidas.
O aluno rolará lateralmente , sobre o dorso, os ombros.
O aluno rolará com os braços afastados (colocação do dorso das mãos).
O aluno rolará com as pernas afastadas.
46
ATIVIDADE 7ROLAR EM UM PLANO INFERIOR
Figura 37: Leguet, J. p.73
Organização:Um banco ou um plinto, um colchão no chão em sua extremidade.
Execução:O aluno sobem no banco ou plinto de frente para o colchão, rola para frente
em nível inferior, amortecendo-se rolando ou então rolar no espaço, chegar sobre o
dorso, sobre o glúteos.
.ATIVIDADE 8ROLAR PARA TRÁS EM UM PLANO INFERIOR INCLINADO
Figura 38: Leguet, J. p.76
Organização:Um banco ou um plinto, com uma das extremidades elevadas, um colchão
sobre ele.
Execução:O aluno senta-se de costas para o aparelho, em sua borda mais elevada, rola
para trás e aterrissa em pé no solo.
47
ATIVIDADE 9ROLAR EM PLANO SUPERIOR
Figura 39: Leguet, J. p.73
Organização:Um plinto com gaveta para a altura da cintura dos alunos. Os alunos em fila.
Execução:Um aluno por vez, impulsionar com as pernas, rodar sobre o plinto em plano
superior, com impulso das pernas.
ATIVIDADE 10ROLAR SOBRE UM OBSTÁCULO
Figura 40: Leguet, J. p. 77
Organização:Os alunos sobre os colchões:
Execução:Apoiar a cabeça e as mãos no solo (triângulo), rolar sobre um obstáculo,
amortecendo com os braços.
48
ATIVIDADE 11SAÍDA DE JOELHOS
Figura 41: Leguet, J. p. 79
Organização:Os alunos em fila no colchão agacham e ficam de joelhos; à frente colchões
em fila, em sentido longitudinal.
Execução:Rolam sobre o dorso lateralmente até o final da fila de colchões.
Variações: Rolar lateralmente em um plano mais elevado, sobre o dorso, os ombros.
Girar lateralmente sobre os ombros, corpo alongado.
ROLAMENTO DO CORPO PARA TRÁS
ERROS COMUNS NO ROLAMENTO PARA TRÁSa) Não executar o rolo com o corpo bem grupado.
b) Afastar os joelhos.
c) Rolar sobre o ombro.
CORREÇÃO DOS ERROSa) Rolar para trás abraçando as pernas.
b) Rolar para trás sentindo o apoio entre as mãos.
c) Rolar para trás terminando ajoelhado.
49
ATIVIDADE 12ROLAR PARA TRÁS TRANSPONDO O OBSTÁCULO
Figura 42: Leguet, J. p.77
Organização:O aluno de costas para um colchão. Sobre o colchão, uma bola (ou outro
objeto que sirva como obstáculo e não ofereça perigo).
Execução:O aluno sentará no início do colchão, rodará para trás, procura o impulso dos
braços, passando por sobre o obstáculo e saindo em pé ou de cócoras.
ATIVIDADE 13ROLAMENTO PARA TRÁS COM CHEGADA EM NÍVEL SUPERIOR
Figura 43: Leguet, J. p. 78
Organização:No chão, colchão para o inicio do rolamento e outro para amortecerem a
queda em um nível superior ao chão.
Execução:Um aluno por vez, sentados de costas para os colchões, rola para trás, com
chegada dos pés bem elevados, repulsão dos braços, mãos na nuca, chegada na
vertical.
50
Variações:a) Rolar para trás diante de um plano vertical (parede) elevar as pernas
apoiadas na posição vertical.
b) Rolar para trás estimulado pelo apoio invertido, braços flexionados ou
estendidos.
ATIVIDADE 14ROLAR PARA TRÁS EM UM PLANO INCLINADO
Figura 44: Leguet, J. p. 71
Organização:Um banco ou um plinto, com uma das extremidades elevadas, um colchão
sobre ele.
Execução:O aluno senta-se de costas para o aparelho, em sua borda mais elevada, rola
para trás e aterrissar em pé no solo.
Variações:a) Rolar em nível inferior.
b) Rolar em nível superior.
c) Rolar duas vezes.
d) Rolar sobre um aparelho estreito (plinto, banco sueco)
e) Rolar longitudinalmente.
f) Rolar lateralmente.
51
ATIVIDADE 15DESEQUILÍBRIO GIRO E ROLAMENTO
Figura 45: Leguet, J. p. 85
Organização:Um plinto com gavetas (ou similar), colchões para amortecerem a queda.
Execução:Um aluno por vez, em pé na extremidade do plinto e de costas para os
colchões. Desequilibra-se para trás, fazer meio-giro e executar, rolamento para
frente sobre os colchões.
APOIO INVERTIDOPARADA DE TRÊS APOIOS
Características típicas do movimento de parada de três apoios (parada de
cabeça):
a) O corpo em completo alinhamento e em tonicidade.
b) A cabeça e as mãos são apoiadas no chão estabelecendo um
triângulo;
c) As mãos apóiam no solo na largura dos ombros e os dedos devem estar
afastados e virados para frente.
d) A cabeça deve ser apoiada no chão com o topo do crânio.
52
e) Elevação do quadril, em seguida eleva uma das pernas e depois a outra até a
extensão completa.
ERROS COMUNS NA PARADA DE TRÊS APOIOSa) Não executar o triângulo de base;
b) Elevar as pernas rapidamente;
c) Elevar as pernas com joelho e pernas afastadas;
d) Corpo flexionado ou carpado durante o apoio;
e) Falta de coordenação e ritmo.
CORREÇÃO DOS ERROSa) Fazer com que o aluno estabeleça um triângulo formado com a cabeça e as
mãos;
b) Colocar o joelho esquerdo sobre o cotovelo esquerdo;
c) Idem com o direito;
d) Com os joelhos sobre os cotovelos procurar o equilíbrio.
e) Procurar elevar um pouco as pernas unidas e flexionadas o quadril deve estar
elevado;
f) Com uma ou duas gavetas do plinto (plano elevado) fazer com
que o aluno estenda uma perna e retire a outra lentamente de cima do plinto;
g) Com apoio na parede, procurar ficar no equilíbrio;
h) Com auxílio do companheiro e em seguida fazer o rolamento.
ATIVIDADE 16ESCALAR A PAREDE APOIADO NA CABEÇA
Figura 46: Leguet, J. p.103
53
Organização:Os alunos próximos a uma parede sobre um colchão.
Execução:Um aluno por vez, colocar o topo do crânio no colchão formando um triângulo
com as mãos a subir os pés na parede.
ATIVIDADE 17APOIO PARA A PARADA DE CABEÇA
Figura 47: Leguet, J. p. 103
Organização:Os alunos sobre os colchões e de costa para as caixas de plinto.
Execução:Apoiar a cabeça e as mãos no solo (triângulo). Com as duas pernas em cima
de uma ou duas gavetas do plinto (plano elevado) fazer com que o aluno estenda
uma perna e retire a outra lentamente de cima do plinto;
ATIVIDADE 18APOIO DO COMPANHEIRO PARA A PARADA DE CABEÇA
Figura 48: Leguet, J. p. 103
54
Organização:Os alunos sobre os colchões e ao lado um companheiro.
Execução:Apoiar a cabeça e as mãos no solo (triângulo), fazer com que o aluno estenda
uma perna e depois, com apoio do companheiro e em seguida fazer o rolamento.
PARADA DE DOIS APOIOS
Características típicas do movimento de parada de dois apoios são:
a) Todos os apoios e repulsões devem suceder numa linha reta;
b) O corpo em completo alinhamento e em tonicidade;
c) As mãos apóiam no solo na largura dos ombros e os dedos devem estar
afastados e virados para frente;
d) A cabeça deve estar levantada, o olhar dirigido para frente (apoio das mãos e
local de fixação da visão fazem um triângulo de lados iguais);
e) Os membros superiores devem estar em extensão completa (ombros
“encaixados”, noção de impulsionar-se no solo);
f) O corpo em completo alinhamento e em tonicidade.
ERROS COMUNS NA PARADA DE DOIS APOIOS Mãos apoiadas muito afastadas ou muito unidas:
a) Pernas não unidas;
b) Impulso insuficiente;
c) Braços flexionados;
d) Corpo selado (forçado) ou carpado durante o apoio;
e) Falta de coordenação.
CORREÇÃO DOS ERROSa)Com as mãos apoiadas no chão fazer com que o aluno bata com as solas dos
pés 1,2,3, etc... vezes;
b) De costas para uma parede acocorar-se e ir subindo apoiando os
pés na mesma até ficar com o corpo próximo a parede. Rola para frente;
55
c)Decúbito ventral sobre plinto: apoiar as mãos no chão e elevar uma perna na
vertical. Ir por tentativas retirando a outra perna e procurando o equilíbrio
lentamente;
d) Maneira correta com auxílio de um companheiro;
e)Execução da parada de dois apoios com impulso e rolo para frente.
ATIVIDADE 19PARADA DE MÃO COM AUXÍLIO DA PAREDE
Figura 49: Francisco, W. P. p. 60
Organização:Os alunos em frente a uma parede, em fila. dependendo do espaço, colocá-
los perfilados de modo que não batam um nos outros.
Execução: Com as mãos apoiadas no chão fazer com que o aluno eleve as pernas e
bata com as solas dos pés 1,2,3... vezes , permanecendo com o corpo reto e retorne
a posição inicial.
Variação:Iniciar a parada de mãos em um nível superior.
Subir a partir da parada de três apoios.
Elevar as pernas e permanecer por três segundos.
56
ATIVIDADE 20ESCALADA COM OS PÉS
Figura 50: Francisco, W. P. p. 60
Organização:Os alunos de costas para uma parede.
Execução: De costas para uma parede acocorar-se e ir subindo com os pés apoiados
na parede até ficar com o corpo próximo a parede. Rolar para frente. Retorne a
posição inicial.
ATIVIDADE 21PARADA DE MÃO APARTIR DE UM PLANO SUPERIOR
Figura 51: Francisco, W. P. p. 60
57
Organização:Os alunos em decúbito ventral sobre o plinto ou similar.
Execução: Apoiar as mãos no chão e elevar uma perna na vertical. Ir por tentativas
retirando a outra perna procurando o equilíbrio lentamente e finalizar com o
rolamento para frente.
ATIVIDADE 22APOIO DO COMPANHEIRO PARA A PARADA DE MÃO
Figura 52: Francisco, W. P. p. 60
Organização:Os alunos sobre os colchões e ao lado um companheiro.
Execução: O aluno apoiar as mãos no solo estendendo uma perna e depois a outra,
com apoio do companheiro e em seguida fazer o rolamento.
5.3 EXERCÍCIOS EM SÉRIE
Depois que o ensino da fase do desenvolvimento do indivíduo e da fase de
aperfeiçoamento das atividades for trabalhadas o que irá possibilitar o aluno
aprender e dominar cada ação, pode-se propor ajustar as ações com outras em
situações variadas, com dificuldades crescentes, oportunizando ao aluno exercer
sua motricidade. Pode-se propor combinações de ações em circuito de estações de
58
curta e longa duração ou um percurso a fim de pôr em evidência as ações
trabalhadas. Outra sugestão é propor aos alunos a montagem de séries livre de
solo, estipulando os elementos básicos e demais itens que possam avaliar a
execução dos movimentos e posteriormente apresentar em um festival interno.
ATIVIDADE 1AÇÕES DUPLAS
1° 2°Figura 53: Hostal, P. p.88
1º- Rotação à frente, grupada;
2º- Rotação à frente, estendida.
ATIVIDADE 2
2° 1°Figura 54: Hostal, P. p.88
1º- Rotação para trás, grupada;
2º- Rotação para trás estendida.
59
ATIVIDADE 3
1° 2° 3°Figura 55: Hostal, P. p.88
1º- Rotação à frente, grupada;
2º- Pirueta;
3º- Rotação para trás estendida.
ATIVIDADE 4
1° 2° 3°Figura 56: Hostal, P. p.88
1º- Rotação à frente, estendida;
2º- Meio giro;
3º- Rotação para trás em afastamento.
60
ATIVIDADE 5
1° 2°Figura 57: Hostal, P. p.91
1º- Rotação à frente;
2º- Estrela.
ATIVIDADE 6
1° 2° 3° 4° 5°Figura 58: Hostal, P. p.91
1°- Apoio invertido;
2º- Rotação à frente estendida, em afastamento;
3º- Flexão facial;
4º- Apoio sobre o dorso, pernas estendidas para trás;
5º- Vela.
61
ATIVIDADE 7SÉRIE CURTA COM POUCO MATERIAL
1° 2° 3° 4° 5° 6°Figura 59: Leguet, J. p. 34
1°- Passar pelo apoio invertido;
2°- Rolar para frente, meio giro, longitudinal e rolar para trás;
3°- Passagem pelo solo;
4°- Equilíbrio;
5°- Deslocar-se em bipedia;
6°- Saltar e aterrissar
ATIVIDADE 8SÉRIE MAIS LONGA
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9°Figura 60: Leguet, J. p.34
1°- Saltar;
2°- Aterrissar;
3°- Girar longitudinalmente;
4°- Passar pelo apoio invertido;
5°- Rolar para frente;
6°- Passar pelo solo;
7°- Equilíbrio;
8°- Deslocar-se;
9°- Rolar para trás.
62
CAPÍTULO 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer da vida, o ser humano passa por diversas mudanças, e o
desenvolvimento motor acompanha essas mudanças através das fases. Na maioria
das vezes cabe aos professores de Educação Física que trabalha com alunos de 11
a 13 anos, o aprimoramento das habilidades fundamentais, visto que a fase
correspondente a essa idade é considerada a fase onde os movimentos
fundamentais são agregados a outros, tornando-os mais complexos, chamados de
fase dos movimentos especializados.
O estudo do desenvolvimento motor abre um leque de conhecimentos,
sobre o movimento humano. Dentro desse contexto, ou seja, o estudo do movimento
humano em todos os seus aspectos, físico, psicológico e social, trás para a prática
pedagógica dos professores de Educação Física a estruturação como área de
conhecimento, onde os estudos e a aplicação do movimento humano estaria
devidamente adequados às necessidades e expectativas dos alunos. O que permite
ao professor estruturar melhor seu plano de ação tendo condições de ministrar suas
aulas de acordo com a real condição motora do aluno conhecendo suas
potencialidades e limitações, intervindo e melhorando-as.
A produção didático-pedagógica do projeto “Desenvolvimento motor-
Influência nas aulas de Educação Física da 5ª série e seu aprimoramento através da
ginástica olímpica”, foi elaborada no molde do caderno pedagógico, onde se
estrutura por primeiro a parte teórica dos conhecimentos que compõe a linha de
pesquisa, em seguida a identificação dos procedimentos escolhidos para o processo
de intervenção no caso a ginástica olímpica, a análise dos estágios do
desenvolvimento motor dos alunos e por fim as sugestões de atividades.
Importante, salientar que a estruturação das sugestões das atividades,
seguem um metodologia onde se buscou trabalhar desse o princípio da
aprendizagem, com formas lúdicas e ações motoras que propicia ensinar os
movimentos propostos, partindo do princípio que os alunos não tiveram a vivência
adequada. Caso os tenha, os primeiros passos da aprendizagem servirá como
motivação e preparação física, dando mais ênfase as atividades de aperfeiçoamento
63
e enriquecimento, que seriam os exercícios propriamente dito e as combinações das
ações com séries curtas e longas.
A restrição dos movimentos a serem trabalhados, o rolamento do corpo e o
apoio invertido, parte do pensamento que ambos são considerados movimentos
tanto de locomoção como estabilização, estando a estabilidade presente em todos
os movimentos, buscou-se aprimorar a estabilidade como meio de alcançar os pré-
requisitos para o desenvolvimento de todos os movimentos a serem trabalhados nas
aulas de Educação Física. A comprovação poderá ser observada nas conclusões no
final da intervenção com o resultado dos testes e com o desenvolvimento das
atividades, ou seja, como saber, sem conhecer, planejar, intervir e concluir?
Meu muito obrigado, ao meu orientador, Júlio Alberto Agante Fernandes, os
meus professores e colaboradores durante esse ano de aprendizagem e
principalmente ao Governo do Estado do Paraná, por me propiciar fazer parte desse
Programa de Desenvolvimento Educacional, PDE, o qual me fez sentir orgulho de
ser PROFESSORA!
64
7. REFERÊNCIAS ANTOSIEVICZ, Joseane e Simone de Miranda. A interferência do desenvolvi-mento motor nas aulas de Educação Física no 3° e 4° ciclo do ensino funda-mental. Congresso Paulistano de Educação Física Escolar de 2007. Disponível em
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GUEDES, DARTAGNAN PINTO. Manual prático para avaliação em educação fí-sica. Barueri, SP: Editora Manole, 2006.
HOSTAL, PHILIPPE. Pedagogia da Ginástica Olímpica. São Paulo, Monole, 1982
LEGUET, JACQUES. As ações motoras em ginástica olímpica. São Paulo: Edito-
ra Manole Ltda, 1987.
65
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66