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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Ficha catalográfica Produção Didático-Pedagógica
Professor PDE/2009
Título Educação Ambiental na Formação Docente, em
nível médio
Autor Edna Kimie Shimazaki
Escola de Atuação Instituto de Educação Estadual de Maringá
Município da escola Maringá
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Profª Drª Ana Lucia Olivo Rosas Moreira
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Área do Conhecimento Biologia
Produção Didático-Pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Geografia, História, Matemática, Artes, Língua
Portuguesa, Química e Física
Público Alvo Alunos de Formação Docente, em nível médio
Localização Instituto de Educação Estadual de Maringá
Rua Martin Afonso, 50 Maringá – PR
Apresentação: A presente unidade didática objetiva complementar
o trabalho de formação dos alunos do curso de
formação docente, em nível médio, no que se
refere às questões ambientais. Propõe ações
pedagógicas que desperte nos alunos uma
mudança de valores quanto à relação do homem
com o ambiente. Fundamenta-se no pressuposto
histórico cultural que entende que o processo de
apropriação do conhecimento se dá por meio das
relações que sujeito com o meio cultural. Essa
perspectiva teórica entende que o homem
necessita da mediação, que se realiza por meio de
signo, para a apropriação do conhecimento
científico.
As concepções prévias dos alunos sobre as
questões ambientais serão observadas em todas
as atividades propostas, com acompanhamento do
desenvolvimento e evolução dos conteúdos
abordados ao longo do processo educativo.
As atividades do primeiro e do segundo anos serão
realizadas durante as aulas de Biologia e nas
turmas de 4º anos serão realizadas por meio de
oficinas pedagógicas. Os alunos dos 4º anos, além
de apropriarem dos conhecimentos dos conteúdos
abordados, produzirão materiais pedagógicos que
serão utilizados durante os seus estágios
supervisionados com alunos dos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
Palavras-chave Educação ambiental, formação de docente,
processo ensino e aprendizagem; preservação
ambiental.
UNIDADE DIDÁTICA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA FORMAÇÃO DOCENTE, EM NÍVEL MÉDIO
EDNA KIMIE SHIMA ZAKI
MARINGÁ - 2010
I. INTRODUÇÃO
À escola cabe a função de ensinar o conhecimento científico que ajuda na
promoção da aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Para que a função da
escola se efetive é necessário que o professor atue como mediador entre o
conhecimento espontâneo e o conhecimento científico, assim certamente
formará profissionais com maior aporte científico para atuar na sociedade.
Segundo Dias (1994, p.100) “a Educação Ambiental é o processo em que as
pessoas aprendem como funciona o ambiente, como dependemos dele, como
afetamos e promovemos a sustentabilidade”. Entendemos que a educação
ambiental é um tema que subsidiará os alunos da formação docente em nível
médio para o exercício da sua função como professores da educação infantil e
anos iniciais do ensino fundamental.
.
A Educação Ambiental, por suas características de interdisciplinaridade, de
utilização racional de recurso e formação de valores, oportuniza um trabalho
com fenômenos, conceitos, procedimentos, valores e atitudes, que contribuem
na formação do cidadão consciente e responsável. A abrangência dos
conteúdos de temas ambientais, aparece muitas vezes, como polêmicos e ao
mesmo tempo atuais, impõe novos saberes e habilidades.
Assim, na Formação de Docente, a educação ambiental passa a ser essencial
para a apropriação dos conhecimentos, habilidades, competências e valores; o
conhecimento da realidade do aluno, criando situações de ensino e
aprendizagem e desenvolvendo uma postura interativa nos alunos. No entanto,
na prática docente terá oportunidade de vivenciar os fundamentos, atuando
para mediar e orientar, de forma coerente e organizada, estimulando a
participação dos estudantes nas atividades propostas.
.
A Educação Ambiental contribui para a inclusão do indivíduo a partir do
momento em que aborda as relações do homem com a sociedade e a
natureza, levando o educando a ação e a reflexão, na busca do seu papel na
sociedade. É preciso fazê-lo entender a sociedade local e global e posicionar-
se de forma crítica diante dos problemas que ocorrem.
I FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.0 Educação Ambiental
Como a Educação Ambiental auxilia na formação integ ral dos jovens?
A Política Nacional da Educação Ambiental, traduzida na Lei 9.795/99
(BRASIL, 2007, p.1), em seu Capítulo 1 do Artigo 1º , delibera:
para as presentes e futuras gerações. (CONSTITUIÇÃO
Entende-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do
meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Segundo Dias (1994), o artigo acima aponta para a resolução de problemas
concretos em que os indivíduos, em qualquer nível ou grupo, têm a
possibilidade de se apropriar de problemas que afetam o seu bem estar ou
bem estar coletivo, analisar as suas causas e apontar meios para saná-los,
descobrindo as diferentes opções e a avaliação destas opções para tomada de
decisões. Para tanto, são necessários estabelecer um conjunto de
conhecimentos teóricos, práticos e de comportamento, um comprometimento
com as ações sociais reflexivas, críticas, libertadoras e conscientes, com
sensibilidade e respeito.
A Constituição Federal, no Cap. IV, Artigo 225, diz:
Todos têm direito a um ambiente ecologicamente equilibrado de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-
lo e FEDERAL, p.43)
A Constituição Federal Brasileira assegura o direito a um ambiente em
equilíbrio para todos os homens, pois é essencial para manter a boa qualidade
de vida. Porém, ao proporcionar boa qualidade de vida, e garantir a
sobrevivência, os recursos ambientais foram explorados desordenadamente.
Para a sua sobrevivência, o homem necessita de água, de alimentos e de
abrigo. No entanto, destruiu florestas inteiras para transformá-las em áreas
agriculturáveis e em pastagens, contaminou rios com dejetos industriais e por
esgotos e contribuiu para que a água, em certos locais, ficasse imprópria para
o consumo.
Para aumentar a produção agrícola ou combater “as pragas”, o homem utiliza-
se de pesticidas e agrotóxicos, contaminando alimentos consumidos no nosso
dia a dia. Estes venenos utilizados na agricultura ou no uso doméstico
contribuem para a extinção de muitas espécies de animais e vegetais,
ocasionando alteração na cadeia alimentar e provocando a falta de alguns
predadores naturais. Assim, algumas espécies encontraram ambiente
favorável, permitindo uma reprodução descontrolada, como o exemplo do
Aedes aegypti, transmissora da dengue.
Neste sentido, devemos adotar estratégias para que os alunos compreendam
as questões ambientais, nos aspectos políticos, éticos, culturais e sociais, para
buscar a própria sustentabilidade e a do planeta.
2.0 Biodiversidade
Por que é importante a manutenção da biodiversidade na Terra?
O que podemos fazer para que a biodiversidade não seja ameaçada?
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Cnumad), também chamada RIO -92, 175 países assinaram
a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que determina medidas
gerais para a conservação e utilização sustentável da biodiversidade
Segundo Helene e Marcondes (2005, p.11), “Biodiversidade ou diversidade
biológica é a totalidade de genes, de espécies e de ecossistemas diferentes
presente num certo universo”. Podemos dizer que existem quatro tipos de
biodiversidades:
1- A diversidade de ecossistemas é a existência de ambientes com
características diferentes entre si. Os seres vivos provocam alterações e ao
mesmo tempo, se adaptam às condições de determinado meio, criando um
equilíbrio entre os mesmos e os componentes abióticos. A devastação do
ambiente pode acabar com a morada de várias espécies de animais e de
vegetais, podendo chegar a morte, caso não se adaptarem em outro ambiente.
2- A biodiversidade das espécies trata do número de diferentes espécies que
existem em uma determinada região.
3- A biodiversidade genética refere-se à variação de genes de uma mesma
espécie. Se ocorrer a diminuição do número de indivíduos de uma determinada
espécie, ocorre a redução da diversidade genética, podendo levá-la à extinção.
4- A biodiversidade cultural, também considerada por muitos autores, que
propõem cuidados especiais com determinadas espécies, em função de
costumes e crenças da comunidade. Por exemplo, as plantas medicinais
cultivadas para a cura de certas moléstias (WRI, 1992)
A biodiversidade é apresentada pelas Diretrizes Curriculares do Paraná como:
responsável pelo equilíbrio e estabilidade dos ecossistemas.Além
de se apresentar como fonte de matéria prima de imenso potencial
para o uso econômico em geral contribuem para a produção de
bens de consumo para o homem e demais seres vivos. Também
compõe a cadeia alimentar para todas as espécies de seres vivos,
proporciona a produção de alimentos indispensáveis à manutenção
da vida no planeta. (PARANÁ, 2008, p.5)
O Brasil é considerado um país privilegiado quanto à biodiversidade devido à
sua extensa área e sua localização equatorial no globo terrestre. A maior parte
do seu clima é tropical, com temperaturas elevadas quase durante o ano todo,
ocorrendo também clima subtropical, equatorial e árido. Esses climas, sem frio
extremo, associado aos elevados índices pluviométricos coloca o país como
detentor de uma grande reserva de biodiversidade do mundo, o qual abriga
20% do total de todas as espécies de seres vivos mundial.
Os ecossistemas do Brasil são classificados em: A Floresta Amazônica, a Mata
Atlântica, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata das Araucárias, Pampas, Floresta
dos Cocais, Manguezais e Restinga (Ferri, 1980).
A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo e está localizada
na região norte do país. Abriga milhares de espécies de plantas e animais. Nos
rios e seus afluentes que banham esta região vivem inúmeras espécies de
peixes e outros seres aquáticos.
A Mata Atlântica é a segunda maior floresta tropical do Brasil e se estende do
Rio Grande do Norte a Rio Grande do Sul. Nessa área vivem cerca de 100
milhões de habitantes, concentra cerca quase 70 milhões do PIB (Produto
Interno Bruto) nacional e localizam muitas cidades, inclusive várias capitais dos
estados brasileiros. Em sua área remanescente, a mata caracteriza-se pela
vegetação exuberante e a sua fauna é formada principalmente por anfíbios,
mamíferos e aves de diversas espécies.
O Pantana l é uma vasta planície inundável que abriga uma das ricas reservas
de vida do planeta, constituída por uma fauna aquática muito variada, com
centenas de espécies de peixes, moluscos e crustáceos. A fauna aquática
garante a existência de mais de 200 espécies de aves que a utiliza como
alimento. Há também répteis, como jacarés, cobras e mamíferos, como onça,
ariranha, macaco, porco do mato, veado, entre outros.
A Caatinga é o ecossistema tipicamente brasileiro que se estende pelos
estados do Nordeste e norte de Minas Gerais, em zona quente, com solo
portador de nutrientes, mas de secas prolongadas com índice pluviométrico
baixo, variando 200 a 700 mm anuais. A região está submetida a ventos fortes
e secos, contribuindo para a aridez da paisagem. A vegetação é formada por
plantas com marcantes adaptações ao clima seco, conhecidas como plantas
xeromórficas que apresentam folhas transformadas em espinhos, cutículas
impermeabilizadas e caules que armazenam água, como por exemplo, os
cactos.
O Cerrado localiza-se no Brasil central, com clima quente e períodos
alternados de chuva e seca. Apresenta índices pluviométricos, concentrados no
verão, não sendo o fator limitante da vegetação como na caatinga. Este
ecossistema é caracterizado pela vegetação com árvores esparsas de cascas
grossas, troncos retorcidos e raízes profundas. Estas adaptações respondem
ao solo ácido e deficiente de inúmeros componentes químicos.
A Mata das Araucárias conhecido também como Floresta Ombrófita Mista,
situa-se nos estados da região sul e parte do estado de São Paulo, com índice
pluviométrico em torno de 1.400 mm anuais e temperaturas moderadas, com
baixas significativas no inverno, podendo ocorrer geadas e até neve. O pinheiro
do paraná ( Araucaria angustifolia) é árvore característica desse ecossistema,
ocorrendo em locais de altitudes entre 500 a 1000 metros. Apresenta uma
vegetação típica associada com arbustos como o xaxim; gramíneas e plantas
epífitas como orquídeas e bromélias. Destaca o mate (Ilex paraguariensis)
como uma planta de grande importância econômica, cujas folhas são utilizadas
no preparo do chimarrão.
Os Pampas estão localizados principalmente no Rio Grande do Sul e ocupam
áreas de planície com predominância de gramíneas.
A Mata dos Cocais localiza-se nos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande
do Norte. O babaçu é a espécie vegetal típica, ocorrendo também a carnaúba e
o buriti. O babaçu tem grande importância econômica; das sementes extrai-se
óleo e as folhas são utilizadas na cobertura de casas e para a fabricação de
utensílios domésticos.
Os Mangues são ecossistemas litorâneos e característico das regiões onde o
mar se encontra com as águas doces dos rios em região alagada de fundo
lodoso, salgado e mal arejado. As vegetações apresentam adaptações como
rizóforos (raízes suporte) que permitem maior sustentação às plantas e raízes
respiratórias para obtenção do gás oxigênio do ar. Encontram-se moluscos,
poliquetas, crustáceos, peixes, além de aves aquáticas. A alta disponibilidade
de nutrientes minerais e matéria orgânica fazem do mangue uma fonte de
alimento para diversas espécies marinhas e para o homem. Os mangues,
também servem como grande viveiro para muitos animais reproduzirem, além
de atuarem para amortecer o impacto das marés e para reter sedimentos
trazidos pelos rios.
As Restingas são ecossistemas costeiros que apresentam solo arenoso e de
influência marinha. Localiza-se ao longo do litoral brasileiro. Os seres que ali
vivem são adaptados aos fatores como: a salinidade, ventos fortes, escassez
de água, solo instável, insolação forte e direta e temperatura extrema.
A diversidade dos biomas brasileiros está ameaçada, apesar da grande
importância ecológica e econômica que representa, conforme a explanação
seguinte.
A Floresta Amazônica é alvo de biopirataria. Amostras de plantas ou espécies
de animais são retiradas por estrangeiros sem autorização, que em seus
países são utilizados como matéria prima em pesquisas para extração dos
princípios ativos para produção de medicamentos. Ainda, registram como
sendo seus patentes, possibilitando a cobrança dos demais interessados pela
utilização de tais princípios ativos. Em conseqüência, nós brasileiros, por ironia,
passamos a pagar para utilizar essas substâncias, que são originárias do
nosso país.
Ocorre, também, na Floresta Amazônica o desmatamento ilegal e predatório de
árvores nobres para produção de móveis e outros bens de consumo.
Queimadas são provocadas para aumentar áreas destinadas à pastagem e à
agricultura. Essas ações são extremamente prejudiciais ao solo da região que
não sendo muito rico, com fina camada de nutriente poderá tornar um solo
improdutivo, contribuindo para a extinção das espécies.
Outra preocupação da Floresta Amazônica é a mineração. Para a extração e
purificação do ouro usa-se o mercúrio. Esse líquido é jogado nos rios poluindo
a água e contaminando os seres aquáticos e demais elementos que utilizam
desse recurso hídrico. Por exemplo, ao consumir o peixe contaminado pelo
mercúrio, o homem sofre efeitos patológicos no organismo, podendo levá-lo até
a morte.
A caça e a pesca predatória têm causado fortes impactos no Pantanal. O
mercado de pele, especialmente de jacarés, onças, jaguatiricas, ariranhas e
lontras, além de captura de aves raras pelos traficantes, coloca em risco a
sobrevivência de diversas espécies.
A Mata Atlântica ocupava cerca 15% do território brasileiro e atualmente, o
remanescente é de apenas 7,3% da área original. Ela começou a ser
devastada desde a época do descobrimento: os colonizadores fixaram-se no
litoral e aos poucos começaram a penetrar na mata para a exploração do pau
brasil, do ouro e outros minérios. Para isso, derrubaram matas para erguer
vilas, provocavam queimadas para “limpar” o solo para a agricultura. Depois,
seguiram os ciclos da cana de açúcar, do algodão, dos minérios, do café,
aumentando a destruição da Mata Atlântica.
Com o passar do tempo, intensificou-se a devastação da Mata Atlântica e
extensas áreas foram destinadas para a expansão das cidades, da agricultura,
pecuária e das indústrias.
No Nordeste brasileiro, as matas foram derrubadas para cultivar a cana de
açúcar , sem os devidos cuidados com o solo. Após alguns anos de cultivo, o
solo tornou-se improdutivo. Isso agravou a condição de sobrevivência da
população causando fome, miséria e êxodo rural.
Nas regiões sul e sudeste, a colonização e a cultura, principalmente, do café
foram as responsáveis pela destruição da mata nativa.
Atualmente, mais de 93% da Mata Atlântica está totalmente destruída. Mesmo
assim, a ameaça continua, ocorrem: loteamentos clandestinos; extração ilegal
de palmitos e de plantas ornamentais (bromélias, orquídeas, pteridófitas, e
outros); extração ilegal de madeiras para fins comerciais; caça predatória para
extração de couro, de penas, de plumas; poluição e contaminação pelas
indústrias.
Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se, principalmente, nas serras do
Mar e na serra da Mantiqueira e em locais de relevos acidentados e isolados,
garantindo a diversidade, após o amparo legal pela instituição como Unidades
de Conservação.
Na Caatinga, a desertificação é preocupante, devido a característica árida do
solo e de formas inadequadas de manejo da terra que provoca a degradação
dos solos, da vegetação e da biodiversidade (MMA, 1998).
No Cerrado, a pecuária e monocultura intensiva de grãos são as principais
ameaças. Para a manutenção da produtividade, utilizam-se fertilizantes e
agrotóxicos que contaminam a água, o solo e o ar. Cita-se, também, a
mineração e o crescimento da população que intensifica a destruição do
ecossistema natural.
A Mata das Araucárias corre sério risco de desaparecimento, se o
desmatamento não for revertido. Para a produção agrícola ocorreu o
desmatamento e muitas espécies de seres vivos foram extintas. Algumas
espécies exóticas de plantas, utilizadas para reflorestamento e na indústria de
celulose e papel, contribuem para a perda da diversidade biológica do
ecossistema.
A pecuária nos Pampas associada à introdução de espécies exóticas
resultaram na diminuição de algumas espécies e aumento de outras, alterando
a diversidade biológica da região.
A Mata dos Cocais está em constante ameaça devido à mineração e à
extração da madeira e de matérias primas para as indústrias. Desmatamento e
queimadas produzem acúmulo de gás carbônico e metano prejudicando as
diferentes formas de vida.
Os Mangues, considerados como berçário do mar, tem sofrido agressões
ambientais com a poluição e contaminação por dejetos domésticos e
industriais. As fazendas de carcinicultura (criação de camarão), também
contribuem na destruição dos mangues. Em conseqüência, afeta a qualidade
da água, o fluxo das marés e a biodiversidade.
As restingas foram prejudicadas pelo avanço urbano e a vegetação natural
ficou reduzida a pequenos fragmentos. Muitas vezes, é fragmentada pela
formação de trilhas e utilizada como depósito de lixo e estacionamento para
banhistas.
Diante da degradação ambiental, a Educação Ambiental deve ser vista como
um processo imprescindível. É preciso mudanças na forma de agir e pensar,
utilizando a sensibilização, percepção e reflexão, para que possamos garantir a
vida.
3.0 A ÁGUA
Por que a ÁGUA é um bem precioso e esgotável?
A água é o elemento fundamental para a vida do planeta. Utilizada no uso
doméstico, na irrigação, nas indústrias, nas práticas de esportes, no transporte,
na produção de energia elétrica, entre outros, apresenta sua importância na
dinâmica do planeta.
A maior parte da superfície da Terra é coberta por água, porém apenas uma
pequena parte é considerada água boa para o consumo. As águas dos
oceanos correspondem a 97,4% das águas do planeta e 1,8% das águas estão
nas calotas polares. Portanto, apenas 0,8% da água do planeta podemos ser
consumidas.
Quase 80% de toda a água potável do mundo, localizam-se no Brasil em suas
redes hidrográficas e em seus depósitos subterrâneos (aqüífero Guarani e
Amazonas). Apesar dessa fartura de água, em muitas situações ela sofre a
ação antrópica, condicionando um estágio de poluição e contaminação, e em
outras situações é escassa ou , ainda, é desperdiçada.
O homem sempre explorou os recursos naturais em seu benefício, provocando
alterações em busca de conforto e acúmulo de riquezas. Como conseqüências
do desenvolvimento, ocorreram a poluição, o desmatamento, erosão,
assoreamento dos rios e morte das nascentes. Isto provocou alteração na vida
dos seres aquáticos, além da diminuição da disponibilidade de água potável
para o consumo da população.
Projeções da ONU para o ano 2025, mostram que dois terços dos habitantes
do planeta terão algum tipo de dificuldade para conseguir água com
regularidade.
Em muitos países do Oriente Médio e no norte da África já sofrem com
escassez de água, devido ao crescimento da população e diminuição dos
reservatórios de recursos hídricos. Este fato também, tem ocorrido em parte do
Nordeste brasileiro, que devido a falta de água, ocorrem comprometimentos na
produção agrícola, gerando conseqüências sociais e afetando a qualidade de
vida da população.
É preciso orientar para evitar desperdício e diminuir o consumo de água, pois a
nossa vida depende da água e a existência da água depende de nossas
atitudes.
4.0- O MEIO AMBIENTE E SAÚDE
Como o Desenvolvimento Sustentável influencia na saúde ambiental?
O meio ambiente constitui um promotor da saúde quando não apresentam
agentes patogênicos ou contaminantes, não gerando situações de violência
para proporcionar vida saudável com qualidade.
Segundo Leff (p.311) “A degradação ambiental está diretamente associada à
deterioração das condições sociais, nas quais se produzem e propagam novas
epidemias e doenças da pobreza, como, por exemplo, o cólera, que estavam
praticamente erradicadas”. É preciso oferecer as condições mínimas de
nutrição e saúde para que todos tenham uma vida sadia e produtiva.
A saúde da população tem uma relação direta com o tipo de desenvolvimento
econômico do país e como esse desenvolvimento impõe sobre o meio
ambiente, também considerado como saúde ambiental.
Um modelo de desenvolvimento sustentável é o que pode sustentar a longo
prazo do ponto de vista econômico social e ambiental. Para esse modelo de
desenvolvimento, a conservação do meio ambiente não é o único objetivo, mas
sim, a utilização de um sistema de exploração que provoque uma degradação
mínima ou a diminuição da exploração dos recursos naturais para que possa
ser utilizado pelas gerações futuras.
A Agenda 21 é o documento que constitui a base para a discussão e aplicação
de desenvolvimento sustentável. Antes de defender a postura de
sustentabilidade, a sociedade considerava que a deterioração do ambiente era
o preço do desenvolvimento. Hoje, o desenvolvimento sustentável é auxiliado
pela educação ambiental que contribui na formação de uma consciência em
relação às mudanças de atitudes no âmbito econômico e cultural.
Nosso desafio como professor é possibilitar aos alunos, novas interpretações
da realidade buscando informações científicas, contextualizando-as com as
experiências cotidianas e provocando nova visão de mundo com
responsabilidade e compromisso com a vida.
II- ATIVIDADES DIDÁTICAS:
1- ATIVIDADES INVESTIGATIVAS DO CONHECIMENTO PRÉVIO DO
ALUNO
Atribuir sentido e construir os significados implicados em determinado conteúdo
escolar é base para o sucesso no processo educativo. Neste sentido, o resgate
dos conhecimentos que o aluno já possui, ou seja, seus conhecimentos
prévios, contribuem para que ele possa estabelecer relações com o conteúdo a
ser trabalhado, possibilitando uma construção significativa, funcional e estável.
Promoverá, ainda, a identificação de conhecimentos contraditórios ou que
tenham “idéias prévias, total ou parcialmente errôneas” (MIRAS, 1996, p.68).
Assim, além de provocar o interesse do aluno, este procedimento servirá para
rever os objetivos a serem alcançados, bem como, reorganizar as estratégias
didáticas, corrigindo conforme a necessidade revelada.
Atividade 1
Duração: 2 aulas
Objetivo:Obter conhecimento prévio dos alunos sobre o tema Educação
Ambiental, para adequação das atividades docentes e atingir os objetivos
pretendidos.
Será feita através de questionário
a. O que você entende natureza e meio ambiente?
b. Você acha importante preservar a natureza? Por quê?
c. Os cientistas têm constatado que a Terra está ficando mais quente. Para
você quais as causas e as conseqüências desse fenômeno?
d. Você considera importante trabalhar as questões ambientais com os
alunos? Justifique sua resposta.
e. Como pretende trabalhar as questões ambientais com seus alunos?
Observação:
As respostas serão registradas para análise e reestruturação do planejamento
da ação docente no processo educativo, além de ser considerada como uma
avaliação diagnóstica das concepções dos participantes.
2.ATIVIDADES ESPECÍFICAS
As atividades seguem a Teoria Histórico Cultural, em que o conhecimento é
construído a partir do seu contato com a realidade e interação pessoal
(OLIVEIRA, 2001).
Essas correspondem ao desenvolvimento de conteúdos concretos a serem
trabalhados na temática da Educação Ambiental. Compreendem temas
como:”Os Biomas Brasileiros e Biodiversidade”, “Alterações Ambientais”,
“Produção de Resíduos”, “Saúde Ambiental”, “Desenvolvimento Sustentável”,
“Água” e “Carta da Terra”. Cada atividade apresenta objetivo, tempo de
duração para a realização da mesma; material necessário; interdisciplinaridade,
relacionando as disciplinas vinculadas ao assunto; encaminhamento de ações
para a realização da atividade e discussão temática para avaliação da
apropriação do conhecimento. Acompanham, ainda, em algumas atividades,
sugestões de pesquisas, entrevistas e tarefas.
Atividade 1: Os biomas brasileiros e biodiversidade
Objetivo: Sensibilizar o aluno para uma ação responsável, visando à
preservação da biodiversidade
Duração: 3 aulas
Material: Caderno, lápis preto, borracha, caneta.
Interdisciplinaridade: Biologia, Geografia, História, Matemática e Língua
Portuguesa.
Encaminhamento:
Pesquisar sobre os biomas brasileiros citando sua características, utilizando
recursos como livros didáticos e paradidáticos, revistas, jornais, Internet e
outras fontes.
1. Responda:
a) Em qual bioma está inserida a cidade onde você mora?
b) Cite as espécies nativas de animais e vegetais encontradas neste bioma.
c) Por que muitas espécies nativas não estão mais presentes no bioma em
que se localiza a sua cidade e região?
d) Você acha preocupante o registro do desaparecimento de espécies dos
seus ecossistemas naturais? Justifique.
e) O que pode ser feito para preservação da biodiversidade da região onde
você mora?
f) Por que devemos preservar os ambientes naturais?
2. Produza um texto que retrate o seu sentimento quanto às ameaças
sofridas pelos ecossistemas brasileiros?
Atividade 2 - Alterações Ambientais
Objetivo: Conhecer as transformações ocorridas no meio ambiente e suas
consequências.
Duração: 3 aulas
Material:fotos antigas e atuais, gravuras, cola branca, papel, revistas, tesoura,
caneta, pincel atômico.
Interdisciplinaridade: Biologia, História, Geografia, Artes e Língua Portuguesa.
Encaminhamento:
Pesquisar o número de população da cidade onde você mora, na época
correspondente à 50 anos atrás e fazer comparação com a população atual.
Coletar imagens do mesmo local que possam representar a transformação
(passado e presente) de paisagem, dos costumes, dos trajes das pessoas, da
arquitetura, do trânsito, da agricultura e outros. Sugere-se imagens de casas,
de ruas, dos bairros, das florestas, dos rios, de prédios, meios de locomoção,
dos animais, da produção agrícola, no comércio, entre outros.
Observar e analisar as mudanças identificadas;
Desenvolver uma discussão em relação ao tema da atividade, realizando uma
análise detalhada das imagens e provocando uma reflexão quanto à
preservação da biodiversidade.
Discussão temática:
a.Como viviam as pessoas na década de 60? (tipos de moradia, o comércio, a
produção agrícola, sistema de coleta e distribuição de água na zona urbana e
zona rural, o comércio, vestimentas utilizadas, lazer )
a. O que mudou? Esta mudança foi positiva ou negativa em relação a
qualidade de vida da população?
b. O que cada um pode fazer para melhorar a qualidade de vida?
c. Como profissional de ensino, qual é a importância de desenvolver esse tema
para a formação integral de seus alunos?
d.Sugira uma estratégia de ensino sobre o tema para que possa desenvolver
esta reflexão com seus alunos.
Atividade 2B – Alterações Ambientais
Objetivo:
Relacionar conceitos científicos com situação problema e de contextualização.
Duração: 2 aulas
Interdisciplinaridade: Biologia, História, Geografia e Língua Portuguesa
Encaminhamento
Inicialmente, elabora-se um roteiro para entrevista, juntamente com os alunos.
Cada aluno entrevistará três moradores antigos do bairro onde mora, que
vivenciaram as transformações ambientais sofridas na cidade.
As entrevistas serão analisadas e avaliadas, destacando as impressões dos
entrevistados.
Os resultados serão apresentados na sala de aula para os demais colegas.
Sugestão de Roteiro da Entrevista
Nome (facultativo):______________________________________
idade:_____
Bairro onde mora;____________ cidade_____________________
Você gosta de morar aqui?__________
Quais eram as dificuldades encontradas quando você veio morar neste local?
As pessoas tinham vida mais saudável?
_____________________________________________________________
Que alterações ambientais ocorreram desde a sua chegada?
_______________________________________________________________
O que sugere para diminuir os problemas ambientais da comunidade em que
você mora?
Na sala de aula devem ser discutidas as diferenças entre o conhecimento
científico e a opinião das pessoas. O conhecimento científico é comprovado
através de resultados de pesquisas, enquanto o conhecimento de senso
comum representa a opinião das pessoas dependendo do seu convívio social.
Discussão Temática:
No Brasil atual, para suprir a demanda da produção agrícola, utiliza como
estratégia a ampliação das fronteiras agrícolas. Assim, extensas áreas de
florestas são devastadas para dar lugar às pastagens e ao plantio agrícola.
Além do meio ambiente cada vez mais degradado, as condições de vida do
homem do campo pouco melhoraram. Estabeleça, assim, um paralelo entre
as condições de vida quando ocorre a preocupação com a preservação da
biodiversidade em relação com a devastação da floresta para a
monocultura.
Atividade 3
Produção de resíduos
Objetivo: Compreender as conseqüências ambientais e humanas da produção
de resíduos.
Duração: 5 aulas
Material: lápis, caneta, papel, computador, internet, livros,revistas, jornais.
Interdisciplinaridade: Biologia, Matemática, História, Língua Portuguesa, Artes,
Educação Física, Química, Física e Geografia.
Encaminhamento:
Pesquisar em jornais, revistas, livros, Internet sobre a produção do lixo na sua
localidade ou região.
Buscar informações em órgãos competentes sobre a quantidade de lixo
produzido na cidade.
Produzir um texto e/ou montar mural.
Discussão Temática:
a.Quais são as conseqüências da produção do lixo para o desequilíbrio
ambiental?
b. Por que nas últimas décadas a produção de lixo vem aumentando em níveis
local, nacional e mundial?
c.Como é o gerenciamento de resíduos sólidos no seu município?
d.Como uma cooperativa de reciclagem de resíduos sólidos atua na destinação
correta destes materiais? No seu município há tais cooperativas? Que
benefícios podem ocasionar à população?
e. Estabeleça uma relação entre a destinação inadequada de resíduo e a
qualidade de vida da população?
f. O que dizem as leis quanto às competências e responsabilidades dos órgãos
públicos quanto à coleta e gerenciamento de resíduos sólidos? Que ações
desses órgãos estão sendo colocados em prática?
g.Que medidas você sugere para que diminua a quantidade de resíduo
produzido?
Atividade 4 - Saúde Ambiental
Objetivo: Reconhecer que a falta de cuidados com o meio ambiente podem
contribuir para a disseminação de muitas doenças.
Duração: 5 aulas
Material: caderno, lápis e caneta, computador com internet, revistas, livros,
jornais e outras fontes.
Interdisciplinaridade: Biologia, Matemática, Língua Portuguesa e Geografia
Encaminhamento:
Considere os dados relacionados, de acordo com Comissão de Saúde e Meio
Ambiente da Organização Mundial da Saúde, 1993 apud Meinardi; Chion,
1998):
- Quatro milhões de recém nascidos ou crianças morrem a cada ano por
diarréia, principalmente como conseqüência da contaminação da água ou do
alimento;
- Mais de um milhão de pessoas morrem de malária a cada ano e há mais de
267 milhões de infectados;
- Centenas de milhões de pessoas ficam debilitadas em conseqüência de
enfermidades parasitárias;
- Mais de cem milhões de pessoas sofrem de enfermidades do sistema
respiratório ocasionados por agentes biológicos e químicos presentes no ar;
- Mais de cem milhões de pessoas são expostas a riscos desnecessários de
agentes químicos em seus locais de trabalho ou em ambiente em geral.
Discussão Temática:
a. Após pesquisa de notícias sobre os casos de dengue e da gripe A1N1 que
ocorrem na cidade, apresentando dados estatísticos, solicitar a elaboração de
cartazes, estabelecendo relação entre a falta de cuidados com o meio
ambiente e o número de doentes e fortalecendo a importância da prevenção
das referidas doenças.
c. Pesquisar as doenças mais freqüentes na cidade ocasionadas pelo
descuido ambiental. Caracterizá-la, citando o agente causador, as formas de
contágio, os sintomas, o tratamento e a prevenção. Os dados serão
socializados com a sala.
d. Elaborar uma carta ou folder à população para alertar e informar sobre os
cuidados a serem tomados para evitar a dengue e a gripe A1N1.
e. Provocar uma discussão quanto às causas de doenças, correlacionando a
falta de saneamento básico com a falta de conscientização da população sobre
cuidados ambientais.
Atividade 5
Desenvolvimento Sustentável
Objetivo: Compreender o homem como agente social que pode adquirir postura
preservacionista, focando a sustentabilidade.
Duração: 4 aulas
Material: jornais, revistas, papel, cola branca, pincel atômico.
Interdisciplinaridade: Biologia, Geografia, História, Química, Matemática e
Língua Portuguesa.
Encaminhamento:
Buscar no jornal ou em revista uma notícia sobre a exploração irracional de um
recurso natural que impede o desenvolvimento sustentável. Sugere-se notícias
sobre desmatamento para exploração da madeira, garimpos, exploração de
minérios, pesca predatória, biopirataria, manejo do solo e outros.
Discussão Temática:
a. De que se trata a notícia?
b. Por que é considerada uma exploração irracional? Quem são os agentes
responsáveis?
c. Quais as conseqüências ecológicas dessa exploração?
d. A atividade pode afetar a saúde das pessoas e demais seres vivos?
Como?
e. Quais seriam as conseqüências sociais e econômicas, caso tal atividade
seja desativada?
f. Que sugestão você daria para garantir o desenvolvimento sustentável na
exploração da reportagem?
Atividade 6
Água
Objetivo: Sensibilizar o aluno para uma ação responsável em relação à
utilização da água
Duração: 5 aulas
Interdisciplinaridade: Biologia, Geografia,História, Matemática e Língua
Portuguesa
Encaminhamento:
Solicitar as três últimas contas de água da sua casa e verificar o volume de
água consumida pela família, comparando o consumo desse período. Verificar
se houve aumento ou diminuição de consumo.
Localizar num mapa os principais rios da cidade, identificando aquele que a
abastece. Pesquisar sobre o fornecimento de água e o tratamento de esgoto de
sua cidade.
Discussão Temática:
a.No futuro, a água será o recurso natural mais disputado entre muitos países.
No Brasil, apesar da abundância hídrica, há motivos para preocupação?
b.Pesquise como é a política nacional para conservação da água no país.
c.Que medidas podem ser tomadas para evitar o desperdício de água potável
nas casas e na escola?
d.Faça uma produção de texto sobre o tema: “A nossa vida depende da água”
Atividade 7: Carta da Terra
Objetivo:Conhecer a Carta da Terra como base de proteção à natureza.
Duração: 4 aulas
Interdisciplinaridade: Biologia, Geografia, História e Língua Portuguesa
Encaminhamento:
Pesquisar na Internet o texto “A Carta da Terra”.
Discussão Temática:
a.Consultar a Carta da Terra, citar e justificar os pontos que você considera
mais relevantes no documento.
b. Elaborar normas para serem desenvolvidas na escola que assegure a
proteção do meio ambiente.
Retomando as atividades prévias
A atividade inicial, em que resgatava os conhecimentos prévios do aluno, será
retomada, com a finalidade de avaliar a evolução do conceito científico
elaborado pelos alunos. Conforme o resultado obtido, novas ações são
sugeridas para a construção significativa do conhecimento.
Apresentação dos resultados à comunidade
Uma apresentação sobre os trabalhos realizados com alunos participantes será
mostrado à comunidade escolar os resultados obtidos.
3. REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.795 , de 27 de abril de 1999. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br >. Acesso em:10 jun.2010.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia
Legal. Projeto BRA 93/036. Desertificação: caracterização e impactos.
Brasília: MMA, 1998.
BRASIL. Lei nº . Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível
em;< http://www. lei. adv. br/ 225-88. htm >. Acesso em: 20 abr. 2010.
DIAS, G.F. Educação ambiental : princípios e prática. 3.ed. São Paulo: Gaia,
1994.
FERRI, M. G. Vegetação Brasileira . Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo:
Universidade de São Paulo, 1980.
HELENE, M.M.E.; MARCONDES, B. Evolução e Biodiversidade : o que nós
temos com isso? São Paulo: Scipione, 2005.
LEFF, E; Saber Ambiental : sustentabilidade, racionalidade, complexidade,
poder. 7.ed. Petrópolis; Vozes, 2009.
MEINARDI, E.; CHION, A.R. Teoria y práctica de la educación ambiental .
Buenos Aires: Aique , 1998.
MIRAS, M. Um ponto de partida para a aprendizagem de novos conteúdos:os
conhecimentos prévios. In: COLL, C.; MARTÍN, E.; MIRAS, M.; ONRUBIA, J.;
SOLÉ, I.; ZABALA, A. O construtivismo na sala de aula. 6.ed. São Paulo:
Ática, 1996. p.57-77.
OLIVEIRA, M.K. de. Vygostsky: aprendizado e desenvolvimento um processo
sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de
ciências para o ensino fundamental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
WRI; UICN; PNUMA (Orgs.) A estratégia global da biodiversidade: guia para
aqueles que tomam decisões. Curitiba: O Boticário, 1992.