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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
Reciclagem de Resíduos sólidos
SEED – SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO
ESTADO DO PARANÁ
PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE
CASCAVEL
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO ELABORADO
PELA PROFESSORA PDE 2009/2010
MARISTELA APARECIDA SARTORI.
RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Imagens - Maristela Aparecida Sartori
Desenhos - Ariadne Dayane de Assis
CADERNO TEMÁTICO
Este material é apresentado através de uma Cartilha, onde consta de textos explicativos e informativos, histórias em quadrinhos relacionadas ao assunto abordado no material, curiosidades e ima-gens.
A cartilha produzida, tem como objetivo abordar o assunto em questão, Reciclagem de Resíduos Sólidos, pois, vejo a necessidade constante de desenvolver este trabalho educacional, que envolve es-clarecimentos a todos os alunos - e às suas famílias indiretamente e comunidade escolar- sobre os objetivos sociais, econômicos e ambien-tais da reciclagem, ampliando o nível de conscientização de toda a soci-edade.
Como os estabelecimentos de ensino são tradicionalmente gran-des consumidores de materiais recicláveis como o papel e o papelão, daí a necessidade de se realizar este trabalho com ciência.
Atividades relacionadas com a Educação Ambiental, podem e devem ser feitas em qualquer ambiente e com qualquer faixa etária, sendo assim, vemos que no ambiente escolar, a separação entre as disciplinas, perde o sentido, uma vez que o que se busca é o conheci-mento integrado para a solução dos problemas ambientais, que diz res-peito a todos.
O aumento da população e do poder aquisitivo, a desenfreada industrialização, e os hábitos de consumo estão desencadeando a ge-ração de grandes quantidades de resíduos, onde em pouco mais de 20 anos a mudança nos padrões de consumo fez com que o lixo aumen-tasse de 0,5 kg/dia por pessoa, para uma média de 1,25 kg/dia.
Diante disso, o que podemos fazer para tornar menos agravan-te o problema de nosso planeta? Temos que tomar providências logo com nossas atitudes diárias.
Existem pessoas que pensam que “só o meu lixo não vai agravar o problema ambiental”, ou “posso desperdiçar, pois, sou eu quem pa-go”, infelizmente esse tipo de pensamento é incompatível com o au-mento desenfreado da população mundial produzindo resíduos diaria-mente.
Para que o problema do nosso planeta não se agrave ainda mais, devemos pensar globalmente e agir individualmente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEMA– Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. DESPERDÍCIO ZERO Gerenciamento Integrado de resíduos - Governo do Estado do Paraná, 2008. Agenda 21: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.Brasília, Senado Federal,
3ª ed., 2000a.
BIDONE, F.R.A., POVINELLI, J.; Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos – São Carlos:EESC / USP, 1999.
Calderoni, Sabetai; Os Bilhões Perdidos no Lixo. 4ª ed. São Paulo: Humanistas / FFLCH/USP, 2003.
IPT/ CEMPRE, Lixo Municipal – MANUAL DE GERENCIAMENTO INTEGRADO. 1ª Ed. São Paulo: Instituto de
Pesquisas Tecnológicas, 1995.
LOUREIRO, C.F.B.; CASTRO, R.S. de; LAYRARGUES, P.P. ( orgs.) Educação Ambiental : repensando o es-
paço da cidadania. 3 ed. – São Paulo: Cortez, 2005.
PINTO, Mario da Silva; A Coleta e Disposição do Lixo no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio
Vargas, 1979.
RODRIGUES, Francisco Luiz; CAVINATTO, Vilma Maria. Lixo: De onde vem? Para onde vai? - São Paulo:
Moderna, 1997 – (Coleção Desafios)
STRAUCH, Manuel, ALBUQUERQUE, P.P. (orgs.) Resíduos: como lidar com recursos naturais – São Leopol-
do: Oikos, 2008.
TORRES, Patrícia Lupion, orgs.; Alguns Fios para Entretecer o Pensar e o Agir – Curitiba: SENAR-PR, 2007.
www.lixo.com.br/content/view/134/241/
WWW.abividro.com.br
www.brasil.gov.br/consumo-consciente
http://www.suapesquisa.com/reciclagem/reciclagem_de_papel.htm
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=residuos/index.php3&conteudo=./residuos/reciclar.html
http://www.recicloteca.org.br/vidro.asp?Ancora=5
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/reciclar-vidro-3.php http://www.cempre.org.br/fichas_tecnicas.php?lnk=ft_vidro.php
www.riocaminhadas.com.br/...lixoereciclagem.htm-
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reciclagem_de_alum%C3%ADnio
www.cempre.org.br
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=3233&bd=1&pg=1&lg=
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/-reciclarisopor.php
Fig.02 Coleta Seletiva
A professora comen-
tou hoje, que se cada
um fizer a sua parte
de separar os resí-
duos em suas casas,
no trabalho, na rua...
...assim poderei
ter um planeta
saudável no
futuro...
...os resíduos sólidos que são
produzidos em nosso país, são
responsáveis pelo sustento de
milhões de pessoas que fa-
zem a coleta diária pelas ru-
as ...
... os aterros sanitá-
rios terão vida mais
longa,as indústrias
economizarão água e
energia, não terá po-
luição nos rios, não
acontecerão enchen-
tes e inundações nas
casas...
... evita-se a retirada de
matéria prima da nature-
za, como árvores, miné-
rio, petróleo, areia e
muito mais...
...e quem sabe se o poder pú-
blico, incentivar a coleta seleti-
va, as famílias que separam os
resíduos, um dia poderão até,
ser isentas das taxas de lixo,
que por sinal são bem caras.!!!!
Na escola... Em casa...
Você observou quanto lixo você já produziu hoje?
Desde que acordamos, estamos produzindo lixo: no
café da manhã, com a caixa ou o pacote plástico do
leite e do pão, o coador de papel utilizado para coar
o café, as cascas de frutas, etc. E na escola, a emba-
lagem do lanche, o papel utilizado na escola pelos
alunos, professores e funcionários.
Tudo isso faz com que
aumente cada vez mais
a quantidade de resí-
duos que vão se deposi-
tando no ambiente. Por
isso a necessidade da
redução de consumo,
do reaproveitamento e
da reciclagem.
O que torna necessária a reciclagem dos
resíduos é a situação de emergência , vivida pelos
habitantes de todo o planeta. Tudo o que é produzi-
do diariamente, em todos os países, hora ou outra
acabará tendo um único destino: o lixo, a menos
que todos tomem consciência da necessidade da
redução do consumo e da importância da separa-
ção dos resíduos e da coleta seletiva, como mostra
a foto ao lado.
No contexto de sociedade em que vivemos,
onde o homem supre suas necessidades pela explo-
ração de recursos naturais, é difícil educar nossas
crianças e jovens com princípios de cidadania e
respeito ao meio ambiente.
A conscientização de que a reciclagem pro-
porciona grandes ganhos econômicos certamente
contribui para acelerar o processo. A experiência
de outros países, servem de exemplo para o Brasil,
uma vez que os índices alcançados aqui, são infe-
riores aos já atingidos por outros países. O único
resíduo que tem um dos maiores índices de reci-
clagem no Brasil é a lata de alumínio, este, dando
sinal de que os demais recicláveis poderão atingir
um índice bem mais elevado, alcançando o índice
de outros países.
Fig.01 Resíduos do-
mésticos
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Você já fez a sua parte separando os materiais recicláveis
na sua casa hoje?...Sim? Viu como é um ato simples, mas
grandioso para o nosso planeta?
Diariamente as pessoas produzem cada vez
mais produtos descartáveis, fazendo com que o planeta
fique cada vez mais “cheio de lixo”, e acabando com os
recursos naturais, causando erosão, desertificação,
escassez de água, petróleo e de árvores.
Dos resíduos coletados,76% são lançados a céu
aberto, o restante vão para os aterros sanitários, usinas de
compostagem e incineradores, e uma parcela muito
pequena é recuperada para reciclagem.
O lixo depositado a céu aberto, os chamados lixões, além de proliferar
vetores de doenças ainda provoca mau cheiro, e principalmente, contamina o
solo e as águas subterrâneas e superficiais, causando impactos ambientais, já
que a penetração das águas das chuvas contamina os lençóis freáticos.
Para que isso não aconteça, podemos desde hoje, praticar em nossa
casa, na escola, na comunidade onde vivemos três ações muito simples e sem
custo algum, que se chama: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR.
REDUZIR - É evitar a produção de lixo. De que forma? Pensando bem an-
tes de comprar alguma coisa. Consumir de forma planejada e não descartan-
do material que ainda pode ser utilizado.
RECICLAR - É O termo usado para designar o reaproveitamento de materi-
ais que podem ser reutilizados como matéria prima para um novo produto.
Muitos tipos de materiais podem ser reciclados como por exemplo: o VI-
DRO, O PLÁSTICO, O METAL e o PAPEL/PAPELÃO. O papel pode estar
rasgado, a lata amassada ou o vidro quebrado, ao final, tudo vai ser dissolvi-
do e preparado para compor novos materiais.
REUTILIZAR- Reutilizar é prolongar a vida útil dos produtos. Há diversas
utilidades para materiais que poderiam virar lixo. Um pote plástico ou as
garrafas PET, por exemplo, podem servir para acondicionar alimentos ou
para fazer arte.Antes de jogar algo fora, é importante refletir se pode ser
conservado ou consertado. Ou, ainda, se alguém pode aproveitar o que é
considerado como "lixo".
A partir do ano de 2004, iniciou-se pesquisas e estudos sobre a produção de
plásticos biodegradáveis, onde, poliésteres alifáticos ( substâncias altamente biode-
gradáveis), são adicionadas ao plástico comum. Em um experimento com um destes
poliésteres, o PTS poli (sebacato de trimetileno), observou-se o incrível fenômeno
da decomposição do plástico. Conforme a porcentagem de poliéster acrescentado
ao plástico é o seu tempo de decomposição, quanto mais poliéster mais rápido o
plástico se decompõe.
Anualmente, no Brasil, fabrica-se por volta de 374 mil toneladas de embala-
gens e garrafas plásticas do tipo PET, e apenas 47% desse número é reciclado. Gran-
de quantidade ainda fica no ambiente, indo para os lixões, aterros sanitários, lagos,
rios e no solo onde leva mais de um século para desaparecer.
Outro material muito encontrado no ambiente é o isopor, um material deri-
vado do plástico, chamado de poliestireno expandido, sigla inter-
nacional EPS.A média de reciclagem do isopor é muito baixa,
pois, ele não é reconhecido como plástico e é deixado de lado
pelos coletores, devido à sua leveza, ao espaço que ele ocupa
por ser expandido e ao preço ser muito baixo. Porém, o isopor,
ao ser deixado no ambiente, causa sérios problemas, como en-
tupimento de bueiro, poluição dos rios, e nos
aterros sanitários, ele funciona como um iso-
lante, não permitindo a decomposição dos com-
postos orgânicos e a saída dos gases resultan-
tes da decomposição.
Porém, hoje, graças a estudos e pes-
quisas, o isopor é totalmente reciclável,
sendo utilizado para vários fins, desde re-
vestimento como isolante térmico e acústi-
co, na construção civil, para fazer réguas escolares, etc.
MATERIAL RECICLADO PRESERVAÇÃO
1.000 kg de plástico extração de milhares de litros de petróleo
1.000 kg de vidro extração de 1.300 kg de areia
1.000 kg de metal extração de 5.000 kg de minério
1.000 kg de papel o corte de 20 árvores
fonte: www.riocaminhadas.com.br/...lixoereciclagem.htm- acesso em: 03/11/2009
Fig. 03 Lixão
Fig.22 Isopor
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Fig.23 Isopor
Fig. 04Resíduos domésticos
Tudo aquilo que para nós, não
tem mais utilidade aparente: res-
tos de comida, cascas de frutas,
embalagens de qualquer nature-
za e material, vidro quebrado,
isopor, madeira, tecidos, metal,
plásticos, papel, etc.
A produção anual de lixo no Brasil, gera em
torno de 100 mil toneladas/dia. Sendo que atu-
almente cada brasileiro gera em média 1,25kg/
dia de resíduos.O que podemos fazer para dimi-
nuir esse número? Pense nisso!!!!!
DICAS ÚTEIS PARA UM CONSUMO CONSCIENTE E
UMA BOA QUALI DADE DE VIDA
- Evite sacolas plásticas para o transporte de mercadori-
as, se não for possível, utilize o máximo de sua capaci-
dade;
- Ao comprar alimentos, prefira os frescos e não os embalados;
- Dê preferência às bebidas com embalagem retornável como o vidro e não des-
cartável, pois, este engorda ainda mais os lixões se não for reciclado;
- Ao comprar produtos, prefira os resistentes e que tenham recargas ou refis, como
os cartuchos de impressão, baterias e pilhas recarregáveis.
- Dê valor ao papel reciclado, pois, a utilidade é a mesma
do papel branco;
- Não aceite folhetos de propaganda, se estes não lhes
forem úteis;
- Utilize os dois lados do papel, revise com cuidado um
documento antes de imprimi-lo; não destaque folhas
de caderno, pois, assim estará colaborando com o meio
ambiente, evitando a derrubada de árvores e a produção
de resíduos, já que para produzir 1 kg de papel são ne-
cessários 540 litros de água.
Mas afinal, o que é
considerado como lixo?
Fig.20 Embalagens de plástico
O plástico é um material fabricado a
partir de resinas sintéticas derivadas do petróleo,
porém, é um material que apresenta diferenças
na sua composição química, o que torna mais di-
fícil sua reciclagem, pois, o processo não permi-
te a mistura de 2 ou mais tipos diferentes de ma-
teriais. Por isso, as fábricas imprimem símbolos
nas embalagens recicláveis. De acordo com sua
composição, encontramos letras e números dife-
rentes, que auxiliam na identificação, no momen-
to da separação dos objetos descartados.
É gerado principalmente em residências e
estabelecimentos comerciais constituído de sacos,
potes, filmes, frascos, garrafas, etc.
IDENTIFICAÇÃO DOS PLÁSTICOS
TIPO DE PLÁSTICO Nº
- PET...........Polietileno Tereftalato ............... .1
- PEAD...... Polietileno de Alta Densidade......2
- PVC...........Clereto de Polivinila......................3
- PEBD.........Polietileno de Baixa Densidade... .4
- PP..............Polipropileno............... ..................5
- PS...............Poliestireno................................ . .6
Fig.21 Embalagens
de plástico
Este material ocupa de 15 a 20% do volu-
me de lixo. Quando compactado, um caminhão que
transporta 12 toneladas de lixo comum, transportará
6 a 7 toneladas de plástico, e quando não compacta-
do, poderá transportar apenas 2 toneladas. Assim
sua redução de consumo ou sua separação do lixo
comum, são objetivos que devem ser alcançados
com todo o empenho.
Fig.06 Plantação
de Pinus
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Fig.05 Produtos com emba-
lagens descartáveis
TIPOS DE RESÍDUOS
A produção de resíduos vem aumentando
assustadoramente em todo o planeta. Para que haja uma
melhor qualidade de vida atual e condições ambientais
favoráveis à vida das futuras gerações, é necessário que o
consumidor adquira consciência ambientalista.
Se separarmos o lixo
produzido em nossas residên-
cias ( reciclável dos restos de
alimentos) facilitamos o seu
reaproveitamento pelas indús-
trias, assim evitamos também
a poluição.
A reciclagem de resíduos tem um papel
fundamental para o meio ambiente, pois, evita a re-
tirada da matéria prima da natureza,onde os recur-
sos não renováveis estão se esgotando, economiza
água e energia, alivia os aterros sanitários cuja sua
vida útil aumenta, reaproveitando os materiais reciclá-
veis que são separados na coleta seletiva de lixo.
A coleta seletiva recolhe os materiais recicláveis: papel, vidro, plásti-
co, metal e papelão, que poderão ser reutilizados ou reciclados. Esta atividade
desenvolve um processo de educação ambiental, onde a comunidade se sensi-
biliza sobre os problemas enfrentados com o desperdício dos recursos natu-
rais e a poluição causada pelo lixo.
Azul Papel/ papelão/ embalagens longa vida
Vermelho Plástico
Verde Vidro
Amarelo Metal
Laranja Resíduos perigosos
Branco Resíduos de serviço de saúde
Roxo Resíduos radiativos
Marrom Resíduos orgânicos
Preto Madeira
F ig .18 Emba lagem
plástica
Devido a tantas características como transparên-
cia, resistência, flexibilidade, impermeabilidade, leveza,
reciclabilidade e reutilização, o plástico é hoje muito
usado em várias aplicações, sendo um dos produtos
mais utilizados na área das embalagens.
A partir dos anos 70, começou a ser sintetizado
em larga escala, onde é empregado com sucesso na
construção civil, na indústria de aparelhos elétricos e
eletrônicos, de automóveis, de brinquedos e de utensí-
lios domésticos.
Fig. 19 Filme plástico
No campo da saúde, devido ao uso de materiais
descartáveis à base de plástico, como seringas e fras-
cos de remédios, obteve-se grandes avanços na pre-
venção de doenças. Infelizmente, o plástico nos apre-
senta um grande problema hoje na sua disposição fi-
nal, pois, pela sua natureza química , caracteriza-se por
apresentar grande resistência à biodegradação.
Ao ser depositado em lixões, geram problemas
provenientes da queima indevida e sem controle produ-
zindo gases tóxicos. Quando depositados em aterros,
dificultam sua compactação e prejudicam a decomposi-
ção dos materiais biodegradáveis, pois, formam cama-
das impermeáveis.
PLÁSTICO
Fig.07 Resíduos
recicláveis
Fig.08 Coleta Seletiva
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
você observou que podemos separar os resíduos de acordo com suas
cores, quando houver cestos coletores para os diferentes resíduos. Porém,
na sua casa, se não houver estes cestos, você poderá apenas separá-los em:
reciclável
RECICLÁVEL E NÃO RECICLÁVEL
fonte: www.riocaminhadas.com.br/...lixoereciclagem.htm- acesso em: 03/11/2009
MATERIAL TEMPO
jornal 2 a 6 semanas
Embalagem de papel 1 a 4 meses
Chicletes 5 anos
Sacos e copos plásticos 200 a 450 anos
Latas de alumínio 100 a 500 anos
Pilhas 100 a 500 anos
Garrafas e frascos de vidro/plástico indeterminado
Pedaços de madeira pintada 13 anos
Fralda descartável 6 meses a 1 ano
Tampinha de garrafa 150 anos
Bituca 2 anos
Pneu 600 anos
Pano 6 meses a 1 ano
Quanto tempo a natureza leva para reintegrar os
produtos abaixo?
1 2
3 4
5 6
Olá amigo! Que bom que você está comigo de
novo! Sei que você é
uma criança que cuida bem do material!
Hã-
Do lugar de onde
vim,muitas folhas ainda
estavam em branco, pois,
foram retiradas dos cader-
nos, simplesmente para
brincar, ou por ter sido
errado uma única letra!
Para eu ser descarta-
do, gosto de ser
totalmente usado dos
meus 2 lados!!
Sei que muitos cole-
gas não tiveram a
mesma sorte que eu e
foram parar nos li-
xões, onde nunca mais
sairão de lá.
Estou com uma cor
diferente mas posso
ser utilizado nova-
mente para qualquer
coisa: para fazer ca-
dernos, apostilas,
livros, revistas, agen-
das e muito mais.
Posso ser recicla-
do inúmeras
vezes, assim evita
-se o corte de
muitas árvores e
também econo-
miza-se muita
energia e água.
Já sei de tudo
isso, por isso
não destaco
suas folhas e
cuido bem de
você!
6
- Ok, filho! Já está na
mão, sacola e o litro
de vidro para o refri-
gerante.
- Litro de vidro,
mãe?
- Sim, filho o
vidro é reutilizá-
vel..!
Mamãe, vamos comprar alimentos sem a bandeja
de isopor, pois aprendi
na escola que o isopor é de difícil reciclagem!!
Quantas embalagens
recicláveis encontramos
num supermercado!!!!!
Esta compra não caberá em nossa sacola!!
O que não couber, colocare-mos em caixa de papelão, o
agente ecológico que passa lá
em casa, recolhe para reci-clagem.
... mãe, lem-bre-se de pegar a sacola para ir ao mercado.
É verdade filho, se as pessoas
tiverem consciên-
cia, tudo isso pode ser reciclado de
alguma forma!!!
Observe a importância de economizar e reciclar papel:
► 1000 kg de papel reciclado equivale a 20 árvores poupadas
► 1000 kg de papel reciclado equivale a economia de 2000 l de água
► 1000 kg de papel não reciclado equivale a um gasto de 100 000 l de água.
Fig.17 Pinus
O papel reciclado, ao contrário do que se pen-
sa, tem várias utilidades e não é apenas de uma única
cor, ele pode ser colorido e ter muitas aplicações co-
mo na confecção de caixas de papelão, sacolas, ban-
deja para frutas, embalagens para ovos, cadernos,
livros, papel para impressão, agendas, papel higiêni-
co, envelopes, material para escritório, entre outros.
Ei , já que não temos bola,
vamos arrancar folhas do
caderno e fazer uma?...
Não, por favor, não me
tire daqui, ainda sou
muito útil para você,
veja, minhas folhas estão branquinhas!!
Amiguinho, cuide do seu material, não arranque folhas
em branco, ele poderá ser
reciclado depois de ser escri-to... No final do ano!!
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
É um material obtido pela fusão de compostos
inorgânicos a altas temperaturas, e resfriamento do material até um estado
rígido. Seus principais componentes são: areia, barrilha, calcário e feldspato. À
essa mistura é comum adicionar-se cacos de vidro produzidos dentro da própria
fábrica ou reciclado, procedimento que reduz muito o custo de produção, pois,
cada 10% de caco de vidro na mistura, economiza-se 4% da energia necessária
para a fusão nos fornos industriais e a redução de 9,5% no consumo de água.
O vidro é 100% reciclável, não ocorrendo perda de material durante o
processo de fusão, independente do número de vezes que o caco de vidro vai ao
forno para ser reciclado. Para cada tonelada de caco de vidro limpo, uma tonela-
da de vidro novo é feita. Ainda 1,2 tonelada de matéria prima deixa de ser gasta.
O vidro reciclado, além de voltar à produção de embalagens, sua sucata
ainda pode ser aplicada na composição de asfalto e pavimentação de estradas,
construção de sistemas de drenagem contra enchentes, produção de espuma e
fibra de vidro, bijuterias e tintas reflexivas.
O estado como se encontra o caco de vidro, é muito importante para a
indústria, pois, se o caco estiver misturado com tampas, rótulos ou resíduos,
acabará produzindo novos vidros com qualidade inferior e com defeitos, tam-
bém podendo danificar os equipamentos ( fornos).
COMPOSIÇÃO DO VIDRO
% Mistura sem caco % Mistura com 50% de caco - Barrilha 19% - Barrilha 7% - Calcário 17% - Calcário 6 % - Feldspato 6% - Feldspato 3% - Areia 58% - Areia 36% - - Caco 50%
Com o uso do computador acreditava-se que
a utilização do papel diminuiria, mas isso não ocor-
reu, e o consumo das últimas 2 décadas foi recor-
de, por isso a reciclagem do papel ganhou grandes
destaques.
A reciclagem do papel é de extrema impor-
tância tanto quanto sua fabricação. Como sabe-
mos, o papel é produzido através da celulose de
determinados tipos de árvores que mesmo com po-
líticas de reflorestamento, esta matéria-prima já
está escassa. Quando reci-
clamos o papel ou compra-
mos papel reciclado esta-
mos contribuindo com o
meio ambiente, pois árvores
deixaram de ser cortadas. Não podemos esquecer
também, que a reciclagem de papel gera renda para
milhares de pessoas no Brasil que atuam principal-
mente em cooperativas de catadores e recicladores
de papel..
Veja abaixo alguns tipos de papéis que poderão ser reciclados:
As embalagens cartonadas, são formadas por 75% de papel, 20% de
polietileno de baixa densidade e 5% de alumínio. Em 2001, foi reciclada a-
penas 15% deste tipo de embalagem.
Cada tonelada reciclada desta embalagem, produz, aproximadamente
680kg de papel Kraft, evitando-se o corte de mais ou menos 21 árvores.
Após o uso, estas embalagens devem ser compactadas para diminuir
o volume e lavadas, pois os restos de alimentos ali contidos se decompõem
causando maus odores.
RECICLÁVEIS NÃO RECICLÁVEIS
Papelão
Jornal
Revistas
Impressos
Fotocópias
Rascunhos
Envelopes
Papel de faz
Papéis: sanitários, plastificados, metaliza-
dos, parafinados, carbono e vegetal;
Copos de papel
Fotografias
Fitas adesivas
Fig.15 Cadernos usados
Fig.16 Papel
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
VIDRO De onde vem todo esse
material????
Esta palavra surgiu do termo grego Papyrus , nome cientifico da planta
conhecida popularmente por junco.
Na fabricação do papel e papelão são necessários
três ingredientes básicos: água, energia e fibras de celulo-
se. Estas, obtidas a partir da madeira, principalmente eu-
calipto, de papéis velhos e até trapos de roupa.
No Brasil, consome-se anualmente cerca de 4,5
milhões de toneladas de papel e papelão e desse número,
aproximadamente a terça parte é constituída de resíduos
reciclados coletados pelos agentes ecológicos e por a-
paras de indústrias.
O processo da reciclagem, além de economizar
energia, matéria-prima e água, ainda não utiliza substân-
cias químicas, como ocorre em casos onde emprega-se
apenas fibras novas de celulose, pois, quanto mais
branco for o papel, maior a quantidade de alvejantes -
como cloro - utilizados na sua fabricação. Quanto mais
pigmento tem um papel, mais difícil se torna reciclá-lo e produzir dele um pa-
pel branco.
Na verdade, o melhor seria que mudássemos alguns dos
nossos hábitos.
Qual a necessidade de usarmos um papel tão branco para um simples
rascunho, ou caderno de anotações, ou ainda embalagens tão sofisticadas, colo-
ridas e às vezes até com pigmentos tóxicos, ou mesmo várias embalagens para
um mesmo produto, sendo que de uma forma ou outra, tudo acaba indo para o
ambiente, seja para reciclagem ou não. O papelão e o papel podem ser reapro-
veitados várias vezes, porém, a cada reutilização, o material perde a qualidade,
tendo que acrescentar novas fibras de celulose.
A lata de alumínio e o vidro não possuem limites tecnológicos para
o uso de recicláveis, sendo, portanto, possível obter a mesma qualidade do
produto, após sucessivas reciclagens.
A reciclagem do vidro trás muitas vantagens, dentre elas a redução
do consumo de matérias-primas extraídas da natureza como o calcário, a
areia que além de desmatar o local a ser explorado, acelera a erosão e o
desgaste do solo e ainda deixa buracos por todo o terreno no processo de
escavação, a barrilha (fonte de óxido de sódio), utilizada para dissolver a
alumina, entre outros. O reaproveitamento de 100% dos cacos de vidro,
diminui custos de limpeza pública e aumenta a vida útil dos aterros sanitá-
rios; reduz também o tempo de fusão na fabricação do vidro, reduzindo
também significativamente o consumo energético de produção.
Para ser reciclado o vidro é lavado e posteriormente triturado para
facilitar sua fundição. Nada é desperdiçado nesse processo. A quantidade
de cacos moídos gera exatamente a mesma quantidade em quilos de vidros
novos.
Em países como a Dinamarca, onde a área do país é pequena e on-
de quase não existem terrenos disponíveis para construção de aterros sani-
tários ou muito menos para lixões o retorno e a reciclagem do vidro atinge
quase 100%. Também o alto custo de fabricação de novos vidros obriga
que se seja incentivada a reciclagem e o reaproveitamento.
Os vidros que não são reciclados até o momento são os espelhos,
cristal, ampolas de medicamentos, vidros de automóveis, lâmpadas, tubos
de televisão e qualquer vidro temperado como: travessas, Box de banheiro,
vidro de janelas etc.
ÍNDICE DE RECICLAGEM DE
VIDRO NO BRASIL
2001 42%
2002 44%
2003 45%
Fonte: http://www.recicloteca.org.br acesso: 06/05/2010
PAPEL
Fig.09 Recipiente de vidro
Fig.14 Fardo de pa-
pel e papelão
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
METAL METAL
O metal de acordo com sua composição é classificado em dois
grandes grupos: os ferrosos e os não ferrosos. Os ferrosos são compostos
basicamente por ferro e aço, que se deixados no tempo, enferrujam e se de-
compõem, voltando ao seu estado natural (óxido de ferro). O aço ao ser
fundido a uma temperatura de 1350ºC poderá ser reciclado
infinitas vezes. Os não ferrosos são: alumínio, o cobre e
suas ligas (latão e bronze), chumbo, níquel e zinco. P ra t i -
camente todos os tipos de latas existentes no mercado po-
dem ser recicladas, o alumínio é o primeiro nome lembrado
quando o assunto é reciclagem. Ele pode ser reciclado infini-
tas vezes, sem perder suas características no processo de rea-
proveitamento. Este reaproveitamento pode ser tanto a partir
de sucatas de produtos de vida útil
esgotada, como de sobras do processo
produtivo. Utensílios do-
mésticos, latas de bebidas, es-
quadrias de janelas, componen-
tes automotivos, entre outros, podem ser fundidos e
empregados novamente na fabricação de novos produ-
tos.
A reciclagem do alumínio apre-
senta muitas vantagens: economiza
recursos naturais (minério), dimi-
nui as áreas degradadas pela extração dos mesmos, eco-
nomia de energia elétrica, pois, no processo, consome-
se apenas 5% da energia necessária para produção do
alumínio primário, diminui a poluição, aumenta a vida
útil do destino final destes resíduos (aterro sanitário) e-
conomia de água além de oferecer ganhos sociais
e econômicos. A reciclagem é uma realidade e a
expectativa é de crescimento constante dessa ativi-
dade, uma vez que cada vez mais produtos são fabricados com alumínio.
1 2
3 4
5 6
Olá Teco! Sabe o
que vou ganhar
de presente?
Não, o
que?
Um celular
novo!
E o que você
vai fazer com o
velho?
Sei lá, vai
acabar indo
para o lixo.
Para o lixo? Você
sabe quanto resíduo
útil a humanidade
lança no ambiente
diariamente?
E o problema da bateria, você sabe
que é muito sério !!!E tem mais,
você não precisa de dois celulares
para acordar pela manhã , um já é
o suficiente!
Puxa, quanta coisa! Mas aquele
celular!!!!
Ei! não se esqueça,
que agora você faz
parte da nossa tur-
ma do “Só o ne-
cessário”!!!!!
É verdade, não havia pen-
sado em tudo isso. temos
que começar por em práti-
ca nosso lema!!!
Ok, amigo!!!
Sempre há tem-
po de come-
çar!!!!!
Fig.10 lata de
alimento
Fig.11 Lataria de carro
Fig.12 Fogão
doméstico
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora
Essa tendência é irreversível na área de embalagens, destacando as
latas para bebidas gaseificadas e para novas aplicações, como para acondi-
cionamento de alimentos diversos.
Na década de 90, o índice de reciclagem de alumínio no Brasil,
cresceu de forma acelerada, sendo que em 1991 este índice girava em tor-
no de 37% e em 1999 subiu para 73%.. Sabendo-se que cada tonelada de
alumínio reciclado, economiza-se 5 toneladas de bauxita. Pelo seu valor de
mercado, que gira em torno de US$500 a US$700 a tonelada, a sucata de alu-
mínio permite a geração de renda para milhares de famílias brasileiras envol-
vidas da coleta à transformação final.
Por isso a reciclagem ganha um espaço ainda maior, reforçando a sustentabilidade.
Para resistir à ferrugem, as latas que acondicionam alimentos, são re-
vestidas por uma camada de estanho e cromo, que no mercado é conhecida
como folha de flandres. Estas detém 12% do mercado de embalagens. Os
produtos comestíveis como óleo de cozinha e derivados do leite, consomem
41% do consumo de latas de aço.
A reciclagem dos metais é de grande viabilidade, pois, elimina as eta-
pas de mineração e redução do minério a metal , o transporte desse minério e
as instalações para produção em grande escala, reduzindo-se, então à coleta,
fusão e conformação.
É interessante saber, que a sucata pode, sem maiores problemas, ser
reciclada mesmo estando enferrujada. Para identificar e separar a sucata fer-
rosa, utiliza-se eletroímãs, pelas suas propriedades magnéticas, sendo possí-
vel retirar boa parte do metal ferroso do lixo.
De cada 100 latas de alumínio, 85 são recicladas.
AINDA DEIXAMOS 15 NO AMBIENTE.
Para se obter um bom material para reciclagem, as latas devem estar o
mais limpas possíveis e não misture as embalagens metálicas com material
não reciclável.
Com o inicio da produção das latas de alumínio- embalagens mais
leves e resistentes- sentiu-se a necessidade da substituição das tradicionais
embalagens de bebidas gaseificadas, como cerveja e refrigerantes por estas ,
pois, cada lata pesa apenas 14,5g e uma chapa de 1m x 1,72m de largura, pro-
duz-se 99 latinhas.
QUE TIPO DE METAIS PODEM SER RECICLADOS?
Latas de aço (óleo, sardinha, molhos) , alumínio
( cerveja, refrigerante); tampas de metal; fios de metal;
panelas; arames; pregos; parafusos; janelas; portas; por-
tões; tubos de pastas; chapas; objetos e fios de cobre;
ferramentas; canos de metal; tampas de garrafa; papel
alumínio.
No ano de 2005, o Brasil reciclou 96,2% das la-
tas que iriam para o lixo, isto equivale a 127,6 mil tone-
ladas ( número expressivo graças ao 1 milhão de pesso-
as catando sucatas pelas ruas do Brasil). Isto forma uma
cultura de combate ao desperdício , incentivando o há-
bito do reaproveitamento e reciclagem, tendo um com-
portamento renovável em relação ao meio ambiente
e formando cidadãos que se interessam por melhorar
a qualidade de vida do nosso planeta.
Sou uma lata de alu-
mínio, minha matéria
prima é a bauxita!!
Sou uma lata de tinta,
minha matéria prima é o
ferro e o aço.
Conservo alimento, sou
feita de aço e para não
enferrujar sou revestida
de estanho e cromo.
Fig.13 lata de
alumínio
Imagem: arquivo pessoal
da pesquisadora