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IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
RELATÓRIO IPT NO 90635 - 205
MINUTA
Relatório Um da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Pardo (UGRHI 04)
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo – CBH-PARDO Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO
Novembro 2006
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Este Relatório é composto por um volume
Volume 1
Relatório Técnico no 80.401-205
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas SUMÁRIO
pág.
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................1 1.1 OBJETIVOS............................................................................................................................ 2
2 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS ......................................................................2 2.1 CONTATOS E LEVANTAMENTOS DE DADOS REALIZADOS ......................................................... 3 2.2 VISITAS ÀS PREFEITURAS ...................................................................................................... 4 2.3 REUNIÕES COM INSTÂNCIAS DO CBH-SMT ............................................................................ 4
3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UGRHI ...................................................................5 3.1 ASPECTOS GERAIS................................................................................................................ 5 3.2 LOCALIZAÇÃO DA UGRHI, ACESSOS E LIMITES ...................................................................... 6 3.3 ÁREA TOTAL DA UGRHI E SUB-BACIAS .................................................................................. 7
3.3.1 Área da UGRHI..................................................................................................7 3.3.2 Sub-bacias.........................................................................................................8
3.3.2.1 Sub-Bacias compostas por tributários diretos do rio Tietê (1, 2 e 5) ................. 9 3.3.3 Sub-Bacias do rio Sorocaba (3, 4 e 6).............................................................12
3.4 MUNICÍPIOS QUE COMPÕEM A UGRHI ................................................................................. 13 3.4.1 Municípios com sede em outra UGRHI ...........................................................14
3.5 MUNICÍPIOS E REGIÕES ADMINISTRATIVAS ........................................................................... 15 3.6 MUNICÍPIOS E REGIÕES DE GOVERNO.................................................................................. 16 3.7 MATERIAL CARTOGRÁFICO UTILIZADO.................................................................................. 18
4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA..................................................................................... 19 4.1 GEOLOGIA........................................................................................................................... 19
4.1.1 Considerações sobre as fontes de dados........................................................20 4.1.2 Pré-Cambriano ................................................................................................20
4.1.2.1 Complexo Amparo/Itapira ................................................................................ 21 4.1.2.2 Grupo São Roque ............................................................................................ 22 4.1.2.3 Suítes Graníticas Intrusivas ............................................................................. 22 4.1.2.3.1 Suíte Granítica Sin a Tardi-Tectônica............................................................ 22 4.1.2.3.2 Suíte Granítica Pós-Tectônica ....................................................................... 23
4.1.3 Bacia do Paraná ..............................................................................................23 4.1.3.1 Considerações de ordem tectônica ................................................................. 24 4.1.3.2 Grupo Tubarão................................................................................................. 24 4.1.3.2.1 Subgrupo Itararé ............................................................................................ 24 4.1.3.2.2 Formação Tatuí.............................................................................................. 26 4.1.3.3 Grupo Passa Dois............................................................................................ 26 4.1.3.3.1 Subgrupo Irati ................................................................................................ 26 4.1.3.3.2 Formação Serra Alta...................................................................................... 27 4.1.3.3.3 Formação Teresina........................................................................................ 27 4.1.3.3.4 Formação Corumbataí ................................................................................... 28 4.1.3.4 Grupo São Bento ............................................................................................. 28 4.1.3.4.1 Formação Pirambóia...................................................................................... 29 4.1.3.4.2 Formação Botucatu........................................................................................ 30 4.1.3.4.3 Formação Serra Geral ................................................................................... 30
4.1.4 Bacia Bauru .....................................................................................................31 4.1.4.1 Grupo Bauru .................................................................................................... 32
Relatório Técnico no 80.401-205
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4.1.4.1.1 Formação Adamantina (Vale do Rio do Peixe).............................................. 32 4.1.4.1.2 Formação Marília ........................................................................................... 33
4.1.5 Intrusivas Alcalinas ..........................................................................................34 4.1.6 Formação Itaqueri............................................................................................34 4.1.7 Depósitos quaternários....................................................................................35
4.2 GEOMORFOLOGIA................................................................................................................ 35 4.2.1 Planalto Atlântico .............................................................................................36
4.2.1.1 Serrania de São Roque ................................................................................... 36 4.2.1.2 Planalto de Ibiúna ............................................................................................ 37 4.2.1.3 Depressão Periférica ....................................................................................... 38 4.2.1.4 Zona do Médio Tietê ........................................................................................ 39 4.2.1.5 Relevo Cuestiforme ......................................................................................... 40 4.2.1.5.1 Cuestas Basálticas ........................................................................................ 41
4.3 PEDOLOGIA......................................................................................................................... 43 4.3.1 Argissolos Vermelho-Amarelos........................................................................43
4.3.1.1 Significado agronômico.................................................................................... 46 4.3.2 Latossolos Vermelho-Amarelos .......................................................................47
4.3.2.1 Significado agronômico.................................................................................... 49 4.3.3 Latossolos Vermelhos .....................................................................................49
4.3.3.1 Significado agronômico.................................................................................... 50 4.3.4 Latossolos Amarelos .......................................................................................51
4.3.4.1 Significado agronômico.................................................................................... 51 4.3.5 Nitossolos vermelhos.......................................................................................51
4.3.5.1 Significado agronômico.................................................................................... 52 4.3.6 Neossolos........................................................................................................52
4.3.6.1 Significado Agronômico ................................................................................... 54 4.3.7 Planossolos Háplicos.......................................................................................55
4.3.7.1 Significado Agronômico ................................................................................... 55 4.3.8 Cambissolos ....................................................................................................56
4.3.8.1 Significado Agronômico ................................................................................... 57 4.4 HIDROMETEOROLOGIA......................................................................................................... 57
4.4.1 O Clima no Estado de São Paulo ....................................................................59 4.4.2 O clima no contexto da Bacia do Médio Tietê/Sorocaba .................................61
5 CARACTERIZAÇÃO DA BIODIVERSIDADE............................................................ 69 5.1 COBERTURA VEGETAL ......................................................................................................... 69
5.1.1 Função da Cobertura Vegetal..........................................................................95 5.1.2 Legislação Ambiental Específica .....................................................................97
5.2 FAUNA ASSOCIADA............................................................................................................ 100 5.3 BIODIVERSIDADE E O MANEJO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS ............................................... 114
6 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ........................................................................ 123 6.1 HISTÓRICO DO DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 123 6.2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS............................................................................................... 128
6.2.1 Taxa Geométrica de Crescimento Anual .......................................................133 6.2.2 População Urbana e Rural ............................................................................134 6.2.3 Projeções Demográficas................................................................................139 6.2.4 Distribuição da População por Sub-Bacia .....................................................143
6.3 DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ....................................................................................... 150 6.3.1 Setor Primário................................................................................................153
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6.3.1.1 Lavoura Temporária....................................................................................... 153 6.3.1.2 Lavoura Permanente ..................................................................................... 154 6.3.1.3 Horticultura..................................................................................................... 156 6.3.1.4 Exploração Florestal ...................................................................................... 159 6.3.1.5 Pecuária......................................................................................................... 159
6.3.2 Setor Secundário ...........................................................................................162 6.3.3 Setor Terciário ...............................................................................................168 6.3.4 Consolidação dos Setores da Economia .......................................................174
6.4 RESULTADOS ECONÔMICOS............................................................................................... 178 6.4.1 Valor Adicionado............................................................................................178 6.4.2 Salários Mensais Nominais ...........................................................................181
6.5 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO .............................................................................................. 183 6.6 POLÍTICA URBANA ............................................................................................................. 183
7 SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS .............................................................. 187 7.1 DISPONIBILIDADE HÍDRICA ................................................................................................. 187
7.1.1 Recursos Hídricos Superficiais ......................................................................187 7.1.1.1 Conceitos Gerais: Hidrologia e Ciclo Hidrológico .......................................... 187 7.1.1.2 Dados da Rede Pluviométrica e Pluviográfica............................................... 188 7.1.1.3 Precipitações Médias Mensais e Históricas................................................... 200 7.1.1.4 Postos Fluviométricos.................................................................................... 207 7.1.1.5 Disponibilidade Hídrica Superficial na Bacia ................................................. 217
7.1.2 Recursos Hídricos Subterrâneos ...................................................................221 7.1.2.1 Aqüífero Fraturado......................................................................................... 223 7.1.2.2 Aqüífero Tubarão ........................................................................................... 225 7.1.2.3 Sistema Aqüífero Guarani.............................................................................. 226 7.1.2.4 Aqüífero Serra Geral...................................................................................... 228 7.1.2.5 Aquiclude Passa Dois .................................................................................... 229 7.1.2.6 Aqüífero Bauru............................................................................................... 230
7.1.3 Oferta de Água Subterrânea..........................................................................231 7.2 USOS DOS RECURSOS HÍDRICOS ....................................................................................... 232
7.2.1 Demandas Gerais..........................................................................................232 7.2.2 Demanda de Água para a Irrigação...............................................................238
7.2.2.1 Vazão Teórica................................................................................................ 242 7.3 BALANÇO DISPONIBILIDADES VERSUS DEMANDAS .............................................................. 260 7.4 FONTES DE POLUIÇÃO....................................................................................................... 262
7.4.1 Fontes Pontuais ou Fixas ..............................................................................262 7.4.1.1 Cargas Poluidoras de Origem Doméstica...................................................... 263 7.4.1.2 Cargas Poluidoras de Origem Industrial ........................................................ 267 7.4.1.3 Disposição de Resíduos Sólidos ................................................................... 273 7.4.1.4 Resíduos Sólidos Domésticos ....................................................................... 274 7.4.1.5 Resíduos Sólidos de Serviços De Saúde ...................................................... 287 7.4.1.6 Disposição de Resíduos Sólidos Industriais .................................................. 288 7.4.1.7 Áreas Contaminadas ..................................................................................... 292 7.4.1.8 Outras Fontes de Contaminação ................................................................... 307
7.4.2 Fontes Difusas...............................................................................................307 7.4.2.1 Saneamento In Situ ....................................................................................... 307 7.4.2.2 Atividades Agrícolas ...................................................................................... 308
7.5 QUALIDADE DAS ÁGUAS..................................................................................................... 310 7.5.1 Águas Superficiais .........................................................................................310
7.5.1.1 Atual Classificação dos Corpos D’água......................................................... 310
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7.5.1.2 Variáveis de Qualidade das Águas................................................................ 316 7.5.1.3 Índices de Qualidade das Águas ................................................................... 318 7.5.1.3.1 Índice de Qualidade das Águas ..................................................................... 320 7.5.1.3.2 Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas ....................................... 321
7.5.2 Águas Subterrâneas ......................................................................................351 7.6 PERFIL SANITÁRIO DOS RIOS TIETÊ E SOROCABA............................................................... 354
8 SANEAMENTO AMBIENTAL.................................................................................. 360 8.1 QUADRO ATUAL DO SANEAMENTO BÁSICO NA UGRHI........................................................ 360 8.2 LEVANTAMENTO DE DOENÇAS RELACIONADAS A DEFICIÊNCIAS SANITÁRIAS E OUTROS
ASPECTOS AMBIENTAIS ..................................................................................................... 369 8.2.1 Grupo de Doenças Considerado ...................................................................370 8.2.2 Número total de internações na área da UGRHI ...........................................371
8.2.2.1 Internações pelas doenças do Grupo I .......................................................... 371 8.2.2.2 Internações pela doença do Grupo III............................................................ 374 8.2.2.3 Internações pela doença do Grupo IV ........................................................... 374
8.2.3 Óbitos na área da UGRHI, decorrentes de doenças relacionadas aos grupos analisados .....................................................................................................375
8.2.4 Gastos efetuados com internações nos municípios da UGRHI .....................377
9 ÁREAS PROTEGIDAS ............................................................................................ 379 9.1 DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO .................................................................. 383
9.1.1 Área de Proteção Ambiental – APA...............................................................383 9.1.2 Áreas Naturais Tombadas .............................................................................387 9.1.3 Estação Ecológica .........................................................................................389 9.1.4 Reserva Particular do Patrimônio Nacional ...................................................390 9.1.5 Floresta Nacional e Floresta Estadual ...........................................................391 9.1.6 Parque Estadual ............................................................................................392 9.1.7 Reserva Estadual ..........................................................................................393 9.1.8 Monumento Natural .......................................................................................393 9.1.9 Refúgio da Vida Silvestre ..............................................................................394 9.1.10 Área de Relevante Interesse Ecológico.........................................................394 9.1.11 Estâncias .......................................................................................................394 9.1.12 Reserva da Biosfera ......................................................................................395 9.1.13 Outras Áreas Protegidas ...............................................................................398
9.2 ÁREAS ESPECIALMENTE PROTEGIDAS - ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA LEGAL...............................................................................................................................398
9.2.1 Legislação Incidente ......................................................................................399 9.2.2 APPs na UGRHI 10 .......................................................................................403 9.2.3 Reserva Legal na UGRHI ..............................................................................406
10 ÁREAS DEGRADADAS .......................................................................................... 408 10.1 EROSÃO E ASSOREAMENTO ................................................................................... 408
10.1.1 Conceitos.......................................................................................................408 10.1.2 Distribuição dos processos erosivos e áreas suscetíveis à erosão ...............412
10.1.2.1 Processos erosivos nos municípios com sede e área total na Bacia..412 10.1.2.2 Processos erosivos nos municípios com sede e área parcial na Bacia 414
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10.1.2.3 Processos erosivos nos municípios com sede em bacias limítrofes e parte da área na UGRHI-10 .............................................................................. 415 10.1.2.4 Processos erosivos nas sub-bacias.................................................... 416
10.2 MINERAÇÃO .......................................................................................................... 417 10.2.1 Considerações sobre as fontes de dados......................................................417 10.2.2 Análise dos dados obtidos.............................................................................418 10.2.3 Prováveis impactos nos recursos hídricos decorrentes da mineração ..........429
10.2.3.1 Método utilizado.................................................................................. 430 10.2.3.2 Alterações em processos do meio físico e impactos associados........ 431 10.2.3.2.1 Escoamento das Águas em Superfície.............................................431 10.2.3.2.2 Erosão pela Água.............................................................................431 10.2.3.2.3 Deposição de Sedimentos ou Partículas..........................................432
11 SÍNTESE DOS RESULTADOS OBTIDOS E RECOMENDAÇÕES......................... 433 11.1 MEIO FÍSICO .........................................................................................................434
11.1.1 Arcabouço Geológico ....................................................................................434 11.1.2 Geomorfologia ...............................................................................................435 11.1.3 Cobertura Pedológica ....................................................................................436 11.1.4 Clima 437
11.2 BIODIVERSIDADE ...................................................................................................439 11.3 SOCIOECONOMIA...................................................................................................445 11.4 SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS E DE SANEAMENTO AMBIENTAL........................446
11.4.1 Disponibilidades e Demandas .......................................................................446 11.4.2 Qualidade das Águas e Saneamento ............................................................457
11.5 PROCESSOS EROSIVOS .........................................................................................469 11.6 MINERAÇÃO ..........................................................................................................472
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 474 EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................... 475 UNIDADE DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS – UGP/CBH-SMT...........................477 GRUPO QUE PARTICIPOU DE DISCUSSÕES DURANTE A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO ....................................................................................................................479 AGRADECIMENTOS.......................................................................................................483REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................484
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 1
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
RELATÓRIO IPT NO 90635 - 205
MINUTA
Natureza
do Trabalho
Relatório Um da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Pardo (UGRHI 04) – Minuta do Relatório Final
Interessado Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo - CBH-PARDO Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO
1. INTRODUÇÃO
Este Documento Técnico foi consubstanciado sob a coordenação e
responsabilidade da equipe do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação
Geoambiental – LabGeo, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas –
CETAE do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT.
A equipe executora do trabalho é constituída, também, por técnicos associados
da CPTI – Cooperativa de Serviços, Pesquisas Tecnológicas e Industriais, que atuam
na área de gerenciamento de recursos hídricos superficiais e subterrâneos, assim
como de socioeconomia. O envolvimento da CPTI estende-se também aos diversos
outros tópicos do Termo de Referência, a partir da idealização de modelos, elaboração
e discussão de resultados. Os trabalhos de campo, que compreenderam visitas a
todas as prefeituras municipais e a órgãos estaduais, bem como os contatos efetuados
com entidades da sociedade civil, tiveram participação preponderante de Cooperados
da CPTI que residem e atuam na região de interesse.
Os trabalhos desenvolvidos e cujos resultados estão aqui descritos buscaram
atender ao disposto no Termo de Referência apresentado pelo IPT ao CBH-PARDO,
com data de 26 de janeiro de 2004, o qual foi posteriormente modificado e ajustado em
31 de maio de 2004, por solicitação do Agente Técnico efetuada na correspondência
CARTA/BGR/PGR/408/04 e, também, a partir de discussões com a Câmara Técnica
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 2
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos (CT-PGRH) do Comitê. O
empreendimento em pauta foi priorizado por meio da Deliberação CBH-PARDO No
001/2004, de 12 de março de 2004, e constitui objeto do Contrato
FEHIDRO/Banespa/IPT NO 235/2004.
Os trabalhos de elaboração do Relatório Um estão sendo acompanhados, pelo
CBH-PARDO, por intermédio de sua Câmara Técnica de Planejamento e
Gerenciamento dos Recursos Hídricos (CT-PGRH), também, pelo agente técnico
FEHIDRO, representado por técnicos do DAEE da Bacia do Pardo Grande, sediada
em Ribeirão Preto, SP.
Ressalta-se a contribuição de várias entidades, órgãos, instituições, pesquisadores e
técnicos, bem como de membros da comunidade técnica, científica e da sociedade regional
que atuam em recursos hídricos e áreas conexas da Bacia, cuja participação foi articulada
pelo Comitê. Essa interação se deu principalmente por meio da realização de reuniões ou
pela troca de correspondências técnicas, resultando em sugestões de variados tipos, as
quais estão sendo incorporadas ao conteúdo do relatório.
Nesse sentido, destaca-se a colaboração proporcionada pela Secretaria Executiva do
CBH-PARDO, a cargo do DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica, por meio da
Diretoria da Bacia do Pardo Grande que, além da contribuição freqüente dos seus técnicos e
com dados e informações do seu acervo, possibilitou a disponibilidade de espaço físico e
infra-estrutura de apoio aos trabalhos da equipe na região do estudo.
1.1 OBJETIVOS
De acordo com as políticas públicas de recursos hídricos e documentos que às
orientam e regulamentam, o Relatório de Situação se constitui em instrumento que tem
como objetivo principal avaliar periodicamente a evolução qualitativa e quantitativa dos
recursos hídricos de uma bacia ou unidades de gerenciamento, notadamente por meio
da análise da implementação de ações estabelecidas nos planos de bacia, ou mesmo,
de outros instrumentos setoriais, para implementação em curto médio e longo prazos.
Dessa forma, o relatório de situação objetiva atender, atende, ao mesmo tempo,
as necessidades de cunho regional no âmbito de uma Bacia, ou das sub-bacias que a
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 3
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compõe, subsidiando a melhoria da estruturação é a implementação do planejamento
do gerenciamento multibacias estaduais ou interestaduais.
A elaboração do Relatório de Situação possibilita o CBH a fortalecer a busca ao
atendimento do princípio básico norteador preponderante da Política Estadual de
Recursos Hídricos no que concerne à área da UGRHI do Pardo, ou seja, “...que a
água, recurso natural essencial à vida, ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar
social, possa ser controlada e utilizada, em padrões de qualidade satisfatórios, por
seus usuários atuais e pelas gerações futuras...”.
O atendimento de Situação resultou por envolver, também, os seguintes
objetivos específicos:
a) Atualização de dados e informações em relação àqueles contidos no Relatório
Zero (IPT , 2000) e no Plano de Bacia (IPT e CPTI, 2003);
b) Difusão dos resultados do Relatório Zero (IPT, op. cit.), e do plano de Bacia (CPTI e
IPT, op. cit) contribuindo para o entendimento e conscientização dos vários atores e
setores envolvidos com o Comitê, assim como da sociedade da região em geral, no
que diz respeito ao conhecimento acerca da situação dos recursos hídricos da
UGRHI, perspectivas futuras e sobre os fundamentos, a lógica e as responsabilidades
de cada um para o adequado gerenciamento integrado, no mais completo possível
significado do termo;
c) Fomentação da idéia de estabelecimento do planejamento compartilhado entre o
Comitê, seus membros, sociedades locais e equipes técnicas (locais ou não), calcando-
se os objetivos no campo dos recursos hídricos e para que se tenha crescente melhoria
na sua qualidade, quantidade e balanço oferta versus demanda e;
d) Conscientização dos detentores de dados e informações de interesse público ao
gerenciamento integrado de recursos hídricos, instituições, entidades, empresas e
organismos diversos, para a efetivação de disponibilização e inserção dos mesmos na
consecução dos instrumentos de planejamento, particularmente para o relatório um de
situação, mas também, para a próxima revisão do Plano de Bacia da UGRHI 04.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 4
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2. MÉTODO DE TRABALHO ADOTADO
Os trabalhos foram desenvolvidos baseando-se no Termo de Referência
apresentado ao CBH-PARDO, com data de 31 de maio de 2004, o qual, por sua vez,
procurou seguir o conteúdo de documento preparado pelo Grupo Técnico do CORHI -
Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos que foi objeto de
discussões realizadas em julho e agosto de 2001 com os Comitês de Bacia do Estado
de São Paulo.
O conteúdo deste Relatório Um procura atender, portanto, ao escopo e à forma
de abordagem indicados naquela proposta metodológica. Algumas modificações foram
efetuadas com o intuito de efetivar os ajustes necessários à realidade da execução do
trabalho e às especificidades da UGRHI.
A concepção e estruturação da estratégia geral de abordagem foram o ponto de
partida da elaboração deste Relatório, levando-se em conta todos os pressupostos
discutidos e adotados no SIGRH, cujo documento básico de referência é aquele
proposto pelo Corhi, conforme citado anteriormente.
É importante ressaltar, entretanto, que a presente Minuta do Relatório Um
contém essencialmente os aspectos relativos à atualização do diagnóstico da situação
dos recursos hídricos da UGRHI, e, embora já inclua uma série de análise de dados e
avaliações, deverão ocorrer discussões com o CBH-PARDO, para a identificação de
subsíodios e complementações necessárias a ser implementadas na elaboração do
texto final.
Ressalta-se, também, que estão sendo elaborados vários mapas temáticos que
comporão a versão final do Relatório Um de Situação do Rio Pardo.
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Em conformidade com a abordagem preconizada, as atividades foram
desenvolvidas nos termos descritos nos subitens que se seguem.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 5
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3.1 Elaboração, Discussão e Consolidação da Proposta de
Abordagem do Relatório Um
A definição da proposta de abordagem, compreendendo o método de execução e
formas de acompanhamento da elaboração do Relatório Um, ocorreu a partir da
realização de reuniões entre técnicos do IPT e da CPTI com membros do CBH-Pardo.
Os trabalhos iniciaram-se com a elaboração de proposta do Questionário Municipal
– Relatório Um, envolvendo questões referentes a dados gerais, socioeconômica,
resíduos sólidos, meio físico, agricultura irrigada, abastecimento público e tratamento de
esgoto dos municípios da Bacia do Rio Pardo.
Posteriormente, foram realizadas três reuniões com a Câmara Técnica de
Planejamento que podem ser resumidas da forma como a seguir descrita.
A primeira reunião ocorreu em 18 de fevereiro de 2005 e contou com a participação
de 23 pessoas, sendo 10 do segmento Estado, 07 das Prefeituras Municipais e 04 da
Sociedade Civil, além de 02 técnicos do IPT. Nessa oportunidade foi analisado e discutido
detalhadamente o Termo de Referência, tendo sido esclarecidas várias dúvidas e
estabelecidas algumas modificações para incorporação pelo IPT.
A segunda reunião ocorreu em 18 de março de 2005 e contou com a participação de
28 pessoas, sendo 09 do segmento Estado, 11 das Prefeituras Municipais e 06 da Sociedade
Civil, além de 02 técnicos do IPT. Nessa oportunidade foi analisado e discutido
detalhadamente questionário a ser enviado para as Prefeituras Municipais e para entidades
do Segmento Sociedade Civil, tendo sido esclarecidas várias dúvidas e estabelecidas
algumas modificações para posterior incorporação pelo IPT.
A terceira reunião foi organizada pela CT – PGRH e ocorreu em 13 de maio de
2005, mas tinha o objetivo básico de levantar organizações vinculadas ao Segmento
Estado, as quais deveriam ser visitadas pela equipe executora e pesquisadas acerca
de dados de interesse ao Relatório Um. Esse encontro contou com a participação de
13 pessoas representantes do Segmento, além de 01 técnico do IPT. Nessa
oportunidade foram elencadas 28 organizações vinculadas a 15 Secretarias de Estado
a ser visitada.
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3.2 Participação no Seminário Pardo 21: Contribuições para os Planos
Diretores Municipais
No dia 02 de dezembro de 2005 o CBH-PARDO e o Grupo Técnico Pardo 21 do
Comitê organizaram o Evento intitulado “Seminário Pardo 21: contribuições para os
Planos Diretores Municipais” com o intuito de discutir os vários temas e conceitos
relacionados à Agenda 21, particularmente relacionados à Bacia do Pardo, como forma de
contribuição para a elaboração dos Planos Diretores Municipais, exigência do Estatuto das
Cidades.
Participaram do evento 96 pessoas, incluindo membros da equipe de elaboração do
Relatório Um, com a apresentação de palestra e debate com o tema “Principais
problemas de sustentabilidade da Unidade de Gerenciamento do Rio Pardo – UGRHI 4”,
quando foram apresentados cerca de 30 problemas constatados a partir do Relatório Zero
(IPT, 2000), Plano de Bacia (CPTI & IPT, 2003), Relatório Zero do Estado de São Paulo
(CORHI, 2002), Relatório da Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo
(CETESB, 2005) e Relatório da Qualidade Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB,
2005), além de outras informações obtidas ao longo das pesquisas que vêm sendo
realizadas no âmbito da elaboração do Relatório Um.
3.3 Reuniões e Levantamento de Dados em Instituições com Atuação na Região do CBH-PARDO
A seguir será apresentada, sinteticamente, por ordem cronológica, os contatos
diretos (visitas, reuniões, discussões, dentre outras) com órgãos, entidades públicas ou
privadas e secretarias de governo, assim como as informações de interesse já obtidas, em
atendimento às discussões anteriores ocorridas com a Câmara Técnica de Planejamento e
Gerenciamento de Recursos Hídricos (CT-PGRH), em relação aos órgãos que atuam na
área de abrangência da UGRHI 04.
a) Reunião técnica com a Secretaria Executiva do CBH-PARDO e Diretoria do Departamento de Águas e Energia Elétrica em Ribeirão Preto.
A reunião foi realizada em 20/07/2005 e dela participaram o Engº Carlos
Eduardo Nascimento Alencastre e o Engº Renato Crivelenti, pelo DAEE e CBH–
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 7
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
PARDO e técnico da CPTI – Cooperativa de Serviços e Pesquisas Tecnológicas e
Industriais participante da equipe de trabalho.
Nessa data a resposta formal dos prefeitos indicando os interlocutores de cada
Prefeitura Municipal estava quase concluído. Faltavam somente 3 (três) prefeituras
responderem para concluir a lista das 27 prefeituras.
A partir daí, a Secretaria Executiva do CBH–PARDO, ficou encarregada de elaborar
uma tabela listando os nomes, endereços, e-mails, dentre outros, desses interlocutores. As
remessas desses questionários para os interlocutores foram estabelecidas para ser
efetuados pelo CBH via carta, correspondência eletrônica e fax.
Como procedimentos de rotina, ficaram acertados que todo o material que retornasse
após preenchimento, ficará a cargo de um técnico do DAEE de Ribeirão Preto (Sr. Adolfo),
que receberia a documentação e deveria efetuar check-list, principalmente no que tange aos
dados sobre saneamento, outorgas e obras de combate à erosão.
Para aplicação do questionário da sociedade civil foi sugerido pela Secretaria
Executiva que se efetivasse um primeiro contato com o Vice–Presidente do CBH-
PARDO, Engº Agrº Genésio Abádio de Paula e Silva, que pertence a esse
Segmento, para, posteriormente, enviar os questionários para os atores da
sociedade civil que compõem o Comitê. As formas de envio ficaram estabelecidas
como via carta, e-mail e fax.
b) Reunião Técnica na Fundação Florestal de Ribeirão Preto Esta reunião foi realizada em 21 de julho de 2005 e dela participaram a Engª Agrª.
Cleide de Oliveira, analista de recursos ambientais e técnico da CPTI–Cooperativa de
Serviços e Pesquisas Tecnológicas e Industriais participante da equipe de trabalho.
A técnica da Fundação Florestal informou que o Instituto Florestal desenvolveu e
concluiu recentemente um novo produto sobre recuperação de mananciais (entenda-se
vegetação) para a área da Bacia do Rio Pardo, aconselhando-se contatos em São Paulo
para a obtenção dos dados de interesse.
Foi sugerida, também, a realização de uma oficina de trabalho, após a obtenção
dos questionários e os dados do segmento Estado e da Sociedade Civil e posteriormente
à tabulação dos mesmos. Essa oficina seria aberta para os atores envolvidos nessa
coleta de dados e poder-se-ia utilizar a metodologia que a ABDL (Associação Brasileira
para o Desenvolvimento de Lideranças) vem utilizando. O objetivo seria a construção em
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 8
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
grupo do Relatório Um. A título de sugestão, também, foram citados os nomes dos Silvia
Pompéia e Marcos Ortiz, participantes da ABDL.
Nessa reunião foi acordado, ainda, o envio de um roteiro para coleta de dados no
âmbito da Fundação Florestal.
c) Reunião Técnica na CETESB Esta reunião foi realizada, também, no dia 21 de julho de 2005 e dela participaram
o Engº Amauri da Silva Moreira, coordenador da CT–PGRH do CBH–PARDO, o Gerente
da CETESB - Ribeirão Preto, Engº Marco Antonio Sanches Artuzo e um técnico da CPTI
participante da equipe de trabalho.
Durante essa reunião foi sugerido que, ao invés da CETESB repassar os dados
sob seu domínio somente na forma de tabelas, gráficos, dentre outras, tal como ocorreu
na oportunidade da elaboração do Relatório Zero, que esses dados fossem tratados e
analisados e disponibilizados já na forma de interpretações, comentários e prognósticos.
Na oportunidade, foram disponibilizadas cópias das listas de presença das
duas reuniões ordinárias da CT-PGRH do CBH-PARDO em 2005. Ficou acordado
que as atas dessas reuniões serão encaminhadas para a equipe do Relatório Um,
tão logo estejam concluídas.
d) Reunião Técnica com a Vice-Presidência do Comitê Essa reunião ocorreu em Ribeirão Preto no dia 25 de julho de 2005 e dela
participaram o Engº Agrº Genésio Abádio de Paula e Silva, Vice–presidente do CBH-
PARDO e o Engº Renato Crivelenti, um da Diretoria do Departamento de Águas e Energia
Elétrica – DAEE – Ribeirão Preto e técnico da CPTI participante da equipe de trabalho.
Após discussões gerais acerca do trabalho em andamento, foi consensuado que o
levantamento de informações junto à Sociedade Civil, via questionário, deveria ser
encaminhado pela Vice-Presidência do Comitê (via correios e/ou correspondência
eletrônica) para os 26 integrantes (13 titulares e 13 suplentes) do Comitê. Foi lembrado
que o referido questionário havia sido revisado pelo IPT, a partir das sugestões
anteriormente discutidas em reunião da Câmara Técnica (CT–PGRH).
Foi discutida, ainda nessa reunião, a possibilidade dos questionários relativos ao
Segmento Sociedade Civil serem encaminhados, também, para algumas cooperativas e
sindicatos rurais (Altinópolis, Luis Antônio, São Simão, Jardinópolis, dentre outros). Para
isso ser levado a bom termo, deveria ocorrer em uma data a ser agendada previamente,
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IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
uma apresentação pela Equipe Técnica sobre o que foi o Relatório Zero, o Plano de
Bacia, dentre outros trabalhos, para um melhor entendimento da importância da
participação desses novos atores no contexto da Bacia do Rio Pardo.
e) Reunião Técnica com a Secretaria de Estado da Educação Essa reunião ocorreu em Ribeirão Preto no dia 08 de agosto de 2005 e dela
participaram a Profª Maria Ângela Garófalo da Diretoria Regional de Ribeirão Preto da
Secretaria de Estado da Educação e um técnico da CPTI participante da equipe de
trabalho.
Nessa reunião foi discutido acerca dos trabalhos que estão sendo realizados no
âmbito do Relatório Um e a representante da Secretaria informou sobre as atividades da
Secretaria na área de abrangência da Bacia do Rio Pardo:
• Projeto do Dourado, que desde 2001 é desenvolvido nas escolas da
região e que começou com a ajuda e apoio do Comitê do Pardo. Atualmente é
subsidiado por verba do Estado. Cada escola tem um kit para os trabalhos de
professores com alunos, incluindo cartilhas, dentre outros;
• Publicação SE/CENP 2004. 256p., il., tab. CDU 371.3:574. Água Hoje e
Sempre – Consumo Sustentável;
• Projeto Conhecer para Preservar. É uma parceria com o Instituto de
Geociências da UNICAMP na micro-bacia do Córrego dos Campos, cujo
coordenador é o Prof. Pedro Wagner Gonçalves. O projeto é voltado para a
conscientização da população com as 9 escolas do Estado ao longo dessa
micro-bacia de 20 km². Esse Projeto tem apoio da FAPESP (Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); e
• Também o projeto com participação do Prof. Pedro Wagner Gonçalves:
“A Interdisciplinaridade a partir da Ciência do Sistema Terra no Ensino Médio”,
que tem como sub-projetos os denominados “A Mata de Santa Tereza” e o
“Aqüífero Guarani”.
f) Reunião Técnica com a Secretaria de Estado da Saúde Essa reunião ocorreu em Ribeirão Preto no dia 09 de agosto de 2005 e dela
participaram a Engª Civil Claudia Ramos, da DIR XVIII de Ribeirão Preto da
Secretaria de Estado da Saúde e um técnico da CPTI componente da equipe de
trabalho.
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IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Nessa reunião foi sugerida uma itemização, com base no Relatório Zero, sobre as
necessidades dos dados a serem obtidos junto à Secretaria.
Segundo sugestão da Engª Civil Cláudia Ramos, além da DIR XVIII, que
abrange a maior parte dos municípios da região central da Bacia do Pardo, devem
ser visitadas, complementarmente, a DIR XX, de São João da Boa Vista (municípios
abrangidos: Caconde, São José do Rio Pardo, Casa Branca, Tambaú, São
Sebastião da Grama, Vargem Grande do Sul, Mococa e Tapiratiba) e a DIR XIII, de
Franca (município de Sales de Oliveira).
Nessa ocasião foi salientado, também, que existe o PRÓÁGUA – Vigilância
de Qualidade da Água, cuja responsável é a Sra. Ângela Pocol, CVS - Centro de
Vigilância Sanitária, em São Paulo, que possui dados sobre análises
bacteriológicas (coli total e coli termotolerantes) e físico-químicas (turbidez, pH,
cloro e flúor) de trabalhos específicos na Região de Ribeirão Preto.
Foi informado que dados adicionais podem ser acessados (com senha
cadastrada) pelo sistema SISÁGUAS (Governo Federal), além do conhecido
DATASUS, já citado e utilizado no Relatório Zero (IPT, 2000) e no Plano de Bacia
(CPTI/IPT, 2003).
g) Reunião Técnica com a Universidade de São Paulo Essa reunião ocorreu em Ribeirão Preto no dia 10 de agosto de 2005 e dela
participaram a Profa. Dra. Ângela Maria Magosso Takayanagui, do Departamento
Materno-Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão
Preto e um técnico da CPTI componente da equipe de trabalho.
Na reunião foi apresentada à mesma itemização já utilizada na reunião com a
Secretaria de Estado da Saúde, porém solicitou-se a contextualização das
atividades do Laboratório de Saúde Ambiental na área da Bacia.
Durante a reunião, importante informação foi fornecida acerca de Tese de Doutorado
defendida no final do ano de 2002 na USP – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto,
intitulada “Impacto ambiental na área do aterro sanitário e incinerador de resíduos sólidos de
Ribeirão Preto, SP: avaliação dos níveis dos metais pesados” pela candidata Susana Inês
Segura Muñoz. A equipe efetuará consulta nessa Tese para obtenção de informações de
interesse ao Relatório Um.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 11
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Na reunião foi sugerido, também, que se efetuassem contatos com a Secretaria de
Planejamento Municipal e Gestão Ambiental e com a Secretaria Municipal de Saúde, ambas
de Ribeirão Preto.
h) Reunião Técnica com as Faculdades COC Essa reunião ocorreu em Ribeirão Preto, também no dia 10 de agosto de 2005, e
dela participaram o Prof. Dr. Osmar Sinelli da Faculdades COC e um técnico da CPTI
componente da equipe de trabalho.
O Prof. Osmar Sinelli relatou sobre o monitoramento do lixão a caminho de
Serrania e de projetos que não foram adiante, tal como a instalação de barreiras com
limalha de ferro para retenção do chorume.
Foram citadas duas Teses de Doutorado, orientadas pelo Prof. Dr. Lázaro
Valentim Zuquetti, da Universidade de São Paulo, Campus de São Carlos: uma sobre
a geofísica em Ribeirão Preto e lixão de Serrana, provavelmente defendida no ano de
2000; e outra no ano de 2004, por Janaína de Barros, sobre zonas de recarga em
Ribeirão Preto e São Carlos. A equipe efetuará consulta nessas teses para obtenção
de informações de interesse ao Relatório Um.
O Prof. Osmar Sinelli sugeriu como fonte de consulta, também, o Código Ambiental de
Ribeirão Preto (aprovado em 2004) e o mapa com os postos de gasolina da cidade (mais de
400), os quais podem ser encontrados no site da Prefeitura, em link da Secretaria de
Planejamento Municipal e Gestão Ambiental.
Segundo o professor, as Faculdades COC estão desenvolvendo projetos,
com alunos de graduação do Curso de Engenharia Ambiental e com previsão de
conclusão até o final de 2005, sobre o “Diagnóstico Ambiental da Bacia Hidrográfica
do Ribeirão Preto”. Essa mesma linha de pesquisa está sendo desenvolvida para o
município de Altinópolis (incluindo uso e ocupação do solo, etc) e também para o
Córrego São Simão. A equipe efetuará consulta nesse trabalho para obtenção de
informações de interesse ao Relatório Um.
3.4 Análise do Relatório Zero e Plano de Bacia
A análise e a síntese dos resultados do Relatório Zero (IPT, 2000) e do Plano de
Bacia (IPT e CPTI, 2003) constituíram-se em atividades importantes para subsidiar os
trabalhos subseqüentes do Relatório Um, uma vez que esse documentos são as
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 12
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
principais referência dos dados e informações organizadas disponível acerca da UGRHI e
contempla diversas recomendações efetuadas em termos de aprofundamento do
conhecimento e, também, das ações a ser adotadas para a melhoria dos recursos
hídricos da UGRHI 04.
Tal trabalho foi conduzido paralelamente às discussões sobre a proposta de
abordagem para elaboração do Relatório Um e buscou concretizar quatro grupos
principais de subsídios:
a) elaboradas de tabelas com os dados de qualidade e quantidade dos recursos
hídricos da UGRHI, com o intuito de possibilitar desenvolvimento de análises quanto aos
usos, às ofertas e aos balanços de oferta versus demandas. Essas tabelas objetivaram,
também, identificar lacunas de informação ou a necessidade de atualização de dados e
visam à utilização em diferentes espacializações;
b) levantamento de todas as recomendações efetuadas em realação as metas e
ações do Plano de Bacia , em vista a comparação com os empreendimentos propostos,
aprovados, executados e em andamento até o ano-exercício de 2005; com isso busca-se
aliviar a evolução da implementação do Plano de Bacia e identificação de subsídios para
a sua revisão, conforme a deliberação do CRH nº 62 de 04 de setembro de 2006;
c) preparação de mapas-síntese por sub-bacia, contento as principais
informações espaciais de interesse dos recursos hídricos e objetivando atualiza-lás
a partir de acervo de dados obtidos na elaboração do Relatório Um;
d) remodelação do questionário de levantamento de dados municipais com a
inserção de uma série de novas informações a serem pesquisadas e como
proposta para discussão na câmara técnica de planejamento e gerenciamento dos
recursos hídricos (CT-PGRH); e
e) Seleção de dados alfanuméricos, textos, figuras, tabelas e mapas, dentre
outros, relativos a aspectos de referência para avaliações da situação em si,
natural ou modificada, bem como para constatações de modificações.
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IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
3.5 Acompanhamento e Participação do CBH na Elaboração do Relatório Um
Na primeira etapa de discussões com o CBH-PARDO, ocorridas nos meses de
fevereiro, março e maio de 2005, ficaram estabelecidas as linhas gerais e a forma de
acompanhamento dos trabalhos via Câmara Técnica de Planejamento e Gerenciamento
de Recursos Hídricos CT- PGRH , que articularia e fomentaria a participação de demais
membros do CBH-PARDO e da comunidade da Bacia.
A partir daí, iniciaram-se os contatos com as prefeituras municipais no sentido de
envio e preenchimento de questionários, que ocorreu entre 08 de agosto de 2005 e 10 de
maio de 2006, bem como de visitas às cidades por parte da equipe executora do Relatório,
as quais ocorreram entre 15 de abril e 15 de junho de 2006.
No mês de dezembro de 2005, foi apresentado o Relatório IPT No. 83.053-205
(IPT, 2005) contendo resultados parciais dos trabalhos para informação ao CBH-PARDO
do andamento das atividades.
Além disso, a equipe, representada por técnicos da CPTI na região, efetuaram
contatos e discussões com técnicos, pesquisadores, órgãos e entidades que atuam na
região do CBH-PARDO, nos meses de julho a agosto de 2005 e também participaram do
Seminário “Pardo 21: Contribuições para Planos Diretores Municipais” em Italizo em
dezembro de 2005, nas quais expuseram e esclareceram acerca do andamento dos
trabalhos do Relatório Um.
Prevê-se que a partir da entrega deste rewlatório, o agente técnico, o CBH-PARDO e A
CT-PGRH promovam análises e discussões entre os seus membros e com a equipe técnica com
vistas a complementações e modificações no texto da minuta e emissão de Relatório Final.
3.6 Preparação de Mapas e Quadros Síntese por Sub-Bacia e UGRHI
Os mapas síntese compreendem recortes para cada uma das 6 sub-bacias da
UGRHI, a partir dos desenhos apresentados na escala 1: 250.000 no Relatório Zero (IPT,
2000). O tamanho padrão de apresentação adotado foi o formato A3 (Anexo A, Mapas 1 a 6). Optou-se por utilizar esse formato tendo em vista a facilidade de manuseio e
considerou-se que a escala de apresentação não necessitaria ser rigorosamente a
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 14
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
mesma, pois se tratam de mapas ilustrativos, de apoio, podendo-se, assim, variá-la de
acordo com o tamanho de cada uma das sub-bacias.
A preparação dos mapas síntese teve como objetivo gerar um instrumento que
contemplasse as principais informações disponíveis de interesse ao planejamento dos recursos
hídricos e que pudessem ser apresentadas em mapa. Assim sendo, tais mapas apresentam os
seguintes elementos: limites da sub-bacia, rede de drenagem, corpos d’água superficiais,
manchas urbanas, malha viária, pontos de captação de água, pontos de lançamento de
esgotos, poços tubulares, locais de disposição de resíduos sólidos domésticos, indústrias
geradoras de resíduos e/ou efluentes, classes dos cursos d’água, IQA, áreas com alta
vulnerabilidade dos aqüíferos e áreas com alta e muito alta suscetibilidade à erosão.
Deve ser ressaltado que parte das informações ainda não estão incluídas nos
referidos mapas, tendo em vista que dados e informações ainda estão sendo organizados
e consistidos para a inserção nos mesmos, podendo-se citar como exemplo o potencial
de exploração dos aqüíferos que deverá ser extraído do mapa de águas subterrêneas do
estado de São Paulo, recentemente publicado por DAEE/IG/IPT/CPRM (2006).
3.7 Atualização e Complementação de Dados
A atualização de dados foi efetuada a partir daqueles existentes para a elaboração do
Relatório Zero (IPT 2000) e Plano de Bacia (CPTI e IPT, 2003).
Assim sendo, a atualização e complementação de dados compreenderam consultas às
prefeituras, obtenção de dados de recursos hídricos relativos a demandas de água,
informações populacionais e socioeconômicas, dados de resíduos sólidos domésticos e de
doenças associadas às condições sanitárias e a outros aspectos ambientais.
A consulta às prefeituras foi efetuada por meio do encaminhamento formal do
Questionário pelo CBH-PARDO, estabelecendo-se um prazo para o preenchimento e
devolução. Após concluída as devoluções dos questionários respondidos (período de 08/08 de
2005 a 10/05/2006), foram efetuadas visitas pela equipe técnica a todas as prefeituras das
cidades com sede na UGRHI, as quais ocorreram no período entre 15 de abril a 15 junho de
2006.
A atualização de dados relativos aos recursos hídricos compreendeu o levantamento
de informações sobre usuários de água, basicamente em relação aos registros do DAEE
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 15
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(outorgados e em processo de regularização), os quais foram cedidos pela área de
informática.
Da diretoria do DAEE da Bacia do Pardo Grande, correspondendo aos cadastros até
31 de maio de 2006. Além disso, a área de recursos hídricos da diretoria forneceu dados
de uso da água nas bacias críticas do Rio Verde e Ribeirão Congonhas, inseridas na sub-
bacia 5.
Em relação aos dados relacionados à qualidade das águas, eles foram obtidos a
partir de “Relatório de Qualidade Ambiental 2005” (CETESB, 2006), para as águas
superficiais e “Relatório das Águas Subterrâneas” (CETESB, 2004), para as águas
subterrâneas. Nesses relatórios se incluem, também, informações, sob saneamento
básico e resíduos sólidos municipais.
As informações socioeconômicas e demográficas foram obtidas por meio do censo
do IBGE 2000 (IBGE, 2001) e de outras fontes oficiais (MT/RAIS, 1996, 2000 e 2004),
com vistas à obtenção de dados atualizados sobre populações e atividades econômicas
dos 23 municípios da UGRHI.
Os dados de doenças associadas as condições sanitárias e outros aspectos
ambientais foram,também, atualizadas a partir do banco de dados do DATASUS
(www.datasus.gov.br) até o ano de 2005.
A análise da evolução da situação dos dados relacionados ao saneamento básico
compreendeu a verificação dos empreendimentos implementados entre o período de
elaboração do Relatório Zero (IPT, 2000) e o ano de 2006, para possibilitar os avanços
ocorridos no período e subsidiar as estimativas de custos de ações para universalização e
manutenção do atendimento do abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos
domésticos.
3.8 Análise de Empreendimentos e Estudos Solicitados ao Comitê
O CBH-PARDO forneceu informações acerca de empreendimentos pleiteados nos
anos entre 2002 a 2005, incluindo aqueles que não foram priorizados para financiamento.
Tais informações foram tabuladas, juntamente com as informações constantes no Relatório
Zero (IPT, 2000), para análise estatística dos pleitos formulados e valores correspondentes
de acordo com os Programas de Duração Continuada – PDCs.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 16
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Foram considerados ainda, os empreendimentos previstos para priorização e os
que não foram priorizados pelo CBH-Pardo com as verbas do ano de 2006.
3.9 Levantamento e Obtenção de Documentos de Referência
Além de utilizar a documentação recomendada, a equipe executora procurou
acompanhar a publicação de novos instrumentos das políticas de recursos hídricos, tanto
no âmbito dos estados como em nível federal, notadamente em relação a planos de
bacia, projetos de lei, portarias e deliberações, além de discussões em diversos fóruns
envolvendo gerenciamento de bacias hidrográficas.
Várias outras publicações sobre o assunto foram também consultadas. Todo o material
utilizado encontra-se citado ao longo do texto e em listagem bibliográfica ao final do Relatório.
4. CARACTERIZAÇÃO DA UGRHI E SUB-BACIAS
A Bacia Hidrográfica do Rio Pardo foi definida como a Unidade de Gerenciamento de
Recursos Hídricos 04 (UGRHI 04) pela Lei no 9.034/94, de 27/12/1994, que dispôs sobre o
Plano Estadual de Recursos Hídricos para o biênio 1994/95.
De acordo com o Relatório Zero (IPT, 2000), a UGRHI possui área de 8.991,02
km², (foi adotada esta, embora a área indicada em publicação SMA de 1997 seja de
8.818 km2), calculada, assim como as áreas das sub-bacias e dos municípios, a partir
da base cartográfica 1:250.000, com o software MapInfo Professional, versão 5.01.
A UGRHI Pardo localiza-se dentro da área de abrangência da Diretoria Regional
do DAEE da Bacia do Pardo Grande. Limita-se ao Norte com a UGRHI 8
(Sapucaí/Grande), a nordeste, a UGRHI 12 (Baixo Pardo/Grande), em todo flanco
sudoeste com a UGRHI 9 (Rio Mogi-Guaçu) e a Leste-Sudoeste com o estado de
Minas Gerais, Figura 4.1.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 17
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fonte: IPT (2003)
Figura 4.1 – Localização da Bacia do Pardo (UGRHI 4) e demais UGRHIs limítrofes no estado de São Paulo.
Possui como principal via de acesso a partir da Capital do Estado a Rodovia
Anhanguera (SP-330), que atinge praticamente o limite norte do Estado, na cidade de
Ribeirão Preto e dá acesso direto ou indireto à maioria dos municípios da UGRHI. Com início
na cidade de Ribeirão Preto, a Rodovia Abrão Assad (SP-333/338) é a principal via de
acesso à maioria dos municípios da região sul da Bacia, quais sejam, Caconde, Cajuru, Casa
Branca, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Itobi, Mococa, Santa Cruz da Esperança, Santa
Rosa do Viterbo, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, Serra Azul, Serrana,
Tambaú, Tapiratiba, Vargem Grande do Sul, Águas da Prata e Santo Antonio da Alegria, ao
norte a Rodovia Candido Portinari (SP 334) dá acesso aos municípios de Brodowski e
Altinópolis e a oeste através da Rodovia Salles Oliveira (SP 322) aos municípios de
Sertãozinho, Pontal, ainda através da Rodovia Anhanguera tem acesso aos municípios de
Cravinhos, São Simão, Jardinópolis e Sales de Oliveira.
Segundo o Relatório Zero (IPT, 2000), a partir de discussões com o Comitê, a
Bacia Pardo foi dividida em 6 sub-bacias, as quais foram ordenadas aproximadamente
de oeste para leste e de norte para sul, e designadas conforme consta do Quadro 4.1.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 18
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
SUB-BACIA
No NOME ÁREA (km2)
1 Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta 1.451,80
2 Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá 1.680,84
3 Médio Pardo 2.533,78
4 Rio Canoas 516,8
5 Rio Tambaú/Rio Verde 1.271,38
6 Alto Pardo 1.536,42
TOTAL DA BACIA 8.991,02
Fonte: (IPT, 2000) Quadro 4.1 – As seis sub-bacias da UGRHI e a área total de cada uma
Dos 23 municípios com sede na UGRHI 04, 12 possuem área contida integralmente
na área da Bacia e 11 possuem parte de suas áreas em UGRHIs adjacentes. Por outro lado,
7 municípios pertencentes a outras UGRHIs têm parte de suas áreas na UGRHI 4.
Participa, também do CBH-PARDO, como convidados, os municípios de Sertãozinho,
Pontal, Santo Antônio da Alegria e Águas da Prata, uma vez que os mesmos possuem
território inserido na UGRHI 04.
A Figura 4.2 mostra o mapa da UGRHI 04 com as suas características gerais,
limites, sub-bacias, municípios, áreas urbanas e malha viária.
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SP 253
SP 340
SP 215
SP 207
SP 215
SP 3
44
SP 35
0SP 253
SP 338
SP 333
SP 332
SP-3
30
47
SP 3
34
46
SP 2
9 1
SP 3
28
SP 330
22°00'S
22°d15'S
46°15'W
21°45'S
46°00'W
46°00'W
21°15'S
21°30'S
46°15'W
46°30'W
22°00'S
22°15'S
46°30'W
46°45'W
46°45'W21°15'S
22°00'S
47°00'W
21°15'S47°00'W
47°15'W
21°00'S
21°45'S
47°30'W
20°45'S
47°30'W
21°30'S
47°45'W
47°45'W
20°45'S
48°00'W21°15'S
48°00'W20°45'S
21°S
48°d15'W
20°45'S48°15'W
7560
7570
370
7590
360
360
7550
380
7580
390
390
380
370
7560350
7550
350340
330
340
330
7630
7600
7620
290
7610
300 310
300
320310
320
7640
7580
260
270
7600
280
7590
250
290
7650
270
7670
7660
280
240230
7610230
240
7680
250260
7640
7620
7630
210
220
200
200190
220
7690
7700
210
7650
190
800
7660
7670
810
7680
7690
800
7700
810
TAPIRATIBA
CACONDE
ÁGUAS DA PRATA
DIVINOLÂNDIA
SÃO SEBASTIÃO DA GRAMAITOBI
SÃO JOSÉ DO
RIO PARDO
VARGEM GRANDE DO SUL
MOCOCA
CASA BRANCA
ALTINÓPOLIS
CAJURUCÁSSIA DOS COQUEIROS
SANTO ANTÔNIODA ALEGRIA
SANTA CRUZ DA
ESPERANÇA
SANTA ROSA DO
VITERBO
TAMBAÚ
SÃO SIMÃO
JARDINÓPOLIS
SERRANA
SERRA AZUL
BATATAIS
BRODOWSKY
RIBEIRÃOPRETO
CRAVINHOS
PONTAL
ORLÂNDIA
SALESOLIVEIRA
MORROAGUDO
SERTÃOZINHO
1
2
3
5
6
4
151515151515151515
999999999
131313131313131313
141414141414141414
202020202020202020
222222222222222222
212121212121212121111111111111111111
444444444
666666666
666666666
555555555
333333333
888888888
161616161616161616
111111111
555555555
121212121212121212777777777
333333333 121212121212121212222222222
222222222101010101010101010
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111111111111111111
222222222101010101010101010 222222222
171717171717171717171717171717171717
121212121212121212
777777777 181818181818181818
191919191919191919
ESCALA GRÁFICA
1:800 000
0 8 km
52º
53º 52º
53º22º
MATO GROSSODO SUL
23º51º
51º 50º
20º
49º25º
21º
48º
25º
PARANÁ
49º 48º
MINAS GERAIS
24º
50º
20º
47º
22º
21º
46º
46º 45º24º
23º
RIO DE JANEIRO
47º
45º
OCEANO ATLÂNTICO
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
SUB-BACIAS
1 - MANTIQUEIRA 2 - PARAÍBA DO SUL 3 - LITORAL NORTE 4 - PARDO 5 - PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ 6 - ALTO TIETÊ 7 - BAIXADA SANTISTA 8 - SAPUCAÍ MIRIM/GRANDE 9 - MOGI-GUAÇU10 - SOROCABA/MÉDIO TIETÊ11 - RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL
LOCALIZAÇÃO DAS UGRHIs NO ESTADO DE SÃO PAULO
12 - BAIXO PARDO/GRANDE13 - TIETÊ/JACARÉ14 - ALTO PARANAPANEMA15 - TURVO/GRANDE16 - TIETÊ/BATALHA17 - MÉDIO PARANAPANEMA18 - SÃO JOSÉ DOS DOURADOS19 - BAIXO TIETÊ20 - AGUAPEÍ21 - PEIXE22 - PONTAL DO PARANAPANEMA
1 - ALTINÓPOLIS 2 - BRODOSQUI 3 - CACONDE 4 - CAJURU 5 - CASA BRANCA 6 - CÁSSIA DOS COQUEIROS 7 - CRAVINHOS 8 - DIVINOLÂNDIA 9 - ITOBI10 - JARDINÓPOLIS11 - MOCOCA12 - RIBEIRÃO PRETO
MUNICÍPIOS COM ÁREA NA UGRHI
13 - SALES OLIVEIRA14 - SANTA CRUZ DA ESPERANÇA15 - SANTA ROSA DO VITERBO16 - SÃO JOSÉ DO RIO PARDO17 - SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA18 - SÃO SIMÃO19 - SERRA AZUL20 - SERRANA21 - TAMBAÚ22 - TAPIRATIBA23 - VARGEM GRANDE DO SUL24 - SUSANÁPOLIS25 - TRÊS 1 - ÁGUAS DA PRATA
2 - BATATAIS 3 - MORRO AGUDO 4 - ORLÂNDIA 5 - PONTAL 6 - SANTO ANTONIO DA ALEGRIA 7 - SERTÃOZINHO 7 - MERIDIANO 8 - MIRASSOL
MUNICÍPIOS COM SEDE EM OUTRA UGRHI:
MUNICÍPIOS COM SEDE NA UGRHI:
Represa/LagoaCurso D´Água
Vias PrincipaisVias SecundáriasFerrovias
Sedes municipaisÁreas urbanizadasEixos de barragemLimite de Município em outra UGRHILimite de MunicípioLimite de Sub-BaciaLimite da UGRHI 04 em Minas GeraisLimite da UGRHI 04
CONVENÇÕESCARTOGRÁFICAS
UNIDADE DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS DABACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARDO - UGRHI 04
FIGURA 4.1 - Localização e caracterização geral da UGRHI. Fonte IPT(1999)
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
FONTE:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 20
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
5. CARACTERIZAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
A Convenção sobre Biodiversidade, documento resultante da II Conferência das
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO 92), define a diversidade
biológica como sendo “a variedade de seres vivos da Terra, fruto de bilhões de anos de
evolução, moldada pelos processos de seleção natural e, de uma forma cada vez mais
acentuada, pelas atividades humanas. Essa variedade de seres vivos forma uma teia viva
integrada pelos seres humanos e da qual estes dependem”.
Além de ser compreendida em termos de diversidade de espécies, que se refere à
quantidade de diferentes espécies de plantas, animais e microorganismos em um
determinado ecossistema, a biodiversidade também pode ser avaliada nos seguintes
níveis: diversidade genética, que se refere às diferenças entre as espécies em termos de
variabilidade de genes, o que determina a individualidade de cada espécie; diversidade de
ecossistemas, que se relaciona à variedade de habitats, comunidades e processos
existentes em um ecossistema e aos diferentes ecossistemas de uma paisagem;
diversidade ecológica, que se refere à variedade de relações existentes entre as
diferentes espécies e entre estas e o meio físico; e a diversidade cultural, que está
relacionada com as diversas culturas humanas e como estas interagem com o ambiente.
5.1 Cobertura vegetal
A Bacia Hidrográfica do Pardo encontra-se inserida no domínio do Cerrado. A
palavra “domínio” deve ser entendida como uma área do espaço geográfico, com
extensões subcontinentais, de milhões até centenas de milhares de Km2, onde
predominam certas características morfoclimáticas e fitogeográficas, distintas daquelas
predominantes nas demais áreas. Isto significa dizer que outras feições morfológicas ou
condições ecológicas podem ocorrer em um mesmo domínio, além daquelas
predominantes. Com isso, no espaço do domínio do Cerrado, nem tudo que ali se
encontra é Bioma de Cerrado, outros tipos de Biomas também estão ali representados,
como os encraves de Floresta Estacional Semidecidual.
O levantamento da cobertura vegetal na Bacia Hidrográfica do Pardo utilizou como
fonte de referência o Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 21
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IF, 2005) e para permitir uma avaliação ambiental mais completa da vegetação existente,
foram classificadas e delimitadas as seguintes tipologias:
a) Formações Savânicas (Cerrado): • Savana Florestada (Cerradão); • Savana Típica (Cerrado stricto sensu); b) Floresta Estacional Semidecidual; c) Áreas de tensão ecológica: • Floresta Estacional em contato Savana / Floresta Estacional; d) Vegetação Secundária: • Floresta Estacional Semidecidual; • Floresta Estacional em contato Savana/Floresta Estacional; e) Áreas Úmidas – Várzeas; f) Reflorestamento;
Apesar da identificação de tipologias distintas para a área de estudo, salienta-se que
estas se encontram associadas às atividades antrópicas exercidas preteritamente e, portanto,
reduzidas e descaracterizadas em suas composições florísticas originais. Assim, áreas
ocupadas por cobertura vegetal antrópica predominam de forma significativa sobre as
naturais.
A Tabela 5.1 apresenta as áreas estimadas das tipologias de cobertura vegetal
natural e as áreas reflorestamento encontradas na região da UGRHI 04.
Tabela 5.1 - Fitofisionomias de cobertura vegetal da Bacia do rio Pardo.
Categorias de vegetação Área (ha) % (1) % (2)
Floresta Estacional em contato Savana / Floresta Estacional 4.416 0,50 6,12 Floresta Estacional Semidecidual 10.865 1,23 15,06 Vegetação de Várzea 2.375 0,27 3,29 Savana 9.924 1,13 13,75 Savana Florestada 2.536 0,29 3,51 Veg. Sec. da Floresta Estacional em contato Savana/Floresta Estacional 11.643 1,32 16,14 Veg. Sec. da Floresta Estacional Semidecidual 30.391 3,45 42,12 Total de vegetação natural 72.149 8,18 100 Reflorestamento 35.288 4,00
Fontes: Instituto Florestal (2005) e Kronka et al. (2002). (1) em relação à área total da Bacia; (2) em relação à área total de vegetação natural; Veg.Sec. = Vegetação secundária.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 22
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Para melhor visualização das áreas estimadas de vegetação natural, das tipologias
e suas proporções, foi elaborada a Figura 5.1.
Vegetação Natural
4.416; 6%
10.865; 15%
2.375; 3%
9.924; 14%2.536; 4%11.643; 16%
30.391; 42%
Floresta Estacional em contato Savana / Floresta Estacional Floresta Estacional SemidecidualVegetação de VárzeaSavanaSavana FlorestadaVeg. Secundária da Floresta Estacional em contato Savana / Floresta EstacionalVeg. Secundária da Floresta Estacional Semidecidual
Fonte: Instituto Florestal (2005). Figura 5.1 - Fitofisionomias de cobertura vegetal presente na UGRHI 04. Figura elaborada a partir de dados do Instituto Florestal.
O município com maior percentual de área de vegetação natural remanescente é o
de Santa Cruz Esperança com 15,7% de sua superfície. A seguir vêm os municípios de
Cajuru (14,6%), Cássia dos Coqueiros (11,3%) e São Sebastião da Barra (11,0%). Os
municípios com menores percentuais de área ocupadas por vegetação natural são:
Cravinhos, com 3,1% de área de remanescentes naturais; Ribeirão Preto, com 3,3%;
Brodósqui, com 3,5% e Sales Oliveira, com 4,0% (Tabela 6.2).
Tabela 5.2 – Vegetação natural presente nos municípios com sede na UGRHI 04.
Total com vegetação natural Município Área (ha) Área (ha) %
Sta. Cruz Esperança 14.400 2.255 15,7 Cajuru 67.000 9.785 14,6
Cássia dos Coqueiros 19.500 2.209 11,3 São Sebastião da Gama 23.500 2.577 11,0
Altinópolis 93.600 9.440 10,1 Mococa 84.500 8.524 10,1 Tambaú 58.600 5.557 9,5
Tapiratiba 22.800 2.174 9,5 S. José do Rio Pardo 40.700 3.579 8,8
Serra Azul 28.400 2.434 8,6 Divinolândia 24.600 2.091 8,5
Sta. Rosa do Viterbo 28.400 2.336 8,2
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 23
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Total com vegetação natural Município Área (ha)
Área (ha) % Casa Branca 86.500 6.612 7,6
Caconde 46.400 3.499 7,5 São Simão 62.900 4.663 7,4
Itobi 14.400 946 6,6 Continua...
Total com vegetação natural Município Área (ha) Área (ha) %
Vargem Grande do Sul 26.700 1.615 6 Jardinópolis 50.400 2.262 4,5
Serrana 12.800 554 4,3 Sales Oliveira 31.000 1.253 4
Brodosqui 29.400 1.017 3,5 Ribeirão Preto 64.200 2.103 3,3
Cravinhos 30.200 945 3,1 TOTAL 960.900 78.430
Fonte: Instituto Florestal (2005).
Para obter-se uma análise da situação da fragmentação da paisagem da UGRHI
04, na Tabela 5.3 e Tabela 5.4 os fragmentos remanescentes de vegetação natural estão
devidamente caracterizados por classe de superfície, ou seja, está especificada, de
acordo com a área correspondente de cada fragmento, a quantidade de remanescentes
encontrados para cada fitofisionomia vegetal e para cada município que possui sede
inserida no limite da Bacia.
Tabela 5.3 – Distribuição dos fragmentos de vegetação natural por classes de superfície e fitofisionomias.
Número de fragmentos por classe de superfície (ha)Fitofisionomias Área (ha) < 10 10-20 20-50 50-100 100-200 > 200
Total
Floresta Estacional em contato Savana/Floresta Estacional 4.416 158 50 41 15 1 3 268
Floresta Estacional Semidecidual 10.865 91 55 63 31 23 7 270
Vegetação de Várzea 2.375 37 16 21 7 3 1 85
Savana 9.924 192 73 60 27 10 7 369
Savana Florestada 2.536 9 11 15 10 4 2 51
Veg. Sec. da Floresta Estacional em contato Savana / Floresta Estacional 11.643 852 139 74 17 9 4 1.095
Veg. Sec. da Floresta Estacional Semidecidual 30.391 1.972 366 250 76 22 5 2.691
TOTAL 72.149 3.311 710 524 183 72 29 4.829
Fonte: Instituto Florestal (2005).
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 24
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 5.4 – Distribuição dos fragmentos de vegetação natural por classes de superfície e municípios.
Município Número de fragmentos por classe de superfície (ha)
Veg.Nat. (ha) < 10 10-20 20-50 50-100 100-200 > 200
TOTAL
Altinópolis 9.440 386 78 59 30 10 6 569 Brodosqui 1.017 86 14 16 1 117 Caconde 3.499 256 62 32 4 2 355 Cajuru 9.785 406 79 49 25 14 6 579
Casa Branca 6.612 553 110 55 12 3 733 Cássia dos Coqueiros 2.209 241 30 22 2 295
Cravinhos 945 45 15 11 1 72 Divinolândia 2.091 225 30 12 1 1 1 270
Itobi 946 76 15 9 1 1 102 Jardinópolis 2.262 136 14 13 7 2 1 173
Mococa 8.524 368 85 53 33 7 3 549 Ribeirão Preto 2.103 73 23 15 6 4 121 Sales Oliveira 1.253 79 17 12 4 1 113
Sta. Cruz Esperança 2.255 90 11 15 6 3 2 127 Sta. Rosa do Viterbo 2.336 138 21 23 6 3 191 S. José do Rio Pardo 3.579 159 39 41 5 5 249
São Sebastião da Gama 2.577 99 18 11 9 3 1 141 São Simão 4.663 117 36 34 18 7 2 214 Serra Azul 2.434 59 17 21 6 4 1 108 Serrana 554 22 7 5 2 1 37 Tambaú 5.557 253 55 59 16 6 389
Tapiratiba 2.174 64 20 14 5 4 1 108 Vargem Grande do Sul 1.615 131 17 18 4 1 171
TOTAL 78.430 4.062 812 599 201 82 27 5.783
Fonte: Instituto Florestal (2005).
Na Figura 5.2, observa-se que dentre os 5.783 fragmentos de vegetação natural
presentes na região de estudo, apenas 2,09% são fragmentos maiores do que 100
hectares e 68,53% são fragmentos menores do que 10 hectares, o que demonstra a
grande fragmentação da paisagem da Bacia Hidrográfica do Pardo.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 25
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Número de fragmentos por classe de superfície (ha)
< 10 ha 68,56%
> 200 ha 0,60%
10-20 ha 14,70%
20-50 ha 10,85%
50-100 ha 3,79%
100-200 ha 1,49%
Fonte: Instituto Florestal (2005)
Figura 5.2 – Representatividade dos fragmentos remanescentes de vegetação natural por classes de superfície. Figura elaborada a partir de dados do Instituto Florestal.
A seguir, serão apresentadas de forma sucinta as diferentes tipologias identificadas
de cobertura vegetal presentes na área da UGRHI 04.
a) Formações Savânicas (Cerrado)
Segundo Kronka et al. (1998), trata-se de uma formação vegetal de fisionomia peculiar, caracterizada por apresentar indivíduos de porte atrofiado, de troncos retorcidos (tortuosos), cobertos por casca espessa e fendilhada, de esgalhamento baixo e copas assimétricas, folhas na maioria grandes e grossas, algumas coriáceas, de caules e ramos encortiçados, com ausência de acúleos e espinhos, bem como de epífitas e lianas. O termo cerrado significa mata densa ou fechada e o termo savana foi atribuído devido à semelhança da fisionomia – árvores e arbustos em meio a gramíneas – do Cerrado brasileiro com as Savanas existentes na África.
Em suma, conceitua-se o cerrado como um gradiente de várias formações de vegetação de caráter savanóide, sob a ótica puramente fisionômica e não florística. No entanto, as áreas cobertas por esse tipo de vegetação geralmente encontram-se com vestígios de intensas queimadas e outras atividades antrópicas, o que impõe um alto grau de alteração nas composições florísticas originais.
Essa formação vegetal apresenta-se sob quatro formas distintas: savana típica (cerrado stricto sensu), com arbustos e árvores de até 7 metros de altura, caules e galhos tortuosos recobertos por casca espessa; savana florestada (cerradão), com árvores de até 12 metros de altura, mais fechada e densa que a savana típica; savana arborizada
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 26
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(campo cerrado), com predomínio de vegetação herbácea, principalmente gramíneas, e pequenas árvores e arbustos bastante espaçados entre si; e savana gramíneo-lenhosa (campo), constituída por vegetação herbácea, sem árvores.
A vegetação do Cerrado está adaptada a regiões normalmente planas, com solos
pobres e ácidos e de clima estacional (um a quatro meses sem chuva), ocupando 25% do
território nacional, concentrada notadamente na região central do Brasil. No caso de São
Paulo, as formações savânicas não são contínuas, ocorrendo como encraves,
principalmente na região centro-norte, em meio à floresta mesófila (Mata Atlântica), que é
o bioma predominante no Estado.
Devido à extensa área ocupada e ao contato com outros biomas, essa formação
apresenta alta biodiversidade de espécies, estimada em 30% da fauna e flora brasileira e 5%
da biota mundial. Conforme destacado por Dias (1992, apud SMA, 1997), estudos que vêm
sendo desenvolvidos apontam para o grande potencial econômico que o cerrado apresenta,
especialmente nas áreas de: alimentação, já que se conhecem cerca de 80 espécies vegetais
que fornecem frutos, sementes ou palmitos que servem de alimentos para o homem; produção
de fibras; produção de cortiça, sendo que existem cerca de 20 espécies que já são utilizadas
para esse fim; produção de tanino; produção de gomas, resinas, bálsamos e látex; produção
de óleos e gorduras; uso medicinal, com mais de 100 espécies vegetais usadas para a cura e
prevenção de doenças; plantas ornamentais; artesanato; e plantas apícolas.
Conforme o diagnóstico da conservação e do uso sustentável das áreas de cerrado do
Estado de São Paulo, a redução dessa formação vegetal vem ocorrendo desde o início do
século, principalmente, devido ao grande potencial dessa vegetação como fornecedora de
lenha, carvão vegetal, moirões de cerca, uso como pasto natural na pecuária, bem como à
ocupação por áreas de reflorestamento. Mais recentemente as áreas de cerrado estão sendo
ocupadas por atividades agropecuárias, principalmente cana-de-açúcar, citricultura e gado
bovino, de acordo com o PROBIO/SP – Secretaria do Meio Ambiente (1997).
A ocupação das áreas de cerrado foi estimulada pelas políticas públicas das
décadas de 50 a 80, que consideravam a necessidade de integrar essas áreas à
economia estadual. Mesmo com a baixa fertilidade dos solos onde se desenvolve essa
vegetação, o que requer investimentos em adubação, a proximidade dos centros
consumidores e a topografia plana, que predomina nestas áreas, facilitam a mecanização
do solo, compensando a sua ocupação, conforme Toledo Filho (1984, apud SMA 1997).
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 27
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Segundo o Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo,
realizado pelo Instituto Florestal (IF, 2005), na Bacia do Pardo estão presentes
fragmentos remanescentes das formações de Savana Florestada e Savana Típica,
detalhadas a seguir.
• Savana Florestada (Cerradão)
Conforme Kronka et al. (1998), essa formação vegetal é constituída por três estratos (andares) distintos: o primeiro apresenta espécies umbrófilas (plantas adaptadas ao crescimento em ambiente sombreado) rasteiras ou de pequeno porte; o segundo é composto por arbustos e pequenas formas arbóreas, constituindo o sub-bosque, que não ultrapassa a altura de 5 a 6 metros; e o terceiro, com árvores de troncos menos tortuosos, não ramificados desde a base e que podem atingir até 15 metros de altura.
A área ocupada pelo cerradão na UGRHI 04 é de 2.536 hectares. Essa cobertura remanescente está representada por 51 fragmentos, geralmente dispersos e com predomínio de áreas menores que 100 hectares, inseridos predominantemente na sub-bacia 3 (Médio Pardo). Vale ressaltar que poucos fragmentos dessa fisionomia estão inseridos em unidades de conservação, estando fortemente pressionados pelas atividades antrópicas.
Tendo em vista a raridade atual de áreas de Cerradão no Estado de São Paulo e sua importância ecológica, consideram-se esses fragmentos presentes na UGRHI 04 como sendo áreas prioritárias para a conservação, segundo os seguintes critérios selecionados pelo PROBIO/SP durante o “Workshop Bases para conservação e uso sustentável das áreas de Cerrado do Estado de São Paulo”, realizado em 1997: arquipélagos de remanescentes (áreas com potencial de conectividade entre fragmentos); e presença de um remanescente com grande extensão, maior que 100 hectares.
Alem disso, esses fragmentos estão localizados em áreas de recarga do aqüífero Botucatu (Aqüífero Guarani), de mananciais para captação de água e de alta suscetibilidade à erosão e à fragilidade geológica, conforme mostra a Figura 5.3. A presença de espécies endêmicas, raras e ameaçadas de extinção, bem como a existência de fragmentos significativos e/ou com singularidade ecológica, também justifica a importância da conservação dos fragmentos de formação savânica (cerrado) (Figura 5.4).
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fonte: Probio/SP – Secretaria do Meio Ambiente (1997)
Figura 5.3 – Áreas de Cerrado prioritárias para conservação.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 29
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fonte: Adaptado do PROBIO/SP - Secretaria do Meio Ambiente (1997).
Figura 5.4 – Áreas prioritárias para a conservação da Fauna do Cerrado Paulista. –
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 30
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
a) Savana Típica (Cerrado stricto sensu)
De um modo geral, apresenta-se com três estratos: estrato superior, constituído por
árvores esparsas de pequeno porte (até 7 metros de altura); estrato intermediário,
formado por arbustos de 1 a 3 metros de altura; e, estrato inferior, constituído por
gramíneas e subarbustos, em geral de até 50 cm de altura, pouco denso, deixando
espaços intercalares onde o solo pode se apresentar pouco ou desprovido de
revestimento, conforme Kronka et al. (1998).
Na Bacia do Pardo, os fragmentos remanescentes de Cerrado ocupam 9.924
hectares, totalizando 369 fragmentos remanescentes dessa fisionomia, localizados
predominantemente na sub-bacia 3 (Médio Pardo). Dentre os municípios que apresentam
significativos fragmentos de Cerrado, destacam-se Altinópolis, Cajuru, Santo Antônio da
Alegria, São Simão, Serra Azul e Tambaú.
Juntamente com os fragmentos de cerradão presentes na Bacia, essas áreas de
remanescentes de cerrado são prioridades para a conservação desse bioma, seguindo os
mesmos critérios que foram selecionados para as manchas remanescentes de cerradão.
b) Floresta Estacional Semidecidual
No Estado de São Paulo, a Floresta Atlântica que ocupa as escarpas de maciços
cristalinos e se estende até o planalto, dá lugar, a partir deste, a uma formação florestal
mais seca, denominada Floresta Estacional Semidecidual.
O conceito ecológico deste tipo de vegetação está condicionado pela dupla
estacionalidade climática, sendo uma tropical, com época de intensas chuvas de verão,
seguida por estiagens acentuadas, e outra subtropical sem período seco, mas com seca
fisiológica provocada pelo intenso frio do inverno, com temperaturas inferiores a 15°C.
Esta estacionalidade age como fator limitante na diminuição da presença de lianas,
epífitas e fetos arborescentes, característicos da Floresta Atlântica, uma vez que a
umidade microclimática da formação não se apresenta intensa durante o ano.
Essa formação é composta por fanerófitas (plantas lenhosas) com gemas foliares
protegidas da seca por escamas, tendo folhas adultas esclerófitas ou membranáceas
deciduais. Neste tipo de vegetação, a porcentagem das árvores caducifólias, que perdem as
folhas durante o período seco, no conjunto florestal e não das espécies individualmente,
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 31
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situa-se entre 20 e 50%. Nas áreas tropicais, a Floresta é composta por mesofanerófitos
(árvores entre 20 a 30 m de altura) que revestem, em geral, solos areníticos distróficos.
A região da UGRHI 04 possui 270 fragmentos, relativamente pequenos, de Floresta
Estacional Semidecidual distribuídos predominantemente na sub-bacia 3 (Médio Pardo) e na
sub-bacia 6 (Alto Pardo), ocupando uma área de 10.865 hectares, o que corresponde a
1,24% da extensão da Bacia Hidrográfica.
Em conjunto com os demais fragmentos semelhantes da região, essa fisionomia é
a que apresenta grande diversidade e disponibilidade de habitats, podendo oferecer
ambiente para a fauna silvestre e para a conservação de espécies vegetais nativas.
Dessa forma, o grau de restrição para o uso dessas áreas naturais é máximo, sendo
consideradas de preservação, devido à oferta de recursos ecológicos aos grupos de
fauna e à sua biodiversidade, alem de estar localizada em área de Recarga do Aqüífero.
c) Áreas de tensão ecológica
As áreas de contato, também chamadas de áreas de tensão ecológica,
correspondem a uma formação de transição, onde ambos os tipos de vegetação se alternam
em padrão de mosaico, subordinado ao relevo, sendo que os elementos da Floresta
Estacional Semidecidual predominam em solos profundos e úmidos, próximo às linhas de
drenagem, enquanto a Savana se estabelece nas partes mais elevadas do terreno.
Quando as espécies florísticas realmente se entrelaçam, formam-se os chamados
ecótonos, nos quais as características originais de cada tipo de vegetação se perdem. Há
também os chamados encraves, nos quais um tipo de vegetação, nesse caso a Savana,
forma ilhas cercadas por outro tipo, a Floresta Estacional Semidecidual.
Nas regiões de ecótono, ocorre a troca de fluxo gênico entre os níveis
taxonômicos presentes nas diferentes tipologias vegetacionais, o que possibilita a
existência de uma biodiversidade elevada e a presença de espécies endêmicas. Portanto,
somente a conservação dessas áreas de transição e das diversas tipologias
vegetacionais a elas associadas, poderá garantir a real conservação da diversidade
florística e faunística da região.
A região da UGRHI 04 possui 268 fragmentos, relativamente pequenos, de Floresta
Estacional em contato com Savana / Floresta Estacional, distribuídos predominantemente
nas sub-bacias 1, 4 e 5, ocupando uma área de 4.416 hectares. Dentre os municípios que
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 32
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apresentam significativas áreas de tensão ecológicas, destacam-se Batatais, Brodósqui,
Casa Branca, Jardinópolis, Mococa, Morro Agudo e Sales Oliveira.
d) Vegetação Secundária (Capoeira)
O termo Capoeira corresponde a uma vegetação secundária que sucede à derrubada
das florestas, compondo a fase inicial de regeneração da floresta natural. Está constituída
principalmente por indivíduos lenhosos de segundo crescimento, a maioria pertencente à
floresta derrubada anteriormente e por espécies espontâneas que invadem as áreas
devastadas. Segundo Kronka et al., essa vegetação em regeneração apresenta porte desde
arbustivo até arbóreo, porém, com árvores finas e compactamente dispostas.
A vegetação, embora secundária, pode contribuir para a conservação de espécies
da fauna e flora e dos recursos naturais, principalmente se os fragmentos forem
interligados, pois estas manchas de vegetação podem formar corredores genéticos, o que
permite a sucessão ecológica e o desenvolvimento normal das espécies.
Essa fisionomia encontra-se distribuída por todo território da UGRHI 04, com
predomínio nas sub-bacias 3 (Médio Pardo) e 6 (Alto Pardo), onde os fragmentos estão
mais preservados devido, principalmente, à proximidade com as demais manchas de
vegetação nativa que ocorrem nessa região. Tal fisionomia ocupa uma área de 42.034
hectares, correspondendo a 4,77% da superfície da Bacia do Pardo, e distribuída em
3786 fragmentos, com predomínio de remanescentes com menos de 50 ha.
Esses fragmentos, geralmente muito reduzidos, apresentam uma alta
descaracterização da composição e estrutura florística original da mata nativa, pois nas suas
bordas, o grau de alteração é maior devido às atividades antrópicas exercidas.
e) Áreas Úmidas – Várzeas
Várzeas são áreas sujeitas a inundações pelo transbordamento lateral dos rios e lagos
(calha principal do rio e remansos de reservatórios), o que promove grande interação entre os
ecossistemas aquáticos e terrestres, conferindo a essa formação vegetal uma riqueza de
biodiversidade, de diversidade de uso de recursos naturais e de produtividade. Os solos das
várzeas são férteis em virtude da renovação periódica dos nutrientes, decorrente dos pulsos
de inundações, por meio dos quais as partículas orgânicas e os minerais transportados pelos
rios são depositados nos solos dessa região.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 33
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Esse tipo de vegetação apresenta um caráter hidrófilo (adaptada a viver em
ambiente de elevado grau de umidade), constituindo comunidades aluviais (vegetação
com influência flúvio-pluvial). As condições hidrológicas e as relações entre os rios e suas
áreas alagadas determinam as bases ecológicas para o funcionamento dos sistemas
alagados, enquanto as ocorrências de pulsos, provenientes dos ciclos hidrológicos
(precipitação e nível da água) são consideradas básicas para a manutenção de seus
mecanismos de funcionamento.
Com relação à vegetação que ocupa essas áreas, o termo “macrófitas aquáticas” é
utilizado na dominação genérica de plantas, cujas características evolutivas incluem o
retorno ao ambiente aquático, abrangendo desde macroalgas até angiospermas, que
habitam desde brejos até ambientes verdadeiramente aquáticos. Nas porções periféricas
aos alagados e melhor drenadas, dominam comunidades graminóides, e tal tipologia pode
ser classificada como campos úmidos de várzeas, constituídos por diversas populações
vegetais, compostas por formações praticamente homogêneas de espécies herbáceas.
Nas áreas mais enxutas, surgem algumas árvores pioneiras, conferindo uma fisionomia
mais florestal às áreas de várzeas. Trata-se de uma vegetação de primeira ocupação de
caráter edáfico (relativo ao solo).
Tanto as macrófitas quanto a vegetação terrestre influenciam significativamente os
ambientes aquáticos, fornecendo alimentos (frutos, folhas e sementes) e abrigo,
principalmente para os peixes e mamíferos aquáticos, sendo que estes, em troca, realizam a
dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração da vegetação da várzea.
Tal fisionomia de vegetação pode ser encontrada preferencialmente na sub-bacia 1
(Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta) e na sub-bacia 2 (Ribeirão da Prata / Ribeirão
Tamanduá), nas planícies aluvionares do rio Santa Bárbara ou Soledade e dos ribeirões
da Figueira, da Prata ou de Adão e Quebra Cuia. A Bacia do rio Pardo apresenta 85
fragmentos com vegetação de várzea, sendo a grande maioria com tamanho inferior a 50
hectares. Essa vegetação ocupa uma área de 2.375 hectares, correspondendo a 0,27%
da superfície da UGRHI 04.
f) Reflorestamento
Reflorestamento é a conversão, por indução direta do homem, de terras não
florestadas para terras florestadas por meio de plantio, semeadura e/ou promoção
induzida pelo homem de semeadura natural (Scarpinella, 2002). A floresta plantada pode
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 34
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ser mista (com duas ou mais espécies diferentes) ou homogênea (com apenas uma
espécie), composta por espécies exóticas ou nativas.
No Brasil, o reflorestamento homogêneo é o mais empregado, havendo predomínio
dos gêneros Pinus e Eucalyptus, o que corresponde a aproximadamente 1,8 e 3 milhões
de hectares, respectivamente (Kronka et al, 2002). As condições ambientais favoráveis e
o emprego de modernas técnicas de manejo florestal fizeram com que o eucalipto
alcançasse no Brasil os maiores índices de produtividade do mundo. As áreas de
reflorestamento têm um papel importante para o setor florestal brasileiro e,
conseqüentemente, para a economia nacional, produzindo matéria-prima para os setores
de celulose e papel, chapas, aglomerados, laminados e serraria, dentre outros.
No Estado de São Paulo, dentre o total de 770.010 ha de áreas de reflorestamento
com pinheiro e eucalipto, 79,4% (611.516 ha) são florestas monocultivadas de eucalipto. O
gênero Eucalyptus apresenta uma série de vantagens, como: reduz a pressão sobre as
florestas naturais; absorve CO2 atmosférico e libera O2; contribui para a regulação do fluxo e
qualidade dos recursos hídricos; serve como quebra-vento e aumenta o conforto térmico;
mantém a cobertura do solo por meio da serrapilheira, diminuindo os riscos de erosão;
contribui para a ciclagem de nutrientes; fornece matéria-prima; e gera empregos diretos e
indiretos (Scarpinella, 2002). Entretanto, o eucalipto ao ser plantado em monocultura
apresenta algumas desvantagens, dentre as quais se destaca a contribuição para uma
menor biodiversidade, devido, principalmente, a existência de algumas espécies do gênero
Eucalyptus que possuem efeito alelopático, o que retarda e/ou evita crescimento de outras
espécies vegetais no local, ocasionando um sub-bosque pobre ou até mesmo ausente.
Segundo Kronka et al. (2002), a Bacia Hidrográfica do Pardo engloba 4,6%
(35.288,00 ha) das áreas de reflorestamentos existentes no Estado, sendo a nona bacia
que detêm as maiores áreas expressivas de florestas plantadas com pinus e eucaliptos.
Dentre as áreas de reflorestamento presentes na bacia, 93,5% (32.991,00 ha)
representam florestas de Eucalyptus e apenas 6,5% (2.297,00 ha) de Pinus.
A Figura 5.5 apresenta as áreas de reflorestamento, as quais estão localizadas
preferencialmente na sub-bacia 3 (Médio Pardo) e os municípios que apresentam maior
extensão de áreas de reflorestamento são: Altinópolis, Santa Rosa do Viterbo, São Simão
e Serra Azul.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 35
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Fonte: Kronka et al. (2002)
Figura 5.5 – Áreas de reflorestamento de Pinus (amarelo) e Eucalyptus (vermelho) na Bacia Hidrográfica do Pardo.
5.1.1 Função da Cobertura Vegetal
Segundo a Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (1995), a cobertura
vegetal é a defesa natural mais eficiente contra os efeitos que causam a erosão, dentre os
quais se destacam o impacto direto das águas meteóricas, o escoamento superficial e o
aumento da infiltração no solo. Além disso, o ecossistema florestal contribui com o
processo de fertilização, trazendo nutrientes do subsolo para a superfície, e também com
a formação de húmus, resultado da queda de folhas e galhos que apodrecem com a ajuda
da micro-fauna do solo.
Outra função fundamental da cobertura vegetal está na conservação e manutenção
das nascentes e rios, fazendo com que as águas das chuvas cheguem lentamente ao
solo e, depois, ao lençol freático, sendo que este abastecerá as nascentes e os rios sem
levar materiais que poderão causar assoreamento.
Há ainda benefícios imensuráveis à nossa qualidade de vida, como alimentos e
outros recursos provenientes das mais diversas formações vegetais. “Se bem manejados,
os ciclos produtivos de bens naturais podem representar uma fonte de renda sustentável
e significativa para grande parte da sociedade local. O mercado de serviços a ser
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 36
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desenvolvido em áreas de remanescentes florestais, como o ecoturismo e as pesquisas
científicas, representam também um enorme potencial que está apenas começando a ser
aproveitado. Nesse caso também, os devidos cuidados terão de ser tomados de forma a
não comprometer os recursos que nos oferecem tantas e futuras oportunidades”, segundo
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (2004).
Nota-se que o cumprimento do papel que a vegetação possui para a proteção do
meio físico é essencial, tendo em vista a ação dos aspectos ambientais que interagem
para a alteração de sua qualidade, gerando impactos ambientais, podendo ser observado
na Figura 5.6.
P r e c i p i t a ç ã o
E v a p o t r a n s p i r a ç ã o
T r a n s p i r a ç ã o
S u c ç ã o
E s c o a m e n t o s u p e r f i c i a l
C a p i l a r i d a d e
I n f i l t r a ç ã o e f e t i v an o m a c i ç o
Á g u a q u ea t i n g eo t e r r e n o
E s c o a m e n t oh i p o d é r m i c o
E f e i t o d e i n t e r c e p t a ç ã o
O P a p e l d a c o b e r t u r a v e g e t a l ( P r a n d i n i e t a l , 1 9 7 6 , i n A B G E , 1 9 9 8 )
Fonte: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (1998).
Figura 5.6 - Representação esquemática da função da cobertura vegetal.
Para o aspecto de emissão aérea, a ação de transporte pelos ventos é eficaz para
particulados até certa granulação e peso específico. Dessa forma, partículas aerossóis,
agregados, fuligem e fumos, de composição diversa, são facilmente disseminados em
grandes extensões.
Combinada com a ação da precipitação pluviométrica, conforme a situação da
região, com a condensação da água do ar (setas rosas), ocorrerá o carreamento de uma
certa quantidade (setas azuis) e conseqüentemente, interferirá na qualidade do solo da
respectiva região.
A situação da região é denunciada pelo tipo de uso e ocupação que é dado ao
solo, onde áreas de uso urbano industrial e comercial, urbano doméstico e rural
agrosilvopecuário encontram-se imbricadas em espaços restritos, nos locais de núcleos
de adensamento demográfico, e cada um desses fatores é colaborador nas
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 37
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características das emissões dos núcleos. Nesses locais, a supressão da vegetação é
sempre maior, pois decorre da ocupação dos espaços urbanos de forma intensiva.
Por conseqüência, o aspecto de alteração da qualidade da água e do solo
interagirá com o aspecto da supressão da cobertura vegetal.
A vegetação, conforme ilustrado na Figura 5.6, está situada na interface ar/solo. A
atuação da vegetação é de filtro, barrando grande parte da carga transportada pela
dinâmica superficial com escoamento laminar. Na ausência do substrato vegetal, a ação é
direta e a conseqüência é a lixiviação superficial, deflagrando os agentes poluentes,
responsáveis pela alteração pouco nociva e, agentes contaminantes de ação adversa.
5.1.2 Legislação Ambiental Específica
As principais leis ambientais referentes à cobertura vegetal (Floresta Ombrófila
Densa, Floresta Estacional Semidecidual e Cerrados) a ser abordadas neste documento,
estão apresentadas de forma sucinta.
A Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, altera os arts. 1º, 4º, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965,
que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Lei nº 9.393, de 19 de
dezembro de 1996, que dispõe o Imposto sobre a Propriedade Territorial – ITR.
• Art. 1º - Os arts. 1º, 4º, 14, 16 e 44, da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, passam a vigorar com as seguintes redações:
Art. 1º “As florestas existentes no território nacional e as
demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às
terras que revestem, são bens de interesse comum a todos
os habitantes do País, exercendo-se os direitos de
propriedade com as limitações que a legislação em geral e
especialmente esta Lei estabelecem”.
§ 1º “As ações ou omissões contrárias às disposições deste Código na utilização
e exploração das florestas e demais formas de vegetação são
consideradas uso nocivo da propriedade, aplicando-se, para o caso, o
procedimento sumários previsto no art. 275, inciso II, do Código de
Processo Civil”.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 38
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Art. 4º “A supressão de vegetação em área de preservação
permanente somente poderá ser autorizada em caso de
utilidade pública ou de interesse social, devidamente
caracterizados e motivados em procedimento administrativo
próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao
empreendimento proposto”.
Art. 14b “Proibir ou limitar o corte das espécies vegetais
raras, endêmicas, em perigo ou ameaçadas de extinção,
bem como as espécies necessárias à subsistência das
populações extrativistas, delimitando as áreas
compreendidas no atol, fazendo depender de licença prévia,
nessas áreas, o corte de outras espécies”.
Art. 16 “As florestas ou outras formas de vegetação nativa,
ressalvadas as situadas em áreas de preservação
permanente, assim como aquelas não sujeitas ao regime de
utilização limitada ou objeto de legislação específica, são
suscetíveis de supressão, desde que sejam mantidas, a título
de reserva legal no mínimo”:
Inciso I - 80%, na propriedade rural situada em área de floresta localizada na
Amazônia Legal;
Inciso II - 35%, na propriedade rural situada em área de cerrado localizada na
Amazônia Legal, sendo no mínimo 20% na propriedade e 15% na
forma de compensação em outra área, desde que esteja localizada na
mesma microbacia, e seja averbada nos termos do § 7º deste artigo
Inciso III - 20%, na propriedade rural situada em área de floresta ou outras
formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País;
e
Inciso IV - 20%, na propriedade rural em área de campos gerais localizadas em
qualquer região do País.
Art. 44 “O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área
de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra
forma de vegetação nativa em extensão inferior ao
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 39
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estabelecido nos incisos I, II, II e IV do art. 16, ressalvado o
disposto nos seus parágrafos 5º e 6º, deve adotar as
seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente”:
Inciso III – compensar a reserva legal por outra área equivalente em importância
ecológica e extensão, desde que pertença ao mesmo ecossistema e
esteja localizada na mesma microbacia, conforme critérios
estabelecidos em regulamento.
• Art. 2º - Ficam acrescidos os seguintes dispositivos à Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965:
Art. 3º-A “A exploração dos recursos florestais em terras
indígenas somente poderá ser realizada pelas comunidades
indígenas em regime de manejo florestal sustentável, para
atender a sua subsistência, respeitados os arts. 2º e 3º deste
Código (NR)”.
Art. 37-A “Não é permitida a conversão de florestas ou outra
forma de vegetação nativa para uso alternativo do solo na
propriedade rural que possui área desmatada, quando for
verificado que a referida área encontra-se abandonada,
subutilizada ou utilizada de forma inadequada, segundo a
vocação e capacidade de suporte do solo”.
Art. 44-A “O proprietário rural poderá instituir servidão
florestal, mediante a qual voluntariamente renuncia, em
caráter permanente ou temporário, a direitos de supressão
ou exploração da vegetação nativa, localizada fora da
reserva legal e da área com vegetação de preservação
permanente”.
Art. 44-B “Fica instituída a Cota de Reserva Florestal – CRF,
título representativo de vegetação nativa sob regime de
servidão florestal, de Reserva Particular do Patrimônio
Natural ou reserva legal instituída voluntariamente sobre a
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 40
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vegetação que exceder os percentuais estabelecidos no art.
16 deste código”.
Art. 44-C “O proprietário ou possuidor que, a partir da
vigência da Medida Provisória nº 1.736-31, de 14 de
dezembro de 1998, suprimiu, total ou parcialmente florestas
ou demais formas de vegetação nativa, situadas no interior
de sua propriedade ou posse, sem as devidas autorizações
exigidas por Lei, não pode fazer uso dos benefícios previstos
no inciso III do art. 44. (NR)”.
• Art. 3º - O art. 10 da Lei 9.393, de 19 de dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
• Art. 10, § 1º, Inciso IId - as áreas sob regime de servidão florestal.
Decreto Federal nº 750 de 10 de fevereiro de 1993 - que dispõe sobre o corte, a
exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estádios avançado e médio de
regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências.
Art. 3º “Para efeitos deste Decreto, considera-se Mata
Atlântica as formações florestais e ecossistemas associados
inseridos no domínio da Mata Atlântica, com as respectivas
delimitações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do
Brasil, IBGE 1988: Floresta Ombrófila Densa Atlântica,
Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta
Estacional Semidecidual, Floresta Estacional Decidual,
manguezais, restingas, campo de altitude, brejo, interiorano e
encraves florestais no Nordeste”.
Resolução Conjunta SMA/Ibama-SUPES nº 004 de 03 de dezembro de 1993 -
que estabelece normas para o cumprimento da reposição florestal obrigatória no Estado
de São Paulo e dá outras providências.
Resolução Conama nº 001 de 31 de janeiro de 1994 – que define vegetação
primária e estádios sucessionais (pioneiro, inicial, médio e avançado) de Mata Atlântica.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 41
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Resolução Conjunta SMA/Ibama/SP-1 de 17 de fevereiro de 1994 - que define
vegetação primária e estádios sucessionais (pioneiro, inicial, médio e avançado) de Mata
Atlântica para o Estado de São Paulo.
Resolução Conama nº 009 de 24 de outubro de 1996 – que define corredores
entre remanescentes, assim como estabelece parâmetros e procedimentos para sua
identificação e proteção.
O Cerrado, apesar da sua importância em constituir-se no segundo maior bioma do
planeta, depois da Floresta Amazônica, não foi incluído entre os biomas considerados
pelo art. 225, §4º da Constituição Federal, como Patrimônio Nacional.
Art. 225 “Todos têm direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para às presentes e futuras gerações”.
§ 4º “A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o
Pantanal Matogrossense e a Zona Costeira são Patrimônio Nacional e sua
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais”.
Diante disso, este bioma fica fragilizado frente à legislação, tendo como proteção o
Código Florestal – Lei Federal nº 4.771 de 15 de setembro de 1965 (alterado pela Lei
Federal nº 7.803 de 18 de julho de 1989).
5.2 Fauna
Entende-se por fauna o conjunto das espécies de animais de um determinado
habitat, região ou época. Sendo assim, devido ao fato da Bacia Hidrográfica do Pardo
encontrar se inserida no domínio do Cerrado, a caracterização da fauna regional foi
efetuada para o melhor entendimento da fauna local associada a essa formação vegetal.
Grande parte da bacia está inserida em uma região de transição ecológica, onde
representantes da fauna e flora de diversas formações fitogeográficas se misturam,
formando um ecótono. Essa característica torna os ambientes naturais ricos em
diversidade de espécies, apesar de todo o histórico de degradação pelo qual já sofreram
e continuam a sofrer.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 42
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No entanto, apesar de todo o conhecimento existente sobre a diversidade de fauna
e flora em regiões ecotonais, atualmente a fauna da bacia hidrográfica do rio Pardo ainda
é pouco conhecida. De acordo com Sinbiota (2006), dentre os 23 municípios com sede
inserida no limite da UGRHI 04, 16 municípios apresentam algum levantamento de fauna
(Tabela 5.5).
Tabela 5.5 – Municípios com levantamento de fauna. MUNICÍPIO COM SEDE NA
UGRHI 04 GRUPOS TAXONÔMICOS
Altinópolis Chilopoda, Mammalia, Opiliones, Osteichthyes, Reptilia, Scorpiones Brodósqui Scorpiones Caconde Bivalvia, Copepoda, Rotifera, Ophidia Cajuru Chilopoda, Lepidoptera, Mammalia, Reptilia, Scorpiones Casa Branca Scorpiones Divinolândia Aves, Branchiopoda, Mammalia, Rotifera Jardinópolis Bivalvia, Chilopoda, Scorpiones Mococa Bivalvia, Proteobacteria, Scorpiones Ribeirão Preto Acari, Anura, Chilopoda, Primates, Scorpiones Santa Rosa do Viterbo Bivalvia, Scorpiones São José do Rio Pardo Bivalvia, Branchiopoda, Copepoda, Lepidoptera São Sebastião da Grama Aves, Mammalia São Simão Chilopoda, Scorpiones Tambaú Bivalvia, Gastropoda Tapiratiba Aves, Mammalia, Reptilia Vargem Grande do Sul Chilopoda
Fonte: Sinbiota, 2006.
A seguir, estão apresentados os dados mais recentes da fauna identificada na
Bacia Hidrográfica do Pardo, de acordo com pesquisas bibliográficas, principalmente de
Joly & Bicudo (1998) e com levantamentos de projetos inseridos no Sistema de
Informação Ambiental do Biota (Sinbiota, 2006), do Programa Biota-Fapesp.
• Ictiofauna dulcícola O Estado de São Paulo abriga aproximadamente 30% da ictiofauna conhecida do
país, totalizando 782 espécies, sendo 512 (65%) marinhas e 261 (35%) dulcícolas (Castro
& Menezes,1998). De acordo com os principais trabalhos e publicações referentes à
diversidade de peixes de água doce do Estado de São Paulo, essa ictiofauna está distribuída
entre quatro conjuntos de corpos d’água: as porções superiores das bacias hidrográficas do
sistema do Alto rio Paraná e do rio Paraíba do Sul; a grande parte da bacia de drenagem do rio
Ribeira de Iguape; e todo o conjunto de cursos d’água com drenagens atlânticas
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 43
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independentes, que na grande maioria correm em área de ocorrência da Floresta Atlântica
Costeira, denominados Rios Litorâneos (Figura 5 7).
Fonte: Castro & Menezes (1998).
Figura 5.7 - Principais bacias hidrográficas do Estado de São Paulo.
Os estudos sobre o tema, ainda incipientes, revelam para o conjunto dulcícola do
Alto Paraná, a presença de 22 famílias e 166 espécies, ocupando o 1º lugar em
diversidade biológica no Estado de São Paulo, segundo dados apresentados por Castro &
Menezes (1998) e ilustrados na Figura 5.8.
Estado de SãoPaulo Alto Paraná
Paraíba do SulRibeira do
Iguape Rios litorâneos
Família
Espécie
261
166
77
544825
2217
12 150
50
100
150
200
250
300
Fonte: Castro & Menezes (1998).
Figura 5.8 - Diversidade taxonômica conhecida da ictiofauna dulcícola do Estado de São Paulo (em no de espécies e famílias).
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 44
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No geral, a bacia do Alto Paraná exibe, em seus canais fluviais principais, o
predomínio de espécies de peixes de porte médio a grande como os curimbatás,
piaparas, pintados e jaús, geralmente com ampla distribuição geográfica e significativa
importância na pesca comercial e de subsistência. Associadas a esses cursos de água
existem inúmeras cabeceiras hidrográficas, habitadas principalmente por espécies de
pequeno porte, com distribuição geográfica restrita, apresentando pouco ou nenhum valor
comercial e, dependentes da vegetação ripária (vivente nas margens dos rios) para
alimentação, reprodução e abrigo.
Outrossim, é válido ressaltar que a ação humana, materializada na área pelo
desmatamento e uso extensivo de fertilizantes e pesticidas associados à agropecuária
mecanizada extensiva e à construção de barragens hidrelétricas, transformou as bacias
hidrográficas regionais em uma sucessão interconectada de grandes lagos artificiais.
Segundo Castro & Menezes (1998), tal fato tem acarretado inúmeras quebras na
diversidade biológica ictiofaunística regional; como exemplo, pode ser citado o caso das
diversas espécies de piracema, que estariam provavelmente extintas em nível local, não
fossem as contínuas introduções de larvas artificialmente produzidas pelas companhias
geradoras de energia elétrica.
• Anfíbios Agrupados em três ordens: Caudata (salamandras); Gymnophiona (cobras-cegas)
e Anura (sapos, rãs e pererecas), a população de anfíbios está estimada em 4.200
espécies no mundo, sendo a segunda maior diversidade no planeta.
No Brasil, segundo Haddad (1988), a estimativa chega a 600 espécies conhecidas
e, para o Estado de São Paulo, a classe dos anfíbios está representada pelas ordens
Anura e Gymnophiona, e atualmente são conhecidas 180 espécies de anfíbios anuros, o
que corresponde a aproximadamente 35% das espécies conhecidas no Brasil e cerca de
5% da diversidade mundial.
O bioma do cerrado abriga aproximadamente 150 espécies de anfíbios, dentre os
quais 32 são endêmicas e três estão ameaçadas de extinção, conforme o Ministério do
Meio Ambiente (2004). A anurofauna do cerrado paulista é naturalmente a mais
empobrecida em relação aos ecossistemas anteriores, pois os ambientes abertos desse
ecossistema permitem poucas especializações reprodutivas aos anuros, restringindo o
número de grupos filogenéticos que podem ocupar essa formação vegetal.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 45
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Nas áreas de matas semidecíduas, localizadas, principalmente, nas sub-bacias 3
(Médio Pardo) e 6 (Alto Pardo), é de se esperar uma maior biodiversidade de anuros,
devido a existência de ambientes úmidos, apresentando diversos micro-ambientes que
são explorados pelos anfíbios.
• Répteis
Conforme salientado por Marques et al. (1998), embora existam vários estudos
taxonômicos sobre répteis do Estado de São Paulo, pouco se conhece sobre os padrões
de diversidade do grupo, tanto em nível de localidades, como em nível de associações
biológicas.
Segundo os autores anteriormente citados, considerando-se a área do Estado em
relação à do país, a riqueza de espécies paulistas é elevada. Tal fato pode ser explicado pela
grande diversidade de ecossistemas, sendo os mais ricos em répteis os seguintes: as
florestas ombrófilas densas, as florestas estacionais semideciduais e os cerrados.
Segundo Marques et al. (1998), algumas espécies do interior do Estado são típicas
de áreas abertas e ocorrem em algumas fisionomias do cerrado, por exemplo, os lagartos
Micrablepharus atticolus e Tropidurus itambere e as serpentes Waglerophis merremi e
Crotalus durissus (cascavel), ao passo que outras espécies dependem de formações mais
densas, como cerradões e florestas estacionais semideciduais, como o lagarto
Urostrophus vautierii e a serpente Taeniophallus occiptalis.
O projeto “Áreas Especialmente Protegidas no Estado de São Paulo: Levantamento
e Definição de Parâmetros para Administração e Manejo”, segundo o Sistema de
Informação Ambiental do Biota (Sinbiota, 2006), identificou no município de Tapiratiba as
espécies Hydromedusa tectifera (cágado-de-pescoço-comprido) e Caiman latirostris
(jacaré-de-papo-amarelo) e no município de Cajuru a espécie Bothrops alternatus (urutu),
todas estão inseridas na Lista de “Fauna Ameaçada no Estado de São Paulo” (Decreto
Estadual N° 42.838, de 04 de fevereiro de 1998), sendo o cágado-de-pescoço-comprido
classificado como “provavelmente ameaçado”, e o jacaré-de-papo-amarelo e a urutu
como “vulnerável”.
• Aves
Segundo Silva (1998), as aves são tradicionalmente um dos grupos mais bem
estudados de vertebrados, em função principalmente de seus hábitos diurnos e
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 46
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conspícuos, comunicação sonora e ocupação de habitats variados. A diversidade
ambiental do Estado de São Paulo, com relevo e tipologias de vegetação distintas, é a
responsável por aproximadamente 750 espécies de aves registradas em território
paulista, que representam 45% das espécies da avifauna brasileira.
Nas áreas remanescentes das matas semideciduais, os estudos vêm demonstrando
que não existe um padrão uniforme na composição específica da avifauna devido, talvez, à
ação conjunta de fatores históricos, climáticos e de processos estocásticos (cálculo das
probabilidades aos números obtidos pela estatística), que levaram à fixação de algumas
espécies e à eliminação de outras. O efeito da fragmentação desse ecossistema sobre a sua
avifauna pode também refletir nas associações ornitológicas presentes. Sabe-se hoje que,
nessas áreas, o número aproximado de espécies é de 248, representando cerca de 33,6%
do total geral paulista, de acordo com Silva (1998).
Ambientes como as matas ciliares, no entanto, não apresentam uma estrutura de
vegetação ou composição florística definidas para permitir o enquadramento de uma
avifauna peculiar. Pelo contrário, no Estado de São Paulo a avifauna é caracterizada por
espécies oportunistas, de ampla distribuição geográfica, que freqüentam a vegetação
secundária e bordas de mata. Estudos demonstram que essa formação vegetal abriga
cerca de 79 espécies, representando 10,7% da avifauna de São Paulo.
A heterogeneidade espacial e fisionômica do cerrado em São Paulo é responsável
pelo caráter relativamente diversificado de sua avifauna. Aproximadamente 30% das aves
paulistas podem ser encontradas em cerradão ou em outro tipo de cerrado.
Nos cerradões (savana florestada), o número registrado é de 86 espécies,
refletindo 11,6% do total de avifauna presente no Estado de São Paulo, enquanto os
cerrados exibem cerca de 150 espécies, representando 20,3% do total. Embora muitas
espécies sejam freqüentes em outros ambientes, cerca de 30 são restritas ao cerrado
stricto sensu (savana típica) e ao campo cerrado (savana estépica).
Surpreendentemente, quase um quarto da avifauna paulista ocorre também em
ambientes profundamente modificados pelo homem, como áreas de uso agropecuário,
reflorestamentos, represamentos ou mesmo na área urbana.
Outro aspecto a ser destacado nos estudos ornitológicos refere-se ao conjunto de
táxons “provavelmente extintos” ou “criticamente em perigo”; a maior parte dessas
espécies ocorre em hábitos “interioranos”, tais como matas, cerrados e cerradões,
ambientes presentes na bacia hidrográfica ora estudada. Segundo a lista oficial de Fauna
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 47
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Ameaçada no Estado de São Paulo (Decreto Estadual N° 42.838/98), animais como o
pavão-do-mato (Pyroderus scutatus), o sabiá-do-banhado (Embernagra platensis) e o
urubu-rei (Sarcoramphus papa), estão classificados como “Em perigo”, enquanto o
caminheiro-de-barriga-acanelada (Anthus hellmayri), o caminheiro-grande (Anthus
nattereri) e o carapé (Taoniscus nanus), estão classificados com “Criticamente em
perigo”. Vale ressaltar que essas seis espécies foram amostradas nos municípios de
Divinolândia, São Sebastião da Grama e Tapiratiba.
• Mamíferos
A Figura 6.9 mostra a fauna de mamíferos do Estado de São Paulo que contém
frações de diversas outras mastofaunas distintas do Brasil. Na região estudada, ocorre o
predomínio de componentes faunísticos próprios do Brasil central – componente 1,
incluindo, por exemplo, Callithrix penicillata (sagüi), Alouatta caraya (macaco bugio),
Chrysocyon brachyurus (guará, lobo-guará) e Clyomys (rato de espinhos).
Fonte: Vivo (1998).
Figura 5.9 – O Estado de São Paulo e os quatro principais componentes mastofaunísticos. As setas não indicam “movimento” nem implicam dispersão, apenas padrões de distribuição predominantes.
Os sagüis representam primatas de distribuição restrita aos estados de São Paulo,
Rio de Janeiro e Minas Gerais. São animais mais ativos nas primeiras horas da manhã e
no final da tarde e alimentam-se principalmente de frutos, insetos e goma obtida pela
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 48
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perfuração da casca de árvores. As espécies Callithrix aurita (sagüi-da-serra-escuro) e
Callithrix penicilata (sagüi-de-tufo-preto) foram observadas nos municípios de
Divinolândia, São Sebastião da Grama e Tapiratiba, e vale ressaltar que essas espécies
estão inseridas na lista de Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo
(Decreto Estadual N° 42.838/98), classificadas como “em perigo” e “vulnerável”,
respectivamente.
Os bugios, por sua vez, estão entre os maiores primatas neotropicais, podendo
atingir até 9 kg de peso. De hábitos arborícolas, locomovem-se lentamente com
auxílio de sua cauda preênsil, nos ramos mais altos das árvores, raramente
descendo ao solo. Vivem em pequenos grupos sociais de indivíduos de ambos os
sexos e várias idades, chefiados por um macho adulto. Estão mais ativos ao
crepúsculo e durante as primeiras horas da manhã. Emitem vocalizações muito
potentes, que podem ser assustadoras, para quem não as conhece, e que são
ouvidas a longas distâncias. Alimentam-se basicamente de folhas e frutos verdes ou
maduros. A espécie classificada como “em perigo”, Alouatta caraya, foi observada
nos municípios de Cajuru e Ribeirão Preto.
Segundo o projeto entitulado “Áreas Especialmente Protegidas no Estado de
São Paulo: Levantamento e Definição de Parâmetros para Administração e Manejo”
do Programa Biota-Fapesp, também podem ser avistados na região da bacia do rio
Pardo, animais ameaçados de extinção como cateto (Pecari tajacu), jaguatirica
(Leopardus pardalis), onça-parda (Puma concolor), sauá (Callicebus personatus),
paca (Agouti paca), lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) e lontra (Lutra longicaudis),
todos classificados como “vulnerável”. Também podem ser encontradas espécies
classificadas como “em perigo”, como a raposinha-do-campo (Pseudalopex vetulus),
e espécies “provavelmente ameaçadas”, como o gato-mourisco (Herpailurus
yaguarondi), tamanduá-mirim (Tamanduá tetradactyla) e mão-pelada (Procyon
cancrivorous).
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 49
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6. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS
Extremamente oportuna a elaboração do Relatório Um de Situação que, além de
avaliar os recursos hídricos da UGRHI 4 e acompanhar a implementação das ações à luz
do Plano da Bacia Hidrográfica do Pardo, objetivos precípuos deste documento, permite
também ajustar e complementar aspectos de caráter socioeconômico de modo a
assegurar uma permanente atualização da dinâmica demográfica e do desenvolvimento
econômico da Bacia.
Importante ressaltar que, o comportamento desses elementos determina a
estrutura municipal e suas implicações com os recursos hídricos e com o meio
ambiente em sentido lato.
A sistemática atualização dessas informações permite que as entidades
públicas e as entidades privadas determinem, com maior precisão, o volume de
recursos necessários para a correção de áreas ambientalmente degradadas ou a
conservação dos recursos naturais, indispensáveis à sobrevivência humana e aos
processos produtivos atuais e futuros.
Os ajustes periódicos das projeções demográficas permitem também verificar,
com maior precisão, a melhor relação custoxbenefício dos investimentos a serem
implementados no município ou região.
6.1 Dinâmica Demográfica
Antes de se proceder às atualizações das populações urbanas e rurais, algumas
observações devem ser consideradas.
Quando da elaboração do Plano de Recursos Hídricos do Pardo, utilizou-se das
análises contidas no documento “Caracterização Sócio-Econômica da Bacia Hidrográfica
do Pardo – UGRHI 4”, outubro de 2001 e que foi entregue ao Comitê da Bacia do Pardo
também em 2001.
Entretanto, esse relatório utilizou os resultados Preliminares da Amostra do Censo
Demográfico de 2000 do IBGE, cujas informações sobre a população, eram preliminares e
foram disponibilizados em maio de 2001.
Somente em dezembro de 2001, foram divulgados os resultados definitivos da
pesquisa, através da publicação dos Resultados do Universo, que compreendem as
características básicas da população, das pessoas responsáveis pelos domicílios e dos
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 50
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domicílios e seus respectivos moradores, que foram investigadas para a totalidade da
população, relativas ao total do País, Grandes Regiões, Unidades da Federação e
Municípios (IBGE, 2001).
Assim sendo, as divergências sobre a população do próprio Censo 2000 e as
conseqüentes projeções demográficas se tornaram inevitáveis na Bacia, notadamente no
que concerne aos resultados das populações urbanas e rurais. A título de exemplo pode-
se citar, no caso das populações rurais: os resultados Preliminares do Censo 2000
apontaram que em Ribeirão Preto existiam 2.679 habitantes rurais. Já os resultados do
Universo do Censo 2000 indicaram que havia apenas 2.163 residentes rurais.
No âmbito da população urbana pode-se citar o município de Divinolândia onde os
resultados Preliminares do Censo mostraram que existiam 6.501 habitantes urbanos. O
Universo do Censo registrou 6.875 residentes urbanos em Divinolândia.
Em maior ou menor grau essas diferenças ocorreram em todos os municípios tanto
nas populações rurais quanto nas urbanas.
Além disso, à época, as entidades responsáveis pelo tratamento das
informações demográficas não dispunham de projeções ou estimativas demográficas
capazes de subsidiarem as projeções efetuadas para a Bacia do Pardo.
Com todas essas variáveis demográficas desfavoráveis, os resultados obtidos
para o próprio ano 2000 e anos subseqüentes estariam comprometidos no âmbito da
Bacia, principalmente no médio e longo prazo.
A despeito disso, toda e qualquer estimativa populacional deve ser revista e
ajustada, num período máximo de 5 anos para que os programas desenvolvidos na
região não fiquem prejudicados, tanto no que concerne à realidade assumida pela
região e/ou município, quanto nos recursos financeiros alocados.
Os ajustes periódicos das projeções demográficas permitem também verificar,
com maior precisão, a melhor relação custoxbenefício dos investimentos a serem
implementados no município ou região.
Após esses importantes esclarecimentos, apresenta-se, a seguir, a população
efetiva do Censo do IBGE para o ano de 2000, segundo os 23 municípios integrantes
da Bacia e, portanto, da UGRHI em seu conjunto, bem como as projeções
demográficas para os anos de 2003, 2005, 2010 e 2020.
Cabe esclarecer que, as projeções demográficas para os anos de 2003 e 2005
tiveram como base de informações as estimativas elaboradas pelo Seade e para os
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 51
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anos de 2010 e 2020 utilizou-se do modelo matemático da regressão, cujos
resultados obtidos foram cotejados com àqueles disponibilizados pela Sabesp.
Dessa forma, as projeções demográficas, a seguir apresentadas, adquirirem
maior consistência nos resultados obtidos. Por esses motivos sugere-se que, a partir
da entrega desse relatório, considere-se para efeito de análise, os resultados
populacionais expressos a seguir, que se referem basicamente à população total
residente, população urbana e rural e distribuição da população por sub-bacias.
Entretanto, deve-se enfatizar, mais uma vez, da necessidade de revisões
periódicas, no que tange à população estimada, até que um novo Censo Demográfico
seja publicado.
Em 2001, o IBGE também não havia divulgado os resultados da Migração e,
portanto, os resultados analíticos não puderam ser incorporados ao Plano. Dessa
forma, o presente relatório se constitui em ocasião adequada para apresentar o
crescimento vegetativo e a migração da UGRHI 4, complementando, assim, as
informações sobre os componentes demográficos.
6.1.1 População Residente
Com as informações extraídas do Censo Demográfico 2000 – Resultados do Universo,
a UGRHI 4 possuía um total de 970.878 habitantes, correspondendo a 2,62% do total estadual
que era da ordem de 37.032.403 residentes.
Ribeirão Preto abrigava 504.923 pessoas, representando 52% do total da
Bacia, ou seja, em 2000, mais da metade da população da UGRHI 4 estava
concentrada em apenas 1 município.
No ranking dos municípios que assentavam maiores contingentes
populacionais, em 2000, apareceu, em segundo lugar, a municipalidade de Mococa
que registrou 65.574 habitantes. Nota-se uma amplitude expressiva entre os dois
municípios que lideravam a preferência das pessoas para fixarem sua residência. A
seguir tem-se São José do Rio Pardo com 50.077 residentes.
Dessa forma, em termos populacionais, Ribeirão Preto liderava, de forma
marcante, a dinâmica demográfica da Bacia do Pardo.
Agregando-se à Mococa e a São José do Rio Pardo os municípios que
apresentaram, em 2000, populações compreendidas entre os intervalos de 20.000
até 50.000 pessoas, visualiza-se um terceiro bloco de municípios que são: Vargem
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 52
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Grande Sul com 36.302 moradores, Serrana com 32.603 residentes, Jardinópolis com 30.729
habitantes, Cravinhos com 28.411 pessoas, Casa Branca com 26.800 moradores, Tambaú com
22.258 habitantes, Santa Rosa do Viterbo com 21.435 residentes e Cajuru com 20.777 pessoas.
Verifica-se que nesses 8 municípios estavam concentradas 219.315 pessoas, que
representavam 22,6% do total da Bacia.
Assim, onze municípios abrigavam 86,5% de toda a população da UGRHI 04 no ano de
2000.
A Tabela 6.1, a seguir, retrata, com muita propriedade, a evolução da população dos 23
municípios integrantes da UGRHI 4, para o período de 1980 à 2000, bem como as respectivas
taxas geométricas de crescimento anuais - tgcas dos 2 últimos anos, qual seja, 2000/1996.
Tabela 6.1 – Evolução da População e Taxas Geométricas de Crescimento Anuais População Residente TGCA
Municípios 1980 1991 1996 2000 2000/1996 1. Altinópolis 12.728 13.619 13.888 15.481 2,75
2. Brodowski 11.164 13.756 15.529 17.139 2,50
3. Caconde 16.392 17.248 17.485 18.378 1,25
4. Cajuru 16.180 20.183 20.788 20.777 -0,01
5. Casa Branca 21.698 25.226 24.795 26.800 1,96
6. Cássia dos Coqueiros 2.517 2.717 2.753 2.871 1,05
7. Cravinhos 16.866 22.417 23.984 28.411 4,33
8. Divinolândia 10.247 11.827 11.504 12.016 1,09
9. Itobi 5.724 6.768 6.802 7.466 2,36
10. Jardinópolis 19.612 24.053 24.615 30.729 5,70
11. Mococa 47.149 58.237 63.811 65.574 0,68
12. Ribeirão Preto 316.918 434.142 456.252 504.923 2,57
13. Sales de Oliveira 6.394 7.608 8.211 9.325 3,23
14. Santa Cruz da Esperança ND ND 1.735 1.796 0,87
15. Santa Rosa do Viterbo 14.370 19.123 20.207 21.435 1,49
16. São José do Rio Pardo 36.035 44.438 47.660 50.077 1,24
17. São Sebastião da Grama 11.321 11.794 11.477 12.454 2,06
18. São Simão 10.649 11.955 12.668 13.675 1,93
19. Serra Azul 4.790 6.141 6.931 7.446 1,81
20. Serrana 14.229 22.997 26.581 32.603 5,24
21. Tambaú 15.384 19.782 21.215 22.258 1,21
22. Tapiratiba 9.846 11.756 12.705 12.942 0,46
23. Vargem Grande do Sul 20.230 30.748 34.123 36.302 1,56
Total da UGRHI 04 640.443 836.535 885.719 970.878 2,32% UGRHI 04/ESP 2,56 2,65 2,60 2,62 _Total do Estado de SP 25.040.712 31.588.025 34.119.110 37.032.403 2,07
Fonte: IBGE: Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 (site http://www.ibge.gov.br)
ND: Dados não disponíveis Pesquisa e elaboração efetuada pelo IPT/Cetae em abril de 2006
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Por outro lado, observou-se também que, 12 municípios que integram esta
unidade hídrica apresentam populações compreendidas entre 1.000 e 20.000
residentes em 2000.
Santa Cruz da Esperança, em 2000, era o município que possuía o menor
número de habitantes, quando contabilizou apenas 1.796 habitantes.
Os dados da mesma tabela indicam que de 1980 até o ano 2000 a Bacia, em
seu conjunto, apresentou um crescimento, em números absolutos, da ordem de
330.435 habitantes, o que representou um incremento de participação relativa de
34%. Já o Estado de São Paulo, nos mesmos 20 anos, registrou um incremento de
32,4%.
Importante ressaltar que, em 2000, a população da Bacia, em seu conjunto,
passa a representar 2,62% frente à população total do Estado de São Paulo,
correspondendo a um acréscimo 0,06% em relação a 1980, para a mesma relação.
A Figura 6.1, apresentada a seguir, fornece um retrato da distribuição da
população de 2000 segundo intervalos. A adoção da espacialização dos dados que
compõem a Tabela 6.1, bem como as análises até aqui desenvolvidas, permite a
rápida visualização dos vetores de concentração da população na UGRHI 4.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 54
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fonte : IBGE 2000 Figura 6.1 – Distribuição da população em intervalos populacionais.
Cumpre notar que as parcelas municipais que se encontram desprovidas de cor, na figura
acima, referem-se a municípios que possuem somente áreas rurais na UGRHI 4, em outras
palavras, significa que as áreas urbanas de tais municípios estão inseridas em outras Bacias
Hidrográficas. Entretanto, quando da distribuição de população por sub-bacia, adiante
apresentada, a população dessas parcelas territoriais irão se inserir nesta Bacia.
TAPIRATIBA
CACONDE
ÁGUAS DA PRATA
DIVINOLÂNDIA
SÃO SEBASTIÃO DA GRAMAITOBI
SÃO JOSÉ DO
RIO PARDO
VARGEM GRANDE DO SUL
MOCOCA
CASA BRANCA
ALTINÓPOLIS
CAJURUCÁSSIA DOS COQUEIROS
SANTO ANTÔNIODA ALEGRIA
SANTA CRUZ DA
ESPERANÇA
SANTA ROSA DO
VITERBO
TAMBAÚ
SÃO SIMÃO
JARDINÓPOLIS
SERRANA
SERRA AZUL
BATATAIS
BRODOWSKY
RIBEIRÃOPRETO
CRAVINHOS
PONTAL
ORLÂNDIA
SALESOLIVEIRA
MORROAGUDO
SERTÃOZINHO
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS.
Limite de município em outra UGRHI
Sede municipal
Limite municipalLimte da UGRHI 04
LEGENDA.
Municípios com parte do território na Bacia mas pertencem à outra UGRHIs1.000 a 20.000 habitantes (12 municípios)
20.001 a 50.000 habitantes (8 municípios)50.001 a 100.000 habitantes (2 municípios)> 100.000 habitantes (Ribeirão Preto com 504.923 hab)
0 11 km
&
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 55
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A figura anterior evidencia, com bastante propriedade, que 12 municípios possuem suas
populações situadas no intervalo de 1.000 a 20.000. Isso significa que 52% de todas as
municipalidades que compõem a Bacia são considerados de pequeno porte.
Já os 8 municípios situados no intervalo populacional de 20.001 a 50.000 pessoas são
considerados de pequeno porte, mas com estruturas urbanas mais diversificadas que os
anteriores.
Mococa e São José do Rio Pardo são considerados municípios de médio porte.
O município de Ribeirão Preto é considerado de grande porte, contando com uma estrutura
urbana e econômica diversificada, moderna, incluindo setores altamente especializados.
Com relação às taxas geométricas de crescimento anual (Tgcas), a Tabela 6.1
anteriormente apresentadas, indica que a Bacia Hidrográfica, no último intervalo temporal,
suplanta a tgca do Estado de São Paulo, consignando 2,32% enquanto o território paulista
apresentou uma tgca de 2,07%.
A Figura 6.2 traduz o comportamento das tgcas do Estado de São Paulo e da Bacia
Hidrográfica do Pardo. Atenção especial deve ser dada ao período de 2000/1996, uma vez que,
conforme já exposto no inicio deste documento, as alterações se deram neste período. Para as
análises das taxas geométricas de crescimento anuais (tgcas) municipais dos períodos
anteriores, consultar o documento “Caracterização Sócio-Econômica da Bacia Hidrográfica do
Pardo – UGRHI 4”, outubro de 2001.
2,07
2,32
1,15
2,46
1,55
2,13
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
1991/80 1996/91 2000/96
Tgca
em
%
Bacia Hidrográfica do Pardo Estado de São Paulo
períodos
Figura 6.2 – Evolução das Taxas Geométricas de Crescimento Anuais - Tgcas
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 56
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A avaliação do ritmo de crescimento, através do comportamento que vem
assumindo a Tgca da UGRHI 4 e de cada município que a compõem, é de fundamental
importância para o estudo da demanda de água, pois dessa forma se torna possível
verificar onde existe a tendência de concentração e onde está havendo certa estagnação
populacional ou mesmo perda de população.
Cabe aqui destacar que a avaliação das tgcas ficarão restritas ao último período de
cálculo, ou seja 2000/96.
O único município que apresentou tgca negativa foi Cajuru que registrou -0,01, mas
deve ser ressalvado que Cajuru, cedeu parte de seu território para a instituição do
município de Santa Cruz da Esperança.
Já o município de Santa Cruz da Esperança computou uma tgca de 0,87%, para o
período de 2000/96, situando-se num patamar bastante inferior quando comparada com
àquelas registradas para o conjunto da UGRHI (2,32%) e do próprio Estado de São Paulo
que marcou (2,07%).
Diante disso é possível afirmar que a criação do mais novo município da Bacia
certamente contribuiu para a queda da taxa de Cajuru, entretanto outros fatores devem
estar influenciando esse comportamento negativo de seu crescimento.
Quando se considera o último intervalo adotado para esta análise (2000/96)
verifica-se que vários municípios computaram taxas de crescimento muito expressivas,
sendo inclusive maiores que a da própria Bacia e do Estado de São Paulo, merecendo
destaque os municípios de: Jardinópolis com 5,70%; Serrana que apresentou
5,24%; Cravinhos com 4,33%; Sales de Oliveira com tgca de 3,23%; Altinópolis
2,75%; Ribeirão Preto 2,57%; Brodowski 2,50% e Itobi 2,36%.
6.1.2 População Urbana e Rural
A Bacia Hidrográfica do Rio Pardo caracteriza-se por um perfil
predominantemente urbano, muito embora em alguns municípios da UGRHI 4 a
população rural, em 2000, ainda seja significativa como é o caso de São José do
Rio Pardo, Mococa, Caconde, Casa Branca, Divinolândia e São Sebastião da
Grama.
Em 2000, o Estado registrou 2.439.552 habitantes rurais, sendo que a UGRHI
04 era responsável por apenas 2,84% do total paulistano, com 69.255 campesinos.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 57
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
No caso da população urbana, em 2000, o Estado de São Paulo registrava
um total de 34.592.851 pessoas morando nas cidades, sendo que a UGRHI 4 era
responsável por 901.623 residentes urbanos, correspondendo a 2,61% do total
urbano estadual.
A seguir as Tabelas 6.2 e 6.3 apresentam a evolução das populações rurais
e urbanas respectivamente, bem como as suas taxas geométricas de crescimento
anuais para o período de 2000/1996, segundo os municípios integrantes da Bacia
Hidrográfica do Rio Pardo.
TABELA 6.2 – Evolução da População Rural e Taxas Geométricas de Crescimento Anual – Tgcas
População Rural TGCA Municípios 1980 1991 1996 2000 2000/1996
1. Altinópolis 5.391 4.110 3.019 2.934 -0,712. Brodowski 2.000 1.991 1.031 854 -4,603. Caconde 8.373 7.715 6.359 6.561 0,784. Cajuru 5.832 4.583 3.664 2.376 -10,265. Casa Branca 7.436 6.239 4.408 5.171 4,076. Cássia dos Coqueiros 1.680 1.569 1.243 1.206 -0,757. Cravinhos 3.057 1.978 1.415 1.229 -3,468. Divinolândia 6.101 6.274 5.204 5.141 -0,309. Itobi 2.223 1.706 1.151 1.262 2,3310. Jardinópolis 4.011 3.098 2.027 2.663 7,0611. Mococa 11.332 9.890 9.157 8.290 -2,4612. Ribeirão Preto 10.081 9.831 2.128 2.163 0,4113. Sales de Oliveira 2.235 1.608 1.830 1.484 -5,1014. Santa Cruz da Esperança ND ND 939 599 -10,6315. Santa Rosa do Viterbo 2.815 1.682 1.382 1.239 -2,6916. São José do Rio Pardo 14.210 13.107 10.917 8.441 -6,2317. São Sebastião da Grama 6.697 6.088 5.157 4.960 -0,9718. São Simão 2.672 1.709 1.257 1.735 8,3919. Serra Azul 1.120 699 569 638 2,9020. Serrana 1.572 999 887 784 -3,0421. Tambaú 3.809 3.784 3.204 3.214 0,0822. Tapiratiba 6.292 5.657 5.128 3.721 -7,7123. Vargem Grande do Sul 3.684 3.145 2.910 2.590 -2,87Total da UGRHI 04 112.623 97.462 74.986 69.255 -1,97% UGRHI 04/ESP 3,96 4,29 3,19 2,84 _Total do Estado de SP 2.844.334 2.273.164 2.351.492 2.439.552 0,92
Fonte: Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 (http://www.ibge.gov.br)
Seade e IBGE – Projeções Populacionais (htpp://www.seade.gov.br)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 58
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No âmbito da população rural observa-se que os municípios de Caconde, Casa
Branca, Itobi, Jardinópolis, Ribeirão Preto, São Simão, Serra Azul e Tambaú obteveram
incrementos no número de residentes campesinos quando se comparam os habitantes rurais
no ano de 1996 com o de 2000.
Também o Estado de São Paulo registrou ascensão em sua população rural nesse
mesmo período.
Nesses mesmos 4 anos todos os outros municípios computaram perdas populacionais
em suas respectivas populações rurais.
De uma forma geral, verifica-se que todos os municípios da Bacia vêm sofrendo
retrações nas suas populações rurais. Isso se reflete no comportamento da UGRHI 4 em seu
conjunto que, no período adotado para esta análise, vem registrando contrações nas
populações rurais, como indicam os dados da tabela acima.
A tgca rural da UGRHI 4, no período de 2000/1996, foi negativa quando computou -
1,97%.
No que concerne à população urbana ressalta-se que todos os municípios da UGRHI
4 registraram incrementos de residentes urbanos no período de 2000/96.
Por outro lado, 8 municípios computaram significativas taxas de crescimento anual
(tgcas) na população urbana: Altinópolis, Cravinhos, Jardinópolis, Sales de Oliveira, Santa
Cruz da Esperança, São Sebastião da Grama, Serrana e Tapiratiba.
Essas constatações encontram-se expressas na Tabela 6.3, a seguir, que retrata a
evolução da população urbana da UGRHI 04.
A tabela demonstra claramente que a tgca urbanas da Bacia, no último período
registrou 2,69%. O Estado de São Paulo, por sua vez, apresentou uma tgca de 2,15% no
período de 2000/96.
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Tabela 6.3- Evolução da População Urbana e Taxas Geométricas de Crescimento Anual – Tgcas População Urbana TGCA
Municípios 1980 1991 1996 2000 2000/1996 1. Altinópolis 7.337 9.509 10.869 12.547 3,652. Brodowski 9.164 11.765 14.498 16.285 2,953. Caconde 8.019 9.533 11.126 11.817 1,524. Cajuru 10.348 15.600 17.124 18.401 1,815. Casa Branca 14.262 18.987 20.387 21.629 1,496. Cássia dos Coqueiros 837 1.148 1.510 1.665 2,477. Cravinhos 13.809 20.439 22.569 27.182 4,768. Divinolândia 4.146 5.553 6.300 6.875 2,219. Itobi 3.501 5.062 5.651 6.204 2,3610. Jardinópolis 15.601 20.955 22.588 28.066 5,5811. Mococa 35.817 48.347 54.654 57.284 1,1812. Ribeirão Preto 306.837 424.311 454.124 502.760 2,5813. Sales de Oliveira 4.159 6.000 6.381 7.841 5,2914. Santa Cruz da Esperança ND ND 796 1.197 10,7415. Santa Rosa do Viterbo 11.555 17.441 18.825 20.196 1,7716. São José do Rio Pardo 21.825 31.331 36.743 41.636 3,1717. São Sebastião da Grama 4.624 5.706 6.320 7.494 4,3518. São Simão 7.977 10.246 11.411 11.940 1,1419. Serra Azul 3.670 5.442 6.362 6.808 1,7120. Serrana 12.657 21.998 25.694 31.819 5,4921. Tambaú 11.575 15.998 18.011 19.044 1,4022. Tapiratiba 3.554 6.099 7.577 9.221 5,0323. Vargem Grande do Sul 16.546 27.603 31.213 33.712 1,94Total da UGRHI 04 527.820 739.073 810.733 901.623 2,69% UGRHI 04/ESP 2,38 2,52 2,55 2,61 _Total do Estado de SP 22.196.378 29.314.861 31.767.618 34.592.851 2,15
Fonte: Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 (http://www.ibge.gov.br)
Seade e IBGE – Projeções Populacionais (htpp://www.seade.gov.br) Pesquisa e elaboração efetuada pelo IPT/Cetae em abril de 2006
6.1.3 Crescimento Vegetativo e Migração
Para entender o padrão demográfico da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo e do
Estado de São Paulo (ESP), é fundamental considerá-los como resultado do
comportamento da dinâmica populacional, principalmente no que concerne ao
crescimento vegetativo e à migração.
Para a avaliação desses dois componentes demográficos adotou-se como
período o ano de 1996 até 2000, uma vez que as análises das tgcas, anteriormente
apresentadas, enfocaram esse mesmo período. Dessa forma é possível obter um
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 60
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resultado analítico mais consistente, uma vez que possibilita a comparação entre as
diferentes informações.
No período de 1996 a 2000, o crescimento demográfico do Estado de São Paulo foi
de 2.913.293 habitantes, sendo que houve uma entrada de 985.410 pessoas, portanto, o
crescimento vegetativo foi de 1.927.883 pessoas.
A Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, nos mesmos 4 anos, teve um crescimento
vegetativo de 40.017 pessoas, mas entraram na região 45.142 pessoas, resultando num
crescimento absoluto de 85.159 pessoas.
Somente o município de Cajuru computou efetiva perda populacional quando
registou uma queda de 11 pessoas. Esse resultado confirma a tgca negativa observada em
Cajuru, qual seja -0,01%.
Contrações demográficas, representadas pela emigração, foram observadas em 4
municípios: Cássia dos Coqueiros, Mococa, Santa Cruz da Esperança e Tapiratiba. Esses
municípios foram também os que contabilizaram as menores tgcas no período de
2000/1996,Tabela 6.1. Por outro lado, Ribeirão Preto recebeu, nesse período, 29.090 imigrantes que,
agregados ao crescimento vegetativo (19.581 pessoas) obtêm-se um crescimento absoluto
de 48.671 moradores. Jardinópolis recebeu 4.671 novos residentes, Serrana contabilizou
3.835 novos moradores. Nessa seqüência aparece também Cravinhos, que abrigou 3.124
imigrantes.
A Tabela 6.4 expressa o comportamento migratório dos municípios, da Bacia e do
Estado de São Paulo, além de seus respectivos crescimentos vegetativos.
Quando se coteja o comportamento dos componentes demográficos (migração e
crescimento vegetativo) com as informações sobre as tgcas municipais, apresentadas
anteriormente, verifica-se que os municípios que computaram maiores imigrações
apresentaram também as tgcas mais expressivas.
Por outro lado, as perdas de populacionais, observadas na tabela acima,
correspondem também aos municípios que apresentaram as menores tgcas e a única tgca
negativa no período de 1996/2000, como já mencionado.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 61
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Tabela 6.4 – Crescimento Vegetativo e Migração Período 1996 a 2000
Municípios Vegetativo Migratório Total 1. Altinópolis 689 904 1.593 2. Brodowski 753 857 1.610 3. Caconde 876 17 893 4. Cajuru 1.182 -1.193 -11 5. Casa Branca 700 1.305 2.005 6. Cássia dos Coqueiros 126 -8 118 7. Cravinhos 1.303 3.124 4.427 8. Divinolândia 467 45 512 9. Itobi 202 462 664 10. Jardinópolis 1.443 4.671 6.114 11. Mococa 2.699 -936 1.763 12. Ribeirão Preto 19.581 29.090 48.671 13. Sales de Oliveira 305 809 1.114 14. Santa Cruz da Esperança 66 -5 61 15. Santa Rosa do Viterbo 926 302 1.228 16. São José do Rio Pardo 2.062 355 2.417 17. São Sebastião da Grama 508 469 977 18. São Simão 521 486 1.007 19. Serra Azul 484 31 515 20. Serrana 2.187 3.835 6.022 21. Tambaú 829 214 1.043 22. Tapiratiba 475 -238 237 23. Vargem Grande do Sul 1.633 546 2.179 Total da UGRHI 04 40.017 45.142 85.159 % UGRHI 04/ESP 2,08 4,58 2,92 Total do Estado de SP 1.927.883 985.410 2.913.293
Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Contagem de População 1996 e Censo Demográfico 2000
SEADE (www.seade.sp.gov.br) - Nascimentos e Óbitos de 1997 a 2000
Pesquisa e elaboração efetuada pelo IPT/Cetae em abril de 2006
6.2 Projeções Demográficas
A população total projetada foi resultado da soma das projeções elaboradas para
as populações urbana e rural. Esse procedimento assegura maior consistência à projeção
obtida para a população total.
Além disso, foram utilizadas as projeções elaboradas pelo IBGE e pelo Seade para os
anos de 2001, 2002, 2003, 2004 e 2005. A partir desses dados, associados à evolução da
população de 1980 até 2000, procedeu-se os cálculos através do modelo matemático da
regressão para obter as estimativas populacionais para os anos de 2003, 2005, 2010 e 2020.
Como resultado apresenta-se as projeções populacionais totais, urbanas e rurais,
conforme Tabelas 6.5, 6.6 e 6.7 respectivamente.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 62
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Tabela 6.5 – População Total 2000 e População Total Projetada para 2003, 2005, 2010 e 2020 População Total População Total Projetada
Municípios 2000 2003 2005 2010 2020 1. Altinópolis 15.481 16.121 16.574 17.167 18.865
2. Brodowski 17.139 18.145 18.874 20.390 23.676
3. Caconde 18.378 18.829 19.144 19.981 22.057
4. Cajuru 20.777 21.520 22.045 23.178 25.310
5. Casa Branca 26.800 27.188 27.461 28.453 30.013
6. Cássia dos Coqueiros 2.871 2.958 3.019 3.079 3.279
7. Cravinhos 28.411 30.260 31.605 34.463 40.735
8. Divinolândia 12.016 12.131 12.211 12.694 13.441
9. Itobi 7.466 7.734 7.923 8.350 9.258
10. Jardinópolis 30.729 32.801 34.311 36.873 43.299
11. Mococa 65.574 67.675 69.164 73.320 76.864
12. Ribeirão Preto 504.923 527.634 543.885 583.738 626.508
13. Sales de Oliveira 9.325 9.849 10.227 10.942 12.594
14. Santa Cruz da Esperança 1.796 1.852 1.891 2.279 2.479
15. Santa Rosa do Viterbo 21.435 22.022 22.438 23.444 25.694
16. São José do Rio Pardo 50.077 51.865 53.131 56.916 62.059
17. São Sebastião da Grama 12.454 12.709 12.887 13.104 13.794
18. São Simão 13.675 14.210 14.591 15.339 17.026
19. Serra Azul 7.446 7.845 8.132 8.829 10.223
20. Serrana 32.603 35.530 37.706 42.273 52.214
21. Tambaú 22.258 22.997 23.520 25.423 28.079
22. Tapiratiba 12.942 13.273 13.507 14.383 15.863
23. Vargem Grande do Sul 36.302 38.062 39.323 42.739 47.399
Total da UGRHI 04 970.878 1.013.210 1.043.569 1.117.357 1.220.729% UGRHI 04/ESP 2,62 2,62 2,61 2,57 2,51Total do Estado de SP 37.032.403 38.718.301 39.949.487 43.440.743 48.712.390
Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Censo Demográfico 2000 e Estimativas Populacionais SEADE (www.seade.sp.gov.br) – Projeções Populacionais
Pesquisa e elaboração efetuada pelo IPT/Cetae em abril de 2006 Tabela 6.6 – População Urbana 2000 e População Urbana Projetada para 2003, 2005, 2010 e 2020 População Urbana População Urbana Projetada
Municípios 2000 2003 2005 2010 2020 1. Altinópolis 12.547 13.433 14.036 15.372 18.2552. Brodowski 16.285 17.363 18.136 20.031 23.4153. Caconde 11.817 12.663 13.226 14.552 17.6584. Cajuru 18.401 19.344 19.991 22.173 24.5955. Casa Branca 21.629 22.329 22.797 24.485 27.1536. Cássia dos Coqueiros 1.665 1.852 1.975 2.163 2.6437. Cravinhos 27.182 29.136 30.544 33.944 40.4348. Divinolândia 6.875 7.298 7.572 8.278 9.7059. Itobi 6.204 6.548 6.785 7.499 8.84710. Jardinópolis 28.066 30.364 32.011 34.960 42.02611. Mococa 57.284 59.888 61.690 66.650 71.822
Continua ...
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 63
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12. Ribeirão Preto 502.760 525.653 542.015 582.228 625.45813. Sales de Oliveira 7.841 8.446 8.873 9.759 11.75114. Santa Cruz da Esperança 1.197 1.302 1.372 1.776 2.05115. Santa Rosa do Viterbo 20.196 20.886 21.366 22.540 25.10016. São José do Rio Pardo 41.636 43.936 45.521 50.096 57.02917. São Sebastião da Grama 7.494 8.047 8.412 9.103 10.75318. São Simão 11.940 12.621 13.091 14.097 16.17419. Serra Azul 6.808 7.260 7.580 8.392 9.98620. Serrana 31.819 34.814 37.030 41.811 52.10221. Tambaú 19.044 19.978 20.622 22.825 26.08122. Tapiratiba 9.221 9.777 10.151 11.385 13.77523. Vargem Grande do Sul 33.712 35.630 36.989 40.645 45.885Total da UGRHI 04 901.623 948.568 981.785 1.064.764 1.182.698% UGRHI 04/ESP 2,61 2,62 2,62 2,61 2,58Total do Estado de SP 34.592.851 36.253.553 37.412.251 40.777.903 45.773.660
Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Censo Demográfico 2000 e Estimativas Populacionais SEADE (www.seade.sp.gov.br) – Projeções Populacionais
Pesquisa e elaboração efetuada pelo IPT/Cetae em abril de 2006 Tabela 6.7 – População Rural 2000 e População Rural Projetada para 2003, 2005, 2010 e 2020 População Rural População Rural Projetada
Municípios 2000 2003 2005 2010 2020 1. Altinópolis 2.934 2.688 2.538 1.795 610
2. Brodowski 854 782 738 359 261
3. Caconde 6.561 6.166 5.918 5.429 4.399
4. Cajuru 2.376 2.176 2.054 1.005 715
5. Casa Branca 5.171 4.859 4.664 3.968 2.860
6. Cássia dos Coqueiros 1.206 1.106 1.044 916 636
7. Cravinhos 1.229 1.124 1.061 519 301
8. Divinolândia 5.141 4.833 4.639 4.416 3.736
9. Itobi 1.262 1.186 1.138 851 411
10. Jardinópolis 2.663 2.437 2.300 1.913 1.273
11. Mococa 8.290 7.787 7.474 6.670 5.042
12. Ribeirão Preto 2.163 1.981 1.870 1.510 1.050
13. Sales de Oliveira 1.484 1.403 1.354 1.183 843
14. Santa Cruz da Esperança 599 550 519 503 428
15. Santa Rosa do Viterbo 1.239 1.136 1.072 904 594
16. São José do Rio Pardo 8.441 7.929 7.610 6.820 5.030
17. São Sebastião da Grama 4.960 4.662 4.475 4.001 3.041
18. São Simão 1.735 1.589 1.500 1.242 852
19. Serra Azul 638 585 552 437 237
20. Serrana 784 716 676 462 112
21. Tambaú 3.214 3.019 2.898 2.598 1.998
22. Tapiratiba 3.721 3.496 3.356 2.998 2.088
23. Vargem Grande do Sul 2.590 2.432 2.334 2.094 1.514
Total da UGRHI 04 69.255 64.642 61.784 52.593 38.031% UGRHI 04/ESP 2,84 2,62 2,44 1,98 1,29Total do Estado de SP 2.439.552 2.464.748 2.537.236 2.662.840 2.938.730
Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Censo Demográfico 2000 e Estimativas Populacionais SEADE (www.seade.sp.gov.br) – Projeções Populacionais
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Em 2010, a população total da UGRHI 4 será de 1.117.357 habitantes que
corresponderá a 2,57% do total paulista que será de 43.440.743 residentes.
Ribeirão Preto continuará a manter a primazia em termos de população absoluta, quando
se estima que terá 583.738 habitantes em 2010. Na sucessão aparecerá o município de Mococa
com 73.320 residentes, seguido por São José do Rio Pardo com 56.916 moradores.
Esses 3 municípios juntos responderão, em 2010, por quase 64,0% dos residentes
da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo.
Em 2020, a UGRHI 4 abrigará um total de 1.220.729 pessoas. A população urbana
será de 1.182.698 citadinos correspondendo a praticamente 97,0% da população total da
Bacia. Os restantes 3,0% serão constituídos de população rural, ou seja, 38.031 pessoas.
6.3 Distribuição da População por Sub-Bacia
A sub-bacia pode ser considerada como uma unidade de planejamento de
fundamental importância para o cálculo da oferta e demanda de água, bem como para a
determinação do balanço hídrico.
Também a adoção da sub-bacia como unidade de intervenção, seja ela preventiva
ou corretiva, nos recursos hídricos se torna muito mais efetiva, além de permitir a
participação da sociedade civil no estabelecimento de metas e ações necessárias para o
estabelecimento do desenvolvimento sustentável.
As populações por sub-bacias contemplam o ano de 2000 e as projeções demográficas
para os anos de 2003, 2005, 2010 e 2020, tendo-se como base as análises anteriormente
apresentadas.
Dessa forma apresenta-se, a seguir, um conjunto de Tabelas (6.8 a 6.13) com a
distribuição da população por sub-bacia hidrográfica.
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Tabela 6.8 – Sub-bacia 1: Ribeirão São Pedro/ Ribeirão Floresta
2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total
Municípios urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020
1. Batatais _ 339 339 _ 321 321 _ 310 310 _ 243 243 _ 184 184
2. Brodowski _ 43 43 _ 39 39 _ 37 37 _ 18 18 _ 13 13
3. Jardinópolis 11.226 1.864 13.090 12.146 1.706 13.852 12.804 1.610 14.414 13.984 1.339 15.323 16.810 891 17.701
4. Morro Agudo _ 394 394 _ 373 373 _ 360 360 _ 310 310 _ 214 214
5. Orlândia _ 64 64 _ 60 60 _ 58 58 _ 52 52 _ 39 39
6. Pontal (Distrito Cândia)* 1.938 98 2.036 2.001 23 2.024 2.005 14 2.019 1.992 10 2.002 1.979 6 1.985
7. Ribeirão Preto _ 173 173 _ 158 158 _ 150 150 _ 121 121 _ 84 84
8. Sales de Oliveira 7.841 1.425 9.266 8.446 1.347 9.793 8.873 1.300 10.173 9.759 1.136 10.895 11.751 809 12.560 9. Sertãozinho (Distr. Cruz das Posses)* 6.265 697 6.962 6.507 567 7.074 6.757 535 7.292 7.875 373 8.248 9.591 89 9.680
Total da Sub-Bacia 1 27.270 5.097 32.367 29.100 4.594 33.694 30.439 4.374 34.813 33.610 3.602 37.212 40.131 2.329 42.460
% da Sub-Bacia/UGRHI 04 3,02 7,36 3,33 3,07 7,11 3,33 3,10 7,08 3,34 3,16 6,85 3,33 3,39 6,12 3,48
Total da UGRHI 04 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729
Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 Seade, IBGE e IPT - Projeções Populacionais Obs: Pesquisa de dados efetuada em abril de 2006 *Inclui as áreas urbanas e rurais dos distritos mencionados
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Tabela 6.9 – Sub-bacia 2: Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá
2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total Municípios urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020
1. Altinópolis _ 733 733 _ 672 672 _ 634 634 _ 449 449 _ 153 153 2. Batatais _ 226 226 _ 214 214 _ 206 206 _ 162 162 _ 123 123 3. Brodowski 16.285 811 17.096 17.363 743 18.106 18.136 701 18.837 20.031 341 20.372 23.415 248 23.663 4. Cravinhos 27.182 860 28.042 29.136 787 29.923 30.544 743 31.287 33.944 363 34.307 40.434 211 40.645 5. Jardinópolis 16.840 799 17.639 18.218 731 18.949 19.207 690 19.897 20.976 574 21.550 25.216 382 25.598 6. Ribeirão Preto 502.760 1.601 504.361 525.653 1.466 527.119 542.015 1.384 543.399 582.228 1.117 583.345 625.458 777 626.235 7. São Simão 11.940 781 12.721 12.621 715 13.336 13.091 675 13.766 14.097 559 14.656 16.174 383 16.557 8. Serra Azul _ 77 77 _ 70 70 _ 66 66 _ 53 53 _ 29 29 9. Serrana _ 235 235 _ 215 215 _ 203 203 _ 139 139 _ 34 34 Total da Sub-Bacia 2 575.007 6.123 581.130 602.991 5.613 608.604 622.993 5.302 628.295 671.276 3.757 675.033 730.697 2.340 733.037 % da Sub-Bacia/UGRHI 04 63,77 8,84 59,86 63,57 8,68 60,07 63,46 8,58 60,21 63,04 7,14 60,41 61,78 6,15 60,05 Total da UGRHI 04 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729 Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996
Seade, IBGE e IPT - Projeções Populacionais Obs: Pesquisa de dados efetuada em abril de 2006
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Tabela 6.10 – Sub-bacia 3: Médio Pardo
2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total Municípios urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020
1. Altinópolis 11.293 880 12.173 12.090 806 12.896 12.633 761 13.394 13.835 538 14.373 16.430 183 16.613 2. Cajuru 18.401 2.376 20.777 19.344 2.176 21.520 19.991 2.054 22.045 22.173 1.005 23.178 24.595 715 25.310 3. Cássia dos Coqueiros 1.665 1.146 2.811 1.852 1.051 2.903 1.975 992 2.967 2.163 870 3.033 2.643 604 3.247 4. Mococa _ 1.227 1.227 _ 1.152 1.152 _ 1.106 1.106 _ 987 987 _ 746 746 5. Santa Cruz da Esperança 1.197 599 1.796 1.302 550 1.852 1.372 519 1.891 1.776 503 2.279 2.051 428 2.479 6. Santa Rosa do Viterbo 20.196 1.202 21.398 20.886 1.102 21.988 21.366 1.040 22.406 22.540 877 23.417 25.100 576 25.676 7. Santo Antônio da Alegria _ 47 47 _ 43 43 _ 41 41 _ 32 32 _ 13 13 8. São Simão _ 694 694 _ 636 636 _ 600 600 _ 497 497 _ 341 341 9. Serra Azul 6.808 561 7.369 7.260 515 7.775 7.580 486 8.066 8.392 384 8.776 9.986 208 10.194 10. Serrana 31.819 549 32.368 34.814 501 35.315 37.030 473 37.503 41.811 323 42.134 52.102 78 52.180 11. Tambaú _ 1.607 1.607 _ 1.509 1.509 _ 1.449 1.449 _ 1.299 1.299 _ 999 999 Total da Sub-Bacia 3 91.379 10.888 102.267 97.548 10.041 107.589 101.947 9.521 111.468 112.690 7.315 120.005 132.907 4.891 137.798 % da Sub-Bacia/UGRHI 04 10,13 15,72 10,53 10,28 15,53 10,62 10,38 15,41 10,68 10,58 13,91 10,74 11,24 12,86 11,29 Total da UGRHI 04 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729 Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 Seade, IBGE e IPT - Projeções Populacionais
Obs: Pesquisa de dados efetuada em abril de 2006 Elaborado pelo IPT/Cetae em 2006
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Tabea 6.11 – Sub-bacia 4: Rio Canoas
Tabela 6.12– Sub-bacia 5: Rio Tambaú/Rio Verde
2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total Municípios urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020
1. Casa Branca 21.629 2.586 24.215 22.329 2.430 24.759 22.797 2.332 25.129 24.485 1.984 26.469 27.153 1.430 28.583 2. Itobi 6.204 1.262 7.466 6.548 1.186 7.734 6.785 1.138 7.923 7.499 851 8.350 8.847 411 9.258 3. Mococa _ 1.658 1.658 _ 1.557 1.557 _ 1.495 1.495 _ 1.334 1.334 _ 1.008 1.008 4. São José do Rio Pardo _ 844 844 _ 793 793 _ 761 761 _ 682 682 _ 503 503 5. Tambaú 19.044 1.607 20.651 19.978 1.510 21.488 20.622 1.449 22.071 22.825 1.299 24.124 26.081 999 27.080 6. Vargem Grande do Sul 32.026 777 32.803 33.849 730 34.579 35.140 700 35.840 38.613 628 39.241 43.591 454 44.045 Total da Sub-Bacia 5 78.903 8.734 87.637 82.704 8.206 90.910 85.344 7.875 93.219 93.422 6.778 100.200 105.672 4.805 110.477 % da Sub-Bacia/UGRHI 04 8,75 12,61 9,03 8,72 12,69 8,97 8,69 12,75 8,93 8,77 12,89 8,97 8,93 12,63 9,05 Total da UGRHI 04 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729 Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 Seade, IBGE e IPT - Projeções Populacionais Obs: Pesquisa de dados efetuada em abril de 2006
2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total Municípios urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020
1. Cássia dos Coqueiros _ 36 36 _ 33 33 _ 31 31 _ 27 27 _ 19 19 2. Mococa 57.284 5.388 62.672 59.888 5.062 64.950 61.690 4.858 66.548 66.650 4.335 70.985 71.822 3.277 75.099 3. Tapiratiba _ 8 8 _ 7 7 _ 7 7 _ 6 6 _ 4 4 Total da Sub-Bacia 4 57.284 5.432 62.716 59.888 5.102 64.990 61.690 4.896 66.586 66.650 4.368 71.018 71.822 3.300 75.122 % da Sub-Bacia/UGRHI 04 6,35 7,84 6,46 6,31 7,89 6,41 6,28 7,92 6,38 6,26 8,31 6,36 6,07 8,68 6,15 Total da UGRHI 04 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729 Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 Seade, IBGE e IPT - Projeções Populacionais Obs: Pesquisa de dados efetuada em abril de 2006 Elaborado pelo IPT/Cetae em 2006
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 69
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Tabela 6.13 – Sub-bacia 6: Alto Pardo
2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total Municípios urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020
1. Águas da Prata _ 32 32 _ 30 30 _ 29 29 _ 25 25 _ 17 17 2. Caconde 11.817 6.561 18.378 12.663 6.166 18.829 13.226 5.918 19.144 14.552 5.429 19.981 17.658 4.399 22.057 3. Divinolândia 6.875 5.141 12.016 7.298 4.833 12.131 7.572 4.639 12.211 8.278 4.416 12.694 9.705 3.736 13.441 4. Mococa _ 17 17 _ 16 16 _ 15 15 _ 14 14 _ 11 11 5. São José do Rio Pardo 41.636 7.597 49.233 43.936 7.136 51.072 45.521 6.849 52.370 50.096 6.138 56.234 57.029 4.527 61.556 6. São Sebastião da Grama 7.494 4.960 12.454 8.047 4.662 12.709 8.412 4.475 12.887 9.103 4.001 13.104 10.753 3.041 13.794 7. Tapiratiba 9.221 3.713 12.934 9.777 3.489 13.266 10.151 3.349 13.500 11.385 2.992 14.377 13.775 2.084 15.859 8. Vargem Grande do Sul _ 259 259 _ 243 243 _ 233 233 _ 209 209 _ 151 151 Total da Sub-Bacia 6 77.043 28.280 105.323 81.721 26.575 108.296 84.882 25.507 110.389 93.414 23.224 116.638 108.920 17.966 126.886 % da Sub-Bacia/UGRHI 04 8,54 40,83 10,85 8,62 41,11 10,69 8,65 41,28 10,58 8,77 44,16 10,44 9,21 47,24 10,39 Total da UGRHI 04 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729 Fonte: IBGE - Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 e Contagem de População 1996 Seade, IBGE e IPT - Projeções Populacionais Obs: Pesquisa de dados efetuada em abril de 2006
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 70
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A distribuição de população por sub-bacias indica que, em 2000, a subunidade
hídrica que congregava a maior população urbana era a sub-bacia 2 – Ribeirão da
Prata/Ribeirão Tamanduá com 575.007 pessoas, representando 63,77% do total de
residentes urbanos da UGRHI 4. A segunda sub-bacia que absorvia mais residentes
urbanos era a sub-bacia 3 – Médio Pardo quando registrou 91.379 habitantes
correspondendo a 10,13% do total de citadinos da Bacia. No ranking das sub-bacias que
abrigavam expressivas populações urbanas aparece em 3º lugar a sub-bacia 5 – Rio
Tambaú/Rio Verde com 78.903 moradores urbanos ou 8,75% do conjunto de habitantes
urbanos.
Em 2000, nessas 3 sub-bacias estavam assentados 745.289 residentes urbanos
representando 82,7% do total urbano da UGRHI 4.
No habitat rural deve ser destacada, em 2000, a sub-bacia 6 – Alto Pardo com
28.280 campesinos correspondendo a 40,83% do total rural da UGRHI 4. Nesta
seqüência aparece a sub-bacia 3 – Médio Pardo que contabilizou 10.888 residentes
rurais, respondendo por 15,72% de todos os moradores do campo da Bacia.
Assim, duas sub-bacias congregavam 57,0% da população rural. Os restantes
43,0% de campesinos estavam distribuídas pelas 4 sub-bacias restantes.
Entretanto, como a sub-bacia não corresponde exatamente às divisas
administrativas dos municípios, essa divisão hidrográfica faz com que, na maioria das
vezes, parcelas de municípios que não foram discriminados nas tabelas até agora
apresentadas, passem a integrar as sub-bacias e, portanto, a própria UGRHI 4. Neste
caso foram absorvidas parcelas das municipalidades de: Águas da Prata (rural), Batatais
(rural), Morro Agudo (rural), Orlândia (rural), Pontal (urbana e rural), Santo Antônio da
Alegria (rural) e Sertãozinho (urbana + rural), totalizando porções territoriais de 7
municípios.
Por outro lado, parcelas territoriais que oficialmente pertencem a UGRHI 4
descartam porções de suas áreas e passam a integrar outras UGRHIs, como atesta a
Figura 6.3.
Por esse motivo existem diferenças nas áreas territoriais e nos totais de
populações quando estas são comparadas com as áreas e populações distribuídas por
sub-bacias e por municípios, conforme demonstra a Tabela 6.14, a seguir apresentada.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 71
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Tabela 6.14 – Consolidação da População das 6 Sub-bacias Hidrográficas
Sub-Bacias 2000 Total 2003 Total 2005 Total 2010 Total 2020 Total
urbana rural 2000 urbana rural 2003 urbana rural 2005 urbana rural 2010 urbana rural 2020 Sub-Bacia 1: Ribeirão São Pedro/Ribeirão Floresta 27.270 5.097 32.367 29.100 4.594 33.694 30.439 4.374 34.813 33.610 3.602 37.212 40.131 2.329 42.460Sub-Bacia 2: Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá 575.007 6.123 581.130 602.991 5.613 608.604 622.993 5.302 628.295 671.276 3.757 675.033 730.697 2.340 733.037Sub-Bacia 3: Médio Pardo 91.379 10.888 102.267 97.548 10.041 107.589 101.947 9.521 111.468 112.690 7.315 120.005 132.907 4.891 137.798Sub-Bacia 4: Rio Canoas 57.284 5.432 62.716 59.888 5.102 64.990 61.690 4.896 66.586 66.650 4.368 71.018 71.822 3.300 75.122Sub-Bacia 5: Rio Tambaú/Rio Verde 78.903 8.734 87.637 82.704 8.206 90.910 85.344 7.875 93.219 93.422 6.778 100.200 105.672 4.805 110.477Sub-Bacia 6: Alto Pardo 77.043 28.280 105.323 81.721 26.575 108.296 84.882 25.507 110.389 93.414 23.224 116.638 108.920 17.966 126.886Total das 6 Sub-Bacias da UGRHI 04 (A) 906.886 64.554 971.440 953.952 60.131 1.014.083 987.295 57.475 1.044.770 1.071.062 49.044 1.120.106 1.190.149 35.631 1.225.780Total da UGRHI 04 (B) 901.623 69.255 970.878 948.568 64.642 1.013.210 981.785 61.784 1.043.569 1.064.764 52.593 1.117.357 1.182.698 38.031 1.220.729Diferença entre a população da UGRHI 04 e 5.263 -4.701 562 5.384 -4.511 873 5.510 -4.309 1.201 6.298 -3.549 2.749 7.451 -2.400 5.051População das 6 Sub-Bacias (A-B)
Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Censo Demográfico 2000 e Estimativas Populacionais SEADE (www.seade.sp.gov.br) – Projeções Populacionais Pesquisa e elaboração efetuada pelo IPT/Cetae em abril de 2006 Obs: A = População Censo 2000 IBGE, população estimada na UGRHI 04 para os 23 municípios integrantes e também para parcelas dos 7 municípios das UGRHIs vizinhas que possuem território rurtal na Bacia.
Também estão computados parcelas dos 23 municípios da UGRHI 04 que possuem áreas territoriais em outras Bacias vizinhas.
B = População Censo 2000 IBGE e população estimada na UGRHI 04 para os 23 municípios integrantes da Bacia.
(A-B)= Saldo Populacional
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 72
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Muito embora os municípios que compõem a UGRHI 04 tenham descartado partes
de seus territórios para outras UGRHIs, notadamente rurais, o resultado da consolidação
das sub-bacias, indica que houve um incremento de população urbana em relação à
população dos 23 municípios integrantes, como atesta a Tabela 6.14 acima. Isso se
explica, principalmente, pelas parcelas de áreas urbanas de outras UGRHIs que estão
circunscritas à esta sub-unidade hídrica, no caso os distritos de Cândia pertencente ao
município de Pontal e Cruz das Posses que compõe o município de Sertãozinho.
No caso da população rural, verifica-se que a população por sub-bacia foi menor
que a população rural dos 23 municípios pertencentes à UGRHI 4. Isso indica que as
áreas rurais da Bacia que foram descartadas para outras UGRHIs suas populações eram
mais significativas que parcelas de outras UGRHIs que passaram a integrar a Bacia.
Embora já mencionado anteriormente, convém mais uma vez enfatizar que o
cálculo da oferta e demanda de água devem ter como pressupostos imprescindíveis às
populações que estão distribuídas por sub-bacias hidrográficas, que se encontram
espacializadas através da Figura 6.3, a seguir.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 73
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TAPIRATIBA
CACONDE
ÁGUAS DA PRATA
DIVINOLÂNDIA
SÃO SEBASTIÃO DA GRAMAITOBI
SÃO JOSÉ DO
RIO PARDO
VARGEM GRANDE DO SUL
MOCOCA
CASA BRANCA
ALTINÓPOLIS
CAJURUCÁSSIA DOS COQUEIROS
SANTO ANTÔNIODA ALEGRIA
SANTA CRUZ DA
ESPERANÇA
SANTA ROSA DO
VITERBO
TAMBAÚ
SÃO SIMÃO
JARDINÓPOLIS
SERRANA
SERRA AZUL
BATATAIS
BRODOWSKY
RIBEIRÃOPRETO
CRAVINHOS
PONTAL
ORLÂNDIA
SALESOLIVEIRA
MORROAGUDO
SERTÃOZINHO
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS.
Limite de município em outra UGRHI
Sede municipal
Limite municipalLimite das sub-bacias
Limite da UGRHI 04
5 - Rib Tambaú/Rio Verde
Total UGRHI 04
4 - Rio Canoas3 - Médio Pardo
6 - Alto Pardo
Sub-Bacias
87.637 62.716 102.267
(Censo)
108.296 971.440 1.014.083 105.323
32.367
2 - Rib da Prata/Rib Tamanduá 581.130
1 - Rib São Pedro/Rib da Floresta
90.910 93.219 64.990 66.586
33.694 34.8132003 20052000
608.604 628.295 107.589 111.468
1.044.770 110.389
733.037 675.033
37.2122010
População 2000 e Projeções Demográficas
42.4602020
110.477 100.200 71.018 75.122 120.005 137.798
1.120.106 1.225.780 116.638 126.886
0 11 km
1
2
3 4
5 6
&
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
Figura 6.3 – Distribuição da População por Sub-Bacia
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 74
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas 6.4 Desenvolvimento Econômico
Como anteriormente mencionado, este Relatório Um de Situação da Bacia do
Pardo permite também a atualização dos aspectos de caráter econômico de modo a
assegurar um permanente monitoramento do desenvolvimento econômico da Bacia.
Dessa forma, procurou-se atualizar e analisar a estrutura do setor primário, para
que, através dessas informações, se pudesse também estimar, quando possível, os
consumos de água necessários para o desenvolvimento dos produtos agropecuários.
6.4.1 Setor Primário
A atualização e análises e do setor agrícola se deterão, nesta etapa dos trabalhos,
às lavouras permanentes e temporárias e à pecuária. Isso se justifica porque são essas
atividades agrícolas que, após a comercialização de seus produtos, se revertem em
expressiva rentabilidade à economia agrícola local/regional.
Assim, procurou-se identificar os principais produtos agropecuários desenvolvidos
na Bacia, para o ano de 2004, bem como as respectivas áreas, em hectares, necessárias
a cada processo produtivo. A conjunção de cada produto com as respectivas áreas
utilizadas propicia a quantificação estimada de água necessária para cada lavoura.
Cumpre notar ainda que, no Plano da Bacia Hidrográfica as atividades primárias
eram referentes ao ano de 1999, fazendo com que este relatório incorpore,
necessariamente, as atualizações sobre o setor primário da economia.
As informações agrícolas são oriundas da produção agrícola municipal de 2004,
sob a responsabilidade do IBGE.
6.4.1.1 Lavoura Temporária
Os principais produtos da lavoura temporária que se desenvolvem na Bacia são:
Amendoim, Arroz, Batata-Inglesa, Cana-de-Açúcar, Cebola, Feijão, Milho, Soja e Tomate,
conforme discriminados na Tabela 6.15, adiante apresentada.
A cebola constitui-se no principal produto da Bacia quando se compara sua
produção com a do Estado de São Paulo. Em 2004, a UGRHI 4 cultivou 113.873
toneladas, que correspondeu a 61,18% do cultivo dessa erva bulbosa no Estado de São
Paulo que foi de 186.120 toneladas. Essa relação fica mais expressiva quando se verifica
que apenas 10 municípios da Bacia se dedicavam à cultura da cebola.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 75
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São José do Rio Pardo cultivou 63.000 toneladas de cebola, em 2004, sendo assim
responsável por 55% do total da produção da Bacia.
Quando se compara a produção da lavoura temporária da Bacia com o total do
mesmo produto para o Estado de São Paulo, merece ser destacado ainda o cultivo da
Batata-inglesa. Em 2004, esta unidade hídrica colheu 227.755 toneladas de batatas,
correspondendo a quase 30,0% de todas as batatas-inglesas cultivadas no Estado, que
foi da ordem de 779.320 toneladas.
A seguir aparece o feijão cuja produção total da UGRHI 4 foi de 29.779 toneladas,
equivalendo a 10,55% de toda a colheita do território paulista, que foi da ordem de
282.330 toneladas, em 2004. O município que se sobressaiu neste tipo de cultura foi
Casa Branca que colheu 22.200 toneladas respondendo por 75,0% de toda a produção da
Bacia.
No rol dos produtos mais cultivados nesta unidade hídrica convém ressaltar a cana-
de-açúcar, cuja produção, em 2004, alcançou o patamar das 17.379.000 toneladas, valor
este que significou 7,26% de toda a cana produzida no Estado.
Cumpre notar que, 2004, praticamente todos os municípios da Bacia destinavam
áreas de seus territórios rurais ao cultivo dessa planta da família das gramíneas, exceção
feita apenas aos municípios de Divinolândia e São Sebastião da Grama. Os municípios
que mais se dedicaram ao cultivo de cana-de-açúcar foram Jardinópolis que colheu
2.400.000 cana e toneladas dessa gramínea e Ribeirão Preto, que cultivou 2.254.000
toneladas. Somente esses dois municípios foram responsáveis por 27,0% de todos os
colmos destinados à fabricação do açúcar, aguardente ou álcool, conforme atestam as
informações da Tabela 6.15 a seguir.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 76
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Tabela 6.15 – Lavouras Temporárias: Produtos e Área Amendoim Arroz Batata Cana Cebola Feijão Milho Soja Tomate Outros Total
(ton) (ton) Inglesa
(ton) Açúcar
(ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)
Municípios Área (ha) Área (ha)
Área (ha) Área (ha)
Área (ha)
Área (ha) Área (ha) Área (ha)
Área (ha) Área (ha) Área (ha)
400 180 600 715.00 6.000 _ 17.550 6.000 _ _ 30.7301. Altinópolis
200 100 30 11.000 100 _ 3.500 2.500 _ _ 17.430 _ 54 _ 698.750 _ _ 4.140 2.160 _ 705.1042. Brodowski _ 30 _ 10.750 _ _ 800 800 _ 12.380 _ 400 2.280 30.441 1.200 550 7.590 _ _ 40 42.5013. Caconde _ 200 160 417 40 450 2.323 _ _ 10 3.600 _ _ _ 910.000 _ 36 8.400 _ _ _ 918.4364. Cajuru _ _ _ 13.000 _ 50 2.400 _ _ _ 15.450 _ 885 123.820 1.040.000 1.600 22.200 99.000 12.000 600 10.600 1.310.7055. Casa
Branca _ 240 4.500 13.000 40 9.000 14.143 4.800 10 3.315 49.048 _ 13 _ 9.100 _ 25 2.520 126 _ _ 11.7846. Cássia dos
Coqueiros _ 10 _ 130 _ 30 600 70 _ _ 840 4.000 _ _ 1.312.500 _ _ 3.570 1.800 4.200 150 1.326.2207. Cravinhos 1.600 _ _ 17.500 _ _ 770 1.000 60 10 20.940
_ 24 32.625 _ 24.270 623 3.600 _ 625 _ 61.7678. Divinolândia _ 10 1.450 _ 920 370 1.000 _ 10 _ 3.760
_ 144 12.000 192.000 6.000 1.203 15.360 900 _ _ 227.6079. Itobi _ 30 400 2.400 200 490 3.200 300 _ _ 7.020 1.250 _ _ 2.400.000 _ _ 3.600 3.600 500 72 2.409.02210.
Jardinópolis 500 _ _ 30.000 _ _ 700 1.500 10 4 32.714 _ 180 16.000 907.057 9.778 1.400 19.200 _ _ _ 953.61511. Mococa _ 100 800 12.014 300 450 3.840 _ _ _ 17.504
1.000 _ _ 2.254.000 _ _ 3.360 4.200 1.300 _ 2.263.86012. Ribeirão Preto 400 _ _ 32.200 _ _ 700 2.000 20 _ 35.320
600 45 _ 1.512.000 _ _ 1.260 5.280 _ _ 1.519.18513. Sales de Oliveira 200 30 _ 20.000 _ _ 300 2.200 _ _ 22.730
170 _ _ 287.000 _ 36 1.500 108 _ _ 288.81414. Santa Cruz da Esperança 100 _ _ 4.100 _ 50 500 60 _ _ 4.810
_ 54 _ 630.000 _ 9 2.208 360 _ 900 633.53115. Santa Rosa do Viterbo _ 30 _ 9.000 _ 10 530 200 _ 30 9.800
_ 42 _ 55.042 63.000 1.168 23.200 _ 2.590 240 145.28216. São José do Rio Pardo _ 20 _ 730 1.800 600 3.412 _ 60 100 6.722
_ 36 7.000 _ 525 216 2.760 _ 500 _ 11.03717. São Sebastião da Grama _ 20 350 _ 30 160 800 _ 10 _ 1.370
1.350 96 _ 1.275.000 _ _ 3.840 1.920 500 370 1.283.07618. São Simão 600 40 _ 17.000 _ _ 800 800 10 7 19.257 900 36 _ 991.410 _ _ 240 1.440 _ 140 994.16619. Serra Azul 400 20 _ 14.163 _ _ 80 600 _ 14 15.277
2.500 _ _ 520.000 _ _ 570 810 _ _ 523.88020. Serrana 1.000 _ _ 6.500 _ _ 130 450 _ _ 8.080 _ 180 5.410 1.600.000 _ 360 23.400 1.440 8.000 5.267 1.644.05721. Tambaú _ 150 300 20.000 _ 300 5.925 600 250 635 28.160 _ 4 _ 374.000 900 480 8.640 96 _ _ 384.12022. Tapiratiba _ 3 _ 4.400 30 200 1.600 40 _ _ 6.273 _ 180 28.020 380.700 600 1.473 29.250 2.160 1.590 _ 443.97323. Vargem
Grande do Sul _ 100 1.300 4.700 40 990 5.850 900 30 _ 13.910 12.170 2.553 227.755 17.379.000 113.873 29.779 284.758 44.400 20.405 17.779 18.132.472Total da
UGRHI 04 5.000 1.133 9.290 243.004 3.500 13.150 53.903 18.820 470 4.125 352.395 6,83 2,41 29,22 7,26 61,18 10,55 6,13 2,39 2,72 1,11 7,26% UGRHI
04/ESP 6,84 3,17 29,09 8,23 53,11 6,91 5,02 2,41 4,11 1,68 6,53 178.100 106.120 779.320 239.527.890 186.120 282.330 4.647.240 1.854.230 749.750 1.601.250 249.912.350Total do
Estado de SP 73.070 35.780 31.930 2.951.804 6.590 190.190 1.073.620 779.880 11.430 245.160 5.399.454 Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal 2004
Obs: O IBGE considera a Cana-de-Açúcar como Lavoura Temporária, tanto no caso da Produção Agrícola Municipal quanto nos Censos Agropecuários 1995/96 Outros produtos: Algodão Herbáceo; Alho; Batata-Doce; Mandioca; Sorgo Granífero
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 77
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Como indica a tabela acima, todos os municípios da Bacia têm o milho como
cultura temporária cuja produção alcançou as 284.758 toneladas, respondendo por 6,13%
do total estadual que foi de 4.647.240 toneladas. O município que mais se dedicou ao
cultivo dessas nutritivas espigas foi Casa Branca com uma safra de 99.000 toneladas,
significando 35,0% de todo o milho produzido na UGRHI 4.
De todos os produtos classificados como pertencentes ao conjunto das Lavouras
Temporárias, merece destaque, no âmbito da UGRHI 4, a cultura da cana-de-açúcar que
respondeu por 96,0% do total dessas culturas. A colheita total da UGRHI 4 dos produtos
considerados da Lavoura Temporária foi de 18.132.472 toneladas, sendo que 17.379.000
toneladas correspondiam à produção de cana-de-açúcar, em 2004.
As lavouras temporárias, também conhecidas como culturas anuais, ocuparam, em
2004, um total de 352.395 hectares, correspondendo à aproximadamente 51% do total da
área da Bacia em ha.
Quando se compara as análises contidas no documento “Caracterização Sócio-
Econômica da Bacia Hidrográfica do Pardo – UGRHI 4”, outubro de 2001 e que foi
entregue ao Comitê da Bacia do Pardo também em 2001, com as lavouras temporárias de
2004, acima discriminadas, verifica-se que no âmbito da UGRHI 4:
• As culturas do Amendoim, de Arroz e Cebola sofreram decréscimos quando
se compara as produções de 1999 e 2004. No caso da cebola deve ser
ressalvado que, embora registrado decréscimos, essa cultura representou
61,16% em relação ao Estado de São Paulo em 2004. Em 1999, a cebola
correspondia a 48,13% para essa mesma relação.
• As produções de Batata-Inglesa, Cana-de-Açúcar, Feijão, Milho, Soja e
Tomate registraram incrementos quando se compara essas produções com
as de 1999.
Com certeza o Estado de São Paulo depende da produção de cebola e batata-
inglesa produzidas na UGRHI 4 e que são destinadas ao mercado consumidor.
Essa afirmação pode ser comprovada pelas informações contidas na Tabela 6.15
acima explicitada.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 78
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6.4.1.2 Lavoura Permanente As culturas mais representativas da lavoura permanente que são produzidas na
Bacia são: Abacate; Café; Laranja; Limão; Manga e Tangerina.
Algumas dessas culturas da lavoura permanente possuem relevância quando se
compara suas quantidades produzidas com as mesmas que foram colhidas no conjunto
do Estado de São Paulo, em 2004.
Em termos de peso relativo com relação ao território paulista, devem ser citadas as
50.155 toneladas de café recolhidos na UGRHI 4, as quais corresponderam a 19,41% da
produção total de café do Estado. Como a tabela indica, todos os municípios da UGRHI
04 destinavam parcelas de suas respectivas áreas ao cultivo de café. Altinópolis,
Caconde e São Sebastião da Grama se sobressaíram nesse tipo de cultura, em 2004,
quando colheram 14.910 (ton.), 8.910 (ton.) e 7.280 (ton.) respectivamente.
Comparando-se a produção de café da UGRHI 4 com a totalidade do Estado,
verificou-se que a região colheu 50.156 toneladas dessa, o que significou 19,41% de toda
a colheita estadual que foi de 258.370 toneladas, em 2004, com indica a Tabela 6.16, a
seguir.
Tabela 6.16 - Lavouras Permanentes: Produtos e Área
Abacate Café Laranja Limão Manga Tangerina Outros Total (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)
Municípios Área (ha) Área (ha) Área (ha) Área (ha) Área (ha) Área (ha) Área (ha) Área (ha) 0 14.910 34.576 _ 0 _ 82 49.568
1. Altinópolis 10 7.100 1.727 _ 7 _ 38 8.882
2.736 900 _ 163 1.034 _ 50 4.8832. Brodowski
79 900 _ 11 140 _ 10 1.140
_ 8.910 _ _ _ _ 7 8.9173. Caconde
_ 6.750 _ _ _ _ 2 6.752
_ 1.425 1.921 _ _ _ _ 3.3464. Cajuru
_ 950 192 _ _ _ _ 1.142
_ 304 352.535 _ _ _ _ 352.8395. Casa Branca
_ 190 12.283 _ _ _ _ 12.473
_ 652 2.305 _ _ _ 160 3.1176. Cássia dos Coqueiros
_ 725 154 _ _ _ 4 883
132 360 8.644 _ 132 _ 100 9.3687. Cravinhos
8 300 288 _ 22 _ 7 625
_ 2.760 _ _ _ _ _ 2.7608. Divinolândia
_ 2.300 _ _ _ _ _ 2.300 9. Itobi _ 480 _ _ _ _ _ 480
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 79
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Abacate Café Laranja Limão Manga Tangerina Outros Total (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton) (ton)
_ 400 _ _ _ _ _ 400
7.920 108 288 408 5.280 _ _ 14.00410. Jardinópolis
231 100 19 53 326 _ _ 729
_ 4.800 103.953 _ _ _ _ 108.75311. Mococa _ 3.000 1.842 _ _ _ _ 4.842
66 80 384 _ 440 12 _ 98212. Ribeirão Preto
5 103 77 _ 54 5 _ 244
_ 978 _ _ _ _ _ 97813. Sales de Oliveira
_ 652 _ _ _ _ _ 652
_ 46 153 _ _ _ _ 19914. Santa Cruz da Esperança _ 31 15 _ _ _ _ 46
_ 99 16.327 184 _ 79 43 16.73215. Santa Rosa do Viterbo
_ 110 653 16 _ 6 25 810
_ 1.368 65 _ _ _ _ 1.43316. São José do Rio Pardo
_ 1.900 2 _ _ _ _ 1.902
_ 7.280 _ _ _ _ _ 7.28017. São Sebastião da Grama _ 5.600 _ _ _ _ _ 5.600
_ 49 8.298 230 _ 546 178 9.30118. São Simão
_ 82 461 15 _ 41 61 660
_ 400 _ _ _ _ 20 42019. Serra Azul
_ 420 _ _ _ _ 17 437
_ 61 _ _ _ _ 32 9320. Serrana
_ 60 _ _ _ _ 1 61
176 967 302.536 887 _ 16.479 1.745 322.79021. Tambaú
7 1.075 6.909 41 _ 577 181 8.790
_ 2.850 _ _ _ _ _ 2.85022. Tapiratiba
_ 1.900 _ _ _ _ _ 1.900
_ 368 7.794 148 _ 125 50 8.48523. Vargem Grande do Sul
_ 320 342 4 _ 5 54 725
11.030 50.155 839.779 2.020 6.886 17.241 2.467 929.578Total da UGRHI 04
340 34.968 24.964 140 549 634 400 61.995
13,81 19,41 5,71 0,26 2,81 2,82 0,14 5,05% UGRHI 04/ESP 7,49 15,91 4,25 0,42 2,99 2,51 0,37 6,22 79.864 258.370 14.717.790 780.392 245.085 611.212 1.730.740 18.423.453
Total do Estado de SP 4.539 219.800 587.935 33.460 18.363 25.254 106.916 996.267
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal 2004 Outros produtos: Banana; Borracha (látex coagulado); Coco-da-Bahia; Goiaba; Maracujá e Uva
Devem ser mencionadas ainda as 11.030 toneladas de abacates recolhidos na
UGRHI 4, as quais corresponderam a 13,81% da produção total de abacates do Estado.
Essa relação fica muito mais expressiva quando se verifica que essa fruta era cultivada
em apenas 5 municípios da Bacia. Entre eles merecem destaque os municípios de
Jardinópolis que colheu 7.920 toneladas e Brodowski com uma produção de 2.736
toneladas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 80
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Em 2004, 14 municípios da UGRHI 4 tinham a laranjeira como lavoura permanente
e cultivaram 839.779 toneladas desse fruto, respondendo por 5,71% de todas as laranjas
produzidas em território paulista. Os municípios de Casa Branca Tambaú e Mococa
lideraram a produção desse cítrico, quando juntos colheram 759.024 toneladas de
laranjas ou 90% da produção total da Bacia.
No contexto da UGRHI 4 o produto predominante foi, sem dúvida alguma, as
839.779 toneladas de laranjas, que corresponderam a 90% de todas as espécies
cultivadas na região e que integram o conjunto da lavoura permanente.
As lavouras permanentes ocuparam, em 2004, um total de 61.995 hectares,
correspondendo à aproximadamente 9,0% do total da área da Bacia em ha.
Quando se compara as análises contidas no documento “Caracterização Sócio-
Econômica da Bacia Hidrográfica do Pardo – UGRHI 4”, outubro de 2001 e que foi
entregue ao Comitê da Bacia do Pardo também em 2001, com as lavouras permanentes
de 2004, acima discriminadas, verifica-se que estas quando comparadas com as mesmas
espécies do Estado, tiveram o seguinte comportamento:
• As produções que sofreram decréscimos quando se compara as produções
de 1999 e 2004 foram: Abacate, Café, Limão e Manga.
• As produções de Laranja e Tangerina registraram incrementos quando se
compara essas produções com as mesmas verificadas para o Estado de
São Paulo.
No caso das lavouras permanentes foi necessária a comparação de suas
produções com as mesmas espécies cultivadas no Estado de São Paulo, pois em
1999 o IBGE quantificou as produções em número de frutos, exceção feita ao café
que já se encontrava em toneladas. Em 2004, todas as produções já estão
expressas em toneladas.
6.4.1.3 Pecuária
Os principais animais criados na Bacia Hidrográfica do Pardo foram os Bovinos, Suínos,
Eqüinos, Asininos, Muares, Bubalinos, Coelhos, Ovinos, Aves e Caprinos.
Em 2004, a Bacia em seu conjunto criou um total de 15.907.925 animais que
correspondeu a 9,02% do total do Estado de São Paulo.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 81
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Cabe destacar que, da totalidade de cabeças que foram criadas na Bacia,
15.459.670 delas referem-se às aves que correspondem a 97% dos animais da
UGRHI 04.
Compõem o grupo das aves os seguintes animais: galinhas; galos, frangas, frangos,
pintos e codornas.
Os maiores criadores de aves, em 2004, encontravam-se nos municípios de Mococa que
contabilizou 4.380.000 aves, Tambau que tinha 3.001.140 aves e São José do Rio Pardo com
2.057.800 aves. Juntos esses três municípios detinham 61,0% de todas as aves da UGRHI 4.
O total de aves criadas na Bacia representou quase 10% da totalidade das aves do
Estado de São Paulo, em 2004, conforme atestam os dados da Tabela 6.17, abaixo.
Tabela 6.17 – Efetivo de Rebanhos em Cabeças Municípios Bovinos Suino Eqüino Asinino Muar Bubalinos Coelhos Ovinos Aves Caprino Total
1. Altinópolis 22.200 250 1.000 50 100 _ _ 100 306.000 30 329.730
2. Brodowski 14.000 3.500 500 10 110 _ _ 22 509.613 50 527.805
3. Caconde 14.500 10.560 890 30 290 320 _ 65 279.000 70 305.725
4. Cajuru 34.000 3.700 756 50 450 _ _ 150 158.400 200 197.706
5. Casa Branca 10.400 10.380 440 30 100 600 _ 190 588.000 80 610.2206. Cássia dos Coqueiros 10.500 1.800 580 10 60 40 _ _ 98.000 100 111.090
7. Cravinhos 10.500 250 300 10 10 _ _ 150 35.400 150 46.770
8. Divinolândia 7.500 2.550 160 _ 90 90 150 _ 512.000 _ 522.540
9. Itobi 4.700 1.450 190 20 120 _ _ 50 71.600 50 78.180
10. Jardinópolis 12.400 3.000 650 20 70 70 _ 102 275.447 50 291.809
11. Mococa 53.800 7.800 1.200 60 270 _ 650 400 4.380.000 400 4.444.58012. Ribeirão Preto 6.889 600 900 10 40 8 95 217.000 25 225.56713. Sales de Oliveira 7.769 2.715 169 9 119 184 308 535.270 17 546.560
14. Santa Cruz da Esperança 8.100 1.000 106 30 100 _ _ _ _ 90 9.426
15. Santa Rosa do Viterbo 10.600 1.200 2.500 10 50 3 100 902.000 50 916.513
16. São José do Rio Pardo 35.700 17.180 790 30 350 _ _ 30 2.057.800 30 2.111.910
17. São Sebastião da Grama 11.800 2.670 900 20 270 20 90 36.400 30 52.200
18. São Simão 12.626 400 1.400 60 160 _ _ 200 66.000 90 80.936
19. Serra Azul 2.553 400 300 5 15 _ _ 200 950.000 15 953.488
20. Serrana 2.450 100 80 _ 10 _ _ 20 8.000 15 10.675
21. Tambaú 21.900 600 800 15 75 120 _ 300 3.001.140 600 3.025.550
22. Tapiratiba 11.900 5.300 220 _ 50 _ _ 30 398.000 50 415.55023. Vargem Grande do Sul 16.172 1.465 612 _ 240 306 _ _ 74.600 _ 93.395
Total da UGRHI 04 342.959 78.870 15.443 479 3.149 1.761 800 2.602 15.459.670 2.192 15.907.925
% UGRHI 04/ESP 2,49 4,64 3,09 6,72 4,02 2,49 1,09 0,86 9,68 3,01 9,02Total do Estado de SP 13.765.873 1.698.619 500.177 7.131 78.254 70.636 73.571 303.288 159.698.650 72.944 176.269.143
Fonte: IBGE - Produção Agrícola Municipal 2004
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 82
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Os asininos da Bacia tiveram também um expressivo desempenho se comparados
com o Estado de São Paulo, ao registrar 6,72% desse total, correspondendo a 459 asnos.
À exceção de Divinolândia, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul, todos os demais
municípios possuíam asnos em seus respectivos planteis.
A suinocultura na UGRHI 4 atingiu o patamar de 78.870 cabeças que representou
4,64% de toda a criação de porcos do Estado. Os municípios de São José do Rio Pardo,
Caconde e Casa Branca criaram juntos 38.120 suínos, em 2004.
A UGRHI 4 contribuiu com a criação de 3.149 muares ou 4,02% das mulas do
Estado. O município de Cajuru tinha 450 mulas, seguido por São José do Rio Pardo com
350 muares.
Todos os municípios tinham um considerável plantel de cavalos. Assim sendo, a
Bacia contribuiu com 15.443 eqüinos ou 3,09% de todos os cavalos do Estado. Os
maiores criadores foram os municípios de Santa Rosa do Viterbo que tinha 2.500 eqüinos,
São Simão com 1.400 cavalos, seguido por Mococa e Altinópolis que computaram 1.200 e
1.000 eqüinos respectivamente.
Foi possível observar também, pelas informações do IBGE, que a bacia possuía
342.959 cabeças de gado que representaram 2,49% de todos os bovinos de São Paulo.
Os vinte e três municípios integrantes da UGRHI 4 tiveram, em 2004, parte de seus
territórios ocupados com os bovinos. Mococa detinha o maior número de animais, isto é,
53.800 cabeças. Nesta seqüência aparecem São José do Rio Pardo (35.700 bovinos);
Cajuru (34.000 bois e vacas) e Altinópolis (22.200 cabeças).
Com uma participação de 2,49% sobre o total do Estado aparecem as 1.761
cabeças de bubalinos que eram criadas em apenas 11 municípios da UGRHI 4 em 2004.
Os caprinos da Bacia merecem destaque nesta análise, uma vez que
representaram 3,01% de toda a criação de caprinos do Estado de São Paulo. Em 2004,
apenas os município de Divinolândia e Vargem Grande do Sul não contabilizaram
caprinos em suas criações.
Em relação às informações de 1999, constantes no documento “Caracterização
Sócio-Econômica da Bacia Hidrográfica do Pardo – UGRHI 4”, outubro de 2001 e que foi
entregue ao Comitê da Bacia do Pardo também em 2001, no que concerne à pecuária de
2004, verificou-se:
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 83
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
• Diminuição no plantel de Suínos, Eqüinos, Muares e Coelhos.
• Incrementos nos plantéis de: Bovinos, Asininos, Bubalinos, Ovinos, Aves e
Caprinos.
As aves, em 2004, continuam detendo a primazia no que tange à criação de
animais na UGRHI 4.
Para complementar as análises sobre o efetivo de rebanhos, na UGRHI 4,
apresenta-se a Tabela 6.18 que indica em hectares as áreas de pastagens cultivadas e
naturais, segundo os municípios integrantes.
Tabela 6.18 – Áreas de Pastagens Pastagem Cultivada Pastagem Natural Total
Municípios área em ha. área em ha. área em ha. 1. Altinópolis 17.500 700 18.200
2. Brodowski 2.000 8.000 10.000
3. Caconde 6.500 14.500 21.000
4. Cajuru 23.000 5.600 28.600
5. Casa Branca 6.500 1.600 8.100
6. Cássia dos Coqueiros 8.700 2.300 11.000
7. Cravinhos 1.500 700 2.200
8. Divinolândia 4.766 7.035 11.801
9. Itobi 2.800 2.000 4.800
10. Jardinópolis 2.341 2.361 4.702
11. Mococa 23.000 4.000 27.000
12. Ribeirão Preto 300 600 900
13. Sales de Oliveira 3.500 512 4.012
14. Santa Cruz da Esperança 7.600 1.900 9.500
15. Santa Rosa do Viterbo 4.800 2.200 7.000
16. São José do Rio Pardo 12.000 12.000 24.000
17. São Sebastião da Grama 3.000 9.000 12.000
18. São Simão 5.000 2.000 7.000
19. Serra Azul 5.500 0 5.500
20. Serrana 500 250 750
21. Tambaú 6.350 2.615 8.965
22. Tapiratiba 8.340 1.450 9.790
23. Vargem Grande do Sul 2.700 7.400 10.100
Total da UGRHI 04 158.197 88.723 246.920% UGRHI 04/ESP 1,85 5,63 2,44Total do Estado de SP 8.541.634,1 1.576.508,5 10.118.142,6
Fonte: Instituto de Economia Agrícola - IEA Como se verifica as áreas destinadas à criação de gado soma 246.920 ha,
correspondendo a apenas 2,44% do total Estadual.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 84
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas 6.4.2 Setor Secundário
A análise do setor secundário da economia ficará restrita ao ano de 2004 e seu
comportamento será cotejado com as informações de 1999, constante do documento
“Caracterização Sócio-Econômica da Bacia Hidrográfica do Pardo – UGRHI 4”, outubro de
2001 e que foi entregue ao Comitê da Bacia do Pardo também em 2001.
Cumpre notar que a fonte dos dados para os anos selecionados (1999 e 2004) são as
estatísticas da Relação Anual de Informações Sociais - Rais do Ministério do Trabalho e
Emprego.
Em 2004, a indústria da UGRHI 4 era composta por 3.294 estabelecimentos que
empregavam 46.171 pessoas, como confirmam os dados da Tabela 6.19, a seguir.
Tabela 6.19 - Estabelecimentos Industriais e Empregos 2004
Indústrias Estabelecimentos Empregos Extrativa Mineral 52 481
Utilidade Pública 44 817
Construção Civil 1.057 7.678
Transformação 2.141 37.195
Minerais não Metálicos 272 3.046 Metalurgia 236 2.777 Mecânica 128 2.782 Elétrica e Comunicação 31 484 Material de Transporte 52 1.088 Madeira e Mobiliário 171 1.588 Papel, Papelão, Editora e Gráfica 215 2.702 Borracha, Fumo, Couros, Peles e outros 141 2.600 Quím., Fárm. e Veter.,Perf e Sabão 248 5.170 Têxtil do Vestuário e Artef.Tecidos 242 2.817 Calçados 26 433 Alimentos, Bebidas e Álcool Etílico 379 11.708
Total 3.294 46.171 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS) - 2004 Em relação a 1999, constatou-se que, de forma geral, o número de indústrias e o
número de empregos cresceram significativamente. O ramo da indústria da transformação
foi o responsável pelos maiores incrementos.
Em 1999 existiam 1.924 indústrias pertencentes ao ramo da transformação que
empregavam 29.727 pessoas. Em 2004, observa-se que existiam 2.141 estabelecimentos
de transformação que empregavam 37.195 trabalhadores na UGRHI 4.
Nota-se assim um incremento de 217 novas plantas indústrias do ramo da
transformação e um aumento de 7.468 trabalhadores.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 85
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Os ramos da indústria de transformação que apresentaram retrações quanto ao
número de estabelecimentos foram: Madeira e Mobiliário e Calçados.
Todos os demais apresentaram expressivos aumentos, com destaque para o ramo
de Alimentos, Bebidas e Álcool Etílico que registrou 379 indústrias/usinas e empregou
11.708 trabalhadores em 2004.
Cabe destacar que se enfatizou o Ramo da Transformação, por ser este aquele que
demanda os maiores volumes de água em suas respectivas cadeias produtivas.
6.4.3 Setor Terciário
O setor terciário da economia e subdividido em comércio e serviços.
De 1999, data das informações constantes no documento “Caracterização Sócio-
Econômica da Bacia Hidrográfica do Pardo – UGRHI 4”, outubro de 2001 e que foi entregue ao
Comitê da Bacia do Pardo também em 2001, até 2004 registrou-se incrementos no que
concerne aos números de estabelecimentos e empregos gerados em ambos os setores.
A Tabela 6.20 apresenta as informações relativas ao setor terciário para o ano de 2004.
Vale destacar que a exemplo da indústria esses dados também tiveram como fonte a Rais 2004.
Tabela 6.20 – Setor Terciário no ano de 2004 2004
Setor Terciário Estabelecimentos Empregos Comércio 10.699 53.839 Varejista 9.655 44.723 Atacadista 1.044 9.116
Serviços 8.343 74.210
Instituições Créd. Seg. Capitalização 424 5.377 Adm.Imóv.,Val.Mob.,Ser.Tec.,Prof., etc 2.262 19.327 Transporte e Comunicações 960 10.135 Aloj.Aliment. e Rep., Manut. Radio TV 2.710 20.196 Médicos, Odontológicos e Veterinária 1.626 10.068 Ensino 361 9.107
Total Setor Terciário 19.042 128.049 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - Relação Anual de Informações
Sociais (RAIS) - 2004 No comércio foram registrados incrementos de 2.377 estabelecimentos e de 13.962
novos postos de trabalho, no período de 1999 a 2004. Já nos serviços foram computados
1.330 novos estabelecimentos e 16.344 novos postos de trabalho, para o mesmo período.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 86
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas 6.4.4 Consolidação dos Setores da Economia
Sintetizando as informações sobre a distribuição dos estabelecimentos por
setor da economia da Bacia Hidrográfica do Pardo para o ano de 2004, apresenta-
se, a seguir a Figura 6.4. Figura 6.4 – Estabelecimentos e Empregos na UGRHI 4 em 2004
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 87
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
71
3.302
3.294
10.699
8.343
46.171
74.210
23.976
19.146
53.839
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
Agropecuária e Pesca Indústria Comércio Seviços Adm. Pública Direta eAutarquia
atividades econômicas em 2004
esta
bele
cim
ento
s
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
empr
egos
Estabelecimentos Empregos
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - 2004
Informações disponibilizadas em agosto 2006
A consolidação da evolução dos estabelecimentos e empregos, no ano de 2004,
para o conjunto da Bacia Hidrográfica do Pardo teve origem a partir do comportamento
dessas mesmas variáveis para os vinte e três municípios que a compõem, conforme
Tabela 6.21, a seguir.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 88
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 6.21- Estabelecimentos e Empregos em 2004 Setores, Ramos e Gêneros 2004 Estabelec. Empregos Agropecuária e Pesca 3.302 19.146Indústria 3.294 46.171Extrativa Mineral 52 481
Utilidade Pública 44 817
Construção Civil 1.057 7.678
Transformação 2.141 37.195
Minerais não Metálicos 272 3.046Metalurgia 236 2.777Mecânica 128 2.782Elétrica e Comunicação 31 484Material de Transporte 52 1.088Madeira e Mobiliário 171 1.588Papel, Papelão, Editora e Gráfica 215 2.702Borracha, Fumo, Couros, Peles e outros 141 2.600Quím., Fárm. e Veter.,Perf e Sabão 248 5.170Textil do Vestuário e Artef.Tecidos 242 2.817Calçados 26 433Alimentos, Bebidas e Ácool Etílico 379 11.708
Comércio 10.699 53.839Varejista 9.655 44.723Atacadista 1.044 9.116
Seviços 8.343 74.210Instituições Créd. Seg. Capitalização 424 5.377
Adm.Imóv.,Val.Mob.,Ser.Tec.,Prof., etc 2.262 19.327Transporte e Comunicações 960 10.135Aloj.Aliment. e Rep., Manut. Radio TV 2.710 20.196Médicos, Odontológicos e Veterinária 1.626 10.068Ensino 361 9.107
Adm. Pública Direta e Autarquia 71 23.976Outros/Ignorado 0 0Total 25.709 217.342
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) - 2004 Informações disponibilizadas em agosto 2006
6.5 Salários Nominais e IPVS
Como mencionado anteriormente, quando da elaboração do Plano de Recursos
Hídricos do Pardo, várias informações do Censo 2000 eram de caráter preliminar
enquanto, em outros casos, os resultados obtidos pelo IBGE, em campo, não estavam
sequer sistematizados e, portanto, indisponíveis para consulta pública. Esse foi o caso
dos salários nominais de cada município que integram a Bacia.
Nesse sentido, este Relatório Um de Situação dos Recursos Hídricos procurará
preencher as lacunas existentes no Plano, ao mesmo tempo em que se persegue um
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 89
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas amplo conhecimento sobre a Bacia Hidrográfica de forma que este possa subsidiar
efetivamente as ações prioritárias que devem ser implementadas nesta unidade hídrica
para a racionalização dos múltiplos usos da água associada ao aumento da qualidade e
da quantidade dos recursos hídricos.
Dessa forma, será elaborada análise sobre o poder aquisitivo da população da
Bacia, mediante a apresentação dos salários nominais municipais.
Para complementar essa análise econômica será apresentado, também, o índice
paulista de vulnerabilidade social que é decorrência direta da renda auferida pelos
trabalhadores da bacia do Pardo, uma vez que esses fatores afetam diretamente o meio
ambiente natural e humano.
6.5.1 Salários Mensais Nominais
A análise dos salários nominais mensais fornece um retrato real do poder de
consumo das famílias que residem nos municípios e, por conseqüência, da UGRHI 4,
objeto deste estudo.
Além disso, apresenta claramente o nível de concentração de renda existente,
evidenciando, inclusive, o número de pessoas alocadas nos diversos patamares salariais,
conforme Tabela 6.22 abaixo.
Tabela 6.22 - Pessoa Responsável pelo Domicílio Particular Permanente por Classe de Rendimento Nominal Mensal – 2000 Salários Mínimos* Até De De De De Mais de Sem Ren- Total Municípios, UGRHI e
Estado 1 1 a 2 2 a 5 5 a 10 10 a 20 20 dimento** 1. Altinópolis 643 1.142 1.473 534 236 105 133 4.266
2. Brodowski 550 737 1.881 1.084 268 74 190 4.784
3. Caconde 1.428 1.460 1.179 516 191 90 95 4.959
4. Cajuru 909 1.408 1.878 720 261 106 336 5.618
5. Casa Branca 990 1.404 2.508 1.170 509 188 305 7.0746. Cássia dos Coqueiros 191 269 198 80 34 8 36 816
7. Cravinhos 725 1.412 2.909 1.438 494 181 402 7.561
8. Divinolândia 931 956 857 380 118 53 138 3.433
9. Itobi 436 552 611 196 46 23 80 1.944
10. Jardinópolis 938 1.418 3.183 1.414 477 174 631 8.235
11. Mococa 2.615 3.740 6.003 2.850 1.117 491 814 17.630
12. Ribeirão Preto 9.334 16.201 48.229 35.152 17.685 10.804 7.753 145.158
13. Sales de Oliveira 249 398 1.203 461 168 56 46 2.58114. Santa Cruz da Esperança 84 121 165 37 12 8 55 48215. Santa Rosa do Viterbo 793 1.097 2.326 1.063 280 109 271 5.939
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 90
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas Salários Mínimos* Até De De De De Mais de Sem Ren- Total Municípios, UGRHI e
Estado 1 1 a 2 2 a 5 5 a 10 10 a 20 20 dimento** 16. São José do Rio Pardo 2.026 2.706 4.345 2.559 944 463 532 13.57517. São Sebastião da Grama 857 1.116 915 337 137 60 6 3.428
18. São Simão 438 727 1.391 640 254 92 159 3.701
19. Serra Azul 329 475 691 213 50 19 161 1.938
20. Serrana 851 1.626 3.719 1.388 316 74 618 8.592
21. Tambaú 828 1.370 2.314 806 276 115 247 5.956
22. Tapiratiba 552 757 1.329 444 121 56 76 3.33523. Vargem Grande do Sul 1.604 2.214 3.872 1.514 457 222 385 10.268
Total da UGRHI 04 28.301 43.306 93.179 54.996 24.451 13.571 13.469 271.273% UGRHI 04/ESP 2,8 2,8 2,8 2,7 2,7 2,4 1,5 2,6Total do Estado de SP 1.002.534 1.529.954 3.374.264 2.048.893 917.288 564.577 926.642 10.364.152
Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Censo Demográfico 2000 *Salário Mínimo Utilizado R$ 151,00 **Inclusive os Domicílios cuja Pessoa Responsável Recebia Somente em Benefícios Pesquisa efetuada em junho de 2006
O total dos moradores em domicílios particulares permanentes, por Classe de
Rendimento Nominal Mensal da Pessoa Responsável pelo Domicílio, na Bacia aponta
que no intervalo salarial de menos de um salário mínimo até 5 salários mínimos existiam
60,8% de todos os trabalhadores que percebiam salários, ou 164.786 pessoas, conforme
informações do IBGE relativas ao Censo de 2000.
Nesse intervalo sobressai a faixa de 2 a 5 salários mínimos, onde estavam
alocadas 93.179 pessoas.
Nota-se que na faixa salarial de mais de 20 salários estavam inseridos apenas
13.571 trabalhadores, que representavam 5,0% do total das pessoas que percebiam
renda mensal na UGRHI 4. É em Ribeirão Preto que estão concentrados os trabalhadores
que auferem os maiores salários da Bacia com 10.804 pessoas.
Também a faixa das pessoas que estavam classificadas como sem rendimento
representaram 5,0% do total dos trabalhadores, com 13.469 pessoas.
A Figura 6.5 explicita, claramente, o movimento da renda nominal na Bacia.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 91
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
43.306
93.179
54.996
24.45128.301
13.571
13.469
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
100.000
1 1 a 2 2 a 5 5 a 10 10 a 20 20
salários mínimos
Pess
oas
até semrendimento
Figura 6.5 – Rendimento Nominal Mensal da Pessoa Responsável pelo Domicílio em 2000.
O município de Santa Cruz da Esperança detinha o menor contingente de
assalariados, em 2000, quando acusou apenas 482 pessoas com renda mensal. Na
faixa salarial de menos de 1 até 5 salários encontravam-se 370 trabalhadores ou 76,8%
do total de pessoas alocadas nessa municipalidade. Esse município também registrou
55 pessoas consideradas sem rendimentos, que responderam por 11,4% do total das
pessoas que percebiam salários. Foram registrados apenas 8 trabalhadores que
recebiam salários acima de 20 salários mínimos, conforme Tabela 6.22. No outro extremo, em termos de pessoas que recebiam salários, aparece o
município de Ribeirão Preto, com um total de 145.158 trabalhadores em 2000. No
intervalo de até 1 salário e 5 salários mínimos se encontravam 73.764 pessoas ou 50,8%
de todas as pessoas que recebiam salários naquela data em Ribeirão Preto. Na faixa de
mais de 20 salários estavam 7.753 pessoas que correspondiam a 5,0% de todos que
ganharam salários.
Esse resultado analítico é sumamente inquietante, pois grande parte dos
trabalhadores estava recebendo salários muito achatados, mal dando para garantir a sua
subsistência, o que compromete severamente o desenvolvimento econômico da Bacia em
bases ambientalmente sustentáveis.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 92
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Essa situação torna-se mais dramática quando se procede ao cruzamento dos
dados da Tabela 6.23 (MT/ RAIS, 1999 apud CPTI, 2001) com aqueles contidos na
Tabela 6.22) e fica evidenciado que a grande maioria da população trabalhadora da Bacia
encontra-se no mercado informal da economia paulista.
Na UGRHI 4, em 1999, existiam apenas 177.000 pessoas engajadas no mercado
formal (Tabela 6.23) enquanto que, em 2000, o número de pessoas que recebiam
salários era da ordem de 271.273 trabalhadores. Embora com defasagem de 1 ano entre
os dados analisados, grosso modo, pode-se inferir que 94.273 pessoas encontravam-se
no mercado informal, sem qualquer amparo legal ou sindical.
Certamente, nesse contingente de trabalhadores informais encontram-se os
conhecidos “bóias frias”, no caso os cortadores de cana-de-açúcar e os colhedores de
laranja. Importante esclarecer que essa situação vem sendo uma constante em todos os
setores da atividade econômica.
Esse quadro fica muito mais agudo quando se acrescenta a essa insustentável
condição aquelas pessoas que sequer têm a oportunidade de ingressar no mercado de
trabalho.
Cumpre notar que o Salário Mínimo considerado pelo IBGE era de R$151,00 por
mês para o ano de 2000.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 93
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas 6.5.2 Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo
O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) permite identificar nos
municípios pertencentes à UGRHI 4 o número de pessoas expostas a diferentes níveis de
vulnerabilidade social.
Conforme definição do Sistema de Informações dos Municípios Paulistas – Seade,
o IPVS baseou-se em dois pressupostos:
• que as múltiplas dimensões da pobreza devem ser consideradas em um
estudo sobre vulnerabilidade social;
• que a segregação espacial é um fenômeno presente nos centros urbanos
paulistas e contribui decisivamente para a permanência dos padrões de
desigualdade social que os caracterizam.
O Seade buscou a criação de uma tipologia de situações de vulnerabilidade,
agregando-se aos indicadores de renda, outros referentes à escolaridade e ao ciclo
familiar.
As informações utilizadas pelo Seade são provenientes do Censo Demográfico
2000 – Universo detalhadas por setor censitário, única fonte de dados existente em
escala intra-urbana para o Estado de São Paulo. Cumpre notar que no Estado, existiam
49.299 setores censitários, em 2000, dos quais foram utilizados 48.683 para o estudo de
IPVS, uma vez que 616 setores foram excluídos da análise em razão de sigilo estatístico.
Assim, o IPVS baseia-se em uma tipologia derivada da combinação entre os
indicadores das dimensões demográficas e socioeconômicas, apresentadas nos capítulos
anteriores deste relatório.
Na dimensão socioeconômica, normalmente, níveis baixos de renda definem a
situação de pobreza, enquanto a escassez de fontes de rendimentos seguros e regulares
delimita situações concretas de riscos à pobreza. Entre os maiores riscos destacam-se o
desemprego e a inserção precária no mercado do trabalho que, além da irregularidade
dos rendimentos, deixa grandes contingentes de trabalhadores excluídos dos benefícios
disponíveis para aqueles que estão inseridos de forma regular no mercado de trabalho
(vide análise sobre salários nominais, item 6.5.1).
O montante de renda auferido pela família foi expresso pela renda do chefe do
domicílio. Já o poder de geração e manutenção regular de renda foi medido por meio do
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 94
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas nível de escolaridade do chefe do domicílio (anos de estudo e acesso à educação básica).
A baixa instrução de um indivíduo potencializa seu risco a uma pior inserção no mercado
de trabalho e acarreta maior probabilidade de experimentar situações de desemprego. O
Seade considerou que um indicador de escolaridade seria adequado para tal medição.
Na dimensão relacionada à demografia, o Seade considerou o ciclo de vida das
famílias, expressa pela idade do responsável e a presença de crianças com idade até
quatro anos.
Diferentemente da dimensão socioeconômica, não há relação imediata entre
pobreza e ciclo de vida. Mesmo assim, o ciclo de vida tende a atuar como um fator que
potencializa o risco à pobreza. Ou seja, uma família jovem, com crianças pequenas e com
baixos ativos cognitivos e econômicos tende a estar mais exposta a riscos sociais do que
outra, com os mesmos recursos, mas numa fase posterior do ciclo de vida, quando seus
filhos já atingiram a idade adulta, por exemplo.
Essa abordagem, além de caracterizar diferentes situações de vulnerabilidade
social, permitindo uma melhor compreensão do fenômeno, aponta para a necessidade de
formulação de políticas públicas voltadas para situações particulares, como as de famílias
com presença de crianças ou de idosos em condição de risco.
Após esses importantes esclarecimentos apresentam-se, a seguir, as principais
características dos 6 grupos do IPVS, segundo o grau de vulnerabilidade social da
população residente.
Grupo 1 – Nenhuma Vulnerabilidade: Condições socioeconômicas muito altas, os
responsáveis pelos domicílios possuem os mais elevados níveis de renda e escolaridade.
Apesar do estágio das famílias no ciclo de vida não ser um definidor do grupo, seus
responsáveis tendem a ser mais velhos. É menor a presença de crianças pequenas e de
moradores nos domicílios, quando comparados com o conjunto do Estado.
Grupo 2 – Vulnerabilidade Muito Baixa: Condições socioeconômicas de classe
média ou alta, os responsáveis pelos domicílios possuem bons níveis de renda e
escolaridade. Nesse grupo concentram-se, em média, as famílias mais velhas.
Grupo 3 – Vulnerabilidade Baixa: Condições socioeconômicas de classe média
ou alta, os responsáveis pelos domicílios possuem bons níveis de renda e escolaridade.
Nesse grupo predominam as famílias jovens e adultas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 95
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Grupo 4 – Vulnerabilidade Baixa: Condições socioeconômicas de classe média e
os responsáveis pelos domicílios se encontram em quarto lugar na escala de renda e
escolaridade. Nesse grupo concentram-se famílias jovens, com forte presença de chefes
jovens (com menos de 30 anos) e crianças pequenas.
Grupo 5 – Vulnerabilidade Alta: Famílias que possuem as piores condições na dimensão
socioeconômica (Baixa). Os chefes dos domicílios apresentam níveis mais baixos de renda e
escolaridade. Concentra famílias mais velhas, com menor presença de crianças pequenas.
Grupo 6 – Vulnerabilidade Muito Alta: Condições socioeconômicas muito baixas. Ou seja,
combinação de baixos níveis de renda e escolaridade e grande concentração de chefes de
família jovens e significativa presença de crianças. Com isso, pode-se inferir ser este o grupo de
maior vulnerabilidade à pobreza.
Para agilizar o entendimento sobre a vulnerabilidade social apresenta-se o Quadro 6.1
que resume os 6 grupos acima descritos.
Grupos IPVS Dimensões Socioeconômica Ciclo de Vida Familiar
1 Nenhuma Vulnerabilidade Muito Alta Famílias Jovens e Adultas ou Idosas
2 Vulnerabilidade Muito Baixa Alta/Média Famílias Idosas
3 Vulnerabilidade Baixa Alta/Média Famílias Jovens e Adultas 4 Vulnerabilidade Média Média Famílias Jovens
5 Vulnerabilidade Alta Baixa Famílias Adultas e Idosas
6 Vulnerabilidade Muito Alta Baixa Famílias Jovens Fonte: Fundação Seade (www.seade.sp.gov.br)
Quadro 6.1 – Síntese do Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS
Após esses importantes esclarecimentos, a análise do IPVS ficará centrada na Bacia
Hidrográfica do Rio Pardo.
A UGRHI 4 possuía, em 2000, um total de 970.878 residentes. Segundo o IPVS, 274.271
pessoas encontravam-se no grupo 5 relativo à Vulnerabilidade Social Alta, onde as famílias
possuem uma das piores condições na dimensão socioeconômica (baixa) e os chefes dos
domicílios apresentam níveis mais baixos de renda e escolaridade, concentrando famílias mais
velhas, com menor presença de crianças pequenas.
Assim, 28,3% das pessoas residentes na UGRHI 4 estavam inseridas no grupo 5.
Cumpre notar que, em todos os municípios da Bacia existiam pessoas inseridas nesse grupo 5.
Esse contingente populacional representou 4,2% do total de residentes do Estado
também inseridos no grupo 5, que correspondeu a 6.517.702 pessoas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 96
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A Tabela 6.24, apresenta a população municipal segundo o IPVS e os respectivos
percentuais para o ano de 2000.
Tabela 6.24 – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social, População e Respectivos Percentuais – 2000. Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS: Total de Residentes
1- Nenhuma 2 - Muito 3- Baixa 4 - Média 5 - Alta 6- Muito TOTAL Municípios e % da População Vulnerabilidade Baixa Alta
1. Altinópolis - 3.933 965 - 7.988 2.595 15.481 % - 25,4 6,2 - 51,6 16,8 100,0
2. Brodowski - 5.118 2.557 2.907 5.402 1.155 17.139 % - 29,9 14,9 17,0 31,5 6,7 100,0
3. Caconde - 2.317 830 - 14.574 657 18.378 % - 12,6 4,5 - 79,3 3,6 100,0
4. Cajuru - 3.607 611 917 11.989 3.653 20.777 % - 17,4 2,9 4,4 57,7 17,6 100,0
5. Casa Branca - 9.862 4.568 2.700 8.992 678 26.800 % - 37,9 16,8 9,4 34,4 1,4 100,0
6. Cássia dos Coqueiros - 525 - - 2.346 - 2.871 % - 18,3 - - 81,7 - 100,0
7. Cravinhos 409 3.596 5.533 4.072 12.495 2.306 28.411 % 1,4 12,7 19,5 14,3 44,0 8,1 100,0
8. Divinolândia - 1.490 - - 10.526 - 12.016 % - 12,6 - - 87,4 - 100,0
9. Itobi - - - 401 7.065 - 7.466 % - - - 5,4 94,6 - 100,0
10. Jardinópolis - 8.479 2.791 5.910 11.727 1.822 30.729 % - 27,6 9,1 19,2 38,2 5,9 100,0
11. Mococa 1.377 12.206 6.244 4.676 37.783 3.288 65.574 % 2,0 18,6 9,5 7,1 57,9 4,9 100,0
12. Ribeirão Preto 82.319 160.537 126.557 71.976 31.621 31.913 504.923 % 16,3 31,8 25,1 14,3 6,2 6,3 100,0
13. Sales de Oliveira - 3.177 1.587 312 3.385 864 9.325 % - 34,1 17,0 3,3 36,3 9,3 100,0
14. Santa Cruz da Esperança - - - - 1.796 - 1.796
% - - - - 100,0 - 100,0 15. Santa Rosa do Viterbo - 3.242 3.112 2.928 11.108 1.045 21.435
% - 15,1 14,5 13,7 51,8 4,9 100,0 16. São José do Rio Pardo 601 16.910 4.164 2.000 24.401 2.001 50.077
% 1,2 33,8 8,3 4,0 48,7 4,0 100,0 17. São Sebastião da Grama - 2.181 - - 9.051 1.222 12.454
% - 17,5 - - 72,7 9,8 100,0 18. São Simão - 5.928 1.507 2.231 3.405 604 13.675
% - 43,2 11,0 16,3 24,9 4,4 100,0 19. Serra Azul - - - 1.125 4.330 1.991 7.446
% - - - 15,1 58,2 26,7 100,0 20. Serrana - 578 5.697 11.361 13.948 1.019 32.603
% - 1,8 17,5 34,8 42,8 3,1 100,0 21. Tambaú - 5.928 771 1.873 13.503 183 22.258
% - 26,6 3,5 8,4 60,7 0,8 100,0 22. Tapiratiba - 2.897 629 - 7.921 1.495 12.942
% - 22,4 4,9 - 61,2 11,6 100,0 23. Vargem Grande do Sul - 7.272 5.067 - 18.915 5.048 36.302
% - 20,0 14,0 - 52,1 13,9 100,0 Total Residentes da UGRHI 04 84.706 259.783 173.190 115.389 274.271 63.539 970.878
% 8,7 26,7 17,9 11,9 28,3 6,5 100,0 Total Residentes Estado de SP 2.592.268 8.665.586 8.258.225 7.517.577 6.517.702 3.481.045 37.032.403
% 6,9 23,3 22,2 20,2 17,6 9,6 100,0 Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) - Censo Demográfico 2000
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - Seade site (www.seade.sp.gov.br) Pesquisa efetuada em junho de 2006.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 97
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
No grupo 6 do IPVS, considerado como pessoas com Muito Alta Vulnerabilidade
Social existiam 63.539 residentes na UGRHI 4.
Acrescentando-se essas pessoas àquelas inseridas no grupo 5, obtêm-se
337.810 pessoas consideradas pelo IPVS com vulnerabilidades sociais altas, ou seja,
35,0% das pessoas da Bacia.
Assim, UGRHI 4 abrigava mais de 1/3 dos residentes com carências sociais
extremamente elevadas, referendando as análises relativas aos salários nominais e
empregos apresentados anteriormente.
A Figura 6.7 traduz com propriedade a condição de alta vulnerabilidade existente
na Bacia.
84.706
259.783
173.190
115.389
274.271
63.539
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
1-Nenhuma
2 - Muito 3- Baixa 4 - Média 5 - Alta 6- Muito
IPVS
Popu
laçã
o
Baixa Alta
Figura 6.7 – Grupos dos Índices Paulista de Vulnerabilidade Social e População Inserida
Cumpre notar que, os critérios que definiram a escala de vulnerabilidade são
relativos à realidade do conjunto do Estado de São Paulo em 2000. Dessa forma, a
condição de nenhuma vulnerabilidade corresponde à melhor situação observada no
Estado naquele ano e a de vulnerabilidade muito alta à pior.
Identificou-se ainda que, existem 259.783 pessoas inseridas no grupo 2 - baixa
vulnerabilidade, correspondendo a 26,7% do total da Bacia. Desse total, 160.537 pessoas
eram residentes de Ribeirão Preto, respondendo por 61,8% do total do grupo 2.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 98
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Realmente, Ribeirão Preto, como centro polarizador da Bacia e extremamente
especializado é o município que pode distorcer a efetiva realidade sócio-econômica da
UGRHI 4.
Diante disso, se torna imperioso uma análise que englobe os demais municípios da
região, onde se verifica que 12 municípios possuem mais de 60% de residentes
considerados como população de alta vulnerabilidade social (grupos 5 e 6), sendo eles:
Altinópolis, Caconde, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Divinolândia, Itobi, Santa Cruz da
Esperança, São Sebastião da Grama, Serra Azul, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande
do Sul.
A totalidade da população de Santa Cruz da Esperança encontra-se no grupo 5 –
Alta Vulnerabilidade Social, corroborando os resultados obtidos no item 6.5.2.
A análise do perfil sócio-econômico dos moradores da Bacia torna-se
imprescindível para os estudos do meio ambiente e recursos hídricos, visto que
ocupações em áreas inadequadas, em sua maior parte, têm relação direta com as
questões econômicas, ou seja, à medida que a área urbana se amplia, o nível de renda
do solo localizado nas proximidades da zona central cresce, assim como as diferenças
entre o centro e a periferia.
Portanto, a população de baixa renda é forçada a ocupar os espaços impróprios
para moradia, num processo de exclusão e segregação sócio-espacial.
Normalmente a concepção de meio ambiente tem sido vista como algo que não
contempla o homem. É importante que a população veja o meio ambiente como um lugar
onde os aspectos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em constante
interação, acarretando processos de transformação da natureza e da sociedade.
Segundo Carneiro e Faria, o pensamento ambiental deve estar presente em todos
os espaços que educam o cidadão, desde praças e reservas ecológicas, passando por
sindicatos e movimentos sociais, até chegar ao sistema educacional que deve ser
considerado como ponto principal de conscientização e formação de valores e atitudes
comprometidos com a questão ambiental.
É necessário mostrar á sociedade que o espaço é dinâmico e sofre alterações em
função das suas ações. Portanto, um novo entendimento na relação do ser humano com
o ambiente deve ser concebido, partindo de uma leitura crítica e reflexiva do entorno,
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 99
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas caracterizado por um pensar global sobre os problemas ambientais, porém agindo a partir
de ações locais devidamente coordenadas.
7. SITUAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Neste capítulo são abordadas as principais características dos recursos hídricos que
ocorrem na UGRHI, abrangendo as disponibilidades existentes e suas diversas formas de usos e
demandas. Adicionalmente, serão relatadas as informações disponíveis sobre a qualidade das
águas e indicadas as principais fontes potenciais de poluição.
Os dados sobre as águas superficiais e subterrâneas, em cada um dos respectivos
sub-itens, são apresentados e discutidos separadamente e nesta ordem.
7.1 Disponibilidade Hídrica
7.1.1 Recursos Hídricos Superficiais
7.1.1.1 Dados da rede pluviométrica e pluviográfica
A determinação da altura média de precipitação apresenta grande relevância em
muitos tipos de estudos que necessitam do conhecimento da disponibilidade de água em
sua área de análise. Em conseqüência, sua quantificação é de grande utilidade para
determinar, entre outros, a necessidade de irrigação de culturas e o abastecimento de
água doméstico e industrial.
Inicialmente, para a elaboração da análise da disponibilidade hídrica, a Bacia do
Pardo foi subdividida em 06 sub-bacias, consideradas unidades hidrográficas principais
dentro da UGRHI, que constam do Quadro 7.1.
NÚMERO SUB-BACIA ÁREA DE DRENAGEM (km²) 01 Rib. São Pedro/Rib. da Floresta 1 451,80 02 Rib. da Prata/Rib. Tamanduá 1 680,84 03 Médio Pardo 2 533,78 04 Rio Canoas 516,80 05 Rio Tambaú/Rio Verde 1 271,38 06 Alto Pardo 1 536,42
TOTAL DA BACIA 8.991,02 Quadro 7.1 - Unidades hidrográficas principais (sub-bacias) da Bacia do Pardo.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 100
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Para o estudo da precipitação na Bacia Hidrográfica do Pardo efetuou-se,
previamente, a seleção dos dados de estações pluviométricas do Banco de Dados
Pluviométricos e Fluviométricos, do “Sistema de Informações para o Gerenciamento de
Recursos Hídricos do Estado de São Paulo”, levando-se em conta:
• levantamento das estações em operação, desativadas e tipo de equipamento
existente;
• análise qualitativa dos dados disponíveis;
• análise da distribuição espacial e temporal na Bacia;
7.1.1.2 Estações Pluviométricas e Pluviográficas
A rede pluviométrica e pluviográfica na Bacia do Pardo é operada atualmente pelas
seguintes entidades: DAEE, DNAEE (ANEEL), CESP, IAC, Furnas, ELETROPAULO e
INMET (Quadro 7.2).
ENTIDADE PLUVIOMÉTRICAS PLUVIOGRÁFICAS OPERAÇÃO EXTINTAS OPERAÇÃO EXTINTAS
DAEE 34 47 5 2 CESP 1 - - - IAC* 2 - 2 -
INMET 3 5 1 - FURNAS - 3 - - DNAEE 6 3 1 -
ELETROPAULO - 1 - - TOTAL 46 59 9 2
Quadro 7.2 - Operadoras das estações pluviométricas e pluviográficas. (*) Estações agrometeorológicas.
A relação completa dos postos pluviométricos da UGRHI é apresentada no Quadro 7.3, e a distribuição por sub-bacia considerada encontra-se no Quadro 7.4.
Inicio Fim Inicio Fim Prefixo ENTIDADE Município Latitude Longitude
Pluv Pluv Pluvfo PluvfoSituação
B4-009 DAEE SALES OLIVEIRA 20 54 00 47 53 00 1937 1956 Desativado B4-012 DAEE SALES OLIVEIRA 20 48 00 47 46 00 1940 Ativo B4-016 DAEE JARDINOPOLIS 20 59 00 47 46 00 1937 1945 Desativado B4-031 DAEE BATATAIS 20 57 00 47 31 00 1941 1957 Desativado B4-041 DAEE BRODOWSKI 20 59 00 47 40 00 1943 1956 Desativado B4-044 DAEE SALES OLIVEIRA 20 49 00 47 52 00 1956 Ativo B4-054 DAEE JARDINOPOLIS 20 55 00 47 50 00 1952 1971 Desativado C3-001 DAEE SAO SEBASTIAO DA GRAMA 21 46 00 46 40 00 1960 1971 Desativado C3-002 DAEE CACONDE 21 33 00 46 38 00 1958 1971 Desativado C3-003 DAEE CACONDE 21 34 00 46 37 00 1962 1962 Ativo *
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 101
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Inicio Fim Inicio Fim Prefixo ENTIDADE Município Latitude Longitude
Pluv Pluv Pluvfo PluvfoSituação
C3-009 DAEE VARGEM GRANDE DO SUL 21 50 00 46 54 00 1936 Ativo C3-011 DAEE SAO SEBASTIAO DA GRAMA 21 42 00 46 49 00 1936 Ativo C3-013 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 21 36 00 46 53 00 1937 1944 Desativado C3-014 DAEE CACONDE 21 32 00 46 38 00 1937 Ativo C3-023 DAEE TAPIRATIBA 21 29 00 46 48 00 1940 1970 Desativado C3-024 DAEE TAPIRATIBA 21 28 00 46 49 00 1940 Ativo C3-025 DAEE MOCOCA 21 25 00 46 47 00 1940 1970 Desativado C3-026 DAEE TAPIRATIBA 21 29 00 46 49 00 1940 1971 Desativado C3-027 DAEE TAPIRATIBA 21 28 00 46 47 00 1940 1971 Desativado C3-028 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 21 33 00 46 48 00 1940 1970 Desativado C3-029 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 21 32 00 46 48 00 1940 Ativo C3-030 DAEE TAPIRATIBA 21 28 00 46 45 00 1946 Ativo C3-035 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 21 36 00 46 54 00 1944 1944 Ativo * C3-040 DAEE MOCOCA 21 26 00 46 51 00 1940 Ativo C3-041 DAEE DIVINOLANDIA 21 40 00 46 37 00 1970 Ativo C4-001A DAEE CAJURU 21 23 00 47 18 00 1936 1954 Desativado C4-002 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 08 00 47 54 00 1954 1971 Desativado C4-005 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 21 29 00 47 22 00 1936 1974 Desativado C4-006 DAEE CAJURU 21 17 00 47 18 00 1937 1959 Desativado C4-013 DAEE SERRA AZUL 21 18 00 47 34 00 1936 1942 Desativado C4-014 DAEE SAO SIMAO 21 24 00 47 38 00 1936 1971 Desativado C4-015 DAEE CRAVINHOS 21 23 00 47 42 00 1936 1964 Desativado C4-017 DAEE SAO SIMAO 21 33 00 47 28 00 1936 1959 Desativado C4-018 DAEE MOCOCA 21 29 00 47 33 00 1936 1979 Desativado C4-025 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 2 8 00 47 01 00 1903 1972 1942 1942 Desativado C4-030 DAEE CASA BRANCA 21 44 00 47 13 00 1936 1951 Desativado C4-031 DAEE JARDINOPOLIS 21 04 00 47 45 00 1941 1971 Desativado C4-034 DAEE RIBEIRÃO PRETO 21 12 00 47 52 00 1936 Ativo C4-038 DAEE CASA BRANCA 21 13 00 47 52 00 1942 1971 Desativado C4-039 DAEE ALTINOPOLIS 21 46 00 47 05 00 1942 Ativo C4-040 DAEE MOCOCA 21 01 00 47 24 00 1940 1942 1960 Ativo C4-042 DAEE CRAVINHOS 21 27 00 47 00 00 1941 1970 Desativado C4-043 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 21 22 00 47 43 00 1942 Ativo C4-044 DAEE CAJURU 21 26 00 47 20 00 1942 1972 Desativado C4-045 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 21 17 00 47 23 00 1942 1976 Desativado C4-046 DAEE CAJURU 21 27 00 47 20 00 1942 1950 Desativado C4-047 DAEE SAO SIMAO 21 26 00 47 18 00 1942 1973 Desativado C4-048 DAEE CAJURU 21 23 00 47 25 00 1942 1972 Desativado C4-049 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 21 23 00 47 22 00 1942 1972 Desativado C4-050 DAEE SAO SIMAO 21 26 00 47 23 00 1942 1972 Desativado C4-051 DAEE CAJURU 21 25 00 47 25 00 1942 1972 Desativado C4-052 DAEE SAO SIMAO 21 19 00 47 21 00 1942 Ativo C4-053 DAEE TAMBAU 21 22 00 47 26 00 1942 1950 Desativado C4-054 DAEE JARDINOPOLIS 21 32 00 47 13 00 1943 Ativo C4-055 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 01 00 47 46 00 1943 1971 Desativado C4-060 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 08 00 47 48 00 1945 1971 Desativado C4-061 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 08 00 47 43 00 1943 1952 Desativado C4-062 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 10 00 47 47 00 1943 1970 Desativado
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 102
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Inicio Fim Inicio Fim Prefixo ENTIDADE Município Latitude Longitude
Pluv Pluv Pluvfo PluvfoSituação
C4-064 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 09 00 47 47 00 1943 1970 Desativado C4-066 DAEE SAO SIMAO 21 12 00 47 52 00 1943 1972 Desativado C4-069 DAEE MOCOCA 21 28 00 47 36 00 1955 Ativo C4-072 DAEE CASA BRANCA 21 23 00 47 05 00 1960 1970 Ativo * C4-075 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 47 00 47 03 00 1944 Ativo C4-076 DAEE MOCOCA 21 06 00 47 45 00 1945 1971 Desativado C4-077 DAEE MOCOCA 21 28 00 46 51 00 1961 1960 Ativo * C4-079 DAEE TAMBAU 21 38 00 47 01 00 1969 Ativo C4-081 DAEE RIBEIRAO PRETO 21 32 00 47 13 00 1962 1969 Desativado C4-081A DAEE RIBEIRAO PRETO 21 09 00 47 48 00 1945 1952 Desativado C4-083 DAEE SERRANA 21 12 00 47 52 00 1947 1970 Ativo * C4-086 DAEE BRODOWSKI 21 13 00 47 36 00 1969 Ativo C4-087 DAEE SAO SIMAO 21 05 00 47 39 00 1950 Ativo C4-088 DAEE CAJURU 21 26 00 47 35 00 1951 Ativo C4-089 DAEE CAJURU 21 19 00 47 22 00 1951 1972 Desativado C4-091 DAEE SAO SIMAO 21 19 00 47 28 00 1965 Ativo C4-093 DAEE TAMBAU 21 42 00 47 17 00 1970 Ativo C4-098 DAEE ALTINOPOLIS 21 08 00 47 24 00 1970 1976 Desativado C4-099 DAEE CAJURU 21 13 00 47 18 00 1971 Ativo C4-102 DAEE CASSIA DOS COQUEIROS 21 17 00 47 10 00 1971 Ativo C4-103 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 21 33 00 47 23 00 1972 Ativo C4-105 DAEE SANTA CRUZ DA ESPERANCA 21 17 00 47 26 00 1973 Ativo C4-106 DAEE ALTINOPOLIS 21 08 00 47 34 00 1976 Ativo
2047032 DNAEE BRODOWSKI 20 59 00 47 39 00 Out/58 Ativo 2047048 FURNAS BRODOWSKI 20 59 00 47 39 00 Out/58 Dez/63 Desativado 2146001 DNAEE MOCOCA 21 26 00 46 58 00 Jul/66 Ativo 2146008 INEMET SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 21 36 00 46 54 00 Jan/28 Mar/40 Desativado 2146018 DNAEE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 21 36 00 46 54 00 Out/58 Abr/81 Desativado 2146033 DNAEE CACONDE 21 32 00 46 40 00 Set/50 Abr/52 Desativado 2146039 DNAEE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 21 36 00 46 54 00 Fev/37 Abr/81 Desativado 2146049 INEMET TAPIRATIPA 21 21 00 46 48 00 Abr/40 Dez/42 Desativado 2146051 FURNAS SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 21 36 00 46 54 00 Out/58 Dez/63 Desativado 2146079 CESP SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 21 36 00 46 57 00 Nov/80 Ativo 2147011 DNAEE SERRA AZUL 21 19 00 47 29 00 Jul/37 Ativo * 2147022 DNAEE SANTA ROSA DE VITERBO 21 28 00 47 22 00 Out/61 Ativo 2147045 INEMET RIBEIRÃO PRETO 21 11 00 47 47 00 Abr’/28 Ativo 2147046 INEMET RIBEIRÃO PRETO 21 11 00 47 48 00 1943 Jul/70 Desativado 2147047 INEMET CRAVINHOS 21 22 00 47 42 00 Jan/27 Abr/38 Desativado 2147048 INEMET MOCOCA 21 28 00 47 01 00 Jun/40 Ativo 2147049 INEMET SÃO SIMÃO 21 29 00 47 33 00 1922 Ativo * 2147051 INEMET CASA BRANCA 21 47 00 47 06 00 1928 1936 Desativado 2147064 FURNAS SANTA ROSA DE VITERBO 21 28 00 47 22 00 Out/61 Dez/63 Desativado 2147157 ELETROPAULO SÃO SIMÃO 21 25 00 47 32 00 Out/58 Mar/61 Desativado 2147165 DNAEE CASA BRANCA 21 39 00 47 06 00 Abr/81 Ativo 2147166 DNAEE CAJURU 21 09 00 47 17 00 Mai/81 Ativo
IAC RIBEIRÃO PRETO 1939 Ativo * IAC MOCOCA 1948 Ativo *
Quadro 7.3 - Postos pluviométricos da UGRHI-4. Ativo – Apenas Pluviômetro em operação; Ativo* - Pluviômetro e Pluviógrafo em operação.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 103
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Início Fim Início Fim SUB-BACIA Prefixo ENTIDADE MUNICÍPIO Pluv Pluv Pluvgfo PluvgfoSituação
(*) B4-009 DAEE SALES OLIVEIRA 1937 1956 DesativadoB4-012 DAEE SALES OLIVEIRA 1940 Ativo B4-016 DAEE JARDINOPOLIS 1937 1945 DesativadoB4-044 DAEE SALES OLIVEIRA 1956 Ativo B4-054 DAEE JARDINOPOLIS 1952 1971 DesativadoC4-002 DAEE RIBEIRAO PRETO 1954 1971 Desativado
RIB. SÃO PEDRO/RIB. DA
FLORESTA
C4-054 DAEE JARDINOPOLIS 1943 Ativo B4-031 DAEE BATATAIS 1941 1957 DesativadoB4-041 DAEE BRODOWSKI 1943 1956 DesativadoC4-014 DAEE SAO SIMAO 1936 1971 DesativadoC4-015 DAEE CRAVINHOS 1936 1964 DesativadoC4-017 DAEE SAO SIMAO 1936 1959 DesativadoC4-025 DAEE RIBEIRAO PRETO 1903 1972 1942 1942 DesativadoC4-031 DAEE JARDINOPOLIS 1941 1971 DesativadoC4-034 DAEE RIBEIRÃO PRETO 1936 Ativo C4-042 DAEE CRAVINHOS 1941 1970 DesativadoC4-055 DAEE RIBEIRAO PRETO 1943 1971 DesativadoC4-060 DAEE RIBEIRAO PRETO 1945 1971 DesativadoC4-061 DAEE RIBEIRAO PRETO 1943 1952 DesativadoC4-062 DAEE RIBEIRAO PRETO 1943 1970 DesativadoC4-064 DAEE RIBEIRAO PRETO 1943 1970 DesativadoC4-066 DAEE SAO SIMAO 1943 1972 DesativadoC4-075 DAEE RIBEIRAO PRETO 1944 Ativo C4-081 DAEE RIBEIRAO PRETO 1962 1969 DesativadoC4-081A DAEE RIBEIRAO PRETO 1945 1952 DesativadoC4-086 DAEE BRODOWSKI 1969 Ativo C4-087 DAEE SAO SIMAO 1950 Ativo C4-091 DAEE SAO SIMAO 1965 Ativo C4-106 DAEE ALTINOPOLIS 1976 Ativo
IAC RIBEIRÃO PRETO 1939 Ativo * 2047032 DNAEE BRODOWSKI Out/58 Ativo 2047048 FURNAS BRODOWSKI Out/58 Dez/63 Desativado2147045 INEMET RIBEIRÃO PRETO Abr/28 Ativo 2147046 INEMET RIBEIRÃO PRETO 1943 Jul/70 Desativado2147047 INEMET CRAVINHOS Jan/27 Abr/38 Desativado
RIB.DA PRATA/RIB. TAMANDUÁ
2147049 INEMET SÃO SIMÃO 1922 Ativo * C4-001A DAEE CAJURU 1936 1954 DesativadoC4-005 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 1936 1974 DesativadoC4-006 DAEE CAJURU 1937 1959 DesativadoC4-013 DAEE SERRA AZUL 1936 1942 DesativadoC4-039 DAEE ALTINOPOLIS 1942 Ativo C4-043 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 1942 Ativo C4-044 DAEE CAJURU 1942 1972 DesativadoC4-045 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 1942 1976 DesativadoC4-046 DAEE CAJURU 1942 1950 DesativadoC4-047 DAEE SAO SIMAO 1942 1973 DesativadoC4-048 DAEE CAJURU 1942 1972 DesativadoC4-049 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 1942 1972 DesativadoC4-050 DAEE SAO SIMAO 1942 1972 DesativadoC4-051 DAEE CAJURU 1942 1972 DesativadoC4-052 DAEE SAO SIMAO 1942 Ativo C4-053 DAEE TAMBAU 1942 1950 DesativadoC4-079 DAEE TAMBAU 1969 Ativo C4-083 DAEE SERRANA 1947 1970 Ativo * C4-088 DAEE CAJURU 1951 Ativo C4-089 DAEE CAJURU 1951 1972 DesativadoC4-098 DAEE ALTINOPOLIS 1970 1976 Desativado
MÉDIO PARDO
C4-099 DAEE CAJURU 1971 Ativo
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 104
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Início Fim Início Fim SUB-BACIA Prefixo ENTIDADE MUNICÍPIO Pluv Pluv Pluvgfo PluvgfoSituação
(*) C4-102 DAEE CASSIA DOS COQUEIROS 1971 Ativo C4-103 DAEE SANTA ROSA DE VITERBO 1972 Ativo C4-105 DAEE SANTA CRUZ DA ESPERANCA 1973 Ativo
2147011 DNAEE SERRA AZUL Jul/37 Ativo * 2147022 DNAEE SANTA ROSA DE VITERBO Out/61 Ativo 2147064 FURNAS SANTA ROSA DE VITERBO Out/61 Dez/63 Desativado2147157 Eletropaulo SÃO SIMÃO Out/58 Mar/61 Desativado2147166 DNAEE CAJURU Mai/81 Ativo C4-018 DAEE MOCOCA 1936 1979 Desativado
C3-040 DAEE MOCOCA 1940 Ativo C4-040 DAEE MOCOCA 1940 1942 1960 Ativo C4-069 DAEE MOCOCA 1955 Ativo C4-076 DAEE MOCOCA 1945 1971 Desativado
IAC MOCOCA 1948 Ativo * 2146001 DNAEE MOCOCA Jul/66 Ativo
RIO CANOAS
2147048 INEMET MOCOCA Jun/40 Ativo C3-009 DAEE VARGEM GRANDE DO SUL 1936 Ativo C4-030 DAEE CASA BRANCA 1936 1951 DesativadoC4-038 DAEE CASA BRANCA 1942 1971 DesativadoC4-072 DAEE CASA BRANCA 1960 1970 Ativo * C4-077 DAEE MOCOCA 1961 1960 Ativo * C4-093 DAEE TAMBAU 1970 Ativo
2146079 CESP SÃO JOSÉ DO RIO PARDO Nov/80 Ativo 2147051 INEMET CASA BRANCA 1928 1936 Desativado
RIO TAMBAÚ/RIO VERDE
2147165 DNAEE CASA BRANCA Abr/81 Ativo C3-001 DAEE SAO SEBASTIAO DA GRAMA 1960 1971 DesativadoC3-002 DAEE CACONDE 1958 1971 DesativadoC3-003 DAEE CACONDE 1962 1962 Ativo * C3-011 DAEE SAO SEBASTIAO DA GRAMA 1936 Ativo C3-013 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 1937 1944 DesativadoC3-014 DAEE CACONDE 1937 Ativo C3-023 DAEE TAPIRATIBA 1940 1970 DesativadoC3-024 DAEE TAPIRATIBA 1940 Ativo C3-025 DAEE MOCOCA 1940 1970 DesativadoC3-026 DAEE TAPIRATIBA 1940 1971 DesativadoC3-027 DAEE TAPIRATIBA 1940 1971 DesativadoC3-028 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 1940 1970 DesativadoC3-029 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 1940 Ativo C3-030 DAEE TAPIRATIBA 1946 Ativo C3-035 DAEE SAO JOSE DO RIO PARDO 1944 1944 Ativo * C3-041 DAEE DIVINOLANDIA 1970 Ativo
2146008 INEMET SÃO JOSÉ DO RIO PARDO Jan/28 Mar/40 Desativado2146018 DNAEE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO Out/58 Abr/81 Desativado2146033 DNAEE CACONDE Set/50 Abr/52 Desativado2146039 DNAEE SÃO JOSÉ DO RIO PARDO Fev/37 Abr/81 Desativado2146049 INEMET TAPIRATIPA Abr/40 Dez/42 Desativado
ALTO PARDO
2146051 FURNAS SÃO JOSÉ DO RIO PARDO Out/58 Dez/63 Desativado
Quadro 7.4 - Postos pluviométricos da UGRHI-4 por sub-bacia. Ativo – Apenas Pluviômetro em operação; Ativo* - Pluviômetro e Pluviógrafo em operação.
No Quadro 7.5 apresenta-se o total de postos por município, enquanto no
QUADRO 7.6, apresenta-se a relação dos postos pluviométricos e pluviográficos em
operação por município da Bacia do Pardo.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 105
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Inicio Fim Inicio Fim
Município Prefixo ENTIDADE Latitude LongitudePluv Pluv Pluvfo Pluvfo
Situação
ALTINÓPOLIS C4-039 DAEE 21 46 00 47 05 00 1942 Ativo ALTINÓPOLIS C4-098 DAEE 21 08 00 47 24 00 1970 1976 Desativado ALTINOPOLIS C4-106 DAEE 21 08 00 47 34 00 1976 Ativo
BATATAIS B4-031 DAEE 20 57 00 47 31 00 1941 1957 Desativado BRODOWSKI B4-041 DAEE 20 59 00 47 40 00 1943 1956 Desativado BRODOWSKI C4-086 DAEE 21 13 00 47 36 00 1969 Ativo BRODOWSKI 2047032 DNAEE 20 59 00 47 39 00 Out/58 Ativo BRODOWSKI 2047048 FURNAS 20 59 00 47 39 00 Out/58 Dez/63 Desativado
CACONDE C3-002 DAEE 21 33 00 46 38 00 1958 1971 Desativado CACONDE C3-003 DAEE 21 34 00 46 37 00 1962 1962 Ativo * CACONDE C3-014 DAEE 21 32 00 46 38 00 1937 Ativo CACONDE 2146033 DNAEE 21 32 00 46 40 00 Set/50 Abr/52 Desativado CAJURU C4-001A DAEE 21 23 00 47 18 00 1936 1954 Desativado CAJURU C4-006 DAEE 21 17 00 47 18 00 1937 1959 Desativado CAJURU C4-044 DAEE 21 26 00 47 20 00 1942 1972 Desativado CAJURU C4-046 DAEE 21 27 00 47 20 00 1942 1950 Desativado CAJURU C4-048 DAEE 21 23 00 47 25 00 1942 1972 Desativado CAJURU C4-051 DAEE 21 25 00 47 25 00 1942 1972 Desativado CAJURU C4-088 DAEE 21 26 00 47 35 00 1951 Ativo CAJURU C4-089 DAEE 21 19 00 47 22 00 1951 1972 Desativado CAJURU C4-099 DAEE 21 13 00 47 18 00 1971 Ativo CAJURU 2147166 DNAEE 21 09 00 47 17 00 Mai/81 Ativo
CASA BRANCA C4-030 DAEE 21 44 00 47 13 00 1936 1951 Desativado CASA BRANCA C4-038 DAEE 21 13 00 47 52 00 1942 1971 Desativado CASA BRANCA C4-072 DAEE 21 23 00 47 05 00 1960 1970 Ativo * CASA BRANCA 2147051 INEMET 21 47 00 47 06 00 1928 1936 Desativado CASA BRANCA 2147165 DNAEE 21 39 00 47 06 00 Abr/81 Ativo CASSIA DOS COQUEIROS C4-102 DAEE 21 17 00 47 10 00 1971 Ativo
CRAVINHOS C4-015 DAEE 21 23 00 47 42 00 1936 1964 Desativado CRAVINHOS C4-042 DAEE 21 27 00 47 00 00 1941 1970 Desativado CRAVINHOS 2147047 INEMET 21 22 00 47 42 00 Jan/27 Abr/38 Desativado
DIVINOLANDIA C3-041 DAEE 21 40 00 46 37 00 1970 Ativo JARDINOPOLIS B4-016 DAEE 20 59 00 47 46 00 1937 1945 Desativado JARDINOPOLIS B4-054 DAEE 20 55 00 47 50 00 1952 1971 Desativado JARDINOPOLIS C4-031 DAEE 21 04 00 47 45 00 1941 1971 Desativado JARDINOPOLIS C4-054 DAEE 21 32 00 47 13 00 1943 Ativo
MOCOCA C3-025 DAEE 21 25 00 46 47 00 1940 1970 Desativado MOCOCA C3-040 DAEE 21 26 00 46 51 00 1940 Ativo MOCOCA C4-018 DAEE 21 29 00 47 33 00 1936 1979 Desativado MOCOCA C4-040 DAEE 21 01 00 47 24 00 1940 1942 1960 Ativo MOCOCA C4-069 DAEE 21 28 00 47 36 00 1955 Ativo MOCOCA C4-076 DAEE 21 06 00 47 45 00 1945 1971 Desativado MOCOCA C4-077 DAEE 21 28 00 46 51 00 1961 1960 Ativo * MOCOCA 2146001 DNAEE 21 26 00 46 58 00 Jul/66 Ativo MOCOCA 2147048 INEMET 21 28 00 47 01 00 Jun/40 Ativo
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 106
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Inicio Fim Inicio Fim Município Prefixo ENTIDADE Latitude Longitude
Pluv Pluv Pluvfo Pluvfo Situação
MOCOCA IAC 1948 Ativo * RIBEIRAO PRETO C4-002 DAEE 21 08 00 47 54 00 1954 1971 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-025 DAEE 21 2 8 00 47 01 00 1903 1972 1942 1942 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-055 DAEE 21 01 00 47 46 00 1943 1971 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-060 DAEE 21 08 00 47 48 00 1945 1971 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-061 DAEE 21 08 00 47 43 00 1943 1952 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-062 DAEE 21 10 00 47 47 00 1943 1970 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-064 DAEE 21 09 00 47 47 00 1943 1970 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-075 DAEE 21 47 00 47 03 00 1944 Ativo RIBEIRAO PRETO C4-081 DAEE 21 32 00 47 13 00 1962 1969 Desativado RIBEIRAO PRETO C4-081A DAEE 21 09 00 47 48 00 1945 1952 Desativado RIBEIRÃO PRETO C4-034 DAEE 21 12 00 47 52 00 1936 Ativo RIBEIRÃO PRETO 2147045 INEMET 21 11 00 47 47 00 Abr’/28 Ativo RIBEIRÃO PRETO 2147046 INEMET 21 11 00 47 48 00 1943 Jul/70 Desativado RIBEIRÃO PRETO IAC 1939 Ativo * SALES OLIVEIRA B4-009 DAEE 20 54 00 47 53 00 1937 1956 Desativado SALES OLIVEIRA B4-012 DAEE 20 48 00 47 46 00 1940 Ativo SALES OLIVEIRA B4-044 DAEE 20 49 00 47 52 00 1956 Ativo SANTA CRUZ DA
ESPERANCA C4-105 DAEE 21 17 00 47 26 00 1973 Ativo
SANTA ROSA DE VITERBO C4-005 DAEE 21 29 00 47 22 00 1936 1974 Desativado
SANTA ROSA DE VITERBO C4-043 DAEE 21 22 00 47 43 00 1942 Ativo
SANTA ROSA DE VITERBO C4-045 DAEE 21 17 00 47 23 00 1942 1976 Desativado
SANTA ROSA DE VITERBO C4-049 DAEE 21 23 00 47 22 00 1942 1972 Desativado
SANTA ROSA DE VITERBO C4-103 DAEE 21 33 00 47 23 00 1972 Ativo
SANTA ROSA DE VITERBO 2147022 DNAEE 21 28 00 47 22 00 Out/61 Ativo
SANTA ROSA DE VITERBO 2147064 FURNAS 21 28 00 47 22 00 Out/61 Dez/63 Desativado
SAO JOSE DO RIO PARDO C3-013 DAEE 21 36 00 46 53 00 1937 1944 Desativado
SAO JOSE DO RIO PARDO C3-028 DAEE 21 33 00 46 48 00 1940 1970 Desativado
SAO JOSE DO RIO PARDO C3-029 DAEE 21 32 00 46 48 00 1940 Ativo
SAO JOSE DO RIO PARDO C3-035 DAEE 21 36 00 46 54 00 1944 1944 Ativo *
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 2146008 INEMET 21 36 00 46 54 00 Jan/28 Mar/40 Desativado
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 2146018 DNAEE 21 36 00 46 54 00 Out/58 Abr/81 Desativado
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 2146039 DNAEE 21 36 00 46 54 00 Fev/37 Abr/81 Desativado
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 2146051 FURNAS 21 36 00 46 54 00 Out/58 Dez/63 Desativado
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO 2146079 CESP 21 36 00 46 57 00 Nov/80 Ativo
SAO SEBASTIAO DA GRAMA C3-001 DAEE 21 46 00 46 40 00 1960 1971 Desativado
SAO SEBASTIAO DA GRAMA C3-011 DAEE 21 42 00 46 49 00 1936 Ativo
SAO SIMAO C4-014 DAEE 21 24 00 47 38 00 1936 1971 Desativado SAO SIMAO C4-017 DAEE 21 33 00 47 28 00 1936 1959 Desativado SAO SIMAO C4-047 DAEE 21 26 00 47 18 00 1942 1973 Desativado
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 107
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Inicio Fim Inicio Fim Município Prefixo ENTIDADE Latitude Longitude
Pluv Pluv Pluvfo Pluvfo Situação
SAO SIMAO C4-050 DAEE 21 26 00 47 23 00 1942 1972 Desativado SAO SIMAO C4-052 DAEE 21 19 00 47 21 00 1942 Ativo SAO SIMAO C4-066 DAEE 21 12 00 47 52 00 1943 1972 Desativado SAO SIMAO C4-087 DAEE 21 05 00 47 39 00 1950 Ativo SAO SIMAO C4-091 DAEE 21 19 00 47 28 00 1965 Ativo SÃO SIMÃO 2147049 INEMET 21 29 00 47 33 00 1922 Ativo * SÃO SIMÃO 2147157 ELETROPAULO 21 25 00 47 32 00 Out/58 Mar/61 Desativado
SERRA AZUL C4-013 DAEE 21 18 00 47 34 00 1936 1942 Desativado SERRA AZUL 2147011 DNAEE 21 19 00 47 29 00 Jul/37 Ativo *
SERRANA C4-083 DAEE 21 12 00 47 52 00 1947 1970 Ativo * TAMBAU C4-053 DAEE 21 22 00 47 26 00 1942 1950 Desativado TAMBAU C4-079 DAEE 21 38 00 47 01 00 1969 Ativo TAMBAU C4-093 DAEE 21 42 00 47 17 00 1970 Ativo
TAPIRATIBA C3-023 DAEE 21 29 00 46 48 00 1940 1970 Desativado TAPIRATIBA C3-024 DAEE 21 28 00 46 49 00 1940 Ativo TAPIRATIBA C3-026 DAEE 21 29 00 46 49 00 1940 1971 Desativado TAPIRATIBA C3-027 DAEE 21 28 00 46 47 00 1940 1971 Desativado TAPIRATIBA C3-030 DAEE 21 28 00 46 45 00 1946 Ativo TAPIRATIPA 2146049 INEMET 21 21 00 46 48 00 Abr/40 Dez/42 Desativado
VARGEM GRANDE DO SUL C3-009 DAEE 21 50 00 46 54 00 1936 Ativo
Quadro 7.5 – Distribuição dos Postos pluviométricos e pluviográficos, por município. Ativo – Apenas Pluviômetro em operação; Ativo* - Pluviômetro e Pluviógrafo em operação.
Município Área na Bacia (km²)*
Postos Pluviométricos Posto por km2 Postos
Pluviográficos ÁGUAS DA PRATA 24,78 0 0 0
ALTINOPOLIS 470,84 2 235,42 0 BATATAIS 236,95 0 0 0
BRODOWSKI 276,04 2 138,02 0 CACONDE 472,68 2 236,34 1 CAJURU 644,58 3 214,86 0
CASA BRANCA 459,86 2 229,93 1 CASSIA DOS COQUEIROS 192,86 1 192,86 0
CRAVINHOS 169,55 0 0 0 DIVINOLANDIA 221,75 1 221,75 0
ITOBI 140,66 0 0 0 JARDINOPOLIS 492,73 1 492,73 0
MOCOCA 838,45 7 119,78 2 MORRO AGUDO 231,81 0 0 0
ORLÂNDIA 48,73 0 0 0 PONTAL 202,68 0 0 0
RIBEIRAO PRETO 509,78 4 127,44 1 SALES OLIVEIRA 288,29 2 144,14 0
SANTA CRUZ DA ESPERANCA 151,31 1 151,31 0 SANTA ROSA DE VITERBO 280,58 3 93,52 0
SANTO ANTÔNIO DA ALEGRIA 76,80 0 0 0
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 108
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Município Área na Bacia (km²)*
Postos Pluviométricos Posto por km2 Postos
Pluviográficos SAO JOSE DO RIO PARDO 416,79 3 138,93 1
SÃO SEBASTIAO DA GRAMA 255,85 1 255,95 0 SAO SIMAO 450,84 4 112,71 1
SERRA AZUL 286,59 1 286,59 1 SERRANA 128,37 1 128,37 1
SERTÃOZINHO 121,95 0 0 0 TAMBAU 554,30 2 277,15 0
TAPIRATIBA 218,54 2 109,27 0 VARGEM GRANDE DO SUL 126,08 1 126,08 0
TOTAL 8991,02 9
Quadro 7.6 – Distribuição dos Postos pluviométricos e pluviográficos em operação, por município.
As redes básicas são constituídas em geral de pluviômetros e um número restrito
de pluviógrafos, instalados em locais de maior interesse, tais como concentrações
urbanas. No Estado de São Paulo, o DAEE/CTH opera uma rede básica com cerca de
1.000 pluviômetros e 130 pluviógrafos, o que dá uma densidade de aproximadamente um
posto a cada 250 km2 no Estado.
A rede na Bacia do Pardo acha-se distribuída de forma razoavelmente uniforme
nos seus 8.991,02 km2, a qual contém 46 pluviômetros e 9 pluviógrafos em operação,
resultando, no caso dos pluviômetros, numa densidade média de aproximadamente
um posto a cada 195,46 km2, superior à média do Estado, e atende às recomendações
da Organização Meteorológica Mundial – OMM (apud MME 1983), que admite ser
suficiente a média de um posto a cada 600 a 900 km2.
A Bacia é deficiente, entretanto, em relação ao número de pluviógrafos, cuja rede é
composta por apenas 9 aparelhos registradores, sendo que o mínimo recomendável é de
um aparelho registrador para cada quatro postos pluviométricos. Essa deficiência é
sentida nos estudos de correlação precipitação-deflúvio; nos casos de enchentes;
problemas de erosão; e no cálculo de galerias pluviais, onde o conhecimento das
intensidades pluviométricas pode melhorar o nível de acerto em projetos.
O número de pluviômetros na Bacia do Pardo atende à densidade mínima
recomendada pela Organização Meteorológica Mundial (apud MME 1983); inclusive
quando se analisa a distribuição por sub-bacia verifica-se que todas atendem àquelas
recomendações, conforme pode-se verificar no Quadro 7.7.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 109
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
No SUB-BACIA Área de
drenagem (km²)*
Postos Pluviométricos
Posto por km2
Postos Pluviográficos
01 Rib. São Pedro/Rib. da Floresta 1.451,80 03 483,93 0 02 Rib. da Prata/Rib. Tamanduá 1.680,84 10 168,08 2 03 Médio Pardo 2.533,78 13 194,90 2 04 Rio Canoas 516,80 07 73,83 2 05 Rio Tambaú/Rio Verde 1.271,38 4 317,84 1 06 Alto Pardo 1.536,42 9 170,71 2
TOTAL 8.991,02 46 9 Quadro 7.7 - Distribuição dos Postos pluviométricos e pluviográficos em operação, por sub-bacia.
No caso dos pluviógrafos, entretanto, observa-se que 2 sub-bacias apresentam
número inferior ao recomendado: Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta e Médio Pardo.
7.1.1.3 Análise qualitativa dos dados disponíveis
Os cálculos de dados pluviométricos podem ser feitos com base em um período
determinado de tempo, ou com totais de uma estação do ano, ou ainda com base em
totais anuais. Existem três métodos para a determinação da precipitação média numa
área específica: método da média aritmética, método de Thiessen e método das
isoietas. Pelas características gerais das sub-bacias da área da UGRHI-4, e tendo-se
em conta a distribuição dos postos de influência, optou-se pelo método da média
aritmética para a realização dos cálculos.
Com esse objetivo, coletou-se dados dos totais mensais de precipitação no período
entre 1997 a 2004 de postos pluviométricos e pluviográficos localizados em cada sub-
bacia da UGHRI. A escolha de se analisar esse período teve como objetivo verificar se
ocorreu mudanças significativas, ou eventos anormais, desde o último ano de análise
(1997) até dados pluviométricos mais recentes, disponibilizados até o mês de setembro
de 2004 no “Sistema de Informações para o Gerenciamento de Recursos Hídricos do
Estado de São Paulo1”.
Somente na sub-bacia do Rio Canoas (sub-bacia 4) não foi possível realizar uma
caracterização dentro desse período devido esta sub-bacia ter apresentado muitas falhas
em seus dados em datas posteriores a 1999. Dessa forma, a análise, nesta sub-bacia,
considerou-se os anos de 1997, 1998 e 1999.
1 Disponível em: http://www.sigrh.sp.gov.br/cgi-bin/bdhm.exe/plu. Acesso em 23/10/2006
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 110
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
O processo de preenchimento de falhas consistiu na realização da média aritmética
do dado de todos os outros postos localizados na mesma sub-bacia em que se
encontrava o posto que apresentou falha em seu registro. Devido à importância da
consistência dos dados, postos que apresentaram falhas acima de 10% em uma série
contínua de seus registros (mensal ou anual) foram descartados para evitar possíveis
erros que comprometeriam a caracterização pluviométrica da sub-bacia. No QUADRO
7.8, encontram-se os postos de influência utilizados e os descartados por problemas de
excesso de falhas por sub-bacia.
SUB-BACIA POSTOS UTILIZADOS POSTOS DESCARTADOS Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta B4-012 / C4 054 B4-044
Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá C4-075 / C4-086 / C4-087 C4-091 / C4-106 / C4-034
Médio Pardo C4-039 / C4-043 / C4-099 / C4-102 / C4-103 - Rio Canoas C3-040 / C4-040 C4-069 Rio Tambaú / Rio Verde C3-009 C4-072 / C4-077 / C4-093
Alto Pardo C3-014 / C3-030 C3-011 / C3-024 / C3-029 /
C3-035 / C3-003 Quadro 7.8 - Postos utilizados e descartados para caracterização pluviométrica por sub-bacia.
7.1.1.4 Análise da Distribuição Temporal e Espacial na Bacia
Por meio da observação das FIGURAS 7.1 a 7.6 pode-se notar que todas as sub-
bacias da UGHRI-4 apresentam o mesmo comportamento pluviométrico característico de
regiões localizadas em Clima Tropical, no qual ocorre uma sazonalidade caracterizada
por um inverno mais seco e um verão mais úmido, sendo esta última estação marcada
pelas chuvas convectivas 2. Assim, nota-se que as chuvas são mais expressivas nos
meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março e menos abundantes nos meses de abril,
maio, junho, julho, agosto e setembro. Os meses de janeiro e fevereiro destacam-se
como os meses mais chuvosos e julho e agosto como os meses que ocorrem menos
eventos chuvosos.
2 Chuvas causadas pelo movimento ascendente de massas de ar quentes, por isso sua ocorrência é muito comum no verão.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 111
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Figura 7.1 – Precipitações médias mensais para a sub-bacia do Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta.
Figura 7.2 – Precipitações médias mensais para a sub-bacia do Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá.
Figura 7.3 – Precipitações médias mensais para a sub-bacia do Médio Pardo.
Sub-bacia do Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta
050
100150200250300350400450
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média histórica (1997 a 2004) Média (2004)
Sub-bacia do Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá
050
100150200250300350400450
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média histórica (1997 a 2004) Média (2004)
Sub-bacia do Médio Pardo
050
100150200250300350400450
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média histórica (1997 a 2004) Média (2004)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 112
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Figura 7.4 – Precipitações médias mensais para a sub-bacia do Rio Canoas.
Figura 7.5 – Precipitações médias mensais para a sub-bacia do Rio Tambaú / Rio Verde.
Figura 7.6 – Precipitações médias mensais para a sub-bacia do Alto Pardo.
Sub-bacia do Rio Canoas
0
50
100
150
200
250
300
350
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média histórica (1997 a 2000) Média (2000)
Sub-bacia do Rio Tambaú / Rio Verde
0
50
100
150
200
250
300
350
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média histórica (1997 a 2004) Média (2004)
Sub-bacia do Alto Pardo
0
50
100
150
200
250
300
350
400
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Altu
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luvi
omét
rica
(mm
)
Média histórica (1997 a 2004) Média (2004)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 113
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Comparando as precipitações médias mensais até setembro de 20043 com a
média histórica mensal do período de 1997 a 2004, nota-se que, de modo geral, choveu
mais no ano de 2004 em relação à média histórica. No caso da sub-bacia do Rio Canoas,
que foi analisada até junho de 2000, observa-se que se choveu um pouco mais nesse ano
do que à média histórica nos meses de janeiro, fevereiro e março; nos meses seguintes a
média histórica mensal foi um pouco superior em relação a média do ano de 2000.
As Figuras 7.7 a 7.12 demonstram a média pluviométrica anual para o período
analisado.
Figura 7.7 – Precipitações médias anuais para a sub-bacia do Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta.
Figura 7.8 – Precipitações médias anuais para a sub-bacia do Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá.
3 Os dados atuais foram disponibilizados até essa data.
Sub-bacia do Ribeirão São Pedro - Ribeirão da Floresta
020406080
100120140160
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média mensal anual Média mensal histórica (1997 a 2004)
Sub-bacia do Ribeirão da Prata - Ribeirão Tamanduá
020406080
100120140160180
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média mensal anual Média mensal histórica (1997 a 2004)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 114
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Figura 7.9 – Precipitações médias anuais para a sub-bacia do Médio Pardo.
Figura 7.10 – Precipitações médias anuais para a sub-bacia do Rio Canoas.
Figura 7.11 – Precipitações médias anuais para a sub-bacia do Rio Tambaú / Rio Verde.
Sub-bacia do Rio Canoas
020406080
100120140160
1997 1998 1999
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média do total mensal anual Média histórica do total anual (1997 a 2000)
Sub-bacia do Médio Pardo
020
4060
80100
120140
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média mensal anual Média mensal histórica (1997 a 2004)
Sub-bacia do Rio Tambaú - Rio Verde
0
20
4060
80
100
120
140
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média mensal anual Média histórica mensal (1997 a 2004)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 115
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Figura 7.12 – Precipitações médias anuais para a sub-bacia do Alto Pardo.
O Quadro 7.9 mostra o ano com menor e maior índice pluviométrico no período
analisado por sub-bacia.
No Sub-Bacia Ano com menor índice pluviométrico do período
Ano com maior índice pluviométrico do período
1 Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta
1999 (103,03mm)
2004 (149,56mm)
2 Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá 2000 (104,35mm)
2002 (162,08mm)
3 Médio Pardo 2000 (90,4mm)
2004 (132,27mm)
4 Rio Canoas 1999 (105,29mm)
1997 (140,98mm)
5 Rio Tambaú / Rio Verde 2000 (85,96mm)
1997 (123,55mm)
6 Alto Pardo 2000 (87,88mm)
1997 (148,75mm)
Quadro 7.9 – Anos com maior e menor índice pluviométrico mensal anual do período analisado por sub-bacia.
Observa-se que os anos com os menores índices pluviométricos nas sub-bacias
são os anos de 1999 e 2000 e os anos com os maiores índices pluviométricos referem-se
aos anos de 1997, 2002 e 2004. Destaca-se que os anos de 1999 e 2000 representam
um marco na curva pluviométrica do período analisado, no qual se verifica que até esses
anos a curva mostra-se decrescente, voltando a ascender posteriormente a esses anos.
Somente na sub-bacia do Rio Canoas isso não ocorreu, isso porque o período de análise
foi inferior em relação ao restante das sub-bacias.
De forma geral, os fatores que influenciam no índice pluviométrico de um local são:
proximidade com o litoral, geomorfologia (exposição de vertente), latitude e altitude. Para
análise da variabilidade espacial entre as sub-bacias da UGHRI-4, considerou-se a
Sub-bacia do Alto Pardo
020406080
100120140160
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Altu
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omét
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(mm
)
Média mensal anual Média histórica mensal (1997 a 2004)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 116
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas precipitação total histórica e a precipitação total do ano de 2003, que são apresentadas no
Quadro 7.10. Analisou-se o ano de 2003 porque o ano de 2004 possuía seus dados
disponíveis até o mês de setembro. Os postos pluviométricos localizados na sub-bacia do
Rio Canoas apresentaram falhas em anos posteriores a 1999, portanto a análise foi
realizada nesta sub-bacia somente até esse ano.
No Sub-Bacia Área (Km2) Postos Influência Precipitação
Total Histórica (mm)
Precipitação Total (mm) do ano de
20034
1 Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta 1.451,80 B4-012 / C4 054 1528,80 1614,35
2 Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá 1.680,84 C4-075 / C4-086 / C4-
087 1615,67 1726,73
3 Médio Pardo 2.533,78 C4-039 / C4-043 / C4-099 / C4-102 / C4-103 1429,404 1554,54
4 Rio Canoas 516,80 C3-040 / C4-040 1429,81 1245,35
5 Rio Tambaú / Rio Verde 1.271,38 C3-009 1245,02 1295,00
6 Alto Pardo 1.536,42 C3-014 / C3-030 1381,325 1486,45 TOTAL DA UGRHI 8.991,02 - - -
Quadro 7.10 - Precipitação média histórica (1997 a 2004) nas sub-bacias e precipitação medial anual para o ano de 2003.
Por meio da observação do Quadro 7.10, é possível constatar que a sub-bacia do
Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá apresentou os maiores índices de chuvas da
Bacia do Pardo, tanto em relação à precipitação total histórica quanto ao total de 2003. A
sub-bacia que apresentou os menores índices pluviométricos foi a sub-bacia do Rio
Canoas. No caso da sub-bacia do Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá está diferença
pode estar relacionada tanto a latitude da sub-bacia quanto em relação a geomorfologia
do local, formada predominantemente por relevos de morros amplos e morros
arredondados.
A sub-bacia do Rio Canoas apresenta-se como a sub-bacia com os menores
índices pluviométricos devido a sua menor altitude, em relevos de colinas médias,
cercada por relevos de maior altitude. Esses relevos que o circundam podem se constituir
como barreiras físicas para nuvens de chuvas que não conseguem ultrapassá-las.
Ressalta-se também que a análise nessa sub-bacia ocorreu até o ano de 2000, o que
pode ter comprometido a análise, sendo que esse ano foi caracterizado por uma grande
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 117
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas estiagem. Recomenda-se uma pesquisa mais aprofundada de climatologia para o estudo
do comportamento climático e pluviométrico da Bacia do Pardo.
Um parâmetro hidrológico básico que traduz a disponibilidade hídrica de uma bacia
hidrográfica é a vazão média de longo período (Qmédia). Este parâmetro dá uma
indicação do limite superior de seu potencial hídrico aproveitável. Por outro lado, em
virtude da variabilidade do regime pluvial nas épocas de baixa pluviosidade, a
disponibilidade hídrica pode ser caracterizada pela vazão mínima, como por exemplo a
Q7,10 - vazão mínima de sete dias consecutivos com período de retorno de 10 anos.
Entende-se por período de retorno o tempo médio, em anos, que um evento (chuva) pode
ser igualado ou superado pelo menos uma vez.
A disponibilidade hídrica foi estimada por IPT (2000a), a partir da regionalização
hidrológica de DAEE (1984, 1988). Os valores estimados de Qmédia e Q7,10 são
apresentados no Quadro 7.11.
SUB-BACIA Qmédia Q7,10 (m3/s) 1 22,4 4,84 2 26,0 5,60 3 39,0 8,42 4 8,0 1,72 5 19,6 4,24 6 23,8 5,12
Total - PARDO 138,8 29,94 Fonte: (IPT, 2000)
Quadro 7.11 – Valores de Qmédia e Q7,10 (m3/s) para as sub-bacias da UGRHI – 04. 7.1.1.5 Dados da Rede Fluviométrica
Num local de um curso d’água, onde se disponha de um posto fluviométrico
adequadamente operado, tem-se um conjunto básico de informações, denominado de série
hidrológica, que permite caracterizar as disponibilidades hídricas superficiais para a sua
bacia de captação. Essa série hidrológica compreende vazões médias diárias, que por sua
vez podem compor valores médios mensais, considerados mais adequados para utilização
em determinados tipos de estudos.
A Bacia do Pardo, com seus 8.991,02 km2, possui 7 estações operadas pelo
DAEE, sendo somente 1 em atividade e, conforme IPT (2000) – “Relatório Zero”, sete
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 118
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas operadas pela CESP, duas pelo DNAEE e uma por entidade não identificada (Outras)5.
Com base nesses dados, possui 11 estações em operação.
A densidade média atual na Bacia do Pardo é de 817,36 km2/estação. Até meados
de 2002/03, anterior a desativação de duas estações fluviométricas, a densidade média
de postos por área era de 642,21 km2/estação (IPT, 2000). Embora a paralisação desses
dois postos fluviométricos tenha diminuído a densidade média da Bacia hidrográfica do
Pardo, verifica-se que ainda assim essa relação posto/área satisfaz aos padrões
estabelecidos, tomando-se como base os critérios recomendados pela Organização
Meteorológica Mundial – OMM (apud MME 1983), indicados no Quadro 7.12.
Tipo de Região Variação da
densidade mínima (Área em
km2/estação)
Variação tolerável para condições muito difíceis (Área em km2/Estação)
Regiões planas de zonas temperadas, mediterrâneas e tropicais
1.000 – 2.500 3.000 – 10.000
Regiões montanhosas de zonas temperadas, mediterrâneas e tropicais
300 – 1.000 1.000 – 5.000
Zonas áridas e polares 5.000 – 20.000 --- Quadro 7.12 - Densidade Mínima de rede fluviométrica, segundo a OMM (apud MME 1983).
Verifica-se que apesar de satisfazer aos padrões estabelecidos pela OMM quanto à
quantidade, constatou-se nítida precariedade em relação à distribuição espacial dos
postos, assim como falhas temporais nas medições de vazão e existência de muitos
postos paralisados (Quadros 7.13 e 7.14).
ENTIDADE OPERAÇÃO EXTINTAS DAEE 4 3 CESP 7 0
DNAEE 2 4 OUTROS 1 0 TOTAL 14 7
Quadro 7.13 - Operadoras e número de estações fluviométricas na UGRHI-4.
5 Aguardando informação para atualização.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 119
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
PREFIXO ENTIDADE CURSO D'ÁGUA ÁREA (km2) ÍNICIO FIM Situação 3C-001 DAEE R. PARDO 4.093 1944 Fev/1968 Desativado 3C-012 DAEE RIO VERDE 346 1980 Maio/2002 Desativado 4C-012 DAEE RIB. LAMBARI 67 1989 Jan/2003 Desativado 4C-009 DAEE RIO CUBATÃO 322 1980 Out/1995 Desativado 4C-010 DAEE RIO ARARAQUARA 456 1980 Out/1986 Desativado 4C-001 DAEE RIO PARDO 10.679 1941 Jun/2004 Ativo6 5B-011 DAEE RIO PARDO 12.445 1973 Ativo
61812000 CESP RIO PARDO 2.650 1964 Ativo 61814000 CESP RIO PARDO 2.690 1981 Ativo 61815800 CESP RIO PARDO 3.245 1981 Ativo 61817000 DNAEE RIO PARDO 4.101 1937 1980 Desativado 61817004 CESP RIO PARDO 4.066 1964 Ativo 61818000 CESP RIO FARTURA 225 1964 Ativo 61819000 CESP RIO PARDO 4.366 1960 Ativo 61820000 CESP RIO PARDO 4.525 1964 Ativo 61826000 DNAEE RIO CANOAS 662 1949 Ativo 61829000 OUTRAS RIO PARDO -- 1913 Ativo 61830000 DNAEE RIO PARDO 8.480 1937 Ativo 61840000 DNAEE RIO PARDO 10.652 1930 1965 Desativado 61850000 DNAEE RIO PARDO 12.226 1937 1980 Desativado 61824000 DNAEE RIO CANOAS 461 1946 1965 Desativado
Quadro 7.14 - Postos fluviométricos da Bacia do Pardo.
No Quadro 7.15 apresenta-se a relação dos postos fluviométricos em operação e desativados, por sub-bacia, incluindo-se a área de drenagem e a data de início e de paralisação de seu funcionamento.
SUB-BACIA PREFIXO ENTIDADE CURSO D'ÁGUA ÁREA (km2) ÍNICIO FIM Situação 5B-011 DAEE RIO PARDO 12.445 1973 Ativo RIB. SÃO
PEDRO/RIB. DA FLORESTA 61850000 DNAEE RIO PARDO 12.226 1937 1980 Desativado
4C-001 DAEE RIO PARDO 10.679 1941 Jun/04 DesativadoRIB. DA PRATA/RIB. TAMANDUÁ 61840000 DNAEE RIO PARDO 10.652 1930 1965 Desativado
4C-009 DAEE RIO CUBATÃO 322 1980 1995 Desativado4C-010 DAEE RIO ARARAQUARA 456 1980 1986 Desativado
61829000 OUTRAS RIO PARDO -- 1913 Ativo MÉDIO PARDO
61830000 DNAEE RIO PARDO 8.480 1937 Ativo 61826000 DNAEE RIO CANOAS 662 1949 Ativo RIO CANOAS 61824000 DNAEE RIO CANOAS 461 1946 1965 Desativado
3C-012 DAEE RIO VERDE 346 1980 Mai/02 Desativado4C-012 DAEE RIB. LAMBARI 67 1989 Jan/03 Desativado
61820000 CESP RIO PARDO 4.525 1964 Ativo
RIO TAMBAÚ/RIO
VERDE 61819000 CESP RIO PARDO 4.366 1960 Ativo
3C-001 DAEE R. PARDO 4.093 1944 Fev/68 Desativado61812000 CESP RIO PARDO 2.650 1964 Ativo 61814000 CESP RIO PARDO 2.690 1981 Ativo 61815800 CESP RIO PARDO 3.245 1981 Ativo 61817000 DNAEE RIO PARDO 4.101 1937 1980 Desativado61817004 CESP RIO PARDO 4.066 1964 Ativo
ALTO PARDO
61818000 CESP RIO FARTURA 225 1964 Ativo
Quadro 7.15 - Distribuição dos postos fluviométricos por sub-bacia.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 120
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Para a confecção de gráficos com vazões mensais mínimas, máximas e médias
históricas foram escolhidos os postos em operação do Departamento de Águas e Energia
Elétrica – DAEE, cujos dados estavam disponibilizados em seu site, por meio do link
“Banco de Dados Pluviométricos do Estado de São Paulo”7. Procurou-se atualizar os
dados disponibilizados no Relatório Zero (IPT, 2000) para verificar se ocorreram
mudanças significativas do ano de 1997, último ano analisado no Relatório citado, até o
momento atual. Dessa forma, pretendeu-se coletar dados do ano de 1997 até a data
mais recente disponibilizada para cada posto localizado na UGHRI. Postos fluviométricos
desativados em anos anteriores a 1997 e que apresentaram muitas falhas nas coletas de
seus dados foram descartados, pois ocasionariam em inconsistência nas análises e
inviabilizariam comparações com outros postos.
A finalidade dos fluviogramas (Figuras 7.16 a 7.18), é obter as vazões médias
mensais para caracterizar os períodos mais prováveis de cheias e de estiagem do rio.
Fluviograma com vazões médias mensais (de 1997 a 2004)Sub-bacia do Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta
Posto 5B-011
0
100
200
300
400
500
600
700
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Vazõ
es (m
3/s)
Máxima Média Mínima 2004*
* dados disponibilizados até setembro de 2004. Figura 7.16 - Posto fluviométrico 5B- 011 – Sub-bacia do Rib. São Pedro/Rib. da Floresta.
7 Disponível em: http://www.sigrh.sp.gov.br/cgi-bin/bdhm.exe/flu. Acesso em 23/10/2006.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 121
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fluviograma com vazões médias mensais (de 1997 a 2004)Sub-bacia do Ribeirão da Prata / Ribeirão Tamanduá
Posto 4C-001
0
100
200
300
400
500
600
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Vazõ
es (m
3/s)
Máxima Média Mínima 2004*
* dados disponibilizados até junho de 2004. Figura 7.17 - Posto fluviométrico 4C- 001 – Sub-bacia do Rib. da Prata/Rib. Tamanduá.
Fluviograma com vazões médias mensais (de 1997 a 2004)Sub-bacia do Rio Tambaú / Rio Verde
Posto 3C-012
0
5
10
15
20
25
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meses
Vazõ
es (m
3/s)
Máxima Média Mínima 2001
Figura 7.18 - Posto fluviométrico 3C- 012 – Sub-bacia do Rio Tambaú / Rio Verde.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 122
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Nota-se que não são todas as sub-bacias da Bacia Hidrográfica do Pardo que
possuem postos fluviométricos em operação, o que dificulta uma análise comparativa
entre essas sub-bacias.
Por meio da observação das Figuras 7.16 a 7.18, constata-se que o
comportamento das curvas de vazões dos rios (máxima, média e mínima) é similar ao
comportamento da curva do índice pluviométrico para a mesma área, no qual se verifica
que o pico de chuvas e, conseqüentemente de vazões, ocorrem nos meses de dezembro,
janeiro, fevereiro e março, com predomínio nos meses de janeiro, fevereiro e março, e
são menos abundantes nos meses de abril, maio, junho, julho, agosto e setembro. Esse é
um comportamento típico de regiões de Clima Tropical Úmido, onde as chuvas são mais
elevadas no verão em relação ao inverno.
As curvas de vazões máxima, média e mínima mensais seguem o mesmo
comportamento rítmico, ou seja, nos meses que a vazão de uma drenagem aumentou,
essa vazão foi acompanhada pelas suas vazões máxima, média e mínima e nos meses
que a vazão desse curso d´água decresceu as vazões máximas, médias e mínimas
mensais também caíram.
Em relação à vazão média histórica mensal e a vazão média mensal mais recente,
observou-se que:
• no Posto 5B-011, situado no Rio Pardo, Sub-bacia do Ribeirão São Pedro /
Ribeirão da Floresta, a vazão média de 2004 foi superior a média histórica, com
exceção do mês de janeiro;
• no Posto 4C-001, localizado no Rio Pardo, Sub-bacia do Ribeirão da Prata /
Ribeirão do Tamanduá, a vazão média de 2004 foi similar ao posto 5B-011,
situado no mesmo curso d´água;
• no Posto 3C-012, situado no Rio Verde, Sub-bacia do Rio Tambau / Rio Verde,
a vazão média do ano de 2001 foi inferior à média histórica, exceção ocorrida
nos meses de novembro e dezembro, que foram um pouco superior à média
histórica.
Quanto às vazões médias anuais, as Figuras 7.19 a 7.21 retratam a situação para
cada posto fluviométrico localizado na Bacia Hidrográfica do Pardo.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 123
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fluviograma com vazões médias anuais (de 1997 a 2004)Sub-bacia do Ribeirão São Pedro / Ribeirão da Floresta
Posto 5B-011
0
50
100
150
200
250
300
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média do total anual Média histórica (1997 a 2004*)
* dados disponibilizados até setembro de 2004. Figura 7.19 - Posto fluviométrico 5B- 011 – Sub-bacia do Rib. São Pedro/Rib. da Floresta.
Fluviograma com vazões médias anuais (de 1997 a 2003)Sub-bacia do Ribeirão da Prata / Ribeirão do Tamanduá
Posto 4C-001
0
50
100
150
200
250
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média do total anual Média histórica (1997 a 2003)
Figura 7.20 - Posto fluviométrico 4C-001 – Sub-bacia do Rib. da Prata/Rib. do Tamanduá.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 124
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Fluviograma com vazões médias anuais (de 1997 a 2001)Sub-bacia do Rio Tambau / Rio Verde
Posto 3C-012
011223344
1997 1998 1999 2000 2001
Anos
Altu
ra P
luvi
omét
rica
(mm
)
Média do total anual Média histórica (1997 a 2001)
Figura 7.21 - Posto fluviométrico 3C-012 – Sub-bacia do Rio Tambau/Rio Verde.
Ao analisar a vazão média anua de cada posto, verificou-se:
• no Posto 5B-011, situado no Rio Pardo, Sub-bacia do Ribeirão São Pedro /
Ribeirão da Floresta, os anos com as maiores vazões em relação à média
histórica (1997 a 2004) ocorreram nos anos de 1997, 1999, 2003 e 2004. Os
anos com menores vazões em relação a média histórica ocorreram nos anos de
1998, 2000, 2001 e 2002;
• no Posto 4C-001, localizado no Rio Pardo, Sub-bacia do Ribeirão da Prata /
Ribeirão do Tamanduá, os anos com as maiores vazões em relação a média
histórica (1997 a 2003) ocorreram nos anos de 1997 e 2000; e os anos com
menores vazões ocorreram nos anos de 1998, 1999, 2001, 2002 e 2003;
• no Posto 3C-012, situado no Rio Verde, Sub-bacia do Rio Tambau / Rio Verde,
os anos com as maiores vazões em relação a média histórica (1997 a 2001)
ocorreram nos anos de 1997 e 1999. Os anos com menores vazões em
relação à média histórica ocorreram nos anos de 1998, 2000 e 2001.
Dessa forma, nota-se que os anos com os maiores picos de vazões máximas,
médias e mínimas em todos os postos fluviométricos ocorreram em 1997 e o ano com os
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 125
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas menores índices de vazão ocorreu no ano de 2001, isso devido a forte estiagem ocorrida
nesse ano.
De maneira geral, verifica-se que do ano de 1997 para o ano mais recente de cada
posto analisado, não ocorreram mudanças significativas de vazões.
O Quadro 7.12, sintetiza a média das vazões máximas, média e mínima de cada
posto analisado, por sub-bacia.
SUB-BACIA PREFIXO ENTIDADE CURSO D'ÁGUA
MÉDIA DA MÁXIMA
(m3/s)
MÉDIA DA MÉDIA (m3/s)
MÉDIA DA MÍNIMA (m3/s)
MÉDIA (m3/s)
Rib. São Pedro/ Rib. da Floresta 5B-011 DAEE RIO PARDO 287,06 197,05 144,89 209,67
Rib. da Prata/ Rib. Tamanduá 4C-001 DAEE RIO PARDO 246,45 159,54 111,16 172,38
4C-009 DAEE RIO CUBATÃO - - - - Médio Pardo 4C-010 DAEE RIO
ARARAQUARA - - - -
3C-012 DAEE RIO VERDE 8,88 4,15 2,17 5,07 Rio Tambau/ Rio Verde 4C-012 DAEE RIB. LAMBARI - - - - Alto Pardo 3C-001 DAEE RIO PARDO - - - -
Quadro 7.12 – Vazões máximas, médias e mínimas
7.1.2 Recursos Hídricos Subterrâneos
7.1.3 Oferta de Águas Subterrâneas
Os recursos hídricos subterrâneos constituem a origem do escoamento básico dos
rios e representam ricas reservas de água, geralmente de boa qualidade, que dispensam
custosas estações de tratamento. Em termos conceituais, sendo a água subterrânea um
componente indissociável do ciclo hidrológico, sua disponibilidade no aqüífero relaciona-
se com o escoamento básico da bacia de drenagem instalada sobre a área de ocorrência.
A água subterrânea constitui, então, uma parcela desse escoamento, que, por sua vez,
corresponde à recarga transitória do aqüífero (SRHSO/DAEE, 2002).
No balanço hídrico apresentado pelo DAEE para o Estado de São Paulo, dos 100
bilhões de m3/ano correspondentes ao escoamento total, 41 bilhões, ou 1.285 m3/s, são
devidos ao escoamento básico, parcela responsável pela regularização dos rios. A
recarga transitória média multianual que circula pelos aqüíferos livres é a quantidade
média de água que infiltra no subsolo, atingindo o lençol freático, formando o escoamento
básico dos rios.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 126
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A recarga profunda é que alimenta os aqüíferos confinados, ou seja, é a
quantidade média de água que circula pelo aqüífero, não retornando ao rio dentro dos
limites da bacia hidrográfica em questão (SRHSO/DAEE, 2002).
Como decorrência de razões hidrogeológicas, como o tipo de porosidade, a
hidráulica dos aqüíferos e as técnicas convencionais disponíveis para a captação de
águas subterrâneas, foram estabelecidos índices de utilização dos volumes estocados,
correspondentes à recarga transitória média multianual, para diferentes tipos de aqüíferos
adotados por LOPES (1994 apud SRHSO/DAEE, 2002).e adaptados às diferentes regiões
do Estado de São Paulo (SRHSO/DAEE, 2002).Na UGRHI do Pardo, os índices de
utilização são:
• Sistema aqüífero Cristalino: 20%.
• Sistema aqüífero Tubarão: 25 a 27%.
• Aqüiclude / sistema aqüífero Passa Dois: 15%.
• Sistema aqüífero Serra Geral: 20%.
• Sistema aqüífero Botucatu (Guarani): 30%.
• Sistema aqüífero Cenozóico: 25 a 27%.
A disponibilidade potencial de águas subterrâneas ou as reservas totais explotáveis
por sub-bacia da UGRHI-4 foram estimadas a partir do escoamento básico de cada bacia
(SRHSO/DAEE, 2002), multiplicado pela fração da área do aqüífero na bacia e pelo índice
de utilização anteriormente definido. Os números assim determinados devem ser
considerados com cautela e visam apenas estabelecer comparações entre a
disponibilidade natural e as extrações, a fim de auxiliar no planejamento racional do
aproveitamento dos recursos hídricos (SIGRH, 2001).
Convém enfatizar que estas estimativas são válidas apenas para os aqüíferos
livres. Existem, no entanto, aqüíferos confinados, como é o caso do Guarani, conforme
definido por ROCHA (1997 apud SRHSO/DAEE, 2002).e ARAÚJO (1995)). São
estimadas em 40 km3/ano as reservas totais explotáveis para todo o sistema Guarani,
sendo que na porção paulista, proporcionalmente a sua área de ocorrência, são da ordem
de 4,8 km3/ano (152 m3/s). Deste valor, uma estimativa grosseira para a UGRHI-4,
considerando-se apenas a área confinada do aqüífero na UGRHI (cerca de 3.400 km2), é
de 3,3m3/s.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 127
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A principal unidade na UGRHI-04 é o sistema aqüífero Guarani, com 6,02 m3/s
(45,3% do total), disponíveis em suas porções livre (2,72 m3/s) e confinada (3,30 m3/s).
Além de ser largamente explotada na região, constitui o maior e mais importante aqüífero
regional do Brasil, portanto sua área de recarga, representada pela porção livre, merece
especial atenção quanto ao risco de poluição, devendo ser objeto de diagnóstico
detalhado e de constante preservação e monitoramento. Os mapas 2, 3 e 5, Anexo A,
ilustram as áreas de recarga do aqüífero Guarani na UGRHI-04.
Fonte: SRHSO/DAEE, (2002) e CPTI/IPT, (2003)
Quadro 7.13 Estimativa da disponibilidade hídrica subterrânea da UGRHI-4, por sistema aqüífero.
Fonte: SRHSO/DAEE, (2002) e CPTI/IPT, (2003)
Quadro 7.14. Estimativa da disponibilidade hídrica subterrânea nas sub-bacias da UGRHI-4, por sistema aqüífero.
De forma geral, a utilização das águas subterrâneas por meio de poços tubulares
vai depender das condições de ocorrência (extensão, espessuras saturadas etc.) e das
características hidráulicas (vazão, capacidade específica etc.) das unidades aqüíferas.
Assim, certamente, unidades com boas propriedades hidrodinâmicas (permabilidade etc.)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 128
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas como o Guarani terão maior potencial (e, conseqüentemente, maior disponibilidade) que
unidades consideradas aqüicludes (Passa Dois), aqüifuges (a exemplo dos terrenos
cristalinos) ou mesmo aquelas de propriedades hidrodinâmicas inferiores, a exemplo do
Tubarão (SRHSO/DAEE, 2002).
Por outro lado, a explotação de águas subterrâneas deve considerar os cuidados
na locação dos poços referentes aos aspectos qualitativos, situando-os dentro de
perímetros de proteção seguros conforme critérios normativos, bem como os
distanciamentos mínimos com o fim de evitar rebaixamentos excessivos provocados por
interferências entre eles.
Além disso, as águas subterrâneas nem sempre são corretamente consideradas ou
denominadas como recursos hídricos, embora extremamente importantes. Isto requer um
trabalho intenso de capacitação, divulgação e planejamento integrado por parte dos
gestores, pois elas garantem a alimentação e fluxos dos cursos d’água superficiais ao
longo do ano inteiro e, particularmente para a UGRHI do Pardo, representam reservas de
água valiosas e estratégicas, seja para o presente ou ainda mais para as futuras
gerações.
Ademais, elas geralmente apresentam excelente qualidade, que dispensam
processos sempre caros de tratamento de água.
Todos estes aspectos necessitam ser levados em conta na gestão dos recursos
hídricos subterrâneos, daí a necessidade de metas e ações que envolvam estudos,
projetos e obras atreladas à gestão de aqüíferos, zoneamento hidrogeológico,
vulnerabilidade natural de aqüíferos, proteção sanitária de poços, levantamento de fontes
de poluição, conhecimento do risco à poluição de aqüíferos e caracterização, remediação
ou mitigação de áreas contaminadas.
7.2 Usos dos Recursos Hídricos
7.2.1 Demandas Gerais
Neste item, serão apresentados os dados relativos às demandas ou usos dos
recursos hídricos na UGRHI 4, adotando-se a classificação adotada pelo DAEE
(www.daee.sp.gov.br, acesso em 16.08.2006) de acordo com as principais formas de uso
dos recursos hídricos, incluindo-se as captações superficiais e subterrâneas, bem como
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 129
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas os lançamentos de efluentes. A localização dos pontos de lançamento e captações
superficiais é apresentada nos Mapas 1 a 6, Anexo A.
As classes de uso definidas segundo o DAEE (op. cit.) e utilizadas neste capítulo
são:
Industrial: uso em empreendimentos industriais, nos seus sistemas de
processo, refrigeração, uso sanitário, combate a incêndio, além de outros;
Urbano: água que se destina predominantemente ao consumo humano em
núcleos urbanos, tais como cidades, bairros, distritos, vilas, loteamentos,
condomínios, comunidades, dentre outros;
Irrigação: água utilizada em irrigação das mais distintas culturas agrícolas;
Rural: uso da água em atividades na zona rural, tais como aqüicultura,
pecuária, dentre outros, excetuando-se o uso na irrigação que possui
classificação específica, conforme citado anteriormente;
Mineração: diz respeito a toda a água utilizada nos processos de
mineração, incluindo lavra de areia;
Recreação e Paisagismo: uso em atividades de recreação, tais como
piscinas, lagos para pescaria, bem como para composição paisagística de
propriedades (lagos, chafarizes, etc.) e outros;
Comércio e Serviços: utilização da água em empreendimentos comerciais
e de prestação de serviços, seja nas suas atividades propriamente ditas ou
com fins sanitários (shopping centers, postos de serviços, hotéis, clubes,
hospitais, dentre outros); e
Outros: utilização da água em atividades que não se enquadram em
nenhuma das anteriores ou senão, quando a fonte de informação ou de
registro do uso da água não especifica claramente em qual a categoria se
enquadra um determinado usuário.
Os dados foram obtidos por meio de levantamentos nas seguintes fontes:
DAEE (Diretoria do PARDO GRANDE disponibilizou dados em aquivo digital
todos os usos cadastrados até 31/05/06)
Projeto LUPA (PINO et al. 1997) (Estimativas de Áreas irrigadas); e
SRHSO/DAEE (2002)(valor de dotação de rega 0,327 L/s/ha)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 130
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Outro aspecto a ser ressaltado é que dos 2.694 registros obtidos no banco de
dados do DAEE, por meio da disponibilização efetuada pela Diretoria da Bacia do Pardo
Grande, relativamente a 31 de maio de 2006, 234 deles apresentavam coordenadas
erradas e 372 deles não dispunham de coordenadas UTM e, portanto, foram descartados.
Dos 2.088 pontos considerados, foram tabulados e analisados os usos descritos no Item
7.2.1 – Demandas Gerais e desconsiderados usos vinculados à barramento (333 pontos),
canalização (32 pontos), drenagem (03 pontos), desassoreamento (22 pontos), extração
de minérios/areia (01 ponto), piscinão (01 ponto), reservação (03 pontos), retificação (03
pontos) e travessia (85 pontos) e sem classificação (23 pontos). Na seqüência, foram
classificados por Sub-Bacia e tabulados conforme captações superficiais (Quadro 7.12),
captações subterrâneas (Quadro 7.16) e lançamentos (Quadro 7.17).
Os dados referentes ao Projeto Lupa (PINO et al., 1997) foram utilizados para
efetuar a estimativa de demandas ou usos de recursos hídricos na irrigação, uma vez que
não dispõe, ainda, de um cadastro dos irrigantes e sabe-se que a atividade é muito
expressiva na UGRHI. A metodologia adotada e os resultados obtidos constam de item
especifico sobre demanda para irrigação, apresentado por IPT (2000).
Dessa forma foi efetuada a caracterização geral de utilização da água para os usos
considerados na UGRHI e suas Sub-Bacias.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 131
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Demandas de Águas Superficiais Cadastradas UGRHI 4 Sub-Bacia 1 Sub-Bacia 2 Sub-Bacia 3 Sub-bacia 4 Sub-bacia 5 Sub-bacia 6
Usuário Forma do Uso nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) Total Geral
Demanda Total (m3/s)
Sanitario Industrial 2 0,495 - - 2 1,732 1 0,008 - - 1 0,1444 Sanitario 4 0,011 4 0,012 7 0,003 1 0 1 0,016 2 0,028 Industrial 3 0,845 5 0,07 3 0,141 1 0,042 1 0,028 - -
Industrial
Total Industrial 9 1,351 9 0,082 12 1,876 3 0,05 2 0,044 3 0,1724 38 3,5754 Abast. Publico - - - - 2 0,015 - - 2 0,221 2 0,037 Urbano
Total Urbano - - - - 2 0,015 - - 2 0,221 2 0,037 6 0,273 Agricultura 6 0,011 19 0,17 23 0,333 23 0,632 269 3,86 74 0,532 IRR/PIS 1 0,002 - - - - 5 0,04 2 0,01 - - Irrigação
Total Irrigação 7 0,013 19 0,17 23 0,333 28 0,672 271 3,87 74 0,532 422 5,59 DES/PIS - - 1 0 - - - - - - - - IRR/DES - - 1 0 - - - - 1 0,001 1 0 Rural 1 0,006 - - - - - - - - 1 0,001 Dessedentação 2 0,010 2 0 2 0 - - 2 0,001 - - Hidroagricultura 11 0,057 36 0,263 29 0,238 5 0,035 18 0,086 11 0,028
Rural
Total Rural 14 0,073 40 0,263 31 0,238 5 0,035 21 0,088 13 0,029 124 0,726 Mineração - - - - - - - - 1 0,001 - - Água Mineral - - - - - - 1 0,005 - - - - Mineração
Total Mineração - - - - - - - - - - - - Lazer/Paisagismo 1 0,001 4 0,047 2 0,001 2 0,001 2 0 - - Recreação Paisagismo
Total Paisagismo 1 0,001 4 0,047 2 0,001 3 0,006 3 0,001 - - 13 0,056 Comercio - - - - - - - - - - - - Comercio e Serviços
Total Comercio - - - - - - - - - - - - Geração de Energia - - 2 0,045 - - - - - - - - Geração de Energia Total Ger. Energia - - 2 0,045 - - - - - - - - 2 0,045
Sazonal - - - - - - 1 0,016 - - - - Outros - - 1 0,002 2 0,002 - - - - 2 0,003 Sem Informação - - 1 0 - - - - - - - -
Outros
Total Outros - - 2 0,002 2 0,002 1 0,016 - - 2 0,003 7 0,023
Total Geral: 31 1,438 76 0,609 72 2,465 40 0,779 299 4,224 94 0,7734 612 10,2884 Fonte: DAEE (2006) por meio de disponibilização da Diretoria da Bacia do Pardo Grande, com dados referentes a 31 de maio de 2006
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 132
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas Quadro 7.15: Usos dos recursos hídricos superficiais cadastrados
Demandas de Águas Subterrâneas Cadastradas UGRHI 4 Sub-Bacia 1 Sub-Bacia 2 Sub-Bacia 3 Sub-bacia 4 Sub-bacia 5 Sub-bacia 6
Usuário Forma do Uso nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) nº Q (m3/s) Total Geral
Demanda Total (m3/s)
Sanitario Industrial 2 0,031 41 0,305 3 0,116 2 0,001 1 0,001 1 0,001 - - Sanitario 11 0,015 239 0,366 33 0,015 11 0,002 33 0,026 8 0,001 - - Industrial - - 9 0,02 - - 6 0,004 - - 1 0 - -
Industrial
Total Industrial 13 0,046 289 0,691 36 0,131 19 0,007 34 0,027 10 0,002 401 0,904 Abast. Publico 2 0,042 82 2,504 10 0,062 - - 2 0 2 0,003 - - Urbano
Total Urbano 2 0,042 82 2,504 10 0,062 - - 2 0 2 0,003 98 2,611 Agricultura 1 0,002 7 0,004 - - - - 11 0,01 2 0,001 - - IRR/PIS 1 0,002 - - - - - - - - - - - - Irrigação
Total Irrigação 2 0,004 7 0,004 - - - - 11 0,01 2 0,001 22 0,019 DES/PIS - - - - - - 1 0,001 - - - - - - IRR/DES - - 5 0,003 - - - - - - 1 0 - - Rural 1 0,001 2 0 - - - - - - 2 0 - - Dessedentação - - - - - - - - 1 0 - - - - Hidroagricultura 1 0,002 1 0 2 0,002 - - - - - - - -
Rural
Total Rural 2 0,003 8 0,003 2 0,002 1 0,001 1 0 3 0 17 0,009 Mineração - - - - - - - - - - - - - - Água Mineral - - - - - - - - - - - - - - Mineração
Total Mineração - - - - - - - - - - - - - - Lazer/Paisagismo - - 1 0 - - - - - - - - - - Recreação Paisagismo
Total Paisagismo - - 1 0 - - - - - - - - 1 0 Comercio - - 1 0,002 - - - - - - - - - - Comercio e Serviços
Total Comercio - - 1 0,002 - - - - - - - - 1 0,002 Sazonal - - - - - - - - - - - - - - Outros - - 1 0 - - - - 1 0 1 0 - - Sem Informação 1 0 4 0,003 4 0,011 5 0,013 2 0,002 - - - -
Outros
Total Outros 1 0 5 0,003 4 0,011 5 0,013 3 0,002 1 0 19 0,029
Total Geral: 20 0,095 393 3,207 52 0,206 25 0,021 51 0,039 18 0,006 559 3,574 Fonte: DAEE (2006) por meio de disponibilização da Diretoria da Bacia do Pardo Grande, com dados referentes a 31 de maio de 2006 Quadro 7.16: Usos dos recursos hídricos subterrâneos cadastrados
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 133
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A análise dos Quadros 7.15 e 7.16 permite observar que, considerando-se as
demandas cadastradas, a utilização dos recursos hídricos na UGRHI é sobremaneira a
partir de captações superficiais (aproximadamente 3 vêzes maior do que das fontes
subterrâneas) e que as maiores demandas se destinam ao uso na irrigação, seguido de
uso na indústria, uso rural e abastecimento urbano. Não obstante, chama-se a atenção
para o fato de que a demanda urbana na Sub-Bacia 2, que é a mais populosa, não
representar a maior vazão captada e, também, a demanda para a irrigação que mostra
número expressivo mas, como veremos adiante, ainda está aquém do perfil de consumo
da UGRHI; certamente isso está relacionado à ausência de cadastro ou outorga dos usos.
Quanto ao uso preponderante de mananciais superficiais, isso tende a refletir a
realidade da Bacia, pois as suas maiores demandas ocorrem nas porções com menores
potencias de produção em águas subterrâneas.
Em relação às demandas subterrâneas, por outro lado, elas mostram perfil
diferente das águas superficiais elas praticamente repetem a tendência do que se observa
quanto às águas superficiais, ou seja, as maiores demandas se referem ao uso urbano e
industrial. Um detalhe importante é que a maior demanda está concentrada na Sub-Bacia
2, efetivamente a mais populosa e industrializada.
7.3 Balanço Disponibilidades versus Demandas
Os dados e informações obtidas para as demandas de água na UGRHI 04 e suas
Sub-Bacias, discutidos nos itens anteriores, podem ser sintetizados no Quadro 7.17.
É importante ressaltar que se tratam de informações de registros oficiais de
levantamentos ou do banco de dados de outorgas, excetuando-se o segmento usuário de
irrigação, para o qual não existem cadastros e foi possível efeturar estimativa de demanda
a partir do Censo Agropecuário 1996/1997 do IBGE, complementado-se o mesmo com
dados do Projeto LUPA desenvolvido pela CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica
Integral da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (PINO et al., 1997) e
adotada a dotação de rega definida em SRHSO/DAEE (2002), qual seja 0,327 L/ha/s.
Outro aspecto a ser ressaltado é que dos 2.694 registros obtidos no banco de
dados do DAEE, por meio da disponibilização efetuada pela Diretoria da Bacia do Pardo
Grande, relativamente a 31 de maio de 2006, 234 deles apresentavam coordenadas
erradas e 372 deles não dispunham de coordenadas UTM e, portanto, foram descartados.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 134
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Dos 2.088 pontos considerados, foram tabulados e analisados os usos descritos no Item
7.2.1 – Demandas Gerais e desconsiderados usos vinculados à barramento (333 pontos),
canalização (32 pontos), drenagem (03 pontos), desassoreamento (22 pontos), extração
de minérios/areia (01 ponto), piscinão (01 ponto), reservação (03 pontos), retificação (03
pontos) e travessia (85 pontos) e sem classificação (23 pontos).
1Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta
4,84 2,42 2,86 1,44 0,10 0,89 0,12 29,71 64,50 3,32
2Ribeirão da
Prata/Ribeirão Tamanduá
5,60 2,8 3,04 0,61 3,21 0,47 1,96 10,88 91,79 105,49
3 Médio Pardo 8,42 4,21 3,85 2,47 0,21 1,81 1,68 29,28 98,55 5,35
4 Rio Canoas 1,72 0,86 0,67 0,78 0,02 0,08 0,33 45,29 129,42 3,13
5Rio
Tambaú/Rio Verde
4,24 2,12 1,40 4,22 0,04 0,36 3,64 99,62 371,04 2,79
6 Alto Pardo 5,12 2,56 1,48 0,77 0,01 0,28 2,59 15,11 131,30 41,0029,94 14,97 13,30 10,29 3,57 3,89 10,33 34,36 137,74 26,47TOTAIS
Demandas Cadastradas (m3/s)Demanda Estimada
(m3/s)Balanços Oferta/Demanda (%)
Captações (C) C/A (C+F)/A D/BPoços (D) Lançament
os (E) Irrigação (F)50% Q7,10
(A)
Aqüíferos (B)
No Sub-bacia
Disponibilidade Hídrica (m3/s)
(50% Q7,10)
Quadro 7.17 – Balanço Hídrico da UGRHI e Sub-Bacias
O Quadro 7.17 mostra vários cenários de balanço hídrico calculado, seja a partir
de dados cadastrados, seja de estimativas efetuadas e, também, relativos às águas
superficiais e subterrâneas e, ainda, incluindo os lançamentos cadastrados, do que se
pode destacar:
O balanço geral da UGRHI em relação às águas superficiais e subterrâneas
mostra números relativamente baixos, respectivamente, 34,36 % e 26,47%;
Constata-se alguns números bastante preocupantes, como por exemplo na
Sub-Bacia 5, onde a disponibilidade superficial já está praticamente
comprometida no seu total em relação ao Q7,10;
Incluindo-se as demandas estimadas para a irrigação (ainda que seja um
pouco de exagero, pois existe demanda cadastrada para uso na irrigação),
as Sub-Bacias 2 a 5 já estariam medianamente a muito comprometida em
termos de balanço, superando de 1 a quase 4 vezes o total disponível; e
Em relação às águas subterrâneas, constata-se que a Sub-Bacia 2 já tem
coprometido mais que o que se estima como disponível para os mananciais
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 135
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
subterrâneos. Isso é muito preocupante, pois é esta Sub-Bacia que inclui a
cidade de Ribeirão Preto.
7.4 QUALIDADE DAS ÁGUAS
7.4.1 Qualidade das Águas Superficiais
As fontes de poluição das águas superficiais possuem origens diversas estando,
principalmente, associadas ao tipo de uso e ocupação do solo e relacionadas a cargas
pontuais de origem doméstica e industrial e cargas difusas de origem urbana e agrícola. O uso
do solo predominante na UGRHI 4 é urbano-industrial e agrícola, com presença expressiva de
culturas temporárias como cana-de-açúcar, além de pastagens e fruticultura. Também estão
presentes Unidades de Conservação. As principais atividades econômicas referem-se à
extração e refino de óleos vegetais, indústrias de papel e celulose e usinas de açúcar e álcool.
As cargas pontuais de origem doméstica referem-se aos efluentes líquidos dos esgotos
sanitários e aos resíduos sólidos. E as cargas pontuais da indústria são provenientes dos
efluentes dessa atividade.
O deflúvio superficial urbano aporta os poluentes que se depositam na superfície do
solo, que são carreados pelas águas das chuvas para os cursos d´água superficiais, estando o
seu potencial de contaminação associado à coleta de esgotos ou a limpeza pública. Por sua
vez, o deflúvio superficial agrícola está condicionado às práticas agrícolas utilizadas e à época
do ano que se realizam as atividades de cada safra de colheita (preparação para o plantio,
aplicação de fertilizantes e defensivos agrícolas e a colheita). Na época de chuvas é grande a
contribuição de sedimentos proveniente dos processos erosivos.
As fontes de poluição de origem urbana ou doméstica estão diretamente relacionadas
com saneamento ambiental, e, portanto, serão discutidas no capítulo específico sobre o tema.
Serão abordados aqui dados referentes às cargas poluidoras de origem industrial.
Para abranger os diferentes poluentes presentes nos cursos d´água a Cetesb
seleciona indicadores ambientais de qualidade da água, sendo consideradas 50 variáveis
mais representativas. O Quadro 7.18 apresenta esses indicadores apresentados no
Relatório de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo de 2005.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 136
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Variáveis Físicas absorbância no ultravioleta; coloração da água; série de resíduos; temperatura da água e do ar; turbidez
Variáveis Químicas
alumínio; bário; cádmio; carbono orgânico dissolvido; chumbo; cloreto; cobre; condutividade específica; cromo total; demanda bioquímica de oxigênio (DBO5,20); demanda química de oxigênio (DQO); fenóis; ferro total; fluoreto; fósforo total; manganês; mercúrio; níquel; óleos e graxas; ortofosfato solúvel; oxigênio dissolvido; pH; potássio; potencial de formação de trihalometanos; série de nitrogênio (Kjekdahl, amoniacal, nitrato e nitrito); sódio; surfactantes e zinco
Variáveis microbiológicas
coliformes toermotolerantes; Cryptosporidium sp e Giardia sp.
Variáveis hidrobiológicas
clorofila a; fitoplâncton; zooplâncton e bentos
Variáveis toxicológicas
microcistinas; ensaio de toxicidade aguda com bactéria luminescente – V. fischeri (Sistema Microtox); ensaio de toxicidade aguda/crônica com o microcrustáceo Ceriodaphnia dúbia e ensaio de mutação reversa (conhecido como teste de Ames).
Quadro 7.18 – Variáveis de qualidade das águas (CETESB, 2005). Obs.: quando da necessidade de estudos específicos de qualidade da água em determinados trechos de rios ou reservatórios, com vistas a diagnósticos mais detalhados, outras variáveis podem vir a ser determinadas, tanto em função do uso e ocupação do solo na bacia contribuinte, atuais ou pretendidos, quanto pela ocorrência de algum evento excepcional na área em questão.
7.4.1.1 Enquadramento Legal dos Corpos d´Água
Para o controle das águas de superfície no território nacional foi editada a Portaria
MINTER no GM 0013, em 15/01/76, que regulamenta a classificação dos corpos d´água
superficiais, de acordo com padrões de qualidade e de emissão para efluentes líquidos.
Em 1986, essa Portaria foi substituída pela Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – Conama no 375/05 que estabeleceu nove classes, segundo seus usos
preponderantes, para as águas superficiais, separando-as em águas doces (classes
especial, 1 a 4), salinas (classes 5 e 6) e salobras (classes 7 e 8). A Resolução Conama
no 20/86 permaneceu em vigor até 18/03/2005, quando foi revogada e substituída pela
Resolução Conama no 375/05. Destaca-se que anteriormente, a Resolução Conama
no 274/00 já havia revogado os artigos 26 a 34, que tratam de enquadramento e condição
de avaliação de balneabilidade das águas, da Resolução Conama no 20/86.
A Resolução Conama no 375/05 dispõe sobre a classificação e diretrizes
ambientais para o enquadramento dos corpos d´água superficiais, bem como estabelece
as condições e padrões de lançamento de efluentes. Por essa Resolução, as águas
doces, salobras e salinas do Território Nacional são classificadas, segundo a qualidade
requerida para seus usos preponderantes, em treze classes de qualidade. As águas
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 137
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doces conforme descrito no artigo 4º da Seção I (Das águas doces) do Capítulo II (Da
classificação dos corpos d´água) são assim caracterizadas e enquadradas:
ÁGUAS DOCES I – classe especial: águas destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de
proteção integral.
II – classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção de comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme Resolução Conama no 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se
desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas curas sem remoção de
película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
III – classe 2: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) à proteção de comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme Resolução Conama no 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de
esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e
e) à aqüicultura e à atividade de pesca.
IV – classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou
avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e,
e) à dessedentação de animais.
V – classe 4: águas que podem ser destinadas:
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 138
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a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Conforme esta Resolução, destaca-se ainda que “o enquadramento dos corpos
d´água deve estar baseado não necessariamente no seu estado atual, mas nos níveis de
qualidade que deveriam possuir para atender às necessidades da comunidade”.
Na esfera estadual, a classificação das águas interiores é dada pelo Decreto
Estadual no 8468, de 08/09/76, que dispõe sobre prevenção e o controle da poluição do
meio ambiente. Por este decreto, são classificadas as águas do território do Estado de
São Paulo, segundo os usos preponderantes, e os padrões de emissão de efluentes
líquidos de qualquer natureza.
Se comparados os padrões estabelecidos entre a Resolução Conama no 375/05
aos preconizados Decreto Estadual no 8468, os primeiros mostram-se mais restritivos. O
Relatório de Qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo de 2005 (CETESB,
2005) apresenta correlação entre as classes dos corpos d´água pelas Resoluções
Conama no 375/05 (federal) e o Decreto Estadual no 8468 (estadual), como mostra o
Quadro 7.19. Quadro 7.19 – Correlação entre as classes dos corpos d´água (CETESB, 2005).
Decreto 8468/76 Conama 375/05 1 Especial (*) e 1 2 2 3 3 4 4
(*) são considerados os limites estabelecidos pela classe 1 da Conama 375/05, já que a classe especial desta Resolução só estabelece a condição de ausência de coliformes totais.
Seria necessário, entretanto, adequação da legislação estadual à legislação
federal, requerendo uma reavaliação do enquadramento dos corpos d´água do Estado
frente à classificação recentemente estabelecida pela Resolução Conama no 375/05.
Como esse ajuste ainda não foi realizado o enquadramento dos corpos d´água das bacias
hidrográficas do Estado de São Paulo, encontra-se estabelecido no Decreto Estadual no
10.755/77, que dispõe sobre o enquadramento dos corpos d´água receptores na
classificação prevista no Decreto Estadual no 8468/76. Conforme o Decreto Estadual no
10.755/77, os corpos d´água para os alhures da UGRHI do Pardo, são assim
enquadrados:
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 139
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1. Corpos d´água pertencentes à Classe 1
Não há corpos de água pertencentes à classe 1 nesta bacia.
2. Corpos d´água pertencentes à Classe 2
Pertencem à classe 2 todos os corpos de água, exceto os alhures desta bacia aqui
classificados.
3. Corpos d´água pertencentes à Classe 3
Pertencem à classe 3 os seguintes corpos de água, excluídos os respectivos afluentes
e formadores, salvo quando expressamente indicados nas alíneas.
a) córrego Lambari a partir do cruzamento com a rodovia SP-340 até a confluência
com o rio Canoas, no município de Mococa;
b) córrego das Pedras desde a confluência com o córrego Jaborandi até a confluência
com o rio Pardo, no município de Jaborandi;
c) córrego Santa Elisa a partir da confluência com o rio do Meio até a confluência com
o rio Canoas, no município de Mococa;
d) ribeirão do Cervo desde a confluência com o córrego de Mato Grosso até a
confluência com o rio Araraquara;
e) ribeirão de Congonhas até a confluência com o rio Estiva, no município de Casa
Branca;
f) ribeirão do Meio até a confluência com o córrego Santa Elisa, no município de
Mococa;
g) ribeirão das Palmeiras desde a confluência com o córrego Cachoeira até a
confluência com rio Pardo;
h) ribeirão Santa Bárbara até a confluência com o rio Pardo, no município de Sales de
Oliveira;
i) ribeirão do Silva desde a sua confluência com o córrego da Barra até sua
confluência com o ribeirão da Prata, no município de Brodósqui;
j) ribeirão do Tamanduá desde a confluência com o córrego São Simão até a
confluência com o ribeirão Tamanduazinho na divisa dos municípios de Serra Azul e
Cravinhos;
k) ribeirão Vermelho desde a confluência com o córrego Cajuru até a confluência com
o rio Cubatão, no município de Cajuru.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 140
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
4. Corpos d´água pertencentes à Classe 4
Pertencem à classe 4 os seguintes corpos de água, excluídos os respectivos afluentes
e formadores, salvo quando expressamente indicados nas alíneas.
a) córrego da Barra até a confluência com o ribeirão da Silva, no município de
Brodósqui;
b) córrego da Boa Fé até a confluência com o ribeirão Santa Bárbara, no município de
Sales de Oliveira;
c) córrego da Cachoeira até a confluência com o ribeirão das Palmeiras, na divisa dos
municípios de Terra Roxa e Bebedouro;
d) córrego Cajuru até a confluência com o ribeirão Vermelho, no município de Cajuru;
e) córrego do Jaborandi até a confluência com o córrego das Pedras, no município de
Jaborandi;
f) córrego do Matadouro até a confluência com o rio Pardo, no município de
Jardinópolis;
g) córrego Mato Grosso até a confluência com o ribeirão do Cervo, no município de
Altinópolis;
h) córrego Monte Alegre até a confluência com o ribeirão Preto, no município de
Ribeirão Preto;
i) córrego do Palmito a jusante da captação de água de abastecimento para Orlândia
até a confluência o ribeirão Agudo, no município de Orlândia;
j) córrego das Pitangueiras desde a confluência com o córrego do Aleixo até a
confluência com o rio Pardo, no município de Barretos;
k) córrego do Retiro até a confluência com o ribeirão Preto, no município de Preto;
l) córrego São Simão até a confluência com o ribeirão Tamanduá, no município de São
Simão;
m) córrego da Serra Azul até a confluência com o rio Pardo, no município de Serra Azul;
n) córrego Serrinha ou do Matadouro até a confluência com o rio Pardo, no município
de Serrana;
o) córrego do Viradouro até a confluência com o rio Pardo, na divisa dos municípios de
Terra Roxa e Viradouro;
p) ribeirão do Agudo até a confluência com o rio Pardo, no município de Morro Agudo;
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 141
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
q) ribeirão do Baranhão desde a confluência com o córrego do Jardim até a confluência
com o rio Pardo, no município de Terra Roxa;
r) ribeirão Preto até a confluência com o rio Pardo, no município de Ribeirão Preto;
s) ribeirão do Retirinho até a confluência com o ribeirão das Palmeiras, no município de
Jaborandi.
Segundo a Resolução Conama 375/05, enquadramento é o estabelecimento da meta
ou objetivo de qualidade de água (classe) a ser alcançado ou mantido em um segmento de
corpo d´água, de acordo com os usos pretendidos, ao longo do tempo. O fato de um trecho
de rio estar enquadrado em determinada classe não significa, necessariamente, que esse
seja o nível de qualidade que apresenta, mas sim aquele que se busca alcançar ou manter
ao longo do tempo. O enquadramento também guarda importante relação com o
desenvolvimento regional pois está diretamente ligado aos usos do solo.
Cabe destacar, também, que os resultados obtidos no monitoramento da qualidade
das águas interiores efetuado anualmente pela Cetesb são comparados com os padrões
estabelecidos pela Resolução Conama no 375/05 ou pelo Decreto Estadual no 8468/76,
quando estes forem mais restritivos que a norma federal.
Nos Mapas 1 a 6, Anexo A os corpos d´água da UGRHI 4 estão representados,
por meio de código de cores, segundo suas classe constante no Decreto Estadual no
10.755/77.
7.4.1.2 Índices de Qualidade e Outros Parâmetros
A Lei Estadual no 118, promulgada em 29/06/73, que autorizou a constituição da
Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, em seu Artigo 2º, Inciso
VI, dá-lhe a atribuição de manter sistema de informação e divulgar dados de interesse da
engenharia sanitária e da poluição das águas, de forma a ensejar o aperfeiçoamento de
métodos e processos para estudos e projetos, execução, operação e manutenção de
sistemas.
Com esta finalidade, em fins de 1974, foi dado início à operação da Rede de
Monitoramento da Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo, abrangendo
47 pontos de amostragem. O desenvolvimento econômico e a conseqüente expansão
demográfica aliados à busca de melhor representatividade e ao atendimento das
necessidades aos programas desenvolvidos pela Cetesb para o controle da poluição das
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 142
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águas, fizeram com que essa rede básica de monitoramento fosse paulatinamente
ampliada (136 pontos de amostragem em 2000; 149 em 2001; 151 em 2002; 154 em
2003; 158 em 2004 e 161 em 2005), bem como a freqüência de coletas.
A UGRHI 4, atualmente conforme dados da rede de monitoramento de rios e
reservatórios da Cetesb (http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/agua_geral.asp), quatro
pontos de amostragem (Quadro 7.20).
PARD 02010(1) PARD 02100(2) PARD 02500(3) PARD 02600(4)
Localização do ponto de monitoramento
Ponte na rodovia SP-350, no trecho que liga São José do Rio Pardo a Guaxupé
Ponte na rodovia SP-340, no trecho que liga Casa Branca a Mococa
Margem esquerda, no Clube de Regatas de Ribeirão Preto
Margem direita, a 50 m da ponte da rodovia que liga Pontal a Cândia
Latitude
Longitude
21º 34’ 20”
46º 50’ 09”
22º 42’ 12”
45º 07’ 10”
21º 06’ 00”
47º 45’ 44”
20º 57’ 58”
48º 01’ 40”
Corpo d´água Rio Pardo Rio Pardo Rio Pardo Rio Pardo Classe 2 2 2 2
Anos do monitora-mento considerados
2001-2005(1) 2000-2005 2000-2005 2000-2005
Quadro 7.20 – Pontos de amostragem na UGRHI 4 (1) – ponto de amostragem incluído em janeiro de 2001, a fim de avaliar a contribuição de Minas Gerais, uma vez que o referido ponto situa-se próximo à fronteira com esse Estado (Fonte: Relatório de Qualidade das Águas Interiores do Estado de São Paulo de 2001) (2) – Ponto anteriormente denominado PARD 02010 (Fonte: Relatório Zero – IPT, 2000) (3) – Ponto anteriormente denominado PARD 02040 (Fonte: Relatório Zero – IPT, 2000) (4) – Ponto anteriormente denominado PARD 02060 (Fonte: Relatório Zero – IPT, 2000)
Além do incremento da rede de amostragem, a Cetesb vem discutindo os
parâmetros de qualidade de água a serem monitorados. De 1975 a 2001, a Cetesb
utilizou o IQA – Índice de Qualidade de Água como informação básica da qualidade da
água, bem como para o gerenciamento ambiental das UGRHIs. O IQA foi obtido a partir
de um estudo realizado em 1970 pela National Sanitation Foundation dos Estados Unidos,
sendo então adaptado pela Cetesb. Os parâmetros que compõem o IQA, entretanto,
refletem principalmente a contaminação dos corpos hídricos ocasionada pelo lançamento
de esgotos domésticos, tendo sido desenvolvido para avaliar a qualidade da água frente a
sua utilização para o abastecimento público, levando-se em conta aspectos relativos ao
tratamento dessas águas. Porém, a crescente urbanização e a industrialização de
algumas regiões do Estado de São Paulo comprometem a qualidade da água dos rios e
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 143
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reservatórios pela introdução de diferentes tipos de poluentes lançados e à deficiência do
sistema de coleta e tratamento dos esgotos gerados pela população.
Em 2000, a Cetesb elaborou um estudo sobre dois novos índices de qualidade: IAP
(Índice de Qualidade de Água Bruta para fins de Abastecimento Público) e o IVA (Índice
de Proteção da Vida Aquática), submetendo-o à apreciação de pesquisadores de
universidades, institutos de pesquisa e empresas de saneamento. Além destes dois, há
um terceiro que se refere à classificação das águas destinadas para o banho –
classificação de praia, que não se aplica a UGRHI 4.
Assim, a partir de 2002, a Cetesb vem utilizando esses índices específicos para os
principais usos dos recursos hídricos. O uso de um índice numérico global foi considerado
inadequado, devido à possibilidade de perda de importantes informações, tendo sido
proposta a representação conjunta.
O IAP, comparado com o IQA, é um índice mais fidedigno da qualidade da água
bruta a ser captada a qual, após tratamento, será distribuída à população. Do mesmo
modo, o IVA foi considerado um indicador mais adequado da qualidade da água visando a
proteção da vida aquática, por incorporar, com ponderação mais significativa, parâmetros
mais representativos, especialmente a toxicidade e a eutrofização.
Para a Cetesb, o IAP e o IVA poderão ser aprimorados com o tempo, com a
supressão e inclusão de parâmetros de interesse.
• IAP – Índice de Qualidade de Água Bruta para fins de Abastecimento Público
O IAP tem por objetivo avaliar a qualidade da água para fins de consumo humano e
recreação de contato primário.
O IAP é calculado pela seguinte expressão:
IAP = IQA x ISTO
O IQA é determinado pelo produto ponderado de nove variáveis: temperatura da
amostra, pH, Oxigênio Dissolvido, Demanda Bioquímica de Oxigênio, coliformes fecais,
nitrogênio total, fósforo total, resíduo total e turbidez. Parâmetros esses relacionados à
avaliação da água para abastecimento público.
O ISTO (Índice de Substâncias Tóxicas e Organolépticas) compreende dois grupos de
parâmetros: os que indicam a presença de substâncias tóxicas (teste de mutagenicidade,
potencial de formação de trihalometanos, cádmio, chumbo, cromo total, mercúrio e níquel) nas
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 144
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águas; e aqueles que afetam a qualidade organoléptica (fenóis, ferro, manganês, alumínio,
cobre e zinco) das águas.
O Quadro 7.21 descreve as cinco classificações da qualidade da água quanto ao índice
IAP.
Qualidade ótima 79 < IAP ≤ 100
Qualidade boa 51 < IAP ≤ 79
Qualidade regular 36 < IAP ≤ 51
Qualidade ruim 19 < IAP ≤ 36
Qualidade péssima IAP < 19
Quadro 7.21 – Classificação da qualidade da água pelo IAP
• IVA – Índice de Proteção da Vida Aquática
O IVA tem por objetivo avaliar a qualidade das águas para fins de proteção da
fauna e flora.
O IVA é calculado pela seguinte expressão:
IVA = (IPMCA x 1,2) + IET
O IPMCA (Índice de Parâmetros Mínimos para a Preservação da Vida Aquática) é
composto por dois grupos de parâmetros: o grupo de substâncias tóxicas (cobre, zinco,
chumbo, cromo, mercúrio, níquel, cádmio, surfactante e fenóis) que se referem ao nível
de contaminação por substâncias potencialmente danosas às comunidades aquáticas; e
grupo de parâmetros essenciais (oxigênio dissolvido, pH e toxicidade) que estabelece os
limites máximos permissíveis de substâncias químicas na água, com o propósito de evitar
efeitos de toxicidade crônica e aguda à biota aquática.
O IET (Índice do Estado Trófico) tem por finalidade classificar corpos d´água em
diferentes graus de trofia (oligotrófico, mesotrófico, eutrófico e hipereutrófico), ou seja,
avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento de nutrientes e seu efeito
relacionado ao crescimento excessivo de algas.
O Quadro 7.22 descreve as cinco classificações da qualidade da água quanto ao
índice IAP.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 145
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Qualidade ótima IVA = 2,2
Qualidade boa IVA = 3,2
Qualidade regular 3,4 ≤ IVA ≤ 4,4
Qualidade ruim 4,6 ≤ IVA ≤ 6,8
Qualidade péssima IVA > 7,6
Quadro 7.22 – Classificação da qualidade da água pelo IVA
7.4.1.3 Avaliação da Condição do Corpo d´água com Relação ao Enquadramento na Resolução Conama 375/05
A avaliação da condição do corpo d´água com relação ao enquadramento na
Resolução Conama 375/05 é realizada com base nos resultados do monitoramento da
qualidade da água apresentados, anualmente, pela Cetesb.
No Relatório Zero (IPT, 2000) e no Plano de Trabalho (CPTI, 2003) constam os
resultados de monitoramento de qualidade da água no período de 1997 a 2000.
Os resultados do monitoramento de qualidade para os anos de 2000 a 2005 foram
extraídos dos Relatórios Anuais de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São
Paulo elaborados pela Cetesb. Até o ano 2000, o monitoramento era realizado apenas em
três pontos (PARD 02100; PARD 02500; PARD 02600) e a partir de 2001, em quatro
pontos (os três citados anteriormente e o PARD 02010). Nos anos de 2000 e 2001 a
avaliação da qualidade da água era feita apenas pelo índice IQA e a partir de 2002, com
base nos índices sinérgicos IAP e IVA.
Os Quadros 7.22 ao Quadro 7.40 apresentam os resultados dos índices de
qualidade de água para os pontos de monitoramento de 2000 a 2005.
Índice de Qualidade das Águas - IQA - 2000 Tendência Código do Ponto Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez IQA Médio 1991 - 2000 PARD 02 100 66 66 84 81 83 73 76 Não Calculada PARD 02 500 55 62 60 67 58 64 61 Sem TendênciaPARD 02 600 41 56 58 47 58 54 52 Sem Tendência Ótima Aceitável Péssima Boa Ruim
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Quadro 7.23 – Índice de Qualidade das Águas (IQA) – 2000 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade das Águas - IQA - 2001 Tendência Código do Ponto Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez IQA Médio 1992 - 2001 PARD 02 010 72 68 68 91 81 73 76Não Calculada PARD 02 100 77 75 65 91 79 77Não Calculada PARD 02 500 61 67 62 75 62 59 64Sem TendênciaPARD 02 600 53 54 68 55 47 55Sem Tendência Ótima Aceitável Péssima Boa Ruim Quadro 7.24 – Índice de Qualidade das Águas (IQA) – 2001 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade das Águas - IQA - 2002 Tendência Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez MédiaPARD 02010 64 78 78 83 92 69 77PARD 02100 Rio Pardo 66 78 82 84 85 75 78PARD 02500 62 56 60 54 54 59PARD 02600 60 56 46 51 55 46 52 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.25– Índice de Qualidade das Águas (IQA) – 2002 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade de Águas Bruta para fins de Abastecimento Público - IAP - 2002 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média PARD 02010 51 75 78 83 92 61 74PARD 02100 Rio Pardo 60 76 82 84 85 71 76PARD 02500 53 63 59 53 51 56PARD 02600 51 53 44 49 52 42 49 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.26– Índice de Qualidade das Águas Brutas para fins de abastecimento público (IAP) – 2002 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 147
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Índice de Proteção de Vida Aquática - IVA - 2002 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média PARD 02010 4,2 4,4 4,2 2,2 2,2 3,2 3,4PARD 02100 Rio Pardo 2,2 3,4 3,2 2,2 4,2 2,2 2,9PARD 02500 4,2 3,2 4,2 3,2 3,2 3,2 3,5PARD 02600 4,2 3,4 6,6 5,4 4,4 5,4 4,9 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.27 – Índice de Proteção à Vida Aquática (IVA) – 2002 para os pontos monitorados na UGRHI 04 Índice de Estado Trófico - IET - 2002 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média PARD 02010 62 46 60 36 35 48 48PARD 02100 Rio Pardo 41 13 51 27 65 42 40PARD 02500 61 52 63 53 52 53 56PARD 02600 62 13 70 63 53 65 54 Oligotrófico Eutrófico Mesotrófico Hipereutrófico
Quadro 7.28 – Índice de Estado Trófico (IET) – 2002 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade das Águas - IQA - 2003 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média PARD 02010 62 70 81 79 71 58 70PARD 02100 Rio Pardo 71 67 79 80 78 66 74PARD 02500 52 69 66 62 66 72 65PARD 02600 51 52 59 73 36 46 53 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.29 – Índice de Qualidade das Águas (IQA) – 2003 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade de Águas Bruta para fins de Abastecimento Público - IAP - 2003 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 148
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PARD 02010 47 63 80 79 70 53 47PARD 02100 Rio Pardo 55 60 77 79 78 60 49PARD 02500 39 60 62 60 65 64 42PARD 02600 40 43 56 68 33 41 33 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.30 – Índice de Qualidade das Águas Brutas para fins de abastecimento público (IAP) – 2003 para os pontos monitorados na UGRHI 04 Índice de Proteção de Vida Aquática - IVA - 2003 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média PARD 02010 4,2 3,2 2,2 3,2 3,4 5,4 3,6PARD 02100 Rio Pardo 3,2 4,2 2,2 2,2 3,4 5,4 3,4PARD 02500 4,2 4,2 2,2 4,4 3,2 3,2 3,6PARD 02600 5,4 3,2 4,2 4,2 6,6 5,4 4,8 Ótima Regular Péssima Regular Ruim Quadro 7.31 – Índice de Proteção à Vida Aquática (IVA) – 2003 para os pontos monitorados na UGRHI 4 Índice de Estado Trófico - IET - 2003 Código do Ponto Corpo de água Fev Abr Jun Ago Out Dez Média PARD 02010 59,39 49,58 36,72 45,3 34,8 46,85 55,3PARD 02100 Rio Pardo 46,45 56,5 43,73 34,7 42,57 39,52 59,39PARD 02500 65,67 62,11 40,65 50,3 53,16 53,81 50,99PARD 02600 63,16 53,73 61,64 56,72 65,05 61,58 69,2
Oligotrófico Eutrófico Mesotrófico Hipereutrófico
Quadro 7.32 – Índice de Estado Trófico (IET) – 2003 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade das Águas - IQA - 2004 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev ar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez IQA MédioPARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 65 62 66 72 41 64 62PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 61 67 76 78 71 66 70PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 65 63 69 68 61 65PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 58 53 63 63 56 56 58 Ótima Regular Péssima Boa Ruim
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Quadro 7.33 – Índice de Qualidade das Águas (IQA) – 2004 para os pontos monitorados na UGRHI 04
Índice de Qualidade de Águas Bruta para fins de Abastecimento Público - IAP - 2004 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MédiaPARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 52 58 59 67 28 46 52PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 45 64 72 78 68 58 64PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 50 58 64 0 49 44PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 45 48 55 59 51 47 51 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.34 – Índice de Qualidade das Águas Brutas para fins de abastecimento público (IAP) – 2004 para os pontos monitorados na UGRHI 04 Índice de Proteção de Vida Aquática - IVA - 2004 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MédiaPARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 4,2 3,2 4,2 4,2 5,2 4,2 4,2PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 3,2 3,2 5,4 2,2 4,2 4,2 3,7PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 4,2 4,2 4,2 2,2 5,4 4,2 4,1PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 4,2 4,2 4,2 4,2 56 4,2 4,4 Ótima Regular Péssima Boa Ruim
Quadro 7.35 – Índice de Proteção à Vida Aquática (IVA) – 2004 para os pontos monitorados na UGRHI 04 Índice de Estado Trófico - IET - 2004 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MédiaPARD 02010 Rio Pardo 54,54 49,2 68,22 54 78,27 65,43 61,61PARD 02100 Rio Pardo 52,87 51,64 48,82 48,82 55,3 60,3 53,82PARD 02500 Rio Pardo 56,95 56,5 26,72 26,72 61,15 67,81 54,59PARD 02600 Rio Pardo 62,57 66,27 65,79 65,79 68,82 70,3 67,25
Óligotrófico Eutrófico mesotrófico Hipereutrófico
Quadro 7.36 – Índice de Estado Trófico (IET) – 2004 para os pontos monitorados na UGRHI 04
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Índice de Qualidade das Águas - IQA - 2005 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média PARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 65 66 64 81 76 69 70PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 67 67 62 86 83 70 74PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 57 57 61 63 71 68 65PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 56 56 53 61 58 55 57 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.37 – Índice de Qualidade das Águas (IQA) – 2005 para os pontos monitorados na UGRHI 4 Índice de Qualidade de Águas Bruta para fins de Abastecimento Público - IAP - 2005 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média PARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 56 56 61 81 74 58 64PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 61 61 86 82 64 71PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 60 49 57 62 68 60 59PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 50 45 47 59 54 45 50 Ótima Regular Péssima Boa Ruim
Quadro 7.38– Índice de Qualidade das Águas Brutas para fins de abastecimento público (IAP) – 2005 para os pontos monitorados na UGRHI 4 Índice de Proteção de Vida Aquática - IVA - 2005 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média PARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 4,4 3 2,2 3,4 2,2 3,2 3,1PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 4,4 3 2,2 3,4 2,2 3,2 3,1PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 3,2 3 2,2 4,4 3,2 3,2 3,2PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 3,2 3 3,2 3,2 4,4 4,2 3,6 Ótima Regular Péssima Boa Ruim Quadro 7.39 – Índice de Proteção à Vida Aquática (IVA) – 2005 para os pontos monitorados na UGRHI 4
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IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Índice de Estado Trófico - IET - 2005 Código do Ponto Corpo de água Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez MédiaPARD 02010 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 59 57 49 48 49 57 53PARD 02100 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 53 55 50 48 49 55 50PARD 02500 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 56 57 51 53 53 57 55PARD 02600 Rio Pardo - UGRHIs 4 e 12 57 59 55 67 56 51 57
Ultraoligotrófico Mesotrófico Oliogotrófico Hipereutrófico Eutrófico Supereutrófico
Quadro 7.40 – Índice de Estado Trófico (IET) – 2005 para os pontos monitorados na UGRHI 04
De acordo com os dados apresentados no Relatório Zero (IPT, 2000) e no Plano de
Bacias (CPTI, 2003) da UGRHI 4, as não-conformidades dos parâmetros analisados em
relação ao enquadramento do corpo d´água, Rio Pardo, nos pontos de monitoramento,
correspondiam a coliformes fecais e totais, evidenciando deficiências no tratamento de
esgotos, e em menor freqüência alguns metais (Pb e Mn), oxigênio dissolvido (OD) e
fenóis.
Os Quadros 7.41 a 7.46 apresentam os resultados não-conformes com os padrões
de qualidade estabelecidos pelas Resoluções Conama 020/86 e Conama 375/05 para os
anos 2000 a 2005.
Quadro 7.41 – Resultados não-conformes com os padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução Conama 020/86 – ano 2000. Nota: 0/6 – número de resultados que não atendem ao limite da classe/número de determinações por parâmetro
Nota: 0/6 – número de resultados que não atendem ao limite da classe/número de determinações por parâmetro
pH OD DBO NO3 NO2 NH3 PT Rf Turb Cl Surf Al Ba Cd Pb Cu Cr Ni Hg Zn Mn Fenol CF PARD 02100 0/6 0/6 0/6 0/6 0/6 0/6 4/6 0/6 0/6 0/6 0/6 6/6 0/6 2/6 0/6 0/6 0/6 0/6 - 0/6 1/6, 1/1 2/6 PARD 02500 0/6 0/6 0/6 0/6 0/6 0/6 5/6 0/6 0/6 0/6 0/6 6/6 0/6 1/6 0/6 0/6 0/6 0/6 - 0/6 0/6 1/1 6/6
PARD 02600 0/6 3/6 1/6 0/6 0/6 0/6 4/6 0/6 0/6 0/6 0/6 6/6 0/6 1/6 1/6 0/6 0/6 0/6 - 0/6 1/6 2/2 6/6
pH OD DBO NO3 NO2 PT Rf Turb Cl Al Cu Ni Zn Mn Fenol CF PARD 02010 0/6 0/6 0/6 0/6 0/6 3/6, 0/6 0/6 0/6 6/6, 0/6 1/5 3/6 3/6 1/1, 3/6, PARD 02100 0/5 0/6 0/6 0/6 0/6 4/6, 0/6 0/6 0/6 5/6, 0/6 0/6 0/6 0/6 1/6,
PARD 02500 0/6 0/6, 0/6, 0/6 0/6 5/6, 0/6 0/6 0/6 6/6, 0/6 0/6 0/6 0/6 1/1 5/6,
PARD 02600 0/6 2/6 1/5 0/6 0/6 5/6 0/6 0/6 0/6 6/6 0/6 1/6 0/6 0/6 1/1 6/6
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 152
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Quadro 7.42 – Resultados não-conformes com os padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução Conama 020/86 – ano 2001
pH Fenóis Al Mn Ni Cu Zn Cd Hg Pb
Código de Ponto
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1
NC
200
2
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1 N
C 2
002
NT
2002
% N
C 2
002
% N
C 1
992
- 200
1 N
C 2
002
NT
2002
%
NC
200
2 %
NC
199
2 - 2
001
PARD 02010 0 6 0 0 100 6 6 100 100 2 6 33 50 0 6 2 0 0 6 0 0 0 6 0 0 0 2 0 0 0 2 0 0 0
PARD 02100 0 6 0 3 54 6 6 100 83 0 6 0 5 0 6 0 0 0 6 0 3 0 6 0 5 0 2 0 9 2 2 100 4 13
PARD 02500 0 6 0 3 36 6 6 100 100 0 6 0 3 0 6 0 3 0 6 0 5 0 6 0 10 0 2 0 15 0 2 0 11 8
PARD 02600 0 6 0 3 40 6 6 100 100 0 6 0 5 0 6 0 9 0 6 0 3 0 6 0 2 0 2 0 13 0 2 0 7 15Nota: N/C – número de resultados que não-conformes e N/T – número total de resultados considerados
Quadro 7.43 – Resultados não conformes com os padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução Conama 020/86 – ano 2002, para pH, fenol e metais
Nota: N/C – número de resultados que não-conformes e N/T – número total de resultados considerados
Quadro 7.44 – Resultados não-conformes com os padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução Conama 020/86 – ano de 2003 com a dos últimos dez anos
para pH, fenóis e metais
Nota: N/C – número de resultados que não-conformes e N/T – número total de resultados considerados
pH Fenóis Al Mn Ni Cu Zn Cd Hg Pb
de Ponto
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2
NC
200
3
NT
2003
% N
C 2
003
% N
C 1
993
- 200
2 N
C 2
003
NT
2003
%
NC
200
3 %
NC
199
3 - 2
002
NC
200
3
NT
2003
%
NC
200
3 %
NC
199
3 - 2
002
PARD 02010 2 6 33 100 6 6 100 100 3 6 50 42 0 6 0 9 0 6 0 0 0 6 0 0 0 0 1 0 0 0PARD 02100 2 6 33 2 54 6 6 100 87 0 6 0 5 0 6 0 0 0 6 0 2 2 6 0 5 9 0 1 0 12 13PARD 02500 1 6 17 2 39 6 6 100 100 0 6 0 2 0 6 0 2 0 6 0 0 0 6 0 2 8 0 1 0 12 0PARD 02600 1 6 17 3 43 6 6 100 100 1 6 17 5 0 6 0 5 1 6 17 0 0 6 0 0 8 0 1 0 7 8
pH Al Mn Ni Cu Zn Hg
Código de Ponto
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
NC
200
4
NT
2004
% N
C 2
004
% N
C 1
994
- 200
3
PARD 02010 0 6 0 11 6 6 100 100 4 6 67 44 0 6 0 6 0 6 0 0 0 6 0 0 0 2 0 0
PARD 02100 0 6 0 6 6 6 100 89 0 6 0 4 0 6 0 0 0 6 0 2 1 6 17 4 0 2 0 11
PARD 02500 0 6 0 3 6 6 100 100 0 6 0 2 2 6 33 2 0 6 0 0 0 6 0 2 0 2 0 11
PARD 02600 0 6 0 5 6 6 100 100 0 6 0 7 0 6 0 5 1 6 17 2 0 6 0 0 0 2 0 8
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 153
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Quadro 7.45 – Resultados não-conformes com os padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução Conama 020/86 – ano de 2004 para pH e metais
Nit. Amoniacal Fósforo total Mn Ni Zn Toxidade Hg Clorofila N.º de Cel.
Cianobactéria
Código de Ponto
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
NC
200
5
NT
2005
% N
C 2
005
% N
C 1
995
- 200
4
PARD 02010 0 6 0 0 1 6 17 13 2 6 33 50 0 6 0 4 0 6 0 0 2 33 6 4 0 2 0 0 0
PARD 02100 0 6 0 0 0 6 0 5 0 6 0 4 0 6 0 0 0 6 0 5 2 33 6 12 0 2 0 10 0 2 0 6
PARD 02500 0 6 0 0 0 6 0 8 0 6 0 2 0 6 0 5 0 6 0 2 1 50 2 5 0 2 0 12
PARD 02600 0 6 0 0 2 6 33 30 0 6 0 7 0 6 0 5 0 6 0 0 3 9Nota: N/C – número de resultados que não-conformes e N/T – número total de resultados considerados
Quadro 7.46 – Resultados não conformes com os padrões de qualidade de água estabelecidos pela Resolução Conama 375/05 de 2003 com a dos últimos dez anos para pH, fenóis e metais
7.4.1.4 Evolução da Situação da Qualidade das Águas Superficiais
Com base nos Quadros 7.22 ao Quadro 7.46 e nas Figuras 7.21 a 7.23 discute-
se a evolução da situação da qualidade das águas superficiais da UGHRI 4, com base
nos quatro pontos de amostragem no Rio Pardo, para os anos de 2000 a 2005.
Evolução do Indice de Qualidade das águas (IQA)
0102030405060708090
2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano
Média IQA
PARD 02010
PARD 02100
PARD 02500
PARD 02600
Pontos de Coleta
Figura 7.21 – Médias anuais para o índice IQA para os pontos de monitoramento no período de 2000 a 2005.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 154
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Evoluçao do índice de Qualidade de Águas Bruta para fins de Abastecimento Público (IAP)
0
20
40
60
80
2002 2003 2004 2005Ano
Média IAP
PARD 02010
PARD 02100
PARD 02500
PARD 02600
Pontos de Coleta
Figura 7.22 – Médias anuais para o índice IAP para os pontos de monitoramento no período de 2000 a 2005.
Evolução do índice de Proteção de Vida Aquática (IVA)
0
1
2
3
4
5
6
2002 2003 2004 2005Ano
Média IVA
PARD 02010
PARD 02100
PARD 02500
PARD 02600
Pontos de Coleta
Figura 7.23– Médias anuais para o índice IVA para os pontos de monitoramento no período de 2000 a 2005.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 155
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Média do Índice de estado trófico (IET)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2002 2003 2004 2005
Ano
IET
PARD 02010PARD 02100PARD 02500PARD 02600
Pontos de Coleta
Figura 7.46 – Médias anuais para o índice IET para os pontos de monitoramento no período de 2000 a 2005.
O monitoramento pelo IQA durante o ano 2000 mostrou que para os indicadores
associados ao lançamento de esgotos domésticos (OD, coliforme fecal e fósforo total) a
qualidade do Rio Pardo torna-se mais crítica a jusante do município de Ribeirão Preto,
pelo ponto de amostragem PARD 02600. Os níveis de coliformes fecais, comparados de
1998 a 2000, sofreram incremento, com valores médios superiores ao padrão de
qualidade estabelecido pela legislação. O aumento na disponibilidade de fósforo total ao
longo da bacia do Rio Pardo associado à baixa movimentação das águas causa maior
grau de trofia, como evidenciado pelas médias de clorofila do segmento do Médio Pardo
(PARD 02500) com concentrações duas vezes superiores ao trecho inicial (PARD 02100).
As substâncias tóxicas em desacordo aos padrões de qualidade, no ano de 2000, foram
fenóis e cádmio, entretanto com freqüência significativamente baixa, corroborando os
ensaios de toxicidade da ausência de contaminação por minerais pesados nas águas do
Rio Pardo.
A exemplo do ano anterior, os resultados do monitoramento nos anos de 2001 e
2002 mostram condições críticas no ponto PARD 02600, a jusante de Ribeirão Preto, para
os dados médios de coliformes fecais e OD, sendo que no ano de 2002, o valor médio de
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 156
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
OD mostrou-se em desacordo com o padrão de qualidade, diferente da média histórica
dos anos anteriores. Esses resultados denotam que a matéria orgânica dos despejos
domésticos lançada é superior à capacidade de assimilação do curso d´água em
determinados períodos do ano.
Para o ano de 2002, com relação ao IAP os valores médios apresentam qualidade
boa, com exceção do seu trecho final, com qualidade regular. Quanto ao IVA, apenas o
ponto PARD 02100 apresenta-se com qualidade boa, sendo os demais PARD 02010 e
PARD 02500 de qualidade regular e o PARD 02600, ruim. O percentual dos parâmetros
que influenciaram nas categorias regular e ruim de IVA são assim distribuídos: OD
(29,4%), toxicidade (17,6%) e IET (53%). Quanto ao IET há forte influência da carga do
fósforo total nos pontos onde as médias mensais indicaram estado eutrófico.
Para o ano de 2003, assim como no ano de 2002, com relação ao IAP os valores
médios apresentam qualidade boa, com exceção do seu trecho final, com qualidade
regular. Os resultados médios dos parâmetros sanitários (OD, nitrogênio amoniacal,
fósforo total e coliformes termotolerantes) revelam, a exemplo de anos anteriores, a piora
na qualidade do Rio Pardo a partir da sua entrada no Estado de São Paulo, como
evidenciado pelo ponto PARD 02010, situado na fronteira entre São Paulo e Minas
Gerais. Quanto ao IVA, apenas o ponto PARD 02600 apresentou qualidade ruim, sendo
os demais enquadrados como de qualidade regular e nenhum classificado como boa,
como verificado em 2002. O percentual dos parâmetros que influenciaram nas categorias
regular e ruim de IVA são assim distribuídos: OD (15%), pH (30%) e IET (55%). Quanto
ao IET, as médias indicam grande predomínio do estado eutrófico (os três pontos, com
exceção do PARD 02500, estado mesotrófico). A qualidade do Rio Pardo, no ponto PARD
02600, a jusante de Ribeirão Preto, considerados os resultados de OD e coliformes
termotolerantes, continua em situação crítica, estando o valor médio de OD em
desconformidade com o estabelecido da legislação. Fato este que corrobora que o
principal problema de qualidade do Rio Pardo nesta bacia refere-se à carga orgânica de
despejos domésticos.
No ano de 2004, os valores médios de IAP são similares aos dos anos anteriores,
com qualidade boa no seu trecho inicial e regular, no seu segmento final. Os valores
médios de IVA melhoraram com relação ao ano anterior, estando para os quatro pontos
de monitoramento em qualidade regular. O percentual dos parâmetros que influenciaram
nas categorias regular e ruim de IVA são assim distribuídos: OD (4,5%), toxicidade
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 157
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(4,5%), substâncias químicas (4,5%) e IET (86,5%). Quanto aos valores de IET, para o
ponto PARD 02010, oscilaram entre mesotrófico e hipereutrófico, sendo eutrófico a média
anual, quando classificado como hipereutrófico, as concentrações de coliformes
termotolerantes e os níveis de turbidez ultrapassaram os limites estabelecidos para a
Classe 2; para o ponto PARD 02500, enquadraram-se como eutrófico todo o ano; e para o
ponto PARD 02600, embora classificado pela média anual como eutrófico, essa média de
2004, considerando as concentrações de OD, supera as anteriores obtidas pela média
histórica. Comparando-se os índices de 2004 aos dos anos anteriores, pode-se constatar
o declínio da qualidade no trecho inicial do Rio Pardo (PARD 02010), em relação ao
fósforo total e coliformes termotolerantes, que pode estar associado ao aporte de cargas
difusas nesse corpo hídrico, para identificação da possível causa devem ser investigados
dados de chuva e vazão deste corpo hídrico e da carga proveniente do Estado de Minas
Gerais. A melhoria da qualidade das águas do Rio Pardo após a travessia do município
de Ribeirão Preto (PARD 02600), em termos de OD, é reflexo do tratamento de esgotos
domésticos já realizados.
No ano de 2005, os valores médios de IAP são similares aos dos anos anteriores,
embora superiores aos do ano de 2004, com qualidade boa no seu trecho inicial e regular,
no seu segmento final. Os valores médios de IVA também melhoraram com relação ao
ano anterior, estando três pontos de monitoramento em qualidade boa e um regular.
Entretanto, se considerado o ano de 2005, o PARD02600 piorou passando de qualidade
boa para regular, apresentando uma elevação dos níveis de coliformes termotolerantes. O
percentual dos parâmetros que influenciaram nas categorias regular e ruim de IVA são
assim distribuídos: OD (14,3%), toxicidade (71,4%) e IET (14,3%). Quanto aos valores de
IET, três pontos monitorados foram considerados por suas médias como mesotróficos, e
apenas o PARD 02100 como oligotrófico, entretanto, as concentrações de coliformes
termotolerantes, ultrapassaram os limites estabelecidos pela Conama 375/05 para classe
2 em alguns meses. A toxicidade crônica observada aos organismos aquáticos para a
maioria dos pontos no mês de agosto pode estar associada a períodos de menor vazão e
conseqüentemente, menor capacidade de diluição do corpo hídrico; hipótese esta
reforçada pela piora na condição trófica no mesmo mês para o ponto PARD 02600.
Assim, como observado em 2004, houve uma melhora da qualidade das águas do Rio
Pardo após a travessia do município de Ribeirão Preto (PARD 02600), em termos de OD,
como reflexo do tratamento de esgotos domésticos já realizados. A continuidade de
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 158
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
implementação de obras para interceptação de esgoto doméstico neste município irá
contribuir para melhores resultados de qualidade de água neste ponto de monitoramento.
7.4.2 Qualidade das Águas Subterrâneas
No estado de São Paulo o órgão responsável pela operação do Monitoramento da
Qualidade das Águas subterrâneas é a Cetesb, desde de 1990, em atendimento á Lei
Estadual 6.134 de 02/06/88, regulamentada pelo Decreto Estadual Nº 32.955 de 07/02/91
(CETESB 1998).
Segundo o levantamento apresentado no relatório da CETESB (2004) atualmente
existem 162 poços de monitoramento distribuídos na maioria das UGRHIS e principais
aqüíferos do estado. Desse total, existem 13 poços com municípios cuja sede situa-se na
UGHRI 4, entretanto apenas 12 deles estão inseridos dentro de seus limites. O Quadro
7.47 apresenta uma relação dos poços monitorados pela Cetesb.
Ponto Município Ponto Local Órgão Aqüífero
18 Brodowski Poço Industrial Não Especificado Sistema Aqüífero Guarani
30 Cravinhos Poço J. Itamarati Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani
61 Jardinópolis Poço Fincoti Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani
112 Ribeirão Preto P111 DAERP Desativado Sistema Aqüífero Guarani
113 Ribeirão Preto P125 DAERP Sistema Aqüífero Guarani114 Ribeirão Preto P137 DAERP Sistema Aqüífero Guarani
175 Ribeirão Preto P176 - Flanboyant Não Especificado Sistema Aqüífero Guarani
118 Sales Oliveira Poço 3 Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani
118 Sales Oliveira P3 Prefeitura Sistema Aqüífero Serra Geral
134 São Simão P2 São Luis Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani137 Serra Azul P1 DAEE Sistema Aqüífero Guarani138 Serrana P1 Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani139 Sertãozinho P24 Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani86* Orlândia P1 DAEE/Prefeitura Sistema Aqüífero Guarani*poço localizado fora dos limites da UGRHI 4 Quadro 7.47 – Poços de monitoramento das águas subterrâneas nos municípios da UGRHI 04. A Cetesb analisou alguns indicadores de maior relevância para a caracterização da
qualidade das águas subterrâneas, em termos de ocorrência natural, e alguns indicadores
de efeito antrópico, apresentando assim 32 parâmetros físico-químicos e biológicos. O
Quadro 7.48, estruturado com base nos dados do relatório (CETESB 2004), expõe os
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 159
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parâmetros considerados elevados em relação aos demais poços analisados e a
amplitude de variação por aqüífero.
Município Prof (m) Proprietário
Período de
Análise ParâmetroAmplitude de
Variação (mg/L)
Padrões de Potabilidade
(1) Sales
Oliveira 550 Prefeitura 01-03 Ferro < 0,1 - 0,63 0,30 mg/L
de Fe
Orlândia 450 DAEE/Prefeitura98-00 01-03 Nitrato
0,02 - 6,20 1,6 – 6,0
10 mg/L de Nitrato
(1) Portaria MS nº 1469/00 Quadro 7.48– Teores anômalos detectados nos poços tubulares monitorados.
No município de Sales de Oliveira, no período de análise de 2001-2003, foi
detectada a presença de teores anômalos de Ferro, sendo que o limite de potabilidade
(0,30 mg/L) foi ultrapassado uma vez, atingindo concentração de 0,63 mg/l do elemento.
É importante salientar que os teores de ferro estabelecidos como “valores máximos
permitidos” são determinados através de critérios organolépticos, ou seja, presença de
gosto ou odor na água, não implicando assim concentrações em níveis tóxicos (CETESB
2004).
O parâmetro Nitrato apresenta limite de potabilidade de 10 mg/L, no município de
Orlândia esse valor não foi ultrapassado, entretanto a ocorrência de níveis superiores a
5,0 mg/L, indica alterações no padrão natural encontrado nas águas subterrâneas. As
rochas fonte de nitrogênio na natureza são em geral os evaporitos, no estado de São
Paulo não há registros de ocorrência de rochas desse tipo, permitindo dessa maneira
afirmar que as concentrações encontradas no local apontam indícios de contaminação.
Comparando os dois períodos de análises de concentração de Nitrato em Orlândia
percebe-se que não ocorreu significativa variação na concentração máxima encontrada,
porém a concentração mínima apresentou substancial aumento de 0,02 para 1,6 mg/L no
período de 2001-2003 em relação ao período anterior.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 160
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8 SANEAMENTO AMBIENTAL
Conceitua-se "Saneamento" como toda ação ou efeito de tornar saudável, ou um
conjunto de ações adotadas em relação ao meio ambiente com a finalidade de criar
condições favoráveis à manutenção do meio e à saúde das populações (ORMOND,
2004).
O termo "Ambiental" relaciona-se ao meio ambiente como um todo, englobando o
meio físico (solo, rocha, ar e água), o meio biótico (flora e fauna) e o meio
socioeconômico (ORMOND, op.cit.).
Contudo, "Saneamento Ambiental" pode ser descrito como sendo as medidas que
visam assegurar as condições sanitárias necessárias à qualidade de vida de uma
população, sobretudo por meio da distribuição e tratamento de água, coleta e tratamento
dos esgotos urbanos e industriais, buscando garantir a saúde da população e, ao mesmo
tempo, preservar a qualidade do meio ambiente.
O presente capítulo aprofunda os aspectos relativos ao uso urbano da água na
Bacia, discutindo os aspectos associados ao abastecimento público, coleta e tratamento
de efluentes, disposição final de resíduos sólidos e doenças decorrentes da deficiência
sanitária.
Quanto aos dados apresentados relacionados ao saneamento e à saúde pública na
UGRHI, ressalta-se que são baseados no Relatório Zero (IPT, 2000) e Plano de Bacia
(CPTI, 2003), atualizados a partir dos questionários aplicados nos municípios, bem como
informações coletadas nos órgãos Estaduais, com escritório na região e, também por
meio de pesquisa na internet em sites naqueles sediados na capital.
Portanto, serão considerados os aspectos relacionados à qualidade ambiental da
UGRHI Rio Pardo, abordando a situação atual de cada município da Bacia, de modo que,
ao conhecer os problemas, possam ser preconizadas metas e ações visando à melhoria
das condições básicas para as populações quanto ao abastecimento de água, coleta e
tratamento de esgoto e destinação dos resíduos sólidos urbanos, além da conservação do
meio ambiente.
A Bacia do Rio Pardo apresenta condições bastante favoráveis em relação ao
saneamento, onde 9 municípios têm seus sistemas de água e esgoto operados pela
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 161
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Sabesp, e os demais 18 municípios possuem departamento ou serviços autônomos
vinculados à Prefeitura Municipal.
8.1 Abastecimento de Água
As águas superficiais têm grande importância para o desenvolvimento das
atividades agrícolas, industriais e também para o abastecimento público de algumas
cidades na UGRHI, porém o uso preponderante se dá através das águas subterrâneas,
principalmente no manancial denominado Aqüífero Guarani, principalmente por causa da
cidade de Ribeirão Preto onde 100% da população é abastecida por ele. Um aspecto
importante a salientar está no índice de perdas nos sistemas públicos onde sete
municípios apresentam valores iguais ou superior a 50 %.
Com relação às águas do Rio Pardo, mostraram-se em boas condições sanitárias e
ambientais ao longo do ano de 2004. Para o abastecimento público, apresentou em todos
os pontos amostrados ao longo do Rio, bons índices qualidade, conforme IQA - Índice de
Qualidade da Água (CETESB, 2006).
O Rio Pardo tem ainda papel importante no que diz respeito à geração de energia
elétrica para região, com 3 usinas geradoras que são as denominadas, Caconde (80,4
MW), Euclides da Cunha (108,8 MW) e Armando de Salles Oliveira (32,2MW).
8.1.1 Quadro Atual Sobre Abastecimento de Água na UGRHI
Na Tabela 8.1, são apresentados alguns dados referentes aos sistemas públicos
de abastecimento de água na bacia.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 162
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Tabela 8.1: Dados sobre o sistema público de abastecimento de água nos municípios.
Município Atendim. (%) Manancial Operação nº
ligaçõesVolume Captado (m3/mês)
Volume Micromedido
(m3/mês)
Consumo per capta (l/hab.dia)
extensão da rede
(Km)
nº de poçosem
operação
nº de poços outorgados
DAEE
nº de captações
superficiais Perdas
(%)
Água da Prata (**) 100 superficial Sabesp 200 3348 2652 203 29,2 0 0 1 11,5 Altinópolis 100 subterrâneo Prefeitura 4191 105000 75000 280 65,18 2*** 2 0 28,6 Brodowski 100 subt./superf. SAAEB 6438 290000 (*) (*) 75 2 2 1 (*) Caconde 100 subt./superf. Prefeitura 3820 104400 88598 294 200 3 0 2 15,1 Cajuru 100 superficial Sabesp 6345 120394 88840 187 58,08 0 0 1 26,2 Casa Branca 100 superficial Prefeitura (*) 224640 (*) (*) 100 0 0 4 (*) Cássia dos Coqueiros 100 Superficial Sabesp 630 10540 7967 168 7,48 0 0 1 24,4 Cravinhos 100 subterrâneo SAAE 9349 374850 138210 388 108 4*** 0 0 63,1 Divinolândia 100 superficial Sabesp 2906 48000 33372 193 31 0 0 1 22,7 Itobi 100 superficial Sabesp 2055 38000 34000 152 22 0 0 1 10,5 Jardinópolis 100 subterrâneo Prefeitura 13000 730000 (*) (*) 160 8*** 0 0 (*) Mococa 100 subt/superf Sabesp 19342 440000 278000 213 117,8 2 0 2 33,8 Pontal 100 subterrâneo Prefeitura 9000 (*) (*) (*) 72 7 0 0 (*) Ribeirão Preto 100 subterrâneo DAERP 160892 9720000 3797354 605 1393 98 0 0 60,9 Sales de Oliveira 100 subterrâneo Prefeitura 3189 105000 89000 429 49,5 4 0 0 15,0 Santa Cruz da Esperança 100 subterrâneo Sabesp 440 6986 5739 169 6,29 1 1 0 17,8 Santa Rosa de Viterbo 100 superficial Sabesp 7393 146031 105715 210 84 0 0 1 25,4 Santo Antônio da Alegria 100 subterrâneo Prefeitura 1385 42900 19000 330 20 4 4 0 55,7 São José do Rio Pardo 100 superficial Prefeitura 15456 712800 (*) (*) 280 0 0 4 (*) São Sebastião da Grama 100 superficial Prefeitura 2528 90000 45000 375 40 0 0 1 50,0 São Simão 100 subterrâneo Prefeitura 4756 106125 90705 296 63 7 7 0 14,5 Serra Azul 100 subterrâneo Sabesp 2216 45716 30890 173 28,64 3 3 0 32,4 Serrana 100 subterrâneo Prefeitura 10253 473750 216000 484 110 0 0 0 54,4 Sertãozinho 100 subterrâneo Prefeitura 29500 1257240 550000 465 300 16 16 0 56,2 Tambaú 100 superficial Prefeitura 6900 260000 115000 437 115 0 0 2 54,6 Tapiratiba 100 superficial Prefeitura 3275 120000 (*) (*) 70 0 0 1 (*) Vargem Grande do Sul 100 subt./superf. Prefeitura 11876 456364 (*) (*) 226 1 1 1 (*)
TOTAIS 100 - - - 16028736 5811042 162 34 24 33,64 Fonte: Questionários municipais respondidos pelas prefeituras (08/08/2005 a 10/05/2006) e visitas às prefeituras (15/04/2006 a 15/06/2007) (*) não constam informações; (**) Considerados somente dados referentes à parte do município inserida na UGRHI 4; (***) Possui ainda drenos ou minas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 163
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8.1.2 Evolução da Situação do Abastecimento Público de Água
Nota-se que, em toda a bacia 100% da população é atendida pelo sistema público
de abastecimento, seja a partir de Águas Subterrâneas ou de Mananciais superficiais.
Portanto houve um aumento na porcentagem do atendimento, uma vez que no Relatório
Zero (IPT, 2000) a UGRHI apresentava atendimento da ordem de 99,7%. Foram
constatados 162 poços de abastecimento público na Bacia que se encontra em operação
e 120 poços que se encontram desativados. Apenas 34 poços estão outorgados pelo
DAEE.
Os municípios de Jardinópolis, Cravinhos, Altinópolis e São Simão utilizam-se
ainda de água proveniente de drenos e minas.
Quanto à perda de água na rede, observam-se valores que variam de 10,5% a 63,1
%, denotando valor médio geral de 33,64% e demonstrando preponderantemente altos
índices (8 valores maiores que a média e 12 valores abaixo da média). Porém ao
analisarmos a média encontrada para Bacia, verificamos que a mesma é próxima ao
índice médio para o estado de São Paulo que é de 38% (CORHI, 2000).
Ainda com relação às perdas de água no sistema público, há muito que ser
investido, pois algumas cidades ainda não fazem controle, nem da micromedição e nem
da macromedição. É imprescindível, portanto que se tenham ações neste sentido como a
elaboração de um plano diretor de controle de perdas para toda UGRHI.
8.2 Esgotos
Em análise às informações extraídas por meio dos questionários aplicados, os
esgotos sanitários têm atendimento satisfatório no que diz respeito coleta e afastamento
dos esgotos domésticos, com porcentagem de atendimento média da ordem de 98,91%.
Com relação ao tratamento esgotos os índices ainda são baixos, porém houve
avanços uma vez que a partir do ano 2000, com a entrada em funcionamento do sistema
de tratamento de esgotos de Ribeirão Preto, cuja carga orgânica representava metade da
total lançada na UGRHI 4, o IQA do ponto PARDO2600 no município de Pontal, a jusante
do lançamento dos esgotos da cidade de Ribeirão Preto, que era regular nos anos de
1998 e 1999, passou para bom a partir do ano 2000 conforme Relatório de Qualidade
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 164
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Ambiental do Estado de São Paulo da CETESB - Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental (CETESB, 2006).
8.2.1 Quadro Atual sobre Esgotos na UGRHI
A Tabela 8.2 refere-se às informações sobre a situação dos esgotos domésticos na
Bacia.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 165
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Tabela 8.2: Dados sobre o sistema público de esgotamento e tratamento sanitário na Bacia.
Fonte: Questionários municipais respondidos pelas prefeituras (08/08/2005 a 10/05/2006) e visitas às prefeituras (15/04/2006 a 15/06/2007) (*) não constam informações; (**) em fase de implantação;(***) Considerados somente dados referentes à parte do município inserida na UGRHI 4; (****) Extraído dos processos CBH-PARDO
Município Pop. atendida (%) Operação No de
ligações extensão rede (km)
tratamento (%) local de lançamento estudos / obras
Recursos / ano
(****) Água da Prata (***) 100 Sabesp 200 2,04 70 Rio Fartura ETE concluída (FEHIDRO) R$76.008,29/04 Altinópolis 100 Prefeitura 4191 56 100 Córrego Mato Grosso ETE concluída (FEHIDRO) R$ 180.000,00/99
Brodowski 100 SAAEB 3300 42 0(**) Cór. Matadouro e Cór. Divisa Obra de ETE em andamento (ÁGUA LIMPA)
R$ 1.124.616,10
Caconde 100 Prefeitura 2995 250 0 C. dos Cristais, C. Santo Antonio, C. São Miguel I e II, Rio Bom Jesus
Cajuru 95,6 Sabesp 6107 63,65 100 Rio Cubatão
Casa Branca 100 Prefeitura 8560 100 0(**) Córrego Congonhas Obra de ETE em andamento (ÁGUA LIMPA)
R$ 2.542.047,97
Cássia dos Coqueiros 93 Sabesp 586 4,9 100 Rio Cubatão Projeto em andamento (FEHIDRO) R$32.000,00/00
Cravinhos 100 SAAE 9349 100 0(**) Ribeirão Preto Tem projeto de ETE (FEHIDRO) Obra de ETE em andamento (ÁGUA LIMPA)
R$74.880,00/02 R$ 1.055.000,00
Divinolândia 97 Sabesp 2574 (*) 0(**) Rio do Peixe Obra em andamento (FEHIDRO) R$352.338,20/03 Itobi 100 Sabesp 1900 19,5 0 Ribeirão Doce Jardinópolis 100 Prefeitura 13000 140 0 Cor. Matadouro Tem projeto de ETE (FEHIDRO) R$115.550,00/04
Mococa 100 Sabesp 19185 159 73 C. Santa Elsa, C. Barra Feita, C. do Granito
Pontal 100 Prefeitura 9000 80 0 Cor. da Contenda Tem projeto de ETE Ribeirão Preto 98 DAERP 15836 1250 60 Rio Pardo, Ribeirão Preto Sales de Oliveira 100 Prefeitura 3182 47,5 100 Cor. Aurora e Cor. Lageado Santa Cruz da Esperança 94,1 Sabesp 414 5,72 100 Córrego Brilhante
Santa Rosa de Viterbo 99 Sabesp 7215 80 100 C. Nosso Teto, C. Santa Constancia, C. Nhumirin Projeto de ETE concluído (FEHIDRO)
R$47.990,59/04 Santo Antônio da Alegria 100 Prefeitura 1585 20 100 Rio Sapucaí Mirim São José do Rio Pardo 100 Prefeitura 15378 200 10 Rio Pardo Tem projeto de ETE (FEHIDRO) R$209.550,00/02
São Sebastião da Grama 98 Prefeitura 2528 51 10(**) Rio Fartura Projeto de ETE (FEHIDRO) Obra de ETE em andamento (ÁGUA LIMPA)
R$104.000,00/04 R$ 1.168.706,70
São Simão 100 Prefeitura 4411 63 0 Córrego São Simão Tem projeto de ETE (FEHIDRO) R$96.000,00/98 Serra Azul 100 Sabesp 214 19,58 100 Córrego Serra Azul ETE concluída (FEHIDRO) R$192.230,00/01 Serrana 100 Prefeitura 10076 110 0 C. Bela Fonte, C. Serrinha Tem projeto de ETE (FEHIDRO) R$160.000,00/03 Sertãozinho 98 Prefeitura 29500 300 0 Ribeirão do Sertãozinho Tem projeto de ETE (FEHIDRO) R$77.811,97/98
Tambaú 100 Prefeitura 6900 100 11(**) Rio Tambaú Obra de ETE em andamento (ÁGUA LIMPA)
R$ 2.370.700,00
Tapiratiba 98 Prefeitura 3227 68 0 C. Soledade, C. Conceição Vargem Grande do Sul 100 Prefeitura 11639 86 0 Rio Verde, C. Santana Tem projeto de ETE (FEHIDRO) R$96.000,00/02
TOTAL 98,91 38,29
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 166
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8.2.2 Evolução da Situação do Esgotamento Sanitário na UGRHI
Em análise às informações extraídas do Relatório Zero (IPT, 2000) e às
informações levantadas por meio da aplicação dos questionários, percebe-se que, houve
aumento do índice de atendimento por rede coletora de esgotos de 97% para 98,91% e
ainda com relação ao tratamento de esgotos na UGRHI passou de 15,8% para 38,29%.
No ano de 1999, 17 municípios da bacia Rio Pardo não tratavam nada de seus
esgotos coletados, sendo estes despejados diretamente nos corpos d’água, atualmente
13 municípios ainda não dispõe de sistema de tratamento de esgotos, porém deste total,
os municípios de Brodowski, Casa Branca e Cravinhos estão com obras de Estação de
Tratamento de Esgotos em andamento, com verba aprovadas pelo Projeto Água Limpa
coordenado pela Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento (SERHS) e o
município de Divinolândia está com obras em andamento, com verba aprovada através do
FEHIDRO (Fundo Estadual dos Recursos Hídricos).
Os municípios de Tambaú e São Sebastião da Grama já contavam com pequena
porcentagem de seus esgotos atendidos por sistema de tratamento, porém os mesmos
estão sendo ampliados através do Projeto Água Limpa, devendo, portanto atingir os 100%
em breve.
Além disso, os municípios de Jardinópolis, Pontal, Santa Rosa do Viterbo, São
José do Rio Pardo, São Simão, Serrana, Sertãozinho e Vargem Grande do Sul, possuem
projeto de sistema de tratamento de esgotos que foram financiados através do FEHIDRO,
e o município de Cássia dos Coqueiros está desenvolvendo projeto através do FEHIDRO.
8.3 FONTES DE POLUIÇÃO
Este item está sendo elaborado para apresentar no relatório final.
8.3.1 Diposição de Resíduos Sólidos
Conforme estabelecido na Resolução CONAMA nº. 05/1993, como resíduos
sólidos, ou também denominado de "lixo", entendem-se todos os resíduos nos estados
sólidos e semi-sólidos que resultam de atividades da comunidade, podendo ser de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
A falta de gerenciamento dos resíduos sólidos pode resultar em riscos indesejáveis
às comunidades, tornando-se um sério problema à saúde pública e também fator de
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 167
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
degradação do meio ambiente. A disposição inadequada dos resíduos sólidos no meio é
considerada uma fonte de contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas,
além de facilitar a transmissão de doenças pela ação de vetores.
A contaminação das águas superficiais acontece de forma direta, por meio de
lançamentos de resíduos em cabeceiras ou vales de drenagens, como também, pelo
despejo de efluentes provenientes da decomposição dos resíduos (chorume) e
percolação de águas pluviais. A contaminação das águas subterrâneas ocorre de forma
indireta, através da infiltração e/ou percolação de chorume no subsolo.
As informações referentes à disposição de resíduos sólidos nos municípios foram
obtidas nos questionários realizados com técnicos das prefeituras municipais, e foram
posteriormente comparadas aos dados do Relatório Zero (IPT, 2000) e aos dados do
Inventário Estadual de Resíduos Domiciliares disponibilizado pela CETESB - Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB, 2006).
Cabe ressaltar que o Inventário passa a ser um instrumento de acompanhamento
das condições ambientais e sanitárias dos locais de tratamento e disposição dos resíduos
sólidos domiciliares.
Para gerá-lo, os técnicos da CETESB realizam visitas anuais em todas as
instalações de destinação de resíduos sólidos dos municípios, aplicando um questionário
padronizado com informações das características locacionais, estruturais e operacionais
de cada instalação de tratamento e/ou disposição de resíduos sólidos domiciliares. Diante
dos dados levantados, há uma pontuação que compõe o IQR (Índice de Qualidade dos
Aterros de Resíduos), com variação de 0 a 10, enquadrando as instalações como
Inadequadas, Controladas e Adequadas, conforme observado no Quadro 8.1.
IQR/IQC ENQUADRAMENTO 0,0 - 6,0 Condições Inadequadas 6,1 - 8,0 Condições Controladas
8,1 - 10,0 Condições Adequadas Fonte: CETESB, 2006
Quadro-8.1: Enquadramento das instalações de tratamento e/ou destinação final de resíduos domiciliares. .
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 168
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A quantidade de resíduos gerados em cada município tem como base de cálculo a
população urbana, tomando os dados demográficos do censo IBGE (2000) e os índices
de produção de resíduos por habitante.
Os índices utilizados na classificação dos resíduos dispostos consideram os
resíduos de origem domiciliar, que são os gerados nas residências, no comércio e em
locais de prestação de serviços. Nesse caso, não são considerados os resíduos de
origem industrial, de podas, de limpeza de vias públicas, entre outros, que normalmente
são destinados aos aterros, sob classificação de resíduos sólidos urbanos.
8.3.2 Resíduos Sólidos Domésticos
Com a aplicação dos questionários nos municípios e com as atividades
desenvolvidas em campo pela equipe técnica durante o ano de 2006, foi obtida a
localização das áreas de disposição de resíduos sólidos domésticos em cada município e
a situação atual das respectivas áreas.
O Quadro 8.2 relata sinteticamente, a situação dos municípios quanto à disposição
dos resíduos sólidos domiciliares, no período de 1997 a 2005, baseando-se em dados
coletados e conforme Inventário da CETESB (2006).
Os 27 municípios que possuem sede na Bacia do Pardo geram 632,1 toneladas
diárias de resíduos sólidos de origem doméstica. De todos os municípios, 67% deles
produzem menos de 10 toneladas por dia, acima disto dois municípios são os que mais
geram resíduo, o município de Sertãozinho com 50,2 toneladas por dia e Ribeirão Preto
com 384,3 toneladas por dia.
Nota-se que ainda que 13 municípios depositem seus resíduos sólidos domiciliares
em lixões, o que representa 48% dos municípios da UGRHI, o restante tem disposição em
melhores condições (Aterros Sanitários, em Valas ou Controlados).
Os lixões são formas inadequadas de disposição final de resíduos sólidos, que se
caracteriza pela simples descarga de resíduos a céu aberto. Acrescenta-se a esta
situação o total descontrole quanto aos tipos de resíduos recebidos nestes locais,
verificando-se até mesmo a disposição de dejetos originados dos serviços de saúde e das
indústrias (IPT/CEMPRE, 1995).
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 169
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Município Total coletado (ton/dia) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Enquadramento TAC Lp/LI LO
Água da Prata 2,5 6,7 8,8 8,5 8,5 9,3 9,5 3,5 5,9 5,4 Inadequadas Altinópolis 9,0 6,6 6,8 9,5 9,3 9,7 7,5 8,9 9,1 5,8 Inadequadas N S S Brodowski 10,0 3,1 3,1 4,0 5,2 5,5 5,5 5,5 5,3 4,4 Inadequadas S S S Caconde 4,9 3,2 4,0 6,0 5,3 7,2 8,4 8,5 8,5 7,1 Controladas N S S Cajuru 7,8 2,3 2,8 6,5 1,9 2,5 2,0 1,8 1,5 1,9 Inadequadas N N N Casa Branca 8,9 4,8 2,4 4,3 3,9 3,9 3,3 8,8 9,3 9,6 Adequadas N S S Cássia dos Coqueiros 0,7 3,2 8,4 7,8 6,8 9,5 7,5 8,7 8,5 8,5 Adequadas S S S Cravinhos 12,4 6,6 6,5 6,6 4,3 4,1 3,8 3,8 4,1 4,1 Inadequadas S N N Divinolândia 2,8 1,3 7,3 8,8 7,4 4,2 6,6 8,6 7,6 5,7 Inadequadas N S S Itobi 2,6 3,8 3,8 2,5 6,4 6,6 4,9 3,5 3,5 4,9 Inadequadas S S N Jardinópolis 12,9 3,5 3,2 3,5 3,3 1,7 2,2 2,8 2,8 9,7 Adequadas S S S Mococa 24,4 4,0 4,7 1,2 1,2 1,0 0,6 0,7 0,7 9,3 Adequadas S S S Pontal 14,8 - 4,4 4,1 3,7 5,5 3,9 3,6 3,6 3,3 Inadequadas S N N Ribeirão Preto 384,3 8,0 8,2 8,3 7,8 8,5 9,6 9,8 9,8 8,7 Adequadas S S S Sales de Oliveira 3,5 5,3 7,2 9,1 8,2 9,3 9,7 8,0 8,3 9,7 Adequadas S S S Santa Cruz da Esperança 0,5 3,3 6,2 4,8 5,0 7,8 9,3 9,7 9,7 9,7 Adequadas S S S Santa Rosa de Viterbo 8,6 3,0 6,2 5,5 8,1 9,0 8,9 8,6 8,7 8,2 Adequadas S S S Santo Antônio da Alegria 1,8 6,3 5,2 8,0 4,0 7,1 6,6 9,3 9,1 9,7 Adequadas N S S São José do Rio Pardo 17,8 7,2 7,7 8,5 8,5 7,1 8,9 4,4 4,3 6,2 Controladas S S N São Sebastião da Grama 3,1 4,4 6,1 3,5 3,7 4,4 7,4 7,0 6,1 4,2 Inadequadas S S N São Simão 5,1 3,9 3,8 3,3 1,8 4,8 4,8 6,4 9,9 7,7 Controladas S S S Serra Azul 3,0 3,5 3,9 3,5 3,5 5,4 4,7 4,0 4,0 4,0 Inadequadas S N N Serrana 15,4 3,4 3,2 2,8 2,8 2,5 3,1 3,1 2,9 3,3 Inadequadas S N N Sertãozinho 47,3 4,9 5,2 3,7 3,8 2,5 3,6 4,2 4,2 4,4 Inadequadas S N N Tambaú 8,1 3,2 3,2 2,0 1,9 1,6 1,6 1,2 1,4 8,2 Adequadas S S N Tapiratiba 3,9 0,0 7,0 6,0 3,4 4,3 4,5 4,4 7,8 6,1 Controladas S N N Vargem Grande do Sul 14,7 3,1 1,9 5,5 3,9 2,5 2,4 2,6 2,6 2,2 Inadequadas S S N
TOTAL 632,10 Fonte: CETESB, 2006
Quadro 8.2 - Síntese das informações sobre a destinação final dos resíduos sólidos domiciliares. LI - Licença de Instalação LO - Licença de Operação TAC - Termo de Ajustamento de conduta
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 170
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O aterro sanitário é um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos no
solo – particularmente lixo domiciliar – que, fundamentado em “critérios de engenharia e
normas operacionais específicas, permite a confinação segura em termos de controle de
poluição ambiental e proteção à saúde pública”, ou, a “forma de disposição final de
resíduos sólidos urbanos no solo, segundo normas operacionais específicas, de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos
ambientais” (IPT/CEMPRE, 1995).
Segundo a Norma Técnica NBR 8419 (ABNT, 1984), o aterro sanitário não deve
ser construído em áreas sujeitas à inundação. A cobertura dos resíduos faz-se
diariamente. Quando esgotado o tempo de vida útil do aterro, este é selado, efetuando-se
o recobrimento da massa de resíduos com uma camada de terras com 1,0 a 1,5 metro de
espessura. Posteriormente, a área pode ser utilizada para ocupações leves, tais como
zonas verdes ou campos de jogos.
O aterro controlado é uma técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no
solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e a sua segurança, minimizando os
impactos ambientais. Esse método utiliza princípios de engenharia para confinar os
resíduos sólidos, cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusão de cada
jornada de trabalho. Esta forma de disposição produz, em geral, poluição localizada, pois
similarmente ao aterro sanitário, a extensão da área de disposição é minimizada. Porém,
geralmente não dispõe de impermeabilização de base (comprometendo a qualidade das
águas subterrâneas), nem sistemas de tratamento de chorume ou de dispersão dos gases
gerados (IPT/CEMPRE, 1995).
8.3.3 Evolução da Situação da Destinação Final dos Resíduos Sólidos Municipais
Comparando as condições dos municípios no período de 1997 a 2005, percebe-se
que 78% ou 21 dos municípios da Bacia, em 1997, destinavam seus resíduos sólidos
domiciliares em condições inadequadas. Apenas Ribeirão Preto tinha disposição de forma
adequada e Altinópolis, Cravinhos, São José do Rio Pardo, Águas da Prata e Santo
Antonio da Alegria, tinham a disposição em condições controladas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 171
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Nos anos seguintes houve uma melhora do IQR na maioria dos municípios. No ano
de 2005, dos 21 municípios que em 1997 encontrava-se em condições inadequadas, 4
passaram para condições controladas e 10 para condições adequadas.
No entanto, dentro desse período, os municípios de Brodowski, Cajuru, Serra Azul,
Serrana, Vargem Grande do Sul, Sertãozinho e Pontal permaneceram em condições
Inadequadas e Águas da Prata que chegou a ter condições adequadas entre 1998 e 2002
está atualmente operando em condições inadequadas.
O Quadro 8.3 mostra um comparativo entre os anos de 1997 e 2005.
1997 2005 IQR/Condições Nº municípios % Nº municípios %
0,0 - 6,0 Inadequadas 21 78 13 48 6,1 - 8,0 Controladas 05 18 04 15
8,1 - 10,0 adequadas 1 4 10 37 TOTAL 27 100 27 100
Fonte: CETESB (2006) Quadro 8.3: Síntese geral e número de municípios e seu enquadramento.
Ressalta-se que, no período de 1997 a 2005, ocorreu aumento do IQR, pois a
condição controlada e adequada passou de 22% para 52%. Segundo o Relatório Zero
(IPT, 2000), 9 municípios tinham assinado o TAC (Termo de Compromisso de
Ajustamento de Conduta) atualmente 20 municípios estão com o TAC. No período entre
2003 a 2006, 06 municípios foram contemplados com recursos financeiros do FEHIDRO (
Fundo Estadual dos Recursos Hídricos ), para projetos ou construção de aterros e 26
foram contemplados com recursos financeiros de FECOP ( Fundo Estadual de Controle
da Poluição ).
Os TACs são compromissos estabelecidos em comum acordo entre o órgão
ambiental e as administrações municipais, definindo prazos e atividades a serem
realizadas por cada município para encerramento ou para a regularização ambiental das
instalações de destinação de lixo em operação.
É válido ressaltar que alguns desses municípios não têm Licença de Instalação e
de Operação, concedidas pela CETESB.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 172
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No Quadro 8.4 são citados alguns municípios que foram ou estão sendo
contemplados pelo FEHIDRO com empreendimentos que visam o gerenciamento dos
resíduos sólidos.
Municípios Estudos/obras Recursos Situação
Vargem Grande do Sul PROJETO DE SISTEMA DE ATERRO SANITÁRIO FEHIDRO /2003 Concluído
Cajuru PROJETO EXECUTIVO DE DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS FEHIDRO/2005 Em execução
Mococa PROJETO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DO ATERRO FEHIDRO/2005 Em execução
Serrana PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO FEHIDRO/2005 Em execução
Caconde ATERRO SANITÁRIO, OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA FEHIDRO/2006 Em execução
Pontal PROJETO DE ATERRO SANITÁRIO FEHIDRO/2006 Em execução
Fonte: www.sigrh.sp.gov.br, acesso em 10/02/2006. Quadro 8.4: Municípios da Bacia do Pardo contemplados pelo FEHIDRO para financiamento de empreendimentos voltados para os resíduos sólidos domésticos.
Outra informação relevante em relação aos resíduos sólidos de origem doméstica é
quanto à reciclagem; apenas 07 municípios realizam coleta seletiva de resíduos sólidos,
destacando-se os municípios de Ribeirão Preto, Altinópolis, Caconde, Jardinópolis, Sales
de Oliveira, Serra Azul e Sertãozinho.
Constata-se que são raras as iniciativas por parte do poder público municipal
voltado à conscientização e mobilização da comunidade, tanto quanto à preocupação com
o volume gerado de resíduos sólidos, como às possibilidades de aproveitamento dos
materiais potencialmente recicláveis.
8.3.4 Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
A Lei N° 12.300/2006, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos do
Estado de São Paulo, define Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) como os
provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-
assistencial humana ou animal; provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 173
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experimentação na área de farmacologia e saúde; medicamentos e imunoterápicos
vencidos ou deteriorados; provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina
legal; e os provenientes de barreiras sanitárias. Esse tipo de resíduo merece atenção
especial desde sua geração até o momento da disposição final, por trazer risco tanto à
saúde pública como ao meio ambiente.
O sistema de tratamento adequado dos RSS é o conjunto de unidades, processos
e procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicos, químicos ou
biológicos dos resíduos, podendo promover sua descaracterização, visando a
minimização do risco á saúde publica, a preservação da qualidade do meio ambiente, a
segurança e a saúde do trabalhador, conforme definição da Resolução CONAMA
n°358/2005.
O transporte e as formas de disposição final para esses resíduos devem ser
aqueles que, por si só ou associados a um determinado tratamento prévio, impeçam a
disseminação de agentes patogênicos ou de qualquer outro meio de contaminação.
8.3.4.1 Quadro Atual dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
Na Tabela 8.1, encontram-se informações sobre os RSS, originárias dos questionários
aplicados nos municípios e levantamento realizado pela Secretária de Estado da Saúde da DIR
XVIII – Ribeirão Preto. Observa-se que, em alguns municípios, os Resíduos Sólidos de Serviços
de Saúde coletados são transportados até a Unidade de Tratamento de Resíduos em outros
municípios, como Paulínia, Mogi-Mirim e Taquaritinga.
Tabela 8.1: Síntese das informações sobre a destinação dos resíduos de serviços de saúde.
Municípios População IBGE, 2000 (hab.)
Total coletado(kg/dia) Tratamento Disposição
final
Água da Prata (**) 7.087 2.85 Autoclave em Poços de Caldas
Poços de Caldas
Altinópolis 15.476 50.0 (***) Não trata aterro
Brodowski 17.147 11.8 (***) Incineração/Autoclave em Paulínia
Paulínea
Caconde 18.376 50.0 Não trata Vala séptica Cajuru 20.774 40.0 (***) Incineração Aterro
Casa Branca 26.792 43.85 Incineração em Paulinia
Paulínea
Cássia dos Coqueiros 2.871 2.1 (***) Incinerador (*)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 174
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Municípios População IBGE, 2000 (hab.)
Total coletado(kg/dia) Tratamento Disposição
final
Cravinhos 28.390 114.3 (***) Não trata Vala séptica
Divinolândia 12.016 4,28 Autoclave em Mogi-Mirim
Mogi-Mirim
Itobi 7.464 0.70 Não trata Vala séptica Jardinópolis 30.723 100.0 (***) Microondas aterro
Mococa 65.530 210.0 Autoclave em Mogi-Mirim
Mogi-Mirim
Pontal (**) 29.656 86.0 (***) Não trata Vala séptica Ribeirão Preto 505.012 1.000 (***) microondas aterro
Sales de Oliveira 9.324 6.7 (***) autoclave Aterro em Guará
Santa Cruz da Esperança 1.796 1.4 (***) Incinerador (*)
Santa Rosa de Viterbo 21.421 48.6 (***) Incineração/Autoclave em Paulínea
Paulínea
Santo Antônio da Alegria (**)
5.758 5.7 (***) Incineração/Autoclave em Paulínea
Paulínea
São José do Rio Pardo 50.036 125.0 Não trata Vala séptica São Sebastião da Grama 12.450 17.3 Não trata Lixão
São Simão 13.679 31.4 (***) Incineração/Autoclave em Paulínea
Paulínea
Serra Azul 7.448 11.4 (***) Incineração aterro
Serrana 32.588 64.3 (***) Incineração Aterro em Mogi-Mirim
Sertãozinho (**) 94.650 420.0 (***) Incineração Aterro em Taquaritinga
Tambaú 22.234 27.0 Incineração/Autoclave em Paulínea
Paulínea
Tapiratiba 12.921 80.0 Não trata Lixão Vargem Grande do Sul 36.543 110 Não trata Vala Séptica
Fonte: Questionários municipais respondidos pelas prefeituras (08/08/2005 à 10/05/2006) e visitas às prefeituras (15/04/2006 à 15/06/2006)
(*) Não constam informações; (**) Sede inserida em outra UGRHI. (***) Informação obtida através da Secretária da Saúde do Estado e CETESB
No entanto, em muitos municípios os RSS ainda são dispostos em aterro sanitário,
junto com os resíduos sólidos domésticos.
Considerando-se o elevado potencial de contaminação desses resíduos, e diante
das informações coletadas, faz-se necessário o desenvolvimento de ações com a
finalidade de corrigir a situação presente, visando a adoção de medidas de coleta e
destinação mais adequadas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 175
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Soluções conjuntas por meio de convênios firmados entre os serviços de saúde e
os municípios poderão viabilizar sistemas de tratamento de resíduos com menores custos
e em menores prazos.
8.3.4.2 Evolução da Situação da Destinação Final dos Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde
De acordo com as informações constantes no Relatório Zero (IPT, 2000), somente
13% dos municípios tratava seus resíduos sólidos de serviços de saúde, utilizando a
incineração como tecnologia de tratamento. Atualmente 67% dos municípios tratam seus
RSS, sendo que 45% destes através de incineração ou autoclave, 7% através de
microondas e 4% utilizam como tecnologia de tratamento a autoclavagem.
O quadro abaixo mostra a evolução do tratamento de RSS na Bacia do Pardo.
O Quadro 7.22 mostra um comparativo entre os anos de 2000 e 2006.
2000 2006 Tipo de tratamento
Nº municípios % Nº municípios % Não trata 21 87 09 33
Incineração/Autoclave 2 9 12 45 Microondas 1 4 2 7 Autoclave - - 4 15 TOTAL 24 100 27 100
Fonte: CETESB (2006), DIR XVIII, e Questionários respondidos pelas prefeituras Quadro 7.22: Síntese geral - número de municípios e tipo de tratamento.
Quanto à forma de disposição final dos RSS, percebe-se uma melhoria significativa
comparando-se os dados atuais com os constantes no Relatório Zero (IPT,2000). Em
2000, 26% dos municípios usavam os lixões para dispor os RSS sendo que atualmente
7% ainda utilizam esta forma de disposição dos resíduos. A disposição em vala séptica
que em 2000 era utilizada por 35% dos municípios em 2000 , atualmente representa
22% do total dos municípios.
Apesar dos dados revelarem uma melhoria significativa, tanto no tratamento como
na disposição final dos RSS, muito ainda se tem para avançar para que a totalidade dos
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 176
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municípios realize o gerenciamento adequado dos RSS, levando em consideração todas
as fases, desde a sua geração até a disposição final.
8.4 Levantamento de Doenças Relacionadas à Deficiência Sanitária e outros Aspectos Ambientais
O presente relatório atende à solicitação do Laboratório de Recursos Hídricos e
Avaliação Geoambiental, do Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas – CEATE,
do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo S/A. São apresentados
dados de morbidade8 hospitalar do SUS causada por doenças relacionadas a deficiências
sanitárias e outros aspectos ambientais na Unidade de Gerenciamento de Recursos
Hídricos - UGRHI do Pardo (UGRHI-4), estado de São Paulo, bem como os gastos
governamentais despendidos pelo Sistema Único de Saúde - SUS, extraídos do Banco de
Dados DATASUS, do Ministério da Saúde.
Este trabalho tem por objetivo apresentar um levantamento atualizado das doenças
relacionadas às deficiências sanitárias e outros aspectos ambientais ocorridas nos
municípios que compõem a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Pardo,
cujos dados deverão compor o Relatório Um do referido Plano de Bacia. O período de
pesquisa do presente trabalho compreende os anos de 2001 a 2005.
8.4.1 Método e Fontes de Informação
As doenças relacionadas com a água são uma das causas mais comuns de
enfermidade e até de morte que afetam principalmente as populações mais carentes. De
acordo com SOUZA & PERRONE9, essas doenças podem ser classificadas em quatro
grupos, levando em conta as vias de transmissão e o ciclo do agente, denominada
Classificação Ambiental das Infecções Relacionadas com a Água, proposta por
Cairncross e Feachem (1990):
Grupo I - Transmissão hídrica. Ocorre quando o agente encontra-se na água.
8 Entende-se morbidade como o “comportamento de uma doença ou de um agravo à saúde em uma população exposta. Sendo calculada pelos coeficientes de incidência e prevalência”. Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, Ministério da Saúde. Glossário. 9 Padrões de potabilidade da água – Volume 2. São Paulo, Centro de Vigilância Sanitária, s.d. 12p.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 177
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Grupo II - Transmissão relacionada com a higiene. Ocorre quando o agente se
manifesta sob condições inadequadas de higiene.
Grupo III - Transmissão baseada na água. Ocorre a partir do contato do homem
com um agente que desenvolve parte do ciclo vital em animal aquático.
Grupo IV - Transmissão por inseto vetor que se procria na água. Ocorre quando o
agente entra em contato com o homem através de picada do inseto.
Abaixo são apresentados as descrições, os agentes etiológicos e o modo de
transmissão das doenças relacionadas à deficiência sanitária e outros aspectos
ambientais, distribuídos em grupos, de acordo com a sua origem, extraídos da Guia de
Vigilância Epidemiológica, editada pela FUNASA10.
8.4.2 Grupo I - Transmissão Hídrica Colera DESCRIÇÃO: Doença infecciosa intestinal aguda, cujas manifestações clínicas variam,
desde as formas inaparentes passando por quadros caracterizados por diarréia, vômitos e
dor abdominal, até casos graves, que cursam com cãibras, inúmeras dejeções diárias
com fezes aquosas, abundantes e incoercíveis, desidratação e choque.
AGENTE ETIOLÓGICO: Vibrio cholerae O, grupo1, biotipo clássico ou El Tor e sorotipos
Inaba, Ogawa ou Hikojima e Vibrio cholerae O 139, também conhecido como Bengal.
MODO DE TRANSMISSÃO: Principalmente, através da ingestão de água contaminada
por fezes e/ou vômitos de doente ou portador. Os alimentos e utensílios podem ser
contaminados pela água, pelo manuseio ou por moscas.
Febre Tifóide
DESCRIÇÃO: Doença bacteriana aguda, de distribuição mundial, associada a baixos
níveis sócio-econômicos, principalmente, com situações de precárias condições de
saneamento, higiene pessoal e ambiental. No Brasil, a febre tifóide ocorre sob a forma
endêmica, com superposição de epidemias, especialmente no Norte e Nordeste,
refletindo as condições de vida das populações dessas regiões.
10 Guia de Vigilância Epidemiológica. Brasília, Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde - FUNASA, Centro Nacional de Epidemiologia, 1998. 523p.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 178
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AGENTE ETIOLÓGICO: Salmonella typhi, bactéria gram-negativa da família
Enterobacteriaceae.
MODO DE TRANSMISSÃO: Ocorre, principalmente, de forma indireta através de água e
alimentos, em especial o leite e derivados, contaminados com fezes ou urina de paciente
ou portador. A contaminação de alimentos geralmente se dá pela manipulação por
portadores ou oligossintomáticos, razão pela qual a febre tifóide é também conhecida
como a doença das mãos sujas. Raramente as moscas participam da transmissão. O
congelamento não destrói a bactéria, de modo que sorvetes, por exemplo, podem ser
veículos de transmissão.
Amebíase DESCRIÇÃO: Infecção causada por um protozoário que se apresenta em duas formas:
cisto e trofozoíto. Esse parasito pode atuar como comensal ou provocar invasão de
tecidos, originando, assim, as formas intestinal e extra-intestinal da doença. O quadro
clínico varia de uma diarréia aguda e fulminante, de caráter sanguinolento ou mucóide,
acompanhada de febre e calafrios, até uma forma branda, caracterizada por desconforto
abdominal leve ou moderado, com sangue ou muco nas dejeções. Pode ou não ocorrer
períodos de remissão. Em casos graves, as formas trofozoíticas se disseminam através
da corrente sangüínea, provocando abcesso no fígado (com maior freqüência), nos
pulmões ou no cérebro. Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente ao
óbito.
AGENTE ETIOLÓGICO: Entamoeba hystolytica.
MODO DE TRANSMISSÃO: Ingestão de alimentos ou água contaminados por dejetos,
contendo cistos amebianos. Ocorre mais raramente na transmissão sexual devido a
contato oral-anal.
Doenças Diarreicas Agudas
DESCRIÇÃO: A diarréia é uma síndrome clínica de etiologia diversificada, caracterizada
por evacuações numerosas de fezes pastosas ou aquosas. Com freqüência, é
acompanhada de febre e vômitos.
AGENTE ETIOLÓGICO: Há uma grande diversidade de agentes que podem provocar a
síndrome diarréica: parasitas, bactérias e virus.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 179
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MODO DE TRANSMISSÃO: Mesmo nas áreas consideradas endêmicas, em certas
épocas do ano ocorre tendência de elevação da incidência das diarréias. Esse fato
vincula-se principalmente à elevação da temperatura média ambiental e ao regime das
chuvas, cuja conjugação favorece a proliferação e transmissão de alguns agentes. Além
desses, outros fatores particulares à região devem ser considerados e pesquisados
quanto à possibilidade de modificar o comportamento das diarréias, tais como: turismo,
migrações, colheitas agrícolas, etc.
Hepatites Virais DESCRIÇÃO: As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes
etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características
epidemiológicas, clínicas e laboratoriais distintas.
AGENTE ETIOLÓGICO: Virus A e E.
MODO DE TRANSMISSÃO: A hepatite A e a hepatite E possuem transmissão fecal-oral.
Leptospirose DESCRIÇÃO: É uma zoonose de grande importância social e econômica por apresentar
elevada incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e perdas de dias de
trabalho, como também por sua letalidade, que pode chegar a até 40% dos casos mais
graves. É uma doença febril de início abrupto e seu espectro pode variar desde um
processo inaparente até formas graves.
AGENTE ETIOLÓGICO: Bactéria helicoidal (espiroqueta) aeróbica obrigatória do gênero
Leptospira, o qual
apresenta duas espécies: L. interrogans, patogênica, e L. biflexa, saprófitas de vida livre,
encontradas usualmente em água doce de superfície.
MODO DE TRANSMISSÃO: Sua ocorrência está relacionada às precárias condições de
infra-estrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam
a disseminação e a persistência do agente causal no ambiente, facilitando a eclosão de
surtos.
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8.4.3 Grupo II - Transmissão Relacionada com a Higiêne
Shiguelose DESCRIÇÃO: Doença bacteriana aguda que envolve o intestino delgado, conhecida como
disenteria bacilar. Caracteriza-se por dor abdominal e cólicas, diarréia com sangue, pus
ou muco; febre, vômitos e tenesmo.Em alguns casos a diarréia pode ser líquida.
Geralmente, trata-se de infecção autolimitada, durando de 4 a 7 dias. Em crianças jovens,
convulsão pode ser uma complicação grave. As infecções graves estão associadas a uma
ulceração da mucosa, com sangramento retal e dramática desidratação. Algumas cepas
são responsáveis por uma taxa de letalidade de 10 a 15% e produzem uma enterotoxina
tipo Shiga (semelhante à verotoxina da E. coli O157:H7), podendo causar a síndrome
hemolítico-urêmica (SHU), a Doença de Reiter e artrite reativa. A dose infectiva é cerca
de 10 células dependendo das condições de saúde do hospedeiro e idade.
AGENTE ETIOLÓGICO: Shigella spp.: Shigella sonnei, Shigella boydii, Shigella flexneri e
Shigella dysenteriae.
MODO DE TRANSMISSÃO: Via fecal-oral. Portadores do patógeno podem transmitir a
infecção devido às mãos mal lavadas, unhas sujas de matéria fecal após defecação,
contaminando alimentos e objetos que podem favorecer a disseminação da infecção.
Água e leite podem ser contaminados por fezes provocando a infecção. Moscas carregam
o patógeno para os alimentos a partir de latrinas e de disposição inadequada de fezes e
esgotos. Alimentos expostos e não refrigerados constituem um meio para sua
sobrevivência e multiplicação. Ambientes fechados como creches, hospitais e similares
são propícios para a disseminação da doença.
Tifo Exantematico
DESCRIÇÃO: A forma clínica apresenta quadro agudo de febre, calafrios, cefaléia, dores
no corpo e prostração. A duração da doença é de duas a três semanas. Os pacientes que
se recuperam ficam com imunidade permanente.
AGENTE ETIOLÓGICO: Microorganismo da espécie Rickettsia prowazeki.
MODO DE TRANSMISSÃO: Essa parasitose é característica da falta de higiene e
transmitem-se por contato direto ou por intermédio de roupas do corpo, roupa de cama
(para o piolho do corpo) e uso de chapéus, pentes e escovas (para o piolho da cabeça).
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 181
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Tracoma
DESCRIÇÃO: É uma afecção inflamatória ocular, uma ceratoconjuntivite crônica
recidivante que, em decorrência de infecções repetidas, produz cicatrizes, na conjuntiva
palpebral superior, podendo levar à formação de entrópio (pálpebra com a margem virada
para dentro do olho), e triquíase (cílios em posição defeituosa nas bordas da pálpebra,
tocando o globo ocular). O atrito poderá ocasionar alterações da córnea, provocando
graus variados de opacificação, que podem evoluir para a redução da acuidade visual, até
à cegueira. A Organização Mundial de Saúde estima a existência de 150 milhões de
pessoas com tracoma no mundo, das quais, aproximadamente, 6 milhões estão cegas.
AGENTE ETIOLÓGICO: Bactéria Gram negativa, a Chlamydia trachomatis, dos sorotipos
A, B, Ba e C.
MODO DE TRANSMISSÃO: A principal forma de transmissão é a direta, de pessoa a
pessoa, ou indireta, através de objetos contaminados (toalhas, lenços, fronhas). As
moscas podem contribuir para a disseminação da doença, por transmissão mecânica. A
transmissão só é possível na presença de lesões ativas.
8.4.4 Transmissão Baseada na Água
Esquistossomose DESCRIÇÃO: Endemia, causada por parasito trematódeo digenético (Schistosoma
mansoni), que requer caramujos de água doce, do gênero Biomphalaria (B. glabrata, B.
tenagophila, B. straminea), como hospedeiros intermediários, para completar o seu ciclo
de desenvolvimento. A magnitude de sua prevalência, e a severidade das formas clínicas
complicadas, conferem à esquistossomose uma grande transcendência.
AGENTE ETIOLÓGICO: Schistosoma mansoni, trematódeo, da família Schistosomatidae,
gênero Schistosoma.
MODO DE TRANSMISSÃO: Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro
infectado (homem). Na água, estes eclodem, liberando larvas ciliadas denominadas miracídios,
que infectam o caramujo. Após quatro a seis semanas, abandonam o caramujo, na forma de
cercárias que ficam livres nas águas naturais. O contato humano, com águas que contêm
cercárias, é a maneira pela qual o indivíduo adquire a esquistossomose
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 182
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8.4.5 Transmissão por Inseto Vetor que se Procria na Água Dengue (dengue clássica)
DESCRIÇÃO: Doença febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da
forma como se apresente: infecção inaparente, Dengue Clássico (DC), Febre Hemorrágica da
Dengue (FHD), ou Síndrome do Choque da Dengue (SCD). Atualmente é a mais importante
arbovirose que afeta o ser humano, e constitui-se em sério problema de saúde pública no
mundo. A doença ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais, onde as
condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti,
principal mosquito vetor.
AGENTE ETIOLÓGICO: É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família
Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos: 1, 2, 3 e 4.
MODO DE TRANSMISSÃO: A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no
ciclo ser humano - Aedes aegypti - ser humano. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito
está apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. A transmissão
mecânica também é possível, quando o repasto é interrompido e o mosquito, imediatamente, se
alimenta num hospedeiro suscetível próximo. Não há transmissão, por contato direto de um doente
ou de suas secreções, com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.
.A situação levantada na presente pesquisa refere-se aos casos das doenças relacionadas a
deficiências sanitárias e outros aspectos ambientais, fundamentadas na Classificação Internacional
de Doenças - CID, na 10ª revisão, em vigor a partir de 1998 (CID 10). O Quadro 1 representa as
doenças provenientes de deficiências sanitárias e outros aspectos ambientais de acordo com a CID
10, grupadas na Classificação Ambiental das Infecções Relacionadas com a Água:
Quadro 8.5 - Doenças relacionadas a deficiências sanitárias e outros aspectos ambientais Classificação Internacional de Doenças (CID 10), 10ª revisão
Classificação Ambiental das Infecções Relacionadas com a Água (CVS)
Algumas doenças infecciosas e parasitárias Grupos
Cólera Febres tifóides e paratifóide Shiguelose Amebíase Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível
I – Transmissão hídrica
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 183
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Quadro 8.5 - Doenças relacionadas a deficiências sanitárias e outros aspectos ambientais Classificação Internacional de Doenças (CID 10), 10ª revisão
Classificação Ambiental das Infecções Relacionadas com a Água (CVS)
Algumas doenças infecciosas e parasitárias Grupos
Outras doenças infecciosas intestinais Outras doenças bacterianas Leptospirose não especificada Outras hepatites virais Tracoma Tifo exantemático
II – Transmissão relacionada com a higiene
Esquistossomose III – Transmissão baseada na água Dengue (dengue clássico) IV – Transmissão por inseto vetor que se
procria na água
A fonte de informação utilizada neste levantamento é o banco de dados DATASUS,
desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – SUS, do
Ministério da Saúde, acessadas pela Internet, no endereço web: <www.datasus.gov.br>.
Neste trabalho, para monitoramento e análise detalhada de cada município, foi
realizado levantamento das ocorrências de cada doença, nas variáveis: internações e
óbitos por local de residência, e gastos públicos.
8.4.6 Resultados
A UGRHI de Pardo é constituída por 23 municípios. O Quadro 8.6, a seguir,
relaciona os municípios com os respectivos dados demográficos de 2001 e 2005, obtidos
no banco de dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE,
disponível no endereço web: <www.seade.gov.br>.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 184
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Ano Município 2001 2005 Altinópolis 15.679 16.574 Brodósqui 17.444 18.874 Caconde 18.520 19.144 Cajuru 21.007 22.045 Casa Branca 26.918 27.461 Cássia dos Coqueiros 2.899 3.019 Cravinhos 28.972 31.605 Divinolândia 12.053 12.211 Itobi 7.549 7.923 Jardinópolis 31.358 34.311 Mococa 66.219 69.164 Ribeirão Preto 511.867 543.885 Sales Oliveira 9.485 10.227 Santa Cruz da Esperança 1.814 1.891 Santa Rosa do Viterbo 21.615 22.438 São José do Rio Pardo 50.629 53.131 São Sebastião da Grama 12.535 12.887 São Simão 13.840 14.591 Serra Azul 7.568 8.132 Serrana 33.480 37.706 Tambaú 22.485 23.520 Tapiratiba 13.044 13.507 Vargem Grande do Sul 36.842 39.323 Fonte:.Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - Seade; Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Quadro 8.6 – População dos municípios com sede na UGRHI
A UGRHI do Pardo está sub-dividia em seis sub-bacias. O Quadro 8.7 apresenta
as sub-bacias e respectivos municípios.
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS
Jardinópolis 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira Brodowski Cravinhos Ribeirão Preto
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão Altinópolis Cajuru Cássia dos Coqueiros. Santa Cruz da Esperança Santa Rosa de Viterbo Serra Azul
3 - Médio Pardo
Serrana 4 - Rio Canoas Mococa
Caconde 5 - Rio Tambaú/rio Verde Casa Branca
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 185
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SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Itobi Tambaú Vargem Grande do Sul Divinolândia São José do Rio Pardo São Sebastião da Grama
6 - Alto Pardo
Tapiratiba Quadro 8.7 – UGHRI do Pardo, sub-bacias e municípios
8.4.7 Levantamento de Internações devido as Doenças Relacionadas a Deficiências Sanitárias e Outros Aspectos Ambientais
O levantamento de internações, utilizando a categoria Local de Residência,
oferece um quadro de internações ocorridas nos municípios que integram as seis sub-
bacias da UGHRI-4. Foram feitos levantamentos anuais para as doenças de pouca
incidência de internações, representadas nas tabelas de 1 a 8.
A Tabela 8.2 apresenta dados de internações por Local de Residência decorrentes
de cólera, dos municípios pertencentes à UGRHI do Pardo, nos anos de 2001 a 2005.
São poucas ocorrências dessa doença, tendo sido apresentado apenas um caso em 2001
e um em 2004.
Tabela 8.2 – Cólera: internação por local de residência, no período de 2001 a 2005 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2004 Total por
municípioJardinópolis - - - 1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da
Floresta Sales Oliveira - - - Brodowski - - - Cravinhos - - - Ribeirão Preto - 1 1
2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá
São Simão - - - Altinópolis - - - Cajuru - - - Cássia dos Coqueiros. - - - Santa Cruz da Esperança - - - Santa Rosa de Viterbo - - - Serra Azul - - -
3 - Médio Pardo
Serrana - - - 4 - Rio Canoas Mococa - - -
Caconde - - - 5 - Rio Tambaú/Rio Verde Casa Branca 1 - 1
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 186
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Itobi - - - Tambaú - - - Vargem Grande do Sul - - - Divinolândia - - - São José do Rio Pardo - - - São Sebastião da Grama - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - TOTAL 1 1 2
Nota: - (não incidência da doença)
A Tabela 8.3 apresenta dados de internações por local de residência, por
decorrência da doença Febres tifóide e paratifóide ocorridas entre 2001 e 2005. Observa-
se que, apenas em 2002 não houve incidência dessa doença.
Tabela 8.3 - Febres tifóide e paratifóide : internação por local de residência, no período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2003 2004 2005 Total por município
Jardinópolis - - - - - 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - -
Brodowski - - - - - Cravinhos - - - - - Ribeirão Preto 1 1 2 1 5
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão - - - Altinópolis - - - 1 1 Cajuru - - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - -
3 - Médio Pardo
Santa Cruz da Esperança - - - - - Santa Rosa de Viterbo - - - - - Serra Azul - - - - - Serrana - - - - -
4 - Rio Canoas Mococa - - - - - Caconde - - - - - Casa Branca - - 1 1 Itobi - - - - - Tambaú - - - - -
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - Divinolândia - - - - - São José do Rio Pardo - - 1 - 1 São Sebastião da Grama - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - - TOTAL 1 1 4 2 8
Nota: - (não incidência da doença)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 187
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A Tabela 8.4 apresenta o quadro de internações ocorridas nos anos de 2001 a
2005 pela doença Shiguelose. Essa doença teve maior ocorrências no município Ribeirão
Preto, em todos os anos considerados na pesquisa.
Tabela 8.4 – Shiguelose: internação por local de residência, no período de 2001 a 2005 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 2004 2005 Total por
municípioJardinópolis 1 2 3 1 - Ribeirão São
Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - - -
Brodowski - - - - - - Cravinhos 1 1 - 1 3 Ribeirão Preto 10 9 1 5 9 34
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão - - - - - - Altinópolis - - - - - - Cajuru - - - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - - Santa Rosa de Viterbo - - - - - - Serra Azul - - - - - -
3 - Médio Pardo
Serrana - - - - - - 4 - Rio Canoas Mococa - - - - - -
Caconde - - - - - - Casa Branca - - 3 - - 3 Itobi - - - - - - Tambaú - - - - 1 1
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - - Divinolândia - - - - - - São José do Rio Pardo - - - - - - São Sebastião da Grama - - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - - - TOTAL 11 10 5 6 12 44
Nota: - (não incidência da doença)
A doença Amebíase apresentou poucos casos de internações, conforme apresenta
a Tabela 8.5; não houve internações em 2005. Três sub-bacias apresentaram casos
dessa doença: Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta, Ribeirão da Prata/ribeirão
Tamanduá e Rio Tambaú/Rio Verde.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 188
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Tabela 8.5 - Amebíase: internação por local de residência, no período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 2004 Total por município
Jardinópolis 1 1 1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - -
Brodowski - - - - - Cravinhos Ribeirão Preto 1 1 2
2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá
São Simão - - - - - Altinópolis - - - - - Cajuru - - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - Santa Rosa de Viterbo - - - - - Serra Azul - - - - -
3 - Médio Pardo
Serrana - - - - - 4 - Rio Canoas Mococa - - - - -
Caconde 1 - - - 1 Casa Branca - - 2 2 Itobi - - - - - Tambaú - - - - -
5 - Rio Tambaú/Rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - Divinolândia - - - - - São José do Rio Pardo - - - - - São Sebastião da Grama - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - - TOTAL 2 1 1 2 6
Nota: - (não incidência da doença)
Leptospirose também apresentou poucos casos de internações, tendo ocorrido nos
anos de 2001, 2002 e 2003. Ribeirão Preto apresenta internações em todos os anos
estudados.
Tabela 8.6 - Leptospirose não especificada: internação por local de residência, no período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 Total por município
Jardinópolis - - - - 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - -
Brodowski - - - - Cravinhos - - - - Ribeirão Preto 1 2 1 4
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão - - - - Altinópolis - - - - Cajuru - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - Santa Cruz da Esperança - - - -
3 - Médio Pardo
Santa Rosa de Viterbo - - - -
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 189
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Serra Azul - - - - Serrana - 1 1
4 - Rio Canoas Mococa - - - - Caconde - - - - Casa Branca - - - - Itobi - - - - Tambaú - - - -
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - Divinolândia - - - - São José do Rio Pardo - - - - São Sebastião da Grama - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - TOTAL 1 3 1 4
Nota: - (não incidência da doença)
A Tabela 8.7 apresenta o quadro de internações por Dengue (dengue clássico).
Observa-se que essa doença ocorreu em todas as sub-bacias da UGHRI do Pardo. O
Município de Ribeirão Preto apresentou internações em todos os anos da pesquisa, com
maior número de internações. Nota-se que nos anos impares ocorreram maiores números
de casos.
Tabela 8.7 - Dengue [dengue clásssico] : internação por local de residência, no período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 2004 2005 Total por município
Jardinópolis 12 - - 1 - 13 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - - -
Brodowski - - - - - - Cravinhos - - - 1 1 2 Ribeirão Preto 18 4 15 2 15 55
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão Altinópolis - - - - 1 1 Cajuru - - - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo - - - - - - Serra Azul - - 1 - - 1
3 - Médio Pardo
Serrana 2 2 - - 2 6 4 - Rio Canoas Mococa - 2 - - - 2
Caconde - - - - - - Casa Branca - - - - - - Itobi - - - - - - Tambaú - - - - - -
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - -
6 - Alto Pardo Divinolândia - - - - - -
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 190
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
São José do Rio Pardo - - - - - -
São Sebastião da Grama - 1 - - - 1
Tapiratiba - - - - - - TOTAL 32 9 16 4 19 81
Nota: - (não incidência da doença)
A Tabela 8.8 apresenta os casos de internações pela doença Outras hepatites
virais. Novamente, Ribeirão Preto apresenta os maiores casos de internações, seguido
pelo município de Mococa.
Tabela 8.8 - Outras hepatites virais: internação por local de residência, no período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 2004 2005 Total por município
Jardinópolis - - - - - - 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira 4 1 1 3 1 12
Brodowski 1 1 - - 3 Cravinhos 1 1 1 - - 8 Ribeirão Preto 24 20 10 8 12 85
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão 2 - - 1 - 3 Altinópolis - - - - - - Cajuru - - - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo 1 - - 4 1 7 Serra Azul - - - - - -
3 - Médio Pardo
Serrana 5 1 8 7 - 24 4 - Rio Canoas Mococa 14 17 11 10 6 64
Caconde 4 1 - - 2 9 Casa Branca 6 1 - 1 8 Itobi 1 1 - - 1 3 Tambaú 1 2 - - 2 10
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 1 1 3 3 5 18
Divinolândia 1 - - - - 1 São José do Rio Pardo 2 9 8 12 3 39
São Sebastião da Grama 3 4 - - 1 8
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 4 - - - 1 7 TOTAL 68 67 48 51 36 323
Nota: - (não incidência da doença)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 191
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A Tabela 8.9 indica as internações decorrentes da doença Esquistossomose.
Apenas dois municípios apresentaram internações: Ribeirão preto e Jardinópolis. Não
houve indeidência dessa doença nos anos de 2003 e 2005.
Tabela 1.9 - Esquistossomose: internação por local de residência, no período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2004 Total por município
Jardinópolis - 1 1 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - -
Brodowski - - - - Cravinhos - - - - 2 - Ribeirão da
Prata/ribeirão Tamanduá Ribeirão Preto 1 1 1 3
Continua... São Simão - - - -
Altinópolis - - - - Cajuru - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - Santa Cruz da Esperança - - - -
Santa Rosa de Viterbo - - - - Serra Azul - - - -
3 - Médio Pardo
Serrana - - - - 4 - Rio Canoas Mococa - - - -
Caconde - - - - Casa Branca - - - - Itobi - - - - Tambaú - - - -
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - -
Divinolândia - - - - São José do Rio Pardo - - - -
São Sebastião da Grama - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - TOTAL 1 1 2 4
Nota: - (não incidência da doença)
Não houve casos de internações decorrentes das doenças de Tracoma e Tifo
exantemático, nos anos considerados na pesquisa.
As doenças diarréicas estão ligadas, principalmente, à elevação da temperatura
média ambiental e ao regime das chuvas e também a outros fatores particulares à região
que devem ser considerados, tais como, turismo, migrações, colheitas agrícolas, etc.
(FUNASA). O levantamento de internações por doenças diarréicas foi realizado,
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 192
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considerando-se o mês de competência, em cada ano (2001 a 2005) e por municípios que
compõem as sub-bacias da UGHRI do Pardo, possibilitando um monitoramento mais
preciso dessas doenças.
As Tabelas 8.10 a 8.14 ilustram as internações mensais por local de residência da
doença Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível. Cinco municípios lideram
maiores ocorrências dessa doença ao longo dos cinco anos: Caconde (617), Cajuru (542),
Mococa (550), Ribeirão preto (995), São Sebastião da Grama (743) e Serrana (564).
Tabela 8.10 - Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível: internação por local de residência em 2001 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 5 3 7 9 5 6 4 5 1 3 1 5 54 1 - Ribeirão São
Pedro/Ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - - - 1 - - - - - 1
Brodowski 2 - - 1 - - - - 1 1 2 3 10 Cravinhos 1 - 2 2 1 3 2 3 2 - 3 2 21 Ribeirão Preto 23 13 14 28 19 53 46 37 27 18 27 26 331
2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá
São Simão 3 2 4 7 2 7 5 17 3 3 12 7 72 Altinópolis 5 2 1 - 3 1 4 3 2 1 2 - 24 Cajuru 5 7 8 6 6 3 16 13 11 6 9 6 96 Cássia dos Coqueiros - - 3 - - - - 1 - - - - 4
Santa Cruz da Esperança - - - - - - - - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo 2 1 3 5 1 1 2 5 2 7 3 2 34
Serra Azul - 1 - - - - 1 - 1 - 1 4 8
3 - Médio Pardo
Serrana 2 16 13 8 6 8 11 8 9 11 6 6 104 4 - Rio Canoas Mococa - - - - - - - - - - 16 23 39
Caconde 8 5 4 4 3 4 4 16 28 26 9 6 117 Casa Branca - - - 1 - - - - - - - - 1 Itobi 2 - 1 - - 1 - - - 2 - - 6 Tambaú 8 6 2 5 4 1 9 2 2 3 1 - 43
5 - Rio Tambaú/Rio Verde
Vargem Grande do Sul 1 - - - - - - - 1 - - - 2
Divinolândia - - - - - - - - - - 1 2 3 São José do Rio Pardo - - 1 - 1 - - - 1 2 1 2 8
São Sebastião da Grama 11 10 14 11 4 8 13 17 15 8 10 9 130
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 2 2 1 3 5 4 2 3 4 5 1 33 TOTAL 79 68 79 88 58 101 122 129 109 95 109 105 1.142
Tabela 8.11- Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível: internação por local de residência em 2002 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 193
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municípioJardinópolis 2 - 4 9 4 4 7 1 7 4 2 2 46 1 - Ribeirão
São Pedro / Ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 1 - 1 - - - - - - - - - 2
Brodowski 3 - 1 2 2 - 1 - 1 4 1 1 16 Cravinhos 1 1 2 - 4 3 - 1 1 - 1 - 14 Ribeirão Preto 27 17 10 14 23 9 14 18 26 7 4 9 178
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 3 - - - 5 6 1 1 - 1 1 1 19
Altinópolis 4 2 - 4 1 2 3 4 - 2 2 3 27 Cajuru 5 7 5 7 3 4 6 6 14 10 7 7 81 Cássia dos Coqueiros. - - 1 - - 1 - - - - - - 2
Santa Cruz da Esperança 1 - - - - 1 1 1 2 1 - 2 9
Santa Rosa de Viterbo - 5 2 1 - 2 2 2 3 10 5 4 36
Serra Azul - - 1 1 - - 1 - 1 1 - 2 7
3 - Médio Pardo
Serrana 7 10 7 6 5 5 6 1 14 35 17 6 119 4 - Rio Canoas Mococa 10 25 15 10 14 - 3 - 5 10 6 6 104
Caconde 7 6 3 10 13 16 5 3 6 24 21 12 126 Casa Branca - - 1 - - - - - - - - 1 2 Itobi - - 1 - - - - 1 2 1 1 2 8 Tambaú 1 2 - 2 2 1 2 1 1 3 2 6 23
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - 2 1 - - - - - 1 - - - 4
Divinolândia - - - 1 - - - - - - - - 1 São José do Rio Pardo 1 2 1 3 4 2 1 8 9 8 9 8 56
São Sebastião da Grama 15 17 8 4 10 7 9 5 8 9 9 8 109
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 5 - 1 1 1 3 3 1 5 2 1 - 23 TOTAL 93 96 65 75 91 66 65 54 106 132 89 80 1.012
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 194
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.12 - Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível: internação por local de residência em 2003 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 10 3 2 1 3 2 4 1 12 6 10 4 58 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira - - 1 1 2 1 - 4 3 4 3 8 27
Brodowski 4 2 - 1 - - - 1 - 4 1 - 13 Cravinhos 2 1 - - - - 1 3 4 2 - - 13 Ribeirão Preto 17 8 13 3 11 5 7 23 47 41 14 12 201
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão - 1 - 5 - 1 15 1 12 4 1 3 43
Altinópolis 2 3 2 - - 1 2 1 5 3 - 3 22 Cajuru 12 12 3 6 5 7 8 15 19 21 13 8 129 Cássia dos Coqueiros. - - - - 1 - - - - 1 - - 2
Santa Cruz da Esperança 1 1 - - 1 - - 2 3 2 - 1 11
Santa Rosa de Viterbo 6 3 5 5 4 4 1 2 7 17 4 3 61
Serra Azul 2 2 3 - - - - - 1 - - 2 10
3 - Médio Pardo
Serrana 9 5 11 12 8 7 13 12 19 17 14 10 137 4 - Rio Canoas Mococa 7 8 12 11 4 15 5 10 23 6 17 9 127
Caconde 11 13 8 11 7 16 6 10 8 13 18 7 128 Casa Branca 2 3 2 1 2 4 2 - 2 2 6 21 47 Itobi 1 - - - 1 1 - - - - 2 - 5 Tambaú - 10 13 2 3 5 2 6 2 5 2 2 52
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - 1 - - - - - 1 - 1 - - 3
Divinolândia - - - - - - - - - 1 - - 1 São José do Rio Pardo 4 7 3 2 3 2 2 1 3 18 18 6 69
São Sebastião da Grama 7 17 8 5 3 15 16 21 10 17 8 15 142
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 3 - 1 - - 1 - 4 - - - 10 TOTAL 98 103 86 67 58 86 85 114 184 185 131 114 1.311
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 195
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.13 - Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível: internação por local de residência em 2004 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 7 5 3 1 7 6 7 3 9 8 2 3 61 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 1 - - 1 - 1 1 3 3 - 2 2 14
Brodowski - 1 2 - - - 1 7 2 - - 1 14 Cravinhos 3 - 1 1 - - - 1 2 1 - - 9 Ribeirão Preto 18 10 5 8 8 5 12 16 22 13 11 6 134
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 1 4 - - 3 1 - 7 4 - 1 3 24
Altinópolis - 2 - 1 4 1 4 2 1 - 4 1 20 Cajuru 7 7 3 9 6 11 6 6 5 10 18 14 102 Cássia dos Coqueiros. - - 1 1 - - - - - - - 1 3
Santa Cruz da Esperança - - - - 2 1 1 1 - - - 1 6
Santa Rosa de Viterbo 2 6 6 7 8 1 5 10 22 1 5 1 74
Serra Azul 1 1 - - - 1 - - - 2 - 1 6
3 - Médio Pardo
Serrana 12 6 6 9 7 4 5 9 16 20 5 10 109 4 - Rio Canoas Mococa 8 3 8 6 8 5 4 6 16 16 17 5 102
Caconde 2 11 8 - 8 9 5 5 18 73 10 2 151 Casa Branca 10 3 2 2 2 - - - 5 4 4 3 35 Itobi 2 2 - - 1 - 1 1 1 1 1 2 12 Tambaú 3 1 - - 3 - 1 1 6 4 2 3 24
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 1 1 - - - - - - - - - - 2
Divinolândia - - - - - - - - - - - - - São José do Rio Pardo 5 2 9 2 11 2 9 2 14 8 9 6 79
São Sebastião da Grama 16 7 21 15 9 10 9 18 14 11 17 17 164
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 - - 4 - - 1 1 - 2 - 1 10 TOTAL 100 72 75 67 87 58 72 99 160 174 108 83 1.155
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 196
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Tabela 8.14 - Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível: internação por local de residência em 2005 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis - 2 6 13 5 1 2 5 8 4 5 3 54 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 5 1 4 - - 1 - 3 3 - - - 17
Brodowski - - - - - - 1 1 3 2 1 - 8 Cravinhos - - 1 - - - - - - 1 1 - 3 Ribeirão Preto 17 4 14 9 7 4 11 19 39 13 12 2 151
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 5 3 1 3 2 5 - 3 3 8 11 5 49
Altinópolis - 3 1 - - 2 1 3 3 4 - 2 19 Cajuru 9 15 9 12 8 6 5 10 12 22 20 6 134 Cássia dos Coqueiros. - - - 1 - - - - 1 - - - 2
Santa Cruz da Esperança - - - 1 - - - - 1 3 - - 5
Santa Rosa de Viterbo 6 7 4 5 3 7 6 6 16 24 17 9 110
Serra Azul - - 1 - - - 1 1 - 2 2 3 10
3 - Médio Pardo
Serrana 7 6 10 15 5 5 4 12 13 6 9 3 95 4 - Rio Canoas Mococa 4 10 17 15 13 8 8 2 25 55 5 16 178
Caconde 4 6 7 9 3 4 21 12 6 7 10 6 95 Casa Branca 2 1 1 - 1 - 3 1 1 1 2 1 14 Itobi 1 - 1 1 - 1 1 - 3 - - 1 9 Tambaú 3 2 - 1 1 5 - 1 - - 3 1 17
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - - - - 1 - - - 1
Divinolândia - - - - - - - - - - - - - São José do Rio Pardo 6 5 9 7 3 5 1 2 12 8 3 5 66
São Sebastião da Grama 19 13 14 15 8 9 9 20 34 21 22 14 198
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - 3 - 1 - 1 - 6 3 4 - 3 21 TOTAL 88 81 100 108 59 64 74 107 187 185 123 80 1.256
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 197
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A Tabela 8.15 reúnem os cinco anos de internações pela doença Diarréia e
gastrenterite origem infecciosa presumível. Observa-se que existe uma constância dessa
doença ao longo dos cinco anos. Através da Figura 8.1, observa-se que os meses de
maior ocorrência da diarréia são os meses de agosto a novembro nos cinco anos
pesquisados.
Tabela 8.15 – Diarréia e gastrenterite origem infecciosa presumível: internação por local de residência. Período 2001 a 2005
Mês Ano
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
2001 79 68 79 88 58 101 122 129 109 95 109 105 1.142
2002 93 96 65 75 91 66 65 54 106 132 89 80 1.012
2003 98 103 86 67 58 86 85 114 184 185 131 114 1.311
2004 100 72 75 67 87 58 72 99 160 174 108 83 1.155
2005 88 81 100 108 59 64 74 107 187 185 123 80 1.256
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 198
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Diarréia e gastrenterite de origem infeccisa presumível
2001 79 68 79 88 58 101 122 129 109 95 109 105
2002 93 96 65 75 91 66 65 54 106 132 89 80
2003 98 103 86 67 58 86 85 114 184 185 131 114
2004 100 72 75 67 87 58 72 99 160 174 108 83
2005 88 81 100 108 59 64 74 107 187 185 123 80
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Figura 8.1 – Gráfico representando ocorrências de Diarréia e
gastrenterite de origem infecciosa presumível As Tabelas 8.16 a 8.20 indicam as ocorrências de internações pela doença Outras
doenças infecciosas intestinais, na variável local de residência. O município de Ribeirão
Preto lidera essa estatística, com 1181 internações, no período de cinco anos. Observa-
se que esse município apresentou somente 23 casos em 2001; em 2002 apresentou 159
casos de internações e em 2004 essa cifra cresce para 420.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 199
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.16 - Outras doenças infecciosas intestinais: internação por local de residência em 2001 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis - 1 - - - - - - - 1 - - 2 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 6 5 3 9 11 3 12 6 9 12 13 12 101
Brodowski - - - - - - - - - - - - - Cravinhos - - - - - - - - - - - - - Ribeirão Preto 2 3 1 4 2 1 4 2 - - 1 3 23
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 1 1 1 - - 2 - - - - 1 1 7
Altinópolis - - 3 - - - - 1 1 - 2 - 7 Cajuru 1 5 1 - - - - - - 1 - - 8 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - - 1 - - - - 1
Santa Cruz da Esperança - - - - - - - - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo - - - - - - - 1 - - - - 1
Serra Azul - 1 - - - - - 1 - - - - 2
3 - Médio Pardo
Serrana - - - - - - - 1 - - - 1 2 4 - Rio Canoas Mococa 23 15 11 14 18 7 8 5 46 14 - 36 197
Caconde - - - - - - - - - 1 - - 1 Casa Branca - - - - - - - - 1 1 - 1 3 Itobi - - - 1 2 - - - 6 - - - 9 Tambaú 2 1 2 - - - 1 4 1 - - - 11
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 11 9 5 2 6 9 8 9 26 10 11 11 117
Divinolândia 6 5 - - - 1 1 2 2 1 - - 18 São José do Rio Pardo 5 2 5 9 3 3 2 5 12 3 3 9 61
São Sebastião da Grama 1 - - - - - 1 2 - - - - 4
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 - 5 - 2 4 4 - - 5 4 1 26 TOTAL 59 48 37 39 44 30 41 40 104 49 35 75 601
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 200
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.17 - Outras doenças infecciosas intestinais: internação por local de residência em 2002 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis - - - - - - - - 1 - 1 1 3 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 10 9 4 1 6 2 1 6 2 6 1 7 55
Brodowski - - - - - - - - 1 4 - - 5 Cravinhos - - - - - 1 - 1 1 - - - 3 Ribeirão Preto 6 8 4 3 5 14 9 14 52 31 6 7 159
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão - - - 1 1 1 3 3 6 8 7 - 30
Altinópolis - 1 3 - - - - 2 2 3 1 1 13 Cajuru - - - - - - - - - - - 1 1 Cássia dos Coqueiros.
Santa Cruz da Esperança
Santa Rosa de Viterbo 1 3 2 - - - - - - 1 - - 7
Serra Azul - - - - - - - - 1 1 - - 2
3 - Médio Pardo
Serrana 1 - - - - - - - - 2 - - 3 4 - Rio Canoas Mococa - - - - 2 17 3 9 9 12 22 22 96
Caconde - - 6 - - - - - - - 1 - 7 Casa Branca - - 5 4 6 5 1 2 10 2 2 9 46 Itobi 1 - - 1 - - - - - 1 - - 3 Tambaú - 1 1 2 1 2 2 3 2 3 - 4 21
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 2 11 8 7 9 6 5 4 4 5 11 11 83
Divinolândia 3 1 1 1 1 2 4 - 4 2 8 3 30 São José do Rio Pardo 4 3 4 - - - - 2 - - - 1 14
São Sebastião da Grama - - - - - - - - - - 1 - 1
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 1 4 - 2 - - 1 1 - 1 1 12 TOTAL 29 38 42 20 33 50 28 47 96 81 62 68 594
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 201
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.18 - Outras doenças infecciosas intestinais: internação por local de residência em 2003 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis - 2 1 2 1 - 1 - - - - - 7 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 2 1 - 2 6 1 1 2 3 - 3 6 27
Brodowski - - - - - - - - 1 2 2 1 6 Cravinhos 1 1 - 1 - - 2 2 4 1 2 2 16 Ribeirão Preto 13 12 5 5 5 9 7 9 29 30 24 27 175
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 3 1 6 1 1 3 1 2 - - 3 3 24
Altinópolis - - 1 1 - 1 2 - 2 1 - - 8 Cajuru 1 1 - - - 1 - 1 - 1 - 2 7 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - - - - - - - -
Santa Cruz da Esperança - - - - - - - - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo 1 - - - - - - - - - - 2 3
Serra Azul - - - - - - - - - 2 - - 2
3 - Médio Pardo
Serrana - 1 - - - - - - 1 - - 1 3 4 - Rio Canoas Mococa 18 5 3 4 8 1 1 2 - 1 1 1 45
Caconde - 1 - - - - - - - - - - 1 Casa Branca 4 3 5 6 1 3 1 2 1 4 3 6 39 Itobi 1 - - - - - - 2 - - - - 3 Tambaú 2 4 1 4 3 - - 3 2 8 5 6 38
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 23 8 5 4 3 5 14 22 12 12 11 7 126
Divinolândia 3 1 3 3 1 1 2 3 5 2 5 - 29 São José do Rio Pardo - - - - - - - - - - - 1 1
São Sebastião da Grama - - - - - - - - 1 1 1 - 3
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 - - - - - - 1 - - - - 2 TOTAL 73 41 30 33 29 25 32 51 61 65 60 65 565
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 202
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.19 - Outras doenças infecciosas intestinais: internação por local de residência em 2004 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 1 - 2 2 1 - - 3 - 2 - - 11 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 1 2 2 - 1 3 3 1 2 1 - 1 17
Brodowski 2 3 - - - - - 4 1 2 2 - 14 Cravinhos 1 1 - 2 1 - - - - 1 4 1 11 Ribeirão Preto 30 22 41 28 31 29 29 41 60 43 43 23 420
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 1 1 2 3 - 2 4 - 3 2 8 - 26
Altinópolis - - - - 1 1 1 - 1 - - - 4 Cajuru 1 - - - 1 - 1 - 3 2 - - 8 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - - - - - - - -
Santa Cruz da Esperança - - - - - - - - - 1 - - 1
Santa Rosa de Viterbo - 1 - - - 1 1 2 - 1 1 - 7
Serra Azul - 1 - 1 1 1 1 - - - 1 1 7
3 - Médio Pardo
Serrana 1 - 1 2 3 - - 1 1 1 1 1 12 4 - Rio Canoas Mococa - - - - - - 3 - 1 2 - - 6
Caconde - - - - - - - - - - - - - Casa Branca 5 3 1 3 - - - - 3 2 4 2 23 Itobi - - - - - - - 1 - - - - 1 Tambaú 1 2 1 - - 2 1 1 3 1 1 - 13
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 8 10 9 4 6 3 - 2 6 12 9 2 71
Divinolândia - - 2 3 2 1 3 - 1 2 1 1 16 São José do Rio Pardo - - - - - - - - - - - - -
São Sebastião da Grama - 4 - 1 1 - - - - - - - 6
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - 1 - - - 1 - - - - - - 2 TOTAL 52 51 61 49 49 44 47 56 85 75 75 32 676
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 203
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.20 - Outras doenças infecciosas intestinais: internação por local de residência em 2005 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 1 - - 3 3 2 2 - 6 3 - 2 22 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 2 4 8 1 2 1 - 4 6 - - 4 32
Brodowski 3 1 - 2 - 1 2 1 1 1 1 1 14 Cravinhos - 2 - - - - 2 1 - - 2 - 7 Ribeirão Preto 30 33 15 28 36 36 33 47 63 30 34 23 408
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão 1 2 3 9 3 1 5 5 7 1 1 - 38
Altinópolis - - 1 2 - - - 2 - - 1 - 6 Cajuru - - 2 2 1 1 3 1 4 3 3 1 21 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - 1 1 - - - - 2
Santa Cruz da Esperança - - - - - - - - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo - - - - 1 2 - - - - - - 3
Serra Azul - - - 1 - - - 1 - - - - 2
3 - Médio Pardo
Serrana - 1 - - - 1 2 1 3 - - 1 9 4 - Rio Canoas Mococa - - 3 1 - - 1 - - - - - 5
Caconde - - - - - - - - - - - - - Casa Branca 1 1 1 1 1 4 1 1 2 3 2 1 19 Itobi Tambaú - - 1 - - - - - - - 1 1 3
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 8 9 8 5 2 9 5 17 21 12 7 6 109
Divinolândia 2 4 2 4 - - 6 5 3 8 1 3 38 São José do Rio Pardo - - - - - - - - - - - - -
São Sebastião da Grama - - - - 1 1 2 - - - - - 4
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - 1 - - - - - - - 1 TOTAL 48 57 44 59 51 59 65 87 116 61 53 43 743
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 204
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
A Tabela 8.21 resume os dados das cinco tabelas anteriores (tabelas 15 a 19).
Como mostra a Figura 2, o pico de maior número dessa doença ocorre entre os meses de
setembro e outubro.
Tabela 8.21 - Outras doenças infecciosas intestinais: internação por local de residência. Período 2000 a 2005
Mês Ano
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
2001 59 48 37 39 44 30 41 40 104 49 35 75 601
2002 29 38 42 20 33 50 28 47 96 81 62 68 594
2003 73 41 30 33 29 25 32 51 61 65 60 65 565
2004 52 51 61 49 49 44 47 56 85 75 75 32 676
2005 48 57 44 59 51 59 65 87 116 61 53 43 743
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
Outras doenças infecciosas intestinais
2001 59 48 37 39 44 30 41 40 104 49 35 75
2002 29 38 42 20 33 50 28 47 96 81 62 68
2003 73 41 30 33 29 25 32 51 61 65 60 65
2004 52 51 61 49 49 44 47 56 85 75 75 32
2005 48 57 44 59 51 59 65 87 116 61 53 43
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Figura 8.2 – Gráfico ilustrando ocorrências de Outras
doenças infecciosas intestinais
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 205
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
As Tabelas 8.22 a 8.26 apresentam quadros de internações por Restante de outras
doenças bacterianas. O município de Ribeirão Preto apresenta os maiores números de
internações ao longo do período pesquisado. Observa-se que em 2001, o município
apresentou 41 internações, crescendo para 374 casos em 2003 e 578, em 2004.
Tabela 8.22- Restante de outras doenças bacterianas: internação por local de residência em 2001 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 1 - 1 - - 3 3 - - 1 - 4 13 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira - - - - - 1 1 - 2 1 1 1 7
Brodowski - 1 - - - - - - - - - 1 2 Cravinhos - - 3 1 4 3 2 1 - 1 3 - 18 Ribeirão Preto 2 4 2 3 5 3 1 2 4 3 5 7 41
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão - 1 - 1 - - - - 1 - 1 - 4
Altinópolis 3 5 - 3 3 - 3 2 - 1 2 - 22 Cajuru 2 4 2 2 - 1 5 2 1 2 5 2 28 Cássia dos Coqueiros.
Santa Cruz da Esperança - - - - 1 - 1 - - 1 - 1 4
Santa Rosa de Viterbo - - 2 - - 1 - 1 - - - 1 5
Serra Azul
3 - Médio Pardo
Serrana 1 - - 1 3 1 - 1 6 1 1 2 17 4 - Rio Canoas Mococa 3 7 4 5 8 2 2 2 2 - 2 2 39
Caconde - - 1 - - - - - - - - - 1 Casa Branca 4 3 1 2 2 2 1 - 1 - 3 2 21 Itobi - - - 1 - - - 1 1 1 - - 4 Tambaú - 2 - 3 - - 1 1 1 1 1 3 13
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 4 2 2 3 4 3 2 2 7 5 2 2 38
Divinolândia - - 1 - - - 2 - - - - - 3 São José do Rio Pardo 1 2 6 4 1 4 2 4 1 3 - 1 29
São Sebastião da Grama 1 2 - - - 1 - - 1 1 2 1 9
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 2 - 2 1 - 2 1 1 2 2 2 2 17 TOTAL 24 33 27 30 31 27 27 20 30 24 30 32 335
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 206
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.23 - Restante de outras doenças bacterianas: internação por local de residência em 2002 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis - - 1 1 1 1 - 1 1 3 1 2 12 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 1 1 - - - - - - - - 1 - 3
Brodowski - - - 2 - - 1 1 2 1 - 3 10 Cravinhos 2 2 3 - - 1 1 1 - 8 2 2 22 Ribeirão Preto 5 3 3 12 6 7 5 12 22 14 16 15 120
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão - 1 - 1 - - 1 - - 2 2 2 9
Altinópolis - 1 - - - - 1 - - 2 1 1 6 Cajuru 4 1 2 - - - 1 4 1 3 3 2 21 Cássia dos Coqueiros.
Santa Cruz da Esperança 2 - - - - 1 - - - - - - 3
Santa Rosa de Viterbo 3 1 - - 1 2 1 2 1 2 - 6 19
Serra Azul - - - - - - - 1 - - - - 1
3 - Médio Pardo
Serrana 2 2 3 1 1 1 - 3 2 1 1 4 21 4 - Rio Canoas Mococa 4 3 4 2 2 4 4 2 6 10 11 6 58
Caconde - - 3 - 1 2 - 1 - 1 - 1 9 Casa Branca 1 2 3 2 2 2 1 1 2 - - 2 18 Itobi 1 - - 1 1 1 2 1 - - - - 7 Tambaú 3 2 1 - 2 - - 1 1 1 1 - 12
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 1 - 2 5 2 2 4 2 2 1 2 - 23
Divinolândia - 1 1 - - - 1 - - - 1 - 4 São José do Rio Pardo 4 2 6 6 1 - 1 2 1 3 8 5 39
São Sebastião da Grama 3 1 - - - - - - - 1 1 2 8
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 3 - - - - 2 - - - - - 6 TOTAL 37 26 32 33 20 24 26 35 41 53 51 53 431
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 207
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.24 - Restante de outras doenças bacterianas: internação por local de residência em 2003
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 2 1 1 - 3 1 2 1 - 3 6 4 24 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira - - - - - 3 - 1 - 1 1 - 6
Brodowski 1 - - - - 1 - 1 1 5 3 2 14 Cravinhos 2 1 - - - - - 1 - 4 3 - 11 Ribeirão Preto 20 22 21 27 20 13 25 22 46 58 58 42 374
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá
São Simão 3 1 - 1 2 1 2 - 1 6 - - 17 Altinópolis 1 - - - - - 1 1 2 - 3 2 10 Cajuru - 5 - 3 4 1 6 5 4 5 5 5 43 Cássia dos Coqueiros. - - 1 - - - - - - - - - 1
Santa Cruz da Esperança
- - 1 - - - 1 - - - - - 2
Santa Rosa de Viterbo 1 1 3 6 3 1 2 2 2 3 4 4 32
Serra Azul - 1 - - - 1 - - 1 2 - - 5
3 - Médio Pardo
Serrana 4 7 8 5 3 4 2 2 3 6 3 1 48 4 - Rio Canoas Mococa 8 11 7 4 5 2 3 1 3 1 3 6 54
Caconde 2 1 2 - 2 1 - - - - - - 8 Casa Branca - 3 - - 2 1 1 - - - 2 1 10 Itobi 1 - - 1 1 - - - - - 1 - 4 Tambaú 1 2 2 3 1 1 1 - 1 1 - - 13
5 - Rio Tambaú/rio Verde Vargem
Grande do Sul
2 1 1 - 1 1 - - - - - 1 7
Divinolândia - - - - - 1 - - - - - - 1 São José do Rio Pardo 8 1 8 3 7 5 - - 2 - 1 - 35
São Sebastião da Grama
2 - - - - - - - - - - - 2
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - 3 1 - - - - - - - 1 - 5 TOTAL 58 61 56 53 54 38 46 37 66 95 94 68 726
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 208
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.25 - Restante de outras doenças bacterianas: internação por local de residência em 2004 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 1 1 1 1 3 2 3 2 4 - - 1 19 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira - - - 1 1 1 - 1 1 1 - - 6
Brodowski 1 - 2 1 4 2 - 4 3 1 1 1 20 Cravinhos 1 2 - - 1 1 - 1 1 2 4 5 18 Ribeirão Preto 47 20 51 42 43 56 53 53 59 57 56 41 578
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão - 1 4 4 - 1 3 2 2 5 2 2 26
Altinópolis - - 1 2 - - 1 1 - 2 2 2 11 Cajuru 2 3 5 2 1 4 1 2 5 5 1 7 38 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - - - - 1 - - 1
Santa Cruz da Esperança 1 - - - - - - - - 1 - - 2
Santa Rosa de Viterbo 3 5 4 3 - 1 8 4 3 3 4 3 41
Serra Azul 1 1 - - - - 1 - 1 - - - 4
3 - Médio Pardo
Serrana 3 - - 3 3 8 1 6 3 3 1 8 39 4 - Rio Canoas Mococa 8 4 2 5 3 2 - 4 3 2 4 4 41
Caconde - 2 - - 1 - - - - - 2 1 6 Casa Branca - - - 2 2 3 2 1 1 1 3 - 15 Itobi 1 - - 1 - - - - - - 1 - 3 Tambaú 1 2 1 1 2 - - - - - - - 7
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - 1 - - - - - - 1 - - - 2
Divinolândia - - - 1 - - - - - 1 1 2 5 São José do Rio Pardo 2 3 - - 2 2 2 1 3 1 - - 16
São Sebastião da Grama - 1 - - - - - - - - - - 1
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 2 - 1 - - - - 1 - 1 2 1 8 TOTAL 74 46 72 69 66 83 75 83 90 87 84 78 907
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 209
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.26 - Restante de outras doenças bacterianas: internação por local de residência em 2005 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total por
municípioJardinópolis 3 3 3 5 2 2 2 3 2 6 1 5 37 1 - Ribeirão
São Pedro / ribeirão da Floresta
Sales Oliveira 1 - - 1 1 - - - 1 - - 1 5
Brodowski 1 2 - - 1 1 2 2 2 4 - - 15 Cravinhos 2 1 - 1 - - 2 - 1 - - - 7 Ribeirão Preto 35 53 18 49 41 43 47 54 34 57 35 36 502
2 - Ribeirão da Prata/ ribeirão Tamanduá São Simão - 3 3 2 - - - - 1 2 5 3 19
Altinópolis - 4 1 1 1 - 1 1 - - 2 1 12 Cajuru 3 5 4 - 2 1 1 3 2 2 2 3 28 Cássia dos Coqueiros. 1 - - - - - - - - - - - 1
Santa Cruz da Esperança - - - - - - - - - - - 2 2
Santa Rosa de Viterbo 6 5 3 2 2 2 2 3 1 - 4 3 33
Serra Azul - - - - 1 1 1 1 - 1 - 1 6
3 - Médio Pardo
Serrana 2 3 1 1 4 4 1 1 - - 3 1 21 4 - Rio Canoas Mococa 5 7 2 5 4 4 1 5 6 3 5 3 50
Caconde - 2 2 2 1 - - 3 - 2 1 1 14 Casa Branca 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 - 1 12 Itobi - - - - - - - 1 - 1 - - 2 Tambaú 1 - 1 3 - - - 1 2 3 1 2 14
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul
Divinolândia 2 2 - 2 2 1 - 1 - 1 1 - 12 São José do Rio Pardo - - - 3 2 1 1 - - 3 2 1 13
São Sebastião da Grama 1 - - 2 - 1 - - - - - - 4
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 - - 1 1 - - 1 1 - 1 - 6 TOTAL 65 91 39 81 67 62 62 81 54 86 63 64 815
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 210
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Pode-se observar pela Tabela 8.27 que ocorre certa homogeneidade ao longo do
ano e ilustrada pela Figura 8.3.
Tabela 8.27 - Restante de outras doenças bacterianas: internação por local de residência, por mês e ano. Período de 2001 a 2005
Mês Ano
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
2001 24 33 27 30 31 27 27 20 30 24 30 32 335
2002 37 26 32 33 20 24 26 35 41 53 51 53 431
2003 58 61 56 53 54 38 46 37 66 95 94 68 726
2004 74 46 72 69 66 83 75 83 90 87 84 78 907
2005 65 91 39 81 67 62 62 81 54 86 63 64 815
0
50
100
150
200
250
300
350
Restante de outras doenças bacterianas
2001 24 33 27 30 31 27 27 20 30 24 30 32
2002 37 26 32 33 20 24 26 35 41 53 51 53
2003 58 61 56 53 54 38 46 37 66 95 94 68
2004 74 46 72 69 66 83 75 83 90 87 84 78
2005 65 91 39 81 67 62 62 81 54 86 63 64
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Figura 8.3 – Gráfico ilustrando ocorrências de Restante
de outras doenças bacterianas 8.4.7 Óbitos Causados por Doenças Relacionadas a Deficiências Sanitárias e Outros Aspectos Ambientais
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 211
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
O levantamento das doenças relacionadas a deficiências sanitárias e outros aspectos
ambientais registrou o quadro de mortes por aquelas inseridas no Grupo I, ou seja, transmitidas
pela água: Diarréia e gastrenterite de origem infecciosa presumível, Outras doenças infecciosas
intestinais, Restante de outras doenças bacterianas e Outras hepatites virais. Não hove
incidência de óbitos pelas seguintes doenças: Cólera, Febre tifoide e paratifoide, Shiguelose,
Amebíase, Leptospirose não especificada, Tracoma, Dengue e Esquistossomose.
As doenças que causaram maior número de óbitos foram Outras doenças infecciosas
intestinais, com 253 casos ao longo do período pesquisado, observando-se que em cinco anos
houve um acréscimo de 95% de óbitos; em 2001 houve apenas cinco mortes por essa doença e
em 2005, 107 mortes.
Tabela 8.28 - Diarréia e gastrenterite origem infecciosa presumível: óbitos por local de residência. Período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 2004 2005 Total por município
Jardinópolis - - - 2 2 4 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - - -
Brodowski - - - - - - Cravinhos 2 - - - 2 Ribeirão Preto 3 - 1 - - 4
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão - - - - - - Altinópolis - - - - 1 1 Cajuru 1 2 1 3 - 7 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - -
Santa Rosa de Viterbo - 1 - - 2 3 Serra Azul - - 1 - - 1
3 - Médio Pardo
Serrana - - 1 - 1 4 - Rio Canoas Mococa - - 2 1 - 3
Caconde - - 1 1 2 Casa Branca - - 1 - 1 Itobi 1 1 - 2 Tambaú 1 - 1 - 2
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - - Divinolândia - - - - - - São José do Rio Pardo - - 3 1 1 4
São Sebastião da Grama - - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 - - - - 1 TOTAL 6 6 10 10 8 40
Tabela 8.29 - Outras doenças infecciosas intestinais óbitos por local de residência.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 212
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Período de 2001 a 2005 SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2003 2004 2005 Total por
municípioJardinópolis - - - 3 - 3 1 - Ribeirão São
Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - - Brodowski - - 1 - 3 4 Cravinhos - - - 2 2 Ribeirão Preto - - 23 89 96 208
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão 1 - - - 1 2 Altinópolis - - - 1 1 Cajuru - - 1 - 1 2 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - 1 - 1
Santa Rosa de Viterbo - - 1 1 1 3 Serra Azul - - - 2 1 3
3 - Médio Pardo
Serrana - - - 1 2 3 4 - Rio Canoas Mococa - 6 5 - - 11
Caconde - - - - - Casa Branca - 1 1 - 2 Itobi - - - - Tambaú - - 2 - - 2
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 2 - - - 1 3
Divinolândia - - - - São José do Rio Pardo 2 - - - - 2
São Sebastião da Grama - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - 1 - - 1 TOTAL 5 7 34 100 107 253
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 213
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.30 - Outras hepatites virais: óbitos por local de residência. Período de 2001 a 2005
SUB-BACIAS MUNICÍPIOS 2001 2002 2004 2005 Total por município
Jardinópolis - - - - - 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - -
Brodowski - - - - - Cravinhos - - - - - Ribeirão Preto 3 3 1 1 8
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão - - - - - Altinópolis - - - - - Cajuru - - - - - Cássia dos Coqueiros. - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - Santa Rosa de Viterbo - - - - - Serra Azul - - - - -
3 - Médio Pardo
Serrana 1 - - - 1 4 - Rio Canoas Mococa - - 1 - 1
Caconde - - - - Casa Branca - 1 - - 1 Itobi - - - - - Tambaú - - - - -
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - - - - - Divinolândia - - - - - São José do Rio Pardo - - - - - São Sebastião da Grama - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba - - - - - TOTAL 4 4 2 1 11
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 214
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.31 - Restante de outras doenças bacterianas: óbitos por local de residência. Período de 2001 a 2005
Sub-Bacias Municípios 2001 2002 2003 2004 2005 Total por município
Jardinópolis - 1 3 2 1 7 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira - - - - 2 2
Brodowski - - 2 3 2 7 Cravinhos - 1 1 - 1 3 Ribeirão Preto - 3 25 53 42 123
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão - - - - 1 1 Altinópolis - - 1 1 3 5 Cajuru 1 - 1 1 3 6 Cássia dos Coqueiros. - - - - - - Santa Cruz da Esperança - - - - - - Santa Rosa de Viterbo - 1 - 2 - 3 Serra Azul - - - - - -
3 - Médio Pardo
Serrana - - 1 1 - 2 4 - Rio Canoas Mococa 1 6 3 4 6 20
Caconde - 1 - - 1 2 Casa Branca 1 1 1 2 2 7 Itobi - - 1 - - 1 Tambaú - - 1 - - 1
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul - 1 - - - 1
Divinolândia - - - 1 1 São José do Rio Pardo 1 - - 1 2 4
São Sebastião da Grama - - - - - -
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 1 - - - 1 2 TOTAL 5 15 40 71 67 198
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 215
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
8.4.8 Valor Médio Mensal Gastos por Internações Provenientes de Doenças Relacionadas a Deficiências Sanitárias e Outros Aspectos Ambientais na UGRHI do Pardo
A Tabela 31 apresenta, em unidade monetária brasileira e dólar americano, o custo
médio anual despendido nas internações por doenças relacionadas a deficiência sanitária
e outros aspectos ambientais ocorridas na UGRHI do Pardo. Os valores foram calculados
a partir da média dos dias de permanência de internação por tipo de doença versus à
moeda corrente no período correspondente. São apresentadas também os valores
médios convertidos em dólar comercial americano. O Quadro 8.5 traz a taxa de câmbio
anual do dólar comercial do período de pesquisa.
2001 2,35 2002 2,92 2003 3,08 2004 2,65 2005 2,43
Quadro 8.5 - Taxa de câmbio anual do dólar comercial
8.4.9 Custo Total com Internações Relacionadas às Doenças Relacionadas a Deficiência Sanitária e Outros Aspectos Ambientais na UGRHI do Pardo
A Tabela 8.32 expressa os valores monetários, em moeda brasileira e em dólar
comercial americano, o custo total anual demandado pelas internações pelo conjunto das
doenças relacionadas a deficiências sanitárias e outros aspectos ambientais.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 216
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.32 - Valor médio gasto por internação no conjunto das doenças no período de 2001 a 2005 (Unidades monetárias R$/US$)
Sub-Bacias Municípios 2001 2002 2003 2004 2005
Jardinópolis 185,83 79,08 220,57 75,54 401,59 130,39 352,51 133,02 380,74 156,68 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira 141,73 60,31 136,56 46,77 195,9 63,60 222,33 83,90 247,3 101,77
Brodowski 173,45 73,81 254,64 87,21 448,24 145,53 435,14 164,20 652,36 268,46 Cravinhos 166,41 70,81 216,43 74,12 363,26 117,94 419,34 158,24 752,97 309,86
Ribeirão Preto 440,38 187,40 373,84 128,03 379,55 123,23 549,36 207,31 609,41 250,79 2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão 156,76 66,71 184,89 63,32 207,01 67,21 305,17 115,16 288,67 118,79
Altinópolis 175,59 74,72 174,5 59,76 277,65 90,15 372,95 140,74 360,35 148,29 Cajuru 180,75 76,91 193,91 66,41 253,33 82,25 289,32 109,18 360,18 148,22 Cássia dos Coqueiros 184,06 78,32 132 45,21 210,78 68,44 272,54 102,85 451,17 185,67
Santa Cruz da Esperança 176,16 74,96 179,23 61,38 208,04 67,55 396,03 149,45 271,56 111,75
Santa Rosa de Viterbo 189,39 80,59 224,12 76,75 256,76 83,36 292,33 110,31 281,72 115,93
Serra Azul 211,81 90,13 219,58 75,20 734,38 238,44 552,43 208,46 947,41 389,88
3 - Médio Pardo
Serrana 188,42 80,18 239,42 81,99 263,66 85,60 309,16 116,66 309,18 127,23 4 - Rio Canoas Mococa 364,39 155,06 241,19 82,60 248,31 80,62 297,62 112,31 296 121,81
(Continua...)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 217
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(...Continuação)
Tabela 8.32 - Valor médio gasto por internação no conjunto das doenças no período de 2001 a 2005 (Unidades monetárias R$/US$)
Sub-Bacias Municípios 2001 2002 2003 2004 2005
Caconde 183,71 78,17 179,05 61,32 190,56 61,87 233,29 88,03 232,8 95,80 Casa Branca 273,24 116,27 225,36 77,18 190,07 61,71 253,45 95,64 348,57 143,44 Itobi 178,47 75,94 224,36 76,84 304,43 98,84 316,99 119,62 275,38 113,33 Tambaú 186,59 79,40 189,53 64,91 235,54 76,47 274,75 103,68 356,72 146,80
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 184,62 78,56 228,4 78,22 207,52 67,38 252,34 95,22 255 104,94
Divinolândia 162,13 68,99 168,73 57,78 178,9 58,08 272,11 102,68 241,5 99,38 São José do Rio Pardo 187,1 79,62 182,92 62,64 244,64 79,43 273,33 103,14 283,39 116,62
São Sebastião da Grama 179,82 76,52 183,45 62,83 203,74 66,15 237,52 89,63 285,44 117,47
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 183,38 78,03 379,57 129,99 268,07 87,04 274,31 103,51 286,4 117,86 TOTAL 257,7 109,66 249,62 85,49 288,05 93,52 397,39 149,96 429,35 176,69
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 218
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Tabela 8.33- Valor total gasto por internações no conjunto das doenças, no período de 2001 a 2005 (Unidades monetárias R$/US$)
Sub-Bacias Municípios 2001 2002 2003 2004 2005
Jardinópolis 15052,39 6405,27 13675,31 4683,33 36946,48 11995,61 32783,63 12371,18 43785,66 18018,79 1 - Ribeirão São Pedro/ribeirão da Floresta Sales Oliveira 16016,03 6815,33 8329,93 2852,72 11950,11 3879,91 8893,15 3355,91 13601,54 5597,34
Brodowski 2081,36 885,69 8148,61 2790,62 15240,14 4948,10 20886,92 7881,86 24137,42 9933,09 Cravinhos 6822,66 2903,26 8873,70 3038,94 14893,86 4835,67 16773,56 6329,65 13553,42 5577,54
Ribeirão Preto 198610,85 84515,26 184677,98 63245,88 295292,42 95874,16 632318,33 238610,69 669134,48 275363,98
2 - Ribeirão da Prata/ribeirão Tamanduá
São Simão 13324,66 5670,07 10723,42 3672,40 17388,99 5645,78 23497,75 8867,08 30598,56 12592,00 Altinópolis 9306,39 3960,17 8027,12 2749,01 11383,48 3695,94 13426,31 5066,53 14053,55 5783,35 Cajuru 23858,35 10152,49 20167,09 6906,54 45851,90 14886,98 43398,09 16376,64 65913,40 27124,86
Cássia dos Coqueiros 920,28 391,61 263,99 90,41 632,34 205,31 1090,15 411,38 2255,87 928,34
Santa Cruz da Esperança 704,63 299,84 2150,74 736,55 2704,58 878,11 3564,24 1345,00 1900,94 782,28
Santa Rosa de Viterbo 7765,06 3304,28 13895,60 4758,77 24649,12 8002,96 36833,95 13899,60 41412,61 17042,23
Serra Azul 2118,15 901,34 2195,81 751,99 13218,78 4291,81 9391,35 3543,91 17053,34 7017,84
3 - Médio Pardo
Serrana 24494,13 10423,03 35195,32 12053,19 51676,89 16778,21 51630,12 19483,06 39265,94 16158,82 4 - Rio Canoas Mococa 105309,80 44812,68 66808,51 22879,63 58850,63 19107,35 47322,08 17857,39 70745,18 29113,24
(Continua...)
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 219
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(...Continuação)
Tabela 8.33 - Valor total gasto por internações no conjunto das doenças, no período de 2001 a 2005 (Unidades monetárias R$/US$)
Sub-Bacias Municípios 2001 2002 2003 2004 2005
Caconde 22780,44 9693,80 25603,80 8768,42 26106,76 8476,22 36626,36 13821,27 25840,48 10633,94
Casa Branca 7104,25 3023,09 16225,83 5556,79 19007,13 6171,15 19261,95 7268,66 16034,02 6598,36 Itobi 3569,40 1518,89 4262,81 1459,87 3653,13 1186,08 5071,80 1913,89 3304,52 1359,88 Tambaú 12687,79 5399,06 10992,68 3764,62 24260,20 7876,69 12088,81 4561,82 13198,70 5431,56
5 - Rio Tambaú/rio Verde
Vargem Grande do Sul 29169,72 12412,65 25352,21 8682,26 28844,63 9365,14 19682,74 7427,45 29324,50 12067,70
Divinolândia 4053,15 1724,74 5905,50 2022,43 5545,76 1800,57 5714,39 2156,37 12075,12 4969,19
São José do Rio Pardo 18710,48 7961,91 21584,40 7391,92 27644,37 8975,44 29519,90 11139,58 23238,02 9562,97
São Sebastião da Grama 26253,67 11171,77 22564,87 7727,70 29949,27 9723,79 40616,52 15326,99 59085,97 24315,21
6 - Alto Pardo
Tapiratiba 14670,48 6242,76 15562,29 5329,55 4557,13 1479,59 5486,17 2070,25 8305,49 3417,90 TOTAL 565384,12 240588,99 531187,52 181913,53 770248,10 250080,55 1115878,27 421086,14 1237818,73 509390,42
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 220
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
No levantamento dos dados fundamentados nos registros do SUS, é possível
constatar que o número de internações e óbitos relacionados a doenças relacionadas a
deficiência sanitária e outras aspectos ambientais vem crescendo, em proporções
grandes, ao longo dos anos.
Com relação a gastos despendidos pelo poder público federal no tratamento
dessas doenças, os custos totais aumentam em conseqüência do aumento de número de
internações crescentes. O custo, em 2001, foi da ordem de R$ 565.384,12, em 2003, R$
770.248,10, passando a R$ 1.237.818,73.
9 ÁREAS PROTEGIDAS
Ao longo do processo de ocupação e desenvolvimento econômico do território paulista
observou-se intensa devastação florestal, que culminou na redução de inúmeras formações
vegetais a pequenos fragmentos dispersos, principalmente no interior do Estado. Tal situação
se intensificou, principalmente nas últimas décadas do século XX, em decorrência da
crescente expansão urbana e da cultura da cana-de-açúcar, que ocupa extensas áreas do
Estado. Os efeitos da devastação das florestas nativas podem ser observados tanto na
redução da biodiversidade quanto no comprometimento da qualidade das águas, no
empobrecimento do solo, na intensificação do processo de erosão, entre outros.
Para manter as áreas naturais remanescentes o Poder Público vem adotando
medidas e restrições legais, das quais destaca-se a criação das Unidades de
Conservação Ambiental. Unidades de Conservação Ambiental “são áreas definidas pelo
Poder Público, visando à proteção e a preservação de ecossistemas no estado natural e
primitivo, onde os recursos naturais são passíveis de um uso indireto sem consumo”
(SILVA & FORNASARI FILHO,1992).
A Lei Federal nº 9.985, de 18 de junho de 2000, institui o SNUC – Sistema
Nacional de Unidades de Conservação e segundo o Art. 1º, estabelece critérios e normas
para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação.
De acordo com o Inciso I, do Art. 2º dessa Lei, as Unidades de Conservação, então
definidas como “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas
jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 221
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”.
Segundo o Artigo 4o da Lei Federal nº 9.985, o SNUC tem os seguintes objetivos:
• contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos
no território nacional e nas águas jurisdicionais;
• proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional;
• contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas
naturais;
• promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais;
• promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no
processo de desenvolvimento;
• proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica;
• proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica,
espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural;
• proteger e recuperar os recursos hídricos;
• recuperar ou restaurar ecossistemas degradados;
• proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos
e monitoramento ambiental;
• valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;
• favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a
recreação em contrato com a natureza e o turismo ecológico; e
• proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações
tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e
promovendo-as social e economicamente.
As Unidades de Conservação estão classificadas em diferentes categorias de
manejo, apresentando diferentes níveis de restrições. Esta classificação também varia de
acordo com o contexto institucional (níveis federal, estadual ou municipal). Segundo a Lei
Federal nº 9.985, as Unidades de Conservação integrantes do SNUC dividem-se em
Unidade de Proteção Integral e Unidade de Uso sustentável, com características
específicas.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 222
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
• Unidade de Proteção Integral: seu objetivo básico é preservar a natureza,
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção
dos casos previstos nesta Lei. O grupo é composto pelas seguintes categorias:
Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e
Refúgio de Vida Silvestre; e
• Unidade de Uso Sustentável: seu objetivo básico é compatibilizar a
conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos
naturais. Compõem este grupo as seguintes categorias: Área de Proteção
Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva
Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e
Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Os principais objetivos de cada categoria de proteção, de acordo com cada
unidade de conservação integrante do SNUC, estão apresentados no Quadro 9.1.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 223
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Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável Objetivos Básicos de Manejo
EE RB PN MN RVS APA ARIE FN RE RF RDS RPPN
Preservar a diversidade biológica
Restaurar amostras de ecossistemas
Proteger espécies endêmicas ou ameaçadas de extinção
Propiciar fluxo genético
Preservar recursos de fauna e de flora
Manejar recursos de fauna e de flora
Proteger paisagens e belezas cênicas
Proteger sítios abióticos
Proteger recursos hídricos
Propiciar pesquisa científica e estudos
Propiciar educação ambiental
Propiciar visitação/recreação
Contribuir para o monitoramento ambiental
Incentivar o uso sustentável dos recursos naturais
Estimular o desenvolvimento regional
Servir como zona-tampão
Preservar áreas para uso futuro
EE – Estação Ecológica; EB – Reserva Biológica; PN – Parque Nacional; MN – Monumento Natural; RVS – Reserva da Vida Silvestre; APA – Área de Proteção Ambiental; ARIE – Área de Relevante Interesse Ecológico; FN – Floresta Nacional; RE – Reserva Extrativista; RF – Reserva da Fauna; – RDS – Reserva Desenvolvimento Sustentável; RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Objetivo Primário Objetivo Secundário Onde for possível Objetivo não se aplica Quadro 9.1 – Síntese dos objetivos das unidades de conservação integrantes do SNUC, segundo categorias de proteção.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 224
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O Quadro 9.2 apresenta as diferentes Unidades de Conservação criadas na região
da Bacia do Pardo, totalizando oito áreas, sendo uma Área de Proteção Ambiental – APA
Estadual, duas Estações Ecológicas, três Estações Experimentais, uma Estância
Climática e uma Floresta Estadual, apresentadas no Quadro 9.2.
TIPO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
(UC) NOME MUNICÍPIOS
ABRANGIDOS DIPLOMA
LEGAL ÁREA (ha)
Área de Proteção Ambiental APA
APA Morro de São Bento Ribeirão Preto
Lei Estadual nº 6.131, de 27.05.1988
1,93(*)
Estação Ecológica E. Ec.
E. Ec. Ribeirão Preto (Mata de Santa Teresa)
Ribeirão Preto
Decreto Estadual nº 22.69, de 13.09.1984
154,16(*)
Estação Ecológica E. Ec.
E. Ec. Santa Maria São Simão
Decreto Estadual nº 23.792, de 13.08.1985
113,05(*)
Estação Experimental E. Ex.
E.Ex. Casa Branca Casa Branca
Decreto Estadual nº 14.180/44
494,18(*)
Estação Experimental E. Ex.
E. Ex. Bento Quirino São Simão
Decreto Estadual nº 14.691/45
416,36(*)
Estação Experimental E. Ex.
E. Ex. São Simão São Simão
Decreto Estadual nº 35.982/59
2.637,32(*)
Estância Climática E. Clim.
E. Clim. Caconde Caconde 1966
Toda a área do Município (**)
Floresta Estadual Fl. Est. Fl. Est. Cajuru Altinópolis,
Cajuru
Decreto Estadual nº 40.990, de 06.11.1962
1.909,56(*)
Fontes: (*)Fundação Florestal (2006); (**)Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2000) Quadro 9.2 - Unidades de Conservação Ambiental existentes na Bacia do Pardo.
9.1 Descrição das Unidades de Conservação
9.1.1 Áreas de Proteção Ambiental – APAs
De acordo com Silva & Fornasari Filho (1992), as APAs são Unidades de
Conservação destinadas a proteger a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali
existentes, visando à melhoria da qualidade de vida da população local e, também, à
proteção dos ecossistemas regionais. Para atender aos seus objetivos, as APAs deverão
apresentar um zoneamento ecológico-econômico, que estabelecerá as normas de uso e
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 225
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
as condições bióticas, geológicas, urbanísticas, agropastoris, extrativistas e culturais do
local.
Esta categoria de unidade de conservação pode ser estabelecida em terras de
domínio público e/ou privado, respeitando os limites constitucionais das propriedades
particulares. Quando em domínio privado, as atividades econômicas devem ocorrer sem
prejuízo dos atributos ambientais especialmente protegidos, respeitando-se a fragilidade e
a importância desses recursos naturais, e cabe ao proprietário estabelecer as condições
para pesquisa e visitação pelo público.
O disciplinamento do uso e da ocupação do solo é efetivado por meio do
zoneamento ambiental, que aliado a procedimentos de controle, fiscalização e programas
de educação ambiental, dará forma aos programas de gestão e manejo que serão
assegurados por instrumentos de articulação entre órgãos do poder executivo,
municípios, entidades não-governamentais e universidades.
No decreto de criação da APA, a Zona de Vida Silvestre (ZVS) fica estabelecida e
condicionada à própria existência da Unidade de Conservação. A ZVS abrange todos os
remanescentes de vegetação primária e áreas definidas pelo Código Florestal. Nessas
áreas são proibidas atividades degradadoras ou potencialmente causadoras de
degradação ambiental, inclusive porte de armas de fogo e instrumentos de destruição dos
recursos naturais.
Durante a regulamentação da APA do Carmo, em 1993, instituiu-se o primeiro
colegiado de gerenciamento (Colegiado Gestor), que é um fórum consultivo, responsável
pela articulação das iniciativas de conservação, proteção e melhorias de sua qualidade
ambiental.
Segundo a Secretaria do Meio Ambiente (2001), o Colegiado Gestor é constituído
por representantes do estado, municípios e sociedade civil, exercendo papel importante
na implementação de planos e programas a curto, médio e longo prazos para as APAs, os
quais devem ser estabelecidos de acordo com os problemas e prioridades de cada APA,
como também na busca de recursos para viabilizar a implantação dos programas.
De acordo com a legislação, fica estabelecida para a APA Morro de São Bento uma
Zona de Vida Silvestre, abrangendo tosos remanescentes da flora original e áreas
definidas pelo Código Florestal como área de preservação permanente.
O Quadro 9.3 apresenta a APA Estadual Morro de São Bento, localizada no limite
na Bacia do Pardo.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 226
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
NOME MUNICÍPIOS ABRANGIDOS
DIPLOMA LEGAL
ÁREA TOTAL
(ha) ATRIBUTOS
PROTEGIDOS
APA Morro de São Bento Ribeirão Preto
Lei Estadual nº 6.131, de 27.05.1988
1,93(*)
Fragmentos de Mata Atlântica (Floresta Estacional
Semidecidual), com destaque para o angico e aroeira e fauna,
representado pelo Bugio(**) Fontes: (*)Fundação Florestal (2006); (**)Secretaria do Meio Ambiente (2006)
Quadro 9.3 – Área de Proteção Ambiental Morro de São Bento. Estação Ecológica – EEc
De acordo com Silva & Fornasari Filho (1992), as Estações Ecológicas são áreas
representativas de ecossistemas brasileiros, cuja finalidade é a realização de pesquisas
básicas e aplicadas de Ecologia, a proteção do ambiente natural e o desenvolvimento da
educação conservacionista. Nessas áreas é proibida a exploração de recursos naturais,
exceto para fins experimentais que não ocasionem danos para a manutenção da biota
nativa.
Têm-se na Bacia do Pardo a Estações Ecológicas Estaduais de Ribeirão Preto e Santa
Maria, com sede nos município de Ribeirão Preto e São Simão, respectivamente,
apresentadas no Quadro 9.4.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 227
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
NOME MUNICÍPIOS ABRANGIDOS
DIPLOMA LEGAL
ÁREA TOTAL
(ha) ATRIBUTOS
PROTEGIDOS
EEc Ribeirão Preto (Mata de Santa Teresa)
Ribeirão Preto Decreto
Estadual nº 22.69, de
13.09.1984 154,18(*)
Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual), com destaque para o jequitibá, peroba-rosa, cedro e monjoleiro. A fauna está representada: lobo-guará, jaguatirica, quati, veado, cutia(**)
EEc Santa Maria São Simão Decreto
Estadual nº 23.792, de 13.08.1985
113,05(*)
Mata Atlântica (Floresta Estacional Semidecidual), com destaque para a peroba-rosa, jequitibá, pau-pereira, pau-ferro, aroeira. Fauna representativa: tamanduá-mirim, veado-catingueiro, lobo-guará, cascavel, jararaca, pica-pau(**)
Fontes: (*)Fundação Florestal (2006); (**)Secretaria do Meio Ambiente (2006) Quadro 9.4 – Estações Ecológicas Ribeirão Preto e santa Maria. Estação Experimental
Transformadas em Reservas de Preservação Permanente, por meio da Lei da Lei nº 6.150, de 24 de
junho de 1988, do Governo do Estado de São Paulo, a estação experimental visa à produção de matéria
prima vegetal ou animal. Criadas em áreas de domínio do Poder Público, essas reservas destinam-se à
difusão de tecnologia agropecuária e as atividades de pesquisa correspondem às áreas de experimentação
nos setores da produção agrícola, animal e agroflorestal, abrangendo a sanidade animal e vegetal, os
recursos naturais e florestais (Fundação Florestal, 2006).
O Quadro 9.5 apresenta as Estações Experimentais Estaduais de Casa Branca, Bento Quirino e São Simão
presentes na Bacia do Pardo.
NOME MUNICÍPIOS ABRANGIDOS
DIPLOMA LEGAL ÁREA TOTAL (ha)
E Ex. Casa Branca Casa Branca Dec. Estadual nº 14.180, de 11.09.1944
494,18
E Ex. Bento Quirino São Simão Dec. Estadual nº 14.691, de 26.04.1945
416,36
E Ex. São Simão São Simão Dec. Estadual nº 35.982, de 17.2.1959
2.637,33
Fonte: Fundação Florestal (2006) Quadro 9.5 – Estações Experimentais Estaduais de Casa Branca, Bento Quirino e São Simão. Estâncias
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 228
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
As Estâncias são municípios que contêm fontes naturais de água dotadas de altas
qualidades terapêuticas e em quantidades suficientes, atendendo aos fins a que se
destinam assim como aos apelos de natureza histórica, artística ou religiosa. Qualquer
município pode ser constituído em Estância, em função do clima, altitude e outros
predicados que favoreçam a instalação de hotéis, sanatórios e similares, conforme Silva &
Fornasari Filho (1992), e podem ser divididas, segundo suas características, em
Estâncias balneárias, hidrominerais, climáticas ou turísticas.
Os municípios, que por suas características, recursos naturais e culturais
específicos, são classificados como estâncias de acordo com o DADE – Departamento de
Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias, órgão da Secretaria de Ciência, Tecnologia,
Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo, e devem dispor de infra-
estrutura e serviços direcionados ao turismo, segundo legislação específica e pré-
requisito para classificação.
De acordo com características específicas, as estâncias podem ser divididas em:
Balneárias: cidades desenvolvidas como localidades pouco urbanizadas e com
praias banhadas pelo oceano;
Hidrominerais: áreas com balneários bem instalados e água mineral de
qualidade;
Climáticas: áreas com clima ameno, apresentando condições favoráveis de
temperatura, umidade e insolação;
Turísticas: áreas que oferecem apelos de natureza histórica, artística ou
religiosa.
O Quadro 9.6 apresenta a Estância Climática Municipal de Caconde, situada no
município de Caconde.
NOME MUNICÍPIOS
ABRANGIDOS DIPLOMA
LEGAL ÁREA TOTAL (ha)
Estância Climática de
Caconde Caconde 1966 Toda a área do Município
Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (2000). Quadro 9.6 – Estância Climática de Caconde.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 229
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9.1.2 Floresta Nacional – FN e Floresta Estadual – FE
O SNUC define as Florestas Nacionais e Estaduais como sendo áreas com
cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, tendo como objetivo básico o
uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em
métodos para exploração sustentável de florestas nativas. São áreas de posse e domínio
público, sendo que as áreas particulares incluídas nos limites da Floresta devem ser
desapropriadas de acordo com a legislação.
Esta categoria de Unidade de Conservação deve dispor de um Conselho
Consultivo, presidido pelo órgão responsável pela administração e constituído por
representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o
caso, das populações tradicionais residentes na região.
Vale ressaltar que tanto a pesquisa científica quanto a visitação pública são
permitidas, sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável da unidade, às
condições, normas e restrições por este estabelecidas e àquelas previstas em
regulamento.
O Quadro 9.7 apresenta a Floresta Estadual de Cajuru a qual possui relevo de
colinas médias e vegetação representada pelo plantio de pinus e eucaliptos. Presentes
nessa unidade, estão remanescentes de cerrado e da floresta estacional semidecidual,
ocorrendo espécies coomo .. óleo-de-copaíba (Copaifera lanqsdorffii) o barbatimão
(Stryphnodendron adstringens) e a Pindaíba (Xylopia spp).
NOME MUNICÍPIOS ABRANGIDOS DIPLOMA LEGAL
ÁREA TOTAL
(ha)
CONSTITUIÇÃO CONSELHO
GESTOR Floresta Estadual
de Cajuru Altinópolis e
Cajuru Decreto Estadual nº
40.990, de 06.11.1962 1.909,56
Fonte: Fundação Florestal (2006) Quadro 9.7 – Floresta Estadual de Cajuru.
Embora não tenha sido identificadas outras Unidades de Conservação na Bacia do
Pardo, como Área Natural Tombada (ANT), Reserva Particular do Patrimônio Natural
(RPPN), Parque Estadual (PE), Reserva Estadual (RE), Monumento Natural (MN),
Reserva da Vida Silvestre (RVS) e Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), deve-
se considerar a necessidade da criação e implantação destas unidades, a partir do
momento que elas têm potencial significado dentro de ações voltadas à proteção dos
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 230
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
recursos hídricos ou mesmo manutenção destes, em particular àqueles voltados ao
abastecimento público.
Inserido nesse contexto, está descrita a seguir a importância de cada uma das Unidades
de Conservação acima mencionada.
9.1.3 Áreas Naturais Tombadas – ANTs
Entende-se por Área Natural Tombada aquela que, pelo seu valor histórico,
arqueológico, turístico ou científico, passa a sofrer restrições de uso que garantam a
preservação de suas características.
O tombamento se constitui numa intervenção ordenadora do Estado sobre a
propriedade privada, não implicando na desapropriação do bem, apenas impõe algumas
restrições às eventuais alterações que nele possa ocorrer, sendo considerados objetos de
interesse para conservação sob tombamento as seguintes tipologias.
• formas de vegetação nativa remanescentes, especialmente em áreas onde
estejam ameaçadas de extinção iminente;
• formas de vegetação secundária importantes por seu valor científico ou pela
escassez nas áreas circunvizinhas de vegetação primária;
• áreas que se destacam pela existência de monumentos geológicos, de feições
geomorfológicas e pedológicas particulares;
• áreas cuja paisagem mantém o equilíbrio do sistema ambiental, garantindo a
manutenção de mananciais;
• áreas consideradas hábitat de espécies raras de animais;
• paisagens que constituem exemplos de atuação antrópica efetuada por meio de
manejos que consideram a preservação do espaço territorial e das estruturas
sociais locais;
• toda paisagem, alterada ou não pelo homem, que se caracterize pela
expressividade, raridade e beleza excepcional, e pelo que representa em
termos de interesse turístico, social e científico.
9.1.4 Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN
As RPPNs existem desde 1990, por meio de um programa do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) que visa estimular os
proprietários particulares a somar esforços na conservação da rica diversidade biológica
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 231
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
brasileira. Os benefícios assegurados para essa categoria de unidade de conservação
são:
• direito de propriedade preservado;
• isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) referente à área
reconhecida como RPPN;
• prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente –
FNMA, objetivando a concessão de recursos necessários à implantação e gestão
da RPPN;
• preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às
instituições oficiais de crédito, para projetos a ser implementados em
propriedades que contiverem RPPN em seus perímetros;
• permissão, mediante plano aprovado pelo Órgão que instituiu a RPPN, para
realizar, na área reconhecida, atividades de recreação, lazer, educação,
pesquisas e cultura;
• possibilidade de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção da
RPPN.
9.1.5 Parque Estadual – PE
Tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas
e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, além de
recreação e turismo ecológico.
O Parque pode compreender ecossistemas terrestres e/ou aquáticos, com um ou
mais ecossistemas naturais preservados ou pouco alterados pela ação humana, dotados
de atributos naturais ou paisagísticos notáveis e contendo espécies animais, vegetais ou
sítios geológicos e geomorfológicos de grande interesse científico, cultural, educacional
ou recreativo.
Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, nos Parques
Estaduais é permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, ou seja, não
envolvendo consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. Além disso,
essas unidades devem possuir um Plano de Manejo, que deve ser adequado às suas
características, definindo-se em seu interior um zoneamento ecológico, contendo as
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 232
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seguintes tipologias: Zona Intangível, Zona Primitiva, Zona de Uso Extensivo, Zona de
Uso Intensivo, Zona Histórico-Cultural, Zona de Recuperação e Zona de Uso Especial.
9.1.6 Reserva Estadual – RE
A Reserva Florestal é uma área extensa, desabitada, de difícil acesso e em estado
natural. É uma categoria de manejo transitória e tem por objetivo a proteção dos valores
dos recursos naturais para o uso futuro e o impedimento de atividades de
desenvolvimento até que sejam estabelecidos outros objetivos de manejo ou simples
extinção (Decreto Estadual nº 38.391).
9.1.7 Monumento Natural
De acordo com a Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, em seu art. 12,
Monumento Natural tem como objetivo básico a preservação de sítios naturais raros,
singulares ou de grande beleza cênica. Um Monumento Natural pode ser constituído por
áreas particulares, desde que haja a possibilidade de compatibilizar os objetivos da
unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários,
caso contrário a área deverá ser desapropriada de acordo com dispositivos legais.
Apesar de não ter sido identificado na área de estudo nenhum Monumento Natural, este
tipo de unidade de domínio privado poderá ser implantado na bacia como estratégia de
conservação e proteção os recursos hídricos.
9.1.8 Refúgio da Vida Silvestre – RVS
De acordo com o que rege o Ar. 13 da Lei Federal nº 9.985, o Refúgio da Vida
Silvestre tem como objetivo proteger os ambientes naturais onde se asseguram as
condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e
da fauna residente ou migratória. Ele pode ser constituído por áreas particulares desde
que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos
recursos naturais do local pelos proprietários. Na possibilidade de compatibilizar os
objetivos, a área deverá ser desapropriada de acordo com o disposto na lei.
9.1.9 Área de Relevante de Interesse Ecológico – ARIE
A Área de Relevante Interesse Ecológico ocupa uma pequena extensão, inferior a
5.000 há, com pouca ou nenhuma ocupação humana com características naturais
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 233
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, tendo como objetivo
manter os ecossistemas naturais de importância regional o local e regular o uso
admissível dessas áreas de modo a �ompatibiliza-lo com os objetivos de conservação da
natureza e pode ser instituída em áreas de domínio público ou privada.
Quando uma ARIE estiver localizada em perímetros de APAs, esta integrará a
Zona da Vida Silvestre, a qual está destinada à melhor salvaguarda da biota nativa.
Qualquer atividade que possa vir a representar riscos à conservação dos
ecossistemas, proteção especial das espécies endêmicas ou raras e a harmonia da
paisagem estão proibidas na ARIE.
9.2 Áreas Especialmente Protegidas – Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal
As Áreas de Preservação Permanente (APP) são áreas cobertas ou não por
vegetação nativa com função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
estabilidade e a fertilidade do solo, a biodiversidade, assim como de proteger a fauna e a
flora e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Toda extensão da APP é intocável e, a supressão parcial ou total da sua vegetação
só será autorizada em caso de utilidade pública ou de interesse social. E quando da
presença da APP em propriedade rural, a supressão de sua vegetação dependerá de
autorização do órgão competente.
Reserva Legal é a área particular equivalente a 20%, no mínimo, do total da
propriedade ou posse rural, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, visando
a conservação da biodiversidade o abrigo e a proteção da fauna e flora nativas e
reabilitação dos processos ecológicos. A vegetação da Reserva Legal não pode ser
suprimida, podendo ser utilizada quando aprovado pelo DEPRN – Departamento Estadual
de Proteção de Recursos Naturais, o plano de manejo florestal sustentável.
No processo de licenciamento ambiental, dos pedidos de supressão de vegetação
nativa, a dimensão e a localização da Reserva Legal devem ser aprovadas pelo DEPRN,
após a delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APP). Existindo vegetação
nativa ou condições que propiciem a sua regeneração, seja naturalmente ou através da
implantação de projeto técnico de recomposição florestal, haverá possibilidade de
estabelecimento da Reserva Legal.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 234
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
São considerados pelo DEPRN os seguintes aspectos para a definição da
localização e dimensão da área de Reserva Legal: Presença de vegetação; Clímax
vegetacional; Vegetação que exerça função de proteção de mananciais; Vegetação que
exerça função de prevenção e controle de erosão; Classe de capacidade de uso do solo;
Conectividade com APPs ou outras áreas de Reserva Legal; Conectividade com outros
maciços de vegetação; Abrigo de flora e fauna ameaçadas de extinção; Proteção de
várzea com fitofisionomia florestal, arbustiva ou herbácea; Sopé e bordadura de cuesta;
Plano de bacia hidrográfica; Plano Diretor do município; Zoneamento Ambiental;
Proximidade com Unidades de Conservação (UC) e outros espaços territoriais
especialmente protegidos; Áreas de excepcional valor paisagístico ou protegidas por
legislação municipal.
Segundo a Cetesb (2006), será admitida a inclusão das Áreas de Preservação
Permanente no cômputo da Reserva Legal, desde que não implique na supressão da
vegetação nativa de outras áreas da propriedade e quando a soma das Áreas de
Preservação Permanente e do percentual equivalente ao mínimo de 20% da área da
propriedade, correspondente à Reserva Legal, exceder a: 25% da propriedade ou posse
rural com área menor igual a 30 há; 50% da propriedade rural com área maior que 30 há.
9.2.1 Legislação Incidente
Para as Áreas de Preservação Permanente, destaca-se a legislação ambiental nos
níveis federal e estadual, que conceitua, regulamenta e estabelece diretrizes de uso e
ocupação, e garante preservação a estas áreas de interesse ambiental, que passam a ser
consideradas Reservas Ecológicas ou Áreas de Preservação Permanente, conforme:
• Código Florestal Brasileiro – Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, já alterada pela Lei nº 7.803, de 18 de julho de 1989.
Art 1o “As florestas existentes no território nacional e as demais
formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que
revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do
País, exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações
que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem”.
Art. 2o “Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 235
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural
situadas”:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde o seu nível mais alto em
faixa marginal cuja largura mínima seja:
- de 30 metros para os cursos d’água de menos de dez metros de largura;
- de 50 metros para os cursos d’água que tenha de dez a 50 metros de largura;
- de 100 metros para os cursos d’água que tenha de dez a 50 metros de largura;
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d’água naturais ou artificiais; nas
nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”, qualquer que
seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 metros de largura;
c) no topo de morros, montes, montanhas e serras;
d) nas encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100%
na linha de maior declive.
Art. 16 “As florestas e as outras formas de vegetação nativa,
ressalvadas as situadas em área de preservação permanente,
assim como aquelas não sujeitas ao regime de utilização limitada
ou objeto de legislação específica, são suscetíveis de supressão,
desde que sejam mantidas, a título de reserva legal, no mínimo”
(grifo nosso).
• Inciso III – vinte por cento, na propriedade rural situada em área de floresta ou
outras formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do país.
• Inciso IV – vinte por cento, na propriedade rural em área de campos gerais
localizada em qualquer região do país.
Parágrafo 2º “A vegetação da reserva legal não pode ser
suprimida, podendo apenas ser utilizada sob regime de manejo
florestal sustentável, de acordo com princípios e critérios
técnicos e científicos estabelecidos no regulamento, ressalvadas
as hipóteses previstas no § 3º deste artigo, sem prejuízo das
demais legislações específicas” (grifo nosso).
Parágrafo 4º “A localização da reserva legal deve ser aprovada
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 236
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
pelo órgão ambiental estadual competente ou, mediante
convênio, pelo órgão municipal ou outras instituição
devidamente habilitada, devendo ser considerados, no processo
de aprovação, a função social da propriedade, e os seguintes
critérios e instrumentos, quando houver“ (grifo nosso).
Inciso I – o plano de bacia hidrográfica;
Inciso II – o plano direto municipal
Inciso III – o zoneamento ecológico-econômico;
Inciso IV – outras categorias de zoneamento ambiental; e
Inciso V – a proximidade com outra Reserva Legal, Área de Preservação
Permanente, unidade de conservação ou outra área legalmente
protegida.
• Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a política nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulçao e aplicação.
Art. 18 “São transformadas em reservas ou estações ecológicas, sob responsabilidade do Ibama, as florestas e as demais formas de vegetação natural de preservação permanente, relacionado no Art. 2º da lei Federal nº 4.771, de
1965” (grifo nosso).
• Decreto Federal nº 750 de 10 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o corte, a
exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio
de regeneração da Mata Atlântica, e dá outras providências.
Art. 3o “Para efeitos deste Decreto, considera-se Mata Atlântica as
formações florestais e ecossistemas associados inseridos no
domínio Mata Atlântica, com as respectivas delimitações
estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE 1988:
Floresta Ombrófila Densa Atlântica, Floresta Ombrófila Mista,
Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semidecidual,
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 237
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Floresta Estacional Decidual, manguezais, restingas, campo de
altitude, brejo, interiorano e encraves florestais no Nordeste”.
• Resolução Conama nº 001, de 31 de janeiro de 1994. Define
vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial,
médio e avançado de regeneração da Mata Atlântica.
• Resolução Conjunta SMA Ibama/SP nº 001, de 17 de fevereiro de 1994. Define
vegetação primária e secundária nos estágios pioneiro, inicial, médio e avançado de
regeneração.
• Resolução Conama nº 004 de 18 de setembro de 1985. Define e regulamenta Áreas
de Preservação Permanente.
Art. 1o “São consideradas Reservas Ecológicas as formações
florísticas e as áreas de florestas de preservação permanente
mencionadas no Artigo 18 da Lei nº 6.938/81, bem como as que
estabelecidas pelo Poder Público de acordo com o que preceitua o
Artigo 1º do Decreto nº 89.336/84”.
• Resolução Conama nº 009 de 24 de outubro de 1996. Define corredores entre
remanescentes, assim como estabelece parâmetros e procedimentos para sua
identificação e proteção.
Parágrafo Único – os corredores entre remanescentes constituem-se:
a) pelas matas ciliares em toda sua extensão e pelas faixas marginais definidas por
lei.
• Resolução Conama nº 302 e 303, de 20 de março de 2002. Dispõe sobre os
parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de
reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.
De acordo com a Resolução Conama nº 302, constitui APP a área com largura
mínima, em projeção horizontal, no entorno de reservatórios artificiais, medida a partir do
nível máximo normal de:
• 30 metros para os reservatórios artificiais situados em áreas urbanas consolidadas
e dez metros para áreas rurais;
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 238
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• 15 metros, no mínimo, para os reservatórios de geração de energia elétrica com
até dez hectares, sem prejuízo da compensação ambiental;
• 15 metros, no mínimo, para reservatórios artificiais não utilizados em
abastecimento público ou geração de energia elétrica, com até dois metros de
superfície e localizados em área rural.
As demais áreas de vegetação localizadas ao redor de nascentes, lagos e lagoas
naturais, também são consideradas Áreas de Preservação Permanente. Além disso,
os córregos que possuem largura menos de dez metros e até 50 metros devem
apresentar as matas ciliares preservadas, sendo que estas devem estar situadas em
faixas marginais além dói leito maior sazonal medidas horizontalmente, com largura
mínima de 30 e 50 metros, respectivamente.
• Resolução SMA Nº 21 de 21 de novembro de 2001. Fixa orientação para o
reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas.
Art. 1o “Com a finalidade de ser promovido o reflorestamento
heterogêneo de áreas degradadas, especialmente nas matas ciliares, o
Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN,
da pasta, observando o rigoroso cumprimento do disposto no Decreto
nº 46.113, de 21 de setembro de 2001, verificará a possibilidade,
consideradas as peculiaridades locais e regionais e tanto quanto
possível, do uso de espécies nativas, constantes do Anexo a esta
resolução”.
• Resolução SMA Nº 47 de 26 de novembro de 2003. Altera e amplia a Resolução
SMA 21, de 21 de novembro de 2001; fixa orientação para o reflorestamento
heterogêneo de áreas degradadas.
Art. 1o “A recuperação de áreas degradadas exige elevada diversidade,
que pode ser obtida com o plantio de mudas e/ou outras técnicas tais
como semeadura direta, indução e/ou condução da regeneração
natural”.
• Resolução Conama Nº 369, de 28 de março de 2006. Dispõe sobre os casos
excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que
possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 239
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Permanente.
9.2.2 APPs na UGRHI 04
No que tange a UGRHI 04, as principais APPs com vegetação natural, são áreas,
que em sua grande maioria, estão compostas por cobertura vegetal caracterizada por
formações florestais secundárias em estágio inicial e médio de regeneração, com
elementos arbóreos típicos de ambientes úmidos.
Considerando a reduzida área que a vegetação natural do cerrado ocupa nas sub-
bacias 1 (Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta) e 2 (Ribeirão da Prata/Ribeirão do
Tamanduá) e o elevado grau de fragmentação em que se encontram essas áreas, ações
prioritárias para a conservação e recuperação das APPs devem ser consideradas.
9.2.3 Reserva Legal na UGRHI 10
A partir da área total (há) da UGRHI 04 foi calculada a estimativa da reserva legal,
sendo considerado 20% da superfície da Bacia, conforme citado na Lei Federal nº 4.771.
Para a bacia como um todo, 881.800 hectares, a área com vegetação natural não
chega a 8,5%, apresentando um déficit de reserva legal de um pouco mais de 11,5%.
Portanto, a revegetação das áreas de Reserva Legal presente na UGRHI 04 se faz
urgente e necessária, considerando a importância da reserva legal na preservação dos
ecossistemas e de sua biodiversidade, tendo em vista um déficit alto de vegetação em alguns
municípios, como é o caso de Cravinhos (déficit de 16,97%), Ribeirão Preto (déficit de 16,7%)
e Brodósqui (déficit de 16,5%). No entanto, vale ressaltar que até mesmo o município de
Santa Cruz Esperança, que apresenta o maior percentual de superfície coberta por
vegetação natural, apresenta um déficit de 4,3% de área destinada para Reserva Legal, o
que não exime a necessidade de se buscar medidas e/ou ações que possam trazer diretrizes
com vistas a nortear processos de repovoamento florestal heterogêneo e de conservação de
toda a UGRHI 04, conforme apresentado na Tabela 9.1.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 240
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Tabela 9.1 – Remanescentes de vegetação natural nos municípios com sede na UGRHI 04. Veg. Nat. = Vegetação Natural; R.L = Reserva Legal.
Município Área (há) Veg.Nat. (há) % Déficit de R.L.
(%) Cravinhos 30.200 945 3,1 16,9
Ribeirão Preto 64.200 2.103 3,3 16,7 Brodosqui 29.400 1.017 3,5 16,5
Sales Oliveira 31.000 1.253 4 16,0 Serrana 12.800 554 4,3 15,7
Jardinópolis 50.400 2.262 4,5 15,5 Vargem Grande do Sul 26.700 1.615 6 14,0
Itobi 14.400 946 6,6 13,4 São Simão 62.900 4.663 7,4 12,6 Caconde 46.400 3.499 7,5 12,5
Casa Branca 86.500 6.612 7,6 12,4 Continua...
Sta. Rosa do Viterbo 28.400 2.336 8,2 11,8 Divinolândia 24.600 2.091 8,5 11,5 Serra Azul 28.400 2.434 8,6 11,4
S. José do Rio Pardo 40.700 3.579 8,8 11,2 Tambaú 58.600 5.557 9,5 10,5
Tapiratiba 22.800 2.174 9,5 10,5 Altinópolis 93.600 9.440 10,1 9,9 Mococa 84.500 8.524 10,1 9,9
São Sebastião da Gama 23.500 2.577 11 9,0 Cássia dos Coqueiros 19.500 2.209 11,3 8,7
Cajuru 67.000 9.785 14,6 5,4 Sta. Cruz Esperança 14.400 2.255 15,7 4,3
TOTAL 960.900 78.430 8,16 11,84 Fonte: Instituto Florestal (2005).
10 ÁREAS DEGRADADAS
Conforme descrito no Relatório Zero, as áreas degradadas foram analisadas sob
dois aspectos impactantes dos recursos hídricos da Bacia que são: os processos erosivos
lineares (ravinas e boçorocas), suas causas e impactos como o assoreamento e as
inundações e os processos e alterações provocados pela mineração.
Os dados são apresentados de forma quantitativa, tanto para a erosão como para
as minerações. Para uma atualização do quadro foi aplicado junto as Prefeituras um
questionário com diversas questões sobre o meio físico, os problemas erosivos de cada
município e também dados sobre mineração e sua alteração na paisagem. Vale ressaltar
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 241
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a limitação em relação à aquisição dos dados junto às Prefeituras. Muitas vezes os
questionários voltam incompletos ou sem muitas informações, o que pode ocasionar um
erro na leitura da situação do município. O cruzamento dos dados atuais com os
anteriores mostra algumas disparidades o que deveria ser reavaliado para a confecção de
uma nova proposta de Relatório.
10.1 EROSÃO
As erosões lineares do tipo ravinas e boçorocas representam processos de degradação
do meio físico que mobiliza milhões de metros cúbicos de solos, destruindo as terras
agricultáveis, equipamentos urbanos e obras civis, sendo desta forma, necessário sua
identificação para intervenção, controle e possível recuperação.
Conforme descrito nos relatórios anteriores, os municípios da Bacia do Pardo
apresentam diversos problemas erosivos tanto em sua área urbana quanto na área rural.
As principais causas das erosões são: na área urbana, a concentração das águas pluviais
e a falta de um escoamento eficiente dessas águas e, portanto a concentração do fluxo; e
na área rural, o desmatamento, principalmente da retirada da mata ciliar e o manejo
inadequado das terras para fins agrícolas.
Os dados obtidos a partir do questionário enviado às Prefeituras foram sintetizados na
forma de quadros (Quadros 10.1,10.2 e 10.3) e apresentados a seguir:
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 242
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
e
Quadro 10.1 - Ocorrência de erosão linear nos municípios com área total na Bacia. ** possui erosões a serem mapeadas.
O que pode ser observado é que o município de Tambaú apresenta o maior
número de erosões na área rural. A principal causa do problema é a falta de conservação
das estradas na Microbacia Hidrográfica do Córrego Arrependida, e no restante dos
município devido ao solo desprotegido. No município de Santa Cruz da Esperança foi
constatado problemas de erosão na área rural, mas a serem mapeados no Programa de
Microbacias Hidrográficas da SAA, principalmente para o Córrego das Posses. Em
Jardinópolis e Serra Azul foram descritos processos de erosões recuperadas, sendo em
Serra Azul na sua área rural, Estrada do Catingueiro utilizando o processo de contenção
das águas vicinais e em Jardinópolis, na área urbana, onde o processo utilizado foi o
aterro da área degradada.
Municípios Erosões Urbanas Erosões Rurais Total
Brodowski 3 0 3 Caconde 3 3 6 Cajuru 4 2 6
Cássia dos Coqueiros 0 0 0 Divinolândia 0 0 0
Itobi 0 0 0 Jardinópolis 2 0 2
Mococa 0 0 0 Santa Cruz da Esperança 0 ** 0
São José do Rio Pardo 1 0 1 São Sebastião da Grama 2 1 3
Serra Azul 0 3 3 Serrana 0 0 0 Tambaú 0 15 15
Tapiratiba 0 5 5 Total 15 29 44
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 243
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
Quadro 10.2 - Ocorrência de erosão linear nos municípios com sede e área parcial na Bacia.
O município de Casa Branca foi o que mais apresentou dados sobre erosões tanto
na sua área urbana quanto na rural. Mas não foi apontada nenhuma causa provável a não
ser a natureza do material pedológico. No município de Ribeirão Preto também foram
constatados diversos pontos de erosão na área rural, associados à cultura da cana-de-
açúcar, e provavelmente devido à inadequação das curvas de nível.
Em Casa Branca, Santa Rosa de Viterbo e Vargem Grande do Sul foram citadas locais de
erosões recuperadas. Na área urbana do município de Casa Branca com o processo de
adequação da urbanização e no Horto Florestal Municipal com o reflorestamento. Em
Santa Rosa de Viterbo as erosões foram recuperadas com técnicas de adequação e
conservação dos solos, e no município de Vargem Grande do Sul, próximo à Rodovia SP
215 – Lajes Pícolo, na construção de dissipador de energia.
Municípios Erosões Urbanas Erosões Rurais Total
Altinópolis 0 3 3 Casa Branca 16 314 330
Cravinhos 0 0 0 Ribeirão Preto 4 ** 4
Sales de Oliveira 1 0 1 Santa Rosa de Viterbo 0 5 5
São Simão 1 2 3 Vargem Grande do Sul 0 0 0
Total 22 324 346
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 244
IPT
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Quadro 10.3 - Ocorrência de erosão linear nos municípios com sede em outra UGRHI e área parcial na Bacia. * sem informação. ** a serem mapeadas.
Nos municípios de Batatais, Morro Agudo e Orlândia não foram aplicados
questionário, então não possui informações sobre erosão. Em Santo Antônio da Alegria
ocorrem erosões na área rural em função do manejo inadequado do solo a serem
mapeadas.
10.2 Inundação
A inundação de um rio corresponde ao processo de extravasamento das águas de
um curso d’água para suas áreas marginais. É um processo natural associados às cheias,
que correspondem ao acréscimo na descarga d’água em um curto período de tempo
(FORNASARI FILHO et al. 1992). São nas áreas urbanas dos municípios onde este
processo ocorre de forma mais perceptível, por meio das ações antrópicas indutoras.
Na Bacia do Pardo, as principais causas de inundação são: a ocupação das
várzeas, a canalização incorreta de córregos, as deficiências nas galerias de escoamento
e a drenagem deficiente das águas pluviais. Os dados de ocorrência por município e sua
localização são descritos no Quadro 10.4 a seguir:
Municípios Erosões Urbanas Erosões Rurais Total Águas da Prata 0 0 0
Batatais * * * Morro Agudo * * *
Orlândia * * * Pontal 0 0 0
Santo Antônio da Alegria 0 ** ** Sertãozinho 0 0 0
Total 0 ** **
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 245
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Município Pontos de ocorrência Localização
Águas da Prata 2 Ribeirão da Fartura causada por edificações na calha secundária.
Altinópolis 1 Final da Avenida Alberto Crivelenti.
Brodowski 2 Vila Cristal; Avenida Dom Luís do Amaral
Mousinho. Caconde 1 Córrego dos Cristais.
Cajuru 4
Acesso Manoel Bento; Rua José Bonifácio; Confluência do Córrego Cajuru e
Córrego Zacarias; Rua Ariodante Mazeti.
Cássia dos Coqueiros 2
Águas pluviais da rua M. de Jesus;
Águas pluviais da Rua Major Tibúrcio.
Cravinhos 1 Nascente do Ribeirão Preto, Centro.
Divinolândia 2 Marginal do rio do Peixe; Rua Paraná, Bairro do
Campestrinho.
Itobi 1 Rua Antônio Martins Daniel, e
região localizada na extensão da antiga estrada ferroviária.
Mococa 3 Córrego Granito.
Ribeirão Preto 4
Vila Virgínia; No Centro (rodoviária e baixada); Av. Francisco Junqueira; Via Norte.
São Sebastião da Grama 3
Represa Jardim São Sebastião; Final da Rua Domingos
Damasceno; Final da Rua Prefeito Araken
Cruz.
São Simão 4
Av. Ver. Vitório Fernando Lizarelli / Jd. João Furtado;
Praça Antônio Bernardes – Centro;
Rua Rodolfo Miranda – Ponte sobre o córrego;
Rua Alfredo Nutti – Bento Quirino.
Serra Azul 2 Rua Pedro Siriane, Floriano Peixoto, Cel. Luis Venâncio
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 246
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Município Pontos de ocorrência Localização
Martins; Rua Laurinda Francisco do
Nascimento.
Serrana 3
Bacia Sul – Córrego Serrinha, no bairro Jd. D. Pedro I;
Bacia Centro – Córrego Bela Fonte, Bela Fonte;
Bacia Norte – Bairro Jd. das Rosas.
Sertãozinho 7
Córrego Sul – Av. Antonio Paschoal;
Córrego Água Vermelha – Av. Dr. Antonio Furlan Jr;
Córrego Norte – Rua Dr. Pio Dufles esquina com a Rua Humberto Ortolan.
Tambaú 1 Rio Tambaú – Conj. Habitacional Wanderley Assalin.
Vargem Grande do Sul 1 Margens do Rio Verde. Quadro 10.4 - Áreas sujeitas à inundação nos municípios da UGRHI 4
10.3 Assoreamento
O assoreamento dos cursos d’água está associado aos processos erosivos
anteriormente citados de ravinas e boçorocas. Ocorre com a deposição do material
sedimentar resultando no aterramento ou entulhamento das áreas mais baixas. Na área
da Bacia do Pardo ocorre em diversos municípios, sendo suas principais causas: o uso
inadequado do solo nas áreas agrícolas e de pastagens, a retirada da mata ciliar, os
depósitos de entulhos junto às margens dos córregos, a falta de conservação das
estradas e a exploração mineral inadequada.
Os principais cursos d’água afetados pelo assoreamento por município da UGRHI 4
estão descritos no QUADRO 5 a seguir:
Município Localização Compromete o abastecimento público
Caconde
Córrego Jaboticabal; Córrego São Tomaz; Córrego São Matheus; Córrego São Miguel.
Não
Cajuru Córrego Zacarias; Ribeirão das Mortes. Não
Cássia dos Rio Cubatão. Não
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 247
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Município Localização Compromete o abastecimento público
Coqueiros Divinolândia Rio do Peixe. Não Jardinópolis Todos os corpos d’água Não
Mococa
Rio Pardo; Rio Canoas; Córrego da Guardinha (na cidade);
Córrego Granito (na cidade); Córrego Santa Elisa (na cidade);
Córrego do Artesanato; Córrego do Curtume; Córrego do Lambari; Córrego da Barra Feita; Córrego da Água Nova; Córrego da Cobiça; Córrego do Nélson Nieiro; Córrego da Palmeirinha.
Não
Pontal Rio Pardo. Não
Ribeirão Preto
Ribeirão Preto; Retiro Saudoso; Laureano; Tanquinho.
Não
Santa Cruz da Esperança
Diversos locais a serem mapeados. Não
Santa Rosa de Viterbo
Ribeirão Águas Claras; Ribeirão Quebra Cuia. Não
Santo Antônio da Alegria
Córrego Araraquara; Córrego Monte Alegre; Córrego Barreiro das Antas; Córrego Matinho; Córrego Cascavel.
Não
São José do Rio Pardo
Água Fria; Pocinhos; São Teodoro.
Não
São Simão Nascente do Córrego São Simão – Represa do Moinho. Sim
Serra Azul Córrego Serra Azul. Não
Tambaú Córrego Arrependida; Rio Tambaú; Represa de captação de água.
Sim
Tapiratiba Ribeirão Soledade; Rio Conceição; Rio Guaxupé.
Não
Quadro 10.5 - Municípios com problemas de assoreamento na UGRHI 4 e curso d’água
afetado.
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 248
IPT
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De modo geral, nos municípios da UGRHI 4 não ocorrem muitos problemas de
assoreamento que possa comprometer o abastecimento público de água. Apenas nos
municípios de São Simão e Tambaú esta questão deve ser mais bem estudada, visto que
nenhum deles possui relatórios ou estudos específicos. Em São Simão o problema
ocorre na nascente do Córrego São Simão – Represa do Moinho e sua provável causa é
a remoção de solo da Ferrovia Centro Atlântica. E no município de Tambaú, as possíveis
causas do assoreamento são: ausência de mata ciliar, a exploração mineral inadequada e
a falta de contenção de areias nas estradas rurais.
10.4 Mineração
As áreas de mineração são vistas como áreas possivelmente degradadas uma vez
que suas atividades resultam na modificação da paisagem, e são potencialmente
causadoras de impactos ambientais negativos.
Para o presente Relatório foram pesquisadas diferentes fontes de informações para o
cadastro das minerações: nas Prefeituras dos municípios da Bacia do Pardo a relação de
dados existentes sobre as atividades minerárias por município, os dados do Cadastro
Mineiro do Departamento Nacional de Produção Mineral / DNPM, de livre acesso a partir
do site www.dnpm.gov.br e as informações do Relatório Zero.
Comparando os dados das Prefeituras, do DNPM e do Relatório Zero, observam-se
algumas diferenças e limitações nas informações que podem ser explicados como:
a.) Os dados do Relatório Zero referem-se a um cadastro da Cetesb (1997), podendo já
ter ocorrido a desativação ou paralisação de algumas dessas empresas citadas e/ou
a instalação de outras;
b.) Nesses dados mais antigos não foram fornecidas as coordenadas das minerações,
assim, no caso dos municípios que estão parcialmente situados na bacia, não foi
possível identificar se as minerações cadastradas situam-se na área da bacia;
c.) Nos dados do Cadastro Mineiro do DNPM, muitas vezes uma mesma área de
mineração é colocada com nome ou razão social diferentes, ou seja, diferentes
pessoas entraram com o mesmo pedido de requerimento (de pesquisa ou lavra) de
uma mesma área. Outra questão a ser levantada refere-se ao fato de que neste
cadastro são citados todos os processos existentes, o que pode causar uma pequena
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 249
IPT
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confusão com relação ao número de processos e número de minerações
propriamente dita.
Essas foram algumas limitações encontradas para o cadastramento quantitativo
das minerações, para conhecer de fato o número exato de empreendimentos. Então
optou-se por utilizar os dados das Prefeituras, uma vez que são as informações
disponíveis mais de acordo com as realidades locais.
Assim como para o cadastro das erosões, os dados das minerações levantados pelas
Prefeituras Municipais foram organizados na forma de quadro (Quadro 10.6),
apresentados a seguir:
Bem Mineral N° Município
Areia Argila Rocha p/brita
Cascalho Basalto Água
Mineral Outros
1 Altinópolis 2
2 Caconde 1
3 Casa Branca 1 1
4 Cravinhos 1 1
5 Divinolâdia 3
6 Itobi 1
7 Jardinópolis 1
8 Ribeirão Preto 1 1 3
9 Santa Cruz da
Esperança 3 1 3
10 Santa Rosa de
Viterbo 1 1 1
11 São José do
Rio Pardo 1 1
12 São Simão 3 2
13 Serra Azul 2 2 1
14 Serrana 1 1
15 Tambaú 5 17
16 Tapiratiba 1
17 Vargem 2 2
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 250
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Grande do Sul
Total de locais de
extração 24 24 5 5 2 3 5
Quadro 10.6 - Atividades de Mineração nos Municípios da Bacia do Rio Pardo.
Diversos impactos ambientais podem ser causados pelas minerações entre eles
destacamos:
a.) Alteração no escoamento das águas em superfície por meio da retirada da
vegetação e nas mudanças da topografia;
b.) A erosão pela água observada a partir da alteração no processo de deposição de
sedimentos e partículas, na perda de solo, ou mesmo desse processo atingir áreas
vizinhas de diferentes usos do solo como matas nativas ou áreas edificadas;
c.) Deposição de sedimentos e partículas que podem causar o assoreamento das
drenagens e o aumento na turbidez da água;
d.) A inundação causada pela erosão e assoreamento das drenagens;
e.) Movimentação das águas em subsuperfície, com o aumento ou diminuição do nível
freático.
f.) A produção de resíduos sólidos e efluentes;
g.) Geração de ruídos, poeira e vibração no terreno.
No questionário enviado às Prefeituras foram questionadas se a Prefeitura conhece
ou já recebeu alguma reclamação quanto às minerações ativas ou desativadas. Os
casos registrados de reclamações foram:
Em Casa Branca em áreas ativas, com reclamações sobre erosão;
Em Ribeirão Preto, a Prefeitura recebeu reclamações de vibração, ultra-
lançamentos de pequenos blocos, poeira e ruídos de minerações ativas,
mas não foi especificado o local. Também recebeu reclamações nas áreas
de mineração desativadas devido aos depósitos de resíduos irregulares, os
locais de criadouros de vetores de doenças e áreas estagnadas;
Em São José do Rio Pardo, as reclamações nas áreas ativas foram sobre as
intervenções nas áreas de preservação permanente;
Em Serrana a Prefeitura recebeu reclamações sobre a degradação da mata
ciliar em áreas de mineração ativa, possivelmente de extração de areia;
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 251
IPT
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E no município de Serra Azul as reclamações foram em áreas desativadas,
com várias autuações pela Polícia Ambiental.
Não foi obtida nenhuma informação a respeito da recuperação de áreas
degradadas em toda a Bacia do Pardo.
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os trabalhos de coleta e obtenção de dados necessários para a elaboração do Relatório Um
de situação dos Recursos Hídricos da UGRHI 04 podem ser já considerados concluídos,
devendo ser acrescentados apenas informações suplementares relativas a lacunas que venham
a ser eventualmente constatadas (e que os respectivos dados sejam disponibilizados) na
continuidade do processo de discussão dos trabalhos com as várias instancias do Comitê de
Bacia Hidrográfica do Pardo – CBH-PARDO e a elaboração do relatório final.
Assim sendo a etapa ora encerrada diz respeito a apresentação do resultado da atualização de
dados e informações, que se constituirão na base de análise da evolução da situação dos recursos
hídricos a partir da elaboração do relatório zero (IPT, 1999) e Plano de Bacia (IPT, 2002) e com vistas
ao subsídio da revisão deste último, prevista para realização no ano de 2007.
Ressalta-se que vários capítulos já se apresentam praticamente concluídos, quais sejam, 5
(Caracterização de Biodiversidade), 6 (Socioeconomia), 8 (Saneamento Ambiental), 9 (Áreas
Protegidas) e 10 (Áreas Degradadas) enquanto que o de nº 7 (Recursos Hídricos), ainda passará
por processo de complementação e, a partir daí será consubstanciado um capítulo sintetizando
as recomendações para a revisão do Plano de Bacia 2002.
São Paulo, 30 de novembro de 2006
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IPT
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CENTRO DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS E
ENERGÉTICAS Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação
Geoambiental - Labgeo
.......................................................... Geólo Mestre Antonio Gimenez Filho
Responsável pelo Laboratório CREASP-060069308 – RE 4765
CENTRO DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS E ENERGÉTICAS
Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental - Labgeo
.....................................................................................Geólº Dr. José Luiz Albuquerque Filho
Pesquisador CREASP Nº 0600998502 – RE 6093
CENTRO DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS E ENERGÉTICAS
.............................................................. Geólo. Dr. Eduardo Soares de Macedo
Diretor do Centro CREASP-0600998502 – RE 6167
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 250
IPT
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EQUIPE TÉCNICA
Gerente do Projeto: Geólo José Luiz Albuquerque Filho
CENTRO DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS E ENERGÉTICAS – CETAE Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental – LABGEO
Geólo José Luiz Albuquerque Filho
Geólo Antonio Gimenez Filho
Geógra Maria Cristina Jacinto de Almeida
Nata Vilma Alves Campanha
Geólo Sérgio Gouveia de Azevedo
Geólª Amarilis Lucia Casteli Figueiredo Gallardo
Geógra Katia Canil
Tcnólª Isabel Cristina Carvalho Fiammetti
Téca Ana Maria de Azevedo Dantas
Téco Álvaro Camargo Kopezynski
Esto Farley Leandro de Souza
Estª Cláudia Harumi Yuhara
Estª Vanessa Máximo de Andrade
Estª Juliana de Freitas
Esto Rodrigo Martins da Silva
Laboratório de Riscos Ambientais – LARA Tecgo Gerson Salviano de Almeida Filho
Téco Luís Celso Coutinho da Silva
Cartografia Digital Mata Ana Cândida Melo Cavani Monteiro
Físo Mário Otávio Costa
Anal. Sist. Nivaldo Paulon
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Apoio Técnico-Administrativo
Secra Rosângela Aparecida Carelli Correia
CENTRO TECNÓLOGICO DE PRODUTOS FLORESTAIS – CT-Floresta Biólª Maria Lúcia Solera
Biólª Mariana Hortelani Carneseca
Biblioteconomista Paula Kaori Yamamura Ielo
CENTRO TECNOLÓGICO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO – CETAC Engo Civil e Sana Luciano Zanella
CONSULTORIA Cooperativa de Serviços e Pesquisas Tecnológicas e Industriais - CPTI
Geógra Econa Adélia Souza dos Santos
Engo Civil Joaquim Ignácio da Costa Neto
Geólª Elidiana Pereira Maretti
Geólª Kátia dos Santos Leite
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 252
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AGRADECIMENTOS
Inúmeros órgãos públicos e entidades prestaram a sua colaboração, de alguma forma, no
fornecimento de dados que constam deste Relatório. Mesmo correndo o risco de alguma
omissão, dado o grande número e diversidade de consultas realizadas ao longo do
desenvolvimento dos trabalhos, não se pode deixar de mencionar:
Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP
Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SMA
Secretaria de Estado de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento - SERHS
Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento - SAA
Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos - CORHI
Fundação Prefeito Faria Lima - CEPAM
Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo - CBH-PARDO
Unidade de Gerenciamento de Projeto (UGP)
Prefeituras dos municípios da UGRHI
Serviços Autônomos de Água e Esgoto de diversos municípios
Relatório Técnico no 90635-205 MINUTA - 253
IPT
Instituto de Pesquisas Tecnológicas
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Felipe
Corr. Areão
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0 2,5 km
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
LOCALIZAÇÃO NA UGRHI
MAPA 1 - Síntese das informações de interesse aos recursos hídricos. Sub-Bacia 1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta.
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
MUNICÍPIOS COM ÁREA NA SUB-BACIA 1
FerroviaVia PrincipalVia Secundária
Área Urbanizada
Limite de Município
Limite de Sub-Bacia
%
#
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POSTOS FLUVIOMÉTRICOS
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS
CLASSES DE ENQUADRAMENTO (CETESB, 2006)
(DECRETOS ESTADUAIS 8468/1976 E 10755/1977)
PONTO DE LANÇAMENTO (DAEE, 2006)
PONTO DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL (DAEE, 2006)
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - ETE
DesativadoEm Operação
Ponto de amostragem de águas - rede CETESB
Classe 3 (lagoas)Classe 2 (Rio Pardo)
Classe 3 (cursos d´água)
!
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SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS (IPT, 1997)
POSTOS PLUVIOMÉTRICOS
VULNERABILIDADE NATURAL DOS AQÜÍFEROS
PONTO DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEAS (DAEE, 2006)
Muito Alta
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES
DesativadoEm Operação
Índices alto-baixo ou alto-alto
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
LEGENDA
ÁGUAS SUPERFICIAIS
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
FONTES:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)Base de Dados utilizada parcialmente do Plano de Bacia(CPTI/IPT, 2002), que serão atualizados na edição final.
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0 3 km
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
LOCALIZAÇÃO NA UGRHI
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
MUNICÍPIOS COM ÁREA NA SUB-BACIA 2
FerroviaVia PrincipalVia Secundária
Área Urbanizada
Limite de Município
Limite de Sub-Bacia
#
#
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS
SubterrâneaSuperficial
POSTOS FLUVIOMÉTRICOS
CLASSES DE ENQUADRAMENTO(DECRETOS ESTADUAIS 8468/1976 E 10755/1977)
Em OperaçãoDesativado
Classe 2 (Rio Pardo)
Classe 3 (cursos d´água)
PONTOS DE LANÇAMENTO (DAEE, 2006)PONTOS DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL (DAEE, 2006)
AQÜÍFERO
Gurarani
!
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SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS (IPT, 1997)
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
POSTOS PLUVIOMÉTRICOS
VULNERABILIDADE NATURAL DOS AQÜÍFEROS
PONTOS DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA (DAEE, 2006)
Muito alta
Domiciliares
Em operaçãoDesativado
Índices alto-baixo ou alto-alto
MAPA 2 - Síntese das informações de interesse aos recursos hídricos. Sub-Bacia 2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá.
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
LEGENDA
ÁGUAS SUPERFICIAIS
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
FONTES:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)Base de Dados utilizada parcialmente do Plano de Bacia(CPTI/IPT, 2002), que serão atualizados na edição final.
!
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0 3 km
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
LOCALIZAÇÃO NA UGRHI
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
MUNICÍPIOS COM ÁREA NA SUB-BACIA 3
FerroviaVia PrincipalVia Secundária
Área Urbanizada
Limite de Município
Limite de Sub-Bacia
%
#
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POSTOS FLUVIOMÉTRICOS
CLASSES DE QNQUADRAMENTO
(DECRETOS ESTADUAIS 8468/1976 E 10755/ 1977)
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - ETE
DesativadoEm Operação
Classe 2 (Rio Pardo)Classe 3 (cursos d´água)
PONTO DE LANÇAMENTO (DAEE, 2006)PONTO DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL (DAEE, 2006)
AQÜÍFERO
Guarani
!
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SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS (IPT, 1997)
POSTOS PLUVIOMÉTRICOS
PONTO DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA (DAEE, 2006)
Alta
Muito alta
DesativadoEm operação
MAPA 3 - Síntese das informações de interesse aos recursos hídricos. Sub-Bacia 3 - Médio Pardo.
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
LEGENDA
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
ÁGUAS SUPERFICIAIS
FONTES:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)Base de Dados utilizada parcialmente do Plano de Bacia(CPTI/IPT, 2002), que serão atualizados na edição final.
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333333333
0 1,5 km
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
LOCALIZAÇÃO NA UGRHI
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
MUNICÍPIO COM ÁREA NA SUB-BACIA 4
Via PrincipalVia Secundária
Área Urbanizada
Limite de Município
Limite de Sub-Bacia
#
#
POSTOS FLUVIOMÉTRICOS
CLASSES DE ENQUADRAMENTO
(DECRETOS ESTADUAIS 8468/1976 E 10755/1977)
Em OperaçãoDesativado
Classe 2 (Rio Pardo)Classe 3 (cursos d´água)
PONTO DE LANÇAMENTO (DAEE, 2006)PONTO DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL (DAEE, 2006)
AQÜÍFERO
Guarani
!
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SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS (IPT, 1997)
POSTOS PLUVIOMÉTRICOS
PONTO DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA (DAEE, 2006)
AltaMuito alta
Em operaçãoDesativado
MAPA 4 - Síntese das informações de interesse aos recursos hídricos. Sub-Bacia 4 - Rio Canoas.
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
ÁGUAS SUPERFICIAIS
LEGENDA
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
FONTES:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)Base de Dados utilizada parcialmente do Plano de Bacia(CPTI/IPT, 2002), que serão atualizados na edição final.
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1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
LOCALIZAÇÃO NA UGRHI
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
MUNICÍPIO COM ÁREA NA SUB-BACIA 5
Via PrincipalVia SecundáriaFerrovia
Área Urbanizada
Limite de Município
Limite de Sub-Bacia
CLASSES DE ENQUADRAMENTO
(DECRETOS ESTADUAIS 8468/1976 E 10755/1977)
PONTO DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL (DAEE, 2006)
PONTO DE LANÇAMENTO (DAEE, 2006)
Classe 2 (Rio Pardo)Classe 3
AQÜÍFERO
Guarani
SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS ERSIVOS (IPT, 1997)
PONTO DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA (DAEE, 2006)
Muito alta
Alta
MAPA 5 - Síntese das informações de interesse aos recursos hídricos. Sub-Bacia 5 - Rio Tambaú e Verde.
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
LEGENDA
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
FONTES:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)Base de Dados utilizada parcialmente do Plano de Bacia(CPTI/IPT, 2002), que serão atualizados na edição final.
ÁGUAS SUPERFICIAIS
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Córr. S. Bárbara
S. TomásCórr.
Bom Sucesso
Córr.
BomJesus
Gonçalo
Córr.Córr. S.
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Divinolândia
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SÃO JOSÉ DORIO PARDO
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444444444 666666666
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333333333
0 2,5 km
1 - Ribeirão São Pedro/Ribeirão da Floresta2 - Ribeirão da Prata/Ribeirão Tamanduá3 - Médio Pardo4 - Rio Canoas5 - Rio Tambaú/Rio Verde6 - Alto Pardo
LOCALIZAÇÃO NA UGRHI
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
MUNICÍPIO COM ÁREA NA SUB-BACIA 6
FerroviaVia PrincipalVia Secundária
Área Urbanizada
Limite de Município
Limite de Sub-Bacia
CLASSES DE ENQUADRAMENTO
(DECRETOS ESTADUAIS 8468/1976 E 10755/1977)
PONTO DE LANÇAMENTO (DAEE, 2006)PONTO DE CAPTAÇÃO SUPERFICIAL (DAEE, 2006)
Classe 2 (Rio Pardo)Classe 3
SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS EROSIVOS (IPT, 1977)
PONTO DE CAPTAÇÃO SUBTERRÂNEA (DAEE, 2006)
Alta
MAPA 6 - Síntese das informações de interesse aos recursos hídricos. Sub-Bacia 6 - Alto Pardo.
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC - Tel.: (11) 3767-4126, 3767-4456 e 3767-4744 - Fax (11) 3767-4002 - [email protected]
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São paulo S.A. - IPTAv. Prof. Almeida Prado, 532 - Cidade Universitária - Butantã - 05508-901 - São Paulo - SP - Tel.: (11) 37674000 - www.ipt.br
ÁGUAS SUPERFICIAIS
LEGENDA
Relatório Técnico 90 635-205 - Minuta
FONTES:Base Planialtimétrica utilizada do Relatório Zero (IPT, 2000)Base de Dados utilizada parcialmente do Plano de Bacia(CPTI/IPT, 2002), que serão atualizados na edição final.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS