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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

MARIA DE LOURDES BARAUCE FREITAS MARIA HELENA NISGOSKI VANN DER VINNE

SOFIA VOSS

OLHARES PEDAGÓGICOS SOBRE OS DESAFIOS DO COTIDIANO ESCOLAR:

PERSPECTIVAS E ENFRENTAMENTOS PARA A ESCOLA PÚBLICA

PONTA GROSSA 2010

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

CADERNO PEDAGÓGICO

OLHARES PEDAGÓGICOS SOBRE OS DESAFIOS DO COTIDIANO ESCOLAR:

PERSPECTIVAS E ENFRENTAMENTOS PARA A ESCOLA PÚBLICA

Caderno Pedagógico da área de Pedagogia, apresentado como Produção Didático-

Pedagógica ao Programa de Desenvolvimento Educacional/PDE - 2009/2010 da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Orientadoras- Profa. Ms. Regina A. M. Guilherme

Profa. Ms. Rosana N. de A. Moura

Ponta Grossa 2010

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO------------------------------------------------------------------------- 5 2. UNIDADE I---------------------------------------------------------------------------------- 7 2.1 Considerações Iniciais------------------------------------------------------------------- 7 3. Quinta série – um ritual de passagem-------------------------------------------- 8 4. Repensando a formação plena do aluno e aluna--------------------------------- 12 5. Re-inventando alternativas em busca de soluções------------------------------- 22 5.1 ATIVIDADE 1- Visita a Secretaria Municipal de Educação--------------------- 22 5.2 ATIVIDADE 2 – Entrevista com professores e pedagogos das escolas

de quarta série----------------------------------------------------------------------------- 22

5.3 ATIVIDADE 3- Entrevista nas escolas de quarta série-------------------------- 23 5.4 ATIVIDADE 4- Reunião com pais de alunos de quinta série------------------ 23 5.5 ATIVIDADE 5- Reunião com professores de quinta série---------------------- 23 5.6 ATIVIDADE 6 – Planejamento com direção e equipe pedagógica do

primeiro dia de aula----------------------------------------------------------------------- 25

5.7 ATIVIDADE 7- Avaliação diagnóstica------------------------------------------------ 26 5.8 ATIVIDADE 8- Preenchimento da ficha de acompanhamento de alunos e

alunas----------------------------------------------------------------------------------------- 26

5.9 ATIVIDADE 9- Realizando o plano de trabalho docente------------------------ 27 6. CINE-FÓRUM------------------------------------------------------------------------------ 28 6.1 Filme : VIDA MARIA--------------------------------------------------------------------- 28 6.2 Filme: MÃOS TALENTOSAS--------------------------------------------------------- 28 6.3 Filme: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO------------------------------------------ 28 7. ANEXOS------------------------------------------------------------------------------------- 29 8 REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------- 40 9 UNIDADE II.-------------------------------------------------------------------------------- 43 9.1 Educação Formal Significativa: um compromisso entre a escola e a

família---------------------------------------------------------------------------------------- 43

9.2 Representações sobre a realidade escolar----------------------------------------- 43 10 O desvelar da realidade no cotidiano de sala de aula--------------------------- 48 11 Exercendo a cidadania: uma perspectiva para a convivência com

assembleias de classe no cotidiano escolar---------------------------------------- 50

12 Conversando com os pais: uma possibilidade para norteamento pedagógico de ações disciplinares---------------------------------------------------

52

12.1 Limites: Um valor necessário...------------------------------------------------------- 52 12.2 Comprometimento escolar: um desafio com extensão familiar---------------- 56 13 Planejamento e flexibilização curricular: a busca da concretização do

ensino/aprendizagem--------------------------------------------------------------------- 59

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14 Sensibilização cinematográfica no cotidiano escolar : uma possibilidade para o envolvimento e a efetivação das responsabilidades coletivas--------

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15 ANEXOS------------------------------------------------------------------------------------- 73 16 REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------- 93 17 UNIDADE III-------------------------------------------------------------------------------- 96 17.1 Envolvimento parental no processo educativo-------------------------------- 96 17.2 Considerações Iniciais------------------------------------------------------------------- 96 18 Educando no tempo em que vivemos----------------------------------------------- 100 18.1 A família na atualidade------------------------------------------------------------------- 100 18.2 A função social da escola--------------------------------------------------------------- 103 18.3 Desafios da adolescência------------------------------------------------------------- 107 18.4 Realidade escolar------------------------------------------------------------------------- 110 19. Construindo a co-responsabilidade entre a família e a escola---------------- 112 19.1 Conhecendo os familiares-------------------------------------------------------------- 113 19.2 Escola e família uma integração necessária--------------------------------------- 114 19.3 Focando orientações educacionais------------------------------------------------- 116 20 Discutindo ações com os professores---------------------------------------------- 118 20.1 Um olhar sobre a quinta série---------------------------------------------------------- 119 20.2 Assumindo responsabilidades--------------------------------------------------------- 120 21 Valorizando o estudar------------------------------------------------------------------- 121 22 ANEXOS------------------------------------------------------------------------------------ 122 23 REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------- 141

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1. APRESENTAÇÃO

O presente Caderno Pedagógico foi elaborado com a intenção de propiciar

aos profissionais da educação elementos que possam subsidiar a reflexão/ação do

cotidiano escolar, sob a perspectiva de três escolas públicas do município de Castro.

Sabendo ser às atribuições do pedagogo ou pedagoga coordenar, acompanhar,

assessorar, apoiar e avaliar as atividades pedagógicos curriculares, bem como prestar

assistência aos professores e professoras agindo na mediação entre os sujeitos que

integram o processo educativo, esta produção didática tem como desafio instituir um

efetivo debate a respeito do cotidiano escolar, os papéis que cabem a cada um dos

envolvidos no processo ensino/aprendizagem, alunos e alunas, educadores, família

propondo ações que revigorem e renovem o processo educativo, integrando e

assegurando aos alunos e alunas uma aprendizagem de qualidade.

. Para tanto optamos em fazer um trabalho conjunto, pois isto significa pensar de

forma coletiva, mobilizar-se em prol de um bem comum, buscar juntas ações que

possam resgatar os sujeitos envolvidos no processo educacional. Parafraseando

Paulo Freire (1981) podemos dizer que; ”Ninguém produz sentido pra ninguém.

Ninguém produz sentido sozinho. Os homens produzem sentido em comunhão,

mediados pela realidade.1”

Pretendemos reafirmar com a produção aqui realizada que acreditamos na

educação escolar pública pois esta continua agindo como transformadora social.

Nesta direção o Caderno Pedagógico está estruturado em três unidades.

1 VASCONCELLOS, Celso dos S. Para onde vai professor? Resgate do professor como sujeito de transformação. 10 ed. São

Paulo Libertad, 2003.

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A primeira unidade ,Quinta Série- Um ritual de Passagem 2 buscará facilitar

a adaptação dos alunos e alunas na transição da quarta série para a quinta série do

Ensino Fundamental.

A segunda unidade: Educação Formal Significativa: um compromisso entre

a escola e a família3 proporá atividades a serem desenvolvidas com alunos e alunas,

profissionais da educação, família buscando a integração de todos no processo

educativo.

A terceira unidade: Plano de envolvimento parental no processo educativo4,

refletirá sobre a importância da relação família/escola.

Com a integração destes três olhares esperamos favorecer a melhor

compreensão de tão complexa temática.

2 Desenvolvido pela Professora Pedagoga Sofia Voss, sob a orientação da Professora Mestre Rosana Nadal de Arruda Moura.

3 Desenvolvido pela Professora Pedagoga Maria de Lourdes Barauce Freitas, sob a orientação da Professora Mestre Regina

Aparecida Messias Guilherme. 4 Desenvolvido pela Professora Pedagoga Maria Helena Nisgoski van der Vinne, sob a orientação da Professora Mestre Regina

Aparecida Messias Guilherme.

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“A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo”.

Paulo Freire.

2. UNIDADE I 2.1 Considerações Iniciais Sofia Voss

Uma trajetória, ao longo de vinte e sete anos na escola pública me direcionou

para a necessidade de repensar um dos temas presentes e relevantes no cotidiano da

escola que gera dificuldades e que merece uma maior reflexão.

Essa unidade foi desenvolvida a partir de pesquisa, tendo como objetivo propor

ações sistematizadas para facilitar a transição dos alunos e alunas da quarta série para

a quinta série, pois este momento constitui o início de uma prática que deve tornar-se

permanente e criar produções para estudo. É a busca da possibilidade de ações

pedagógicas que proporcionem ao aluno e aluna “ingressante”, de forma educativa, a

integração alicerçada no tripé alunos, pais, escola, reforçando a autonomia e a

competência do corpo docente, equipe pedagógica e direção da escola, fortalecendo os

vínculos entre as instituições envolvidas no processo em favor de uma escola pública

de qualidade. Assegurando as condições essenciais para a adaptação dos alunos e

alunas das quintas séries do Colégio Estadual Major Vespasiano Carneiro de Mello5.

Com este Caderno Pedagógico esperamos contribuir e subsidiar as discussões

pedagógicas dentro da escola pública paranaense.

5 Localizado na área central da cidade de Castro , pertencente ao NRE- Ponta Grossa -PR. Composto por noventa e três

professores, dez agentes educacionais I, dez agentes educacionais II , dois diretores , mil e quinhentos e quarenta e oito alunos – PORTE SEIS

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3- Quinta Série – Um “ritual” de passagem

. Nesta abordagem, entende-se por “ritual” passos de um acontecimento,

celebrações que marcam mudanças.

Material arrumado, uniforme com cheiro de novo e um mundo de preocupações.

A quinta série gera sentimentos de ansiedade, angústia e muita insegurança aos

alunos, alunas e pais. O novo assusta, abala a zona de conforto, desequilibra. Os

primeiros dias parecem confusos: a organização dos horários, o volume de conteúdos

e tarefas, um grande número de professores e professoras trocados a cada 50 min.

(cinqüenta minutos) os horários de entrada, saída, intervalos, nova matriz curricular,

novo espaço, novos amigos, e os temidos "grandes" (alunos e alunas de outras séries

e até do Ensino Médio e/ou profissionalizante).

As mudanças são muitas e as escolas nem sempre se preocupam com um "ritual

de passagem”, oferecendo um maior apoio a pais, alunos e alunas, professores e

professoras. Os pais chegam à escola, para onde seu filho ou filha foi encaminhado(a)

e, às vezes, nem a conhecem, o que aumenta sua preocupação com a recepção,

convivência, segurança para seus filhos e filhas, além de outros tantos fatores.

No cotidiano escolar percebe-se que os professores e professoras preocupam-

se em começar seu conteúdo o mais rápido possível, esquecendo de conhecer um

pouco mais seus novos alunos e alunas , que vieram de diferentes escolas, diferentes

realidades sócio - econômicas. Serão da Sala de Apoio ou de Sala de Recursos? Pré-

julgamentos acabam ocorrendo como - “as quintas séries são muito fracas”. A escola

pública passou a atender um número cada vez mais diversificado de alunos e alunas e,

com isso, intensifica-se a necessidade de discussões sobre a prática pedagógica,

fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino e

aprendizagem.

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Para a escola, é estratégico conquistar seus alunos e alunas, criando desde o

primeiro instante um clima de aceitação e naturalidade, estimulando o crescimento da

confiança mútua e o desejo de aprendizagem. A proposta é de um trabalho gradativo e

constante para que haja inovação, mudança de concepção para transformar

informações em conhecimento, refletindo a direção da prática educativa, resgatando

valores para a vida individual e em sociedade, evitando a fragilidade da estrutura

educacional, que não atende às necessidades de adaptação desses alunos e alunas e

ainda reforça a idéia de descontinuidade entre a quarta e quinta séries.

Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os educandos, em suas relações com os outros e todos como professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, capaz de ter raiva porque é capaz de amar. (FREIRE, 1997, p.46)

A escola é uma instituição, na qual precisamos estar atentos às ações

realizadas dentro dela, porque é a partir dessas ações que a passagem, da quarta série

para quinta série, pode ser amenizada e o aprendizado eficaz, portanto é necessário

que a escola seja percebida como um espaço fundamental para aquisição do

conhecimento científico, que será primordial no processo de humanização,

principalmente, daqueles que não possuem outro espaço para ter acesso ao

conhecimento organizado e sistematizado.

Pretende-se verificar na prática e cotidiano da escola pública, se a organização,

o acompanhamento, a interdisciplinariedade, as ações criativas, a participação da

família e o interesse dos alunos e alunas possibilitam ou não uma maior aprendizagem.

Temos conhecimento de diversos procedimentos que causam impactos sobre o

desenvolvimento dos alunos e alunas nas aulas, promovendo maior interesse e gosto

pelos conteúdos, possibilitando condições de maior desenvolvimento da interpretação

acerca dos fatos abordados, garantindo-se mais estreitamento na relação professor(a)-

aluno(a) e, diante disso, melhorando o rendimento, participação e disciplina da turma

como um todo. Repensar nossa prática é fundamental, necessário se faz um conjunto

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de esforços de todos os professores e professoras, direção ,equipe pedagógica, pais e

alunos e alunas para conhecerem e compreenderem novos fatos decorrentes da

transição para a quinta série, garantindo a continuidade da construção do conhecimento

do educando e educanda em suas diversas manifestações.

Para que algumas transformações aconteçam, é necessária uma mudança de

concepção, de todos envolvidos, acerca do entendimento do que é significativo

desenvolver dentro dos componentes curriculares, ANTUNES (2005), salienta que há a

necessidade de um “novo professor”, para transformar informações em sabedoria,

O extraordinário avanço dos meios de comunicação e a popularização dos saberes, associado ao que hoje se sabe de como a mente humana aprende, reclama por um novo professor que oriente seus alunos sobre como colher informações, de que forma organizá-las mentalmente, como definir sua hierarquia e sobretudo, de que maneira, ampliar suas inteligências. (ANTUNES, 2005, p. 12)

A qualidade de ensino não acontece por acaso, é preciso conquistá-la com muito

trabalho e conscientização de todos, é necessário analisar os dados das avaliações e

planejar nosso trabalho, focalizando a melhoria do processo ensino aprendizagem. A

maneira como as avaliações são interpretadas pelos professores e professoras,

pedagogos e pedagogas , incide diretamente nas percepções que os alunos e alunas

possuem de si mesmos, sobre suas atitudes em relação à escola e também em relação

à educação. Refletir sobre as formas de avaliação leva-nos ao objetivo das mesmas,

que é de colaborar com os docentes para que estes compreendam o que os alunos e

alunas sabem e possam tomar decisões adequadas a respeito da melhoria do processo

educacional. É necessário também, que o gestor coloque a aprendizagem dos alunos e

alunas como ponto central do seu plano de trabalho.SCHWHRTZMAN (2008) refere-se à

questão da seguinte maneira:

Nas boas escolas, a diretora ou diretor é um líder que acompanha o trabalho dos professores, se preocupa com o desempenho dos alunos e mantém o clima de compromisso ético de todos da instituição e seus fins .Nas más escolas , a diretora ou diretor só cuida de assuntos administrativos, não tem liderança nem autoridade

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sobre os professores, nem se preocupa com o desempenho dos alunos.

(SCHWHRTZMAN, 2008 p.17-18).

Em alguns casos, o professor ou professora não sabem mais o que fazer para

dar conta de nossa principal função: a de ensinar o aluno ou aluna a ler, a escrever com

clareza, a refletir, a raciocinar, a argumentar. Se o professor ou professora não

conseguem esses processos básicos, o aluno ou aluna não conseguem avançar na

aquisição de conhecimentos mais complexos, sendo assim, um dos objetivos desse

processo é auxiliá-los a entenderem melhor o que os alunos e alunas sabem, a fim de

tomarem decisões significativas sobre o andamento do processo ensinar/ aprender.

Para que a avaliação desempenhe seu real papel e possa integrar o referido processo,

é essencial a compreensão das variáveis que causam interferência nos processos

avaliativos. Precisamos rever, definir com clareza, em nossos planos de trabalho, como

se dará a avaliação e quais os critérios e instrumentos que serão utilizados,

possibilitando o avanço significativo dos alunos e alunas em relação ao conhecimento.

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4. Repensando a formação plena do aluno e da aluna

As escolas devem levar o aluno ou aluna a desenvolverem a capacidade de

aprender, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 em

seu artigo 32, mas com o prazer e o gosto de aprender, tornando suas atividades

desafiadoras, atraentes e divertidas.Segundo MOREIRA:

Há que se valorizar a escola pública, guardá-la no coração e defendê-la de quaisquer ataques que possa vir a sofrer .Ela é uma instituição que temos procurado com muito esforço construir, e que precisamos preservar, atualizar e aperfeiçoar. Ainda que não mude o mundo, a escola pode ajudar o estudante a melhor entender como o mundo opera, o que é condição indispensável para se operar neste mundo (2009, p.12).

Com o acesso garantido para todos os alunos e alunas, o desafio continua sendo

o de assegurar a permanência e a conclusão da educação básica, tendo como princípio

básico a preocupação com a construção de uma escola de qualidade.

A transição de uma escola para outra parece simples, mas não é, várias

hipóteses desencadeiam esse processo, começando pelos órgãos mantenedores

(Secretaria Municipal de Educação e Cultura X Secretaria de Estado da Educação) a

municipalização do Ensino Fundamental no Paraná adquiriu uma identidade própria a

partir dos determinantes históricos e da relação Estado/Município, sendo anterior a

Constituição Federal de 1988 e a aprovação da nova LDB (Lei 9394/96 ), foi com a

assinatura do Termo Cooperativo de Parceria Educacional de 1992 entre o Estado e

os Municípios ,que se consolidou de forma definitiva o processo de municipalização no

Paraná, formatando a oferta do Ensino Fundamental da seguinte maneira:

municipalização das séries iniciais e estadualização das séries finais.

A partir de 1991 o governo estadual passou a incentivar a municipalização

através da qual o estado transfere aos municípios a administração da pré-escola, do

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primeiro ciclo do Ensino Fundamental, primeira a quarta série, da Educação Especial e

da primeira fase do Ensino Supletivo.

A municipalização do ensino no Paraná é uma experiência pioneira no Brasil.

Já em 1993, 81% dos municípios do Estado haviam aderido ao termo cooperativo. A

partir de 1995 essa iniciativa ganhou novo fôlego com a adesão dos grandes

municípios. Foi assim que a sinalização favorável à municipalização do ensino feita pelo

governo federal a partir de 1997 encontrou no Paraná um solo fértil para sua

concretização. A municipalização do Ensino Fundamental é uma estratégia importante

para melhorar a qualidade da rede escolar pública

Além da municipalização a transição também envolve a família, o aluno e a

aluna, o adolescente, a instituição antiga e a nova, as aspirações, as frustrações, a

história de vida de cada aluno ou aluna.O ingresso do aluno ou aluna na quinta série é

um momento em que a família6 precisa refletir sobre a educação escolar que deseja

para seu filho ou filha , suas expectativas devem ser coerentes com a proposta da

escola, precisam conhecer os aspectos físicos da escola, seu projeto político

pedagógico, o conteúdo a ser ministrado, os recursos humanos, o acompanhamento

anual...

É necessário que as crianças percebam que existe uma transição, uma

passagem entre a quarta e quinta série, torna-se importante a vivência dessa mudança,

que gera um sentimento de “ começar de novo”. Para que a transição não gere

indisciplina, falta de atenção, baixo aproveitamento dos conteúdos, enfim, situações

que causem insegurança para professores e professoras, alunos e alunas é

fundamental que o professor ou professora avalie os conhecimentos prévios dos alunos

e alunas e o grau de intensidade ou de profundidade com que as informações novas

devem ser vinculadas, sondando habilidades cognitivas e procedimentos de leitura,

escrita e raciocínio lógico dos alunos e alunas. No cotidiano, percebemos que “quanto

mais integrado for o trabalho do professor ou professora com os alunos alunas, maior

6 Família deve ser entendida como união formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços

naturais, por afinidade, ou por vontade expressa.

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é a chance que se tem de observar o grau de conhecimento e aproveitamento do

trabalho realizado” (PICONEZ, 2002, p.37) .

Essa integração poderá contribuir para a compreensão do cotidiano, voltada para

o atendimento dos alunos e alunas em seus diferentes níveis e, portanto ,o alcance de

objetivos por parte de cada aluno ou aluna passa a ser um alvo buscando a melhoria

da qualidade de ensino.

Atualmente, por decorrência das Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs), que

se definiram em vistas da reformulação curricular imediata para 2006. Como

consequência, em todas as escolas públicas estaduais foi redimensionado sua

Proposta Pedagógica, objetivando garantir um processo coletivo em favor da

democracia, e buscando vencer as limitações e obstáculos para alicerçar um processo

democrático.

Todos somos professores (as) e alunos(as), ensinantes e aprendentes ao

mesmo tempo, somos seres humanos capazes de transferir características adquiridas,

valores e princípios. Ensinar visa promover a aprendizagem devendo ser praticada,

respeitando a integridade do aluno e aluna, seus conhecimentos oriundos de suas

vivências de modo a aproveitá-los. “Os professores exercem uma função fundamental

no desenvolver holístico dos estudantes” (FONSECA 2008). Sendo assim, professores e

professoras em conjunto com alunos(as), espaços pedagógicos interessantes,

estimuladores e desafiadores contribuem para que ocorra a construção de um

conhecimento escolar significativo. Segundo FORQUIN (1993, p. 167) :

A escola é, também, um mundo social que tem suas características de vida próprias, seus ritmos e seus ritos, sua linguagem, seu imaginário, seus modos próprios de regulação e de transgressão, seu regime próprio de produção e de gestão de símbolos.

O processo de aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo que

envolve aspectos emocionais, biológicos e culturais. É resultante do desenvolvimento

de aptidões e se desencadeia a partir da motivação e domínio de conteúdo.

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Para Demo (2007), o professor ou professora deve ser um pesquisador que

constrói e reconstrói seu projeto pedagógico. Ele deve produzir ou reconstruir textos

científicos, elaborar ou reelaborar o material didático, inovando sua prática didática em

sala de aula.

A educação deve estar em movimento constante, sempre em busca de novas

possibilidades, não podemos criar falsas expectativas, porém uma reestruturação é

proposta aqui, uma vez que se torna urgente o compromisso entre professores e

professoras , pedagogos e pedagogas e direção, proporcionando o tão almejado ensino

de qualidade, ultrapassando limites de tempo e divisões disciplinares estanques,

confiando na capacidade de aprendizagem de todos os alunos e alunas a partir de

objetivos e oportunidades que levem em consideração suas probabilidades e

interesses.

Na visão de Gómez/Sacristán; “a educação, (...) cumpre uma iniludível função de

socialização, desde que a configuração social da espécie se transforma em um fator

decisivo da hominização e em especial da humanização do homem” (1998, p.13)

A pedagoga ou pedagogo sempre foram e continuam sendo de fundamental

importância no percurso da escola pelos caminhos planejados, na realidade do

cotidiano das salas de aula, precisam acompanhar e estar ativos em todas as instâncias

da escola, vão promover o trabalho em equipe na busca do sucesso didático-

pedagógico, fazendo a mediação entre as diversas áreas do conhecimento,

apresentando pressupostos que fundamentam a natureza do trabalho, já que servirão

como quadro de referências para a análise que faremos das quintas séries,

correspondente a uma etapa significativa do processo de formação científica que teve

início nas séries anteriores e que será o diferencial para as posteriores, facilitando a

transição dos alunos e alunas que exige que a escola e o processo de formação,

atuação de seus professores e professoras passem por momentos de vivência,

reflexão, conceitualização e sistematização de saberes e conhecimentos.

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É importante uma perspectiva pedagógica multicultural7, sendo a escola um

espaço eminentemente da diferença, da diversidade e, também de encontros, embates,

conflitos, possibilidades... é um espaço do múltiplo, em que a vida escolar e o currículo

sejam assumidos e trabalhados, ressaltando que o processo de ensino e aprendizagem

se desenvolve, com sucesso quando há flexibilidade de tempo, preocupação real de

assimilação de conteúdos e progresso de cada aluno ou aluna, realizando-se

adaptações sucessivas da ação pedagógica feitas no planejamento escolar onde se

definem as necessidades, os objetivos, os procedimentos, recursos, tempo de

execução e formas de avaliação. Segundo LIBÂNEO (2004, p.168 )

o currículo constitui o elemento nuclear do projeto pedagógico, é ele que viabiliza o processo de ensino e aprendizagem. Dentro do marco teórico, a proposta curricular define-se como projeção do projeto pedagógico, ou seja, o currículo é um desdobramento necessário do projeto pedagógico, materializando intenções e orientações previstas no projeto em objetivos e conteúdos. Nesse sentido, a proposta curricular é a orientação prática da ação de acordo com um plano mais amplo, é um nível do planejamento entre o projeto pedagógico e a ação prática. Enquanto projeção do projeto pedagógico, o currículo define o que ensinar, o para que ensinar, o como ensinar e as formas de avaliação, em estreita colaboração com a didática .

A quinta série é um momento crucial do desenvolvimento da leitura, da escrita e

da interpretação, qual deve ser o direcionamento do professor ou professora nesta

série? Sempre ficou claro que o professor ou professora é o responsável pela

transmissão de conceitos, conteúdos e métodos que fazem parte da sua disciplina,

sendo assim, é o responsável pelo desenvolvimento da capacidade do aluno ou aluna

pensar lógica e criticamente. Ao passo que, ao trabalhar o conteúdo deve integrá-lo aos

outros saberes para que se desenvolva a leitura de mundo, o que será possível se ele

dominar a leitura, a escrita e a interpretação.

7 A educação multicultural institui nos sistemas de ensino a filosofia do pluralismo cultural, ao “reconhecer

e valorizar a importância da diversidade étnica e cultural, na configuração de estilos de vida, experiências sociais, identidades pessoais e oportunidades educacionais acessíveis a pessoas, grupos e nações (BAPTISTE, 1979 apud GONÇALVES/SILVA, 2004, p.55)

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A escola deve desenvolver no educando (a) a capacidade de expressar e

comunicar suas idéias, participar e interpretar as produções culturais, intervir pelo uso

do pensamento lógico, da criatividade e da análise crítica. Este processo é viabilizado

pelas disciplinas que propiciam ao educando(a) o seu crescimento como cidadão

consciente e crítico, como inserção social, política e compromisso histórico, além do

exercício cotidiano dos seus direitos, deveres, atitudes, condutas, como uma atitude de

respeito às diversidades e autoconfiança. É necessário que o educador ou educadora

perceba os educandos (as) como cidadãos de hoje, indivíduos que participam em um

mundo social, do qual a escola representa apenas uma de suas instâncias, respeitando

suas experiências de vida, sua linguagem e seus valores culturais, pois não existem

conhecimentos que sejam melhores ou mais legítimos do que outros. Não cabe à

escola desqualificar ou ignorar essas experiências e, sim, tentar incorporá-las a fim de

que o (a) educando (a) perceba que há uma contextualização da vida social com seu

cotidiano. Ao dar liberdade de expressão aos educandos e educandas, a escola permite

que estes sejam encorajados a atuar criticamente em outras instâncias do mundo

social.

Entre três e doze anos aproximadamente, as crianças superam o intenso

período de construção de si mesmas e vão continuar a desenvolver-se em todos os

sentidos. Na quinta série, a criança encontra-se com mais ou menos onze anos, idade

que corresponde a “puberdade”, ou seja, o início da adolescência fase que está entre a

infância e a idade adulta, é caracterizada pelo desenvolvimento nos campos biológico,

psíquico e social.

Além disso, também é cobrada a ruptura com o universo infantil e o surgimento

de um indivíduo desorientado de quem se requer uma série de novas adaptações.

A escola deve ter um papel de aproximação do aluno ou aluna em relação à

realidade que lhe cerca para que este esteja sempre preparado para o mundo do

trabalho e para a vida social.

A escola sendo uma instituição da sociedade, que possui suas próprias formas

de ação e razão, constituídas no decorrer de sua história tem procurado se adaptar ao

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processo de transformações, fatores econômicos, políticos, sociais e culturais. .Cúberes

et al (1997, p.21) explica que “ o sujeito que aprende , necessita e deseja viver sua

educação como um processo contínuo, seu pensar e seu fazer além das graduações,

profissões ou posições aos quais aspire’’.

É preciso que a escola abra sempre espaços para o entendimento dos

problemas da realidade atual seja ela econômica, ecológica, sociocultural, seja política

para que o aluno ou aluna saiba seu papel na sociedade como verdadeiro artífice da

mudança. O papel da escola, por meio do currículo - que pode ser concebido como uma

orientação pedagógica sobre o conhecimento a ser desenvolvido, é explicar o mundo

compreendendo claramente suas transformações e os fatores motivadores de cada

processo de metamorfose da vida política, econômica e social. Neste sentido, se faz

necessário repensar o currículo a partir das diversidades culturais e interesses dos

alunos e alunas.

O currículo é a representação da cultura no cotidiano escolar [...] , o modo pelo qual se selecionam, classificam, distribuem e avaliam conhecimentos no espaço das intenções escolares. [...] um modo pelo qual a cultura é representada e reproduzida no cotidiano das instituições escolares. (PEDRA, 1997, p.38).

A cumplicidade é fundamental para a geração do conhecimento e é papel da

escola gerar oportunidades para que esta cumplicidade se efetive na relação professor

(a) x aluno (a), cumprindo as metas estabelecidas no currículo.

O currículo é a ligação entre a cultura e a sociedade exterior à escola e à educação; entre o conhecimento e cultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre a teoria (idéias, suposições e aspirações ) e a prática possível, dadas determinadas condições. (SACRISTÁN, 1989, p.22).

A problemática sobre o planejamento de ensino remete à questão do método.

Método este, que será escolhido pelo professor ou professora ao elaborar o plano de

trabalho docente a ser efetivado, requer o conhecimento das tradicionais pedagogias

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para que se possa elaborar um planejamento de forma organizada, coerente com a

proposta pedagógica da escola levando-se em consideração a preocupação com a

aprendizagem e permanência do aluno e aluna , com sucesso, na escola. O professor

ou a professora como mediador (a) no processo ensino e aprendizagem, necessita

enfatizar a perspectiva de crescimento intelectual dos alunos e alunas, priorizando o

desenvolvimento da autonomia, o domínio das diferentes formas de linguagem,

estabelecendo situações significativas de aprendizagem que levem os alunos e alunas

a se relacionarem efetivamente com o conhecimento.

Para Libâneo (1994, p.222), “ planejamento é um processo de racionalização,

organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a

problemática do contexto social”.

Posto este quadro geral do perfil do aluno ou aluna e do professor ou professora,

podemos identificar as diversas variáveis que se apresentam entre esses protagonistas

do processo de ensinar e aprender, essas variáveis interferem no tipo de

relacionamento que terão. Ilustrando essas reflexões, o autor ARROYO8 diz:

... os diálogos nas escolas tornaram-se tensos entre alunos e mestres. Há apreensão nas escolas, e não apenas com salários, carreira e condições de trabalho que pouco melhoraram. Há apreensão diante dos alunos. É deles que vêm as tensões mais preocupantes vivenciadas pelo magistério. Os alunos estariam colocando seus mestres em um novo tempo? O mal-estar nas escolas é preocupante porque não é apenas dos professores mas também dos alunos. (2009, p. 09 ).

Partindo do princípio de que professores e professoras, alunos e alunas estão

inseridos em uma mesma instituição, a escola, portanto faz parte de um sistema mais

amplo que é a sociedade, que atua e reproduz as relações nela presentes ,há

necessidade de se criar um vínculo com as famílias dos alunos e alunas , para que

participem ativamente, como aliados no processo da educação, e não somente

percebam a escola como local para ouvir reclamações ou para tomar conhecimento

8 Livro: Imagens Quebradas. Trajetória e tempos de alunos e mestres:

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sobre a avaliação de desempenho dos filhos e filhas. (Nunes 2000) garante que a

adaptação da criança na escola, é um processo que exige uma transformação, tanto da

criança que tem que se acostumar com a nova realidade, quanto da escola, que precisa

estar motivada a receber criança e sua família.

É frequente ouvir que, cabe a família o dever de educar os filhos e filhas dentro

das normas morais e éticas para sua vivência em sociedade, enquanto que a escola

tem a função de garantir o acesso a novos conhecimentos e aqueles produzidos pela

humanidade. Atualmente percebe-se que em várias situações, a família tenta transferir

para a escola e aos professores e professoras , a responsabilidade de educar. Por sua

vez, o professor ou professora também encontram dificuldades em dar continuidade à

educação familiar, ficando assim uma lacuna entre o processo ensino/ aprendizagem e

a educação para a vida. Sendo assim, faz-se necessário repensar os papéis de cada

instituição. Para PAROLIN (2003):

...tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa : preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem as suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa mesma instituição. A escola tem sua metodologia e filosofia para educar uma criança. No entanto,ela necessita da família para concretizar o seu projeto educativo.

Família e escola são dois sistemas que, tradicionalmente, têm estado bastante

afastados, apesar de possuírem frequentes relações de interações, seja em nível

institucional (APMF, Conselho Escolar, etc...) ou em nível individual relação família/

professor (a).

Para Grolnick e Slowiaczeck (1994, apud Maiomone e Bortone, 2001) quando os

professores ou professoras percebem que os pais estão mais envolvidos e

comprometidos com a vida escolar dos filhos e filhas , atendem melhor ao alunado na

escola, quando a criança percebe que seus pais estão envolvidos, são influenciados por

essa atitude e desempenham melhor suas tarefas escolares.

Com a participação da família, é possível buscar possibilidades de cooperação,

sendo que, durante a mudança, algumas crianças sentem-se inseguras, com medo,

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encontram dificuldades com as exigências e tarefas escolares , material didático, de

concretização de várias solicitações em simultâneo. Estas novas exigências

necessitam de uma maior capacidade de organização, que os alunos e alunas vão

adquirindo aos poucos.

Não pretendemos apresentar uma solução, mas como educadores e educadoras,

com o fato de refletirmos constantemente sobre a educação e traçarmos caminhos

para facilitar e assegurar a adaptação, criando estímulos, estaremos promovendo a

permanência com sucesso na escola, facilitando a aprendizagem.

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5. Re-inventando alternativas em busca de soluções As considerações já expostas nos levam a pensar em atividades que visem o

desenvolvimento do espírito crítico e de socialização, objetivando a adaptação de

todos os envolvidos no processo educacional. Para tanto serão propostas atividades a

serem desenvolvidas no decorrer do ano letivo.

As atividades um , dois e três serão realizadas no final do ano ,época em que os

alunos e alunas ainda estarão nas escolas de quarta série. As demais atividades serão

realizadas durante o ano letivo em que os alunos e alunas estarão cursando a quinta

série.

5.1 Atividade 1- Visita a Secretaria Municipal de Educação.

Execução da atividade 1- agendar horário com o Senhor Secretário da Educação,

expor a proposta do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional),apresentando o

Projeto de Intervenção Pedagógica, solicitando a permissão de visita nas escolas de

quarta série realizando o diagnóstico para encaminhamento do referido projeto.

Modelo de solicitação: (anexo I)

5.2 Atividade 2- Entrevista com pedagogas e pedagogos e professoras e professores das escolas de quarta série

Objetivo : exposição do projeto e solicitação de permissão para entrada nas

escolas municipais.

Objetivo: fortalecer relações de parceria ,facilitando a adaptação dos alunos e alunas de quinta série

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Execução da atividade 2- Após agendar horário com a direção das escolas

municipais, realizar entrevistas com pedagogas e pedagogas (anexo II) e, com

professoras e professores (anexo III) das referidas escolas.

5.3 Atividade 3- Entrevista nas escolas de quarta série

Execução da atividade 3- Após identificação na secretaria do Colégio Estadual Major

Vespasiano Carneiro de Mello a relação de alunos e alunas matriculados e sua escola

de origem, visitar as turmas da quarta série das escolas municipais ,aplicando o

questionário (anexo IV)

5.4 Atividade 4- Reunião com pais dos alunos de quinta série.

Execução da atividade 4- uma semana antes do início das aulas convidar a família

dos alunos e alunas para a reunião de apresentação, onde serão tratados os seguintes

assuntos: apresentação do espaço físico do Colégio, horário de funcionamento,

proposta pedagógica, regimento interno, sistema de avaliações, esclarecimentos de

dúvidas que surgirem enfatizando aos pais a importância e necessidade do estudo

formal aos filhos e filhas, esta culminará com a apresentação do filme “Vida Maria”

(anexo VII da unidade II p. 88 )

5.5 Atividade 5- Reunião com professores de quinta série.

Objetivo: identificar anseios, angústias e expectativas dos alunos e alunas em relação à quinta série

Objetivo: transformar a insegurança dos pais em expectativa positiva, através de

reunião de apresentação, antes do início das aulas

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Execução da atividade 5- durante a semana pedagógica do início do ano letivo, reunir

os professores e professoras, repassar em Power point o resultado das entrevistas para

análise. Pensando em chamar os professores a assumirem suas responsabilidades na

preparação coletiva da recepção dos alunos bem como de todo processo educativo

será trabalhado o filme “De quem é a responsabilidade” (anexo VI da unidade II p.87 ).

Em seguida, serão preparadas as atividades para aula inaugural em cada disciplina,

conforme sugestão abaixo:

# Matemática – explicar horários de funcionamento da escola, duração de cada

aula,troca de professores e professoras , entrada, saída, recreio, organização das

tarefas, utilizando cálculos básicos da matemática.

# Português- Apresentação de cada aluno e aluna, sua história, suas preferências,

habilidades, dificuldades ,alguns itens oralmente outros escritos para a professora ou

professor.

#Geografia- explorar espaços (como a escola é grande, muitos se confundem).

#História- Histórico do Colégio, origem, nome completo, patrimônio...

#Ciências- Cuidados com a higiene, uso do banheiro, instruções sobre lanche, água

(muito calor em Fev), traje adequado, recreio- relacionando com a qualidade de vida.

Objetivo: analisar dados coletados com professores e professoras, pedagogos e

pedagogas alunos e alunas de quarta série, planejar ações educativas para a

recepção dos alunos e alunas e programação para primeira semana de aula.

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#Educação Física – Gincana para entrosamento, enfatizando a competição saudável.

#Ensino Religioso – Atividades de coleguismo, respeito, diferenças, enfatizando

“valores e convivência em grupo”.

#Língua Estrangeira Moderna– Treino e execução de músicas de boas vindas em

Inglês , cumprimento aos colegas em Inglês.

.

# Educação Artística – Cartazes de boas vindas, cartão de apresentação para

professores e professoras e colegas, confecção de crachás.

5.6 Atividade 6 – Planejamento com a Direção e Equipe Pedagógica do primeiro dia de

aula

Execução da atividade 6- a pedagoga ou pedagogo se reúne com a direção para

repassar a sugestão de recepção de alunos e alunas proposta pelos professores e fará

o planejamento com a direção do primeiro dia de aula. Conforme proposta abaixo:

-Direção reunirá alunos e alunas no pátio, dando as boas vindas e fazendo sua

apresentação.

-Pedagoga ou pedagogo levará alunos e alunas para conhecer as salas de aulas de

cada quinta série, possibilitando a escolha de sua carteira, em seguida repassará as

normas e funcionamento da escola. Culminando a atividade com um passeio nas

dependências da escola explicando a importância de cada espaço e sua conservação.

Ex : biblioteca, auditório, sala de vídeo, informática, ginásio de esportes, refeitório,

banheiros, bosque, secretária, sala da direção, da equipe pedagógica, etc...

Objetivo: planejar ações educacionais, propiciando uma melhoria na qualidade

da recepção dos alunos e alunas de quinta série,

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- Será preparado e servido um lanche especial no refeitório.

- Serão realizadas dinâmicas de apresentação e entrosamento entre os alunos e alunas

da quinta série na quadra externa .

Sugestões de dinâmicas (anexo V)

5.7 Atividade 7- Avaliação diagnóstica.

Execução da atividade 7- cada professor e professora elaborará questões que

considera essenciais como pré- requisitos e repassará para a pedagoga ou pedagogo,

que irá elaborar a avaliação diagnóstica com as questões de todas as disciplinas.A

referida avaliação será aplicada no início da segunda semana de aula, após feita a

correção, os dados coletados serão analisados juntamente com os professores e

professoras de cada disciplina para subsidiar a elaboração do planejamento anual.

5.8 Atividade 8- Preenchimento da ficha de acompanhamento de alunos e alunas.

Execução da atividade 8- os alunos e alunas preencherão a ficha (anexo VI) para

fornecer informações importantes, facilitando o acompanhamento durante o ano letivo.

O verso da ficha será utilizado para realizar anotações sobre o aluno e aluna durante o

ano. Nas reuniões com pais as anotações fornecidas pelos alunos e alunas serão

atualizadas e as anotações feitas pela escola serão repassadas aos pais.Esta ficha tem

por objetivo facilitar o trabalho dos pedagogos e pedagogas, já que todos terão acesso

a ficha de controle.

Objetivo: Coletar informações para subsidiar professores e professoras na

identificação de possíveis dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos

e alunas.

Objetivo: coletar informações de alunos e alunas para acompanhamento

durante o ano letivo.

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5.9 Atividade 9- Realizando o plano de trabalho docente .

Execução da atividade 9- após a coleta de dados e informações levantadas na

primeira semana de aula, na avaliação diagnóstica, na ficha de entrevista com pais,

alunos e alunas, o pedagogo ou pedagoga reunir-se-á com cada professor ou

professora na sua hora atividade para repassar e analisar observações realizadas e

para elaboração do plano de trabalho docente, procurando buscar meios e soluções

para alcançar os objetivos propostos para cada disciplina, atendendo as necessidades

de cada turma.

Objetivo: apontar o desenvolvimento da cada aluno e aluna, dificuldades,

habilidades perfil da turma, possibilitando elaborar diferentes estratégias que

auxiliem os alunos e alunas, professores e professoras a superar os desafios e

exigências ao longo do ano letivo.

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6. Cine Fórum

6.1 Atividade 10 - Os filmes Vida Maria (anexo VII unidade II p. 88 ) e Mãos

Talentosas (anexo VIII unidade II p. 89 ) são atividades a serem desenvolvidas com

os alunos e alunas ao longo do ano letivo com o objetivo de levá-los a analisar o quão

importante é o estudo formal como possibilidade de novos caminhos.

6.2 Atividade 11 - O filme Mãos Talentosas também será trabalhado com os

professores, professoras e pais ao longo do ano letivo.

Tendo como objetivo ao ser apresentado aos professores e professoras propor

uma reflexão sobre sua prática pedagógica.

Este será apresentado aos pais com objetivo de enfatizar a importância da

participação dos mesmos na vida escolar de seus filhos e filhas.

6.3 Atividade 12- O filme “Quem mexeu no meu queijo” (anexo IX da unidade II

p. 91) O objetivo deste aos professores e professoras é alertar sobre a importância de

inovações pedagógicas no cotidiano escolar

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7. ANEXOS

ANEXO I

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED

Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

Colégio Est. Major Vespasiano Carneiro de Mello – CEMVCM Professora PDE 2009: Sofia Voss

Professora Orientadora: Rosana Nadal de A. Moura Projeto: 5ª série- Um ritual de passagem

Castro, 09 de dezembro de 2009

Prezado Senhor, Tendo em vista a necessidade de levantamento de dados, relativos à transição de 4ª

para a 5ª série, solicito autorização para visita às escolas municipais, no período de Dez/09 a Junho/10. Essa pesquisa faz parte do Programa PDE/09 e tem por objetivo amenizar a adaptação dos alunos na mudança de escola, possibilitando a melhoria do desempenho na nova série. Certo de sua atenção, antecipadamente agradeço. Sofia Voss

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ANEXO II

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Colégio Est. Major Vespasiano Carneiro de Mello – CEMVCM

Professora PDE 2009: Sofia Voss Professora Orientadora: Rosana Nadal de A. Moura

Projeto: 5ª série- Um ritual de passagem.

Entrevista com Pedagogas de 4ª série

01) Exerce a função de Pedagoga, nesta escola há:

( ) 1 ano ( ) 2 a 5 anos ( ) 5 a 10 anos ( ) +10anos

02) A maior parte do seu horário é dedicada a:

( ) orientação a professores ( ) orientação a alunos ( ) problemas disciplinares ( ) reforço escolar ( ) acompanhamento do rendimento escolar ( ) Outros, como . 03) Na sua escola, os alunos apresentam maior dificuldade em:

( ) Português ( ) Matemática ( ) Ciências ( ) História

( ) Geografia ( ) Ed. Física ( ) Literatura ( ) Artes

04) Quais medidas são tomadas com os alunos com dificuldades?

R: .

.

05) Quais os principais pré-requisitos exigidos dos alunos de 4ª série para que

sejam aprovados para a 5ª série?

Português: . . Matemática: . .

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História: . . Geografia: . . Ciências: . . Artes: . . Ed. Física: . .

06) Que dicas você nos dá para receber os alunos de 5ª série, facilitando sua adaptação?

. . .

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32

ANEXO III

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Colégio Est. Major Vespasiano Carneiro de Mello – CEMVCM

Professora PDE 2009: Sofia Voss Professora Orientadora: Rosana Nadal de A. Moura

Projeto :5ª série- Um ritual de passagem

Entrevista com professoras da 4ª série

01) Há quanto tempo ministra aulas na 4ª série?

( ) 1 ano ( ) 2 a 5 anos ( ) +5anos ( ) +10anos

02) Ministra aulas na 4ª série por:

( ) Opção ( ) Indicação da escola ( ) Outros, como . 03) Na sua turma tem alunos:

( ) com defasagem idade/série ( ) com necessidades especiais ( ) com dificuldades de aprendizagem leves ( ) com dificuldades de aprendizagem severas ( ) que participam da sala de recursos ( ) que participam de reforço escolar ( ) que não apresentam tarefas de casa 04) Considera o número de alunos da sua turma:

( ) normal ( ) alto ( ) baixo Por quê? . . 05) A indisciplina ocorre:

( ) raramente ( )dentro da normalidade ( ) de forma exagerada ( ) com freqüência Por quê? .

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06) Seus alunos têm melhor desempenho em:

( ) Português ( ) Matemática ( ) Ciências ( ) Ed. Física ( ) Geografia ( ) História ( ) Artes 07) Quais fatores influenciam na dificuldade de aprendizagem?

( ) ausência de pré-requisitos ( ) desinteresse ( ) indisciplina ( ) outros, como: . . 08) Que dicas você nos dá para receber os alunos da 5ª série, facilitando sua

adaptação?

.

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34

ANEXO IV

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Colégio Est. Major Vespasiano Carneiro de Mello – CEMVCM

Professora PDE 2009: Sofia Voss Professora Orientadora: Rosana Nadal de A. Moura

Projeto: 5ª série- Um ritual de passagem

Entrevista com alunos da 4ª série

01) Você já sabe onde irá estudar na 5ª série?

( ) sim ( ) não

02) A opção pela escola onde você vai estudar foi:

( ) por escolha própria

( ) por escolha de seus pais

( ) pela indicação da carta enviada pela SEED

( ) devido ao transporte escolar

( ) outros: .

03) Você já foi visitar sua escola de 5ª série?

( ) sim ( ) não

04) Qual sua maior preocupação com relação à 5ª série?

.

.

05) O que você espera encontrar na sua nova escola?

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.

.

06) Dê-nos uma sugestão para o primeiro dia de aula.

.

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ANEXO V

Cartão Musical

Facilitar o relacionamento entre os participantes de um grupo.

Passos

1- Coordenador distribui um cartão, um lápis e um alfinete para cada participante e pede

que cada um escreva no cartão o nome e prenda-o na blusa. (Não pode ser apelido).

2- Os participantes sentam-se em círculo. O coordenador coloca-se no centro e convida

os demais a cantar:

“Quando vim para este grupo, um(a) amigo(a) eu encontrei (o coordenador escolhe uma

pessoa) como estava ele(a) sem nome, de (nome da pessoa) eu o(a) chamei.

Oh! amigo(a), que bom te encontrar, unidos na amizade iremos caminhar”(bis).

(Melodia: Oh, Suzana!!)

3- O coordenador junta-se ao círculo e a pessoa escolhida, entoa a canção, ajudada

pelo grupo, repetindo o mesmo que o coordenador fez antes. E assim prossegue o

exercício até que todos tenham se apresentado.

4- A última pessoa entoa o canto da seguinte maneira:

“Quando vim para este grupo, mais amigos encontrei, como eu não tinha nome, de

...(cada um grita seu nome) eu o chamei.

Oh! amigos(as), que bom nos encontrar, unidos lutaremos para o mundo melhorar"

(bis).

Avaliação

- Para que serviu a dinâmica?

- Como nos sentimos?

Trocando os crachás

Conhecer os integrantes do grupo, “quebrar o gelo”, chamar à participação e ao

movimento.

Material

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Crachás para todos, contendo os nomes de cada um.

Desenvolvimento

1- No inicio do encontro, distribuem-se os crachás normalmente, de forma que cada um

receba o seu próprio nome.

2- Após algum tempo, recolher novamente os crachás e colocá-los no chão, com os

nomes voltados para baixo. Cada um pega um para si; caso peque o próprio nome,

deve trocar.

3 - Colocar o crachá com outro nome e usá-lo enquanto passeia pela quadra.

4 - Enfim procurar o verdadeiro dono do nome (crachá) e entregar a ele seu crachá.

Aproveitar para uma pequena conversa informal; procurar se conhecer algo que ainda

não conhece do colega.

Avaliação

- Partilhar a experiência no grande grupo.

CRACHÁ CRIATIVO

Objetivos: Apresentação, integração, criatividade, expectativas, descontração,

aquecimento, percepção de si/do outro, identificação, sensibilização, vitalizador,

relacionamento interpessoal.

Recursos: Cartolina, canetas coloridas, lápis, cola, tesoura, revistas, jornais, papel

sulfite, fita adesiva.

Instruções: Utilizando diversos materiais, cada participante, constrói o crachá mais

bonito que puder fazer, naquele momento.

Deixar espaço em branco para colocação do nome, porém não escrevê-lo.

Após o término, o Facilitador recolhe os crachás e os distribui aleatoriamente. Neste

momento os participantes escrevem os nomes nos crachás que receberam.

Cada participante tenta descobrir quem fez o crachá e o porquê acredita ser aquela

pessoa.

Quem executou se apresenta e tenta, então, descobrir quem fez o seu crachá. Assim

sucessivamente até o término.

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VARIAÇÃO: O Facilitador pode incluir o levantamento das expectativas do grupo (o

tempo de duração do exercício aumentará).

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ANEXO VI

FICHA DE ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL DO ALUNO

1- Identificação do (a) aluno (a)

- Nome completo: ______________________________________________________

- Série e turma: _________ Número da chamada: _______

- Data de nascimento: ____/____/____ Idade: ______ anos

- Endereço residencial:___________________________________________________

Bairro: _________________________ Telefone: ____________________

2- Filiação:

- Nome do pai: ____________________________ Função: ____________________

- Local de trabalho: ________________________ Celular: ____________________

- Nome da mãe: ________________________________________________________

Local de trabalho: __________________________ Função: ____________________

Telefone de trabalho: ________________________ Celular: ___________________

- Em caso de emergência, comunicar-se com _____________, pelo telefone ________.

3- Demais informações sobre o (a) aluno (a):

- Mora com quem?

( ) pais ( ) só com a mãe ( ) só com o pai ( ) outros. _____________.

Onde estudou no ano de 2008? _____________________________________________

Tem irmãos? ( ) sim ( ) não

Quantos? ( )1 ( ) 2 ( ) Mais de 2.

Estudam no Colégio Vespasiano? ( ) sim ( ) não

Você já reprovou de ano? ( ) sim ( ) não Em qual série? _______________

Possui algum problema de saúde? ( ) sim ( ) não Qual? ________________

Está autorizado a fazer Educação Física? ( ) sim ( ) não

É portador de alguma necessidade especial? ( )sim ( ) não Qual? __________

Utiliza transporte escolar da Prefeitura (passe)? ( ) sim ( ) não

Recebe bolsa-família? ( ) sim ( ) não

Observações:

______________________________________________________________________

Ass. Do aluno: _______________________ Ass. Responsável: __________________

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8. Referências

ANTUNES, Celso. Como transformar Informações em Conhecimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005

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Para que a humanidade saia das cavernas em que ainda habita, não é suficiente que uma minoria apenas delas se liberte, mas que todos os seus membros saiam para a luz do dia e vejam a realidade.

Platão

9. UNIDADE II

9.1 Educação Formal Significativa: Um compromisso entre a escola e a família

Maria de Lourdes Barauce Freitas

9.2 Considerações Iniciais: Representações sobre a realidade escolar

O ambiente socioeconômico e político em que vivemos está em constante

transformação exigindo de nós, integrantes da sociedade, inúmeras adaptações. Pois

estas necessitam de mudanças, aperfeiçoamento e envolvimento de todos num

processo coletivo de busca e superação. E nós como educadores e educadoras, por

estarmos na linha de frente dessa empreitada como “ intelectuais transformadores”9

devemos oportunizar aos educandos e educandas a superação da alienação, do medo

da manifestação, do comodismo, ou seja, oportunizando a eles melhoria de qualidade

de vida através da educação formal10, fornecendo, através desta, capacidades críticas

argumentativas capazes de gerirem suas vidas e participarem ativamente na busca de

melhorias para a sociedade que vivem bem como subsídios para identificação da

autonomia, porém cabe considerar que, com relação a esta autonomia, estamos

entendendo este conceito a partir das considerações de Silva (2007)p. 149-150) que

9 Podem fornecer a liderança moral, política e pedagógica para aqueles grupos que tomam por ponto de partida a análise crítica

das condições de opressão. (GIROUX , 1997, p.187) 10

Ensino dispensado pelas escolas, com base na assimetria professor/aluno, na definição prévia de tempos, espaços e conteúdos, na existência de procedimentos de avaliação e de certificação. (CANÁRIO, 2006, p.118)

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explicita sobre o papel formativo do currículo , por ocasião das teorias críticas terem

postulado a existência de um núcleo subjetivo pré- social, que segundo este mesmo

autor, teria contaminado pelas relações de poder do capitalismo e que seria libertado

pelos procedimentos de uma pedagogia crítica nesta direção , SILVA identifica que:

Para as teorias pós-críticas, a subjetividade é já e sempre social. Não existe por isso, nenhum processo de libertação que torne possível a emergência – finalmente- um eu livre e autônomo . As teoria pós-críticas olham com desconfiança para conceitos como alienação, emancipação, libertação, autonomia, que supõem, todos uma essência subjetiva que foi alterada e precisa ser restaurada. Em suma, depois das teorias críticas e pós-críticas, não podemos mais olhar para o currículo com a mesma inocência de antes. O currículo tem significados que não muito além daqueles aos quais as teorias tradicionais nos confinaram. O currículo é lugar, espaço território. O currículo é relação de poder . O currículo é trajetória, viagem, percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, curriculum vitae: no currículo se forja nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é documento de identidade. ( 2007 p.149 -150)

Esse é sem dúvida um grande desafio, pois a falta de perspectiva por parte

de nossos jovens em relação à sociedade, e particularmente à escola, é um grande

problema para o ensino hoje11, a maioria deles não encontra motivos para frequentá-la

e isso os leva a um embate declarado, ou não, às normas da escola, não importando

se estas são razoáveis ou não. O que desperta maior atenção é o fato de que essas

atitudes independem de idade, sexo, classe social, etnia, etc. Como educadores e

educadoras, encontramos dificuldades em gerenciar atos de indisciplina, pois quando

esta se manifesta o que fazemos é suspeitar das causas (desinteresse, desestruturação

familiar, más influências, enfim culpabilizamos a criança pelo fracasso etc,) que nos

levam a um impasse sobre o que fazer, nos desanima e nos torna desmotivados a

prosseguir...(AQUINO,2005)

11 A realidade é o grande desafio da prática educativa, sendo seu ponto de partida, seu elemento de trabalho e seu destino,

mesmo porque o homem só se realiza na medida em que interfere na mudança da realidade. Assim a educação escolar tem também, em princípio, esta função de, ao partilhar o conhecimento acumulado, possibilitar melhores condições de vida às novas gerações. (VASCONCELLOS, 2003, p.39)

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Por sua vez, muitos pais não participam ativamente da educação de seus filhos

e filhas e, distanciados do sistema educacional em que estes estão inseridos, não

percebem a educação formal como uma prioridade na vida dos mesmos. Isso contribui

para a existência do desestímulo, pois estes não encontram na família apoio,

incentivo, para que vislumbrem no compromisso do dia-a-dia escolar “possíveis”

caminhos de transformação da realidade em que se encontram inseridos.

Os estudantes que recebem um apoio considerável da família para freqüentar a escola e que se sentem parte do contexto escolar certamente irão se esforçar para se sair bem e terão altas probabilidades de êxitos e poucas probabilidades de abandono. Os que sentem que os demais membros da família não valorizam o êxito escolar (...) valorizarão menos as realizações escolares (...) e ao encontrarem objetivos externos mais atrativos irão embora (MARCHESI, 2004, p.217)

Por outro lado, no âmbito da educação nos encontramos cheios de incertezas

quanto ao momento que vivemos, pois ainda não conseguimos assimilar no cotidiano

escolar as consequências da pós - modernidade, da coletividade como um todo,

consequentemente, a desigualdade social sobrepujando o pensar nas escolas e na

sociedade, a tecnologia no comando das ações com uma linguagem que não é

acessível a todos e, por esta razão muito além de levar informações , conhecimentos

tem o poder de massificar, fazendo com que os indivíduos passem a ter identidades

coletivas, num eterno “deixe a vida me levar”.

Esses obstáculos não podem nos deixar estáticos inseguros sobre como

trabalhar, devemos buscar subsídios que nos dêem embasamento para através da

educação formal propiciar ao aluno e aluna conhecimentos que os levem a

reconhecerem-se como indivíduos únicos, capazes de agir e optar com discernimento

sobre as mazelas da vida sem a interferência do outro.

...é imprescindível reconhecer que o manejo das questões disciplinares requer alternativa buscada coletivamente, que apontem para a presença inconteste e a participação ativa dos alunos na vida escolar, bem como um teor mais inclusivo das ações levadas a cabo pelos educadores. (AQUINO, 2005, p.52)

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Os argumentos de todos os envolvidos no processo de ensino/ aprendizagem

são, sem nenhuma dúvida inegáveis e pertinentes, mas sabemos que não podemos

idolatrá-los e torná-los intransponíveis. Sabemos o quão é importante a educação para

a superação de inúmeros males que afligem a sociedade atual e, por isso, não

podemos permitir que ela aconteça na base do improviso, de incertezas. Temos metas,

objetivos a serem alcançados e inúmeros desafios a serem transpostos.

Essa é a proposta, buscar com responsabilidade e, coletivamente, caminhos

alternativos tendo em vista uma aprendizagem significativa e concreta com vistas a um

entendimento de currículo multicultural.

A educação multicultural destina-se a todos (...) neste sentido, uma de suas metas importantes é a de ajudar todos os estudantes na aquisição de conhecimentos, atitudes e habilidades necessária para um agir efetivo em uma sociedade democrática plural, bem como no interagir, negociar e comunicar-se com pessoas de diferentes grupos, a fim de criar uma comunidade cívica e moral que trabalhe pelo bem comum. (BENNET, 1986. p.xv, apud GONÇALVES; SILVA, 2004, p.55)

Nesta direção, para compormos um caminho em busca da elucidação dos

problemas que afligem o cotidiano escolar não podemos deixar de enfatizar a

importância da gestão escolar12 na busca da concretização da escola democrática, que

necessitamos para enfrentarmos os desafios da concretização do ensino/

aprendizagem, como menciona (ARAÚJO, 2005, p.73)

...uma escola gerida de maneira autoritária não contribuirá para a formação de personalidades morais e para a construção do cidadão e da cidadã que acreditam plenamente na democracia. Uma escola em que todas as decisões sejam centralizadas nas mãos de uma pessoa ou de um grupo, em que as regras de convivência e o projeto pedagógico já se encontrem predeterminados a partir dos valores e crenças de algumas pessoas não permite o diálogo e a reorganização constantes dos tempos e espaços escolares com base na busca coletiva de novos e melhores caminhos para os desafios cotidianos.

12

...implica principalmente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização ,(...) a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a exploração; da solidariedade que supera a opressão.(...) inclui necessariamente, a ampla participação dos representantes de diferentes segmentos da escola nas decisões /ações administrativo/pedagógicas ali desenvolvidas. (VEIGA 2005 p.18)

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Não esquecendo que na busca de superação dos problemas, na

reorganização do tempo e espaço escolar os educandos e educandas devem ser

vistos como sujeitos centrais da ação educativa, como aprendizes, com tempos e

maneiras diferentes de conceber a aprendizagem e que nós como educadores e

educadoras somos formadores de identidades.

Neste sentido estamos entendendo que as práticas educativas se respaldam,

também, à luz das concepções de currículo, entendido como expressão, relação de

poder, tal qual nos revela (SILVA, 2002, p.15-16)

O currículo é sempre o resultado de uma seleção: de um universo mais amplo de conhecimentos e saberes seleciona-se aquela parte que vai constituir precisamente o currículo.(..) buscam selecionar por que “esses conhecimentos” e não “aqueles”. (...) as teorias do currículo deduzem o tipo de conhecimento considerado importante (...) considerando o tipo de pessoa que considera ideal. Qual é o tipo de pessoa desejável para um determinado tipo de sociedade? Será a pessoa racional e ilustrada do ideal humanista da educação? Será a pessoa otimizadora e competitiva dos atuais modelos neoliberais de educação? (...) o currículo está inextricavelmente, centralmente, vitalmente envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, na nossa identidade. (...) podemos dizer que o currículo é uma questão de poder.(..) selecionar é uma questão de poder. Privilegiar um tipo de conhecimento é uma operação de poder.

Essa enorme responsabilidade é dever de todos os envolvidos no processo

educacional, mas somos nós educadores e educadoras os principais sujeitos de

transformação social e, como tal devemos estar conscientes de que nossas escolhas

metodológicas, a seleção de conteúdos a serem trabalhados, nossos procedimentos

interferem diretamente nos resultados do processo de ensino /aprendizagem, somos

os articuladores da prática educativa.

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10. O desvelar do cotidiano da sala de aula...

Pretende-se interpretar “cotidiano de sala de aula” como uma busca de

compreensão dessa realidade escolar, a sala de aula e suas manifestações (OLIVEIRA,

2005) e, para tal realização a proposta será delineada tomando como alicerce uma

investigação13, formulada com questões de múltipla escolha, de forma objetiva

abordando questões do cotidiano escolar, com o objetivo de captar representações14

sobre a realidade educacional da escola, particularmente de cada sala de aula, ou seja,

perceber a manifestação do “currículo oculto” , o que não é declarado, mas transmitido

aos alunos e alunas implícito ao conteúdo formal. (GENTILI, 1997) Esta servirá para

posterior análise, de como procedimentos educacionais estão sendo tomados na

perspectiva de alguns dos principais envolvidos no processo de ensino/aprendizagem:

alunos e alunos, educadores(as) e pais, na tentativa de vislumbrar o porquê da

ocorrência de determinados problemas e buscar possíveis soluções.

Por isso entendemos a necessidade de trazermos para a pesquisa em educação as contribuições do estudo do cotidiano, porque estes estão voltados para a compreensão dessa complexidade, buscando captar saberes, valores e modos de interação específicos a cada espaçotempo escolar (OLIVEIRA; SGARBI, 2005, p.92)

A investigação será realizada com alunos e alunas das quintas séries,

período matutino, do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Professora Maria

13

“A investigação propõe transpor o vazio entre teoria e prática, entre investigação e ação, formando e transformando o conhecimento e a ação dos que participam na relação educativa, (...) dessa forma, o conhecimento que se pretende elaborar neste modelo de investigação encontra-se incorporado ao pensamento e a ação dos que intervêm na prática, o que determina a origem dos problemas e a forma de estudá-los”. (SACRISTAN; GÓMEZ 2000, p.101) 14

(...) a noção de representação social corresponde, antes de mais nada, à maneira como nós, sujeitos sociais, aprendemos os acontecimentos da vida diária, as características de nosso ambiente, as informações que nele circulam, as pessoas de nosso meio próximo ou distante. (...) esse que se denomina conhecimento de senso comum. (MARCHESI, 2004, p.125,)

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Aparecida Nisgoski15, em sala de aula, com professores e professoras que trabalham

com a turma envolvida na investigação e será enviada para casa, para que os pais

também participem emitindo suas opiniões. Portanto, esta intervenção será realizada

considerando a preservação das informações explicitadas de acordo com os princípios

éticos e pedagógicos da pesquisa científica.

O processo de investigação orientado para compreender a vida da aula, para oferecer conhecimento útil aos que têm a responsabilidade de intervir nele; deve ser considerado um processo de cooperação (...) podem tornar-se eixos de comparações de diferentes perspectivas, necessidades , interesses, concepções e propósitos. (SACRISTAN; GÓMEZ, 2004, p.117)

Para esta investigação serão utilizados formulários (anexo I) contendo

questões pertinentes ao desenvolvimento educacional, sendo que os alunos e alunas

serão questionados sobre suas atitudes com relação ao estudo; maneiras de estudar,

concepção de escola, organização familiar , importância do estudo para suas vidas.

Já para os pais, a ênfase será sobre o envolvimento educacional com a escola e com

seu filho ou filha e, para os professores e professoras , o enfoque será sobre o

planejamento escolar, estratégias de ação, relacionamento professor/aluno e

flexibilização curricular. Neste momento, delinearemos uma sondagem que será

realizada com o intuito de vislumbrar direções para solução dos problemas

encontrados no processo ensino/aprendizagem.

15

Estabelecimento de ensino situado no Município de Castro, pertencente ao NRE de Ponta Grossa/PR, contando em seu

quadro de funcionários com : agentes educacionais I :seis .Agentes educacionais II : oito. Professores: setenta e cinco. Alunos- oitocentos e trinta e cinco.

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11. Exercendo a cidadania: uma perspectiva para a convivência com assembleias de classe no cotidiano escolar

(...) as políticas culturais não podem excluir qualquer possibilidade real de os professores, alunos e pais, além de outros, envolverem-se na transformação do currículo. (PACHECO, 2003, p.111)

Sabemos que o currículo16 é a escola em ação e que essas ações devem ser

mediadas pelos sujeitos em função das particularidades existentes, valores, atitudes,

expectativas produzidas dentro de um limite cultural do qual toda a comunidade escolar

e familiar faz parte. (PACHECO, 2003) Por outro lado, a escola é comunidade quando

partilha seus objetivos, perspectivas e necessidades com a sociedade tornando seus

membros cúmplices ,ou co-responsáveis pelas ações que medeiam os acontecimentos

escolares.

O currículo é a ligação entre a cultura e a sociedade exterior à escola e à educação; entre o conhecimento e cultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre a teoria (idéias, suposições e aspirações) e a prática possível, dadas determinadas condições. (SACRISTÁN; GÓMEZ, 1989, p.22).

Com vistas à pesquisa realizada com os pais, educadores e educadoras,

educandos e educandas, já tabulada e exposta em gráfico, como referencial de base

para realização das atividades, todos os envolvidos no processo educativo serão

convidados a exercer sua cidadania, expressando seu pensamento a respeito dos

resultados apresentados, pois desejamos contribuir no processo de transformação da

sala de aula onde se priorize a convivência democrática primando pela justiça e o

16

O currículo é a representação da cultura no cotidiano escolar [...] , o modo pelo qual se selecionam, classificam, distribuem e avaliam conhecimentos no espaço das intenções escolares. [...] um modo pelo qual a cultura é representada e reproduzida no cotidiano das instituições escolares. ( PEDRA,1997, p.38)

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respeito, pela alteridade, responsabilidade e compromisso com o fazer considerando

sempre o desenvolvimento humano, o conhecimento e a cultura.

Para realização da atividade será utilizado o recurso “Assembleia de Classe”,

sabendo ser esta um evento escolar organizado com o intuito de discutir questões

necessárias para a otimização das ações e convivências democráticas que se originou

na década de 1960 (PUIG ,2002,p.28-29 apud AQUINO ,2005,p.81-82)

...as assembléias de classe são momentos institucionais privilegiados de diálogo, um dos valores democraticamente desejáveis e factíveis no cotidiano escolar. Sua marca principal é o protagonismo e seu alvo, a co-autoria pela construção de valores e das atitudes características da convivência democrática (...) as assembléias representam o momento institucional em que o grupo/classe viabiliza a auto-reflexão, a tomada de consciência sobre si mesmo e a conversão em tudo aquilo que seus membros consideram oportuno.

Os temas que pautarão a assembleia estarão evidenciados nos gráficos e serão

coordenados pela professora PDE a partir de discussões entre todos os envolvidos,

onde cada um terá oportunidade de se manifestar tendo em vista um currículo

participativo bem como, a concretização de uma gestão escolar democrática. Como

afirma (VEIGA, 2005, p. 50)

A gestão escolar deve prever formas democráticas de organização e funcionamento da escola, incluindo as relações de trabalho no seu interior. Relações de trabalho que devolvam à escola seus principais agentes ou atores: alunos e professores, coadjuvados direta e permanentemente pelos pais, que representam e trazem consigo a realidade circundante, por dela serem parte.

As discussões, acordos e contratos pedagógicos acertados durante a assembleia

serão registrados tendo em vista o lançamento de novas propostas para o cotidiano

escolar e encaminhamentos que se fizerem necessários. Para tal faremos uso de ficha

sendo intitulada como “Resultados da Assembléia de Classe” (anexo II). Faz-se

necessário salientar que as pessoas envolvidas no processo ensino/aprendizagem são

co-responsáveis por todas as iniciativas, decisões e mudanças lançadas durante a

assembleia.

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12. Conversando com os pais: uma possibilidade para norteamento pedagógico de ações disciplinares

12.1 Limites... Um valor necessário...

A queixa é unânime, em qualquer escola, seja ela pequena ou grande, da periferia

ou do centro, de crianças ou adolescentes, em todas elas o maior problema, ou o

causador da maioria dos males, o grande vilão da aprendizagem, é, sem dúvida, a “falta

de limites” observada, hoje, na maneira de agir da maioria dos alunos e alunas. E,

consequentemente, surgem os questionamentos em todas as reuniões pedagógicas,

em todas as salas de professores e professoras, O que está acontecendo? Onde estão

os responsáveis por esses alunos e alunas? O que podemos fazer?

Todos acreditam que muito do que falta a estes, com relação à conduta moral, foi

negligenciado pela família.

A existência de crianças impõe dois tipos de obrigação a toda sociedade, a preservação da vida e a continuidade do mundo. (...) Pelo fato de que as crianças são seres em construção está a cargo da esfera familiar (...) Pelo fato de elas serem representantes de uma nova geração, é de responsabilidade do âmbito escolar. No caso familiar, o que está em questão é a ordenação da conduta da “criança” por meio da moralização de seus hábitos; no caso escolar, visa-se a ordenação do pensamento do “aluno”, por meio da reapropriação do legado cultural. Trata-se, de grandezas de diferentes ordens que não se confundem jamais. ( ARENDT,1992,p.238/39 apud AQUINO, 2005. p.45)

Vivemos em um país capitalista onde não cabe mais, na família nuclear,

composta de pai, mãe e filhos, o papel de provedor apenas ao pai. Ambos trabalham

fora na tentativa de buscar uma vida mais “confortável” para os filhos e filhas. Essa é a

realidade das famílias tradicionalmente formadas, mas sabemos que hoje a estrutura

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familiar sofreu inúmeras modificações em sua composição, mudando bastante a visão

que se tem de família. Esse acontecimento, no entanto, não alterou o fato de que a

educação escapou do controle da maioria das famílias, sejam elas nucleares ou não.

Os filhos e filhas passaram a ficar em casa “sozinhos” com a televisão, o

computador e o vídeo game, com alguém que fica “tomando conta” dos mesmos e de

outras tantas obrigações, ou estes preenchem o tempo com natação, judô, balé,

escolinhas de futebol, quando não ficam como responsáveis pela casa, dando conta

dos afazeres domésticos , escolares e do irmão e irmã menor.

Essa é a verdade que nos acompanha, é a realidade de nossos alunos e alunas.

Mas, não há argumento ou trabalho que desobrigue os pais ou responsáveis de sua

missão de educadores.

É dentro de casa, na socialização familiar, que um filho adquire, aprende e absorve a disciplina para, num futuro próximo, ter saúde social. Seus maiores treinadores, professores, mestres e modelos são os pais ou alguém que cative sua admiração. (TIBA, 1996, p.178)

É esse o cotidiano de nossas escolas onde se faz necessária a conscientização

dos pais sobre todos esses acontecimentos que, muitas vezes, passam por eles

despercebidos de tão envolvidos que se encontram com a realidade em que vivem.

Uma “conversa ao pé do ouvido” com sutileza poderá fazer a diferença.

Pensando nesse contexto que tanto dificulta a realidade escolar será

desenvolvido um trabalho com os pais ou responsáveis, onde o primeiro tema a ser

trabalhado será a “falta de limites”, parafraseando17 a história infantil “A Pipa e a Flor”,

de Rubem Alves18, em apresentação de Power Point, esta será utilizada como intróito

da reflexão. A história retrata o relacionamento entre uma pipa e uma flor, onde a flor,

por sua natureza, permanece estática, plantada em um jardim, enquanto a pipa voa

alto saboreando toda sua liberdade. Essa amizade, no entanto, é dificultada pela

desconexão de sentimentos e pensamentos entre ambas, pois, enquanto a pipa quer

17

Atualizar a ideia de outro com minhas próprias palavras, dando ao mesmo significado, uma forma diferente de dizer. Lei de direitos autorais nº 9610/98. Art. 46 18

ALVES, Rubens, A pipa e a flor, São Paulo, 16ª Ed,Loyola, 2009

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voar livre, feliz tendo sempre um porto seguro para retornar, a flor deseja que a pipa

fique ao seu lado no jardim, dando-lhe atenção exclusiva.

Pretende-se trabalhar com os pais “as representações”, de que podemos dar

liberdade aos nossos filhos e filhas e, até, incentivá-los a voar bem alto, desde que nós

os estejamos segurando por uma linha invisível, norteando o seu vôo, indicando

direções.

Nesta direção e para aprofundar o entendimento do que é pensar sobre limites,

concordamos com ( ZAGURY ,2002, p.26) quando esta afirma:

É fundamental restituir aos pais a coragem que eles perderam, talvez até sem sentir, na tentativa de encontrar um novo caminho nas suas relações com os filhos. É preciso evitar que se invertam os papéis de dominador-dominado/ dominado- dominador. Isto pura e simplesmente não conduzirá a nada de positivo

Com vistas a um aprofundamento teórico e prático estaremos fundamentando a

participação dos pais à luz de um grupo de estudos19 a partir dos capítulos:

“Dar limites é...”

“Dar limites não é...” como recorte epistemológico. (ZAGURY, 2002, p 23/24)

Para alicerçar as reflexões e com vistas aos encaminhamentos pedagógicos,

teremos a aplicação reflexiva da temática abordada. O resultado da análise será

registrado em ficha (anexo III) para envio a todos os pais, presentes e ausentes da

reunião.

19

Grupo é um conjunto estruturado de pessoas, definido pelas inter-relações que se estabelecementre os seus membros e pela consciência que têm de pertencer a este conjunto. Deste modo, para que haja grupo, é necessário que se estabeleçam interacções entre os membros do conjunto, ou seja, que os seus comportamentos tenham uma preponderância recíproca. É necessário também que este conjunto tenha uma estrutura definida, continuando a existir mesmo quando os seus membros não estão reunidos. ZIMERMAN, David E. et al – Como trabalhamos com Grupos, Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1997,p 424 .

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QUESTÕES PARA ANÁLISE:

a) Você sabe como dizer não ao seu filho ou filha?

b) Você sabe onde e com quem o seu filho ou filha costuma andar?

c) Você conversa com seu filho ou filha sobre seu(a) maneira de agir

na sociedade explicando que o limite dele acaba quando começa o

do outro?

d) Você costuma elogiá-lo/a, quando age corretamente?

e) Procura saber quais são os principais interesses de seu filho ou filha, ou

seja, busca conhecê-lo/a para melhor conviver com ele ou ela?

f) Ouvindo a história “A pipa e a flor”, comparando com sua vida e a de

sua família, o que seria essa linha que segura a pipa na vida de

vocês com relação a seus filhos ou filhas?

g)

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12.2 Comprometimento escolar: um desafio com extensão familiar

As obrigações fazem parte de nossas vidas, desde o acordar com horário

marcado, com o despertar do relógio, até o final do dia, quando apoiamos nossa cabeça

em um travesseiro para agradecer o dia que tivemos. Somos movidos pelos

compromissos que nos aguardam, os planejamos, colocamos em ordem de prioridades

e isso nos leva a ter motivos para viver, à certeza de que o dia todo é insuficiente para

realizarmos todas as atividades que nos propomos realizar.

Prioridades... Em quais os filhos e filhas estão inseridos? Alimentação?

Moradia? Saúde? Com certeza, estas devem ser priorizadas por questão de

sobrevivência. Mas a educação, limites, respeito, a educação formal? Que lugar estas

ocupam dentro das famílias? Está havendo comprometimento com a formação do

“ser”? Ou esta está sendo delegada à outras entidades ou a outros, que cruzam a vida

dos mesmos?

A sociedade praticamente não ensina, somente sinaliza as regras a serem obedecidas na esperança de que cada cidadão tenha preparo suficiente (familiar e escolar) para viver de acordo com elas. Suas leis escritas e as contravenções são punidas sem as atenuantes escolares e o afetivo clima familiar. (TIBA, 1996, p.178)

A educação formal, sem dúvida, deve ser priorizada na vida dos mesmos, pois

esta tem a função de fornecer subsídios para capacitá-los a agir e interagir na

sociedade em que vivem. E, pela importância que ela assume em suas vidas, não deve

ser vista como uma realidade distinta da vivida em casa.

É importante que esteja bem claro o papel da “escola”, mas a família deve ser

parte integrante dela, não basta apenas matricular o filho e a filha na escola e dar como

missão cumprida. O dever dos pais vai além, as responsabilidades continuam. É

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necessário que estes dêem continuidade ao trabalho da escola chamando os filhos e

filhas ao comprometimento escolar.

“O homem precisa ter sua participação na história, não deixando marcas como objeto e sim como sujeito. Se é dada ao homem a oportunidade desta relação participativa, com certeza poderá assumir desafios e propor soluções. (FREIRE, 1980)

Esse é o desafio, tornar nossos alunos e alunas sujeitos da história e, isso só

poderá acontecer com o envolvimento e o comprometimento de todos.

Buscando a participação dos pais para o contexto escolar, serão

apresentadas, em Power Point, algumas dicas concebidas a partir das inúmeras

discussões realizadas com os educadores e educadoras no cotidiano escolar e, logo

após será proposto a leitura do texto “Aceite o desafio, comprometa-se com seu filho e

filha” embasada nas necessidades reais dos alunos e alunas. (anexo IV)

Neste sentido será realizado uma ”roda de conversa”, para posterior análise,

comentários e registro em ficha, em anexo, com o objetivo de formalizar a reunião e ter

em mãos as análises para envio a todos os pais( inclusive os que não puderam estar

presentes). Com isto teremos a valorização das decisões tomadas e a respectiva

sensibilização aos pais faltantes.

Tendo como indicativos teóricos e práticos a apresentação de Power Point

dará ênfase sobre a atuação familiar que decorre da ideia de que os pais devem ter

ações preventivas com relação à seus filhos e filhas, esta buscará proporcionar um

caminho a ser utilizado pelos pais, propondo reflexões por meio de alertas pedagógicos,

tais quais as ocorrências do cotidiano escolar. Como enfatiza (COIMBRA, p.10, ago 2002)

A família é um núcleo fundamental na formação dos seres para o convívio social e tem um papel que só a ela cabe: introduzir as primeiras lições de cidadania e de respeito ao próximo, além de demonstrar exemplos de condutas adequadas. São esses valores éticos, anteriores à etapa de escolarização da criança que permitirão que ela se torne capaz de conviver harmonicamente com outras pessoas obedecendo aos princípios da responsabilidade, solidariedade, reconhecimento dos direitos dos outros e compreensão de regras comuns.

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A família sendo a responsável por perpassar as primeiras lições de cidadania

e respeito aos filhos e filhas, precisa conscientizar-se de que na relação pais/filhos e

filhas existem regras que devem ser respeitadas e seguidas, pois este

relacionamento será determinante para o agir dos filhos e filhas na sociedade,

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13. Planejamento e Flexibilização Curricular: a busca da concretização do processo ensino/aprendizagem

“ políticas e práticas da educação não podem ser pensadas nem governadas a

margem dos agentes. A racionalidade técnica cede, assim, à proeminência a uma outra racionalidade imperfeita, modesta nas suas aspirações, mas compreensiva das realidades sociais e humanas. ( GIMENO apud PACHECO, 2003,p.28)

A educação escolar tem a incumbência de fomentar a apropriação de saberes

atitudes e valores por parte dos alunos e alunas , isso deve acontecer por intermédio da

ação mediadora de professores e professoras e pela democratização da gestão

escolar. Esta deve acontecer de maneira a promover o desenvolvimento das atividades

cognitivas, operativas, sociais e morais. Para que isso aconteça se faz necessário

superar as formas conservadoras e buscar alternativas inovadoras. (LIBÂNEO 2004)

Planejar é uma das formas mais eficientes para que se tenha uma ideia

precisa e organizada dos procedimentos a serem tomados, é ter uma previsão da

ação, do caminho a seguir para se conquistar determinado objetivo. Assim como em

todas as atividades que realizamos na vida necessitamos de um plano nos

direcionando, na educação não poderia ser diferente

É uma grande diversidade de seres humanos que passam por nossas mãos e

estes, nos tomam como exemplo, buscando em nós respostas que acreditam não

conseguir em outras pessoas. Somos “intelectuais transformadores” (GIROUX, 1970) e,

através da educação devemos contribuir para recuperar/construir a dimensão social e

ética do desenvolvimento humano de nossos alunos e alunas, pensando em suas

necessidades e direitos com relação ao conhecimento, respeitando as diferenças

culturais e a diversidade como elementos de enriquecimento ao desenvolvimento

curricular, para tanto se faz necessário ter conhecimento sobre as concepções de

educação para que estas embasem as práticas educativas.

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Nós educadores (as) devemos estar conscientes também de que vivemos a

pós–modernidade20 , a era da globalização, onde o capitalismo é o gerador de todos os

acontecimentos, a tecnologia é parte integrante do mundo e, consequentemente, todas

as informações trafegam com grande rapidez. E, nesse momento por nós vivido a

sala de aula não deve e nem pode permanecer unicamente centrada em perspectivas

tradicionais .

... as centenas de experiências pedagógicas feitas pelos mais diferentes grupos (e com mais diferentes metodologias) sempre conseguem melhorar substancialmente o rendimento escolar das crianças. O que caracteriza essas experiências é que são feitas por professores motivados, preparados e orientados (GOLDEMBER apud VASCONCELLOS, 2005, p.89)

Mas, as experiências pedagógicas devem dar embasamento ao planejamento

do professor ou professora no sentido de aprimorar a reflexão a prática educacional.

Para tanto, serão utilizados para reflexão as abordagens do processo de ensino de

(MIZUKAMI, 2006) (anexo V)

Quando entramos em uma sala de aula devemos saber, dentre indagações,

exatamente o porquê de estarmos ali, o que almejamos com relação aos conteúdos a

serem trabalhados, o que esperamos dos alunos e alunas que ali se encontram, tendo

como ponto de partida a visão da chegada, já vislumbrando as possíveis “rotas” a

serem seguidas para a conquista final, levando também em consideração que no dia- a-

dia muitos imprevistos surgem em sala de aula e que estes não devem ser ignorados.

O caminho é saber redimensionar, estabelecer prioridades sem deixar de levar

em conta as características, ritmos e necessidades de aprendizagem dos (as)

estudantes pois estes são o âmago da ação educativa.

Para que isso aconteça se faz necessário um diagnóstico constante do processo

educativo considerando o que os alunos e alunas aprenderam até o momento, a

20

A pós- modernidade é o mais novo, contrário à modernidade. Isso é: a modernidade foi uma novidade que se opunha à Idade

Média. A pós-modernidade é o mias recente que se volta contra a racionalidade dos modernos. A Pós-modernidade se opõe às identidades das coisas e dos sujeitos, negando a individualidade. A modernidade construiu explicações seculares para os fenômenos histórico-sociais e da natureza. A pós-modernidade “desconstruiu” tais explicações. A modernidade buscava verdades. A pós-modernidade nega a existência de verdades. (RODRIGUES, 2008, p.44)

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relevância do conteúdo a ser ensinado e as diversidades culturais que se apresentam

na turma.

O planejamento deve estar condicionado à pluralidade cultural e social que

chegam com cada aluno e aluna que fazem parte do cotidiano escolar , o olhar de

cada educador e educadora deve estar atento a essa realidade para que se busque

nela embasamentos para direcionar o planejamento.”... criando oportunidades de

sucesso escolar para todos os alunos e alunas independentemente de seu grupo social,

étnico/racial” (BANKS, 1995,p.3, apud GONÇALVES/SILVA,2004, p.55) .Este deve ser

pensado desde quais conhecimentos ensinar , em que lógica organizá-los, em que

tempos e espaços devem ser concretizados para que não se reproduza a

desigualdade dentro das salas de aula.

“O que deve estar no centro do ensino? Os saberes “objetivos” do conhecimento organizado ou as percepções e as experiências “subjetivas” das crianças e dos jovens? Em termos sociais, quais devem ser as finalidades da educação: ajustar as crianças e os jovens à sociedade tal como ela existe ou prepará-los para transformá-la; a preparação para a economia ou a preparação para a democracia?” (SILVA, 2002, p.22.)

A priori temos que pensar que cada aluno ou aluna apresentam capacidades

desiguais na forma de aprender e que o planejamento não deve ser elaborado tendo

como direcionamento o aluno e aluna “padrão”, “desejado”, o aluno e aluna que

supostamente é o mais “capacitado”, não podemos planejar com uma atitude

classificatória e sim pensar maneiras de como planejar para que estes (as)

aprendam.

“quando se fala de adaptações curriculares está se falando sobretudo e, em primeiro lugar, de uma estratégia de planejamento e de atuação docente e, nesse sentido, de um processo para tratar de responder às necessidades de aprendizagem de cada aluno [...] fundamentado em uma série de critérios para guiar a tomada de decisões com respeito ao que é, ao que o aluno ou aluna deve aprender, como e quando e qual é a melhor forma de organizar o ensino para que todos saiam beneficiados” (BRASIL, Ministério da Educação,2008, p. 82).

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Ao se planejar pensando nas diversidades da sala de aula não se deve

permitir a existência de um currículo adaptado para cada dificuldade apresentada e

sim uma flexibilização do mesmo, pensado nas diferenças, esta deve partir de um

currículo comum e não de recortes do mesmo.

Deve-se ter claro também que nenhuma intervenção será, de fato, efetiva se

for pensada descontextualizada da realidade da aluna e aluno concretos, as ações

devem efetivar um currículo voltado para um ensino de qualidade.

Um fator extremamente importante e, que não pode ser esquecido é a

capacitação do professor ou professora, estes muito antes de preparar sua aula

pensando na realidade do aluno ou aluna devem pensar na sua realidade, na maneira

como um professor ou professora deve portar-se em uma sala de aula diante dos

acontecimentos cotidianos, na sua capacitação, no seu conhecimento, pensar sobre o

quanto sabem sobre o conteúdo a ser repassado . Como afirma (SACRISTÁN; GÓMEZ,

1998, p. 268)...

A autonomia da escola no planejamento para favorecer entre outros, o desenvolvimento profissional dos docentes. (...) uma estratégia que deve ser estimulada para todo professorado por meio das instituições de aperfeiçoamento. (...) não se consegue a melhoria do trabalho dos docentes apenas evitando travar a sua iniciativa, mas dispondo dos meios para estimular sua capacidade profissional. Do contrário professores/as e as escolas serão vítimas de suas próprias limitações.

A partir desta reflexão se faz necessário que a escola oportunize espaços

para análise coletiva da prática pedagógica, (que será propiciado nesta produção

didática através da “sensibilização cinematográfica”), momentos onde se possa

discutir a realidade das salas de aula, anseios e necessidades dos professores, alunos

e alunas não permitindo o isolamento destes, pois a ação conjunta além de fortalecer

todos os envolvidos no processo, permite que cada um expresse a realidade que

vivencia podendo ajudar quem está a seu lado e ser ajudado nas suas limitações.

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A tarefa do professor é extremamente importante e complexa; deve estar preparado para exercê-la. Mesmo quem saiu dos melhores centros universitários sabe que não domina tudo o que a atividade exige, tendo necessidade de aprimoramento contínuo. (VASCONCELLOS, 2003, p. 147)

Propondo um momento de parar para refletir a prática dos educadores e

educadoras serão trabalhados os textos: “O Segredo dos Bons Professores”

(Revista Época,22 de abril, 2010,p.110) e, ”Indisciplina”: como se livrar dessa amarra

e ensinar melhor” (Revista Nova Escola, out,2009,p.83)

Os professores serão divididos em grupos de acordo com os temas abordados,

em momentos e dias distintos, para leitura dos mesmos e, logo após cada grupo fará a

explanação do tema estudado para o grande grupo. Também será feita uma análise

sobre a importância do planejamento escolar pois este é o alicerce de todo trabalho

do professor. Para (LIBÂNEO, 2004, p.149)

O planejamento escolar consiste numa atividade de previsão da ação a ser realizada, implicando definição de necessidades a atender, objetivos a atingir dentro das possibilidades, procedimentos e recursos a serem empregados, tempo de execução e forma de avaliação, (...) sem planejamento, a gestão corre ao sabor das circunstâncias, as ações são improvisadas, os resultados não são avaliados

Buscando conhecer um pouco mais sobre planejamento escolar será

proposto também uma leitura que alerta sobre o que deve ser pensado, analisado

antes de realizar o planejamento escolar, nesta direção (LIBÂNEO,2004,p.150) aponta as

funções do planejamento escolar:

Funções do planejamento escolar: - diagnóstico e análise da realidade da escola, busca de informações reais e atuais que permitam identificar as dificuldades existentes, causas que as originam, em relação aos resultados obtidos até então. - definição de objetivos e metas compatibilizando a política e as diretrizes do sistema escolar com as intenções, expectativas e decisões da equipe da escola. - determinação de atividades e tarefas a serem desenvolvidas em função de prioridades postas pelas condições concretas e compatibilização com os

recursos disponíveis(recursos humanos e recursos materiais e financeiros)

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Também serão analisadas as questões que se encontram no quadro abaixo,

considerando que os resultados das discussões serão registrados em ficha .

Quando planejamos levantamos os seguintes questionamentos?

- O que vamos ensinar? - Para quem vamos ensinar? - Quando vamos ensinar? - De que maneira vamos ensinar?

POR QUE DEVEMOS PLANEJAR...

- ajuda a definir os objetivos que atendam aos reais interesses da turma; - possibilita a seleção e a organização dos conteúdos mais significativos; - permite organizar o que vai ser estudado de um jeito lógico; - garante a escolha dos melhores procedimentos e recursos; - faz com que o professor atue com mais segurança em sala de aula; - evita a improvisação, a repetição e a rotina; - facilita a continuidade do ensino; - auxilia professor e alunos a tomar decisões de forma cooperativa e participativa. PARA QUE OS PLANOS SEJAM INSTRUMENTOS PARA AÇÃO DEVEM: - ser um guia de orientação; - apresentar uma ordem seqüencial; - ter objetividade; - ter coerência; - ser flexível.

-

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14. Sensibilização Cinematográfica no Cotidiano escolar: uma possibilidade para o envolvimento e a efetivação das responsabilidades coletivas

A concretização da gestão escolar participativa, “ botar a mão na massa “se faz

com a disponibilidade e responsabilidade de todos, trabalhando juntos em busca da

aprendizagem do aluno e aluna e esta não é tarefa fácil , para tanto se faz necessário

criar um ambiente de discussões e análises focadas no interesse coletivo que é o

alunado e a sua aprendizagem . É necessário o despertar para o momento que vivemos

e o que almejamos.

...a realidade pode ser mudada só porque e só na medida que nós mesmos a produzimos, e na medida que saibamos que é produzida por nós. Tal compreensão é o fundamento da gestão democrática, que pressupõe a idéia de participação, isto é, de trabalho associado de pessoas, analisando situações, decidindo sobre o seu encaminhamento e agindo sobre elas, em conjunto. Desse . trabalho compartilhado orientado por uma vontade coletiva cria-se um processo de construção de uma escola competente, compromissada com a

sociedade. (KOSIK 1976 apud LÜCK 2000, p.18)

E, nessa realidade frenética em que nós educadores e educadoras, pais, alunos

e alunas nos encontramos, preocupados, estressados com “nossos afazeres”,

esquecemos do fato de que devemos nos “aliar” em prol de um bem comum “a escola e

seu objetivo maior ensino /aprendizagem”, agilizando as modificações que se fazem

necessárias . Na tentativa de associar momentos prazerosos com a análise sobre

todo o sistema que envolve a educação do qual, muitas vezes, nos excluímos é que

optamos pela sensibilização cinematográfica21, o cine-fórum. Este será utilizado como

21

“A produção fílmica não se reduz a uma nova tecnologia, supostamente neutra a ser manuseada pelas educadoras e educadores no trabalho pedagógico. Mais do que um mero suporte técnico-instrumental para se atingir objetivos pedagógicos, os filmes são uma fonte de formação humana, pois estão repletos de crenças, valores, comportamentos éticos e estéticos constitutivos da vida social.”(Robson Loureiro)

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uma maneira descontraída e informal para a reflexão do cotidiano escolar com os pais,

alunos e alunas, professores e professoras.

... a câmera carrega o espectador para dentro do filme. Vemos tudo como se fosse do interior, e estamos rodeados pelos personagens. Estes não precisam nos contar o que sentem, uma vez que nós vemos o que eles vêem e da forma em que vêem. (...) Nosso olho e com ele nossa consciência, identifica-se com os personagens no filme; olhamos para o mundo com os olhos deles e, por isso, não temos nenhum ângulo de visão próprio. (...) É nesse fato que consiste o ato psicológico de “identificação. ( XAVIER, 2008, p.85)

É apostando nesse envolvimento dos personagens reais com os interpretados no

filme, que pensamos levá-los a analisar e refletir sobre suas posições diante dos

acontecimentos escolares. Esperamos com os filmes propiciar momentos de lazer e,

com eles, deixar indícios de possibilidades, de novos rumos a serem vislumbrados

quanto à educação. Para (Maffessoli apud Paiva, Revista Famecos, Porto Alegre, n25,

p.32, dez.2004)

... as relações entre os homens e os objetos tecnológicos, exprimem as extensões de seus afetos e sociabilidades. Para ele, os meios de comunicação geram modos de comunidade e tribalização; logo, aprecia a televisão, os telefones celulares, os videogames, a internet enquanto vetores de experiências afirmativas na espessura da vida cotidiana. Estes dispositivos geram imagens vinculadas a uma ética-estética remetendo às “figuras do estilo comunitário

O pensamento acima nos remete a refletir o momento que vivemos, a pós-

modernidade,onde perdemos muito de nossa identidade influenciados pela

massificação imposta pelos meios de comunicação, “a tribalização” como afirma

Maffessoli. Cada tribo se forma de acordo com interesses comuns, onde a imagem é o

elo principal entre os seres humanos, ou seja, nos identificamos com o “visual”, é ele o

principal fator que contribui para a formação de grupos, somos quase que domesticados

pela realidade que nos é imposta pela tecnologia. Sabemos que a imagem apresentada

na televisão exerce um certo tipo de fascínio nos telespectadores É com a imagem e

contexto apresentados nos filmes escolhidos que esperamos impactar os

espectadores, levá-los a refletir sobre a realidade que vivemos fazendo-os repensar

seus objetivos. Segundo (FAZENDA, 1995,p.108)

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... a tela eletrônica da tevê se constitui na sua mais expressiva e sedutora atração. Nela a luz transborda de sua superfície e sai colorida, num jorro de luz/cor elétrica , incidindo diretamente no seu espectador que é seu anteparo, estabelecendo uma conexão física com ele, em que os feixes de elétrons, transbordados da tela, penetram o sujeito, contatando o sei cérebro num mesmo

registro: pulso elétrico significante.

O primeiro filme22 a ser utilizado “De Quem é a Responsabilidade” (anexo VI)

será apresentado em uma sessão coletiva a todos os envolvidos no processo

educativo. O objetivo deste é proporcionar aos alunos e alunas, educadores e

educadoras, pais momentos para refletirem sobre os compromissos e

responsabilidades com relação ao ensino/aprendizagem..

A apresentação do filme culminará com uma “roda de conversa” onde os

resultados serão registrados em ficha anexo, para formalização do encontro e envio a

todos os professores e professoras, alunos e alunas e pais, em data posterior.

Odeio os indiferentes (...) acredito que “viver significa tomar partido” Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes. (GRAMSCI, apud VASCONCELLOS, p. 49 ,2003 )

Como resultante dessa atividade, espera-se o resgate do comprometimento com

o fazer escolar, da efetivação das ações que competem a cada um, particularmente, e

a todos num grande processo de gestão. Para VEIGA, “a gestão democrática exige a

compreensão em profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica. Ela visa

romper com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer, entre

teoria e prática.” (2005, p,18.)

O filme “ Vida Maria”(anexo VII) será utilizado com o intuito de buscar a efetiva

participação de todos os pais, alunos e alunas no processo educativo, resgatando

22 Os filmes aqui propostos podem ser encontrados no site: http://www.youtube.com

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compromissos, para que cada um se posicione e reflita sobre o que poderia ser feito

para mudar a realidade escolar.

O objetivo do curta metragem aos pais, será propor uma reflexão sobre qual

expectativa de vida estão possibilitando aos seus filhos e filhas.

Há uma preocupação por parte destes de que os filhos e filhas busquem na

educação formal elementos que os levem a vislumbrar uma vida diferente da que estão

inseridos, seja para aprimorá-la ou para mudá-la, ou estes acreditam que tudo deve

permanecer como está.

... não podemos continuar a tratar com descaso o modo como educamos nossas crianças e adolescentes. Temos de ajudá-los na dificílima tarefa de se tornarem criaturas felizes e de se transformarem em pessoas preocupadas com a defesa dos seus direitos e dos das outras pessoas. (GIKOVATE, 2001,p.11)

A difícil tarefa de caminhar ao lado dos adolescentes orientando-os, mostrando

diferentes perspectivas de vida, preparando-os para que tenham discernimento nas

escolhas, capacidade nas ações e, argumentação nas decisões é um compromisso a

ser assumido por todos que fazem parte de seu cotidiano.

Com vistas à reflexão sobre o filme serão utilizadas as questões (anexo VII). Os

resultados serão registrados em ficha.

O objetivo do filme “Vida Maria” aos alunos e alunas é retratar uma vida cheia

de dificuldades causada pela pobreza, falta de estudos e, acima de tudo, espera-se

que eles percebam ao assistir o filme na atitude da mãe, narrada no filme, os

obstáculos que encontram no dia- a- dia para “fugir” dos compromissos escolares,

espera-se também oportunizar uma reflexão sobre a importância de estudar para

que possam ter a opção de escolher o caminho a ser percorrido futuramente, levando-

os a questionar sobre como estão construindo o seu futuro.

O ser humano é complexo e contraditório, ambivalente em seus sentimentos e condutas, capaz de construir e de destruir. Em condições sociais de escassez, de privação e de falta de perspectivas, as possibilidades de amar, de construir e de respeitar o outro ficam bastante ameaçadas. Na medida em que a vida à qual está submetido não o trata enquanto homem, suas respostas tendem à

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rudeza de sua mera defesa de sobrevivência. As milhares de famílias sem terra, sem casa, sem trabalho, sem alimento, enfrentam situações diárias que ameaçam não só seus corpos- território último do despossuído- mas, simultaneamente, seus vínculos e subjetividades. (KALOUSTIAN, 1998, p.55 apud BEZERRA; NEGREIROS, 2007p.123)

Como o autor sabiamente escreveu sobre a falta de perspectivas gerada pelas

condições de privação de uma vida miserável levam o indivíduo a esquecer o resto da

vida, em conseqüência do lutar por sobrevivência fato esse, que leva também a

acomodação, pois o indivíduo passa a acreditar que nada pode fazer para mudar essa

realidade e, assim a vida vai passando e as continuidades vão se repetindo nas

gerações seguintes.

Essas continuidades precisam ser mudadas. Pode parecer utópico acreditarmos

que tudo possa mudar através da educação formal mas, precisamos fazer algo e,

queremos acreditar que levando os alunos e alunas , pais , professores e professoras a

refletirem sobre essa condição social envolvendo-os nesse coletivo de buscas por uma

educação significativa estaremos sim dando passos acertados para uma vida

melhor.Para (Kaloustian 1998 apud Bezerra,2007p.127) “... é preciso formular , a partir

da comunidade, da família e da sociedade como um todo , soluções alternativas, que

possibilitem a esse sujeito (membro da família) um papel ativo na mudança das próprias

condições de existência, de forma a poder arcar com suas funções”

Para melhor direcionar a reflexão serão propostas as questões (anexo VII) para

serem discutidas em grupo e registradas em ficha.

... alunos desmotivados estudam muito pouco ou nada e, consequentemente, aprendem muito pouco. Em última instância, aí se configura uma situação educacional que impede a formação de indivíduos mais competentes para exercerem a cidadania e realizarem-se como pessoas, além de se capacitarem a aprender pela vida afora.( BORUCHOVITCH, 2009,p.13)

É essa motivação para buscar na educação formal subsídios para uma vida

de cidadãos participativos que esperamos despertar em nossos alunos e alunas, é a

certeza de que estudar , buscar conhecimentos, aprimorar-se são passos certos

dados em um mundo cheio de incertezas.

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O filme “Mãos Talentosas” (anexo VIII) será utilizado com pais e alunos e

alunas em uma sessão coletiva, o mesmo terá como objetivo proporcionar aos pais um

momento de reflexão levando-os a questionarem sua posição diante dos filhos e filhas

com relação aos estudos e a importância destes para a vida deles, bem como, a

analisarem o fato de que não precisam dominar os conteúdos trabalhados na escola

para incentivar seus filhos e filhas a estudarem, a realizarem as atividades solicitadas

na escola. Levá-los a refletir também, sobre a necessidade de encontrarem um tempo

para dedicarem-se a seus filhos e filhas.

... os estudantes que recebem um apoio considerável da família para freqüentar a escola e que se sentem parte do contexto escolar certamente irão se esforçar para se sair bem e terão altas probabilidades de êxito e poucas probabilidades de abandono. Os que sentem que os demais membros da família não valorizam o êxito escolar e que pensam que a escola é um ambiente rígido e autoritário valorizarão menos as realizações escolares e com o tempo sentir-se-ão distanciados e, ao encontrar objetivos externos mais atrativos, irão embora ( MARCHESI,2004 p.217)

Desejando a valorização da escola e o respectivo apoio familiar aos filhos e

filhas como estudantes é que buscaremos a integração da família no decorrer do

processo educacional, pois necessitamos de haja continuidade e valorização do que

está sendo realizado na escola por parte da família, para que o ensino/ aprendizagem

se concretize de maneira eficiente. Após o filme os pais receberão algumas questões

para reflexão e discussões (anexo VIII). Os resultados das discussões serão

registrados em ficha .

O objetivo do filme Mãos Talentosas aos alunos e alunas é para que juntos

reflitamos sobre o quanto é importante a dedicação aos estudos, enfatizando a

importância da leitura para o desenvolvimento pessoal e intelectual.

Pois, sabemos o quão valioso é um aluno e aluna motivado, participativo,

cumpridor de suas responsabilidades como estudante, este além de aperfeiçoar-se

estimula o professor e a professora a buscar novos caminhos para a sua prática

pedagógica.

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Sabemos que uma das dificuldades dos professores e professoras são alunos

e alunas desinteressados pois estes em alguns casos são os causadores da

indisciplina que tanto dificulta o acontecer do ensino e aprendizagem.

... as crenças de autoeficácia são convicções pessoais quanto a dar conta de uma determinada tarefa e num grau de qualidade definida.(...) Trata-se de uma avaliação ou percepção pessoal quanto a própria inteligência, habilidades conhecimentos, etc., representados pelo termo capacidades; não basta que estejam presentes. Trata-se da pessoa acreditar que as possua. (...) o que significa uma expectativa de “ eu posso fazer” determinada ação. (...) os objetivos de atender as exigências da situação proposta e as ações que conduzam a esse objetivo (BORUCHOVITCH , 2009,p.116)

A busca pela motivação face a educação formal se constitui num subsidio

para o desenvolvimento pessoal discente , bem como para o desenvolvimento de seu

potencial para que haja a superação de inúmeras dificuldades que se destacam no

cotidiano escolar.

Logo após assistirem o filme os alunos refletirão sobre as questões em (anexo

VIII) . Os resultados das discussões serão registrados em ficha.

O filme “Quem Mexeu no Meu Queijo” (anexo IX) será trabalhado com os

professores e professoras com o objetivo de repensarmos as práticas educacionais

(anexo IX) pois entre todos os requisitos necessários para a concretização do

ensino/aprendizagem está o planejamento escolar. Quem planeja domina as atividades

propostas em sala de aula, sabe aonde quer chegar e quais os meios necessários para

alcançar os objetivos propostos.

... planejar implica previsão da ação antes de realizá-la, isto é, separação no tempo da função de prever a prática e realizá-la depois; implica algum aclaramento dos elementos ou agentes que intervém nela, uma certa ordem na ação, algum grau de determinação da prática marcando a direção a ser seguida, uma consideração das circunstâncias reais nas quais se atuará , recursos e / ou limitações, já que não se planeja em abstrato, mas considerando as possibilidades de uma caso concreto. O plano resultante da atividade de esboçar antecipa ou representa, em alguma medida, a prática que resultará. (SACRISTÁN; GÓMEZ, 1998, p 198)

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Faz-se necessário muita dedicação para percorrer o dia-a-dia sabendo

amalgamar as atividades essenciais com eventuais mudanças no trajeto rumo ao

objetivo final. É importante, para tanto, que se crie um ambiente participativo, pois este

é preponderante para a concretização da ação educativa. Dessa forma cabe também

que se tenha uma visão clara da escola como um todo, da grande diversidade cultural

que a cerca, das responsabilidades que competem a cada ser humano que dela faz

parte. Para que estes, fazendo uso de suas competências, aptidões e

responsabilidades num processo aberto, ético e transparente concretizem o fazer

escolar eficiente integrando-se à escola e a todo seu processo educativo numa gestão

democrática e participativa.

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15. ANEXOS

ANEXO I

(Entrevistas a serem realizadas com pais , alunos e alunas, professores e professoras)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA- UEPG

A entrevista tem como objetivo dar embasamento para a Implementação Pedagógica a ser desenvolvida no “COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA APARECIDA NISGOSKI”. Serão preservadas todas as informações aqui contidas de acordo com os princípios éticos e pedagógicos da pesquisa científica.

CARO/A ALUNO/A

Gostaria muito de conhecê-lo/a melhor para que juntos possamos realizar um trabalho de qualidade em nossa realidade escolar . Você precisa ser sincero/a em suas respostas. Este instrumento de coleta não requer a sua apresentação. Leia tudo com atenção e vamos lá... SEXO: ( ) MASCULINO

( ) FEMININO

1. Quantos anos você tem?____________ 2. Você estuda na _________série.

3. Você já ficou retido em alguma série? Qual? ___________ Quantas

vezes?__________ 4. Com quem você mora? ( ) pai e mãe ( ) pai ( ) mãe ( ) avós ( ) tios ( ) responsáveis 5. Carga horária de trabalho dos pais:

( ) do pai _____h ( ) da mãe _____ h ( ) responsáveis _______________h

6. Seus pais estudaram:

Pai : ( ) até a 4ª série ( ) até a 8 ª série ( ) Ensino Médio

( ) Universidade ( ) outros . Qual________________

Mãe : ( ) até a 4ª série ( ) até a 8ª série ( ) Ensino Médio

( ) Universidade ( ) outros . Qual________________

7. O que você vem fazer na escola:

( ) encontrar seus amigos (as) ( ) estudar ( ) preencher seu tempo livre

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8. Você faz todas as atividades que são solicitadas em sala de aula:

( ) todos os dias ( ) conforme a disciplina ( ) conforme o professor

( ) às vezes

9. Você faz as anotações das atividades a serem realizadas em casa:

( ) na agenda ( ) no próprio caderno ( ) guarda na cabeça

10. Você faz as atividades e trabalhos que são solicitados para fazer em

casa:

( ) todos os dias ( ) conforme a disciplina. Qual disciplina?___________________________ ( ) conforme o professor ( ) às vezes 11. Seus pais ajudam você nas tarefas de casa:

( ) às vezes ( ) sempre ( ) nunca ( ) é sua responsabilidade

12. Você costuma estudar o conteúdo trabalhado na escola quando chega

em casa:

( ) só para as avaliações ( ) duas vezes por semana ( ) fim de semana ( ) todos os dias ( ) conforme o professor ( ) conforme a disciplina . Qual disciplina?_____________________________ 13. Você retira livros da biblioteca para ler:

( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

( ) quando o professor solicita ( ) quando sinto vontade de ler

14. Quantos livros você já leu durante a sua vida escolar? Qual você mais

gostou?

___________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 15. Você procura participar ativamente da aula perguntando suas dúvidas e

dando sua opinião?

( ) sempre ( ) nunca ( ) conforme o professor ( ) conforme a disciplina. Qual disciplina?________________________________)

16. O que você pensa que deveria mudar em sua sala de aula para melhorar...

( ) a disciplina ( ) sua participação na sala de aula ( ) sua dedicação aos estudos ( ) o método dos professores ( ) o conteúdo ( ) outros? Qual____________________________________

17. Você verifica se está trazendo o material solicitado para aula:

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( ) sempre ( ) às vezes ( ) todo dia

18. Você é organizado/a no seu caderno ?

( ) conforme a disciplina ( ) sempre ( ) às vezes

19. O que você pode fazer para melhorar a sua aprendizagem:

( ) prestar mais atenção nas aula ( ) organizar um horário para estudar em casa ( ) realizar todas as atividades solicitadas ( ) Outros. Qual?_________________

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE: Maria de Lourdes Barauce Freitas

Orientadora UEPG:Regina Aparecida Messias Guilherme

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA- UEPG

A entrevista tem como objetivo dar embasamento para a Implementação Pedagógica a ser desenvolvida no “COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA APARECIDA NISGOSKI”. Serão preservadas todas as

informações aqui contidas de acordo com os princípios éticos e pedagógicos da pesquisa científica.

PROFESSOR/A...

O que nos é desconhecido nos causa incertezas, medos....Por isso necessito vivenciar um pouco de seu dia a dia, conhecer algumas de sua angústias e procedimentos para que juntos/as possamos iniciar uma nova caminhada. Você não precisa identificar-se...

Disciplina:_____________ Nº de alunos :_____________ Nº de alunas:_____________

1.Quais as maiores dificuldades que você encontra na escola e em sua sala de aula:

( ) indisciplina ( ) desinteresse ( ) falta de atenção ( ) a não realização das tarefas em sala de aula

( ) a não realização das tarefas em casa 2. O que te deixa mais perturbado/a quando está explicando um conteúdo em sala de

aula:

( ) indisciplina ( ) desinteresse ( ) Outros . Quais?_______________________

4. Na sua opinião, o que causa a indisciplina:

( ) o desinteresse ( ) dificuldade de aprendizagem ( ) desmotivação ( ) imaturidade ( ) Outros . Quais_____________________________ 5. Você costuma planejar suas aulas :

( ) diariamente ( ) conforme o conteúdo ( ) semanalmente ( ) Outros .

Quais?________

6. Quais os materiais didáticos você costuma usar em sua sala de aula:

( ) livro didático ( ) vídeo ( ) quadro de giz ( ) Outros.

Quais___________________________________________

7. Você costuma usar o livro didático:

( ) sempre ( ) conforme o conteúdo ( ) nunca

8. Os alunos/as costumam participar de suas aulas dando opiniões ou tirando

dúvidas:

( ) no final da unidade ( ) ao término da aula ( ) durante a explicação

9. Os alunos /as realizam as atividades que são solicitadas em sala de aula:

( ) sempre ( ) conforme atrativo ( ) às vezes

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10. As atividades de casa e os trabalhos são sempre realizados:

( ) por todos os alunos(as) ( ) com dificuldade ( ) sem motivação ( ) revelando que obteve ajuda de familiares ( ) com interesse 11. Na sua opinião o que leva um aluno(a) a deixar de fazer as tarefas solicitadas:

( ) aluno/a trabalhador/a ( ) desinteresse ( ) ausência de acompanhamento familiar

12. Você costuma solicitar atividades de casa :

( ) em uma agenda ( ) no caderno do aluno/a ( ) oralmente

13. Você percebe a ajuda dos pais ou responsáveis nas tarefas de casa:

( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

14. Costuma adaptar as atividades para os alunos/as que sentem maior dificuldade

de aprendizagem:

( ) sempre ( ) conforme o conteúdo ( ) isso não é possível devido ao número de alunos em sala de aula ( ) outro. Qual?___________

15. Considera importante a participação dos pais na educação formal de seus

filhos/as. Por quê:

( ) os alunos/as se tornam mais interessados. ( ) a educação formal também é dever dos pais. ( ) não percebe diferença ( ) Outro. Qual?_______________________________________________________ 16. Comunica os pais de seus alunos/as sobre os acontecimentos escolares ( procedimentos do aluno/a, atividades não realizadas, etc.): ( ) por comunicado na agenda ( ) chama para uma conversa ( ) não comunica ( ) outros. Quais?_________ 17. Você faz avaliação diagnóstica, para analisar quais conteúdos necessitam ser

revistos:

( ) sempre ( ) às vezes ( ) de acordo com o conteúdo ( ) não realiza ( ) percebe quando realiza as avaliações previstas 18. Na sua maneira de perceber a escola, o que deveria mudar nas salas de aula e no contexto escolar como um todo, para que a educação formal realmente se concretizasse de forma significativa?

___________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE: Maria de Lourdes Barauce Freitas

Orientadora UEPG:Regina Aparecida Messias Guilherme

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA- UEPG

A entrevista tem como objetivo dar embasamento para a Implementação Pedagógica a ser desenvolvida no “COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA APARECIDA NISGOSKI”. Serão preservadas todas as informações

aqui contidas de acordo com os princípios éticos e pedagógicos da pesquisa científica.

SENHORES PAIS OU RESPONSÁVEIS....

Gostaríamos muito que nossa escola correspondesse a todas as suas expectativas com relação a educação de seu filho/a. Queremos ofertar a ele/a uma educação que possa ajudá-lo/a a viver num mundo melhor e a lutar por seus direitos. Mas, para que isso aconteça, precisamos da sua participação. E, para começar, queremos conhecê-los um pouco melhor. Não é necessário identificar-se...

1. Idade do pai ou responsável (grau de parentesco__________________________)

( ) entre 20 e 30 anos ( ) entre 30 e 40 anos ( ) entre 40 e 50 anos ( ) mais de 50 anos 2. Idade da mãe ou responsável: (grau de parentesco:__________________________)

( ) entre 20 e 30 anos ( ) entre 30 e 40 anos ( ) entre 40 e 50 anos ( ) mais de 50 anos

3. Vocês costumam participar de atividades de lazer com seu filho/a? ( ) esportes ( ) pescaria ( ) passeios ( ) ver TV ( ) outros. Quais?_________________________________________________ 18. Quanto de tempo você permanece fora de casa por causa de seu

trabalho? Pai : ( ) 4 horas ( ) 8 horas ( ) 12 horas ( ) não trabalho fora Mãe ( ) 4 horas ( ) 8 horas ( ) 12 horas ( ) não trabalho fora 5. Vocês conhecem os/as professores/as de seu filho/a? ( ) sim ( ) não ( ) alguns ( ) nenhum 6. Vocês costumam olhar as atividades que são trabalhadas com seu filho/a? ( ) sempre ( ) nunca ( ) todos os dias ( ) quando ele pede ajuda 7. Vocês ajudam seu filho/a nas tarefas escolares? ( ) sim ( ) não

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8. Vocês cobram de seu filho/a que ele/a realize as atividades que foram solicitadas?

( ) sim ( ) não ( ) às vezes ( ) quando vejo que ele tem tarefa ( ) quando lembro ( ) acompanho de perto, ajudo, mas não faço a lição por ele. 9. Vocês acreditam que só podem ajudar seu filho/a se souberem o conteúdo

que foi ensinado? De que outra maneira vocês podem ajudá-lo/a? ( ) estabelecendo um horário para estudo em casa

( ) olhando seu caderno diariamente ( ) cobrando suas responsabilidades escolares ( ) todas as alternativas ( ) outra maneira. Qual?_____________________________ 10. Já falaram sobre a importância de estudar com seu filho/a?

( ) sim ( ) não

11. Qual é a disponibilidade que vocês têm para seu filho/a?

( ) todo dia ( ) à noite ( ) uma vez por semana ( ) nos finais de semana ( ) sempre que ele pede atenção

12. Vocês deixam seu filho/a faltar aulas:

( ) às vezes, quando preciso de ajuda em casa ( ) nunca, a escola é muito importante ( ) Quando ele está um pouco cansado, deixo sim. 13.Cobra para que seu filho/a leve o material solicitado conforme horário

escolar:

( ) às vezes ( ) sempre ( ) nunca ( ) é responsabilidade dele

14 .O que vocês fazem quando seu filho/a vai mal nas avaliações?

( ) evito de ir a escola para não ouvir reclamações. ( ) coloco-o/a de castigo e passo a exigir mais dedicação ( ) vou à escola descobrir o motivo e começo a ajudá-lo/a em casa 15 que deveria mudar na escola para melhorar a aprendizagem de seu/a

filho/a?

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE: Maria de Lourdes Barauce Freitas

Orientadora UEPG: Regina Aparecida Messias Guilherme

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ANEXO II (Resultado da Assembleia)

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA APARECIDA NISGOSKI

RESULTADOS DA “ASSEMBLEIA DE CLASSE” (Dia:____________)

Pode continuar assim...... Necessita de mudanças....

Assinatura dos participantes:

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ANEXO III ( Ficha a ser utilizada em todas as reuniões )

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA MARIA APARECIDA NISGOSKI

RESULTADOS DA ANÁLISE DO TEXTO:__________(Dia:____________)

Assinatura dos participantes:

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ANEXO IV

Atividades a serem realizadas com pais

.

Já com referência a intensificação dos hábitos de estudos como estratégica

metodológica escolar e familiar estruturaremos as regras decorrentes de

acompanhamento dos pais .

SEJA UM OBSERVADOR...

As dificuldades de aprendizagem não surgem do nada, elas podem

estar sendo geradas por...

POSSÍVEIS CAUSAS:

- falta de atenção;

- desinteresse;

- indisciplina;

- desequilíbrio emocional;

- insegurança;

- medo;

- imaturidade;

- falta de pré requisitos;

- distúrbios de aprendizagem.

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AJUDE SEU FILHO OU FILHA A...

- defina um horário para seu filho ou filha estudar todos os dias;

- olhe as tarefas que seu filho ou filha realizou na escola;

- leve seu filho ou filha refletir sobre a ideia do “ não sei fazer”,

ele ouviu as explicações do professor ou professora;

- lembre seu filho ou filha de que ele/ela não deve estudar

apenas para as avaliações;

- as tarefas e trabalhos escolares são de responsabilidade de

sua /seu filho ou filha e, consequentemente da família;

- caso seu filho ou filha não tenha material para pesquisa em

casa, a biblioteca da escola poderá ser utilizada

- lembre sempre seu filho ou filha de que deve tratar a todos com

respeito professores / professoras e colegas;

- o material escolar deve ser levado para escola conforme horário

estabelecido e que se encontra na agenda de seu filho ou filha;

- não permita que seu filho ou filha falte as aulas sem motivo;

- demonstre interesse por tudo que seu filho ou filha realizar, seja

para elogiá-lo/a ou para lhe dizer que precisa melhorar.;

Lembre-se, seu filho ou filha precisa de você.

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Aceite o desafio, comprometa-se com seu filho/a...

É importante que:

- conheça a realidade da escola em que seu filho/a está matriculado, as normas por ela estipuladas

para ajudar seu filho/a a cumpri-las ;

- conheça as pessoas que trabalham com seu filho/a, e qual é a maneira de trabalhar dos mesmos;

- busque saber sobre o comportamento moral de seu filho/a na escola;

- respeite o calendário escolar;

- fale com os filho/as sobre a importância de estudar;

- demonstre interesse pelas atividades que foram desenvolvidas na escola, perguntando,

questionando, permitindo que seu filho/a fale da escola para você.

- verifique o caderno de atividades de seu filho/a para ver se ele/a está realizando-as;

- cobre a realização das atividades de casa, não precisa você conhecer o conteúdo para que isso

aconteça, seu filho/a estava em sala de aula, é obrigação dele/a saber quais atividades foram solicitadas;

- determine pelo menos uma hora de estudo diariamente, mesmo que este/a não tenha tarefas de

casa, mostre que quanto mais eles estudarem maiores serão as oportunidades profissionais e pessoais;

- não permita que seu filho/a estude apenas em dias de provas;

- solicite que os professores/as de seu filho/a mandem por escrito as atividades a serem feitas;

- peça que comuniquem a você, as dificuldades com seu filho/a para que você tenha ciência dos

acontecimentos;

- incentive seu filho/a a pegar livros na biblioteca;

- lembre-se, mesmo ausente, você pode se fazer presente, colocando normas a serem seguidas

em casa até a sua chegada;

- o cansaço do dia não o exime de suas responsabilidades como pais, por isso

dedique um tempinho de seu tempo ao seu filho/a, ele precisa de você.

“(...) a família é o bloco edificador da sociedade, “ a base a qual toda cultura se sustenta”. Ela dá a civilização seu fundamento moral. A força e a estabilidade da família, em essência, determinam a vitalidade e a vida moral da sociedade mais ampla”. (KLATCH, apud GENTILI. 2002,p.279)

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QUESTÕES PARA ANÁLISE:

a) Quais prioridades você considerada essenciais na vida dos

filhos/as?

b) Você considera a educação escolar importante? Por quê?

c) Você conversa com seu filho/a sobre seus amigos/as,

escola, namorados/as?

d) Determina um horário para que seu filho/a estude em casa?

e) Olha as atividades realizadas por ele/a na escola?

f) Vai até a escola buscar informações sobre a vida escolar

dele/a?

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ANEXO V (texto Mizukami)

Ensino : AS ABORDAGENS DO PROCESSO

Abordagens Tradicional Comportamentalista Humanista Cognitivista Sociocultural

ESCOLA

Lugar para realização da educação, Funções bem definidas, normas disciplinas rígidas. Preparar o indivíduo para a sociedade

Agência educacional, modelo empresarial. Divisão entre planejamento (quem planeja) e execução (quem executa) A sociedade poderia existir sem escola. Uso da teleducação e ensino à distância

Escola democrática. Normas disciplinares não rígidas. Deve oferecer condições ao desenvolvimento e autonomia do aluno.

Oferece condições para que o aluno possa aprender por si próprio. Reconhece a prioridade da inteligência sobre à aprendizagem Oferece um ambiente desafiador que favorece a motivação.

Busca proporcionar meios para que a

educação se processe em seus múltiplos aspectos

ALUNO

Aluno ser “passivo” que deve assimilar os conteúdos transmitidos pelo professor e pela escola

Aluno eficiente e produtivo é o que lida “ cientificamente” com os problemas da realidade.

Aluno ser “ativo”, centro do processo ensino/aprendizagem. Criativo, “aprendeu a aprender” Participativo

Papel de observar, experimentar, comparar, analisar, levantar hipóteses “ativo”

Pessoa que determina e é determinada pelo social, político, econômico . Deve ser capaz de gerar mudanças na realidade.

PROFESSOR

É o transmissor dos conteúdos aos alunos. Age com autoridade

É ele que seleciona, organiza e aplica os meios que garantem a eficácia do ensino

É o facilitador da aprendizagem

Cria situações desafiadoras, estabelece condições de reciprocidade e cooperação ao mesmo tempo moral e racional

Direciona e conduz o processo de ensino/aprendizagem- Relação horizontal com o aluno, ambos são sujeitos do ato de conhecimento.

ENSINO APRENDIZAGEM

Sequência lógica de conteúdos.Conteúdos selecionados a partir da cultura universal acumulada. -Aulas expositivas -Exercícios de fixação -Leituras e cópia

Objetivos operacionalizados a partir de gerais e específicos. Ênfase nos recursos audiovisuais, instrução programada, tecnologia de ensino. Os comportamentos desejados serão incorporados nos alunos.

Objetivos obedecem ao desenvolvimento psicológico dos alunos .Conteúdos selecionados a partir dos interesses dos alunos. A avaliação valoriza aspectos afetivos . Auto avaliação

A inteligência se constrói a partir da troca com o meio. Baseado no ensaio e erro, pesquisa, investigação, facilitando o aprender a pensar. Valoriza trabalhos em equipe.

Os objetivos educacionais partem das necessidades concretas do aluno (contexto histórico social). Busca despertar a consciência crítica, a aprendizagem é fundamentada pelo diálogo. Os temas trabalhados devem ser retirados da vida dos educandos

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti (2006)

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ANEXO VI

CINE-FÓRUM

DE QUEM É A RESPONSABILIDADE?

GÊNERO: Animação

DURAÇÃO: 8 minutos www.youtube.com/watch?v=uElG1v3TQFc

PRODUÇÃO : Chittoni

SINOPSE:

A animação enfoca uma indústria, onde há muitos trabalhadores

divididos por setores. Quando estes chegam para o trabalho um dos funcionários deixa

cair um fósforo aceso no gramado da indústria. Da pequena fagulha que todos

observam, questionando de quem é a função de apagá-la, vai surgindo um grande

incêndio.

Só quando percebem que estão em perigo resolvem unirem-se e acabar

com o fogo, demonstrando que a união é a melhor maneira de solucionar problemas

QUESTÃO PARA ANÁLISE a) Você costuma assumir todas as suas responsabilidades? b) Você fica “em cima do muro” quando “acha” que a responsabilidade não é

sua, ou se isenta quando “acha” que o que está acontecendo não é problema seu?

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ANEXO VII

VIDA MARIA

GÊNERO: Animação

DIRETOR: Márcio Ramos

ANO: 2006

DURAÇÃO: 9 minutos

PRODUÇÃO: Bitola Vídeo

PAÍS:Brasil

www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=4910

Sinopse: O filme retrata a história de uma menina que tem sua infância

interrompida para ajudar a família a sobreviver, infância essa resumida aos poucos

recursos ofertados pela família.

A menina Maria, que aparece no filme, mostra satisfação ao escrever seu

nome no momento em que sua mãe lhe chama a atenção, alegando ter algo mais

importante a realizar do que ficar escrevendo. Da menina é tirado o direito de viver uma

outra realidade, diferente da mãe no futuro .

Enfim, mostra as continuidades da vida .

QUESTÕES PARA ANÁLISE:

REUNIÃO DE PAIS (Vida Maria)

a) Você acredita que a educação formal pode ajudar seu filho/a a

conquistar objetivos com relação a vida profissional e intelectual?

b) Alguma vez seu filho/a deixou de realizar atividades solicitadas pelo

professor/a para ajudá-lo a realizar algum serviço?

c) Já conversou com seu filho/a sobre como foi a sua vida educacional na

sua adolescência, buscando incentivá-lo a fazer como você ou a seguir

outro caminho?

d) De que maneira você pode motivar seu filho/a para que este se dedique

mais às atividades escolares?

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ANEXO VIII

MÃOS TALENTOSAS

GÊNERO: Drama

DIREÇÃO:ThomasCarter

DURAÇÃO:90 minutos

www.baixedetudo.net/filme-maos-talentosas

Sinopse:

Ben Carson era um menino pobre de Detroit, desmotivado, que tirava más notas

na escola. Entretanto aos trinta e três anos, ele se tornou o diretor do Centro de

Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário John Hopkins, em Baltimore, EUA. Em

1987, o Dr. Carson alcançou renome mundial por seu desempenho na bem-sucedida

QUESTÕES PARA ANÁLISE:

ENCONTRO COM ALUNOS (Vida Maria)

a) Alguma vez já deixou de realizar tarefas escolares para ajudar

seus pais?

b) Você costuma arranjar desculpas para não realizar as atividades

solicitadas pelo professor/a como “não tive tempo”, “fui viajar”, “

não sabia o que era para fazer”, ou outras?

c) Futuramente você quer trabalhar no mesmo serviço que seus

pais trabalham hoje. Por quê?

d) Você acredita que estudando está investindo em seu futuro?

e) O que você pode fazer para melhorar, com relação aos estudos?

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separação de dois gêmeos siameses, unidos pela parte posterior da cabeça – uma

operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte e duas

horas de cirurgia. Sua história, profundamente humana, descreve o papel vital que a

mãe, uma senhora de pouca cultura, mas muito inteligente, desempenhou na

metamorfose do filho, de menino de rua a um dos mais respeitados neurocirurgiões do

mundo.

QUESTÕES PARA ANÁLISE:

REUNIÃO DE PAIS (Mãos Talentosas) a) Depois de assistir ao filme, você conclui que foi importante a participação da mãe

para o sucesso dos filhos? ( ) sim ( ) não ( ) os filhos teriam sucesso independente da ajuda da mãe b) A principal ajuda da mãe veio: ( ) de seu trabalho como doméstica; ( ) da cobrança que exercia com relação à leitura; ( ) do interesse que demonstrava com relação às atividades da escola.

c) A mãe só ajudava seus filhos nas tarefas escolares por quê? ( ) tinha conhecimento dos conteúdos que eram trabalhados na escola; ( ) acreditava que eles tinham capacidade e podiam vencer na vida estudando. d) Qual foi a maneira que a mãe utilizou para que eles estudassem todos os dias? ( ) colocando-os de castigo ( ) estipulando horários de estudo diários. e) Qual foi a mensagem que conseguiu trazer para sua vida e que o levou a questionar sua maneira de agir com seu filho ou filha com relação a educação formal? f) Você motiva seu filho ou filha a estudar? Exige dele que cumpra seus afazeres escolares?

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ANEXO IX

QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO

GÊNERO: Animação

AUTOR: Spencer Johnson

DURAÇÃO: 15 minutos

www.conversadigital.com

Um modo surpreendente de lidar com a mudança em seu trabalho e em sua

vida. “Quem Mexeu no Meu Queijo?” é uma parábola simples que revela verdades

profundas sobre a mudança. É a história divertida e esclarecedora de dois ratinhos e

QUESTÕES PARA ANÁLISE:

ENCONTRO COM ALUNOS (Mãos Talentosas) a) Na sua opinião o que contribuiu para o sucesso profissional do menino

no filme? ( ) ele estudava em uma escola bem sucedida; ( ) os professores/as eram excelentes e o motivavam a estudar; ( ) a sua dedicação aos estudos, a leitura e a ajuda da mãe. b) Você também é um aluno/a dedicado/a? ( ) sempre ( ) às vezes ( ) quando gosto do conteúdo c) Você retira livros da biblioteca para ler ? ( ) sempre ( ) só quando vou pesquisar ( ) nunca

d) Você costuma fazer resumos dos livros que lê? ( ) sempre ( ) nunca ( ) quando o professor/a solicita e) Você costuma procurar livros que abordem os conteúdos trabalhados na escola para aprender mais sobre os conteúdos trabalhados? ( ) sempre ( ) nunca ( ) se o professor/a pedir F) Quais procedimentos você acredita que deve tomar para melhorar seus estudos? ______________________________________________________________________________________________________________________________________ G) Alguma vez você já pensou que suas atitudes de agora influenciarão no seu futuro?

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dois homenzinhos que vivem num labirinto e procuram “queijo” para se alimentarem e

viverem felizes. Esses quatro personagens se comportam como seres humanos

normais. “Queijo” é uma metáfora para significar aquilo que desejamos na vida: um bom

emprego, um bom relacionamento amoroso, dinheiro, propriedades, saúde ou paz de

espírito. E o “Labirinto”é o local onde fazemos essa busca: a empresa na qual

trabalhamos, a nossa família ou nossa comunidade.

QUESTÕES PARA ANÁLISE

Quem Mexeu no Meu Queijo ( Reunião de professores)

a) No seu dia-a-dia você costuma planejar suas atividades? b) Por que é importante planejarmos nossos acontecimentos diários?

c) Você costuma planejar suas aulas? d) Por que é necessário que as aulas sejam sempre planejadas? e) O que é indispensável você observar ao planejar suas aulas?

f) Você procura buscar atividades diferentes para trabalhar com seus

alunos e alunas?

g) A sua maneira de dar aulas é sempre a mesma? Justifique

h) Você já perguntou aos seus alunos e alunas qual a opinião deles com relação às suas aulas?

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16. REFERÊNCIAS

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17. UNIDADE III

17.1 Envolvimento parental no processo educativo

Maria Helena Nisgoski van der Vinne

É necessário acreditar na possibilidade de ir além do amanhã, sem ser ingenuamente idealista. É necessário perseguir as utopias, como relação dialética entre denunciar o presente e anunciar o futuro. É necessário antecipar o amanhã pelo sonho de hoje. O sonho é um sonho possível ou não? Se é menos possível, trata-se para nós, de torná-lo mais possível.

Paulo Freire

17.2 Considerações Iniciais

À luz desta epígrafe, revelamos nossas reflexões em concordância com as

ideias de Paulo Freire, pois temos a convicção de que os sonhos podem acontecer,

precisamos acreditar na escola e nas pessoas para aprimorar o relacionamento família-

escola e o desempenho estudantil.

A escola pública é um lugar privilegiado, pois nela buscamos a inclusão de

todos(as), independente da posição sócio-cultural. As relações no seu ambiente

precisam basear-se no diálogo e respeito, inclusive com os familiares. É fundamental

reconhecer e valorizar os “atores” que a compõe para garantir o direito de todos à

educação.

“A escola objetiva a educação, no pleno sentido da palavra, através da

conscientização de seus alunos (e também suas famílias) de sua condição na

sociedade em que vivem” ( Freire, 1987). A participação da família na vida escolar dos

filhos e filhas contribui significativamente para a melhoria da aprendizagem. O

envolvimento dos pais na educação dos filhos e filhas, segundo Carvalho (2004) “é o

comparecimento às reuniões de pais e mestres, atenção à comunicação escola – casa

e, sobretudo, acompanhamento dos deveres de casa e notas”. Às vezes esse

envolvimento ocorre de maneira espontânea, mas com algumas famílias só acontece

com o incentivo da escola.

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A importância e a influência da família como agente educativo é inquestionável.

A família é o primeiro ambiente que proporciona à criança estímulos e modelos que

servirão de referência para as suas condutas.

O acompanhamento escolar por parte pais ou responsáveis se torna

indispensável a partir de seus efetivos interesses pelas atividades dos /das filhos(as),

pois assim fica presente uma contribuição direta para o êxito do processo educativo.

Neste sentido, MARCHESI (2006, p. 156) considera:

a participação ativa dos pais na educação de seus filhos e sua colaboração com os objetivos escolares é uma das variáveis principais para assegurar um bom progresso dos alunos ou, pelo menos, evitar seu fracasso escolar. As relações que os pais estabelecem com os seus filhos, seus códigos comunicativos e lingüísticos, as expectativas sobre o seu futuro, o apoio que lhes proporcionam nas tarefas escolares e sua participação nas atividades da escola constitui uma malha poderosa que sustenta o interesse e o esforço da criança para ampliar seus conhecimentos.

Salientado o que foi abordado por Marchesi como fator importante para o sucesso

escolar não podemos deixar de abordar o fato de que a família deve estar atenta aos

comunicados da escola, bem como as atitudes de seus filhos e filhas no cotidiano

escolar.

A escola precisa preocupar-se com a qualidade da educação, propiciando a

todos a aprendizagem dos conteúdos curriculares; e a família como socialização

primária precisa assumir o compromisso de acompanhar a vida acadêmica de seus

filhos e suas filhas, tanto na escola, como em casa.

Quando a família e a escola mantêm boas relações, há um melhor aprendizado.

Portanto pais/mães e professores (as) devem ser estimulados a discutirem e buscarem

estratégias conjuntas e específicas ao seu papel, que resultem em novas opções e

condições de ajuda mútua (Leite & Tassoni, 2002).

Partindo-se da ideia de que a interação escola-família é um valor básico e

necessário para a concretização do sucesso educacional buscaremos compreender a

situação real da comunidade escolar e a interação escola-família na Escola Estadual

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Castrolanda Ensino Fundamental23 - anos finais quintas a oitavas séries, localizada

em Castrolanda, Município de Castro, sendo efetivado nesta pesquisa o projeto de

intervenção e, buscando assim, o parecer coletivo sobre a realidade vivenciada de

todos os envolvidos no processo educacional.

A proposta aqui desenvolvida se constituirá de cinco momentos, os quais estarão

alicerçados à luz da adaptação dos alunos e alunas à quinta série, identificação à

adolescência e responsabilização mútua da escola – família na formação humana.

No primeiro momento buscaremos o parecer dos (as) professores (as) sobre a

realidade escolar, as dificuldades e atividades que estes realizam durante o ano letivo,

suas expectativas e frustrações. (anexo I) Os alunos e alunas manifestarão sua

opinião sobre como está acontecendo a sua adaptação na quinta série, quais as

dificuldades enfrentadas, as disciplinas mais difíceis , sobre como a família participa de

sua vida escolar.(anexo II)

Para que possamos ter subsídios sobre a composição familiar e as relações

existentes entre a escola e a família dos alunos e alunas que integram a realidade

escolar, sendo que, o segundo momento será dedicado a contextualização das famílias

dos alunos e alunas das quintas séries. A primeira interlocução com os pais abordará

aspectos como: historicidade familiar, composição e constelação familiar, horas

semanais de trabalho dos pais ou responsáveis, como também a escolaridade dos

familiares, levantamento da disponibilidade familiar para o lazer e acompanhamento da

vida afetiva e escolar de seus filhos e filhas (anexo III). Já a segunda interlocução

buscará descobrir como se dá o envolvimento da família com a escola (anexo IV).

Para melhor compreender como se processa todo o cotidiano escolar, todos os

envolvidos no processo educacional, professores e professoras, equipe pedagógica,

direção e agentes educacionais I e II serão instigados a contribuir com seus pareceres

conforme (anexos V,VI,VII).

23

Localizado em Castrolanda ,Castro , pertencente ao NRE- Ponta Grossa -PR. Composto por quatorze professores, três agentes

educacionais I, três agentes educacionais II , um diretor , cento e setenta e cinco alunos

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As respostas, sugestões dos anexos I, II, III, IV, V, VI e VII serão analisadas,

comentadas nas reuniões respectivamente com cada grupo.

O terceiro momento será dedicado a reflexão, este procurará entender como se

processam os relacionamentos escolares entre professores (as), alunos (as) e família,

bem como reuniões de formação onde alguns temas relevantes para a família e a

escola serão abordados. Os encontros dos pais, professores e professoras serão

agendados conforme as datas solicitadas.

Antes de cada encontro será enviado um convite com sua respectiva pauta.

( anexo VIII)

Para melhor compreender e conhecer a família no contexto que vivemos , suas

dificuldades e enfrentamentos , a realidade escolar e os adolescentes que fazem

parte deste contexto, não podemos deixar de buscar o pensar sábio de muitos

autores, embasando o cotidiano escolar e alicerçando a nossa prática educacional.

Para tal, dedicaremos o próximo segmento para comentar um pouco sobre essas

realidades.

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18 Educando no tempo em que vivemos.

18.1-A família na atualidade

Segundo a autora Coutinho (2006), a família é uma das instituições sociais mais

antigas, mudando sempre e assumindo diferentes formações no tempo e em distintas

sociedades. O termo família origina-se da palavra latina famulus, que se refere ao

conjunto de servos e dependentes de um chefe ou senhor.

Embora o tema família seja bastante abordado pela Sociologia, as percepções

das pessoas mudam no decorrer do tempo e de acordo com o contexto sócio – cultural

a que pertençam. Atualmente, existem diversas estruturas familiares, pais biológicos,

outras com apenas um deles, pais adotivos, avós, e outras formações familiares.

Conforme ROUDINESCO (2002, p. 18,19 )

Quanto à família conjugal dita “nuclear” ou “restrita”, tal como a conhecemos no Ocidente, trata-se da consumação de uma longa evolução – do século XVI ao XVIII - durante a qual o núcleo pai-mãe-filho (s), de que fala Levi-Strauss, se destacou do que outrora constituía as famílias: um conjunto, uma “casa”, um grupo, que incluía os outros parentes, as pessoas próximas, os amigos, os criados. Contudo, essa estrutura nuclear de base parece ter existido na Europa da Idade Média bem antes de tornar-se o modelo dominante da época moderna A partir dos anos de 1960 impõe-se a família dita “contemporânea” ou “pós- moderna”- que une, ao longo de uma duração relativa, dois indivíduos em busca de relações íntimas ou realização sexual. A transmissão da autoridade vai se tornando então cada vez mais problemática à medida que divórcios, separações e recomposições conjugais aumentam.

Mudar implica movimento, mexer-se, transformar-se. A família está em constante

mudança. Neste sentido, Vicente (2004, p. 41) nos coloca:

O significado da palavra família mudou muito e ainda não há um novo acordo entre os teóricos quanto a sua definição conceitual. O ciclo de vida familiar está em mudança, a história da vida em família, que se desenvolve através dos acontecimentos, está marcada por ganhos e perdas, recebe a influência do

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tempo presente. As mudanças mais dramáticas são devidas a fatores como baixa incidência na taxa de nascimentos, aumento de longevidade, expectativa de vida aumentada com qualidade e lugar importante para o idoso, papel da mulher em mudança, grande número de divórcios e casamentos, aumento de pais e mães solteiros, casais morando juntos sem oficialização do casamento, adoções por pessoas solteiras, aumento de casais e famílias homossexuais.

Portanto a família nuclear convive com outras tipologias de famílias, mães com

trabalho assalariado , famílias reconstruídas, lares só com mães ou pais entre outras.

A família está se transformando, as mudanças rápidas, avanços tecnológicos,

novos modelos de vinculação, entre outros a influenciam; portanto não há uma única

maneira de conceituá-la. Rodrigues (2007) comenta que o conceito de família evolui

desde a formação da sociedade; a família formada por pai, mãe e a prole comum não

se constitui em um único modelo de família. Acompanhando a evolução da sociedade,

o sistema constitucional prevê novas formas de família. RODRIGUES (2007, p.14-15)

conceitua família como:

... o primeiro conceito do que seja família se faz em sentido amplíssimo, considerando-se família a reunião de pessoas ligadas em razão de uma relação de dependência,ainda que não haja vínculo de parentesco entre elas. Em segunda acepção, a família é composta apenas por aqueles que guardam entre si vínculos de parentesco, seja consanguíneo, civil ou afim. Na terceira acepção, restrita a família se compõe das pessoas ligadas entre si em razão do casamento e pela filiação , ou seja, cônjuges e filhos

Os avanços da sociedade fazem com que as leis se renovem, diante das imensas

mudanças que vêm ocorrendo, surgem novas leis para garantir o direito dos indivíduos

e das diversas formas de família. No artigo 226 da Constituição Federal: “a família,

base da sociedade, tem especial proteção do Estado.”

A família nuclear, constituída de pai mãe e filhos, convive com outras

configurações familiares. Existem diversos fatores que alteram a sua

organização, tais como o surgimento dos movimentos feministas, o acesso à

escolaridade (principalmente das mulheres), a mudança dos papéis sexuais, o

consumismo, o ingresso da mulher no trabalho assalariado.

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Atualmente existem diversos tipos de família: nucleares (pai, mãe, filho/filha) ou

filhos/filhas ), reconstituídas (casais separados que casam novamente, que já possuíam

filhos e ou filhas e têm outros filhos e ou filhas), monoparentais (chefiadas por mulheres

ou homens), casais homossexuais que vêm reivindicando o direito de constituir uma

família, famílias com filhos adotivos, avôs/avós que acolhem os netos e/ou as netas.

Muitas mudanças ocorreram na sociedade e na família. Na cultura patriarcal havia

um só modelo de família onde a autoridade era exercida pelo pai. Devido essas

transformações a mulher assumiu novos papéis e o relacionamento familiar modificou.

Segundo PASSOS (2002, p.41):

“Diante da diversidade é impossível um único diagnóstico das mudanças, principalmente se pensarmos nas variantes de família que não cessam de aparecer. Por exemplo, a família monoparental pode ser constituída por um pai ou uma mãe e seus filhos. Mas pode também ser composta por uma mulher e seu filho, produto de uma relação onde não se institui uma conjugalidade. De outro modo, temos a família homoparental, que pode se organizar em torno de dois sujeitos do mesmo sexo que opta por adotar um filho, ou por criar os filhos biológicos de um dos parceiros. Se as modalidades de organização do grupo, hoje, revelam múltiplas e distintas configurações vinculares, os padrões patriarcais historicamente predominantes, não podem ser usados como parâmetros para compreensão de expressões relacionais da família atual.”

Como os tipos de famílias são muitos, as formas relacionais ocorrem de diversos

modos, não podendo se ter como referência o relacionamento da família patriarcal. Às

vezes, os relacionamentos familiares se tornam frágeis, isto devido as recomposições

conjugais e afetando os vínculos afetivos. O reconhecimento da “autoridade” do

cônjuge (pai ou mãe) é questionado, ocasionando conflitos com os filhos e/ou as filhas.

Esses questionamentos tornam o convívio familiar tenso, necessitando de

conversas “regras” negociações. A vivência de todo o grupo familiar deve ser baseado

no respeito para melhorar a afetividade e a reformulação das relações. A família se

modifica através da história, mas continua sendo um sistema de vínculos afetivos onde

se dá todo processo de humanização do indivíduo.

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18.2 - A função social da escola

A escola24 é uma instituição educativa que é influenciada pelo contexto social e

pela cultura das pessoas que a compõem. Esta tem a função de ensinar e deve estar

comprometida com a educação de qualidade, com o acesso e a permanência de todos.

Ela é dinâmica, em constante transformação no seu cotidiano, influenciada pelas ações,

valores, crenças das pessoas que a compõem. NADAL ( 2009) nos coloca que:

... a escola é uma instituição dialética, constituindo-se constantemente pelos movimentos de contradição que são desencadeados pelas pessoas; sendo assim podemos concluir que grande parte do que a escola é resulta do que as pessoas, coletivamente e em função de um universo de significados, valores e crenças e convenções e da estrutura organizacional, fazem com que ela seja.

A escola pode ser formada por pessoas que agem sozinhas ou em grupos, sua

gestão, seu regimento escolar, suas normas, seus horários, suas necessidades, suas

dificuldades, suas práticas educativas, seu currículo... Tudo isto faz ela estar em

constante mudança.

Na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional de 1996 o Ensino Fundamental se traduz como um direito público de cada um,

e como um dever do Estado na sua oferta a todos. Conforme (BRASIL.Ministério da

Educação, 2009, p.45):

Cabe a instituição escolar, primordialmente, a distribuição social do conhecimento e a recriação da cultura. Uma das maneiras de se conceber o currículo é entendê-lo como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento e que contribuem para construir as identidades dos alunos.

24

“1-estabelecimento público ou privado onde se ministra ensino coletivo, 2-conjunto de professores, alunos e funcionários de uma escola, 3-prédio em que a escola está estabelecida (...)” (HOUAISS; VILAR, 2004, p. 20).

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A educação é um instrumento de formação ampla, por isso deve ter consciência

dos educandos e educandas como sujeitos de direitos, para tanto o currículo deve ser

organizado com conhecimentos, culturas e valores respeitando as diversidades.

A palavra latina currículum sugere a ação de percorrer uma determinada

trajetória, ou seja, um cursus (BRASIL, Ministério da Educação, 2009, p.9).

O currículo é uma práxis tendo função socializadora e cultural da educação. Nas

palavras de SILVA (1992, p.86):

...Verificar que um elemento social, como a escola, ou o currículo, não é o motor da história, não implica em renunciar a melhorá-lo. Tornar a escola um ambiente mais democrático e igualitário é um objetivo tão legítimo quanto o de usá-lo como instrumento de transformação da sociedade. E de certa forma, melhorar a escola e o currículo já significa por si só, transformar a sociedade.

As relações no ambiente escolar precisam ser de respeito e diálogo entre todos

os que convivem diariamente, direção, professores (as), alunos (as), agentes

educacionais I,II, mas também com os familiares.

Se na escola não prevalecer o autoritarismo entre direção e professores (as) e

alunos (as) a escola pode se tornar democrática. Sousa (2000, p.2) nos coloca sobre a

democratização na escola que: “A verdadeira democratização da educação tem mais a

ver com a capacidade que a Escola tem de acolher no seu seio, sem gerar exclusão por

insucesso escolar e enorme diversidade social e cultural que a lei passou a determinar”

A luta pela democratização do ensino público assume, no âmbito da educação

básica, o caráter de qualidade, de permanência e conclusão da escolaridade como um

direito social de todas as pessoas. A escola pública está comprometida com a gestão

democrática na qual participam a comunidade família e órgãos colegiados (Associação

de Pais Mestres e Funcionários, Conselho de Classe, Conselho Escolar e Grêmio

Estudantil). Ela está contida na LDB 9.394/96 ( Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional), em seu artigo14 coloca que:

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...os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino

público na educação básica de acordo com suas peculiaridades. Para conferir essa autonomia à escola, a lei define os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola II – participação das comunidades em conselhos escolares ou equivalentes.

É de fundamental importância quando se fala em “gestão democrática do ensino

público” a eleição direta para diretores de escolas e a atuação coletiva com a discussão

de ideias, sugestões e ações. Cabe à escola e a todos os seus profissionais assumir a

responsabilidade educativo – social, isto é, o compromisso com o conhecimento e com

a aprendizagem de todos os alunos. Conforme LIBÂNEO (2004, p. 2004):

A participação é o principal meio de meio de se assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Além disso, proporciona um melhor conhecimento dos objetivos e metas, da estrutura organizacional e de sua dinâmica, das relações da escola com a comunidade, e favorece um aproximação maior entre professores, alunos e pais

A escola é uma instituição que com suas reflexões, ações e decisões coletivas

pode contribuir para o enfrentamento das desigualdades sociais e fazer a diferença na

vida do seus alunos e alunas. Na visão de LIBÂNEO (2004, p. 51) “...uma escola de

qualidade é aquela que inclui uma escola contra a exclusão econômica, política ,

cultural , pedagógica .”

A escola pública como principal e, às vezes, a única maneira de adquirir o

conhecimento sistematizado para muitas pessoas, tem a enorme responsabilidade de

assegurar a todos os grupos sociais a aprendizagem dos conteúdos curriculares. Sendo

a escola composta de diferentes alunos e alunas ela deve utilizar estratégias, métodos

e recursos de ensino para atender a todos, respeitando as individualidades. (Ministério

da Educação, 2009 )

A instituição de ensino proporciona uma educação de qualidade social quando

está envolvida com as necessidades de todos que a frequentam, respeitando a

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diversidade cultural. A gratuidade, o acesso, permanência, o sucesso, um bom nível de

ensino são direitos dos cidadãos e dever do Estado e da Escola.

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18 .3 Desafios da adolescência

Adolescência, período intermediário entre o ser criança e o mundo adulto, é uma

etapa da vida cheia de mudanças físicas e psicológicas, decorrentes da puberdade.

TOURRET (2009, p.186) nos coloca:

Se do ponto de partida adolescência (a palavra vem do latim, adolescere: fazer-se grande) pode ser localizado pelo surgimento da puberdade (mas trata-se apenas de umas referências possíveis; por sua vez , o termo desse período é mais dificilmente identificável porque a fase subseqüente corresponde à idade adulta.

A faixa etária da adolescência é variável, a Organização Mundial de Saúde

(O.M.S) considera adolescentes jovens entre 10 e 20 anos, pois neste período que se

evidenciam as transformações. Mas o início e o término da puberdade e da

adolescência variam muito, pois são influenciados por fatores biológicos/genéticos,

sociais e ambientais.

Um turbilhão de hormônios começa atuar sobre o corpo e a maneira de agir do

adolescente diante do novo originando uma série de novas atitudes. Na adolescência

as mudanças físicas, emocionais e sociais levam o jovem a ter sentimentos de alegrias

e tristezas. Alegrias por estarem se tornando independentes, seguros e próximos de

sua independência. Tristezas, por não conseguirem se adaptar ao crescimento

repentino, as mudanças de seu corpo e as angústias surgidas.

A puberdade, fase de muitas modificações, uma das primeiras características é o

crescimento acentuado em altura. De acordo com TOURRET (2009, p.190):

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O rápido crescimento pondo-estatural (peso e altura) inaugura o período pubertário: nas moças, ele começa por volta dos 11-12 anos e,nos rapazes dois anos mais tarde. O crescimento em altura pode representar, no apogeu da curva de crescimento, uma dezena de centímetros anuais.

O desenvolvimento do corpo se faz de maneira irregular, os membros

crescem mais rápido que a cabeça e o tronco, tornando a sua aparência

desengonçada. Muitas vezes, essa aparência diferente causa tristeza, conforme

Tourrete (2009) ”Não é raro que a desvalorização, pelo indivíduo, de sua imagem física,

venha a propagar-se em outros domínios e prejudique sua auto - estima...”, os pais

devem estar atentos a essas dificuldades procurando melhorar a imagem do

adolescente.

As proporções físicas de uma criança e de um adulto são diferentes. E o

adolescente que está na transição dessas fases, parece desajeitado, pois seus

membros crescem desproporcionalmente ao corpo. Segundo FERRAZ e SIMAAN

(p. 42)

... a autopercepção do sujeito adolescente e a percepção da realidade concreta e conceitual podem ser consideradas planas, univertentes e até mesmo

distorcidas .A associação desses fatores com o crescimento desproporcional e o rompimento com os valores familiares levam a construção de uma estética peculiar na adolescência.Os conceitos de beleza e de feiúra são desenhados sob novos valores, que buscam no social seus modelos.

Os adolescentes têm sua própria moda, suas músicas, seus filmes, falam gírias.

É a época das turminhas, do experimentar, dos namoricos, das trocas de confidências.

Formam seus grupos de acordo com suas preferências seus aspectos físicos (os

estudiosos, os esportistas, os magros, os tímidos...).

Conforme Ferraz e Simaan, “A criança que é bem instruída a fazer escolhas

responsáveis será um adolescente com mais condição de optar”. É na família que a

autonomia de pensamento e ação deve ser estimulada desde a infância. Durante a

infância os limites devem ser trabalhados, visando proporcionar ao ser humano em

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formação, a autonomia e a independência. Assim o adolescente poderá vivenciar

escolhas e ter opinião formada do que se quer.

O adolescente começa a pensar através da lógica, adquire um raciocínio

abstrato. Está a procura de sua identidade, do conhecimento de si mesmo, de novos

referenciais de vida, de sua autonomia e independência. Na maneira diferente de agir

que o adolescente encontra para se fazer notar por seus pais e amigos, querendo de

alguma forma, demonstrar que apresenta uma identidade própria..

As mudanças que ocorrem nesse período causam conflitos e angústias. A

paciência e o diálogo são importantes para superar os momentos difíceis enfrentados

pelo jovem nessa fase, tornando-a mais fácil.

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110

18.4- Realidade escolar

A escola tem sua parcela de contribuição no desenvolvimento do indivíduo,

mais especificamente na aquisição do saber culturalmente organizado e em suas áreas

distintas de conhecimento. Nela as crianças desenvolvem atividades pedagógicas,

buscando para suprir suas necessidades cognitivas, psicológicas, sociais e culturais,

através de leituras, atividades interpretativas, pesquisas, jogos, assistindo vídeos/filmes,

passeios de estudo, excursões, debates, rodas de conversa, trabalhos individuais e

coletivos de uma maneira mais estruturada e pedagógica do que em casa.

Se a educação é um direito de todos à escola também deve ser para todos, ela

deve aceitar e trabalhar as diferenças. O professor ao planejar suas aulas deve utilizar

de estratégias com materiais diversificados para atingir as necessidades de todos os

alunos (as). O primeiro planejamento deve ser conhecer a realidade dos alunos e das

alunas. Para LIBÂNEO (2004, p.151)

O ato de planejar não se reduz ao momento de elaboração dos planos de trabalho. É uma atividade permanente de reflexão e ação. O planejamento é um processo continuo de conhecimento e análise da realidade escolar em suas condições concretas, de busca de alternativas para solução de problemas e de tomada de decisões possibilitando a revisão dos planos e projetos, a correção no rumo das ações.

Os alunos e as alunas da quinta série, muitas vezes, têm dificuldade para se

adaptarem a essa nova fase da vida escolar. As mudanças são muitas, desde o

horário, número de aulas de cada disciplina, atividades/trabalhos/pesquisas, processo

avaliativo, diversos professores (as) entre outros. Para o bom desempenho desses

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alunos e alunas, faz-se necessário que a escola e seus (as) educadores (as)

proporcionem orientações pedagógicas.

“O aluno quer ser reconhecido como pessoa, “a relação professor – aluno é

fundamental, capaz de deixar marcas nos alunos por muito tempo” (CUNHA, 2006).

Numa sala de aula o professor e a professora estão diante de crianças, jovens

que têm e vivem diversas realidades, é preciso perceber as diferenças de cada um para

melhor integrá-los ao meio acadêmico, bem como atuar como mediador (a) em sua

aprendizagem. Para reforçar esta colocação utilizaremos (STOER, CORTESÃO, 1999

apud BRASIL, Ministério da Educação, 2008 p.31)

Faz-se indispensável superar “o daltonismo cultural”, ainda bastante presente nas escolas. O professor “ daltônico cultural” é aquele que não valoriza o “arco-íris de culturas” que encontra nas salas de aulas e com que precisa trabalhar, não tirando, portanto, proveito da riqueza que marca esse panorama. É aquele que vê os estudantes como idênticos não levando em conta a necessidade de estabelecer diferenças nas atividades que promove.

Só conseguiremos fazer com que a escola exerça seu real papel na sociedade

a partir do momento que seus componentes adotarem uma nova postura frente a

pluralidade cultural, não permitindo que as diferenças sejam um fator negativo dentro do

ambiente escolar e, sim que estas propiciem o enriquecimento e a renovação das

possibilidades de atuação pedagógica.

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19. Construindo a co-responsabilidade: ações entre a família e a escola

A escolarização está presente na vida das crianças cada vez mais cedo.

Portanto a interação entre a família e a escola é importante. Reconhecer sua

contribuição e os limites na educação formal é fundamental para “diversificar os

sistemas de ensino e envolver, nas parcerias educativas, as famílias e os diversos

atores sociais” (MEC & UNESCO, 2000, p. 56).

Para um bom desenvolvimento dos filhos e ou filhas é essencial uma

participação ativa dos pais, mães, responsáveis na educação dos mesmos em casa e

na escola. Os benefícios de uma boa integração entre a família e a escola relacionam-

se a possíveis transformações evolutivas nos níveis cognitivos, afetivos sociais e de

responsabilidade dos alunos e/ou alunas. Existem maneiras diferenciadas dos pais se

envolverem na vida escolar de seus filhos e/ou filhas, alguns só os incentivam, outros

participam das reuniões escolares, alguns conversam sobre seus estudos e outros se

envolvem de outro ou de nenhum modo.

Na escola, deve se respeitar todas as diferenças e o diálogo precisa ser

permanente, não só com aqueles que convivem diariamente, tais como a direção,

professores (as), alunos (as), agentes educacionais I e II , mas também com os

familiares.

“Se as pessoas não acham que as escolas são suas, não é de espantar que não

se sintam à vontade nelas.” (MATHEUS, 1999, p.326), para elas se sentirem bem a

escola deve manter relacionamentos práticos e abertos, caso os pais e ou as mães

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tenham vontade e ou a necessidade possam ir até a escola e não somente quando a

escola convida ou convoca.

19.1 – Conhecendo os familiares

Buscando uma maior integração entre a escola e a família será proposta uma

reunião com o objetivo de conhecer os familiares dos alunos e alunas da Escola

Estadual Castrolanda.

Esse encontro inicial com os familiares começará com uma dinâmica de

apresentação, para torná-los descontraídos e para que se sintam mais à vontade.

Logo após será retomado com todos os presentes as indagações realizadas na

pesquisa conforme anexos.

Os pais serão divididos em pequenos grupos, estes receberão o texto “Pais e

Mães” - (Débora Corrgliano) (anexo x) para leitura, análise e apresentação ao grande

grupo .(anexo VIII)

. No final da reunião

todos receberão a

avaliação25 e poderão

escrever sugestões para

o próximo encontro.

25

A avaliação será utilizada ao final de todas as reuniões .

Marque a sua opinião sobre:

a reunião:

( ) ótima ( ) boa ( ) regular

o conteúdo:

( ) ótimo ( ) bom ( ) regular

as atividades:

( ) ótima ( ) boa ( ) regular

a sua participação:

( ) ótima ( ) boa ( ) regular

Sugestões para o próximo encontro:

____________________________________________________________________________

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114

.

19. 2 – Escola e família : uma integração necessária

Marchesi (2004) nos diz que a educação não é uma tarefa que a escola possa

realizar sozinha sem a cooperação de outras instituições e, a nosso ver, a família é a

instituição que mais perto se encontra da escola. Sendo assim, se levarmos em

consideração que Família e Escola buscam atingir os mesmos objetivos, devem elas

comungar os mesmos ideais para que possam vir a superar dificuldades e conflitos que,

diariamente, angustiam os profissionais da escola e, também, os próprios alunos e

alunas e suas famílias.

A escola e a família necessitam uma da outra, pois têm como objetivo o sucesso

escolar dos alunos e/ou alunas. Para MACHADO (2002, p.246)

...as escolas e as creches não são as responsáveis únicas pela educação das

crianças e adolescentes. As famílias também o são. Portanto, como profissionais da educação, precisamos aprender a lidar com as múltiplas realidades que constituem os contextos familiares dos alunos e com suas conseqüências, não para condená-los, mas para fazermos boas parcerias.

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115

A Constituição Federal no seu artigo 205 cita: “... a educação, direito de todos e

dever do estado e da família...”. Portanto, uma boa relação entre a Família e a Escola

é necessária, a escola deve exercer sua função educativa discutindo, informando,

orientando sobre o ensino aprendizagem dos alunos e ou alunas, respeitando as

características de cada família, e, essa deve auxiliar no que for possível nos estudos de

seus filhos e ou filhas.

Com vistas a uma maior aproximação entre a família e a escola convidaremos

os pais para participarem de uma reunião onde serão abordados os temas : “O papel

dos pais” de Susana Perez de Pablos (anexo XI).

Logo após realizaremos a leitura compartilhada e trocaremos ideias e

experiências. Os grupos escreverão uma frase sobre o que leram para socializarem

com os presentes.

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19.3 - Focando orientações educacionais

Escola e família são instituições que têm como objetivo o desenvolvimento do

educando e, é evidente a importância da família na educação. Neste sentido, BORSATO

(2008, p.325) nos coloca:

É importante que se efetive, na pratica, a troca entre famílias e escolas, o diálogo e a parceria entre as duas instituições. Portanto, a escola participativa se faz necessária visando à melhor compreensão do aluno e ao aperfeiçoamento da ação pedagógica

Percebe-se que os pais, muitas vezes, querem participar, mas não sabem como

fazê-lo, é preciso conhecer e compreender as necessidades de seus filhos e/ou filhas

como alunos e/ou alunas.. Para DIOGO (1998, p.64):

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Sobre a participação dos pais nas atividades escolares diz que estes expressam um grande interesse pela educação dos seus filhos e referem que gostariam de participar mais nas tarefas escolares dos seus filhos tanto na escola, como na casa, mas não sabem como fazer.

A escola, os professores e as professoras devem subsidiar pais, mães e

responsáveis com orientações sobre atividades, pesquisas, processo avaliativo e outras

informações referentes ao processo ensino/aprendizagem, para que os pais sintam-se

mais esclarecidos e próximos da vida estudantil e da escola.

Na intenção de fornecer aos pais orientações e informações sobre todo o

processo educativo, quando estes forem convidados a virem ao ambiente escolar para

uma reunião. Nesta será abordado o tema disciplina, tendo como subsídio os textos do

livro “Limites sem traumas” ZAGURY: (anexo XII)

1- Dar limites é...

2- Quais são as principais necessidades entre os oito e onze anos ?

3- Quais são as principais necessidades da adolescência?

4- A palavra final deve ser dos pais.

Os pais serão divididos em pequenos grupos, recebendo um dos temas. Após a

leitura será feita a apresentação ao grande grupo.

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20 - Discutindo ações com os professores

O professor é um profissional cuja atividade principal é o ensino, sendo este o

mediador de todo o processo ensino/aprendizagem se faz necessário que este visualize

a realidade dos alunos(as) como ponto de partida de toda sua prática educativa e, que

o seu objetivo final seja proporcionar aos alunos(as) conhecimentos que lhes

possibilitem melhores condições de vida. Para VASCONCELLOS (2003, p.40)

... o professor conhece cada um de seus alunos e desta forma pode ajudá-los na aprendizagem.Sem este relacionamento podemos ter outra coisa (instrução,informação, etc) , todavia, não educação. Por esta vivência, o aluno passa a saber que não é apenas um do grupo, mas tem um nome, uma história, enfim uma identidade.

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O fato do(a) educando(a) ser reconhecido(a) pelo professor(a) como pessoa se

torna determinante, motivador no processo de aprendizagem, pois a partir do momento

que o aluno(a) sente a aceitação do professor(a) tende a corresponder da mesma

maneira, de alguma forma foi cativado(a). Portanto, nós como professores (as)

devemos nos conscientizar, temos em nossas mãos uma tarefa trabalhosa, que exige

conhecimentos, habilidades e muito senso de compromisso com a educação.

Para que esta ação do (a) professor (a) se concretize, se faz necessário o

conhecimento daquele que é a razão de seu trabalho, o aluno e a aluna.

20.1 - Um olhar sobre a quinta série

No primeiro encontro será proposto a releitura dos questionamentos abordados

pelos (as) professores (as) nos anexos I e IV, buscando na ação coletiva possíveis

soluções para os problemas destacados.

Este terá continuidade com o filme “Vida Maria” (em anexo VIII da unidade

II,p.88 ), que será apresentado aos professores(as) no sentido de levá-los(as) a refletir

ao fato de que ao realizarem o seu trabalho devem vislumbrar sempre no(a) aluno(a)

capacidades, procurando motivá-lo(a) a buscar na educação escolar subsídios que

o(a) levem a um crescimento pessoal , social e pedagógico.

Logo após, faremos a leitura compartilhada e comentada do texto: O que

será de nós os maus alunos? (tradução Ernani Rosa, Porto Alegre Artemed, 2006)

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20.2 – Assumindo responsabilidades

Iniciaremos o segundo encontro assistindo o filme “De quem é a

responsabilidade?” (anexo VI da unidade II, p.87), este tem como objetivo pensar

juntamente com o professor que a escola é um coletivo e, como fazemos parte dela

devemos nos unir para o enfrentamento das dificuldades do cotidiano escolar.

Dando continuidade, será realizada a leitura do texto: “Os segredos dos bons

professores” (Revista Época, 22 de abril, 2010, p.115), onde cada grupo será incumbido

de comentar um tema.

Também será proposto que os professores respondam as questões abaixo.

1-Durante o primeiro semestre deste ano você teve dificuldades com a quinta

série ?

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( ) não ( ) sim Quais? ( ) defasagem no conteúdo básico

( ) adaptação de alunos ( ) desmotivação de alunos

( ) tarefas/trabalhos não realizados

( ) outras, quais?______________________________________________________

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

2-Como está o desempenho das quinta séries:

no ensino-aprendizagem

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

na disciplina/comportamento

21 . Valorizando o estudar

Toda a ação educativa está voltada para o ensino/aprendizagem e,

consequentemente, o aluno e a aluna são os centralizadores de todo processo

educacional. Mas estes, muitas vezes, parecem estar alijados do contexto escolar.

O resgate desses alunos e alunas será o objetivo principal desse primeiro

encontro, que será iniciado com a apresentação do filme “Vida Maria” , com ele

buscaremos analisar a necessidade do estudo formal como fator principal de

transformação.

Serão também resgatadas as respostas feitas por eles no (anexo II).

Partindo das análises serão elaboradas, juntamente com os alunos, “dicas de

estudo”. Esta será repassada em suas agendas como um compromisso a ser cumprido.

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“Talvez a busca do jeito certo de fazer as coisas, de tornar práticas as aulas, seja o maior dilema de todo professor que se entende como tal. Eu não quero aqui resolver essa questão, mas apenas lançar uma luz sobre ela. Não existe aula perfeita, nem aluno, nem professor. O que existe é a busca constante dessa perfeição que forja um caminho à medida que o trilhamos. Só existe caminho à medida que caminhamos.”(Educação para a felicidade)

22. ANEXOS

Anexo I

Identificação da realidade escolar

Prezados professores e professoras das quintas séries A e B da Escola Estadual

Castrolanda

Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa: Plano de envolvimento parental no processo educativo Prezados professores e professoras o objetivo dessas questões é conhecer melhor as dificuldades dos alunos e alunas na quinta série, e as atividades realizadas que melhor se adaptaram a esses alunos e alunas. Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho

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solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. Agradeço, sua colaboração é muito importante para o meu projeto. 1—Disciplina:____________________________________________________

2-Formação inicial: ( ) Ensino Médio ( ) Formação para Docente ( ) Profissionalizante,

qual?____________________________________________

3-Tempo total de serviço:___________________________________________

4-Na Escola Estadual Castrolanda:___________________________________

5-E na quinta série:______________________________________________

6-Você leciona na quinta série:

( ) por escolha própria ( ) indicação da escola ( ) para completar padrão

( ) outra opção, qual?_____________________________________________

7-Quais as principais dificuldades encontradas com os alunos e as alunas da

quinta série no início do ano?

8-Você planeja atividades diferenciadas nas primeiras semanas de aulas para as

quintas séries?

( ) atividades diagnósticas de conteúdo, quais?

( ) atividades de socialização, quais?

( ) atividades para conhecer a vida familiar, quais?

9-Durante o ano letivo você continua com atividades diferenciadas para as

quintas séries? De que forma?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Agradecemos sua participação e colaboração

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Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG:Regina A. Messias Guilherme

Anexo II

IDENTFICANDO A ADAPTAÇÃO NA QUINTA SÉRIE

Prezados alunos e alunas das quintas séries A e B da Escola Estadual Castrolanda Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa: Plano de envolvimento parental no processo educativo Essas questões são para conhecer as dificuldades que você tem encontrado nos seus estudos na quinta série e auxiliá-lo no que for possível. Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. 1- Idade:_________Série_________

2- Até a quarta série você estudou na Escola Municipal Relindis Borman Capilé?

( ) sim ( ) não, qual escola?_______________________________

3- Você está gostando de estudar na quinta série?

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125

( ) sim, por quê ?_________________________________________________

( ) não, por quê ?_________________________________________________

4- O que você vem considerando como sendo dificuldade na quinta série ?

_______________________________________________________________

5-Enumere as disciplinas de acordo com as dificuldades que você vem

enfrentando na quinta série:

( ) artes ( ) ciências ( ) educação física ( ) ensino religioso

( ) geografia ( ) história ( ) matemática ( ) português ( ) inglês

6- Agora relembre as disciplinas que você teve algumas dificuldades de 1ª série a

4ª série e registre-as a seguir:

7-Qual a pessoa que mais se preocupa com seus estudos?

( ) pai ( ) mãe ( ) outra pessoa, qual?_____________________________

8-Como você percebe o acompanhamento de seus familiares?

( ) com resistência ( ) com acolhida ( ) em conflito

( ) como uma oportunidade para fortalecer vínculos afetivos

( ) outro, qual ?__________________________________________________

9- Durante sua trajetória estudantil quais as maneiras de estudar você têm usado

e que deram melhores resultados?

( ) destinando um tempo diário para cada disciplina que tenho dificuldade

( ) priorizando o estudo às vésperas das avaliações

( ) revisando as atividades realizadas na sala de aula

( ) as atividades de sala de aula e a explicações dos professores e professoras são

suficientes

( ) criando um “jeito especial “ de estudar em casa, qual?

( ) lendo a respeito dos temas

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( ) estudando com os livros didáticos

( ) “ brincando” de professor (a) ministrando aulas para os familiares

( ) emprestando livros da biblioteca para estudar

( ) estudando com algum colega

( ) outros, quais?_______________________________________________

_____________________________________________________________

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG:Regina A. Messias Guilherme

Anexo III

Roteiro para identificação familiar

Prezados pais,mães, responsáveis dos alunos e alunas das quintas séries A e B da

Escola Estadual Castrolanda

Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa: Plano de envolvimento parental no processo educativo Essas questões são para conhecer melhor as famílias dos alunos e/ou alunas da Escola Estadual Castrolanda. A boa relação da família com a escola é importante, pois ambas estão preocupadas com o sucesso de seus filhos e ou filhas. Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. Agradeço a sua colaboração. 1- Dados pessoais: Sexo M ( ) F ( ) Idade___ anos

2- Carga horária de trabalho (diária): _________________________________

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3- Seu (sua) esposo (a) também trabalha, qual a carga horária diária?_______

4- Tempo disponível para convivência familiar: total de horas semanais_______

Marque as atividades que você pratica com os filhos e ou filhas:

( ) acompanhamento dos estudos de seus filhos e ou filhas ( ) caminhada

( ) futebol ( ) visita a amigos ( ) visita a familiares ( ) assistir televisão

( )assistir filmes ( ) brincadeiras realizadas em casa, quais?______________

( ) outros, quais?_____________________________________________

5- As atividades que você marcou no item 4 ou escreveu são realizadas

(diariamente, semanalmente, duas vezes por semana, fim de semana) escreva-as

ao lado cada item:

Diariamente____________________________________________________________

__________________________________________________________________

Semanalmente:_______________________________________________________

Duas vezes por semana:__________________________________________

6-Escolaridade, até que ano você estudou:

( ) até a quarta série ( ) até a oitava série ( ) Ensino Médio ( ) outro, qual?

7- Dados familiares:

7-1- número de filhos e ou filhas:___ 7-2- idade dos filhos e ou filhas:_____

1- Qual a importância da vida estudantil de seus filhos e ou suas filhas ?

( ) importantíssimo ( ) muito importante ( ) importante

9-Qual curso universitário seu filho ou sua filha está pensando realizar?

10-Você considera o ambiente escolar: ( ) muito agradável ( ) agradável ( )

desagradável ( ) outro,qual?

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11- Deseja escrever algo que você considera importante sobre o estudo dos seus

filhos e ou filhas? Ou sobre sua família?

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG:Regina Apª Messias Guilherme

Anexo IV

Indagações sobre as relações família-escola

Prezados pais,mães, responsáveis dos alunos e alunas das quintas séries A e B da

Escola Estadual Castrolanda

Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa: Plano de envolvimento parental no processo educativo Este estudo pretende conhecer melhor as relações existentes entre pais/mães/responsáveis e escola. Essas respostas são importantes, a escola e a família têm interesses comuns como o bom desempenho de seus filhos e ou suas filhas e uma educação de qualidade, este estudo pretende conhecer melhor as relações existentes entre pais/mães/responsáveis e escola. Essas respostas são importantes, a escola e a família têm interesses comuns como o bom desempenho de seus filhos e ou suas filhas e uma educação de qualidade. Por isso a sua participação é essencial.

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Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. Agradeço a sua colaboração. 1.Sexo: ( ) M ( ) F

2- Você participa das atividades que a escola organiza?

( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca

3-O que você acha das atividades realizadas pela escola?

( ) importantíssimas ( ) importantes ( ) pouco importantes

4-Quantas vezes você comparece a escola?

( ) nenhuma vez

( ) duas vezes ( início/final do ano)

( ) sempre que acho necessário

( ) somente quando a escola solicita

5-Durante o ano letivo são fornecidas informações suficientes para você

acompanhar a vida escolar de seus filhos e ou filhas?

( ) concordo completamente

( ) concordo

( ) discordo

( ) discordo completamente

Se marcou discordo ou discordo completamente, o que está faltando?

6-Você tem alguma sugestão para melhorar o relacionamento escola-família,

qual? Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG: Regina Apª Messias Guilherme

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Anexo V

O relacionamento família-escola de acordo com a visão dos professores e professoras

Prezados professores e professoras das quintas séries A e B da Escola Estadual

Castrolanda

Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa Plano de envolvimento parental no processo educativo Prezados professores e professoras o objetivo dessas questões é como conhecer e melhorar a cooperação existente entre a escola e a família. Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho

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solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. Agradeço, sua colaboração é muito importante para o meu projeto .

Idade___ Tempo de serviço ____

1- Qual a sua formação inicial?

2- Possui outras formações?

3- A participação da família na escola é:

( ) insuficiente, por quê?

( ) suficiente, por quê?

4- Que tipo de participação defende?

5- Como e quando deve acontecer essa participação?

_____________________________________________________________________

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG:Regina Apª Messias Guilherme

Anexo VI

O relacionamento família-escola de acordo com a visão da direção e equipe técnico – pedagógica

Prezados diretor, professoras pedagogas, funcionários e funcionárias da Escola Estadual Castrolanda

Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa: Plano de envolvimento parental no processo educativo Prezados diretor professores e professoras o objetivo dessas questões é o conhecer e melhorar a cooperação existente entre a escola e a família. Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. Agradeço, sua colaboração é muito importante para o meu projeto

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1-Formação inicial: ( ) Ensino Médio ( ) Formação para Docente

( ) Profissionalizante, qual?_________________________________________

( )Formação universitária, qual?_____________________________________

2-Tempo total de serviço:___________________________________________

3-Tempo de serviço em Escolas _____________________________________

4-Na Escola Estadual Castrolanda:___________________________________

5- Quando a escola chama os pais, mães, responsáveis sua reação é

( ) comparecer imediatamente ( ) telefonar ( ) não comparecer

( ) outra, qual?___________________________________________________

6- Se os pais não comparecem, qual a providência da escola?

7-Você considera a participação dos familiares na escola;

( ) insuficiente, por quê?_________________________________________

( ) suficiente, por quê? __________________________________________

8- Você tem alguma sugestão para melhorar o relacionamento escola-família,

qual?___________________________________________________________

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG:Regina Apª Messias Guilherme

Anexo VII

O relacionamento família-escola de acordo com a visão Dos Agentes Educacionais I e II

Prezados: funcionários e funcionárias da Escola Estadual Castrolanda Em primeiro lugar quero agradecer a sua participação ao responder o questionário em anexo, o qual servirá de fundamentação para a Coleta de Dados para a pesquisa: Plano de envolvimento parental no processo educativo. Prezados funcionários e funcionárias o objetivo dessas questões é conhecer e melhorar a cooperação existente entre a escola e a família. Você não precisa se identificar, pois nesta Coleta de Dados, as respostas serão respeitadas, utilizadas apenas para fins científicos, e Artigo Final (2011), trabalho solicitado pelo Plano de Desenvolvimento Educacional (PDE). Considerando que nesta análise será preservado o critério ético da pesquisa científica. Agradeço, sua colaboração é muito importante para o meu projeto

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1-Formação

( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino fundamental completo

( ) ensino médio incompleto ( ) ensino médio completo

( ) outro, qual?__________________________________________________

2-Tempo total de serviço:___________________________________________

3-Tempo de serviço em Escolas _____________________________________

4-Na Escola Estadual Castrolanda:___________________________________

5- Quando a escola chama os pais, mães, responsáveis ao comparecerem eles

comentam como sentem se na escola?

6-Você considera a participação dos familiares na escola;

( ) insuficiente, por quê?_________________________________________

( ) suficiente, por quê? __________________________________________

7- Você tem alguma sugestão para melhorar o relacionamento escola-família,

qual?___________________________________________________________

Agradecemos sua participação e colaboração

Professora PDE Maria Helena Nisgoski van der Vinne

Orientadora UEPG:Regina Apª Messias Guilherme

Anexo VIII

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Convite Nº I PARA REUNIÃO DE PAIS

Escola Estadual Castrolanda- Ensino Fundamental Anos Finais

Avenida Brasil, 833 Fone- 3234-1477

CONSULTA DE HORÁRIO PARA A VINDA DOS PAIS/ MÃES/ RESPONSÁVEIS À

ESCOLA

Senhores pais /mães/responsáveis

Tendo em vista o papel da escola e da família na formação integral de nossos

adolescentes e considerando que a sua presença é essencial para o

fortalecimento da integração entre a família-escola.

Neste sentido, aproveitamos para convidá-los a participar das três reuniões que

se realizarão na Escola Estadual Castrolanda no segundo semestre de 2010.

Como sabemos das dificuldades de acesso à escola, estamos consultando os

para as realizarmos nos horários mais adequados para vocês, devolvendo a parte

abaixo.

Desde já agradecemos a sua participação.

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Devolver somente esta parte

Nome___________________________

_______________________________

Para a realização das três reuniões neste semestre marque o dia da semana e o

horário que estão adequados para você:

( ) segunda ( ) terça ( ) quarta ( ) quinta ( ) sexta-feira

( ) manhã ( ) tarde ( ) noite Qual horário?______________________

Outra sugestão, qual?_____________________________________________

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ANEXO IX

Convite PARA REUNIÃO DE PAIS

Escola Estadual Castrolanda- Ensino Fundamental Anos Finais

Avenida Brasil, 833 Fone- 3234-1477

Senhores pais /mães/responsáveis

Com imenso prazer que convidamos vocês para a nossa primeira reunião que

se realizará no dia----------------------- às----------. A sua participação é

importante para que esta reunião tenha um bom resultado. Realizaremos uma

dinâmica de apresentação, leremos e discutiremos um texto sobre as dúvidas

de pais e ou mães, todos terão a oportunidade para darem sugestões.

Antecipadamente agradecemos sua presença.

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ANEXO X

PAIS E MÂES

No nosso dia-a-dia enfrentamos dificuldades, problemas financeiros, desemprego,

dúvidas, estresse, mas também temos alegrias, saúde e saúde, felicidade com o

sucesso escolar dos nossos filhos e filhas.

Temos dúvidas sobre a educação de nossos filhos e filhas, mas se sempre

tivermos amor, respeito e darmos limites, em seguida, conseguiremos superá-las.

A autora Débora Corrigliano escreve:

Use o tempo que você tem com o seu filho da melhor maneira possível. Mesmo que ele seja curto, transforme – o em um tempo de qualidade. São preferíveis duas horas de qualidade em companhia de seu filho do que um dia inteiro com brigas e cobranças. Tragam seus filhos para a vida de vocês, arrumem a casa como se fosse uma brincadeira, preparem o jantar conversando, assistam televisão juntos. Coloquem seus sentimentos à tona, conversem com seus filhos, peçam ajuda, se for o caso. O importante é ser feliz ao lado das pessoas que amam. Pais/mães, sorriam mais, brinquem mais, isso os deixará mais leves e bonitos.troque presentes por abraços e beijos, isso mudará o valor que atribuímos a algumas coisas. Pais/mães inteligentes emocionalmente são assim: sabem colocar o limite, a razão e a emoção na dose certa para transformar a difícil arte de educar filhos na verdadeira expressão do amor.

Debora Corrigliano.

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ANEXO XI

O papel dos pais

Muitas pesquisas mostram que a participação dos pais e mães, na vida escolar de

seus filhos e filhas, traz benefícios para eles. Susana Pérez de Pablos no livro “O que

será de nós os maus alunos” de Alvaro Marchesi nos coloca:

Ninguém discute que educar crianças e adolescentes em meio a preocupações profissionais, problemas econômicos e, inclusive, separações de casais não é precisamente fácil. Mas essas situações justificam que muitos pais não dediquem um mínimo de tempo ao acompanhamento da educação de seus filhos? Que deixem essa educação para a escola? Ou que não passem pelo colégio durante todo o ano a não ser que haja um problema grave? Entre as crianças que vão melhor na escola se encontram as das famílias que se envolvem mais em seus estudos. A relação entre o rendimento escolar de um aluno e o papel que seus pais decidem desempenhar em sua educação é cada vez mais estreita. No dia – a – dia a falta de tempo e o ritmo de vida atropelado são um argumento muito mais relevante do que pode parecer. A reorganização do tempo familiar para abrir espaço para dar atenção à educação escolar dos filhos, em menor ou maior grau apenas por alguns pais. O problema das famílias com a disposição do tempo, e a distância maior entre pais e filhos é provocada pelas novas tecnologias e pela mudança de valores.

Atualmente, muitos pais e mães não encontram tempo para se envolverem com a

vida escolar de seus filhos e filhas, mas é necessário estar atento, principalmente, na

quinta série/sexto ano. Conversar sobre as atividades diárias da escola, trabalhos a

serem entregues, dias de avaliação. Também é muito importante incentivá-los e elogiá-

los, todas essas atitudes ajudarão a vencerem os obstáculos melhorando assim seu

desempenho escolar.

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ANEXO XII

1-DAR LIMITES É...

Os pais devem pôr limites nos filhos, se isto não acontecer provavelmente os

filhos e filhas terão dificuldades de relacionamento.

Em seu livro Limites sem traumas Tânia Zagury nos coloca que entre outros itens, dar

limites é:

- Ensinar que os direitos são iguais para todos;

- Ensinar que existem outras pessoas no mundo;

- Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começa os

direitos dos outros;

- Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário;

- Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser

feitas;

- Ensinar que a cada direito corresponde um dever e principalmente...

- Dar o exemplo (quem quer ter os filhos que respeitem a lei e os homens

tem de viver seu dia – a – dia dentro desses mesmos princípios- ainda que

a sociedade não tenha apenas indivíduos que agem dessa forma)!!!

Os pais precisam exercer sua “autoridade” de pôr limites sem agressividade,

mas também não podem ser permissivos,isto é, permitir a criança fazer tudo o que tiver

vontade, A criança aprende não só com o que seus pais dizem mas com as suas

atitudes. O modo de viver respeitando vizinhos, seu esposo/sua esposa, pessoas no

trânsito, colegas de trabalho são bons exemplos para seus filhos e filhas.

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2- Quais são as principais necessidades entre oito e onze anos?

A cada fase da vida as crianças tem necessidades diferentes, mas amor, afeto,

respeito fazem parte desde o nascimento até na vida adulta. Em seu livro Limites sem

traumas Tânia Zagury fala que:

A medida que os anos passam a criança apresenta novas necessidades:

Entre os 8 e 11 anos as principais são:

- Grande atividade física;

- Estabelecer as bases para a adolescência;

- Relacionar-se com os pais harmoniosamente;

- Aumentar o círculo de amizades;

- Sentir-se parte importante da família (por exemplo, tendo algumas tarefas

domésticas sob sua responsabilidade);

- Estar bem no grupo de amigos;

- Desenvolver o raciocínio lógico;etc.

A atitude dos pais assume importância essencial. Do equilíbrio e da segurança

com que atuam nessa fase, pode se estabelecer as bases para uma

adolescência sem maiores problemas. É preciso aprofundar e aproveitar o fato

de que, ainda nessa idade, nossos filhos nos ouvem e aceitam nossa

orientação.

A criança precisa sentir-se amada e relacionar-se bem com seus pais. Brincar

com os filhos, realizar pequenas atividades como colocar a mesa, incentivá-los nos

estudos entre outras atitudes aproximam os pais e mães de seus filhos e filhas.

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3- QUAIS SÁO AS PRINCIPAIS NECESSIDADES NA ADOLESCÊNCIA?

A adolescência é um período de auto-afirmação, a referência infantil é deixada

para trás para entrar no mundo adulto, As mudanças físicas, emocionais e sociais

são grandes nessa fase da vida. Os adolescentes de acordo com Tânia Zagury

necessitam principalmente de:

- Amor e afeto;

- Segurança;

- Ambiente familiar tranqüilo, que dê suporte às crises de inseguranças e

identidade;

- Pertencer a um grupo de amigos positivos e saudáveis

- Privacidade e respeito;

- Projeto de vida e objetivos imediatos e claros;

- Respeito e compreensão em relação às dificuldades que atravessa;

- Liberdade para tomar decisões e agir nos aspectos para os quais já apresenta

maturidade e capacidade;

- Limites que o ajudem a se proteger da própria imaturidade e onipotência;

- Ter valores éticos; etc.

A adolescência é uma fase de muitas transformações físicas e hormonais,

precisando viver num ambiente familiar harmonioso, onde haja compreensão para a

sua insegurança, suas angústias, alegrias e tristezas.

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3- A PALAVRA FINAL DEVE SER DOS PAIS

Os casais devem conversar, ler sobre a educação dos seus filhos,precisam ter

opiniões e atitudes iguais, quando um diz sim outro também deve fazer. Os pais

devem sempre respeitar os direitos de seus filhos e filhas.Segundo Tânia Zagury:

A palavra final, em variadas situações, deve ser a dos pais, mas espera-se deles que sejam equilibrados e saibam discernir em que situações eles têm esse direito – aquelas em que estão efetivamente defendendo, protegendo, dando segurança aos filhos. E, especialmente, ao usar seus direitos, não esqueça dos direitos dos seus filhos: - Amor;

- Segurança;

- Respeito;

- Igualdade de tratamento;

- Justiça;

- Disponibilidade de tempo dos pais.

Os pais e mães necessitam demonstrar amor , tratar os filhos e filhas com igualdade,

respeitá-los, e sempre estar próximos deles dando-lhes segurança e afeto

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23- REFERÊNCIAS

CARVALHO, M. E. P. Relações entre a família e suas implicações de gênero. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, p.143-155, 2000.

COUTINHO, M. L. R. Família e Gerações. Myriam Lins de Barros (org.) Transmissão geracional e família na contemporaneidade Rio de Janeiro : FGV, 2006. CORIGLIANO, D. Orientando pais, educando filhos: um guia prático para resolver suas dúvidas sobre a educação do seu filho. Campina, SP: Armazém do Ipê, 2009. CUNHA, M. I. Repensando a didática. Em: Veiga, I. P. A. (coord.) Relação professor-aluno. Campinas: Papirus, 2006 BORSATO, C. R. Relação escola e família: uma abordagem psicodramática. Tese (Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Educação. Área de Concentração: Didática, Teorias de Ensino e Práticas Escolares) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo, 187p. BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96. Brasília. MEC. 1996. _______ Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministérios das Comunicações, 1988. DIOGO, J. M. Parceria escola – família. Porto: Porto Editora 1998. FERRAZ, Patrícia Gouveia; SIMAAN, Cesar Kozak. Educação & psicologia: o desafio da transformação. Revista educação. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987

LEITE, S. A. S.; TASSONI, E. C. M. Psicologia e formação docente: desafios e conversas. Em: AZZI, R. G., SADALLA, A. M. F. A (orgs.). A afetividade em sala de aula: condições do ensino e a mediação do professor. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002

LIBÂNEO, J.C. (1985). Organização e gestão da escola: Teoria e Prática.5ed.Goiânia, Alternativa, 2004

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MACHADO, M. L. de A., org. Encontros e desencontros em Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 2002. MATHEUS, D. Existe público para a escola pública? Tradução Telma Gimenez- Dayton: Kettering Foundation; Londrina: UEL, 1999. MARCHESI, ÁLVARO; Gil H. Carlos. Fracasso Escolar - uma perspectiva multicultural. Porto Alegre: ARTMED, 2004. MARCHESI, A. O que será de nós os maus alunos? Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2006.

MEC & UNESCO (2000), Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para UNESCO da Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI, São Paulo: Cortez, MEC/UNESCO. NADAL, B. A Escola e sua Cultura. Programa de Desenvolvimento Educacional Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa Paraná REIS, R. Em Mundo Jovem. São Paulo. Fev. 2002. RODRIGUES, D. R. Direito Civil: direito de família e sucessões, São Paulo: Rideel, 2007 ROUDINESCO, E. A família em desordem. Tradução André Telles, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed.2003 SILVA, E. M. Z., Família e – Em Ceneide Maria de Oliveira Cerveny (org.) Família e lei, São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. TOURRETE, C. Introdução à psicologia do desenvolvimento: do nascimento à adolescência / Catherine Tourrete, Michéle Guidetti ; tradução de Guilherme Teixeira. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. VASCONCELLOS, Celso dos S. Para onde vai professor? Resgate do professor como sujeito de transformação. 10 ed. São Paulo: Libertad, 2003. VICENTE, R. M. P. S., Família e – Em Ceneide Maria de Oliveira Cerveny (org.) Família e mudança, São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. ZAGURY, T. Limites sem trauma. 78ºed. Rio de Janeiro: Record, 2006.

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