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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013-06-14 · 2008 divulgou aspectos negativos no que diz respeito ao processo de esgotamento ... Na década de 1980, a norueguesa Gro Brundtland,

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

ÁGUA, FONTE DE VIDA: CONSCIENTIZAÇÃO SUSTENTÁVEL

E MUDANÇAS DE ATITUDE NA ESCOLA.

Celina Franciosi de Almeida 1

Victor de Assunção Borsato²

RESUMO

Este trabalho propõe um fazer pedagógico diferenciado sobre a temática água nas escolas da rede pública do Estado do Paraná. É uma atividade no formato “FOLHAS”, textos de conteúdos pedagógicos, com base nas “Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e/ou Médio e seus Conteúdos Estruturantes”. Direcionado ao Ensino Médio como parte do Programa de Desenvolvimento da Educação (PDE), realizado no período de 2009 a 2010. O Caderno Temático da Diversidade-SEED 2008 divulgou aspectos negativos no que diz respeito ao processo de esgotamento dos recursos naturais, entre eles a água, diante deste problema e das alterações climáticas atuais faz-se necessárias atitudes de “Sustentabilidade”, em que a sociedade tome medidas cabíveis e urgentes. Voltadas para conservar e economizar a água, de forma que esta não venha a faltar no presente e nem para as gerações futuras. A implementação do projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Carlos Gomes de Ubiratã, Estado do Paraná. O projeto envolveu os alunos do primeiro ano do Ensino Médio. Foram planejadas e desenvolvidas atividades que provocassem mudanças de atitudes sobre o aproveitamento da água da chuva na escola e nas residências. Também se contabilizou os desperdícios. Para a implementação prática do projeto foi construída uma cisterna no Colégio, para a captação e o armazenamento da água da chuva. Desta forma, procurou-se despertar em nossos alunos criticidade e atitudes que visam à economia desse bem precioso para a sobrevivência de todos os seres vivos do planeta Terra.

PALAVRAS-CHAVE: Sustentabilidade, água, cisternas, vida.

ABSTRACT This paper proposes a different pedagogical theme on water in the public schools of the state of Parana. It is an activity in the format "SHEETS", texts of educational

1 - Licenciada em Geografia pela FECILCAM e Pós Graduada em Gestão Escolar pela

Faculdade UNISUL – [email protected]

² - Professor Doutor, Departamento de Geografia da FECILCAM (Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão) – [email protected]

content, based on "Basic Education Curriculum Guidelines and / or East and its Content Structuring. " Directed to the school as part of Education Development Program (EDP), conducted between 2009 to 2010. The Notebook Theme Diversity-SEED 2008 reported negative aspects with regard to the process of depletion of natural resources, including water, before this problem and of current events it becomes necessary attitudes of "Sustainability" in which society should take appropriate measures and urgent. Aimed to conserve and save water, so this will not be lost in the present and even future generations. Project implementation was developed in the State College of Ubiratã Carlos Gomes, State of Parana. The project involved the students the first year of high school. Were planned and carried out activities that caused changes in attitudes about the use of rainwater in school and at home. Also accounted waste. For the practical implementation of the project was built a tanker in the College, to capture and store rainwater. Thus, we tried to awaken in our students attitudes and criticism aimed at saving this precious resource for the survival of all living beings on Earth.

KEYWORDS: Sustainability, water tanks, life.

1- INTRODUÇÃO

A preocupação com os recursos naturais tem sido crescente desde a

Conferência das Nações Unidas para o meio Ambiente, realizada em Estocolmo,

Suécia em 1972. Na ocasião produziu-se um relatório referente aos problemas

associado á degradação ambiental.

A partir dessa conferência a sociedade vêm se preocupando cada vez mais em

assegurar melhorias na qualidade de vida do planeta. A Conferência além de abordar

diversos problemas ambientais, propôs aos países em desenvolvimento e os já

industrializados a traçarem metas que levem os seres humanos a proteger o meio

ambiente para as gerações futuras. (VIEIRA, 2008).

Na década de 1980, a norueguesa Gro Brundtland, ex-primeira ministra da

Noruega utilizou pela primeira vez o termo desenvolvimento sustentável. Em 1987

publicou um livrete (Nosso futuro Comum), que relacionava meio ambiente com

progresso. Nele escreveu pela primeira vez o conceito “Desenvolvimento

Sustentável”, que significa suprir as necessidades do presente sem afetar a

habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades. (LEFF, 2005).

O Caderno Temático da Diversidade (SEED 2008) mostra por um lado, que o

modelo de desenvolvimento econômico mundial apresenta aspectos positivos, tais

como o aumento da expectativa de vida, a queda da mortalidade infantil, a queda do

índice de analfabetismo, também mostra que as inovações cientificas possibilitam o

aumento da produção de alimentos. Por outro lado, há os aspectos negativos e em

destaques o processo de desertificação, o desaparecimento das florestas, a

destruição da camada de ozônio, o aumento da temperatura média do planeta, o

efeito estufa e a ameaça do esgotamento de recursos naturais tais como a água

(SEED 2008).

A sociedade precisa tomar atitudes de que buscam a Sustentabilidade, como

aconteceu na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

desenvolvimento sustentável, no Rio de Janeiro em 1992 (ECO 92). Conhecida como

a Cúpula da Terra, a qual apontou a necessidade de providências em relação ao meio

ambiente, surgindo a Agenda 21, redigiram então nesta época a Carta das águas

doce no Brasil. Entre os tópicos abordados ressaltam-se também a importância de

reverter o quadro da poluição e planejar o uso sustentável dos recursos hídricos no

Planeta. (BARBIERI. 1997).

Dessa forma, diante dos inúmeros problemas ambientais decorrentes da era

desenvolvimentista e do consumo intenso de água, é importante conscientizar a

sociedade da importância desse recurso natural. Para isso, é necessário despertar

nos profissionais da educação atitudes que visem à conscientização da comunidade

escolar e consequentemente da sociedade. A partir de mudanças de atitudes e

medidas que valorizam este recurso natural. Mostrar para os jovens e estudantes do

Ensino Fundamental e Médio a necessidade de aprender a economizar e aproveitá-lo

ao máximo, através de adaptação e do aproveitamento da chuva, quando possível.

Dessa forma, estaremos contribuindo na formação de uma sociedade consciente e ao

mesmo tempo contribuindo na preservando dos rios da região.

Por estes motivos, o projeto: Água, Fonte de Vida do Colégio Estadual Carlos

Gomes da cidade de Ubiratã no estado do Paraná, vem de encontro com a realidade

socioambiental na qual estamos inseridos.

Para alcançar os objetivos propostos, foram desenvolvidas atividades com os

alunos da primeira série do Ensino Médio. Inicialmente apresentou-se a proposta para

a equipe pedagógica, direção da Escola e para os alunos e conjuntamente traçou-se

um calendário para o cumprimento das atividades. As quais foram realizadas no

segundo semestre de 2010.

A primeira atividade foi produzir uma síntese sobre os principais problemas

relacionados com a água no Planeta. Volume de água na Terra, ciclo hidrológico e

distribuição continental e oceânica. Na seqüência, trabalharam-se as questões

relacionadas à contaminação, poluição e desperdício. Esse subaproveitamento,

conforme a proposta deveria partir da realidade do educando e da comunidade, por

isso, estabeleceu-se como meta, contabilizar os desperdícios.

A segunda atividade foi multidisciplinar, além da problemática da água a

atividade requereu mais conhecimentos, foi medida a área de cobertura do Colégio e

calculado o volume de água que precipita (chove) sobre sua área em um ano. A

totalização da área foi utilizada para estimar o volume que poderia ser capitado e

armazenado por uma cisterna. Cujo projeto de construção já se encontrava em

desenvolvimento no Colégio.

A captação de águas pluviais para utilização em escolas públicas tem como

objetivo economizar água tratada e consequentemente diminuir o valor despendido

mensalmente, observando três vertentes do desenvolvimento sustentável, o

econômico, o social e o ambiental.

Para garantir que os alunos, no final do projeto, apresentassem um

comportamento diferenciado em relação à temática, desenvolveram atividades de

visitar às nascentes de rios da região, área de captação da Companhia de Água do

Paraná (SANEPAR). Também foi solicitado para verificarem as condições dos

reservatórios de suas casas.

2- ÀGUA E SEU CONSUMO

A vida só se tornou possível após o aparecimento da água liquida no planeta

Terra, ela é vital para a manutenção dos ciclos biológicos, geológicos e químicos que

mantêm em equilíbrio os ecossistemas, no entanto de toda a água existente no

mundo, 97,5% estão nos mares e oceanos e apenas 2,5% estão em geleiras, rios,

lagos e águas subterrâneas, chamadas de “água doce”. Desta quantidade, menos de

1% (rios, lagos e outras fontes) está disponível para consumo humano, entretanto o

desperdício de água cresce a cada dia, acarretando uma serie de problemas. Sendo

assim, economizar água torna-se um fator benéfico e essencial á vida e ao equilíbrio

dos ecossistemas.

A United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO)

em 1998, reuniu em Paris representantes de 84 países para uma Conferência

Internacional sobre a água. Segundo Oliveira (1999), nessa conferência foi divulgado

um relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse relatório

alerta, afirmando que dois terços da humanidade estão condenados a passar sede

antes de 2025, Isso se dará se não forem adotadas medidas de proteção e

administração do recurso, água doce nas zonas rurais e urbanas (OLIVEIRA 1999).

Gonçalves & Hespanhol (2004) afirmam que a conservação da água pode ser

definida como as práticas, técnicas e tecnologias que propiciam a melhoria da

eficiência do seu uso. Tomaz (2001), afirma que a conservação da água pode

propiciar inúmeros benefícios: entre eles; Economia de energia elétrica, redução de

esgotos sanitários, proteção do meio ambiente nos reservatórios de água e nos

mananciais subterrâneos, entre outros.

Conservar a água reforça Gonçalves & Hespanhol (2004), significa atuar de

maneira sistêmica na demanda e na oferta de água. Assim, iniciativas como de

racionalização do uso e de reuso desse recurso natural se constituem em elementos

fundamentais em qualquer iniciativa de conservação.

A água é bem natural, vital e insubstituível. Ocorre que vivemos num período

histórico em que o modo de produção dominante é globalizado, transforma

literalmente tudo em mercadoria, até as coisas mais sagradas e vitais (BOFF, 2005).

A elevada densidade demográfica das regiões metropolitanas vêm contribuindo

consideravelmente para o aumento da demanda de água e para o aumento da

poluição dos corpos hídricos, tanto por esgoto doméstico quanto por resíduos ou

rejeitos industriais.

O uso indiscriminado e o aproveitamento irracional geraram e ainda,

problemas ecológicos e sociais (SALERMO et al, 2003). “A água faz parte do

patrimônio natural do planeta. Cada continente cada povo, cada nação, cada região,

cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos”.

Declaração Universal dos Direitos da Água, (UNESCO 1992).

O grande consumo gera degradação ambiental, devemos por isso, visar o uso

racional da água, através de iniciativas que focalizam um grande objetivo, reduzir o

seu consumo, assim como, pensar e agir visando o crescimento econômico,

respeitando a capacidade dos recursos do meio ambiente, sobretudo a água.

A conscientização e a educação do consumidor são fundamentais para

mudanças de hábitos que visam a redução do consumo e dessa forma colaborar na

conservação da água. Pequenos cuidados, tais como: não deixar torneiras pingando,

fechar o chuveiro enquanto se ensaboa, aproveitar a água da chuva para lavarem

calçadas e regar jardins, evitar o uso da mangueira e dar preferência ao uso do balde

para lavar o carro, enquanto escovar os dentes, fechar a torneira. Essas atitudes

fazem diferença na conta a pagar e na minimização do desperdício de água. E assim

compreender que a melhor solução para a manutenção de nossa existência e com

qualidade é a prática da preservação dos recursos hídricos.

2.1 A crise ambiental

O modelo de desenvolvimento econômico fortalecido pelo progresso

tecnológico gerou degradação da qualidade do meio ambiente e consequentemente

para a população. Segundo Leff (2005):

A crise ambiental é a crise do nosso tempo. Não é uma catástrofe ecológica, mas o efeito do pensamento com o qual construímos e destruímos o nosso mundo. Esta crise de civilização se nos apresenta como um limite na ordem do real, que ressignifíca e reorienta o curso da história; limite do crescimento econômico e populacional; limite dos desequilíbrios ecológicos, das capacidades de sustentação da vida e da degradação entrópica do planeta; limite da pobreza e da desigualdade social. (LEFF; 2005.p.416)

Neste sentido, o mundo globalizado trouxe benefícios econômicos, culturais e

sociais para os seres humanos, mas também comprometimentos negativos em

relação aos recursos naturais, impondo agressões ao meio ambiente e ao próprio

homem, isto decorrentes do desenvolvimento que prioriza o consumismo a qualquer

custo.

A problemática ambiental, como sintoma da crise de civilização da modernidade, coloca a necessidade de criar uma consciência a respeito de suas causas e suas vias de resolução. Isto passa por um processo educativo que vai desde a formulação de novas cosmovisões e imaginários coletivos, até a formação de novas capacidades técnicas e profissionais; desde a reorientação dos valores que guiam o comportamento dos humanos para a natureza, até a elaboração de novas teorias sobre as relações ambientais de produção e reprodução social, e a construção de novas formas de desenvolvimento. (LEFF; 2005 p.254).

A ideia de Leff (2005) mostra que a sociedade busca soluções para os

problemas ambientais decorrentes da exploração e da degradação dos recursos

naturais. A preocupação com o meio ambiente aumentou, diante disso, necessita-se

ainda de mais conscientização e atitudes para a preservação e/ou conservação do

meio que, sobretudo, garante o equilíbrio ambiental.

2.2 Águas Pluviais

Segundo a Companhia (CETESB, 2010) Companhia de Tecnologia de

Saneamento Ambiental de São Paulo. Os resultados de uma pesquisa da

Universidade da Malásia concluíram que após o início da chuva, somente as

primeiras águas carreiam micro-organismos e poluentes atmosféricos, sendo que

pouco tempo do início das precipitações, ela já adquire características de água

destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados. A água de chuva sofre

uma destilação natural muito eficiente e gratuita. Neto (2010) comenta que os

pensamentos em todas as áreas, neste século XXI, devem estar voltados não só para

um consumo responsável, mas também para novas formas de aproveitamento desse

líquido. Afirma ainda, que uma prática cada vez mais freqüente é o aproveitamento de

águas pluviais para fins não potáveis, como regar jardins e lavarem calçadas e para

descarga de vasos sanitários, porém recomenda que a água armazenada seja

tratada, alertando que apesar de ser uma boa iniciativa, o cidadão que fizer uso de tal

sistema deve se lembrar de que a água não tratada, quando em contato com a pele

humana, pode causar alergias e infecções.

2.3 Ciclo hidrológico

O ciclo hidrológico refere-se ao movimento circulatório da água em nosso

planeta. Este movimento se dá porque a água pode ser encontrada nos três estados:

físico, líquido, sólido e gasoso e a mudança ou passagem de um estado para o outro

depende da temperatura. Por isso, o ciclo pode iniciar na passagem de qualquer um

desses estados. Consideramos então que ele inicia a água evaporando a partir da

energia térmica proveniente a absorção da luz solar. Essa água na atmosfera pode

condensar e chegar ao solo através da chuva que pode ser líquida ou sólida, neve ou

granizo. Quando a água contida nas nuvens se precipita e chega ao solo, parte dela

irá escoar pela superfície e alimentar lagos, rios e outros reservatórios. Uma outra

parte infiltra-se no solo e alimenta o lençol subterrâneo, está água, escoa pelos poros

vazios do solo e rochas até encontrar uma saída, fontes, e desta forma contribui na

alimentação dos rios, lagos e mares. Uma terceira parte dela é evaporada logo após

queda da chuva e volta para a atmosfera sobre a forma de vapor. Com o Sol

aquecendo a superfície dos oceanos, lagos, rios e das áreas emersas onde há água

armazenada ou em circulação, parte desta é transformada em vapor, através do

processo evaporação ou evapotranspiração. Essa água se eleva na atmosfera

(Figura 1)

Animais e plantas também liberam água para a atmosfera, ou vapor, no ar por

um processo chamado transpiração. Esses vapores se elevam na atmosfera, se

juntam com aquela evaporada nos rios, lagos e mares e formam às nuvens, que ao

se resfriarem passam á forma de gotículas, processo denominado de condensação e

novamente retorna à superfície e o ciclo continua.

Figura 1 – Esquema simplificado do movimento do ciclo da água na atmosfera2. Fonte: USP 2008.

2.4 – Declaração Universal dos Direitos da Água

A água é essencial para a sobrevivência dos organismos vivos no Planeta. Devido

a tamanha importância, a ONU (Organização das Nações Unidas), em 22 de março

de 1992, instituiu a Declaração Universal dos Direitos da Água, que conta com dez

itens sobre o uso consciente da água.

1: A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos, apresentados na integra a seguir:

2: A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não

2 . A Figura foi utilizada em sala de aula para mostrar aos alunos do projeto o

funcionamento do ciclo hidrológico na natureza.

poderíamos conceber como são: a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.

3: Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água devem ser manipuladas com racionalidade.

4: O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

5: A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

6: A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

7: A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

8: A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

9: A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

10: O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. (CETESB 2010).

2.5 Água no Brasil

De maneira geral, o Brasil é um país privilegiado em água, pois abriga 13,7%

da água doce do planeta. Porém a disponibilidade desses recursos não é uniforme,

mais de 73% da água disponível no país encontra-se na bacia Amazônica que é

habitada por menos de 5% da população. Apenas 27% dos recursos hídricos

brasileiros estão disponíveis para as demais regiões, onde residem 95% da

população do país. (LIMA, 1999).

O Brasil registra também uma elevada taxa de desperdício que é de 20% a 60%

da água tratada para consumo. Ela se perde na distribuição das redes de

abastecimento, nos caminhos entre a estação de tratamento e o consumidor, o

desperdício nas residências, escolas, indústrias, áreas agrícolas e centros comerciais

(MEC 2005). Exemplificando; a utilização de descarga no vaso sanitário prolongada,

a maneira de se servir à água, a vazão da torneira ao lavar as mãos e rosto, a louça

da cozinha, a utilização de mangueira como vassoura na limpeza de calçadas, na

lavagem de carro, na aplicação de inseticidas nas áreas agrícolas e outros. A escola

tem a preocupação com as questões relacionadas ao meio em que o aluno está

inserido. Por isso, as essas questões devem ser debatidas em sala de aula, dessa

forma, a sua participação será transformadora. Atualmente, a preocupação também é

com a degradação do meio ambiente, sendo que o equilíbrio da natureza é essencial

para a vida na Terra.

A primeira iniciativa para a conservação e economia da água no Brasil foi

promovida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). Com a

promoção do Simpósio Internacional sobre Economia de Água de Abastecimento

Público (TOMAZ 2001)

De acordo com Oliveira Júnior & Silva Neto (2004), regiões muito povoadas,

como o Sul e o Sudeste do país, mesmo com uma rica concentração de bacias

hidrográficas, já estão enfrentando dificuldades para obtenção de água devido à falta

de qualidade desses mananciais. Segundo as projeções das organizações das

Nações Unidas que indicam, se a tendência continuar, em 2050 mais de 45% da

população mundial estará vivendo em países que não poderão garantir a cota diária

mínima de 50 litros de água por pessoa. Com base nestes dados, em 2000, os 189

países membros da ONU assumiram como meta, reduzir o desperdício para que no

futuro não ocorra a previsão citada acima (MEC 2005).

2.6 O uso da água das chuvas

O Brasil é um país tropical e que recebe anualmente um grande volume de

chuva que ultrapassa 1000 mm/ano em todas as regiões, exceto no interior do

Nordeste. Grande parcela dessa chuva cai nas cidades e são canalizadas e lançadas

aos rios sem qualquer aproveitamento.

Uma das técnicas que esta sendo bastante difundida para o uso sustentável é

a captação da água da chuva. Essa prática permite a redução do consumo de água

da rede pública e consequentemente o custo do fornecimento da mesma. Evita-se a

utilização de água tratada onde a mesma não se faz necessário, como nas descargas

de vasos, lavagem de calçadas. Além de amenizar o problema das enchentes, pois

parte da água da chuva é retida nas cisternas.

Com o sistema de captação de água de chuva é possível armazenar a água e

utilizá-la de acordo com as necessidades diárias. A técnica consiste na execução de

um sistema que canaliza a água capitada pela cobertura das edificações. A cobertura

é a parte de uma edificação que tem por finalidade proteger as áreas construídas

contra a ação das chuvas, neves, raios solares, entre outros. (JÚNIOR 2009).

Área da cobertura: É toda extensão do telhado composta de uma superfície,

que, por sua inclinação, conduz para uma mesma direção as águas das chuvas, que

terão de ser captadas de alguma forma, como por exemplo, as calhas. (JÚNIOR

2009). Toda água captada deverá ser armazenada adequadamente e protegida. Na

região são bastante empregadas caixas de PVC.

3- IMPLEMENTAÇÂO DA PROPOSTA

O projeto foi implementado no Colégio Estadual Carlos Gomes no município de

Ubiratã, tendo como público alvo os alunos do 1º ano do Ensino Médio, do período

matutino. As estratégias de implementação foram fundamentadas nos referenciais

bibliográficos apresentada nessa etapa da implementação do projeto PDE e também

nos objetivos e nas estratégias de ação, a fim que os alunos tenham conhecimentos

dos conteúdos apresentados na proposta de trabalho e possam relacioná-los aos

conteúdos estudados em Geografia. Para tanto, a execução do projeto foi dividida

nas seguintes etapas:

a) Primeira etapa: foi desenvolvida através da apresentação da proposta para a

turma. Para a exposição do projeto utilizou-se a TV Pen drive, onde se pode percebe

que os alunos ficaram muito entusiasmados com a temática.

b) Segunda etapa; foi organizada uma sessão para a apresentação do

documentário aos alunos “Carta escrita no ano 2070” (YOTUBE 2010). O vídeo

apresenta uma simulação dos problemas vivenciados no ano 2070. Nele, os alunos

tiveram contato com imagens e com a narrativa e assim puderam observar situações

das pessoas e do planeta Terra, sem água. Esse vídeo despertou nos alunos

preocupação referente à água. A partir desse momento, eles foram estimulados a

organizarem campanhas de conscientização sobre a importância de tomar atitudes

responsáveis, uma delas a de economizar e não desperdiçar a água na escola e em

suas residências. Assim iniciaram a campanha de conscientização na escola através

de cartazes com frases focalizando os principais problemas relacionados com a água

e estes foram expostos no pátio e mural da escola.

c) Terceira etapa: a sala foi dividida em grupos de cinco alunos denominados A,

B, C, D,E, cada equipe recebeu uma tarefa: observar e registrar, cronometrar e medir

o uso e as condições de uso da água em um dia no Colégio. As equipes saíram pelo

pátio da escola com caderno para anotações e máquina fotográfica, onde registraram

em notas e fotografaram torneiras pingando, descargas nos banheiros com

freqüências, lavagem do pátio da escola, e em muitas vezes utilizando-se do jacto

como vassoura. Assim fez-se um levantamento do volume de água não aproveitado

naquele dia e extrapolado para o ano letivo, após tabulação constatou-se que 46 litros

se perdiam por dia e 92.046 l/ano. Os resultados propiciaram um momento para uma

reflexão. Depois de um debate em sala, os alunos se conscientizaram de que este

recurso deve ser mais bem utilizado e passaram a adotar medidas simples para evitar

o desperdício, pois a água que é um bem e esse importante recurso natural se não

utilizado de forma racional pode se escassear.

d) Quarta etapa: A organização de uma campanha de conscientização na escola

e na comunidade; os alunos organizaram uma campanha com distribuição de

cartazes em Outdoor, confecção de panfletos e distribuição dos mesmos no comércio

e nos semáforos, divulgação pelos meios de comunicação, radia, jornal com o

propósito de mostrar a maneira mais eficiente de economizar a água nas residências

e nos estabelecimentos comerciais. Confeccionaram panfletos com orientações sobre

os cuidados e dicas de economizar a água potável. O grupo A foi o responsável pela

confecção dos cartazes, o grupo B ficou responsável pela visita aos estabelecimentos

comerciais. O grupo C foi encarregada pela visita e entrega de panfletos as

residências, O grupo D pela entrega de panfletos nos semáforos e o grupo E pelo

Outdoor e divulgação na mídia falada e escrita.

Cada tarefa foi desenvolvida com o acompanhamento da autora que orientou

todas as atividades. Essas atividades se iniciaram na elaboração dos cartazes e

panfletos, sendo concluída com as visitações e divulgação da campanha na

imprensa, comércio e residências.

Os resultados com os trabalhos foram sistematizados e apresentados para a

classe, onde se debatiam os resultados e apresentavam propostas para minimizar o

problema.

e) Quinta etapa: foi à verificação do consumo per capta da sala. Foi solicitado

para os alunos trazerem o talonário da conta de água de suas casas do mês de

agosto 2010, onde observaram e calcularam o consumo per capta de água. Verificou-

se que havia residências com um consumo muito alto, acima dos 10 mil litros cúbicos

recomendados pela Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR). Os

resultados foram apresentados em sala de aula e gerou discussões. Os alunos

traçaram metas de diminuir o consumo em suas próprias residências.

f) Sexta etapa; os alunos fizeram um levantamento dos acessórios hidráulico da

Escola. Torneiras, bebedouros, lavatórios, vasos sanitários nos banheiros, pias de

cozinha e averiguaram o estado de conservação e constataram que todo este

patrimônio estava em bom estado, o que diminui o desperdício de água no ambiente

escolar.

g) sétima etapa; os alunos foram incumbidos de realizar um levantamento das

condições da caixa d água do Colégio e de suas casas para verificar a limpeza e se

estão devidamente fechadas; Constataram-se que havia reservatórios que a mais de

seis meses não era executado limpeza. Sabendo que o recomendado é de no mínimo

duas limpezas por ano. Verificou-se também que, muitos pais desconheciam a

necessidade de se fazer limpezas periódicas. O reservatório do Colégio estava

devidamente limpo e higienizado, dentro das normas recomendada pela SANEPAR.

O resultado foi levado para a classe, apresentado e debatido.

h) oitava etapa: Verificaram-se as condições ambientais no entorno da área de

captação para o abastecimento da cidade; etapa desenvolvida por uma equipe de

apenas quatro alunos mais a professora. A tarefa principal foi a de observarem as

condições ambientais no entorno da área de captação, registrar em fotografia e

anotar aspectos tais como a existência da mata ciliar, as áreas cultivadas nas

vertentes apresentam terraços em curva de nível. Também foi tarefa observar como

se dá o processo da capitação pela SANEPAR. As equipes também fizeram pesquisa

de campo no espaço rural, precisamente no local da captação, local da nascente e

leito do rio.

Nesta etapa, os alunos observaram e anotaram como se dá o processo da

captação, bombeamento, tratamento e distribuição. Com o auxílio de potentes

motores, a água é transportada para a Estação de tratamento, através de grandes

tubulações denominadas adutora.

Sendo assim, a etapa realizada no campo, ou seja, no entorno da área de

captação, rio Água Grande no município de Ubiratã, teve como propósito conhecer e

verificar se o processo de captação atende as normas legais exigidas pelo ministério

da saúde. No entanto percebeu-se durante que a mata ciliar foi quase totalmente

devastada. Por isso, os agricultores estão sendo obrigados pelo Instituto Ambiental do

Paraná (IAP) a fazer o plantio de mudas de árvores junto às margens do rio, desta

forma cumprindo o que determina a legislação ambiental atual - reconstituição da

reserva legal.

Verificou-se que o leito do rio esta recebendo do seu entorno dejetos e

resíduos, assim como animais ou restos orgânicos. Como o entorno é área de prática

agrícola acredita-se que o rio recebe também resíduos de agrotóxico e de fertilizante

utilizados nas lavouras. Porém um ponto positivo foi observado pelos alunos no que

se refere à mata ciliar no torno da nascente, a vegetação foi reposta e está se

desenvolvendo e as dimensões cumprem o que determina a legislação ambiental.

i) Décima etapa: Aula destinada à apresentação dos resultados obtidos na visita à

capitação. O grupo sintetizou as informações em sala de aula e também fizeram

discussões e estudos sobre o que reza a legislação ambiental. O grupo expôs para

toda a escola as observações e anotações realizadas durante a pesquisa e as

fotografias.

j) Décima primeira etapa: Visita à estação de tratamento da SANEPAR; Toda a

classe participou dessa etapa que também foi acompanhada e orientada pela autora.

Um profissional da SANEPAR explicou as fases do tratamento e informou que a

Estação funciona 24 horas por dia e que o controle de qualidade da água produzida é

realizado de hora em hora, através de análises físico-químicos que apontam se a

mesma está dentro dos padrões de potabilidade exigida pela Portaria 518/2004 do

Ministério da Saúde. Este profissional informou também que a SANEPAR dispõe

ainda de um indicador interno de denominado IQAD – Índice de Qualidade de Água

Distribuída, que estabelece parâmetros de qualidade mais rigorosos do que a própria

Portaria.

Para transformar a água bruta em água potável, a Estação de Tratamento

(ETA) utiliza os processos de pré-desinfecção, coagulação e floculação, decantação,

filtração, desinfecção ou cloração, fluoretação, correção de acidez, adicionados de

diversos componentes formando resíduos que serão removidos por sedimentação e

filtração, principalmente nos decantadores. O técnico da ETA, explicou ainda que a

qualidade bruta da água esta piorasse e exigindo uma concentração maior de

produtos químicos para seu tratamento, como conseqüências o custo esta se

elevando.

O técnico explicou também que após o processo de tratamento a água é

enviada aos reservatórios para posterior distribuição e consumo. Todas as

informações coletadas foram anotadas e registradas com fotografias. Na aula

destinada ao debate se concluíram que a água da SANEPAR pode ser utilizada para

o consumo, pois atende o parâmetro de qualidade exigida pela secretaria da Saúde.

l) Décima segunda etapa: As equipes visitaram um supermercado da cidade onde

há uma cisterna para a captação da água da chuva, Supermercado Boniatti.

A água captada é canalizada através de tubulação de PVC até o reservatório.

Uma caixa abaixo do nível do solo e revestida com tijolos maciços atravessados e

rebocada com cimento e areia e impermeabilizado. Segundo a família Boniatti, a água

captada é utilizada para descargas nos banheiros e lavar pisos e calçadas.

m) Décima terceira etapa: os grupos foram encarregados de produzirem paródias,

poemas, debates e seminários utilizando como fonte de inspiração musica e letras

que abordam o tema água. “Planeta Azul” de Gilberto Gil e “Planeta Água” de

Quilherme Arantes foram as mais utilizadas. O principal objetivo foi refletir sobre o

tema e as possíveis tomadas de atitudes a respeito do mesmo.

n) Décima quarta etapa; os alunos expuseram e apresentaram na sala, através

de cartazes, o resultado da pesquisa realizada para verificar a quantidade de água

que é necessária para produzir diversos tipos de alimentos.

Para produzir um 1 quilo de banana é necessário aproximadamente 499 litros; para

produzir 1 quilo de frango são necessários 3.700 litros de água; para 1 quilo de arroz,

2.500 litros de água; para 1 quilo de manteiga 18.000 litros de água; para produzir

uma calça jeans 15.000 litros de água e para produzir uma xícara de café 140 litros

de água.

o) Décima quinta etapa; os grupos propuseram ao diretor do Colégio a

construção de uma cisterna, a qual foi aceita. A construção da cisterna foi executada

no mesmo período em que foi realizada uma reforma na cobertura do Colégio, no

período de 10 de agosto a 30 de novembro.

Foi medida a área de cobertura do colégio e calculado o volume aproximado

de água a ser captada, considerando o volume de chuva média para a região. O

volume varia interanualmente, na estação chuvosa o volume é maior porque os

episódios de chuvas são mais intensos e se capita mais.

A água captada foi canalizada e armazenada na cisterna para o uso na

jardinagem e lavagem das calçadas. Observou-se que diminui o volume de água

fornecida pela SANEPAR ao Colégio. Os alunos observam que o sistema também

pode ser instalado em suas residências.

Após o desenvolvimento das ações propostas, foi sugerido aos alunos para

darem continuidade, repassando aos colegas de outras turmas e para a sociedade

em geral, mostrando à importância de se aproveitar a água da chuva. Construindo

cisternas para o aproveitamento da água e adotando medidas que visam a redução

dos desperdícios e assim, diminuírem o consumo de água potável.

Ao finalizar o projeto, os próprios alunos constataram através de seus

talonários referentes ao mês de novembro que as meditadas adotadas em suas

casas resultaram na diminuição do consumo e consequentemente do custo. Também

observaram que a Igreja Católica iria lançar em 2011 na Campanha da Fraternidade,

que teve como tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta”, o alvo e a precaução

focalizaram o valor vital da água e dos outros recursos naturais. Assim, é importante

para a sociedade a participação de debate dessa natureza na educação. Um cidadão

consciente é capaz de agir e utilizar práticas que visam à diminuição do consumo sua

preservação e conservação.

Os alunos em unanimidade prepuseram atitudes, comportamentos e práticas

fundamentadas em valores que tenham a vida como referência no relacionamento

com o meio ambiente.

4-CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hoje, ao se pensar em água é preciso que se faça uma reflexão sobre seu

consumo. Ela é responsável pela vida no planeta Terra e indispensável para os seres

vivos. Verifica-se que em todos os cantos do planeta há grande desperdício desse

recurso, pois segundo o consumo per capta hoje é o maior de toda a história da

humanidade. Portanto, é necessário que a sociedade tome atitudes urgentes para

conservar e economizar a água de forma que esta não venha a faltar na atualidade e

no futuro.

Diante dos inúmeros problemas ambientais decorrentes da era desenvolvimentalista,

procurou-se despertar em nossos alunos uma consciência mais crítica com atitudes

que visem à economia desse importante recurso natural, para a sobrevivência de

todos os seres vivos do planeta Terra. Sendo assim, um dos procedimentos que

contribuí e contribuirá com a sustentabilidade do planeta é captação de água das

chuvas, isto permitirá a redução do seu consumo na rede pública e particular e

consequentemente o barateando no custo do seu fornecimento. A construção da

cisterna no Colégio resultou na diminuição do consumo da água fornecida pela

SANEPAR em 10%.

Mediante o desenvolvimento dos trabalhos, os alunos que participaram

diretamente estão se sentindo mais valorizados na escola, isso porque estão mais

conscientes como consumidores e multiplicadores da importância da preservação da

água. Sendo assim o trabalho desenvolvido na escola trouxe grandes benefícios no

que diz respeito à conscientização, pois ao término do mesmo foram visíveis os

cuidados que estes tinham em relação ao consumo, foi possível perceber atitudes de

cidadãos e consciência crítica com procedimentos que visem à economia desse

importante recurso natural. Além do resultado que eles trouxeram mostrando a

diminuição do consumo de água em suas residências. Isso mostra também que eles

estavam tendo atitudes positivas conscientizando os familiares e amigos para

economizar e aproveitar a água da chuva.

“A geografia é uma ciência concreta e o ideal seria submeter constantemente

os fatos á observação direta”, Nidelcoff (1991). Como a participação foi intensa e

apresentaram resultados compatíveis com os objetivos propostos. Acredita-se que o

aprendizado se não pode resolver o problema com certeza, para aqueles que se

envolveram e se empenharam verão que o importante começar fazer alguma coisa

para minimizar o problema.

5-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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