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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica 2007 Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4 Cadernos PDE VOLUME II

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2007... exploração de seus conceitos de forma lúdica, onde o prazer, a brincadeira e a curiosidade façam parte do processo da resolução de problemas

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

Produção Didático-Pedagógica 2007

Versão Online ISBN 978-85-8015-038-4Cadernos PDE

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – P D E

OAC – OBJETO DE APRENDIZAGEM COLABORATIVO

Autora: Katia Regina Gomes Simões

Orientador: Margio Klock

Ensino: Fundamental

Disciplina: Matemática Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra

Conteúdo Específico: Números Inteiros/ Multiplicação e Múltiplos

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SUMÁRIO

1. Recursos de Expressão..............................................................03 2. Recursos de Investigação...........................................................04 2.1. Investigações Disciplinar........................................................04 2.2. Perspectiva Interdisciplinar.....................................................05 2.3. Contextualização....................................................................06 3. Recursos Didáticos......................................................................07 3.1. Sítios.......................................................................................07 3.2. Sons e Vídeos........................................................................07 3.3. Proposta de Atividade............................................................10 3.4. Imagens..................................................................................11 4. Recursos de Informação..............................................................12 4.1. Sugestão de Leitura................................................................12 4.2. Notícias...................................................................................13 4.3. Destaques...............................................................................18 4.4. Paraná....................................................................................19

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1 - RECURSO DE EXPRESSÃO

Jogos associados à Resolução de Problemas: um importante recurso para a

aprendizagem de conteúdos matemáticos.

Título: “Jogos Matemáticos como Recurso Didático para a Resolução de

Problemas.”

Este trabalho propõe o uso de jogos diversos como um auxiliar na

Resolução de Problemas nas aulas de Matemática. Enquanto se joga, a

participação ativa do aluno permite a construção do seu saber de, pelo menos,

duas maneiras. Uma delas deve-se ao fato de oferecer uma oportunidade para

os alunos estabelecerem uma relação positiva com a aquisição de

conhecimento, pois conhecer passa a ser percebido como real possibilidade.

Alunos com dificuldades de aprendizagem vão gradativamente modificando a

imagem negativa (seja porque é assustadora, aborrecida ou frustrante) do ato

de conhecer, tendo uma experiência em que aprender é uma atividade

interessante e desafiadora. Por meio dos jogos, os alunos vão adquirindo

autoconfiança. São incentivados a questionar e corrigir suas ações, analisar e

comparar pontos de vista, organizar e cuidar dos materiais utilizados. Outra

maneira que justifica valorizar a participação do aluno na construção do seu

próprio saber é a possibilidade de desenvolver seu raciocínio.

'' Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a

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motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem.''

(Borin, 1996,9)

Referências:

BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. São Paulo: IME-USP, 1996.

2 - RECURSOS DE INVESTIGAÇÃO 2.1 Investigações Disciplinar

Título: “Qual o papel dos jogos estratégicos nas aulas de Matemática.”

Sabemos que a Matemática é uma ciência que foi criada em tempos onde a

realidade, os problemas e as necessidades eram outras. Atrair os alunos com

situações do mundo atual não é tarefa das mais fáceis (D’Ambrósio, 1996). Um

modo alternativo e bem interessante de se estudar a Matemática é por meio da

exploração de seus conceitos de forma lúdica, onde o prazer, a brincadeira e a

curiosidade façam parte do processo da resolução de problemas. É proposto

então, o uso de jogos estratégicos como instrumentos para se chegar à

Resolução de Problemas. Mostrando que através da Resolução de Problemas

o aluno tem a oportunidade de se envolver com as aplicações da Matemática o

professor pode tornar as aulas mais interessantes e desafiadoras.

Referências:

D’AMBRÓSIO, U. Educação matemática: da teoria à prática. Campinas: Papirus, 1996.

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2.2 Perspectiva Interdisciplinar

Título: “A Matemática e a História.”

A História da Matemática nos mostra que o xadrez foi um dos primeiros

jogos de estratégia a serem criados. Contam os historiadores que ele nasceu

na Índia, da Índia passou para a Pérsia, atual Irã, e daí para o mundo árabe,

Onde foi enriquecido com novas regras. Assim que foi trazido para a Europa

pelos árabes, foram criados livros que ensinavam como jogá-lo. A partir de

então, tornou-se um dos jogos estratégicos mais utilizados na Resolução de

Problemas Matemáticos.

Segundo Polya (1978, a Resolução de Problemas é a atividade central

da Matemática, desde o Papiro de Rhind ela é dita como sua coluna vertebral.

Segundo Boyer (1996), o Papiro de Rhind, uma das nossas principais

fontes de informação sobre a Matemática, podem ter sido apenas manuais

destinados a estudantes, mas indicam a direção e as tendências do ensino de

problemas matemáticos no Egito.

É importante reconhecer a Matemática como uma criação humana, que

surgiu a partir da busca de soluções para resolver problemas do cotidiano. A

Resolução de Problemas é o ponto de partida da atividade matemática. A

própria História da Matemática mostra que ela foi construída como respostas a

perguntas provenientes de diferentes origens e contextos, motivadas por

problemas de ordem prática ou do dia-a-dia, por problemas vinculados a outras

ciências, bem como por problemas relacionados às investigações da própria

Matemática.

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Referências:

BOYER, C. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.

POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência,

1978.

2.3 Contextualização Título: “A contextualização.”

Percebendo a grande importância de resgatar os valores do ensino da

matemática educadores dão novos passos para a criação de metodologias e

estratégias que motivem o ensino da disciplina, uma vez que a metodologia

tradicional não responde às expectativas dos alunos e da sociedade, de um

mundo em mudança e que cada vez mais cobra a criatividade, o raciocínio de

pessoas mais preparadas.

O termo Etnomatemática foi proposto em 1975, por D’Ambrósio (1993,

p.5-7) para descrever as práticas matemáticas utilizadas por distintos grupos

culturais, sejam eles uma sociedade, uma comunidade, um grupo religioso ou

uma classe profissional. Essas práticas são sistemas de símbolos, organização

espacial, técnicos em construção, métodos de cálculos, sistemas de medida,

estratégias de dedução e de resolução de problemas e qualquer outra ação

que possa ser convertida em representações formais.

A criança é um ser em pleno desenvolvimento. Devemos proporcionar

sua participação nos jogos de uma forma espontânea e crítica. Assim

estaremos contribuindo com seu crescimento e desenvolvimento de algumas

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aptidões como curiosidade, criticidade, confiança e participação, auxiliando-a

também na resolução de problemas relacionados aos saberes/fazeres

necessários e na apropriação/conhecimento do mundo da cultura.

Referências: D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática: Arte ou técnica de explicar e

conhecer. São Paulo: Ática, 2ª edição, 1993.

3 - RECURSOS DIDÁTICOS 3.1 Sítios

Título: “Calculando – o site do professor de Matemática.”

Disponível em: http://www.calculando.com.br/

Acessado em: dezembro/2007

Comentários:

Site para professores de Matemática do ensino fundamental. Jogos

matemáticos, desafios matemáticos, atividades interdisciplinares, exercícios e

conteúdos.

3.2 Sons e Vídeos .Vídeo

Título: “O Número 23.”

Direção: Joel Schumacher

Produtora: Beal Flynn,

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Duração: 97 min.

Local da Publicação; Estados Unidos

Ano: 2007

Disponível em: http://www.number23movie.com

Sinopse:

Walter Sparrow (Jim Carrey) entra numa espiral de loucura quando toma

contato com um misterioso livro chamado The Number 23 ("O Número 23").

Enquanto lê o livro, começa a ficar convencido de que o texto é baseado em

sua própria vida. Sua obsessão com o número 23 começa a consumi-lo de

forma a fazer com que Walter acredite que o texto está influenciando em sua

vida.

Comentário:

Chamada "O Número 23", a obra relata a terrível obsessão de um homem com

o 23 e como isso começa a dominar a sua vida. O mais estranho é que

diversas passagens do livro reproduzem fielmente detalhes da vida de Walter –

e ele começa a perceber o número 23 em seu passado e também em seu

presente. Tão paranóico quanto o personagem da história, ele descobre que o

livro termina com uma morte brutal.

.Áudio-CD/MP3

Título da música: “Os Números”

Executor/Intérprete; Raul Seixas

Título do CD; Maluco Beleza

Número da faixa; Disco 2, faixa 9.

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Nome da Gravadora; Universal Music

Ano; 2002

Disponível em: http://vagalume.uol.com.br/raul-seixas/os-numeros.html

Os Números (Raul Seixas) Meus amigos essa noite eu tive uma alucinação

Sonhei com um bando de número invadindo o meu sertão

E de tanta coincidência que eu fiz essa canção

-Falar do número um

Falar do número um não é preciso muito estudo,

Só se casa uma vez e foi um Deus que criou tudo,

Uma vida só se vive, só se usa um sobretudo.

-Agora o doze

E só de pensar no doze eu então quase desisto,

São doze meses do ano, doze apóstolos de Cristo,

Doze hora é meio-dia, haja dito e haja visto.

-Agora o sete

Sete dias da semana, sete notas musicais,

Sete cores do arco-íris nas regiões divinais,

E se pintar tanto sete, eu já não agüento mais.

-Dois

E no dois o homem luta entre coisas diferente,

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Bem e mal, amor e guerra, preto e branco, bicho e gente

Rico e pobre, claro e escuro, noite e dia, corpo e mente.

-Agora o quatro

E o quatro é importante, quatro ponto cardeal,

Quatro estação do ano, quatro pé tem um animal,

Quatro perna tem a mesa, quatro dia o carnaval.

- Pra encerrar

Eu falei de tanto número, talvez esqueci algum,

Mas as coisas que eu disse não são lá muito comum,

Quem souber que conte outra, ou que fique sem nenhum.

Comentário:

Nesta música Raul Seixas relaciona os números com diferentes situações: o

sertão, os meses do ano, os apóstolos, os dias da semana, o bem, o mal,

guerra, paz , enfim, podemos ver que no nosso cotidiano os números estão

bem presentes.

3.3 Proposta de Atividade

Título: “Propondo atividades.”

Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas,

principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e

desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições

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de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito fáceis nem muito difíceis

e serem testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências

através de propostas de novas atividades, propiciando assim, um aprendizado

mais significativo.

Referências: Teia do Saber 2005 – Departamento de Matemática – UFSCar. 3.4 Imagens

Essas imagens mostram vários exemplos de jogos que podem ser

trabalhados durante as aulas de matemática como instrumentos para a

resolução de problemas e a assimilação de conteúdos. Disponível no site

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/bancoimagem/frm_buscarIma

gens2.php

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4 - RECURSO DE INFORMAÇÃO

4.1 Sugestão de Leitura

. Livro

Título: “O homem que calculava.”

Referência:

TAHAN, M. Rio de Janeiro: 36 ed. Record, 1991

Comentário:

Este livro é um clássico. São inúmeras situações envolvendo cálculos e

resolução de problemas apresentadas de uma forma muito criativa,

interessante e divertida ao mesmo tempo.

. Internet

Edulinks Disponível em: http://www.edulinks.com.br/Matematica/ Acesso em: dezembro/2007

Comentário:

O site EduLinks é um site gratuito que visa garantir, aos que irão navegar nos

conteúdos de seus links e no seu espaço virtual, subsídios para a pesquisa

educacional ou para o enriquecimento intelectual e cultural.

. Outros

Título: “Um único tabuleiro para muitos jogos.”

Referência: Revista Superinteressante.

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Disponível em

http://super.abril.com.br/super2/busca/index.shtml?ac=0&np=10&rd=1&ao=0&cl

=arquivo&qu=jogos+matem%E1ticos&resp.x=0&resp.y=0&resp=ok&pg=1

Comentário:

Neste artigo o professor Luiz Barco, em que fala sobre como combater a perda

de memória resolvendo problemas matemáticos sem calculadora, lápis ou

papel.

4.2 Notícias

. Jornal

Título: “Deu no Jornal.”

Referência: Disponível em http://athena.mat.ufrgs.br/~portosil/resu.html

“Os jornais quase que diariamente trazem notícias sobre descobertas

científicas e tecnológicas, o que faz com que qualquer pessoa medianamente

informada esteja convencida do dinamismo dos diversos campos da Ciência e

Tecnologia. Isso, certamente, não é o que ocorre com a Matemática. Sua

natureza abstrata faz com que seja quase impossível divulgar seus frequentes

avanços; o resultado é que a maioria das pessoas tende a achar que a

Matemática é uma disciplina acabada, onde tudo já foi descoberto e há muito

tempo atrás. É propósito desta página contribuir para retificar esse mal-

entendido. “

Comentário:

São notícias sobre descobertas e curiosidades matemáticas retirados de vários

jornais.

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. Revista de circulação

Título da notícia: Teatro + Malba Tahan = Matemática Divertida

Fonte: Revista Nova Escola

Referência: Edição 182, Maio / 2005

Ensinar o fácil, o básico e o fundamental. Não dar tarefas, mas desafios.

Foi assim que surgiu a matemática recreativa que muitas escolas praticam. E

seu precursor foi Malba Tahan.

Números astronômicos? Contas sem sentido? Grandes abstrações?

Palavras e conceitos estranhos? Dificilmente seu aluno vai se interessar por

essas velhas características do ensino de Matemática — e ele terá razão se

disser que não vê utilidade em nada disso. A maioria das crianças desanima

diante do ranço de complicação inútil. Mas, se o raciocínio for estimulado com

jeito de brincadeira, na forma de charadas, jogos ou histórias de aventura, logo

se nota que não é difícil cativar os alunos para a Matemática.

O Brasil teve um craque nesse tipo de atividade, conhecido como Malba

Tahan, um escritor que contava histórias das Arábias. Malba Tahan era o

pseudônimo do professor de Matemática Júlio César de Mello e Souza, nascido

no Rio de Janeiro há 110 anos. Ele é o autor de um dos maiores sucessos

editoriais de todos os tempos no país, o romance O Homem Que Calculava,

atualmente na 65a edição. Seu nome ficou tão identificado com a face mais

amigável dos números que a data de seu aniversário, 6 de maio, deverá se

tornar o Dia Nacional da Matemática, de acordo com um projeto de lei em

tramitação no Congresso. A lei foi proposta por professores da matéria que

vêem em Malba um exemplo a ser seguido e uma fonte inesgotável de idéias

para suas aulas.

Os princípios desse modo diferente de dar aula são bem simples e o

próprio Malba se encarregou de enunciá-los no livro Antologia da Matemática:

"Deve-se ensinar bem o fácil, o que é básico e fundamental; insistir nas noções

conceituais importantes; obrigar o estudante a ser correto na linguagem,

seguro e preciso em seus cálculos, impecável em seus raciocínios". Tudo que

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possa cheirar a chatice e obscuridade deve ser evitado ao máximo. "Malba

encerrava as aulas propondo aos alunos um desafio matemático, do gênero

que fez o sucesso de seus livros", diz Juraci Faria, professora da Universidade

Metodista de São Paulo. "Ele não dava tarefas; dava desafios."

Num tempo em que as escolas cultivavam o medo diante do professor e

uma Matemática que parecia se destinar apenas a uns poucos "iluminados",

Malba defendia exatamente o oposto. E ainda atacava os "algebristas",

acadêmicos que se dedicavam ao que o escritor chamava de "o inútil da

Matemática". Eles eram os responsáveis por definir os currículos e os livros

didáticos daquele tempo, além das questões dos exames públicos, que Malba

não cansava de ridicularizar. Uma delas: "Dona Rosinha comprou 5 milésimos

de tonelada de manteiga a 6 cruzeiros cada hectograma. Quanto gastou?"

Para Malba, "só um paranóico pediria manteiga assim".

Uma prova de que todo ensino de Matemática se beneficia de uma

injeção de Malba foi dada por Juraci Faria nas escolas municipais de Queluz

(SP). Durante dois anos, ela organizou um programa de treinamento de

professores nessa cidade em que o escritor passou a infância. Juraci disse ter

encontrado entre eles uma concepção pedagógica "sem vida, tradicional,

desvinculada da rotina das crianças". Uma das iniciativas para aproximar o

ensino da realidade foi promover, com classes de 3a e 4a séries, uma atividade

apelidada de "matemática do supermercado". Os alunos foram chamados a

fazer um levantamento de produtos e preços no comércio de verdade e criaram

um supermercado em classe. Foi possível experimentar vários enfoques, entre

os quais o uso da calculadora para as "operações comerciais" e o trabalho com

noções dos sólidos geométricos aplicadas às embalagens dos produtos.

De acordo com a professora, ao final de dois anos, alunos e professores

tinham aprofundado não só o conhecimento de Matemática como o entusiasmo

em relação ao aprendizado. "Até a geografia das classes se alterou", diz ela.

"De ambientes tradicionais, com carteiras em filas, as salas passaram a

apresentar configurações variáveis, com alunos sentados em círculo, por

exemplo."

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As atividades monitoradas por Juraci englobaram da Educação Infantil à

8ª série do Ensino Fundamental e se desenvolveram em torno do conceito de

interdisciplinaridade, que Malba Tahan pôs em prática décadas antes de ele se

tornar corrente no vocabulário pedagógico brasileiro. "Seu grande pioneirismo

foi fazer a amarração com a literatura", afirma o matemático e editor Valdemar

Vello, um especialista em Malba Tahan. "Ele usava a literatura para relacionar

os conceitos matemáticos com as questões do cotidiano. São as situações da

vida humana que dão significado aos números e cálculos."

Na Escola Pueri Domus, em São Paulo, a integração entre Língua

Portuguesa e Matemática, em torno da obra de Malba Tahan, é tão produtiva

que todos os anos os alunos de 5ª série se envolvem numa série de atividades

relacionadas com O Homem Que Calculava. O livro é dividido em partes, cada

uma com um desafio matemático. Os trechos são sorteados por grupos de

alunos. A atividade começa com uma pesquisa sobre quem foi o autor,

evoluindo para a leitura dos capítulos com o objetivo de adaptá-los para a

forma teatral. Ao mesmo tempo que o conto se torna uma pequena peça de

teatro, o desafio correspondente deve ser solucionado e representado por

esquemas e desenhos, em transparências que depois são mostradas a toda a

classe e discutidas.

Segundo a professora de Matemática Aglair Dias Santos, os alunos

vibram com a encenação teatral, e isso os leva a mergulhar na leitura e na

interpretação do problema, que exige um exercício de pensar e repensar até

que fique bem claro. Alguns resultados da atividade relatados por ela:

despertar o gosto pela solução de problemas, prazer em experimentar soluções

e raciocínios inéditos e interesse em ler e redigir textos.

O primeiro e mais famoso dos desafios do romance de Malba Tahan é o

problema dos camelos. Nele, Beremiz — o árabe que soluciona problemas com

uma mistura de conhecimento matemático, criatividade e sabedoria — e seu

amigo Hank-Tade-Maiá, o narrador do livro, viajam num único camelo quando

encontram no deserto três irmãos que não sabem como cumprir o testamento

deixado pelo pai. Ele queria que uma herança de 35 camelos fosse dividida da

seguinte forma: metade para o mais velho, um terço para o segundo, um nono

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para o caçula. Mas as divisões não chegam a números inteiros. Beremiz junta

seu camelo aos dos irmãos, completando 36. Agora, divididos conforme o

testamento, os camelos são distribuídos: 18 para um filho, 12 para outro e

quatro para o último. Como a soma dos três grupos dá 34, Beremiz e o amigo

ficam com dois camelos, numa solução que beneficia todos.

Os alunos do Pueri Domus são chamados a representar em frações o

"mistério" da solução dada pelo sábio. Somando as três partes previstas pelo

pai dos três irmãos (1/2 + 1/3 + 1/9), chega-se a um total de 17/18, divisão

fisicamente impossível. Portanto, o pai cometeu um erro que Beremiz soluciona

com a inclusão de um camelo (18/18).

Embora tenha antecipado ou deduzido elementos da teoria de

pensadores famosos que provavelmente não conhecia, como a italiana Maria

Montessori (1870-1952) e o suíço Jean Piaget (1896-1980), Malba não foi

apenas um homem intuitivo. Suas idéias estão sistematizadas e justificadas em

livros como Didática da Matemática, publicado em 1961. Ao recomendar o uso

de jogos na aprendizagem, ele tinha consciência de que é uma estratégia

eficaz para entender conceitos de número e operações — além de educar a

atenção, despertar interesse por mais conhecimento e contribuir para o espírito

de grupo. "Jogo é a própria representação do desafio", diz Sérgio Lorenzato,

professor da Universidade Estadual de Campinas. "E a meninada adora

desafio."

Comentário:

É um artigo maravilhoso que mostra crianças “brincando” de fazer teatro com

as histórias de Malba Tahan no seu livro “O Homem que Calculava.”

. Revista on-line

Título: A laranja, a Terra e o rato.

Referência: Super On-line. Edição 112 jan/1997. Disponível em

http://super.abril.com.br/superarquivo/1997/conteudo_115784.shtml

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Problema de matemática que nos engana na primeira impressão.

Comentário:

A coluna 2+2 assinada pelo Prof. Luiz Barco apresenta, nesta edição, um texto

sobre um problema que pode nos enganar na primeira impressão. Ele introduz

o problema e nos leva a raciocinar sobre sua possível resolução. É um

problema muito interessante com um final surpreendente. Vale à pena conferir!

. Jornal on-line

Título: “SPFW 2008 inaugura nova matemática da moda.”

*Referência: G1 Portal de Notícias da Globo. Disponível em:

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL263035-7084,00-

SPFW+INAUGURA+NOVA+MATEMATICA+DA+MODA.html

Quando falou na matemática, na geometria dos encaixes e na

construção dos tecidos, Alexandre Herchcovitch assim como Sonia, realizou

um exercício de estilo brincando com cubos, bolas e triângulos coloridos.

Comentário:

Esta matéria mostra que a Matemática com suas formas geométricas também

faz parte da moda. Uma coleção inteira foi criada usando figuras geométricas.

4.3 Destaques

Título: “Homenagem a alunos destaquem em Matemática.” Referências: http://www.diariodonoroeste.com.br/edicao/2007/09/02/local.htm

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“No dia 30/08 (quinta-feira), no auditório do Núcleo Regional de

Educação de Paranavaí, foi realizada a cerimônia de entrega de certificados de

Menção Honrosa a 56 alunos premiados na 2ª Olimpíada Brasileira de

Matemática - OBMEP - 2006, das Escolas Públicas jurisdicionadas ao NRE de

Paranavaí. Estiveram presentes a coordenadora regional da OBMEB, Fabiana

Magda Garcia Papani, diretores, equipe pedagógica, professores, alunos

homenageados, bem como seus familiares. Os principais objetivos da OBMEP

são: estimular e promover o estudo da Matemática entre alunos da escola

pública, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, identificar

jovens talentos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas,

incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas,

contribuindo para a sua valorização profissional e promover a inclusão social

por meio da difusão do conhecimento. “

Comentário:

O Diário do Noroeste apresenta uma reportagem sobre os alunos que se

destacaram na 2ª Olimpíada Brasileira de Matemática em 2006 na cidade de

Paranavaí.

4.4 PARANÁ

Título: “Novos cursos de Licenciatura em Matemática no Paraná.”

“Mais uma instituição federal de ensino superior do Paraná aderiu ao

Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades

Federais (Reuni). O projeto da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

(UTFPR), com sede em Curitiba, foi aprovado esta semana pela Comissão de

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Homologação do Reuni, do Ministério da Educação (MEC). No final do ano

passado, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) aderiu ao programa,

gerando muita polêmica entre parte de seus acadêmicos.

Segundo o governo federal, o objetivo do Reuni é ampliar o acesso ao ensino

superior e a permanência dos alunos nos cursos de graduação das

universidades federais. Ao longo dos próximos anos, até 2.012, a UTFPR

promete criar 32 novos cursos de graduação nos 11 campi que a instituição

tem espalhados pelo estado. A previsão é de que o número de vagas aumente

de 1.330 para 4.884 no período diurno.

Dentre os cursos previstos, o cronograma prevê para 2011 a abertura de três

cursos de Licenciatura em Matemática, respectivamente em Cornélio Procópio,

Ponta Grossa e Toledo.”

Referências:

http://matematica.seed.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=74