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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · objetos, diferentes partes de um mesmo corpo e até entidades abstratas. Além de encontrar tudo isso, a fábula nos leva a pensar, porque ela

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

UNIDADE DIDÁTICA "um conjunto ordenado de atividades, estruturadas e articuladas para a consecução de

um objetivo educativo em relação a um conteúdo correto" (César Coll, 1996) Área: Língua Portuguesa Professor PDE: Roseli Helena RoncagliaScandelai Orientadora: Prof. Drª Jane Kelly de Oliveira

Santa Fé 2010

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UNIDADE DIDÁTICA

UMA VIAGEM

PELO FANTÁSTICO

MUNDO DAS

FÁBULAS

ROSELI HELENA RONCAGLIA SCANDELAI

http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14&letter=F

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE 1. Nome do(a) Professor(a) PDE: Roseli Helena Roncaglia Scandelai 2. Disciplina/Área: Língua Portuguesa 3. IES: UEM 4. Orientadora: Prof. Drª Jane Kelly de Oliveira 5. Caracterização do objeto de estudo: A construção de uma unidade didática para o ensino de língua portuguesa na 5ª série: em foco o gênero fábula. 6. Título da Produção Didático-Pedagógica: Uma viagem pelo fantástico mundo das fábulas 7. Justificativa da Produção: Esta proposta tem como foco de intervenção a 5ª série do Ensino Fundamental e objetiva contribuir para despertar nos alunos o interesse pela leitura, ajudando-os na superação das dificuldades de leitura e escrita. 8. Objetivo geral da Produção: Contribuir para a apropriação, por parte dos alunos, das diversas formas de dizer que circulam socialmente (gêneros discursivos), possibilitando-lhes fazer uso efetivo da leitura e da escrita como forma de se inserir no contexto social em que vivem, despertando o interesse pela leitura, formando leitores capazes de interagir com os textos e, a partir deles, deduzir os significados e assimilar conceitos para sua vida. 9. Tipo de Produção Didático-Pedagógica: ( ) Folhas ( ) OAC ( x ) Outros (descrever): Produção de uma Unidade Didática propondo um trabalho na perspectiva de um gênero discursivo (fábula), contemplando os quatro grandes conteúdos curriculares básicos da área: leitura, produção de texto, linguagem oral e reflexão sobre a língua e a linguagem. 10. Público-alvo: Alunos de 5ª série do Ensino Fundamental. 11. Escola: Escola Estadual Cecília Meireles. 12. Município: Santa Fé.

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APRESENTAÇÃO

BRINCANDOBRINCANDOBRINCANDOBRINCANDO

EEEE

APRENDENDOAPRENDENDOAPRENDENDOAPRENDENDO

Como é bom brincar e ficar sem fazer nada!

Mas nossa vida não é só isso. O “aprender” pode ser muito prazeroso também! É tão bom quando percebemos que vamos nos modificando dia a dia através do conhecimento.

Brincando, aprendemos e aprendemos muito. Ouvindo e lendo histórias também!

É tão bom ouvir histórias, nos lembramos do tempo em que a mamãe nos embalava para dormir.

Hoje já estamos crescidos, mas nem por isso deixamos de gostar de histórias.

Sendo assim, vamos nos aventurar pelo fantástico “mundo das fábulas” onde ao lado de animais que falam, encontramos deuses, heróis, plantas, objetos, diferentes partes de um mesmo corpo e até entidades abstratas.

Além de encontrar tudo isso, a fábula nos leva a pensar, porque ela é uma “fala mentirosa que retrata uma verdade”.

Vamos passear ao longo da História lendo desde as primeiras fábulas até as atuais para acompanhar como vários autores escreveram uma mesma história.

Porém antes de iniciar a “nossa viagem” vamos conversar um pouco sobre “gêneros textuais”.

Você sabe o que é gênero textual. Que tal falarmos um pouco sobre isso?

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É importante que se proporcione aos alunos a leitura de diversos gêneros textuais, principalmente os que mais circulam na sociedade e os que mais gostam, para que no decorrer do processo, seja oferecida outras leituras que os alunos não estejam tão acostumados. Vale dizer que um leitor crítico e ativo não se faz a partir da leitura de um único gênero textual. “No dia-a-dia estamos em contato com diferentes gêneros de textos que estão presentes em nossas vidas, seja no trabalho, lazer ou mesmo em atividades de rotina. Estes textos podem ser encontrados em: conta de água ou de luz, recibos, notas fiscais, lista de compras, cartas, cartões, receitas, bulas, manuais de instrução, embalagens, catálogos, e-mails, propagandas, músicas, histórias, piadas, dentre outros.”

O professor proporcionará ao aluno o contato com os diferentes gêneros textuais, selecionados previamente. Fazendo-os identificar cada tipo de texto; instigando no aluno comentários e observações sobre o formato de cada um, e fazendo perguntas como:

• uma carta e um manual de instrução têm o mesmo formato? • uma piada e uma lista de compras têm a mesma finalidade?

• uma história é lida da mesma maneira que uma bula?

Após este momento o professor conversará com os alunos a respeito da finalidade da leitura. Fará perguntas como: 1. Por que se lê? (entretenimento, informação, conhecimento, estudo...)

2. Para que se lê? (ficar informado, divertir-se, aprender sobre coisas, fatos e pessoas, despertar a sensibilidade...) Após ouvir as opiniões dos alunos, solicitar a eles que respondam às seguintes perguntas sobre seus hábitos de leitura. Será entregue uma ficha para cada aluno, que depois de respondida será recolhida para a observação do professor. (Em anexo)

Agora que vocês já sabem um pouquinho sobre gêneros textuais, vamos em frente voltando ao nosso assunto principal.

Vamos iniciar nossa viagem:

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SUMÁRIO UNIDADE 1: Fábulas e fabulistas........................................................... ..........07 UNIDADE 2: Diferentes versões de uma mesma fábula ..................................11 A cigarra e as formigas ................................................................11 A formiga boa ...............................................................................12 A formiga má ................................................................................12 A cigarra e a formiga ....................................................................14 UNIDADE 3: Características dos animais .........................................................16 O sapo e o boi ..............................................................................16 UNIDADE 4: Moral da história ..........................................................................19 O cão que levava a carne ............................................................19 O corvo e o jarro ......................................................................... 20 A assembléia dos ratos ................................................................20 A raposa e as uvas ......................................................................20 O ladrão e o cão de guarda .........................................................20 UNIDADE 5: Analisando as fábulas ................................................................. 21 A liga das nações ........................................................................ 21 O lobo e o cão ..............................................................................22 A panela de barro e a panela de ferro ........................................ 23 A rosa e o amaranto ....................................................................23 UNIDADE 6: Escrevendo sua fábula ................................................................24 REFERÊNCIAS: ...............................................................................................25 ANEXOS ...........................................................................................................27

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UNIDADE 1:UNIDADE 1:UNIDADE 1:UNIDADE 1: Fábulas e fabulistas Fábulas e fabulistas Fábulas e fabulistas Fábulas e fabulistas

Nesta unidade os alunos farão pesquisas na Internet para saberem um pouco mais sobre as fábulas. http://www.cantinhodoprofessor.org/aula_pratica/fabulas.htm - acesso dia 07/04/2010 às 17:05h) Conhecendo um pouco mais sobre as fábulas (A professora fará perguntas como:

• Você sabe o que é uma fábula? • Você considera as fábulas histórias curtas ou longas?

• Quais personagens são frequentemente usados numa fábula? • Geralmente qual é o tema das fábulas?

• O que, geralmente, vem no final das fábulas que você conhece? • Quando você acha que surgiram as fábulas?)

Na verdade as fábulas são muito antigas. Elas surgiram há mais de 2 mil anos.

Sempre o homem procurou explicações de tudo o que acontecia à sua volta e nesta busca de explicações, começou a contar histórias sobre a natureza, animais, sonhos e, como não tinha como explicar certos fenômenos, contava histórias onde havia fadas, seres mágicos, animais ou objetos com qualidades humanas. A fábula é um desses tipos de história de que estamos falando e são contadas há mais de 2.800 anos. Geralmente apresentam uma cena vivida por animais, plantas ou objetos que falam e agem como se fossem gente. Elas são contadas ou escritas para dar um conselho, para alertar sobre algo que pode acontecer na vida real, para transmitir algum ensinamento, para fazer uma crítica, uma ironia, etc. Por isso, muitas vezes, quando a história acaba, aparece uma frase destacada, que costumamos chamar de moral da história. A maioria dessas histórias trata de certas atitudes humanas, como a disputa entre fortes e fracos, a esperteza de alguns, a ganância, a gratidão, o ser bondoso, o não ser tolo, etc. As fábulas são tão antigas quanto a conversa dos homens. Como foram passadas de boca em boca pelo povo, não sabemos quem as criou. De qualquer forma, conhecemos algumas fábulas que foram escritas no séc.VIII antes de Cristo. Sabemos que fábulas muito antigas, do Oriente, foram difundidas na Grécia no séc. VI a. C., há 2.600 anos por um escravo chamado Esopo. Nos anos que se seguiram, elas continuaram a ser contadas e foram também escritas. Mais tarde, nos anos de 1600 (séc.XVII), o escritor francês Jean de La Fontaine, reescreveu e adaptou as fábulas de Esopo, além de criar novas fábulas. Muitos escreveram fábulas no mundo inteiro. No Brasil, um dos escritores mais importantes que retrabalhou antigas fábulas e criou novas foi

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Monteiro Lobato. Seus primeiros livros dirigido às crianças foram publicados em 1921, portanto no séc. XX.

Após as crianças pesquisarem sobre as fábulas na Internet, farão anotações do assunto pesquisado em seus cadernos.

O professor continuará o trabalho, explanando sobre como as fábulas são importantes para infundir impressões positivas e provocar reflexões nas crianças (e nos adultos).

Para trabalhar as fábulas, explicar quem foi Esopo, falando então da antiga Grécia,. Depois, contar quem foi La Fontaine, fazendo pesquisas, mostrando figuras e olhando mapas, para identificar a França e a época desse autor. Depois de feitas as pesquisas, acessarão os links para visalizar as figuras de Esopo e La Fontaine. Após, falar sobre Monteiro Lobato, um grande escritor brasileiro que muito se dedicou à literatura infantil.

• Quem foi Esopo?

Esopo nasceu na Grécia, no séc. VI antes de Cristo. Até hoje, o seu nome e a história de sua vida são cercados de mistério. Dizem as lendas que era corcunda, gago e dono de uma rara inteligência. Contava histórias simples e divertidas, com lições moralistas, utilizando os mais variados animais como personagens. Uma biografia egípcia do séc. I conta que Esopo foi vendido como escravo a um filósofo que, admirado com seu talento, lhe concedeu a liberdade. Já naquela época, narrava histórias simples de bichos, criticava as más atitudes e mau comportamento das pessoas.

Há diversas lendas sobre sua morte. Uma das mais trágicas diz que o fabulista grego teria sido lançado de um precipício, em Delfos, acusado de sacrilégio.

As fábulas de Esopo, reunidas por um monge bizantino de séc. XIV, inspiraram numerosos autores no decorrer da história.

Figura retirada de http://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2008/06/diego-velazquez_esopo_1639-1642.jpg - acesso em 05/03/2010, às 23:00 h

• Quem foi La Fontaine?

O francês Jean de La Fontaine viveu no séc. XVII. Filho de burgueses, teve o apoio da nobreza para se dedicar à literatura. Escreveu poesias e adaptações de comédias. Porém, foram as fábulas, escritas em verso e

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reunidas em doze livros, publicados entre 1668 e 1694, que o tornaram conhecido no mundo inteiro.

Graças a uma apurada sensibilidade para mesclar imagens poéticas e de humor, as fábulas clássicas de Esopo ganharam vida nova com La Fontaine. Tornaram-se verdadeiros retratos da sociedade, com seus vícios, diferenças sociais e problemas. Da mesma forma que seu mestre, ele também achava que as fábulas educam. “Sirvo-me dos animais para instruir os homens”, dizia.

Jean de La Fontaine morreu em Paris, em 1695.

Figura retirarda de

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=hp&q=jean+de+la+fontaine&gbv=2&aq=1&aqi=g2&aql=&oq=jean+de&gs_rfai= acesso em 29/03/2010 às 14:03h

• Quem foi Monteiro Lobato?

José Bento Marcondes Monteiro Lobato nasceu em Taubaté (SP), no ano de 1882, e faleceu em 1948. É considerado um dos maiores escritores brasileiros, pois revolucionou a literatura infanto-juvenil ao escrever Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho, entre outros.

Nos anos 20, Monteiro Lobato lançou um livro intitulado Fábulas. Nele, o autor reconta algumas dezenas dessas narrativas por meio de Tia Nastácia e Dona Benta, encantando todas as crianças representadas pelos personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo: Pedrinho, narizinho e a boneca Emília.

Figura retirada de

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&gbv=2&tbs=isch:1&q=monteiro+lobato&sa=N&start=36&ndsp=18 acesso em 29/03/2010 às 16:20h

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Após esta aula sobre as fábulas e os fabulistas, o professor agrupa os alunos e distribui para cada grupo duas ou três fichas de cartolina, com um provérbio conhecido, esclarecendo que este é um tipo de frase concisa, com um sentido exato e que apresenta um ensinamento proveniente da sabedoria popular. Após uma pequena discussão, o grupo deve eleger a frase que, para a maioria, é a mais significativa, fazendo uma pequena exposição dos motivos e/ou ilustrando-a com situações cotidianas. Abaixo estão relacionados alguns exemplos de provérbios, com os nomes das respectivas fábulas a que se referem: Ao distribuir as fichas com os provérbios, o professor deve ter o cuidado de não fazer a indicação dos títulos das fábulas, pois este conhecimento será deduzido pelos próprios alunos.

- Mais vale uma vida simples e sossegada do que muito luxo com perigos e preocupações. (O rato da cidade e o rato do campo - Esopo)

- Pequenos amigos podem ser grandes amigos. (O leão e o ratinho - Esopo)

- A aparência pode ser mudada, mas a natureza não. (Vênus e a gata – Esopo)

- Os preguiçosos nada têm a colher. (A cigarra e a formiga - Esopo).

- Falar é fácil; fazer é outra conversa. (A assembleia dos ratos – Esopo)

- Quem desdenha quer comprar. (A raposa e as uvas – Esopo)

- Quem tenta forçar demais a sorte colhe infortúnio. (A galinha dos ovos de ouro – Esopo)

- Quem ama o feio, bonito lhe parece. (A coruja e a águia – Esopo)

- Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente. (A tartaruga e a lebre – La Fontaine)

- Quando os mentirosos falam a verdade, ninguém acredita. (O pastor e o lobo – La Fontaine)

Após realizado este trabalho, será pedido uma produção de texto contemplando uma fábula à escolha do aluno onde será observada a produção textual e análise linguística.

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UNIDADE 2:UNIDADE 2:UNIDADE 2:UNIDADE 2: Diferentes versões de uma Diferentes versões de uma Diferentes versões de uma Diferentes versões de uma

mesma fábulamesma fábulamesma fábulamesma fábula

Nesta unidade será trabalhada a fábula “A CIGARRA E AS FORMIGAS” nas versões de Esopo, Monteiro Lobato e uma versão moderna da fábula, para que o aluno perceba a diferença entre as mesmas. (Serão trabalhados exercícios de leitura e interpretação enfocando as diferentes versões de uma mesma fábula. Desta forma o aluno poderá perceber as mudanças de comportamentos e valores ocorridos, semelhanças, diferenças e diferentes intenções de cada uma delas. Com esta tarefa o aluno perceberá que as fábulas veiculam mais do que histórias de animais, veiculam valores e refletem a época em que foram produzidas)

Versão de Esopo

A cigarra e as formigas

Esopo: fábulas completas. Tradução de Neide Smolka. São Paulo, Moderna, 1994.

1. Esopo tinha uma intenção ao contar esta fábula. O que ele queria ensinar com esta história?

( ) Fazer as pessoas pensarem que cantar e dançar são coisas de pessoas folgadas..

( ) Aconselhar as pessoas a fazer o que é importante para elas mesmas, senão, podem se ver em apuros.

( ) Convencer as pessoas de que não se deve só pensar em si mesmas..

4. A cigarra e a formiga são as personagens da fábula. De acordo com a narrativa é possível identificar o comportamento de cada personagem? Quais características têm cada personagem?

Cigarra:________________________________________________________________________________________________________________________

Formiga:_______________________________________________________________________________________________________________________

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5. No final do diálogo, a formiga diz à cigarra: “Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno.” Qual o sentimento da cigarra diante dessa resposta? Explique.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Versão de Monteiro Lobato que reescreveu a fábula dando a ela dois finais diferentes.

A formiga boa

Monteiro Lobato. Fábulas. São paulo, Melhoramentos, 1994.

6. Monteiro Lobato faz uma releitura da fábula de Esopo. Apesar de serem diferentes, os dois textos possuem características comuns. Que características semelhantes esses dois textos possuem, tendo em vista o enredo de cada um deles?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7. Apesar de possuir características comuns em relação à fábula, o enredo do texto de Monteiro Lobato apresenta algumas modificações. Que modificações são essas?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

8. A moral da fábula aplica-se ao texto de Monteiro Lobato? Por quê?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A formiga má Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Melhoramentos, 1994.

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3. Ao ler esses trechos, percebemos que o autor tinha uma intenção. Escolha entre as opções abaixo aquela que você acha ser a intenção possível.

( a ) A cigarra e as formigas (Esopo)

( b ) A formiga boa (Monteito Lobato)

( c ) A formiga má (Monteiro Lobato)

( ) Convencer o leitor de que cantar e dançar são coisas de pessoas folgadas.

( ) A conselhar o leitor para que não deixe de fazer o que é importante para ele mesmo, para não se ver em apuro depois.

( ) Valorizar os artistas, mostrando que eles são importantes para a humanidade.

4. O artista, para muitas pessoas, é visto como uma pessoa folgada, que não trabalha, pois não consideram a arte como profissão. Fazendo a comparação da cigarra com os artistas, em qual das fábulas, o trabalho do artista não é visto como profissão? Comprove sua resposta com frases do texto.

__________________________________________________________________________________________________________________________

5. Em qual das versões o artista é respeitado e tem seu trabalho reconhecido? Copie do texto as expressões que justificam sua resposta.

__________________________________________________________________________________________________________________________

Pudemos observar que as fábulas contadas por Esopo são muito mais antigas do que as de Monteiro Lobato e, provavelmente, foram contadas pelo povo de boca em boca.

Esopo era uma pessoa simples, mas que através de suas histórias inspirava confiança. Por meio de fábulas, falava ao povo humilde sobre situações que envolviam o ser humano, extraindo delas um ensinamento. Por esse motivo, suas histórias costumavam ser curtas, contada na linguagem simples das conversas. Sua intenção parecia ser aconselhar, convencer e, às vezes, até fazer alguém desistir de um propósito ruim ou que não lhe era favorável.

Monteiro Lobato parece ter, como Esopo, a intenção de usar os ensinamentos das fábulas para aconselhar o seu público. Mas, como viveu

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numa outra época, com outros valores e preocupações, usou as fábulas também para criticar, satirizar, e divertir.

Assim é que a fábula, há centenas de anos, vem transmitido conhecimentos sobre as atitudes humanas e os costumes de uma determinada época. A “história” e a “moral da história” podem ser recontadas de diferentes modos, de acordo com a intenção do autor e com o público a que se dirige.

Vamos agora à reeleitura da fábula A cigarra e a formiga de La fontaine, na versão moderna com a adaptação de Vaz Nunes.

A cigarra e a formiga ADAPTAÇÃO DE VAZ NUNES 2003

http://web.educom.pt/escolovar/inverno_cigarra_formiga2.htm (acesso dia 04/05/2010 às 18h16m)

1. Esta versão de “A cigarra e a formiga” tem um final bem diferente das anteriores. Por que a cigarra se dá bem nesta versão?

__________________________________________________________________________________________________________________________

2. A moral desta versão é: “Aproveite a sua vida, saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em demasia só traz benefício nas fábulas do La Fontaine”. Como você entende esta moral?

__________________________________________________________________________________________________________________________

3. Você concorda com este pensamento?

__________________________________________________________________________________________________________________________

4. O que você pensa a respeito desta versão?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Na leitura destas fábulas vemos que cada autor tem diferentes intenções, levando o leitor a formar uma opinião. Nas opções abaixo diga qual é verdadeira e qual é a falsa:

a) A moral da fábula diz o que é certo e o que é errado e que não deve ser questionado. __________________________

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b) A moral da fabula abre a possibilidade de conhecermos como uma sociedade ou um autor pensava em determinada época, permitindo estabelecer comparações, reflexões, concordando ou discordando, construindo opiniões próprias sobre o assunto. _______________________

6. Esopo tinha uma intenção ao contar suas fábulas, já Monteiro Lobato como viveu em outra época, tinha outra intenção. Qual era a intenção de cada um?

Esopo: ______________________________________________________

Monteiro Lobato: ______________________________________________

7. E na versão de Vaz Nunes, que fez uma adaptação para nosso tempo, qual é sua intenção? ___________________________________________

_____________________________________________________________

8. Dessas versões qual a que você acha que melhor retrata a vida hoje? Justifique. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Para encerrar a Unidade serão exibidos dois filmes: “A cigarra e as formigas” (releitura) e a versão moderna da fábula, onde o aluno poderá perceber a diferença entre o texto escrito e o filme, no qual os elementos sonoros estão presentes de forma marcante.

Releitura da fábula: A cigarra e as formigas:

http://www.youtube.com/watch?v=9v8VjXkhZdo&feature=related (acesso dia 05/05/2010, às 10h20m)

versão moderna da fábula: http://www.youtube.com/watch?v=qmCmfZh4D-c&feature=related (acesso dia 05/05/2010, às 10h40m)

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UNIDADE 3:UNIDADE 3:UNIDADE 3:UNIDADE 3: Características dos Características dos Características dos Características dos

animaisanimaisanimaisanimais

A seguir você lerá outra fábula. Qual será o ensinamento que ela traz?

O sapo e o boi

Jean de La Fontaine. Fábulas de Esopo. Adaptação de Lúcia Tulchinski. São Paulo, Scipione, 2000.

1. Nas fábulas, os animais apresentam características próprias de seres humanos. A partir da leitura desta fábula, que característica você atribuiria ao sapo. __________________________________________________________

Como você sabe os animais não falam, não fazem festa, nem trabalham na vida real, não é? Nas fábulas eles aparecem fazendo isso para representar algo que pode ser vivido pelos homens. E por que os autores das fábulas escolhem animais? Devido a algumas características que servem para comparar com atitudes humanas. Sempre houve o costume de comparar as pessoas aos animais. Na verdade, quem dá essas características aos animais é o homem. O lobo, por exemplo, é tido como mau; o pavão, como vaidoso; mas nenhum animal é na verdade bom, mau ou vaidoso, pois os animais não pensam, não é mesmo? Eles simplesmente seguem seus instintos. Dessa forma, não é só a característica do animal que determina a escolha de uma personagem para a fábula, mas também a visão que os homens têm sobre os animais. Leia algumas características de outros animais que costumam ser personagens de fábulas: RATO TARTARUGA RAPOSA FORMIGA CIGARRA LEÃO É um animal pequeno e aparentemente frágil. No entanto, utiliza toda sua esperteza e agilidade quando se sente ameaçado.

Lembrada principalmente por sua lentidão, a tartaruga muitas vezes se vale de sua persistência e sabedoria para atingir seus objetivos.

Orgulhosa, astuta e traiçoeira, a raposa sempre tenta enganar os outros para conseguir o que deseja.

A característica mais marcante da formiga é a dedicação ao trabalho. A organização, a cooperação também fazem parte de seu comportamento.

Gosta de passar o tempo cantando e não se preocupa com o trabalho. Para ela o importante é aproveitar a vida sem se preocupar com o futuro.

Ele é bastante temido e respeitado, pois é visto como o mais valente e poderoso ser do reino animal.

(Quadro retirado de GARCIA, Cássia Leslie: CAVÉQUIA, Márcia Paganini, colaboração de ALVES, Rosemeire. Linguagem: criação e interação . Saraiva S.A. Livreiros Editores. São Paulo, 2002.)

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São atribuídos aos animais comportamentos, qualidades e características, as quais são freqüentemente comparadas às dos homens. Veja o que representam os seguintes animais: (são apenas sugestões) ANIMAL águia força argúcia inteligência boi retidão paciência laboriosidade burro estupidez ingenuidade cabrito agilidade cão fidelidade proteção amizade cavalo inteligência fidelidade cobra coelho cordeiro gato gavião gralha lebre lobo macaco mosca ovelha pavão pomba urubu veado 1. Observe algumas situações que poderiam ser representadas com fábulas e escolha os animais que mais combinam com cada uma delas.

a) O mais esperto vence o mais ingênuo. _____________________________________

b) O mais belo despreza o mais feio. _____________________________________

c) Não corremos perigo quando temos um protetor. _____________________________________ d) Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente. ______________________________________ e) Cássia é muito despreocupada. Brincou o dia todo e não estudou para a prova de hoje. _____________________________________

f) Flavio não desistiu de aprender a tocar piano. Estudou durante vários anos. ______________________________________

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g) Pedro comeu seus doces primeiro e disse ao irmão que tinha perdido as gostosuras. Dessa maneira, acabou comendo as do irmão também. ______________________________________ h) Um hipócrita não consegue disfarçar suas verdadeiras intenções, apesar das palavra gentis. _____________________________________

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UNIDADE 4:UNIDADE 4:UNIDADE 4:UNIDADE 4: Moral da história Moral da história Moral da história Moral da história

A moral da história é, geralmente, uma frase que o contador ou escritor coloca ao final da fábula logo depois que conta o problema vivido pelas personagens. Normalmente aparece isolada no texto, mas pode também vir no início ou no meio dele, ou ser a fala de um personagem. É uma espécie de resumo da intenção do fabulista ao contar determinada história. Ela mostra que a fábula tem sua origem nas conversas das pessoas, pois é como se o fabulista falasse com seu ouvinte ou leitor, aconselhando, criticando uma situação ou fazendo uma gozação.

Leia o texto:

O cão que levava a carne

Esopo: fábulas completas. Tradução de Neide Smolka. São Paulo, Moderna, 1994.

1.Escolha entre os provérbios abaixo, aquele(s) que poderia(m) traduzir a moral desta fábula. ( ) Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. ( ) Quem muito quer, nada tem. ( ) Amor com amor se paga. ( ) Quem desdenha quer comprar. ( ) Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. ( ) Mentiras têm pernas curtas. Muitas vezes a moral da história aparece na forma de provérbio que são dizeres que fazem parte do conhecimento popular e a gente repete sem saber quem foi o autor. 2. Leia as fábulas abaixo e identifique a qual delas pertencem estes provérbios (moral da história) e qual outra versão você poderia escrever?

• “Dizer é fácil; fazer é que são elas.” • “Quem desdenha quer comprar.” • “Onde a força falha, a inteligência vence” • “Gentilezas inesperadas é a principal característica de uma pessoa com

más intenções.

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O corvo e o jarro Guilherme Figueiredo (trad.) Fábulas de Esopo. Rio de Janeiro, Edições de Ouro, s/d.

MORAL: ________________________________________________________ SUA VERSÃO: ___________________________________________________

A assembleia dos ratos Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Brasiliense, 1983.

MORAL: ________________________________________________________ SUA VERSÃO: ___________________________________________________

A raposa e as uvas

Jean de La Fontaine. Fábulas de Esopo. Adaptação de Lúcia Tulchinsk. São Paulo, 2000.

MORAL: ________________________________________________________ SUA VERSÃO: ___________________________________________________

O ladrão e o cão de guarda Jean de La Fontaine. Fábulas de Esopo. Adaptação de Lúcia Tulchinsk. São Paulo, 2000

MORAL: _______________________________________________________ SUA VERSÃO: ___________________________________________________

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UNIDADE 5:UNIDADE 5:UNIDADE 5:UNIDADE 5: Analisando as fábulas Analisando as fábulas Analisando as fábulas Analisando as fábulas

Os alunos farão a dramatização da fábula e depois, a análise do texto:

Liga das nações Monteiro Lobato. Fábulas. São Paulo, Melhoramentos, 1994.

1. Esta fábula de Monteiro Lobato nos mostra como agem muitas vezes os homens, principalmente os mais poderosos, que não contribuem para o progresso de seu povo. Das afirmações, assinale as que você acha corretas.

( ) Representa uma crítica aos grupos mais poderosos, que só fazem aliança em proveito próprio. ( ) Mostra que é preciso ser inteligente (esperto) para vencer os fortes. ( ) Denuncia a injustiça dos poderosos que, mesmo diante de argumentos ou pedidos justos, fazem valer sua força. ( ) Ensina que não devemos ser vaidosos. 2. Enumere pelo menos dois adjetivos definidores do caráter da onça e dos outros animais dentro desta fábula: ONÇA OUTROS ANIMAIS 3. Por que a onça achava que tinha direito sobre os demais animais? _______________________________________________________________ 4. Enumere os argumentos usados pela onça para justificar seus direitos sobre os demais. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5. Complete a frase explicando-a com suas palavras: “A razão do mais forte é a que vence no final”, pois ______________________ _______________________________________________________________

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6. A fábula apresenta um ensinamento ao leitor. Que ensinamento é esse e o que quer dizer? ______________________________________________________________________________________________________________________________

O lobo e o cão O gato a raposa e outras fábulas. São Paulo, Melhoramentos, trad. Zilda Abujanra Daeir, 1981.

1. O que o autor quis enfatizar nesta fábula? ( ) A beleza e a feiúra das personagens. ( ) O valor da liberdade. 2. Assinale as alternativas corretas. ( ) O animal selvagem precisa encontrar seu próprio alimento e é livre para ir onde quiser. ( ) O animal doméstico precisa caçar para sobreviver. ( )Para ter boa comida, o lobo deveria viver preso. 3. Por que o lobo deixou o bosque onde morava e foi para a planície? _______________________________________________________________ 4. .Quaisl foram as expressões usadas pelo autor para descrever o estado em que se encontravam o cão e o lobo? a) lobo _________________________________________________________ b) cão: _________________________________________________________ 5. O que o cachorro disse que deixou o lobo com água na boca? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 6. O que o lobo precisaria fazer para ter um bom tratamento? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 7. Por que o lobo desistiu de ter a mesma boa vida do cão? ______________________________________________________________________________________________________________________________ 8. Qual poderia ser o ensinamento dessa fábula? ( ) Falar é fácil; difícil é fazer. ( ) Contra a força não há argumento. ( ) Mais vale ter pouco e ser livre do que ter muito e ser escravo.

A maioria das fábulas têm animais como personagens, mas há fábulas em que as comparações são feitas entre seres humanos e objetos ou plantas.

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Leia agora estas duas fábulas:

A panela de barro e a panela de ferro Fábulas de La Fontaine. Adaptação de Mônica T. Ottoboni Sucar Fernades. São Paulo, FTD. 2001.

A rosa e o amaranto Esopo: fábulas completas. Tradução de Neide Smolka. São Paulo, Moderna, 1994.

Vemos que nestas duas fábulas o autor usou de seres inanimados e

plantas para ensinar que devemos ser mais cautelosos e procurar melhorar sempre, mas estar atentos até onde podemos chegar.

De todas fábulas lidas, estudadas e dramatizadas, que lição de vida

podemos tirar delas? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por que temos que respeitar as diferenças?

______________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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UNIDADE 6: UNIDADE 6: UNIDADE 6: UNIDADE 6: Escrevendo sua fábulaEscrevendo sua fábulaEscrevendo sua fábulaEscrevendo sua fábula

Agora que você é especialista em fábulas. Que tal criar sua própria fábula? O professor fará algumas propostas em que os alunos, em dupla, produzirão e ilustrarão seus textos, observando as características essenciais do gênero, utilizando relações de causa e efeito. Os mesmos serão apresentados e depois expostos em mural no pátio da escola. Exercício retirado de: FERNANDES,Mônica Teresinha Ottoboni Sucar.Trabalhando com os gêneros do discurso narrar:fábulas. São Paulo: FTD, 2001.

Serão feitas várias propostas de produção de fábula que contemplam o

tema, a intenção, tipo de problema e o problema a resolver.

Assim que escrever sua fábula, releia-a a fim de verificar se há algo que

possa ser melhorado: ideias confusas, trechos desnecessários, palavras escritas de maneira incorreta, etc. Em seguida passe sua fábula a limpo fazendo as alterações que considerar necessárias.

Após a produção do texto, solicitar aos alunos que respondam às questões

para uma avaliação do projeto. (Em anexo) Termina o projeto, mas não termina o trabalho com a leitura, pois esta faz parte de nossa vida e é necessária para nossa interação no mundo letrado do qual fazemos parte.

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REFERÊNCIAS BERGAMO, Silvana Cristina. Fábula. PDE 2007. Matéria Didático retirado de www.pde.pr.gov.br. Disponível em http://www.cantinhodoprofessor.org/aula_pratica/fabulas.htm (acesso dia 07/04/2010 às 17:05h) DEZOTTI,. Maria Celeste Consolin (organizadora). A tradição da fábula: de Esopo . a La Fontaine. Editora Universidade de Brasília. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. São Paulo, 2003. FERNANDES, Mônica Teresinha Ottoboni Sucar.Trabalhando com os gêneros do discurso narrar:fábulas. São Paulo: FTD, 2001. LA FONTAINE, Jean. Fábulas de Esopo. Adaptação de Lúcia TULCHINSKI, São Paulo, Scipione, 2000. MEGALE, Heitor: MATSUOKA, Marilena. Linguagem, leitura e produção de texto. FTD, São Paulo. Ano N/C. SECO, Maria da Graça Roncaglia. Let’s learn English through supplementary readings! PDE 2007. Material didático retirado de www.pde.pr.gov.br SOUZA, Cássia Leslie Garcia de; CAVÉQUIA, Márcia Paganini; colaboração de Rosemeire Aparecida Alves. Linguagem: criação e interação – 5ª série. 3ª ed, Saraiva S.A, Livreiro editores, São Paulo, 2002.

Esopo. Figura disponível em http://abrancoalmeida.files.wordpress.com/2008/06/diego-velazquez_esopo_1639-1642.jpg - acesso em 05/03/2010, às 23:00 h

La Fontaine, Jean. Figura disponível em http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=hp&q=jean+de+la+fontaine&gbv=2&aq=1&aqi=g2&aql=&oq=jean+de&gs_rfai= - acesso em 29/03/2010 às 14:03h

Lobato, José Bento Marcondes Monteiro. Figura disponível em http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&gbv=2&tbs=isch:1&q=monteiro+lobato&sa=N&start=36&ndsp=18 - acesso em 29/03/2010 às 16:20h

Floresta. Figura Disponível em http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14&letter=F – acesso dia 10/o5/2010 às 13h50m.

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Releitura da fábula A cigarra e as formigas Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=9v8VjXkhZdo&feature=related (acesso dia 05/05/2010, às 10h20m)

versão moderna da fábula. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=qmCmfZh4D-c&feature=related (acesso dia 05/05/2010, às 10h40m)

A formiga má Disponível em http://recantodasletras.uol.com.br/contos/1184720 (acesso dia 29/05/2010 às 15h 15m)

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ANEXOS ANEXO 1 O QUE VOCÊ TEM A DIZER SOBRE SEUS HÁBITOS DE LEITURA? 1. Você gosta de ler? ( ) sim ( ) não 2. Você lê livros? ( ) sim ( ) não 3. Quantos livros por ano costuma ler? ( ) um ( ) dois ( ) três ou mais ( ) nenhum 4. Que tipo de leitura você lê? ( ) gibis ( ) histórias curtas ( ) romances ( ) piadas ( ) outros 5. Que tipo de texto você lê e entende? ( ) propagandas ( ) cartas ( ) receitas ( ) histórias ( ) e-mails ( ) textos de livros didáticos ( ) rótulos ( ) outros 6. Você conhece pessoas que têm o hábito de leitura? ( ) sim ( )não 7. Se você não lê, não lê por quê? ( ) não gosta ( ) não tem oportunidade 8. Você acha que a leitura é importante? ( ) sim ( ) não 9. Você sabe o que é uma fábula? ( ) sim ( ) não 10. Você conhece alguma fábula? ( ) sim ( ) não 11. Você sabe que a fábula nos traz ensinamentos? ( ) sim ( ) não

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ANEXO 2

AGORA QUE VOCÊ JÁ ESTUDOU FÁBULAS, ME RESPONDA: 1. Você sabe o que é uma fábula? ( ) sim ( ) não 2. As fábulas são histórias que chamam sua atenção? ( ) sim ( ) não 3. Você gostou de ler as fábulas? ( ) sim ( ) não 4. Nas fábulas geralmente os animais são as personagens. Você acha isso interessante? ( )sim ( ) não 5. As fábulas sempre têm uma moral. Essa moral serve para os dias de hoje? ( ) sim ( ) não 6. Uma mesma história pode ter morais diferentes? ( ) sim ( ) não 7. As fábulas podem nos ajudar a entender melhor as atitudes das pessoas? ( ) sim ( ) não 8. Podemos mudar nosso comportamento e atitudes a partir das fábulas? ( ) sim ( ) não 9. Explique. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________________