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evonaldo-goncalves-vanny
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Fonética Fonema e Letra Tipos de Fonemas Sílaba Encontros vocálicos Encontro consonantal Dígrafo Separação silábica Fonética - Exercícios
Ortografia Ortografia - Exercícios
Acentuação Regras de acentuação Acentuação - Exercícios
Morfologia Os elementos da morfologia
Morfemas Processos de formação de palavras Significado das palavras
Principais prefixos latinos Principais prefixos gregos Sufixos
Principais sufixos nominais Sufixos verbais Sufixo adverbial Principais radicais gregos e latinos
Classes de Palavras Substantivo Adjetivo Pronome
Pronome pessoal Pronome possessivo Pronome demonstrativo Pronome relativo Pronome indefinido Pronome interrogativo
Verbo Verbo - Exercícios
Artigo Numeral Advérbio Preposição Interjeição Conjunção Classes de Palavras - Exercícios
Diferenciação morfológica Sintaxe
Frase, período e oração Termos essenciais da oração Termos integrantes da oração Termos acessórios da oração e vocativo
Período composto por coordenação Período composto por subordinação Concordância nominal
Regência nominal Concordância verbal
Regência verbal Pontuação
Crase Crase - Exercícios
Colocação pronominal Curiosidades ortográficas
Semântica Figuras de Linguagem
Figuras de palavra Figuras de som
Figuras de pensamento Figuras de sintaxe
Interpretação Textual Narração
Narração objetiva X Narração subjetiva Elementos básicos da narrativa
Descrição Elementos básicos de uma descrição Descrição subjetiva X Descrição objetiva
Dissertação Parágrafos Qualidades de uma dissertação O que é dissertação
Argumentação Partes de uma dissertação
Tipos de Discurso Coerência e Coesão
Coerência Coesão
Denotação e Conotação Paráfrase, Perífrase, Síntese e Resumo
Paráfrase Perífrase Síntese Resumo
Significação Implícita Níveis de Linguagem Redação
Tipos de redação Narração Descrição Dissertação
Parágrafo Tópico Frasal O que não se deve fazer numa redação Temas metafóricos Como usar o gerúndio? O processo de redação A estética de uma redação Conselhos úteis
Redação Oficial A Impessoalidade A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais Formalidade e Padronização Concisão e Clareza Pronomes de Tratamento Fechos para Comunicações Identificação do Signatário Normas Gerais de Elaboração
Siglas e Acrônimos Destaques Enumerações Grafia de Numerais O Padrão Ofício Forma de diagramação Aviso e Ofício Memorando Redação Identidade Visual Encaminhamento Apostila
1. Fonética
1.1 Fonema e Letra:
A palavra falada é formada por combinações de unidades mínimas de som (fonemas).
Na escrita, a representação do fonema ocorre através de letras. Por isso, o fonema não
pode ser confundido com a letra. O fonema é a menor unidade sonora da língua, enquanto
a letra é um sinal gráfico e visual, cuja função é representar o fonema de acordo com as
normas da língua.
A correspondência entre letra e som não ocorre em todas as situações, pois uma
mesma letra pode representar fonemas distintos, como o x nas palavras: próximo, exato e
feixe.
Mas, há casos em que letras distintas representam o mesmo som, como acontece com
as palavras seco, cedo, laço e próximo.
Por fim, nota-se que uma letra pode representar mais de um fonema, como fixo, cuja
leitura é "fikso", enquanto existe letra que não tem som, como o h em hora. Temos ainda
os sons ora representados por uma só letra, ora por duas como xícara/chinelo,
gato/guitarra e rabo/carro.Tipos de Fonemas >>1.2 Tipos de Fonemas:
Os fonemas são classificados em vogais, consoantes e semivogais:
As vogais são sons produzidos sem obstáculos para a passagem de ar, que passa
livremente pela boca, oriundo do pulmão. Sua emissão é independente de outro fonema,
por isso constitui a base da sílaba.
Os sons das vogais produzem-se a partir do diferentes posicionamentos dos músculos
da boca, constituídos pela língua, pelos lábios e pelo véu palatino, formando o seguinte
quadro:
a) modificação do véu palatino:
vogais orais: a corrente de ar vibrante passa pela cavidade bucal, formando sete
fonemas vocálicos orais: i, e, é, a, ó, o, u (fica, veja, vela, pá, bola, coma, pula).
vogais nasais: corrente de ar vibrante passa pelas cavidades bucal e nasal,
formando cinco fonemas vocálicos nasais: linda, tenta, banda, onda, fundo.
b) elevação da língua na região do céu da boca:
vogais anteriores: emitidas com abertura média da boca (linda, fica, tenta, vela,
veja).
vogais centrais: emitidas com abertura total da boca (banda, pá).
vogais posteriores: emitidas com abertura inferior a 50% da boca (fundo, pula,
onda, bola, coma).
Essa abertura da boca também estará relacionada à consoante que segue a vocal, por
isso a pronúncia precisa ser casada entre posição de abertura da vogal e da consoante.
c) elevação da parte mais alta da língua:
vogais altas: máxima elevação da língua para o céu da boca (fica, linda, pula,
fundo).
vogais médias: a elevação é média (veja, tenta, vela, coma, tonta, bola).
vogais baixas: a elevação é mínima (pá, banda).
As consoantes são fonemas produzidos através da obstrução do ar proveniente do
pulmão, precisando de uma vogal param ser emitidos. Esses obstáculos podem ser totais
ou parciais, a partir da posição da língua e dos lábios.
As consoantes apresentam quatro critérios de classificação:
Modo de articulação: responsável pela identificação do obstáculo que ocorre
durante a passagem do ar pela boca.
Se a corrente de ar encontrar um obstáculo total, essas consoantes serão classificadas
como oclusivas (p, b, t, d, k e g).
Se o obstáculo for parcial, as consoantes serão chamadas constritivas (compressão),
podendo ser fricativas (fricção do ar através de uma fenda no meio da boca), laterais (o
ar sai pelos lados da boca) e vibrantes (quando ocorre a vibração da língua ou do véu
palatal).
A classificação das consoantes constritivas ocorre da seguinte maneira:
- Constritivas fricativas: f, v, s, z, x, j;
- Constritivas laterais: l, lh;
- Constritivas vibrantes: r, rr
Ponto de articulação: identifica em qual ponto da cavidade bucal localiza-se o
obstáculo para a passagem do ar.
O ponto de articulação classifica-se em consoantes bilabiais (contato entre os lábios
superior e inferior), labiodentais (o lábio inferior tem contato com os dentes incisivos
superiores),linguodentais (contato entre a língua e a face interna dos dentes incisivos
superiores),alveolares (contato da língua com os alvéolos dos dentes incisivos
superiores), palatais (o dorso da língua toca o céu da boca) e velares (parte posterior da
língua tem contato com o véu palatino).
Essa classificação permite a seguinte divisão das consoantes quanto ao ponto de
articulação:
- bilabiais: p, b, m;
- labiodentais: f, v;
- linguodentais: t, d, n;
- alveolares - s, z, l, r;
- palatais: x, j, lh, nh;
- velares: k, g, rr.
papel das cordas vocais: permite observar se ocorre ou não vibração das cordas
vocais. Quando ocorrer a vibração a consoante é chamada de sonora, já quando não
ocorre, ela é chamada de surda.
As consoantes surdas e sonoras da língua portuguesa podem ser divididas em seis pares:
SURDAS SONORAS
ptkf
bdgv
sx
zj
papel das cavidades bucal e nasal: verifica se a passagem do ar ocorre somente
pela cavidade bucal ou se passa pela cavidade nasal.
De acordo com a passagem do ar as consoantes são classificadas em orais ou nasais.
As consoantes nasais da língua portuguesa são três (m, n, nh), todas as demais são orais.
Já as semivogais sempre acompanham um vogal, formando sílaba com ela. Na língua
escrita às semivogais são representadas pelo "i" e "u", podendo em alguns casos serem
representadas pelo "e" e "o".
Deve-se observar também que a é sempre vogal e se estiver acompanhada de outra
vogal na mesma sílaba, esta será semivogal.Sílaba >>1.3 Sílaba:
A sílaba é conjunto de sons que pode ser emitido numa só expiração. Na língua
portuguesa a parte central da sílaba sempre é a vogal.
Assim, na estrutura da sílaba existe, uma vogal, à qual se juntam, ou não, semivogais
ou consoantes.
A maneira mais fácil para separar as sílabas é pronunciar a palavra lentamente, de
forma melódica.
Na língua portuguesa, os vocábulos são classificados de acordo com o número de
sílabas que apresentam, podendo ser:
monossílabos (apenas uma sílaba): cão, chá;
dissílabos (apresenta duas sílabas): mulher, garfo;
trissílabos (possuem três sílabas): macaco, equipe;
polissílabos (formados por mais de três sílabas): amizade; felicidade.
A consoante inicial não seguida de vogal fica na sílaba seguinte (pneu-má-ti-co, mne-
mô-ni-co). Se a consoante não seguida de vogal estiver dentro do vocábulo, ela fica na
sílaba precedente (ap-to, rit-mo). Na questão, baseadas em texto de Gustavo Franco,
marque o item em que a substituição da seqüência sublinhada pela alternativa proposta
acarreta prejuízo à coerência ou à correção gramatical.Encontros vocálicos >>1.4 Encontros vocálicos:
Os encontros vocálicos referem-se à seqüência de sons vocálicos (vogais e/ou
semivogais) que pode ocorrer numa mesma sílaba ou em sílabas separadas. As vogais
serão as pronunciadas mais fortes, enquanto as semivogais serão mais fracas, ou seja, e
átonas. São três os tipos de encontros vocálicos: hiatos, ditongos e tritongos.
hiatos: é a seqüência de duas vogais em sílabas diferentes. (saúde, cooperar,
ruim, crêem)
ditongos: ocorre quando uma vogal e uma semivogal são pronunciadas numa só
sílaba, independente da ordem destas.
Os ditongos podem ser classificados em decrescentes (pouco) ou crescentes (série) e
orais (todos aqueles que não são nasais) ou nasais (pão).
tritongos: são constituídos por uma vogal entre duas semivogais numa só sílaba.
(Paraguai, iguais).
Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas
regras dos ditongos.
Além dessas regras gerais, deve-se observar também que:
Am / em, no final das palavras, correspondem aos ditongos ao / ei nasalizados.
Cuidado com os falsos ditongos, pois quando átonos finais, os encontros (ia, ie, io, ao e
ua) são normalmente ditongos crescentes, mas também podem ser hiatos. Se esses
grupos não forem finais nem átonos, só podem ser hiatos (memória, democracia, viela).
Os encontros de palavras como praia, maio, feio, goiaba e baleia são separados de
forma a criar um ditongo e uma vogal sozinha depois.Encontro consonantal >>1.5 Encontro consonantal:
O encontro consonantal é a seqüência de duas ou mais consoantes, sem vogal
intermediária, que não sejam dígrafo. Esse encontro pode ocorrer na mesma sílaba ou não
(carpete, bíblia).
Os encontros consonantais (gn, mn, pn, ps, pt e tm) não são muito comuns. Quando
eles aparecem no início da sílaba são inseparáveis. Quando estão no meio criam uma
pronúncia mais difícil (pneu/advogado). No uso coloquial, há uma tendência a destruir esse
encontro, inserindo a vogal i depois da consoante surda.
Quando x corresponde a cs (táxi, falamos "tácsi"), há um encontro consonantal
fonético. Nesse caso, x é chamado de dífono.Dígrafo >>1.6 Dígrafo:
O dígrafo é o grupo de duas letras que representa um único fonema. São dígrafos da
língua portuguesa: lh, nh, ch, rr, ss, qu (seguidos de e ou i), gu (seguidos de e ou i), sc, sç,
xc e xs.
Os encontros gu e qu se forem usados com trema ou acento, não serão dígrafos, uma
vez que o u será pronunciado.
Além desses, existem também os dígrafos vocálicos formados pelas vogais nasais: am,
an, em, en, im, in, om, on, um e un.Separação silábica >>1.7 Separação silábica:
Na língua portuguesa, a divisão das sílabas deve ser feita a partir da soletração,
usando o hífen para marcar as sílabas (con-ver-sí-vel).
Para a separação silábica correta devem-se observar as seguintes regras:
os ditongos e tritongos não podem ser separados (Pa-ra-guai, Ro-gé-rio, au-la);
os hiatos têm as vogais separadas (a-é-re-o);
os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu não são separados (cho-ca-lho);
os dígrafos ss, rr, sc, sç e xc são separados (pás-sa-ro, nas-cer, cor-ri-da);
as vogais idênticas e os grupos consonantais cc e cç são separados (co-or-de-na-
dor, in-te-lec-ção);
os encontros consonantais ocorridos em sílabas internas diferentes são separados
(em-pre-gar);
grupos consonantais que ocorrem no início dos vocábulos são inseparáveis: psi-
co-se, dra-ma, pneu-mo-ni-a.
1. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra "churrasqueira".
a) apresenta 13 letras e 10 fonemas
b) apresenta 3 dígrafos: ch, rr, qu
c) divisão silábica: chur-ras-quei-ra
d) é paroxítona e polissílaba
e) apresenta o tritongo: uei
2. Qual das alternativas abaixo possui palavras com mais letras do que fonemas?
a) Caderno
b) Chapéu
c) Flores
d) Livro
e) Disco
3. Assinale a melhor resposta. Em papagaio, temos:
a) um ditongo
b) um tritongo
c) um trissílabo
d) um oxítono
e) um proparoxítono
4. Assinale a série em que apenas um dos vocábulos não possui dígrafo:
a) folha - ficha - lenha - fecho
b) lento - bomba - trinco - algum
c) águia - queijo - quatro - quero
d) descer - cresço - exceto - exsudar
e) serra - vosso - arrepio - assinar
5. Assinale a alternativa que inclui palavras da frase abaixo que contêm,
respectivamente, um ditongo oral crescente e um hiato. As mágoas de minha mãe,
que sofria em silêncio, jamais foram compreendidas por mim e meus irmãos.
a) foram - minha
b) sofria - jamais
c) meus - irmãos
d) mãe - silêncio
e) mágoas - compreendidas
6. Assinale a seqüência em que todas as palavras estão partidas corretamente.
a) trans-a-tlân-ti-co / fi-el / sub-ro-gar
b) bis-a-vô / du-e-lo / fo-ga-réu
c) sub-lin-gual / bis-ne-to / de-ses-pe-rar
d) des-li-gar / sub-ju-gar / sub-scre-ver
e) cis-an-di-no / es-pé-cie / a-teu
7. Segundo as normas do vocabulário oficial, a separação silábica está
corretamente efetuada em ambos os vocábulos das opções:
a) to-cas-sem, res-pon-dia
b) mer-ce-ná-ri-o, co-in-ci-di-am
c) po-e-me-to, pré-dio
d) ru-i-vo, pe-rí-o-do
e) do-is, pau-sas
8. Assinale a alternativa que não apresenta todas as palavras separadas
corretamente.
a) de-se-nho, po-vo-ou, fan-ta-si-a, mi-lhões
b) di-á-rio, a-dul-tos, can-tos, pla-ne-ta
c) per-so-na-gens, po-lí-cia, ma-gia, i-ni-ci-ou
d) con-se-guir, di-nhei-ro, en-con-trei, ar-gu-men-tou
e) pais, li-ga-ção, a-pre-sen-ta-do, au-tên-ti-co
9. Dadas as palavras: Sub-ter-râ-neo / su-bes-ti-mar / trans-tor-no, constatamos
que a separação silábica está correta:
a) apenas nº 1;
b) apenas nº 2;
c) apenas nº 1 e 2;
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
10. Dadas as palavras: tung-stê-nio / bis-a-vô / du-e-lo, constatamos que a
separação silábica está correta:
a) apenas nº 1
b) apenas nº 2
c) apenas nº 3
d) em todas as palavras
e) n. d. a.
11. Nas palavras alma, pinto e porque, temos, respectivamente:
a) 4 fonemas - 5 fonemas - 6 fonemas.
b) 5 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
c) 4 fonemas - 4 fonemas - 5 fonemas.
d) 5 fonemas - 4 fonemas - 6 fonemas.
e) 4 fonemas - 5 fonemas - 5 fonemas.
12. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) o fonema está diretamente ligado ao som da fala.
b) as letras são representações gráficas dos fonemas.
c) a palavra "tosse" possui quatro fonemas.
d) uma única letra pode representar fonemas diferentes.
e) a letra "h" sempre representa um fonema.
13. Todas as palavras abaixo possuem um encontro vocálico e um encontro
consonantal, exceto:
a) destruir.
b) magnésio.
c) adstringente.
d) pneu.
e) autóctone.
14. A série em que todas as palavras apresentam dígrafo é:
a) assinar / bocadinho / arredores.
b) residência / pingue-pongue / dicionário.
c) digno / decifrar / dissesse.
d) dizer / holandês / groenlandeses.
e) futebolísticos / diligentes / comparecimento.
15. Verificamos a presença de um hiato em:
a) entendia.
b) trabalho.
c) conjeturou.
d) mais.
e) saguão.
16. A alternativa que apresenta certa dificuldade de distinção entre ditongo
crescente e hiato é:
a) pai-saúde-mau-juízo.
b) Saara-preencher-cruel-doer.
c) faísca-degrau-chapéu-vôo.
d) piada-miolo-poente-miudeza.
e) frear-foi-saída-rei.
17. A alternativa que apresenta uma incorreção é:
a) "chapéu" possui um dígrafo e um ditongo decrescente.
b) "guerreiro" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente.
c) "mangueira" possui dois dígrafos e um ditongo decrescente.
d) "enxagüei" possui dois dígrafos e um tritongo.
e) "exato" não possui dígrafos e nem encontro vocálico.
18. A alternativa em que as letras sublinhadas nas palavras constituem,
respectivamente, dígrafo e encontro consonantal é:
a) exceção / étnico
b) banho / desça
c) seguir / nascimento
d) aquático / psicologia
e) occipital / represa
19. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa
incorreta:
a) na palavra cãibra ocorre um ditongo nasal decrescente.
b) na palavra freqüente ocorre um ditongo oral crescente.
c) na palavra radiouvinte ocorre um tritongo oral.
d) na palavra pneumonia ocorrem um ditongo decrescente e um hiato.
e) na palavra zoologia ocorrem dois hiatos.
20. Observe os encontros vocálicos e os dígrafos e assinale a única afirmativa
incorreta:
a) a palavra discente tem dígrafo consonantal e um dígrafo vocálico.
b) a palavra entranhas tem um dígrafo vocálico e um dígrafo consonantal.
c) a palavra também tem dois dígrafos vocálicos.
d) a palavra tranqüilo tem um dígrafo vocálico e não apresenta dígrafo
consonantal.
e) a palavra borracha tem dois dígrafos consonantais.
21. O vocábulo cujo número de letras é igual ao número de fonemas está em:
a) sucedida.
b) habitando.
c) grandes.
d) espinhos.
e) ressoou.
22. A palavra que apresenta ditongo crescente é:
a) acordou.
b) teriam.
c) noites.
d) jamais.
e) quando.
23. Só não existe hiato em:
a) atoleiros.
b) miaram.
c) ruído.
d) defendiam.
e) haviam.
24. Indique a palavra que tem 5 fonemas:
a) ficha.
b) molhado.
c) guerra.
d) fixo.
e) hulha.
25. Assinale o vocábulo com ditongo nasal decrescente:
a) quando.
b) zangou.
c) misteriosos.
d) vitória.
e) moravam.
26. A palavra "charuto" apresenta:
a) um dígrafo e seis fonemas.
b) um dígrafo e sete fonemas.
c) sete letras e sete fonemas.
d) sete letras e dois dígrafos.
e) sete letras e cinco fonemas.
27. Marque o item que apresenta erro na divisão silábica:
a) téc-ni-co
b) de-ce-pção
c) ad-jun-to
d) con-fec-ção
e) obs-tá-cu-lo
1 E / 2 B / 3 A / 4 C / 5 E / 6 C / 7 C / 8 C / 9 d / 10 C / 11 C / 12 E / 13 C / 14 A / 15
A / 16 D / 17 D / 18 A / 19 B / 20 C / 21 A / 22 E / 23 A / 24 D / 25 E / 26 A / 27 B Ortografia >>
2. Ortografia.
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa
grafia baseia-se no padrão culto da língua.
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no que se refere a sua grafia e
pronúncia, mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras são chamadas
de homônimas(canto, do grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal).
As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando tem a mesma grafia (gosto,
substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e homófonas, quando tem o
mesmo som (paço, palácio ou passo, movimento durante o andar).
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
O fonema s:
Escreve-se com S e não com C/Ç:
as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel,
corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter
- inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir -
impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer -
discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou
com verbos terminados por tir ou meter
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder -
cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão
/ comprometer - compromisso / submeter - submissão
quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
os vocábulos de origem árabe:
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça,
dentuço
nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S e não com Z:
os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e
títulos nobiliárquicos.
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
as formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão
os diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z e não com S:
os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar
como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G e não com J:
as palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
os verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
depois da letra "r" com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J e não com G:
as palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje
O fonema ch:
Escreve-se com X e não com CH:
as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio -
(enchente)
Escreve-se com CH e não com X:
as palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno
cãibra.
os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe,
tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói,
possui.
atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e
pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) /
emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião
(brinquedo).
1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.
b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula,
exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
3. Indique a única seqüência em que todas as palavras estão grafadas
corretamente:
a) fanatizar - analizar - frizar.
b) fanatisar - paralizar - frisar.
c) banalizar - analisar - paralisar.
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.
4. A forma dual que apresenta o verbo grafado incorretamente é:
a) hidrólise - hidrolisar.
b) comércio - comercializar.
c) ironia - ironizar.
d) catequese - catequisar.
e) análise - analisar.
5. Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há
erro de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza.
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com
a Europa.
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua."
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra "
(Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.
6. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.
7. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
a) O experto disse que fora óleo em excesso.
b) O assessor chegou à exaustão.
c) A fartura e a escassez são problemáticas.
d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.
8. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:
a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.
9. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a
mesma letra sublinhada na primeira é:
a) vez / reve___ar.
b) propôs / pu__ eram.
c) atrás / retra __ ado.
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.
10. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) pran__a / en__er / __adrez.
b) fei__e / pi__ar / bre__a.
c) __utar / frou__o / mo__ila.
d) fle__a / en__arcar / li__ar.
e) me__erico / en__ame / bru__a.
11. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto:
a) dejeto.
b) ogeriza.
c) vadear.
d) iminente.
e) vadiar.
12. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:
a) fixação - rendição - paralisação.
b) exceção - discussão - concessão.
c) seção - admissão - distensão.
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção.
13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) analizar - economizar - civilizar.
b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
c) tábua - previlégio - marquês.
d) pretencioso - hérnia - majestade.
e) flecha - jeito - ojeriza.
14. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) atrasado - princesa - paralisia.
b) poleiro - pagem - descrição.
c) criação - disenteria - impecilho.
d) enxergar - passeiar - pesquisar.
e) batizar - sintetizar - sintonisar.
15. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) tijela - oscilação - ascenção.
b) richa - bruxa - bucha.
c) berinjela - lage - majestade.
d) enxada - mixto - bexiga.
e) gasolina - vaso - esplêndido.
16. Marque a única palavra que se escreve sem o h:
a) omeopatia.
b) umidade.
c) umor.
d) erdeiro.
e) iena.
17. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas:
a) céu - seu
b) paço - passo
c) eminente - evidente
d) descrição - discrição
18. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser escritas
com "j".
a) __irau, __ibóia, __egue
b) gor__eio, privilé__io, pa__em
c) ma__estoso, __esto, __enipapo
d) here__e, tre__eito, berin__ela
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do
seguinte período: "Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a _____
japoneses."
a) seção - cessão - emigrantes
b) cessão - sessão - imigrantes
c) sessão - secção - emigrantes
d) sessão - cessão - imigrantes
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:
a) enxofre, exceção, ascensão
b) abóbada, asterisco, assunção
c) despender, previlégio, economizar
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente
21. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:
a) beleza, duquesa, francesa
b) estrupar, pretensioso, deslizar
c) esplêndido, meteorologia, hesitar
d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira
22. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:
a) atraz - ele trás
b) atrás - ele traz
c) atrás - ele trás
d) atraz - ele traz
23. (CFS/96) Assinalar a palavra graficamente correta:
a) bandeija
b) mendingo
c) irrequieto
d) carangueijo
24. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase abaixo, na
ordem em que aparecem. "O Brasil de hoje é diferente, _____ os ideais de uma
sociedade _____ justa ainda permanecem".
a) mas - mas
b) mais - mas
c) mas - mais
d) mais - mais
25. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto,
palavras homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa com a
seqüência correta.
1 - conserto ( ) valor pago
2 - concerto ( ) juízo claro
3 - censo ( ) reparo
4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
6 - tacha ( ) apresentação musical
a) 5-4-1-3-6-2
b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
d) 1-4-6-5-2-3
26. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:
a) pavor - pânico
b) pânico - susto
c) dignidade - indecoro
d) dignidade - integridade
27. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:
a) tempo quente
b) tempo de ventania
c) estação chuvosa
d) estação florida
28. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita
e indicar a seqüência correta.
1 - insigne ( ) ignorante
2 - extático ( ) saliente
3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável
a) 2-4-3-1
b) 3-4-2-1
c) 4-3-1-2
d) 3-2-4-1
29. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa
c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 D / 6 C / 7 D / 8 B / 9 D / 10 E / 11 B / 12 E / 13 E / 14 A / 15
E / 16 B / 17 D / 18 A / 19 D / 20 C / 21 B / 22 B / 23 C / 24 C / 25 A / 26 C / 27 C /
28 B / 29 B Acentuação >>
3. Acentuação.
crítica - substantivo
critica - forma verbal
Dentro da língua portuguesa é a pronúncia que permite ao leitor identificar o significado
das palavras acima, porque ora damos entonação maior para uma sílaba, ora para outra.
Essa sílaba pronunciada com uma entonação maior recebe o nome de sílaba
tônica: cô-mo-do,quen-te.
A presença da sílaba tônica na língua portuguesa cria os seguintes grupos:
palavras oxítonas, a última sílaba é a tônica. São acentuadas, quando
terminarem em A, E, O, seguidos ou não de S, E em EM, ENS: caju, japonês,
Corumbá, maracujá, maná, Maringá, rapé, massapê, filé, sapé, filó, rondó, mocotó,
jiló, amém, armazém, também, Belém, parabéns, armazéns, nenéns, Iguaçu, caqui,
aci.
palavras paroxítonas, a penúltima sílaba é a tônica: porta, miudeza, hora.
palavras proparoxítonas, antepenúltima sílaba é a tônica: cômodo, sonâmbulo.
Já os monossílabos são palavras que apresentam apenas uma sílaba. Eles podem ser
tônicos ou átonos.
Os monossílabos tônicos apresentam acento próprio, portanto, pronunciado com
intensidade (gás, faz). Já os monossílabos átonos não se destacam e estão ligados às
palavras mais próximas (o homem, de madeira).Regras de acentuação >>3.1 Regras de acentuação:
Acentuamos os monossílabos tônicos terminados em:
a, as: lá, hás;
e, es: pé, mês;
o, os: pó, nós.
Acentua-se os oxítonos terminados em:
a, as: Pará, sofás;
e, es: jacaré, cafés;
o, os: avó, cipós;
em, ens: ninguém, armazéns.
As palavras oxítonas terminadas em i, is e u, us; somente serão acentuadas quando
formarem hiatos: baú, açaí.
São acentuados os paroxítonos terminados em:
ão(s), ã(s): órfãos, órfãs
ei(s): jóquei, fáceis
i(s): júri, lápis
us: vírus
um, uns: álbum, álbuns
r: revólver
x: tórax
n / nos: hífen, prótons
l: fácil
ps: bíceps
ditongos crescentes seguidos ou não de S: ginásio, mágoa, áreas
São acentuados todos os proparoxítonos: cômodo, lâmpada.
Todos os ditongos abertos, independente da posição de tonicidade, são acentuados:
éi(s): assembléia, anéis
éu(s): chapéu, troféus
ói(s): heróico, heróis
São acentuados I e U, seguidos ou não de S, tônicos e que formam hiato: saúde,
egoísmo, juiz, ruim.
Se o I destes casos vier seguido de NH não será acentuado - rainha, tainha
Acentua-se também as primeiras vogais dos hiatos oo e eem, se tônicos - vôo, crêem.
O U dos grupos gue, gui, que, qui se forem tônicos levarão acento: averigúe, averigúes,
averigúem, apazigúe, apazigúes, apazigúem, obliqúe, obliqúes, obliqúem, argúi, argúis,
argúem.
Já o acento diferencial aparece nas seguintes situações:
ás (substantivo)
às (contração)
pôr (verbo)
por (preposição)
que (pronome, conjunção)
quê (substantivo ou em fim de frase)
porque (advérbio ou conjunção)
porquê (substantivo ou em fim de frase)
pára (verbo)
para (preposição)
pélo, pélas, péla (verbo)
pelo, pelas, pela (preposição + artigo)
péla, pélas (jogo)
pólo, pólos (extremo ou jogo)
pêlo, pêlos (cabelo)
pelo, pelos (preposição = artigo)
pôlo, pôlos (ave)
pôla, pôlas (substantivo - rebento ou broto de árvore)
pola, polas (por + las)
pêra (fruta ou barba)
pera (preposição arcaica)
côa, côas (verbo)
coa, coas (preposição + artigo)
pôde (pretérito perfeito)
pode (presente do indicativo)
Ter e vir na 3ª pessoa plural recebem acento: ele tem, eles têm, ele vem, eles vêm
Observações:
Alguns problemas de acentuação devem-se a vícios de fala ou pronúncia inadequada
de algumas palavras.
Nos nomes compostos, considera-se a tonicidade da última palavra para efeito de
classificação. As demais palavras que constituem o nome composto são ditas átonas.
Exemplos: couve-flor - oxítona, arco-íris - paroxítona.
Os pronomes oblíquos átonos o/a/os/as podem transformar-se em lo/la/los/las ou
no/na/nos/nas em função da terminação verbal. Quando os verbos terminam por R/S/Z ou
no caso de mesóclise (R), geram acentuação se a forma verbal (sem o pronome) tiver seu
acento justificado por alguma regra.
Exemplos: comprá-la, vendê-los, substituí-lo, comprá-la-íamos ≠ parti-los.Acentuação - Exercícios >>
1. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de:
também, incrível e caráter.
a) alguém, inverossímil, tórax
b) hífen, ninguém, possível
c) têm, anéis, éter
d) há, impossível, crítico
e) pólen, magnólias, nós
2. Assinale a alternativa correta
a) Não se deve colocar acento circunflexo em palavra como avo, bisavo, porque há
palavras homógrafas com pronúncia aberta
b) Não se deve colocar acento grave no a do contexto: Fui a cidade
c) Não se deve colocar trema em palavras como tranquilo, linguiça, sequência
d) Não se deve colocar trema em palavras derivadas como avozinho, vovozinho
e) O emprego do trema é facultativo
3. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:
a) voo, orfão, taxi, balaustre
b) itens, parabens, alguem, tambem
c) tactil, amago, cortex, roi
d) papeis, onix, bau, ambar
e) hifen, cipos, leem, pe
4. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação gráfica, estejam agrupadas
pelo mesmo motivo gramatical.
a) problemáticos, fácil, álcool
b) já, até, só
c) também, último, análises
d) porém, detêm, experiência
e) país, atribuíram, cocaína
5. "À luz de seu magnífico ______ -de-sol ______ parece uma cidade ______ .
a) por, Itaguaí, tranquila
b) por, Itaguai, tranqila
c) por, Itaguaí, tranqüila
d) pôr, Itaguaí, tranqüila
e) pôr, Itaguai, tranquila
6. Marque item em que necessariamente o vocábulo deve receber acento gráfico:
a) historia
b) ciume
c) amem
d) numero
e) ate
7. São acentuadas graficamente pela mesma razão as palavras da opção:
a) há - até - atrás
b) história - ágeis - você
c) está - até - você
c) ordinário - apólogo - insuportável
c) mágoa - ícone - número
8. Assinale a série cuja acentuação gráfica se justifique da mesma forma que em: baiúca -
ônus - apóio.
a) viúvo, ônibus, pastéis
b) vírus, hífen, jibóia
c) centopéia, Garibáldi, caí
d) egoísmo, Quéops, escarcéu
e) lápis - vôlei - girassóis
9. Das alternativas abaixo, aquela em que as demais não se acentuam com base na
mesma regra da palavra entre aspas é:
a) "holandês" - anunciá-lo / paletós
b) "desejável" - açúcar / hífen
c) "público" - súbito / álcool
d) "matéria" - glória / idéia
e) "daí" - viúva / sanduíche
10. Em que série nem todas as palavras se acentuam pelo mesmo motivo:
a) juízo, aí, saíste, saúde
b) poética, árabes, lírica, metáfora
c) glória, apóia, série, inócuo
d) réptil, fêmur, contábeis, ímã
e) assembléia, dói, papéis, céu
11. Todas as palavras devem ser acentuadas na alternativa:
a) pudico, pegada, rubrica
b) gratuito, avaro, policromo
c) abdomen, itens, harem
d) magoo, perdoe, ecoa
e) contribuia, atribuimos, caiste
12. O ________ resulta da __________ entre a alga e o fungo.
a) líquen, simbiose
b) liquen, simbiose
c) liquem, simbiose
d) líquen, simbióse
e) líquem, simbióse
13. Assinale o item em que as palavras estão acentuadas segundo a mesma regra:
a) miúdo, pêndulo
b) história, distância
c) pedrês, porém
d) respeitável, pálpebra
e) Lucília, três
14. Há erro(s) de acentuação gráfica em:
a) recém-vindo, decano, refrega
b) pudico, bímano, gratuito
c) inaudito, pegada, zênite
d) íbero, ávaro, levedo
e) filantropo, opimo, aziago
15. Assinale a opção em que todos os vocábulos deveriam estar acentuados graficamente:
a) perdoo, balaustre, bambu
b) itens, assembleia, cafeina
c) tuneis, juri, pessoa
d) aerodromo, estrategia, nectar
e) agape, apoio (subst.), nuvens
16. Por serem proparoxítonos, deveriam estar acentuados os vocábulos da opção:
a) refrega, ibero, decano
b) aziago, pegada, avaro
c) leucocito, alcoolatra, interim
d) inaudito, batavo, erudito
e) rubrica, maquinaria, pudico
17. Qual dentre as palavras abaixo deve ser necessariamente acentuada:
a) ai
b) pais
c) doida
d) sauva
e) saia
18. Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação
gráfica:
a) pés, hóspedes
b) sulfúrea, distância
c) fosforecência, provém
d) últimos, terrível
e) satânico, porém
19. Num dos itens abaixo, a acentuação gráfica não está devidamente justificada. Assinale
este item:
a) círculo: vocábulo paroxítono
b) além: vocábulo oxítono terminado em -em
c) órgão: vocábulo paroxítono terminado em til
d) dócil: vocábulo paroxítono terminado em -l
e) pôde: acento diferencial
20. Marque a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:
a) voo, parabens, hifen, sofas
b) fenix, esplendido, voce, volatil
c) aneis, rubrica, tenis, urubu
d) chama-la, veem, Tamanduatei, tambem
e) cipos, biceps, rape, sauva
21. A alternativa em que somente uma das palavras deve receber acento gráfico é:
a) Luis, patroa, nuvem
b) hifens, item, somente
c) arcaico, itens, caju
d) seduzi-lo, maracatu, cafezal
e) abençoe, saiu, hotel
22. Das palavras abaixo, uma admite duas formas de justificar o acento gráfico:
a) combustível
b) está
c) três
d) países
e) veículos
23. Assinale a alternativa em que a acentuação das palavras se explica pela mesma regra.
a) fábrica, máquina, ímã
b) saúde, egoísta, atribuí-lo
c) môo, pó, vêm
d) quilômetro, cinqüenta, privilégio
e) hífen, médium, álcool
24. Há erro de acentuação em:
a) O repórter havia afirmado que a canoa da República andava órfã.
b) Ontem você não pode vir por água no fogo e souberam disso através dos colegas.
c) Rui vem de ônibus, lê o jornal e sempre procura saber o nome dos partidos que retêm o
uso do poder.
d) Ainda não soube do porquê de sua desistência do vôo de ontem
e) "Deus te abençoe" era o grito de pára que acalmava a meninada na hora de dormir.
25. A alternativa em que todas as palavras recebem acento gráfico é:
a) pudico, rubrica, destruido, Piaui
b) campo, polens, hifen, abdomens
c) feiura, pessego, virus, voce
d) salada, camera, tatu, latex
e) item, pudico, gratuito, raiz
26. Qual a seqüência acentuada por terminar em encontro vocálico pronunciado como
ditongo crescente?
a) assembléia, caracóis, solidéu e jibóia
b) Tambaú, Camalaú, Tambaí e açaí
c) série, pátio, área e tênue
d) imóveis, pênseis, pudésseis e mísseis
e) bônus, júri, lápis e tênis
27. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado.
a) abençoo, refens, polen, cipos
b) tenis, esplendido, voce, portatil
c) papeis, rubrica, onix, urubu
d) compo-la, leem, Tamanduatei, armazem
e) apos, climax, sape, saude
28. Analisando as palavras: 1. apóiam, 2. bainha, 3. abençoo, notamos que está/estão
corretamente grafada(s):
a) apenas a palavra n.º 1
b) apenas a palavra n.º 2
c) apenas a palavra n.º 3
d) todas as palavras
e) n.d.a.
29. Assinale a opção na qual todas as palavras devem ser acentuadas.
a) persegui-lo, candido, benção, estreia
b) espelho, reporter, interim, arguem
c) eletron, fluor, eloquente, abençoe
d) iamos, caiste, vendereis, foramos
e) impar, itens, arguem, apoia
30. Há erro de acentuação num dos conjuntos seguintes:
a) grátis, jibóia, juriti, altruísmo
b) aqui, Nobel, também, rubrica
c) apóio, item, espelho, tênue
d) ávaro, íngreme, trégua, caráter
e) circuito, boêmia, ínterim, Nélson
31. A única alternativa que possui, pelo menos, uma palavra indevidamente acentuada é:
a) fórceps-avícola
b) lábaro-néctar.
c) homília-hieróglifo.
d) ístmo-resfolego
e) bólido-interim.
32. As palavras que são acentuadas tendo em vista a mesma regra de acentuação são;
a) emergências - público.
b) funcionários - obrigatórias.
c) será - ótimo.
d) futebolísticos - fazê-lo.
e) tédio - Constituição.
33. O acento gráfico desempenha a mesma função em:
a) carnaúba e história.
b) petróleo e paciência.
c) jacarandá e lápis.
d) glória e está.
e) mausoléu e líquido.
34. A palavra que pode ser enquadrada em duas diferentes regras de acentuação é:
a) estratégia.
b) abençôo.
c) límpido.
d) refém.
e) pajé.
35. A alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas:
a) atraí-los - bíceps - médiuns - vôos.
b) jibóia - pegáda - álbuns - Nobél.
c) três - refém - sôbre - elétrons.
d) gratuíto - têxtil - rubiácea - pélo (verbo).
e) revoem - convêm (singular) - mês - pôr (verbo).
36. A alternativa em que nenhuma palavra possui acento gráfico é:
a) item, polens, rubrica.
b) iras, armazens, tatu.
c) biquini, preto, lapisinho.
d) gratuito, juri, raiz.
e) tematico, uisque, camara.
37. Todas as palavras abaixo admitem dupla prosódia, exceto:
a) acróbata.
b) sóror.
c) íbero.
d) hieróglifo.
e) xérox.
38. A única palavra indevidamente acentuada é:
a) álcali.
b) azáfama.
c) bátega.
d) azíago.
e) crisântemo.
39. Assinale a palavra que não se acentua segundo a regra das demais:
a) também.
b) espécies.
c) início
d) centenárias.
e) mistério.
40. A alternativa que possui duas palavras indevidamente acentuadas é:
a) construí-lo / ruína / hífen / fiéis.
b) álbum / réis / fósseis / tênue.
c) pólo / pára / reféns / atrás.
d) rúbrica / herói / bênção / jóvem.
e) jóquei / mártir / pêlo / vêem.
41. A alternativa em que nenhuma palavra tem acento gráfico é:
a) cadaver-modelo-todo-vezes
b) toda-flui-orgão-fossil
c) governo-juri-juriti-cutis
d) garoa-armazens-polen-caju
e) item-polens-rubrica-erro
42. A alternativa em que todas as palavras têm acento gráfico é:
a) para-brisa - perdoe - enjoo - preveem.
b) pudico - polen - pensil - miudo.
c) ruim - heroina - sutil - interim.
d) xicara - pode(passado) - hifen - pera (substantivo).
e) trofeu - coroneis - afoito - carencia.
1 A / 2 D / 3 B / 4 E / 5 D / 6 B / 7 C / 8 D / 9 D / 10 C / 11 E / 12 A / 13 B / 14 D / 15 D / 16
C / 17 D / 18 B / 19 A / 20 C / 21 A / 22 E / 23 B / 24 B / 25 C / 26 C / 27 C / 28 D / 29 D /
30 D / 31 D / 32 B / 33 B / 34 A / 35 A / 36 A / 37 C / 38 D / 39 A / 40 D / 41 E / 42 DMORFOLOGIA1. Os elementos da morfologia:
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns
vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem a
formação de famílias de palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-
ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o
para receber as desinências: com-e-r.
O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é
impossível a ligação do radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso do
tema e.
As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem
ser nominais ou verbais:
As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s).
Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos) ou pessoa e
número (número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.
Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar
palavras novas. Os afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do radical
(infeliz) e o sufixo, colocado depois do radical (felizmente)
A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem
para facilitar ou até possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola, pe-z-
inho, pobre-t-ão, rat-i-cida, rod-o-via)
Já os alomorfes são as variações que os morfemas sofrem (amaria - amaríeis; feliz -
felicidade).Morfemas >>
MORFOLOGIA1. Os elementos da morfologia:
O radical é a forma mínima que indica o sentido básico de uma palavra. Alguns
vocábulos são constituídos apenas por radical (lápis, mar, hoje). Os radicais permitem a
formação de famílias de palavras: menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho, menin-
ona.
A vogal temática é a vogal que, em alguns casos, une-se ao radical, preparando-o
para receber as desinências: com-e-r.
O tema é o acréscimo da vogal temática ao radical, pois na língua portuguesa é
impossível a ligação do radical com, com a desinência r, por isso é necessário o uso do
tema e.
As desinências estão apoiadas ao radical para marcar as flexões gramaticais. Podem
ser nominais ou verbais:
As nominais indicam flexões de gênero e número dos nomes (gat-a e gato-s).
Já as verbais indicam tempo e modo (modo-temporais / fal-á-sse-mos) ou pessoa e
número (número-pessoais / fal-á-sse-mos) dos verbos.
Os afixos são morfemas derivacionais (gramaticais) agregados ao radical para formar
palavras novas. Os afixos da língua portuguesa são o prefixo, colocado antes do radical
(infeliz) e o sufixo, colocado depois do radical (felizmente)
A vogal e consoante de ligação são elementos mórficos insignificativos que surgem
para facilitar ou até possibilitar a pronúncia de determinadas construções (silv-í-cola, pe-z-
inho, pobre-t-ão, rat-i-cida, rod-o-via)
Já os alomorfes são as variações que os morfemas sofrem (amaria - amaríeis; feliz -
felicidade).Morfemas >>
1.1 Morfemas:
São unidades mínimas de significação, integrantes da palavra, que não admitem
subdivisão em unidades significativas menores. Quanto à significação, podem ser:
morfemas lexicais (lexemas ou semantemas) de significação externa, ou seja, cujo
significado está ligado ao mundo objetivo, indicando o significado da palavra.
morfemas gramaticais (gramemas ou formantes) de significação interna,
relacionados ao universo lingüístico, isto é, tem significado ligado somente ao sistema
gramatical da língua.Processos de formação de palavras >>
1.2 Processos de formação de palavras:
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a língua um
fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocábulos caem em desuso
(arcaísmos), enquanto outros nascem (neologismos) e outros mudam de significado com o
passar do tempo.
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das palavras encontramos
a seguinte divisão:
palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
palavras derivadas - derivam de outras (casebre, florzinha)
palavras simples - só possuem um radical (couve, flor)
palavras compostas - possuem mais de um radical (couve-flor, aguardente)
Para a formação das palavras portuguesas, é necessário o conhecimento dos
seguintes processos de formação:
Composição - processo em que ocorre a junção de dois ou mais radicais. São dois
tipos de composição.
justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sexta-feira);
aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de elementos
(pernalta, de perna + alta).
Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o acréscimo de
afixos. São cinco tipos de derivação.
prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva (in-útil);
sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva (clara-mente);
parassintética ou parassíntese: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo, à
palavra primitiva (em + lata + ado). Esse processo é responsável pela formação de
verbos, de base substantiva ou adjetiva;
regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se substantivos
abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda / de ajudar);
imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva ("o jantar" - de
verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio a comum).
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros processos para
formação de palavras, como:
Hibridismo : são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por elementos
originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, grego e latim / sociologia,
bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro, árabe e grego / caiporismo: tupi
e grego / bananal - africano e latino / sambódromo - africano e grego / burocracia -
francês e grego);
Onomatopéia : reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zunzum, miau);
Abreviação vocabular : redução da palavra até o limite de sua compreensão
(metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
Siglas : a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqüência de palavras
(Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de siglas, formam-se outras palavras
também (aidético, petista)
Neologismo : nome dado ao processo de criação de novas palavras, ou para
palavras que adquirem um novo significado.Significado das palavras >>
1.3 Significado das palavras:
O significado de algumas palavras pode ser identificado através da estrutura de seus
elementos mórficos.
Na seqüência veremos os prefixos, os sufixos e os radicais, a partir de sua origem
grega ou latina e a relação com a língua portuguesa.Principais prefixos latinos >>
1.3.1 Principais prefixos latinos:
a-, ab-, abs- (indica afastamento; separação = aberrar, abdicar, abster, abstrair,
amovível, aversão);
a-, ad-, ar-, as- (movimento para; aproximação; direção = adjunto, adnominal,
adjetivo, adventício, advogado, abordar, apurar, arribar, arraigar, associar, assimilar);
ante- (anterioridade; precedência = antepor, anteceder, antebraço, antecâmara);
circu-, circum- (movimento em torno, posição em redor = circumpolar, circum-
ambiente, circunavegação, circunferência);
cis- (posição aquém = cisplatino, cisandino);
co-, com-, con-, cor- ([da preposição latina cum] concomitância, companhia, ação
conjunta = competir, companheiro, concorrer, congregar, cooperar, coerente,
corroborar, corrosivo);
contra- (oposição, ação conjunta = contradizer, contraveneno, contrapeso);
de- (movimento de cima para baixo = declive, débil, decrescente, decapitar);
des- (separação, ação contrária, negação = desviar, desleal, desfazer,
desprotegido);
di-, dir-, dis- (dualidade, divisão, separação, movimento em muitos sentidos =
disforme, discutir, disseminar, dirimir, dilacerar, difundir);
entre- (posição intermediária = entreato, entrelinha, entretela, entremeio);
ex-, es-, e- (movimento para fora, afastamento, estado anterior = extrair,
expectorar- exportar, escorrer, esquecer, emigrar, emergir);
extra- (posição exterior = extraordinário, extravasar, extramuros);
in-, im-, i-, ir-, em-, en- (movimento para dentro, tendência, mudança de estado =
incrustar, ingerir, investigar, impressão, imigrar, irromper, enterrar, embarcar,
enformar);
in-, im-, i-, ir- (sentido exclusivamente negativo, de privarão [é de etimologia
diferente do in- anterior] = indecente, inerte, impróprio, imberbe, ilegal, imoral, ignorar,
irrestrito, irregular);
intra- (posição interior = intravenoso, intrapulmonar, intramedular);
intro- (movimento para dentro = introduzir, intrometer, intróito, introspecção);
justa- (posição ao lado, perto de = justaposto, justafluvial, justalinear);
ob-, o-, os- (posição em frente, diante de, oposição = objeto, obstáculo, ofuscar,
opor, ocupar, ostentar);
per- (movimento através = perpassar, permeável, perfurar, pernoitar);
pos- (ação posterior = posdatar, postergar, postônica, posposto);
pre- (anterioridade = predatar, prefixo, preliminar, prefácio, pré-tônica);
pro- (movimento para a frente, diante de = prosseguir, progredir, profano,
proclamar);
re- (movimento para trás, repetição = regredir, reagir, reiterar, recomeçar);
retro- (movimento mais para trás = retroceder, retrospectiva, retrocesso, retroagir);
soto-, sota- (posição inferior = sotopor, soto-mestre, sota-capitão);
sub-, sus-, su-, sob-, so- (movimento de baixo para cima, estado inferior, redução =
sublevar, subir, subalterno, suspender, suspeitar, sufocar, sobpor, sopé, sonegar,
soerguer, soterrar);
super-, sobre-, supra- (posição em cima, posição acima, excesso, intensidade =
superpor, supercílio, supérfluo, sobrecarga, sobreviver, supra-renal,
supramencionado);
trans-, trás-, tres- (movimento para além de; posterioridade, posição excedente =
transmontano, transpor, transportar, transbordar, trasladar, trespasse, tresmalhar);
ultra- (posição além de, excesso = ultramar, ultrapassar, ultra-som);
vice-, vis- (substituição, em lugar de = vice-presidente, vice-rei, visconde).1.3.2 Principais prefixos gregos:
an-, a- (sentido exclusivamente negativo, privação = anarquia, anônimo, ateu,
acéfalo, afônico);
aná- (ação ou movimento contrário, repetição = anagrama, anáfora, análise);
anfi- (de um e outro lado, em torno de = anfiteatro, anfíbio);
anti- (oposição = antípoda, antipatia, antiaéreo, anticlerical);
apó- (afastamento, separação = apogeu, apócrifo, apóstolo);
arqui-, arc-, arque-, arce-, arci- (procedência, superioridade = arquipélago,
arquiteto, arcanjo, arquétipo, arcebispo, arcipreste) catá- (movimento de cima para
baixo, posição superior, oposição = catástrofe, catapulta, catálogo, catacrese);
diá-, di- (movimento através de, passagem, afastamento = diagonal, diâmetro,
diagnóstico, diocese, diurético);
dis- (dificuldade, falta, privação = dispnéia, disenteria, dissimetria);
ec-, ex- (movimento para fora, separação = eclipse, eclético, êxodo, exorcismo);
en-, em-, e- (posição interna, posição sobre = encéfalo, energia, entusiasmo,
emplasto, elipse);
endo-, end- (posição interior, movimento para dentro = endotérmico, endoscopia,
endosmose);
epi- (posição superior, movimento pura, cm direção a = epiderme, epílogo, epitáfio,
epístola, epíteto);
eu-, ev- (bem, bom, felizmente = eucaristia, eufonia, eufemismo, evangélico);
hiper- (posição superior, excesso = hipérbole, hipertrofia, hipertensão);
hipo- (posição inferior = hipotenusa, hipótese, hipocrisia);
meta-, met- (movimento de um lugar para outro, mudança = metamorfose,
metáfora, meteoro, metonímia);
para-, par- (proximidade, comparação = paradigma, paradoxo, parasita, paródia,
paralelo);
peri- (em torno de, ao redor de = perímetro, perífrase, peripécia);
pró- (posição em frente, movimento para frente = problema, prólogo, prognóstico,
programa);
sin-, sim-, si- (simultaneidade, reunião, companhia = sinfonia, sincronia, síncope,
símbolo, simpatia, silepse, sílaba).1.3.3 Sufixos:
Os sufixos podem ser divididos em três tipos:
sufixo nominal: aquele responsável pela formação de nome (substantivo ou
adjetivo): pad-eiro, favel-ado.
sufixo verbal: aquele responsável pela formação de um verbo: computador + izar.
sufixo adverbial: aquele responsável pela formação de advérbio; em português
apenas o sufixo -mente: feliz-mentePrincipais sufixos nominais >>
1.3.3.1 Principais sufixos nominais
Sufixos aumentativos:
-aça (barcaça, barbaça);
-aço (estilhaço, ricaço);
-alhão (brincalhão, vagalhão);
-anzil (corpanzil);
-ão (chorão, sapatão);
-aréu (fogaréu, povaréu);
-arra (naviarra, bocarra);
-arrão (canzarrão, homenzarrão);
-astro (poetastro, medicastro);
-az (voraz, cartaz);
-ázio (copázio, gatázio);
-eirão (vozeirão, asneirão);
-orra (cabeçorra, beiçorra);
-aça (dentuça, carduça)
Sufixos diminutivos:
-acho(a), -icho(a), -ucho(a) (riacho, fogacho, cornicho, barbicha, gorducho,
papelucho);
-ebre (casebre)
-eco(a), -ico(a) (jornaleco, soneca, Antonico, burrico);
-ela (rodela, viela, janela);
-elho(a), -ejo, ilho(a) (artelho, rapazelho, lugarejo, quintalejo, ladrilho, cartilha);
-ete, -eto(a), -ito(a), -ote(a) (lembrete, artiguete, coreto, saleta, cabrito, Manuelito,
casita, filhote, serrote, velhota);
-inho(a), -ino(a), -im (amiguinho, menininha, pequenino, violino, neblina, espadim,
camarim);
-isco(a), -usco(a) (chuvisco, asterisco, odalisca, velhusco, chamusco);
-oca (sitioca, engenhoca);
-ola (rapazola, gaiola, fazendola);
Sufixos diminutivos eruditos:
-ículo(a) (artículo, cubículo, gotícula, película, partícula);
-ulo(a) (glóbulo, grânulo);
-únculo(a) (homúnculo, questiúncula);
-úsculo(a) (corpúsculo, opúsculo);
Outros sufixos nominais:
-áceo(a) (semelhança, pertinência = galináceo, rosácea, farináceo, herbáceo);
-ácea (qualidade, ação = audácia, falácia);
-aco(a) (relação íntima, estado íntimo, origem = austríaco, maníaco, cardíaco,
demoníaco, amoníaco, zodíaco);
-ado(a), -ato(a) (posse, instrumento, matéria, quantidade = barbado, avermelhado,
bispado, paulada, cacetada, bananada, laranjada, boiada, noitada, temporada,
sensato, cordato);
-agem (ação, resultado de ação, relação íntima = viagem, miragem, imagem,
homenagem, folhagem, selvagem);
-aico (referência, pertinência = prosaico, judaico, arcaico, incaico, hebraico);
-al, -ar (pertinência, coleção, quantidade, cultura de vegetais = genial, mortal, areal,
pantanal, curral, tribunal, arrozal, bananal, familiar, militar);
-alha (quantidade pejorativa = canalha, gentalha, parentalha);
-ama, -ame (quantidade = dinheirama, vasilhame, madeirame);
-anca, -ância (ação, resultado da ação, estado = esperança, lembrança,
ignorância, vigilância, tolerância);
-ando(a) (ação furtiva aplicada a um indivíduo = doutorando, vestibulando);
-aneo(a) (modo de ser, capacidade = contemporâneo, sucedâneo, instantâneo,
momentâneo);
-ano(a) (proveniência, origem, semelhança, sectário ou partidário de = italiano,
sergipano, paulistano, republicano, parnasiano, camoniano, meridiano, cotidiano);
-ão(ã) (forma popular do sufixo -ano(a) = alemão, aldeão, beirão);
-aria, -eiro(a) (atividade, estabelecimento comercial, coleção = pizzaria, padaria,
estrebaria, tesouraria, livraria, pedraria, bruxaria, livreiro, galinheiro, caseira);
-ário(a) (profissões, lugares onde -se guardam coisas = operário, mandatário,
escriturário, vestiário, armário);
-ção, -são (ação, resultado da ação = condição, traição, extensão, prisão, visão);
-dade (qualidade, modo de ser, estado = dignidade, bondade, maldade, castidade,
crueldade, normalidade, ruindade, falsidade);
ouro(a) (pertinência, ação = vindouro, ancoradouro, manjedoura);
-dura, -tura, -sura (resultado da ação, instrumento de uma ação = assadura,
armadura, ditadura, criatura, abertura, tintura, mensura, clausura);
-edo (cheio de = arvoredo, vinhedo, olivedo, rochedo, lajedo, passaredo);
-el (formador de adjetivos = cruel, fiel);
-ença, -ência (ação ou resultado da ação = crença, doença, presença, diferença,
violência, falência, ocorrência, prudência);
-engo(a) (relação, pertinência, posse = mulherengo, flamengo, realengo);
-eno(a) (referência, origem = terreno, chileno, nazareno, obsceno);
-ense, -ês(a) (origem, procedência, relação = parisiense, piauiense, fluminense,
português, francês, cortês, burguês, inglesa);
-ente, -ante, -inte (agente, ação, qualidade, estado = doente, poente, agente,
navegante, pedinte, ouvinte, constituinte);
-ento(a) (agente, cheio de, que tem o caráter de = barulhento, poeirenta, ciumento,
avarento, lamacento);
-esco(a), -isco(a) (relação, semelhança, qualidade = carnavalesco, quixotesco,
parentesco, gigantesco, mourisco);
-este (relação = agreste, celeste);
-estre (relação = pedestre, campestre, silvestre, terrestre);
-eu (origem, procedência, relação = hebreu, judeu, europeu, galileu);
-ez, -eza (formam substantivos abstratos = altivez, surdez, palidez, riqueza, beleza,
safadeza, avareza, tristeza);
-ia (qualidade, estado, propriedade, profissão = moléstia, alegria, chefia, diretoria,
filosofia);
-iça, -ícia (formam substantivos abstratos = justiça, preguiça, cobiça, malícia);
-ice, -ície (formam substantivos abstratos = velhice, meninice, doidice, imundície,
calvície);
-ício(a), -iço(a) (relação, referência = alimentício, natalício, adventício, patrício,
movediço, quebradiço);
-il (semelhança, referência = pueril, senil, hostil, civil, febril, canil);
-ino(a) (relação, semelhança, origem, natureza = divino, latino, cristalino, londrino,
marroquino, matutino, peregrino);
-io(a) (relação = vazio, estio, sadio, sombrio, tardio, fugidio);
-ismo (doutrina, escola, teoria, sistema, modo de proceder ou pensar, ação =
socialismo, capitalismo, comunismo, romantismo, ostracismo, realismo, anarquismo,
terrorismo, exorcismo);
-ista (partidário ou sectário de doutrina, sistema, teoria, principio, agente,
ocuparão, origem = socialista, capitalista, comunista, simbolista, realista, anarquista,
dentista, artista, pianista, budista, paulista, sulista, nortista);
-ita (origem, pertinência = eremita, jesuíta, israelita, selenita);
-ite (inflamação = amigdalite, bronquite, gastrite, estomatite);
-mento(a) (instrumento, coleção, ação ou resultado da ação = ferramenta,
vestimenta, fardamento, ferimento, casamento, sentimento, armamento);
-onho(a) (propriedade hábito constante = risonho, medonho, tristonho, enfadonho);
-or (qualidade, propriedade = sabor, amargor, fervor);
-(d)or, -(t)or, -(s)or (agente, profissão, instrumento de ação = trabalhador, corredor,
escritor, inspetor, leitor, agressor, professor, confessor);
-oso(a) (abundância, plenitude = famoso, apetitoso, meticuloso, medrosa, saudosa,
venenosa);
-oz (formador de adjetivos = veloz, atroz, feroz);
-tério (instrumento, lugar onde se faz algo = saltério, cemitério, necrotério,
batistério);
-tico(a) (relação = rústico, aromático, aquático, fanático, lunático);
-tório(a) (lugar, resultado da ação = refeitório, laboratório, imigratório, vitória);
-tude, -dão (formador de substantivos abstratos = amplitude, juventude, similitude,
magnitude, solidão, gratidão, retidão);
-udo(a) (provido ou cheio de = peludo, barbudo, carnuda, narigudo, pontudo);
-ugem (semelhança, quantidade = ferrugem, penugem, rabugem);
-ulho (quantidade, coleção = pedregulho, marulho, barulho);
-ume (resultado de ação, coleção = azedume, queixume, negrume, cardume);
-ura (formador de substantivos abstratos = alvura, candura, formosura, ternura);
-urno(a) (duração = diurno, noturno, taciturna);
-vel (possibilidade ou posse = impagável, inestimável, indelével, cabível, perecível);Sufixos verbais >>
1.3.3.2 Sufixos verbais:
Na língua portuguesa há uma tendência em formar novos verbos: a maioria, quase
absoluta, dos novos verbos pertence à 1ª conjugação.
Considera-se sufixo verbal o conjunto formada pelo sufixo mais a terminação verbal
(vogal temática + desinência), como ocorre em -izar, do verbo computadorizar.
São sufixos verbais da 1ª conjugação:
-ear, -ejar (ação durativa [prolongada]; o processo se repete [iterativo] - indica
transformação, mudança de estado = cabecear, verdejar, gotear, gotejar);
-cotar (ação durativa - qualidade, modo de ser, mudança de estado (factitivo) =
amamentar, amolentar, ensangüentar);
-ficar, -fazer (ação durativa - modo de ser, mudança de estado (factitivo) =
liquidificar, liquefazer, mumificar, retificar);
-icar, -iscar (o processo se repete [iterativo] - diminutivo = bebericar, mordiscar,
chuviscar, adocicar);
-ilhar; -inhar (iterativo - diminutivo = dedilhar, cuspilhar, cuspinhar, patinhar);
-itar (iterativo - diminutivo = saltitar, dormitar);
-izar (ação que se prolonga [durativa] - factitivo = alfabetizar, fertilizar, catequizar,
computadorizar).
São sufixos verbais da 2ª conjugação:
-ecer, -escer (início de um processo e seu desenvolvimento - mudança de estado,
transformação = amanhecer, rejuvenescer, florescer, enaltecer, entardecer,
ensandecer).Sufixo adverbial >>
1.3.3.3 Sufixo adverbial:
O único sufixo adverbial, na língua portuguesa, é o sufixo -mente, formador de advérbio
de modo. O sufixo -mente é, sempre que possível, acrescentado a um adjetivo feminino
(lentamente, completamente, dignamente, fielmente, apressadamente, humanamente).1.3.4 Principais radicais gregos e latinos:
Radicais gregos:
acro (alto, elevado = acrobata, acrópole, acrofobia);
aer, aero (ar = aeronave, aeronauta);
agogo (o que conduz = pedagogo, demagogo);
agro (campo = agronomia, agrônomo);
alg, algia (dor, sofrimento = analgésico, nevralgia);
andro (homem, macho = andrógino, androfobia);
anemo (vento = anemógrafo, anemômetro);
antropo (ser humano = antropocentrismo, antropofagia);
arcai, arqueo (antigo, velho = arcaísmo, arqueologia);
aristo (ótimo, o melhor = aristocracia, aristocrata);
aritmo (número = aritmética, aritmologia);
arquia (governo = monarquia, anarquia);
asteno, astenia (fraqueza, debilidade = astenopia, neurastenia);
astro (corpo celeste = astronomia, astrodinâmica);
atmo (gás, vapor = atmosfera, atmômetro);
baro (pressão, peso = barômetro, barítono );
bata (o que anda = acrobata, nefelibata );
biblio (livro = biblioteca, bibliotecário);
bio (vida = biologia, biografia);
caco (feio, mau = cacofonia, cacoépia);
cali (belo = caligrafia, calidoscópio);
cardio (coração = cardíaco, cardiograma);
cefalo (cabeça = acefalia, cefaléia);
ciclo (círculo = ciclometria, bicicleta, triciclo);
cine, cinesi (movimento = cinética, cinesalgia);
cito (célula = citologia, citoplasma);
cosmo (mundo, universo = cosmovisão, macrocosmo);
cracia (poder, autoridade = gerontocracia, tecnocracia);
cromo (cor = cromogravura, cromógeno);
crono (tempo = cronômetro, cronograma);
datilo (dedo = datilografia, datiloscopia);
deca (dez = decâmetro, decalitro);
demo (povo = democracia, demográfico);
derma (pele = dermatologista, dermite);
di (dois = dissílabo, ditongo);
dinamo (força, potência = dinamite, dinamismo);
doxo (crença, opinião = ortodoxo, paradoxo);
dromo (corrida = autódromo, hipódromo);
eco (casa, domicílio, habitat = ecologia, ecônomo, ecossistema);
edro (base, face = poliedro, pentaedro);
ergo (trabalho = ergofobia, ergógrafo);
esperma, espermato (semente = espermatologia, espermatozóide);
etio, etimo (origem = etiologia, etimologia);
etno (raça, nação = etnia, etnocentrismo);
fago (que come ou aquele que come = antropófago, necrófago);
filo (amigo, amante = fílósofo, filantropo);
fisio (natureza física ou moral = fisiologia, fisionomia, fisioterapia);
fobo (aversão = claustrofobia, xenofobia);
fono (som, voz = fonógrafo, fonoteca);
fos, foto (luz = fosfeno, fotografia);
gamo (casamento = gamomania, monogamia);
gastro (estômago = gastronomia, gástrico);
gene (origem = gênese, genética);
geo (terra = geografia, geóide);
gine, gineco (mulher = andrógino, ginecocracia);
gono, gonio (ângulo = polígono, goniômetro);
grafia (escrita = ortografia, caligrafia);
helio (sol = heliocentrismo, heliografia);
hemo (sangue = hemorragia, hemograma);
hepato (fígado = hepatite, hepático);
hetero (outro, diferente = heterossexual, heterogêneo);
hidro (água = hidrografia, hidrófilo);
higro (umidade = higrômetro, higrófilo);
hipno (sono = hipnose, hipnotismo);
hipo (cavalo = hipódromo, hipopótamo);
homeo, homo (semelhante = homeopatia, homossexual);
icon, icono (imagem = iconoclasta, iconografia);
ictio (peixe = ictiofagia, ictiologia);
iso (igual = isóbaro, isósceles);
latria (culto = idolatria, alcoólatra);
lito (pedra = litografia, aerólito);
log, logia (estudo = ginecologia, astrologia);
macro (grande = macrocosmo, macrobiótica);
mancia (adivinhação = quiromancia, cartomancia);
mani, mania (loucura = manicômio, cleptomania);
mega, megalo (grande = megalomaníaco, megalocefalia);
meso (meio = Mesopotâmia, mesóclise);
metro (que mede, medição = barômetro, termômetro);
micro (pequeno = microcosmo, microfone);
miso (ódio, aversão = misantropia, misossofia);
mito (fábula = mitologia, mitomania);
mnemo (memória = amnésia, mnemônico);
mono (único, sozinho = monarquia, monobloco);
morfo (forma = zoomórfico, amorfo, morfologia);
necro (morte, cadáver = necrotério, necrofilia);
neo (novo, moderno = neologismo, neolatino);
neuro (nervo = neurite, neuralgia);
nomo (regra, lei = nomologia, agrônomo);
odonto (dente = odontologia, odontalgia);
oftalmo (olho = oftalmologista, oftalmia);
oligo (pouco = oligarquia, oligopólio);
onimo (nome = ortônimo, sinônimo);
onir, oniro (sonho = onírico, oniromancia);
ornito (ave = ornitologia, ornitofilia);
orto (reto, correto = ortônimo, ortografia);
oxi (agudo, ácido = oxítona, oxidação);
paleo (antigo = paleografia, paleontologia);
pato (doença, sofrimento = patologia, patogenia);
pedia (educação = ortopedia, pediatria);
pole, polis (cidade = metrópole, acrópole, Florianópolis);
poli (muito = poligamia, polígono, politeísmo);
potamo (rio = Mesopotâmia, hipopótamo);
pneumato (ar, gás, espírito = pneumatologia, pneumatólise);
pneum(o) (pulmão = pneumonia, pneumotórax);
proto (primeiro = protozoário, protótipo);
pseudo (falso = pseudônimo);
psico (alma, espírito = psicologia, psiquiatria);
quiro ( mão = quiromancia);
rino (nariz = rinite, rinoceronte);
rizo (raiz = rizotônico, rizófago);
scopio (o que faz ver = telescópio, microscopia);
sema, semio (sinal = semáforo, semiótica);
sidero (ferro, aço = siderurgia, siderografia);
sismo (terremoto = sísmico, sismógrafo);
sofo (sábio = filosofia, sofomaníaco);
soma, somo, somato (corpo, matéria = cromossomo, somatologia);
stico (linha, verso = dístico, hemistíquio);
tanato (morte = eutanásia, tanatofobia);
taqui (rápido = taquicardia, taquigrafia);
teca (coleção = fonoteca, filmoteca, discoteca);
tecno (arte, ofício = tecnologia, tecnocracia);
tele (ao longe, distância = telefone, telescópio, telégrafo);
teo (deus, divindade = teocentrismo, teocracia);
termo (calor, temperatura = termômetro, térmico, termostato);
topo (lugar, localidade = topografia, topônimo);
xeno (estranho = xenofobia, xenofilia);
xer, xero (seco, secura = xerófilo, xerografia);
xilo (madeira = xilogravura, xilófago);
zoo (animal = zoologia, zoomorfo).
Radicais latinos:
agri (campo = agricultura, agrícola);
ambi (ambos = ambivalência, ambidestro, ambíguo);
ambulo (caminhar, andar = sonâmbulo, noctâmbulo);
animi (alma = animicida, anímico);
arbori (árvore = arborícola, arboriforme, arboricultura);
beli (guerra = bélico, belicista, beligerante);
bi, bis (repetição, duas vezes = bisavô, bilíngüe, bissexual);
calori (calor = caloria, calorífero);
cida (que mata = vermicida, inseticida);
cola (que habita, que cultiva = vinícola, citrícola);
cole, colo (pescoço = colar, colarinho);
color (cor, coloração = colorífico, quadricolor);
cordi (coração = cordial);
corn(i) (chifre, antena = cornear, cornudo, cornucópia);
crimino (crime = criminoso, criminologia);
cruci (cruz = crucificado);
cultura (ato de cultivar = suinocultura, piscicultura);
cupr(i) (cobre = cúprico, cuprífero);
curvi (curvo = curvilíneo);
deci (décimo = decímetro, decigrama);
digit(i) (dedo = digitador, digitação);
dui (dois = duidade, duelo);
ego (eu = egocentrismo, egoísmo);
equi (igual = equivalência, eqüidistante);
estil(i) (estilo = estilista, estilismo);
estrato (coberta, camada = estratosfera, estrato);
evo (idade = longevidade, longevo, medievo);
fero (que contém = mamífero, carbonífero);
ferr(i), ferro (ferro = ferrovia, ferrífero, ferrugem);
fico (que faz, que produz = benéfico, maléfico, frigorífico);
fide (fé = fidelidade, fidedigno);
fili (filho = filiação, filial);
forme (forma = uniforme, disforme, cordiforme);
frater (irmão = fraterno, fratricida);
frig(i) (frio = frigidez, frigorífico);
fugo (que foge = centrífugo, vermífugo);
genito (relativo a geração = genitor);
gradu (grau, passo = centígrado, graduação);
herbi (erva = herbívoro, herbicida);
homin(i) (homem = hominal, homicídio);
igni (fogo = ignição, ígneo);
lati (largo, amplo = latifúndio, latofólio);
loquo (que fala = ventríloquo, altíloquo);
luc(i) (luz = lucidez, lúcido);
mini (muito pequeno = minissaia, mínimo);
multi (numeroso = multissecular, multiangular);
ocul(i) (olho = oculista, oculiforme);
odori (odor, cheiro = odorífero, desodorante);
oni (tudo, todo = onipresente, onisciente);
pani (pão = panificadora);
pari (igual = paridade, paritário);
ped(i), pede (pé = pedestre, pedicuro, bípede);
personal(i) (pessoal = personalidade, personificar);
petr(i) (pedra = petrificar, petróleo);
pisci (peixe = piscicultura, pisciano);
plani (plano = planisfério, planície);
pluri (muitos = pluralizar, pluricelular);
pluvio (chuva = pluviômetro, pluviosidade);
popul(o) (povo = populoso, populismo);
primi (primeiro = primogênito, primícias);
quadr(i), quadru (quatro = quadrangular, quadrúpede, quadricular);
radic(i) (raiz = radicar, radiciação);
reti (reto, direito = retificar, retilíneo);
reti (rede = reticulado, retiforme);
retro (movimento para trás = retroceder, retroagir);
sabat(i) (sábado = sabatina, sabatismo);
sacar(i) (açúcar = sacarífero, sacarose, sacarina);
sesqui (um e meio = sesquicentenário, sesquipedal);
sexi, sexo (sexo = sexologia, assexuado);
sideri (astro = sideral, sidério);
silvi (selva = silvícola, silvicultura);
sino (da China = sinologia, sino-brasileiro);
socio (sociedade = sociologia, sociolingüística);
sono (som, ruído = sônico, sonoplastia);
sudor(i) (suor = sudoríparo, sudoral);
telur(i) (terra, solo = telúrico, telurismo);
toni (tom, vigor = tônico, tonificar);
toxico (veneno = toxicomania, toxina);
triti (trigo = triticultura, triticultor);
veloci (veloz = velocípede, velocímetro);
vermi (verme = vermífugo, vermicida);
vin(i) (vinho = vinicultura, vinícola);
vitri (vidro = vitrina, vitrificar, vitral);
voto (que quer, que deseja = malévolo, benévolo);
voro (que devora = carnívoro, herbívoro).
retroceder, retroagir;
sabatina, sabalismo;
saçarífero, Sílcarose;
sacarina sesquicenlenário;
se-squipedal sexülogía, assexuado sideral;
sidério silvícola, silvicultura sinologia;
sino-brasileiro sociologia, soeíoíingílísüca sônico;
sonoplastía sudoríparo, sudoral telúrico.Classes de Palavras >>
2. CLASSES DE PALAVRAS:
As palavras são classificadas de acordo com as funções exercidas nas orações.
Na língua portuguesa podemos classificar as palavras em:
Substantivo
Adjetivo
Pronome
Verbo
Artigo
Numeral
Advérbio
Preposição
Interjeição
ConjunçãoSubstantivo >>
2.1 Substantivo:
É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações,
estados e seres em geral.
Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado
(jornalista), simples (alface) ou composto (guarda-chuva).
Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba),
concreto (mesa) ou abstrato (felicidade).
Os substantivos concretos designam seres de existência real ou que a imaginação
apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos abstratos designam qualidade,
sentimento, ação e estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga.
Os substantivos próprios são sempre concretos e devem ser grafados com iniciais
maiúsculas.
Certos substantivos próprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivação
imprópria (um judas = traidor / um panamá = chapéu).
Os substantivos abstratos têm existência independente e podem ser reais ou não,
materiais ou não. Quando esses substantivos abstratos são de qualidade tornam-se
concretos no plural (riqueza X riquezas).
Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o
sentido em que se empregam (a redação das leis requer clareza / na redação do aluno,
assinalei vários erros).
Já no tocante ao gênero (masculino X feminino) os substantivos podem ser:
biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o
feminino. (rato, rata ou conde X condessa).
uniformes: quando apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Nesse
caso, eles estão divididos em:
epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz,
badejo, besouro, codorniz;
comum de dois gêneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distinção
dos sexos por palavras determinantes - aborígine, camarada, herege, manequim,
mártir, médium, silvícola;
sobrecomuns - apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas de
ambos os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo;
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma
/ o corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X a guia / o lente X a
lente / o língua X a língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga
X a voga).
Os nomes terminados em -ão fazem feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa,
valentona).
Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria é invariável
(monge X monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante).
Quanto ao número (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em
função do final da palavra.
vogal ou ditongo (exceto -ÃO) : acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus);
ditongo -ÃO : -ÕES / -ÃES / -ÃOS, variando em cada palavra (pagãos, cidadãos,
cortesãos, escrivães, sacristães, capitães, capelães, tabeliães, deães, faisães,
guardiães).
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos,
gólfãos). Alguns gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e artesão (adorno
arquitetônico) - artesões.
-EM, -IM, -OM, -UM : acréscimo de -NS (jardim X jardins);
-R ou -Z : -ES (mar X mares, raiz X raízes);
-S : substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X países). Os não-oxítonos
terminados em -S são invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os lápis,
os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis;
-N : -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X hifens ou hífenes), cânon >
cânones;
-X : invariável, usando o artigo para o plural (tórax X os tórax);
-AL, EL, OL, UL : troca-se -L por -IS (animal X animais, barril X barris). Exceto mal
por males, cônsul por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou meles;
IL : se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil
X mísseis).Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / projetil por projéteis /
projetis;
sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A) : colocar a palavra primitiva no plural, retirar
o -S e acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, mulherezinhas).
Observação: palavras com esses sufixos não recebem acento gráfico.
metafonia : -o tônico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural,
também variando em função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X
bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô materno), avós (avó + avó ou avô +
avó).
Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porém grau não é uma flexão
nominal. São três graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados através
de dois processos:
analítico : associando os adjetivos (grande ou pequeno, ou similar) ao substantivo;
sintético : anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (meninão X
menininho).
Certos substantivos, apesar da forma, não expressam a noção aumentativa ou
diminutiva. (cartão, cartilha).
alguns sufixos aumentativo : -ázio, -orra, -ola, -az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão,
-zarrão;
alguns sufixos diminutivo : -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o
sufixo -zinho é obrigatório quando o substantivo terminar em vogal tônica ou ditongo:
cafezinho, paizinho);
O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade
(amigão); enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo
(livreco, casebre).
Algumas curiosidades sobre os substantivos:
Palavras masculinas:
ágape (refeição dos primitivos cristãos);
anátema (excomungação);
axioma (premissa verdadeira);
caudal (cachoeira);
carcinoma (tumor maligno);
champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (FeM classificam
como gênero vacilante);
diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno);
herpes, hosana (hino);
jângal (floresta da Índia);
lhama, praça (soldado raso);
praça (soldado raso);
proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como gênero vacilante);
suéter, tapa (FeM classificam como gênero vacilante);
teiró (parte de arma de fogo ou arado);
telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).
Palavras femininas:
abusão (engano);
alcíone (ave doa antigos);
aluvião, araquã (ave);
áspide (reptil peçonhento);
baitaca (ave);
cataplasma, cal, clâmide (manto grego);
cólera (doença);
derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);
filoxera (inseto e doença);
gênese, guriatã (ave);
hélice (FeM classificam como gênero vacilante);
jaçanã (ave);
juriti (tipo de aves);
libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);
sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);
usucapião (FeM classificam como gênero vacilante);
xerox (cópia).
Gênero vacilante:
acauã (falcão);
inambu (ave);
laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas
que há preferência de autores pelo masculino);
víspora.
Alguns femininos:
abade - abadessa;
abegão (feitor) - abegoa;
alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;
aldeão - aldeã;
anfitrião - anfitrioa, anfitriã;
beirão (natural da Beira) - beiroa;
besuntão (porcalhão) - besuntona;
bonachão - bonachona;
bretão - bretoa, bretã;
cantador - cantadeira;
cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;
castelão (dono do castelo) - castelã;
catalão - catalã;
cavaleiro - cavaleira, amazona;
charlatão - charlatã;
coimbrão - coimbrã;
cônsul - consulesa;
comarcão - comarcã;
cônego - canonisa;
czar - czarina;
deus - deusa, déia;
diácono (clérigo) - diaconisa;
doge (antigo magistrado) - dogesa;
druida - druidesa;
elefante - elefanta e aliá (Ceilão);
embaixador - embaixadora e embaixatriz;
ermitão - ermitoa, ermitã;
faisão - faisoa (Cegalla), faisã;
hortelão (trata da horta) - horteloa;
javali - javalina;
ladrão - ladra, ladroa, ladrona;
felá (camponês) - felaína;
flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;
frade - freira;
frei - sóror;
gigante - giganta;
grou - grua;
lebrão - lebre;
maestro - maestrina;
maganão (malicioso) - magana;
melro - mélroa;
mocetão - mocetona;
oficial - oficiala;
padre - madre;
papa - papisa;
pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;
parvo - párvoa;
peão - peã, peona;
perdigão - perdiz;
prior - prioresa, priora;
mu ou mulo - mula;
rajá - rani;
rapaz - rapariga;
rascão (desleixado) - rascoa;
sandeu - sandia;
sintrão - sintrã;
sultão - sultana;
tabaréu - tabaroa;
varão - matrona, mulher;
veado - veada;
vilão - viloa, vilã.
Substantivos em -ÃO e seus plurais:
alão - alões, alãos, alães;
aldeão - aldeãos, aldeões;
capelão - capelães;
castelão - castelãos, castelões;
cidadão - cidadãos;
cortesão - cortesãos;
ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;
escrivão - escrivães;
folião - foliões;
hortelão - hortelões, hortelãos;
pagão - pagãos;
sacristão - sacristães;
tabelião - tabeliães;
tecelão - tecelões;
verão - verãos, verões;
vilão - vilões, vilãos;
vulcão - vulcões, vulcãos.
Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural:
abrolho, caroço, corcovo, corvo, coro, despojo, destroço, escolho, esforço, estorvo,
forno, forro, fosso, imposto, jogo, miolo, poço, porto, posto, reforço, rogo, socorro, tijolo,
toco, torno, torto, troco.
Substantivos só usados no plural:
anais, antolhos, arredores, arras (bens, penhor), calendas (1º dia do mês romano), cãs
(cabelos brancos), cócegas, condolências, damas (jogo), endoenças (solenidades
religiosas), esponsais (contrato de casamento ou noivado), esposórios (presente de
núpcias), exéquias (cerimônias fúnebres), fastos (anais), férias, fezes, manes (almas),
matinas (breviário de orações matutinas), núpcias, óculos, olheiras, primícias (começos,
prelúdios), pêsames, vísceras, víveres etc., além dos nomes de naipes.
Coletivos:
alavão - ovelhas leiteiras;
armento - gado grande (búfalos, elefantes);
assembléia (parlamentares, membros de associações);
atilho - espigas;
baixela - utensílios de mesa;
banca - de examinadores, advogados;
bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios;
bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;
boana - peixes miúdos;
cabido - cônegos (conselheiros de bispo);
cáfila - camelos;
cainçalha - cães;
cambada - caranguejos, malvados, chaves;
cancioneiro - poesias, canções;
caterva - desordeiros, vadios;
choldra, joldra - assassinos, malfeitores;
chusma - populares, criados;
conselho - vereadores, diretores, juízes militares;
conciliábulo - feiticeiros, conspiradores;
concílio - bispos;
canzoada - cães;
conclave - cardeais;
congregação - professores, religiosos;
consistório - cardeais;
fato - cabras;
feixe - capim, lenha;
junta - bois, médicos, credores, examinadores;
girândola - foguetes, fogos de artifício;
grei - gado miúdo, políticos;
hemeroteca - jornais, revistas;
legião - anjos, soldados, demônios;
malta - desordeiros;
matula - desordeiros, vagabundos;
miríade - estrelas, insetos;
nuvem - gafanhotos, pó;
panapaná - borboletas migratórias;
penca - bananas, chaves;
récua - cavalgaduras (bestas de carga);
renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;
réstia - alho, cebola;
ror - grande quantidade de coisas;
súcia - pessoas desonestas, patifes;
talha -lenha;
tertúlia - amigos, intelectuais;
tropilha - cavalos;
vara - porcos.
Substantivos compostos:
Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira:
sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés);
caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que
compõem o substantivo para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo,
adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: verbo, preposição,
advérbio, prefixo;
em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai
para o plural (tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);
com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-
moleque);
são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-
prazeres);
só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos,
onde o segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade
deste (sambas-enredo, bananas-maçã)
nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos
opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-
abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-diz);
compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os
salta-pocinhas, os espirra-canivetes);
palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso
represente o verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).Adjetivo >>
2.2 Adjetivo:
É a palavra variável que restringe a significação do substantivo, indicando qualidades e
características deste. Mantém com o substantivo que determina relação de concordância
de gênero e número.
adjetivos pátrios: indicam a nacionalidade ou a origem geográfica, normalmente
são formados pelo acréscimo de um sufixo ao substantivo de que se originam (Alagoas
por alagoano). Podem ser simples ou compostos, referindo-se a duas ou mais
nacionalidades ou regiões; nestes últimos casos assumem sua forma reduzida e
erudita, com exceção do último elemento (franco-ítalo-brasileiro).
locuções adjetivas: expressões formadas por preposição e substantivo e com
significado equivalente a adjetivos (anel de prata = anel argênteo / andar de cima =
andar superior / estar com fome = estar faminto).
São adjetivos eruditos:
açúcar - sacarino;
águia - aquilino;
anel - anular;
astro - sideral;
bexiga - vesical;
bispo - episcopal;
cabeça - cefálico;
chumbo - plúmbeo;
chuva - pluvial;
cinza - cinéreo;
cobra - colubrino, ofídico;
dinheiro - pecuniário;
estômago - gástrico;
fábrica - fabril;
fígado - hepático;
fogo - ígneo;
guerra - bélico;
homem - viril;
inverno - hibernal;
lago - lacustre;
lebre - leporino;
lobo - lupino;
marfim - ebúrneo, ebóreo;
memória - mnemônico;
moeda - monetário, numismático;
neve - níveo;
pedra - pétreo;
prata - argênteo, argentino, argírico;
raposa - vulpino;
rio - fluvial, potâmico;
rocha - rupestre;
sonho - onírico;
sul - meridional, austral;
tarde - vespertino;
velho, velhice - senil;
vidro - vítreo, hialino.
Quanto à variação dos adjetivos, eles apresentam as seguintes características:
O gênero é uniforme ou biforme (inteligente X honesto[a]). Quanto ao gênero, não se
diz que um adjetivo é masculino ou feminino, e sim que tem terminação masculina ou
feminina.
No tocante a número, os adjetivos simples formam o plural segundo os mesmos
princípios dos substantivos simples, em função de sua terminação (agradável X
agradáveis). Já os substantivos utilizados como adjetivos ficam invariáveis (blusas cinza).
Os adjetivos terminados em -OSO, além do acréscimo do -S de plural, mudam o timbre
do primeiro -o, num processo de metafonia.
Quanto ao grau, os adjetivos apresentam duas formas: comparativo e superlativo.
O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas
ou mais qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade: tão alto quanto (como /
quão); de superioridade: mais alto (do) que (analítico) / maior (do) que (sintético) e de
inferioridade: menos alto (do) que.
O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso.
O superlativo pode ser classificado como absoluto, quando a qualidade não se refere à
de outros elementos. Pode ser analítico (acréscimo de advérbio de intensidade) ou
sintético (-íssimo, -érrimo, -ílimo). (muito alto X altíssimo)
O superlativo pode ser também relativo, qualidade relacionada, favorável ou
desfavoravelmente, à de outros elementos. Pode ser de superioridade analítico (o mais
alto de/dentre), de superioridade sintético (o maior de/dentre) ou de inferioridade (o menos
alto de/dentre).
São superlativos absolutos sintéticos eruditos da língua portuguesa:
acre - acérrimo;
alto - supremo, sumo;
amável - amabilíssimo;
amigo - amicíssimo;
baixo - ínfimo;
cruel - crudelíssimo;
doce - dulcíssimo;
dócil - docílimo;
fiel - fidelíssimo;
frio - frigidíssimo;
humilde - humílimo;
livre - libérrimo;
magro - macérrimo;
mísero - misérrimo;
negro - nigérrimo;
pobre - paupérrimo;
sábio - sapientíssimo;
sagrado - sacratíssimo;
são - saníssimo;
veloz - velocíssimo.
Os adjetivos compostos formam o plural da seguinte forma:
têm como regra geral, flexionar o último elemento em gênero e número (lentes
côncavo-convexas, problemas sócio-econômicos);
são invariáveis cores em que o segundo elemento é um substantivo (blusas azul-
turquesa, bolsas branco-gelo);
não variam as locuções adjetivas formadas pela expressão cor-de-... (vestidos cor-
de-rosa);
as cores: azul-celeste e azul-marinho são invariáveis;
em surdo-mudo flexionam-se os dois elementos.Pronome >>
.3 Pronome:
É palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha um
substantivo, indicando-o como pessoa do discurso.
A diferença entre pronome substantivo e pronome adjetivo pode ser atribuída a
qualquer tipo de pronome, podendo variar em função do contexto frasal. Assim, o pronome
substantivo é aquele que substitui um substantivo, representando-o. (Ele prestou socorro).
Já o pronome adjetivo é aquele que acompanha um substantivo, determinando-o. (Aquele
rapaz é belo). Os pronomes pessoais são sempre substantivos.
Quanto às pessoas do discurso, a língua portuguesa apresenta três pessoas:
1ª pessoa - aquele que fala, emissor;
2ª pessoa - aquele com quem se fala, receptor;
3ª pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.Pronome pessoal >>
2.3.1 Pronome pessoal:
Indicam uma das três pessoas do discurso, substituindo um substantivo. Podem
também representar, quando na 3ª pessoa, uma forma nominal anteriormente expressa (A
moça era a melhor secretária, ela mesma agendava os compromissos do chefe).
A seguir um quadro com todas as formas do pronome pessoal:
Pronomes pessoais
Número Pessoa Pronomes retosPronomes oblíquos
Átonos Tônicos
singularprimeirasegundaterceira
eutu
ele, ela
mete
o, a, lhe, se
mim, comigoti, contigo
ele, ela, si, consigo
pluralprimeirasegundaterceira
nósvós
eles, elas
nosvos
os, as, lhes, se
nós, conoscovós, convosco
eles, elas, si, consigo
Os pronomes pessoais apresentam variações de forma dependendo da função sintática
que exercem na frase. Os pronomes pessoais retos desempenham, normalmente, função
de sujeito; enquanto os oblíquos, geralmente, de complemento.
Os pronomes oblíquos tônicos devem vir regidos de preposição. Em comigo, contigo,
conosco e convosco, a preposição com já é parte integrante do pronome.
Os pronomes de tratamento estão enquadrados nos pronomes pessoais. São
empregados como referência à pessoa com quem se fala (2ª pessoa), entretanto, a
concordância é feita com a 3ª pessoa. Também são considerados pronomes de tratamento
as formas você, vocês (provenientes da redução de Vossa Mercê), Senhor, Senhora e
Senhorita.
Quanto ao emprego, as formas oblíquas o, a, os, as completam verbos que não vêm
regidos de preposição; enquanto lhe e lhes para verbos regidos das preposições a ou para
(não expressas).
Apesar de serem usadas pouco, as formas mo, to, no-lo, vo-lo, lho e flexões resultam
da fusão de dois objetos, representados por pronomes oblíquos (Ninguém mo disse =
ninguém o disse a mim).
Os pronomes átonos o, a, os e as viram lo(a/s), quando associados a verbos
terminados em r, s ou z e viram no(a/s), se a terminação verbal for em ditongo nasal.
Os pronomes o/a (s), me, te, se, nos, vos desempenham função se sujeitos de infinitivo
ou verbo no gerúndio, junto ao verbo fazer, deixar, mandar, ouvir e ver (Mandei-o entrar /
Eu o vi sair / Deixei-as chorando).
A forma você, atualmente, é usada no lugar da 2ª pessoa (tu/vós), tanto no singular
quanto no plural, levando o verbo para a 3ª pessoa.
Já as formas de tratamento serão precedidas de Vossa, quando nos dirigirmos
diretamente à pessoa e de Sua, quando fizermos referência a ela. Troca-se na abreviatura
o V. pelo S.
Quando precedidos de preposição, os pronomes retos (exceto eu e tu) passam a
funcionar como oblíquos. Eu e tu não podem vir precedidos de preposição, exceto se
funcionarem como sujeito de um verbo no infinitivo (Isto é para eu fazer ≠ para mim fazer).
Os pronomes acompanhados de só ou todos, ou seguido de numeral, assumem forma
reta e podem funcionar como objeto direto (Estava só ele no banco / Encontramos todos
eles).
Os pronomes me, te, se, nos, vos podem ter valor reflexivo, enquanto se, nos, vos -
podem ter valor reflexivo e recíproco.
As formas si e consigo têm valor exclusivamente reflexivo e usados para a 3ª pessoa.
Já conosco e convosco devem aparecer na sua forma analítica (com nós e com vós)
quando vierem com modificadores (todos, outros, mesmos, próprios, numeral ou oração
adjetiva).
Os pronomes pessoais retos podem desempenhar função de sujeito, predicativo do
sujeito ou vocativo, este último com tu e vós (Nós temos uma proposta / Eu sou eu e
pronto / Ó, tu, Senhor Jesus).
Quanto ao uso das preposições junto aos pronomes, deve-se saber que não se pode
contrair as preposições de e em com pronomes que sejam sujeitos (Em vez de ele
continuar, desistiu ≠ Vi as bolsas dele bem aqui).
Os pronomes átonos podem assumir valor possessivo (Levaram-me o dinheiro /
Pesavam-lhe os olhos), enquanto alguns átonos são partes integrantes de verbos como
suicidar-se, apiedar-se, condoer-se, ufanar-se, queixar-se, vangloriar-se.
Já os pronomes oblíquos podem ser usados como expressão expletiva (Não me venha
com essa).Pronome possessivo >>
2.3.2 Pronome possessivo:
Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo.
Concordam em gênero e número com a coisa possuída.
São pronomes possessivos da língua portuguesa as formas:
1ª pessoa: meu(s), minha(s) nosso(a/s);
2ª pessoa: teu(s), tua(s) vosso(a/s);
3ª pessoa: seu(s), sua(s) seu(s), sua(s).
Quanto ao emprego, normalmente, vem antes do nome a que se refere; podendo,
também, vir depois do substantivo que determina. Neste último caso, pode até alterar o
sentido da frase.
O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambigüidade, para desfazê-la, deve-se
preferir o uso do dele (a/s) (Ele disse que Maria estava trancada em sua casa - casa de
quem?); pode também indicar aproximação numérica (ele tem lá seus 40 anos).
Já nas expressões do tipo "Seu João", seu não tem valor de posse por ser uma
alteração fonética de Senhor.Pronome demonstrativo >>
2.3.3 Pronome demonstrativo:
Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou
no espaço. São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo. Isto, isso e aquilo são
invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos.
As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de
pronome demonstrativo.
Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira:
uso dêitico, indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá);
uso dêitico, indicando localização temporal - este (presente), esse (passado
próximo) e aquele (passado remoto ou bastante vago);
uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - este (novo enunciado) e
esse (retoma informação);
o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que
lhe pertence);
tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a) e
semelhante, quando anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a
"aquele", "idêntico" (O problema ainda não foi resolvido, tal demora atrapalhou as
negociações / Não brigue por semelhante causa);
mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos de artigo, quando significarem
"idêntico", "igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se referem (Separaram
crianças de mesmas séries);
como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são
usados para primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em apostos
distributivos (O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta
calma / ou: esta calma e aquele amedrontado);
pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com os pronomes
demonstrativos (Não acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de montanhas /
Fez alusão à pessoa de azul e à de branco);
podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto
frasal (Ele estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite);
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse
momento" (Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advérbio).Pronome relativo >>
2.3.4 Pronome relativo:
Retoma um termo expresso anteriormente (antecedente) e introduz uma oração
dependente, adjetiva.
Os pronome nomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira: mento,
armamentomes relativos são: que, quem e onde - invariáveis; além de o qual (a/s), cujo
(a/s) e quanto (a/s).
Os relativos são chamados relativos indefinidos quando são empregados sem
antecedente expresso (Quem espera sempre alcança / Fez quanto pôde).
Quanto ao emprego, observa-se que os relativos são usados quando:
o antecedente do relativo pode ser demonstrativo o (a/s) (O Brasil divide-se entre
os que lêem ou não);
como relativo, quanto refere-se ao antecedente tudo ou todo (Ouvia tudo quanto
me interessava)
quem será precedido de preposição se estiver relacionado a pessoas ou seres
personificados expressos;
quem = relativo indefinido quando é empregado sem antecedente claro, não vindo
precedido de preposição;
cujo (a/s) é empregado para dar a idéia de posse e não concorda com o
antecedente e sim com seu conseqüente. Ele tem sempre valor adjetivo e não pode
ser acompanhado de artigo.Pronome indefinido >>
2.3.5 Pronome indefinido:
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou
genérico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de
conjunto ou quantidade indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos,
merece atenção sua identificação.
São pronomes indefinidos de:
pessoas: quem, alguém, ninguém, outrem;
lugares: onde, algures, alhures, nenhures;
pessoas, lugares, coisas: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s),
vários (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s),
um (a/s), qualquer (s), cada.
Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar para:
algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum)
(Computador algum resolverá o problema);
cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3
balas cada uma);
alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se
referindo, passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos /
Comprei várias balas de sabores vários)
bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum
substantivo, unindo-se a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);
o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa";
o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio
(Ele não está nada contente hoje);
o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio
(Ele não está nada contente hoje);
existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer,
seja quem for, cada um etc.
todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou
para ver a banda ≠ Toda a cidade parou para ver a banda).Pronome interrogativo >>
2.3.6 Pronome interrogativo:
São os pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto usados na formulação de uma
pergunta direta ou indireta. Referem-se à 3ª pessoa do discurso. (Quantos livros você
tem? / Não sei quem lhe contou).
Alguns interrogativos podem ser adverbiais (Quando voltarão? / Onde encontrá-los? /
Como foi tudo?).Verbo >>
2.4 Verbo:
É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação,
estado ou fenômeno da natureza.
Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal temática, podem-se criar
três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com esses paradigmas,
obtém-se a seguinte classificação:
regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem. As
irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar
- estou/estão);
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anômalos que apresentam profundas
irregularidades. São classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e
ir.
defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir -
no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os defectivos
distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou ruídos de animais, só
conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade de confusão com outros
verbos;
abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais
freqüente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já o
irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei aceitado ≠ é/está
aceito);
auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes nos
tempos compostos e locuções verbais;
certos verbos possuem pronomes pessoais átonos que se tornam partes
integrantes deles. Nesses casos, o pronome não tem função sintática (suicidar-se,
apiedar-se, queixar-se etc.);
formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas arrizotônicas
(tonicidade fora do radical - nós cantaríamos).
Quanto à flexão verbal, temos:
número: singular ou plural;
pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;
tempo: referência ao momento em que se fala (pretérito, presente ou futuro). O
modo imperativo só tem um tempo, o presente;
voz: ativa, passiva e reflexiva;
modo: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou
desejo de realização de um fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem,
advertência ou pedido).
As três formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio e particípio) não possuem função
exclusivamente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particípio tem valor e forma de
adjetivo, enquanto o gerúndio equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstâncias
que exprime.
Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os seguintes valores:
presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que
se fala;
presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado
no momento ou época em que se fala;
pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e
concluída no passado;
pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no
passado, mas não foi concluída ou era uma ação costumeira no passado;
pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou
hipotético cuja ação foi iniciada mas não concluída no passado;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior
a outra ação já passada;
futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou
época vindoura;
futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num
momento futuro, mas ligado a um momento passado;
futuro do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num
momento ou época futura;
Quanto à formação dos tempos, os chamados tempos simples podem ser primitivos
(presente e pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal) e derivados:
São derivados do presente do indicativo:
pretérito imperfeito do indicativo: TEMA do presente + VA (1ª conj.) ou IA (2ª e
3ª conj.) + Desinência número pessoal (DNP);
presente do subjuntivo: RAD da 1ª pessoa singular do presente + E (1ª conj.) ou
A (2ª e 3ª conj.) + DNP;
Os verbos em -ear têm duplo "e" em vez de "ei" na 1ª pessoa do plural (passeio, mas
passeemos).
imperativo negativo (todo derivado do presente do subjuntivo) e imperativo
afirmativo (as 2ª pessoas vêm do presente do indicativo sem S, as demais também
vêm do presente do subjuntivo).
São derivados do pretérito perfeito do indicativo:
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: TEMA do perfeito + RA + DNP;
pretérito imperfeito do subjuntivo: TEMA do perfeito + SSE + DNP;
futuro do subjuntivo: TEMA do perfeito + R + DNP.
São derivados do infinitivo impessoal:
futuro do presente do indicativo: TEMA do infinitivo + RA + DNP;
futuro do pretérito: TEMA do infinitivo + RIA + DNP;
infinitivo pessoal: infinitivo impessoal + DNP (-ES - 2ª pessoa, -MOS, -DES, -EM)
gerúndio: TEMA do infinitivo + -NDO;
particípio regular: infinitivo impessoal sem vogal temática (VT) e R + ADO (1ª
conjugação) ou IDO (2ª e 3ª conjugação).
Quanto à formação, os tempos compostos da voz ativa constituem-se dos verbos
auxiliares TER ou HAVER + particípio do verbo que se quer conjugar, dito principal.
No modo Indicativo, os tempos compostos são formados da seguinte maneira:
pretérito perfeito: presente do indicativo do auxiliar + particípio do verbo principal
(VP) [Tenho falado];
pretérito mais-que-perfeito: pretérito imperfeito do indicativo do auxiliar +
particípio do VP (Tinha falado);
futuro do presente: futuro do presente do indicativo do auxiliar + particípio do VP
(Terei falado);
futuro do pretérito: futuro do pretérito indicativo do auxiliar + particípio do VP
(Teria falado).
No modo Subjuntivo a formação se dá da seguinte maneira:
pretérito perfeito: presente do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tenha
falado);
pretérito mais-que-perfeito: imperfeito do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP
(Tivesse falado);
futuro composto: futuro do subjuntivo do auxiliar + particípio do VP (Tiver falado).
Quanto às formas nominais, elas são formadas da seguinte maneira:
infinitivo composto: infinitivo pessoal ou impessoal do auxiliar + particípio do VP
(Ter falado / Teres falado);
gerúndio composto: gerúndio do auxiliar + particípio do VP (Tendo falado).
O modo subjuntivo apresenta três pretéritos, sendo o imperfeito na forma simples e o
perfeito e o mais-que-perfeito nas formas compostas. Não há presente composto nem
pretérito imperfeito composto
Quanto às vozes, os verbos apresentam a voz:
ativa: sujeito é agente da ação verbal;
passiva: sujeito é paciente da ação verbal;
A voz passiva pode ser analítica ou sintética:
analítica: - verbo auxiliar + particípio do verbo principal;
sintética: na 3ª pessoa do singular ou plural + SE (partícula apassivadora);
reflexiva: sujeito é agente e paciente da ação verbal. Também pode ser recíproca
ao mesmo tempo (acréscimo de SE = pronome reflexivo, variável em função da
pessoa do verbo);
Na transformação da voz ativa na passiva, a variação temporal é indicada pelo auxiliar
(ser na maioria das vezes), como notamos nos exemplos a seguir: Ele fez o trabalho - O
trabalho foi feito por ele (mantido o pretérito perfeito do indicativo) / O vento ia levando as
folhas - As folhas iam sendo levadas pelas folhas (mantido o gerúndio do verbo principal).
Alguns verbos da língua portuguesa apresentam problemas de conjugação. A seguir
temos uma lista, seguida de comentários sobre essas dificuldades de conjugação.
Abolir (defectivo) - não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo,
por isso não possui presente do subjuntivo e o imperativo negativo. (= banir, carpir,
colorir, delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir, exaurir, fremir, fulgir, haurir,
retorquir, urgir)
Acudir (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - acudo, acodes... e
pretérito perfeito do indicativo - com u (= bulir, consumir, cuspir, engolir, fugir) /
Adequar (defectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural no presente do indicativo
Aderir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - adiro, adere... (= advertir,
cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, sugerir)
Agir (acomodação gráfica g/j) - presente do indicativo - ajo, ages... (= afligir,
coagir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir, urgir)
Agredir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - agrido, agrides, agride,
agredimos, agredis, agridem (= prevenir, progredir, regredir, transgredir) / Aguar
(regular) - presente do indicativo - águo, águas..., - pretérito perfeito do indicativo -
agüei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desaguar, enxaguar, minguar)
Aprazer (irregular) - presente do indicativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito
perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste, aprouve, aprouvemos, aprouvestes,
aprouveram
Argüir (irregular com alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú),
argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem - pretérito perfeito - argüi, argüiste... (com
trema)
Atrair (irregular) - presente do indicativo - atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí,
atraíste... (= abstrair, cair, distrair, sair, subtrair)
Atribuir (irregular) - presente do indicativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos,
atribuís, atribuem - pretérito perfeito - atribuí, atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir,
destituir, excluir, instruir, possuir, usufruir)
Averiguar (alternância vocálica o/u) - presente do indicativo - averiguo (ú),
averiguas (ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais, averiguam (ú) - pretérito perfeito -
averigüei, averiguaste... - presente do subjuntivo - averigúe, averigúes, averigúe... (=
apaziguar)
Cear (irregular) - presente do indicativo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam -
pretérito perfeito indicativo - ceei, ceaste, ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos
terminados em -ear: falsear, passear... - alguns apresentam pronúncia aberta: estréio,
estréia...)
Coar (irregular) - presente do indicativo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam -
pretérito perfeito - coei, coaste, coou... (= abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar
(regular) - presente do indicativo - comercio, comercias... - pretérito perfeito -
comerciei... (= verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: mediar, ansiar, remediar,
incendiar, odiar)
Compelir (alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - compilo, compeles... -
pretérito perfeito indicativo - compeli, compeliste...
Compilar (regular) - presente do indicativo - compilo, compilas, compila... -
pretérito perfeito indicativo - compilei, compilaste...
Construir (irregular e abundante) - presente do indicativo - construo, constróis (ou
construis), constrói (ou construi), construímos, construís, constroem (ou construem) -
pretérito perfeito indicativo - construí, construíste...
Crer (irregular) - presente do indicativo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem -
pretérito perfeito indicativo - cri, creste, creu, cremos, crestes, creram - imperfeito
indicativo - cria, crias, cria, críamos, críeis, criam
Falir (defectivo) - presente do indicativo - falimos, falis - pretérito perfeito indicativo
- fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se, remir, renhir)
Frigir (acomodação gráfica g/j e alternância vocálica e/i) - presente do indicativo -
frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pretérito perfeito indicativo - frigi, frigiste...
Ir (irregular) - presente do indicativo - vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito
perfeito indicativo - fui, foste... - presente subjuntivo - vá, vás, vá, vamos, vades, vão
Jazer (irregular) - presente do indicativo - jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo
- jazi, jazeste, jazeu...
Mobiliar (irregular) - presente do indicativo - mobílio, mobílias, mobília,
mobiliamos, mobiliais, mobíliam - pretérito perfeito indicativo - mobiliei, mobiliaste... /
Obstar (regular) - presente do indicativo - obsto, obstas... - pretérito perfeito indicativo -
obstei, obstaste...
Pedir (irregular) - presente do indicativo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis,
pedem - pretérito perfeito indicativo - pedi, pediste... (= despedir, expedir, medir) / Polir
(alternância vocálica e/i) - presente do indicativo - pulo, pules, pule, polimos, polis,
pulem - pretérito perfeito indicativo - poli, poliste...
Precaver-se (defectivo e pronominal) - presente do indicativo - precavemo-nos,
precaveis-vos - pretérito perfeito indicativo - precavi-me, precaveste-te... / Prover
(irregular) - presente do indicativo - provejo, provês, provê, provemos, provedes,
provêem - pretérito perfeito indicativo - provi, proveste, proveu... / Reaver (defectivo) -
presente do indicativo - reavemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo - reouve,
reouveste, reouve... (verbo derivado do haver, mas só é conjugado nas formas verbais
com a letra v)
Remir (defectivo) - presente do indicativo - remimos, remis - pretérito perfeito
indicativo - remi, remiste...
Requerer (irregular) - presente do indicativo - requeiro, requeres... - pretérito
perfeito indicativo - requeri, requereste, requereu... (derivado do querer, diferindo dele
na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e no pretérito perfeito do indicativo
e derivados, sendo regular)
Rir (irregular) - presente do indicativo - rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretérito
perfeito indicativo - ri, riste... (= sorrir)
Saudar (alternância vocálica) - presente do indicativo - saúdo, saúdas... - pretérito
perfeito indicativo - saudei, saudaste...
Suar (regular) - presente do indicativo - suo, suas, sua... - pretérito perfeito
indicativo - suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habituar, individuar, recuar, situar)
Valer (irregular) - presente do indicativo - valho, vales, vale... - pretérito perfeito
indicativo - vali, valeste, valeu...
Também merecem atenção os seguintes verbos irregulares:
Pronominais: Apiedar-se, dignar-se, persignar-se, precaver-se
Caber
presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem;
presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam;
pretérito perfeito do indicativo: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes,
couberam;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: coubera, couberas, coubera,
coubéramos, coubéreis, couberam;
pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubesse,
coubéssemos, coubésseis, coubessem;
futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes,
couberem.
Dar
presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, dais, dão;
presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, dêem;
pretérito perfeito do indicativo: dei, deste, deu, demos, destes, deram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: dera, deras, dera, déramos, déreis,
deram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, déssemos, désseis,
dessem;
futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.
Dizer
presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem;
presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam;
pretérito perfeito do indicativo: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes,
disseram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: dissera, disseras, dissera, disséramos,
disséreis, disseram;
futuro do presente: direi, dirás, dirá, etc.;
futuro do pretérito: diria, dirias, diria, etc.;
pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos,
dissésseis, dissessem;
futuro do subjuntivo: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem;
Seguem esse modelo os derivados bendizer, condizer, contradizer, desdizer, maldizer,
predizer.
Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: dito, bendito, contradito,
etc.
Estar
presente do indicativo: estou, estás, está, estamos, estais, estão;
presente do subjuntivo: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam;
pretérito perfeito do indicativo: estive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes,
estiveram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: estivera, estiveras, estivera,
estivéramos, estivéreis, estiveram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: estivesse, estivesses, estivesse,
estivéssemos, estivésseis, estivessem;
futuro do subjuntivo: estiver, estiveres, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;
Fazer
presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem;
presente do subjuntivo: faça, faças, faça, façamos, façais, façam;
pretérito perfeito do indicativo: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fizera, fizeras, fizera, fizéramos,
fizéreis, fizeram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos,
fizésseis, fizessem;
futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.
Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e satisfazer.
Os particípios desse verbo e seus derivados são irregulares: feito, desfeito, liquefeito,
satisfeito, etc.
Haver
presente do indicativo: hei, hás, há, havemos, haveis, hão;
presente do subjuntivo: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam;
pretérito perfeito do indicativo: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes,
houveram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: houvera, houveras, houvera,
houvéramos, houvéreis, houveram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: houvesse, houvesses, houvesse,
houvéssemos, houvésseis, houvessem;
futuro do subjuntivo: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes,
houverem.
Ir
presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão;
presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades, vão;
pretérito imperfeito do indicativo: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam;
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis,
foram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis,
fossem;
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
Poder
presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem;
presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam;
pretérito perfeito do indicativo: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes,
puderam;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pudera, puderas, pudera, pudéramos,
pudéreis, puderam;
pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos,
pudésseis, pudessem;
futuro do subjuntivo: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.
Pôr
presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem;
presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
pretérito imperfeito do indicativo: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis,
punham;
pretérito perfeito do indicativo: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: pusera, puseras, pusera, puséramos,
puséreis, puseram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos,
pusésseis, pusessem;
futuro do subjuntivo: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Todos os derivados do verbo pôr seguem exatamente esse modelo: antepor, compor,
contrapor, decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, indispor, interpor, opor,
pospor, predispor, pressupor, propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor são
alguns deles.
Querer
presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem;
presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram;
pretérito perfeito do indicativo: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes,
quiseram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: quisera, quiseras, quisera,
quiséramos, quiséreis, quiseram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos,
quisésseis, quisessem;
futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem;
Saber
presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem;
presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam;
pretérito perfeito do indicativo: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes,
souberam;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: soubera, souberas, soubera,
soubéramos, soubéreis, souberam;
pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubesse,
soubéssemos, soubésseis, soubessem;
futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, souberdes,
souberem.
Ser
presente do indicativo: sou, és, é, somos, sois, são;
presente do subjuntivo: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam;
pretérito imperfeito do indicativo: era, eras, era, éramos, éreis, eram;
pretérito perfeito do indicativo: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis,
foram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis,
fossem;
futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.
As segundas pessoas do imperativo afirmativo são: sê (tu) e sede (vós).
Ter
presente do indicativo: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm;
presente do subjuntivo: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;
pretérito imperfeito do indicativo: tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;
pretérito perfeito do indicativo: tive, tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: tivera, tiveras, tivera, tivéramos,
tivéreis, tiveram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos,
tivésseis, tivessem;
futuro do subjuntivo: tiver, tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tiverem.
Seguem esse modelo os verbos ater, conter, deter, entreter, manter, reter.
Trazer
presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem;
presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam;
pretérito perfeito do indicativo: trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes,
trouxeram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: trouxera, trouxeras, trouxera,
trouxéramos, trouxéreis, trouxeram;
futuro do presente: trarei, trarás, trará, etc.;
futuro do pretérito: traria, trarias, traria, etc.;
pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxesse,
trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem;
futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes,
trouxerem.
Ver
presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem;
presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam;
pretérito perfeito do indicativo: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, víssemos, vísseis,
vissem;
futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
Seguem esse modelo os derivados antever, entrever, prever, rever. Prover segue o
modelo acima apenas no presente do indicativo e seus tempos derivados; nos demais
tempos, comporta-se como um verbo regular da segunda conjugação.
Vir
presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm;
presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham;
pretérito imperfeito do indicativo: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis,
vinham;
pretérito perfeito do indicativo: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram;
pretérito mais-que-perfeito do indicativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis,
vieram;
pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis,
viessem;
futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem;
particípio e gerúndio: vindo.
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
O emprego do infinitivo não obedece a regras bem definidas.
O impessoal é usado em sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma
pessoa, o pessoal refere-se às pessoas do discurso, dependendo do contexto.
Recomenda-se sempre o uso da forma pessoal se for necessário dar à frase maior clareza
e ênfase.
Usa-se o impessoal:
sem referência a nenhum sujeito: É proibido fumar na sala;
nas locuções verbais: Devemos avaliar a sua situação;
quando o infinitivo exerce função de complemento de adjetivos: É um problema
fácil de solucionar;
quando o infinitivo possui valor de imperativo - Ele respondeu: "Marchar!"
Usa-se o pessoal:
quando o sujeito do infinitivo é diferente do sujeito da oração principal: Eu não te
culpo por saíres daqui;
quando, por meio de flexão, se quer realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi
um erro responderes dessa maneira;
quando queremos determinar o sujeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): - Escutei
baterem à porta.Verbo - Exercícios >>
1. A forma correta do verbo submeter-se, na 1a. pessoa do plural do imperativo afirmativo
é:
a) submetamo-nos
b) submeta-se
c) submete-te
d) submetei-vos
2. __________ mesmo que és capaz de vencer; __________ e não __________ .
a) Mostra a ti - decide-te - desanime
b) Mostre a ti - decida-te - desanimes
c) Mostra a ti - decida-te - desanimes
d) Mostra a ti - decide-te - desanimes
3. Depois que o sol se __________, haverão de __________ as atividades.
a) pôr - suspender
b) por - suspenderem
c) puser - suspender
d) puser - suspenderem
4. Não se deixe dominar pela solidão. __________ a vida que há nas formas da natureza,
__________ atenção à transbordante linguagem das coisas e __________ o mundo pelo
qual transita distraído.
a) Descobre - presta - vê
b) Descubra - presta - vê
c) Descubra - preste - veja
d) Descubra - presta - veja
5. Se __________ a interferência do Ministro nos programas de televisão e se ele
__________, não ocorreriam certos abusos.
a) requerêssemos - interviesse
b) requiséssemos - interviesse
c) requerêssemos - intervisse
d) requizéssemos - interviesse
6. Se __________ o livro, não __________ com ele; __________ onde combinamos.
a) reouveres - fiques - põe-no
b) reouveres - fiques - põe-lo
c) reaveres - fica - ponha-o
d) reaveres fique - ponha-o
7. Se eles __________ suas razões e __________ suas teses, não os __________ .
a) expuserem - mantiverem - censura
b) expuserem - mantiverem - censures
c) exporem - manterem - censures
d) exporem - manterem - censura
8. Se o __________ por perto, __________; ele __________ o esforço construtivo de
qualquer pessoa.
a) veres - precavenha-se - obstrue
b) vires - precavém-te - obstrui
c) veres - acautela-te - obstrui
d) vires - acautela-te - obstrui
9. Se ele se __________ em sua exposição, __________ bem. Não te __________.
a) deter - ouça-lhe - precipites
b) deter - ouve-lhe - precipita
c) detiver - ouve-o precipita
d) detiver - ouve-o -precipites
10. Os habitantes da ilha acreditam que, quando Jesus __________ e __________ todos
em paz, haverá de abençoá-los.
a) vier - os ver
b) vir - os ver
c) vier - os vir
d) vier - lhes vir
11. Os pais ainda __________ certos princípios, mas os filhos já não __________ neles e
__________ de sua orientação.
a) mantém - crêem - divergem
b) mantêem - crêem - divergem
c) mantêm - crêem - divergem
d) mantém - crêem - divirgem
12. Se todas as pessoas __________ boas relações e __________ as amizades, viveriam
mais felizes.
a) mantivessem - refizessem
b) mantivessem - refazessem
c) mantiverem - refizerem
d) mantessem - refizessem
13. __________ graves problemas que o __________, durante vários anos, no porto, e
impediram que __________ , em tempo devido, sua promoção.
a) sobreviram - deteram - requeresse
b) sobreviram - detiveram - requisesse
c) sobrevieram - detiveram - requisesse
d) sobrevieram - detiveram - requeresse
14. Eu não __________ a desobediência, embora ela me _________, portanto, não
__________ comigo.
a) premio - favoreça - contes
b) premio - favorece - conta
c) premio - favoreça - conta
d) premeio - favoreça - contas
15. Se ao menos ele __________ a confusão que aquilo ia dar! Mas não pensou, não se
__________, e __________ na briga que não era sua.
a) prevesse - continha - interveio
b) previsse - conteve - interveio
c) prevesse - continha - interviu
d) previsse - conteve - interviu
16. A locução verbal que constitui voz passiva analítica é:
a) Vais fazer essa operação?
b) Você teria realizado tal cirurgia?
c) Realizou-se logo a intervenção.
d) A operação foi realizada logo.
17. O seguinte período apresenta uma forma verbal na voz passiva: "as pessoas
comprometidas com a corrupção deveriam ser punidas de forma mais rigorosa". Qual a
alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente?
a) deveria punir
b) puniria
c) puniriam
d) deveriam punir
18. A oração "o alarma tinha sido disparado pelo guarda" está na voz passiva. Assinale a
alternativa que apresenta a forma verbal ativa correspondente.
a) disparara
b) fora disparado
c) tinham disparado
d) tinha disparado
19. A oração "o engenheiro podia controlar todos os empregados da estação ferroviária"
está na voz ativa. Assinale a forma verbal passiva correspondente.
a) podiam ser controlados
b) seriam controlados
c) podia ser controlado
d) controlavam-se
20. Assinale a oração que não tem condições de ser transformada em passiva.
a) As novelas substituíram os folhetins do passado
b) O diretor reuniu para esta novela um elenco especial
c) Alguns episódios estão mexendo com as emoções do público
d) O autor extrai alguns detalhes do personagem de pessoas conhecidas
* Instruções para as questões subsequentes: Passe a frase dada, se for ativa, para a
voz passiva, e vice-versa. Assinale a alternativa que, feita a transformação, substitui
corretamente a forma verbal grifada, sem que haja mudança de tempo e modo
verbais.
21. Não se faz mais nada como antigamente.
a) é feito
b) têm feito
c) foi feito
d) fazem
22. Saí de lá com a certeza de que os livros me seriam enviados por ele, sem falta, na
data marcada.
a) iria enviar
b) foram enviados
c) enviará
d) enviaria
23. Em meio àquele tumulto, ele ia terminando o complicado trabalho.
a) foi terminando
b) foi sendo terminado
c) foi terminado
d) ia sendo terminado
24. Seria bom que o projeto fosse submetido à apreciação da equipe, para que se
retificassem possíveis falhas.
a) submeteram - retifiquem
b) submeter - retificar
c) submetessem - retificassem
d) se submetesse - retifiquem
25. Se fôssemos ouvidos, muitos aborrecimentos seriam evitados.
a) ouvíssemos - estaríamos
b) formos ouvidos - serão evitados
c) nos ouvissem - se evitariam
d) nos ouvissem - evitariam
1 A / 2 D / 3 C / 4 C / 5 A / 6 A / 7 B / 8 D / 9 D / 10 C / 11 C / 12 A / 13 D / 14 A / 15 B / 16
D / 17 D / 18 D / 19 A / 20 C / 21 D / 22 D / 23 D / 24 C / 25 DArtigo >>
2.5 Artigo
Precede o substantivo para determiná-lo, mantendo com ele relação de concordância.
Assim, qualquer expressão ou frase fica substantivada se for determinada por artigo (O
'conhece-te a ti mesmo' é conselho sábio). Em certos casos, serve para assinalar gênero e
número (o/a colega, o/os ônibus).
Os artigos podem ser classificado em:
definido - o, a, os, as - um ser claramente determinado entre outros da mesma
espécie;
indefinido - um, uma, uns, umas - um ser qualquer entre outros de mesma espécie;
Podem aparecer combinados com preposições (numa, do, à, entre outros).
Quanto ao emprego do artigo:
não é obrigatório seu uso diante da maioria dos substantivos, podendo ser
substituído por outra palavra determinante ou nem usado (o rapaz ≠ este rapaz / Lera
numa revista que mulher fica mais gripada que homem). Nesse sentido, convém omitir
o uso do artigo em provérbios e máximas para manter o sentido generalizante (Tempo
é dinheiro / Dedico esse poema a homem ou a mulher?);
não se deve usar artigo depois de cujo e suas flexões;
outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; caso contrário, dispensa-o
(Fiquem dois aqui; os outros podem ir ≠ Uns estavam atentos; outros conversavam);
não se usa artigo diante de expressões de tratamento iniciadas por possessivos,
além das formas abreviadas frei, dom, são, expressões de origem estrangeira (Lord,
Sir, Madame) e sóror ou sóror;
é obrigatório o uso do artigo definido entre o numeral ambos (ambos os dois) e o
substantivo a que se refere (ambos os cônjuges);
diante do possessivo (função de adjetivo) o uso é facultativo; mas se o pronome for
substantivo, torna-se obrigatório (os [seus] planos foram descobertos, mas os meus
ainda estão em segredo);
omite-se o artigo definido antes de nomes de parentesco precedidos de possessivo
(A moça deixou a casa a sua tia);
antes de nomes próprios personativos, não se deve utilizar artigo. O seu uso
denota familiaridade, por isso é geralmente usado antes de apelidos. Os antropônimos
são determinados pelo artigo se usados no plural (os Maias, Os Homeros);
geralmente dispensado depois de cheirar a, saber a (= ter gosto a) e similares
(cheirar a jasmim / isto sabe a vinho);
não se usa artigo diante das palavras casa (= lar, moradia), terra (= chão firme) e
palácio a menos que essas palavras sejam especificadas (venho de casa / venho da
casa paterna);
na expressão uma hora, significando a primeira hora, o emprego é facultativo (era
perto de / da uma hora). Se for indicar hora exata, à uma hora (como qualquer
expressão adverbial feminina);
diante de alguns nomes de cidade não se usa artigo, a não ser que venham
modificados por adjetivo, locução adjetiva ou oração adjetiva (Aracaju, Sergipe,
Curitiba, Roma, Atenas);
usa-se artigo definido antes dos nomes de estados brasileiros. Como não se usa
artigo nas denominações geográficas formadas por nomes ou adjetivos, excetuam-se
AL, GO, MT, MG, PE, SC, SP e SE;
expressões com palavras repetidas repelem artigo (gota a gota / face a face);
não se combina com preposição o artigo que faz parte de nomes de jornais,
revistas e obras literárias, bem como se o artigo introduzir sujeito (li em Os Lusíadas /
Está na hora de a onça beber água);
depois de todo, emprega-se o artigo para conferir idéia de totalidade (Toda a
sociedade poderá participar / toda a cidade ≠ toda cidade). "Todos" exige artigo a não
ser que seja substituído por outro determinante (todos os familiares / todos estes
familiares);
repete-se artigo: a) nas oposições entre pessoas e coisas (o rico e o pobre) / b) na
qualificação antonímica do mesmo substantivo (o bom e o mau ladrão) / c) na distinção
de gênero e número (o patrão e os operários / o genro e a nora);
não se repete artigo: a) quando há sinonímia indicada pela explicativa ou (a
botânica ou fitologia) / b) quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo (a clara,
persuasiva e discreta exposição dos fatos nos abalou).Numeral >>
2.6 Numeral:
Numeral é a palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração.
Classifica-se como cardinal (1, 2, 3), ordinal (primeiro, segundo, terceiro), multiplicativo
(dobro, duplo, triplo), fracionário (meio, metade, terço). Além desses, ainda há os numerais
coletivos (dúzia, par).
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se
estiverem acompanhando e modificando um substantivo, terão valor adjetivo. Já se
estiverem substituindo um substantivo e designando seres, terão valor substantivo. [Ele foi
o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo) / Ele será o primeiro desta vez. (valor
substantivo)].
Quanto ao emprego:
os ordinais como último, penúltimo, antepenúltimo, respectivos... não possuem
cardinais correspondentes.
os fracionários têm como forma própria meio, metade e terço, todas as outras
representações de divisão correspondem aos ordinais ou aos cardinais seguidos da
palavra avos (quarto, décimo, milésimo, quinze avos);
designando séculos, reis, papas e capítulos, utiliza-se na leitura ordinal até décimo;
a partir daí usam-se os cardinais. (Luís XIV - quatorze, Papa Paulo II - segundo);
Se o numeral vier antes do substantivo, será obrigatório o ordinal (XX Bienal - vigésima,
IV Semana de Cultura - quarta);
zero e ambos(as) também são numerais cardinais. 14 apresenta duas formas por
extenso catorze e quatorze;
a forma milhar é masculina, portanto não existe "algumas milhares de pessoas" e
sim alguns milhares de pessoas;
alguns numerais coletivos: grosa (doze dúzias), lustro (período de cinco anos),
sesquicentenário (150 anos);
um: numeral ou artigo? Nestes casos, a distinção é feita pelo contexto.
Numeral indicando quantidade e artigo quando se opõe ao substantivo indicando-o de
forma indefinida.
Quanto à flexão, varia em gênero e número:
variam em gênero:
Cardinais: um, dois e os duzentos a novecentos; todos os ordinais; os multiplicativos e
fracionários, quando expressam uma idéia adjetiva em relação ao substantivo.
variam em número:
Cardinais terminados em -ão; todos os ordinais; os multiplicativos, quando têm função
adjetiva; os fracionários, dependendo do cardinal que os antecede.
Os cardinais, quando substantivos, vão para o plural se terminarem por som vocálico
(Tirei dois dez e três quatros).Advérbio >>
2.7 Advérbio:
É a palavra que modifica o sentido do verbo (maioria), do adjetivo e do próprio advérbio
(intensidade para essas duas classes). Denota em si mesma uma circunstância que
determina sua classificação:
lugar: longe, junto, acima, ali, lá, atrás, alhures;
tempo: breve, cedo, já, agora, outrora, imediatamente, ainda;
modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, a maioria dos adv. com sufixo -mente;
negação: não, qual nada, tampouco, absolutamente;
dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente;
intensidade: muito, pouco, bastante, mais, meio, quão, demais, tão;
afirmação: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
As palavras onde (de lugar), como (de modo), porque (de causa), quanto (classificação
variável) e quando (de tempo), usadas em frases interrogativas diretas ou indiretas, são
classificadas como advérbios interrogativos (queria saber onde todos dormirão / quando se
realizou o concurso).
Onde, quando, como, se empregados com antecedente em orações adjetivas são
advérbios relativos (estava naquela rua onde passavam os ônibus / ele chegou na hora
quando ela ia falar / não sei o modo como ele foi tratado aqui).
As locuções adverbiais são geralmente constituídas de preposição + substantivo - à
direita, à frente, à vontade, de cor, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma,
de manhã, de repente, de vez em quando, em breve, em mão (em vez de "em mãos") etc.
São classificadas, também, em função da circunstância que expressam.
Quanto ao grau, apesar de pertencer à categoria das palavras invariáveis, o advérbio
pode apresentar variações de grau comparativo ou superlativo.
Comparativo:
igualdade - tão + advérbio + quanto
superioridade - mais + advérbio + (do) que
inferioridade - menos + advérbio + (do) que
Superlativo:
sintético - advérbio + sufixo (-íssimo)
analítico - muito + advérbio.
Bem e mal admitem grau comparativo de superioridade sintético: melhor e pior. As
formas mais bem e mais mal são usadas diante de particípios adjetivados. (Ele está mais
bem informado do que eu). Melhor e pior podem corresponder a mais bem / mal (adv.) ou
a mais bom / mau (adjetivo).
Quanto ao emprego:
três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures,
alhures e nenhures, substituídos por em algum, em outro e em nenhum lugar;
na linguagem coloquial, o advérbio recebe sufixo diminutivo. Nesses casos, o
advérbio assume valor superlativo absoluto sintético (cedinho / pertinho). A repetição
de um mesmo advérbio também assume valor superlativo (saiu cedo, cedo);
quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o
uso do sufixo só no último (Falou rápida e pausadamente);
muito e bastante podem aparecer como advérbio (invariável) ou pronome
indefinido (variável - determina substantivo);
otimamente e pessimamente são superlativos absolutos sintéticos de bem e mal,
respectivamente;
adjetivos adverbializados mantêm-se invariáveis (terminaram rápido o trabalho /
ele falou claro).
As palavras denotativas são séries de palavras que se assemelham ao advérbio. A
Norma Gramatical Brasileira considera-as apenas como palavras denotativas, não
pertencendo a nenhuma das 10 classes gramaticais. Classificam-se em função da idéia
que expressam:
adição: ainda, além disso etc. (Comeu tudo e ainda queria mais);
afastamento: embora (Foi embora daqui);
afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente (Ainda bem que passei de ano);
aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc. (É quase 1h a
pé);
designação: eis (Eis nosso carro novo);
exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão,
sequer, apenas etc. (Todos saíram, menos ela / Não me descontou sequer um real);
explicação: isto é, por exemplo, a saber etc. (Li vários livros, a saber, os
clássicos);
inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc. (Eu também vou / Falta
tudo, até água);
limitação: só, somente, unicamente, apenas etc. (Apenas um me respondeu / Só
ele veio à festa);
realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc. (E você lá sabe essa questão?);
retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc. (Somos três, ou melhor, quatro);
situação: então, mas, se, agora, afinal etc. (Afinal, quem perguntaria a ele?).Preposição >>
2.8 Preposição:
É a palavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de
subordinação entre o termo regente e o regido. São antepostos aos dependentes (objeto
indireto, complemento nominal, adjuntos e orações subordinadas). Divide-se em:
essenciais (maioria das vezes são preposições): a, ante, após, até, com, contra,
de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás;
acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição):
afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo,
senão, mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. (Vestimo-nos conforme a moda
e o tempo / Os heróis tiveram como prêmio aquela taça / Mediante meios escusos, ele
conseguiu a vaga / Vovó dormiu durante a viagem).
As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições
acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais. (Falei sobre ti/Todos, exceto eu,
vieram).
As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) +
preposição - abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de,
através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, a par de, devido a.
Observa-se que a última palavra da locução prepositiva é sempre uma preposição,
enquanto a última palavra de uma locução adverbial nunca é preposição.
Quanto ao emprego, as preposições podem ser usadas em:
combinação: preposição + outra palavra sem perda fonética (ao/aos);
contração: preposição + outra palavra com perda fonética (na/àquela);
não se deve contrair de se o termo seguinte for sujeito (Está na hora de ele falar);
a preposição após, pode funcionar como advérbio (= atrás) (Terminada a festa,
saíram logo após.);
trás, atualmente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas (por trás, para
trás por trás de).
Quanto à diferença entre pronome pessoal oblíquo, preposição e artigo, deve-se
observar que a preposição liga dois termos, sendo invariável, enquanto o pronome oblíquo
substitui um substantivo. Já o artigo antecede o substantivo, determinando-o.
As preposições podem estabelecer as seguintes relações: isoladamente, as
preposições são palavras vazias de sentido, se bem que algumas contenham uma vaga
noção de tempo e lugar. Nas frases, exprimem diversas relações:
autoria - música de Caetano
lugar - cair sobre o telhado, estar sob a mesa
tempo - nascer a 15 de outubro, viajar em uma hora, viajei durante as férias
modo ou conformidade - chegar aos gritos, votar em branco
causa - tremer de frio, preso por vadiagem
assunto - falar sobre política
fim ou finalidade - vir em socorro, vir para ficar
instrumento - escrever a lápis, ferir-se com a faca
companhia - sair com amigos / meio - voltar a cavalo, viajar de ônibus
matéria - anel de prata, pão com farinha
posse - carro de João
oposição - Flamengo contra Fluminense
conteúdo - copo de (com) vinho
preço - vender a (por) R$ 300, 00
origem - descender de família humilde
especialidade - formou-se em Medicina
destino ou direção - ir a Roma, olhe para frente.Interjeição >>
2.9 Interjeição:
São palavras que expressam estados emocionais do falante, variando de acordo com o
contexto emocional. Podem expressar:
alegria - ah!, oh!, oba!
advertência - cuidado!, atenção
afugentamento - fora!, rua!, passa!, xô!
alívio - ufa!, arre!
animação - coragem!, avante!, eia!
aplauso - bravo!, bis!, mais um!
chamamento - alô!, olá!, psit!
desejo - oxalá!, tomara! / dor - ai!, ui!
espanto - puxa!, oh!, chi!, ué!
impaciência - hum!, hem!
silêncio - silêncio!, psiu!, quieto!
São locuções interjetivas: puxa vida!, não diga!, que horror!, graças a Deus!, ora bolas!,
cruz credo!Conjunção >>
2.10 Conjunção:
É a palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
Coordenativas, aquelas que ligam duas orações independentes (coordenadas), ou dois
termos que exercem a mesma função sintática dentro da oração. Apresentam cinco tipos:
aditivas (adição): e, nem, mas também, como também, bem como, mas ainda;
adversativas (adversidade, oposição): mas, porém, todavia, contudo, antes (=
pelo contrário), não obstante, apesar disso;
alternativas (alternância, exclusão, escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer;
conclusivas (conclusão): logo, portanto, pois (depois do verbo), por conseguinte,
por isso;
explicativas (justificação): - pois (antes do verbo), porque, que, porquanto.
Subordinativas - ligam duas orações dependentes, subordinando uma à outra.
Apresentam dez tipos:
causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como, desde que;
Palavra que liga orações basicamente, estabelecendo entre elas alguma relação
(subordinação ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
comparativas: como, (tal) qual, assim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +)
que;
condicionais: se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= se não), a
menos que;
consecutivas (conseqüência, resultado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão
etc. - indicadores de intensidade), de modo que, de maneira que, de sorte que, de
maneira que, sem que;
conformativas (conformidade, adequação): conforme, segundo, consoante, como;
concessiva: embora, conquanto, posto que, por muito que, se bem que, ainda
que, mesmo que;
temporais: quando, enquanto, logo que, desde que, assim que, mal (= logo que),
até que;
finais - a fim de que, para que, que;
proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais (+
tanto menos);
integrantes - que, se.
As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas, enquanto
as demais iniciam orações subordinadas adverbiais. Muitas vezes a função de interligar
orações é desempenhada por locuções conjuntivas, advérbios ou pronomes.Classes de Palavras - Exercícios >>
1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados
pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.
2. Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"
a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.
3. Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser
classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.
4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
5. "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:
a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
e) Pretérito imperfeito do indicativo.
6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:
a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
7 . A flexão do número incorreta é:
a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.
8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.
9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).
10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:
a) adjetivo.
b) interjeição.
c) preposição.
d) conjunção.
e) advérbio.
11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:
a) saquitel.
b) grânulo.
c) radícula.
d) marmita.
e) óvulo.
12. Em "Tem bocas que murmuram preces...", a seqüência morfológica é:
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo.
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo.
13. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é:
a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas.
b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas.
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.
14. "...os cipós que se emaranhavam..." . A palavra sublinhada é:
a) conjunção explicativa.
b) conjunção integrante.
c) pronome relativo.
d) advérbio interrogativo.
e) preposição acidental.
15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo
afirmativo:
a) Faça o trabalho.
b) Acabe a lição.
c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.
e) Beba água filtrada.
16. Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me
abandonar.", as palavras grifadas podem ser classificadas como, respectivamente:
a) pronome adjetivo - conjunção aditiva.
b) pronome interrogativo - conjunção aditiva.
c) pronome substantivo - conjunção alternativa.
d) pronome adjetivo - conjunção adversativa.
e) pronome interrogativo - conjunção alternativa.
17. Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está correta:
a) Ele dirige perigosamente - (advérbio).
b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido).
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo).
d) A metade da classe já chegou - (numeral).
e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo).
18. Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere dos demais é:
a) viela.
b) vilarejo.
c) ratazana.
d) ruela.
e) sineta.
19. Está errada a flexão verbal em:
a) Eu intervim no caso.
b) Requeri a pensão alimentícia.
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você
d) Anseio por sua felicidade.
e) Não pudeste falar.
20. Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:
a) interjeição - advérbio - pronome possessivo.
b) numeral - substantivo - conjunção.
c) artigo - pronome demonstrativo - substantivo.
d) adjetivo - preposição - advérbio.
e) conjunção - interjeição - preposição.
21. Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto:
a) abolir.
b) colorir.
c) extorquir.
d) falir.
e) exprimir.
22. O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é:
a) mulas-sem-cabeça.
b) cavalos-vapor.
c) abaixos-assinados.
d) quebra-mares.
e) pães-de-ló.
23. A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente,
é:
a) vírus - revés.
b) fênix - ourives.
c) ananás - gás.
d) oásis - alferes.
e) faquir - álcool.
24. "Paula mirou-se no espelho das águas": Esta oração contém um verbo na voz:
a) ativa.
b) passiva analítica.
c) passiva pronominal.
d) reflexiva recíproca.
e) reflexiva.
25. O único substantivo que não é sobrecomum é:
a) verdugo.
b) manequim.
c) pianista.
d) criança.
e) indivíduo.
26. A alternativa que apresenta um verbo indevidamente flexionado no presente do
subjuntivo é:
a) vade.
b) valham.
c) meçais.
d) pulais.
e) caibamos.
27. A alternativa que apresenta uma flexão incorreta do verbo no imperativo é:
a) dize.
b) faz.
c) crede.
d) traze.
e) acudi.
28. A única forma que não corresponde a um particípio é:
a) roto.
b) nato.
c) incluso.
d) sepulto.
e) impoluto.
29. Na frase: "Apieda-te qualquer sandeu", a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um
substantivo:
a) comum, concreto e sobrecomum
b) concreto, simples e comum de dois gêneros.
c) simples, abstrato e feminino.
d) comum, simples e masculino
e) simples, abstrato e masculino.
30. A alternativa em que não há erro de flexão do verbo é:
a) Nós hemos de vencer.
b) Deixa que eu coloro este desenho.
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro.
d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido.
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo!
31. Em "Imaginou-o, assim caído..." a palavra destacada, morfologicamente e
sintaticamente, é:
a) artigo e adjunto adnominal.
b) artigo e objeto direto.
c) pronome oblíquo e objeto direto.
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.
e) pronome oblíquo e objeto indireto.
32. O item em que temos um adjetivo em grau superlativo absoluto é:
a) Está chovendo bastante.
b) Ele é um bom funcionário.
c) João Brandão é mais dedicado que o vigia.
d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição.
e) João Brandão foi tremendamente inocente.
33. A alternativa em que o verbo abolir está incorretamente flexionado é:
a) Tu abolirás.
b) Nós aboliremos.
c) Aboli vós.
d) Eu abolo.
e) Eles aboliram.
34. A alternativa em que o verbo "precaver" está corretamente flexionado é:
a) Eu precavejo.
b) Precavê tu.
c) Que ele precavenha.
d) Eles precavêm.
e) Ela precaveu.
35. A única alternativa em que as palavras são, respectivamente, substantivo abstrato,
adjetivo biforme e preposição acidental é:
a) beijo-alegre-durante
b) remédio-inteligente-perante
c) feiúra-lúdico-segundo
d) ar-parco-por
e) dor-veloz-consoante
1 A / 2 A / 3 D / 4 A / 5 E / 6 B / 7 E / 8 E / 9 D / 10 B / 11 D / 12 A / 13 B / 14 C / 15 D / 16
D / 17 C / 18 C / 19 C / 20 E / 21 E / 22 C / 23 A / 24 E / 25 C / 26 D / 27 B / 28 D / 29 D /
30 E / 31 C / 32 E / 33 D / 34 E / 35 CDiferenciação morfológica >>
3. Diferenciação morfológica:
Algumas palavras podem apresentar classes diferentes em função do contexto.
Seguem, abaixo, algumas palavras e suas características para diferenciação.
A (artigo definido, antes de um substantivo, concordando com ele, exemplo: A saudade
dói / pronome demonstrativo, antes do pronome relativo QUE ou da preposição DE, sendo
substituível por AQUELA, exemplo: Esta é a casa a que estimo. - Comprei uma boa roupa,
mas a de Maria é melhor. / Antes do pronome relativo QUE o A também pode ser
preposição, mas não será substituível por AQUELA. / pronome pessoal oblíquo, junto a um
verbo e corresponde a ela, exemplo: Amo-a / preposição essencial, pode ser trocado por
outra preposição como forma de teste e não equivale a o no masculino, exemplo:
Embarcação a remo - Estou a vender / substantivo comum, quando representa a letra do
alfabeto, exemplo: Este a é pequenininho. / numeral ordinal, quando corresponde a
primeiro em uma enumeração, exemplo: Capítulo a.);
Aí (advérbio de lugar, quando quer dizer nesse lugar, exemplo: Deixa o livro aí. /
advérbio de tempo, quando quer dizer nessa ocasião, exemplo: Chegou a noiva; aí lhe
atiraram flores. / palavra ou partícula de realce, exemplo: Aí pelas 11 horas vieram as
crianças.);
Algo (advérbio de intensidade, quando quer dizer um tanto, exemplo: Ela é algo
modesta. / pronome indefinido, quando quer dizer alguma coisa, exemplo: Ela sabia algo
dessa menina.);
Atrás (advérbio de lugar, exemplo: Nós caminhamos atrás. / palavra expletiva,
exemplo: Há anos atrás as coisas não eram assim.);
Bastante (adjetivo, exemplo: Isso era bastante. / pronome adjetivo indefinido, exemplo:
Comprei bastantes roupas. / advérbio de intensidade (invariável), exemplo: Eram bastante
ricos.);
Bem (advérbio de intensidade, quando corresponde a muito, exemplo: Joana é bem
inteligente. / advérbio de modo, exemplo: Esmeralda fala bem. / substantivo comum,
exemplo: Meu bem está longe. / interjeição, exemplo: Bem! Ainda assim estou certa.);
Certo (adjetivo quando determinando um substantivo e com significado de verdadeiro -
exemplo: É um homem certo. / pronome adjetivo indefinido antes de um substantivo,
concordando com ele - exemplo: Vi certo livro. / advérbio de afirmação quando quer dizer
certamente - exemplo: Certo, não queres brincar.);
Como (advérbio interrogativo de modo em perguntas diretas e indiretas - exemplo:
Como estás, menina?, Não sei como consegui este resultado. / advérbio de intensidade
quando se pode mudar para quanto ou quão - exemplo: Como brilham teus cabelos. /
conjunção subordinativa comparativa quando vindo no segundo termo de uma
comparação - exemplo: Era tão vermelho como sangue. / conjunção subordinativa
conformativa equivalente a conforme - exemplo: Era trabalhador, como disse o patrão /
conjunção subordinativa causal - exemplo: Como tivesse chovido muito, a terra estava
molhada. / advérbio interrogativo de quantidade quando no início de uma frase
interrogativa, precedido de preposição - exemplo: A como vende o chá? / substantivo
próprio quando significando divindade mitológica ou nome de lugar - exemplo: Como
presidia às festas noturnas. Como é a terra natal de meus ancestrais. / verbo comer -
exemplo: Como muito bem / preposição acidental quando quer dizer na qualidade de -
exemplo: Como deputado tenho direito de falar / palavra explicativa - exemplo: O
estabelecimento vende muitos objetos, como: portas, janelas, piso.
Diferente (adjetivo - exemplo: São de cores diferentes. / pronome adjetivo indefinido -
exemplo: Diferentes cores ele tem.
Certo, vários e diversos, modificando substantivo, têm as mesmas classificações,
conforme venham antes ou depois do substantivo a que se referem.
E (conjunção coordenativa aditiva - exemplo: Ele e ela chegaram. / conjunção
coordenativa adversativa quando equivale a mas - exemplo: Fala, e não faz. / numeral
ordinal quando corresponde a quinto em uma enumeração - exemplo: capítulo e.
Logo (advérbio de tempo equivalente a imediatamente ou daqui a pouco - exemplo:
Vou logo. / conjunção coordenativa conclusiva quando quer dizer portanto - exemplo: Ela
estuda muito, logo aprende.
Mais (pronome adjetivo indefinido antes de substantivo - exemplo: Vendi mais livros /
pronome substantivo indefinido quando quer dizer mais coisa - exemplo: É pouco, quero
mais. / palavra de adição que pode ser mudada para e - exemplo: João mais Maria
brincam juntos. / advérbio de intensidade quando modifica adjetivo, verbo ou outro
advérbio - exemplo: Ele estava mais alto. Parecia mais recordar do que aprender. /
advérbio de tempo - exemplo: Saudades que os anos não trazem mais. / substantivo
comum quando vem com artigo determinando-o - exemplo: Os mais não vieram.
Meio (advérbio de intensidade equivalente a um pouco - exemplo: Ela está meio triste
hoje. / numeral fracionário significando metade de uma divisão - exemplo: Comprei meio
cento de laranjas. / substantivo comum - exemplo: Estamos buscando outro meio de
resolver o problema.
Melhor (advérbio de modo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais
bem - exemplo: Este rapaz canta melhor. / adjetivo no grau comparativo de superioridade
querendo dizer mais bom - exemplo: O vinho é melhor que a uva. / substantivo comum -
exemplo: O melhor do negócio é o segredo.
Menos (pronome adjetivo indefinido acompanhando um substantivo - exemplo: Tenho
menos revistas. / pronome substantivo indefinido quando quer dizer menos coisa -
exemplo: Tenho menos do que ele. / advérbio de intensidade junto a um verbo ou a um
adjetivo, modificando-o - exemplo: Passeia menos e sê menos gastador. / preposição
acidental quando quer dizer exceto - exemplo: Todos brincam menos ela.
Mesmo (pronome adjetivo demonstrativo quando designa identidade, equivale a em
pessoa, próprio - exemplo: Estivemos na mesma casa. Era Cristo a mesma inocência. /
substantivo comum precedido de artigo definido, quer dizer a mesma coisa - exemplo:
Façam o mesmo que eu fiz. / palavra de inclusão quando vale até - exemplo: Mesmo o pai
caiu neste erro. / advérbio de afirmação equivalendo a realmente - exemplo: Canta mesmo
como um passarinho. / palavra de concessão correspondente a ainda que - exemplo:
Mesmo doente sairei.
Muito (pronome adjetivo indefinido que acompanha um substantivo concordando com
ele - exemplo: Muito trabalho me cansa. / pronome substantivo indefinido quando quer
dizer muita coisa - exemplo: Muito se faz nesta casa. / advérbio de intensidade quando
modifica verbo, adjetivo ou advérbio - exemplo: Ele é muito inteligente.
Na (contração da preposição em com o artigo a - exemplo: na rua da amargura. /
contração da preposição em com o pronome demonstrativo a - exemplo: Estou em minha
casa e você na que ele vendeu. / pronome pessoal oblíquo a depois de verbo terminado
em vogal ou ditongo nasal - exemplo: Viram-na todos.
O (artigo definido quando vem antes de substantivo, determinando-o - exemplo: O
homem e o cantar. / pronome demonstrativo antes do pronome relativo que, da preposição
de ou junto a um verbo, sendo substituível por aquele/aquilo/isso - exemplo: Ela era bonita
e sabia que o era. O que eu disse. / pronome pessoal oblíquo quando vem junto a um
verbo e corresponde a ele - exemplo: O patrão estima-o. / substantivo comum quando
representa a letra do alfabeto - exemplo: Este o está torto.
Pior (advérbio de modo no grau comparativo de superioridade querendo dizer mais mal
- exemplo: Este autor escreve pior do que eu. / adjetivo no grau comparativo de
superioridade querendo dizer mais mau - exemplo: Antônio é pior que Paulo.
Pois (conjunção subordinativa causal relacionada a uma oração principal - exemplo:
Não vi nada, pois estava dormindo. / conjunção coordenativa explicativa, quando
pensamento em seqüência justificativa, anteposta ao verbo da oração que participa -
exemplo: Cedo se arrependerá, pois é o que acontece aos desavisados. / conjunção
coordenativa conclusiva posposta ao verbo e equivalente a portanto - exemplo: mande os
livros, pois, pelo portador. / palavra de situação quando traduz um sentimento - exemplo:
Pois vá saindo daqui logo! / palavra de realce seguida de sim ou não - exemplo: Pois sim
que você vai sair.
Porque (conjunção subordinativa causal relacionando causa da oração principal -
exemplo: Não veio porque não quis. / conjunção coordenativa explicativa, quando a
segunda frase explica a razão de ser da primeira - exemplo: Isso não é razão, porque ,
afinal de contas, os negócios têm ido bem. / conjunção subordinativa final equivalente a
para que - exemplo: Não veio porque lhe acontecesse alguma desgraça. / advérbio
interrogativo de causa em perguntas diretas e indiretas - exemplo: Por que vieste tarde?,
Perguntei-te por que não falaste nada. No fim de frase ou de período interrogativo,
escreve-se por quê. Preposição por e pronome relativo que, quando substitui-se o
pronome relativo por o qual (a/s) - exemplo: Não conheço o caminho por que devo passar
(= caminho pelo qual...) / substantivo comum - exemplo: Ele deve me dizer o porquê de
tanta confusão.
Pouco (pronome adjetivo indefinido quando acompanha um substantivo - exemplo: Ele
teve pouco trabalho hoje. / pronome substantivo indefinido quando significa pouca coisa -
exemplo: Pouco não quero. / advérbio de intensidade - exemplo: Ele sempre fala pouco.
Ele é pouco inteligente.
Próprio (adjetivo significando peculiar, privativo, adequado, digno - exemplo: Essa
atitude não é própria de alguém de sua importância. / pronome adjetivo possessivo -
exemplo: Moro em casa própria. / pronome adjetivo demonstrativo equivalente a mesmo
(a/s) - exemplo: Ele cortou a si próprio com a faca. / substantivo comum - exemplo: O
senhor é o próprio?
Se (pronome pessoal oblíquo reflexivo referente ao sujeito do verbo, equivalente a si
mesmo, a si próprio - exemplo: O menino feriu-se. / Também pode ter valor de
reciprocidade, se puder ser substituído por a sim mesmos (as) a si próprios (as) - Eles
cortaram-se. / pronome apassivador quando a ação recai sobre o sujeito paciente na voz
passiva sintética - exemplo: Rasgou-se a carta (= A carta foi rasgada). / conjunção
subordinativa integrante responsável por introduzir orações substantivas que completam
sintaticamente a oração principal - exemplo: Não sei se choverá. / conjunção subordinativa
condicional equivalente a caso - exemplo: Se saíres agora, verás onde ele está. / palavra
de realce que pode ser retirada da frase sem prejuízo - exemplo: Foram-se embora os
convidados.);
Segundo (numeral ordinal, exemplo: Fevereiro é o segundo mês do ano. / substantivo
comum, indica fração de hora (tempo), exemplo: Gastou um segundo para resolver a
questão. / conjunção subordinativa conformativa, equivale a conforme, exemplo: Segundo
fui informado, ele não virá);
Todo (pronome adjetivo indefinido, quando se pode mudar para cada, qualquer,
exemplo: Todo homem deve trabalhar. / adjetivo, equivalente a inteiro, exemplo: O campo
todo queimou-se. / substantivo comum, exemplo: O todo é maior do que qualquer parte. /
advérbio de modo, quando quer dizer completamente, exemplo: Ele estava todo
zangado.).Frase, período e oração >>
SINTAXE1. Frase, período e oração:
Frase é todo enunciado suficiente por si mesmo para estabelecer comunicação.
Expressa juízo, indica ação, estado ou fenômeno, transmite um apelo, ordem ou
exterioriza emoções.
Normalmente a frase é composta por dois termos - o sujeito e o predicado - mas não
obrigatoriamente, pois, em Português há orações ou frases sem sujeito: Há muito tempo
que não chove.
Enquanto na língua falada a frase é caracterizada pela entoação, na língua escrita, a
entoação é reduzida a sinais de pontuação.
Quanto aos tipos de frases, além da classificação em verbais e nominais, feita a partir
de seus elementos constituintes, elas podem ser classificadas a partir de seu sentido
global:
frases interrogativas: o emissor da mensagem formula uma pergunta. / Que
queres fazer?
frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma ordem ou faz um pedido. /
Dê-me uma mãozinha! - Faça-o sair!
frases exclamativas: o emissor exterioriza um estado afetivo. / Que dia difícil!
frases declarativas: o emissor constata um fato. / Ele já chegou.
Quanto a estrutura da frase, as frases que possuem verbo são estruturadas por dois
elementos essenciais: sujeito e predicado.
O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É o "ser
de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar".
O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Ele se
refere ao tema, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito.
Quando o núcleo da declaração está no verbo, temos o predicado verbal. Mas, se o
núcleo estiver num nome, teremos um predicado nominal.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de opinião.
A existência é frágil.
A oração, às vezes, é sinônimo de frase ou período (simples) quando encerra um
pensamento completo e vem limitada por ponto-final, ponto-de-interrogação, ponto-de-
exclamação e por reticências.
Um vulto cresce na escuridão. Clarissa se encolhe. É Vasco.
Acima temos três orações correspondentes a três períodos simples ou a três frases.
Mas, nem sempre oração é frase: "convém que te apresses" apresenta duas orações
mas uma só frase, pois somente o conjunto das duas é que traduz um pensamento
completo.
Outra definição para oração é a frase ou membro de frase que se organiza ao redor de
um verbo. A oração possui sempre um verbo (ou locução verbal), que implica, na
existência de um predicado, ao qual pode ou não estar ligado um sujeito.
Assim, a oração é caracterizada pela presença de um verbo. Dessa forma:
Rua!
Que é uma frase, não é uma oração.
Já em:
"Quero a rosa mais linda que houver, para enfeitar a noite do meu bem."
Temos uma frase e três orações: As duas últimas orações não são frases, pois em si
mesmas não satisfazem um propósito comunicativo; são, portanto, membros de frase.
Quanto ao período, ele denomina a frase constituída por uma ou mais orações,
formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período simples é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de
oração absoluta.
Chove.
A existência é frágil.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres de opinião.
Quero uma linda rosa.
Período composto é aquele constituído por duas ou mais orações:
"Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver."
Cantei, dancei e depois dormi.Termos essenciais da oração >>
1.1 Termos essenciais da oração:
O sujeito e o predicado são considerados termos essenciais da oração, ou seja, sujeito
e predicado são termos indispensáveis para a formação das orações. No entanto, existem
orações formadas exclusivamente pelo predicado. O que define, pois, a oração, é a
presença do verbo.
O sujeito é o termo que estabelece concordância com o verbo.
a) "Minha primeira lágrima caiu dentro dos teus olhos.";
b) "Minhas primeiras lágrimas caíram dentro dos teus olhos".
Na primeira frase, o sujeito é minha primeira lágrima. Minha e primeira referem-se ao
conceito básico expresso em lágrima. Lágrima é, pois, a principal palavra do sujeito,
sendo, por isso, denominada núcleo do sujeito. O núcleo do sujeito se relaciona com o
verbo, estabelecendo a concordância.
A função do sujeito é basicamente desempenhada por substantivos, o que a torna uma
função substantiva da oração. Pronomes substantivos, numerais e quaisquer outras
palavras substantivadas (derivação imprópria) também podem exercer a função de sujeito.
a) Ele já partiu;
b) Os dois sumiram;
c) Um sim é suave e sugestivo.
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: o de determinação ou
indeterminação e o de núcleo do sujeito.
Um sujeito é determinado quando é facilmente identificável pela concordância verbal. O
sujeito determinado pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é possível identificar claramente a que
se refere a concordância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não interessa indicar
precisamente o sujeito de uma oração.
a) Estão gritando seu nome lá fora;
b) Trabalha-se demais neste lugar.
O sujeito simples é o sujeito determinado que possui um único núcleo. Esse vocábulo
pode estar no singular ou no plural; pode também ser um pronome indefinido.
a) Nós nos respeitamos mutuamente;
b) A existência é frágil;
c) Ninguém se move;
d) O amar faz bem.
O sujeito composto é o sujeito determinado que possui mais de um núcleo.
a) Alimentos e roupas andam caríssimos;
b) Ela e eu nos respeitamos mutuamente;
c) O amar e o odiar são tidos como duas faces da mesma moeda.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a referência ao sujeito oculto, isto é,
ao núcleo do sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela desinência verbal
ou pelo contexto.
Abolimos todas as regras.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer ou não se pode identificar
claramente a que o predicado da oração se refere. Existe uma referência imprecisa ao
sujeito, caso contrário teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa o sujeito pode ser indeterminado de duas maneiras:
a) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que o sujeito não tenha sido
identificado anteriormente:
a.1) Bateram à porta;
a.2) Andam espalhando boatos a respeito da queda do ministro.
b) com o verbo na terceira pessoa do singular, acrescido do pronome se. Esta é uma
construção típica dos verbos que não apresentam complemento direto:
b.1) Precisa-se de mentes criativas;
b.2) Vivia-se bem naqueles tempos;
b.3) Trata-se de casos delicados;
b.4) Sempre se está sujeito a erros.
O pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito.
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predicado, articulam-se a partir de m
verbo impessoal. A mensagem está centrada no processo verbal. Os principais casos de
orações sem sujeito com:
a) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
a.1) Amanheceu repentinamente;
a.2) Está chuviscando.
b) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam fenômenos meteorológicos ou se
relacionam ao tempo em geral:
b.1) Está tarde.
b.2) Ainda é cedo.
b.3) Já são três horas, preciso ir;
b.4) Faz frio nesta época do ano;
b.5) Há muitos anos aguardamos mudanças significativas;
b.6) Faz anos que esperamos melhores condições de vida;
b.7) Deve fazer meses que ele partiu.
c) o verbo haver, na indicação de existência ou acontecimento:
c.1) Havia bons motivos para nossa apreensão;
c.2) Deve haver muitos interessados no seu trabalho;
c.3) Houve alguns problemas durante o trabalho.
O predicado é o conjunto de enunciados que numa dada oração contém a informação
nova para o ouvinte.
Nas orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia um fato qualquer:
a) Chove muito nesta época do ano;
b) Houve problemas na reunião.
Nas orações que surge o sujeito, o predicado é aquilo que se declara a respeito desse
sujeito.
Com exceção do vocativo, que é um termo à parte, tudo o que difere do sujeito numa
oração é o seu predicado.
a) Os homens (sujeito) pedem amor às mulheres (predicado);
b) Passou-me (predicado) uma idéia estranha (sujeito) pelo pensamento (predicado).
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo está num nome ou
num verbo. Deve-se considerar também se as palavras que formam o predicado referem-
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração.
Os homens sensíveis (sujeito) pedem amor sincero às mulheres de opinião.
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que se refere ao sujeito: pedem. As
demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo.
A existência (sujeito) é frágil (predicado).
O nome frágil, por intermédio do verbo, refere-se ao sujeito da oração. O verbo atua
como elemento de ligação entre o sujeito e a palavra a ele relacionada.
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo significativo um verbo:
a) Chove muito nesta época do ano;
b) Senti seu toque suave;
c) O velho prédio foi demolido.
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem apenas para indicar o estado do
sujeito, mas indicam processos.
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo significativo um nome; esse nome
atribui uma qualidade ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujeito. O
predicativo é um nome que se liga a outro nome da oração por meio de um verbo.
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, isto é, não indica um processo. O
verbo une o sujeito ao predicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do
sujeito:
"Ele é senhor das suas mãos e das ferramentas."
Na frase acima o verbo ser poderia ser substituído por estar, andar, ficar, parecer,
permanecer ou continuar, atuando como elemento de ligação entre o sujeito e as palavras
a ele relacionadas.
A função de predicativo é exercida normalmente por um adjetivo ou substantivo.
O predicado verbo-nominal é aquele que apresenta dois núcleos significativos: um
verbo e um nome. No predicado verbo-nominal, o predicativo pode referir-se ao sujeito ou
ao complemento verbal.
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre significativo, indicando processos. É
também sempre por intermédio do verbo que o predicativo se relaciona com o termo a que
se refere.
a) O dia amanheceu ensolarado;
b) As mulheres julgam os homens inconstantes
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta duas funções: a de verbo
significativo e a de verbo de ligação. Esse predicado poderia ser desdobrado em dois, um
verbal e outro nominal:
a) O dia amanheceu;
b) O dia estava ensolarado.
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o complemento homens como o
predicativo inconstantes.Termos integrantes da oração >>
1.2 Termos integrantes da oração:
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o complemento nominal são
chamados termos integrantes da oração.
Os complementos verbais integram o sentido do verbos transitivos, com eles formando
unidades significativas. Esses verbos podem se relacionar com seus complementos
diretamente, sem a presença de preposição ou indiretamente, por intermédio de
preposição.
O objeto direto é o complemento que se liga diretamente ao verbo.
a) Os homens sensíveis pedem amor às mulheres de opinião;
b) Os homens sinceros pedem-no às mulheres de opinião;
c) Dou-lhes três.
d) Buscamos incessantemente o Belo;
e) Houve muita confusão na partida final.
O objeto direto preposicionado ocorre principalmente:
a) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns referentes a pessoas:
a.1) Amar a Deus;
a.2) Adorar a Xangô;
a.3) Estimar aos pais.
b) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes de tratamento:
b.1) Não excluo a ninguém;
b.2) Não quero cansar a Vossa Senhoria.
c) para evitar ambigüidade:
Ao povo prejudica a crise. (sem preposição, a situação seria outra)
d) com pronomes oblíquos tônicos (preposição obrigatória):
Nem ele entende a nós, nem nós a ele.
O objeto indireto é o complemento que se liga indiretamente ao verbo, ou seja, através
de uma preposição.
a) Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres;
b) Os homens pedem-lhes amor sincero;
c) Gosto de música popular brasileira.
O termo que integra o sentido de um nome chama-se complemento nominal. O
complemento nominal liga-se ao nome que completa por intermédio de preposição:
a) Desenvolvemos profundo respeito à arte;
b) A arte é necessária à vida;
c) Tenho-lhe profundo respeito.
Os nomes que se fazem acompanhar de complemento nominal pertencem a dois
grupos:
a) substantivos, adjetivos ou advérbios derivados de verbos transitivos,
b) adjetivos transitivos e seus derivados.1.3 Termos acessórios da oração e vocativo:
Os termos acessórios recebem esse nome por serem acidentais, explicativos,
circunstanciais.
São termos acessórios o adjunto adverbial, adjunto adnominal e o aposto.
O adjunto adverbial é o termo da oração que indica uma circunstância do processo
verbal, ou intensifica o sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função adverbial,
pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais exercer o papel de adjunto adverbial.
Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto adverbial são:
acréscimo: Além de tristeza, sentia profundo cansaço.
afirmação: Sim, realmente irei partir.
assunto: Falavam sobre futebol.
causa: Morrer ou matar de fome, de raiva e de sede... são tantas vezes gestos
naturais.
companhia: Sempre contigo bailando sob as estrelas.
concessão: Apesar de você, amanhã há de ser outro dia.
conformidade: Fez tudo conforme o combinado.
dúvida: Talvez nos deixem entrar.
fim: Estudou para o exame.
freqüência: Sempre aparecia por lá.
instrumento: Fez o corte com a faca.
intensidade: Corria bastante.
limite: Andava atabalhoado do quarto à sala.
lugar: Vou à cidade.
matéria: Compunha-se de substâncias estranhas.
meio: Viajarei de trem.
modo: Foram recrutados a dedo.
negação: Não há ninguém que mereça.
preço: As casas estão sendo vendidas a preços exorbitantes.
substituição ou troca: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos.
tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo.
O adjunto adnominal é o termo acessório que determina, especifica ou explica um
substantivo. É uma função adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também atuam como adjuntos
adnominais os artigos, os numerais e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu amigo de infância.
O adjunto adnominal se liga diretamente ao substantivo a que se refere, sem
participação do verbo.
Já o predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um verbo.
O poeta português deixou uma obra originalíssima.
O poeta deixou-a.
O poeta português deixou uma obra inacabada.
O poeta deixou-a inacabada.
Enquanto o complemento nominal relaciona-se a um substantivo, adjetivo ou advérbio;
o adjunto nominal relaciona-se apenas ao substantivo.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, explicar, desenvolver ou resumir a
idéia contida num termo que exerça qualquer função sintática.
Ontem, segunda-feira, passei o dia mal-humorado.
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é
sintaticamente equivalente ao termo que se relaciona porque poderia substituí-lo:
Segunda-feira passei o dia mal-humorado.
O aposto pode ser classificado, de acordo com seu valor na oração, em:
a) explicativo: A lingüística, ciência das línguas humanas, permite-nos interpretar
melhor nossa relação com o mundo.
b) enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, arte, ação.
c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho, tudo isso forma o carnaval.
d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na
baía anoitecida.
Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado
por sinais de pontuação (dois-pontos ou vírgula).
A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.
O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou
hipotético.
A função de vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes substantivos,
numerais e palavras substantivadas esse papel na linguagem.Período composto por coordenação >>
2. Período composto por coordenação:
O período composto por coordenação é formado por orações sintaticamente completas,
ou seja, equivalentes.
Os homens investigam o mundo, descobrem suas riquezas e constroem suas
sociedades competitivas.
O período acima é formada por três orações, no entanto essas orações são
independentes e poderiam constituir orações absolutas, caracterizando o período
composto por coordenação.
Quanto às orações coordenadas, elas estão divididas em assindéticas e sindéticas,
sendo estas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
As orações coordenadas assindéticas são aquelas ligadas sem o uso da conjunção:
Um pé-de-vento cobria de poeira a folhagem das imburanas, sinhá Vitória catava
piolhos no filho mais velho, Baleia descansava a cabeça na pedra de amolar.
Já as orações coordenadas sindéticas são aquelas ligadas por meio de conjunções:
Dormiu e sonhou.
As orações coordenadas sindéticas aditivas são ligadas por meio de conjunções
aditivas. Ocorrem quando os fatos estão em seqüência simples, sem que acrescente outra
idéia. As aditivas típicas são e e nem.
Discutimos as várias propostas e analisamos possíveis soluções.
Não discutimos as várias propostas, nem (e não) analisamos quaisquer soluções.
As orações sindéticas aditivas podem também ser ligadas pelas locuções não
só, mas(também), tanto ... como.
Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de
reestruturação social do país.
As coordenadas sindéticas adversativas são introduzidas pelas conjunções
adversativas. A segunda oração exprime contraste, oposição ou compensação em relação
à anterior. As adversativas típicas são mas, porém, contudo, todavia, entanto,
entretanto, e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante.
Este mundo é redondo mas está ficando muito chato.
O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda penúria.
Já as coordenadas sindéticas alternativas são introduzidas por conjunções alternativas,
indicando pensamentos ou fatos que se alternam ou excluem. A conjunção alternativa
típica é ou. Há também os pares ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja.
Diga agora ou cale-se para sempre.
Ora atua com dedicação e seriedade, ora age de forma desleixada e relapsa.
As coordenadas sindéticas conclusivas são introduzidas por conjunções conclusivas.
Nesse caso, a segunda oração exprime conclusão ou conseqüência lógica da primeira. As
conjunções e locuções típicas são logo, portanto, então, assim, por isso, por
conseguinte, de modo que, em vista disso, pois (apenas quando não anteposta ao
verbo).
Aquela substância é altamente tóxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.
A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.
As coordenadas sintéticas explicativas são introduzidas por conjunções explicativas e
exprimem o motivo, a justificativa de se ter feito a declaração anterior. As conjunções
explicativas são que, porque e pois (anteposta ao verbo).
"Vem, que eu te quero fraco."
Ele se mudou, pois seu apartamento está vazio.Período composto por subordinação >>
3. Período composto por subordinação:
O período composto por subordinação é aquele composto por uma oração principal
(aquela que tem pelo menos um dos termos representado por uma oração subordinada) e
por orações subordinadas (aquelas que exercem função sintática em outra oração).
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais.
Quanto às formas, elas podem ser desenvolvidas (apresentam verbos numa das
formas finitas [tempos do indicativo, subjuntivo, imperativo], apresentam normalmente
conjunção e pronome relativo) e reduzidas (apresentam verbos numa das formas nominais
[infinitivo, gerúndio, particípio] e não apresentam conjunções nem pronomes relativos,
podem apresentar preposição):
Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto.
Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto.
As orações subordinadas substantivas exercem funções substantivas no interior da
oração principal de que fazem parte. Elas podem ser desenvolvidas ou reduzidas e são
classificadas de acordo com suas seis funções: sujeito, objeto direto, objeto indireto,
complemento nominal, predicativo do sujeito e aposto.
As subordinadas substantivas subjetivas são aquelas orações que exercem a função
de sujeito do verbo da oração principal:
É preciso que haja alguma coisa de flor em tudo isso.
É preciso haver alguma coisa de flor em tudo isso.
O verbo da oração principal sempre se apresenta na terceira pessoa do singular. E os
verbos e expressões que apresentam essa oração como sujeito podem ser divididos em
três grupos:
verbos de ligação mais predicativo (é bom, é claro, parece certo);
verbos na voz passiva sintética ou analítica (sabe-se, conta-se, foi anunciado);
verbos do tipo convir, cumprir, importar, ocorrer, acontecer, suceder, parecer,
constar, quando na terceira pessoa do singular.
As subordinadas substantivas objetivas diretas exercem a função de objeto direto do
verbo da oração principal:
Juro que direi a verdade.
Juro dizer a verdade.
Algumas objetivas diretas são introduzidas pela conjunção subordinativa
integrante se e por pronomes interrogativos (onde, por que, como, quando, quando).
Essas orações ocorrem em formas interrogativas diretas:
Desconheço se ele chegou.
Desconheço quando ele chegou.
Os verbos auxiliares causativos (deixar, mandar e fazer) e os auxiliares sensitivos (ver,
sentir, ouvir e perceber) formam orações principais que apresentam objeto direto na forma
de orações subordinadas substantivas reduzidas de infinitivo:
Deixe-me partilhar seus segredos.
As subordinadas substantivas objetivas indiretas exercem o papel de objeto indireto do
verbo da oração principal:
Aspiramos a que a situação nacional melhore.
Lembre-me de ajudá-lo em seus afazeres.
As subordinadas substantivas completivas nominais exercem papel de complemento
nominal de um termo da oração principal:
Tenho a sensação de que estamos alcançando uma situação mais alentadora.
Já as subordinadas substantivas predicativas exercem o papel de predicativo do sujeito
da oração principal:
Nossa constatação é que vida e morte são duas faces de uma mesma realidade.
As subordinadas substantivas apositivas exercem função de aposto de um termo da
oração principal:
Só desejo uma coisa: que nossa situação melhore.
As orações subordinadas adjetivas exercem a função sintática dos pronome relativo.
Exerce a função sintática de adjunto adnominal de um termo da oração principal, sendo
introduzida por pronome relativo (que, qual/s, como, quanto/a/s, cujo/a/s, onde). Estes
pronomes relativos podem ser precedidos de preposição.
As subordinadas adjetivas dividem-se em restritivas e explicativas.
As restritivas restringem o sentido da oração principal, sendo indispensáveis.
Apresentam sentido particularizante do antecedente.
O professor castigava os alunos que se comportavam mal.
As explicativas tem a função de explicar o sentido da oração principal, sendo
dispensável. Apresentam sentido universalizante do antecedente.
Grande Sertão: Veredas, que foi publicado em 1956, causou muito impacto.
Geralmente, as orações explicativas vêm separadas da oração principal por vírgulas ou
travessões.
Os pronomes relativos que introduzem as orações subordinadas adjetivas
desempenham funções sintáticas. Para esse tipo de análise, deve-se substituir o pronome
relativo por seu antecedente e proceder a análise como se fosse um período simples.
O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros - sujeito
Os trabalhos que faço me dão prazer - objeto direto
Os filmes a que nos referimos são italianos - objeto indireto
O homem rico que ele era hoje passa por dificuldades - predicativo do sujeito
O filme a que fizeram referência foi premiado - complemento nominal
O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso - adjunto adnominal
O bandido por quem fomos atacados fugiu - agente da passiva
A escola onde estudamos foi demolida - adjunto adverbial
Cujo sempre funciona como adjunto adnominal; onde como adjunto adverbial de lugar e
como será adjunto adverbial de modo.
As oração subordinadas adverbial corresponde sintaticamente a um adjunto adverbial,
sendo introduzida por conjunções subordinativas adverbiais. A ordem direta do período é
oração principal + oração subordinada adverbial, entretanto muitas vezes a oração
adverbial vem antes da oração principal.
As orações subordinadas adverbiais podem ser do tipo:
Causal, fator determinante do acontecimento relatado na oração principal. (Saí
apressado, porque estava atrasado)
As principais conjunções são: porque, porquanto, desde que, já que, visto que, uma
vez que, como, que...
A oração causal introduzida por como fica obrigatoriamente antes da principal.
Consecutiva, resultado ou efeito da ação manifesta na oração principal. (Saímos
tão distraídos, que esquecemos os ingressos)
As principais conjunções são: que (precedido de tão, tal, tanto, tamanho), de maneira
que, de forma que...
Comparativa, comparação com o que aparece expresso na oração principal,
buscando entre elas semelhanças ou diferenças. Pode aparecer com o verbo elíptico.
(Naquele lugar chovia, como chove em Belém)
As principais conjunções são: assim como, tal qual, que, do que, como, quanto...
Condicional, circunstância da qual depende a realização do fato expresso na
oração principal. (Sairei, se você der autorização)
As principais conjunções são: se (= caso), caso, contanto que, dado que, desde que,
uma vez que, a menos que, sem que, salvo se, exceto se...
Conformativa, idéia de adequação, de não contradição com o fato relatado na
oração principal. (Saímos na hora, conforme havíamos combinado)
As principais conjunções são: conforme, como, segundo, consoante...
Concessiva, admissão de uma circunstância ou idéia contrária, a qual não impede
a realização do fato manifesto na oração principal. (Saímos cedo, embora o espetáculo
fosse mais tarde)
As principais conjunções: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, apesar de
que, conquanto, sem que...
As conjunções concessivas sempre aparecem com verbo no subjuntivo.
Temporal, circunstância de tempo em que ocorreu o fato relatado na oração
principal. (Saímos de casa, assim que amanheceu)
As principais conjunções são: quando, assim que, logo que, tão logo, enquanto,
mal, sempre que...
Final, objetivo ou destinação do fato relatado na oração principal. (Fomos embora,
para que não houvesse confusão)
As principais conjunções são: para que, para, a fim de que, com a finalidade de...
Proporcional, relação existente entre dois elementos, de modo que qualquer
alteração em um deles implique alteração também no outro. (Os alunos saíram, à
medida que terminavam a prova)
As principais conjunções são: à medida que, à proporção que, enquanto, ao passo
que, quanto...
Uma oração pode ser subordinada a uma principal e, ao mesmo tempo, principal em
relação a outra (ele age / como você / para estar em evidência)
A Norma Gramatical Brasileira não faz referência às orações adverbiais modais e
locativas (introduzida por onde) - Falou sem que ninguém notasse / Estaciona-se sempre
onde é proibido.
As subordinadas reduzidas apresentam duas características básicas:
não é introduzida por conectivos, mas equivale a uma oração desenvolvida;
apresenta verbo numa das três formas nominais.
Não é a falta de conectivo que determina a existência de uma oração reduzida, e sim a
forma nominal do verbo.
Classificam-se em reduzida de particípio, gerúndio ou infinitivo, em função da forma
verbal que apresentam.
As reduzidas de infinitivo podem vir ou não precedidas de preposição e, geralmente,
são substantivas ou adverbiais, raramente adjetivas. As orações adverbiais, em geral, vêm
precedidas de preposição. Entretanto, as proporcionais e as comparativas são sempre
desenvolvidas.
Algumas orações reduzidas de infinitivo merecem atenção: vem depois dos verbos
deixar, mandar, fazer, ver, ouvir, olhar, sentir e outros verbos causativos e sensitivos.
Deixei-os fugir (= que eles fugissem) - orações subordinada substantiva objetiva direta.
Este é o único caso em que o pronome oblíquo exerce função sintática de sujeito (caso de
sujeito de infinitivo).
As reduzidas de gerúndio, geralmente adverbial, raramente adjetiva e coordenada
aditiva. A maioria das adverbiais são temporais. Não há consecutiva, comparativa e final
reduzida de gerúndio.
Segundo Rocha Lima, as orações subordinadas adverbiais modais só aparecem sob a
forma reduzida de gerúndio, uma vez que não existem conj. modais. (A disciplina não se
aprende na fantasia, sonhando, ou estudando)
A reduzida de particípio, geralmente adjetiva ou adverbial, também sendo mais comuns
as temporais. Eventualmente, uma oração coordenada pode vir como reduzida de
gerúndio.
As adjetivas reduzidas de particípio são ponto de discussão entre os gramáticos. A
tendência atual é considerar estes particípios simples adjetivos (adjuntos adnominais).Concordância nominal >>
4. Concordância nominal:
Na concordância nominal, os determinantes do substantivo (adjetivos, numerais,
pronomes adjetivos e artigos) alteram sua terminação (gênero e número) para se
adequarem a ele, ou a pronome substantivo ou numeral substantivo, a que se referem na
frase.
O problema da concordância nominal ocorre quando o adjetivo se relaciona a mais de
um substantivo, e surgem palavras ou expressões que deixam em dúvida.
Observe estas frases:
Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna.
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos. (aqui fica mais claro que o adjetivo
refere-se aos dois substantivos)
regra geral - a partir desses exemplos, pode-se formular o princípio de que o
adjetivo anteposto concorda com o substantivo mais próximo. Mas, se o adjetivo
estiver depois do substantivo, além da possibilidade de concordar com o mais próximo,
ele pode concordar com os dois termos, ficando no plural, indo para o masculino se um
dos substantivos for masculino.
Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve estar sempre no plural
(As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos).
Quando o adjetivo tiver função de predicativo, concorda com todos os núcleos a que se
relaciona. (São calamitosos a pobreza e o desamparo / Julguei insensatas sua atitude e
suas palavras).
Quando um substantivo determinado por artigo é modificado por dois ou mais adjetivos,
podem ser usadas as seguintes construções:
a) Estudo a cultura brasileira e a portuguesa;
b) Estudo as culturas brasileira e portuguesa;
c) Os dedos indicador e médio estavam feridos;
d) O dedo indicador e o médio estavam feridos.
A construção: Estudo a cultura brasileira e portuguesa, embora provoque incerteza, é
aceita por alguns gramáticos.
No caso de numerais ordinais que se referem a um único substantivo composto, podem
ser usadas as seguintes construções:
a) Falei com os moradores do primeiro e segundo andar./ (...) do primeiro e segundo
andares.
Adjetivos regidos pela preposição de, que se referem a pronomes indefinidos, ficam
normalmente no masculino singular, podendo surgir concordância atrativa.
a) Sua vida não tem nada de sedutor;
b) Os edifícios da cidade nada têm de elegantes.
Anexo, incluso, obrigado, mesmo, próprio - são adjetivos ou pronomes adjetivos,
devendo concordar com o substantivo a que se referem.
a) O livro segue anexo;
b) A fotografia vai inclusa;
c) As duplicatas seguem anexas;
d) Elas mesmas resolveram a questão.
Mesmo = até, inclusive é invariável (mesmo eles ficaram chateados) / expressão "em
anexo" é invariável.
Meio, bastante, menos - meio e bastante, quando se referem a um substantivo, devem
concordar com esse substantivo. Quando funcionarem como advérbios, permanecerão
invariáveis. "Menos" é sempre invariável.
a) Tomou meia garrafa de vinho;
b) Ela estava meio aborrecida;
c) Bastantes alunos foram à reunião;
d) Eles falaram bastante;
e) Eram alunas bastante simpáticas;
f) Havia menos pessoas vindo de casa.
Muito, pouco, longe, caro, barato - podem ser palavras adjetivas ou advérbios,
mantendo concordância se fizerem referência a substantivos.
a) Compraram livros caros;
b) Os livros custaram caro;
c) Poucas pessoas tinham muitos livros;
d) Leram pouco as moças muito vivas;
e) Andavam por longes terras;
f) Eles moram longe da cidade;
g) Eram mercadorias baratas;
h) Pagaram barato aqueles livros.
É bom, é proibido, é necessário - expressões formadas do verbo ser + adjetivo Não
variam se o sujeito não vier determinado, caso contrário a concordância será obrigatória.
a) Água é bom;
b) A água é boa;
c) Bebida é proibido para menores;
d) As bebidas são proibidas para menores;
e) Chuva é necessário;
f) Aquela chuva foi necessária.
Só = sozinho (adjetivo. - var.) / só = somente, apenas (não flexiona).
a) Só elas não vieram;
b) Vieram só os rapazes.
Só forma a expressão "a sós" (sozinhos).
A locução adverbial "a olhos vistos" (= visivelmente) - invariável (ela crescia a olhos
vistos).
Conforme = conformado (adjetivo - var.) / conforme = como (não flexiona).
a) Eles ficaram conformes com a decisão;
b) Dançam conforme a música.
O (a) mais possível (invariável) / as, os mais possíveis (é uma moça a mais bela
possível / são moças as mais belas possíveis).
Os particípios concordam como adjetivos.
a) A refém foi resgatada do bote;
b) Os materiais foram comprados a prazo;
c) As juízas tinham iniciado a apuração.
Haja vista - não se flexiona, exceto por concordância atrativa antes de substantivo no
plural sem preposição.
a) Haja vista (hajam vistas) os comentários feitos;
b) Haja vista dos recados do chefe.
Pseudo, salvo (= exceto) e alerta não se flexionam
a) Eles eram uns pseudo-sábios;
b) Salvo nós dois, todos fugiram;
c) Eles ficaram alerta.
Os adjetivos adverbializados são invariáveis (vamos falar sério / ele e a esposa raro
vão ao cinema)
Silepse com expressões de tratamento - usa-se adjetivo masculino em concordância
ideológica com um homem ao qual se relaciona a forma de tratamento que é feminina.
a) Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso;
b) Vossa Excelência é injusto.4.1 Regência nominal:
Substantivos, adjetivos e advérbios podem, por regência nominal, exigir
complementação para seu sentido precedida de preposição.
Segue uma lista de palavras e as preposições exigidas. Merecem atenção especial as
palavras que exigirem preposição A, por serem passíveis de emprego de crase.
acostumado a, com;
afável com, para;
afeiçoado a, por;
aflito com, por;
alheio a, de;
ambicioso de;
amizade a, por, com;
amor a, por;
ansioso de, para, por;
apaixonado de, por;
apto a, para;
atencioso com, para;
aversão a, por;
ávido de, por;
conforme a;
constante de, em;
constituído com, de, por;
contemporâneo a, de;
contente com, de, em, por;
cruel com, para;
curioso de;
desgostoso com, de;
desprezo a, de, por;
devoção a, por, para, com;
devoto a, de;
dúvida em, sobre, acerca de;
empenho de, em, por;
falta a, com, para;
imbuído de, em;
imune a, de;
inclinação a, para, por;
incompatível com;
junto a, de;
preferível a;
propenso a, para;
próximo a, de;
respeito a, com, de, por, para;
situado a, em, entre;
último a, de, em;
único a, em, entre, sobre.Concordância verbal >>
5. Concordância verbal:
* sujeito simples - verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.
a) Uma boa Constituição é desejada por todos os brasileiros;
b) De paz necessitam as pessoas.
* sujeito coletivo (singular na forma com idéia de plural) - verbo fica no singular,
concordando com a palavra escrita não com a idéia.
O pessoal já saiu.
Quando o verbo se distanciar do sujeito coletivo, o verbo poderá ir para o plural
concordando com a idéia de quantidade (silepse de número) - a turma concordava nos
pontos essenciais, discordavam apenas nos pormenores.
* sujeito é um pronome de tratamento - verbo fica na 3ª pessoa.
a) Vossa Senhoria não é justo;
b) Vossas Senhorias estão de acordo comigo.
* expressão mais de + numeral - verbo concorda com o numeral.
a) Mais de um candidato prometeu melhorar o país;
b) Mais de duas pessoas vieram à festa.
* mais de um + se (idéia de reciprocidade) - verbo no plural (Mais de um sócio se
insultaram.).
* mais de um + mais de um - verbo no plural (Mais de um candidato, mais de um
representante faltaram à reunião.).
* expressões perto de, cerca de, mais de, menos de + sujeito no plural - verbo no plural.
a) Perto de quinhentos presos fugiram.
b) Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
c) Mais de mil vozes pediam justiça.
d) Manos de duas pessoas fizeram isto.
* nomes só usados no plural - a concordância depende da presença ou não de artigo.
sem artigo - verbo no singular (Minas Gerais produz muito leite / férias faz bem).
precedidos de artigo plural - verbo no plural ("Os Lusíadas" exaltam a grandeza do
povo português / as Minas Gerais produzem muito leite).
Para nomes de obras literárias, admite-se também a concordância ideológica (silepse)
com a palavra obra implícita na frase ("Os Lusíadas" exalta a grandeza do povo
português).
* expressões a maior parte, grande parte, a maioria de (= sujeito coletivo partitivo) +
adjunto adnominal no plural - verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o
especificador (AA).
a) A maior parte dos constituintes se retirou (retiraram).
b) Grande parte dos torcedores aplaudiu (aplaudiram) a jogada.
c) A maioria dos constituintes votou (votaram).
Quando a ação só pode ser atribuída à totalidade e não separadamente aos indivíduos,
usa-se o singular (um bando de soldados enchia o pavimento inferior).
* quem (pronome relativo sujeito) - verbo na 3ª pessoa do singular concordando com o
pronome quem ou concorda com o antecedente.
a) Fui eu quem falou (falei).
b) Fomos nós quem falou (falamos).
* que ( pronome relativo sujeito) - verbo concorda sempre com o antecedente.
Fomos nós que falamos.
* sujeito é pronome interrogativo ou indefinido (núcleo) + de nós ou de vós - depende
do pronome núcleo.
pronome-núcleo no singular - verbo no singular.
a) Qual de nós votou conscientemente?
b) Nenhum de vós irá ao cinema.
pronome-núcleo no plural - verbo na 3ª pessoa do plural ou concordando com o
pronome pessoal.
a) Quais de nós votaram (votamos) conscientemente?
b) Muitos de vós foram (fostes) insultados.
* sujeito composto anteposto ao verbo - verbo no plural.
O anel e os brincos sumiram da gaveta.
com núcleos sinônimos - verbos no singular ou plural (O rancor e o ódio cegou o
amante. / O desalento e a tristeza abalaram-me.).
com núcleos em gradação - verbo singular ou plural (um minuto, uma hora, um dia
passa/passam rápido).
dois infinitivos como núcleos - verbo no singular (estudar e trabalhar é importante.).
dois infinitivos exprimindo idéias opostas - verbo no plural (Rir e chorar se
alternam.).
* sujeito composto posposto - concordância normal ou atrativa (com o núcleo mais
próximo).
Discutiram / discutiu muito o chefe e o funcionário.
Se houver idéia de reciprocidade, verbo vai para o plural (Estimam-se o chefe e o
funcionário.).
Quando o verbo ser está acompanhado de substantivo plural, o verbo também se
pluraliza (Foram vencedores Pedro e Paulo.).
* sujeito composto de diferentes pessoas gramaticais - depende da pessoa prevalente.
eu + outros pronomes - verbo na 1ª pessoa plural (eu, tu e ele sairemos).
tu + eles - verbo na 2ª pessoa do plural (preferência) ou 3ª pessoa do plural (tu e
teu colega estudastes/estudaram?).
Se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa (saímos/saí eu e
tu).
* sujeito composto resumido por um pronome-síntese (aposto) - concordância com o
pronome.
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.
* expressão um e outro - verbo no singular ou no plural (Um e outro falava/ falavam a
verdade.).
Com idéia de reciprocidade - verbo no plural (Um e outro se agrediram).
* expressão um ou outro - verbo no singular (Um ou outro rapaz virava a cabeça para
nos olhar).
* sujeito composto ligado por nem - verbo no plural (Nem o conforto, nem a glória lhe
trouxeram a felicidade.).
Aparecendo pronomes pessoais misturados, leva-se em conta a prioridade gramatical
(nem eu, nem ela fomos ao cinema).
* expressão nem um nem outro - verbo no singular (Nem um nem outro comentou o
fato.).
* sujeito composto ligado por ou - faz-se em função da idéia transmitida pelo ou.
idéia de exclusão - verbo no singular (José ou Pedro será eleito para o cargo / um
ou outro conhece seus direitos)
idéia de inclusão ou antinomia - verbo no plural (matemática ou física exigem
raciocínio lógico / riso ou lágrimas fazem parte da vida)
idéia explicativa ou alternativa - concordância com sujeito mais próximo (ou eu ou
ele irá / ou ele ou eu irei)
* expressão um dos que - verbo no singular (um) ou plural (dos que).
Ele foi um dos que mais falou/falaram.
Se a expressão significar apenas um, verbo no singular (é uma das peças de Nelson
Rodrigues que será apresentada).
* sujeito é número percentual - observar a posição do número percentual em relação ao
verbo.
verbo concorda com termo posposto ao número (80% da população tinha mais de
18 anos / dez por cento dos sócios saíram da empresa).
o verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele (perderam-se 40%
da lavoura).
verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no plural (os
87% da produção perderam-se / aqueles 30% do lucro obtido desapareceram).
* sujeito é número fracionário - verbo concorda com o numerador.
1/4 da turma faltou ontem. / 3/5 dos candidatos foram reprovados.
* sujeito composto antecedido de cada ou nenhum - verbo na 3ª pessoa do singular.
Cada criança, cada adolescente, cada adulto ajudava como podia. / nenhum político,
nenhuma cidade, nenhum ser humano faria isso.
* sujeito composto ligado por como, assim como, bem como (formas correlativas) -
deve-se preferir o plural, sendo mas raro o singular.
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades. / tanto uma, como a outra,
suplicava-lhe o perdão.
* sujeito composto ligado por com - observar presença ou não de vírgulas.
verbo no plural sem vírgulas (Eu com outros amigos limpamos o quintal.)
verbo no singular com vírgulas, idéia de companhia (O presidente, com os
ministros, desembarcou em Brasília.)
* sujeito indeterminado + SE, verbo no singular.
Assistiu-se à apresentação da peça.
* sujeito paciente ao lado de um verbo na voz passiva sintética - verbo concorda com o
sujeito.
Discutiu-se o plano. / Discutiram-se os planos.
* locução verbal constituída de: parecer + infinitivo - verbo parecer varia ou o infinitivo.
a) As pessoas pareciam acreditar em tudo.
b) As pessoas parecia acreditarem em tudo.
Com o infinitivo pronominal, flexiona-se apenas o infinitivo (Elas parece zangarem-se
com a moça.)
* verbos dar, bater e soar + horas - verbos têm como sujeito o número que indica as
horas.
a) Deram dez horas naquele momento.
b) Meio-dia soou no velho relógio da igreja.
* verbos indicadores de fenômenos da natureza - verbo na 3ª pessoa singular por
serem impessoais, extensivo aos auxiliares se estiverem em locuções verbais.
a) Geia muito no Sul.
b) Choveu por muitas noites no verão.
Em sentido figurado deixam de ser impessoais (Choveram vaias para o candidato.)
* haver = existir ou acontecer, fazer (tempo decorrido) é impessoal.
a) Havia vários alunos na sala (= existiam).
b) Houve bastantes acidentes naquele mês (= aconteceram).
c) Não a vejo faz uns meses (= faz).
d) Deve haver muitas pessoas na fila (devem existir).
Considera-se errado o emprego do verbo ter por haver quando tiver sentido de existir
ou acontecer (J há um lugar ali. / L tem um lugar ali.)
Os verbos existir e acontecer são pessoais e concordam com seu sujeito (Existiam
sérios compromissos. / Aconteceram bastantes problemas naquele dia.)
* verbo fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno da natureza (impessoal).
a) Fazia anos que não vínhamos ao Rio.
b) Faz verões maravilhosos nos trópicos.
* verbo ser - impessoal quando indica data hora e distância, concordando com a
expressão numérica ou a palavra a que se refere (Eram seis horas. / Hoje é dia doze. /
Hoje é ou são doze. / Daqui ao centro são treze quilômetros.).
* se estiver entre dois núcleos das classes a seguir, em ordem, concordará,
preferencialmente, com a classe que tiver prioridade, independente de função sintática.
* pronome pessoal → pessoa → substantivo concreto → substantivo abstrato →
pronome indefinido, demonstrativo ou interrogativo.
a) Tu és Maria.
b) Maria és tu.
c) Tu és minhas alegrias.
d) Minhas alegrias és tu.
e) Maria é minhas alegrias.
f) Minhas alegrias é Maria.
g) As terras são a riqueza.
h) A riqueza são as terras.
i) Tudo são flores.
j) Emoções são tudo.
* se o sujeito é palavra coletiva, o verbo concorda com o predicativo (A maioria eram
adolescentes. / A maior parte eram problemas.).
* sujeito indica peso, medida, quantidade + é pouco, é muito, é bastante, é suficiente, é
tanto, verbo ser no singular (Três mil reais é pouco pelo serviço. / Dez quilômetros já é
bastante para um dia.).
* silepse de pessoa - verbo concorda com um elemento implícito.
a) A formosura de Páris e Helena foram causa da destruição de Tróia.
b) Os brasileiros somos improvisadores (idéia de inclusão de quem fala entre os
brasileiros).Regência verbal >>
5.1 a regência verbal:
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento por uma
preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes, ela
pode ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem dos elementos
da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, ela deve ser
empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelos pronomes
relativos (O ideal a que aspira é nobre).
alguns verbos e seu comportamento:
ACONSELHAR (TD e I)
Aconselho-o a tomar o ônibus cedo.
Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo.
AGRADAR
* no sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tem preposição).
Agrado minhas filhas o dia inteiro.
Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.
* no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tem preposição "a").
As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.
AGRADECER
* TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a
pessoa.
Agradecer-lhe-ei os presentes.
Agradeceu o presente ao seu namorado.
AGUARDAR (TD ou TI)
Eles aguardavam o espetáculo.
Eles aguardavam pelo espetáculo.
ASPIRAR
* No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição).
Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
* No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a").
Ele aspira à carreira de jogador de futebol.
Não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a
elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TI seguido de
substantivo feminino (que exija o artigo)
ASSISTIR
* No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).
Assistimos a um bom filme.
Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.
* No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com a preposição A)
Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.
Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
* No sentido de morar é intransitivo, mas exige preposição EM.
Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília.
Não admite a utilização do complemento lhe, quando significa ver. No lugar, coloca-se
a ele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando
for TI seguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
ATENDER
* Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.
Atenderam o meu pedido prontamente.
Atenderam ao meu pedido prontamente.
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar) pede objeto direto
No sentido de tomar em consideração, prestar atenção pede objeto indireto com a
preposição a.
Se o complemento for um pronomes pessoal referente a pessoa, só se emprega a
forma objetiva direta (O diretor atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor
atendeu-os)
CERTIFICAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem certifica, certifica algo a alguém ou Quem certifica,
certifica alguém de algo.
Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando o OI for um substantivo
feminino (que exija o artigo)
Certifico-o de sua posse.
Certifico-lhe que seria empossado.
Certificamo-nos de seu êxito no concurso.
Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos.
CHAMAR
* TD, quando significar convocar.
Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
* TI, com a preposição POR, quando significar invocar.
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.
* TD e I, com a preposição A, quando significar repreender.
Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula.
Chamei-o à atenção.
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significa repreender, e sim fazer se
notado (O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam)
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando significar dar qualidade. A qualidade
(predicativo do objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável.
Chamaram-no de irresponsável.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável.
CHEGAR, IR (Intransitivo)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar e quem chega,
chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de lugar), e não
complementação.
Esses verbos exigem a preposição A, na indicação de destino, e DE, na indicação de
procedência.
Quando houver a necessidade da preposição A, seguida de um substantivo feminino
(que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vou à Bahia)
* no emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EM.
Cheguei tarde à escola.
Foi ao escritório de mau humor.
* se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposição PARA.
Se for eleito, ele irá para Brasília.
* quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, então exigem EM.
Cheguei no ônibus da empresa.
A delegação irá no vôo 300.
COGITAR
* Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com a preposição DE.
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.
Hei de cogitar no caso.
O diretor cogitou de demitir-se.
COMPARECER (Intransitivo)
Compareceram na sessão de cinema.
Compareceram à sessão de cinema.
COMUNICAR (TD e I)
* Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Comunico-lhe meu sucesso.
Comunico meu sucesso a todos.
CUSTAR
* No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A. Nesse caso, terá como sujeito
aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.
Custou-me acreditar em Hipocárpio.
Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
* no sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a preposição A.
Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família.
* no sentido de ter preço será intransitivo.
Estes sapatos custaram R$ 50,00.
DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
Desfrutei os bens de meu pai.
Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam.
ENSINAR - TD e I
Ensinei-o a falar português.
Ensinei-lhe o idioma inglês.
ESQUECER, LEMBRAR
* quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.
Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó.
* constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome.
Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namorado distante.
FALTAR, RESTAR E BASTAR
* Podem ser intransitivos ou TI, com a preposição A.
Muitos alunos faltaram hoje.
Três homens faltaram ao trabalho hoje.
Resta aos vestibulandos estudar bastante.
IMPLICAR
* TD e I com a preposição EM, quando significar envolver alguém.
Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
* TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como conseqüência,
acarretar.
Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade.
Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
* TI com a preposição COM, quando significar antipatizar.
Não sei por que o professor implica comigo.
Emprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistério implica sacrifícios)
INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa,
informa alguém de algo.
Informei-o de que suas férias terminou.
Informei-lhe que suas férias terminou.
MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intransitivo)
* Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitas vezes acontece.
Moro em Londrina.
Resido no Jardim Petrópolis.
Minha casa situa-se na rua Cassiano.
NAMORAR (TD)
Ela namorava o filho do delegado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
OBEDECER, DESOBEDECER (TI)
Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teus pais?
Verbos TI que admitem formação de voz passiva:
PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto
indireto, a pessoa.
Paguei a conta ao Banco.
Perdôo os erros ao amigo.
As construções de voz passiva com esses verbos são comuns na fala, mas
agramaticais
PEDIR (TD e I)
* Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça
algo.
Pediram-lhe perdão.
Pediu perdão a Deus.
PRECISAR
* No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
O mecânico precisou o motor do carro.
* No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
Preciso de bom digitador.
PREFERIR (TD e I)
* Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Preferia um bom vinho a uma cerveja.
PROCEDER
* TI, com a preposição A, quando significar dar início ou realizar.
Os fiscais procederam à prova com atraso.
Procedemos à feitura das provas.
* TI, com a preposição DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu.
Esta madeira procede do Paraná.
* Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.
Suas palavras não procedem!
Aquele funcionário procedeu honestamente.
QUERER
* No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD).
Quero meu livro de volta.
Sempre quis seu bem.
* No sentido de querer bem, estimar (TI - preposição A).
Maria quer demais a seu namorado.
Queria-lhe mais do que à própria vida.
RENUNCIAR
* Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
Ele renunciou o encargo.
Ele renunciou ao encargo.
RESPONDER
* TI, com a preposição A, quando possuir apenas um complemento.
Respondi ao bilhete imediatamente.
Respondeu ao professor com desdém.
Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
* TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)
Ele apenas respondeu isso e saiu.
REVIDAR (TI)
Ele revidou ao ataque instintivamente.
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)
* Com a preposição COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se,
nem antipatizar-se.
Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.
SOBRESSAIR (TI)
* Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.
Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.
VISAR
* no sentido de ter em vista, objetivar (TI - preposição A)
Não visamos a qualquer lucro.
A educação visa ao progresso do povo.
* No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ele visava a cabeça da cobra com cuidado.
Ele visava os contratos um a um.
Se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se a ele (a/s)
São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHES como
complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, referir-
se, anuir.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar,
prevenir são TD e I, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou
Quem informa, informa alguém de algo.
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhados do pronome
se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o
verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Precisa-se de novas esperanças / Aqui,
obedece-se às leis de ecologia)
* Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido: abdicar
(de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em,
para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com), desdenhar (de), gozar (de),
necessitar (de), preceder (a), precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar
(sobre) - lista de Pasquale e Ulisses.
as variáveis na conjugação de alguns verbos:
Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os lingüistas chamam os
desvios de variáveis, enquanto os gramáticos tratam-nos como erros.
verbo ver e derivados.
Forma popular: se eu ver, se eu rever, se eu revesse.
Forma padrão: se eu vir, se eu revir, se eu revisse.
verbo vir e derivados.
Forma popular: se eu vir, seu eu intervir, eu intervi, ele interviu, eles proviram.
Forma padrão: seu eu vier, se eu intervier, eu intervim, ele interveio, eles provieram.
ter e seus derivados.
Forma popular: quando eu obter, se eu mantesse, ele deteu.
Forma padrão: quando eu obtiver, se eu mantivesse, ele deteve.
pôr e seus derivados.
Forma popular: quando eu compor, se eu disposse, eles disporam.
Forma padrão: quando eu compuser, se eu dispusesse, eles dispuseram.
reaver.
Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavê.
Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve.6. Pontuação:
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio -
que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos,
usamos os sinais de pontuação.
Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer
o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambigüidade.
ponto:
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de
um período simples ou composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior
era conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. =
fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
o ponto-e-vírgula:
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula,
praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já
apresentam separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura,
tornou-se uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
(Constituição da República Federativa do Brasil)
dois-pontos:
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e
daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que
deu, levado de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o
amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou
observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos:
ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (=
cada um por sua vez, isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns
advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-
pontos ou devírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
ponto de interrogação:
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta
não exija resposta:
O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
ponto de exclamação:
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com
entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro,
indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e
muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
O uso da vírgula:
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e
secretárias.
O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois
banheiros.
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração,
a vírguladeve ser empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria,
e roía as unhas.
b) para isolar o vocativo:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou
melhor, aliás, além disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos
economizado durante anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
h) para isolar os adjuntos adverbiais:
A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Com muito amor,
Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
n) para isolar orações intercaladas:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.6.1 Crase:
Crase não é acento, e sim superposição de dois "as". O primeiro é uma preposição, o
segundo, pode ser um artigo definido, um pronome demonstrativo a(as) ou aquele(a/s),e
aquilo. O acento que marca este fenômeno é o grave (`).
O domínio da crase depende de o aluno conhecer a regência de alguns verbos e
nomes.
- crase da preposição a com o artigo definido a(s):
Condições necessárias para ocorrer crase: termo regente deve exigir a preposição e o
termo regido tem de ser uma palavra feminina que admita artigo.
Uma dica é trocar a palavra feminina por uma masculina equivalente, se aparecer ao
(s) usa-se crase, caso apareça a ou o (s) não haverá crase
a) Todos iriam à reunião.
b) Todos iriam ao encontro.
A crase é obrigatória:
- em locuções prepositivas, adverbiais ou conjuntivas (femininas).
à queima-roupa, às cegas, às vezes, à beça, à medida que, à proporção que, à procura
de, à vontade
Em expressões que indicam instrumento, crase é opcional (escrevi a (à) máquina.)
- expressão à moda de, mesmo que subentendida.
a) Era um penteado à francesa.
b) O jogador fez um gol à Pele.
- quando as palavras "rua", "loja", "estação de rádio" estiverem subentendidas.
Maria dirigiu-se à Globo (estação de rádio).
As situações onde não existe crase são:
- antes de palavra masculina e verbos.
a) Vende-se a prazo.
b) O texto foi redigido a lápis.
c) Ele começou a fazer dietas.
- antes de artigo indefinido e numeral cardinal (exceto em horas).
a) Refiro-me a uma blusa mais fina.
b) O vilarejo fica a duas léguas daqui.
- antes dos pronomes pessoais, inclusive as formas de tratamento.
a) Enviei uma mensagem a Vossa Majestade.
b) Nada direi a ela.
Neste caso, os pronomes senhora e senhorita são exceções.
- antes de pronomes demonstrativos esta (s) e essa (s).
a) Refiro-me a estas flores.
b) Não deram valor a esta idéia.
- antes de pronomes indefinidos, com exceção de outra.
a) Direi a todas as pessoas.
b) Fiz alusão a esta moça e à outra.
- antes da preposição a tiver outra preposição.
Compareceu perante a juíza no dia da audiência.
Com a preposição até o uso é facultativo.
- no meio de expressões com palavras repetitivas.
Ficamos cara a cara.
- no a singular seguido de palavra no plural.
Pediu apoio a pessoas estranhas.
Não haverá crase antes de pronome interrogativo.
Na expressão devido à (s) + palavra feminina ocorre a crase.
- palavra feminina tomada em sentido genérico.
Apena pode ir de advertência a multa.
Havendo determinação, a crase é indispensável (Ele admite ter cedido à pressão dos
superiores.)
Na dúvida, e excluída qualquer das hipóteses tratadas, basta substituir a palavra
feminina por uma masculina equivalente. Se ocorrer ao no masculino, haverá crase.
Fui à cidade fazer compras - (ao supermercado).
A crase é facultativa:
- antes de nomes próprios femininos (exceto em nomes de personalidade pública - sem
artigo):
Enviei um presente a (à) Maria.
A exceção ocorre quando o nome feminino vier acompanhado de uma expressão que a
determine a crase é obrigatória (Dedico minha vida à Rosa do Jaboatão)
- antes do pronome adjetivo possessivo feminino singular:
a) Pediu informações a minha secretária.
b) Pediu informações à minha secretária.
c) Pediu informações a minhas secretárias.
d) Pediu informações as minhas secretárias.
e) Pediu informações às minhas secretárias.
Se o pronome possessivo for substantivo e por regência a preposição for exigida, a
crase será obrigatória (Foi a [à] sua cidade natal e à minha)
- antes de topônimos, a menos que estejam determinados.
a) Iremos a Curitiba.
b) Iremos à bela Curitiba.
c) Iremos à Bahia.
Quando o topônimo não estiver determinado, usa-se o teste da troca do verbo para
chegar. Se nesta troca aparecer chego da, há crase; se for chego de, não há crase.
- Crase da preposição a com o pronome demonstrativo e relativo:
Com os demonstrativos aquele (s), aquela (s) e aquilo, basta verificar se, por regência,
alguma palavra pede a preposição que irá se fundir com o "a" inicial do próprio pronome.
Uma dica é trocar aquele (a/s) por este (a/s) e aquilo por isto, se antes aparecer a, há
crase.
a) Enviei presentes àquela menina.
b) A matéria não se relaciona àqueles problemas.
c) Não se de ênfase àquilo.
O pronome demonstrativo a (s) aparece antes de que ou de e pode ser trocado por
aquela (s). Deve-se fazer o teste da troca por um masculino similar e verificar se aparece
ao (s)
a) Esta estrada é paralela à que corta a cidade (o caminho é paralelo ao que corta a
cidade).
b) Conheço a moça de azul, não a de branco.
Antes dos pronomes relativos "que" e "quem" não ocorre crase. Já o pronome qual (s)
admite crase
Uma dica é trocar o substantivo feminino anterior ao pronome por um masculino, se
aparecer ao (s) há crase
a) A menina a que me refiro não estudou.
b) A professora a quem me refiro é bonita.
b) A fama à qual almejo não é difícil.
Casos especiais sobre o uso da crase:
- antes da palavra casa:
Quando a palavra casa significa lar, domicílio e não vem acompanhada de adjetivo, ou
locução adjetiva, não se usa a crase.
Iremos a casa assim que chegarmos (iremos ao lar assim que chegarmos).
Quando a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva.
Iremos à casa de minha mãe.
- antes da palavra terra:
Oposto de mar, ar e bordo - não há crase
O Marinheiro forma a terra.
Quando terra significa solo, planeta ou lugar - pode haver crase.
a) Voltei à terra natal.
b) A espaçonave voltará à Terra em um mês.
- antes da palavra distância:
Não se usa crase, salvo se vier determinada.
a) Via-se o barco à distância de quinhentos metros (determinado).
b) Olhava-nos a distância.
1. Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo?
a) Minhas idéias são semelhantes às suas.
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz
c) Dei um presente à Mariana.
d) Fizemos alusão à mesma teoria.
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.
2. "O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que acontece ao seu redor".
a) à - a - aquilo
b) a - a - àquilo
c) a - à - àquilo
d) à - à - aquilo
e) à - à - àquilo
3. "A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas quadras da Avenida Central".
a) à - há
b) a - à
c) a - há
d) à - a
e) à - à
4. "O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado ___ tempos em São
Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do almoço".
a) o - à - a
b) ao - há - à
c) ao - a - a
d) o - há - a
e) o - a - a
5. "Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já expostos ___ V. Sª ___
alguns dias".
a) à - àqueles - a - há
b) a - àqueles - a - há
c) a - aqueles - à - a
d) à - àqueles - a - a
e) a - aqueles - à - há
6. Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O Papa caminhava à passo firme.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
7. O Ministro informou que iria resistir _____ pressões contrárias _____ modificações
relativas _____ aquisição da casa própria.
a) às - àquelas _ à
b) as - aquelas - a
c) às àquelas - a
d) às - aquelas - à
e) as - àquelas - à
8. A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____ tona uma vivência _____
qual já havia renunciado.
a) às - a - a
b) as - à - há
c) as - a - à
d) às - à - à
e) às - a - há
9. Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.
a) após às
b) após as
c) após das
d) após a
e) após à
10. _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das localidades _____ que os
socorros se destinam.
a) Há - à - a
b) A - a - a
c) À - à - a
d) Há - a - a
e) À - a - a
11. Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para ouvir o que tem _____ dizer.
a) a - à - a
b) à - a - a
c) à - à - a
d) à - à - à
e) a - a - a
12. No tocante _____ empresa _____ que nos propusemos _____ dois meses, nada foi
possível fazer.
a) àquela - à - à
b) aquela - a - a
c) àquela - à - há
d) aquela - à - à
e) àquela - a - há
13. Chegou-se _____ conclusão de que a escola também é importante devido _____
merenda escolar que é distribuída gratuitamente _____ todas as crianças.
a) à - à - à
b) a - à - a
c) a - à - à
d) à - à - a
e) à - a - a
14. A tese _____ aderimos não é aquela _____ defendêramos no debate sobre os
resultados da pesquisa.
a) a qual - que
b) a que - que
c) à que - a que
d) a que - a que
e) a qual a que
15. Em relação _____ mímica, deve-se dizer que ela exerce função paralela _____ da
linguagem.
a) a - a
b) à - à
c) a - à
d) à - aquela
e) a - àquela
16. Foi _____ mais de um século que, numa reunião de escritores, se propôs a maldição
do cientista que reduzira o arco-íris _____ simples matéria: era uma ameaça _____
poesia.
a) a - a - à
b) há - à - a
c) há - à - à
d) a - a - a
e) há - a - à
17. A estrela fica _____ uma distância enorme, _____ milhares de anos-luz, e não é visível
_____ olho nu.
a) a - à - à
b) a - a - a
c) à - a - a
d) à - à - a
e) à - a - à
18. Estava __________ na vida, vivia _____ expensas dos amigos.
a) atoa - as
b) a toa - à
c) a tôa - às
d) à toa - às
e) à toa - as
19. Estavam _____ apenas quatro dias do início das aulas, mas ele não estava disposto
_____ retomar os estudos.
a) há - à
b) a - a
c) à - a
d) há - a
e) a - à
20. Disse _____ ela que não insistisse em amar _____ quem não _____ queria.
a) a - a - a
b) a - a - à
c) à - a - a
d) à - à - à
e) a - à - à
21. Quanto _____ suas exigências, recuso-me _____ levá-las _____ sério.
a) às - à - a
b) a - a - a
c) as - à - à
d) à - a - à
e) as - a - a
22. Quanto _____ problema, estou disposto, para ser coerente __________ mesmo,
_____ emprestar-lhe minha colaboração.
a) aquele - para mim - a
b) àquele - comigo - a
c) aquele - comigo - à
d) aquele - por mim - a
e) àquele - para mim - à
23. A lâmpada _____ cuja volta estavam mariposas _____ voar, emitia luz _____ grande
distância.
a) a - à - à
b) à - a - à
c) a - à - a
d) a - a - a
e) à - a - a
24. Aquela candidata _____ rainha de beleza, quando foi _____ televisão, pôs-se _____
roer as unhas.
a) à - à - a
b) à - a - à
c) a - a - à
d) à - à - à
e) a - à - a
25. Eis o lema _____ sempre obedecia: ódio _____ guerra e aversão _____ injustiças.
a) à que - à - as
b) à que - à - às
c) a que - à - às
d) a que - à - as
e) a que - a - as
26. Faltou _____ todas as reuniões e recusou-se _____ obedecer _____ decisões da
assembléia.
a) a - a - as
b) a - a - às
c) a - à - às
d) à - a - às
e) à - à - às
27. Expunha-se _____ uma severa punição, porque as ordens _____ quais se opunha
eram rigorosas e destinavam-se _____ funcionárias daquele setor.
a) a - as - às
b) à - às - as
c) à - as - às
d) à - às - às
e) a - às - às
28. _____ alguns meses o Ministro revelou-se disposto _____ abrir _____ discussões em
torno do acesso dos candidatos e dos partidos _____ televisão.
a) A - a - as - à
b) Há - a - às - a
c) A - à - às - a
d) Há - à - as - à
e) Há - a - as - à
29. _____ Igreja cabe propugnar pelos princípios éticos e morais que devem reger _____
vida das comunidades, enquanto _____ política deve visar ao bem comum.
a) A - à - à
b) À - a - a
c) À - à - a
d) À - à - à
e) A - a - a
1 C / 2 C / 3 D / 4 B / 5 B / 6 D / 7 A / 8 D / 9 B / 10 D / 11 B / 12 E / 13 D / 14 B / 15 B / 16
E / 17 B / 18 D / 19 B / 20 A / 21 B / 22 B / 23 D / 24 E / 25 C / 26 B / 27 E / 28 E / 29 B.7. Colocação pronominal:
Em função da posição do pronome em relação ao verbo, classifica-se:
- próclise: antes do verbo (Nada se perde.)
- mesóclise: no meio do verbo (Dirigir-lhe-emos a palavra.)
- ênclise: depois do verbo (Fugiram-nos as palavras.)
A regra geral diz que se deve colocar o pronome enclítico, desde que não haja fator de
próclise ou seja um dos futuros do indicativo, com atenção aos casos especiais.
São fatores de próclise:
- oração negativa, desde que não haja pausa entre o verbo e as palavras de negação.
a) Ninguém se mexe.
b) Nada me abala.
Se a palavra negativa preceder um infinitivo não-flexionado, é possível a ênclise:
Calei para não magoá-lo.
- frases exclamativas (começadas por palavras exclamativas) e optativas (desejo).
a) Deus te guie!
b) Quanto sangue se derramou inutilmente!
- conjunção subordinativa.
a) Preciso de que me responda algo.
b) O homem produz pouco, quando se alimenta mal.
A elipse da conjunção não dispensa a próclise: Quando passo e te vejo, exalto-me.
- pronome ou palavras interrogativas.
a) Quem me viu ontem?
b) Queria saber por que te afliges tanto.
- pronome indefinido, demonstrativo e relativo.
a) Alguém me ajude a sair daqui.
b) Isso te pertence.
c) Ele que se vestiu de verde está ridículo.
- advérbio (não seguido de vírgula) e o numeral ambos.
a) Aqui se vê muita miséria.
b) Aqui, vê-se muita miséria.
c) Ambos se olharam profundamente.
Se o sujeito estiver logo antes do verbo, a próclise será facultativa. Este fator,
entretanto, não pode quebrar o princípio dos fatores de próclise.
Ele se feriu ou ele feriu-se.
a) O homem se recupera ou o homem recupera-se. Ninguém me convencerá.
b) Tudo se fez por uma boa causa.
Por questão de eufonia, pode-se preferir a próclise ao invés da ênclise, quando o
sujeito vier antes do verbo
"Cada dia lhe desfolha um afeto."
Você viu-o.
Você o viu.
O uso de mesóclise:
Respeitados os princípios de próclise, far-se-á mesóclise caso o verbo esteja nos
tempos futuros do indicativo.
Dar-te-ia = daria + te.
dar-te-ei = darei + te.
a) Diante da platéia, cantar-se-ia melhor.
b) Os amigos sinceros lembrar-nos-ão um dia.
Usa-se ênclise:
- em início da frase ou após sinal de pontuação.
- casos não proclíticos e não mesoclíticos em geral.
- nas orações imperativas afirmativa.
Procure suas colegas e convide-as.
- junto ao infinitivo não flexionado, precedido da preposição a, em se tratando dos
pronomes o/a (s).
a) Todos corriam a escutá-lo com atenção.
b) Ele começou a insultá-la.
c) Nem sei se nos tornaremos a vê-los novamente.
Estando o infinitivo pessoal regido da preposição para, é indiferente a colocação do
pronome oblíquo antes ou depois do verbo, mesmo com a presença do advérbio não.
a) Silenciei para não irritá-lo.
b) Silenciei para não o irritar.
Quanto às formas infinitas e locuções verbais:
Para as formas finitas:
- infinitivo, regra geral = ênclise (Viver é adaptar-se.)
Admite-se também a próclise se o infinitivo não-flexionado vier precedido de preposição
ou palavra negativa (para te servir / servir-te, não o incomodar / incomodá-lo)
Se o pronome for o/a (s) e o infinitivo regido da preposição a, é obrigatória a ênclise.
Se o infinitivo vier flexionado, prefere-se a próclise (desde que não inicie o período)
- gerúndio, regra geral = ênclise
A próclise é obrigatória se: o gerúndio vier precedido da preposição em ou se o
gerúndio vier precedido de advérbio que o modifique diretamente, sem pausa (Em se
tratando de colocação pronominal, sei tudo!)
- particípio,
Sem auxiliar não admite próclise ou ênclise e sim a forma oblíqua regida de preposição.
Concedida a mim a preferência, farei por merecê-la.
Para as locuções verbais:
- auxiliar + infinitivo (podem os pronomes, conforme as circunstâncias, estar em
próclise ou ênclise, ora ao verbo auxiliar, ora à forma nominal.)
Devo calar-me / devo-me calar / devo me calar
Não devo calar-me / não me devo calar / não devo me calar.
Mesmo com fator de próclise, a ênclise no infinitivo é correta.
- Auxiliar + preposição + infinitivo (Há de acostumar-se / há de se acostumar - Não se
há de acostumar / não há de acostumar-se.)
- Auxiliar + gerúndio (podem os pronomes, conforme as circunstâncias, estar em
próclise ou ênclise, ora ao verbo auxiliar, ora à forma nominal.):
Vou-me arrastando / vou me arrastando / vou arrastando-me
Não me vou arrastando / não vou arrastando-me.
Com fator de próclise, o pronome não pode aparecer entre os verbos.
Auxiliar + particípio (os pronomes se juntam ao auxiliar e jamais ao particípio, de acordo
com as circunstâncias.
a) Os amigos o tinham prevenido.
b) Os amigos tinham-no prevenido.8. Curiosidades ortográficas:
A fim ou afim?
Escrevemos afim, quando queremos dizer semelhante. (O gosto dela era afim ao da
turma.)
Escrevemos a fim (de), quando queremos indicar finalidade. (Veio a fim de conhecer os
parentes. / Pensemos bastante, a fim de que respondamos certo. / Ela não está a fim do
rapaz.)
A par ou ao par?
A expressão ao par significa sem ágio no câmbio. Portanto, se quisermos utilizar esse
tipo de expressão, significando ciente, deveremos escrever a par.
Fiquei a par dos fatos. / A moça não está a par do assunto.
A cerca de, acerca de ou há cerca de?
A cerca de significa a uma distância. (Teresópolis fica a cerca de uma hora de carro do
Rio.)
Acerca de - significa sobre. (Conversamos acerca de política.)
Há cerca de - significa que faz ou existe(m) aproximadamente. (Mudei-me para este
apartamento há cerca de oito anos. / Há cerca de doze mil candidatos, concorrendo às
vagas.)
Ao encontro de ou de encontro a?
Ao encontro de - quer dizer favorável a, para junto de. (Vamos ao encontro dos nossos
amigos. / Isso vem ao encontro dos anseios da turma.)
De encontro a - quer dizer contra. (Um automóvel foi de encontro a outro. / Este ato
desagradou aos funcionários, porque veio de encontro às suas aspirações.)
Há ou a?
Quando nos referimos a um determinado espaço de tempo, podemos escrever há ou a,
nas seguintes situações:
Há - quando o espaço de tempo já tiver decorrido. (Ela saiu há dez minutos.)
A - quando o espaço de tempo ainda não transcorreu. (Ela voltará daqui a dez
minutos.)
Haver ou ter?
Embora usado largamente na fala diária, a gramática não aceita a substituição do verbo
haver pelo ter. Deve-se dizer, portanto, não havia mais leite na padaria.
Se não ou senão?
Emprega-se o primeiro, quando o se pode ser substituído por caso ou na hipótese de
que.
Se não chover, viajarei amanhã (= caso não chova - ou na hipótese de que não chova,
viajarei amanhã).
Se não se tratar dessa alternativa, a expressão sempre se escreverá com uma só
palavra: senão.
Vá de uma vez, senão você vai se atrasar. (senão = caso contrário).
Nada mais havia a fazer senão conformar-se com a situação (senão = a não ser).
"As pedras achadas pelo bandeirante não eram esmeraldas, senão turmalinas, puras
turmalinas" (senão = mas).
Não havia um senão naquele rapaz. (senão = defeito).
Haja vista ou haja visto?
Apenas a primeira opção é correta, porque a palavra "vista", nessa expressão, é
invariável.
Haja vista o trágico acontecimento... (hajam vista os acontecimentos...)
Em vez de ou ao invés de?
A expressão em vez de significa em lugar de. (Hoje, Pedro foi em vez de Paulo. / Em
vez de você, vou eu para Petrópolis.)
A expressão ao invés de significa ao contrário de. (Ao invés de proteger, resolveu não
assumir. / Ao invés de melhorar, sua atitude piorou a situação).
Por quê, por que, porque ou porquê?
A maioria da população sofre com as dificuldades em entender a utilização da língua-
padrão portuguesa, principalmente na utilização do "Por que / Por quê / Porque / Porquê".
Confira alguns exemplos:
Não sei por que você acha isso.
Claro. Por quê?
Não julgues porque não te julguem.
Dê-me ao menos um porquê para sua atitude.
A forma por que é a seqüência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo
(que). É equivalente a "por qual motivo", "por qual razão", vejamos:
Não sei por qual motivo você acha isso.
Não sei por qual razão você acha isso.
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto: final, de
interrogação ou exclamação, ou um ponto de reticências, a seqüência deve ser grafada
por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo que passa a ser tônico.
Não sei por quê!
Ainda não terminou? Por quê?
Existem casos em que por que representa uma seqüência preposição + pronome
relativo, equivalendo a pelo qual, pelos quais, pelas quais, pela qual. Em outros contextos
por que equivale a "para que":
O túnel por que deveríamos passar desabou ontem.
A forma porque também é uma conjunção, equivalente a pois, já que, uma vez que,
como:
Você continua implicando comigo! É porque eu faltei ontem?
Porque também pode indicar finalidade, como: para que, a fim de. Trata-se de um uso
mais freqüente na linguagem atual.
A forma porquê representa um substantivo. Significa causa, razão, motivo e
normalmente surge acompanha de uma palavra determinando, um artigo, por exemplo.
Creio que os verdadeiros porquês mais uma vez não vieram à luz.