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Red Dragon Ilustrações. 2019. Digital. Capítulo 3 Diferentes registros da História p. 2 Capítulo 4 Diferentes culturas, diferentes histórias p. 20

da História p. 2 diferentes histórias p. 20 · 2020-05-06 · 1 Os tipos de objetos representados podem ser estudados para conhecer- ... a formação de outros alfabetos, como o

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Red Dragon Ilustrações. 2019. Digital.

Capítulo 3 Diferentes registros da História p. 2

Capítulo 4 Diferentes culturas, diferentes histórias p. 20

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Diferentes registros da História

Leia estes quadrinhos:

De acordo com os quadrinhos, converse com os colegas e o professor sobre estas questões.

1 Os tipos de objetos representados podem ser estudados para conhecer-mos histórias de pessoas que viveram no passado? Explique a sua resposta.

2 Em sua opinião, por que o personagem gostaria de ter uma máquina do tempo?

3 Se existisse uma máquina do tempo, que época do passado você gostaria de conhecer?

4 Como não existe máquina do tempo, como é possível conhecer o passado das sociedades que viveram antes de nós?

UAU! QUE OBJETOS SÃO

ESTES?

QUEM USAVA ESTE PORTA-

-JOIAS?

QUE TEXTOS FORAM ESCRITOS

COM ESTA CANETA?

AH! SE EXISTISSE MÁQUINA DO

TEMPO!

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Como conhecer o passado

Para conhecer a história de povos que viveram no passado, é preciso analisar os vestígios deixados por eles. Podem ser imagens, documentos escritos, relatos, objetos, entre outros. Quando esses vestígios fornecem pistas e informações sobre o passado de determinada época são chamados de fontes históricas. Conheça alguns exemplos:

RENOIR, Pierre-Auguste. O almoço dos barqueiros. 1881. 1 óleo sobre tela, color., 130,2 cm × 175,6 cm. The Phillips Collection, Washington, D.C.

Fontes materiais

Fontes visuais Pinturas, fotografias, gravuras e filmes, por exemplo, são chamados de fontes visuais. Obras como a pintura O almoço dos barqueiros, de Renoir, podem ser usadas para fornecer pistas a respeito de vestimentas, hábitos, alimentação das pessoas, entre outros.

Fontes escritas

Cartas, livros e textos diversos são fontes escritas. Por meio dos diários, por exemplo, podemos conhecer informações sobre o cotidiano no passado. Na imagem, vemos uma reprodução do livro O diário de Zlata Filipovic, a qual, entre 11 e 12 anos, escreveu as dificuldades que ela e os familiares enfrentaram durante a guerra da Bósnia em 1992.

Fontes orais

Os relatos orais, depoimentos, programas de rádio, e entrevistas são chamados de fontes orais. e entrevistas são chamados de fontes orais.

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Objetos como móveis, utensílios, construções, esculturas e roupas são chamados de fontes materiais.

A cestaria da comunidade Ribeirinha São Miguel Arcanjo, em Santarém, Pará, é um exemplo de fonte histórica material. A técnica de trançados e criação dos desenhos revela um pouco da arte produzida por essa comunidade.

Nesse registro, o senhor Nelson Pimentel foi fotogra-fado relatando sua história de vida aos alunos de uma escola de Ouroeste, em São Paulo.

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444 5º. ano – Volume 2

As fontes históricas são funda-mentais para o trabalho do historia-dor. Pesquisar, identificar e analisar vestígios produzidos no passado faz parte da rotina desse profissio-

nal. O historiador pesquisa quando o vestígio foi produ-zido, quem o produziu e por que, a quem era destinado, onde foi encontrado, como era usado. Comumente, é preciso analisar diferentes fontes históricas para conhe-cer o passado de determinada época.

Lilia Schwarcz é uma historiadora brasileira que já pesquisou vários temas sobre a História do Brasil e publicou diversos livros.

Fonte histórica I

Nesta atividade, você vai analisar fontes históricas. Para isso, leia com atenção as fontes apresentadas a seguir e, após a leitura, responda às questões.

RUGENDAS, Johann Moritz. Desembarque de escravizados no Cais do Valongo. 1 gravura, color., 23,3 cm × 33,4 cm. Coleção Banco Itaú, São Paulo.

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55História

Fonte histórica III

Esses objetos foram encontrados no Cais do Valongo, na cidade do Rio de Janeiro. O local foi muito utilizado de 1811 até 1831 para o desembarque de populações africanas trazidas pelos portugueses como escravizadas para o Brasil.

miçangas: objetos pequenos e redondos com um furo no centro para serem usados em colar. Podem ser feitos de pedraria, conchas, ossos, madeira. islamismo: religião monoteísta fundada por Maomé.

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Caixa de metal contendo miçangas de um colar

Brinco de ouro em formato de meia lua, símbolo do islamismo

Dados usados em jogos nos momentos de lazer

3 A respeito dos tipos de fonte, assinale as alternativas corretas.

a) A fonte histórica I é escrita visual material

b) A fonte histórica II é escrita visual material

c) A fonte histórica III é escrita visual material

1 Essas três fontes históricas poderiam ser usadas para a pesquisa de qual tema da história do Brasil? Assinale a alternativa correta.

Chegada dos portugueses. Escravização de indígenas.

Escravização de africanos. Chegada dos imigrantes.

2 Que informações sobre esse tema é possível obter com a análise das fontes I, II e III? Registre a resposta no caderno.

Fonte histórica II

– Você se lembra de ter sido feito prisioneiro na África antes de ser embarcado?

– Sim. Um mercador vendeu produtos para meu tio, que morreu antes de pagar o que devia. O mercador veio e apreendeu todos nós, e nos fez prisioneiros e nos levou para a costa. Ficamos lá mais ou menos uma semana ou dez dias, então fomos colocados no navio. A roupa de todos os negros indo a bordo eram destruídas até o último trapo.

REGISTRO do depoimento de um ex-escravizado chamado Augustino fornecido em Londres, há mais de 200 anos, em um tribunal de justiça. In: NARLOCH, Leandro. Achados e perdidos da história: escravos. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017. p. 96.

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666 5º. ano – Volume 2

Leia estas imagens:

Com base na análise das imagens, faça o que se pede.

a) Marque X nas imagens que representam vestígios que podem ser usa-dos como fontes históricas em pesquisas sobre o passado das socieda-des humanas.

b) Identifique as imagens que representam fontes históricas

• escritas:

• visuais:

• materiais:

• orais:

c) Qual é a importância dos vestígios do passado para o estudo da História?

Obra Capoeira, de Johan Moritz Rugendas, 1835

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Primeira página do jornal A Folha, 1934

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As linguagens na História

As pessoas se expressam e se comunicam por meio de diferentes lingua-gens: escrita, música, dança, pintura, fotografia, entre outras. Os registros das di-versas formas de expressão humana contribuem para o estudo de determinada época passada.

As formas de expressão, comunicação e registro das informações, de modo geral, passaram por transformações no decorrer do tempo. Provavelmente, os primeiros grupos humanos se comunicavam por meio de gestos e mais tarde desenvolveram a fala. As pinturas rupestres também são consideradas uma das linguagens mais antigas que existem. Começaram a ser produzidas há cerca de 70 mil anos, e as mais antigas estão na África e na Europa. Contudo, há pinturas rupestres em outros locais do mundo, incluindo o Brasil.

Pintura rupestre representando animal em caverna da região de Lascaux, França

Pintura rupestre representando ave de grande porte no Morro do Chapéu, Chapada

Diamantina, Bahia

Nessa imagem, observamos a representação de animais com os quais os seres humanos conviveram há milhares de anos em uma região da Europa. Cenas de caça, de rituais e do cotidiano e a representação de pessoas também são muito comuns nas pinturas rupestres.

Em grutas da região do Morro do Chapéu, no estado da Bahia, é possível encontrar pinturas rupestres que representam elementos do cotidiano, como lanças, cocares, redes e ainda animais e cenas de caça. Na imagem, pessoas que viveram há milhares de anos na região representaram uma ema, considerada a maior ave brasileira e que fazia parte da fauna da região.

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A história da escrita

A escrita também é uma lingua-gem que surgiu há muito tempo, por volta de 5 a 6 mil anos atrás. Até então o compartilhamento das infor-mações era feito oralmente, ou seja, pela fala, o que funcionava bem em pequenos grupos ou por meio de de-senhos, como nas pinturas rupestres.

Com o crescimento dos grupos, tornou-se necessário registrar as in-formações para que mais indivíduos pudessem ter acesso a elas.

Um dos primeiros sistemas de escrita foi desenvolvido pelos sumérios. Observe a ilustração que representa a escrita criada por esse povo.

Os sumérios criaram a escrita cuneiforme, chamada assim porque o registro era feito com um objeto em forma de cunha, como os talos de junco. Os símbolos eram marcados em placas de argila. Em algumas cidades da Mesopotâmia, bibliotecas foram formadas para guardar os escritos. Muitas placas resistiram ao tempo e são importantes fontes históricas para o estudo desses povos. Na época, a escrita também foi desenvolvida no Egito e na China.

junco: planta que cresce em lugares úmidos, cujas folhas, quando trançadas, são usadas para fazer cestos e outros objetos.

TABULETA com registro sobre a distribuição de bebida, provavelmente do sul do Iraque. [3000 a.C.]. Museu Britânico, Londres.

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A escrita egípcia A escrita egípcia mais conhecida era composta de hieróglifos, isto é, figuras que representavam um objeto ou som. Em princípio, os egípcios gravavam essas figuras na pedra. Mais tarde, inventaram o papiro, um suporte feito de uma planta de mesmo nome e no qual passaram a fazer os registros. A escrita hieroglífica foi simplificada e assim surgiram outras formas: a hierática e a demótica. Os registros escritos eram feitos unicamente por escribas, uma função de muito prestígio social no Egito Antigo, pois a maioria da população não sabia ler e escrever. Conheça alguns hieroglifos.

Transformações na escrita

Desde que foi criada, a escrita passou por muitas transformações. Conheça algumas.

Do pictograma ao cuneiformeOs primeiros sistemas de escrita foram criados com base em pictogramas, que são desenhos de elementos ou seres. Na escrita sumérica, esses pictogramas foram progressivamente transformados em sinais cuneiformes. Veja um exemplo.

Mudanças que ocorreram na forma de representar “rei” na escrita sumérica.

Pesquisadores conseguiram relacionar os hieróglifos egípcios às letras do nosso alfabeto

Algumas letras do alfabeto fenício, do grego clássico e do atual alfabeto latino

O desenvolvimento do alfabetoO alfabeto que usamos passou por várias transformações até chegar à forma atual. Há aproximadamente 3 200 anos, um povo conhecido como fenícios desenvolveu um alfabeto em que cada letra corresponde a um som. Os fenícios eram grandes comerciantes e navegadores e precisavam de uma escrita que facilitasse o registro de suas atividades. Como viajavam para muitos lugares, influenciaram a formação de outros alfabetos, como o grego e, mais tarde, o latino. O alfabeto fenício era formado apenas por consoantes, as vogais foram incluídas pelos gregos e romanos. Nosso alfabeto, usado para escrever a língua portuguesa e outras, é uma adaptação do latino. Observe algumas letras desses alfabetos. alfabetos.

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Você estudou que os primeiros sistemas de escrita eram formados por pictogramas, que depois se transformaram em outras representações, como símbolos e letras.

Mas o que são pictogramas?

Pictogramas são imagens simplificadas do que se pretende representar. São desenhos que comunicam algo. Por isso, os pictogramas são utilizados atualmente em diversas situações. Observe, ao lado, alguns pictogramas usados na atualidade. Você já viu algum deles?

1 Assinale a alternativa correta a respeito dos sistemas de escrita.A maioria dos habitantes das regiões onde os sistemas de escrita se desenvolveram sabia ler e escrever.A escrita é importante para a comunicação humana e para o registro de conhecimentos e informações.

Os gregos adotaram o alfabeto fenício, mas inventaram novas letras para os sons que não existiam em fenício e abandonaram as letras cujos sons não existiam.

[...]Todos sabem o quanto os gregos se preocupavam com a beleza. Assim, eles foram

modelando as letras, de maneira a torná-las mais harmoniosas. Estabeleceram a regra de escrever da esquerda para a direita

[...]. E introduziram o uso das vogais.Os romanos herdaram o alfabeto grego. E, como os gregos, tiveram de fazer adap-

tações, introduzindo novas letras e eliminando as que não serviam para sua língua.

ROCHA, Ruth; ROTH, Otávio. O livro da escrita. São Paulo: Melhoramentos: 1992. p. 25-26.

harmoniosas: que têm equilíbrio, ordem.

2 Leia este texto sobre as transformações do alfabeto fenício.©

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Com base no texto e em seus estudos, responda às questões.

a) Que povos citados no texto foram influenciados pelo alfabeto fenício?

b) Que mudanças os gregos realizaram no alfabeto fenício?

c) Numere a ordem em que os alfabetos surgiram no decorrer do tempo.

Grego Latino Fenício Grego Latino

Faça uma pesquisa a respeito dessas expressões e escreva as que

a) não são mais usadas:

b) sofreram acréscimo de significado:

c) são originárias de outras línguas:

d) surgiram recentemente:

e) são abreviadas para o uso na internet:

A forma como falamos e escrevemos também se modifica com o passar do tempo. Existem palavras que não são mais usadas; tiveram seu significado transformado ou são escritas de outra forma; surgiram mais recentemente; são de outras línguas...

Além disso, na atualidade, a tecnologia tornou a comunicação mais rápida entre as pessoas, fazendo surgir uma linguagem escrita mais ágil e composta de palavras abreviadas, que são bastante usadas nas redes sociais.

Leia os termos em destaque.

vosmecê mouse garçom vegano td botica vc vírus carregador biodiesel

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Os diferentes sistemas de escrita desenvolvidos no passado não surgiram ao mesmo tempo. Um exemplo disso é o sistema de escrita dos astecas, povo que antigamente habitava a região onde atualmente é o México, no continente americano. Eles tinham um sistema de escrita próprio, que foi criado há aproxi-madamente 700 anos. Esse sistema tinha algumas semelhanças com as escritas suméricas e egípcias. Uma delas era o uso de pictogramas, isto é, de símbolos para representar seres, elementos, como objetos, ou ideias.

A forma de escrita asteca não é muito fácil de ser usada e, assim como na Mesopotâmia e no Egito Antigo, poucas pessoas sabiam ler e escrever. Geralmente, somente pessoas nobres dominavam essas habilidades, como os sacerdotes e os escribas.

Os astecas registravam os acontecimentos de sua história e do cotidiano em livros dobráveis chamados de códices. Registravam, por exemplo, informações sobre os impostos recolhidos dos povos que dominavam e a origem da cidade de Tenochtitlán. Depois que os símbolos foram decifrados, os historiadores puderam aprender muito sobre esse povo. Os códices eram feitos com pele de animais ou de cascas de árvores. Alguns chegavam a ter 11 metros de comprimento. Os pintores dos códices eram chamados de tlacuilo, palavra que significa “anotador de pensamentos”, e eram muito reconhecidos por esse trabalho, ocupando uma boa posição na sociedade asteca.

CÓDICE Bórgia. 1500. 1 fac-símile, 25 cm × 990 cm. Museu Britânico, Londres. PÁGINA do Códice Bórgia. 1500. 1 fac-símile, 27 cm × 27 cm. Museu Britânico, Londres.

De acordo com a leitura dos textos, responda às questões.

a) Quais são as semelhanças entre o sistema de escrita dos astecas, nati-vos da América, e a escrita sumérica e egípcia?

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Os emoticons são símbolos muito usados em redes sociais. Representam diversos elementos, como expressões faciais, objetos, lugares, animais e sentimentos. Atualmente, os emoticons caracterizam uma nova forma de comunicação.

Ligue o conjunto de emoticons com o ditado popular correspondente.

O que os olhos não veem, o coração não sente.

A cavalo dado não se olha os dentes.

Antes só do que mal acompanhado.

Em boca fechada não entra mosca.

Santo de casa não faz milagre.

Cada macaco no seu galho.

Na escrita pictográfica, apenas letras são usadas para representar seres, elementos e ideias.Na escrita usada no Brasil, por exemplo, as letras representam sons da fala humana.

c) Qual foi a importância de os historiadores decifrarem os pictogramas dos códices astecas?

b) Marque X na alternativa que aponta a diferença entre a escrita pictográfica, como as dos astecas, e a escrita que usamos atualmente.

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A difusão da escrita

A história da escrita está relacionada à leitura, que também passou por transformações no decorrer do tempo. Atualmente, podemos ler em suportes impressos, como livros, jornais e revistas, e em digitais, como e-books.

Durante a maior parte da história da hu-manidade, os livros e outros escritos eram difí-ceis de serem reproduzidos. Ainda não existiam máquinas de escrever, computadores ou impressoras e, por isso, a reprodução da escrita era feita a mão, copiando-se letra por letra, o que também custava caro. Por esses e outros motivos, poucas pessoas tinham acesso a textos escritos.

Na Europa, por volta do ano 1450, o alemão Johannes Gutenberg inventou um mecanismo que mudou a história da leitura e dos registros escritos. Esse in-vento é chamado de prensa de tipos móveis. Por meio dessa prensa, era pos-sível reproduzir os escritos com mais rapidez e, portanto, em maior quantidade.

Com o passar do tempo, mais pessoas puderam ter acesso a livros e outros impressos, como jornais. Esse fato aumentou o número de leitores e contribuiu para melhorar a difusão da informação e do conhecimento humano. Na pági-

na seguinte, conheça como a prensa de tipos móveis funcionava.

Os e-books são livros digitais que podem ser lidos em equipamentos eletrônicos, como os tablets.

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Há cerca de 1400 anos, na Europa, havia um grupo de pessoas especializado em copiar as obras produzidas pelos gregos e romanos antigos. Esse grupo era formado pelos mon-ges copistas. Esses membros da Igreja Cató-lica reproduziam as obras em manuscritos, e muitos deles foram conservados até os dias atuais. Além dos monges copistas, os árabes foram importantes no processo de reprodu-ção de obras antigas e compartilhamento do conhecimento grego e romano.

TAVERNIER, Jean Le. Retrato de Jean Mièlot, monge copista. [1456]. 1 ilustração. Biblioteca Nacional da França, Paris.

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As letras, chamadas de tipos, eram feitas de metal, em alto relevo, por meio de moldes. Com as letras, eram formadas palavras e frases. Os tipos eram guardados nas chama-das caixas tipográficas.

Cada página de um livro era montada letra por letra de forma manual em uma placa chamada de matriz. Essa placa era levada para a prensa.

Com uma trouxinha feita de pano, era aplicada uma tinta feita de óleo de linhaça e fuligem de carvão sobre as placas com letras.

Se a impressão ficasse boa, ou-tras cópias da mesma página eram feitas. Depois de concluí-do esse procedimento, os tipos eram retirados e reorganizados para fazer uma próxima página.

A prensa era movimentada manualmente com uma bar-ra para pressionar o papel ou pergaminho posicionado na matriz. Isso era feito duas ve-zes, e assim cada página tinha duas colunas.

A Bíblia foi primeiro livro impresso. Depois dessa obra, muitos outros livros foram impressos no mundo, o que tor-nou a leitura e o registro de informações mais acessíveis para as pessoas.

Rodrigo Cordeiro. 2019. Digital.

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A respeito de sua experiência pessoal de leitura, responda a estas questões:

1 Quanto você gosta de ler?

Muito. Pouco. Não gosto de ler.

2 O que você gosta de ler? Marque as opções conforme a sua preferência.

Histórias infantojuvenis

Poemas

História em quadrinhos

Jornais

Revistas

Livros de estudos

Livros ilustrados

Texto de blog

Outros:

3 Em que momentos você lê?

4 Você já leu um livro digital? Conte como foi essa experiência.

A respeito da difusão da escrita, marque V nas informações verdadeiras e F nas falsas.

A prensa móvel de Gutenberg teve pouco impacto na história da escrita, pois era um equipamento difícil de ser manuseado.

Jornais, livros e revistas são fontes de informação e conhecimento que só podem ser lidos de forma impressa.

A divulgação de informações por meio de livros impressos é feita até hoje, contudo, o acesso às informações também pode ocorrer em meios digitais.

Há centenas de anos, os livros eram copiados manualmente, o que enca-recia a produção dessas obras.

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A história que a arte conta

Há milhares de anos, a arte é um meio de a humanidade expressar expe-riências, conhecimentos, pensamentos e sentimentos.

Música e canto, fo-tografia, teatro, cinema e escultura são alguns exemplos de expressões artísticas que podem for-necer informações sobre como as pessoas viviam e o que pensavam em diferen-tes momentos da história. Dessa forma, as produções artísticas podem se tornar fontes históricas para se in-vestigar o passado. No en-tanto, é importante saber que essas produções mostram a interpretação ou a visão do autor a respeito da realidade em que viveu.

FERREZ, Marc. D. Pedro de Alcântara, D. Antônio Gastão e D. Luís Maria em carroça puxada por carneiro. 1883. 1 fotografia, p&b. Instituto Moreira Salles, São Paulo.

ENRIQUEZ, Luiz; BARDOTTI; Sergio; BUARQUE, Chico. Os Saltimbancos. Rio de

Janeiro: Marola Edições Musicais, 1977. 1 LP.

As fotografias artísticas, como as do fotógrafo brasileiro Marc Ferrez, muitas vezes, revelam cenas do cotidiano e podem ajudar na compreensão do passado. Nessa foto, é possível perceber um tipo de brincadeira, um meio de transporte e a moda expressa pelas vestimentas da época.

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O grafite é uma arte de rua em que os artistas usam o espaço público, prin-cipalmente muros, com autorização dos proprie-tários, para desenhar. Muitos temas do grafite são críticas ou convites à reflexão sobre a realidade – da população, do país, da natureza, etc. O grafite retratado celebra o Dia da Amazônia (5 de setem-bro) e incentiva uma re-flexão sobre a destruição da floresta.

Canções do passado, por vezes, expressam o olhar do artista sobre o momento vivi-do. No disco Os Saltimbancos, os artistas revelam indignação com a desvalorização dos trabalhadores, que, na época, viviam momentos difíceis com baixos salários e condições de vida ruins. Os personagens usados para demonstrar isso foram animais (um cão, uma gata, um jumento e uma galinha), inspirados em uma obra clássica europeia, denominada Os músicos de Bremen, dos irmãos Grimm.

RIBEIRO, Binho; MON, Rafa; TAPAJÓS, Sebá. [Grafite]. 2018. 1 grafite, color. Beco do Batman, São Paulo, 2018.

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1111888 5º. ano – Volume 2

Por meio da leitura de livros literários, por exemplo, podemos conhecer um pouco sobre como algumas pessoas viviam em determinada época.

Leia esse trecho da obra Esaú e Jacó, escrita por Machado de Assis e publi-cada pela primeira vez em 1904.

Só às duas horas da tarde, quando Santos lhe entrou em casa, acreditou na queda do Império.

– É verdade, conselheiro, vi descer as tropas pela Rua do Ouvidor, ouvi as acla-mações à República. As lojas estão fechadas, os bancos também. E o pior é se se não abrem mais, se vamos cair na desordem pública; é uma calamidade.

Aires quis aquietar-lhe o coração. Nada se mudaria; o regímen, sim, era possível, mas também se muda de roupa sem trocar de pele. Comércio é preciso. Os bancos são indis-pensáveis. No sábado, ou quando muito na segunda-feira, tudo voltaria ao que era na véspera, menos a constituição.

aclamações: manifestações a favor de algo. República: forma de governo em que o governante é eleito pelo povo.calamidade: catástrofe, desgraça.regímen: governo.

ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Ática, 1990. p. 93.

De acordo com a leitura do trecho, responda às questões.

a) Assinale a alternativa que indica a mudança sobre a qual os persona-gens estão conversando.

Fim do Império e Proclamação da República

Abolição da escravatura

b) Qual é a preocupação do personagem Santos a respeito dessa mudança?

c) Qual a opinião do personagem Aires sobre o que estava acontecendo?

d) Esse texto foi escrito há mais de 100 anos. No trecho, há alguma palavra que sofreu mudança na sua forma escrita? Indique qual.

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11199História

Os vestígios do passado podem ser usados como fontes históricas para co-nhecermos os modos de vida de povos de outros tempos.

Para que um vestígio seja usado como fonte, é necessário saber onde, quando, por quem e por que foi produzido.

Escrita, música, pintura e fotografia são exemplos de formas de expressão humanas e que podem ser usadas como fontes históricas, pois fornecem informações sobre as sociedades.

A escrita é uma linguagem muito usada desde seu desenvolvimento nas sociedades antigas. É extremamente importante para se comunicar, regis-trar informações e conhecimentos.

Um dos primeiros sistemas de escrita foi desenvolvido pelos sumérios há mais de 5000 anos.

O alfabeto fenício é formado por letras que representam sons e influenciou o surgimento dos alfabetos grego e romano. Este foi a base para o surgi-mento do alfabeto latino atual.

A prensa móvel de Gutenberg mudou a história da humanidade. Com essa criação, os livros se tor-naram mais baratos e populares no mundo no decorrer do tempo.

Escolha uma das formas de expressão humana abordadas no capítulo: mú-sica, desenho, quadrinhos, texto verbal, etc. Por meio dessa expressão, registre, em uma folha à parte, um acontecimento recente no país que tenha chamado a sua atenção. Depois, com os colegas, criem um painel mostrando alguns fatos da atualidade.

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O mito apresentado a seguir era narrado entre os integrantes do povo akan, que habitava a região onde atualmente é Gana, um país africano. Esse mito con-ta a história de Anansi, uma aranha que teria vivido há muito tempo, quando no mundo ainda não havia histórias para serem contadas.

O mito apresentado a seguir e

Diferentes culturas, diferentes histórias

Com base no texto e em seus conhecimentos, responda a estas questões.

1 O que explica a história de Anansi?

2 Como você imagina que Anansi compartilhou com o mundo as histórias que trouxe do céu?

3 De que formas você compartilha suas histórias?

mito: narrativa que explica a origem das coisas.

Anansi, a aranha sábia

O deus do céu, Nyame, era o dono de todas as histórias do mundo, mas não havia nenhuma na Terra. Anansi queria essas histórias, por isso teceu uma teia até o céu para pedi-las. Nyame lhe deu quatro tarefas. Se ele conseguisse capturar Vespa, Píton, Leopardo e Fada e trazê-los até ele receberia as histórias como recompensa.

[...]

Anansi levou suas presas a Nyame, que se dedicou e, em troca, entregou todas as histórias para Anansi, que as trouxe para o mundo, para compartilhá-las.

KINDERSLEY, Dorling. Mitos e lendas para crianças. São Paulo: Publifolhinha, 2012. p. 68-69.

ooooooo,,,,, mmmmmmmmaaaaaaaaassssssss nnnnnnnnsssssssssiiiiiii qqqqqqqqquuuuuuuueeeeeeeerrrrrrrriiiiiiiiaaaaaaaaa tttttttteeeeeeeeiiiiiiiiaaaaaaaaaa aaaaaaaattttttttttéééééééé oooooooo ccccccccéééééééééuuuuuuuu ppppppppppaaaaaaaaarrrrrrrrraaaaaaaa ppppppppppppeeeeeeeedddddddddiiiiiiii------lllllllaaaaaaaassssssss....... cccccccccooooooooonnnnnnnnnssssssseeeeeeeegggggggggguuuuuuuuuuuiiiiiisssssssssssssssseeeeeee ccccccccaaaaaaaaaaaappppppppppppppttttttttuuuuuuuurrrrrrrraaaaaaaaarrrrrrrr VVVVVVVVVeeeeeeeeesssssssspppppppppaaaaaaaaa,,,,,

eeeeeeellllllllllllleeeeeeee rrrrrrrrreeeeeeccccccceeeeeeeeebbbbbbbbeeeeeeeeeerrrrrrrriiiiiiiiaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaassssssss hhhhhhhhiiiiiiiiissssssssttttttttóóóóóóóóóóóóóóórrrrrrrriiiiiiiiaaaaaaaaasssssss cccccccccccccooooooooooommmmmmmmoooooooo

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1 Registre conhecimentos que você aprendeu com pessoas mais velhas por meio da oralidade. Pode ser uma história do passado, uma receita culi-nária tradicional na família, uma forma natural de tratar doenças simples, e outros saberes.

a) O que eu aprendi:

b) Quem me ensinou:

2 Agora, compartilhe as informações com os colegas, repassando esse ensi-namento também para eles.

Compartilhando histórias

Você gosta de contar ou ouvir histórias?

É comum que os responsáveis por crianças contem histórias a elas, especialmente antes de dormir. Também é comum que as crianças ouçam os mais velhos e aprendam muitas coisas com eles, por exemplo: receitas culinárias, bons modos de convivência, usos de remédios naturais ou até mesmo sobre como era a vida antigamente.

No passado, em diversas sociedades, o aprendizado por meio da oralidade era muito valorizado. Os conhecimentos eram compartilhados em histórias e canções, por exemplo.

Você se lembra de algo que aprendeu com os adultos responsáveis por você?

VOU CONTAR A VOCÊS UMA

HISTÓRIA QUE ACONTECEU AQUI HÁ MUITO TEMPO…

Red Dragon Ilustrações. 2019. Digital.

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Red Dragon Ilustrações. 2019. Digital.

Tradições orais

As sociedades desenvolvem diferentes modos de viver. Criam línguas, costu-mes, tradições religiosas, hábitos alimentares, vestimentas, construções, etc. Todos esses elementos fazem parte da cultura e todos os povos têm cultura.

A escrita e a oralidade são maneiras por meio das quais os saberes de uma sociedade podem ser compartilhados com as novas gerações e, tendo isso em vista, estudamos a importância da escrita para a conservação da memória e dos saberes para alguns povos.

Agora, vai conhecer algumas sociedades que utilizaram a fala ou o canto para compartilhar suas tradições, seus costumes e seus conhecimentos, entre outros aspectos culturais.

Os aedos da Grécia Antiga

Há aproximadamente 3000 anos, na Grécia Antiga, existiam pessoas que eram especialistas em narrar histórias. Elas eram chamadas de aedos e tinham uma habilidade muito especial: guardavam na memória as histórias aprendidas com os mais velhos e compartilhavam essas histórias com a população por meio de canções. Viajavam frequentemente, levando seus saberes de cidade em cida-de, alegrando festas e jantares.

Os aedos eram importantes fontes de infor-mação para os gregos. Por meio dessas pessoas, os gregos entravam em contato com as histórias que

circulavam entre muitos povos antigos.Homero é considerado um aedo da Grécia Antiga. Uma das histórias atribuídas a ele é a Ilíada. Essa narrativa heroica trata de uma guerra que teria acontecido entre as cidades de Troia e Esparta. Para vencê-la, os espartanos fingiram ter desistido e deixaram um presente para os troianos: um enorme cavalo de madeira com alguns guerreiros escondidos nele. Quando os portões da cidade de Troia foram abertos e o presente levado para dentro, os guerreiros espartanos saíram do interior do cavalo e lutaram contra os troianos, vencendo a guerra.

Por causa dessa história surgiu a expressão “presente de grego”, que é usada para dizer que algo que deveria ser bom, como um presente, acaba gerando uma surpresa desagradável.

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22233História

Histórias cantadas

Há aproximadamente 1000 anos, na Europa, existiram artistas que criavam, re-citavam e cantavam poemas. Esses artistas eram chamados de trovadores e muitos deles viajavam levando suas histórias pe-los lugares mais movimentados da Euro-pa, como as regiões de peregrinação. Em outros momentos, entretinham rainhas e reis cantando e tocando instrumentos musicais como o alaúde, além de partici-par de espetáculos de mágica e de mala-barismo.

Na maioria das vezes, as histó-rias cantadas pelos trovadores tinham como tema a vida nos reinos e as aven-turas vividas por cavaleiros. Esses artistas tiveram um papel muito importante na divulgação de saberes, histórias e notícias da época.

peregrinação: viagem a lugares considerados sagrados.alaúde: instrumento de corda similar ao violão, mas de origem árabe.

Em um período em que poucas pessoas sabiam ler e escrever, os trovadores encantavam a população com os espetáculos que apresentavam.

Em um período em que poucas pessoas sabiam ler e escrever,

Relacione as colunas:

Narrativas passadas oralmente de geração em geração e que explicam o surgimento do universo, dos seres e da natureza.

Artistas da Grécia Antiga que contavam his-tórias por meio de canções.

Contadores de histórias europeus que tam-bém escreviam poemas, cantavam e toca-vam alaúde.

A) Aedos

B) Mitos

C) Trovadores

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Os povos africanos e a oralidade

Contar histórias era uma atividade muito apreciada nas sociedades africanas. A maioria desses povos tinha uma for-te relação com as tradições orais, uma vez que não utiliza-vam a escrita.

Entre os povos mandinga, fula, hauçá, songai, por exemplo, as pessoas mais velhas eram consideradas portadoras das memórias dos antepassados e res-ponsáveis pelos ensinamentos que deveriam ser compartilhados com os mais jovens. Essa tradição é muito an-tiga e ainda existe em várias regiões da África, como em Mali, Guiné, Gâm-bia e Senegal. Por isso, essas pes-soas têm grande prestígio nas sociedades onde vivem. Desde muito tempo, em diversos povoados africanos, aqueles que compartilham saberes com os mais jovens são chamados de griôs. Há uma lenda que sugere que o primeiro griô teria sido a aranha mitológica Anansi, cuja história foi estudada no início deste capítulo.

Tradicionalmente, os griôs contam histórias ao redor de fogueiras ou ao pés de grandes árvores, como os baobás, que são árvores consideradas sagradas na África. Essas histórias são baseadas nas experiências que tiveram durante a vida ou em mitos contados por ancestrais das aldeias. As histórias podem ser passadas por meio de cantos, poemas, provérbios, entre outras maneiras.

No Mali, os griôs contribuem para que os saberes e as tradições da cultura malinesa não sejam es-quecidos com o tempo. Há mais de 800 anos, nessa região, existe um grupo, pertencente à mesma linhagem familiar, que passa de geração em geração a função de ser griô. São os Kouyaté. Na ima-gem, podemos ver o griô e ator malinês Sotigui Kouyaté (1936-2010) interpretando Tierno Bokar, importante personalida-de africana.

HARTMANN, Volker. O griô e ator malinês Sotigui Kouyaté ensaiando peça teatral. 2004. 1 fotografia, color.

©Getty Images/AFP/Volker HartmannRe

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22255História

1 Agora, de acordo com a leitura, responda às questões:

a) O que narravam os contadores de histórias na praça em Marrakech?

b) O que aconteceu com os contadores de histórias de Marrakech?

c) Em sua opinião, por que a nova geração de marroquinos está se organizando para resgatar a tradição de contações de histórias?

2 Onde você mora existe algum espaço destinado à contação de histórias? Já visitou esse espaço? Se sim, compartilhe a sua experiência com a turma.

Leia este trecho de uma reportagem:

Era uma vez uma praça em Marrakech onde contadores de histórias se reuniam, no fim da tarde envolvidos pela fumaça dos incensos e pela luz das lanternas, para narrar os causos de reis, princesas e gênios da lâmpada.

As décadas se passaram. Vieram a internet, os smartphones e as caixas de som.

A praça Jamaa al-Fnaa, outrora centro social da vida de Marrakech, virou atração turística. Os contadores de história desapareceram.

Seria um conto sem final feliz. Mas uma nova ge-ração de marroquinos, preocupados com o sumiço de suas tradições, se organiza para devolver os narradores ao lugar que tinham décadas atrás. [...]

BERCITO, Diogo. Narradores de Marrakech: nova geração de marroquinos tenta resgatar tradição de contar histórias, ameaçada de extinção. Folha de São Paulo, São Paulo, 11 nov. 2015. Ilustrada, C4.

Marrakech: cidade do Marrocos, um país africano.incensos: substâncias utilizadas para perfumar ambientes.causos: histórias, contos. outrora: em outros tempos, no passado. marroquinos: indivíduos nascidos ou habitantes no Marrocos.

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Cultura afro-brasileira e a tradição oral

A oralidade foi fundamental para que as culturas africanas se mantivessem vivas em locais distantes do continente africano, pois permitiu que algumas tra-dições pudessem sobreviver no decorrer dos anos de escravidão. As histórias eram passadas de geração em geração, e foi dessa maneira que muitas dessas narrativas chegaram ao Brasil.

Os elementos culturais trazidos por diversos povos africanos fazem parte da história e da formação da cultura brasileira. Ao se misturarem com aspectos da cultura de outros povos, como de europeus e de grupos indígenas, formaram a cultura afro-brasileira.

A congada é um exemplo de cultura afro-brasileira. Trata-se de um folguedo que começou a ser praticado pelos escravizados há mais de 400 anos. Essa festa mistura parte da cultura africana com a religiosidade católica, trazida ao Brasil pe-los portugueses.

As congadas acontecem em várias regiões do Brasil, desde o Nordeste até o Sul do país. Na festa, a principal celebração é a coroação do rei do Congo, em que os participantes apresentam, por meio de canções, parte das histórias que aconteciam nesse antigo reino africano.

folguedo: festa popular.

GERLOFF, Gerson. Apresentação de grupo de congada em culto a São Benedito, Antonina. 2017. 1 fotografia, color.

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Os povos indígenas tam-bém expressam valores, his-

tórias e a maneira que com-preendem o mundo por meio de

pinturas corporais. Muitas dessas pintu-ras são inspiradas em elementos da natureza, como plantas e animais. Esses desenhos podem represen-tar a etnia a que pertencem, determinado momento da vida do indivíduo (casamento, luto, nascimento de filhos, etc.) ou a condição dele na sociedade (sol-teiro, casado, líder, guerreiro, entre outros).ddddeeeeee fffffiiiilllhhhhhhhhoooooossss,,,,, eeeeeeeeeeettttttttttccccccccc..........)))))) oooooooooouuuuuu aaaaaa ccccccoooooonnnnnnnndddddddddddddiiiiiiiiiiçççççççççççççççãããããããoooooooo ddddddddeeeeeeeeeelllllleeeeeeeee nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnaaaaaaaaaaa sssssssssoooooooooocccccciieeeeeedddddddaaaaaaaaaadddddddddeeeeeee (((((((sssssssssoooooooolllttttteeeeeeeeiiiiirrrrrrooooooo,,,,,, ccccccaaaaaasssssssssaaaaaaddddddddddddoooooooo,,,,,,,,, llllllllííííííííddddddddddddeeeeerrrrrrrr,,,,, gggguuueeeeerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrreeeeeeeeeeeiiiiiiiirrrrrrrroooooooo,,,,, eeeeeeeeeeeennnnnnnnnttttttttttrrrrrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ooooooooooooouuuuuuuuuttttttttttrrrrrrroooooooossssssss))))))).........

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Os mitos dos povos indígenas

Os mitos são muito comuns em diversas culturas indí-genas no Brasil. A principal maneira de ensinar os saberes do grupo às novas gerações é por meio da fala. Ao narrarem mitos, os indígenas explicam o surgimento do universo, o dia, a noite, a morte, a vida e até mesmo a origem de alimentos como o milho, o guaraná e a mandioca.

Por terem maior conhecimento das tradições de seu povo, são geralmente os líderes (o cacique, o xamã e o pajé) ou as pessoas mais velhas da comu-nidade indígena que se encarregam de comparti-

lhar as histórias com os demais indivíduos.

GAUDITANO, Rosa. Menina Carajá da Ilha do Bananal, Tocantins, enfeitada para o VII Jogos dos Povos Indígenas em Porto Seguro, Bahia. 2004. 1 fotografia, color.

Os indígenas Karajá pintam ou tatuam o rosto com dois círculos em um ritual que acontece quando atingem 11 anos de idade.

Os Kayapó são indígenas que podem ser encontrados na região sul do Pará. Uma das versões de um mito sobre o surgimento desse povo conta que os ancestrais kayapós viviam próximos às estrelas e, ao seguirem um tatu que cavava um buraco, descobriram uma passagem para a Terra. Utilizando uma corda, eles desceram até o mundo terrestre, onde decidiram viver.

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2222888 5º. ano – Volume 2

1 Qual a importância dos griôs para os povos africanos que cultivam essa tradição?

2 Leia este trecho de texto:

SALERNO, Silvana. África: contos do rio, da selva e da savana. Barueri: Girassol, 2015. p. 7.

Com base na leitura, faça o que se pede.

a) A que tradição oral o texto se refere? Marque a resposta com X.

Tradição indígena. Tradição africana.

Tradição afro-brasileira.

b) Pesquise uma história da tradição assinalada na questão anterior e que poderia ser contada embaixo de um baobá ou em volta de uma foguei-ra. Compartilhe essa história com a turma.

3 Indique com lápis de cor verde quais são as afirmações verdadeiras e com lápis de cor vermelho quais são as falsas.

Os mitos são narrativas que explicam apenas o surgimento do universo.

Os mitos não são importantes para as culturas indígenas, pois não são histórias verdadeiras.

Os saberes de muitos grupos indígenas são compartilhados com as comunidades pelas pessoas mais velhas.

[...]

À noite, nas aldeias, as pessoas se reuniam para ouvir os contos. No verão, ficavam embaixo de um baobá ou de uma palmeira, no inverno, ao redor de uma fogueira. [...]

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Na cultura kayapó, existe a crença de que os ancestrais desse povo viviam próximo às estrelas antes de povoarem a terra.

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22299História

No tempo da natureza

A relação dos grupos indígenas com a natureza é representada em diver-sos aspectos culturais desses grupos. Não apenas as histórias contadas de ge-ração em geração, mas também a natureza influencia a maneira como os indí-genas contam o tempo. Para se organizar em longos períodos de tempo, os indígenas observaram os ciclos das chuvas, as cheias e vazantes dos rios, as estações do ano, as estrelas no céu, e outros elementos da natureza.

Com base nessas observações, diversos povos criaram calendários para au-xiliar na organização das tarefas durante o ano: época de colheita ou de plantio; de chuvas ou de seca; e até mesmo períodos de celebrações e rituais.

Observe um calendário anual do povo indígena Tuyuca, que vive na região amazônica.

vazantes: períodos de menor volume de águas de um rio.

Os Tuyuca representa-ram ciclos de enchentes, períodos de floração e frutificação, revoada de formigas e cupins, desova de peixes, apare-cimento de rãs, e outras manifestações da natureza. Esse calendário também foi feito com base na observação das constelações. Por exemplo, quando a constelação Plêiades aparece na madrugada, considera-se início de um novo ano.

CALENDÁRIO anual Tuyuca. 1 fotografia, color. Instituto Socioambiental.

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30 5º. ano – Volume 2

Calendário lunar

Desde muito tempo, os huma-nos têm o hábito de observar o céu. Com isso, sociedades anti-gas, como a egípcia e a meso-potâmica, perceberam que os astros celestes têm certa regu-laridade em seus movimentos. A Lua, por exemplo, têm um ciclo de 28 dias, com 4 fases diferentes. Ao final, o processo se repete, inician-do-se um novo ciclo. Por isso, alguns po-vos contam 28 dias para representar o período de um mês, pois esse é o tempo que a Lua demora para passar por suas fases sem repeti-las.

Calendário solar

Os mesopotâmicos perceberam que a Terra demorava aproximada-mente 365 dias para dar uma volta completa em torno do Sol. Eles conse-guiram notar isso por causa das mudanças no tempo.

Com base nessa observação, elaboraram um calendário dividido em 12 meses. Cada mês dividido em semanas, e cada semana, em 7 dias, que era o número de corpos celestes que eles conhe-ciam na época: Sol, Lua, Marte, Mercúrio, Vênus, Júpiter e Saturno.

Esse tipo de calen-dário, que tem como base o ciclo solar, foi adaptado e é usado atualmente em vários países, como no Brasil.

Um exemplo

de calendário lunar é o dos islâmicos, composto de 12 meses,

de 29 ou 30 dias

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31História

1 Para que servem os calendários?

2 Crie um calendário em que o primeiro ano é o ano de seu nascimento: Como é esse calendário? Que acontecimentos importantes podem ser registrados nele?

Em uma folha à parte, desenhe o seu calendário e registre nele:

• as atividades que realiza diariamente e anualmente;

• as datas e os acontecimentos mais importantes para você.

3 Como você se organiza para realizar essas atividades?

Para marcar o primeiro ano dos calendários, as socie-dades escolheram eventos que consideravam impor-tantes de acordo com suas crenças e cultura. Nas socie-

dades cristãs, por exemplo, o nascimento de Jesus Cristo é considerado o ano 1 do calendário. Já nas sociedades islâmicas, o primeiro ano é a data em que Muhammad fundou o islamismo, o ano

de 622, conforme o nosso calendário. Por isso, nem todos os países contam o tempo da mesma maneira. Entretanto, é importante destacar que o ano 1 dos calendários é apenas simbólico, o tempo existia muito antes disso.

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333322 5º. ano – Volume 2

Leia as seguintes imagens.

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SUYÁ, Thiayu. [Calendário indígena suyá]. [s.d.]. 1 ilustração, color. In: PARQUE Indígena do Xingu; Instituto Socioambiental. Geografia indígena: Parque Indígena do Xingu. Brasília: MEC; SEF; DPEF, 1988.

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33333História

Imagem 2

Calendário gregoriano

De acordo com a leitura das imagens, responda às questões.

a) O que essas imagens representam?

b) Descreva como o povo indígena Suyá organiza as atividades de traba-lho ou de lazer durante o ano.

c) Sobre a diferença entre os dois calendários, marque V na(s) afirmati-va(s) verdadeira(s) e F na(s) falsa(s).

O calendário da imagem 2 marca alguns eventos e celebrações importantes para grande parte da sociedade brasileira.

O calendário da imagem 1 representa um modo de vida ligado à natureza.

O calendário da imagem 1 está relacionado a atividades urbanas.

Marcelo Bittencourt. 2019. D

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333344 5º. ano – Volume 2

De seu material de apoio, recorte as partes que representam um dos ca-lendários utilizados pelos astecas, povo que viveu na América Central há aproxi-madamente 700 anos. Siga as instruções para montá-lo:

a) Recorte os discos e o marcador com a indicação Data.

b) Peça a um adulto para fixar, usando percevejos, os dois discos, um ao lado do outro, em uma base de papel do tipo cartolina.

c) Fixe o marcador Data entre os discos.

d) Gire os discos ajustando o mês 1 à figura do jacaré, para representar o 1.º dia de um ano nesse calendário.

A oralidade faz parte da cultura de diversos povos do passado. Na atuali-dade, existem sociedades em que a oralidade é uma importante forma de transmissão de conhecimentos, tradições e saberes.

A cultura afro-brasileira é herança dos povos africanos que foram trazidos como escravizados para o Brasil. Essa cultura resistiu ao tempo, pois foi passada de geração em geração, geralmente, por meio da oralidade.

Os povos indígenas do Brasil têm tradição oral, o que permite a eles compar-tilhar mitos, costumes, valores e saberes de geração em geração.

Os calendários foram criados para organizar as tarefas realizadas nas socie-dades, principalmente as atividades de trabalho. Cada sociedade adotou um tipo de calendário, de acordo com suas crenças e sua cultura.

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Página 34 – Calendário asteca

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Page 36: da História p. 2 diferentes histórias p. 20 · 2020-05-06 · 1 Os tipos de objetos representados podem ser estudados para conhecer- ... a formação de outros alfabetos, como o