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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL \ DA MAIA REGULAMENTO INTERNO 2010 - 2014 Sede: Rua Freitas Gazul N.º 6 - Lisboa Email: [email protected] Tel.: 213928870 Fax: 213955606

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL

\ DA MAIA

REGULAMENTO INTERNO 2010 - 2014

Sede: Rua Freitas Gazul N.º 6 - Lisboa Email: [email protected]

Tel.: 213928870 Fax: 213955606

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ÍNDICE

CAPÍTULO I – ENQUADRAMENTO LEGAL E ÂMBITO DE APLICAÇÃO ............................................................................ 3

CAPÍTULO II – ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ............................................................................................. 5

Secção 1 – Conselho Geral ............................................................................................................................. 5

Secção 2– Diretor ........................................................................................................................................... 9

Secção 3 – Coordenação de Estabelecimento ............................................................................................. 15

Secção 4 - Conselho Pedagógico .................................................................................................................. 16

Secção 5 – Conselho Administrativo ............................................................................................................ 18

CAPÍTULO III - ESTRUTURAS DE ORIENTAÇÃO EDUCATIVA ........................................................................................19

CAPÍTULO IV – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO ............................................................................33

Secção 1 – Serviços de Psicologia e Orientação – SPO ................................................................................ 34

Secção 2 – Educação Especial ...................................................................................................................... 35

Secção 3- Ação Social Escolar ...................................................................................................................... 36

Secção 4 – Gabinete de Intervenção Pedagógica e Educativa .................................................................... 36

Secção 5 – Actividades de Complemento Curricular ................................................................................... 37

Secção 6 – GAA – Gabinete de Apoio ao Aluno ........................................................................................... 52

Secção 7 – Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativos .................................................................. 52

CAPÍTULO V – DIREITOS E DEVERES DOS MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR .....................................................56

Secção 1 – Direitos e Deveres Gerais da Comunidade Escolar .................................................................... 56

Secção 2 – Direitos e Deveres dos Alunos ................................................................................................... 57

Secção 3 – Quadro de Valor e Quadro de Excelência – 2.º e 3.º Ciclo ........................................................ 73

Secção 4 – Direitos e Deveres do Pessoal Docente ..................................................................................... 74

Secção 5 – Direitos e Deveres do Pessoal Não Docente .............................................................................. 79

Secção 6 – Direitos e Deveres dos Pais e Encarregados de Educação ......................................................... 84

Secção 7 – Direitos e Deveres da Associação de Pais e Encarregados de Educação - PEE ........................ 88

Secção 8 – Direitos e Deveres das Autarquias Locais e de outras Instituições da Comunidade Local ........ 88

CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES COMUNS ENTRE OS JARDINS-DE-INFÂNCIA E ENTRE AS ESCOLAS DO 1.º CICLO ...........89

Secção 1 – Disposições comuns aos jardins de infância .............................................................................. 89

Secção 2 – Disposições comuns às escolas do 1.º Ciclo ............................................................................... 91

CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................92

CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS .........................................................................................................................92

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CAPÍTULO I – ENQUADRAMENTO LEGAL E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Artigo 1.º AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MANUEL DA MAIA

1. O Agrupamento de Escolas Manuel da Maia é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios de administração e gestão, integrando estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos três ciclos do ensino básico, a partir de um projecto pedagógico comum, com vista à realização das finalidades seguintes:

a) Favorecer um percurso escolar sequencial e articulado dos alunos nos estabelecimentos de educação e ensino que o integram;

b) Reforçar a capacidade pedagógica e o aproveitamento racional dos recursos, dos estabelecimentos que o integram;

c) Garantir a aplicação de um regime de autonomia, administração e gestão comum aos estabelecimentos de educação e de ensino que compõem o agrupamento;

d) Valorizar e enquadrar experiências em curso.

2. O Agrupamento situa-se em Lisboa, na freguesia do Sto Condestável embora integre estabelecimentos de ensino que pertencem à freguesia dos Prazeres e é constituído pelos seguintes estabelecimentos públicos de educação e de ensino:

a) Escola E. B. 2, 3 Manuel da Maia;

b) Escola E. B. 1 / Jardim-de-Infância Santo Condestável;

c) Escola E. B. 1 / Jardim-de-Infância Vale de Alcântara;

d) Escola E. B.1/ Jardim-de-Infância Fernanda de Castro

3. O Agrupamento adoptou a designação de Manuel da Maia, patrono da Escola Sede do Agrupamento de Escolas Manuel da Maia (1677-1768), foi militar, Engenheiro-Mor do reino, Guarda-Mor da Torre do Tombo e mestre dos filhos de D. João V. Trabalhou no estudo do Aqueduto das Águas Livres, na ampliação do hospital das Caldas da Rainha e nos estudos para a reconstrução de Lisboa. Deve-se-lhe ainda a salvação do inestimável espólio da Torre do Tombo, aquando do terramoto.

4. A zona de implantação do Agrupamento situa-se maioritariamente em Campo de Ourique, área da cidade que deve a Ressano Garcia o traçado rectilíneo que a caracteriza. Zona de fortes tradições republicanas e democráticas é hoje um bairro em modernização, mantendo um certo equilíbrio entre a habitação, o comércio e os serviços.

Artigo 2.º ESCOLA SEDE

O Agrupamento tem sede na Escola Básica do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico Manuel da Maia que se situa na Rua Freitas Gazul, nº 6 em Lisboa.

Artigo 3.º REGIME E OBJECTIVOS

As Escolas do Agrupamento integram a Educação Pré-escolar e o 1.º, 2.º e 3.º Ciclos do Ensino básico, nos termos e com os objectivos definidos pela lei.

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Artigo 4.º OBJECTO E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

1. O presente Regulamento Interno, elaborado nos termos do disposto no Regime de Autonomia, Administração e Gestão das Escolas, aprovado pelo Decreto-Lei N.º 75/2008, de 22 de Abril, republicado no Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de Julho, aplica-se nos estabelecimentos de educação e de ensino que integram o Agrupamento, a docentes e não docentes, a alunos e a pais e encarregados de educação, bem como aos órgãos de administração e gestão, às estruturas de orientação e de apoio educativo, a todos os serviços, aos visitantes e a outros utilizadores, mesmo que ocasionais.

2. O Regulamento Interno é um documento de sistematização da organização das escolas que constituem o agrupamento e visa o seu funcionamento geral e a definição de direitos e deveres dos alunos, do pessoal docente e não docente, dos pais e encarregados de educação, bem como da sua integração e linhas de orientação nos contactos com a comunidade.

3. A sua aplicação articula-se com o Projecto Educativo do Agrupamento e assenta na legislação em vigor.

Artigo 5.º PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ADMINISTRAÇÃO DO AGRUPAMENTO

1. Na administração do Agrupamento são observados os seguintes princípios orientadores:

a) Democraticidade e participação de todos os intervenientes no processo educativo, de modo adequado às características específicas dos vários níveis de educação e de ensino;

b) Primado de critérios de natureza pedagógica e científica sobre critérios de natureza administrativa;

c) Representatividade dos órgãos de administração e gestão do Agrupamento, garantida pela nomeação ou eleição democrática de representantes da comunidade educativa;

d) Responsabilização do Estado e dos diversos intervenientes no processo educativo;

e) Estabilidade e eficiência da gestão escolar, garantindo a existência de mecanismos de comunicação e informação;

f) Transparência dos actos de administração e gestão.

Artigo 6.º ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO AGRUPAMENTO

1. A administração e gestão do Agrupamento são asseguradas por órgãos próprios, os quais orientam a sua acção segundo os princípios fixados na lei e no Regulamento Interno.

2. A autonomia de administração e gestão do Agrupamento e de criação e desenvolvimento do respectivo Projecto Educativo pressupõe a responsabilidade de todos os membros da comunidade educativa pela salvaguarda efectiva do direito à educação e à igualdade de oportunidades no acesso e no sucesso escolares, pela prossecução integral dos objectivos do Projecto Educativo.

3. A comunidade educativa integra, sem prejuízo dos contributos de outras entidades, os alunos, os pais e encarregados de educação, os professores, os funcionários não docentes das escolas, as autarquias locais e os serviços da administração central e regional com intervenção na área da educação, nos termos das respectivas responsabilidades e competências.

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CAPÍTULO II – ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

SECÇÃO 1 – CONSELHO GERAL

Artigo 7.º DEFINIÇÃO

1. O Conselho Geral é o órgão de direcção estratégica, assegurando a participação e representação da comunidade educativa, responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade do Agrupamento, com respeito pelos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa, na Lei de Bases do Sistema Educativo e demais legislação aplicável.

2. O Conselho Geral integra representantes dos docentes, dos pais e encarregados de educação, do pessoal não docente, do município, bem como da comunidade local.

Artigo 8.º COMPOSIÇÃO DO CONSELHO GERAL

1. O número total de membros do Conselho Geral é de dezassete, devendo integrar representantes dos educadores de infância e professores do 1º Ciclo.

1.1. Sete docentes:

a) Um representante dos Jardins-de-Infância;

b) Dois representantes do 1º Ciclo;

c) Quatro representantes do 2º e 3º Ciclo.

1.2. Um representante dos assistentes operacionais.

1.3. Quatro representantes dos Encarregados de Educação:

a) Um representante do Jardim-de-Infância (art.º 113.º R.I. da APEE);

b) Um representante do 1º Ciclo;

c) Dois representantes do 2º e 3º Ciclo.

1.4. Um representante da Junta de Freguesia;

1.5. Um representante da Câmara Municipal;

1.6. Três representantes da Comunidade local.

2. O Diretor participa nas reuniões do Conselho Geral, sem direito a voto.

Artigo 9.º COMPETÊNCIAS

1. Compete ao Conselho Geral:

a) Eleger o respetivo Presidente, de entre os seus membros;

b) Eleger o Diretor, nos termos dos artigos 19.º a 21.ºdo presente regulamento;

c) Aprovar o Projeto Educativo e acompanhar e avaliar a sua execução;

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d) Aprovar o Regulamento Interno do agrupamento de escolas ou escola não agrupada;

e) Aprovar os Planos Anual e plurianual de Atividades;

f) Apreciar os relatórios periódicos e aprovar o relatório final de execução do Plano Anual de Actividades;

g) Aprovar as propostas de contratos de autonomia;

h) Definir as linhas orientadoras para a elaboração do orçamento;

i) Definir as linhas orientadoras do planeamento e execução, pelo Diretor, das actividades no domínio da Ação Social Escolar;

j) Aprovar o relatório de contas de gerência;

k) Apreciar os resultados do processo de autoavaliação;

l) Pronunciar-se sobre os critérios de organização dos horários;

m) Acompanhar a ação dos demais órgãos de administração e gestão;

n) Promover o relacionamento com a comunidade educativa;

o) Definir os critérios para a participação da escola em actividades pedagógicas, científicas, culturais e desportivas.

p) Dirigir recomendações aos restantes órgãos, tendo em vista o desenvolvimento do projeto educativo e o cumprimento do plano anual de atividades;

q) Participar, nos termos definidos em diploma próprio, no processo de avaliação do desempenho do diretor;

r) Decidir os recursos que lhe são dirigidos;

s) Aprovar o mapa de férias do diretor.

2. O Presidente é eleito por maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral em efectividade de funções.

3. No desempenho das suas competências, o Conselho Geral tem a faculdade de requerer aos restantes órgãos as informações necessárias para realizar eficazmente o acompanhamento e a avaliação do funcionamento do agrupamento de escolas ou escola não agrupada e de lhes dirigir recomendações, com vista ao desenvolvimento do Projecto Educativo e ao cumprimento do Plano Anual de Atividades.

4. O Conselho Geral pode constituir no seu seio uma comissão permanente, na qual pode delegar as competências de acompanhamento da actividade do agrupamento de escolas ou escola não agrupada entre as suas reuniões ordinárias.

5. A comissão permanente constitui-se como uma fracção do Conselho Geral, respeitada a proporcionalidade dos corpos que nele têm representação.

Artigo 10.º FUNCIONAMENTO

1. O Conselho Geral funcionará de acordo com o respectivo regimento.

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2. Na primeira reunião os membros do Conselho Geral elegem o respetivo presidente de entre os seus membros, em efetividade de funções, por maioria absoluta.

3. O Conselho Geral reúne, ordinariamente, uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que seja convocada pelo respetivo Presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efetividade de funções ou por solicitação do Diretor.

4. As reuniões do Conselho Geral devem ser marcadas em horário que permitam a participação de todos os seus membros.

Artigo 11.º CONVOCATÓRIAS

1. Os Conselhos Gerais de carácter ordinário deverão ser convocados pelo Presidente com uma antecedência mínima de cinco dias úteis.

2. Os Conselhos Gerais extraordinários deverão ser convocados pelo Presidente com uma antecedência mínima de quarenta e oito horas.

3. Em qualquer dos casos a convocatória será sempre acompanhada pela ordem de trabalhos e deverá ser afixada nos locais destinados para o efeito para conhecimento do pessoal docente e não docente e enviada por via postal, fax ou email para os restantes representantes.

Artigo 12.º DESIGNAÇÃO DE REPRESENTANTES

1. Os representantes do pessoal docente e do pessoal não docente no Conselho Geral são eleitos separadamente pelos respetivos corpos.

2. Os representantes dos pais e encarregados de educação são eleitos em assembleia-geral de pais e encarregados de educação do agrupamento sob proposta das respetivas organizações representativas. Na inexistência destas, o Director convocará uma assembleia de pais e encarregados de educação, da qual sairão nomeados esses representantes.

3. O Conselho Geral cooptará, por consenso ou maioria simples, três membros da comunidade local.

4. Os representantes do município são designados pela Câmara Municipal podendo esta delegar tal competência na Junta de Freguesia.

5. Os representantes da comunidade local, quando se trate de representantes de instituições ou organizações são indicados pelas mesmas.

6. Na falta de listas do pessoal docente ou do pessoal não docente, o Diretor convocará respetivamente uma reunião geral de docentes e uma reunião geral do pessoal não docente, de onde sairão os nomes que constituirão as listas para o Conselho Geral que serão posteriormente submetidas a sufrágio nos termos do Dec. Lei n.º 75/2008 de 22 de Abril, republicado no Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de Julho.

Artigo 13.º PROCESSO ELEITORAL

1. O processo eleitoral para o Conselho Geral realiza-se por sufrágio direto, secreto e presencial.

2. O Presidente do Conselho Geral, nos 90 dias anteriores ao termo do respectivo mandato, convoca as assembleias eleitorais para a designação dos representantes do pessoal docente e do pessoal não docente.

3. As convocatórias mencionam as normas práticas do processo eleitoral, locais de afixação das

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listas de candidatos, hora e local ou locais do escrutínio, e são afixadas nos lugares habituais.

4. O pessoal docente e o pessoal não docente reúnem, até oito dias antes da data de realização das assembleias eleitorais, para decidir da composição das respectivas mesas eleitorais, as quais serão constituídas por um Presidente e dois secretários, eleitos individualmente.

5. As urnas mantêm-se abertas durante oito horas, a menos que antes tenham votado todos os eleitores inscritos nos cadernos eleitorais.

6. A abertura das urnas é efectuada perante a respectiva assembleia eleitoral, lavrando-se acta, a qual será assinada pelos componentes da mesa e pelos restantes membros da assembleia que o desejarem.

7. Os representantes do pessoal docente e do pessoal não docente candidatam-se à eleição, constituídos em listas separadas.

8. Para organização do processo eleitoral para os representantes ao Conselho Geral, serão considerados os seguintes aspectos:

a) Os representantes dos docentes bem como do pessoal não docente, candidatam-se à eleição constituídos em listas, de acordo com a legislação em vigor;

b) As listas devem conter a indicação dos candidatos a membros efectivos, em número igual ao dos respectivos representantes no Conselho Geral, bem como dos candidatos a membros suplentes;

c) As listas dos docentes e dos não docentes são rubricadas pelos respectivos candidatos que assim manifestam a sua concordância.

9. A data limite, para apresentação das listas candidatas, deve anteceder em cinco dias o acto eleitoral.

10. Os membros da mesa eleitoral serão eleitos em reunião geral convocada expressamente para o efeito pelo Director.

11. Cada lista poderá indicar até dois representantes para acompanhar todos os actos da eleição.

12. A conversão dos votos em mandatos faz-se de acordo com o método de representação proporcional da média mais alta de Hondt.

13. Sempre que na aplicação do método referido no número anterior não resultar a eleição de pelo menos um educador de infância, um professor do 1.º Ciclo e um professor do 2.º ou do 3.º Ciclo, o último mandato da lista mais votada é atribuído ao primeiro candidato que reúna tal requisito.

14. Método equivalente deve ser aplicado à eleição do pessoal não docente, de forma a respeitar a representatividade definida na alínea b) do ponto 8.

15. Os resultados da assembleia eleitoral serão transcritos na respetiva ata, a qual será assinada pelos membros da mesa.

Artigo 14.º PRODUÇÃO DE EFEITOS

1. As atas das assembleias eleitorais são entregues, nos 3 dias subsequentes ao da realização da eleição, ao Presidente do Conselho Geral, o qual as remeterá de imediato, acompanhadas dos documentos de designação dos representantes dos pais e encarregados de educação, da autarquia local e da instituição representativa da comunidade local, ao Director Regional de Educação de Lisboa.

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2. O Presidente do Conselho Geral, nos 7 dias subsequentes ao envio da documentação referida no número anterior, convoca a primeira reunião do Conselho Geral com a nova composição.

Artigo 15.º MANDATO

1. O mandato dos membros da do Conselho Geral tem a duração de quatro anos, sem prejuízo do disposto nas alíneas seguintes.

2. O mandato dos representantes dos pais e encarregados de educação tem a duração de dois anos lectivos.

3. Os membros do Conselho Geral serão substituídos no exercício do cargo se, entretanto, perderem a qualidade que determinou a respectiva eleição ou designação.

4. As vagas resultantes da cessação do mandato dos membros eleitos são preenchidas pelo primeiro candidato não eleito, segundo a respectiva ordem de precedência na lista a que pertencia o titular do mandato, respeitando o disposto no n.º12 do art.º 13.º deste Regulamento Interno.

Artigo 16.º REGIMENTO

Compete ao Conselho Geral aprovar o seu regimento de funcionamento, nos primeiros trinta dias do seu mandato.

SECÇÃO 2 – DIRETOR

Artigo 17.º DIRETOR

1. O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas. A direção executiva do agrupamento é assegurada pelo Director, que é o responsável pela administração e gestão nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.

2. O Director é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdiretor e por um a três (dois) adjuntos de acordo com o disposto no art.º 19 do Decreto-Lei n.º 75/2008 de 22 de Abril, republicado no Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de Julho.

Artigo 18.º COMPETÊNCIAS DO DIRETOR

1. Compete ao Diretor submeter à aprovação do Conselho Geral o Projeto Educativo elaborado pelo Conselho Pedagógico.

2. Ouvido o Conselho Pedagógico, compete também ao Diretor:

2.1. Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Geral:

a) As alterações ao Regulamento Interno;

b) O Plano Anual e plurianual de Atividades;

c) O relatório anual de atividades;

d) As propostas de celebração de contratos de autonomia.

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2.2. Aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente e não docente, ouvido também, no último caso, o município.

3. No ato de apresentação ao Conselho Geral, o Diretor faz acompanhar os documentos referidos no ponto 2.1., do número anterior, dos pareceres do Conselho Pedagógico.

4. Sem prejuízo das competências que lhe sejam cometidas por lei, no plano da gestão pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial, compete ao Diretor, em especial:

a) Definir o regime de funcionamento do agrupamento de escolas ou escola não agrupada;

b) Elaborar o projecto de orçamento, em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo Conselho Geral;

c) Superintender na constituição de turmas e na elaboração de horários;

d) Distribuir o serviço docente e não docente;

e) Designar os Coordenadores de Escola ou estabelecimento de Educação Pré-escolar;

f) Propor os candidatos ao cargo de coordenador de departamento curricular, designar os Coordenadores dos Departamentos curriculares e designar os Diretores de Turma;

g) Planear e assegurar a execução das actividades no domínio da Acção Social Escolar, em conformidade com as linhas orientadoras definidas pelo Conselho Geral;

h) Gerir as instalações, espaços e equipamentos, bem como os outros recursos educativos;

i) Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou de associação com outras escolas e instituições de formação, autarquias e colectividades, em conformidade com os critérios definidos pelo Conselho Geral nos termos da alínea o) do n.º 1 do art.º 9.º do Regulamento Interno;

j) Proceder à selecção e recrutamento do pessoal docente, nos termos dos regimes legais aplicáveis;

k) Assegurar as condições necessárias à realização da avaliação do desempenho do pessoal docente e não docente, nos termos da legislação aplicável;

l) Dirigir superiormente os serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos.

5. Compete ainda ao director:

a) Representar a escola;

b) Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;

c) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos nos termos da legislação aplicável;

d) Intervir nos termos da lei no processo de avaliação de desempenho do pessoal docente;

e) Proceder à avaliação de desempenho do pessoal não docente.

6. O Diretor exerce ainda as competências que lhe forem delegadas pela administração educativa e pela Câmara Municipal.

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7. O Diretor pode delegar e subdelegar no subdiretor, nos adjuntos ou nos coordenadores de escola ou de estabelecimento de educação pré-escolar as competências referidas nos números anteriores, com exceção da prevista na alínea d) do n.º 5.

8. Nas suas faltas e impedimentos, o Diretor é substituído pelo subdiretor.

9. Para a designação dos Coordenadores de Escola ou estabelecimento de Educação Pré-escolar, dos Coordenadores dos Departamentos Curriculares e dos Diretores de Turma, deve pedir o parecer dos respetivos grupos.

Artigo 19.º RECRUTAMENTO

1. O Diretor é eleito pelo Conselho Geral.

2. Para recrutamento do Diretor, desenvolve-se um procedimento concursal, prévio à eleição, nos termos do artigo seguinte.

3. Podem ser opositores ao procedimento concursal referido no número anterior docentes de carreira (dos quadros de nomeação definitiva) do ensino público ou professores profissionalizados com contrato por tempo indeterminado do ensino particular e cooperativo, em ambos os casos com, pelo menos, cinco anos de serviço e qualificação para o exercício de funções de administração e gestão escolar, nos termos do número seguinte.

4. Consideram-se qualificados para o exercício de funções de administração e gestão escolar os docentes que preencham uma das seguintes condições:

a) Sejam detentores de habilitação específica para o efeito, nos termos das alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 56.º do Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário;

b) Possuam experiência correspondente a, pelo menos, um mandato completo no exercício dos cargos de Diretor, subdiretor ou adjunto do director, Presidente ou Vice-presidente do Conselho Executivo, Director executivo ou adjunto do Director executivo ou membro do Conselho Directivo, nos termos dos regimes aprovados respetivamente pelo Decreto-Lei n.º 137/2012, pelo Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio, alterado pelo decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de Abril, pela Lei n.º 24/99, de 22 de Abril, pelo Decreto-Lei n.º 172/91, de 10 de Maio, e pelo Decreto-Lei n.º 769 -A/76, de 23 de Outubro;

c) Possuam experiência de, pelo menos, três anos como Diretor ou Diretor Pedagógico de estabelecimento do ensino particular e cooperativo.

d) Possuam currículo relevante na área da gestão e administração escolar, como tal considerado, em votação secreta, pela maioria dos membros da comissão prevista no n.º 5 do artigo 20.º.

5. O subdirector e os adjuntos são nomeados pelo Diretor de entre docentes de carreira que contem pelo menos cinco anos de serviço e se encontrem em exercício de funções no agrupamento de escolas.

Artigo 20.º PROCEDIMENTO CONCURSAL

1. O procedimento concursal referido no artigo anterior observa regras próprias a aprovar por portaria do membro do Governo responsável pela área da educação, no respeito pelas disposições constantes dos números seguintes. Não sendo aprovada a recondução do diretor cessante, o conselho geral delibera a abertura do procedimento concursal até 60 dias antes do termo do mandato daquele.

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2. O aviso de abertura do procedimento contém, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

a) O agrupamento de escolas para que é aberto o procedimento concursal;

b) Os requisitos de admissão ao procedimento concursal fixados no Regulamento Interno;

c) A entidade a quem deve ser apresentado o pedido de admissão ao procedimento, com indicação do respetivo prazo de entrega, forma de apresentação, documentos a juntar e demais elementos necessários à formalização da candidatura;

d) Os métodos utilizados para a avaliação da candidatura.

3. O procedimento concursal é aberto no agrupamento de escolas, por aviso publicitado do seguinte modo:

a) Em local apropriado das instalações do agrupamento de escolas;

b) Na página eletrónica do agrupamento de escolas e na da direção regional de educação respectiva;

c) Por aviso publicado na 2.ª série do Diário da República e divulgado em órgão de imprensa de expansão nacional através de anúncio que contenha referência ao Diário da República em que o referido aviso se encontra publicado.

4. No acto de apresentação da sua candidatura os candidatos fazem entrega do seu curriculum vitae e de um projecto de intervenção na escola.

5. Com o objectivo de proceder à apreciação das candidaturas, o Conselho Geral incumbe a sua comissão permanente ou uma comissão especialmente designada para o efeito de elaborar um relatório de avaliação.

6. Para efeitos da avaliação das candidaturas, a comissão referida no número anterior considera obrigatoriamente:

a) A análise do curriculum vitae de cada candidato, designadamente para efeitos de apreciação da sua relevância para o exercício das funções de director e do seu mérito;

b) A análise do projecto de intervenção na escola;

c) O resultado de entrevista individual realizada com o candidato.

Artigo 21.º ELEIÇÃO

1. O Conselho Geral realiza a discussão e apreciação do relatório referido no artigo anterior, podendo, para o efeito, antes de proceder à eleição, decidir efetuar a audição dos candidatos, por deliberação tomada por maioria dos presentes ou a requerimento de pelo menos um terço dos seus membros em efetividade de funções.

2. Após a discussão e apreciação do relatório e a eventual audição dos candidatos, o Conselho Geral procede à eleição do Diretor, considerando-se eleito o candidato que obtenha maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral em efectividade de funções.

3. No caso de nenhum candidato sair vencedor, nos termos do número anterior, o Conselho Geral reúne novamente, no prazo máximo de cinco dias úteis, para proceder a novo escrutínio, ao qual são admitidos consoante o caso, o candidato único ou os dois candidatos mais votados na primeira eleição e sendo considerado eleito aquele que obtiver maior número de votos, desde que em número não inferior a um terço dos membros do conselho geral em efetividade de funções.

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4. Sempre que o candidato, no caso de ser único, ou o candidato mais votado, nos restantes casos, não obtenha, na votação a que se refere o número anterior, o número mínimo de votos nele estabelecido, é o facto comunicado ao serviço competente do Ministério da Educação e Ciência, para os efeitos previstos no artigo 66.º do decreto – lei n.º 137/2012.

Artigo 22.º HOMOLOGAÇÃO DOS RESULTADOS ELEITORAIS

1. O resultado da eleição do Director é homologado pelo Diretor – Geral da Administração Escolar nos 10 dias úteis posteriores à sua comunicação pelo Presidente do Conselho Geral, considerando-se após esse prazo tacitamente homologado.

2. A recusa de homologação apenas pode fundamentar-se na violação da lei ou dos regulamentos, designadamente do procedimento eleitoral.

Artigo 23.º POSSE

1. O Diretor toma posse perante o Conselho Geral nos 30 dias subsequentes à homologação dos resultados eleitorais pelo Diretor - Geral da Administração Escolar.

2. O Diretor designa o subdiretor e os seus adjuntos no prazo máximo de 30 dias após a sua tomada de posse.

3. O subdiretor e os adjuntos do director tomam posse nos 30 dias subsequentes à sua designação pelo Director.

Artigo 24.º MANDATO

1. O mandato do Director tem a duração de quatro anos.

2. Até 60 dias antes do termo do mandato do Director, o Conselho Geral delibera sobre a recondução do Diretor ou a abertura do procedimento concursal tendo em vista a realização de nova eleição.

3. A decisão de recondução do Director é tomada por maioria absoluta dos membros do Conselho Geral em efectividade de funções, não sendo permitida a sua recondução para um terceiro mandato consecutivo.

4. Não é permitida a eleição para um quinto mandato consecutivo ou durante o quadriénio imediatamente subsequente ao termo do quarto mandato consecutivo.

5. Não sendo ou não podendo ser aprovada a recondução do Director de acordo com o disposto nos números anteriores, abre-se o procedimento concursal tendo em vista a eleição do Director, nos termos do art.º 20.º do Regulamento Interno.

6. O mandato do Director pode cessar:

a) A requerimento do interessado, dirigido ao Diretor – Geral da Administração Escolar, com a antecedência mínima de 45 dias, fundamentado em motivos devidamente justificados;

b) No final do ano escolar, por deliberação do Conselho Geral aprovada por maioria de dois terços dos membros em efectividade de funções, em caso de manifesta desadequação da respectiva gestão, fundada em factos comprovados e informações, devidamente fundamentadas, apresentados por qualquer membro do Conselho Geral;

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c) Na sequência de processo disciplinar que tenha concluído pela aplicação de sanção disciplinar de cessação da comissão de serviço, nos termos da lei.

7. A cessação do mandato do Director determina a abertura de um novo procedimento concursal.

8. Os mandatos do subdirector e dos adjuntos têm a duração de quatro anos e cessam com o mandato do Director.

9. Sem prejuízo do disposto no número anterior, e salvaguardadas as situações previstas nos artigos 35.º e 66.º do Decreto-Lei n.º 137/2012, quando a cessação do mandato do diretor ocorra antes do termo do período para o qual foi eleito, o subdiretor e os adjuntos asseguram a administração e gestão do agrupamento de escolas até à tomada de posse do novo diretor, devendo o respetivo processo de recrutamento estar concluído no prazo máximo de 90 dias.

10. Não sendo possível adotar a solução prevista no número anterior e não sendo aplicável o disposto no referido artigo 35.º, a gestão do agrupamento de escolas é assegurada nos termos estabelecidos no referido artigo 66.

11. O subdiretor e os adjuntos podem ser exonerados a todo o tempo por decisão fundamentada do Director.

Artigo 25.º REGIME DE EXERCÍCIO DE FUNÇÕES

1. O Diretor exerce as funções em regime de comissão de serviço.

2. O exercício das funções de Diretor faz -se em regime de dedicação exclusiva.

3. O regime de dedicação exclusiva implica a incompatibilidade do cargo dirigente com quaisquer outras funções, públicas ou privadas, remuneradas ou não.

4. Exceptuam-se do disposto no número anterior:

a) A participação em órgãos ou entidades de representação das escolas ou do pessoal docente;

b) Comissões ou grupos de trabalho, quando criados por resolução ou deliberação do Conselho de Ministros ou por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação;

c) A actividade de criação artística e literária, bem como quaisquer outras de que resulte a percepção de remunerações provenientes de direitos de autor;

d) A realização de conferências, palestras, acções de formação de curta duração e outras actividades de idêntica natureza;

e) O voluntariado, bem como a actividade desenvolvida no quadro de associações ou organizações não-governamentais.

5. O Diretor está isento de horário de trabalho, não lhe sendo, por isso, devida qualquer remuneração por trabalho prestado fora do período normal de trabalho.

6. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Diretor está obrigado ao cumprimento do período normal de trabalho, assim como do dever geral de assiduidade.

7. O Diretor está dispensado da prestação de serviço letivo, sem prejuízo de, por sua iniciativa, o poder prestar na disciplina ou área curricular para a qual possua qualificação profissional.

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ASSESSORIA DA DIREÇÃO

1. Para apoio à atividade do Diretor e mediante proposta deste, o Conselho Geral pode autorizar a constituição de assessorias técnico-pedagógicas, para as quais são designados docentes em exercício de funções no agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

2. Os critérios para a constituição e dotação das assessorias referidas no número anterior são definidos por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação, em função da população escolar e do tipo e regime de funcionamento do agrupamento de escolas.

SECÇÃO 3 – COORDENAÇÃO DE ESTABELECIMENTO

Artigo 26.º COORDENAÇÃO DE ESTABELECIMENTO

A coordenação de cada estabelecimento de educação/ensino com três ou mais docentes em exercício é assegurada por um Coordenador de Estabelecimento, o qual é designado pelo Director de entre o pessoal docente em exercício efectivo de funções no mesmo estabelecimento, e, sempre que possível entre professores titulares. Esta coordenação cessa com o mandato do Director. O Coordenador pode ser exonerado em qualquer momento por despacho fundamentado do Director.

Artigo 27.º COMPETÊNCIAS DO COORDENADOR DE ESTABELECIMENTO

1. Compete ao Coordenador de Estabelecimento:

a) Coordenar as actividades educativas do estabelecimento, em articulação com o Director;

b) Cumprir e fazer cumprir as decisões do Director e exercer as competências que por este lhe forem delegadas;

c) Transmitir as informações relativas a pessoal docente e não docente e aos alunos;

d) Promover e incentivar a participação dos pais e encarregados de educação, dos interesses locais e da autarquia nas actividades educativas.

2. Compete, ainda, ao Coordenador de Estabelecimento:

a) Anotar as faltas do pessoal docente e não docente no respectivo livro de ponto;

b) Tomar decisões, em situações de emergência, sobre assuntos relacionados com e funcionamento do estabelecimento, delas dando de imediato conhecimento ao Director;

c) Organizar e coordenar as tarefas relacionadas com o processo de avaliação dos alunos;

d) Coordenar o trabalho do pessoal docente e não docente;

e) Zelar pela disciplina no estabelecimento.

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SECÇÃO 4 - CONSELHO PEDAGÓGICO

Artigo 28.º CONSELHO PEDAGÓGICO

O Conselho Pedagógico é o órgão de coordenação, supervisão pedagógica e orientação educativa do Agrupamento, nomeadamente nos domínios pedagógico - didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente e não docente.

Artigo 29.º COMPOSIÇÃO

1. O Conselho Pedagógico é composto por 13 membros nele se integrando:

1.1.O Presidente do Conselho Pedagógico.

1.2.Coordenadores dos Departamentos Curriculares:

a) Línguas;

b) Matemática e Ciências Experimentais;

c) Ciências Humanas e Sociais;

d) Artes e Expressões.

1.3. Coordenador do Departamento da Educação pré-escolar.

1.4. Coordenador do Departamento do 1º ciclo.

1.5. Coordenador dos Diretores de Turma do 2º ciclo.

1.6. Coordenador dos Diretores de Turma do 3º ciclo.

1.7. Coordenador de Clubes e Projetos.

1.8. Coordenador – Professor Bibliotecário Escolar.

1.9. Dois representantes dos Serviços Especializados, sendo um do GAA e outro do SPO.

Artigo 30.º COMPETÊNCIAS

1. São competências do Conselho Pedagógico:

a) Elaborar a proposta do Projecto Educativo, a submeter pelo Diretor ao Conselho Geral;

b) Apresentar propostas para a elaboração do Regulamento Interno e dos planos anual e plurianual de atividade e emitir parecer sobre os respetivos projetos;

c) Emitir parecer sobre as propostas de celebração de contratos de autonomia;

d) Elaborar e aprovar o plano de formação e de atualização do pessoal docente;

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e) Definir critérios gerais nos domínios da informação e da orientação escolar e vocacional, do acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;

f) Propor aos órgãos competentes a criação de áreas disciplinares ou disciplinas de conteúdo regional ou local, bem como as respetivas estruturas programáticas;

g) Definir princípios gerais nos domínios da articulação e diversificação curricular, dos apoios e complementos educativos e das modalidades especiais de educação escolar;

h) Adotar os manuais escolares, ouvidos os departamentos curriculares.

i) Propor o desenvolvimento de experiências de inovação pedagógica e de formação, no âmbito do Agrupamento de Escolas e em articulação com instituições ou estabelecimentos do ensino superior vocacionados para a formação e a investigação;

j) Incentivar e apoiar iniciativas de índole formativa e cultural;

k) Definir os critérios gerais a que deve obedecer a elaboração dos horários;

l) Definir os requisitos para a contratação de pessoal docente e não docente, de acordo com o disposto na legislação aplicável;

m) Propor mecanismos de avaliação dos desempenhos organizacionais e dos docentes, bem como da aprendizagem dos alunos, credíveis e orientados para a melhoria da qualidade do serviço de educação prestado e dos resultados das aprendizagens;

n) Acompanhar e participar, nos termos regulamentados em diploma próprio, no processo de avaliação do desempenho dos docentes;

o) Proceder ao acompanhamento e avaliação da execução das suas deliberações e recomendações;

p) Elaborar o seu regimento interno, definindo as respetivas regras de organização e de funcionamento;

q) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas por lei.

Artigo 31.º DESIGNAÇÃO DOS MEMBROS

1. O coordenador de Clubes e Projetos bem como os representantes dos serviços especializados (outros coordenadores) são designados pelo Diretor.

2. Para dar cumprimento ao previsto no ponto 3 do artigo 33.º, os representantes dos pais e encarregados de educação são designados pelas Associações de Pais e Encarregados de Educação dos estabelecimentos de educação e ensino que integram o Agrupamento. Caso não existam aquelas associações, os respetivos representantes são eleitos em reunião geral de Pais e Encarregados de Educação. O representante do pessoal não docente e dos alunos são designados/eleitos…(como?:reunião de pessoal não docente, assembleia de delegados e sub-delegados)

Artigo 32.º FUNCIONAMENTO

1. O Conselho Pedagógico reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que seja convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa, a requerimento de um terço dos seus membros em efectividade de funções ou sempre que um pedido de parecer do Conselho Geral ou do Diretor o justifique.

2. As convocatórias das reuniões deverão ser divulgadas com uma antecedência mínima de 48 h e afixadas em local apropriado em todos os estabelecimentos de ensino que constituem o

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Agrupamento e comunicadas ao pessoal não docente e encarregados de educação com a mesma antecedência.

3. Nas reuniões plenárias ou de comissões especializadas, designadamente quando a ordem de trabalhos verse sobre as matérias previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e k) do artigo anterior, podem participar, sem direito a voto, a convite do presidente do conselho pedagógico, representantes do pessoal não docente, dos pais e encarregados de educação e dos alunos.

4. As reuniões do Conselho Pedagógico terão a duração máxima de 3 horas.

5. Nas reuniões em que sejam tratados assuntos que envolvam sigilo, designadamente sobre matéria de provas de exame ou de avaliação, apenas participam os membros docentes.

6. A representação dos pais e encarregados de educação no Conselho Pedagógico faz-se no âmbito de uma comissão especializada que participa no exercício das competências previstas nas alíneas a), b), e), f), j) e k) do art. 31.º do Regulamento Interno.

Artigo 33.º MANDATO

1. O mandato dos membros do Conselho Pedagógico tem a duração de quatro anos, com exceção do mandato do representante dos pais e encarregados de educação que tem a duração de dois anos.

2. O presidente do Conselho Pedagógico deverá solicitar bianualmente, às Associações de Pais e Encarregados de Educação, a indicação do respetivo representante.

3. A cessação do mandato de qualquer membro do Conselho Pedagógico determina a sua substituição por outro representante que reúna as condições previstas.

SECÇÃO 5 – CONSELHO ADMINISTRATIVO

Artigo 34.º CONSELHO ADMINISTRATIVO

O Conselho Administrativo é o órgão deliberativo (de administração e gestão do Agrupamento com competência deliberativa) em matéria administrativo-financeira do Agrupamento, nos termos da legislação em vigor.

Artigo 35.º COMPOSIÇÃO

1. O Conselho Administrativo é constituído pelo:

a) Diretor que preside;

b) Subdiretor ou um dos adjuntos do Diretor por ele designado para o efeito.

c) Chefe dos serviços administrativos ou quem o substitua.

Artigo 36.º COMPETÊNCIAS

1. Compete ao Conselho Administrativo:

a) Aprovar o seu regimento de funcionamento, nos 30 dias subsequentes ao início do seu mandato.

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b) Aprovar o projeto de orçamento anual do Agrupamento, em conformidade com as linhas orientadoras definidas Conselho Geral.

c) Elaborar o relatório de contas de gerência.

d) Autorizar a realização de despesas e o respetivo pagamento, fiscalizar a cobrança de receitas e verificar a legalidade da gestão financeira do Agrupamento.

e) Zelar pela atualização do cadastro patrimonial do Agrupamento.

f) Exercer as demais competências que lhe estão legalmente cometidas.

Artigo 37.º FUNCIONAMENTO

1. O Conselho Administrativo reúne, ordinariamente, uma vez por mês.

2. O Conselho Administrativo reúne, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelo respetivo presidente, por sua iniciativa ou a requerimento de um dos membros daquele órgão de administração e gestão.

CAPÍTULO III - ESTRUTURAS DE ORIENTAÇÃO EDUCATIVA

Artigo 38.º ESTRUTURAS DE ORIENTAÇÃO EDUCATIVA

1. As estruturas de orientação educativa visam apoiar o Director e o Conselho Pedagógico, assegurando a articulação curricular, a coordenação pedagógica e o acompanhamento e avaliação das actividades desenvolvidas pelas salas de atividades e pelas turmas.

2. No domínio da articulação curricular, as estruturas de orientação educativa são as seguintes:

a) Os Departamentos Curriculares (Pré-escolar, 1º ciclo, 2.º e 3.º ciclos);

b) Os Conselhos de Disciplina (2.º e 3.º ciclos).

3. No domínio da coordenação/organização das actividades da sala ou da turma, as estruturas de orientação educativa são as seguintes:

a) O Conselho de Docentes na Educação Pré-escolar (docentes Titulares de Sala de Actividades);

b) O Conselho de Docentes no 1.º ciclo do Ensino Básico (todos os docentes Titulares de Turma);

c) O Conselho de Ano de Escolaridade no 1.º ciclo do Ensino Básico (docentes que leccionam cada ano de escolaridade);

d) Os Conselhos de Turma, no 2º e 3º ciclo;

e) Os Conselhos de Directores de Turma, no 2.º e 3.º ciclo.

4. O Coordenador de Departamento é eleito pelo respetivo departamento, de entre uma lista de três docentes, propostos pelo diretor para o exercício do cargo.

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5. Os Coordenadores de Ano de Escolaridade são designados pelo Diretor.

6. Em cada Conselho de Disciplina do 2.º e 3.º ciclo é nomeado pelo Diretor um coordenador por ciclo, que apoiará o coordenador do respetivo departamento no desenvolvimento das suas atribuições.

7. Os Coordenadores dos Diretores de Turma do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico são nomeados pelo Director.

8. Os mandatos dos elementos que coordenam estas estruturas de orientação educativa têm a duração de 4 anos.

Artigo 39.º DEPARTAMENTOS CURRICULARES

1. Os Departamentos Curriculares englobam os docentes da Educação Pré-escolar e 1.º ciclo e os docentes das disciplinas e Áreas Disciplinares do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e ainda os docentes da Educação Especial.

2. Os Departamentos Curriculares são os seguintes:

a) Pré-escolar

b) 1.º Ciclo

c) Línguas

d) Matemática e Ciências Experimentais

e) Ciências Humanas e Sociais

f) Artes e Expressões que integra os docentes de Educação Especial

Artigo 40.º FUNCIONAMENTO DOS DEPARTAMENTOS CURRICULARES

1. Cada Departamento Curricular reunirá ordinariamente com a periodicidade e hora a definir no respectivo regimento interno.

2. Cada Departamento Curricular reúne, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelos respectivos coordenadores, por sua iniciativa ou a requerimento de um terço dos seus membros.

3. Respeitando o regimento do departamento, o coordenador poderá reunir, se a matéria em questão o justificar, com todos os elementos do departamento e imediatamente após uma reunião do Conselho Pedagógico.

Artigo 41.º ATRIBUIÇÕES DOS DEPARTAMENTOS CURRICULARES E RESPETIVOS COORDENADORES

1. São atribuições dos Departamentos Curriculares:

a) Planificar e adequar à realidade da escola a aplicação dos planos de estudo estabelecidos ao nível nacional.

b) Colaborar na apresentação de propostas para o Plano Anual de Actividades com vista à

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concretização do Projecto Educativo do Agrupamento;

c) Colaborar na elaboração do Projecto Curricular do Agrupamento;

d) Reflectir sobre questões relacionadas com a avaliação dos alunos;

e) Propor ao Conselho Pedagógico critérios de avaliação para cada ciclo, de acordo com as orientações do currículo nacional.

f) Apoiar o trabalho dos docentes que constituem os respectivos Grupos Disciplinares / Grupos de Ano de Escolaridade, promovendo a troca de experiências sobre metodologias, técnicas e materiais de ensino;

g) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didácticas específicas das disciplinas e áreas curriculares;

h) Analisar e reflectir sobre práticas educativas e o seu contexto;

i) Assegurar, de forma articulada com outras estruturas de orientação educativa da escola, a adopção de metodologias específicas destinadas ao desenvolvimento quer dos planos de estudo quer das componentes de âmbito local do currículo;

j) Analisar a oportunidade de adopção de medidas de gestão flexível dos currículos e de outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

k) Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos de alunos;

l) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de actuação nos domínios da aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

m) Analisar questões emanadas do Conselho Pedagógico e tomar posição sobre elas, sempre que aquele órgão o solicite, cooperando com os demais coordenadores;

n) Acompanhar a análise e escolha dos manuais escolares de acordo com os critérios e periodicidade previstos legalmente;

o) Identificar necessidades de formação de docentes;

p) Definir o seu regimento interno;

q) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

2. Sem prejuízo das que lhe estão contempladas na lei, as atribuições dos Coordenadores de Departamentos são as seguintes:

2.1. Representar nas reuniões do Conselho Pedagógico, os professores dos respectivos Departamentos;

2.2. Convocar e presidir as reuniões dos respectivos Departamentos Curriculares.

2.3. Realizar reuniões de articulação com os Coordenadores de Ano de Escolaridade ou Coordenadores de Disciplina do seu Departamento para transmitir as informações e recomendações do Conselho Pedagógico.

2.4. Comunicar ao Director as faltas dos docentes às referidas reuniões, através de impresso de registo de faltas, logo que estas terminem.

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2.5. Apresentar nas reuniões do Conselho Pedagógico as informações e recomendações emanadas das reuniões do seu Departamento.

2.6. Contribuir para o reforço da articulação curricular entre os diferentes ciclos dentro do Agrupamento, bem como para o desenvolvimento dos projectos curriculares, tendo como orientação o currículo nacional.

2.7. Orientar e coordenar a acção pedagógica de todos os docentes dos respectivos Departamentos Curriculares:

a) No trabalho de permanente actualização científica e pedagógica;

b) Na análise crítica dos programas e orientações curriculares a nível nacional;

c) Na programação das actividades lectivas e não lectivas, em colaboração com o Coordenador de Disciplina;

d) No estudo e aplicação dos processos e critérios de avaliação;

e) No apoio e esclarecimento prestado a docentes menos experientes;

f) Na racionalização do trabalho docente procedendo conjuntamente com os outros docentes à escolha e classificação de material didáctico e à organização de dossiers de documentação;

g) Na melhor gestão das verbas atribuídas às disciplinas que constituem o departamento.

2.8. Propor ao Conselho Pedagógico ações de formação contínua com base na identificação das necessidades de formação dos professores que constituem o departamento;

2.9. Coordenar a elaboração dos dossiers dos Anos de Escolaridade ou Grupos Disciplinares, que deverão conter:

a) Relação nominal dos docentes que constituem o Grupo;

b) Cópia dos horários dos docentes;

c) Exemplares dos programas e orientações curriculares;

d) Relação dos manuais escolares;

e) Planificação das actividades da disciplina;

f) Convocatórias e actas das reuniões;

g) Exemplares dos documentos de avaliação pertinentes.

2.10. Apresentar à direcção um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

Artigo 42.º CONSELHO DE DISCIPLINA

1. O Conselho de Disciplina é constituído pelos docentes que leccionam a disciplina e tem como competência:

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a) Elaborar estudos e pareceres em domínios relativos a programas, métodos, organização curricular e processos e critérios de avaliação;

b) Interagir com os docentes em profissionalização, nomeadamente na partilha de experiências e recursos de formação;

c) Colaborar na inventariação das necessidades em equipamento e material didáctico;

d) Proceder à inventariação do material das disciplinas no final de cada ano lectivo;

e) Proceder à análise e escolha dos manuais escolares de acordo com os critérios e periodicidade previstos legalmente

f) Promover a interdisciplinaridade, bem como o intercâmbio de recursos materiais e pedagógicos com outras escolas;

g) Planificar as actividades lectivas e não lectivas.

Artigo 43.º COORDENADOR DE DISCIPLINA

1. Ao Coordenador de Disciplina compete:

a) Assegurar a orientação e a coordenação pedagógica da actividade dos docentes do grupo disciplinar;

b) Promover a troca de experiências e a cooperação entre os docentes do grupo disciplinar;

c) Coordenar a planificação das actividades pedagógicas do grupo disciplinar;

d) Estimular a criação de condições que favoreçam a formação contínua;

e) Assegurar a participação do grupo na análise crítica da orientação pedagógica;

f) Elaborar um relatório anual de actividades do grupo disciplinar, o qual será transmitido ao Coordenador de Departamento Curricular.

Artigo 44.º FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE DISCIPLINA

1. O Conselho de Disciplina (2.º e 3.º Ciclos) reúne, ordinariamente duas vezes por período.

2. O Conselho de Disciplina reúne, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelo respetivo coordenador, por sua iniciativa ou a requerimento de um terço dos seus membros.

Artigo 45.º MANDATO

O mandato dos Coordenadores de Departamento e dos Coordenadores de Disciplina tem a duração de quatro anos, podendo no entanto, cessar por decisão fundamentada do Diretor, ouvido o Conselho Pedagógico ou por iniciativa do próprio no final do ano letivo.

Artigo 46.º CONSELHO DE DOCENTES

1. O Conselho de Docentes da Educação Pré-escolar é constituído pela totalidade dos educadores de infância de todos os Jardins-de-Infância que integram o Agrupamento.

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2. O Conselho de Docentes do 1.º Ciclo é constituído pela totalidade dos professores do Departamento do 1.º ciclo do Ensino Básico.

Artigo 47.º ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO DE DOCENTES

1. Ao Conselho de Docentes, compete:

a) Aprovar o seu regimento de funcionamento, nos 30 dias subsequentes ao início do seu mandato;

b) Planificar e adequar à realidade do Agrupamento a aplicação das orientações curriculares estabelecidas a nível nacional;

c) Elaborar e aplicar medidas de reforço no domínio das didácticas específicas das Áreas Curriculares;

d) Assegurar, de forma articulada com outras estruturas de orientação educativa do Agrupamento, a adopção de metodologias específicas destinadas ao desenvolvimento quer dos planos de estudo, quer das componentes de âmbito local do currículo;

e) Analisar a oportunidade de adopção de medidas de gestão flexível dos currículos e de outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens e a prevenir a exclusão;

f) Elaborar propostas curriculares diversificadas, em função da especificidade de grupos de alunos;

g) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de actuação nos domínios da aplicação de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

h) Identificar necessidades de formação dos docentes;

i) Reflectir e analisar as práticas educativas e o seu contexto;

j) Elaborar relatórios referentes aos alunos em situação de retenção por excesso de faltas injustificadas e em situação de retenção repetida.

Artigo 48.º FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE DOCENTES

1. Sem prejuízo do que for definido no respectivo regimento, o Conselho de Docentes reúne após a reunião do Conselho Pedagógico e no final de cada período para efeitos de avaliação (Pré-escolar e 1º Ciclo).

2. O Conselho de Docentes reúne, extraordinariamente, sempre que seja convocado pelo respectivo Coordenador, por sua iniciativa ou a requerimento de um terço dos seus membros.

Artigo 49.º COORDENAÇÃO DO CONSELHO DE DOCENTES

O Conselho de Docentes é presidido pelos Coordenadores de Departamento (da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo) eleitos pelo respetivo departamento, de entre três docentes designados pelo Diretor.

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Artigo 50.º ELEIÇÃO E MANDATO DO COORDENADOR DO CONSELHO DE DOCENTES

O mandato do Coordenador do Conselho de Docentes tem a duração de quatro anos escolares, podendo cessar, a todo o tempo, por decisão fundamentada do Diretor, ouvido o Conselho Pedagógico ou, a pedido do interessado, no final do ano lectivo.

Artigo 51.º COMPETÊNCIAS DO COORDENADOR DO CONSELHO DE DOCENTES

1. Compete ao Coordenador do Conselho de Docentes:

a) Convocar e presidir às reuniões dos respectivos Conselhos de Docentes;

b) Comunicar ao Director as faltas dos docentes às referidas reuniões, através de impresso próprio para o efeito logo que estas terminem;

c) Representar o Conselho de Docentes no Conselho Pedagógico.

2. Orientar e coordenar a acção pedagógica de todos os docentes dos respectivos Conselhos de Docentes:

a) No trabalho de permanente actualização científica e pedagógica;

b) Na análise crítica dos programas e do currículo nacional;

c) Na programação das actividades lectivas;

d) No estudo e aplicação dos processos e critérios de avaliação;

e) No apoio e esclarecimento prestado a docentes menos experientes;

f) Na racionalização do trabalho docente procedendo conjuntamente com os outros docentes à escolha e classificação de material didáctico e à organização de dossiers de documentação.

3. Apresentar ao diretor um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

Artigo 52.º CONSELHO DE ANO DE ESCOLARIDADE

1. O Conselho de Ano de Escolaridade é composto pelos docentes titulares de turma que lecionam o mesmo ano de escolaridade das escolas do 1º Ciclo do Agrupamento de Escolas Manuel da Maia.

2. Excecionalmente, o Conselho de Ano de Escolaridade poderá ser constituído por docentes de mais que um ano de escolaridade, quando o número de turmas com mais de um ano de escolaridade (mistas/unidas) o justificar.

Artigo 53.º ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO DE ANO DE ESCOLARIDADE

1. Ao Conselho de Ano de Escolaridade, compete:

a) Assegurar o desenvolvimento do plano curricular de forma integrada e numa perspectiva de articulação interdisciplinar;

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b) Analisar a situação das turmas e identificar os alunos com dificuldades em acompanhar o ritmo das aprendizagens;

c) Proceder ao faseamento do currículo e à planificação do desenvolvimento das actividades a realizar com os alunos;

d) Assegurar a adequação do currículo às características específicas dos alunos, estabelecendo prioridades, níveis de aprofundamento e sequências adequadas;

e) Adoptar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

f) Acompanhar a elaboração dos projectos curriculares de turma;

g) Discutir a avaliação dos alunos de cada turma de acordo com os critérios estabelecidos;

h) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais e encarregados de educação, pelos professores titulares de turma, relativamente ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos.

Artigo 54.º FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE ANO

1. O Conselho de Ano de Escolaridade, reúne na escola sede do agrupamento, Escola Manuel da Maia, ordinariamente uma vez por mês, após a reunião de Conselho de Docentes, não devendo exceder a duração de duas horas.

2. O Conselho de Ano de Escolaridade reúne extraordinariamente sempre que seja

convocado pela sua Coordenadora, por sua iniciativa, ou a requerimento de 1/3 dos seus

membros.

Artigo 55.º COORDENAÇÃO DO CONSELHO DE ANO

O Conselho de Ano é presidido pelo Coordenador de Ano de Escolaridade, eleito entre os seus membros.

Artigo 56.º ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DAS SALAS E DAS TURMAS

1. A organização, o acompanhamento e a avaliação das actividades a desenvolver na sala com as crianças, na educação pré-escolar, ou na turma, com os alunos do ensino básico, é da responsabilidade:

a) Dos educadores de infância Titulares de Sala, na educação pré-escolar;

b) Dos professores Titulares de Turma, no 1.º Ciclo do ensino básico;

Artigo 57.º COORDENAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DAS SALAS

E DAS TURMAS

1. Os Coordenadores dos Conselhos de Docentes, asseguram a coordenação pedagógica do trabalho desenvolvido pelas diferentes turmas de um mesmo ano de escolaridade ou do ciclo do ensino básico.

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2. Os Coordenadores de Diretores de Turma, asseguram a coordenação pedagógica e representam os respectivos Conselhos de Directores de Turma no Conselho Pedagógico.

Artigo 58.º COMPETÊNCIAS DO EDUCADOR TITULAR DE GRUPO (PRÉ-ESCOLAR)

1. Compete aos educadores de infância planificar as actividades tendo em conta o nível de desenvolvimento das crianças e promover as melhores condições de aprendizagem em articulação com a família e ainda articular com o 1.º Ciclo do Ensino Básico a transição para a escolaridade obrigatória.

2. São também suas atribuições:

a) Observar cada criança e o grupo para conhecer os seus interesses, capacidades e dificuldades;

b) Planear situações de aprendizagem de modo a interessar e a estimular cada criança;

c) Avaliar toda a actividade educativa com o grupo e com a criança, a fim de se tomar consciência da evolução de cada criança e do grupo;

d) Reunir com os pais e encarregados de educação no início do ano lectivo e após cada momento de avaliação de final de período;

e) Definir um horário quinzenal (30 minutos) destinado ao atendimento dos pais e encarregados de educação dando-o a conhecer aos mesmos na primeira reunião realizada no início do ano lectivo;

f) Elaborar o Plano do Grupo, de acordo com as orientações curriculares e com as orientações expressas no Projeto Educativo e no Projeto Curricular de Agrupamento, dando a conhecer aos encarregados de educação e apelando ao envolvimento destes no mesmo.

Artigo 59.º COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR TITULAR DE TURMA (1.º CICLO)

1. Compete ao professor do 1.º Ciclo Titular de Turma:

a) Analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos a ter em conta no processo de ensino e aprendizagem;

b) Planificar o desenvolvimento das actividades a realizar com os alunos em contexto de sala de aula;

c) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais dos alunos, promovendo a articulação com os respectivos serviços especializados de apoio educativo, em ordem à sua superação;

d) Assegurar a adequação do currículo às características específicas dos alunos;

e) Adoptar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

f) Conceber e delinear actividades em complemento do currículo proposto;

g) Preparar informação adequada a disponibilizar aos pais e encarregados de educação,

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relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

h) Promover e facilitar o relacionamento interpessoal no grupo-turma e no grupo-escola, designadamente quanto aos critérios de avaliação, aprovados pelo Conselho Pedagógico no início de cada ano lectivo;

i) Organizar o processo individual de cada aluno de acordo com a legislação em vigor;

j) Permitir o acesso e acompanhar a consulta do dossier individual a todos os intervenientes no processo de aprendizagem, garantindo sempre a confidencialidade dos dados neles contidos;

k) Elaborar o Plano de Turma de acordo com as orientações expressas no Projeto Educativo e no Projeto Curricular de Agrupamento, dando a conhecer aos encarregados de educação e apelando ao envolvimento destes no mesmo;

l) Analisar o Plano de Turma, após cada avaliação sumativa, com vista à introdução dos eventuais reajustamentos ou à apresentação de propostas para o ano lectivo seguinte;

m) Propor respostas adequadas às necessidades educativas dos alunos, detectadas através da avaliação formativa;

n) Proceder à avaliação sumativa dos alunos no final de cada período de acordo com os critérios definidos e submetê-la à aprovação do respectivo Conselho de Docentes;

o) Reunir com os pais e encarregados de educação no início do ano lectivo e após cada momento de avaliação de final de período;

p) Definir um horário quinzenal (30 minutos) destinado ao atendimento dos pais e encarregados de educação dando-o a conhecer aos mesmos na primeira reunião realizada no início do ano lectivo;

q) Fomentar, por todos os meios, a normal frequência escolar, procurando identificar as causas do absentismo dos alunos;

r) Comunicar pelo meio mais expedito ao Encarregado de Educação as faltas injustificadas, no prazo máximo de três dias úteis;

s) Convocar pelo meio mais expedito o Encarregado de Educação quando tiver sido atingido metade do limite de faltas injustificadas,

t) Em casos especiais e devidamente fundamentados, propor ao Conselho de Docentes que um aluno retido no 2º ou 3º ano não continue a integrar a turma inicial,

u) Articular a transição com o 2.º Ciclo do Ensino Básico.

Artigo 60.º COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE TURMA (2.º E 3.º CICLOS)

1. O Conselho de Turma, no 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico é constituído:

a) Por todos os professores da turma, pelo delegado ou subdelegado dos alunos, no caso do 3.º ciclo, e por dois (um) representantes dos pais e encarregados de educação, em situação de procedimento disciplinar e sempre que se justifique, sob a presidência do diretor de turma;

b) Poderão ainda integrá-lo, os docentes do Apoio Educativo, os técnicos do Serviço de

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Psicologia e Orientação e do GAA.

2. Quando o Conselho de Turma se reunir extraordinariamente por questões de carácter disciplinar será constituído:

a) Pelo Diretor, pelos professores da turma ou pelos professores titulares de turma no 1º ciclo, pelo delegado ou subdelegado dos alunos da turma no 3º Ciclo, por um representante dos pais e encarregados de educação designado pela respectiva associação, por um técnico dos Serviços de Psicologia e Orientação e GAA, sempre que seja considerado pertinente; Os elementos que detenham a posição de interessados no procedimento não podem participar no Conselho de Turma Disciplinar.

Artigo 61.º FUNCIONAMENTO

1. O Conselho de Turma reúne:

a) Ordinariamente no início do ano lectivo;

b) Obrigatoriamente no final de cada período lectivo para avaliação dos alunos;

c) Extraordinariamente sempre que necessário.

2. O Conselho de Turma reúne extraordinariamente sempre que o Diretor de Turma ou o Director o considerar necessário por motivos pedagógicos ou disciplinares.

3. Nas reuniões de Conselho de Turma destinadas à avaliação dos alunos, apenas participam os membros docentes.

4. Quando o Conselho de Turma reunir por questões de natureza disciplinar é convocado e presidido pelo Diretor.

Artigo 62.º COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE TURMA

1. Ao Conselho de Turma compete:

a) Assegurar o desenvolvimento do plano curricular de forma integrada e numa perspectiva de articulação interdisciplinar;

b) Analisar a situação da turma e identificar características específicas dos alunos a ter em conta no processo de ensino e aprendizagem;

c) Planificar o desenvolvimento das actividades a realizar com os alunos;

d) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem e necessidades educativas especiais dos alunos, promovendo a articulação com os respectivos Serviços Especializados de Apoio Educativo, em ordem à sua superação;

e) Assegurar a adequação do currículo às características específicas dos alunos, estabelecendo prioridades, níveis de aprofundamento e sequências adequadas;

f) Adoptar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

g) Conceber e delinear actividades em complemento do currículo proposto;

h) No seguimento do estabelecido nas alíneas anteriores, elaborar um Projeto Curricular de Turma;

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i) Proceder à avaliação dos alunos de acordo com os critérios estabelecidos;

j) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais e encarregados de educação, relativamente ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

k) Pronunciar-se em definitivo sobre o efeito da ultrapassagem do limite de faltas injustificadas, nos casos de incumprimento reiterado do dever de assiduidade do aluno;

l) Analisar e elaborar relatórios detalhados sempre que exista uma situação de retenção repetida no mesmo ciclo;

m) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

Artigo 63.º DIRETOR DE TURMA

1. O Diretor de Turma é designado pelo Diretor, tendo em conta:

a) Ser preferencialmente professor profissionalizado, possuir capacidade de relacionamento e de liderança;

b) O número de direções de turma a atribuir a um professor é uma.

2. Uma das horas de redução lectiva é marcada no horário, para atendimento dos pais e encarregados de educação, dela dando conhecimento aos alunos, encarregados de educação e demais interessados.

3. Este cargo não é acumulável com os cargos de Coordenador de Disciplina e/ou de Coordenador de Departamento, salvo situações excepcionais.

Artigo 64.º COMPETÊNCIAS

1. São competências do Diretor de Turma:

a) Assegurar a articulação entre os professores da turma e com os alunos, pais e encarregados de educação;

b) Promover a comunicação e formas de trabalho cooperativo entre professores e alunos;

c) Dinamizar a elaboração e a operacionalização do projeto curricular de turma;

d) Coordenar, em colaboração com os docentes da turma, a adequação de actividades, conteúdos, estratégias e métodos de trabalho à situação concreta do grupo e à especificidade de cada aluno;

e) Articular as actividades da turma com os pais e encarregados de educação promovendo a sua participação;

f) Informar os alunos e os encarregados de educação dos critérios gerais de avaliação aprovados pelo Conselho Pedagógico no início de cada ano lectivo;

g) Coordenar o processo de avaliação dos alunos garantindo o seu carácter globalizante e integrador;

h) Desenvolver acções que promovam e facilitem a integração dos alunos na vida escolar;

i) Detectar e encaminhar situações problemáticas utilizando as estruturas de apoio ao

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aluno existentes na escola ou na comunidade;

j) Desenvolver o espírito de solidariedade, autonomia e responsabilidade entre os alunos da turma;

k) Aplicar as medidas educativas e disciplinares da sua competência, nomeadamente o acompanhamento do aluno na execução da medida corretiva ou disciplinar sancionatória a que tenha sido sujeito;

l) Coordenar o processo de avaliação dos alunos garantindo o seu carácter globalizante e integrador, solicitando se necessário, a participação de outros intervenientes na avaliação;

m) Organizar e atualizar o processo individual do aluno que o acompanhará ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo devolvido aos pais e encarregados de educação ou ao aluno maior de idade, no termo da escolaridade obrigatória e onde são registadas as informações relevantes do seu percurso educativo, designadamente as relativas a comportamentos meritórios e medidas disciplinares aplicadas e seus efeitos;

n) Permitir o acesso e acompanhar a consulta do processo individual de cada aluno, aos intervenientes no processo de aprendizagem garantindo a confidencialidade dos dados nele contido;

o) Facultar a consulta do processo individual ao aluno ou ao encarregado de educação do aluno menor, na sua hora de atendimento aos encarregados de educação, desde que avisado atempadamente sobre esta solicitação;

p) Facultar ainda o acesso ao processo individual do aluno, mediante autorização do diretor da escola e no âmbito do estrito cumprimento das respetivas funções, a outros professores da escola, psicólogos e médicos escolares ou outros profissionais que trabalhem sob a sua égide e aos serviços do Ministério da Educação e Ciência com competências reguladoras do sistema educativo, neste caso após comunicação ao diretor, encontrando-se vinculados ao dever de sigilo todos os que a ele tenham tido acesso;

q) Promover a eleição do delegado e subdelegado de turma, preparando-os para uma correta atuação;

r) Proporcionar uma informação actualizada, aos pais e encarregados de educação, sobre a integração dos alunos na comunidade escolar, seu aproveitamento, assiduidade e outras actividades escolares;

s) Reunir com os pais e encarregados de educação no início do ano lectivo e após cada momento de avaliação de final de período;

t) Registar as faltas dos alunos e receber a respectiva justificação;

u) Convocar os encarregados de educação pelo meio mais expedito, dos alunos que tiverem um número de faltas correspondente o dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina;

v) Comunicar pelo meio mais expedito ao encarregado de educação ou, quando de maior idade, ao aluno, as faltas injustificadas, no prazo máximo de três dias úteis;

w) Convocar pelo meio mais expedito o encarregado de educação ou, quando de maior idade, o aluno, quando tiver sido atingido metade do limite de faltas injustificadas;

x) Manter informado o conselho de turma de todas as situações relevantes respeitantes à

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articulação do mesmo;

y) Apresentar ao Diretor um relatório crítico, anual do trabalho desenvolvido;

z) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

Artigo 65.º CONSELHO DE DIRECTORES DE TURMA

O Conselho dos Directores de Turma tem como objectivo assegurar a coordenação pedagógica, que visa articular e harmonizar as atividades desenvolvidas pelas turmas.

Artigo 66.º COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE DIRETORES DE TURMA

O Conselho de Diretores de Turma é composto por todos os Diretores de Turma do 2.º e 3.º ciclo.

Artigo 67.º FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE DIRETORES DE TURMA

Sem prejuízo do que for definido no seu regimento, o Conselho de Diretores de Turma reúne ordinariamente duas vezes por período, e extraordinariamente sempre que seja considerado necessário pelo Diretor ou pelo respetivo Coordenador. Pode ainda ser convocado por dois terços do número de elementos que o compõem.

Artigo 68.º COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE DIRETORES DE TURMA

1. Para além das que lhe são atribuídas pela lei, são competências do Conselho de Diretores de Turma:

a) Promover a execução das orientações do Conselho Pedagógico, visando a formação dos professores e a realização de acções que estimulem a integração curricular;

b) Elaborar propostas para a elaboração do Projeto Curricular de Escola, em função do Projeto Educativo;

c) Traçar linhas orientadoras para o bom funcionamento dos Conselhos de Turma;

d) Analisar as propostas dos Conselhos de Turma e submetê-las através dos Coordenadores, ao Conselho Pedagógico;

e) Propor e planificar actividades e formas de atuação junto dos pais e encarregados de educação com o objectivo da sua melhor participação na vida escolar dos seus filhos;

f) Promover a interação entre toda a comunidade escolar.

Artigo 69.º COORDENADORES DOS DIRETORES DE TURMA (2.º E 3.º CICLOS)

1. Os Coordenadores dos Diretores de Turma do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico são nomeados pelo Diretor.

Artigo 70.º COMPETÊNCIAS DOS COORDENADORES DOS DIRETORES DE TURMA

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1. Compete aos Coordenadores dos Diretores de Turma:

a) Coordenar a acção do Conselho de Diretores de Turma, articulando estratégias e procedimentos;

b) Submeter ao Conselho Pedagógico as propostas do Conselho de Diretores de Turma;

c) Dar o apoio necessário, para que os Diretores de Turma desempenhem com eficácia as suas funções;

d) Assegurar a ligação funcional entre os Diretores de Turma e os órgãos de direção e gestão, bem como com outras estruturas de orientação educativa do Agrupamento;

e) Propor ao Diretor a substituição do diretor de turma sempre que se considere que o mesmo não reúne condições para o desempenho das suas funções;

f) Contribuir para o reforço da articulação curricular no acompanhamento do desenvolvimento dos projetos curriculares, tendo como orientação o currículo nacional, bem como para o desenvolvimento das componentes curriculares definidas pelo Agrupamento;

g) Apresentar ao Diretor um relatório crítico, anual do trabalho desenvolvido;

h) Exercer as demais competências que lhe forem atribuídas na lei.

Artigo 71.º MANDATO

1. O mandato dos Coordenadores dos Diretores de Turma tem a duração de quatro anos, podendo no entanto, cessar por decisão fundamentada do Diretor, ouvido o Conselho Pedagógico ou por iniciativa do próprio no final do ano lectivo.

CAPÍTULO IV – SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO

Artigo 72.º SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE APOIO EDUCATIVO - OBJETIVOS -

1. Estes serviços consubstanciam os princípios enunciados na Lei de Bases do Sistema Educativo, tais como o desenvolvimento global da personalidade do aluno e o direito a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolares, contribuindo para o progresso social e democratização da sociedade.

2. Destinam-se a promover a existência de condições que assegurem a plena integração escolar dos alunos, devendo conjugar a sua actividade com as estruturas de orientação educativa.

Artigo 73.º COMPOSIÇÃO

Constituem serviços especializados de apoio educativo: Serviços de Psicologia e Orientação; Educação Especial; ASE; Sala GIPE; Atividades de Complemento Curricular; GAA e BE/CRE.

SECÇÃO 1 – SERVIÇOS DE PSICOLOGIA E ORIENTAÇÃO – SPO

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Artigo 74.º COMPETÊNCIAS

1. Ao Serviço de Psicologia e Orientação compete:

a) Colaborar com os professores na detecção e avaliação global dos alunos com problemas de desenvolvimento e/ou dificuldades de aprendizagem, prestando apoio psicopedagógico às actividades educativas;

b) Planear e executar actividades de Orientação Escolar e Profissional, assegurando actividades específicas de informação escolar e profissional e desenvolvendo acções de aconselhamento vocacional de modo a apoiar e favorecer o desenvolvimento integral dos alunos e os seus processos de escolha e planeamento de carreira;

c) Analisar em conjunto com o Núcleo de Apoios Educativos a situação de alunos com necessidades educativas especiais, definir as intervenções adequadas e colaborar na elaboração dos respectivos Planos Educativos Individuais;

d) Propor, com o acordo dos encarregados de educação, o encaminhamento de alunos com necessidades educativas especiais para modalidades adequadas de resposta educativa;

e) Colaborar, na sua área de especialidade, com os órgãos de direcção e gestão do Agrupamento e articular a sua acção com outros serviços especializados, nomeadamente na área da saúde e da segurança social.

Artigo 75.º DIREITOS

1. São direitos dos elementos do Serviço de Psicologia e Orientação:

a) Ter autonomia técnica e científica;

b) Integrar uma equipa com técnicos em número suficiente para assegurar um trabalho com qualidade;

c) Usufruir de instalações e condições de trabalho adequadas à especificidade das tarefas a desempenhar, bem como dos materiais necessários à sua execução;

d) Ter o apoio logístico e administrativo necessário à cabal prossecução dos seus objectivos;

e) Receber formação contínua sobre novas teorias, técnicas de intervenção, procedimentos de diagnóstico e aplicações informáticas;

f) Ter acesso à informação escolar e demais documentação de interesse para o serviço proveniente do Ministério da Educação e outras organizações;

g) Participar no Conselho Pedagógico através de um representante eleito no âmbito dos Serviços Especializados de Apoio Educativo.

Artigo 76.º DEVERES

1. São deveres dos elementos do Serviço de Psicologia e Orientação:

a) Participar em acções de formação para desenvolver um processo de aprendizagem

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contínua em áreas de conhecimento e técnicas requeridas a um bom desempenho profissional;

b) Participar nas reuniões de coordenação do Serviço de Psicologia e Orientação da zona;

c) Definir o plano anual de actividades decorrente do Projecto Educativo do Agrupamento e apresentá-lo para aprovação em Conselho Pedagógico;

d) Respeitar princípios de confidencialidade de acordo com o código deontológico profissional.

Artigo 77.º FUNCIONAMENTO

1. As actividades a desenvolver pelo Serviço de Psicologia e Orientação serão definidas pelos técnicos do Serviço no seu plano anual de actividades em articulação com o Projecto Educativo do Agrupamento.

2. O horário de funcionamento dos técnicos e a sua distribuição pelas escolas do Agrupamento é acordado com o Director e afixado nos locais próprios.

SECÇÃO 2 – EDUCAÇÃO ESPECIAL

Artigo 78.º COMPOSIÇÃO

A Educação Especial integra todos os técnicos especializados ou não, colocados pelo Ministério da Educação, por concurso ou através de contratações anuais previstas por lei, em exercício de funções no Agrupamento.

Artigo 79.º COMPETÊNCIAS

1. São competências dos membros que prestam apoio educativo:

a) Colaborar com os órgãos de gestão e coordenação pedagógicas das escolas no diagnóstico de necessidades educativas e na organização e incremento dos apoios educativos adequados;

b) Contribuir activamente para a diversificação de estratégias e métodos educativos, de forma a promover o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças e dos jovens das escolas;

c) Colaborar com os órgãos de gestão e de coordenação pedagógica e com os professores na gestão flexível dos currículos e na sua adequação às capacidades e aos interesses dos alunos, bem como às realidades locais;

d) Colaborar no desenvolvimento das medidas previstas na lei, relativas a alunos com necessidades educativas especiais;

e) Apoiar os alunos e respectivos professores, no âmbito da sua área de especialidade, nos termos que forem definidos no Projecto Educativo do Agrupamento;

f) Participar na melhoria das condições e do ambiente educativo das escolas numa perspectiva de fomento da qualidade e da inovação educativa;

g) Colaborar, no âmbito multidisciplinar e interdisciplinar, com outros técnicos e com os

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restantes intervenientes no processo educativo.

Artigo 80.º FUNCIONAMENTO

1. Os professores e educadores desenvolvem a sua actividade pedagógica nos estabelecimentos onde foram colocados, em horário a fixar anualmente.

2. Os técnicos destes serviços deverão, sempre que possível, dispor de espaços próprios bem como do material e equipamentos disponíveis e necessários ao desenvolvimento das suas funções.

3. A intervenção do professor de Apoio Educativo desenvolve-se em articulação com os órgãos de gestão e de coordenação das escolas, com todos os docentes, auxiliares de acção educativa e famílias no sentido de promover a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais.

SECÇÃO 3 - AÇÂO SOCIAL ESCOLAR

Artigo 81.º DEFINIÇÃO

1. O ASE é um serviço de apoio aos alunos e respectivas famílias com dificuldades socioeconómicas, através da atribuição de auxílios que poderão contemplar alimentação, material escolar e transporte, de acordo com a legislação em vigor.

2. Estes serviços fazem ainda a coordenação e acompanhamento administrativo relativos ao seguro escolar, funcionamento do refeitório, do bufete e papelaria.

3. Estes serviços têm como referência os Despachos Conjuntos que são publicados anualmente.

4. Os Serviços de ASE funcionam na Escola Sede numa sala específica com um técnico especializado que deve aplicar as orientações dadas pelo Director de acordo com a legislação em vigor.

Artigo 82.º SETORES

1. O ASE abarca os seguintes sectores:

a) Auxílios económicos;

b) Seguro Escolar;

c) Refeitório (2º e 3º Ciclos);

d) Bufete (2º e 3º Ciclos);

e) Papelaria (2º e 3º Ciclos);

f) Transportes escolares (2º e 3º Ciclos).

Artigo 83.º FUNCIONAMENTO

Os sectores do ASE estão sujeitos a procedimentos específicos, nomeadamente os auxílios económicos, o seguro escolar e os transportes escolares que obrigam à divulgação de informação junto da comunidade escolar a alunos e encarregados de educação.

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SECÇÃO 4 – GABINETE DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E EDUCATIVA

Artigo 84.º DEFINIÇÃO E FUNCIONAMENTO

1. O Gabinete de Intervenção Pedagógica e Educativa é o espaço físico que recebe os alunos a quem se aplica a medida corretiva de ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar (art.º 103.º, alínea b) do ponto 4.2).

2. O seu horário de funcionamento é coincidente com o das atividades letivas e é assegurado por um professor coordenador e outros docentes com este trabalho de escola inserido no seu horário lectivo.

3. Após a ordem de saída da sala de aula, o aluno dirige-se para a sala G.I.P.E., acompanhado sempre que possível por um assistente operacional e com um impresso preenchido pelo professor que aplicou a medida corretiva, onde este explicita os motivos que a determinaram, o período de tempo durante o qual deve permanecer fora da sala de aula e a tarefa que o aluno deve realizar. Posteriormente o professor fará a participação da ocorrência disciplinar ao diretor de turma, o qual, no caso de a considerar grave ou muito grave, a comunica ao diretor do agrupamento.

4. Ao chegar à sala G.I.P.E., o aluno faz por escrito o relato da ocorrência que motivou a sua saída da sala de aula.

5. O professor aí presente, de acordo com a situação, intervém de modo pedagógico junto do aluno, recordando-lhe a importância do cumprimento das normas estabelecidas para um normal funcionamento das actividades escolares, de forma a prevenir e evitar futuras infracções. De seguida supervisionará o aluno na realização da ficha de trabalho indicada pelo professor que aplicou a medida corretiva a qual, no final do tempo de permanência na sala GIPE, lhe será entregue para ser corrigida.

6. O professor responsável por esse espaço deverá entrar em contato imediato com o encarregado de educação do aluno em causa e participar a ocorrência ao diretor de turma.

7. A sala dispõe de mobiliário e recursos materiais, nomeadamente manuais escolares e fichas de trabalho das várias disciplinas e áreas disciplinares do 2.º e 3.º Ciclos, que permitem a realização das tarefas indicadas.

SECÇÃO 5 – ATIVIDADES DE COMPLEMENTO CURRICULAR

Artigo 85.º DEFINIÇÃO E FUNCIONAMENTO

1. As actividades de complemento curricular constituem um conjunto de atividades não curriculares que se desenvolvem para além do tempo letivo dos alunos e que são de frequência facultativa.

2. As atividades a funcionar, definidas no Projeto Educativo da Escola e consubstanciadas no Plano Anual de Atividades, são dadas a conhecer aos alunos no início de cada ano letivo, assim como o seu horário, local de funcionamento e professor responsável, para que possam efetuar a sua inscrição.

3. Após inscrição, as faltas dadas pelos alunos a estas atividades, deverão ser comunicadas pelos professores responsáveis aos respetivos diretores de turma, para que estes as possam dar a conhecer aos encarregados de educação.

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4. Caso ultrapassem as três faltas injustificadas serão excluídos da participação na atividade.

Artigo 86.º COMPONENTE DE APOIO À FAMÍLIA

1. As actividades de animação e de apoio à família no âmbito da educação pré-escolar devem ser objecto de planificação pelos órgãos competentes dos agrupamentos de escolas e das escolas não agrupadas, tendo em conta as necessidades dos alunos e das famílias, articulando com os municípios da respectiva área a sua realização de acordo com o protocolo de colaboração.

2. É da competência dos educadores titulares de grupo assegurar a supervisão pedagógica e o acompanhamento da execução das actividades de animação no âmbito da educação pré-escolar, tendo em vista garantir a qualidade das actividades.

3. A componente de apoio à família no 1.º ciclo do ensino básico destina-se a assegurar o acompanhamento dos alunos antes e ou depois das actividades curriculares e de enriquecimento (8h/9h – 17.30h/19h) e/ou durante os períodos de interrupção das actividades lectivas.

Artigo 87.º COMPONENTE DE APOIO À FAMÍLIA – REGIMENTO (EB1 / JI SANTO CONDESTÁVEL E EB1 / JI VALE DE ALCÂNTARA)

1. Âmbito

1.1. Este regulamento define os princípios da Componente de Apoio à Família – gerido pela Junta de Freguesia do Santo Condestável - aplicando-se a todos os Encarregados de Educação das crianças que frequentam a Componente de Apoio à Família nas Escolas Básicas com Jardim-de-Infância da Rede Pública.

2. Funções da Equipa

2.1. A Coordenação Pedagógica está a cargo da Junta de Freguesia do Santo Condestável a quem compete designadamente:

a) Ligação entre a Coordenação geral e os demais elementos da equipa tendo por tal assento em, pelo menos, uma reunião quinzenal ou mensal da Coordenação geral, bem como a existência de várias reuniões de equipa mensais;

b) Cumprir as disposições legais e regulamentos, resolvendo casos da sua competência e informando sobre os restantes;

c) Orientar, coordenar e dinamizar as actividades da equipa bem como a acção de todo o pessoal;

d) Coordenar a elaboração do plano anual de actividades e a sua avaliação; incentivar a participação das famílias nas actividades a desenvolver;

e) Fomentar o aperfeiçoamento técnico e profissional do pessoal em serviço, através de adequada articulação com os serviços de informação competentes bem como assegurar a sua avaliação;

f) Zelar pela conservação, substituição e controle do material de estabelecimento;

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g) Promover a inserção do estabelecimento na comunidade;

h) Dar parecer sobre a admissão de pessoal.

3. Horário de Funcionamento

3.1. A Componente de Apoio à Família funciona todos os dias úteis:

a) das 8 às 9 horas para as crianças do Jardim-de-Infância e 1º Ciclo;

b) das 15.30 às 17.30 horas para as crianças do Jardim-de-Infância, com possibilidade de prolongamento do horário até às 19 horas, sendo necessário, neste último caso, apresentar justificação pela entidade empregadora;

c) das 17.30 às 19 horas para as crianças do 1º Ciclo.

3.2. A Componente de Apoio à Família não funcionará nos dias em que não funcione a componente lectiva/ curricular, por motivos de greve e/ ou cedência de ponte.

3.3. A Componente de Apoio à Família encerra no mês de Agosto.

3.4. Consoante as interrupções lectivas, a Componente de Apoio à Família funcionará nas interrupções lectivas – nomeadamente: Início do ano lectivo/Mês de Setembro, Férias de Natal, Páscoa e Verão – no horário entre as 8 e as 19 horas.

3.5. A Componente de Apoio à Família reserva-se o direito de cobrar uma penalização de 1 euro sempre que haja um atraso igual ou superior a 30 minutos na recolha da criança depois do horário normal de funcionamento.

3.6. Sempre que haja um atraso na recolha da criança superior a 30 minutos e se verifique a impossibilidade de entrar em contacto com os Encarregados de Educação, a Componente de Apoio à Família reserva-se o direito de chamar ao local a equipa da Escola Segura (Polícia de Segurança Pública) de forma a assegurarem a segurança da criança, dado esta não estar abrangida pelo seguro escolar.

4. Documentação de Admissão/ Inscrição

4.1. No acto da inscrição, deverão ser entregues, juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida, os seguintes documentos:

a) Fotocópia da Cédula Pessoal, Bilhete de Identidade ou Passaporte da criança;

b) Fotocópias do Bilhete de Identidade ou Passaporte do Encarregado de Educação;

c) Fotocópia do Boletim de Vacinas, o qual terá de estar actualizado;

d) Fotocópia do cartão de Saúde;

e) Declaração da entidade patronal/ laboral donde constem a localização e horário de trabalho do Encarregado de Educação (apenas no caso dos pais de crianças do Jardim-de-Infância que desejem alargar o prolongamento do horário até às 19 horas).

f) Fotografia.

4.2. A inscrição só poderá ser efectuada se não existirem quaisquer falhas de pagamentos de mensalidades do corrente ano lectivo bem como de anos lectivos anteriores. Se tal ocorrer, estas têm de ser regularizadas para que a inscrição possa ocorrer.

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5. Frequência

5.1. Qualquer criança pode beneficiar dos serviços prestados pela Componente de Apoio à Família desde que esteja oficialmente inscrita na escola onde esta componente é desenvolvida.

5.2. A necessidade de utilização do Prolongamento de Horário da Componente de Apoio à Família até às 19 horas comprova-se através da declaração de actividade profissional por parte dos familiares que têm a criança a seu cargo e que impossibilite a normal assistência após o fim da componente lectiva ou de qualquer outra situação que, através de uma análise social do agregado familiar se venha a concluir como recomendável a frequência desta componente pela criança em causa.

5.3. A Junta de Freguesia do Santo Condestável reserva-se o direito de não prestar determinado serviço da Componente de Apoio à Família no caso de não existir um número mínimo de 15 inscrições.

5.4. O número máximo de crianças por grupo é de 25. No entanto, no caso do grupo integrar crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE), o número de crianças por grupo é entre 20 e 22 crianças.

6. Controlo

1. A Câmara Municipal de Lisboa tem sob a sua responsabilidade o controlo financeiro da Componente de Apoio à Família.

2. A Componente de Apoio à Família será assegurada por uma equipa com formação adequada às funções desempenhadas e exigidas.

3. A gestão do projecto da Componente de Apoio à Família será da responsabilidade da Junta de Freguesia do Santo Condestável.

4. A equipa da Componente de Apoio à Família deverá articular as suas acções com o(s) coordenador(es) do Jardim de Infância e do 1º Ciclo no que respeita ao funcionamento desta Componente durante o período de actividades lectivas ou de interrupções letivas.

7. Pagamentos

1. A Componente de Apoio à Família constitui uma componente comparticipada em parte pelas famílias de acordo com as respectivas condições socioeconómicas, nomeadamente, a partir do Escalão de SASE (Subsídio de Acção Social Escolar) atribuído ao agregado familiar pelos Agrupamentos de Escolas.

2. O pagamento da Componente de Apoio à Família referente aos horários entre as 8.00 e as 9.00 Horas, as 15.30 e as 17.30 (no caso do Jardim-de-Infância) e entre as 17.30 e as 19 horas (1º Ciclo), terá como base os escalões de SASE atribuído.

3. O pagamento da mensalidade é obrigatório, independentemente da frequência ou não das crianças, pelo que a inscrição na Componente de Apoio à Família mesmo sem a sua frequência habitual (em caso de falta ou interrupção lectiva), implica necessariamente o pagamento da mensalidade na totalidade.

4. No caso de existirem na CAF a frequência de irmãos, os valores fixados sofrerão as seguintes reduções para o:

- 1º irmão - 20%; 2º irmão – 30%; 3º irmão – 40%; 4º irmão – 50%; 6º irmão – 60%.

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5. O valor da mensalidade da Componente de Apoio à Família poderá vir a ser alterado no caso de vir a existir uma alteração posterior do Escalão de SASE da criança.

6. O valor da mensalidade da Componente de Apoio à Família poderá vir a ser alterado no caso de haver indicação nesse sentido por parte da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

7. Para as crianças com inscrição anual nos meses com pausas curriculares pagam o valor da mensalidade actual mais o complemento extra por dia.

8. No mês de Julho todas as crianças pagam a mensalidade do horário das 8.00h às 19.00h, mais o complemento extra por dia.

9. A inscrição em período de férias/interrupções lectivas implica o pagamento de metade do período de férias.

10. Os pagamentos da Componente de Apoio à Família serão conforme os quadros abaixo

indicados:

Jardim-de-infância

HORÁRIO 8h - 9h

Escalão A 5€ Escalão B 10€ Escalão C 15€

HORÁRIO 8h - 9h e 15h30 - 17h30

Escalão A 5€ Escalão B 15€ Escalão C 25€

HORÁRIO 8h - 9h e 15h30 - 19h

Escalão A 10€ Escalão B 30€ Escalão C 50€

PAUSAS CURRICULARES – COMPLEMENTO EXTRA DE 1 € DIA (Escalão A); 2 € DIA (Escalão B e C).

REDUÇÕES

1º Irmão (20%) 2º Irmão (30%) 3º Irmão (40%) 4º Irmão (50%) 5º Irmão (60%)

1º Ciclo

HORÁRIO 8h - 9h

Escalão A 5€ Escalão B 10€ Escalão C 15€

HORÁRIO 8h - 9h e 17h30 - 19h

Escalão A 7€ Escalão B 20€ Escalão C 30€

PAUSAS CURRICULARES – COMPLEMENTO EXTRA DE 1 € DIA (Escalão A); 2 € DIA (Escalão B e C).

REDUÇÕES

1º Irmão (20%) 2º Irmão (30%) 3º Irmão (40%) 4º Irmão (50%) 5º Irmão (60%)

SÓ PAUSAS CURRICULARES

Jardim-de-infância

HORÁRIO 8h - 19h

Escalão A 10€ Escalão B 30€ Escalão C 50€

+ COMPLEMENTO EXTRA DE 1 € DIA (Escalão A); 2 € DIA (Escalão B e C).

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1º Ciclo

HORÁRIO 8h - 19h

Escalão A 7€ Escalão B 20€ Escalão C 30€

+ COMPLEMENTO EXTRA DE 1 € DIA (Escalão A); 2 € DIA (Escalão B e C).

8. Local e prazo de pagamento

1. As comparticipações/ pagamentos mensais da Componente de Apoio à Família são pagas na Escola que a criança frequenta.

2. Os pagamentos serão realizados entre o dia 1 e o dia 8 do mês respectivo. 3. Os pagamentos deverão ser entregues ao Coordenador da Componente de Apoio à

Família, que lhe entregará o respectivo recibo no acto de pagamento ou antes do final do mês a que este corresponde.

9. Saídas de escola 1. A inscrição na Componente de Apoio à Família implica a autorização de saída da escola – em que a criança irá sempre devidamente acompanhada por elementos da equipa do CAF – para a integração nas diversas actividades planificadas. 2. As saídas de escola serão sempre antecipadamente comunicadas por escrito ao(s) Encarregado(s) de Educação da criança, indicando o dia, hora e motivo da saída. Estas comunicações trazem um destacável onde o Encarregado de Educação indica se autoriza ou não a saída. No caso da não entrega do destacável considera-se que a criança não está autorizada a sair com o grupo, permanecendo na escola no dia da saída.

10. Comunicação de desistência

1. Os Encarregados de Educação devem comunicar, por escrito, ao Coordenador da Componente de Apoio à Família – com uma antecedência mínima de 15 dias – a desistência da frequência desta componente.

2. Se esta comunicação não for realizada, continuará a ser exigido o pagamento da mensalidade da Componente de Apoio à Família até ao momento em que esta seja devidamente comunicada.

3. No caso da comunicação de desistência não ser realizada com uma antecedência mínima de 15 dias, a Junta de Freguesia do Santo Condestável reserva-se o direito de exigir o pagamento da mensalidade do mês seguinte.

11. Valores

1. A Componente de Apoio à Família não se responsabiliza por roupa e/ou outros valores

trazidos pelas crianças nem por quaisquer danos ou trocas verificados em pertences das crianças.

12. Seguro

1. Todas as crianças, quando se encontram no espaço físico da escola, estão abrangidas por um seguro escolar de acidentes pessoais, sendo este custo suportado na totalidade pelos Agrupamentos de Escolas. 2. O referido seguro escolar de acidentes pessoais não abrange objectos pessoais que as crianças possam utilizar ou trazer, e posteriormente perder e/ou danificar, como por exemplo, óculos, aparelhos electrónicos, objectos em ouro, entre outros.

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3. No que respeita às saídas para fora do espaço físico da escola, a Junta de Freguesia do Santo Condestável está obrigada a assegurar um seguro de responsabilidade civil que assegure a integridade física da criança. 4. Sempre que a saída de escola implique o aluguer de autocarro, o seguro de viagem é da responsabilidade da empresa transportadora. 13. Pagamentos em atraso/Falta de pagamento 1. O não pagamento de uma mensalidade implicará a impossibilidade de frequência da Componente de Apoio à Família no mês seguinte. 2. No caso do pagamento em atraso ser pago no início do mês seguinte, o Encarregado de Educação fica obrigado a pagar ambas as mensalidades – a do mês actual e a do mês em atraso. Só com ambas as mensalidades pagas é que a criança poderá voltar a frequentar a Componente de Apoio à Família. 3. O não pagamento da mensalidade implicará a intervenção dos serviços competentes da Junta de Freguesia do Santo Condestável que deverão elaborar a devida análise, conduzindo ao impedimento da frequência da Componente de Apoio à Família até que a situação seja regularizada.

14. Interrupções lectivas

1. A Componente de Apoio à Família funcionará nas interrupções lectivas (início do ano lectivo/ Mês de Setembro, Natal, Páscoa, Férias Verão – Mês Julho) no horário das 8 às 19 horas. 2. A Componente de Apoio à Família reserva-se o direito de não assegurar as interrupções lectivas caso o número de crianças inscritas ser inferior a 10. 3. As atividades realizadas nas interrupções lectivas (férias do Natal, férias da Páscoa e mês de Julho) são alvo de um pagamento fixo por dia de actividade (no valor de 1 ou 2€/dia) que engloba as diversas actividades lúdicas, desportivas e/ou culturais. 4. O fornecimento de almoço e lanche não é assegurado pela Componente de Apoio à Família, mas sim, respectivamente, pela escola e pelos pais, pelo que a Componente de Apoio à Família não se responsabiliza pela falta de almoço ou lanche durante o período das interrupções letivas.

15. Receção e entrega das crianças 1. Aquando da receção das crianças de manhã, estas devem ser entregues apenas e só dentro das Instalações das respectivas valências à pessoa responsável que esteja no momento ao serviço. O não cumprimento desta norma implica a desresponsabilização da Componente de Apoio à Família. 2. A receção das crianças no acolhimento da manhã deve processar-se das 8 até às 9 horas. 3. A saída das crianças realiza-se a partir das 15.30h para o Jardim-de-infância e 17.30h para o 1º Ciclo até as 19 horas. 4. Por motivos de segurança, as crianças apenas serão entregues aos respectivos Encarregados de Educação ou aos seus representantes legais e/ou familiares, desde que essa informação conste da ficha de inscrição individual da criança. 5. Numa situação excecional, poderá a criança ser entregue a outra pessoa desde que comunicado antecipadamente pelos Encarregados de Educação e mediante a apresentação de um documento de identificação. 6. As informações transmitidas pelas crianças, tais como: saídas da Instituição, restrições alimentares, tomada de medicamentos ou outras de alguma importância, não serão

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consideradas sem a apresentação por escrito de uma autorização, devidamente assinada pelo encarregado de educação ou seu representante legal. 7. A partir do momento que a criança é entregue nas instalações da escola, só poderá voltar a sair no término das actividades, pelo que não poderá sair e voltar a entrar no mesmo dia.

16. Deveres dos Encarregados de Educação

1. Todos os Encarregados de Educação que tenham crianças a frequentar a Componente de Apoio À Família, têm o dever de:

a) Consciencializar-se de que são os principais educadores e prestadores de cuidados dos seus filhos; b) Proceder ao cumprimento das normas de funcionamento previstas neste regulamento interno; c) Mostrar interesse e apoiar as atividades das crianças;

d) Providenciar cuidados médicos e medicamentosos sempre que a criança adoeça e actualizar permanentemente o Boletim de vacinas; e) Informar a equipa caso a criança sofra de alguma doença, nomeadamente: epilepsia, diabetes, alergias ou outras; Nestes casos, deverão entregar sempre um documento com as indicações do médico, para que se saiba como agir em situação de crise; f) Participar nas reuniões de pais e noutras actividades que sejam propostas pela equipa pedagógica do estabelecimento; g) Proceder à justificação de faltas das crianças, avisando o responsável da sala; f) Avisar a equipa de quem virá buscar a criança, caso não sejam as pessoas que geralmente o fazem; g) Fornecer lanche para a criança; Responsabilizar-se por quaisquer danos no material e/ou instalações realizadas pelo seu educando; 2. Todos os medicamentos devem estar devidamente identificados (nome da criança, hora e dose) e devem ser entregues ao pessoal da sala. 3. Sempre que possível, os medicamentos deverão ser administrados em casa. No caso de tal não ser possível, a família deve entregar directamente à pessoa responsável pela recepção da criança os medicamentos a administrar. 4. Se a criança tiver de faltar por motivo de doença infecto-contagiosa é necessário apresentar nova declaração médica comprovando que a criança está em condições de frequentar a Instituição. 17. Recolha de imagem/vídeo 1. A Componente de Apoio à Família, no decorrer das suas actividades, pode recolher imagens ou vídeos das crianças inscritas na Componente de Apoio à Família, pelo que a não autorização da recolha de dados de imagem/vídeo terá de ser devidamente assinalada no momento da inscrição.

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2. Caso não seja indicada esta não autorização, a Junta de Freguesia do Santo Condestável não se responsabiliza pela recolha e utilização destes dados.

18. Dúvidas e omissões 1. As dúvidas, casos omissos e interpretações resultantes da aplicação do presente Regulamento serão resolvidas pela Junta de Freguesia do Santo Condestável.

19. Contactos

1. Para qualquer eventual contacto com a Junta de Freguesia do Santo Condestável, poderá utilizar um dos meios abaixo indicados, de 2ª feira a 6ª feira das 9 às 18 horas e 4ª feira das 9 às 20 horas.

Morada: Rua Azedo Gneco, nº 84, 2º

Telefone: 213931300

Fax: 213931309

E-mail: [email protected]

ARTIGO 89.º COMPONENTE DE APOIO À FAMÍLIA – REGIMENTO (EB1 FERNANDA DE CASTRO)

1. Objecto e âmbito

1.1. O presente Regimento visa definir as condições gerais de funcionamento das actividades da CAF nos Agrupamentos de Escolas que incluam estabelecimentos de educação da rede pública, situados na área administrativa da Junta de Freguesia dos Prazeres.

2. Actividades de apoio à família

2.1. Prolongamento de horário; 2. 2. Actividades nas Interrupções Lectivas.

Prolongamento de Horário

a) O Prolongamento de Horário é uma componente não pedagógica de Apoio à Família a ser comparticipada pelas famílias nos termos definidos pelas autoridades municipais, compatíveis com as suas condições socioeconómicas.

b) O Prolongamento de Horário incide na organização de actividades adequadas e tem lugar antes do início da componente pedagógica e após a sua conclusão.

Interrupções Lectivas a) As atividades desenvolver-se-ão nos Estabelecimentos de Ensino do 1º Ciclo ou noutras

instalações municipais e terão um pendor lúdico, cultural e desportivo;

3. Inscrições 1. As inscrições dos alunos que pretendem frequentar a Componente de Apoio à Família efectuam-se na Sede da Junta de Freguesia dos Prazeres, nas horas de expediente, das 09H30 às 12H30 e das 14H00 às 18H00, ou por intermédio da Coordenação da CAF, junto da Escola. 2. No ato de inscrição os Encarregados de Educação deverão apresentar a seguinte documentação:

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Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão ou Cédula Pessoal do/s Aluno/s Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão do Encarregado de Educação; Cartão do Utente do MS, se não for detentor de Cartão de Cidadão; Boletim Individual de Saúde – Registo de Vacinas; Ofício da Segurança Social, especificando o respetivo escalão SASE. 3. A inscrição é efetuada para a totalidade do ano lectivo correspondente, sem prejuízo das situações decorrentes de transferências ou de desistência, em cada período mensal. 4. Comparticipação das famílias 1. A inscrição nas actividades de Apoio à Família depende da prestação de Comparticipação Familiar calculada nos termos do disposto no Despacho Conjunto n.º 300/97 de 4 de Setembro e periodicamente quantificada pelo competente Departamento Municipal. 2. O Serviço de Acção Social Escolar, com base em critérios atinentes ao rendimento respectivo, atribui a cada grupo familiar um Escalão de pagamento SASE que definirá a comparticipação a aplicar. Serão cobradas verbas relativas à participação de cada aluno, como especificado em Anexo 3. O pagamento da comparticipação do Apoio à Família deverá ser efectuado até ao dia 12 de cada mês e refere-se ao próprio mês em curso. O pagamento deve ser entregue ao Responsável CAF ou na Junta de Freguesia dos Prazeres durante o horário normal de expediente. Os recibos referentes ao pagamento serão entregues aos Encarregados de Educação até ao final do mesmo mês. 4. Ocorrendo pagamento fora do prazo a que se refere o número anterior, poderá ser agravada a respetiva Comparticipação Familiar. 5. O não pagamento ou o atraso no pagamento da Comparticipação Familiar, se não justificado por motivos de força maior, poderá levar à suspensão da participação dos alunos na CAF. 6. O valor da mensalidade não depende da presença ou ocasional ausência do aluno em todos os dias letivos desse mês. 7. Todas as crianças inscritas estão cobertas pelo Seguro Escolar ou equivalente.

5. Horário de funcionamento 1. O Apoio à Família funcionará todos os dias úteis das 08H00 às 09H00 e das 17H30 às 19H00, desde o início do Ano Lectivo, decorrendo de Setembro até final da primeira quinzena de Julho do ano civil subsequente. 2. Os Pais ou os Encarregados de Educação ou quem autorizadamente os substitua deverão recolher os seus educandos antes da conclusão do horário de funcionamento. Caso o atraso ultrapasse a ½ hora, o representante CAF envidará esforços para comunicar com o/s responsáveis pela criança, nos termos e para os contactos fornecidos por esses responsáveis. Decorridos 30 (trinta) minutos após a hora da conclusão do CAF, será alertada a equipa de Polícia da Escola Segura de forma a assegurar a protecção da criança que deixou de estar abrangida pelo Seguro Escolar.

6. Desistência ou interrupção da frequência 1. Ocorrendo situações de desistência, o responsável CAF deverá ser avisado com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis. 2 . Em caso de desistência devidamente informada, apenas será devida a contribuição relativa ao proporcional do mês correspondente ao período frequentado. Não sendo informada, será devida a totalidade da mensalidade. 3. Pretendendo interromper o serviço CAF por um período determinado, a Família apresentará com uma antecedência de 5 (cinco) dias úteis o pedido de suspensão, por via de comunicação escrita dirigida a Junta de Freguesia, especificando a data de inicio e conclusão da interrupção.

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7. Atividades e visitas de estudo

1. Serão definidas atividades a desenvolver nas Escolas, a efectivar nos espaços da Componente de Apoio à Família ou noutros. 2. Todos os Passeios e Visitas de Estudo estão sujeitos a autorização prévia, subscrita pelo/s Encarregado/s de Educação. 8.Valores O serviço CAF não se poderá responsabilizar por valores pessoais de qualquer tipo transportados pelos alunos, nem por danos verificados nos seus pertences. 9. Avaliação 1. A componente social e educativa será periodicamente avaliada pelos órgãos competentes do Agrupamento e da Junta de Freguesia dos Prazeres.

2. No final de cada ano lectivo será elaborado Relatório circunstanciado do desenvolvimento do projecto pelo responsável CAF e outros intervenientes, a ser entregue na Junta de Freguesia até ao final do mês de Agosto seguinte. 10. Notas finais 1. Qualquer dúvida, ou queixa, ou anomalia detectada no funcionamento do Apoio à Família deverá ser remetida à Junta de Freguesia dos Prazeres no mais curto prazo.

11. Dúvidas e omissões 1. Os casos omissos no presente regimento serão definidos pela Junta de Freguesia dos Prazeres, sendo da sua única competência produzir as interpretações em caso de dúvidas.

Anexo 1

A Alunos que frequentem o CAF no horário compreendido entre as 8H00 e as 9H00: Escalão A – €5,00 Escalão B – € 10,00 Escalão C – € 15,00 B Alunos que frequentem o CAF no horário compreendido entre as 8H00 e as 9H00 e as 17H30 e as 19H00: Escalão A – € 7,00 Escalão B – € 20,00 Escalão C – € 30,00 C As Famílias que têm mais do que um aluno inscrito na CAF beneficiarão de redução na mensalidade como segue: 2º Aluno: - 20% 3º Aluno: - 30% D

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As Famílias dos alunos que frequentarem a CAF durante as Interrupções Lectivas participarão com a seguinte contribuição, adicional à respectiva mensalidade: Escalão A/1 – € 2,00/dia Escalão B/2 – € 2,00/dia Escalão C/3 – € 2,00/dia

Artigo 90.º ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR - REGIMENTO

1. Âmbito de aplicação

1.1. O presente regimento define orientações a observar no período de funcionamento dos respectivos estabelecimentos de educação e de ensino e apenas nas Actividades de Enriquecimento Curricular, adiante designadas por AEC’s.

1.2. Entende-se por AEC’s aquelas que incidem nos domínios desportivo, artístico, científico, tecnológico e das tecnologias de informação e comunicação, de ligação da escola com o meio, de solidariedade e voluntariado e da dimensão europeia da educação.

1.3. A sua programação deve visar a realização de acções directamente orientadas para o desenvolvimento pessoal, social, cultural e desportivo, estimulando-se componentes importantes no domínio da educação utilizando diferentes estratégias e metodologias.

1.4. A Junta de Freguesia de Santo Condestável e a Junta de Freguesia dos Prazeres são as entidades promotoras/executoras das AEC’s, as quais celebraram um Protocolo com o Agrupamento de Escolas de Manuel da Maia para o desenvolvimento das mesmas.

2. Competências

2.1. É da competência dos docentes titulares de turma:

a) A supervisão e o acompanhamento do desenvolvimento das atividades, na observância dos pontos n.º 31 e n.º 32 do Despacho 14 460/2008, republicado pelo Despacho nº 8683/2011;

b) Articular com as famílias, prestando todas as informações solicitadas;

c) Integrar no Projecto Curricular de Turma as Actividades de Enriquecimento Curricular;

d) Planificar as actividades do Apoio ao Estudo;

e) Reunir periodicamente com os professores das AEC’s;

f) Dar conhecimento deste regimento, no início do ano lectivo, em reunião a realizar entre os docentes titulares da turma e os encarregados de educação;

g) Quaisquer informações ou esclarecimentos a dar aos encarregados de educação serão feitos no horário previsto para o atendimento aos encarregados de educação, cuja calendarização é da responsabilidade do professor titular de turma;

h) Fazer aplicar o Regulamento Interno do Agrupamento, nomeadamente no que se refere ao Estatuto do Aluno e às normas de funcionamento das actividades lectivas e não lectivas.

2.2. É da competência dos encarregados de educação:

a) Os encarregados de educação são responsáveis pela assiduidade e frequência dos seus educandos nas AEC’s;

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b) As faltas dos alunos são justificadas na caderneta do aluno, ao professor titular de turma, com conhecimento ao professor da AEC’s;

c) Os encarregados de educação são responsáveis por eventuais danos causados pelos seus educandos, no equipamento escolar;

d) Os encarregados de educação, caso desejem, podem comunicar com os Professores das AEC’s directamente ou através da caderneta do aluno, dando conhecimento ao professor titular de turma;

e) Os encarregados de educação devem cumprir o horário das Actividades de Enriquecimento Curricular, reconhecendo assim, a importância formativa destas no desenvolvimento do seu educando;

f) Em caso de acidente escolar, durante o período das AEC´s, o encarregado de educação deverá, se possível, acompanhar o seu educando a uma unidade hospitalar, se necessário.

2.3. É da competência dos alunos:

a) Tratar com respeito e correcção qualquer Professor/Técnico que lecciona as AEC´s;

b) Seguir as orientações dos Professores/Técnicos relativas às suas aprendizagens;

c) Respeitar as instruções do pessoal docente e não docente;

d) Durante o período em que decorrem as actividades, só poderão sair da escola, mediante autorização e justificação do encarregado de educação escrita na caderneta do aluno;

e) Os alunos devem fazer-se acompanhar do material solicitado pelos professores dinamizadores das AEC’s e pela caderneta escolar;

f) Os alunos deverão obrigatoriamente apresentar-se devidamente equipados, com ténis e roupa adequada à prática da Actividade Física e Desportiva;

g) A falta de equipamento para a realização da Actividade Física e Desportiva, poderá, se o professor o entender, levar à não participação do aluno na actividade, podendo participar em tarefas de apoio à aula.

2.4. É da competência dos professores/técnicos das AEC’s:

a) Ter conhecimento e divulgar as normas constantes neste Regimento;

b) Sempre que necessário, por doença ou acidente escolar de um aluno, deverá o professor das AEC’s solicitar a intervenção de uma Assistente Operacional, que agirá em conformidade com a situação;

c) Os professores das AEC’s deverão registar diariamente as faltas dos alunos e o sumário da aula, no livro de registo diário das actividades da turma;

d) Os professores das AEC’s deverão elaborar diariamente o Plano de Aula da respectiva actividade;

e) Cada professor deverá organizar um dossier por turma onde constem as planificações das actividades que desenvolve com os alunos e os Programas aprovados pelos dos Departamentos Curriculares;

f) Os professores das AEC’s deverão proceder à avaliação de cada aluno, trimestralmente, através do preenchimento de um registo de avaliação próprio para o efeito;

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g) Os professores das AEC’s deverão participar nas reuniões de Conselho de Docentes, em cada escola, sempre que sejam convocados;

h) Os professores das AEC’s deverão estar presentes nas reuniões trimestrais de entrega dos registos de avaliação aos encarregados de educação.

3. Período de Funcionamento

3.1. As AEC’s desenvolvem-se de acordo com calendário escolar divulgado pelo Ministério de Educação;

3.2. As AEC’s decorrerão nos espaços escolares, podendo ainda ser utilizados, para o efeito, outros espaços não escolares, em resultado de situações de parceria.

3.3. O horário de funcionamento das AEC’s está compreendido entre as 15h 30min e as 17h 30min. As actividades organizam-se em blocos de 45min, de acordo com as orientações definidas no Despacho nº 14 460/2008

4. Actividades

4.1. As Actividades de Enriquecimento Curricular disponibilizadas pelo Agrupamento são:

a) Apoio ao Estudo;

b) Ensino do Inglês;

c) Ensino da Música;

d) Atividade Física e Desportiva;

e) Expressões (Expressão Dramática, Expressão Plástica e Capoeira)

5. Inscrições

5.1. As AEC’s são gratuitas e de frequência facultativa, cabendo aos encarregados de educação a tomada de decisão de inscreverem os seus educandos nas referidas actividades.

5.2. Os encarregados de educação interessados no programa das AEC’s poderão formalizar a inscrição do seu educando no respectivo estabelecimento de ensino.

5.3. Os encarregados de educação dos alunos que iniciam o 1.º ano de escolaridade, poderão fazer a pré-inscrição no acto da matrícula.

5.4. A inscrição nas AEC’s implica a frequência da totalidade das actividades, exceptuando-se casos particulares de alunos com problemas devidamente sinalizados por declaração médica, situações que serão estudadas caso a caso.

5.5. Uma vez realizada a inscrição, o encarregado de educação e o seu educando, assumem um compromisso de responsabilidade da sua frequência nas AEC’s através do preenchimento da minuta que se anexa a este Regimento.

6. Assiduidade

6.1. Uma vez inscritos, a frequência por parte dos alunos é obrigatória, estando sujeitos à respectiva marcação de faltas em cada uma das actividades.

6.2. As faltas deverão ser justificadas por escrito, na caderneta do aluno, no prazo máximo de 3 dias úteis após a sua ocorrência.

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6.3. As faltas dadas pelos alunos deverão ser registadas diariamente pelos professores das AEC’s, no livro de registo diário das actividades da turma, e comunicadas ao professor titular da turma / coordenador de estabelecimento.

6.4 A ocorrência de um número de faltas injustificadas consecutivas superior a dez blocos de 45 minutos ou de um número de faltas injustificadas interpoladas superior a quinze blocos de 45 minutos, constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao cumprimento de medidas de recuperação e ou corretivas específicas, podendo ainda conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias. No caso de se manter a situação de falta de assiduidade injustificada o aluno será excluído das Atividades de Enriquecimento Curricular.

7. Indisciplina

7.1.Todas as medidas disciplinares têm uma finalidade pedagógica e preventiva, visando, de forma sustentada, a preservação da autoridade dos docentes e demais funcionários, e o normal prosseguimento das actividades na escola.

7.2. Sempre que o comportamento de um aluno impeça o normal funcionamento da actividade, este deverá ser advertido de acordo com o definido no Estatuto do Aluno. Deste facto, deverá ser dado conhecimento imediato ao encarregado de educação através de participação na caderneta do aluno.

7.3. O professor poderá, ainda, recorrer ao preenchimento de uma participação disciplinar -Registo de Ocorrência - a qual deverá ser entregue pelo professor das AEC’s ao professor titular de turma ou ao Coordenador do estabelecimento de ensino.

7.4. Um aluno que seja recorrente em problemas de indisciplina poderá ser excluído da frequência da AEC’s.

8. Funcionamento

8.1. A supervisão pedagógica das AEC’s será feita pelos docentes titulares de turma, estando atribuída no seu horário uma hora mensal, de forma a estabelecer contactos periódicos com os professore/técnicos das AEC’s.

8.2. Sempre que um professor das actividades necessitar de faltar, a entidade Executora, deverá assegurar a sua substituição e informar o coordenador de estabelecimento.

8.3. Em caso de falta do professor de Apoio ao Estudo, é da responsabilidade do coordenador de estabelecimento a afectação dos recursos humanos necessários.

8.4. Sempre que não haja AEC’s por motivo de actividades previstas no Plano Anual de Actividades do Agrupamento, visitas de estudo ou outras, os professores das AEC’s cumprirão o seu horário, de acordo com as orientações do órgão de gestão da escola.

8.5. A vigilância dos alunos na hora dos intervalos é da responsabilidade dos Assistentes Operacionais e dos professores das AEC’s.

8.6. No caso das condições climatéricas não permitirem a realização das actividades no exterior, devem existir actividades de substituição para serem realizadas na sala de aula ou outros espaços fechados.

9. Disposições Finais

9.1. Qualquer questão que ocorra no âmbito das AEC’s e que não esteja prevista neste Regimento de Funcionamento será resolvida pela Direcção do Agrupamento em articulação com a Entidade Promotora.

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SECÇÃO 6 – GAA – GABINETE DE APOIO AO ALUNO

Artigo 91.º DEFINIÇÃO E FUNCIONAMENTO

1. O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família é uma estrutura existente na escola no âmbito do Projecto TEIP que desenvolve a sua acção na prevenção, despiste, acompanhamento e encaminhamento de crianças e jovens em risco.

2. No Agrupamento o GAA desenvolve a sua acção em estreita colaboração com o Diretor e as estruturas de orientação educativa e serviços de apoio aos alunos.

3. A sua ação é coordenada por técnicos com formação na área da psicologia, do serviço social ou com formação na área de acompanhamento de crianças e jovens.

4. A sua atividade engloba as seguintes vertentes:

a) Promover uma melhor integração no Agrupamento dos alunos e Pais/Encarregados de Educação;

b) Diminuir o absentismo escolar;

c) Despistar situações familiares de crianças e jovens considerados em risco.

SECÇÃO 7 – BIBLIOTECA ESCOLAR / CENTRO DE RECURSOS EDUCATIVOS

Artigo 92.º REGULAMENTO / REGIMENTO

1. Definição e objectivos

A BE/CRE do Agrupamento Manuel da Maia - conjunto de recursos físicos humanos e documentais - constitui um núcleo de organização pedagógica do Agrupamento vocacionado para o apoio ao currículo e para o desenvolvimento das competências de leitura e literacia no sentido da consolidação e produção de conhecimento e da formação de cidadãos responsáveis, críticos e intervenientes. Tem como objectivos:

a) Apoiar a concretização dos projectos curriculares;

b) Desenvolver a literacia em informação;

c) Estimular os hábitos e o gosto pela leitura;

d) Promover um ambiente que estimule o uso progressivo e generalizado de tecnologias multimédia e da Internet;

e) Apoiar a concretização de projectos inseridos no âmbito de vários contextos educativos;

f) Realizar actividades de animação pedagógica;

g) Cooperar com outras bibliotecas escolares, no âmbito da Rede de Bibliotecas Escolares e com a Biblioteca Municipal, ou outras instituições, quando possível.

2. Actividades

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2.1. A BE /CRE realiza uma série de actividades abertas a todos ao longo do ano lectivo:

a) Animações;

b) Feira do Livro e Semana da Leitura;

c) Exposições;

d) Celebrações de dias comemorativos.

2.2. A BE/CRE desenvolve guiões de literacia (Visita à BE/CRE; Guião de Pesquisa).

2.3. Na BE/CRE estão disponíveis jogos didácticos, condicionados a requisição prévia.

2.4. O Blogue da BE http://navegantesnabiblioteca.blogspot.com divulga os recursos e actividades da BE e está aberto à colaboração de toda a comunidade escolar.

2.5. A página Web da BE/CRE, alojada no site do Agrupamento, é veículo de informação da missão, actividades e percursos da Biblioteca.

3. Recursos e forma como devem ser utilizados

3.1. A BE/CRE possui um conjunto de recursos e equipamentos destinados à cobrir necessidades diversas dos seus utilizadores e a cumprir a missão a que se propõe.

3.2. Os recursos de informação estão organizados em regime de livre acesso ou de acesso reservado.

3.3. Os documentos de livre acesso são, nomeadamente, os documentos impressos que se encontram em regime de livre acesso. Os recursos electrónicos, vídeo e áudio e material lúdico estão englobados no regime de acesso reservado, carecendo de requisição.

4. Leitura Informal

Durante os intervalos ou em breves momentos de pausa, estão à disposição de todos revistas e livros de leitura rápida em caixa própria.

5. Requisição domiciliária

5.1. Os livros e documentos passíveis de leitura domiciliária podem ser requisitados por um período de cinco dias úteis, um de cada vez, pelos elementos da comunidade escolar.

5.2. Este período de tempo pode ser renovado por igual período, desde que não haja outros utilizadores em lista de espera.

5.3. Todos os documentos impressos podem ser requisitados à excepção de obras de referência (dicionários, atlas, enciclopédias) e outras que, devido à sua raridade, consulta frequente ou estado de conservação o não aconselhem.

5.4. Vídeos e DVD podem ser requisitados à sexta-feira, devendo ser entregues na segunda-feira seguinte.

5.5. Nas três semanas que antecedem o final do ano lectivo, não são permitidas requisições para leitura domiciliária.

6. Cartão de Leitor

6.1. Sempre que o aluno devolva um livro acompanhado da sua pequena ficha de leitura, o

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Cartão de Leitor é carimbado.

6.2. O(s) melhor(es) leitor(es) recebe(m) um prémio no final do ano lectivo.

7. Requisição para a aula

7.1. O material requisitado para a aula está sujeito a preenchimento de ficha própria.

7.2. Poderão ser requisitados documentos pelos alunos por um período máximo de um bloco lectivo (noventa minutos), mediantes ficha de requisição assinada pelo docente.

7.3. O material requisitado deverá ser devolvido à BE/CRE, após a aula.

8. Utilização dos computadores

8.1. Os computadores da BE/CRE estão à disposição de todos os que tiverem conhecimento da sua forma de funcionamento ou, se não for o caso, com a orientação de um docente, para a realização de trabalhos e de pesquisa.

8.2. Os computadores são ligados/desligados pela Equipa da BE/CRE ou professores presentes.

8.3. Cada computador deve ser utilizado por um único aluno. Em caso de trabalho de grupo, é ao professor que cabe designar dois elementos no máximo por computador.

8.4. Não é permitida a utilização dos computadores em períodos inferiores a 15 minutos.

8.5. Não é permitido:

a) A introdução de outra palavra-passe que não a do próprio;

b) Alterar a configuração dos computadores ou do software instalado;

c) Consultar e/ou manusear arquivos, imagens ou informação cujo conteúdo possa ser considerado moralmente ofensivo ou de algum modo não ético.

8.6. Os alunos devem gravar os seus trabalhos em pen disk e deixar a mesa arrumada.

8.7. No intervalo do almoço e após as aulas, os alunos podem também utilizar os computadores para jogos pedagógico - didácticos.

8.8. Um computador será preferencialmente utilizado para o catálogo on-line da BE/CRE.

9. Utilização dos postos - vídeo

9.1. Na BE/CRE existem também dois televisores para o visionamento de vídeos e DVD.

9.2. Cada posto só pode ser utilizado por um utilizador mediante o uso de auscultadores individuais.

10. Direitos do Utente

10.1. O utilizador tem direito a utilizar todos os recursos existentes e todos os serviços prestados pela BE/CRE.

10.2. É direito do utente apresentar críticas e sugestões quanto ao funcionamento da BE/CRE e à aquisição de recursos.

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11. Deveres do Utente

11.1. Todos os utentes têm de cumprir as normas estabelecidas, no que diz respeito ao acesso/utilização dos recursos existentes em cada um dos sectores.

11.2. O utilizador deve contribuir para manter um bom ambiente nas zonas funcionais:

a) Entrar ordeiramente;

b) Manter o silêncio;

c) Não consumir alimentos e bebidas.

11.3. O utilizador deve assumir um comportamento correcto, actuando com civismo e acatando as instruções dos responsáveis pela BE/CRE.

11.4. A ocupação da BE/CRE por grupos/turma deverá ser marcada de véspera pelo professor.

11.5. A utilização da BE/CRE por grupos/turma será supervisionada por um professor responsável pela turma.

11.6. Os alunos que frequentam a BE/CRE durante os tempos lectivos deverão fazer-se acompanhar de ficha própria que indique o trabalho e os objectivos do trabalho a que se propõem, assinada pelo professor.

11.7. Ao entrar na BE/CRE, o aluno deve deixar a mochila no local destinado para o efeito e proceder ao seu registo de entrada na BE/CRE.

11.8. O material impresso, depois de consultado, deve ser colocado no carrinho junto à recepção.

11.9. Os livros e documentos têm lugar próprio, o seu posicionamento não deve ser alterado.

11.10. Em caso de perda ou dano de documento, o utilizador deverá repor um exemplar igual ou pagar o seu valor comercial, no prazo de trinta dias.

11.11. Não é permita a utilização de materiais que não pertençam à BE/CRE, com excepção dos manuais escolares e/ou computadores dos alunos necessários à elaboração de trabalhos colectivos ou individuais.

11.12. A qualquer aluno que, mesmo depois de advertido, não cumpra as normas constantes deste regimento, será dada ordem de saída da BE/CRE pelos respectivos responsáveis, sendo encaminhado para o Gabinete de Intervenção Pedagógica e Educativa (G.I.P.E.) e dos factos será redigida a respectiva participação e entregue ao Director de Turma do aluno em causa.

11.13. Dependendo da gravidade dos factos, a participação poderá ser entregue directamente à Direcção que determinará a pena a aplicar ou os procedimentos a adoptar.

11.14. O utente será responsabilizado pelos danos que deliberadamente provoque ou que não decorram de normal e cuidadoso manuseamento, quer de livros, quer de outros materiais/equipamentos utilizados.

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CAPÍTULO V – DIREITOS E DEVERES DOS MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR

SECÇÃO 1 – DIREITOS E DEVERES GERAIS DA COMUNIDADE ESCOLAR

Artigo 93.º DIREITOS GERAIS DOS MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR

1. Os membros da comunidade escolar gozam dos seguintes direitos gerais:

a) Conhecer e fazer cumprir o Regulamento Interno do Agrupamento;

b) Apresentar, a quem de direito, e com a devida brevidade, os problemas de que tenha conhecimento;

c) Participar, através dos seus representantes, na aprovação do Projecto Educativo e do Regulamento Interno do Agrupamento e acompanhar o respectivo desenvolvimento;

d) Apresentar sugestões e críticas relativas ao funcionamento de qualquer sector do Agrupamento;

e) Ser ouvido em todos os assuntos que lhe digam respeito, individualmente ou através dos seus órgãos representativos, pelas estruturas hierarquicamente superiores;

f) Ser tratado com respeito e correcção por qualquer membro da comunidade escolar;

g) Ver salvaguardada a sua segurança e respeitada a sua integridade física e psíquica no espaço escolar;

h) Ser pronta e adequadamente assistido em caso de acidente ou doença súbita, ocorridos dentro do recinto escolar e ainda no âmbito das actividades escolares realizadas fora do mesmo;

i) Ver respeitada a confidencialidade dos elementos constantes do seu processo individual, de natureza pessoal ou relativos à família;

j) Eleger e ser eleito para órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito da vida nas escolas, nos termos da legislação em vigor;

k) Organizar e participar em iniciativas que promovam a sua formação;

l) Utilizar as instalações e os serviços a si destinados e outros com a devida autorização;

m) Usufruir de um bom ambiente de trabalho.

Artigo 94.º DEVERES GERAIS DOS MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR

1. Os membros da comunidade escolar estão subordinados ao cumprimento dos seguintes deveres gerais:

a) Cumprir e fazer cumprir o Regulamento Interno;

b) Ser assíduo, pontual e responsável no cumprimento dos horários e tarefas que lhe forem atribuídos;

c) Promover um convívio saudável, de modo a criar um clima de confiança e harmonia, baseado no respeito mútuo;

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d) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes colaboração;

e) Participar nas actividades desenvolvidas pelas escolas e em que se encontre envolvido;

f) Ser receptivo a críticas construtivas relativas ao seu trabalho ou à sua conduta, aceitando sugestões que visem melhorar os mesmos;

g) Promover a conservação e asseio dos estabelecimentos que integram o Agrupamento, nomeadamente no que diz respeito às instalações, material didáctico, mobiliário e espaços exteriores;

h) Não transportar para dentro do recinto escolar objectos que ponham em risco a integridade física de pessoas e bens;

i) Relatar oralmente ou por escrito, a quem de direito, anomalias ou ocorrências que atentem contra o estipulado no presente Regulamento Interno;

j) Respeitar a propriedade dos bens de todos os elementos da comunidade escolar;

k) Identificar-se sempre que solicitado ou necessário;

l) Alertar os responsáveis para a presença de pessoas estranhas à comunidade escolar, excepto se devidamente identificadas com o cartão de visitante em local bem visível;

m) Respeitar as normas e os horários de funcionamento de todos os serviços do Agrupamento;

n) Respeitar e fazer respeitar a proibição de venda ou consumo de bebidas alcoólicas.

SECÇÃO 2 – DIREITOS E DEVERES DOS ALUNOS

Artigo 95.º DIREITOS DOS ALUNOS

1. De acordo com a Lei n.º 51/2012 que aprova o Estatuto do aluno e Ética Escolar, os alunos gozam dos seguintes direitos:

a) Ser tratado com respeito e correção por qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas;

b) Usufruir do ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em condições de efetiva igualdade de oportunidades no acesso;

c) Escolher e usufruir, nos termos estabelecidos no quadro legal aplicável, por si ou, quando menor, através dos seus pais ou encarregados de educação, o projeto educativo que lhe proporcione as condições para o seu pleno desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico e para a formação da sua personalidade;

d) Ver reconhecidos e valorizados o mérito, a dedicação, a assiduidade e o esforço no trabalho e no desempenho escolar e ser estimulado nesse sentido;

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e) Ver reconhecido o empenhamento em ações meritórias, designadamente o voluntariado em favor da comunidade em que está inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela, e ser estimulado nesse sentido;

f) Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação equilibrada das atividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade;

g) Beneficiar, no âmbito dos serviços de ação social escolar, de um sistema de apoios que lhe permitam superar ou compensar as carências do tipo sociofamiliar, económico ou cultural que dificultem o acesso à escola ou o processo de ensino;

h) Usufruir de prémios ou apoios e meios complementares que reconheçam e distingam o mérito;

i) Beneficiar de outros apoios específicos, adequados às suas necessidades escolares ou à sua aprendizagem, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços especializados de apoio educativo;

j) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral, beneficiando, designadamente, da especial proteção consagrada na lei penal para os membros da comunidade escolar;

k) Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou manifestada no decorrer das atividades escolares;

l) Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu processo individual, de natureza pessoal ou familiar;

m) Participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de administração e gestão da escola, na criação e execução do respetivo projeto educativo, bem como na elaboração do regulamento interno;

n) Eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito da escola, bem como ser eleito, nos termos da lei e do regulamento interno da escola;

o) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos professores, diretores de turma e órgãos de administração e gestão da escola em todos os assuntos que justificadamente forem do seu interesse;

p) Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos livres;

q) Ser informado sobre o regulamento interno da escola e, por meios a definir por esta e em termos adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam do seu interesse, nomeadamente sobre o modo de organização do plano de estudos ou curso, o programa e objetivos essenciais de cada disciplina ou área disciplinar e os processos e critérios de avaliação, bem como sobre a matrícula, o abono de família e apoios socioeducativos, as normas de utilização e de segurança dos materiais e equipamentos e das instalações, incluindo o plano de emergência, e, em geral, sobre todas as atividades e iniciativas relativas ao projeto educativo da escola;

r) Participar nas demais atividades da escola, nos termos da lei e do respetivo regulamento interno;

s) Participar no processo de avaliação, através de mecanismos de auto e heteroavaliação;

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t) Beneficiar de medidas, a definir pela escola, adequadas à recuperação da aprendizagem nas situações de ausência devidamente justificada às atividades escolares.

Artigo 96.º DEVERES DOS ALUNOS

De acordo com a Lei n.º 51/ 2012, são deveres dos alunos:

1. Estudar, aplicando-se, de forma adequada à sua idade, necessidades educativas e ao ano de escolaridade que frequenta, na sua educação e formação integral;

2. Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das atividades escolares;

3. Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino;

4. Tratar com respeito e correção qualquer membro da comunidade educativa, não podendo, em caso algum, ser discriminado em razão da origem étnica, saúde, sexo, orientação sexual, idade, identidade de género, condição económica, cultural ou social, ou convicções políticas, ideológicas, filosóficas ou religiosas.

5. Guardar lealdade para com todos os membros da comunidade educativa;

6. Respeitar a autoridade e as instruções dos professores e do pessoal não docente;

7. Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os alunos;

8. Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas demais atividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;

9. Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa, não praticando quaisquer atos, designadamente violentos, independentemente do local ou dos meios utilizados, que atentem contra a integridade física, moral ou patrimonial dos professores, pessoal não docente e alunos;

10. Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica dos mesmos;

11. Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didático, mobiliário e espaços verdes da escola, fazendo uso correto dos mesmos;

12. Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

13. Permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de educação ou da direção da escola, que autorizem a sua saída à hora de almoço e nos últimos 45 m do seu horário, caso não tenha aulas;

14. Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

15. Conhecer e cumprir o presente Estatuto, as normas de funcionamento dos serviços da escola e o regulamento interno da mesma, subscrevendo declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral;

16. Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;

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17. Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das atividades letivas, ou poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a qualquer outro membro da comunidade educativa;

18. Não utilizar quaisquer equipamentos tecnológicos, designadamente, telemóveis, equipamentos, programas ou aplicações informáticas, nos locais onde decorram aulas ou outras atividades formativas ou reuniões de órgãos ou estruturas da escola em que participe, exceto quando a utilização de qualquer dos meios acima referidos esteja diretamente relacionada com as atividades a desenvolver e seja expressamente autorizada pelo professor ou pelo responsável pela direção ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso;

19. Não captar sons ou imagens, designadamente, de atividades letivas e não letivas, sem autorização prévia dos professores, dos responsáveis pela direção da escola ou supervisão dos trabalhos ou atividades em curso, bem como, quando for o caso, de qualquer membro da comunidade escolar ou educativa cuja imagem possa, ainda que involuntariamente, ficar registada;

20. Não difundir, na escola ou fora dela, nomeadamente, via Internet ou através de outros meios de comunicação, sons ou imagens captados nos momentos letivos e não letivos, sem autorização do diretor da escola;

21. Respeitar os direitos de autor e de propriedade intelectual;

22. Apresentar -se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do espaço e à especificidade das atividades escolares, no respeito pelas regras estabelecidas na escola;

23. Reparar os danos por si causados a qualquer membro da comunidade educativa ou em equipamentos ou instalações da escola ou outras onde decorram quaisquer atividades decorrentes da vida escolar e, não sendo possível ou suficiente a reparação, indemnizar os lesados relativamente aos prejuízos causados.

24. Ser diariamente portador do cartão de aluno e da caderneta escolar em bom estado de conservação, facultando-os a qualquer professor ou assistente operacional que o solicitar;

25. Carregar o cartão na papelaria da escola, para aquisição de bens e serviços (2.º e 3.º Ciclos);

26. Dirigir-se, imediatamente a seguir ao toque para junto da respetiva sala de aula e aguardar aí a chegada do professor (1.º, 2.º e 3.º Ciclos), não podendo permanecer no recreio, ou em qualquer outro local de convívio, durante o seu horário letivo;

27. Aguardar junto à respetiva sala de aula que o assistente operacional de serviço lhe dê indicações, podendo retirar-se sem barulho, caso se confirme a ausência do professor (2.º e 3.º Ciclos); se esta situação se verificar no Jardim-de-Infância os alunos são distribuídos pelas outras salas. No 1.º Ciclo, caso não exista docente de Apoio Educativo, serão distribuídos pelas outras salas do mesmo nível de ensino, se possível;

Artigo 97.º REGIME DE FALTAS

1. Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, nos termos da lei, os alunos são ainda responsáveis pelo cumprimento dos deveres de assiduidade, de pontualidade e de se fazer acompanhar do material necessário às actividades escolares.

2. Os pais e encarregados de educação dos alunos menores de idade são responsáveis,

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conjuntamente com estes, pelo cumprimento dos deveres referidos no número anterior.

3. A falta é a ausência do aluno a uma aula ou a outra atividade de frequência obrigatória ou facultativa caso tenha havido lugar a inscrição, a falta de pontualidade ou a comparência sem o material didático ou equipamento necessários, nos termos estabelecidos nos números seguintes, com registo desse facto no livro de ponto, pelo professor, ou noutros suportes administrativos adequados, pelo Director de Turma no 2.º e 3.º Ciclo ou Professor Titular de Turma no 1.º Ciclo.

4. Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do aluno.

5. A participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola não é considerada falta relativamente às disciplinas ou áreas disciplinares envolvidas, considerando-se dadas as aulas das referidas disciplinas previstas para o dia em causa no horário da turma.

6. No 2.º e 3.º Ciclos será marcada falta aos alunos em cada uma das disciplinas:

a) Quando não se façam acompanhar do material necessário às actividades escolares pela quarta vez e seguintes, sendo que nas três primeiras vezes em que o professor detecte a ausência do material necessário, deverá anotar este facto nos seus registos pessoais e comunicá-lo, através da caderneta do aluno, ao respectivo encarregado de educação;

b) Sempre que cheguem atrasados às actividades lectivas, ultrapassando a tolerância de dez minutos aos primeiros tempos da manhã e da tarde e, de cinco minutos, aos restantes. Poderá não ser autorizada, pelo professor, a entrada do aluno na sala de aula, como medida pedagógica, se os atrasos forem recorrentes ou excessivo o tempo decorrido após o início da aula, não devendo o aluno ficar no pátio, mas ser encaminhado para a sala G.I.P.E.;

c) Quando o aluno receba ordem de saída da sala de aula ou de outros locais onde se desenvolva o trabalho escolar.

7. A ultrapassagem do dobro do número de tempos letivos semanais em faltas injustificadas nas atividades de apoio ou complementares de inscrição ou de frequência facultativa implica a imediata exclusão do aluno das atividades em causa.

8. As faltas dadas ao apoio prestado pelos Serviços Especializados do Agrupamento também devem ser comunicadas através do director de turma aos encarregados de educação dos alunos em questão.

9. A ocorrência de mais de três faltas injustificadas às atividades de apoio ou complementares de inscrição ou de frequência facultativa implica a imediata exclusão do aluno das atividades em causa. (confrontar com ponto 9 do artigo 100.º)

Artigo 98.º DISPENSA DA ATIVIDADE FÍSICA

1. O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de educação física ou desporto escolar por razões de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico, que deve explicitar claramente as contraindicações da atividade física. 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o aluno deve estar sempre presente no espaço onde decorre a aula de educação física. 3. Sempre que, por razões devidamente fundamentadas, o aluno se encontre impossibilitado de estar presente no espaço onde decorre a aula de educação física deve ser encaminhado para um espaço em que seja pedagogicamente acompanhado.

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Artigo 99.º JUSTIFICAÇÃO DAS FALTAS

1. A justificação de faltas e as faltas injustificadas, estão regulamentados nos números seguintes.

2. As faltas de material, de atraso e de natureza disciplinar são igualmente consideradas para efeitos de contagem do limite de faltas.

3. São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) Doença do aluno, devendo esta ser informada por escrito pelo encarregado de educação ou pelo aluno quando maior de idade quando determinar um período inferior ou igual a três dias úteis, ou por médico se determinar impedimento superior a três dias úteis, podendo, quando se trate de doença de carácter crónico ou recorrente, uma única declaração ser aceite para a totalidade do ano letivo ou até ao termo da condição que a determinou;

b) Isolamento profilático, determinado por doença infecto-contagiosa de pessoa que coabite com o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas por falecimento de familiar, previsto no regime do contrato de trabalho dos trabalhadores que exercem funções públicas;

d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o dia imediatamente posterior;

e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa efectuar-se fora do período das actividades lectivas;

f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente, tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;

g) Comparência a consultas pré-natais, período de parto e amamentação, nos termos da legislação em vigor;

h) Acto decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efectuar -se fora do período das actividades lectivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida como própria dessa religião;

i) Participação em atividades culturais, associativas e desportivas reconhecidas, nos termos da lei, como de interesse público ou consideradas relevantes pelas respetivas autoridades escolares;

j) Preparação e participação em atividades desportivas de alta competição, nos termos legais aplicáveis;

k) Cumprimento de obrigações legais que não possam efetuar-se fora do período das atividades letivas;

l) Outro facto impeditivo da presença na escola ou em qualquer atividade escolar, desde que, comprovadamente, não seja imputável ao aluno e considerado atendível pelo diretor, pelo diretor de turma ou pelo professor titular de turma;

m) As faltas de atraso e de material consideradas atendíveis pelo Diretor de Turma ou pelo Conselho de Turma;

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n) As decorrentes de suspensão preventiva apicada no âmbito de procedimento disciplinar, no caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar sancionatória, lhe ser aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em que ultrapassem a medida efetivamente aplicada;

4. Na justificação de faltas deve atender-se a que:

a) As faltas são justificadas pelos pais e encarregados de educação ou, quando maior de idade, pelo aluno ao Director de Turma ou ao Titular de Turma;

b) A justificação é apresentada por escrito, com indicação do dia e da actividade lectiva em que a falta se verificou, referenciando os motivos da mesma;

c) As entidades que determinarem a falta do aluno devem, quando solicitadas para o efeito, elaborar uma declaração justificativa da mesma;

d) O Director de Turma ou Titular de Turma pode solicitar os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta;

e) A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível ou, nos restantes casos, até ao terceiro dia subsequente à mesma.

5. As faltas são injustificadas quando para elas não tenha sido apresentada justificação, quando a justificação apresentada o tenha sido fora de prazo ou não tenha sido aceite, ou quando a marcação tenha decorrido da ordem de saída da sala de aula ou de medida disciplinar sancionatória.

6. Nas situações de ausência justificada às atividades escolares, o aluno tem direito a beneficiar de medidas adequadas à recuperação da aprendizagem em falta, consoante a opinião do Conselho de turma.

Artigo 100º EXCESSO GRAVE DE FALTAS E EFEITOS DA ULTRAPASSAGEM DO

LIMITE DE FALTAS INJUSTIFICADAS

1. No 1.º Ciclo do Ensino Básico o aluno não pode dar mais de 10 dias, seguidos ou interpolados, de faltas injustificadas.

2. Nos restantes ciclos ou níveis de ensino, as faltas injustificadas não podem exceder o dobro do número de tempos lectivos semanais, por disciplina.

3. Quando for atingido metade do limite de faltas injustificadas, os pais ou encarregados de educação ou, quando maior de idade, o aluno, são convocados, pelo meio mais expedito, pelo director de turma ou pelo professor titular de turma.

4. A notificação referida no número anterior deve alertar para as consequências da violação do limite de faltas injustificadas e procurar encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efectivo do dever de assiduidade.

5. Caso se revele impraticável o referido no número anterior, por motivos não imputáveis à escola, e sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respectiva comissão de protecção de crianças e jovens em risco deve ser informada do excesso de faltas do aluno menor de idade, assim como dos procedimentos e diligências até então adoptados pela escola, procurando em conjunto soluções para ultrapassara sua falta de assiduidade.

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6. A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas previstos no n.º 1 e n.º 2 constitui uma violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao cumprimento de medidas de recuperação e ou corretivas específicas, de acordo com o estabelecido nos números seguintes, podendo ainda conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias, nos termos do presente Regulamento. O disposto neste ponto abrange as atividades de Apoio ao Estudo, no 1.º ciclo e no 2.º ciclos, bem como as Atividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo, devendo constar no regulamento das mesmas. 7. O previsto nos números anteriores não exclui a responsabilização dos pais ou encarregados de educação do aluno, designadamente, nos termos dos artigos 128.º e 129.º do presente Regulamento. 8. Todas as situações, atividades, medidas ou suas consequências previstas no presente artigo são obrigatoriamente comunicadas, pelo meio mais expedito, aos pais ou ao encarregado de educação ou ao aluno, quando maior de idade, ao diretor de turma e ao professor tutor do aluno, sempre que designado, e registadas no processo individual do aluno. 9. A ultrapassagem do limite de faltas estabelecido neste regulamento relativamente às atividades de apoio ou complementares de inscrição ou de frequência facultativa implica a imediata exclusão do aluno das atividades em causa.

Artigo 101.º MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO 1. Para os alunos menores de 16 anos, independentemente da modalidade de ensino frequentada, a violação dos limites de faltas previstos no artigo 99.º pode obrigar ao cumprimento de atividades de recuperação ao critério do professor, de acordo com a especificidade de cada disciplina, podendo revestir-se de carácter oral. As atividades serão cumpridas após o retorno do aluno, em data a combinar pelo professor. 2. O disposto no número anterior é aplicado em função da idade, da regulamentação específica do percurso formativo e da situação concreta do aluno. 3. As medidas corretivas a que se refere o presente artigo são definidas nos termos do n.º 4 do artigo 103.º, com as especificidades previstas nos números seguintes.

4. As atividades de recuperação de atrasos na aprendizagem, que podem revestir forma oral, bem como as medidas corretivas previstas no presente artigo ocorrem após a verificação do excesso de faltas e apenas podem ser aplicadas uma única vez no decurso de cada ano letivo.

5. Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno são desconsideradas as faltas em excesso.

6. Cessa o dever de cumprimento das atividades e medidas a que se refere o presente artigo, com as consequências daí decorrentes para o aluno, de acordo com a sua concreta situação, sempre que para o cômputo do número e limites de faltas nele previstos tenham sido determinantes as faltas registadas na sequência da aplicação de medida corretiva de ordem de saída da sala de aula ou disciplinar sancionatória de suspensão.

7. Ao cumprimento das atividades de recuperação por parte do aluno é aplicável o cumprimento de atividades de integração na comunidade escolar e em instituições com as quais o agrupamento tenha parceria. 8. Tratando -se de aluno de idade igual ou superior a 16 anos, a violação dos limites de faltas previstos no artigo 100.º pode dar também lugar à aplicação das medidas previstas que se revelem adequadas, tendo em vista os objetivos formativos, preventivos e integradores a alcançar, em função da idade, do percurso formativo e sua regulamentação específica e da situação concreta do aluno.

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9. O disposto nos números 1 a 7 é também aplicável aos alunos maiores de 16 anos, com as necessárias adaptações, tendo em vista os objetivos enumerados no número anterior. Artigo 102.º INCUMPRIMENTO OU INEFICÁCIA DAS MEDIDAS 1. O incumprimento das medidas previstas no artigo anterior e a sua ineficácia ou impossibilidade de atuação determinam, tratando -se de aluno menor, a comunicação obrigatória do facto à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens ou, na falta desta, ao Ministério Público junto do tribunal de família e menores territorialmente competente, de forma a procurar encontrar, com a colaboração da escola e, sempre que possível, com a autorização e corresponsabilização dos pais ou encarregados de educação, uma solução adequada ao processo formativo do aluno e à sua inserção social e socioprofissional, considerando, de imediato, a possibilidade de encaminhamento do aluno para diferente percurso formativo.

2. A opção a que se refere o número anterior tem por base as medidas definidas na lei sobre o cumprimento da escolaridade obrigatória, podendo, na iminência de abandono escolar, ser aplicada a todo o tempo, sem necessidade de aguardar pelo final do ano escolar.

3. Tratando -se de aluno com idade superior a 12 anos que já frequentou, no ano letivo anterior, o mesmo ano de escolaridade, poderá haver lugar, até final do ano letivo em causa e por decisão do diretor da escola, à prorrogação da medida corretiva aplicada nos termos do artigo anterior.

4. Quando a medida a que se referem os números 1 e 2 não for possível ou o aluno for encaminhado para oferta formativa diferente da que frequenta e o encaminhamento ocorra após 31 de janeiro, o não cumprimento das atividades e ou medidas previstas no artigo anterior ou a sua ineficácia por causa não imputável à escola determinam ainda, logo que definido pelo professor titular ou pelo conselho de turma: a) Para os alunos a frequentar o 1.º ciclo do ensino básico, a retenção no ano de escolaridade respetivo, com a obrigação de frequência das atividades escolares até final do ano letivo, ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes; b) Para os restantes alunos do 2.º e 3.º ciclo, a retenção no ano de escolaridade em curso, sem prejuízo da obrigação de frequência da escola até final do ano letivo e até perfazerem os 18 anos de idade, ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes.

5. As atividades a desenvolver pelo aluno decorrentes do dever de frequência estabelecido na alínea b) do n.º 4, são as mesmas atividades curriculares, inserido na sua turma ou numa turma onde o Conselho de Turma considerar mais conveniente.

6. O incumprimento ou a ineficácia das medidas e atividades referidas no presente artigo implica também restrições à realização de provas de equivalência à frequência ou de exames, sempre que tal se encontre previsto em regulamentação específica de qualquer modalidade de ensino ou oferta formativa.

7. O incumprimento reiterado do dever de assiduidade e ou das atividades a que se refere o número anterior pode dar ainda lugar à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias previstas neste Regulamento.

Artigo 103.º PARTICIPAÇÃO DE OCORRÊNCIAS DE NATUREZA DISCIPLINAR E

PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES

1. Quando forem alvo de, ou presenciarem, qualquer acto de indisciplina, os elementos da

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comunidade escolar deverão preencher uma ficha de ocorrência que deverá ser remetida ao Diretor de Turma ou Professor Titular e, em situações de extrema gravidade comunicadas ao Diretor. A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no Estatuto do aluno, artigo 10.º da Lei n.º 51/2012, ou neste Regulamento Interno, em termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constitui infração, passível da aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória, nos termos dos números seguintes.

2. Medidas correctivas e medidas disciplinares sancionatórias

a) Todas as medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias prosseguem finalidades pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos deveres do aluno, a preservação do reconhecimento da autoridade e segurança dos professores no exercício sua atividade profissional e, de acordo com as suas funções, dos demais funcionários, visando ainda o normal prosseguimento das actividades da escola, a correção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens;

b) As medidas disciplinares sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever violado e gravidade da infração praticada, prosseguem igualmente, para além das identificadas no número anterior, finalidades punitivas;

c) As medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias, devem ser aplicadas em coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objetivos da sua educação e formação, no âmbito, tanto quanto possível, do desenvolvimento do plano de trabalho da turma e do Projeto Educativo da Escola, e nos termos deste Regulamento Interno.

3. Determinação da medida disciplinar

a) Na determinação da medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória aplicável deve ser tido em consideração, a gravidade do incumprimento do dever, as circunstâncias atenuantes e agravantes apuradas em que esse incumprimento se verificou, o grau de culpa do aluno, a sua maturidade e demais condições pessoais, familiares e sociais;

b) São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom comportamento anterior e o seu reconhecimento, com arrependimento, da natureza ilícita da sua conduta;

c) São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio, bem como a acumulação de infrações disciplinares e a reincidência nelas, em especial se no decurso do mesmo ano letivo.

4. Medidas disciplinares corretivas

4.1. As medidas corretivas prosseguem os objetivos referidos na a) do n.º 2 do art.º 103.º deste Regulamento Interno, assumindo uma natureza eminentemente preventiva.

4.2. São medidas corretivas as seguintes:

a) A advertência

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b) A ordem de saída da sala de aula, e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar;

c) A realização de tarefas e atividades de integração escolar, podendo, para esse efeito, ser aumentado o período de permanência obrigatória, diária ou semanal, do aluno na escola;

d) O impedimento de participação em actividades de complemento curricular ou outras previstas no Plano Anual de Atividades ou autorizadas pela Direcção;

e) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares, ou na utilização de certos materiais e equipamentos, sem prejuízo dos que se encontrem afetos a atividades letivas

f) A mudança de turma.

4.3. A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um comportamento perturbador do funcionamento normal das atividades escolares ou das relações entre os presentes no local onde elas decorrem, com vista a alertá-lo para que deve evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo para o cumprimento dos seus deveres como aluno. Na sala de aula a advertência é da exclusiva competência do professor, cabendo, fora dela, a qualquer professor ou membro do pessoal não docente.

4.4. A aplicação da medida corretiva da ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, é da exclusiva competência do professor respetivo e implica a marcação de falta injustificada ao aluno e a permanência do aluno na escola; o aluno é enviado para a sala GIPE, com uma ficha de trabalho, que no final do tempo em que o aluno deve permanecer fora da sala de aula, será entregue ao professor para ser corrigida. O docente responsável por este espaço deverá entrar em contato telefónico imediato com o respetivo Encarregado de Educação.

4.5. A aplicação no decurso do mesmo ano letivo e ao mesmo aluno da medida corretiva de ordem de saída da sala de aula pela terceira vez, por parte do mesmo professor, ou pela quinta vez, independentemente do professor que a aplicou, implica a análise da situação em conselho de turma, tendo em vista a identificação das causas e a pertinência da proposta de aplicação de outras medidas disciplinares corretivas ou sancionatórias, nos termos do presente Regulamento.

4.6. A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas c), d) e) e f) do n.º 4.2 é da competência do diretor do agrupamento de escolas que, para o efeito, procede sempre à audição do diretor de turma ou do professor titular da turma a que o aluno pertença, bem como do professor tutor e no caso da alínea d), do professor responsável pela atividade, no 2.º e 3.º ciclo;

4.7. A aplicação e, posterior execução, da medida corretiva prevista na alínea e) do nº 4.2, não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a um ano letivo; 4.8. As atividades de integração na comunidade escolar consistem no desenvolvimento de tarefas de caráter pedagógico que contribuam para o reforço da formação cívica do aluno e promovam um bom ambiente educativo. Devem, sempre que possível, compreender a reparação do dano provocado, ser executadas em horário não coincidente com as atividades letivas do aluno e nunca por prazo superior a quatro semanas.

4.9. São consideradas atividades de integração na comunidade escolar:

a) Colaboração no trabalho de reposição do material propositadamente danificado e/ou limpeza do que sujou, se for o caso;

b) Pintura e manutenção de espaços escolares;

c) Limpeza de espaços e equipamentos;

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d) Apoio logístico ao diretor de turma/ professor titular e assistentes operacionais.

e) (Colaborar no arranjo de espaços escolares;)

f) (Colaborar em trabalhos de apoio na Biblioteca (arrumação de livros, preenchimento de recibos de requisição e devolução de materiais), sob orientação do professor responsável;)

g) (Apoiar nas tarefas do refeitório e/ou bufete dos alunos (manutenção e arrumação dos espaços e equipamentos);

h) (Ajudar colegas em dificuldade se ao aluno infractor for reconhecida competência para o desempenho desta medida.)

4.10. A aplicação das medidas corretivas previstas no n.º 4.2, é comunicada aos pais e encarregados de educação, tratando-se de aluno menor de idade.

5. Medidas disciplinares sancionatórias

5.1. As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma censura disciplinar do comportamento assumido pelo aluno, devendo a ocorrência dos factos em que tal comportamento se traduz, ser participada, pelo professor ou funcionário que a presenciou ou dela teve conhecimento, de imediato, ao respectivo diretor de turma, para efeitos da posterior comunicação ao Diretor da escola.

5.2. São medidas disciplinares sancionatórias:

a) A repreensão registada numa minuta própria

b) A suspensão até 3 dias úteis;

c) A suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;

d) A transferência de escola;

e) A expulsão da escola.

5.3. A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da competência do professor respetivo, quando a infração for praticada na sala de aula, ou do diretor de turma, nas restantes situações, averbando-se no respectivo processo individual do aluno, a identificação do autor do ato decisório, data em que o mesmo foi proferido e a fundamentação de facto e de direito de tal decisão.

5.4. A suspensão até três dias úteis, enquanto medida dissuasora, é aplicada, com a devida fundamentação dos factos que a suportam, pelo diretor do agrupamento de escolas, após o exercício dos direitos de audiência e defesa do visado.

5.5. Compete ao diretor da escola, ouvidos os pais ou o encarregado de educação do aluno, quando menor de idade, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória referida no número anterior será executada, garantindo ao aluno um plano de atividades pedagógicas a realizar, corresponsabilizando o respetivo encarregado de educação pela sua execução e acompanhamento, podendo igualmente, se assim o entender, e para aquele efeito, estabelecer eventuais parcerias ou celebrar protocolos ou acordos com entidades públicas ou privadas.

5.6. Compete ao Diretor aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis, após realização de procedimento disciplinar, podendo previamente ouvir o Conselho de Turma.

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5.7. Para efeitos da realização do procedimento disciplinar previsto no número anterior, o diretor, no prazo de dois dias úteis após o conhecimento da situação, emite o despacho instaurador e de nomeação do instrutor, devendo este ser um professor da escola, e notifica os pais ou encarregado de educação do aluno menor pelo meio mais expedito. Tratando -se de aluno maior, a notificação é feita diretamente ao próprio.

5.8. A instrução do procedimento disciplinar é efetuada no prazo máximo de seis dias úteis, sendo obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências consideradas necessárias, a audiência oral dos interessados, em particular do aluno, e sendo este menor de idade, do respetivo encarregado de educação. Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, podendo esta, no caso de apresentação de justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, ser adiada. No caso de o respetivo encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade pode ser ouvido na presença de um docente por si livremente escolhido e do diretor de turma ou do professor -tutor do aluno, quando exista, ou, no impedimento destes, de outro professor da turma designado pelo diretor. Da audiência é lavrada ata.

5.9. Finda a instrução, o instrutor elabora e remete ao diretor do agrupamento de escolas, no prazo de três dias úteis, relatório final do qual constam, obrigatoriamente os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto ao tempo, modo e lugar, os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas legais ou regulamentares, os antecedentes do aluno que se constituem como circunstâncias atenuantes ou agravantes e a proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável ou de arquivamento do procedimento.

5.10. As faltas dadas pelo aluno no decurso do período de aplicação da medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola até 12 dias úteis, são consideradas injustificadas.

5.11. No caso da medida disciplinar sancionatória proposta ser a transferência de escola ou de expulsão da escola, a mesma é comunicada para decisão ao diretor -geral da educação, no prazo de dois dias úteis.

5.12. A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola reporta-se à prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo de ensino dos restantes alunos da escola, ou do normal relacionamento com algum ou alguns dos membros da comunidade educativa e apenas é aplicável a aluno de idade igual ou superior a dez anos e, frequentando o aluno a escolaridade obrigatória, desde que esteja assegurada a frequência de outro estabelecimento de ensino situado na mesma localidade ou na localidade mais próxima servida de transporte público ou escolar.

5.13. A aplicação da medida disciplinar de expulsão da escola consiste na retenção do aluno no ano de escolaridade que frequenta quando a medida é aplicada e na proibição de acesso ao espaço escolar até ao final daquele ano escolar e nos dois anos escolares imediatamente seguintes. É aplicada ao aluno maior quando, de modo notório, se constate não haver outra medida ou modo de responsabilização no sentido do cumprimento dos seus deveres como aluno.

6. Celeridade do procedimento disciplinar

6.1 A instrução do procedimento disciplinar pode ser substituída pelo reconhecimento individual, consciente e livre dos factos, por parte do aluno maior de 12 anos e a seu pedido, em audiência a promover pelo instrutor, nos dois dias úteis subsequentes à sua nomeação, mas nunca antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o momento previsível da prática dos factos imputados ao aluno. 6.2. Na audiência referida no número anterior, estão presentes, além do instrutor, o aluno, o encarregado de educação do aluno menor de idade e, ainda, o diretor de turma ou o

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professor - tutor do aluno, quando exista, ou, em caso de impedimento e em sua substituição, um professor da turma designado pelo diretor e um professor da escola livremente escolhido pelo aluno. A não comparência do encarregado de educação, quando devidamente convocado, não obsta à realização da audiência. 6.3. Os participantes referidos no número anterior têm como missão exclusiva assegurar e testemunhar, através da assinatura do auto a que se referem os números seguintes, a total consciência do aluno quanto aos factos que lhe são imputados e às suas consequências, bem como a sua total liberdade no momento da respetiva declaração de reconhecimento. 6.4. Na audiência é elaborado auto, no qual constam, entre outros, os os factos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto ao tempo, modo e lugar, os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas legais ou regulamentar, o qual, previamente a qualquer assinatura, é lido em voz alta e explicado ao aluno pelo instrutor, com a informação clara e expressa de que não está obrigado a assiná-lo. O facto ou factos imputados ao aluno só são considerados validamente reconhecidos com a assinatura do auto por parte de todos os presentes, sendo que, querendo assinar, o aluno o faz antes de qualquer outro elemento presente. 6.5. O reconhecimento dos factos por parte do aluno é considerado circunstância atenuante, encerrando a fase da instrução. A recusa do reconhecimento por parte do aluno implica a necessidade da realização da instrução.

7. Cumulação de medidas disciplinares

7.1. A aplicação das medidas corretivas previstas nas alíneas a) a f) do n.º 4.2., é cumulável entre si.

1.2. A aplicação de uma ou mais das medidas correctivas é cumulável apenas com a aplicação de uma medida disciplinar sancionatória.

7.3. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, por cada infração apenas pode ser aplicada uma medida disciplinar sancionatória.

8. Suspensão preventiva do aluno

8.1. No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que o instaurou, ou no decurso da sua instauração por proposta do instrutor, o Diretor pode decidir a suspensão preventiva do aluno, mediante despacho fundamentado, sempre que:

d) A sua presença na escola se revelar gravemente perturbadora do normal funcionamento das actividades escolares;

e) Tal seja necessário e adequado à garantia da paz pública e da tranquilidade na escola;

f) A sua presença na escola prejudique a instrução do procedimento disciplinar.

8.2. A suspensão preventiva tem a duração que o diretor do agrupamento de escolas ou escola não agrupada considerar adequada na situação em concreto, sem prejuízo de, por razões devidamente fundamentadas, poder ser prorrogada até à data da decisão do procedimento disciplinar, não podendo, em qualquer caso, exceder 10 dias úteis.

8.3. Os efeitos decorrentes da ausência do aluno no decurso do período de suspensão preventiva, no que respeita à avaliação das aprendizagens, são determinados em função da decisão que vier a ser proferida no final do procedimento disciplinar; nesse momento, os professores fornecerão ao aluno os materiais referentes aos conteúdos lecionados na sua ausência.

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8.4. Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no cumprimento da medida disciplinar sancionatória prevista na alínea c) do n.º 5.2, a que o aluno venha a ser condenado na sequência de procedimento disciplinar instaurado.

8.5. Os pais e o encarregado de educação são imediatamente informados da suspensão preventiva aplicada ao filho ou educando e, sempre que a avaliação que fizer das circunstâncias o aconselhe, o diretor do agrupamento de escolas ou escola não agrupada deve participar a ocorrência à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens.

8.6. Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência da escola, o plano de actividades previsto no n.º 5.5.

9. Decisão final do procedimento disciplinar

9.1. A decisão final do procedimento disciplinar fixa o momento a partir do qual se inicia a execução da medida disciplinar sancionatória que pode ficar suspensa, com exceção das medidas de transferência ou de suspensão da escola, por um período de tempo e nos termos e condições que a entidade decisora considerar justo, adequado e razoável, cessando a suspensão logo que ao aluno seja aplicada outra medida disciplinar;

9.2. A decisão final do procedimento disciplinar é notificada pessoalmente ao aluno no dia útil seguinte àquele em que foi proferida, ou, quando menor de idade, aos pais ou respetivo encarregado de educação, nos dois dias úteis seguintes;

9.3. Sempre que a notificação prevista no número anterior não seja possível, é realizada através de carta registada com aviso de receção, considerando-se o aluno, ou, quando este for menor de idade, os pais ou o respetivo encarregado de educação, notificado na data da assinatura do aviso de receção;

9.4. Tratando -se de alunos menores, a aplicação de medida disciplinar sancionatória igual ou superior à de suspensão da escola por período superior a cinco dias úteis e cuja execução não tenha sido suspensa, é obrigatoriamente comunicada pelo diretor da escola à respetiva comissão de proteção de crianças e jovens em risco.

Artigo 104.º EXECUÇÃO DAS MEDIDAS CORRETIVAS E DISCIPLINARES

SANCIONATÓRIAS

1. Compete ao diretor de turma e ou ao professor – tutor do aluno, caso tenha sido designado, ou ao professor titular o acompanhamento do aluno na execução da medida corretiva ou disciplinar sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua atuação com os pais ou encarregados de educação e com os professores da turma, em função das necessidades educativas identificadas e de forma a assegurar a corresponsabilização de todos os intervenientes nos efeitos educativos da medida. 2. A competência referida no número anterior é especialmente relevante aquando da execução da medida corretiva de atividades de integração na escola ou no momento do regresso à escola do aluno a quem foi aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola. 3. O disposto no número anterior aplica -se também aquando da integração do aluno na nova escola para que foi transferido na sequência da aplicação dessa medida disciplinar sancionatória. 4. De acordo com a medida aplicada, o aluno poderá contar com o apoio do diretor de turma, do professor titular de turma, dos serviços especializados ou de professores em regime de voluntariado, se existirem.

Artigo 105.º RECURSOS E SALVAGUARDA DA CONVIVÊNCIA ESCOLAR

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1. Recursos 1.1. Da decisão final de aplicação de medida disciplinar cabe recurso, a interpor no prazo de cinco dias úteis, apresentado nos serviços administrativos do agrupamento de escolas ou escola não agrupada e dirigido ao Conselho Geral do agrupamento de escolas, relativamente a medidas aplicadas pelos professores ou pelo diretor e para o membro do governo competente, relativamente às medidas disciplinares sancionatórias aplicadas pelo diretor -geral da educação.

1.2. O presidente do conselho geral designa, de entre os seus membros, um relator, a quem compete analisar o recurso e apresentar ao conselho geral uma proposta de decisão. Para os efeitos previstos no número anterior, pode o regulamento interno prever a constituição de uma comissão especializada do conselho geral constituída, entre outros, por professores e pais ou encarregados de educação, cabendo a um dos seus membros o desempenho da função de relator.

1.3. A decisão do conselho geral é tomada no prazo máximo de 15 dias úteis e notificada aos interessados pelo diretor, nos termos das alíneas b) e c) do n.º 8, do art.º 103. O despacho que apreciar o recurso quanto a medidas aplicadas pelo diretor-geral da educação é remetido à escola, no prazo de cinco dias úteis, cabendo ao respetivo diretor a adequada notificação aos interessados.

2. Salvaguarda da convivência escolar

2.1 Qualquer professor ou aluno da turma contra quem outro aluno tenha praticado ato de agressão moral ou física, do qual tenha resultado a aplicação efetiva de medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola por período superior a oito dias úteis, pode requerer ao diretor a transferência do aluno em causa para turma à qual não lecione ou não pertença, quando o regresso daquele à turma de origem possa provocar grave constrangimento aos ofendidos e perturbação da convivência escolar. 2.2 O diretor decidirá sobre o pedido no prazo máximo de cinco dias úteis, fundamentando a sua decisão. 2.3 O indeferimento do diretor só pode ser fundamentado na inexistência na escola ou no agrupamento de outra turma na qual o aluno possa ser integrado, para efeitos da frequência da disciplina ou disciplinas em causa ou na impossibilidade de corresponder ao pedido sem grave prejuízo para o percurso formativo do aluno agressor.

Artigo 106.º RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL

1. A aplicação de medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória não isenta o aluno e o respetivo representante legal da responsabilidade civil e criminal a que, nos termos gerais de direito, haja lugar.

2. Sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais, quando o comportamento do aluno maior de 12 anos e menor de 16 anos puder constituir facto qualificado como crime, deve a direção da escola comunicar o facto ao Ministério Público junto do tribunal competente em matéria de menores.

3. Caso o menor tenha menos de 12 anos de idade, a comunicação referida no número anterior deve ser dirigida à comissão de proteção de crianças e jovens ou, na falta desta, ao Ministério Público junto do tribunal referido no número anterior.

4. O início do procedimento criminal pelos factos que constituam crime e que sejam suscetíveis de desencadear medida disciplinar sancionatória depende apenas de queixa ou

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de participação pela direção da escola, devendo o seu exercício fundamentar-se em razões que ponderem, em concreto, o interesse da comunidade educativa no desenvolvimento do procedimento criminal perante os interesses relativos à formação do aluno em questão.

5. O disposto no número anterior não prejudica o exercício do direito de queixa por parte dos membros da comunidade educativa que sejam lesados nos seus direitos e interesses legalmente protegidos.

SECÇÃO 3 – QUADRO DE VALOR E QUADRO DE EXCELÊNCIA – 2.º E 3.º CICLO

Artigo 107.º DEFINIÇÃO

1. Os Quadros de Valor e de Excelência destinam-se a tornar patente o reconhecimento de aptidões e atitudes dos alunos ou grupo de alunos que tenham evidenciado valor e excelência nos domínios cognitivo, cultural, pessoal ou social.

2. O Quadro de Valor reconhece os alunos que revelam grandes capacidades ou atitudes de superação das dificuldades ou que desenvolvam iniciativas ou acções, de benefício claramente social ou comunitário ou de expressão de solidariedade, na escola ou fora dela.

3. O Quadro de Excelência reconhece os alunos que revelam excelentes resultados escolares e produzem trabalhos académicos ou realizam actividades de excelente qualidade, quer no domínio curricular, quer no domínio dos complementos curriculares.

Artigo 108.º REGULAMENTO

É da competência do Conselho Pedagógico, ouvidos os diversos intervenientes na acção educativa escolar (professores, assistentes operacionais), propor os alunos para os Quadros de Valor e Excelência.

Artigo 109.º QUADRO DE VALOR

1. Os elementos a ter em conta na proposta ao Quadro de Valor são:

1.1. Assiduidade.

1.2. Pontualidade.

1.3. Interesse.

1.4. Empenho.

1.5. Organização.

1.6. Solidariedade:

a) Em relação aos colegas;

b) Em relação aos adultos.

2. Na assiduidade deve ser considerado o seguinte: o aluno não deve ter faltas injustificadas; as justificadas não devem ultrapassar 10% do número total de aulas dadas por disciplina; os casos de ausência prolongada por motivos não imputáveis ao aluno serão analisados em particular.

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3. As propostas para o Quadro de Valor serão analisadas no final de cada ano lectivo.

Artigo 110.º QUADRO DE EXCELÊNCIA

Os elementos qualificadores do Quadro de Excelência são:

1. Cumprir em grau significativo os parâmetros do "Quadro de Valor".

2. Ter bom comportamento nos três períodos lectivos.

3. Na soma dos seus níveis totalizar: 2.º ciclo - 36 pontos sem EMRC, e, 40 pontos com EMRC; 3.º ciclo: 7.º e 8.º ano - 54 pontos sem EMRC e 58 com EMRC; 9º ano - 49 pontos sem EMRC e 53 pontos com EMRC.

4. Não ter nenhum nível inferior a 3 durante o ano lectivo.

5. Ter menção de “Satisfaz Bem” em Formação Cívica.

No final de cada período lectivo, o director de turma registará na caderneta do aluno e na ficha de registo de avaliação que este cumpriu as condições para vir a integrar o Quadro de Excelência.

Artigo 111.º PROCEDIMENTO FINAL

No final do ano, se o aluno mantiver as condições de atribuição do Quadro de Valor ou Quadro de Excelência e depois de aprovação em Conselho Pedagógico, será feito o respectivo averbamento no seu Registo Biográfico e demais documentos oficiais. No final de cada ano ser-lhe-á atribuído um diploma. Ao completar o ciclo de escolaridade receberá a medalha Manuel da Maia.

SECÇÃO 4 – DIREITOS E DEVERES DO PESSOAL DOCENTE

Artigo 112.º DIREITOS PROFISSIONAIS

1. São garantidos ao pessoal docente os direitos estabelecidos para os funcionários e agentes do Estado em geral, bem como os direitos profissionais do Estatuto da Carreira Docente.

2. São direitos profissionais específicos do pessoal docente:

a) Direito de participação no processo educativo;

b) Direito a formação e informação para o exercício da função educativa;

c) Direito ao apoio técnico, material e documental;

d) Direito a segurança na atividade profissional;

Artigo 113.º DIREITO DE PARTICIPAÇÃO NO PROCESSO EDUCATIVO

1. O direito de participação exerce-se nas áreas do sistema de ensino do Agrupamento, da

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escola, da aula e da relação escola-meio.

2. O direito de participação, que consoante os casos, é exercido individualmente, em grupo, ou através das organizações profissionais ou sindicais do pessoal docente, compreende o direito de:

a) Responder a consultas sobre opções fundamentais para o sector educativo;

b) Emitir recomendações no âmbito da análise crítica do sistema educativo;

c) Intervir na orientação pedagógica através da liberdade de iniciativa, a exercer no quadro dos planos de estudo aprovados e dos Projectos Educativos das escolas, na escolha dos métodos de ensino, das tecnologias e técnicas de educação e dos tipos de meios auxiliares de ensino mais adequados;

d) Participar em experiências pedagógicas, bem como nos respectivos processos de avaliação;

e) Eleger e ser eleito para os órgãos colegiais ou similares dos estabelecimentos de educação ou de ensino, nos casos em que não se contrarie o estabelecido na legislação.

3. O direito de participação pode ainda ser exercido através das organizações profissionais ou sindicais do pessoal docente, em órgãos que, no âmbito autónomo ou regional, assegurem a interligação do sistema educativo à comunidade.

Artigo 114.º DIREITO A FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DA

FUNÇÃO EDUCATIVA

1. O direito à formação e informação para o exercício da função educativa é garantido:

a) Pelo acesso a acções de formação contínua regulares, destinadas a actualizar e aprofundar os conhecimentos e as competências profissionais dos docentes;

b) Pelo apoio à auto-formação dos docentes, de acordo com os respectivos planos individuais de formação.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, o direito à formação e informação para o exercício da função educativa pode também visar objectivos de reconversão profissional, bem como de mobilidade e progressão na carreira.

Artigo 115.º DIREITO AO APOIO TÉCNICO, MATERIAL E DOCUMENTAL

O direito ao apoio técnico, material e documental compreende o acesso aos recursos necessários à formação e informação do pessoal docente, bem como ao exercício da atividade educativa.

Artigo 116.º DIREITO ÀS CONDIÇÕES DE HIGIENE E SEGURANÇA NA ATIVIDADE

PROFISSIONAL

1. O direito às condições de higiene e segurança na atividade profissional compreende:

a) O exercício da atividade docente em condições ambientais adequadas;

b) A proteção por acidente em serviço, nos termos da legislação aplicável;

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c) A prevenção e tratamento de doenças que resultem necessária e diretamente do exercício continuado da função docente;

d) O direito à segurança na actividade profissional compreende ainda a penalização da prática de ofensa corporal ou outra violência sobre o docente no exercício das suas funções como docente ou por causa destas.

Artigo 117.º OUTROS DIREITOS DOS DOCENTES

1. Para além dos direitos referidos que fazem parte do Estatuto da Carreira, os docentes têm ainda direito a:

a) Receber apoio do Diretor, dos Conselhos Pedagógico e Administrativo do Agrupamento, Conselho de Docentes, bem como do coordenador/delegado do seu grupo ou Área Disciplinar e do Conselho de Diretores de Turma;

b) Ter conhecimento atempado de tudo o que respeite ao seu processo individual;

c) Ter conhecimento da legislação atualizada que diga respeito à sua vida profissional;

d) Ter informação actualizada em painel próprio na sala de professores, sempre que a escola a ela tenha acesso;

e) Ter conhecimento de toda a informação que chega à escola, sobre as mais diversas matérias e actividades de âmbito formativo, cultural e científico;

f) Ter condições que lhe permitam desenvolver um ensino de qualidade;

g) Ter acesso a todo o material didáctico existente na escola que considere indispensável à prática lectiva;

h) Ser informado atempadamente, e se possível por escrito, de actividades que outros colegas desejem desenvolver com os seus alunos, nos seus tempos lectivos;

i) Receber mensalmente o recibo do vencimento;

j) Ter conhecimento do mapa mensal de faltas.

Artigo 118.º DEVERES PROFISSIONAIS DOS DOCENTES

1. O pessoal docente está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos para os funcionários e agentes do Estado em geral e dos deveres profissionais decorrentes do Estatuto da Carreira Docente.

2. Decorrendo da natureza da função exercida, cujo desempenho deve orientar-se para níveis de excelência, são deveres profissionais do pessoal docente:

a) Contribuir para a formação e realização integral dos alunos, promovendo o desenvolvimento das suas capacidades estimulando a sua autonomia e criatividade, incentivando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida da comunidade;

b) Reconhecer e respeitar as diferenças culturais e pessoais dos alunos e demais membros da comunidade educativa, valorizando os diferentes saberes e culturas e combatendo processos de exclusão e discriminação;

c) Colaborar com todos os intervenientes no processo educativo, promovendo a criação e desenvolvimento de relações de respeito mútuo, em especial entre docentes, alunos,

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encarregados de educação e pessoal não docente;

d) Promover o bom relacionamento e a cooperação entre todos os docentes, dando especial atenção aos que se encontram em início de carreira ou em formação ou que denotem dificuldade no seu exercício profissional;

e) Participar na organização e assegurar a realização das actividades educativas;

f) Gerir o processo de ensino/aprendizagem, no âmbito dos programas definidos, procurando adoptar mecanismos de diferenciação pedagógica susceptíveis de responder às necessidades individuais dos alunos;

g) Contribuir para a reflexão sobre o trabalho realizado individual e colectivamente;

h) Enriquecer e partilhar os recursos educativos, bem como utilizar novos meios de ensino/aprendizagem que lhe sejam propostos, numa perspectiva de abertura à inovação e de reforço da qualidade da educação e ensino;

i) Actualizar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa perspectiva de desenvolvimento pessoal e profissional;

j) Empenhar-se nas acções de formação em que participe;

k) Cooperar com os restantes intervenientes no processo educativo na detecção da existência de casos de crianças ou jovens com necessidades educativas especiais.

3. Aos docentes cabe ainda observar os seguintes deveres:

a) Participar ativamente no Projeto Educativo do Agrupamento;

b) Reforçar a relação com os alunos em diferentes espaços pedagógicos, participando em visitas de estudo e outras actividades de complemento curricular, sempre que lhe seja solicitado e possível;

c) Permanecer na sala até ao final da aula, só saindo por motivo justificável;

d) Encaminhar para a Sala GIPE, na sequência da aplicação da medida disciplinar de saída da sala de aula, com tarefas definidas, o aluno que prejudique o normal funcionamento da aula, após ter esgotado as diligências para o evitar;

e) Permitir a saída dos alunos da sala de aula em casos excecionais e pelo tempo estritamente necessário;

f) Utilizar a caderneta do aluno para transmitir aos encarregados de educação informações que considerar relevantes;

g) Manter-se atualizado sobre toda a legislação que lhe diga respeito;

h) Guardar sigilo sobre informações ou dados pessoais dos alunos, salvo autorização expressa dos respetivos encarregados de educação;

i) Respeitar o Regulamento Interno e diligenciar pela sua divulgação e cumprimento;

j) Entregar na reprografia, com 24 horas de antecedência, o material para reprodução;

k) Entregar aos alunos as fichas corrigidas e avaliadas, com a celeridade possível;

l) Tomar conhecimento das convocatórias e informações afixadas no painel existente na

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sala de professores.

Artigo 119.º OUTROS DEVERES DOS DOCENTES (2.º E 3.º CICLOS)

1. Para além dos já referidos, são ainda deveres dos docentes do 2.º e 3.º Ciclos, os seguintes:

a) Ser o primeiro a entrar e o último a sair da sala de aula;

b) Transportar de e para a sala de aula, o livro de ponto;

c) Assinar o livro de ponto, numerar e sumariar as lições e registar as faltas dos alunos, sem emendas nem rasuras;

d) Informar o Diretor de Turma de todas as ocorrências que prejudiquem o normal funcionamento da aula;

e) Preencher a ficha de ocorrências sempre que se verifique uma situação de indisciplina grave na sua presença dentro ou fora da sala de aula, e remetê-la ao/s Diretor/es de Turma do/s aluno/s envolvido/s e, em casos de extrema gravidade dar conhecimento ao Director;

f) Requisitar o material didáctico, com a antecedência prevista, no respectivo serviço;

g) Participar nas reuniões do Agrupamento para que for convocado.

Artigo 120.º AUTORIDADE DO PROFESSOR

1. A lei protege a autoridade dos professores nos domínios pedagógico, científico, organizacional, disciplinar e de formação cívica.

2. A autoridade do professor exerce -se dentro e fora da sala de aula, no âmbito das instalações escolares ou fora delas, no exercício das suas funções.

3. Consideram -se suficientemente fundamentadas, para todos os efeitos legais, as propostas ou as decisões dos professores relativas à avaliação dos alunos quando oralmente apresentadas e justificadas perante o conselho de turma e sumariamente registadas na ata, as quais se consideram ratificadas pelo referido conselho com a respetiva aprovação, exceto se o contrário daquela expressamente constar.

4. Os professores gozam de especial proteção da lei penal relativamente aos crimes cometidos contra a sua pessoa ou o seu património, no exercício das suas funções ou por causa delas, sendo a pena aplicável ao crime respetivo agravada em um terço nos seus limites mínimo e máximo.

SECÇÃO 5 – DIREITOS E DEVERES DO PESSOAL NÃO DOCENTE

Artigo 121.º DIREITOS DOS ASSISTENTES TÉCNICOS

1. Para além dos direitos e deveres específicos constantes do, artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 184/2004, os funcionários administrativos e técnicos, para além de estarem abrangidos, de forma geral, pelo disposto na legislação que se aplique adequada e supletivamente, têm ainda os seguintes direitos:

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a) Interpor recurso das decisões que, no âmbito das suas funções, ponham em causa os seus direitos, de modo a permitir a eficaz aplicação dos mesmos;

b) Reclamar dos actos dos seus superiores hierárquicos;

c) Ser respeitado e tratado com correcção por toda a comunidade escolar;

d) Possibilidade de emitir a sua opinião sobre os seus direitos.

ARTIGO 122.º DEVERES E COMPETÊNCIAS DOS ASSISTENTES TÉCNICOS

1. Para além dos deveres específicos constantes do artigo 4.º do Capítulo II do Decreto-Lei n.º 184/2004, ao pessoal administrativo compete:

a) Assegurar os serviços de expediente geral, de alunos, de economato, de administração de pessoal e de contabilidade, tesouraria e vencimentos;

b) Prestar apoio administrativo aos órgãos de gestão do Agrupamento.

2. Os serviços dividem-se nas seguintes áreas funcionais:

a) Expediente geral;

b) Alunos;

c) Administração de pessoal;

d) Contabilidade, tesouraria e vencimentos.

3. O pessoal administrativo afecto a cada área pode executar tarefas específicas de outras áreas, sempre que as situações o justifiquem.

4. Ao chefe dos Serviços de Administração Escolar compete, genericamente, dirigir os respectivos serviços e ainda:

a) Orientar e coordenar as actividades dos serviços;

b) Orientar e controlar a elaboração dos vários documentos emitidos pelos serviços administrativos e sua posterior assinatura;

c) Organizar e submeter à aprovação do Director a distribuição do serviço, de acordo com a sua natureza, pelo respectivo pessoal, em função das suas categorias e aptidões;

d) Preparar e submeter a despacho do Director todos os assuntos da sua competência;

e) Providenciar para que todos os serviços inerentes ao funcionamento das aulas, recursos e exames, dependentes dos serviços administrativos, estejam em ordem nos prazos estabelecidos;

f) Proceder à leitura e fazer circular o Diário da República, tomando as providências para que a legislação de interesse para o Agrupamento seja distribuída pelas diferentes áreas e pelas demais entidades determinadas pelo Director;

g) Verificar as propostas e processos de nomeação de pessoal;

h) Apreciar e submeter a despacho do Director os pedidos de justificação de faltas do pessoal administrativo;

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i) Assinar as requisições de material a adquirir, quando devidamente autorizadas;

j) Assinar os termos de abertura e de encerramento e chancelar todas as folhas dos livros utilizados nos serviços administrativos;

k) Ter sob a sua guarda o selo branco;

l) Apreciar qualquer outro assunto respeitante aos serviços administrativos, decidindo sobre os que forem da sua competência e expondo ao Director os que a ultrapassem;

m) Exercer o cargo de Secretário do Conselho Administrativo.

5. Aos assistentes administrativos compete, para além das funções que se enquadrem em directivas gerais da respectiva chefia, desenvolver as actividades relacionadas com o expediente, arquivo, procedimentos administrativos, contabilidade, pessoal, aprovisionamento, alunos e ainda as seguintes:

a) Assegurar a transmissão da informação entre os órgãos de gestão, os docentes, os discentes e os respectivos encarregados de educação, através do registo, redacção, classificação e arquivo do expediente e outras formas de comunicação;

b) Assegurar, sempre que necessário, o trabalho de dactilografia;

c) Tratar informação, recolhendo e efectuando apuramentos estatísticos elementares e elaborando mapas, quadros ou utilizando qualquer outra forma de apresentação dos dados existentes;

d) Recolher, examinar, conferir e proceder à escrituração de dados relativos às transacções financeiras e contabilísticas, processar salários;

e) Desempenhar as funções de tesoureiro;

f) Recolher, examinar e conferir elementos constantes dos processos de pessoal, anotando faltas e anomalias, e providenciando pela sua correcção e andamento através de ofícios, informações ou notas, conforme a lei estipule;

g) Organizar, e desenvolver processos relativos à situação do pessoal docente, não docente e alunos;

h) Organizar e dar sequência aos processos de aquisição e manutenção do material, equipamentos, instalações e serviços;

i) Preencher os mapas de execução material e organizar a escrituração dos livros auxiliares de acordo com as respectivas instruções;

j) Atender o pessoal docente, não docente, alunos, pais e encarregados de educação e público em geral, prestando-lhes os esclarecimentos adequados.

6. O pessoal administrativo depende hierarquicamente do Chefe de Serviços de Administração Escolar.

Artigo 123.º DIREITOS DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS

1. São direitos dos assistentes operacionais, os seguintes:

a) Ser tratado cordialmente e obter a necessária colaboração no exercício das suas funções, por parte de todos os elementos da comunidade educativa;

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b) Dirigir-se, individual ou colectivamente, a qualquer órgão de gestão e ser por ele ouvido e atendido;

c) Usufruir de condições de trabalho condignas com as tarefas a desempenhar;

d) Participar em acções de formação que concorram para o seu aperfeiçoamento profissional e melhoria dos serviços;

e) Ser apoiado no exercício da sua actividade, pelos órgãos de direcção, administração e gestão;

f) Conhecer atempadamente e de forma clara as respectivas tarefas e horários de trabalho;

g) Ser informado e ter acesso a toda a legislação que lhe diga respeito;

h) Exigir a identificação dos alunos, sempre que o julgue necessário;

i) Eleger e ser eleito para os órgãos que prevejam a sua representação;

j) Usufruir de todos os direitos consagrados no estatuto do funcionalismo público, quando por ele abrangidos.

Artigo 124.º DEVERES GERAIS DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS

1.São deveres gerais dos assistentes operacionais, os seguintes:

a) Respeitar e fazer-se respeitar por todos os membros da comunidade escolar;

b) Exercer as suas actividades com isenção e sempre com o mais elevado profissionalismo;

c) Atender com o devido respeito todos os membros da comunidade educativa que a ele se dirijam, informando e agindo em conformidade com as competências que lhe estão atribuídas;

d) Assegurar os serviços que lhe forem atribuídos e pelos quais é responsável;

e) Comunicar aos órgãos de gestão qualquer ocorrência que contrarie o presente Regulamento Interno, nomeadamente casos de indisciplina ou de destruição do equipamento escolar;

f) Providenciar para que, durante as aulas, haja silêncio no espaço envolvente;

g) Cumprir os pedidos de requisição de material;

h) Manter limpas e cuidadas as instalações e os equipamentos a seu cargo;

i) Agir de acordo com princípios de solidariedade e entreajuda;

j) Cumprir o horário de trabalho;

k) Não permitir que pessoas estranhas circulem livremente pela escola;

l) Contribuir com sugestões e propostas para a melhoria dos serviços;

m) Usar e cuidar do fardamento distribuído;

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n) Respeitar o Regulamento Interno e diligenciar pela sua divulgação e cumprimento;

o) Realizar formação em gestão comportamental, se tal for considerado útil para a melhoria do ambiente escolar, necessidade identificada pelo Diretor do Agrupamento.

Artigo 125.º DEVERES ESPECÍFICOS DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS

1. São deveres específicos dos assistentes operacionais, para além dos constantes do artigo 4.º Capítulo II do Decreto-Lei n.º184/2004 e no que diz respeito aos diferentes sectores escolares, os seguintes:

a) Garantir que as entradas e saídas das salas de aulas decorram com calma, moderação e respeito;

b) Atender as chamadas das salas de aula com prontidão e executar os pedidos com rapidez e eficácia;

c) Não permitir que os alunos, durante as aulas, fiquem nos corredores do piso onde o auxiliar de acção educativa preste serviço;

d) Assegurar que o acesso dos alunos aos pisos do edifício seja efetuado exclusivamente pela escadaria norte com excepção da saída no último tempo da manhã e da tarde;

e) Marcar falta aos professores que não compareçam às aulas, preenchendo documento próprio para entrega na Secretaria;

f) Informar rapidamente da ocorrência de qualquer anomalia verificada nas instalações ou nos materiais;

g) Colocar atempadamente nas salas os equipamentos audiovisuais requisitados.

2. São deveres específicos dos assistentes operacionais, no que diz respeito à vigilância nos recreios, os seguintes:

a) Impedir, adequadamente, jogos ou brincadeiras que levem à violência ou outros actos não recomendados entre alunos.

3. São deveres específicos dos assistentes operacionais, no que diz respeito ao bufete, os seguintes:

a) Zelar pelo cumprimento das normas de higiene;

b) Atender os utentes pela ordem de chegada, com rapidez e delicadeza;

c) Manter a ordem e a disciplina na fila do bufete;

d) Verificar a identidade do utilizador do cartão;

e) Conferir diariamente a quantidade e a validade dos produtos e informar imediatamente o Serviço de Acção Social Escolar de qualquer falta ou anomalia.

4. São deveres específicos dos assistentes operacionais, no que diz respeito à portaria, os seguintes:

a) Controlar a entrada e saída dos alunos;

b) Impedir a presença de alunos na área próxima do portão;

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c) Manter-se atento e vigilante quanto à presença de elementos suspeitos nas imediações da escola, informando a direcção da escola;

d) Impedir a entrada de pessoas não identificadas.

5. São deveres específicos do encarregado dos assistentes operacionais, de acordo com o Anexo XXI a que se refere o n.º 1 do artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 223/87 os seguintes:

a) Orientar, coordenar e supervisionar o trabalho do pessoal citado;

b) Colaborar com os órgãos de gestão na elaboração da distribuição de serviço por aquele pessoal;

c) Controlar a assiduidade do pessoal a seu cargo e elaborar o plano de férias, a submeter à aprovação dos órgãos de gestão;

d) Atender e apreciar reclamações ou sugestões sobre o serviço prestado, propondo soluções;

e) Comunicar infracções disciplinares do pessoal a seu cargo;

f) Requisitar ao armazém e fornecer material de limpeza, de primeiros socorros e de uso corrente nas aulas;

g) Comunicar estragos ou extravios de material e equipamento;

h) Afixar e divulgar convocatórias, avisos, ordens de serviço, pautas, horários, etc.;

i) Levantar autos de notícia ao pessoal assistente operacional relativos a infracções disciplinares verificadas;

j) Verificar regularmente se todos os serviços estão a funcionar, providenciando por sua iniciativa ou em colaboração com a direcção da escola, para que se resolvam a tempo quaisquer deficiências detectadas;

k) Coordenar com rapidez e eficácia o serviço inerente às suas atribuições.

SECÇÃO 6 – DIREITOS E DEVERES DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

Artigo 126.º DIREITOS DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

3. São direitos dos pais e encarregados de educação:

a) Tomar conhecimento do Regulamento Interno;

b) Participar nas atividades da respetiva Associação de Pais e Encarregados de Educação;

c) Ser informado sobre todas as matérias respeitantes aos seus educandos;

d) Tomar conhecimento do horário de atendimento dos educadores, professores ou diretores de turma dos seus educandos;

e) Ser informado, no final de cada período escolar, do aproveitamento e comportamento dos seus educandos;

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f) Comparecer na escola sempre que considere conveniente;

g) Eleger e ser eleito para os órgãos que contemplem a sua representação;

h) Tomar conhecimento dos passeios e visitas de estudo a realizar pela escola, tendo em vista autorizar, ou não, o seu educando a participar em cada um deles;

i) Promover e participar em atividades de interesse para a comunidade escolar.

Artigo 127.º DEVERES DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

1. Aos pais ou encarregados de educação incumbe uma especial responsabilidade, inerente ao seu poder – dever de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos no interesse destes e de promoverem ativamente o desenvolvimento físico, intelectual e cívico dos mesmos. Deve cada um dos pais ou encarregados de educação, em especial:

a) Informar o Diretor do agrupamento ou o Diretor de Turma sobre todas as matérias respeitantes aos seus educandos;

b) Colaborar com os professores no âmbito do processo de ensino dos seus educandos;

c) Reconhecer e respeitar a autoridade dos professores no exercício da sua profissão e incutir nos seus filhos ou educandos o dever de respeito para com os professores, o pessoal não docente e os colegas da escola, contribuindo para a preservação da disciplina e harmonia da comunidade educativa;

a) Responsabilizar-se pelo cumprimento dos deveres de assiduidade, pontualidade, correto comportamento escolar e empenho no processo de aprendizagem dos seus educandos;

b) Apresentar a justificação para a ausência do seu educando relativamente às atividades letivas e a qualquer outra actividade programada pela escola, incluindo passeios/visitas de estudo;

c) Zelar para que os seus educandos compareçam nas aulas com o material necessário;

d) Contribuir para a preservação da disciplina dentro da escola e para a harmonia entre a comunidade educativa;

e) Comparecer na escola, sempre que for solicitada a sua presença;

f) Estar presente nas reuniões convocadas pelos órgãos de escola, nomeadamente pelos educadores, professores e diretores de turma;

g) Participar ativamente na vida da escola;

h) Contribuir para o correto apuramento dos factos em processo disciplinar que tenha sido instaurado ao seu educando;

i) Diligenciar para que eventuais medidas disciplinares aplicadas ao seu educando atinjam os objectivos pretendidos;

j) Repor os materiais danificados ou custear as despesas de reparação resultantes dos danos causados na escola pelo seu educando;

k) Respeitar o Regulamento Interno e diligenciar pela sua divulgação e cumprimento, subscrever, e fazer subscrever igualmente aos seus educandos, a declaração de

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compromisso quanto ao seu cumprimento integral;

l) Informar se o seu educando sofre de algum problema de saúde;

m) Manter constantemente atualizados os seus contactos telefónico, endereço postal e eletrónico, bem como os do deu educando, quando diferentes, informando a escola em caso de alteração.

2. Para efeitos do disposto no presente Estatuto, considera -se encarregado de educação quem tiver menores a residir consigo ou confiado aos seus cuidados:

a) Pelo exercício das responsabilidades parentais; b) Por decisão judicial; c) Pelo exercício de funções executivas na direção de instituições que tenham menores, a qualquer título, à sua responsabilidade; d) Por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte de qualquer das entidades referidas nas alíneas anteriores.

2. Em caso de divórcio ou de separação e, na falta de acordo dos progenitores, o encarregado de educação será o progenitor com quem o menor fique a residir.

3. Estando estabelecida a residência alternada com cada um dos progenitores, deverão estes decidir, por acordo ou, na falta deste, por decisão judicial, sobre o exercício das funções de encarregado de educação.

4. O encarregado de educação pode ainda ser o pai ou a mãe que, por acordo expresso ou presumido entre ambos, é indicado para exercer essas funções, presumindo – se ainda, até qualquer indicação em contrário, que qualquer ato que pratica relativamente ao percurso escolar do filho é realizado por decisão conjunta do outro progenitor. Artigo 128º INCUMPRIMENTO DOS DEVERES POR PARTE DOS PAIS OU

ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO 1. O incumprimento pelos pais ou encarregados de educação, relativamente aos seus filhos ou educandos menores ou não emancipados, dos deveres previstos no artigo anterior, de forma consciente e reiterada, implica a respetiva responsabilização nos termos da lei e do presente Regulamento. 2. Constitui incumprimento especialmente censurável dos deveres dos pais ou encarregados de educação:

a) O incumprimento dos deveres de matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade pelos filhos e ou educandos, bem como a ausência de justificação para tal incumprimento, nos termos do número 4 do artigo 99.º; b) A não comparência na escola sempre que os seus filhos e ou educandos atinjam metade do limite de faltas injustificadas, nos termos do n.º 3 do artigo 100.º, ou a sua não comparência ou não pronúncia, nos casos em que a sua audição é obrigatória, no âmbito de procedimento disciplinar instaurado ao seu filho ou educando, nos termos previstos no artigo 103.º; c) A não realização, pelos seus filhos e ou educandos, das medidas de recuperação definidas pela escola nos termos do presente Regulamento, das atividades de integração na escola e na comunidade decorrentes da aplicação de medidas disciplinares corretivas e ou sancionatórias, bem como a não comparência destes em consultas ou terapias prescritas por técnicos especializados.

3. O incumprimento reiterado, por parte dos pais ou encarregados de educação, dos deveres a que se refere o número anterior, determina a obrigação, por parte da escola, de

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comunicação do facto à competente comissão de proteção de crianças e jovens ou ao Ministério Público, nos termos previstos no presente Regulamento. 4. O incumprimento consciente e reiterado pelos pais ou encarregado de educação de alunos menores de idade dos deveres estabelecidos no n.º 2 pode ainda determinar por decisão da comissão de proteção de crianças e jovens ou do Ministério Público, na sequência da análise efetuada após a comunicação prevista no número anterior, a frequência de sessões de capacitação parental, a promover por esta comissão ou, na sua inexistência, pelo Ministério Público, mobilizando, para o efeito, o agrupamento, bem como a participação e colaboração de juízes e magistrados do Ministério Público dos tribunais de família e menores, membros ou representantes da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco ou das comissões de proteção de crianças e jovens, técnicos das equipas multidisciplinares de apoio aos tribunais da segurança social, membros da comunidade educativa e outros profissionais que tenham participação no percurso escolar das crianças e dos jovens. 5. Tratando-se de família beneficiária de apoios sociofamiliares concedidos pelo Estado, o facto é também comunicado aos serviços competentes, para efeito de reavaliação, nos termos da legislação aplicável, dos apoios sociais que se relacionem com a frequência escolar dos seus educandos e não incluídos no âmbito da ação social escolar ou do transporte escolar recebidos pela família. 6. O incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação do disposto na parte final da alínea b) do n.º 2 do presente artigo presume a sua concordância com as medidas aplicadas ao seu filho ou educando, exceto se provar não ter sido cumprido, por parte da escola, qualquer dos procedimentos obrigatórios previstos no artigo 103.º do presente Regulamento.

Artigo 129.º CONTRAORDENAÇÕES 1. A manutenção da situação de incumprimento consciente e reiterado por parte dos pais ou encarregado de educação de alunos menores de idade dos deveres a que se refere o n.º 2 do artigo anterior, aliado à recusa, à não comparência ou à ineficácia das ações de capacitação parental determinadas e oferecidas nos termos do referido artigo, constitui contraordenação. 2. As contraordenações previstas no n.º 1 são punidas com coima de valor igual ao valor máximo estabelecido para os alunos do escalão B do ano ou ciclo de escolaridade frequentado pelo educando em causa, na regulamentação que define os apoios no âmbito da ação social escolar para aquisição de manuais escolares. 3. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, quando a sanção prevista no presente artigo resulte do incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação dos seus deveres relativamente a mais do que um educando, são levantados tantos autos quanto o número de educandos em causa. 4. Na situação a que se refere o número anterior, o valor global das coimas não pode ultrapassar, no mesmo agrupamento e no mesmo ano escolar, o valor máximo mais elevado estabelecido para um aluno do escalão B do 3.º ciclo do ensino básico, na regulamentação que define os apoios no âmbito da ação social escolar para a aquisição de manuais escolares. 5. Tratando-se de pais ou encarregados de educação cujos educandos beneficiam de apoios no âmbito da ação social escolar, em substituição das coimas previstas nos números 2 a 4, podem ser aplicadas as sanções de privação de direito a apoios escolares e sua restituição, desde que o seu benefício para o aluno não esteja a ser realizado. 6. A negligência é punível.

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7. Compete ao diretor - geral da administração escolar, por proposta do diretor da escola ou agrupamento, a elaboração dos autos de notícia, a instrução dos respetivos processos de contraordenação, sem prejuízo da colaboração dos serviços inspetivos em matéria de educação, e a aplicação das coimas. 8. O produto das coimas aplicadas nos termos dos números anteriores constitui receita própria do agrupamento. 9. O incumprimento, por causa imputável ao encarregado de educação ou ao seu educando, do pagamento das coimas a que se referem os números 2 a 4 ou do dever de restituição dos apoios escolares estabelecido no n.º 5, quando exigido, pode determinar, por decisão do diretor da escola ou agrupamento:

a) No caso de pais ou encarregados de educação aos quais foi aplicada a sanção alternativa prevista no n.º 5, a privação, no ano escolar seguinte, do direito a apoios no âmbito da ação social escolar relativos a manuais escolares;

b) Nos restantes casos, a aplicação de coima de valor igual ao dobro do valor previsto nos números 2, 3 ou 4, consoante os casos.

10. Sem prejuízo do estabelecido na alínea a) do n.º 9, a duração máxima da sanção alternativa prevista no n.º 5 é de um ano escolar. 11. Em tudo o que não se encontrar previsto no presente Regulamento em matéria de contraordenações, são aplicáveis as disposições do Regime Geral do Ilícito de Mera Ordenação Social.

SECÇÃO 7 – DIREITOS E DEVERES DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E DE EDUCAÇÃO - APEE

Artigo 130.º DIREITOS E DEVERES DA APEE

1. Nos termos da legislação em vigor, os Pais e Encarregados de Educação têm o direito de constituição de Associação própria que os represente.

2. São direitos da APEE todos os que a lei consagra.

3. São ainda direitos da APEE:

b) Eleger e ser eleito para os órgãos que contemplem a sua representação;

c) Dispor de espaço próprio, para a sua actividade regular;

d) Utilizar as instalações escolares para as suas actividades, mediante conhecimento prévio da Direcção da Escola;

e) Receber apoio da escola na divulgação de convocatórias e actividades;

f) Receber informação sobre toda a actividade da Escola;

g) Apoiar a direcção da escola e todos os demais elementos da comunidade educativa na procura de soluções que melhor se adeqúem à melhoria da qualidade do trabalho da Escola e do sucesso educativo dos alunos;

h) Participar com a presença de representantes no Conselho Geral e no Conselho Pedagógico, de acordo com o previsto neste Regulamento Interno.

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SECÇÃO 8 – DIREITOS E DEVERES DAS AUTARQUIAS LOCAIS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DA COMUNIDADE LOCAL

Artigo 131.º DIREITOS

1.São direitos das autarquias e de outras instituições da comunidade local, os seguintes:

a) Participar na gestão e administração escolar através da presença dos respetivos representantes no Conselho Geral do Agrupamento.

b) Ser informado de tudo o que diga respeito à comunidade escolar.

Artigo 132.º DEVERES

1. São deveres das autarquias e de outras instituições da comunidade local, os seguintes:

a) Cooperar com a escola no desenvolvimento do Projeto Educativo de Escola;

b) Cooperar com a escola nos projetos tendentes a resolver problemas e carências da comunidade escolar;

c) Cooperar com a escola em demais matérias previstas na lei.

Artigo 133.º INTERVENÇÃO DE OUTRAS ENTIDADES

1. Perante situação de perigo para a segurança, saúde, ou educação do aluno, designadamente por ameaça à sua integridade física ou psicológica, deve o diretor do agrupamento diligenciar para lhe pôr termo, pelos meios estritamente adequados e necessários e sempre com preservação da vida privada do aluno e da sua família, atuando de modo articulado com os pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto do aluno.

2. Para efeitos do disposto no número anterior, deve o diretor do agrupamento solicitar, quando necessário, a cooperação das entidades competentes do setor público, privado ou social.

3. Quando se verifique a oposição dos pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto do aluno, à intervenção da escola no âmbito da competência referida nos números anteriores, o diretor do agrupamento deve comunicar imediatamente a situação à comissão de proteção de crianças e jovens com competência na área de residência do aluno ou, no caso de esta não se encontrar instalada, ao magistrado do Ministério Público junto do tribunal competente.

4. Se a escola, no exercício da competência referida nos números 1 e 2, não conseguir assegurar, em tempo adequado, a proteção suficiente que as circunstâncias do caso exijam, cumpre ao diretor do agrupamento comunicar a situação às entidades referidas no número anterior.

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CAPÍTULO VI – DISPOSIÇÕES COMUNS ENTRE OS JARDINS-DE-INFÂNCIA E ENTRE AS ESCOLAS DO 1.º CICLO

SECÇÃO 1 – DISPOSIÇÕES COMUNS AOS JARDINS- DE- INFÂNCIA

Artigo 134.º HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

1. O horário de funcionamento dos Jardins-de-infância será estabelecido no início de cada ano lectivo pelo Director, de acordo com a legislação em vigor.

2. Os alunos não poderão entrar nas instalações do Jardim-de-infância antes do horário estipulado.

3. Os pais e encarregados de educação que queiram autorizar a saída dos seus educandos sem acompanhamento por um adulto, terão de apresentar uma declaração escrita nesse sentido ao Coordenador de Estabelecimento.

Artigo 135.º ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS

1. Os pais e encarregados de educação são responsáveis pelo acompanhamento do seu educando no percurso de casa para o jardim-de-infância e de regresso.

2. Os pais e encarregados de educação devem confiar pessoalmente o seu educando ao educador.

Artigo 136.º PERMANÊNCIA NO JARDIM-DE-INFÂNCIA

1. Os alunos não podem permanecer no Jardim-de-infância para além do horário de funcionamento do mesmo, salvo se estiverem inscritos nas actividades de complemento curricular.

2. Nas faltas do educador, o grupo de crianças será mantido na sua sala, e o seu acompanhamento será assegurado por um educador de infância em exercício no mesmo estabelecimento, no âmbito da gestão integrada de recursos humanos.

3. Caso não seja possível colmatar a falta do educador nos termos do número anterior, o grupo será distribuído pelas restantes salas do jardim-de-infância.

4. Os alunos que se ausentem no período de almoço, terão que ter autorização escrita do encarregado de educação e só deverão regressar à escola no início do período lectivo da tarde.

Artigo 137.º MATERIAL

1. É aconselhável a criança levar para o jardim-de-infância o material que for solicitado pelo educador.

2. A criança não deve levar para a escola brinquedos ou outros objectos de valor. O educador ou a assistente operacional não podem ser responsabilizados pelo seu desaparecimento ou danos neles provocados.

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Artigo 138.º FALTAS

1. Sempre que a criança falte ao Jardim-de-Infância, tal facto deve ser comunicado ao educador da sua sala pelos pais ou encarregados de educação.

2. Nas faltas por doença, por período igual ou superior a três dias, devem os pais ou encarregados de educação apresentar atestado ou declaração médica que indique os motivos da ausência, e que a criança pode retomar a actividade escolar.

3. Os pais e encarregados de educação devem informar por escrito a educadora da sala, quando pretendam prescindir da frequência, a fim de se poder admitir outra criança que se encontre em lista de espera. Caso não o faça, após 30 dias de ausência sem justificação, a criança perde o direito à frequência. Por sua vez, criança que esteja em lista de espera e quando chamada não compareça sem justificação nos primeiros 15 dias, é substituída.

Artigo 139.º INDISPOSIÇÕES E MEDICAMENTAÇÃO

1. Os pais e encarregados de educação deverão transmitir por escrito ao educador ou ao auxiliar de acção educativa todas as informações que considerem pertinentes acerca da saúde e disposição do seu educando, se necessário diariamente.

2. Caso a criança tenha necessidade de tomar medicamentos durante o horário de frequência do Jardim-de-Infância, os pais ou encarregados de educação deverão comunicar por escrito ao educador ou à assistente operacional, a dose e o horário de administração dos mesmos.

3. Em caso de prescrição médica é obrigatório apresentar cópia da mesma.

Artigo 140.º VISITAS DE ESTUDO

1. Aos pais ou encarregados de educação compete autorizar, por escrito, a deslocação do seu educando a passeios/visitas de estudo, projectadas no âmbito do projecto curricular ou educativo, devendo o educador informar previamente os pais ou encarregados de educação sobre a data de realização daqueles.

2. Apenas nos casos devidamente fundamentados pelos pais ou encarregados de educação e dado conhecimento ao educador, a criança não acompanhará as saídas do jardim-de-infância previstas no número anterior.

3. No caso previsto no número 2, e se não for possível assegurar a permanência da criança no jardim-de-infância, cabe aos pais ou encarregados de educação solucionar essa situação.

4. Se, por impedimento, o educador titular do grupo estiver ausente no dia da realização da visita de estudo, caberá ao coordenador/órgão de gestão designar o educador que o substitui.

SECÇÃO 2 – DISPOSIÇÕES COMUNS ÀS ESCOLAS DO 1.º CICLO

Artigo 141.º HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

1. O horário de funcionamento da escola é o estabelecido no início de cada ano letivo, pelo Diretor, de acordo com a legislação em vigor.

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2. Os alunos não poderão entrar nas instalações da escola antes do horário estipulado, salvo se estiverem inscritos nas actividades de complemento curricular.

3. Os alunos não deverão permanecer na escola para além das actividades curriculares ou de enriquecimento curricular, salvo se, justificadamente precisarem de um serviço de apoio da escola.

Artigo 142.º ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS

1. Os pais e encarregados de educação são responsáveis pelo acompanhamento do seu educando no percurso entre as suas casas e a escola e no de regresso.

2. Os pais e encarregados de educação que queiram autorizar a saída da escola dos seus educandos sem acompanhamento por um adulto, terão de apresentar uma declaração escrita nesse sentido ao Coordenador de Estabelecimento.

Artigo 143.º PERMANÊNCIA NA ESCOLA

1. Os alunos não podem permanecer na escola para além do horário de funcionamento da mesma, salvo se estiverem inscritos nas actividades de complemento curricular.

2. Os alunos que se ausentem no período de almoço, terão que ter autorização escrita do encarregado de educação e só deverão regressar à escola no início do período lectivo da tarde.

3. Nas faltas do professor titular da turma em que se inserem, os alunos serão integrados noutras turmas do mesmo estabelecimento e, sempre que possível, do mesmo ano de escolaridade, caso não haja outros recursos na escola.

Artigo 144.º VIGILÂNCIA DOS RECREIOS

Nos intervalos das actividades lectivas, os recreios serão vigiados por docentes e por assistentes operacionais, de acordo com um mapa elaborado anualmente pelo Coordenador de Estabelecimento, e publicado em local visível.

Artigo 145.º MATERIAL

1. O aluno é obrigado a levar para a escola o material que for solicitado pelo professor.

2. O aluno não deve levar consigo para a escola brinquedos ou outros objectos de valor e, caso o faça, o professor ou a assistente operacional responsável pela sala não serão responsabilizados pelo desaparecimento ou danos nos mesmos.

Artigo 146.º VISITAS DE ESTUDO

1. Aos pais ou encarregados de educação compete autorizar, por escrito, a deslocação do seu educando a passeios/visitas de estudo, a realizar no âmbito do projecto curricular e educativo, devendo o professor informá-los com antecedência razoável sobre a data de realização das mesmas.

2. Apenas nos casos devidamente fundamentados pelos pais ou encarregados de educação, o aluno não acompanhará a sua turma nos passeios/visitas de estudo previstos no número anterior.

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3. No caso previsto no número 2, e se a escola não puder assegurar a permanência do aluno no edifício, cabe aos pais ou encarregados de educação solucionar essa situação.

4. Se o professor titular da turma estiver ausente ou impedido no dia da realização da visita de estudo, cabe ao coordenador/órgão de gestão designar o professor que acompanhará o grupo.

Artigo 147.º CONTATO URGENTE COM O DOCENTE

Em caso de necessidade urgente de contacto com o professor, durante as actividades lectivas, os pais ou encarregados de educação deverão entrar em contacto com o assistente operacional, que disso dará conhecimento ao professor em causa.

CAPÍTULO VII – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 148.º UNIVERSO ELEITORAL

Para os fins eleitorais realizados à luz do presente regulamento interno, entende-se como universo eleitoral todos os membros docentes e não docentes que à data da realização do ato eleitoral estejam em efetividade de funções no agrupamento de escolas bem como os membros das Associações de Pais e Encarregados de Educação indicados por estas e definidos no presente regulamento.

Artigo 149.º OMISSÕES

A interpretação do presente regulamento e a resolução dos casos omissos, são da responsabilidade do órgão competente, aplicando-se em matéria de processo, subsidiariamente, o disposto no Código de Procedimento Administrativo.

CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 150.º DIVULGAÇÃO

1. O Regulamento Interno da Escola é publicitado em cada estabelecimento de ensino do Agrupamento, em local bem visível e adequado, na página eletrónica do Agrupamento e na BE/CRE e fornecido gratuitamente ao aluno, quando inicia a frequência da escola e sempre que o regulamento seja objeto de atualização.

2. Quando o aluno inicia a frequência de uma das escolas do agrupamento será entregue um extrato deste regulamento, identificado como “Código Básico de Conduta do Aluno”, (ver Anexo 1).

3. Os pais e encarregados de educação devem, no ato da matrícula, conhecer o Regulamento Interno do Agrupamento e subscrever, fazendo subscrever igualmente aos seus filhos e educandos, declaração anual em duplicado, de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento integral.

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Artigo 151.º ENTRADA EM VIGOR

1. O Regulamento Interno é aprovado por maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral em efetividade de funções, entrando em vigor cinco dias após a sua aprovação.

2. O Regulamento Interno é revisto ordinariamente 4 anos após a sua aprovação.

3. O Regulamento Interno pode ser revisto extraordinariamente a todo o tempo por deliberação do Conselho Geral, aprovado por maioria absoluta dos membros em efetividade de funções.

Aprovado em reunião do Conselho Geral realizada a 6 de Dezembro de 2010 e atualizado em

16 de Janeiro de 2013.