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Danças típicas da Região Sul No Paraná Pau-de-Fitas: O pau-de-fitas foi trazido pelos alemães que aportaram na região sul do Brasil. Para seu desenvolvimento prepara-se um mastro com cerca de três metros de comprimento, encimado por um conjunto de largas fitas multicores, de maior tamanho. Os dançarinos devem estar em número par e cada um segura uma fita para girar ao redor do mastro. No decorrer dos passos da dança, vão se formando desenhos com as tranças das fitas. A dança é acompanhada por músicas provenientes de instrumentos como o cavaquinho, pandeiro, acordeão e violão. Não é praticada apenas no Paraná, mas sim em toda a região sul. No Rio Grande do Sul os trançamentos recebem os nomes: “Trama”, “Trança”, “Rede de Pescador”. Em Santa Catarina há o “Tramadinho”, “Trenzinho”, “Ziguezague”, “Ziguezague a dois”, “Feiticeira” e “Rede de Pescador”. Fandango: Esse estilo de dança tem origem ibérica e foi trazida pelos portugueses para as regiões de litoral do Paraná. No Brasil, recebeu influências dos índios e o fandango também pode ser encontrado nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No Paraná, os dançadores, executam as variadas coreografias: Anu, Andorinha, Chimarrita, Tonta, Cana- verde, Caranguejo, Vilão de Lenço, Xarazinho, Xará Grande, Sabiá, Marinheiro, etc. O acompanhamento musical é feito com duas violas, uma rabeca e um pandeiro rústico, chamado adufo. As coreografias das “marcas” paranaenses constam de rodas abertas ou fechadas, uma grande roda ou pequenas rodas fileiras opostas, pares soltos e unidos. Os passos podem ser valsados, arrastados, volteados, etc., entremeados de palmas e castanholar de dedos. O sapateado vigoroso é feito somente pelos homens, enquanto as mulheres

Danças típicas da Região Sul

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Danças típicas da Região Sul

No Paraná Pau-de-Fitas: O pau-de-fitas foi trazido pelos alemães que aportaram

na região sul do Brasil. Para seu desenvolvimento prepara-se um mastro com cerca de três metros de comprimento, encimado por um conjunto de largas fitas multicores, de maior tamanho. Os dançarinos devem estar em número par e cada um segura uma fita para girar ao redor do mastro. No decorrer dos passos da dança, vão se formando desenhos com as tranças das fitas. A dança é acompanhada por músicas provenientes de instrumentos como o cavaquinho, pandeiro, acordeão e violão. Não é praticada apenas no Paraná, mas sim em toda a região sul. No Rio Grande do Sul os trançamentos recebem os nomes: “Trama”, “Trança”, “Rede de Pescador”. Em Santa Catarina há o “Tramadinho”, “Trenzinho”, “Ziguezague”, “Ziguezague a dois”, “Feiticeira” e “Rede de Pescador”.

Fandango: Esse estilo de dança tem origem ibérica e foi trazida pelos portugueses para as regiões de litoral do Paraná. No Brasil, recebeu influências dos índios e o fandango também pode ser encontrado nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No Paraná, os dançadores, executam as variadas coreografias: Anu, Andorinha, Chimarrita, Tonta, Cana-verde, Caranguejo, Vilão de Lenço, Xarazinho, Xará Grande, Sabiá, Marinheiro, etc. O acompanhamento musical é feito com duas violas, uma rabeca e um pandeiro rústico, chamado adufo. As coreografias das “marcas” paranaenses constam de rodas abertas ou fechadas, uma grande roda ou pequenas rodas fileiras opostas, pares soltos e unidos. Os passos podem ser valsados, arrastados, volteados, etc., entremeados de palmas e castanholar de dedos. O sapateado vigoroso é feito somente pelos homens, enquanto as mulheres arrastam os pés e dão volteios soltos. No Rio Grande do Sul, o Fandango apresenta um conjunto de vinte e uma danças, com nomes próprios: Rancheiro, Pericom, Maçarico, Pezinho, Balaio, Tirana-do-lenço, Quero-mana, Tatu, etc. O acompanhamento musical é feito pelo acordeão, chamado “gaita”, e pelo violão. A coreografia recebe nomes também distintos – “Passo de juntar”, “Passo de marcha”, “Passo de recurso”, “Passo de valsa”, “Passo de rancheira”, “Sapateio”, etc.

No Rio Grande do Sul Chimarrita: Dança típica de Portugal, foi trazida por eles para o Brasil

durante o século XIX. Inicialmente, a dança era realizada com os casais juntos dançando algo parecido com as valsas. Depois, as duplas passaram a dançar em várias direções e mais separados. Em algumas partes, eles dançam juntos no passo bem conhecido que é o dois pra lá e dois pra cá. A partir de alguns movimentos, o homem, chamado

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de peão, e a mulher, que recebe o nome de prenda, podem flexionar levemente os joelhos durante os passos.

Milonga: Essa dança também é popular na Argentina e no Uruguai. No Rio Grande do Sul, ela recebe a companhia da viola e de outros instrumentos musicais. A milonga gaúcha lembra os passos do tango e é bem mais lenta e romântica. Ela pode ser dançada de três formas: havaneirada (seguindo os passos da vaneira), tangueada (dança no ritmo de marcha) e riograndense (dança com passos dois e um.

Vaneirão/Vaneira/Vaneirinha: É um ritmo bastante comum no estado e tem suas origens na cidade de Havana, em Cuba. Sua influência incidiu não só sobre o Rio Grande do Sul como também nos sambas do Rio de Janeiro. O nome da dança se altera conforme o ritmo, pois se ele for lento recebe o nome de Vaneirinha, rápido, Vaneirão e moderado, Vaneira. Os passos são realizados com dois pra lá e dois pra cá, sendo que são alternados com quatro movimentos de cada lado.

Chula: Dança que é praticada só por homens e ela representa um desafio. Uma lança é colocada no chão e três homens em suas extremidades. Eles sapateiam de diversas formas e, após realizar uma sequência de passos, outro dançarino vai executar os movimentos e deve realizar de forma mais difícil que o anterior. Tudo isso acontece sob a música de uma gaita gaúcha. O dançarino que vence o desafio é aquele que realiza uma coreografia mais difícil que os companheiros, quando encosta na vara ou quando por algum motivo perde o ritmo.

Pezinho: O Pezinho tem origens portuguesas e conseguiu atrair adeptos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Além de dançar, os dançarinos devem cantar no ritmo da música que acompanha os passos. A coreografia se altera entre passos ritmados pelos pés e as duplas que rodam em torno de si.

Outras danças típicas do Rio Grande do Sul:-Chote;-Bugio;-Mazurca;-Contrapasso;-Marcha;-Polca;-Chamamé;-Rancheira.

Em Santa Catarina Boi de Mamão: Essa dança também é conhecida como bumba-meu-boi,

boi-bumbá, boi-de-cara-preta, dentre outros. Em Santa Catarina, a dança apresentada durante a encenação é mais alegre e brincalhona do que as que são apresentadas na região norte e região nordeste.

Dança do Vilão: É uma das danças que faz parte do folclore de Santa Catarina. É desenvolvida por um grupo com 31 componentes,

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denominados batedores, balizadores, músicos e Mestre, a dança consta de batidas de longos bastões, com variados movimentos e ritmos. O movimento proporcionado pelo vai e vem dos bastões deixa a coreografia mais bonita. O encerramento é feito com o “serradinho”: são 7 movimentos rapidíssimos, executados com os balizadores agachados.

Balainha: conhecida também com o nome de Arcos Floridos ou Jardineira, a balainha é desenvolvida com os pares de dançantes, cada um deles, sustentando um arco florido. É formada uma fila e as duplas vão passando os arcos por cima e por baixo dos demais casais. Depois, são executados outros passos com formação de grupos com quatro pares e eles fazem uma roda para cruzar seus arcos e formar as 'balainhas'. Ao final desmancham as “balainhas” e retornam à posição inicial, com movimentos sincronizados e seqüenciais.

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTECentro de Ciências Humanas, Educação e Letras

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Curso de Educação FísicaProfessora: Juciane Bazzo Henn

Acadêmicas: Ana Laura Maciel Ramos, Quinberli Andrzejewski, Dayane Carolina

Danças Típicas da Região Sul

Marechal Candido Rondon18-10-2013