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Fevereiro de 2011 Ano XV Número 184 D.Antonio: O PNDH-3 é um golpe anti-cristão e anti-família D.Bertrand: 70 anos de dedicação e exemplo Localizado na Capital paulista, o Nacional Club de São Paulo foi palco, dia 2 de fevereiro, das homenagens prestadas a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu 70º aniversário, numa iniciativa dos movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo Guerra do Prata, o sonho de um vice-reinado Pág.8 A genealogia como fator básico na formação da Pátria - Parte II Pág.6 Instituto Moreira Salles expõe retratos do Império e do exílio Pág.3

D.Antonio: O PNDH-3 D.Bertrand: 70 anos de é um golpe anti-cristão ... · Jabez Edwin Mayall, entre outros. A exposição envolve o lançamento de um catálogo com 40 imagens e

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Fevereiro de 2011 Ano XV Número 184

D.Antonio: O PNDH-3 é um golpe anti-cristão e anti-família

D.Bertrand: 70 anos de dedicação e exemploLocalizado na Capital paulista, o Nacional

Club de São Paulo foi palco, dia 2 de

fevereiro, das homenagens prestadas

a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança,

Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de

seu 70º aniversário, numa iniciativa dos

movimentos Pró Monarquia e Paz no Campo

Guerra do Prata, o sonho de um vice-reinado

Pág.8

A genealogia como fator básicona formação da Pátria - Parte II

Pág.6

Instituto Moreira Salles expõeretratos do Império e do exílio

Pág.3

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Inicialmente, quero aqui deixar registrada minha admiração pelo aniversariante do mês

de fevereiro, D. Bertrand de Orleans e Bragança, que completou no dia dois seu 70º

aniversário. Parabéns em meu nome e, também, do Instituto Brasil Imperial.

Falando sobre o Brasil, aparentemente tudo vai bem, com a presidente demonstrando

novo modelo de governar, mais administrativo do que populista, fazendo-nos acreditar

que teremos uma boa governante nestes próximos quatro anos.Entretanto, encoberto

pelo que nos estão querendo fazer acreditar, apresenta-se o perigo pelas mãos da

ministra dos Direitos Humanos, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), que,

segundo disse, vai implantar na sua íntegra o PNDH-3 - Programa Nacional de Direitos

Humanos. Isto é, o governo petista simplesmente pretende impor uma ditadura

marxista em nosso país.

Em rodas de conversas, tenho indagado de meus interlocutores se conhecem o teor

do PNDH-3. A resposta é não. O brasileiro é sempre mal informado. E exatamente por

isso, recomendo que todos procurem conhecer o conteúdo deste programa, antes que

sejamos transformados em uma Cuba, Venezuela ou outros mais países vermelhos,

cujos povos também acreditaram nos seus governantes e hoje perdem sua liberdade e

a oportunidade de trabalho, passando privações de toda a espécie.

Divulgado dia 25 deste mês, o levantamento feito pelo Fundo Internacional de

Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostra que 38% dos

adolescentes do Brasil vivem em situação de pobreza. Dos 191 milhões de brasileiros,

21 milhões têm menos de 18 anos. O relatório aponta que o índice negativo é

conseqüência, entre outros fatores, das condições climáticas desfavoráveis e da falta

de água potável no Nordeste, saneamento básico, educação e serviços da saúde de

qualidade em todas as regiões. Os brasileiros entre sete e 24 anos que não sabem ler

somam 1,8 milhão. E quantos não sabem ler se considerarmos toda a população

acima de sete anos! Quando vamos dar condições de alfabetização e inserção social a

todos os brasileiros? Você e todos nós somos os únicos responsáveis pelo que está

acontecendo em nosso Brasil. Se preferirmos assistir a banda passar, não querendo

participar, tudo continuará acomodado como se encontra, contra nós. Agora, se

quisermos reverter esse quadro que só nos deprime, fica o convite para que você se

inclua nos quadros do Instituto Brasil Imperial, e, em futuro próximo, poderemos iniciar

um movimento destinado a estabelecer, no Brasil, a forma de governo que realmente

nos representará de forma inquestionávelmente democrática, o Parlamentarismo

Monárquico Constitucional. Acesse www.brasilimperial.org.br, clique

no banner e faça seu cadastramento ou recadastramento,

indicando ali o valor de sua contribuição para que possamos dar

sustentação às nossas campanhas.

Saudações Monarquistas!

Considerações sobreo nosso País

Imperial ImperialGazetaGazeta

02

Prezados Monarquistas,

Imagem do MesImagem do Mes^

Imperial ImperialGazetaGazeta

Jornal editado pelo Instituto Brasil ImperialAno XV Número 178

www.brasilimperial.org.br

A Gazeta Imperial é uma publicação do

Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de

reportagens, divulgação de eventos

monárquicos e imagens podem ser enviados

para [email protected]

Alessandro Padin Editor e jornalista responsável

[email protected]

Principe Imperial do Brasil

Dom Bertrand de Orleans e Braganca´

´

70 anos

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Primeira reunião do InstitutoBrasil Imperial é um sucesso

Compõem a exposição retratos da Família Imperial Brasileira,

muitos inéditos, além de importantes

imagens associadas a eventos que marcaram o Império

O Instituto Moreira Salles, do Rio de

Janeiro, apresenta até o dia 29 de maio a

mostra Retratos do Império e do Exílio, com

150 fotografias pertencentes ao acervo do

príncipe D. João de Orleans e Bragança,

curador da mostra, ao lado de Sérgio Burgi,

Coordenador de fotografia do IMS.

Compõem a exposição retratos da Família

Imperial Brasileira, muitos inéditos (em

especial do período do exílio após a

proclamação da República), além de

importantes imagens associadas a eventos

que marcaram o Império, como as

comemorações do fim da Guerra do

Paraguai e a abolição da escravatura.

Os visitantes podem conferir registros de

Marc Ferrez, agraciado pelo imperador

com o título de Cavaleiro da Ordem da

Rosa e também fotógrafo da Marinha

Imperial; e Revert Henry Klumb, professor

de fotografia das princesas Isabel e

Instituto Moreira Salles Leopoldina. Ambos mantiveram relação

muito próxima com a Família Imperial –

fotografaram com maior privacidade no

interior dos palácios, registrando imagens

menos formais, em que os retratos se

relacionam com a câmera de uma forma

direta e menos mediada pelas exigências

do cargo e da vida pública. Também

estarão na mostra imageis de Alberto

Henschel, Joaquim Insley Pacheco, Luiz

Terrano e Otto Hess, entre os diversos

fotógrafos atuantes no Brasil que integram

o acervo, além de imagens dos fotógrafos

retratistas europeus Félix Nadar e John

Jabez Edwin Mayall, entre outros.

A exposição envolve o lançamento de um

catálogo com 40 imagens e texto de Sergio

Burgi e vai até 29 de maio próximo, de

terça a sexta-feira, das 13h00 às 20h00.

Sábados, domingos e feriados, das 11h00

às 20h00. Escolas podem agendar visita

monitorada pelo fone (21) 3284-7400. A

entrada é franca

Instituto Moreira Salles expõeretratos do Império e do exílio

ExposicaoExposicao´

´

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Carta aberta de Eliane Sinhasique para Renato Aragão

Querido Didi,

Há alguns meses você vem me

escrevendo pedindo uma doação

mensal para enfrentar alguns

problemas que comprometem o

presente e o futuro de muitas crianças

brasileiras. Eu não respondi aos seus

apelos (apesar de ter gostado do lápis

e das etiquetas com meu nome para

colar nas correspondências). Achei

que as cartas não deveriam ser

endereçadas à mim. Agora ,

novamente, você me escreve

preocupado por eu não ter atendido

as suas solicitações. Diante de sua

insistência, me senti na obrigação de

parar tudo e te escrever uma

resposta.

Não foi por 'algum' motivo que não fiz

a doação em dinheiro solicitada por

você. São vários os motivos que me

levam a não participar de sua

campanha altruísta (se eu quisesse

poderia escrever umas dez páginas

sobre esses motivos). Você diz, em

sua última carta, que enquanto eu a

estivesse lendo, uma criança estaria

perdendo a chance de se desenvolver

e aprender pela falta de investimentos

em sua formação.

Didi, não tente me fazer sentir

culpada. Essa jogada publicitária eu

conheço muito bem. Esse tipo de

texto apelativo pode funcionar com

muitas pessoas mas, comigo não. Eu

não sou ministra da educação, não

ordeno e nem priorizo as despesas

das escolas e nem posso obrigar o

filho do vizinho a freqüentar as salas

de aula. A minha parte eu já venho

fazendo desde os 11 anos quando

comecei a trabalhar na roça para

ajudar meus pais no sustento da

minha família. Trabalhei muito e, te

garanto, trabalho não mata ninguém.

Muito pelo contrário, faz bem! Estudei

Eliane Sinhasique na escola da zona rural, fiz supletivo,

estudei à distância e muito antes de

ser jornalista e publicitária eu já era

uma microempresária. Didi, talvez

você não tenha noção do quanto o

Governo Federal tira do nosso suor

para manter a saúde, a educação, a

segurança e tudo o mais que o povo

brasileiro precisa. Os impostos são

muito altos! Sem falar dos Impostos

embutidos em cada alimento, em

cada produto ou serviço que preciso

comprar para o sustento e

sobrevivência da minha família.

Eu já pago pela educação duas

vezes: pago pela educação na

escola públ ica, através dos

impostos, e na escola particular,

mensalmente, porque a escola

pública não atende com o ensino de

qualidade que, acredito, meus dois

filhos merecem. Não acho louvável

recorrer à sociedade para resolver

um problema que nem deveria existir

pelo volume de dinheiro arrecadado

em nome da educação e de tantos

outros problemas sociais.

O que está acontecendo, meu caro

Didi, é que os administradores dessa

dinheirama toda não têm a educação

como prioridade. Pois a educação

tira a subserviência e esse fato, por

si só não interessa aos políticos no

poder. Por isso, o dinheiro está

saindo pelo ralo, estão jogando fora,

ou aplicando muito mal. Para você

ter uma idéia, na minha cidade, cada

alimentação de um presidiário custa

para os cofres públicos R$ 3,82 (três

reais e oitenta e dois centavos)

enquanto que a merenda de uma

criança na escola pública custa R$

0,20 (vinte centavos)! O governo

precisa rever suas prioridades, você

não concorda? Você pode ajudar a

mudar isso! Não acha?

Você diz em sua carta que não dá

para aceitar que um brasileiro se

torne adulto sem compreender um

CidadaniaCidadania

texto simples ou conseguir fazer uma

conta de matemática. Concordo com

você. É por isso que sua carta não

deveria ser endereçada à minha

pessoa. Deveria se endereçada ao

Presidente da República. Ele é 'o

cara'. Ele tem a chave do cofre e a

vontade política para aplicar os

recursos. Eu e mais milhares de

pessoas colocamos o dinheiro lá para

que ele faça o que for necessário para

melhorar a qualidade de vida das

pessoas do país, sem nenhum tipo de

distinção ou discriminação. Mas,

infelizmente, não é o que acontece...

No último parágrafo da sua carta, mais

u m a v e z , v o c ê j o g a a

responsabilidade para cima de mim

dizendo que as crianças precisam da

'minha' doação, que a 'minha' doação

faz toda a diferença. Lamento

discordar de você Didi. Com o valor da

doação mínima, de R$ 15,00, eu

posso comprar 12 quilos de arroz para

alimentar minha família por um mês ou

posso comprar pão para o café da

manhã por 10 dias.

Didi, você pode até me chamar de

muquirana, não me importo, mas R$

15,00 eu não vou doar. Minha doação

mensal já é muito grande. Se você não

sabe, eu faço doações mensais de

27,5% de tudo o que ganho. Isso

significa que o governo leva mais de

um terço de tudo que eu recebo e

posso te garantir que essa grana, se

ficasse comigo, seria muito melhor

aplicada na qualidade de vida da

minha família.

Você sabia que para pagar os

impostos eu tenho que dizer não para

quase tudo que meus filhos querem ou

precisam? Meu filho de 12 anos quer

praticar tênis e eu não posso pagar as

aulas que são caras demais para

nosso padrão de vida. Você acha isso

justo? Acredito que não. Você é um

homem de bom senso e saberá

entender os meus motivos para não

colaborar com sua campanha pela

educação brasileira.

Outra coisa Didi, mande uma carta

para o Presidente pedindo para ele

selecionar melhor os ministros e

professores das escolas públicas. Só

escolher quem, de fato, tem vocação

para ser ministro e para o ensino.

Melhorar os salár ios, desses

profissionais, também funciona para

que eles tomem gosto pela profissão e

vistam, de fato, a camisa da

educação. Peça para ele, também,

fazer escolas de horário integral,

escolas em que as crianças possam

além de ler, escrever e fazer contas,

possam desenvolver dons artísticos,

esportivos e habilidades profissionais.

Dinheiro para isso tem sim! Diga para

ele priorizar a educação e utilizar

melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o

pomposo título de Embaixador

Especial do Unicef para Crianças

Brasileiras e eu vou me despedindo

assinando... Eliane Sinhasique -

Mantenedora Principal dos Dois

Filhos que Pari.

PS - Não me mande outra carta

pedindo dinheiro. Se você mandar,

serei obrigada a ser mal-educada: vou

rasgá-la antes de abrir.

PS2 - Aos otários que doaram para o

Criança Esperança. Fiquem sabendo,

as organizações Globo entregam todo

o dinheiro arrecadado à UNICEF e

recebem um recibo do valor para

dedução do seu imposto de renda.

Para vocês a Rede Globo anuncia:

essa doação não poderá ser deduzida

do seu imposto de renda, porque é ela

quem o faz.

PS3 - e o dinheiro da CPMF que

pagamos durante 11 anos?

Melhorou alguma coisa na educação e

na saúde durante esses anos?

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D. Bertrand homenageadoem seu 70º aniversárioLocalizado na Capital paulista, o Nacional Club de

São Paulo foi palco, dia 2 de fevereiro, das homenagens

prestadas a S.A.I.R. D, Bertrand de Orleans e Bragança,

Príncipe Imperial do Brasil, por ocasião de seu

70º aniversário, numa iniciativa dos movimentos Pró

Monarquia e Paz no Campo

Localizado na Capital paulista, o

Nacional Club de São Paulo foi

palco, dia 2 de fevereiro, das

homenagens prestadas a S.A.I.R.

D, Bertrand de Orleans e Bragança,

Príncipe Imperial do Brasil, por

ocasião de seu 70º aniversário,

numa iniciativa dos movimentos Pró

Monarquia e Paz no Campo. Há

vários anos, também ali estiveram

as rainhas Silvia, da Suécia; e

Elisabeth, da Inglaterra.

Previamente ao jantar oferecido na

opor tun idade, fo i pro je tado

audiovisual sobre o Príncipe, que

desde os bancos da Faculdade de

Direito do Largo São Francisco vem

se destacando em defender o Brasil

das influências deletérias do

socialismo e do comunismo.

Coube ao jovem advogado Luiz

Henrique Dezem Ramos, oriundo

de família ligada às labutas do

campo no oeste paranaense, narrar

a atuação de D. Bertrand à frente

do movimento Paz no Campo na

defesa da agropecuária nacional.

Ressaltou o orador a ação bem

coordenada das campanhas feitas

por Paz no Campo na Internet,

através das quais milhares de

l u ta d o r e s i d e o l ó g i c o s s ã o

acionados por simples teclas de

computador para sucessivas

tomadas de posição – reportagens,

livros, artigos, entrevistas – que vêm

se desenrolando no País, muitas

Casa Imperial do BrasilCasa Imperial do Brasil

Paz no Campo delas com repercussão em todo o

orbe.

Ameaças à agropecuária

Para Dezem Ramos, não obstante

a agropecuária representar um dos

fundamentos de nossa economia,

vem ela recebendo golpes

contumazes desfechados pela

sanha socialista. Para cada golpe,

um contragolpe de Paz no Campo

com campanhas, publicações e

livros nunca refutados. Assim

ocorre com as ameaças do MST,

q u i l o m b o l a , i n d í g e n a ,

ambientalista, dos “índices de

produtividade”, além da ameaça

feita a propósito da mentira do

“trabalho escravo”.

O jovem advogado lembrou ainda a

recente edição comemorativa dos

50 anos de Reforma Agrária-

Questão de Consciência. Este best-

seller constituiu em 1960, o brado

profético de Plinio Corrêa de

Oliveira que sustou a “Reforma

Agrária” de João Goulart e evitou

que o Brasil caísse na situação da

miserável Cuba comunista. A

presente edição traz um prefácio do

Príncipe D. Bertrand.

Pelo Pró Monarquia discursou

Frederico Straub, que evocou os

tempos de sua juventude na “Turma

do Príncipe” na Faculdade de

Direito. Lembrou os diversos

episódios da luta de D. Bertrand em

defesa do sagrado direito de

propriedade, contra a infiltração

socialista da época.

Falando pelo Instituto Plinio Corrêa

de Oliveira, José Carlos Sepúlveda

da Fonseca salientou as múltiplas

facetas da personalidade de D.

Bertrand: amigo leal, nobreza de

Príncipe e filho devoto da Santa

Igreja Católica Apostólica Romana.

A noite foi coroada com as palavras

de D. Bertrand, agradecendo, em

primeiro lugar, a Deus Nosso

Senhor e a Sua Mãe Santíssima

pelos dons e graças recebidos em

sua vida; a seu pai, o Príncipe D.

Pedro Henrique, pela educação e

exemplo de que um verdadeiro

príncipe deve estar sempre na

frente de batalha em defesa de sua

pátria. E, também, pelo fato de seu

augusto genitor lhe ter apresentado

o prof. Plinio Corrêa de Oliveira, a

quem se congregou na luta pelos

ideais da Civilização Cristã.

Agradeceu, por fim, a todos os

a m i g o s m o n a r q u i s t a s e

participantes de Paz no Campo,

conclamando-os a multiplicar

esforços na defesa desse ideal .

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Anibal de Almeida Fernandes

5) Famí l ia : essas c renças

particulares que cercam o culto aos

deuses do lar, permitem um estado

social onde a família vive isolada e

independente. A estrutura familiar

baseada no culto aos Manes, tem o

uso do patronímico que perpetua o

gens (nomem) e quando os ramos

familiares se tornam independentes,

ganhando uma individualidade,

esses ramos adotam o sobrenome

(agnomem). Porem cada pessoa

sempre teve seu nome próprio.A família se estabelece com o seu

ramo primogênito, mais os ramos

secundários, seus escravos, seus

servos e seus clientes formando

uma associação de pessoas.

Quando as famílias se uniram, logo

conceberam uma divindade superior

às suas divindades familiares

particulares (os Manes) e ergueram

um altar comum a todas as famílias.As várias famílias formam as fatrias

ou cúrias,As várias fatrias formam a tribo.A aliança das tribos (que mantém os

próprios cultos particulares) faz

nascer à cidade que, apesar de

manter os cultos particulares das

várias tribos que a compõem, cria

um culto comum a todos.O mesmo acontece com o

funcionamento político, pois apesar

de continuar a coexistir uma

infinidade de pequenos governos

tribais, sobre eles se coloca um

governo comum. Assim sendo, a

cidade que nasce do conjunto das

t r i b o s e r a a p e n a s u m a

confederação, sem nada interferir

na intimidade das famílias que a

compunham, e que ainda se

admin is t ram a s i p rópr ias ,

g u a r d a n d o u m a h i e r a r q u i a

patriarcal/doméstica particular com

suas leis e responsabilidades

privadas.Exemplo atual: algo muito similar à

estrutura das famílias que formam

as tribos Pashtun, compostas por

cerca de 25 milhões de pessoas

que vivem na inóspita região de

montanhas e cavernas entre o

Afeganistão e o Paquistão no

Waziristan e em Peshawar e se

relacionam até hoje sob as rígidas

leis de um antigo código tribal de

honra chamado Pashtunwali, em

pleno século XXI, baseado nos

atributos da honra de um homem

que são: ouro, terra e mulheres e na

sua honradez que deve ter:

hospitalidade, dar asilo a qualquer

um, mesmo que seja inimigo e o

direito de fazer justiça e se vingar. O

sistema de tribos foi preservado na

constituição do Paquistão, após a

independência em 1947, a fim de

impedir que os maliks (chefes

tribais) oficiais criassem o território

independente do Pashtunistão. A

lei paquistanesa normal não se

a p l i c a à s Á r e a s T r i b a i s

Federativamente Administradas.

Os maliks oficiais cooperavam com

o s a g e n t e s p o l í t i c o s

governamentais que controlam

quem recebe bolsas, vistos para

viagens ao exterior e auxílio

alimentar durante as secas. Os

m a l i k s o f i c i a i s r e c e b i a m

r e g u l a r m e n t e c o n t r a t o s

governamentais para a construção

de estradas, escolas e hospitais.

Há diversas histórias sobre os

casos de corrupção e de obras de

baixa qualidade que resultaram

dessa prática. Até recentemente,

apenas os maliks oficiais podiam

votar nas eleições. O sistema de

punição tribal coletiva criado pelos

britânicos permaneceu em vigor.Na Grécia, que é o embrião do

estado moderno de hoje, cada

grego era membro de uma família,

uma fatria, uma tribo, uma cidade.

Havia um ritual a ser seguido para a

inserção social da criança que

nascia:1a etapa: 10 dias após o nascimento

a criança era admitida na família.2a etapa: alguns anos mais tarde a

criança é admitida na fatria.3a etapa: aos 16 ou 18 anos o jovem

apresenta-se para ser admitido na

cidade, através de uma cerimônia

ritual onde faz um juramento

obrigando-se a respeitar a religião

da cidade. Após esse juramento o

jovem é considerado um cidadão.As grandes famílias patriarcais

gregas eram semelhantes às clãs

célticas e tinham, cada uma, o seu

chefe hereditário, ou sacerdote ou

juiz. Essas famílias aparecem na

história a partir de 1600 a.C., como

os Cécrops de Atenas, que são uma

das 12 associações familiares que,

muito mais tarde, serão unidas por

Teseu (que é o herói mítico grego

que mata o Minotauro e liberta a

Grécia do jugo de Creta) e formam a

cidade de Atenas, no alvorecer do

Estado Grego.

6) Evolução do conceito de

família: Com a queda do Império

Romano, a 4/9/476, com a

deposição do Imperador Rômulo

Augusto, que era apenas uma

criança, por Odoacro que tem

origem bárbara, (ou da Esquiria, ou

de Herul), porém já é cristão e

considerado um patrício romano sob

o nome de Flávio, ele conhecia os

segredos de Roma e até meses

antes servia no mesmo regimento

que agora vencia. Odroaco ao

morrer a 15/3/493 é sucedido por

Teodorico, rei dos Ostrogodos e, a

partir daí, segue-se uma série

infindável de chefes bárbaros que se

alternam brevemente no poder.

Essa época de frenética agitação

política/cultural que inaugura a

Idade Média destrói essa estrutura

centenária de família já inserida na

sociedade romana, que era muito

A genealogia como fator básicona formação da Pátria - Parte II

ArtigoArtigo

mais lastreada no parentesco

advindo do culto aos ancestrais

mortos comuns uma vez que, só

eram parentes entre si os que

faziam oferendas aos mesmos

antepassados, e deixa de lado a

consangüinidade já que, um irmão e

uma irmã de sangue não eram mais

parentes, pois essa irmã ao se

casar, passa a adotar os ancestrais

do marido como sua família, de fato

e de direito, e se desliga do seu

parentesco de sangue, como vemos

no estudo feito sobre a família

romana dos Cipiões:Cipião Emiliano e seus primos de 1o

grau os irmãos Caio e Tibério Graco,

não são mais considerados

parentes entre si, pois apesar de

todos os três serem netos de Cipião,

o Africano, de quem tem o mesmo

sangue, apenas Cipião Emiliano é

considerado da família dos Cipiões

por descender de um filho homem

de Cipião, o Africano, enquanto que

os irmãos Tibério e Caio passam a

ser da família dos Sempronios, pois

são filhos da filha Cornélia deste

mesmo Cipião, o Africano, pois

Cornél ia ao se casar com

Sempronio Graco, se insere na

família dos Sempronios passando a

cultuar os seus ancestrais o que faz

com que Cornélia e seus 2 filhos,

deixem de descender de Cipião, o

Africano e passam a ser da família

dos Sempronios.Na baixa Idade Média apenas se

tinha o nome de batismo, situação

que perdura até o século XII. No

século XII, começa a ser usado o

patronímico e aparece o primeiro

registro heráldico, documentado

pela história, que ocorre quando

Henrique 1o da Inglaterra concede,

em 1127, ao seu genro, Geoffrey

Plantageneta (Anjou), um escudo

azul decorado com três pequenos

leões dourados. O neto deste

Geoffrey, William Longespee,

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Da Redação do IBI

Nada há de pessoal contra esse

personagem ou outros de nosso

atual quadro político. Mas, se ele

fosse indicado como titular de uma

outra comissão, como a de Saúde

desse parlamento brasileiro, como

reagir iam as representações

médicas? Tiririca é fruto da cultura

absolutamente i r responsável

republicana, a das conjunções

momentâneas, que os monarquistas

bem conhecem. No fundo, ele e

mui tos outros e le i tos pelos

brasileiros fazem parte de um

i m e n s o b l o c o d e s e u s

r e p r e s e n ta n t e s q u e p o u c o

prometem em prol de nossa

nacionalidade, não por suas

próprias culpas.Para que não seja deixado isolado e

até injustamente crucificado por sua

notória falta de educação básica –

que a malfadada república não o

presenteou em sua infância –

podem ser citadas outras vítimas

desse reg ime de gove rno .

Alfabetizados ou semialfabetizados

eles circulam pela Casa de Leis

federal, muitos portando em

qualquer momento discursos

pomposos para dizerem coisa

alguma.Apenas para mencionar, reiterando

que nada há de pessoal contra estes

“Educador” agora integra comissão na Câmara

ArtigoArtigo

Cantor, compositor e humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, foi indicado titular da Comissão de

Educação e Cultura da Câmara por indicação de seu partido, o Republicano. Algo a se estranhar nisso?

eleitos, a Câmara dos Deputados

houve por bem também emplacar o

ex-jogador de futebol Romário

(PSB-RJ) como vice-presidente da

Comissão de Turismo e Desporto,

time em que jogarão Danrley de

Deus (PTB-RS), ex-goleiro do

Grêmio, e o ex-boxeador Acelino de

Freitas, o Popó. Na Comissão de

Finanças da casa a presença do

ex-participante do programa Big

Brother Brasil, Jean Wyllys (PSOL-

RJ). A escolha é do povo,

devidamente republicanizado!Choro tardioNo caso de Tiririca, o choro tardio

que começa a verter parte

exatamente da área que mais se

empenhou para tentar impor uma

fictícia “igualdade” que nunca

existiu e nem existirá entre os seres

humanos, em todos os seus

aspectos. O berçário esquerdista

e n q u i s t a d o e m m u i t o s

estabelecimentos oficiais de ensino

superior foi responsável em grande

parte por esse quadro que hoje se

re f l e te espec ia lmen te nos

legislativos de todos os níveis do

território nacional. Um número

elevadíssimo de aventureiros

ocupa cargos públicos graças

exatamente a essa distorção do

que seja verdadeiramente um

regime democrático.Segundo um jornal paulistano, a

profa. Marcia Malavasi, titular de

Pedagogia da Faculdade de

E d u c a ç ã o d a U n i c a m p d a

Universidade Estadual de Campinas

(Unicamp) lembrou que, sem

desmerecer as qualidades que

Tiririca possa ter, fica “evidente que

há uma inadequação entre o que ele

representa e o tamanho dos

desafios da educação brasileira." E

não foi na Unicamp que o sonho da

esquerda bem se assentou em anos

passados?“É um retrato da sociedade

que temos", reagiu o professor

Mozart Neves Ramos, da

ONG Todos pela Educação.

Malavasi e Ramos são

exemplos de como a notícia

e s p a l h o u s u r p r e s a e

desconsolo entre educadores.

Um choro tardio que vai em

algum momento cobrar um

mea culpa de todo o sistema

educacional brasileiro que

percorre caminhos tortuosos

na importantíssima tarefa de

passar conhecimento às

crianças e adolescentes de

n o s s a p á t r i a . C o m o

encaminhar agora , por

exemplo, as discussões sobre

o P l a n o N a c i o n a l d e

E d u c a ç ã o , a L e i d e

R e s p o n s a b i l i d a d e

Educacional, a reforma do

Conde de Salisbury, falecido em

1226, está enterrado na catedral de

Salisbury e tem gravado sobre sua

tumba, um escudo idêntico ao de

seu avô Geoffrey, numa prova

inconteste da hereditariedade do

escudo na família, que inicia um

costume/tradição heráldica que

persiste até hoje em dia. O

patronímico aparece sempre ligado

ao nome da terra de origem do

indivíduo e, daí, evolui para o

sobrenome.Tem um exemplo dessa ligação

terra=nome em minha família

Arantes graças à documentação

histórica registrada de, João de

Nantes/Arantes, (13o avô de

Aníbal) século XV, Portugal, cujo

nome vem do nome desta vila de

Nantes do Conselho de Chaves,

que pertencia à Casa dos Duques

de Bragança. Esse João, nasc.

cerca de 1460, era Cavaleiro

Fidalgo de sangue e espada,

Senhor da Quinta de Romay,

Morador da Casa Real, e foi

designado a 2/1/1488, Condestável

(=Min is t ro de Guer ra ) dos

Espingardeiros d’El Rei Dom João II

( 1 4 5 5 - 1 4 9 5 ) . J o ã o d e

Nantes /Aran tes tem o seu

sobrenome evoluindo para Anantes,

Danantes, até se fixar em Arantes no

século XVII, cuja grafia perdura até

hoje nessa linhagem de mais de 500

anos de história, tanto em Portugal

como no Brasil onde se estima a

existência de 30.000 Arantes, e deu

o nome ao título do Barão de Arantes

e depois Visconde de Arantes de

Antonio Belfort Ribeiro de Arantes,

(tio-trisavô de Aníbal), no Império do

Brasil, (1822-1889).(continua na próxima edição)

ensino superior ou a questão das

cotas? Segundo estatísticas

publicadas, o Brasil tem 14 milhões

de analfabetos com mais de 15

anos e muitos milhões mais de

analfabetos funcionais. Como

montar toda uma estrutura para

s o l u c i o n a r e s s a q u e s t ã o

educacional sem a existência de

quadros dirigentes que realmente

entendam algo a respeito disso?Eis a república em todo o seu

esplendor!

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Guerra do Prata, o sonho de um vice-reinado - Parte ISomavam as tropas aliadas, formadas por brasileiros, rebeldes argentinos e uruguaios, cerca de 58 mil

soldados. No outro lado do campo de combate, 43,5 mil militares comandados pelo ditador argentino

Juan Manuel de Rosas pretendiam em algum momento, mais adiante, recriar o antigo Vice-reinado do Prata.

Eram objetivos contrários à soberania e outros interesses brasileiros, pois nele estariam incluidas as

terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul.

Acontecida entre 1851 e 1852 e

tendo como cenário as regiões do

Uruguai, o nordeste argentino e o rio

da Prata, essa guerra regional

custou a vida de aproximamente

1.600 militares de ambos lados,

além de deixar sequelas que

derivariam em novas crises mais

adiante. Resumimos em quatro

capítulos o que foi essa página triste

da história sul-americana.A Guerra do Prata, também

conhecida como Guerra contra

Oribe e Rosas, foi um episódio numa

longa disputa entre Argentina e

Brasil pela influência no Uruguai e

hegemonia na região do Rio da

Prata. A guerra foi travada no

Uruguai, Rio da Prata e nordeste

argentino de agosto de 1851 a

fevereiro de 1852, entre as forças da

Confederação Argentina, e as forças

da aliança formada pelo Império do

Brasil, Uruguai e províncias

rebeldes argentinas de Entre Rios e

Corrientes.A ascensão de Juan Manuel de

Rosas como ditador argentino e a

guerra civil no Uruguai após sua

independência do Brasil geraram

instabilidade na região do Prata,

devido ao desejo argentino de ter

Uruguai e Paraguai em sua esfera

de influência, e posteriormente

recriar o antigo Vice-reinado do

Prata. Estes objetivos eram

contrários à soberania brasileira,

uma vez que o antigo vice-reinado

era formado por terras pertencentes

à província do Rio Grande do Sul, e

aos interesses brasileiros de

influência na região, que já havia

HistoriaHistoria´

Da Redação do IBIgerado a Guerra da Cisplatina e

instigaria ainda outras duas

guerras.A Guerra do Prata terminou com a

vitória aliada na Batalha de Monte

Caseros em 1852, estabelecendo a

hegemonia brasileira na região do

Prata e gerando estabilidade

política e econômica ao Império do

Brasil. Porém, a instabilidade nos

o u t r o s p a í s e s d a r e g i ã o

permaneceria, com as disputas

internas entre partidos no Uruguai,

e uma guerra civil na Argentina pós-

Rosas. Este conflito faz parte das

chamadas Questões Platinas na

H i s t ó r i a d a s R e l a ç õ e s

Internacionais do Brasil e como

parte integrante da Guerra Grande

nos países hispanófonos.

Ditadura de Juan Manuel de

RosasApós um breve período de anarquia

interna seguinte à Guerra da

Cisplatina, Juan Manuel de Rosas

foi eleito governador de Buenos

Aires. Em tese, Rosas detinha tanto

poder quanto os governadores das

demais províncias, mas, na prática,

era o governante de facto da

Confederação Argentina. Apesar de

seus laços com os federalistas, uma

facção que demandava maior

autonomia para as províncias,

Rosas manteve controle sobre as

demais províncias argentinas

através de negociações, subornos e

pressões militares. Isso foi possível

uma vez que Buenos Aires era a

província mais rica e populosa, e

além disso, todo o carregamento

comercial internacional das outras

províncias tinha que passar por seu

porto.

Com a exceção de um curto período

de 1832 até 1835, governou o país

como um verdadeiro ditador e, à

medida que o tempo passava, seu

governo tornava-se mais corrupto e

despótico, agravando a situação

interna e levando a uma emigração

em massa de cerca de 14.000

unitaristas, adversários políticos que

desejavam centralizar o país em

Buenos Aires, para o Uruguai em uma

tentativa de escapar das repressões.

Rosas, assim como muitos de seus

conterrâneos, desejava recriar o

antigo Vice-Reino do Rio da Prata e

tornar a Argentina a principal potência

na América do Sul. Para tanto,

precisaria conquistar três nações

soberanas: a Bolívia, o Uruguai e o

Paraguai, além da maior parte da

região sul do Brasil. Para atingir tal

objetivo, o caudilho buscou

possíveis aliados nos países

vizinhos que pudessem colaborar

com seus planos, envolvendo-se na

política interna e econômica,

financiando rebeliões e guerras

civis. Para os argentinos, o

Paraguai era somente uma

província rebelde, apesar do

m e s m o c o n s i d e r a r - s e

independente desde 1811, porém

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Rosas, o governante de facto da Confederação Argentina

sem reconhecimento de nenhum

outro país. O ditador paraguaio José

Gaspar Rodríguez de Francia

considerava que a melhor forma de

manter sua ditadura e também a

independência do Paraguai frente à

Argentina era isolar completamente

o país de qualquer tipo de contato

com o mundo exterior. Por esta

razão, até 1840, o Paraguai não

possuía contatos diplomáticos com

nenhuma nação. Com a morte de

Francia, seu sucessor, Carlos

Antonio López, assinou dois

tratados em julho de 1841: um de

Amizade, Comércio e Navegação e

outro de Limites com a província

argentina de Corrientes, que havia

se sublevado contra o governo de

Rosas. O ditador argentino

procurou impedir o contato do

Paraguai com o exterior para assim

submetê-lo. Além da recusa em

reconhecer a independência

paraguaia, ele também criou

entraves a seu comércio uma vez

que controlava a navegação do Rio

Paraná.

A Guerra GrandeA antiga província brasileira

Cisplatina passou a chamar-se

oficialmente de República Oriental

do Uruguai após a promulgação de

sua constituição em 1830. Logo em

seguida, Fructuoso Rivera foi eleito

como seu primeiro presidente.

Rivera tinha um rival chamado Juan

Antonio Lavalleja, conhecido por ter

declarado a independência da

província Cisplatina com o apoio

dos chamados "Trinta e Três

Orientais". Da rivalidade entre

ambos os caudilhos surgiram dois

partidos no Uruguai: o Blanco,

agrupando os correligionários de

Lavalleja, e o Colorado, os

partidários de Rivera. A tensão entre

os dois líderes uruguaios chegou

ao ápice quando Rivera se rebelou

na tentativa de tomar o poder à

força de seu rival. O revoltoso logo

descobriu que o ditador do país

vizinho, Juan Manuel de Rosas,

estaria interessado em ajudá-lo

financeiramente e militarmente. Em

1832, Lavalleja passou a receber

contribuição do estancieiro rio-

grandense Bento Gonçalves e

ambos invadiram o Uruguai onde

praticaram saques e assassinatos.

Gonçalves havia sido convencido

por Rosas a se rebelar contra o

governo brasileiro e deixar a

província do Rio Grande do Sul ser

anexada pela Argentina onde

poderia governá-la como ditador.Rivera cumpriu seu mandato

presidencial e Manuel Oribe,

também do partido Blanco, foi eleito

em março de 1835 para sucedê-lo.

No início, o novo presidente se

opôs à anarquia causada por Bento

Gonçalves e Lavalleja, mas três

anos depois viria a se aliar aos

revo l tosos. Rivera também

rebelou-se, mas acabou sendo

derrotado militarmente, e partiu

para o Rio Grande do Sul, onde se

aliou aos farrapos, até então

aliados de Rosas. Eles invadiram o

Uruguai e conquistaram a maior

parte do país, com a exceção da

capital Montevidéu. Derrotado,

Oribe partiu para a Argentina após

renunciar à sua posição como

presidente uruguaio. Rivera foi

reeleito presidente em 1838 e como

represália Rosas enviou um

exército liderado por Lavalleja que

foi rapidamente derrotado. Após

essa frustrada ação, Lavalleja

retirou-se definitivamente do

conflito, não mais participando da

guerra civil de seu país. O ditador

argentino enviou um outro exército,

formado por tropas argentinas e

uruguaias sob o comando de Oribe,

que derrotaram as forças de Rivera

e decapitaram os vencidos. Rivera

foi um dos únicos que conseguiu

escapar do massacre e partiu para o

exílio no Rio de Janeiro. O governo

uruguaio elegeu Joaquín Suárez

para sucedê-lo como presidente e

resistiu ao cerco da capital. Os

aliados de Oribe assassinaram mais

de 17.000 uruguaios e 15.000

argentinos. Com a quase totalidade

do território uruguaio em seu poder,

Oribe permitiu que seus aliados

invadissem o sul do Brasil, roubando

gado, assaltando estâncias e

assassinando cidadãos brasileiros.

Mais de 188 fazendas brasileiras

foram atacadas, enquanto 814.000

bois e 16.950 cavalos foram

roubados. Francisco Pedro de

Abreu, o barão de Jacuí, decidiu por

Manuel Oribe, presidente uruguaio durante a Guerra Grande

conta própria realizar represálias

contra o Uruguai organizando

investidas que se tornaram

conhecidas como califórnias em

homenagem à lucrativa corrida do

ouro na Califórnia, ou à violência

que aconteceu nos Estados Unidos

da América durante sua expansão

ao oeste.O apoio de Rosas aos Blancos

c o n t r a o s C o l o r a d o s e a

instabilidade decorrente na região

levou as duas maiores potências da

época, França e Grã-Bretanha, a

declararem guerra à Argentina. Por

repetidas vezes Buenos Aires

sofreu o ataque das esquadras

anglo-francesas e teve seu porto

bloqueado em várias ocasiões. O

governo argentino foi capaz de

resistir, forçando as duas potências

a assinarem um acordo de paz em

1849.(continua na próxima edição)

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Repúbrica - Moda de viola

Por decreto-lei sou repubricano,

pois quem decretô foi o Floriano.

Voto obrigado uma vez por ano,

capricho nos voto e faço meus plano,

mas no fim das conta entro pelo cano, oiá.

Cada vez que eu voto, voto deferente,

é prá vereador, é prá presidente,

voto num pilantra muito eloqüente

ou num carcareco que me mostra os

dentes,

só não abro mão do voto consciente. (Oh!

Eleição danada!)

O meu candidato topa desafio,

e promete ponte onde não tem rio,

e promete escola pra educá meus filho

e enchê meus bolso que nasceu vazio,

mas depois de eleito fica no macio.

(Candidato bão, sô!)

O meu candidato é muito preparado,

corre atrás de voto que nem cão danado.

Já foi bem vermeio tá esverdiado.

Sabe despistar o que fáiz de errado.

Mas tem rabo de palha prá todo lado, oiá.

Candidato gosta é de cambalacho,

ele lá em cima, nóis aqui embaixo.

Música da campanha monarquista do plebiscito de 1993. Autores e intérpretes nos são desconhecidos.

Agradecemos indicações sobre quem possam ser

MemoriaMemoria´

Prá ganhá os voto banca o cabra macho,

mas deixa o povão com cara de tacho.

Quero gente boa, mas eu nunca acho, oiá.

Pago muito imposto e quero melhoria,

nunca tenho vez, sempre entro em fria.

Acabô a verba, a caixa tá vazia,

Mas sobra de monte pro trem da alegria.

E quem sai ganhando é mesmo a quadrilha.

(hahá! verba marvada!)

Sobe o candidato e pára o que o outro fez.

Inaugura obra três ou quatro vez,

o preço de uma dá prá mais de três,

vou votar de novo porque sou freguês.

Mas se eu pudesse punha no xadrez, oiá.

Essa tar repúbrica não me tapeia,

encheu tanto a cara, que já cambaleia.

Anda capengando que nem vaca véia

toda remendada e cada vez mais feia,

Doente terminal não há quem remedeia. (Aí,

republica danada sô!)

Já bancou repúbrica triunfalista,

Foi nova repúbrica e foi getulista,

repúbrica véia parlamentarista,

era Brasil novo e já baixou a crista.

Mas o que resorve é ser monarquista!