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PROCESSO CIVIL NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. Para os atos processuais solenes (devem obedecer determinadas formalidades), o ato será nulo caso não se observe o quanto disposto na lei. O autor que, numa ação sobre direito real, não promoveu a citação da mulher do réu e perdeu a demanda, não pode invocar a nulidade. Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. O artigo trata do princípio da instrumentalidade das formas. Se o ato processual atingir a sua finalidade, não existe razão para a decretação da nulidade do processo. Por regra geral, os atos processuais são não solenes. Ex.: art. 248. Nem mesmo as nulidades absolutas escapam da aplicação desse princípio. Ex.: nulidade de citação, por inobservância do artigo 225, é causa de nulidade absoluta – no entanto, se o réu comparece e contesta, não se declara a nulidade, porquanto o ato atingiu a sua finalidade. Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.

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PROCESSO CIVILNULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS

Art. 243. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.

Para os atos processuais solenes (devem obedecer determinadas formalidades), o ato será nulo caso não se observe o quanto disposto na lei.

O autor que, numa ação sobre direito real, não promoveu a citação da mulher do réu e perdeu a demanda, não pode invocar a nulidade.

Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

O artigo trata do princípio da instrumentalidade das formas. Se o ato processual atingir a sua finalidade, não existe razão para a decretação da nulidade do processo.Por regra geral, os atos processuais são não solenes. Ex.: art. 248.

Nem mesmo as nulidades absolutas escapam da aplicação desse princípio. Ex.: nulidade de citação, por inobservância do artigo 225, é causa de nulidade absoluta – no entanto, se o réu comparece e contesta, não se declara a nulidade, porquanto o ato atingiu a sua finalidade.

Art. 245. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.Parágrafo único. Não se aplica esta disposição às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo impedimento.

Nulidade absoluta: vícios graves que não podem ser convalidados, mesmo com o passar do tempo. Não sofrem com a preclusão e devem ser declaradas de ofício pelo juiz. Aqui temos exclusivo interesse público. Ex.: vícios da citação e intimação.Nulidade relativa: devem ser alegadas na primeira oportunidade que couber falar nos autos, sob pena de preclusão, salvo provando legítimo impedimento.

Art. 246. É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.Parágrafo único. Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido intimado.

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Hipóteses que são obrigatórias a intervenção do MP (art. 821). Se o MP não for intimado, o processo será nulo, a partir do momento que o MP deveria ser intimado.

Art. 247. As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais.

Art. 248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subseqüentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes.

Exemplo: reconhecido cerceamento de defesa em razão da negativa e ouvir testemunha, a consequência será a nulidade do ato de recusa ou da sentença, se já tiver ocorrido o julgamento, não comprometendo o restante da audiência.

Art. 452. As provas serão produzidas na audiência nesta ordem:I - o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435;II - o juiz tomará os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu;III - finalmente, serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu.

Art. 454. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e ao do réu, bem como ao órgão do Ministério Público, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez), a critério do juiz.§ 1º Havendo litisconsorte ou terceiro, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.§ 2º No caso previsto no art. 56, o opoente sustentará as suas razões em primeiro lugar, seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo prazo

1 Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:I - nas causas em que há interesses de incapazes;II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade;III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.  Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da verdade.

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de 20 (vinte) minutos.§ 3º Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por memoriais, caso em que o juiz designará dia e hora para o seu oferecimento.

Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados.

Diante de um vício do ato processual, o juiz deverá sempre verificar a viabilidade da retificação, tomando as medidas necessárias para tanto. Todavia, caso conclua pela impossibilidade do saneamento, a declaração da nulidade será inevitável.Se concluir pela nulidade, deve declarar quais atos serão atingidos.No caso de impedimento: nulidade total.No caso de incompetência, a nulidade atinge apenas atos decisórios (art. 113, § 2º2)

Decretação de nulidade e seus efeitos.No processo, não existe nulidade de pleno direito. A nulidade sempre deverá ser declarada. Até então o ato gera seus efeitos normais. Se não declarada, a nulidade pode envolver-se na definitividade da coisa julgada, que sana todas as irregularidades, exceto:

Impedimento Incompetência absoluta Não intimação do MP Citação irregular não cumprida

Podem ser arguidas em embargos à execução (art. 741, I), em impugnação ao cumprimento de sentença (art. 475-L, I) e em ação rescisória (art. 485, II e V).

§ 1º O ato não se repetirá nem se lhe suprirá a falta quando não prejudicar a parte.

Não havendo prejuízo não há nulidade.No entanto, casos de nulidade absoluta o prejuízo é presumido. Ex.: decisão proferida por juiz impedido, não coaduna com o princípio da imparcialidade da jurisdição, que pode ser arguida a qualquer tempo, em qualquer grau de jurisdição e até em ação rescisória. É o que ocorre também com sentença proferida por juiz absolutamente incompetente.

§ 2º Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.

2 Art. 113. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.§ 1º Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que lhe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas.§ 2º Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.

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Não se decreta nulidade quando o juiz puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveita a declaração. Aplicam-se a ressalva acerca do juiz impedido e absolutamente incompetente.

Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.

O mestre Elpídio Donizetti em sua obra Curso Didático de Direito Processual Civil3 traz a seguinte observação sobre o erro de forma: “A propósito da forma procedimental, vigem as seguintes normas:

O rito é cogente, estabelecido não em função das partes, mas sim da jurisdição. O autor não pode optar pelo procedimento ordinário, se previsto o sumário, a despeito de o juiz, na hipótese do art. 277, § 4º, poder converte-lo;

Entretanto, se não arguida a nulidade, o processo que deveria ter obedecido ao rito sumário, mas desenvolveu-se e chegou ao seu fim segundo as normas do rito ordinário, não é nulo;

Quando se tratar de processos distintos ou diversidade de pretensões, não se admite a conversão. Exemplos: propositura de execução em vez de ação de conhecimento; ação petitória em vez de possessória.

Vamos treinar:

1 - Q460034 ( Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )Juízo indeferiu, imotivadamente, depoimento pessoal cuja tomada havia sido requerida pela Procuradoria do Estado. Contra referida decisão, interpôs-se agravo de instrumento, ao qual foi dado provimento, decretando-se a nulidade da decisão monocrática e determinando-se que o Juízo analisasse, motivadamente, o pedido de tomada do depoimento pessoal. Contudo, o Juízo não cumpriu a determinação e realizou audiência de instrução, sem tomada do depoimento pessoal, prolatando sentença contrária aos interesses do Estado, que interpôs recurso de apelação. De acordo com disposto pelo Código de Processo Civil,a) não perdem a eficácia a audiência de instrução nem a sentença, por se tratarem de atos independentes do ato nulificado.b) reputam-se sem efeitos a audiência de instrução e a sentença, por se tratarem de atos subsequentes e dependentes do ato nulificado.c) a prolação da sentença convalida o ato nulificado.d) reputa-se sem efeito a audiência de instrução, mas não a sentença, por se tratar de ato independente do ato nulificado.e) o Tribunal deverá necessariamente converter o julgamento do recurso em diligência, tomando o depoimento pessoal da parte a fim de ratificar, ou não, a sentença.

3 18ª edição, Atlas, 2014, p. 370.

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2 - Q386756 ( Prova: FCC - 2014 - TJ-CE - Juiz / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Competência;  Procedimento ordinário;  Nulidades;  Critérios de competência;  Respostas do réu - Exceção ;  )Em relação à competência, é correto afirmar: a) Argui-se, por meio de exceção, tanto a incompetência relativa como a absoluta. b) A anulabilidade da cláusula de eleição de foro pode ser declarada em qualquer contrato, de ofício e discricionariamente pelo juiz ou a requerimento da parte, casos em que se declinará da competência para o juízo de domicílio do réu. c) Tratando-se de lide sobre imóvel, se este se achar situado em mais de um Estado ou Comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel. d) Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele em que a inicial foi distribuída em primeiro lugar.e) A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável, como regra, salvo foro diverso eleito pelas partes.

3 - Q412587 ( Prova: FCC - 2014 - TCE-PI - Assessor Jurídico / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )Quanto às nulidades processuais, é correto afirmar:a) Podem elas ser alegadas pela parte a qualquer tempo, jamais havendo preclusão a respeito dessa arguição.b) O juiz, quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração de nulidade, não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe-á a falta.c) Em nosso sistema processual, o juiz depende sempre de requerimento da parte interessada para declará-las, inviável atuar de ofício para tal fim.d) Anulado o ato processual, são ineficazes todos os subsequentes, que dependam ou não do ato anulado, ainda que a nulidade tenha sido parcial.e) O juiz as declarará desde que a forma do ato processual não tenha sido respeitada, tendo o ato atingido sua finalidade ou não.

4 - Q373388 ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  Da comunicação dos atos processuais - Citação;  )Em relação à comunicação dos atos processuais,a) por se tratar de ordem judicial a ser cumprida em Comarca diversa, a carta precatória deve ser assinada pessoalmente pelo juiz, não se permitindo, nesse caso, a assinatura eletrônica.b) se o réu comparecer inicialmente nos autos apenas para arguir nulidade e sendo esta decretada, considerar-se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.c) tratando-se de ato formal e solene, a citação irregular não pode ser suprida em nenhuma hipótese.d) o cumprimento da carta precatória é impositivo, não podendo o juiz deprecado de mesma hierarquia devolvê- la sem cumprir o ato requerido em nenhuma situação.e) expede-se carta de ordem quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira.

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5 - Q351050 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  Forma ;  )Considere as afirmativas abaixo. I. O direito processual brasileiro é marcado pelo formalismo, não permitindo, por exemplo, o aproveitamento de ato não revestido da forma legal, mesmo que, de outro modo, tenha alcançado a finalidade e ainda que a lei não tenha cominado nulidade pela não observância da prescrição legal. II. O direito processual brasileiro não permite suprir a irregularidade de forma, o que se vislumbra, por exemplo, no fato de poder alegar nulidade até aquele que lhe deu causa. III. Por ser questão de ordem pública, o ato que não atende à forma deve ser repetido, com as formalidades legais, ainda que não tenha trazido prejuízo às partes. Está INCORRETO o que se afirma em: a) I, II e III.b) I e II, apenasc) I e III, apenas.d) III, apenas.e) II e III, apenas.

6 - Q358891 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 18ª Região (GO) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )Verificada nulidade de ato processual,a) deverá ser ordenada a repetição dos atos imediatamente anteriores e posteriores ao ato nulo.b) o ato não se repetirá se a invalidade não tiver prejudicado a parte. c) se a nulidade for de apenas parte do ato processual, as outras partes serão também atingidas, ainda que independentes. d) deverá a parte prejudicada alegar o fato ao juiz, que não pode decretar a nulidade de ofício.e) o ato nulo deverá ser repetido mesmo que, de outro modo, tenha alcançado sua finalidade.

7 - Q314543 ( Prova: FCC - 2013 - AL-PB - Procurador / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )No que se refere às nulidades processuais, é INCORRETO afirmar: a) O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.b) Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.c) Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.d) Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta.e) A nulidade dos atos processuais pode ser alegada a qualquer tempo, tratando-se de matéria não sujeita à preclusão.

8 - Q300438 ( Prova: FCC - 2013 - TJ-PE - Juiz / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )Quanto às nulidades processuais, analise os enunciados abaixo. 

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I. Não existem nulidades de pleno direito no processo civil, pois toda invalidade processual deve ser decretada pelo juiz. Todos os atos processuais, cuja existência se reconheça, são válidos e eficazes até que se decretem as suas invalidades. II. Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa. III. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. Está correto o que se afirma ema) II e III, apenas.b) II, apenas.c) I, II e III.d) I e II, apenas.e) I e III, apenas.

9 - Q270117 ( Prova: FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )Mauro ajuizou ação de indenização contra Pedro. O processo tramitou em uma Vara Cível da Comarca de João Pessoa e o Magistrado designou audiência de instrução e julgamento, que ocorreu normalmente, a despeito da ausência de Pedro, que não foi intimado regularmente para o ato processual. Produzida a prova em audiência e encerrada a instrução, mesmo após constatar a existência de ato processual nulo, o Magistrado que preside o feito, a) deverá declarar a nulidade do ato de intimação de ofício, independentemente se for julgar o mérito da lide em favor uma ou outra parte. b) não declarará a nulidade do ato de intimação ou mandará repeti-lo se puder decidir o mérito a favor de Pedro, que aproveitaria a declaração da nulidade. c) deverá declarar a nulidade do ato de intimação se houver requerimento expresso de Pedro no prazo máximo de cinco dias após a realização do ato irregular, ainda se for decidir o mérito em favor de Pedro. d) deverá declarar a nulidade do ato de intimação se houver requerimento expresso de Pedro no prazo de quinze dias após a realização do ato irregular, independentemente se for julgar o mérito da lide em favor de uma ou outra parte. e) não declarará a nulidade do ato de intimação, ou mandará repeti-lo apenas no caso de Pedro comparecer espontaneamente no processo no prazo de até 5 dias contado da data da audiência, aceitando os atos já realizados. 

10 - Q255286 ( Prova: FCC - 2012 - MPE-AP - Promotor de Justiça / Direito Processual Civil / Dos Atos Processuais;  Nulidades;  )Relativamente às invalidades processuais civis, é correto afirmar que a) o erro de forma do processo acarreta a anulação de todos os atos processuais dele decorrentes, pois as irregularidades formais não podem ser supridas em face de nosso sistema processual. b) as nulidades processuais dependerão sempre da iniciativa da parte ou do Ministério Público para serem reconhecidas pelo juiz.c) é anulável o processo, desde o início, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. d) o ato processual nulo não terá sua falta suprida em nenhuma hipótese, pois não produz efeitos jurídicos. 

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e) quando a lei prescrever determinada forma, sem estabelecer nulidade, o juiz validará o ato se, realizado de outra maneira, lhe alcançar a finalidade. 

GABARITOS:1 - B     2 - C     3 - B     4 - B     5 - A     6 - B     7 - E     8 - C     9 - B     10 - E