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Aula 04 Pré-formulação farmacêutica Prof. Me Teófilo F. Mazon Cardoso UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CURSO DE FARMÁCIA FARMACOTÉCNICA I

DAS Pré -Formulação Farmacêutica

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SAaDADA

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  • Aula 04

    Pr-formulao farmacutica

    Prof. Me Tefilo F. Mazon Cardoso

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

    CURSO DE FARMCIA

    FARMACOTCNICA I

  • O farmacutico deve conhecer as propriedades fsicas e

    qumicas de cada componente na formulao

    Evitar incompatibilidades (frmaco-frmaco, frmaco-

    excipiente, frmaco-material embalagem)

    Estabilidade farmacutica e qualidade teraputica

    PLANEJAMENTO DE UMA FORMULAO

  • PR-FORMULAO

    Conhecer propriedades fsico-qumicas fundamentais das molculas de

    frmaco e outras propriedades derivadas do frmaco em p.

    Teste Mtodo/caracterizao

    Espectroscopia Ensaio UV simples

    Solubilidade (aquosa, pKa, coeficiente de

    partio, dissoluo)

    Solubilidade de fase, lipofilicidade

    Ponto de fuso DSC polimorfismo, hidratos, solvatos

    Desenvolvimento de ensaio UV, CCD, CLAE

    Estabilidade (em soluo e estado slido) Trmica, hidrlise, oxidao, fotlise

    Microscopia Morfologia, tamanho de partcula

    Fluxo de p (densidade do p, ngulo de

    repouso)

    Formulao de comprimido e cpsula

    Propriedades compressionais Formulao de comprimido e cpsula

    Compatibilidade do adjuvante Escolha de adjuvante

    Caracterizao de frmacos na pr-formulao.

  • Atributo Teste

    Identidade Ressonncia Magntica Nuclear (RMN)

    Espectroscopia de infravermelho (IV)

    Espectroscopia de ultravioleta (UV)

    Cromatografia em camada delgada (CCD)

    Calorimetria Exploratria Diferencial (DSC)

    Rotao ptica

    Pureza Umidade (gua e solventes)

    Metais pesados

    Impurezas orgnicas

    Calorimetria Exploratria Diferencial (DSC)

    Ensaio Titulao

    Espectroscopia de ultravioleta (UV)

    Cromatografia Lquida de Alta Eficincia (CLAE)

    Qualidade Aparncia, odor, cor da soluo

    pH da soluo saturada

    Ponto de fuso

    Pr-formulao analtica

  • Frmacos em soluo, ou com

    velocidade de dissoluo rpida =>

    velocidade de absoro

    (permeabilidade atravs das

    membranas)

    Frmacos com velocidade de

    dissoluo lenta => velocidade de

    absoro (depende do processo de

    dissoluo)

    FASE

    BIOFARMACOTCNICA

  • PROPRIEDADES FSICO-QUMICAS DE

    INTERESSE FARMACUTICO

    - Solubilidade

    - Tamanho de partcula

    - Dissoluo

    - pH e constante de ionizao

    - Miscibilidade

    - Polimorfismo

    - Estabilidade

    - Higroscopicidade

    - Fluxibilidade

  • SOLUBILIDADE

    Importante: solubilidade no o mesmo que velocidade de

    dissoluo !!!

    Quantidade mxima de soluto

    que se encontra dissolvida

    numa soluo (concentrao de

    saturao)

    Solubilidade = resultado das

    foras de atrao (coeso) e de

    repulso que atuam entre as

    molculas de soluto e do

    solvente

  • Sistema de Classificao

    Biofarmacutica - SCBClasse Solubilidade Permeabilidade Correlao in vivo/in vitro (IV/IV) Exemplos

    I Alta Alta Haver correlao IV/IV se a velocidade

    de dissoluo for menor que a velocidade

    de esvaziamento gstrico, de outro modo

    no haver correlao ou ela ser

    limitada

    Propranolol e

    metoprolol

    II Baixa Alta Haver correlao IV/IV se a velocidade

    de dissoluo in vitro for similar a

    velocidade de dissoluo in vivo, exceto

    se a dose for muito alta

    Cetoprofeno e

    carbamazepina

    III Alta Baixa Correlao IV/IV da absoro

    (permeabilidade) com velocidade de

    dissoluo limitada

    Ranitidina e

    atenolol

    IV Baixa Baixa Correlao IV/IV limitada ou ausente Hidroclorotiazida

    e furosemida

    ALTAMENTE SOLVEL: maior dose solubilizado em 250 mL ou menos em meio aquoso (pH 1 7,5).

    BAIXA SOLUBILIDADE: volume maior que 250 mL.

    ALTAMENTE PERMEVEL: extenso da absoro BA > 90 % da dose administrada.

    BAIXA PERMEABILIDADE: extenso BA < 90 % da dose administrada.

  • TAMANHO DE PARTCULA

    Um aumento da rea de superfcie total do frmaco em contato comos fluidos gastrointestinais provocar elevao da velocidade de

    dissoluo.

    CUIDADO: elevao da biodisponibilidade poder atrelar maiorocorrncia de efeitos colaterais.

    S = 6/D x P/d

    S = unidade de massa

    D = dimetro da partcula

    P = peso

    d = densidade

    Qto menor o dimetro da partcula,

    maior a superfcie de contato entre o

    slido e o solvente.

  • Frmacos para os quais a reduo no tamanho de partculas tem resultado sobre o aumento da

    BA.

    Digoxina Glicosdeo cardiotnico

    Nitrofurantona Antimictico

    cido acetilsaliclico Analgsico

    Naproxeno AINEs

    Ibuprofeno AINEs

    Tolbutamida Hipoglicemiante

    - Espironolactona = absoro aumentada em 50 % na forma micronizada.

    - Cloranfenicol - partcula de 200 micra absorvida aps uma hora- partcula de 400 a 800 micra aumentam o tempo de absoro

    em at 3 horas.

    - Digoxina = 1972-1973: problemas de intoxicao devido reduo do tamanho

    de partcula

    - Griseofulvina = reduo do tamanho da partcula de 10 micra para 2,7 micra duplica a absoro do frmaco

  • Independente da via de administrao, os frmacos devem apresentar alguma

    solubilidade em gua.

    Substncias insolveis: absoro incompleta e errtica.

    Particle Size Distribution

    0.01 0.1 1 10 100 1000 3000

    Particle Size (m)

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    Volu

    me (

    %)

    Nimodipino, 04/29/03 16:37:40 Nimodipino, 04/29/03 17:01:36

    Avaliao do tamanho das partculas por Difrao de Raios Laser. Nimodipino A

    (vermelho) e nimodipino B (verde).

  • Avaliao da morfologia do p de diferentes

    amostras de nimodipino por Microscopia

    Eletrnica de Varredura. Nimodipino A

    (esquerda) e nimodipino B (direita).

  • DISSOLUO

    Descreve o processo pelo qual as partculas do frmaco se dissolvem,

    ou seja, determina a massa dissolvida do frmaco em funo do

    tempo.

    Equao de Noyes-Whitney

    dm/dt = kA(Cs C)

    dm/dt = velocidade de dissoluo

    k = constante de velocidade de

    dissoluo

    A = rea superficial do slido

    C = concentrao do frmaco no

    meio de dissoluo no tempo t

    Cs = concentrao de saturao

    0 10 20 30 40 50

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    % d

    isso

    lvid

    a

    Tempo (min)

    Nimotop

    Formulao (A)

    Formulao (B)

    Perfis de dissoluo de comprimidos contendo 30

    mg de nimodipino. Nimotop (), Formulao A() e Formulao B ().

  • Parmetro Comentrios Efeito na velocidade

    de dissoluo

    Coeficiente de difuso

    do frmaco

    Pode decrescer na presena de

    substncias que aumentam a

    viscosidade do meio

    ( - )

    Superfcie exposta ao

    solvente

    Aumenta na micronizao e em

    frmacos amorfos

    ( + )

    Espessura da

    camada de difuso

    Diminui com a agitao

    crescente no intestino ou frasco

    ( + )

    Solubilidade na

    camada de difuso

    Alterada em eletrlitos fracos

    por mudanas no pH ou pelo

    uso de sal do frmaco

    ( - ) ( + )

    Concentrao no

    meio

    Diminui com a entrada de fluido

    no organismo, pela remoo do

    frmaco por partio ou

    absoro

    ( + )

    Influncia dos parmetros envolvidos no processo de dissoluo. ( - )

    diminuir velocidade de dissoluo e ( + ) aumentar velocidade de

    dissoluo.

  • Relao dos fatores fsico-qumicos e fisiolgicos que afetam a dissoluo

    de frmacos no trato gastrointestinal.

    Fator Parmetros fsico-

    qumicos

    Parmetro fisiolgico

    Efeito da rea superficial

    do frmaco

    Tamanho da partcula,

    molhabilidade

    Tensoativos no suco

    gstrico e bile

    Solubilidade na camada

    de difuso

    Hidrofilia, estrutura

    cristalina, solubilizao

    pH, capacidade

    tamponante, bile e

    componentes nutrientes

    Quantidade de frmaco

    j dissolvido

    Difusividade do frmaco

    Volume do solvente

    disponvel

    Tamanho da molcula Permeabilidade e trnsito

    Viscosidade do contedo

    luminal

    Padres de motilidade e

    razo de fluxo

    Secrees

    gastrointestinais e fluidos

    co-administrados

  • Aparelho de Dissoluo: HANSON

    Aparelho de Dissoluo: Nova tica

    Aparelho de Dissoluo: Quimis

  • Aparelho de Dissoluo: HANSON com coleta e leitura das alquotas automtica

  • Especificao: Em 45 minutos liberar no mnimo 60 %.

  • Estado de hidratao do frmaco (a forma anidra geralmente apresenta maior

    velocidade de dissoluo, ex.: ampicilina anidra)

    Perfis de dissoluo do p de oxifembutazona monohidratada (), hemihidratada() e anidra ().

  • pH e constante de ionizao

    Efeito do pH e pka na solubilidade em gua de frmacos de carter cido fraco.

    pH - pka Frao molar do

    frmaco ionizado

    Solubilidade em gua

    < - 2,0 < 0,01 Insolvel

    - 1,0 0,09 Insolvel

    0 0,5 Solvel em baixas [ ]

    1,0 0,91 Solvel exceto em altas [ ]

    > 2,0 > 0,99 Solvel

    cido flico: carter cido, pka = 6,8

    Em meio cido: pH 4,0 pH pka = 4,0 6,8 = -2,8 (insolvel)Em meio bsico: pH 8,5 pH pka = 8,5 6,8 = + 1,7 (solvel)

  • Efeito do pH e pka na solubilidade em gua de frmacos de carter base fraca.

    pH - pka Frao molar do

    frmaco ionizado

    Solubilidade em gua

    < - 2,0 > 0,99 Solvel

    - 1,0 0,91 Solvel

    0 0,5 Solvel exceto em altas [ ]

    1,0 0,09 Solvel em baixas [ ]

    > 2,0 < 0,01 Insolvel

    Furosemida: carter cido, pka = 3,9

    Em meio cido: pH 4,0 pH pka = 4,0 3,9 = 0,1 (pouco solvel)Em meio bsico: pH 8,5 pH pka = 8,5 3,9 = + 4,6 (solvel)

    pH e constante de ionizao

  • - frmacos do mesmo grupo geralmente tem solubilidade inversamente

    proporcional ao seu ponto de fuso

    MISCIBILIDADE

    - a solubilidade mtua entre dois ou mais lquidos;

    - dois lquidos que so solveis um no outro em qualquer proporo

    so chamados de completamente miscveis (por exemplo: gua e

    etanol)

    Frmaco Ponto de fuso (C) Solubilidade

    sulfadiazina 253 1 g em 13 mL

    Sulfamerazina 236 1 g em 5 mL

    Sulfapiridina 192 1 g em 3,5 mL

    sulfatiazol 174 1 g em 1,7 mL

  • POLIMORFISMO

    Capacidade de uma substncia existir em mais de uma estrutura

    cristalina.

    O nmero de formas cristalinas (ou polimorfos) que se

    conhece de um dado composto proporcional ao tempo e

    recursos (econmicos e humanos) dedicados a investigao

    do mesmo (McCrone em 1963).

    Os frmacos podem ocorrer nas formas:

    - amorfa (qdo no se observa a

    formao de cristais);

    - cristalina (qdo as molculas formam

    arranjos ordenados que se repete

    indefinidamente ao longo da partcula) anidra ou solvatada

  • Um grande nmero de

    compostos orgnicos e

    inorgnicos se apresenta sob

    diferentes formas cristalinas.

    Um slido quando no estado

    cristalino formado por

    unidades estruturais tambm

    chamadas de celas unitrias.

    Estas se encontram

    organizadas simetricamente e

    repetidas regularmente em um

    espao tridimensional.

    a

    aa

    c

    ab

    c

    ab

    aa a

    c

    a

    a a120o

    c

    a

    a

    c

    b

    CbicoMonoclnico Ortorrmbico

    Tetragonal Hexagonal

    Triclnico

    Trigonal Rombodrico

    Sete celas unitrias ou primitivas (tomos ou molculas

    sendo representados nos vrtices) formando o sistema

    cristalino.

  • Face centrada

    Corpo centrado

    a

    aa

    Cbico

    c

    ab

    Monoclnico

    c

    ab

    Ortorrmbico

    Base centrada

    Face centrada Corpo centrado Base centrada

    c

    a

    aTetragonal Corpo centrado

    Celas unitrias capazes de derivar outros sistemas

    cristalinos.

    Os cristais podem na

    verdade organizar-se sob

    quatorze celas primitivas.

    As quatorze celas primitivas

    so conhecidas tambm

    como Retculos de Bravais.

    Algumas celas unitrias podem derivar outras formas devido a posio

    dos tomos ou molculas (no somente nos vrtices da cela).

    As celas unitrias mais

    comuns para os frmacos

    so: triclnica, monoclnica e

    ortorrmbica.

  • cab

    c

    ab

    c

    ab

    c

    ab

    c

    ab

    c

    ab

    Conjunto de celas unitrias monoclnicas.

    (a) (b) (c)

    Exemplos de hbitos cristalinos de um cristal

    ortorrmbico, sendo (a) prismtico, (b) isomtrico e (c)

    tabular

    Os hbitos cristalinos formados

    pelo conjunto de celas unitrias

    representam as formas externas

    dos cristais que podem ser

    classificadas em: tabular, laminar,

    prismtica, piramidal, acicular ou

    cbica.

    Conjunto de celas unitrias

    monoclnicas originando um

    hbito cristalino.

    a b c

  • Cristais de cido ascrbico

    Croscarmelose Sdica

  • Lactose monohidratada para

    encapsulao

    Spray dried lactose monohidratada

    (Super-Tab)

  • Os solvatos so cristais que contm agregadas as suas celas unitrias,

    molculas do solvente de cristalizao.

    Quando o solvente utilizado a

    gua e no processo de

    cristalizao este se cristaliza com

    as molculas da substncia, a

    estrutura formada denomina-se de

    hidrato.

    Os cristais que no possurem

    solventes de cristalizao so

    chamados de anidros.

    Os solvatos podem apresentar polimorfismo pela retirada do solvente de

    cristalizao do interior da estrutura do cristal: solvato polimrfico e/ou solvato

    pseudopolimrfico.

    As formas hidratadas so freqentemente mais estveis, e conseqentemente

    menos solveis em gua que as formas anidras.

  • Cefalosporina dihidratada

  • Formas polimrficas da espironolactona

    Espironolactona 2 formas polimrficas e 4 formas solvatadas

    Forma 1 a espironolactona dissolvida em acetona prximo

    ao ponto de ebulio e

    imediatamente arrefecida a 0

    C durante algumas horas.

    Forma 2 o p dissolvido emacetona, dioxano ou clorofrmio

    temperatura ambiente e o

    solvente evaporado

    espontaneamente durante

    algumas semanas.

  • Modificaes cristalinas realizadas com a

    talidomida pelo processo de recristalizao.

    A: Forma I cristalizao da talidomida naproporo 1:1 com dimetilformamida e etanol a

    temperatura ambiente.

    B: Forma II Talidomida e acetonitrila embanho de gelo.

    C: Forma III ebulio com 1,4-dioxano eresfriar a temperatura ambiente.

  • Fotomicrografias obtidas por Microscopia

    Eletrnica de Varredura (MEV) das

    amostras de nimodipino em magnificao

    de 1000x.

  • Microscopia eletrnica de varredura das formas I e II dos cristais de Indometacina.

  • Slido cristalino Slido amorfo

    Amorfismo

    Termodinamicamente, um slido amorfo demonstra elevados nveis de energia

    livre de Gibbs e de entropia quando comparado a um slido cristalino.

  • Formas amorfas apresentam geralmente maior solubilidade e

    velocidade de dissoluo que os slidos no estado cristalino, visto que

    possuem suas molculas arranjadas ao acaso, portanto, baixa energia

    necessria para separ-las.

  • Os vrios polimorfos de um mesmo composto qumico podem apresentar

    diferentes propriedades fsicas como: parmetros termodinmicos,

    espectroscpicos, cinticos, superficiais e mecnicos.

    O fenmeno do polimorfismo pode ser influenciado por diversas

    operaes farmacotcnicas:

    - reduo do tamanho das partculas (moagem e triturao);

    - granulao;

    - compresso.

    Implicaes farmacuticas do polimorfismo

  • Nos estudos de pr-formulao deve-se observar:

    - Quantos polimorfos existem?

    - Qual a estabilidade das formas metaestveis?

    - Existem formas amorfas?

    - As formas metaestveis podem ser estabilizadas?

    - Qual a solubilidade de cada forma?

    - Uma forma mais solvel pode resistir ao processamento e ao

    armazenamento?

    Normalmente, para se garantir a qualidade integral da

    substncia atravs dos processos de fabricao prefervel

    utilizar substncias com sistemas cristalinos

    termodinamicamente estveis.

  • Os polimorfos de um mesmo frmaco apresentam diferentes energias de

    ativao (energia de Gibbs) no estado slido.

    Forma estvel < Forma II, III, IV < Forma amorfa

    As formas polimrficas e amorfas tendem a perder energia e se rearranjar,

    transformando-se na forma estvel.

  • Quanto maior a energia livre da estrutura, maior sua desordenao, levando a

    uma instabilidade entre as ligaes. Logo a solubilidade diretamente

    proporcional a energia livre de Gibbs.

    Forma amorfa > Formas polimrficas > Forma I (estvel)

  • A solubilidade influencia indiretamente a biodisponibilidade.

    100% forma B

    100% forma A

  • Perfis sricos no homem aps a administrao de suspenses de palmitato de

    cloranfenicol contendo propores de polimorfos A e B. M: 100 % A N: 75 % A e25 % B O: 50 % A e 50 % B P: 25 % A e 75 % de B L: 100 % B

    100% forma B

    100% forma A

  • Pontos de fuso de diferentes polimorfos de frmacos

  • Fluxograma de investigao

    do polimorfismo

  • ESTABILIDADE

    Os frmacos sofrem decomposio como resultado de vrios efeitos, como

    calor, oxignio, luz e umidade.

    A integridade qumica do frmaco deve ser mantida durante o tempo de vida til

    do medicamento.

    Em todas as ff que contenham adjuvantes importante ter certeza que os

    componentes da formulao no apresentem interaes qumicas.

    HIGROSCOPICIDADE

    Deliquescente = absorve umidade da atmosfera a ponto de dissolver-se

    Eflorescente = perde umidade/gua formando um anidro

  • FLUXIBILIDADE

    Importante no processamento de frmacos em p.

    Determinar: Densidade bruta e ngulo de repouso

    Anlise de fluidez: comparao da densidade bruta e a densidade de

    compactao

    ndice de Carr % = densidade de compactao densidade bruta x 100densidade de compactao

    ndice de Carr como indicativo do fluxo de p

    ndice de Carr (%) Tipo de Fluxo

    5 15 Excelente

    12 16 Bom

    18 21 Favorvel a tolervel

    23 35 Fraco

    33 38 Muito fraco

    > 40 Extremamente fraco

  • Densidade de p.

    ngulo de repouso.

    ngulo de repouso como uma indicao das

    propriedades de fluxo

    ngulo de repouso

    (graus)

    Tipo de Fluxo

    < 20 Excelente

    20 30 Bom

    30 34 Tolervel

    > 40 Muito fraco

  • Diversos mtodos so utilizados para verificar as propriedades dos

    cristais como:

    - aparelho para determinao da fuso (Farmcia Magistral);

    - anlise trmica (DSC e TG);

    - mtodos espectroscpicos (UV Farmcia Magistral, IV e RMN);

    - microscpicos (MO Farmcia Magistral e MEV);

    - cristalogrficos (DRX).

    Tcnicas empregadas na caracterizao do

    polimorfismo

  • Aparelho para determinao do ponto de fuso

  • CARBAMAZEPINA

    30 formas polimrficas:

    - 06 anidras

    - 04 hidratos

    - 20 solvatos

  • Anlise trmica

    a tcnica na qual se mede a diferena de energia fornecida substncia e a

    um material de referncia, termicamente inerte em funo da temperatura,

    enquanto a substncia e a referncia so submetidos a uma programao

    controlada de temperatura.

    10 15 20 25 30Time [min]

    -1.0

    0.0

    1.0

    mW/mgDSC

    100

    120

    140

    160

    180

    CTemp

    156.50x100C

    157.44x100C

    -28.67x100J/g

    -3.29x100kJ/mol

    28.74x100J/g

    3.30x100kJ/mol

    155.37x100C

    155.07x100C

    DSC

    T

    AquecimentoResfriamento

    e

    n

    d

    o

    Tempo (mim)

    DS

    C (m

    W/m

    g)

    Tem

    pera

    tura

    (C

    )

    10 15 20 25 30Time [min]

    -1.0

    0.0

    1.0

    mW/mgDSC

    100

    120

    140

    160

    180

    CTemp

    156.50x100C

    157.44x100C

    -28.67x100J/g

    -3.29x100kJ/mol

    28.74x100J/g

    3.30x100kJ/mol

    155.37x100C

    155.07x100C

    DSC

    T

    AquecimentoResfriamento

    e

    n

    d

    o

    Tempo (mim)

    DS

    C (m

    W/m

    g)

    Tem

    pera

    tura

    (C

    )

    10 15 20 25 30Time [min]

    -1.0

    0.0

    1.0

    mW/mgDSC

    100

    120

    140

    160

    180

    CTemp

    156.50x100C

    157.44x100C

    -28.67x100J/g

    -3.29x100kJ/mol

    28.74x100J/g

    3.30x100kJ/mol

    155.37x100C

    155.07x100C

    DSC

    T

    AquecimentoResfriamento

    e

    n

    d

    o

    Tempo (mim)

    DS

    C (m

    W/m

    g)

    Tem

    pera

    tura

    (C

    )

    Calorimetria Exploratria Diferencial

  • Anlise trmica

    Calorimetria Exploratrio Diferencial - DSC

  • Termogravimetria

    a tcnica de anlise trmica em que a variao de massa da amostra (perda

    ou ganho de massa) determinada como uma funo da temperatura e/ou

    tempo, enquanto a amostra submetida a uma programao controlada de

    temperatura.

    0 200 400 600 800

    Temp [C]

    40

    60

    80

    100

    %

    TGA

    -0.60

    -0.40

    -0.20

    0.00

    0.20

    mg/min

    DrTGA

    -12.364 x100%

    -19.280 x100%

    -30.076 x100%189.47 x100C

    514.49 x100C

    759.80 x100C

    Deri

    vad

    a P

    rim

    eir

    a (

    mg

    .min

    -1)

    Massa (

    %)

    Temperatura (C)

    0 200 400 600 800

    Temp [C]

    40

    60

    80

    100

    %

    TGA

    -0.60

    -0.40

    -0.20

    0.00

    0.20

    mg/min

    DrTGA

    -12.364 x100%

    -19.280 x100%

    -30.076 x100%189.47 x100C

    514.49 x100C

    759.80 x100C

    Deri

    vad

    a P

    rim

    eir

    a (

    mg

    .min

    -1)

    Massa (

    %)

    Temperatura (C)

    Calc.

    12,33%

    Calc.

    19,16%

    Calc.

    30,06%

    -H2O

    -CO

    -CO2

    0 200 400 600 800

    Temp [C]

    40

    60

    80

    100

    %

    TGA

    -0.60

    -0.40

    -0.20

    0.00

    0.20

    mg/min

    DrTGA

    -12.364 x100%

    -19.280 x100%

    -30.076 x100%189.47 x100C

    514.49 x100C

    759.80 x100C

    Deri

    vad

    a P

    rim

    eir

    a (

    mg

    .min

    -1)

    Massa (

    %)

    Temperatura (C)

    0 200 400 600 800

    Temp [C]

    40

    60

    80

    100

    %

    TGA

    -0.60

    -0.40

    -0.20

    0.00

    0.20

    mg/min

    DrTGA

    -12.364 x100%

    -19.280 x100%

    -30.076 x100%189.47 x100C

    514.49 x100C

    759.80 x100C

    Deri

    vad

    a P

    rim

    eir

    a (

    mg

    .min

    -1)

    Massa (

    %)

    Temperatura (C)

    Calc.

    12,33%

    Calc.

    19,16%

    Calc.

    30,06%

    -H2O

    -CO

    -CO2

  • Termogravimetria - TG

    Anlise trmica

  • 110 120 130Temp [C]

    mW/mgDSC

    1.00x100mW/mg

    Flu

    xo

    de

    ca

    lor

    (mW

    /mg

    )

    e

    nd

    o

    Amostra (A)

    Amostra (B)

  • 0 200 400 600 800Temp [C]

    %TGA

    50x100%

    Ma

    ss

    a (

    %)

    Amostra (A)

    Amostra (B)

    200 300 400Temp [C]

    -1.00

    -0.50

    0.00

    0.50

    mg/minDrTGA

    Amostra (A)

    Amostra (B)

    Amostra (A) M1

    m = 94,4 %

    DTGpico = 334 C

    Amostra (B) M1+M2

    m = 97,5 %

    DTGpico = 324 C

  • Espectroscopia na regio do infravermelho

  • 0.50.51.01.01.51.52.02.02.52.53.03.03.53.54.04.04.54.55.05.05.55.56.06.06.56.57.07.07.57.58.08.08.58.5

    NH

    CH3CH3

    NO2

    O

    O

    O

    CH3O

    CH3

    CH3

    O

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7 8

    910

    1112

    13

    1415

    161718

    19

    20

    21

    0 . 50 . 51 . 01 . 01 . 51 . 52 . 02 . 02 . 52 . 53 . 03 . 03 . 53 . 54 . 04 . 04 . 54 . 55 . 05 . 05 . 55 . 56 . 06 . 06 . 56 . 57 . 07 . 07 . 57 . 58 . 08 . 08 . 58 . 5

    264

    5

    H-

    amina

    717

    13

    20

    21 14 e

    15

    18 e

    19

    Espectro de RMN de 1H/13C.

  • Modificao I

    ngulo C20-O-C21 = 111,7

    Modificao II

    ngulo C20-O-C21 = 117,0

    C20

    C21

    C20

    C21

    Modificao I

    ngulo C20-O-C21 = 111,7

    Modificao II

    ngulo C20-O-C21 = 117,0

    Alteraes de suas propriedades fsico-qumicas

  • Microscopia

    A anlise microscpica fornece informaes acerca de caractersticas fsicas e

    qumicas de frmacos, como o tamanho de partcula, forma dos cristais e

    processos como cristalizao.

  • Padro de cloridrato

    de fluoxetina

    Amostra A

    Amostra B

  • Amostra C

    Amostra D

    Amostra E

  • Amostra Resultados (Mdia SD)

    A 21,5 0,2 mg

    B 28,1 0,2 mg

    C 22,5 0,4 mg

    D 22,6 0,4 mg

    E 22,4 0,4 mg

    Teores obtidos de fluoxetina contidos nas

    amostras.

    Doseamento realizado por espectroscopia na regio

    do ultravioleta.

    Variao permitida: 90 a 110 % (FB, 2010)

  • Difrao de raios X

    DRX de cristal utiliza apenas um cristal para caracterizao. Dificuldades naobteno de cristais de compostos orgnicos. Compostos microcristalinos.

    DRX de p utiliza uma massa de p da substncia de interesse.

  • Efeito de diferentes materiais polimrficos do ritonavir sobre a solubilidade.

  • O polimorfismo comum em materiais farmacuticos.

    No entanto, imprescindvel que se estime a formao

    desses polimorfos de modo a poder control-la, uma

    vez que as modificaes polimrficas podem alterar a

    identidade da substncia.