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Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências - David Kupfer - GIC-IE/UFRJ e BNDES – VIII EEB – Salvador/BA – 20.09.2012 Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências David Kupfer GIC-IE/UFRJ e BNDES VIII Encontro de Economia Baiana Salvador 20 de setembro de 2012

David Kupter - Encontro de Economia Baiana 2012

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Industrialização

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Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências - David Kupfer - GIC-IE/UFRJ e BNDES – VIII EEB – Salvador/BA – 20.09.2012

Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências

David Kupfer

GIC-IE/UFRJ e BNDES

VIII Encontro de Economia BaianaSalvador

20 de setembro de 2012

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Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências - David Kupfer - GIC-IE/UFRJ e BNDES – VIII EEB – Salvador/BA – 20.09.2012

Onde estamos (ou estávamos)• Círculo virtuoso do crescimento: do setor externo para o

consumo interno e daí para o investimento – como manter (ou retomar)?

• Círculo virtuoso no mercado de trabalho: dos programas de transferência de renda e do aumento do salário mínimo para a formalização do emprego – como estender?

• Círculo vicioso da fragilização da indústria: da especialização regressiva para a perda de densidade nas cadeias produtivas, lenta evolução da produtividade e aumento do hiato tecnológico – como reverter?

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25,9

53,8

26,3

38,4 38,8

24,8

13,2 12,51,40,4 0,8 0,8

5,56,8

0

1

2

3

4

5

6

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10

20

30

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Total external debt/GDP (LHS)

International Reserves/debt service (RHS)

Dívida Externa e Reservas Internacionais

Fonte: Banco Central do Brasil

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Termos de Troca

PITCE

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Souce: SCN/IBGE

Taxa de Investimento (% PIB)

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Desindustrialização ???

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Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências - David Kupfer - GIC-IE/UFRJ e BNDES – VIII EEB – Salvador/BA – 20.09.2012

• Assim como industrialização não é o mero aumento do peso da indústria na composição estrutural da produção, desindustrialização não pode ser a mera redução desse peso.

• O que é necessário considerar:– Lado da demanda: elasticidade-renda dos serviços torna-se maior do

que dos produtos industriais com o aumento de renda da população.– Lado da oferta: crescimento da produtividade maior na indústria que

nos serviços altera os preços relativos dos produtos industriais.– Lado da Competição: Substituição da produção industrial nacional por

produtos importados x Deslocamento de exportações no mercado internacional

• Doença de custos – custo salarial unitário• Doença holandesa - câmbio• Offshore/Outsourcing

– Ilusão estatística (mudanças nas classifcações industriais, terceirização de atividades classificadas como industriais para serviços, etc.)

• Fundamental é o papel da indústria na dinâmica da economia

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Mudança Estrutural

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

0,50

19591967

19691971

19731975

19771979

19811983

19851989

19911993

19951997

19992001

20032005

2007

Recursos Naturais Tradicional Maior Conteúdo Tecnológico

Fonte: GIC-IE/UFRJ, a partir de IBGE, vários anos

Composição do Valor Adicionado por Tipo de Setor (%)

Recuo dos setores tradicionais

Manutenção (com desadensamento) dos setores de maior conteúdo tecnológico

Avanço dos setores baseados em recursos naturais

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..com “commoditização” da pauta de exportação

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Industrialização e Desenvolvimento: Desafios e Tendências - David Kupfer - GIC-IE/UFRJ e BNDES – VIII EEB – Salvador/BA – 20.09.2012

Fonte: SECEX, GIC-IE/UFRJ

Comércio Exterior Brasileiro: 1989 a 2010

-50.000,00

-

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

1989 1993 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

Exports Imports Trade Flow Trade Balance

US$ mil

Exportações Importações Corrente de Comércio Balança Comercial

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Fonte: SECEX, GIC-IE/UFRJ

Padrões Estruturais do Comércio Exterior Brasileiro: 1989 a 2010

-60,0

-40,0

-20,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

1989

1993

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

1989

1993

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

1989

1993

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

1989

1993

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

CA CI IN IT

Exportação Importação Corrente Saldo

Commodities Agro

Commodities Industriais

Mais Intensivas em Inovação

Indústrias Tradicionais

US$ mil

Fonte: SECEX, GIC-IE/UFRJ

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Fonte: SECEX, GIC-IE/UFRJ

Padrões Estruturais do Comércio Exterior Brasileiro: 1989 a 2010

-60,0

-40,0

-20,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

140,0

1989

1993

1996

1998

2000

2002

2004

2006

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1989

1993

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1998

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2002

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1989

1993

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2000

2002

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2006

2008

2010

1989

1993

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

CA CI IN IT

Exportação Importação Corrente Saldo

Commodities Agro

Commodities Industriais

Mais Intensivas em Inovação

Indústrias Tradicionais

US$ mil

Fonte: SECEX, GIC-IE/UFRJ

-50.000,00

-

50.000,00

100.000,00

150.000,00

200.000,00

250.000,00

300.000,00

350.000,00

1989 1993 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010

Exports Imports Trade Flow Trade Balance

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Produção e Balança Comercial Recentes2007 a 2012T2

Fonte`: Produção Industrial – PIApP: BIC - Boletim de Indústria e de Comércio Exterior do GIC-IE/UFRJ Comércio Exterior: SECEX/MDIC

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Características Estruturais da Produção e do Comércio Exterior Brasileiros – 2006 a 2011

Composição Coeficiente de Exportação Coeficiente de Importação

Média 4º TRI/2006-2010 4º TRI/2011

0%

10%

20%

30%

40%

CA

CI*

IN

IT 0%

10%20%30%40%50%

CA

CI*

IN

IT 0%

10%

20%

30%

40%CA

CI*

IN

IT

Fonte`: BIC - Boletim de Indústria e de Comércio Exterior do GIC-IE/UFRJ

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Qualificação do Conteúdo de Trabalho das Exportações Brasileiras por Destino: 2002 x 2008

Fonte`: GIC-IE/UFRJ com base em IBGE (SCN e PNAD)

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2002 2008 2002 2008 2002 2008 2002 2008 2002 2008

Baixa Qualificação Média Qualificação Alta Qualificação

Mercosul China EUA UE Total

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– Mais intangíveis e os novos requisitos para o adensamento e enraizamento da atividade produtiva => O imperativo da INOVAÇÃO

As Grandes Transformações

3. Projeto

2. Logistica Suprimentos

1. Fabricação / Montagem

P&D

3. Marketing

2. Logistica Distribuição

Serviços

VALO

R

ADIC

ION

ADO

Pré-ProduçãoIntangíveis

Pré-ProduçãoTangíveis

Pós-ProduçãoIntangíveis

Fonte: Karina Fernandez-Stark (2012); SKILLS FOR UPGRADING: WORKFORCE DEVELOPMENT AND GLOBAL VALUE CHAINS IN DEVELOPING COUNTRIES. Center on Globalization, Governance & Competitiveness (CGGC). Duke University

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•População: 2,1 bilhões• Oceânico• Eletrônica• 25.0 % das exportações mundiais em 2007

•População: 380 milhões•Continental•Commodities• 3.4% das exportações mundiais em 2007

Quase a mesma distância!Fone: Hamaguchi, op. cit.

– Fragmentação Produtiva (Especialização Vertical) e a integração regional => O imperativo da COMPETITIVIDADE

As Grandes Transformações

Leste Asiático

América do Sul

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– Universalização do padrão do consumo e a pressão sobre preços e eficiência => O imperativo da PRODUTIVIDADE

As Grandes Transformações

Catching-up tecnológico tradicional e novos objetivos redistributivos: como combinar?

=> Políticas Focadas + Macropolíticas => Indução (top down) + Descentralização (bottom up) = Coordenação

=> Nova institucionalidade