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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: TÓPICOS DE TEORIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA CRÉDITOS: 4 Cr 60 horas/aula HORÁRIO: Quartas-feiras: Noturno PROFESSOR: Ricardo Mayer, Dr. e-mail: [email protected] REUNIÕES C/ PROF.: Terças-feiras: 16:00h – 18:00h I. EMENTA O pensamento sociológico contemporâneo: os cientistas sociais contemporâneos e as interpretações macro e micro-social acerca da realidade social contemporânea; as tentativas de síntese teórica entre as abordagens macro e micro-social. II. OBJETIVOS A disciplina irá propor uma introdução à sociologia contemporânea a partir de um dos debates teóricos que a pautaram no final do século XX, a saber, a discussão sobre os pressupostos ontológicos da teoria social. Essa discussão será desenvolvida à luz dos autores, cujas sociologias buscam superar a dicotomia entre o microssocial e o macrossocial empenhando- se na construção teórica de sínteses multidimensionais para integrar em seus marcos teóricos, tanto os condicionantes estruturais da ação, quanto a dimensão do sujeito. Nesse sentido, serão tratadas as correntes sociológicas mais recentes que têm se notabilizado na produção teórica na sociologia contemporânea. III. JUSTIFICATIVA Desde a sua origem a sociologia foi caracterizada por uma pluralidade de orientações teóricas no seu diagnóstico da modernidade. Se a princípio, isso se constituiu em uma virtude do pensamento sociológico com a disputa de um pequeno número de enfoques teóricos, na atualidade esse caráter pluriparadigmático redundou na fragmentação da própria disciplina engendrando uma hiperdiferenciação teórica que se traduz em uma situação na qual não há mais concorrência entre os modelos explicativos, mas antes, simples coexistência sem interlocução entre as diferentes perspectivas que habitam o terreno da sociologia. Assim, vitimada pelos próprios processos de diferenciação constituintes das sociedades modernas, a sociologia contemporânea, mercê de uma hiperdiferenciação que não é apenas teórica, mas também subdisciplinar, observa esses processos como se estivesse com antolhos, ou seja, parece incapaz de oferecer soluções satisfatórias tanto à dilemas teóricos que assumiram uma feição crônica, tal como o duplo ação versus estrutura, quanto se acomoda aos avatares de um processo de profissionalização que a compartimenta em pequenas especialidades cada vez mais circunscritas. Nesse sentido, é a avaliação crítica dos principais empreendimentos teóricos da teoria sociológica contemporânea que se constituirá no principal propósito da disciplina. Com efeito,

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

PLANO DE ENSINO DISCIPLINA: TÓPICOS DE TEORIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA CRÉDITOS: 4 Cr 60 horas/aula HORÁRIO: Quartas-feiras: Noturno PROFESSOR: Ricardo Mayer, Dr. e-mail: [email protected] REUNIÕES C/ PROF.: Terças-feiras: 16:00h – 18:00h

I. EMENTA

O pensamento sociológico contemporâneo: os cientistas sociais contemporâneos e as interpretações macro e micro-social acerca da realidade social contemporânea; as tentativas de síntese teórica entre as abordagens macro e micro-social.

II. OBJETIVOS

A disciplina irá propor uma introdução à sociologia contemporânea a partir de um dos debates teóricos que a pautaram no final do século XX, a saber, a discussão sobre os pressupostos ontológicos da teoria social. Essa discussão será desenvolvida à luz dos autores, cujas sociologias buscam superar a dicotomia entre o microssocial e o macrossocial empenhando-se na construção teórica de sínteses multidimensionais para integrar em seus marcos teóricos, tanto os condicionantes estruturais da ação, quanto a dimensão do sujeito. Nesse sentido, serão tratadas as correntes sociológicas mais recentes que têm se notabilizado na produção teórica na sociologia contemporânea.

III. JUSTIFICATIVA

Desde a sua origem a sociologia foi caracterizada por uma pluralidade de orientações teóricas no seu diagnóstico da modernidade. Se a princípio, isso se constituiu em uma virtude do pensamento sociológico com a disputa de um pequeno número de enfoques teóricos, na atualidade esse caráter pluriparadigmático redundou na fragmentação da própria disciplina engendrando uma hiperdiferenciação teórica que se traduz em uma situação na qual não há mais concorrência entre os modelos explicativos, mas antes, simples coexistência sem interlocução entre as diferentes perspectivas que habitam o terreno da sociologia. Assim, vitimada pelos próprios processos de diferenciação constituintes das sociedades modernas, a sociologia contemporânea, mercê de uma hiperdiferenciação que não é apenas teórica, mas também subdisciplinar, observa esses processos como se estivesse com antolhos, ou seja, parece incapaz de oferecer soluções satisfatórias tanto à dilemas teóricos que assumiram uma feição crônica, tal como o duplo ação versus estrutura, quanto se acomoda aos avatares de um processo de profissionalização que a compartimenta em pequenas especialidades cada vez mais circunscritas.

Nesse sentido, é a avaliação crítica dos principais empreendimentos teóricos da teoria sociológica contemporânea que se constituirá no principal propósito da disciplina. Com efeito,

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serão tratadas algumas correntes sociológicas que atualmente protagonizam o embate e a discussão teórica mais recente na sociologia contemporânea em torno de dicotomias, tais como: realismo x construtivismo, determinação x liberdade, holismo x individualismo, objetivismo x subjetivismo. Por fim, a disciplina buscará também fornecer aos alunos aportes teóricos para a construção de seus objetos de pesquisa tendo em vista a elaboração de seus TCC’s.

IV. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

1. Pressupostos da teoria sociológica;

2. As sociologias da ação e da experiência;

3. As sociologias do indivíduo;

4. As sociologias pragmáticas;

5. A sociologia da morfogênese.

V. METODOLOGIA

Será obedecida a seguinte dinâmica de trabalho: aulas expositivas e dialogadas na introdução de cada unidade do conteúdo programático, seguidas de seminários a partir da produção teórica de cada autor.

VI. AVALIAÇÃO

O desempenho dos alunos será avaliado através da sua participação em aula – verificada pela sua contribuição ao debate e discussão desenvolvida em sala de aula -, pelo mérito na apresentação dos seminários e pela elaboração de um trabalho monográfico (o trabalho monográfico também poderá ser substituído por uma avaliação, a critério do professor).

Critérios de avaliação: nos seminários serão avaliadas a consistência da argumentação, a organização das idéias, a capacidade de síntese, a precisão nas descrições e na utilização de exemplos e de conceitos, a capacidade de apreender e relacionar conceitos, bem como a entrega para o professor e disponibilização para a turma de uma resenha com os principais conceitos e questões presentes em cada texto. A entrega da resenha é condição sine qua non para o aluno fazer jus à avaliação do seminário.

Serão considerados na avaliação dos trabalhos escritos: sua organização interna considerando especialmente a problematização e definição dos enfoques para abordar o tema escolhido. A clareza, a objetividade e a consistência na exposição dos argumentos desenvolvidos também serão ponderados, bem como a correta referência e identificação das fontes bibliográficas.

Por fim, a avaliação subdividir-se-á em dois momentos no decorrer do semestre, cujo peso será distribuído da seguinte forma:

a) Apresentação de seminários (um seminário equivalerá à 10% do peso da nota);

b) Um trabalho monográfico equivalendo a 90% da nota final a partir dos temas presentes nos conteúdos programáticos da disciplina (ou uma avaliação, a critério do professor).

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VII. CRONOGRAMA

1ª Aula:

Apresentação dos conteúdos programáticos da disciplina e das coordenadas teórico-metodológicas que norteiam o plano de ensino, bem como a exposição dos critérios de avaliação e cronograma de desenvolvimento das suas unidades.

2ª Aula:

1ª. Unidade:

Pressupostos ontológicos da teoria sociológica contemporânea:

1.1. Dicotomias na teoria sociológica: 1.1.1. Realismo versus construtivismo; 1.1.2. Holismo versus individualismo; 1.1.3. Estrutura versus agência.

Leitura sugerida:

ALEXANDER, Jeffrey C. O novo movimento teórico. Revista Brasileira de Ciências Sociais. ANPOCS, nº4, pp.05-28, 1987.

PIRES, Rui Pena. Árvores conceptuais: uma reconstrução multidimensional dos conceitos de acção e de estrutura. Sociologia, Problemas e Práticas. Lisboa, nº53, pp.11-50, 2007.

BERTHELOT, Jean-Michel. Os novos desafios epistemológicos da sociologia. Sociologia, Problemas e Práticas. Lisboa, nº33, pp.111-131, 2000.

_________. Sociologie et ontologie. In: LIVET, Pierre et OGIEN, Ruwen (Dir.). L’enquête ontologique. Du mode d’existence des objets sociaux. Paris: Éditions de l’EHESS, 2000, pp.65-84.

_________. Sociologia, História e Epistemologia. Ijuí: Editora da Unijui, 2005.

KAUFMANN, Laurence et CLÉMENT, Fabrice. Les formes élémentaires de la vie sociale. In: FORNEL, Michel de et LEMIEUX, Cyril (Dir.). Naturalisme versus constructivisme. Paris: Éditions de l’EHESS, 2007, pp.241-269.

LIVET, Pierre. Ontologie, institution et explication sociologique. In: LIVET, Pierre et OGIEN, Ruwen (Dir.). L’enquête ontologique. Du mode d’existence des objets sociaux. Paris: Éditions de l’EHESS, 2000, pp.15-42.

LIVET, Pierre et NEF, Frédéric. Les êtres sociaux. Paris: Hermann Éditeurs, 2009.

_________. Épistémologie et ontologie en sciences sociales. In: KEUCHEYAN, Razmig et BRONNER, Gérald (Eds.). La théorie sociale contemporaine. Paris: PUF, 2012, pp.147-163.

MARTUCCELLI, Danilo. Sociologies de la modernité. Paris: Gallimard, 1999.

PETIT, Philip. Défense et définition du holisme social. In: LIVET, Pierre et OGIEN, Ruwen (Dir.). L’enquête ontologique. Du mode d’existence des objets sociaux. Paris: Éditions de l’EHESS, 2000, pp.43-63.

3ª Aula:

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2ª Unidade:

A sociologia da ação: Alain Touraine I:

2.1. A sociologia acionalista: 2.1.1. A produção da sociedade; 2.1.2. O sistema de ação histórica; 2.1.3. O método da intervencão sociológica; 2.1.4. A ação coletiva; 2.1.5. Os movimentos sociais.

Leitura obrigatória:

TOURAINE Alain. O Retorno do Actor. Ensaio de sociologia. Lisboa: Instituto Piaget, 1996. 2ª Parte: Oito maneiras de se desembaraçar da sociologia da ação.

Leitura complementar:

COUSIN, Olivier & RUI, Sandrine. L’intervention sociologique. Histoire(s) et actualités d’une méthode. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2010.

TOURAINE Alain. Sociologie de l’action. Paris: Seuil, 1965.

_________. Prodution de la société. Paris: Seuil, 1973.

_________. La voix et le regard. Paris: Seuil, 1978.

_________. Palabra e sangue. Política e sociedade na América latina. São Paulo: Editora da Unicamp, 1989.

_________. Le retour de l’acteur. Essai de sociologie. Paris: Fayard, 1984. Edição portuguesa: O retorno do actor. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

4ª Aula: A sociologia da ação: Alain Touraine II: 2.2. Crítica da modernidade: 2.2.1. Um novo paradigma para compreender o social; 2.2.2. Os processos de subjetivação: a construção de si; 2.2.3. Os direitos culturais, reconhecimento e alteridade; 2.2.4. Igualdade e diferença.

Leitura obrigatória:

TOURAINE, Alain. Pensar outramente: o discurso interpretativo dominante. Petrópolis: Vozes, 2009. Parte II, pp. 112-248.

Leitura complementar:

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TOURAINE Alain. Crítica da Modernidade. Petrópolis: Vozes, 1994. 2ª Parte: A modernidade em crise, pp.:97-209; 3ª Parte: Nascimento do sujeito, pp.:213-370; Conclusões: Imagens da sociedade, pp.:371-394.

_________. Poderemos viver juntos? Iguais e diferentes. Petrópolis: Vozes, 1999.

_________. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje. Petrópolis: Vozes, 2005.

_________. O mundo das mulheres. Petrópolis: Vozes, 2007.

_________. La fin des sociétés. Paris: Seuil, 2013.

TOURAINE Alain & KHOSROKHAVAR Farhad. A busca de si: diálogo sobre o sujeito. Rio de Janeiro: DIFEL, 2004.

5ª Aula:

A Sociologia da Experiência: François Dubet:

2.3. A sociologia da experiência:

2.3.1. As lógicas da integração social, da estrategia e da subjetivação; 2.3.2. A economia moral da injustiça; 2.3.3. Experiência social e reconhecimento denegado.

Leitura obrigatória:

DUBET, François. Sociologia da Experiência. Lisboa: Instituto Piaget, 1996, Cap. 3: A experiência social e ação, pp.93-137; Cap. 4: Da experiência social ao sistema, pp.139-181.

Leitura complementar:

DUBET, François y MARTUCCELLI, Danilo. ¿Em qué sociedad vivimos? Buenos Aires: Ediitorial Losada, 1999. Introdución, pp.:11-21; Cap.: 1: La declinación de la idea de sociedad, pp.:25-56; Cap.: 2: De la acción a la sociedad, pp.:57-89; Cap.: 3: Las clases multiplicadas, pp.:93-125; Cap.: 5: Integración y exclusión, pp.:163-198.

DUBET, François; COUSIN, Olivier; MACÉ, Éric & RUI, Sandrine. Pourquoi moi? L’expérience des discriminations. Paris: Seuil, 2013.

DUBET, François. La galeré: jeunes en survie. Paris: Fayard, 1987.

_________. As desigualdades multiplicadas. Ijuí, RS: Ed Unijuí, 2003.

_________. O que é uma escola justa? A escola das oportunidades. São Paulo: Cortez, 2006.

_________. Injustices: l’expérience des inegalités au travail. Paris: Seuil, 2006.

_________. L'experience sociologique. Paris: La Découverté, 2007.

WAUTIER, Anne Marie. Para uma Sociologia da Experiência. Uma leitura contemporânea: François Dubet. Sociologias, Ano 09, nº09, pp.174214, Disponível: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=86819565006

6ª Aula:

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3ª Unidade: As sociologias do indivíduo: a perspectiva de Danilo Martuccelli: 3.1. A modernidade e suas modernizações: diferenciação social e processos de singularização: 3.1.1. A produção social do indivíduo; 3.1.2. Perspectivas teóricas em torno de uma sociologia dos processos de individuação; 3.1.3. As gramática do indivíduo; 3.1.4. O indidividuo constituído por “provas”.

Leitura obrigatória:

MARTUCCELLI, Danilo. Gramaticas del individuo. Buenos Aires: Losada, 2007.

Leitura complementar:

BAJOIT, Guy. Pour une sociologie relationnelle. Paris: PUF, 1992.

_________. Socio-analyse des raisons d’agir. Études sur la liberté du sujet et de l’acteur. Québec: Les Presses de l’Université Laval, 2009.

BARRÈRE, Anne et MARTUCCELLI, Danilo. Le roman comme laboratoire. De la connaissance littéraire à l’imagination sociologique. Villeneuve d’Ascq: Presses Universitaires du Septentrion, 2009.

KAUFMANN, Jean-Claude. Ego: para uma sociologia do indivíduo. Lisboa: Instituto Piaget, 2003.

__________. A invenção de si. Lisboa: Instituto Piaget, 2005.

MARTUCCELLI, Danilo et SINGLY, François de. Les sociologies de l’individu. Paris: Armand Colin, 2009.

MARTUCCELLI, Danilo. Dominations ordinaires. Explorations de la conditions moderne. Paris: Balland, 2001.

_________. Cambio de rumbo: la sociedad a escala del individuo. Santiago: LOM Ediciones, 2007.

_________. La société singulariste. Paris: Armand Colin, 2014.

_________. Les sociétés et le l’impossible. Les limites imaginaires de la realité. Paris: Armand Colin, 2014.

_________. Les deux voies de la notion d’épreuve en sociologie. Sociologie, Vol.6, nº1, pp.43-60, 2015.

7ª Aula:

As sociologias do indivíduo: a perspectiva de Bernard Lahire I:

3.3. Uma sociologia post-bourdieusiana: 3.3.1. O balanço crítico e o legado da sociologia bourdieusiana; 3.3.2. Habitus versus disposições plurais; 3.3.3. Para uma sociologia à escala individual.

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Leitura obrigatória:

LAHIRE, Bernard. Homem plural: os determinantes da ação. Petrópolis Vozes: 2002.

Leitura complementar:

CORCUFF, Philippe. Acteur pluriel contre habitus? À propos d’un nouveau champ de recherches et de la possibilité du débat en sciences sociales. Politix, nº48, pp.:157-173, 1999. url: http://www.persee.fr/articleAsPDF/polix_0295-2319_1999_num_12_48_1812/article_polix_0295-2319_1999_num_12_48_1812.pdf

LAHIRE, Bernard (Dir). Le travail sociologique de Pierre Bourdieu: dettes et critiques. Paris: La Découverte, 2001.

__________. Patrimônios individuais de disposições: para uma sociologia à escala individual. Sociologia, Problemas e Práticas, nº49, 2005, pp.11-42. url: http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/spp/n49/n49a02.pdf

__________. A cultura dos indivíduos. Porto Alegre: Artmed, 2006.

__________. Sucesso escolar nos meios populares: as razões do improvável. São Paulo: Ática, 2008.

__________. Esboço do programa científico de uma sociologia psicológica. Educação e Pesquisa, Vol. 34, nº2, pp. 373-389, 2008. url: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022008000200011&lng=pt&nrm=i&tlng=pt

8ª Aula:

As sociologias do indivíduo: a perspectiva de Bernard Lahire II: 3.4. A fabricação social dos indivíduos: 3.4.1. Os processos de socialização e ressocialização; 3.4.2. O que é uma disposição para ação? 3.4.3. Atores plurais em sociedades diferenciadas.

Leitura obrigatória:

LAHIRE, Bernard. Retratos sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Leitura complementar:

__________. Franz Kafka. Élements pour une théorie de la création litéraire. Paris: La Découverte, 2010.

__________. (Dir.). Ce qu’ils vivent, ce qu’ils écrivent. Mises en scène littéraires du social et experipériences socialisatrices des écrivains. Paris: Éditions des archives contemporaines, 2011.

__________. Monde Pluriel. Penser l’unité des sciences sociales. Paris: Seuil, 2012.

__________. Dans les plis singuliers du social. Individs, institutions, socialisations. Paris: La Découverte, 2013.

__________. La condition littéraire. La double vie des écrivains. Paris: La Découverte, 2014.

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__________. Ceci n'est pas qu'un tableau: essai sur l'art, la domination, la magie et le sacré. Paris: La Découverte, 2015.

9ª Aula:

Avaliação.

10ª Aula:

4ª Unidade: A sociologia pragmática: a vertente de Bruno Latour:

4.1. Pressupostos epistemológicos e contexto de emergência: 4.1.1. A sociologia da tradução; 4.1.2. Conceitos fundamentais; 4.1.3. A teoria do ator-rede.

Leitura obrigatória:

LATOUR, Bruno. Reagregando o social. Uma introdução à teoria do Ator-Rede. Salvador/Bauru: Edufba/Edusc, 2012. Parte 1: pp.17-226.

Leitura complementar:

AKRICH, Madeleine, CALLON, Michel et LATOUR. Bruno (Éds.). Sociologie de la traduction: textes fondateurs. Paris: Mines ParisTech, Les Presses Sciences Sociales, 2006.

DUBOIS, Michel. La construction métaphorique du collectif: dimensions implicites du prêt-à-penser constructiviste et théorie de l'acteur-réseau. L'Année Sociologique, Vol. 57, nº1, pp. 127-150, 2007. url: http://www.cairn.info/revue-l-annee-sociologique-2007-1-page-127.htm

HARMAN, Graham. Prince of networks. Bruno Latour and metaphysics. Melbourne: Re.press, 2009.

LATOUR, Bruno & WOOLGAR, Steve. A vida em laboratório. A produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1997.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994.

_________. A esperança de Pandora: ensaio sobre a realidade dos estudos científcos. Bauru, SO: Edusc, 2001.

_________. Investigación sobre los modos de existencia. Una antropología de los modernos. Barcelona: Paidós, 2015.

VANDENBERGUE, Frédéric. Construção e crítica na nova sociologia francesa. Sociedade & Estado. Vol. 21, nº2, pp.:315-366, 2006. url: http://www.scielo.br/pdf/se/v21n2/a03v21n2.pdf

_________. Teoria social realista: um diálogo franco-britânico. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010, Cap. 2: A era dos epígonos: a teoria social pós-bourdieusiana na França, pp.:85-109.

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11ª Aula: A sociologia pragmática: a vertente de Luc Boltanski I: 4.3. Pressupostos epistemológicos e contexto de emergência: 4.3.1. A crítica à sociologia crítica; 4.3.2. A crítica às macro-sociologias; 4.3.3. Principais trabalhos e objetos teóricos.

Leitura obrigatória:

BOLTANSKI, Luc. El amor y la justícia como competencias: tres ensayos de sociologia de la acción. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 2001. Primera parte: Aquello de que la gente es capaz, pp.:17-127; Tercera parte: La denuncia pública, pp.:235-340.

Leitura complementar:

BOLTANSKI, Luc et THÉVENOT, Laurent. De la justification. Les économies de la grandeur. Paris: Gallimard, 1991.

THÉVENOT, Laurent. L'action au pluriel: sociologie des régimes d'engagement. Paris: La Découverte, 2006.

BOLTANSKI, Luc. La condition fœtale: une sociologie de l’engendrement et de l’avortement. Paris: Gallimard, 2004.

_________. La soufrance à distance. Paris: Gallimard, 2007.

_________. De la critique. Précis de sociologie de l’émancipation. Paris: Gallimard, 2009.

_________. Autour de De la justification: un parcours dans le domaine de la sociologie morale. In: BREVIGLIERI, Marc, LAFAYE, Claudette et TROM, Danny (Dir.). Compétences critiques et sens de La justice. Paris: Econômica, 2009, pp.:15-35.

_________. Enigmes et complots: une enquête à propos d'enquêtes. Paris:Gallimard, 2012.

BOLTANSKI, Luc et THÉVENOT, Laurent. De la justification. Les économies de la grandeur. Paris: Gallimard, 1991.

BREVIGLIERI, Marc, LAFAYE, Claudette, TROM, Danny (Eds.). Compétences critiques et sens de la justice. Paris: Economica, 2009.

BREVIGLIERI, Marc et STAVO-DEBAUGE, Joan. Le geste pragmatique de la sociologie française. Autour des travaux de Luc Boltanski et de Laurent Thévenot. Antropolitica, nº7, pp. 7-22, 1999.

12ª Aula: A sociologia pragmática: a vertente de Luc Boltanski II:

4.4. A sociologia dos regimes pragmáticos de ação: 4.4.1. Conceitos-chave: dessingularização; cité, regime, prova, etc… 4.4.2. Alguns exemplos e possibilidades de pesquisas empíricas a partir da sociologia pragmática; 4.4.3. Principais críticas endereçadas à sociologia pragmática.

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Leitura obrigatória:

BOLTANSKI, Luc & CHIAPELLO, Ève. O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes, 2009; Em espanhol, pode-se ter acesso a introdução na seguinte url: http://www.nodo50.org/dado/textosteoria/boltanski.pdf

Leitura complementar:

BÉNATOUÏL, Thomas. Critique et pragmatique en sociologie. Quelques principes de lecture. Annales. Histoire, Sciences Sociales. Vol. 54, nº2, pp.: 281-317, 1999. url: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/ahess_0395-2649_1999_num_54_2_279749

BARTHE, Yannick et al. Sociologie pragmatique: mode d’emploi. Politix, nº103, pp.175-204, 2013. url: http://www.cairn.info/revue-politix-2013-3-page-175.htm

BLIC, Damien de et LEMIEUX, Cyril. Le scandale comme épreuve. Élements de sociologie pragmatique. Politix, Vol. 18, nº71, pp.:09-38, 2005. url: http://www.cairn.info/revue-politix-2005-3-page-9.html

DODIER, Nicolas. Les appuis conventionnels de l’action. Eléments de pragmatique sociologique. Réseaux, Vol.11, nº62, pp.:63-85. url: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/reso_0751-7971_1993_num_11_62_2574

LAHIRE, Bernard. Retratos sociológicos: disposições e variações individuais. Porto Alegre: Artmed, 2004, Cap. 1: Estar disposto, pp.:19-31.

MISSE, Michel (Org.). Acusados e acusadores: estudos sobre ofensas, acusações e incriminações. Rio de Janeiro: Revan, 2008.

NACHI, Mohamed. Introduction à la sociologie pragmatique. Vers un nouveau "style" sociologique? Paris: Armand Colin, 2006.

PAYET, Jean-Paul; BATTEGAY, Alain (Dir.). La reconnaissance à l'épreuve: explorations socio-anthropologiques. Paris: Presses Universitaires du Septentrion, 2008.

PAYET, Jean-Paul & LAFORGUE, Denis. Qu’est-ce qu’un acteur faible? Contributions à une sociologie morale et pragmatique de la reconnaissance. In: PAYET, Jean-Paul; GIULIANI, Frédérique & LAFORGUE, Denis (Eds.) De l’indignité à la reconnaissance. Enquête sur la voix des acteurs faibles. Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 2008, pp.09-25.  

QUÉRÉ, Louis. Intérêts et limites de la théorie des régimes pragmatiques pour la sociologie de l’action. In: BREVIGLIERI, Marc, LAFAYE, Claudette et TROM, Danny (Dir.). Compétences critiques et sens de La justice. Paris: Econômica, 2009, pp.:309-332.

WERNECK, Alexandre. Uma definição sociológica do “dar uma desculpa”: do senso comum a uma abordagem pragmática. In: MISSE, Michel (Org.). Acusados e acusadores: estudos sobre ofensas, acusaçoes e incriminaçoes. RJ: Revan, 2008, pp.:33-71.

13ª Aula:

5ª Unidade: A sociologia da morfogênese: Margaret S. Archer I:

5.2. Pressupostos teóricos e contexto de emergência: 5.2.1. Cultura e teoria social; 5.2.2. Integração social e integração sistêmica; 5.2.3. Processos de diferenciação social.

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Leitura obrigatória:

ARCHER, Margaret S. Teoría social realista: el enfoque morfogenético. Santiago do Chile: Ediciones

Universidad Alberto Hurtado, 2009. Cap. 1 e 1ª Parte.

Leitura complementar:

ARCHER, Margaret S. Realist social theory: the morphogenetic approach. Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

_________. Culture and agency. The place of culture in social theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

_________. Cultura y teoría social. Buenos Aires: Ediciones Nueva Visión, 1997.

_________. Being human: the problem of agency. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

_________. Making our Way through the World. Human Reflexivity and Social Mobility. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

ARCHER, Margaret S. & TRITTER, Jonathan Q. (Eds.). Rational Choice Theory. Resisting colonization. New York: Routledge, 2000.

14ª Aula:

A sociologia da morfogênese: Margaret S. Archer II:

5.2. A teoria social realista: 5.2.1. Individualismo versus coletivismo: a crítica; 5.2.2. Estrutura e agência: perspectiva ontológica; 5.2.3. A morfogênese da agência. Leitura obrigatória: ARCHER, Margaret S. Teoría social realista: el enfoque morfogenético. Santiago do Chile: Ediciones

Universidad Alberto Hurtado, 2009. 2ª Parte. Leitura complementar:

ARCHER, Margaret S. (Ed.). Conversations about reflexivity. New York: Routledge, 2010.

_________. Habitus, Reflexividade e Realismo. Dados: Revista de Ciências Sociais, Vol. 54, nº1, pp. 57-206, 2011.

_________. The reflexive imperative in late modernity. Cambridge: Cambridge University Press, 2012.

_________. Social morphogenesis. New York: Springer, 2013.

DONATI, Pierpaolo & ARCHER, Margaret S. Relational subject. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.

VANDENBERGUE, Frédéric. Teoria social realista: um diálogo franco-britânico. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010, Cap. 7: Você sabe com quem está falando quando fala consigo mesmo? Margaret Archer e a teoria das conversações internas, pp.:257-271.

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15ª Aula:

Avaliação e encerramemento da disciplina.