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Publicado em 10.06.2013
EDIÇÃO No 64
Maio/2013
SUMÁRIO Destaques 2
Biodiesel
Produção 7
Capacidade 7
Localização 8
Atos Normativos 9
Preços e Margens 9
Entregas dos Leilões 10
Preço das Matérias‐Primas 11
Participação das Matérias‐Primas
14
Produção Regional 16
Não Conformidades no Diesel B
16
Consumo Internacional 16
Etanol
Produção e Consumo 17
Atos Normativos 18
Exportação e Importações 19
Frota Flex‐Fluel 19
Preços da Cana‐de‐Açúcar 19
Preços 20
Margens 20
Paridade de Preços 21
Preços do Açúcar 22
Não Conformidades 23
Consumo Internacional 23
Biocombustíveis
Variação de Matérias‐Primas e do IPCA
23
APRESENTAÇÃO
Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos:
O anúncio do Governo de novas medidas de incentivo à produção e investimento em etanol;
O artigo “Desafios da produção de alimentos e bioenergia no Brasil”;
A definição, pela Europa, de taxas provisórias sobre o biodiesel da Argentina e da Indonésia;
CEPEA: “Os preços da soja em grão caíram na maior parte de abril no mercado interno”.
O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando‐as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral.
O Boletim é distribuído gratuitamente por e‐mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html.
Muito obrigado,
A Equipe do DCR
Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis
BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS
BOLET IM MENSAL DOS COMBUST ÍVE I S RENOVÁVE I S NO 64 MAIO/2013
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DESTAQUES
Governo anuncia novas medidas de incentivo à produção e investimento em etanol
O governo federal tem buscado formas de reduzir a volatilidade de preço do etanol e contribuir para a estabilidade da oferta do produto, principalmente por meio das medidas mencionadas no último Boletim de Combustíveis Renováveis:
1) a alteração do percentual de mistura de 20% para 25%, que teve início em 1º de maio (Resolução CIMA nº 1 de 28 de fevereiro de 2013);
2) a criação de um crédito presumido de Pis/Cofins ao produtor de etanol, o que na prática vai zerar a alíquota de R$ 0,12 por litro desses tributos;
3) edição da Medida Provisória nº 554, de 23 de dezembro de 2011, convertida na Lei nº 12.666, de 14 de junho de 2012, que autorizou a União a conceder subvenção econômica em operações de crédito para estocagem de etanol combustível e delegou ao Conselho Monetário Nacional (CMN), mediante sugestão do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (CIMA), a definição das condições e critérios para concessão do financiamento e da referida subvenção (regras atuais dadas pela Resolução do Banco Central nº 4.216 de 30 de abril de 2013).
De outra parte, as adversidades climáticas dos últimos anos têm prejudicado muitas lavouras de cana‐de‐açúcar e impactado de forma negativa as finanças dos produtores rurais e das unidades industriais de etanol combustível, em especial na região Nordeste, onde a seca tem persistido.
Desta forma, para dar apoio aos produtores rurais de cana de açúcar e às usinas de etanol combustível nas regiões mais afetadas pela seca, foi editada a Medida Provisória no 615, de 17 de maio de 2013, que :
1) autoriza a União a conceder subvenção extraordinária aos produtores fornecedores independentes de cana‐de‐açúcar da região Nordeste afetados pela estiagem, referente à produção da safra 2011/2012, no valor de R$ 12,00 (doze reais) por tonelada de cana‐de‐açúcar e limitada a 10.000 (dez mil) toneladas por produtor, considerando a quantidade de cana‐de‐açúcar efetivamente vendida às usinas de açúcar e às destilarias da região Nordeste;
2) autoriza a União a conceder subvenção econômica às unidades industriais produtoras de etanol combustível que desenvolvam suas atividades na região Nordeste, referente à produção na safra 2011/2012, destinada ao mercado interno, no valor de R$ 0,20 (vinte centavos de real) por litro de etanol efetivamente produzido e comercializado na safra 2011/2012;
3) autoriza o financiamento com equalização da taxa de juros para a renovação e implantação de canaviais, a exemplo do que já ocorre com a estocagem de etanol, por meio de alteração da Lei nº 12.666, de 14 de junho de 2012, com o objetivo de estimular a renovação e ampliação dos canaviais, condição fundamental para aumentar a produtividade da lavoura brasileira de cana‐de‐açúcar e, assim, reduzir a ociosidade industrial da produção de açúcar e etanol.
Um Decreto Presidencial, ainda a ser publicado, deverá regulamentar a execução da subvenção econômica de que trata esta Medida Provisória nº 615, de 2013.
Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br)
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Desafios da produção de alimentos e bioenergia no Brasil
Artigo de Manoel Teixeira Souza Jr. ‐ Chefe‐Geral Embrapa Agroenergia
Em 2050, segundo diversas previsões, o nosso planeta terá uma população um pouco superior a nove bilhões de pessoas. O desafio de todos nós, no decorrer das próximas décadas, é garantir os meios para a produção de alimentos e energia em quantidade e qualidade suficientes para atender à demanda oriunda de uma população com dois bilhões de pessoas a mais do que hoje. Demanda esta que já sofre, e continuará sofrendo, mudanças mais na sua natureza do que no seu volume, o que resulta em aumento significativo de input de água e solo, para citar somente dois dos recursos mais utilizados. Esses meios precisam ser sustentáveis, tanto do ponto de vista econômico, como do social e do ambiental.
Cabe, neste contexto, destacar o papel da bioenergia, conceito mais abrangente que a agroenergia no que diz respeito a matérias‐primas, por incluir também resíduos orgânicos urbanos como o lodo de esgoto. A energia oriunda de produtos e resíduos agrícolas e florestais é normalmente dividida em dois principais grupos: a bioeletricidade e os biocombustíveis, sendo que estes últimos podem ser subdivididos em sólidos, líquidos e gasosos. No Brasil, os biocombustíveis mais populares são o etanol e o biodiesel ‐ o primeiro oriundo quase exclusivamente da cana‐de‐açúcar, e o segundo produzido principalmente do óleo de soja (aproximadamente 80%).
O Brasil se destaca, em nível mundial, por ter uma matriz energética muito limpa, com uma razão próxima a 1:1 entre fontes renováveis e não renováveis. A participação da bioenergia neste segundo grupo é exemplar. No entanto, uma análise mais profunda mostra que o nosso País está longe de utilizar em plenitude o potencial de produção e que tem todos os ingredientes necessários (área, água, biodiversidade, etc.) para manter‐se como grande gerador de energia a partir de produtos e resíduos agrícolas, agroindustriais e florestais nas próximas décadas. Isto é verdade também para a produção de alimentos.
O que precisa ser feito para que o Brasil se mantenha como protagonista mundial quanto à produção de alimentos e bioenergia? A resposta para esta pergunta começa necessariamente pela continuidade das diversas ações que permitiram alcançar os ganhos de produtividade observados no decorrer das últimas quatro décadas. Ainda temos espaço para elevar a produtividade e é fundamental continuar investindo neste caminho. Porém, é certo que só aumento de produtividade não será suficiente. Precisamos também ampliar a área plantada, transferindo para o processo produtivo de alimentos e bioenergia parte da área de pastagens utilizada pela pecuária extensiva no Brasil. Isto de forma alguma prejudicaria a nossa produção de carne e leite, uma vez que já temos tecnologia para manter em espaços menores o mesmo rebanho que temos hoje e até mesmo ampliá‐lo.
Uma parte importante da resposta tem a ver com a redução das perdas observadas no cultivo, na colheita e na distribuição dos produtos agrícolas. Perdemos parte considerável da nossa produção agrícola no caminho entre o agricultor e o consumidor. Em algumas cadeias produtivas, a perda chega a um terço de tudo que é produzido. Entre os principais vilões estão problemas fitossanitários de pré‐ e de pós‐colheita, estoque e manuseio inapropriados, além de ampla dependência do transporte rodoviário em uma malha longe da ideal (em quantidade e qualidade).
Reduzir o desperdício é outra parte da resposta que merece grande atenção. Há dois tipos de desperdício. Um deles pode ser atribuído à compra e uso sem planejamento por parte do consumidor (famílias, restaurantes, etc.); o outro decorre da falta de iniciativas dos municípios para agregar valor ao resíduo vegetal que geram, e que, na maioria das vezes, acaba nos lixões. A redução do desperdício passa com certeza por um processo gradual de educar a população por meio de políticas públicas contínuas e de amplo alcance. Já a parte que cabe aos municípios, com ou sem apoio estadual ou federal, depende basicamente de conhecimento e de visão de futuro por parte dos governantes. Tecnologias existem para dar a cada cidade uma solução especifica, conectada com as necessidades decorrentes da quantidade e da qualidade do resíduo existente em cada região.
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Mas isso não é tudo. Além de ampliar a área plantada, aumentar a produtividade, reduzir as perdas e o desperdício, é preciso oferecer alternativas para aproveitamento pleno dos resíduos agrícolas e agroindustriais, como também daqueles oriundos da produção e uso das espécies florestais. Este aproveitamento pleno precisa ser promovido dentro do contexto de biorrefinaria, no qual se busca reduzir ao máximo os resíduos, agregando valor mediante a transformação dos mesmos em bioenergia, biofertilizantes, rações animais, biomateriais (bioplásticos, etc.) e químicos.
As cadeias de produção e uso da cana‐de‐açúcar e da soja já trabalham no Brasil dentro da lógica de biorrefinaria. Da cana se produz o açúcar, o etanol anidro, o etanol hidratado e a bioeletricidade, entre vários outros produtos. Da soja, se obtém o farelo para alimentação animal – e consequentemente proteína –, óleo para a indústria alimentícia e para biodiesel, além do grão (quase metade da soja produzida no Brasil é exportada na forma de grão). Porém, ainda existe amplo espaço para inserção de novos produtos, com maior valor agregado. É importante também que, mais e mais, outras cadeias no nosso País recebam políticas de desenvolvimento que promovam a sua organização dentro desta lógica de biorrefinaria.
É fundamental ainda que seja dado suporte financeiro para que as instituições brasileiras de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), entre elas a Embrapa, possam gerar os conhecimentos e as tecnologias necessárias para este setor. Além dos componentes da resposta acima descritos, a PD&I pode também contribuir para gerar conhecimento e tecnologias que promovam o aproveitamento de dejetos humanos para a produção de energia e minerais. Esta, por exemplo, é uma faceta ainda pouco explorada para a produção de energia no Brasil, mas que necessitará de maior atenção no futuro.
Em 2013, a Embrapa comemora 40 anos de existência, tendo trabalhado desde a sua criação no tema agroenergia. No decorrer das três primeiras décadas, a Empresa concentrou seus esforços na geração de conhecimento e tecnologias para produção de biomassa. Na última década, deu um passo a mais nas suas ações de PD&I nesta área, com a criação da Embrapa Agroenergia (que em 24/05 completa sete anos de criação) com ações focadas no processamento e uso sustentável desta biomassa para a produção de biocombustíveis, rações, fertilizantes, biomateriais, químicos e bioeletricidade.
A Embrapa teve e continuará tendo um papel fundamental para ajudar o Brasil a ser protagonista na produção de alimentos e bioenergia no mundo. Esse papel começa nas ações de PD&I relacionadas com a ampla prospecção, caracterização e utilização da biodiversidade brasileira, na qual podem ser encontradas respostas para vencer alguns dos gargalos que limitam o setor. Inclui também a viabilização técnica ‐ e de escala de produção ‐ da diversificação das fontes de alimentos e bioenergia, do aumento da produtividade e da redução dos custos de produção – com destaque para a diminuição da dependência de fertilizantes oriundos de fontes não renováveis. Soma‐se a isto a necessidade de recuperação e reinserção dos solos degradados no setor produtivo, de agregação de valor aos resíduos e de redução das perdas e dos desperdícios. A participação do setor produtivo, ao lado da Embrapa, identificando e priorizando os problemas a serem solucionados pela pesquisa, é imperativa para que o conhecimento e as tecnologias geradas sejam eficazes na solução dos gargalos, e que sejam utilizadas, o mais prontamente possível, em favor da sociedade brasileira.
Fonte: Embrapa Agroenergia (www.cnpae.embrapa.br)
Europa define taxas provisórias sobre o biodiesel da Argentina e da Indonésia
A Comissão Europeia publicou o Regulamento 490/2013 em 28 de maio, que institui taxas provisórias sobre as importações de biodiesel da Argentina e Indonésia. As margens de dumping provisórias sobre vários exportadores argentinos de biodiesel variam 6,8 a 10,6 por cento. Para exportadores de biodiesel da Indonésia, as margens de dumping provisórias variam de zero a 9,6 por cento.
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No ano passado, a CE iniciou processos antidumping e anti‐subsídios para avaliar os efeitos de distorção dos impostos de exportação diferenciados (DETs) para as exportações de biodiesel. O European Biodiesel Board (EBB) afirma que, atribuindo impostos de exportação mais elevados para as matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel que para o biodiesel, os DETs, desencoraja artificialmente as exportações de matérias‐primas em favor das exportações de biodiesel, resultando em uma mudança de importação, o que a Europa alega ferir a sua indústria de biodiesel.
Após a investigação, a CE definiu medidas antidumping provisórias, que a Câmara Argentina de Biocombustíveis (Carbio) diz que são de natureza protecionista. A Argentina apresentou recentemente uma queixa junto à Organização Mundial do Comércio sobre o assunto.
"A Carbio acredita firmemente que certos regulamentos dos países‐membros da UE não permitem a venda livre ou importação direta de biodiesel, protegendo de forma injusta as vantagem sobre os produtores desses países e em violação das regras da OMC", a organização alegou antes da publicação das taxas provisórias. "Carbio gostaria de reiterar que a produção de biodiesel de soja na Argentina, desde a sua criação, preenche todos os requisitos estabelecidos pela UE, razão pela qual a indústria argentina é o maior fornecedor para a Europa e é um parceiro estratégico da UE para promover o aumento do uso de energias renováveis, o que favoreçe a luta contra as alterações climáticas e permite que os consumidores europeus acessem o combustível a preços competitivos. A indústria de biodiesel da Argentina está convencida de que a melhor maneira de promover o uso de energia renovável são mercados livres e abertos, sem práticas protecionistas que beneficiam poucas empresas, prejudicando todos os consumidores e o meio ambiente. É por isso que acreditamos que a OMC conclua que as regulamentações desses países europeus são discriminatórias, violam as regras multilaterais e, portanto, devam ser eliminadas."
Sobre as taxas provisórias previstas no Regulamento 490/2013, o EBB declarou: "O EBB acolhe como um primeiro passo positivo as medidas provisórias antidumping contra as importações de biodiesel destes países, mas insiste que DETs ainda vão dificultar a indústria europeia e que mais medidas provisórias anti‐subvenções serão decididas em breve. A indústria de biodiesel Europeu pede medidas adequadas que garantam a igualdade de condições e uma defesa eficiente do comércio justo. "
A EBB observa que o Regulamento 490/2013, adicionalmente, reconhece as alegações sobre efeitos de distorção dos DETs no mercado europeu e reconhece as preocupações dos Estados membros sobre o assunto: "Os queixosos alegaram que o sistema de imposto de exportação diferencial [Argentina e Indonésia] deprime o preço de [soja e palma] óleo e, portanto, distorce os custos dos produtores de biodiesel. "
Fonte: Biodiesel Magazine (www.biodieselmagazine.com)
Os preços da soja em grão caíram na maior parte de abril no mercado interno
ANÁLISE CEPEA – Os preços da soja em grão caíram na maior parte de abril no mercado interno. A pressão veio da safra nacional em nível recorde, de problemas de estocagem e transporte de grãos no Brasil e também de informações do USDA indicando estoques norte‐americanos maiores que o esperado. Além disso, os valores no Brasil também foram influenciados pelas quedas no preço internacional e pela baixa dos valores FOB.
Entre 28 de março e 30 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá), em moeda nacional, caiu 3,2%, a R$ 60,00/saca de 60 kg no dia 30. Em dólar, moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa, fechou a US$ 29,97/sc de 60 kg, recuo de 2,3%. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, finalizou a R$ 56,52/sc de 60 kg, queda de 1,8%. Ao se considerar a média do conjunto de praças acompanhadas pelo Cepea, no mercado de balcão (ao produtor), houve leve recuo de 0,8% e no de lotes, de 0,2%.
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Com os problemas nos portos nacionais, a demanda por soja brasileira diminuiu em abril. Consequentemente, os prêmios no Brasil caíram, como forma de atrair compradores externos. No final de abril, o prêmio para embarque em Maio/13 chegou a ser o mais baixo em 60 meses – desde maio/2008.
Não é de hoje que o Brasil tem dificuldade em escoar soja no período de safra e, diante de uma colheita excepcional como a da atual, os problemas se agravam. Os navios têm esperado cerca de dois meses para conseguir entrar no corredor de exportação no porto de Paranaguá (PR), que é a base de formação de preço no Brasil. Muitas empresas brasileiras, preferiram pagar o frete mais elevado e escoar o grão por outros portos, principalmente pelo de Rio Grande – o qual exportou volume recorde em abril. Nesse cenário, importadores sinalizaram possibilidade de aquisição de soja de outros países, como da Argentina.
Enquanto no Brasil a colheita caminha para a reta final, na Argentina, os trabalhos de campo se aproximaram de 70% da área no final de abril, segundo dados da Bolsa de Cereales. Com a maior disponibilidade de grão argentino, importadores migraram. Outro fator que influenciou a menor demanda por soja em abril foi a gripe aviária nos países asiáticos, que sinaliza redução no consumo de soja e de farelo para ração animal. Com isso, a China – maior importador de soja mundial – reduziram os negócios.
No Brasil, como o clima foi favorável ao desenvolvimento das lavouras na média das regiões, o ganho de produtividade também foi expressivo, de 11,5%. Segundo a Conab, as perdas de produtividade ocorreram apenas no Norte e Nordeste, com destaque para a região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que foram afetadas pela estiagem. O cerrado piauiense e o oeste baiano apresentaram reduções recordes em comparação com a temporada anterior, de 31,3% e 21,1%, respectivamente. Sendo assim, a produção nacional deve crescer 23,4%, para a máxima de 81,9 milhões de toneladas nesta temporada. Somente no Sul do Brasil, o ganho deve ser de 58%.
Além do Brasil, a produção na Argentina, Paraguai e Uruguai devem crescer de forma expressiva na safra 2012/13. Na Argentina, a produção de soja deve ser de 51,5 milhões de toneladas, contra 40,1 milhões na safra anterior. O Paraguai deve passar de 4,4 milhões de toneladas para 8,4 milhões de toneladas de 2011/12 para 2012/13.
Quanto aos preços na Bolsa de Chicago (CME/CBOT), entre 28 de março e 30 de abril, o vencimento mai/13 subiu 4,5%, finalizando a US$ 14,67/bushel (US$ 32,36/sc de 60 kg).O farelo de soja com o vencimento mai/13 fechou a US$ 428,3/tonelada curta (US$ 472,12/t), com forte valorização de 5,9%. Já para o óleo de soja, o contrato mai/13 foi de US$ 0,4913/lp (US$ 1.083,12/t), queda de 2%.
Para os prêmios, o embarque jun/13 por Paranaguá foi calculado a US$ 30,79/sc de 60 kg, queda de 1,7% no acumulado do mês. Para os derivados, o valor FOB do farelo de soja para embarque em Mai/13 foi calculado em US$ 441,03/t no dia 30 de abril, aumento de 3,4% no acumulado do mês. Já para o óleo de soja, o embarque em Mai/13 fechou a US$ 997,59/t, queda de 1,7% no mês.
Na BM&FBovespa, o vencimento Maio/13 fechou em US$ 29,92/sc de 60 kg no dia 29 – último dia de liquidez para este contrato, com queda de 1,3% em abril. O contrato Nov/13 finalizou a US$ 27,22/sc, recuo de 2,7%.
Para os derivados, os preços do óleo de soja – o produto posto na cidade de São Paulo com 12% de ICMS – finalizou o mês em R$ 2.208,82/t, com queda de 1,9%. Já para o farelo, na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, os valores apresentaram recuo de 2% entre 28 de março e 30 de abril.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA/ESALQ/USP (http://cepea.esalq.usp.br)
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BIODIESEL
Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal
Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção estimada em abril de 2013 foi de 252 mil m³. No acumulado do ano, acrescido da estimativa para abril, a produção atingiu 923 mil m³, um acréscimo de 14% em relação ao mesmo período de 2012 (811 mil m³). Abaixo são apresentados, para os períodos de B5, a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior.
Biodiesel: Capacidade Instalada
A capacidade instalada, autorizada a operar comercialmente, em abril de 2013, ficou em 7.243 mil m³/ano (603 mil m³/mês). Dessa capacidade, 86% é referente às empresas detentoras do Selo Combustível Social.
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Em abril havia 59 unidades aptas a operar comercialmente, com uma capacidade média instalada de 123 mil m³/ano (341 m³/dia). O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em abril era de 41.
Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras
Região nº usinas Capacidade Instalada
mil m3/ano %
N 4 202 3%
NE 6 741 10%
CO 27 3.072 43%
SE 11 890 12%
S 11 2.338 32%
Total 59 7.243 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 30/04/2013.
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Biodiesel: Atos Normativos e Autorizações de Produtores
Atos Normativos Aviso de Homologação do Pregão Eletrônico ANP nº 14/2013 – Biodiesel para o 3º bimestre 2013 ; e Avisos de Licitações do Leilão Público ANP nº 34/2013 – Biodiesel para o 4º bimestre 2013.
Produtores Autorização de Construção nº 408/2103 (Cooperbio – Cuiabá/MT, sem alteração de capacidade); e Concessão de uso do Selo Combustível Social para as empresas ADM – SC e Fuga – RS em
10/05/2013.
Biodiesel: Preços e Margens
O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra‐se, também, o comportamento das margens de revenda.
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No mês de abril, o preço médio de venda da mistura B5 ao consumidor apresentou uma acréscimo de 1,3% na média nacional em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve um acréscimo de 1,1%. A margem bruta de revenda da mistura B5, por sua vez, apresentou um acréscimo de 2,7%.
Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada
O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5.
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O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em abril, a performance ficou em 100% .
Biodiesel: Preços das Matérias‐Primas
O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso.
Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro.
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No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino.
No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de 2010.
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No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias‐primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras.
O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos.
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As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação.
Biodiesel: Participação das Matérias‐Primas
O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2013, no acumulado até março, a participação das três principais matérias‐primas foi: 69,3% (soja), 21,1% (gordura bovina) e 4,0% (algodão).
Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias‐primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa‐se que, na maioria das regiões, o óleo de soja é a principal matéria‐prima, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão.
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Biodiesel: Distribuição Regional da Produção
A produção regional, em março de 2013, apresentou a seguinte distribuição: 41,9% (Centro‐Oeste), 3,2% (Sul), 10,6% (Sudeste), 11,7% (Nordeste) e 2,7% (Norte).
Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5)
A ANP analisou 7.889 amostras da mistura B5 comercializada no mês de abril. O teor de biodiesel fora das especificações representou 16,8% do total de não conformidades identificadas.
Biodiesel: Consumo em Países Selecionados
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ETANOL Etanol: Produção e Consumo Mensais
De acordo com os dados preliminares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a moagem de cana de açúcar da safra 2013/2014 acumulada até 01/06/2013 somou aproximadamente 105 milhões de toneladas. Ainda de acordo com os mesmos dados, o total acumulado da moagem resultou na produção, até 1° de junho de 2013, de aproximadamente 4,9 milhões de toneladas de açúcar e 4,5 bilhões de litros de etanol. Se comparada à produção do mesmo período do ano passado, a produção total de etanol foi 65% maior nesses dois primeiros meses.
A produção de anidro registrou maior alta, principalmente por conta do aumento do percentual de mistura vigente desde 1º de maio. O crescimento da produção de anidro, em comparação com o mesmo período da safra passada, registrou alta de 123%. O hidratado também cresceu sua produção, com alta de 44%, e acumulando a produção de 2,9 bilhões de litros nos dois primeiros meses da safra.
Os atuais níveis de produção estão compatíveis com o período de safra de cana de açúcar.
Estima‐se que o consumo total de etanol em abril tenha sido da ordem de 1,7 bilhões de litros. Até o dia 1º de maio, 220 unidades de produção na região Centro‐Sul tinham iniciado suas atividades para a safra 2013/2014. Até a segunda quinzena de maio, este número já havia alcançado as 290 unidades da região.
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Etanol: Atos Normativos
Autorizações para operações de usinas
Até o maio, a ANP autorizou a operar 317 usinas de etanol, de acordo com as atribuições dadas pela Lei n° 12.490/2011, 25 autorizações foram emitidas em maio. Em 07 de maio de 2013, a ANP prorrogou o prazo para envio das informações necessárias para a emissão das autorizações até o dia 17 de junho de 2013, o prazo inicial se encerrava em 01 abril de 2013.
Até o dia 29 de maio, as usinas autorizadas perfaziam uma capacidade total de aproximadamente 173 milhões de litros de etanol hidratado por dia e de 86 milhões de litros de etanol anidro por dia.
Medida Provisória Medida Provisória nº 615, de 17 de maio de 2013, que autoriza a União a conceder subvenção
extraordinária aos produtores fornecedores independentes de cana‐de‐açúcar da região Nordeste e, ainda, autoriza o financiamento com a equalização da taxa de juros para a renovação e implantação de canaviais.
Etanol: Exportações e Importações
Em abril, as exportações brasileiras de etanol somaram 102 milhões de litros, o que representa um volume 39% maior do que o volume do mês anterior e 59% maior com relação ao mesmo período do ano anterior. O volume acumulado de exportações no ano de 2013 alcançou o patamar dos 735 milhões de litros, volume que representa mais que o dobro do volume acumulado de exportações no mesmo período do ano passado. No ano de 2013, a volume exportado de etanol gerou receitas de exportação da ordem de 490 milhões de dólares.
O preço médio (FOB), em abril, se manteve em US$ 0,70 por litro do produto, preço 4% menor em relação ao mesmo período do ano passado, praticamente estável se comparado ao preço médio de abril deste ano.
Em abril foram importados 14 milhões de litros de etanol, a um preço médio por litro de US$ 0,68, totalizando US$ 9,7 milhões. A maior parte do volume importado veio dos Estados Unidos.
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Etanol: Frota Flex‐Fuel
O número de licenciamentos de veículos leves em abril de 2013 foi de 317 mil, apresentando um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2012 e um aumento de 18% em relação ao mês anterior. Desse total, os carros flex‐fuel representaram 88,9%, os carros exclusivamente movidos à gasolina representaram 5,3%, os carros a diesel 6,1% do total de veículos licenciados.
Etanol: Preços da Cana‐de‐Açúcar
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Etanol: Preços
Em abril, o preço médio do etanol hidratado no produtor, sem tributos, teve um aumento de 1,7% em relação ao mês anterior, tendo uma média de preço de R$ 1,24/litro. O preço médio do etanol anidro ficou em R$ 1,36 por litro do combustível.
Comparando os preços de abril de 2013 com os preços do mesmo período ano anterior, o anidro está 8,5% mais caro e hidratado está 5,5% mais caro. Destaca‐se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ refere‐se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos.
Etanol: Margens de Comercialização
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Etanol: Paridade de Preços – Média Mensal
Etanol: Paridade de Preço – Semana de 05.05.2013 a 11.05.2013
A paridade de preços no varejo, em nível nacional, na segunda semana de maio de 2013, esteve levemente superior aos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina). Apenas Cuiabá teve paridade inferior a 70%. As cidades de Florianópolis, Belém, Teresina, Porto Alegre e Boa Vista tiveram as maiores paridades, próximas de 90%. A cidade de São Paulo que apresentou paridade acima de 70%.
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Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol
Em abril, o preço médio do açúcar foi de US$ 391,38/ton (diminuição de 3,4% em relação ao mês anterior e retração de 22% em relação a abril de 2012). O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 102,07/barril (diminuição de 6% em relação ao mês anterior).
Etanol: Não Conformidades na Gasolina C
A ANP analisou 8.108 amostras de gasolina C no mês de abril. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 34,6% do total das não conformidades.
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Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado
A ANP analisou 4.007 amostras de etanol hidratado no mês de abril, das quais 69 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de Álcool.
Etanol: Consumo em Países Selecionados
Biocombustíveis: Variação de Matérias‐Primas em Comparação à do IPCA
O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias‐primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana‐de‐açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de 2010.
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Biocombustíveis: Números do Setor em 2011 e 2012
NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2011 e 2012)
Etanol Biodiesel
2011 2012 2011 2012
Produção (safras 2011/12 e 2012/13 – milhões de m³) 22,8 23,5 n.a. n.a.
Produção (ano civil – milhões de m³) 22,9 23,5 2,7 2,7
Consumo combustível (milhões de m³) 20,6 19,0 2,7 2,7
Exportações (milhões de m³) 1,96 3,1 ‐ ‐
Importações (milhões de m³) 1,15 0,5 ‐ ‐
Preço médio no produtor – EH e B100(1) (R$/L) 1,21 1,12 2,21 2,41
Preço médio no distribuidor – EH(2) e B5(2) (R$/L) 1,93 1,94 1,77 1,86
Preço médio no consumidor final – EH(2) e B5(2) (R$/L) 2,19 2,21 2,01 2,09
Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 6,0 6,9 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte.
Distr ibuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e‐mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço [email protected]. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html
Equipe do Departamento de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Mônica Maria de Jesus, Diego Oliveira Faria, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos, Renato Lima Figueiredo Sampaio e Ricardo Borges Gomide.