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Metodologia Sebrae 5 Menos que São Mais - Redução de
Desperdício©®
Boas Práticas GerenciaisAmbientais
RETÍFICA BRASILIENSE LTDA
Fase 1
SEBRAE/DF
1 INTRODUÇÃO
Este Trabalho foi elaborado com base na experiência adquirida desde 1996 com a
realização do Projeto Piloto “Elaboração de Plano de Melhoria de Desempenho Ambiental
para Micro e Pequenas Empresas”, executado pelo Sebrae/DF e em outras ferramentas (norma
ISO 14001, processos de coleta seletiva, Produção mais Limpa, Boas Práticas de Gestão
Empresarial e a abordagem conceitual dos Cinco Menos que São Mais).
Este manual orienta os consultores que atuam no Programa de Redução de
Desperdício em Micro e Pequenas Empresas, quanto ao levantamento de dados nas empresas
e a elaboração do relatório contendo prognóstico e propõe ações de melhoria, com ênfase em
benefícios econômicos e na melhoria do desempenho ambiental.
2 OBJETIVO
Orientar aos empresários na identificação de desperdícios no processo produtivo e na
proposição de ações corretivas, visando diminuir custos de produção, aumentar a
produtividade e minimizar os impactos ambientais negativos significativos.
2.1 Objetivos Específicos
Desenvolver e implementar a metodologia para promover a redução de desperdícios em
MPEs;
Desenvolver e implementar a proposta de diagnóstico ambiental para ser aplicada nas
MPEs participantes do projeto;
Desenvolver e implementar a proposta de prognóstico ambiental para ser apresentada aos
empresários participantes do projeto;
Desenvolver e implementar um modelo de relatório para servir de instrumento de
acompanhamento da implementação das ações do prognóstico;
Acompanhar a aplicação da metodologia nas empresas.
Empresas Alvo
Micro e pequenas empresas do comércio, da indústria, dos serviços e da agroindústria,
ligadas a cadeias produtivas e arranjos produtivos locais, engajadas nas ações do
Sebrae/DF, cujas atividades envolvem aspectos e impactos ambientais negativos.
Benefícios aos Clientes
Aumento da competitividade e melhoria da capacidade produtiva das empresas, pela
redução de desperdícios de insumos e matérias-primas e despesas com controle e
recuperação ambiental.
3 IDENTIFICAÇÃO
Para realizar o trabalho de identificação de desperdícios e oportunidades de melhoria
nas empresas, o consultor deve dirigir-se ao empresário e combinar a forma de trabalho.
Cadastro da empresaNome fantasia da empresa: RETÍFICA BRASILIENSE LTDACNPJ: 37.090.727/0001-17Razão Social: RETÍFICA BRASILIENSE LTDANome do proprietário: Valdivino Correia do PradoContato: Valdivino Tel/celular: 9987-2166
E- mail: [email protected]ço: QI 25 Lotes 24/25 Setor de IndústriasCidade: TAGUATINGA Estado: DF Cep: 72135-250Tel.: 3355-3838 E- mail: Homepage: Porte Micro ( ) Pequena ( ) Média ( )Ramo Comércio ( ) Serviço ( x ) Indústria ( ) Rural ( )Cadeia Produtiva / Arranjo Produtivo Local: PRESTAÇÃO SERVIÇOS AUTOMOTIVOSSegmento: AUTOMOTIVOPrincipal Produto: MANUTENÇÃO DE VEÍCULOSAnos de existência: 14 Número de Empregados: 23 Número de Terceirizados: 0Área de localização da empresa: ( x ) Urbana ( ) Rural Observações:
Consultor: ADRIANA MELO FERREIRA
Data da Visita para o Diagnóstico: 06/11/2006 Horário: 09:00Data de Entrega do Prognóstico: 14/11/2006 Horário: 15:00
4. LEVANTAMENTO DE DADOS NAS EMPRESAS
4.1 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS
ELEMENTOS DE ENTRADA PROCESSOS ELEMENTOS DE SAIDA
Motor completo e desmontado Energia Água Clareador de alumínio Shampoo Desengraxante em pó
RECEBIMENTO, INSPEÇÃO E LAVAGEM
Sucata Amianto Água de processo Alumínio
Energia Água Esmeril Eletrodo/arame Gás de solda Óleo de corte Óleo solúvel Lixa Disco de feltro Estopa
TESTE E RETIFICAÇÃ
O
Pó de esmeril Sobra de eletrodo e arame Óleo de corte usado Óleo solúvel usado Lixa usada Lã de feltro Resto de estopa Água de processo
Energia Tinta Thinner Estopa Pano para limpeza
MONTAGEM E PINTURA
Estopa usada Pano usado
4.2 QUADRO DAS PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS
Descrição das matérias-primas Processo Unidade
De medidaQuantidade
mensal
ValorUnitário
(R$)Shampoo 1 Litro 25 6,80Desengraxante em pó 1 Kg 25 6,80Óleo de corte 2 Litro 60 6,75Óleo solúvel 2 Litro 40 9,75Tinta 3 Litro 15 29,00Thinner 3 Litro 30 2,40
4.3 USO DE MATÉRIA-PRIMA
Questões Descrição dos Elementos
1. Qual a origem da matéria-prima? 1. Local e São Paulo
2. Como é feita a recepção?3. Como é feita a armazenagem?4. Como é feita a movimentação?
2. Uma pessoa responsável pela recepção de matérias-primas.
3. Centralizado num estoque.4. Manualmente e para os moteres que
chegam para retificar por talhas.5. Existe controle de estoque?6. Qual?
5. Não6. -
7. Há perdas de matéria-prima antes da produção?
8. Em que fase? 9. Quais os motivos?
7. Sim8. No transporte de produtos frágeis como o
esmeril.9. Fragilidade do material e manuseio sem
atenção.10. Há perdas de matéria-prima na
produção? 11. Em que fase? 12. Quais são os Motivos?13. São adotadas medidas para evitar
essas perdas?
10. Sim11. Lavagem e retificação.12. Falta de atenção dos funcionários, pressa,
falta de procedimentos.13. Conscientização e treinamento.
14. São adotadas medidas de manutenção preventiva?
15. Quais?16. Onde?
14. Sim15. Lubrificação periódica e troca de correias
pelo próprios funcionários.16. Nos equipamentos de retificação.
4.4 QUADRO DOS PRINCIPAIS INSUMOS UTILIZADOS
Descrição dos insumos Processo Unidade de
medidaQuantidade
mensalValor
unitário (R$)Eletrodo e arame 2 Kg 13 36,70Lixa 2 Unidade 60 1,20Estopa 2/3 kg 50 2,00Disco de feltro 2 Unidade 1 120,00Pano para limpeza 3 Unidade 15 3,00Esmeril 2 Unidade 3 30,00
4.5 RESÍDUOS
Questões Descrição dos Elementos
1. É feita a separação do resíduo?2. Qual o tipo de separação?3. Qual é o destino desse resíduo?
1. Sim2. Água do óleo e metais.3. Água para o esgoto, óleo é vendido e metais
são vendidos para sucateiros.4. A empresa trata seus resíduos?5. Qual o destino final do resíduo (tratado
ou não)
4. Sim5. Uso de água para limpeza com óleos
lubrificantes reaproveitáveis.6. A empresa gera resíduos perigosos
(definir)? 7. Quais? 8. Qual a sua destinação?
6. Não7. -8. -
9. A empresa armazena algum material perigoso? 9. Não
10. A empresa possui algum tanque de produtos químicos? 10. Não
11. A empresa requer alguma licença?12. Qual?
11. Sim12. Alvará de funcionamento.
4.6 QUADRO SOBRE A GERAÇÃO DE RESÍDUOS
Descrição dos resíduos Processo Unidade de
medidaQuantidade
mensalValor unitário
(R$)Óleos 2 Litro 150 0,20Estopa 2/3 Kg 0 0,00Metais 1/2 Kg 600 0,07Lixa 2 Unidade 0 0,00Pano 2/3 Unidade 0 0,00Eletrodo e arame 2 Kg 0 0,00Alumínio 1 Kg 150 3,00
4.7 EMISSÕES AÉREAS
Questões Descrição dos Elementos
1. A empresa tem alguma fonte de emissão(ões) aérea (as)?
2. Qual (is)?
1. Sim2. Lã de feltro e Ruído.
Questões Descrição dos Elementos
3. Qual (is) emissão(ões)? 4. Essas emissões resultam em
reclamações?5. Quais as medidas adotadas?
3. O disco de feltro quando usado solta uma lã de feltro que fica no ar e ruído dos equipamentos.
4. Não5. -
6. A empresa dispõe de algum controle de emissão?
7. Quais?
6. Sim7. Troca de equipamento pelos que emitem
menos ruídos.
4.8 USO DA ÁGUA
Questões Descrição dos Elementos
1. Qual é a origem da água utilizada? 1. Concessionária pública CAESB.
2. A água recebe algum tratamento na empresa, antes de sua utilização?
3. Qual?
2. Não3. -
4. A empresa faz monitoramento da água utilizada?
5. Qual?
4. Sim5. Pela fatura mensal.
6. Qual a tabela de água utilizada pela empresa? (consumo) 6.1. Comercial
7. É adotado procedimento para redução de desperdício de água?
8. Qual procedimento? 9. Foi constatada alguma redução? 10. De quanto?
7. Sim8. Compra de um equipamento para
lavagem das peças e motores que utiliza menos água e produtos químicos.
9. Sim10. 50%
4.9 QUADRO CONSUMO DE ÁGUA
Descrição do consumo mensal
Processocom mais
uso
Consumo mensal
(m3)
Faixa tarifária
Customensal
(R$)
Custo anual(R$)
Limpeza, banheiros e lavagem de peças e motores
Lavagem de peças e motores
52
0 - 10 m³ R$ 3,33 e acima de 10 m³ R$
5,50
528,6 6343,2
4.10 GERAÇÃO DE EFLUENTES
Tipo de descarga Local de lançamento Volume (m3)
1. Águas de processo 1. Esgoto 412. Efluentes sanitários 2. Esgoto 113. Efluentes da estação de tratamento 3. 04. É realizado algum tipo de
monitoramento de efluentes?5. Qual(is)?
4. Não5. -
4.11 USO DE ENERGIA
Questões Descrição
1. Quais são os tipos de energias utilizadas?
2. É feito o acompanhamento do consumo de energia?
3. De que forma?
1. Elétrica e gás Oxigênio e Acetileno2. Sim3. Pela fatura mensal.
4. Para energia elétrica há trabalho no horário de ponta? 4. Não
5. É adotado procedimento para reduzir desperdício de energia?
6. Qual procedimento? 7. Foi constatada alguma redução?8. De quanto?
5. Sim6. Troca de equipamentos da produção.7. Sim8. 10%
9. A luz solar poderia ser melhor aproveitada na empresa? 9. Sim
4.12 QUADRO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
Descrição consumo Processo
Consumo mensal(kWh)
Faixa tarifária
Custo mensal
(R$)
Custo anual(R$)
Administração e produção Produção 2580 0,3451947 1009,29 12111,48
4.13 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO
Questões Descrição
1. Já ocorreu algum acidente, com vítima, no ambiente de trabalho?
2. Descreva o ocorrido.
1. Sim2. Machucados leves no manuseio dos
equipamento de retífica.3. O ambiente de trabalho apresenta
algum desconforto (ar, luz, calor)?4. Descreva o ocorrido.
3. Não 4. -
5. Existe algum item das instalações que caracteriza perigo?
5. Todos os equipamentos de retífica apresentam perigo no seu manuseio.
6. É utilizado algum tipo de EPI na empresa?
7. Qual(is)?
6. Sim7. Luvas, óculos, máscara de solda, protetor
auricular, botas, avental.8. Existe algum procedimento escrito
para prevenção e controle de acidentes?
8. Não
5 ELEMENTOS QUANTIFICÁVEIS
5.1 DIAGRAMA DE FLUXO DO PROCESSO PRODUTIVO
Processos de Produção
TESTE E RETIFICAÇÃO
INSUMOS
MATÉRIA-PRIMA RESÍDUOS DA
PRODUÇÃO
Água: m³/mês
Energia: kWh/mês
Matéria-prima Shampoo - 25 Litro Desengraxante em pó
- 25 Kg Óleo de corte - 60
Litro Óleo solúvel - 40
Litro Tinta - 15 Litro Thinner - 30 Litro
Efluentes: Água de Processos Efluentes Sanitários
Emissões: Lã de feltro e Ruído. O disco de feltro
quando usado solta uma lã de feltro que fica no ar e ruído
RECEBIMENTO, INSPEÇÃO E LAVAGEM
MONTAGEM E PINTURA
Resíduos: Óleos Estopa Metais Lixa Pano Eletrodo e arame Alumínio
CLIENTES
Custos de Entradas Shampoo - R$ 170,00 Desengraxante em pó - R$
170,00 Óleo de corte - R$ 405,00 Óleo solúvel - R$ 390,00 Tinta - R$ 435,00 Thinner - R$ 72,00 Eletrodo e arame - R$
477,10 Lixa - R$ 72,00 Estopa - R$ 100,00 Disco de feltro - R$ 120,00 Pano para limpeza - R$
45,00 Esmeril - R$ 90,00
Custos de perdas/mês
R$ 562,05
Custo deperdas/ano
R$ 6.744,60
Perdas %
10 5 5
PRODUTO FINALMANUTENÇÃO DE
VEÍCULOS
5.2 QUADRO DESCRITIVO DO FLUXO DE PRODUÇÃO
ENTRADA PROCESSO SAÍDA PERDA/Mês (%) PERDA/Mês (R$ 1,00) Motor completo e desmontado Energia Água Clareador de alumínio Shampoo Desengraxante em pó
RECEBIMENTO, INSPEÇÃO E LAVAGEM
Sucata Amianto Água de processo Alumínio
10 R$ 281,03
Energia Água Esmeril Eletrodo/arame Gás de solda Óleo de corte Óleo solúvel Lixa Disco de feltro Estopa
TESTE E RETIFICAÇÃO
Pó de esmeril Sobra de eletrodo e arame Óleo de corte usado Óleo solúvel usado Lixa usada Lã de feltro Resto de estopa Água de processo
5 R$ 140,51
Energia Tinta Thinner Estopa Pano para limpeza
MONTAGEM E PINTURA
Estopa usada Pano usado
5 R$ 140,51
Perda total anual (R$) R$ 6.744,60
6 DIAGNÓSTICO
A Retífica Brasiliense é uma empresa do setor automotivo localizada no Setor de
Indústrias de Taguatinga Norte. Funciona de segunda-feira à sábado, fazendo retífica de
motores da linha pesada de veículos. Está no mercado há 14 anos e tem 23 colaboradores.
A empresa ocupa um prédio que se divide em administração na parte de frente, galpão de
produção e pátio de entrada e saída de veículos, motores, setor de lavagem de peças.
A produção da empresa em questão é muito variável e depende de demanda. Por
esse motivo, não se tem uma quantificação precisa do consumo de matéria-prima e
insumos do processo produtivo. Daí a necessidade de quantificações do consumo de
matéria-prima e insumos e serviços realizados, visando à elaboração de indicadores de
desempenho que permitam a empresa acompanhar o desempenho e a otimização da sua
produção.
O abastecimento de água do empreendimento é feito pela CAESB, concessionária
de serviços públicos, e é utilizada para limpeza do estabelecimento, pelos banheiros e no
processo de lavagem de peças.
A energia elétrica é fornecida pela CEB, concessionária de serviços públicos, e a
utilização é para a administração e produção. Na administração é usada para iluminação,
aparelhos de fax, computadores e impressoras. Na produção é utilizada para iluminação e
equipamentos. Outra fonte de energia na produção são gases (Acetileno e Oxigênio) para
funcionamento de equipamento de solda.
De forma sucinta pode-se dividir o processo produtivo do estabelecimento em três
etapas:
1 – Recebimento e Inspeção (lavagem das peças).
Essa etapa consiste em desmontar o motor, lavagem e etiquetagem das peças
desmontadas. Após, são lavadas em tanque com água e produtos (querosene, óleo diesel e
solução química) para retirada de sujeiras. Depois de lavadas as peças são recuperadas e
montadas com outras peças novas que substituirão as que foram invalidadas.
Ilustração 1 - Local de lavagem das peças e do motor.
O processo de lavagem das peças requer tratamento da água de processo, uma vez
que o óleo contido nela pode ser reaproveitado. A empresa possui caixa separadora de óleo
como forma de tratamento simplificado separando o óleo da água. A água separada segue
para o esgoto e o óleo que fica armazenado em um caixa que é coletado por terceiros
periodicamente e vendido a R$ 0,20 o litro.
Ilustração 2 - Equipamento de lavagem de peças que otimiza o uso de água, produtos químicos e separa o óleo da água.
As peças do motor que são de alumínio são lavadas com um produto específico e é
colocada numa outra substância que clareia o alumínio. Esses produtos são 100%
utilizados não tendo perdas durante o processo.
Nessa etapa há o descarte de diversos produtos como óleo diesel que é reutilizado
em outro processo fora da empresa, estopa utilizada para limpeza que é descartada em lixo
comum e as peças velhas que foram substituídas, são separadas por tipo de metal e
vendidas para sucateiros.
2 – Teste e Retificação de Motores
Essa etapa é a de retificação das peças de motores que retornam às formas originais
do motor novo. Nesta etapa têm-se diversos processos com seus respectivos equipamentos
relacionados a seguir:
Retífica de Manivelas e Retífica de Árvore de Manivela. Esses
equipamentos são para retificar o virabrequim, onde se recupera o colo do
virabrequim, uma peça cilíndrica que faz a biela rodar para o funcionamento
do motor. Com o funcionamento do motor a biela gira encaixada no colo e
há, ao longo do uso, desgaste necessitando ser ajustada. A substituição do
colo só é necessária quando não dá mais medida impossibilitando sua
retífica. Para a retífica de virabrequim é necessário o uso de óleo solúvel
para refrigerar a peça para não haver dilatação que pode comprometer a
retífica (as dimensões).
Ilustração 3 - Retífica de Manivelas, retifica virabrequim.
Ilustração 4 - Retífica de Árvore de Manivela (Virabrequim)
Ilustração 5 - Foto de local de armazenamento de virabrequim. A seta mostra um virabrequim.
Tratamento de óleo solúvel do equipamento de Retífica de Árvore de
Manivela. Para a retífica do virabrequim é necessário uso de óleo solúvel
para resfriar a peça para não haver dilatação e não comprometer as
dimensões. O óleo vai para esse tanque que por processo de decantação
separa o óleo de outras substâncias (metais, sujeiras) e é reutilizado várias
vezes até ser substituído por óleo novo.
Ilustração 6 - Equipamento de tratamento de óleo solúvel.
Equipamento de polir com disco de Feltro. Faz o polimento do virabrequim
e do comando de válvula com disco de feltro para dar acabamento à peça;
Ilustração 7 - Equipamento Politriz.
Talha elétrica para carregar os motores de um equipamento para outro.
Ilustração 8 - Equipamento de transporte de peças pesadas de um equipamento para outro no processo de retífica.
Balanceadora de virabrequim. Primeiro é balanceado o virabrequim,
segundo o volante do motor e terceiro o platô de embreagem.
Ilustração 9 - Balanceadora de virabrequim.
A Plaina é uma espécie de lixa de metal que torna a superfície do cabeçote
lisa sem depressões.
Ilustração 10 - Plaina de superfície metálica. A seta mostra o cabeçote.
Setor de montagem e teste de motores;
Ilustração 11 - Mesas para montagem e teste dos motores.
Retificadora de cabeçote devolve a vedação da válvula do cabeçote para
quando o combustível ou o ar na hora da combustão não passem pelo lugar
errado garantindo uma eficiência maior no desempenho do motor.
Ilustração 12 - Retificadora de sede de cabeçote.
Mesa de controle de qualidade;
Ilustração 13 - Mesa de controle de qualidade.
A Mandriladora corrige as imperfeições dos mancais e alojamento dos de
comandos pelo desgaste do motor. O mancal é que mantém o virabrequim
fixo no bloco do motor. Só é necessário um mancal novo, em vez de
retificar, quando há um desgaste excessivo que impeça a retífica.
Ilustração 14 - Mandriladora de mancais do motor.
Mandrialadora de bucha e de biela. A bucha e a bronzina encaixam na biela
uma em cada ponta (a bucha encaixa no pistão e a bronzina no colo do
virabrequim) para que o pistão provoque a combustão que permite o
funcionamento do motor. A bucha e a bronzina são peças cilíndricas que
com o atrito se desgastam necessitando ser retificadas. A retífica da bucha e
da bronzina é a troca dessas peças por outras novas com dimensões maiores
e a máquina torneia por dentro para diminuir até chegar nas dimensões
exatas. Para retífica de bucha e biela também se usa o óleo solúvel para não
haver alterações nas temperaturas e possíveis variações por causa da
dilatação.
Ilustração 15 - Retificadora de biela e bucha.
Ilustração 16 - Biela, A seta azul mostra a parte interna do furo debaixo que se chama bucha e a seta
vermelha que mostra o furo de cima onde fica a bronzina que são retificadas.
Prensa Hidráulica é utilizada para colocar peças que precisem de pressão
como a camisa do cilindro para serem retificadas.
Ilustração 17 - Prensa Hidráulica.
Retificadora de cilindros torneia as camisas encaixadas no cilindro do
motor. Retiram-se as camisas (tubos de ferro) usadas encaixadas nos
cilindros do motor e colocam-se outras novas. Depois de colocadas essas
camisas sofrem ajustes em suas dimensões para voltar aos padrões de um
motor novo.
Ilustração 18 - Retificadora de cilindro. A Brunidora faz riscos cruzados, bem finos, dentro dos cilindros do motor
para reter o óleo diesel em seu funcionamento. Para realizar esses riscos os
cilindros não podem sofrer alterações como dilatação para não comprometer
as dimensões entre os riscos que precisam ser exatos e é usado um óleo
solúvel para refrigerar a peça durante sua retificação.
Ilustração 19 - Brunidora de cilindro.
Uso de termostato na Brunidora de cilindros para refrigerar a peça e
substituir o uso do óleo solúvel para resfriar a peça e garantir a não dilatação
e não comprometer as dimensões na retífica.
Ilustração 20 - Termostato.
Torno universal é para fabricação e reparação de diversas peças. Ele serve
como um equipamento para peças que não tem equipamento específico.
Ilustração 21 - Torno Universal.
Raio X de peças de metal para identificar rachaduras. Para identificar se há
rachaduras ou fissuras em peça de metal utiliza-se um contraste na peça para
quando a luz iluminar a peça o contraste mostra, se houver, os locais das
fissuras e rachaduras. Esse equipamento serve como uma ferramenta de
diagnóstico para o serviço de retífica.
Ilustração 22 - Equipamento de Raio X.
Nessa etapa há o descarte de diversos produtos como óleo solúvel que é vendido
para reutilização em outro processo fora da empresa, pano utilizado para limpeza de
equipamentos que é descartado em lixo comum e as peças velhas que foram substituídas e
limálias de ferro do processo de tornear as peças, são vendidas para sucateiros.
Ilustração 23 - Seta vermelha mostra o óleo lubrificante usado e a seta azul a limália de ferro.
Ilustração 24 - Óleo solúvel para refrigeração.
3 – Montagem e pintura dos motores
Depois de todas as peças do motor serem retificadas elas são lavadas, lubrificadas,
montadas, pintadas (quando necessário) e embaladas para a expedição (entrega para o
cliente).
O processo de lavagem para entrega ao cliente é o mesmo do início da retífica.
Nessa etapa há o descarte de diversos produtos como pano e estopa utilizados para
limpeza de equipamentos e outras sujeiras, principalmente de óleo, que são descartados em
lixo comum.
7 PROGNÓSTICO
A partir da realização da visita à empresa foi possível verificar a existência de
diversos focos de desperdício.
Desse modo, pelo que foi observado torna-se necessário algumas providências no
sentido de minimizar desperdícios, a saber:
1 – Redução do consumo de água.
Estudar o processo de lavagem de peças para redução do consumo de água.
2 - Redução do consumo de energia elétrica.
Estudar as possibilidades de melhor aproveitamento da luz natural no galpão de produção.
3 – Redução do consumo de matérias-primas utilizadas nos processos de lavagem de
peça.
Observar como pode ser definido controle e medidas mínimas necessárias para os produtos
utilizados no processo.
8. ANEXO - INSTRUMENTOS DE APOIO DO SEBRAE/DF AOS MICRO E PEQUENOS EMPRESÁRIOS
Em tempos de economia e mercados globalizados, é questão de sobrevivência a necessidade de elevar a competitividade das empresas, mediante o aperfeiçoamento dos processos produtivos, redução dos custos e melhoria da qualidade e segurança dos produtos.
Para tanto o Sebrae/DF está oferecendo aos Micro, Pequenos e Médios empresários, alguns produtos que viabilizam a melhoria dessas empresas.
8.1 Programa Sebrae de Eficiência Energética - Energia Brasil
SUA EMPRESA TEM MAIS FORÇA COM MENOS CUSTOS DE ENERGIA
O Programa Energia Brasil tem como objetivo preparar as Micro, Pequenas e Médias Empresas e empreendedores, para o uso inteligente e eficiente de energia, eliminando desperdícios e otimizando o desempenho dos equipamentos, para o mínimo de consumo. Proporcionará aos empresários ganhos de produtividade e de lucratividade na perspectiva do desenvolvimento sustentável, possibilitando a eles conhecerem como sua empresa está utilizando a energia e como atuar para melhorar sua eficiência.
Foi assinado o Convênio entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal – SEBRAE/DF e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento Regional do Distrito Federal – SENAI-DR-DF, o qual está executando as ações do Programa em parceria com este SEBRAE/DF.
PÚBLICO ALVO:
As ações serão realizadas de forma segmentada para empreendedores da Indústria, Comércio, Serviços e Setor Rural.
AÇÕES DO PROGRAMA:
Curso de Eficiência Energética
Curso para capacitação de empreendedores e empresários da indústria, comércio, serviços e setor rural com o objetivo de fornecer a você instrumentos capazes de tornar os processos de produção de bens e serviços mais eficientes e com redução de custos com energia.
Carga Horária: 9 horas/aula
Auto-avaliação do Uso de Energia Elétrica
Por meio de formulários padronizados, você terá a oportunidade de identificar, de forma simples, como a sua empresa está envolvida e/ou desenvolvendo ações no sentido de tornar eficiente o uso da energia. Este item poderá ser o ponto de partida para implementação de outras ações inseridas neste Programa.
Avaliação de Pontos Críticos
Por meio de visitas às Micro, Pequenas e Médias Empresas com agentes de energia cadastrados pelo SEBRAE-DF, serão identificadas possíveis economias de energia elétrica
que podem ser facilmente aplicadas na sua empresa. Esta avaliação é feita através de um processo simplificado de cálculo e abordagem, envolvendo a análise das contas de energia e os diversos usos finais.
Consultoria
Consultores farão levantamentos das formas e uso da energia elétrica e oferecerão ao empresário informações essenciais que permitirão otimizar a utilização e a substituição de equipamentos, máquinas e processos por outros mais eficientes, bem como, implementar um modelo simples de gestão e administração de energia elétrica.
OBSERVAÇÃO: As ações de consultoria serão pagas pelo Sebrae/DF (70% dos custos do projeto), os 30% restantes, serão rateados entre o grupo composto por, no mínimo 5 empresários do mesmo segmento.
8.2 Programa de Alimentos Seguros - PAS
Atentos às mudanças e cientes de seu papel de agentes de apoio e fomento às empresas, uniram-se o SEBRAE, SENAI, SESI, SENAC, SESC e ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária), para lançar o projeto Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), que desde 2002 evoluiu para o Programa Alimentos Seguros (PAS).
O sistema simplifica as ações de segurança dos alimentos, indicando quais as operações críticas e chaves do processo, oferecendo formas eficientes para controlá-las e monitorá-las, a fim de facilitar o trabalho dos gerentes (proprietários), bem como orientar o trabalho dos manipuladores de alimentos.
Entre as principais vantagens e benefícios para a empresa com a implantação do APPCC e das Boas Práticas de Fabricação estão:
Oferecer um alto nível de segurança dos alimentos;
Contribui com a redução dos custos de produção, diminui a destruição ou reprocessamento de produtos e aumenta a produtividade com qualidade e segurança;
Consolida a imagem e dá credibilidade à empresa, aumenta sua competitividade tanto no mercado interno como no externo;
Contribui para o atendimento aos aspectos legais dos órgãos de fiscalização sanitárias.
8.3 SEBRAETEC – Informações Básicas
O SEBRAETEC tem por objetivo promover a melhoria e à inovação de processos e produtos de Micro e Pequenas Empresas, localizadas em arranjos produtivos, por meio de serviços de consultoria tecnológica prestadas por Entidade Executoras. Visa a incorporação de tecnologia e ao aumento da competitividade dos pequenos negócios.
Público alvo: Micro e Pequenas empresas dos setores da Indústria (inclusive agroindústria), do Comércio, de Serviços e Agropecuário.
O SEBRAETEC possui quatro linhas de apoio:
a) suporte Tecnológico
Apóia serviços de consultoria tecnológica que visem fornecer soluções rápidas e sob medida para problemas específicos de produtos e processos das empresas.
Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual 50%; coletivo: 70%
Contrapartida do empresário para a entidade executora: 50% para atendimento individual e 30% para atendimento coletivo (neste caso será feito rateio entre um número mínimo de 5 empresários e máximo de 10).
b) Suporte Empresarial
Apóia ações que têm como objetivo fornecer ao empresário, informações para o planejamento de suas atividades, por meio de estudo de viabilidade técnica e/ ou econômica e planos de negócios, direcionados para a agregação de valor aos produtos e/ou processos, associados às atividades de planejamento, difusão e inovação tecnológica.
Busca ainda, por meio de diagnóstico empresarial, identificar as necessidades das empresas localizadas nos arranjos produtivos.
Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual 50%; coletivo: 70%
Contrapartida do empresário para a entidade executora: 50% para atendimento individual e 30% para atendimento coletivo (neste caso será feito rateio entre um número mínimo de 5 empresários e máximo de 10).
O Sebrae/DF paga 100% da realização de diagnóstico (valores de até R$ 300,00 por empresa).
c) Modernização Tecnológica
Tem por objetivo apoiar ações que visem solucionar, atualizar, capacitar e implementar tecnologias de processo, de produto e acessar conhecimentos sobre equipamentos de produção, contribuindo para elevar o patamar tecnológico das empresas.
Essa linha abrange as modalidades de atendimento para: Aperfeiçoamento Tecnológico e Desenvolvimento de Máquinas e Equipamentos.
Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual 50%; coletivo (APL): 70%. Contrapartida do empresário para a entidade executora: 50% para atendimento individual e 30% para atendimento coletivo (neste caso será feito rateio entre um número mínimo de 5 empresários e máximo de 10). Para atendimento coletivo de empresas não inseridas em Arranjos Produtivos Locais a participação do Sebrae é de 60% e a do empresário de 40% (atendimento em grupo).
d) Inovação Tecnológica
Essa linha apóia ações de inovação tecnológica de produtos e de processos. O produto ou processo deverá ser, necessariamente, novo para o mercado.
Forma de Atendimento: Apoio SEBRAE, individual, por natureza 70%; Contrapartida do empresário, para a entidade executora 30%.
8.4 Cursos Oferecidos pelo Sebrae/DF
A ESCOLHA DE UM SÓCIO - 4 horas ANÁLISE DE MERCADO - 16 horas ANÁLISE E PLANEJAMENTO FINANCEIRO - 15 horas APRENDER A EMPREENDER - 3 Modalidades (telessalas 24h; Kit de estudo
autônomo dois meses; Internet dois meses) ATENDIMENTO AO CLIENTE - 15 horas BUSCANDO RECURSOS FINANCEIROS - 4 horas CAPACITAÇÃO RURAL - 80 horas COMO VENDER MAIS E MELHOR (MÓDULO 1) - 15 horas - Treinamento; 3 horas
- Consultoria Coletiva (grupo de 5 pessoas); 2 horas - Palestra (depoimento de um empresário bem-sucedido)
COMO VENDER MAIS E MELHOR (MÓDULO 2) - 15 horas - Treinamento; 3 horas - Consultoria Coletiva (grupo de 5 pessoas); 2 horas - Palestra (depoimento de um empresário bem-sucedido).
COMO VENDER MAIS E MELHOR (MÓDULO 3) - 15 horas - Treinamento; 3 horas - Consultoria Coletiva (grupo de 5 pessoas); 2 horas - Palestra (depoimento um empresário bem-sucedido)
CONTABILIDADE NA PRÁTICA - 15 horas CONTROLES FINANCEIROS - 15 horas D-OLHO NA QUALIDADE (5 S para os pequenos negócios) - 16 horas DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES - 15 horas. DESPERTANDO PARA O ASSOCIATIVISMO - 4 horas EFICIÊNCIA ENERGÉTICA PARA, PEQUENA E MÉDIAS EMPRESAS - 16 h EMPRETEC - 80 horas (9 dias consecutivos) FORMAÇÃO DE PREÇOS - 15 horas GESTÃO DA QUALIDADE: PESSOAS - 24 horas GESTÃO DA QUALIDADE: AUDITORIAS INTERNAS - 15 horas GESTÃO DA QUALIDADE: OS PRINCÍPIOS - 28 horas GESTÃO DA QUALIDADE: OS PROCESSOS - 15 horas GESTÃO DA QUALIDADE: OS REQUISITOS DA ISO 9001 - 16 horas. GESTÃO DE PESSOAS - 15 horas GESTÃO E TÉCNICAS DE PRODUÇÃO - 15 horas INICIANDO UM PEQUENO GRANDE NEGÓCIO - Presencial: 30 horas (6 horas
por módulo); Internet: 60 dias (cinco horas por semana - recomendável). INICIANDO UM PEQUENO GRANDE NEGÓCIO AGROINDUSTRIAL - 30 h. LÍDER CIDADÃO - 40 horas LIDERAR - 48 horas LOGÍSTICA - 15 horas PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - 15 horas PRATICANDO O ASSOCIATIVISMO - 16 horas PROGRAMA SEBRAE DE QUALIDADE TOTAL RURAL - 98 Horas SABER EMPREENDER - 27 horas (3 dias consecutivos) TÉCNICAS DE VENDAS - 15 horas TÉCNICAS PARA NEGOCIAÇÕES - 15 horas.