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Caros Irmãos: Estamos novamente em contato para oferecer mais uma edição de nosso Chico da Botica, buscando fortalecer e divulgar nossa cultura maçônica. No dia 21 de outubro, tivemos mais um evento comemorativo a nosso 22º aniversário de fundação, que se dará no dia 19 de novembro de 2017, uma brilhante palestra proferida pelo Ilustre Prof. Dr. João Bernardes da Rocha Filho, com o tema Física e Espiritualidade, com um questionamento bastante complexo: “Que coisa é ser humano afinal?”. Durante mais de duas horas, num clima de fraternidade os presentes tiveram a oportunidade de dialogar com o apresentador e discutir pontos de vista sobre o assunto. No final houveram manifestações de plena aprovação de todos pela abordagem do assunto. Nesse mês de novembro estamos ultimando um evento de confraternização para saudar o dia 19 de novembro de 1995 e nosso idealizador, Irmão Heitor Dumoncel Pithan. Não podemos deixar de saudar a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas, de Juiz de Fora MG, pela beleza e sucesso do XXIV Encontro de Estudos e Pesquisas Maçônicas, em João Pessoa PB, nos dias 13 e 14 de outubro de 2017, com o tema Simbologia e ritos Maçônicos, onde foram apresentados belíssimos trabalhos de estudos e pesquisas. Nos encaminhando para mais um final de ano deixamos a edição nº 115 de nosso Chico da Botica, desejando proporcionar uma boa leitura e que a mesma seja útil para os Irmãos e o desenvolvimento de nossa cultura maçônica. Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS EDITORIAL: Saudação a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e PesquisasINFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS Ano 13, Edição nº. 115 Data: 31 de outubro de 2017 Editorial: Saudação a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e PesquisasSonetos : DESCONHEÇO E RECONHEÇO e LIDERANÇA E AUTORIDADE - Irmão Adilson Zotovici - Pág. 2 1 O RITUAL NA MAÇONARIA - Irmão Marco Antonio Perottoni - Pág. 3 a 8 2 Á GAPE - Irmão Luiz A Rebouças dos Santos - Pág. 8 e 9 3 M AÇONARIA e sua Simbologia Irmão E. Figueiredo - Pág. 10 a 12 Nesta edição: À GLÓRIA DO G A D U Fundada em 19 de novembro de 1995 Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas Nota de Repúdio “Qualquer coisa que você possa fazer, ou sonhe que possa fazer, comece a fazê-la agora. A ousadia tem em si genialidade, força e magia” (Johann Wolfgang Von Goethe - 1749-1832)

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Caros Irmãos:

Estamos novamente em contato para oferecer mais uma edição de nosso

Chico da Botica, buscando fortalecer e divulgar nossa cultura maçônica.

No dia 21 de outubro, tivemos mais um evento comemorativo a nosso 22º

aniversário de fundação, que se dará no dia 19 de novembro de 2017, uma

brilhante palestra proferida pelo Ilustre Prof. Dr. João Bernardes da Rocha

Filho, com o tema Física e Espiritualidade, com um questionamento bastante

complexo: “Que coisa é ser humano afinal?”.

Durante mais de duas horas, num clima de fraternidade os presentes

tiveram a oportunidade de dialogar com o apresentador e discutir pontos de

vista sobre o assunto. No final houveram manifestações de plena aprovação de

todos pela abordagem do assunto.

Nesse mês de novembro estamos ultimando um evento de

confraternização para saudar o dia 19 de novembro de 1995 e nosso

idealizador, Irmão Heitor Dumoncel Pithan.

Não podemos deixar de saudar a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e

Pesquisas, de Juiz de Fora – MG, pela beleza e sucesso do XXIV Encontro de

Estudos e Pesquisas Maçônicas, em João Pessoa – PB, nos dias 13 e 14 de

outubro de 2017, com o tema Simbologia e ritos Maçônicos, onde foram

apresentados belíssimos trabalhos de estudos e pesquisas.

Nos encaminhando para mais um final de ano deixamos a edição nº 115 de

nosso Chico da Botica, desejando proporcionar uma boa leitura e que a mesma

seja útil para os Irmãos e o desenvolvimento de nossa cultura maçônica.

Um TFA a todos Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS

EDITORIAL: “Saudação a Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas”

INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B

AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA

DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS

Ano 13, Edição nº. 115 Data: 31 de outubro de 2017

Editorial: “Saudação a

L o j a F r a t e r n i d a d e

Brazileira de Estudos e

Pesquisas”

Sonetos : DESCONHEÇO

E RECONHEÇO e

LIDERANÇA E

AUTORIDADE - Irmão

Adilson Zotovici - Pág. 2

1

O RITUAL NA

MAÇONARIA -

Irmão Marco Antonio

Perottoni - Pág. 3 a 8

2

Á GAPE - Irmão Luiz A Rebouças dos Santos

- Pág. 8 e 9

3

M AÇONARIA e sua Simbologia

Irmão E. Figueiredo - Pág. 10 a 12

Nesta edição:

À GLÓRIA DO GA DU

Fundada em 19 de novembro de 1995

Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Notícias Rapidinhas Nota de Repúdio

“Qualquer coisa que você possa fazer, ou sonhe que possa fazer, comece a fazê-la agora.

A ousadia tem em si genialidade, força e magia”

(Johann Wolfgang Von Goethe - 1749-1832)

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Informativo

CHICO DA BOTICA

ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

CONHECIMENTO: Notícias Neste dia 31/10/2017 o Venerável Irmão Afrânio Marques Corrêa embarca com sua esposa para Portugal -Arquipélago dos Açores - onde realizarão Mestrado de Estudos Integrados dos Oceanos. A reunião do mês de março 2018, excepcionalmente, deverá ocorrer no dia 24, com a presença do Irmão Afrânio.

Desejamos uma Feliz e Profícua viagem de estudos.

Na ausência do Venerável e nossa próxima reunião será então dirigida, administrativamente como determinam nossas leis, pelo nosso Irmão Primeiro Vigilante Francisco Roberto de Oliveira. Há previsão de que seja feita uma reunião de congraçamento e de encerramento das atividades do ano no Sitio 2 Pias. As tratativas irão correr nos próximos dias. Aguardemos!

Sonetos

DESCONHEÇO E RECONHEÇO

A tua imagem desconheço

Se és aprendiz, companheiro....

Quiçá por ser longe o endereço

Do teu consagrado canteiro

Eu tenho por ti grande apreço

Pois mesmo distante és parceiro

Tua obra, de perto, conheço

Que eriges qual hábil obreiro

Assim, humilde, te ofereço

Este soneto sobranceiro

E ao Grande Arquiteto agradeço

Que da mesma mãe és herdeiro

E como tal te reconheço

Qual meu irmão...livre pedreiro !

Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif-169

LIDERANÇA E AUTORIDADE

Segue com fé e confiança

Praticando amor, caridade,

Com teus iguais em aliança

Na paz, na adversidade

Faz tua marca a temperança

Com humildade e austeridade

Mantém a chama da esperança

Bem viva na fraternidade

Ampara, sem qualquer cobrança

Semeia concórdia, equidade,

Broto de união como herança

Assim tu verás em verdade

Seguirem-te por liderança

E não por tua autoridade

Adilson Zotovici

ARLS Chequer Nassif-169

Irmãos efetivos e correspondentes

Mês de Novembro

02- RUI JUNG NETO

06- MARCOS HANS

08- JOSE APARECIDO DOS SANTOS

11- NELSON ANDRÉ HOFER DE

CARVALHO

20- JOÃO FERNANDO MOREIRA

24- LUIS REINALDO SCIENA

25- EDISON CARLOS ORTIGA

27- ANTONIO CANABARRO TRÓIS

FILHO

28- CARLOS EUGENIO MARTINS

30- RENATO GABRIEL

30– FRANCISCO DA ROCHA BARBOSA

Aos aniversariantes!

Nossas

Felicitações!!!

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

O RITUAL NA MAÇONARIA *Irmão Marco Antonio Perottoni

O RITUAL NA MAÇONARIA

Tema importante e que gera muitas discussões e

polemicas quando se pergunta quando, como surgiu e foi

introduzido o Ritual para dirigir os trabalhos maçônicos.

Buscamos juntar escritos e pesquisas de autores

reconhecidos na Ordem para a divulgação de um tema

que busca as origens do Ritual e que temos visto pouco

explorado em nossas Lojas.

Este trabalho tem como base principal estudos e

pesquisas levadas a efeito por Harry Carr, um dos mais

reconhecidos escritores e pesquisadores da Ordem,

eleito membro efetivo da Loja Quatuor Coronati de

Pesquisa, em Londres, no ano de 1953 e autor original do

nosso conhecido Ofício do Maçom - O Guia definitivo

para o trabalho maçônico, que em uma palestra,

realizada em 7 de maio de 1976, na Victoria Lodge of

Research and Education traz informações importantes e

comprovadas documentalmente, como ele mesmo

coloca.

Importante, também, esclarecer que este estudo foi

realizado com base no desenvolvimento da Maçonaria

Inglesa tentando desvendar a história do Ritual Inglês,

sem se referir a algum rito específico, desde o seu início

até sua padronização em 1813.

Como coloca Harry Carr, ―tudo começou em Londres,

Inglaterra, no ano de 1356, uma data muito importante e

começou como resultado de uma boa, antiquada, grande

disputa acontecendo em Londres entre maçons

talhadores, os homens que cortavam a pedra e os

maçons assentadores e ajustadores, os homens que na

verdade construíam paredes. Os exatos detalhes da rixa

não são conhecidos, mas como resultado dessa disputa,

12 hábeis Mestres maçons, com alguns homens famosos

entre eles, se apresentaram ao prefeito e vereadores na

Câmara Municipal de Londres, e com permissão oficial,

esboçaram um simples código de regulamentos da

profissão‖.

Se uniram para regulamentar a profissão, para igualar a

outras profissões já reconhecidas sem que este documento

possa ser tido como a primeira tentativa de organização e

padronização do que, no futuro, se transformaria em ritual.

Este ato tornou-se, em vinte anos, a Companhia dos

Maçons de Londres (London Masons Company), a primeira

guilda de ofício de maçons e um dos ancestrais diretos da

Franco Maçonaria de hoje. Era uma guilda de oficio e não

uma Loja.

A primeira real informação sobre Lojas se torna

conhecida através de uma coleção de documentos que são

conhecidos como ―Antigas Obrigações‖ (Old Charges) ou

as ―Constituições Manuscritas‖ da Maçonaria que começam

com o Manuscrito Régius de 1390; seguido pelo Manuscrito

Cooke, datado de 1410, que apresentaram 130 versões

que circularam no século XVIII.

O Manuscrito Régius, está em versos rimados e difere

em alguns poucos aspectos dos outros textos que

circularam posteriormente. Inicia com uma Oração de

Abertura, Cristã e Trinitária e continua com a história da

Ordem, começando nos tempos da Bíblia e em terras

bíblicas e traçam a ascensão da Ordem e sua expansão

através da Europa até atingir a França e a Inglaterra.

Mais tarde passaram a surgir os regulamentos e as

obrigações, para Mestres, Companheiros e Aprendizes,

incluindo regras de caráter puramente moral. Nenhum

registro até aqui que possam indicar a realização de uma

cerimônia maçônica.

Aqui transcrevemos as palavras de Harry Carr, para que

se mantenha a originalidade do depoimento: ―Então,

encontramos a instrução, que aparece regularmente em

praticamente todo documento, usualmente em Latim e diz:

―Então um dos sábios segura um livro (algumas vezes ‗o

livro‘, algumas vezes a ‗Bíblia‘ e algumas vezes a ‗Bíblia

Sagrada‘) e ele ou eles que serão admitidos colocarão sua

mão sobre ele e as seguintes Obrigações serão lidas.

Naquela posição os regulamentos eram lidos ao candidato

e tomavam seu compromisso, um simples compromisso de

fidelidade ao rei, ao Mestre e à Ordem, que ele deveria

obedecer aos regulamentos e nunca trazer vergonha à

Ordem. Isto era uma condução direta do compromisso da

guilda, a qual era provavelmente a única forma que eles

conheciam; sem babados, sem penalidades, um simples

XXIV ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS - JOÂO PESSOA - PB, 13 E 14 DE

OUTUBRO DE 2017

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

juramento de fidelidade ao Rei, ao empregador (o Mestre)

e ao Ofício. Deste ponto em diante, o juramento torna-se

coração e essência, o centro crucial de qualquer

cerimônia maçônica. O Régius, que é a primeira das

versões a sobreviver, enfatiza isso e vale a pena citar

aqui. Depois da leitura das Obrigações do Manuscrito

Régius, temos estas palavras: E todos os pontos acima, a

todos eles, ele precisa jurar. E todos jurarão o mesmo

juramento dos maçons, sejam eles determinados, sejam

eles relutantes. Gostassem ou não, havia apenas uma

chave que abriria a porta para dentro da Ordem e esta era

o juramento do maçom. ‖

Naquele tempo havia um Grau. Os documentos não

esclarecem se haviam mais Graus somente indicam a

realização de apenas uma cerimônia. A partir de 1598,

foram encontradas atas de duas Lojas Escocesas que

praticavam dois Graus.

Em 1650 surge o Manuscrito Harleian, nº 2054, que é

tido como uma versão das Antigas Obrigações, onde é

encontrada uma nota, manuscrita que descreve uma nova

versão do juramento do maçom e que mostra uma grande

mudança na forma de prestar o compromisso: (There is

his all words & signes of a free Mason to be revailed to

you wich you will answer: before God at the Great &

terrible day of Judgment you keep secret & not to revaile

the same heares of any person but to the M‗s & fellows of

the said Society of free Masons so help me God xc.) e

que pode ser traduzida: ―Há algumas palavras e sinais

de um franco maçom a serem reveladas a que você

responderá: antes de Deus no grande e terrível dia do

Juízo, você mantém o segredo e não revelará o mesmo a

qualquer pessoa além dos Mestres e Companheiros desta

Sociedade de pedreiros livres, então Deus me ajude.‖

A mais antiga prova encontrada que descreve um ritual

para dois Graus, é um documento datado de 1696,

reconhecido como Edinburgh Register House Manuscript,

por que foi achado no Escritório de Registros Públicos de

Edinburgh (Public Record Office of Edinburgh).

Tendo como título ―A FORMA DE TRANSMITIR A

PALAVRA MAÇÔNICA‖ que é, podemos dizer a maneira

de se iniciar um maçom. Assim descrito por Carr:

―Começa com a cerimônia que faz do Aprendiz um

―Aprendiz iniciado (geralmente três anos depois do

começo de seu contrato), seguida pela cerimônia para

admissão do Mestre maçom ou do Companheiro da

Ordem‖, o título do segundo Grau. O candidato ―era

colocado de joelhos‖ e ―após muitas cerimônias para

assustá-lo‖ ele pegava o livro e naquela posição, fazia o

juramento e aí está a mais antiga versão do compromisso

de um maçom descrito como parte da cerimônia completa.

―Pelo próprio Deus e você responderá a Deus quando

estiver nu perante ele, no grande dia, você não revelará

qualquer parte do que vai ouvir ou ver nessa hora por

palavra ou escrita nem escrever em qualquer tempo nem

desenhar na neve ou areia, nem falará sobre isso a não ser

a um maçom iniciado, assim Deus o ajude‖.

Segue a descrição da cerimônia: ―Depois que ele tinha

terminado a obrigação o mais jovem era retirado da Loja e

fora da porta da Loja era-lhe ensinado o sinal, posturas e

palavras de entrada Ele voltava, tirava seu chapéu e fazia

reverência e então dava as palavras de entrada, as quais

incluíam uma saudação ao Mestre e aos Irmãos. Aquilo

acabava com as palavras ―sob não menos dor que cortar

minha garganta‖ e há uma espécie de anotação que diz

―você deve fazer o sinal quando disser isso‖. Esta é a mais

antiga aparição em qualquer documento, do sinal do

Aprendiz iniciado.

O novo estágio na história do ritual é a evolução para o

Terceiro Grau. Na verdade, podemos saber muita coisa do

Terceiro Grau, mas é difícil afirmar como foi instituído,

como começou e quem começou.

As primeiras menções do terceiro Grau aparecem em

um documento conhecido como ―Trinity College Dublin

Manuscript‖, datado de 1711, encontrado entre papéis de

um cientista irlandês chamado Sir Thomas Molyneaux. É

iniciado com uma espécie de Tau Triplo e abaixo as

palavras ―Sob uma pena não menor‖ e apresenta espécie

de catálogo das palavras e sinais do Maçom nestes termos:

Ele dá o sinal (demonstra) do Aprendiz com a palavra B.

Ele dá ―articulações (de ossos) e tendões‖ como o sinal de

―Companheiro‖, com a palavra J. O ―sinal de Mestre é

espinha (backbone)‖ e para ele (i.e. o MM) o escritor dá a

pior descrição do mundo para os CPDC. Aperte o Mestre

em sua espinha, ponha seu joelho entre os dele e diga

Matchpin. É a segunda versão da palavra do terceiro Grau.

É um documento com descrição para três Graus

separados; Aprendiz, Companheiro e Mestre, mas ainda

não é prova para consolidar a pratica de três graus, mas

Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

mostra que alguém estava desenvolvendo a ideia em 1711.

Um documento datado de 1726, o Manuscrito Graham,

que começa com um catecismo de treze Perguntas e

Respostas, seguidas por uma coleção de lendas,

principalmente sobre personagens bíblicos.

Uma lenda fala como três filhos foram ao túmulo do pai,

tentar ver se poderiam encontrar alguma coisa sobre ele,

que os conduzisse ao segredo virtuoso que esse famoso

pregador tinha. Eles abriram a tumba, nada encontrando,

salvo o corpo morto quase totalmente consumido e a partir

dai fica registrada o que se tem com a primeira história de

uma exaltação num contexto Maçônico, aparentemente um

fragmento da lenda Hiram Abib. Outras lendas são descritas,

uma diz respeito a ―Bazalliell‖, o artesão que construiu o

Tabernáculo e a Arca da Aliança para os israelitas.

No catecismo, uma resposta fala por aqueles que, tendo

obtido uma voz tríplice por ser iniciado, elevado e exaltado e

confirmado por três diversas Lojas que significa três Graus

separados, três cerimônias separadas.

Isto são registros independentes, mas não são atas. As

primeiras atas que registraram um Terceiro Grau referem-se

a uma cerimônia que não aconteceu numa Loja e sim se

realizou na London Musical Society.

Em dezembro de 1724 houve uma reunião de uma Loja,

na Taverna Queen‘s Head, na Rua Hollis, Strand. O melhor

da sociedade musical, arquitetônica e cultural da época

eram membros da Loja. Era Venerável da Loja o Duque de

Richmond que era também Grão-Mestre.

Nos registros da Sociedade Musical consta que em 22 de

dezembro de 1724, ―Charles Cotton foi feito Maçom pelo

Grão-Mestre na Loja de Queen‘s Head e, em 18 de fevereiro

de 1725, antes de fundada a Sociedade, uma Loja foi

formada para que elevasse Charles, que foi regularmente

passado a Mestre‖.

Afirma Harry Carr: ―Agora temos a data da Iniciação, sua

Elevação e sua Exaltação; não há dúvida de que ele

recebeu três Graus. Mas, ―regularmente passado a Mestre ‖

— Não! Não poderia ser mais irregular! Aquilo era uma

Sociedade Musical — não uma Loja! Mas eu lhes disse que

eles eram gente fina e tinham alguns visitantes muito

ilustres. Primeiro, o Primeiro Grande Vigilante veio vê-los,

depois, o Segundo Grande Vigilante, e depois, eles

receberam uma carta vexatória do Grande Secretário e, em

1727, a sociedade desapareceu. Nada sobrou, exceto seu

livro de atas na Biblioteca Britânica (British Library)‖. Este,

embora irregular, é o registro do mais antigo Terceiro Grau.

A prova material da prática do Terceiro Grau veio da

Escócia, mais precisamente, como descreve Carr, da Loja

Dumbarton Kilwinning nº18 da Grande Loja da

Escócia, que foi fundada em janeiro de 1726. Na

reunião de fundação, estavam presentes o Venerável

com sete Mestres Maçons, seis Companheiros e três

Aprendizes; alguns eram maçons operativos, alguns

não operativos. Dois meses depois, em março de

1726, temos essa ata: “Gabriel Porterfield que

compareceu na reunião de janeiro como Companheiro

foi unanimemente admitido e recebido como Mestre da

Fraternidade e renovou seu compromisso e deu seu

dinheiro de entrada‖.

Em dezembro de 1728, outra Loja, Greenock

Kilwinnig, em seu primeiro encontro, prescreveu taxas

separadas para iniciação, elevação e exaltação.

A partir dai temos inúmeras e consistentes provas

da prática dos três Graus e, em outubro de 1730,

temos a primeira revelação impressa que descrevia, ou

alegava descrever, os três Graus, Maçonaria

Dissecada, que publicada por Samuel Prichard.

A partir de 1725, surgem novas evidências sobre o

uso dos rituais, quando os ingleses levaram a Franco-

Maçonaria para a França, onde as Lojas se reuniam

em tavernas e a partir de 1736, como receio de que as

Lojas fossem usadas para atuarem contra o poder foi

emitido um edital, por René Herault, Tenente-general

da Policia proibindo os donos das tavernas abrigarem

Lojas maçônicas sob pena de fechamento e multa. As

Lojas continuaram a se reunir, agora na

clandestinidade.

Herault fez outras tentativas de desconstituir a

Maçonaria, inclusive conseguindo por meios não

ilícitos um ritual e o fez publicar nos jornais da época,

mesmo assim não obteve sucesso.

Em 1742 é publicado ‖O Segredo dos Franco-

Maçons‖ (Le Secret dês Franc-Maçons), por Abbé

Perau, que era Prior da Sorbonne, a Universidade de

Paris. Narra com beleza o primeiro Grau, mas

descreveu muito pouco sobre o segundo Grau e

descreveu o Grau de Mestre como ―uma grande

lamentação cerimonial da morte de Hiram‖ e dizia que

os Mestres Maçons tinham apenas um novo sinal.

―O Catecismo dos Franco-Maçons‖ (Le Catechisme

dês Franc-Maçons), publicado em 1744, por Louis

Travenol, um jornalista francês que publicou

deliberadamente as revelações porque os maçons o

tinham excluído e seu tom é moderadamente

antimaçônico e limita sua revelação ao Grau de Mestre

Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA

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Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -

ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

Maçom descrevendo de forma clara a cerimônia e o

plano da Loja.

A última das revelações francesas é ―A Ordem dos

Franco-Maçons Traídos‖ (L‘Ordredes Franc-Maçons

Trahi), publicada em 1745 por um escritor anônimo. Não

havia leis de direitos autorais naquele tempo e este autor

anônimo que reuniu os livros de Perau e Trevenol,

adicionou algumas notas pessoais e o imprimiu como se

fosse seu. Nesta publicação apareceu pela primeira vez

as Palavras de Passe impressas com a explicação que

eram raramente usadas, exceto na França e em

Frankfurt on Main (Alemanha).

Relata Carr que ―no ano de 1730, a Grande Loja da

Inglaterra estava em grande confusão por causa das

exposições que estavam sendo publicadas,

especialmente a ―Maçonaria Dissecada‖ de Prichard, que

foi oficialmente condenada na Grande Loja. Mais tarde,

como medida preventiva, certas palavras nos primeiros

dois Graus foram alternadas, um movimento que deu

oportunidade para o surgimento de uma Grande Loja

rival. ―Le Secret‖, 1742, ―Le Catecisme‖, 1744 e o ―Trahi‖,

1745, deram todas aquelas palavras na nova Ordem e,

em 1745, quando as Palavras de Passe fizeram sua

primeira aparição na França, também apareceram na

Ordem inversa. Sabendo quão metodicamente a França

tinha adotado — e melhorado — as práticas rituais

inglesas, parece ser uma forte probabilidade que

Palavras de Passe já estavam em uso na Inglaterra

(talvez em Ordem inversa), mas não há um documento

inglês sequer que ampare essa teoria.

Assim em 1745 a maioria dos principais elementos

dos Graus da Ordem já existiam e quando as novas

correntes de rituais ingleses começaram a aparecer nos

anos de 1760. Mas era ainda muito cru e um grande

esforço no polimento precisava ser feito. O polimento

começou em 1769 por três escritores — Wellins Calcutt e

William Hutchinson, em 1769 e William Preston em 1772,

que superou os outros.‖

Com a grande rivalidade das duas Grandes Lojas

Inglesas, os Modernos, fundada em 1717 e os Antigos,

fundada em 1751, promoveram alterações profundas no

que existiu até 1751, pois suas diferenças estavam

justamente nos rituais. Isto durou até 1809 quando os

―Modernos‖, deram os primeiros passos em direção da

reconciliação, ao solicitarem a formação da Loja de

Promulgação, segundo Carr ou Reconciliação, segundo

MacNulty, para elaborar um novo ritual que fosse

satisfatório para ambas as Grandes Lojas Inglesas. O

trabalho rendeu bons resultados aceito por ambos os lados.

Conforme MacNulty, na Inglaterra, a evolução do ritual

foi finalizada no ano de 1813, quando a Loja da

Reconciliação (Loja de Promulgação, segundo Carr),

demonstrou o que temos hoje como Trabalho de Emulação

e que foi introduzido tanto pelos Modernos como pelos

Antigos e se espalhou pelas Lojas dos Estados Unidos da

América.

Desta época até nossos dias foram surgindo os mais

variados tipos de ritos e rituais que, em muito alteraram e

até deturparam os originais por mais de seiscentos anos.

Certamente sempre tivemos e vamos continuar tendo

inventores na Maçonaria.

Pensando em Grande Oriente do Rio Grande do Sul,

hoje temos em atividades sete Ritos e cada um com seus

Rituais, vejamos, com um breve histórico e em Ordem

alfabética:

Rito Adonhiramita - surgiu com a publicação, em 1744,

da primeira edição e, logo a seguir, a segunda edição em

1747, do trabalho de Louís Travenol, que com o nome de

Leonard Gabanon mandou imprimir o seu "Catechisme de

Franc Maçons" ou "Le Secret dês Franc Maçons", onde

imputava o nome de Adonhiram sobre o qual o Grau de

Mestre devia ser fundamentado, trocando pelo de Hiram. No

Brasil, o Rito foi introduzido regularmente em 15 de

novembro de 1815, data da fundação da Loja Comércio e

Artes, por Maçons obedientes ao Grande Oriente Lusitano.

É tido como o primeiro Rito a se desenvolver regularmente

e continuamente no Brasil.

Rito Brasileiro - organizado de conformidade como o

Decreto de nº 500 de 23 de dezembro de 1914, seguindo-se

outros dois outros Decretos, consolidando o Rito, o Decreto

536, com o aval da Soberana Assembleia, em 17 de

outubro de 1916 e o Decreto 554, de 13 de junho de 1917.

A implantação definitiva ocorreu em 1968, com o Decreto

nº. 2080, de 19 de março de 1968, com a constituição de

uma comissão especial com amplos poderes de revisão e

reestruturação do Rito.

Rito de Emulação ou York - advém do grande prestígio

que gozavam os maçons da cidade de York situada ao

Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA

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Informativo CHICO DA BOTICA

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ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas

norte da Inglaterra em meio ao caminho entre Londres e

Edimburgo, sede dos ―Antigos‖ que se contrapunham com

os ―Modernos‖ sediados em Londres. Em 27 de dezembro

de 1813 com a formalização do "Act Of Union" pelos

Duques de Kent (Antigos) e de Sussex (Modernos) as duas

Grandes Lojas reconciliaram-se e fundiram-se surgindo a

Grande Loja Unida da Inglaterra. No Brasil a primeira Loja a

praticar o Rito de Emulação foi a "Orphan Lodge', em 28 de

junho de 1837, na cidade do Rio de Janeiro, vinculada

diretamente a UGLoE.

Rito dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos, ou Rito

Escocês dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos - Para

determinarmos a origem do Rito faz-se necessário um

exercício de lógica, remontando à Inglaterra nos idos de

1700, época dos Maçons Especulativos, quando para ser

maçom os homens tinham que ser livres e aceitos. Com a

cisão ocorrida na Grande Loja da Inglaterra (1751), os

maçons se dividiram em Antigos e Modernos. Em 1813,

com a união das Grandes Lojas inglesas estas adotaram a

forma de trabalho dos Antigos, daí surgindo a denominação

do Rito dos Maçons Livres, Antigos e Aceitos – MLAA. No

Rio Grande do Sul o Rito tem origem na Grande Loja

Maçônica do Rio Grande do Sul - GLMERGS, identificado

também como Rito Simbólico ou Rito Azul, praticado e

identificado, atualmente, como Rito Escocês Antigo e

Aceito - REAA.

Rito Moderno ou Frances - Criado na França em 1761,

constituído em 24 de dezembro de 1772 e proclamado pelo

Grande Oriente da França, em 09 de março de 1773. Em

1786, em virtude de alterações que provocaram muitas

reações contrarias pela supressão de Graus (só reconhecia

os três Graus simbólicos) a Câmara dos Ritos apresentou

ao Grande Oriente da França o rito com sete Graus, tendo

sido aprovado em Assembleia, com o título de Rito Francês

ou Moderno, mantendo suas características teístas. Na

Convenção de 1877, ficou decidido que "A Franco-

Maçonaria não é deísta, nem ateia, nem mesmo positivista

e tem por princípio único o respeito absoluto à liberdade de

consciência". No Brasil, autores afirmam que desde 1815 já

existia, no Brasil, uma Loja maçônica do Rito Moderno. Era

a Loja Comércio e Artes, primaz do Brasil, fundada em 15

de novembro de 1815 sob os auspícios do Grande Oriente

de Portugal, afirmação que se contrapõe a implantação,

também no Brasil, do Rito Adonhiramita.

Rito Escocês Antigo e Aceito – é ponto polêmico

determinar a real origem do Rito. Pode ser escocesa,

pois a base do Rito é historicamente tida como levada

pelos Stuarts e sua corte, quando exilados na França em

1715. Nesse mesmo ano, James Radclyffe, Conde,

acompanhado de seu irmão Charles Radclyffe, ambos

fiéis declarados à causa Stuart, retomaram à Escócia

para participarem de uma rebelião. A rebelião fracassou e

ambos foram presos, sendo que o Conde James

Radclyffe foi executado e Charles Radclyffe conseguiu

fugir e retomar à França. Dez anos depois, Charles

Radclyffe, então secretário do Príncipe Charles Edward

Stuart, na França, atendendo o desejo do príncipe e de

sua corte, funda a primeira Loja Maçônica "Escocesa‖ em

território francês. Essas Lojas Escocesas rapidamente se

proliferam em território francês. E, na mesma intensidade

da proliferação de Lojas, ocorreu a proliferação de Graus

e de ritos. Em 1745, apoiando uma frustrada tentativa dos

Stuarts de retomada do trono da Inglaterra, o Conde

Charles Raclyffe é capturado e executado em Londres.

Porém, sua iniciativa maçônica foi o embrião do que viria

a se tornar, dentre vários ritos maçônicos, o Rito de

Heredom, com o reconhecimento de vinte e cinco Graus.

Quando do surgimento do Supremo Conselho do Rito

Escocês Antigo e Aceito, em Charleston, nos Estados

Unidos, em 1801, com seu sistema de 33 Graus,

aproveitou-se o emblema do Rito de Heredom, da águia

bicéfala coroada sobre uma espada, acrescentando

acima dessa um triângulo inscrito com o número 33. O

Rito então foi batizado de Rito Escocês Antigo e Aceito.

Conforme coloca o Irmão Kennyo Ismail: ―temos então

um rito de raízes escocesas, desenvolvido na França e

concluído nos EUA. Uma polinacionalidade condizente

com a complexidade e profundidade de seus Graus, e

com sua prática em dezenas de países espalhados pelo

mundo. ‖O Rito Escocês Antigo e Aceito só foi

oficialmente introduzido no Brasil em 15 de setembro de

1833. A adoção oficial do Rito Escocês Antigo e Aceito

ocorreu um ano após, pelo Grande Oriente Brasileiro do

Passeio (dissidente do GOB) quando quinze Lojas o

adotaram, em 15 de setembro de 1834.

Rito Schröder - Os Rituais de Schröder foram

aprovados em 29 de junho de 1801 pela Assembleia das

Lojas da Grande Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa

Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA

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Saxônia, ligada a Grande Loja de Londres

(1717), e rapidamente conquistaram

inúmeras Lojas de língua germânica por

toda a Europa. Posteriormente, foram

adotados por alemães e seus

descendentes em diversos países e, no

Brasil, com a colonização germânica no

Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o

Rito estabeleceu-se inicialmente no idioma

Alemão. Mais tarde, os rituais foram

traduzidos para o Português e foram

adotados por diversas Grandes Lojas

Estaduais (CMSB); pelo Grande Oriente do

Brasil – G.O.B.; e por diversos Grandes

Orientes Estaduais Independentes

(COMAB), sendo o Brasil um dos poucos

países a adotar o Rito traduzido para o seu

idioma.

Este é um tema que traz muito

envolvimento e, principalmente, muitas

interpretações e conclusões pessoais, não

se esgotando novas e oportunas

informações sobre o assunto e até

posicionamentos contrários as posições e

interpretações dos autores citados e suas

conclusões.

*Marco Antonio Perottoni -Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas - Loja Cônego Antonio das Mercês -GORGS - Porto Alegre - RS

Bibliografia Básica: - Carr, Harry - palestra realizada em 7 de maio de 1976, na Victoria Lodgeof Research and Education - Texto traduzido e cedido pelo Ir. Paulo Daniel Monteiro. - Carr, Harry – O Oficio do Maçom – Madras - 2007 – São Paulo – SP – atualmente editado por Karg, Barb e Young, John K. - MacNulty, W. Kirk – A Maçonaria, Símbolos, segredos significado – Ed. Martins Fontes Ltda. – 2007 - São Paulo – SP. - Ismail, Kennyo - A Origem e o Desenvolvimento do REAA - Jung Neto, Rui – O Rito Schröder – Set/2015. - GORGS – Estatuto e Regulamento Geral. - Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas – Trabalhos apresentados em Nov/2004 – Ritos praticados no GORGS.

O melhor livro que li nestas últimas férias foi presente de um querido

irmão da Loja Concórdia et Humanitas, o Renato Alves Fortes,

profissional respeitado e mais do que competente em sua área. Não era

um livro específico de maçonaria, mas uma história sobre a essência da

liderança - O Monge e o Executivo, de James C. Hunter.

Dentre a inúmera bibliografia que existe sobre o tema, seria apenas

mais um, se não tivesse um conteúdo absolutamente espiritual sem ser

piegas. Surpreendeu-me quando analisa e reconecta o tema do amor.

Tendo tudo para colocar lugares-comuns, o autor propõe uma abordagem

adulta, como eu não havia visto antes.

Fala-se de amor ao próximo, fala-se de amor aos irmãos da Ordem ou

de amor a Deus, não conseguindo chegar ao âmago da questão. Afinal,

amor é um sentimento? Seria o mais nobre dos sentimentos? E como eu

poderia transferir para a Humanidade inteira esse sentimento, sem que

haja uma postura hipócrita diante de tantas criaturas execráveis que

cruzam nossos caminhos?

A proposta de um amor incondicional esbarra no primeiro mendigo que

encontro dormindo na pracinha em frente de casa, com sua imundice, seu

mau cheiro, suas tralhas tiradas do lixo e espalhadas por entre rios de

urina e morrinhos de fezes acumuladas nos canteiros. Como lidar com

esse contraditório?

O autor explica que nós, ocidentais, fazemos uma forte confusão do

amor sentimento com o amor ação. A origem está nas traduções do grego

para o latim e deste, para nossas vidas. Os gregos usam várias palavras

diferentes para descrever o multifacetado fenômeno do amor: eros tem

um sentido de paixão, desejo ardente; storgé é afeição, especialmente

com a família entre seus membros; philos ou fraternidade, um amor

recíproco, da espécie condicional, você me faz o bem e eu faço o bem a

você; o substantivo agapé o verbo correspondente agapaó descrevem um

amor incondicional, baseado no comportamento com os outros, sem

exigir nada em troca. É o amor da escolha deliberada.

Nem sempre podemos controlar o que sentimos por uma pessoa, mas

sempre podemos controlar nossas ações, nosso comportamento que,

apesar do sentimento negativo, pode-se ser respeitoso e honesto.

Manifestar o amor é ser paciente, bom, não ser arrogante e nem se

comportar de maneira inconveniente. Portanto, paciência, bondade,

humildade, respeito, generosidade, perdão, honestidade e compromisso

são ações - e não sentimentos - que se traduzem na ágape, caridade, ou

amor incondicional.

Ser paciente, talvez possa ser definido como mostrar autocontrole,

como propõe o autor do texto em questão, e essa é uma qualidade do

maçom. Todos nós estamos sujeitos a cometer erros e a forma amorosa

de reconduzir ao bom caminho, certamente não passa por grosserias,

gritos e outras formas inadequadas de comportamento, que serviriam

apenas para reforçar atitudes negativas. A responsabilização pela correta

execução de uma tarefa seja ela no mundo profano ou na própria Ordem,

sem dúvida é a mais importante forma de demonstração de um

comportamento amoroso, usando-se a calma, o respeito e a firmeza.

Cont.: O RITUAL NA MAÇONARIA

ÁGAPE - Irmão Luiz A Rebouças dos Santos

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Cont.: ÁGAPE .

Muitos irmãos acham, erradamente, que ouvir é um

processo passivo, que consiste em ficar em silêncio

enquanto a outra fala. Krishnamurti adverte, em seus livros,

que um bom ouvinte não fica fazendo julgamentos sobre o

que o interlocutor está falando e nem se comporta

seletivamente, ouvindo apenas o que está de acordo. O

ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para

silenciar toda a algaravia interna, enquanto ouvimos outro

ser humano. Essa identificação com o interlocutor chama-

se empatia, e define uma atitude bondosa, amorosa, de

quem ouve. Ouvir e compartilhar o problema de outra

pessoa alivia a sua carga, produz um efeito catártico, em

fazer-se ouvir por outra pessoa e poder expressar-lhe

nossos sentimentos. O amor é basicamente a maneira

como nos comportamos em relação ao outro.

A humildade, como comportamento, define alguém

autêntico, hábil em ser verdadeiro com todos os irmãos e

no mundo profano, não fixados em si, orgulhosos do que

sabem e do que podem fazer. Se precisamos uns dos

outros nesta jornada, é preciso ser real, descartar as

máscaras falsas e trabalharmos juntos para tornar feliz a

humanidade.

Um verdadeiro maçom trata os demais com respeito,

como se fossem todos tão importantes quanto ele se

considera. Somos irmãos, somos iguais! O maçom pode

escolher, durante todo o seu processo de iniciação, se

deseja ou não se dedicar à humanidade. E todos os seres

humanos são importantes! Isso se demonstra, por

exemplo, no respeito ao horário de início e fim das sessões

e em todos os compromissos que marcamos, em nossas

vidas profanas. Qual a mensagem que o outro recebe,

quando nos atrasamos para uma reunião? Certamente não

é uma mensagem positiva; pode ser você não é tão

importante quanto eu e pode esperar por mim!

Considerando a outra pessoa importante, seguramente

ninguém vai se atrasar para um compromisso agendado.

Atrasar-se, além de ser um comportamento desrespeitoso,

cria um mau hábito.

Já o comportamento abnegado significa que o maçom

está atento a satisfazer as reais necessidades de seus

irmãos. Não se trata de fazer vontades, mas sim atender o

que as pessoas, de um modo geral, exigem para o seu

bem-estar físico, mental intelectual e espiritual. O nosso

irmão Domingos Rubbo, agora no Oriente Eterno, dizia em

suas aulas, e foi adotado como lema do Grupo Serpente de

Bronze, Servir para vir a ser. Ser um servidor, não é ser um

escravo, mas exercer o que de melhor nós temos, em favor

de nossos irmãos e da humanidade em geral.

O perdão tem um conceito bastante mais amplo:

desistir de ressentimentos, quando enganado. Não

significa desconhecer as coisas ruins que acontecem, nem

deixar de lidar com elas, à medida em que surgem. Ao

contrário, o maçom terá que demonstrar um

comportamento afirmativo e firme com as pessoas, o que

consiste em ser aberto, honesto, direto, mas sempre de

maneira respeitosa. Como maçom, se não for capaz de

desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento,

você consumirá sua energia em mágoas e se tornará

amargo, infeliz e ineficaz.

A mentira é qualquer comunicação com intenção de

enganar os outros; assim, ser honesto é ser livre de

enganos! A honestidade é o lado difícil desse amor -

ágape, e que lhe dá o equilíbrio. A honestidade implica em

esclarecer as expectativas das pessoas, tornando-as

responsáveis, sendo firme, previsível e justo. Tapar o sol

com a peneira, como costumamos dizer, é uma atitude

desonesta, assim como botar panos quentes nos

problemas. E a primeira pessoa com quem devemos ser

honestos, é conosco mesmos.

O mais importante de todos os comportamentos, a meu

ver, é o compromisso. Comprometer-se com as opções

feitas na vida. É o que nos perguntam a toda hora, durante

nossa iniciação: Persistis em serdes maçons? A que

respondemos, quase automaticamente, sem maiores

reflexões, num alto e sonoro Sim. O compromisso foi

assumido! E o que vemos, nas próximas reuniões? Bons

irmãos, bem iniciados, bem instruídos, mas que por

qualquer motivo faltam às reuniões, porque encontraram

outras prioridades, outros interesses.

Sentimentos vem e vão, o compromisso é o que os

sustenta. O verdadeiro compromisso envolve o

crescimento do nível de consciência do maçom e de sua

Loja, seja ela Simbólica ou dos Altos Graus. O maçom

comprometido dedica-se ao crescimento de seus irmãos.

Ao pedirmos que nossos irmãos desbastem suas pedras

brutas, que se tornem os melhores que puderem, para que

se encaixem na Grande Obra, também nós temos que

mostrar que estamos empenhados em crescer e em

polirmos a nossa pedra cúbica.

Esse amor - ágape, que é doação, compromisso,

honestidade, requer um bocado de esforço e de trabalho.

Quando optamos por sermos maçons, optamos por amar

nossos irmãos e fazer feliz a humanidade. Esses

comportamentos exigirão que nos coloquemos à serviço

dos nossos irmãos, nos sacrificando por eles. Ora, e no

Universo que nossos Templos representam, quem são os

nossos irmãos?

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Simbologia é a ciência que estuda a origem, a

interpretação e a arte de criar símbolos. Todas as

sociedades humanas possuem símbolos que expressam

mitos, crenças, fatos situações ou ideias, sendo uma das

formas de representação da realidade. É uma das ciências

mais antigas do mundo.

Atribui-se o termo simbologia ao conjunto de elementos

que servem para dar significado a outros. Esses elementos

são símbolos que representam algo. Um símbolo é a

representação sensorial de uma ideia que guarda um

vínculo convencional e arbitrário com seu objeto. O

símbolo é um sinal sem adjacência.

Aliados às metáforas e a prática da analogia, os

símbolos foram sempre utilizados na transmissão de

informações e mensagens, principalmente aquelas

consideradas religiosas ou até mesmo esotéricas. Foi

assim com o cristianismo ao longo de sua evolução, e,

também com a imensa maioria das religiões que existem

na atualidade ou que já não existem mais.

Há de se destacar, entretanto, que os sinais significam

unicamente coisas, ou seja, são meras e simples

referências ou imagens e apresentam a função de

simbolizar. Isto é, um símbolo tem a consistência própria

da qual se pode perceber uma relação de significado.

Os rituais Maçônicos são riquíssimos em simbologia e

expressões emblemáticas que vão sendo transmitidos aos

Maçons com a sua progressão pelos diversos graus da

Maçonaria.

A noção de simbologia é utilizada para fazer referência

ao sistema dos símbolos que identificam os diferentes

elementos de algum âmbito. Nesse sentido, a simbologia

Maçônica utiliza os próprios textos dos seus rituais para

fazer, veladamente por alegorias, compreender os

símbolos utilizados, cujas características estão aceitas por

convenção. A estrutura simbólica, desses elementos,

reconhece numerosas heranças procedentes de diversas

tradições sucedidas durante, pelo menos, nos últimos dois

mil anos. Essa tradição, longe de parecer um puro

sincretismo, revela uma vitalidade e capacidade de síntese

e de adaptação doutrinal. Os símbolos, emblemas e

alegorias são usados com frequência nos ensinamentos,

através das instruções ao Maçom, que auxiliam,

sobremaneira, no entendimento dos objetivos e filosofia da

Ordem. O universo simbólico emite uma linguagem que se

entrelaça com o processo de reflexão e aprendizagem.

MAÇONARIA e sua Simbologia *Irmão E. Figueiredo(*)

Temos condições de classificar a simbologia de acordo

com seu objeto de estudo ou a área de incumbência. A

simbologia Maçônica analisa os símbolos dos Maçons e

revela as mensagens fechadas em cada um deles. Os

símbolos são a própria essência, a razão de ser da

Sublime Ordem. Sua interpretação e o seu entendimento

são as ferramentas utilizadas pelos Maçons para o seu

constante escavar de masmorras ao vício e no

permanente edificar e levantar templos à virtude. A

Maçonaria, com esses elementos, torna sua doutrina mais

facilmente assimilável, inspirando conceitos mais amplos.

A Maçonaria, em qualquer instância, é inspirada em

simbologia e alegorismo. O Simbolismo ou Maçonaria

Simbólica, constitui a Maçonaria básica, essencial e

fundamental, e, só abrange os três primeiros graus:

Aprendiz, Companheiro e Mestre.

Os símbolos Maçônicos são numerosos e variados e

têm referência a fatos espirituais, e são todos o suporte de

acontecimentos, ideias e conceitos abstratos que evocam,

de imediato, aos adeptos, ao ponto da linguagem utilizar

seus nomes sem necessidade de esclarecer-lhes o

sentido profundo. Praticamente, toda a estrutura da

simbologia Maçônica se baseia nos antigos construtores

de catedrais e castelos.

O que poderia espantar aos não iniciados o emprego

insólito desses símbolos, o mesmo não acontece com os

Maçons que estão habituados a essa fraseologia.

O QUE TRANSMITEM OS SÍMBOLOS NA

MAÇONARIA ?

No Templo Maçônico e nos rituais não constam

adornos supérfluos, mas, sim, uma série de símbolos.

Uma significativa parcela dos símbolos é figurada por

instrumentos empregados na construção civil. Cada um

contém uma transcendente mensagem que é decifrada e

entendida para que se possa, realmente, saber o

que é a Maçonaria. Exemplos:

ACÁCIA: Planta símbolo da Maçonaria por

excelência. Representa inocência, segurança e

clareza.

AMPULHETA: Emblema do

tempo e da morte.

A V E N T A L : P r o t e ç ã o n a

permanência constante do

trabalho.

CINZEL: O ato eficaz, a

penetração no seio dos elementos, o espírito

em ação.

XXIV ENCONTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS MAÇÔNICAS - JOÂO PESSOA - PB, 13 E 14 DE

OUTUBRO DE 2017

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Cont.: MAÇONARIA e sua Simbologia

COMPASSO: Exatidão - Com o círculo que

traça representa que sejamos justos.

CORDA DE 81 NÓS: União dos Maçons.

Fraternidade.

COLMEIA: Operosidade. Solidariedade.

DELTA LUMINOSO: Simboliza as três

forças cósmicas divinas: vontade, amor e

inteligência.

ESCADA: A dificuldade a vencer. O

caminho em busca do conhecimento.

ESPADA: Harmonia. Insígnia do poder e do mando.

ESPADA FLAMÍGERA: Emblema da justiça do Ser

Supremo.

ESQUADRO: Retidão - Representa justiça e

equidade.

LIVRO DA LEI: Traçado espiritual para o

aperfeiçoamento do Maçom.

MAÇO: Símbolo da decisão.

MALHETE: A força, o poder. Age sob a

direção do espírito da sabedoria e da ciência.

NÍVEL: Igualdade. Prática correta do

conhecimento.

ORLA DENTADA: Atração universal.

Amor.

PAVIMENTO MOSAICO: União de

todos os Maçons.

PEDRA BRUTA: O trabalho a fazer. O

Homem no estado primitivo.

PEDRA CÚBICA: Plenitude. O trabalho efetuado.

PENTALPHA: Homem espiritual. Reflexo da

verdade.

PRUMO: Justiça. O bom uso

das faculdades.

RÉGUA: Origem do trabalho.

Precisão na execução.

ROMÃ: Unidade entre os

Maçons.

TROLHA: Embrião ativo de toda aquisição,

a humildade, a participação necessária.

Um dos mais importantes símbolos da

Maçonaria é o triângulo que carrega um

olho em seu centro, denominado O Olho

Que Tudo Vê. Ele faz referência ao

Grande Arquiteto do Universo, aquele Ser

de natureza onisciente que tudo vê e tudo julga. Esse

símbolo está fortemente vinculado ao todo poderoso

princípio criativo que organiza o Universo.

A letra G, comumente presente no

centro da alegoria do Esquadro &

Compasso, e um dos mais evidentes

da Maçonaria, é um símbolo que

sobrevive aos séculos mas perde seu significado original

ganhando outros ao longo do tempo. Vários autores

apontam diversos significados, alguns dos quais

estranhos: God, Gama, Gnose, Glória, Gadu, Gibraltar,

Grandeza, Gravitação, Gênio, Geração e outros mais.

Isso permite interpretar como um grande mistério

Maçônico jamais revelado. A versão mais aceita (mesmo

assim com autores que a divergem) é de que seu

significado seja Geômetra. A presença do G é

representativa da Geometria como ciência Maçônica,

tendo foco de estudo, conhecimento e prática do trabalho

Maçônico. Esse significado é encontrado em todos os

antigos Catecismos Maçônicos que se tem conhecimento.

Muitos estudiosos preferem afirmar que o verdadeiro

significado da letra G é um grande mistério Maçônico.

Os novos significados para a letra G foram surgindo

entre os séculos XVIII e XIX, quando Maçons intelectuais,

da época, considerando a simbologia da Maçonaria muito

simplista, começaram a dar outras interpretações.

Buscaram dar significados mais profundos e adequados à

Sublime Ordem, tomando emprestado símbolos de outras

fontes, como astrologia, alquimia, cabala, templários e

outros. Uma outra interpretação, aceita por grande parte

dos pesquisadores , é de que o G vem de Gnosis, do

grego, (conhecimento).

Existem muitos outros símbolos que são empregados

entre Maçons, igualmente, com suas representações

convencionadas.

A função dos símbolos, na Sublime Instituição, não é

de ocultar. A finalidade é de levar aos adeptos os

ensinamentos por meio de instrumentos, sinais, figuras e

alegorias que, em conjunto, se resumem num elevado

sistema de moral.

Os símbolos Maçônicos se distinguem por sua

universalidade e como expressão de ideias pacificamente

aceitas pela Humanidade civilizada. Por conseguinte, o

Maçom não deve manipular os símbolos a seu gosto.

Todo símbolo Maçônico é de comunicação nos âmbitos da

Maçonaria, ainda que, por motivos históricos, não seja

originário da Sublime Ordem, mas de tradições morais do

Homem.

Existem muitos outros símbolos que são empregados

entre os Maçons. Ao longo do aprendizado, que aumenta

o conhecimento e a experiência na Maçonaria, esses

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Cont.: MAÇONARIA e sua Simbologia

emblemas passam a extrapolar a dimensão fixa de um

significado de natureza invariável.

Os três Graus simbólicos constituem o próprio âmago

da Maçonaria. Através de utilização dos rituais e

instruções recebidas, eles proporcionam ao Maçom as

ferramentas e o conhecimento necessários para trabalhar

a Pedra Bruta (o seu desenvolvimento interior). Após a

Iniciação, ter galgado o Grau de Companheiro e chegado a

Mestre, junto com outros Mestres, estará qualificado para

ocupar qualquer cargo na Loja e apto para participar nos

ensinamentos aos novos adeptos.

A simbologia sempre estará presente nas atividades do

Maçom.

Obras consultadas:

Aslan, Nicola - Estudos Maçônicos sobre Simbolismo

Boucher, Jules - A Simbólica Maçônica

Lima, Norberto de - Símbolo, Rito, Iniciação

MacNulty, W. Kuk - A Maçonaria - Símbolos, Segredos,

Significados

Nami, Antônio - Maçonaria de A a Z

Queiroz, Álvaro de - Os Símbolos Maçônicos

Tourret, Fernand - Chaves da Franco-Maçonaria

Bíblia Sagrada

(*) E. Figueiredo – é jornalista – Mtb 34 947 e pertence

ao CERAT – Clube Epistolar Real Arco do Templo/Integra

o GEIA – Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas/ M e m b r o

do GEMVI – Grupo de Estudos Maçônicos Verdadeiros

Irmãos/Integrante do Grupo Maçonaria Unida

Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos – 669 – (GLESP)

Maçonaria emite nota de repúdio por divulgação de falsa propaganda

Nota Conjunta de Repúdio

Tendo em vista as recentes incursões de anúncios

“oferecendo a Maçonaria” em diferentes meios de

comunicação, como a Revista Veja do dia 18 de outubro de

2017, as potências maçônicas GRANDE LOJA

MAÇÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO – GLESP, O

GRANDE ORIENTE DE SÃO PAULO – GOB e o

GRANDE ORIENTE PAULISTA – GOP, potências

maçônicas regulares, vêm a público esclarecer que estas

instituições maçônicas não arregimentam membros por

anúncios e não fazem propaganda.

É com pesar que assistimos maçonarias espúrias (não

reconhecidas e não regulares), que veiculam anúncios em

revistas, jornais, outdoors e internet com a intenção

arregimentar membros, mancharem a imagem da

instituição comercializando uma Ordem que existe há 300

anos no mundo. Cabe ressaltar que os métodos para

aceitação de novos membros na Maçonaria Regular,

aquela que é reconhecida pela Grande Loja Unida da

Inglaterra (GLUI) e em todo o mundo, é apenas por

indicação.

A Maçonaria não é um produto a ser vendido, muito

menos um meio para enriquecimento destes que a

oferecem de maneira tão desprezível. Para se tornar

Maçom é necessário ser indicado por um membro

regular e ativo, passando por processos de aceitação que, antes de ser um acúmulo de taxas a serem pagas,

existe para que a Ordem possa contar em suas fileiras com

verdadeiros Irmãos, norteados pelos mesmos bem comuns

de liberdade, igualdade e fraternidade.

A Maçonaria é alicerçada em princípios éticos e morais,

contribuindo para que seus membros sejam verdadeiros

construtores sociais, não vendedores de títulos que não

passam de palavras vazias de ações. Essas entidades

espúrias que se intitulam maçônicas usurpam a

imagem da Maçonaria Regular, que repudia esses

atos.

COLUNA DA CHICO - DIVULGAÇÃO

"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu.

Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a

respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está

escrito em seus livros religiosos.

Não acredite em algo só porque seus professores e

mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições

só porque foram passadas de geração em geração. Mas

depois de muita análise e observação, se você vê que algo

concorda com a razão, e que conduz ao bem e benefício de

todos, aceite-o e viva-o". Buda

Fonte: http://viva-consciente.blogspot.com.br/

COLUNA DA CHICO - REFLEXÃO

Page 13: DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS - abemdaordem.com.br · de um franco maçom a serem reveladas a que você responderá: antes de Deus no grande e terrível dia do Juízo, você

açônica

Templo : Leonello Paulo Paludo

Centro Templário - 3º andar

Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945

Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h

AUG :. RESP :. LOJ :.

“FRANCISCO XAVIER FERREIRA

DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”

JURISDICIONADA AO GORGS

Página 13 Informativo CHICO DA BOTICA

- Ano 13 Edição 115 - 31 Out 2017 -

Informativo Virtual Destaca:

Organização

Atividades comemorativas

1. REUNIÃO DA CHICO DA BOTICA No mês de outubro, aos 21 dias, a Loja ―Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas‖, - a ―Chico da Botica‖, ao Oriente de Porto Alegre – RS, dando continuidade às suas atividades comemorativas ao seu 22º ano de fundação, movimentou seu quadro de obreiros, juntamente com demais convidados trazendo uma brilhante palestra proferida pelo Prof. João Bernardes da Rocha Filho (FAFIS/PUCRS) abordando o tema Física e Espiritualidade, tendo por local o tradicional Templo Leonello Paulo Paludo, Centro Templário - 3º andar, na Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945. O Ilustre Prof. João Bernardes da Rocha Filho, encantou os presentes abordando o tema Física e Espiritualidade com um questionamento intrigante: ―Que coisa é ser humano afinal? O tema foi abordado sob os aspectos da Física, Filosofia, Psicologia, Espiritualidade, Transdiciplinaridade e a Natureza do Universo, captando a atenção dos pressentes que foram concitados a serem participativos, tornando o momento bastante saudável e fraterno.

NOTÍCIAS RAPIDINHAS DA CHICO

Tivemos um ótima avaliação da palestra e todos saíram muito satisfeitos com o conteúdo e clareza da abordagem. Com certeza foi mais um grande evento do trabalho em prol da Cultura Maçônica e Conhecimento geral, a promoção de uma palestra, tão significativa, dentro das atividades comemorativas do 22º ano de Fundação da Chico. Fica o nosso sincero agradecimento ao Ilustre Prof. João Bernardes da Rocha Filho, pelo belo momento vivido pelos participantes.

2. INVESTIMENTO Agradecemos a todos que trouxeram sua contribuição em alimentos não perecíveis. Foram arrecadados 35 quilos de produtos não perecíveis que foram encaminhados para a Casa do Menino Jesus de Praga (www.casadomenino.org.br), entidade que acolhe crianças e adolescentes com lesão cerebral grave a paralisia motora permanente.

3. PUBLICAÇÕES NA CHICO DA BOTICA

- Contatar:

Marco Antonio Perottoni e-mail: [email protected] - Artêmio Gelci Hoffmann e-mail: [email protected]

Obs.: textos publicados são de inteira responsabilidade dos seus autores