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Caros Irmãos:
Estamos encaminhando mais um Boletim da Chico da Botica, o de nº 104,
antecedendo ao mês em que comemoramos o 21º aniversário de fundação de
nossa Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, a “Chico da Boti-
ca” .
Foi em 19 de novembro de 1995, que o sonho perseguido de nosso ideali-
zador, fundador e primeiro Venerável Mestre Heitor Dumoncel Pitthan se tornou
uma realidade.
Em nosso evento comemorativo ao 21º ano de fundação da Loja, no dia 19
de novembro de 2016, estaremos esperando contar com a presença de Irmãos
Membros Efetivos e Correspondentes e de diversos Irmãos das três Potências
Maçônicas do Rio Grande do Sul.
Estaremos confraternizando e contando com os conhecimentos do Irmão
HERCULE SPOLADORE, que abordará o tema: “DIANTE DA TECNOLOGIA, CO-
MO SERÁ A MAÇONARIA NO FUTURO? ”
O Irmão HERCULE SPOLADORE, é Membro Correspondente nº 1 da Loja
Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, pesquisador e palestrante,
historiador e escritor maçônico Paranaense, é médico e pós-graduado em Para-
psicologia. Também é Membro fundador e ativo na Loja de Pesquisas Maçôni-
cas Brasil – Londrina – PR. O Convite oficial, com maiores informações, encon-
tra-se encartado nesta edição.
Assim, mais uma vez, na esperança de ter proporcionado a todos uma a-
gradável leitura, queremos que o nosso Boletim da Chico continue sendo útil
para a divulgação da cultura Maçônica.
Um TFA
Loja Francisco Xavier de Pesquisas Maçônicas - GORGS
EDITORIAL: “Mês em que Comemoramos o 21º Aniversário de Fundação”
INFORMATIVO CHICO DA BOTICA Registro na ABIM nº. 18-B
AUG :. RESP :. LOJ :. “FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”AO GORGS
Ano 12, Edição nº. 104 Data: 31 de outubro de 2016
Editorial: “Mês em que
Comemoramos o 21º Ani-
versário de Fundação”
A VIVÊNCIA MAÇÔNI-
CA - Irmão Ivo Rei-
naldo Christ - Pág. 2
1
O CANDIDATO Irmão Vilmar Rodri-
gues de Miranda (in Memo-riun) - Pág. 3 e 4
2
O RITO SCHRÖDER Irmão Rui Jung Neto
- Pág. 5, 6, 7 e 8
3
L oja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas
Maçônicas - Suas origens e história - Pág. 8 e 9
4
Nesta edição:
À GLÓRIA DO GA DU
Fundada em 19 de novembro de 1995
Especiais: Chico Social Reflexões Conhecimento Convite
“Nada liberta como a educação”. (Voltaire)
“O homem pode tanto quanto sabe”. (Bacon)
“Viver não é meramente respirar; é agir”. (Rousseau)
açônica Página 2
Informativo
CHICO DA BOTICA
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
CONHECIMENTO:
PUBLICAÇÕES NA
CHICO DA BOTICA
Contatar por e-mail:
- Marco Antonio Perottoni
marcoaperotto-
- Artêmio Gelci Hoffmann
Obs.:
textos publicados são de
inteira responsabilidade
dos seus autores
Vivência é o conhecimento adquirido através da experiência vivida, não é lido, não é contato,
é experimentado. A experiência é a escola do saber da vida, são os conhecimentos adquiridos
pela existência. Sabemos que a vida é um conceito de numerosas faces.
Aqui queremos falar sobre a vivência maçônica não só minha, de 32 anos de maçonaria, mas
também tudo que vimos, reparamos, ouvimos e sentimos em irmãos que estão ou e estiveram
ao lado em contato mais próximo, exprimindo o que sentiam, o que os fascinavam ou o que
detestavam na Ordem.
A primeira vivência maçônica ou experiência da vida maçônica é a iniciação, dia em que mui-
tos descobrem a Luz com todo o seu resplendor ou apenas alguns raios tênues que não che-
gam a iluminar seu interior. A primeira impressão da iniciação é a que fica. É um dos momen-
tos mais marcantes da vida de um obreiro. Se a Loja consegue transmitir com tranquilidade os
momentos mais marcantes, é apenas uma amostra dos sentimentos que o recipiendário vai
encontrar na Loja aonde é recebido. O candidato vendado é induzido a refletir aguardando o
momento único da sua vida de receber a Luz que estava oculta a seus olhos. Todo o maçom
bem iniciado, que viveu cada momento como um profano livre e de bons costumes tornar-se-á
um maçom orgulhoso da sua condição e sempre estará disposto a aprender mais e a progre-
dir sem cessar.
Depois da iniciação começa a caminhada para entrosar-se com os mistérios que aos poucos
vão iluminando a mente do maçom nas mais diversas direções. Tudo depende como é instruí-
do o aprendiz, o companheiro, como lhes são comunicados a doutrina e filosofia das instru-
ções do Ritual. Se há um esforço coletivo de todos para que o aprendiz e companheiro real-
mente entre na estrada real da sabedoria tudo fica mais fácil e o maçom encontrará nas colu-
nas da Loja o amparo necessário para que não abandone a Ordem algum tempo após a intro-
dução. Se os Mestres maçons encarregados de administrar estas instruções forem capazes
de transmitir à altura, quer por palavras, quer principalmente pelo exemplo, o aprendiz vai
construindo uma vivência maçônica sólida, com bases firmes e conhecimentos reais que per-
mitirão formar um conceito exato do que procuramos na Ordem.
O Irmão Raimundo Rodrigues, um estudioso do assunto aponta três males que podem acom-
panhar a entrada na Ordem por um candidato: - o primeiro é o MAL ESCOLHIDO.
Se apresentarmos um candidato que não possui o perfil de um maçom, que não é homem
probo, que desconhece seus deveres com a família, a pátria, que vive longe da sagrada cha-
ma da verdade, que não tem as características da justiça, da tolerância e da fraternidade não
há jeito de tornar-se um bom maçom e dificilmente dará continuidade a sua vida maçônica; - o
segundo motivo é o MAL INICIADO.
A cerimônia da iniciação é a porta de entrada nos mistérios maçônicos. Deve ser preparada
cuidadosamente por todos os Irmãos e seguir rigorosamente as passagens do ritual. Todos os
obreiros são responsáveis pelo bom desempenho do cerimonial. Não há lugar para desprepa-
ro, improvisação e gracejos. Uma boa iniciação grava-se no espírito do neófito para sempre; -
o terceiro item que afasta maçons da Ordem é o MAL INSTRUÍDO.
Sabemos que maçonaria é uma escola de conhecimentos que adquirimos pelas instruções
que perpetuam a sabedoria entre nos membros. A responsabilidade de instruir aprendizes,
companheiros cabe aos mestres maçons. Será que os nossos mestres maçons estão devida-
mente preparados para esta sua missão? Eles se preparam para esta missão estudando, pre-
parando instruções de forma correta para serem ministradas no “Período de Instrução”. Os
mestres maçons instruem, indiretamente, pelo exemplo, boa conduta, correta execução do
ritual. O exemplo vem pela assiduidade, mantendo-se em nível com a chancelaria e tesourari-
a, apontando erros que outros irmãos cometam involuntariamente. As instruções administra-
das com eficiência e maestria devem ser a rotina da oficina. Quando isto não ocorre está aber-
to o caminho para problemas sem soluções do progresso individual e coletivo que acabam na
deserção e falta de frequência na Loja. (*) Ivo Reinaldo Christ - MM
A VIVÊNCIA MAÇÔNICA (*) Publicado em O ESPIRRO DO BODE edição N° 259
Irmãos efetivos e correspon-
dentes
Mês de Novembro 02- RUI JUNG NETO 04- ANISIO SEVERO PORTILHO 06- MARCOS HANS 08- JOSE APARECIDO DOS SANTOS 11- NELSN ANDRÉ HO-FER DE CARVALHO 20- JOÃO FERNANDO MOREIRA 21- ZORAIDO DA SILVA VIEIRA CERONI (in me-moriun) 24- LUIS REINALDO SCI-ENA 25- EDISON CARLOS ORTIGA 27- ANTONIO CANABAR-RO TRÓIS FILHO 28- CARLOS EUGENIO-MARTINS 30- RENATO GABRIEL
Aos aniversariantes!
Nossas
Felicitações!!!
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Trabalho do saudoso Irmão Vilmar Rodrigues de Miran-
da, transcrito do Boletim Chico da Botica nº 07, de maio de
1998, (numeração anterior a era Virtual, iniciada em 2005).
Exposição de Motivos
"A Ordem - a Maçonaria iniciática e tradicional, não tem
origem historicamente conhecida. As Obediências, ao con-
trário, são criações recentes. A Ordem é universal, as obe-
diências, sejam quais forem, mostram-se particularistas,
influenciadas por condições sociais, religiosas, econômicas
e políticas dos países onde se desenvolvem".
“A Ordem na sua essência é metafísica; na sua mani-
festação é tradicional. Por essência é indefinível e absolu-
ta; as Obediências estão sujeitas a todas as variações da
fraqueza congênita ao gênero humano. A Ordem tem uma
doutrina, muito antiga e pouco compreendida, que as Obe-
diências vem adulterando, embora tenham atribuído a si
mesmas, o encargo de estudá-Ia e transmití-Ia FIELMEN-
TE, aos irmãos".
"Como se todos fossem vizinhos, vai-se a loja, não para
pensar, mas para se distrair com jogos simbólicos, aliás,
sem os compreender, assim como para realizar gestos
pomposos e se entregar a prazeres gastronômicos. DE
QUE SERVIRIA A ORDEM, SE ELA NAO IMPREGNASSE
SEUS MEMBROS, ATÉ FAZER DELES HOMENS NO-
VOS? Um homem novo que não seja homem de tempos
novos, mas devoto da tradição intemporal! A tradição é
uma síntese resumida, que contém em germe, tudo quanto
o homem pode ser. O que faz com que a Ordem não seja,
meramente, uma sociedade de socorros mútuos, depende
da inspiração subjetiva de cada maçom. Cada um pode
senti-Ia de um modo diferente de seu irmão, mas os que
vivem a vida maçônica interior, compreendem muito bem
que qualquer um que não seja maçom, não ache graça em
muitas das coisas, que fazem as delícias da Ordem. So-
mente o maçom tem o espírito atingido, com tudo o que
concerne a Ordem. Portanto, o que é insípido para o pro-
fano é profundamente saboroso para o maçom.
A Ordem possui, então, um segredo, somente desven-
dado pelos aceitos para dela fazerem parte, sendo-Ihes
assegurados os meios para uma evolução espiritual, atra-
vés de um trabalho coletivo. Desenvolvendo ao máximo as
possibilidades individuais, propicia o máximo de harmonia
na Fraternidade. A solução de antagonismos. aparente-
mente inconciliáveis faz parte dos privilégios concedidos a
autênticos iniciados. Tal objetivo, porém, somente será
alcançado se os irmãos estiverem ligados entre si e à Or-
dem, pelos mais estreitos e menos conhecidos laços e se
o silêncio e o segredo forem rigorosamente observados.
Os que chegam até a Ordem, devem ser ”eleitos", ou seja,
devem aceitar em si mesmos o espírito da Ordem, para
senti-lo, até nas coisas aparentemente mais banais. A ini-
ciação maçônica, depende do domínio racional, pois impli-
ca em intuição e superação da razão. Daí a IMPORTÂN-
CIA que há para a Ordem e para a Humanidade, o mo-
mento em que se resolve indicar um candidato. Se os ir-
mãos bem compreenderem o valor desta argumentação,
sem dúvida serão mais cuidadosos, nas suas opções so-
bre candidatos, pois a Ordem e mais importante e verda-
deira que as obediências.
DESENVOLVIMENTO
Para o êxito das nossas atividades maçônicas, vários
elementos conjugam-se, como por exemplo: local de reuni-
ão, legislação, rituais, instrumentos, etc. Todavia, o funda-
mental é a presença dos irmãos, atuando em harmonia.
São os irmãos a porção principal, daquilo que vai constituir
a célula da Loja. Por ser dotado de qualidades próprias,
tais como vontade e livre arbítrio, a influência do homem é
impar na vida da loja, a qual reunida a outras formam as
obediências e a Ordem. Esta tem como incumbência, tra-
balhar em favor da Humanidade, pela evolução do homem,
na medida em que cada um faça por merecer e de acordo
com o trabalho realizado. A Maçonaria não é, pois, um fim
a ser atingido, para se obter benefícios (como ocorre com
as profissões na vida profana) mas um meio onde o ho-
mem encontra a rara oportunidade de, trabalhando para o
bem da Humanidade, evoluir para a felicidade. Ao atingir o
mestrado, TEÓRICAMENTE, os irmãos adquirem as con-
dições, não só de saber, o QUE deve ser feito, mas princi-
palmente, para conhecer o CAMINHO que leva à Grande
Obra. Contudo, isto nem sempre acontece, porque muitos
"RECEBEM' o mestrado, sem trabalho, sem mérito, ape-
nas pela bondade (ou omissão) dos irmãos. Por isso estes
mestres continuam na sombra e nada produzem! Muitos
vão além, porque prejudicam o trabalho e o esforço de ir-
O CANDIDATO *Irmão Vilmar Rodrigues de Miranda (in Memoriun)
Sinopse: (Argumentos para estudo e debate, vi-
sando a estabelecer, uma orientação para escolha e
indicação de candidatos à Ordem.)
Querer melhorar o mundo, sem antes melhorar
o homem, é tarefa inútil.
açônica
O candidato tem elevado autoconceito? ou autoestima?
Julga-se superior? Isto é perigoso, porque dificulta o conví-
vio com os outros, bem como a transmissão de informa-
ções e instruções - ofende-se com facilidade? Também é
perigoso, porque dificulta o convívio pela intolerância. En-
tretanto, esta falta de condições pode ser momentânea e
as vezes o tempo encarrega-se de fazer o candidato me-
lhorar. Portanto, não há pressa em encher as lojas, com
iniciações precipitadas, que, geralmente, transformam-se
em toda espécie de problemas para as Lojas.
Quanto a orientação, algumas advertências devem ser
feitas aos candidatos tais como: - Assiduidade - somente
pela assiduidade o irmão (aspiração do candidato), na com-
panhia de outros, adquirirá uma compreensão preliminar
sobre a Maçonaria e o seu trabalho. - Disponibilidade no
dia e hora das reuniões. - Para assegurar uma boa prepa-
ração, ou seja, o desenvolvimento adequado das instru-
ções e também porque assegura a ocupação constante dos
irmãos, estimulando o aprendizado, a harmonia e o êxito
dos trabalhos, produzindo então, bons aprendizes, ótimos
companheiro e excelentes mestres.
CONCLUSÕES
O segredo da Ordem é que ela atravessa os séculos,
entre temporais que fazem efêmeras tantas obras dos ho-
mens, inclusive as nossas obediências. Há neste segredo
uma virtude misteriosa, o que o poeta chama de "música
interior" ou uma disposição de espírito.
Para a Ordem, a TRlAGEM é absolutamente necessá-
ria, porque as palavras da Sabedoria da Força e da Beleza,
não podem ser jogadas ao vento (maus candidatos = maus
irmãos), mas conservadas na mente e no espírito.
Os trabalhos maçônicos internos e externos devem as-
semelhar-se, por exemplo, as cordas de instrumentos musi-
cais, que, embora diferentes, emitem sons em harmonia
com as outras. Esta harmonia nivela os irmãos e nenhum é
mais sábio, mais forte, mais belo ou mais importante. Não
há orgulho e a ausência do orgulho conduz ao esquecimen-
to do "eu em primeiro lugar" e desenvolve o ânimo da boa
vontade com todos. Estas regras levam à convivência ade-
quada, não só para aprender, mas também, para trabalhar
juntos ou "EM UNIÃO", como diz o salmista.
Esta colaboração pretende apenas colocar em exame e
estudo a indicação de candidatos, portanto necessita ser
ampliada e enriquecida, por todos aqueles irmãos que
"optam pela qualidade" e que, realmente, preocupam-se
com o presente e o futuro da Ordem e da Humanidade.
QUE ASSIM SEJA!
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
mãos operosos e dedicados, prejudicando também a si
mesmos, já que se anulam ao nada fazer pela Loja, pela
Ordem e principalmente por aqueles que tanto necessitam
do trabalho maçônico! Por tudo isto é preciso muito cuida-
do e muita atenção, quando da indicação de candidatos
às Lojas. Qualidade de trabalho e dedicação já devem ser
inerentes ao candidato, para que haja cada vez mais, qua-
lidade e dedicação à forma que queremos dar aos nossos
trabalhos, sejam internos, nas reuniões semanais, sejam
nas atividades profanas onde devemos exercer uma lide-
rança maçônica, exemplar pela capacidade e pela espon-
taneidade em praticar o bem. Afinal o que importa é o tra-
balho a ser feito; os benefícios que cada um recebe, são
apenas consequências.
SUGESTÕES
Como os candidatos não compreendem o significado
da candidatura e alguns mestres não compreendem o sig-
nificado de apresentar candidatos, toma-se importante
ressaltar a RESPONSABILlDADE dos mestres maçons
como conhecedores daquilo que é ignorado pelos profa-
nos, NA OBSERVAÇÃO e ORIENTAÇÃO adequada, da-
queles que entenderem, que tenham condições de serem
admitidos numa loja maçônica.
Quem aspira tomar-se um irmão maçom precisa enten-
der (portanto ser informado) que uma vez aceito deverá
trabalhar para glória de DEUS, para o bem da Humanida-
de e não para alimentar sua vaidade, egoísmo e outros
defeitos que para os maçons são considerados vícios,
permanentemente combatidos. Um diálogo neste sentido
deve ter condições de ocorrer, entre o mestre maçom e
seu provável afilhado.
Além disso, o mestre deve observar em relação ao
candidato: -realiza, com alegria, pequenas e obscuras ta-
refas? -faz o que Ihe é possível, por pouco que pareça
ser, para o progresso humano? -toma a iniciativa para de-
senvolver novas e/ou difíceis tarefas, espontaneamente,
sem esperar solicitação ou indicação? Se as respostas
são positivas, podem indicar humilde sabedoria e condi-
ções para evoluir.
Isto, porém não é o suficiente e outras observações,
podem ser também reveladoras, tais como: - O tempera-
mento do indivíduo, impede-o de pôr-se em sintonia com
outros? Se isto ocorre é motivo para aguardar o tempo
necessário para livrar-se desta imperfeição. - O seu orgu-
lho pode ser atenuado? Se não puder, mesmo na Ordem,
o candidato continuará a ser um profano, não sendo reco-
mendável a sua admissão, pois já temos demais este tipo
de irmão que busca a própria glória.
Cont. O CANDIDATO
açônica Página 5
Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Os Rituais de Schröder* foram aprovados
em 29 de junho de 1801 pela Assembleia das
Lojas da Grande Loja Provincial de Hamburgo e
da Baixa Saxônia, ligada a Grande Loja de Lon-
dres (1717), e rapidamente conquistaram inú-
meras Lojas de língua germânica por toda a
Europa. Posteriormente, foram adotados por
alemães e seus descendentes em diversos paí-
ses e, no Brasil, com a colonização germânica
no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, o
Rito estabeleceu-se inicialmente no idioma Ale-
mão. Mais tarde, os rituais foram traduzidos pa-
ra o Português e foram adotados por diversas
Grandes Lojas Estaduais (CMSB); pelo Grande
Oriente do Brasil – G.O.B.; e por diversos Gran-
des Orientes Estaduais Independentes
(COMAB), totalizando hoje 120 Lojas de 18 Po-
tências maçônicas brasileiras, sendo o Brasil
um dos poucos países a adotar o Rito traduzido
para o seu idioma.
Os Rituais: Loja de Aprendiz, incluindo a Lo-
ja de Mesa e Loja de Funeral; Loja de Compa-
nheiro e Loja de Mestre; foram elaborados por
uma Comissão presidida pelo Irmão Friedrich
Ludwig Schröder, ex-Venerável Mestre da Loja
“Emanuel Zur Maienblume” (A Flor de Maio), ex-
Grão-Mestre Adjunto e Grão-Mestre da Grande
Loja de Hamburgo.
Schröder gozava de grande prestígio (foi
considerado “o maior ator que a Alemanha já
teve”) e reconhecido como um profundo conhe-
cedor da História e dos Antigos Rituais da Ma-
çonaria. Estudou “As Três Batidas Diferentes na Porta da Mais Antiga
Franco-Maçonaria – The Three Distinct Knocks at the Door of the
Most Ancient Free-Masonry – TDK” (1760), e “Maçonaria Dissecada –
Masonry Dissected” (1730), de Samuel Prichard, que continham as
práticas maçônicas utilizadas pelas Lojas da Grande Loja de Londres
(1717). Examinou também os rituais dos diversos sistemas de graus
complementares que proliferavam na Europa daqueles tempos. Suas
pesquisas o levaram a abolir os chamados “altos graus”, bem como
os enxertos de ocultismo e o misticismo exacerbado que dominavam
a Maçonaria Alemã do seu tempo, restaurando o “Antigo Ritual In-
glês” da G. L. de Londres (1717) adaptando-o para o idioma germâni-
co e para a elevada cultura da sua época.
Schröder entendia a Maçonaria como uma Fraternidade que visa à
união de virtudes e não, uma ordem ou sociedade esotérica. Por isso,
enfatizou em seu Ritual o ensinamento dos valores morais e a difusão
do puro espírito humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal.
Preservou a importância dos símbolos e resgatou o princípio que afir-
ma ser “a verdadeira Maçonaria a dos Três Graus de São João”.
O famoso historiador e maçom Findel, dedica grandes elogios a
Schröder, como podemos perceber nessa passagem: “Estava-lhe
reservada a glória de fazer penetrar vitoriosamente a luz entre as tre-
vas do erro, de dissipar as espessas nuvens que obscureciam os res-
plendores da verdade maçônica e de assentar bases sólidas para
atividade de seus Irmãos”.
O Rito é também fruto do “Século das Luzes” (Século XVIII), auge
do Iluminismo, quando pensadores e maçons como Schröder, Goe-
the, Lessing, Herder, Schiller, Voltaire e tantos outros, semearam os
conceitos de Igualdade e Fraternidade entre todos os homens inde-
pendente de nacionalidade, religião ou posição social.
Neste ambiente cultural, com seus conhecimentos da natureza
humana e com o domínio cênico e dramático de um grande ator e
diretor teatral, Schröder produziu um Ritual simples, porém profundo.
Nele, juramentos e castigos são substituídos por promessas e pala-
vras de honra; pela confiança que deve unir os Irmãos em Loja; pelo
Humanitarismo, que ensina que é o próprio Homem quem deve supe-
rar seus problemas e agir na sociedade visando sempre o bem co-
mum. Para concluir, podemos resumir que o Rito busca fundamental-
mente, “a educação do maçom para a construção de uma verdadeira
Fraternidade”.
Algumas Características do Rito Schröder:
> O Rito Trabalha exclusivamente nos Três Graus Simbólicos, Azuis
ou “de São João”;
> Somente os cargos de Venerável Mestre, Vigilantes e Tesoureiro
são eletivos;
> Os cargos de Secretário; 1º e 2º Diáconos, Mestre de Harmonia,
Preparador, Orador e Guarda do Templo são nomeados pelo V.M.;
O RITO SCHRÖDER *Irmão Rui Jung Neto
açônica Página 6
Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojá Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
> O Orador pode ser nomeado pelo V.M. para todo o manda-
to da Administração, ou somente designado para as sessões
em que for considerado necessário, e não atua como
“Guarda da Lei”, função desempenhada pelo próprio V.M.;
> O V.M. deve nomear adjuntos para todos os cargos, de
forma a ter oficiais preparados nas eventuais substituições;
> O 1º Diácono é o Mestre de Cerimônias e o 2º Diácono é o
Hospitaleiro;
> Durante as Sessões ritualísticas a Palavra é concedida
para todos os Irmãos pelo V.M., através do 2º Vig., que faz o
anúncio da Palavra e de que “um Irmão deseja se manifes-
tar”;
> Após a autorização do V.M., o Irmão faz o Sinal de Ordem,
completa-o, e faz apenas a seguinte referência: “V.M., meus
Irmãos”;
> O Sinal de Ordem é dado como prova de que se é maçom
e não é uma saudação;
> A saudação do Rito é a “Bateria do Grau”, comandada pelo
V.M., ao dizer: “Pela saudação!”;
> Em Loja, todos os Irmãos usam o traje social previsto pela
Grande Loja, com gravata borboleta branca e, na lapela es-
querda, o distintivo da sua Loja preso a uma fita azul-claro.
Nas sessões ritualísticas nas Lojas Schröder é obrigatório o
uso da cartola e das luvas brancas;
> Os aventais: o de Aprendiz é branco e mantém a abeta
levantada; o de Companheiro é branco e tem a abeta baixa-
da, completamente circundada por uma borda azul-claro; o
de Mestre é branco com uma borda azul-claro que também
circula a abeta baixada. O avental de Mestre é o mesmo u-
sado pelo V.M. e pelos ex-Veneráveis Mestres, sem rosetas
ou Taus;
> O Rito originalmente não adota a Cerimônia de Instalação.
É o Regulamento das Potências que determina este procedi-
mento adotado pelas Lojas Brasileiras;
> Os ex-Veneráveis Mestres usam na lapela esquerda, presa
a uma fita azul-claro, uma comenda com a representação
gráfica do 47º Problema de Euclides pendurada a um peque-
no Esquadro;
> Utilizam-se regularmente Sessões “a campo” (fora do Tem-
plo) para assuntos administrativos no Grau de A.M. e, tam-
bém, para ensaios ritualísticos e apresentação de Trabalhos
ou para Instrução;
> A “Noite dos Convidados”, que também é uma Sessão “a
campo”, realizada para apresentar futuros candidatos. Estas
sessões reúnem apenas os Irmãos e os seus convidados;
> Todos os Irmãos têm direito a voz e voto nos assuntos da
Loja, inclusive Aprendizes e Companheiros. É a legislação
das Potências brasileiras que determina que, por exemplo,
para a Administração votem apenas os Mestres Maçons;
> Todas as Sessões são encerradas com a formação da
Cadeia de União em um cerimonial próprio;
> Se necessário passar a “Palavra Semestral”, o V.M.
formará uma segunda Cadeia de União, após encerrar a
Sessão;
> O “Garante” (“Padrinho”) é responsável pela Instrução
e aconselhamento do seu “afilhado” até que ele alcance
o Grau de Mestre.
> O Rito adota uma “Promessa” (Compromisso) com um
“Cordial Aperto de Mão” e a “Palavra de Maçom”, em
lugar do “Juramento”.
Algumas diferenças com o Rito Escocês Antigo e
Aceito, pois o Rito Schröder NÃO adota:
> Cargos: Chanceler; Mestre de Cerimônias (é o 1º Di-
ác.); Hospitaleiro (é o 2º Diác.); 1º e 2º Expertos; Porta-
Estandarte; Porta-Espada; Mestre de Banquetes e Arqui-
teto;
> Punhos como paramento para o V.M. e Vigilantes;
> Colunas “J” e “B”;
> Pavimento Mosaico (não existe no Rito. Se a Loja tra-
balhar em um Templo do R.E.A.A., o Tapete será coloca-
do sobre o Piso Mosaico);
> Colunas Zodiacais;
> Abóbada Celeste (o céu está representado no centro
do Tapete);
> Gradil entre Oriente e Ocidente;
> Altar de Juramentos (o único Altar é a própria mesa
retangular do V.M.);
> O Olho que Tudo Vê (que às vezes é substituído por
um Triângulo com a letra G no centro, ou pelo Compasso
e Esquadro também com a letra G em seu centro, mas
isto não faz parte do Rito, pois não consta da “Decoração
da Loja” descrita no Ritual original);
> A parada ou saudação ao V.M. (ou ao Delta Luminoso)
ao passar em frente ao Altar ou ser chamado ao Oriente;
> Estrela Flamígera;
> Corda de 81 Nós;
> Espadas (não são usadas em nenhuma circunstância.
Também não se admite armas no Templo, lugar de Paz
e Fraternidade);
> Espada Flamejante;
> Prova dos Elementos (substituída pelas Três Viagens);
> Painéis dos Graus (os Painéis dos Três Graus estão
representados no Tapete do Rito);
> Mar de Bronze;
> Bolsa de Propostas e Informações (são entregues di-
retamente ao V.M. ou ao Secretário, antes do início da
sessão);
> Giro hierárquico para o Tronco de Solidariedade (a
Continuação: O RITO SCHRÖDER
açônica Página 7
Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
coleta é feita de Irmão em Irmão a partir da mesa do Te-
soureiro e em sentido horário);
> Turíbulo ou incensório, pois não há queima de incenso
nas sessões;
> Meditação ou qualquer outro procedimento, em Templo,
fora dos prescritos nos Rituais.
Algumas diferenças com o Rito York (Americano) e do
Ritual de Emulação (Emulation Ritual Inglês), pois o
Rito Schröder NÃO adota:
> Cargos de: Diretor (ou Mestre) de Cerimônias; Capelão;
Organista; Esmoler; Mordomo; Administrador da Caridade,
Guarda Interno e Guarda Externo, Marechal;
> Pavimento Mosaico;
> A letra “G” suspensa no centro da Loja;
> Os Pedestais do V.M. e dos Vigilantes;
> A Pedra Bruta (representada no Tapete);
> A Pedra Esquadrada (Idem);
> Altar de Juramentos (é a própria mesa do V.M.);
> Espada para o Guarda Externo (a espada não é usada
em nenhuma circunstância);
> Painéis dos Graus (representados pelo Tapete);
> O andar “esquadrando” o Templo (anda-se normalmen-
te, apenas girando em sentido horário em torno do Tapete:
do Oeste ao Leste, indo pelo lado Norte e retornando pelo
lado Sul).
Algumas Características do Templo do Rito Schröder:
> As Colunas “J” e “B” não fazem parte da decoração do
Rito. Templos, como por exemplo o das “5 Lojas Unidas de
Hamburgo”, Alemanha, não apresentam as 2 Colunas e
não tem átrio, abrindo a porta do Templo diretamente para
uma antessala ou sala de espera, onde a Fraternidade se
reúne antes do início do trabalho no Templo ou para as
Sessões “a campo”;
> Piso (sem mosaico) em um único nível (sem degraus)
para Leste e Oeste;
> A decoração do Templo pode ser simples, com teto e
paredes em qualquer cor, permitindo-se também utilizar
formas artísticas e arquitetônicas;
> O Tapete da Loja, com os símbolos tradicionais da Fra-
ternidade, também representa a “Planta do Templo de Sa-
lomão” e é estendido no centro do piso do Templo exclusi-
vamente nas sessões ritualísticas fechadas. Nas “sessões
brancas ou públicas” o Tapete não deve ser utilizado;
> Três candelabros encimados por “Três Grandes Velas”
circundam o Tapete. Muitas Lojas, inclusive a ABSALOM,
adotam três grandes castiçais iguais, mas não utilizam as
“três Ordens Gregas de Arquitetura: Jônica, Dórica e Co-
ríntia”, próprias de outro Rito;
> Não é próprio do Rito Schröder a colocação de um Tri-
ângulo ou um Compasso e um Esquadro com a letra G,
ou “O Olho de tudo vê”, ou mesmo um quadro com o dis-
tintivo da Loja no centro na parede oriental, em altura su-
perior à da cabeça do V.M., pois estes símbolos não cons-
tam da “Decoração da Loja” descrita no Ritual de
Schröder, muito embora algumas Lojas os adotem;
> Altar (mesa retangular recoberta em azul-claro e uma
cadeira alta) para o V.M.;
> Mesinhas simples e retangulares (de qualquer cor) para
os Oficiais (1º e 2º Vigilantes, Secretário e Tesoureiro);
> A Bíblia sobre o Altar (que é a própria a mesa do V.M.)
permanece fechada, e virada para a posição de quem
chega ao Altar vindo do Ocidente;
> Compasso e Esquadro são armados pelo V.M. de acor-
do com o Grau do trabalho, colocados sobre a Bíblia e
articulados na preparação do Templo;
> Ao lado direito do Altar ficam cadeiras para o G.M. e
para o seu Deputado ou G.M. Adjunto;
> Ao lado esquerdo do Altar fica uma cadeira para o V.M.
Adjunto (se não for nomeado pelo V.M., será o ex-V.M.
mais moderno);
> Os ex-Veneráveis Mestres (no Brasil também chama-
dos de Mestres Instalados) sentam-se no fundo do Orien-
te, de frente para o Ocidente.
> No Brasil, os Aprendizes sentam-se sempre ao Norte
do Templo, na primeira fileira junto ao Tapete;
> No Brasil, os Companheiros sentam-se no Sul (na Ale-
manha, no Norte e no Sul);
> Os Mestres sentam-se no Sul ou em qualquer um dos
lados do Templo;
> Uma Sala de Preparação e uma Câmara Escura substi-
tuem a “Câmara de Reflexão”.
Conclusão:
Alguns aspectos principais chamam a atenção de to-
dos os Irmãos que entram em contato com o Rito: a sim-
plicidade do Ritual e da decoração do Templo, que em
nada diminuem sua profundidade; os poucos cargos e
paramentos necessários; a objetividade da ritualística. Os
trabalhos litúrgicos permitem excelente dinâmica: uma
Sessão Econômica raramente ultrapassa 1h30 (tratando-
se inclusive os assuntos administrativos, tais como ata e
expediente) e com apresentação de trabalhos e/ou instru-
ções. Uma Sessão Magna de Iniciação de três profanos,
cumprindo-se individualmente toda a ritualística, demora
cerca de 2h30; A beleza da Filosofia Humanística, enfati-
zada nas palavras amáveis do V.M. ao iniciando e aos
Irmãos; a valorização das qualidades morais do homem; o
estímulo ao autoconhecimento e a prática da verdadeira
Fraternidade e do Humanitarismo.
Continuação: O RITO SCHRÖDER
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas - Suas origens e história - transcrição parcial do Resumo da Fundação, publicado na Edição 02, de 15 de setembro de 2005, de autoria do saudoso Irmão Zoraido da Silva Viei-ra Ceroni
Adicionalmente, por utilizar um Templo simples, com poucos
paramentos e cargos, torna-se mais “fácil e econômico” trabalhar
em uma Oficina Schröder e isto é outro fator a considerar como
contribuição para aumentar o número de Lojas do Rito.
Em consonância com os ideais maçônicos, há um grande espíri-
to de cooperação entre as Lojas Schröder de todo o Brasil, indepen-
dentemente de Potência ou Obediência, buscando sempre auxiliar
as novas Lojas a adquirirem conhecimento e experiência, sendo o
único Rito do Brasil a adotar um único Ritual básico e a manter um
Colégio de Estudos e um Grupo na Internet reunindo Mestres Ma-
çons das suas Lojas para estudar e aprofundar os conhecimentos e
ensinamentos sobre os Rituais Originais*.
Por todos estes motivos, atingimos no Brasil o expressivo nú-
mero de 120 Lojas em 18 Potências (CMSB, COMAB, GOB) e 33
Lojas no RGS (23 GLMERGS, 6 GORGS, 4 GOB-RS), superando
em número as 31 Oficinas da Alemanha e, temos certeza, continua-
remos crescendo à Gloria do Grande Arquiteto do Universo.
Irmão Rui Jung Neto - e-mail: [email protected]
Ex-V.M. da Cinq. Ben. Aug. e Resp. Loja. Simb. “Concordia et Hu-
manitas” Nr. 56. Rito Schröder – GLMERGS – Porto Alegre – RS – Bra-
sil - Diretor do Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia - Ex-
Presidente da Grande Comissão de Liturgia do Rito Schröder da GL-
MERGS - Ex-V.M. da Loja de Instrução e Restauração do Rito
Schröder da GLMERGS
Membro Correspondente da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pes-
quisas Maçônicas – “Chico da Botica” - GORGS
(*) Os Rituais de F.L. Schröder foram traduzidos dos originais revi-
sados em 1960 pela Loja "ABSALOM DAS TRÊS URTIGAS" Nr. 1, e
são oficialmente adotados pela Grande Loja dos Maçons Antigos Livres
e Aceitos da Alemanha, integrante da Grande Loja Unida da Alemanha.
A "ABSALOM" Nr. 1, fundada em 1737 ao Or. de Hamburgo, é uma das
mais antigas Lojas em atividade no mundo e adota o Ritual de
Schröder desde 1801.
Este trabalho foi revisado pelo autor em setembro de 2015.
Elaborado originalmente em 1998 para apresentação em Loja, o
trabalho de pesquisa e opinião “O Rito Schröder” foi publicado em sua
versão original pelas revistas maçônicas “A TROLHA” e “O PRUMO”,
enviado diversas vezes por e-mail por Irmãos de várias listas e grupos,
muitas vezes sem citar o autor, sendo utilizado como bibliografia, citada
ou não, para diversos trabalhos.
No texto, além de um resumo histórico, são analisados comparativa-
mente aspectos dos três Ritos adotados pela Grande Loja Maçônica do
Rio Grande do Sul visando informar os Irmãos destes dos demais Ritos
praticados pelas Potências Regulares e amigas: Grandes Lojas Estadu-
ais (CMSB); GOB; e Grandes Orientes Independentes (COMAB); sobre
as características do Rito Schröder.
www.colegioschroder.org.br
Continuação: O RITO SCHRÖDER
......... No dia 19 de novembro de 1995, na
Rua Santos Dumont, 2585, Or.·. de Traman-
daí - RS, os dezoito Mestres Maçons, abaixo
relacionados, fundaram a tão sonhada Loja de
Pesquisas Maçônicas:
ALVES, João Desiderio
CASTRO, Sérgio Ferreira de
CERONI, Zoraido da Silva Vieira
COELHO, Dinarte Alberto Perelló
CORREA, Afrânio Marques
DUTRA, Gilberto Menna
GUIMARÃES, Cláudio de Azevedo Pinto
LEAL, Wilnei de Freitas
OLIVEIRA, Mateus de
PANDOLFO, Jonas
PAULA, João Wilson Pereira de
PITTHAN, Heitor Dumoncel
PORTILHO, Anísio Severo
RODRIGUES FILHO, Nilson de Oliveira
SOARES, Juvenal de MeIo
SOUZA, Barney Mano de
SPALDING, Luiz Fernando Borges Fortes
TEIXEIRA, Gilson Campos.
Na sessão de fundação foi eleita a Diretoria
Provisória bem como, por sugestão do Pod.·.
Ir.·. PITHHAN, o Patrono da Loja Irmão
FRANCISCO XAVIER FERREIRA.
A recém fundada Loja de Pesquisas esco-
lheu como Rito Oficial, o Rito Brasileiro e suas
sessões seriam realizadas no terceiro sábado
de cada mês, às 16:00 horas, no Templo sito
à Rua Santos Dumont, 2585, Or.·. de Traman-
daí - RS, jurisdicionado ao Grande Oriente do
Rio Grande do Sul.
No dia 23 de novembro de 1996, a Comissão
presidida pelo Sob:. Grão Mestre do Grande
Oriente do Rio Grande do Sul, Pod.·. Ir.·. MIL-
TON BARBOSA DA SILVA, instalou a Aug.·.
Resp.·. Loja FRANCISCO XAVIER FERREI-
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Informativo CHICO DA BOTICA
- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
ojA Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas
Cont. Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas -
V - Lojas Ocasionais, convocadas pelo Grão-Mestre
para fim específico., Atingida a finalidade, são extintas.
Do CÓDIGO ADMINISTRATIVO
Seção I
Da Denominação
Art. 151. As Lojas são designadas pelos Títulos Distinti-
vos que escolherem, desde que aprovados pelos Poderes
competentes, e terão no registro o número de ordem que
lhes competir, seja qual for o Rito.
Parágrafo único. É vedado o uso do nome de pessoa
viva como Título Distintivo de Loja.
Art. 152. As Lojas, ao serem criadas, são denominadas
“Lojas Provisórias”.
Art. 153. As “Lojas Provisórias” são criadas para permi-
tir a fundação de uma Loja de qualquer das classificações
a seguir:
I - LOJA SIMBÓLICA - É uma Loja com Carta Cons-
titutiva e regularizada conforme o previsto neste Código
Administrativo. Não pode funcionar sem a presença míni-
ma de 7 (sete) irmãos, Trabalha Ritualisticamente. Tem
representação na Assembleia Legislativa Maçônica. E
deve realizar, no mínimo, 2 (duas) sessões mensais, per-
mitido o recesso nos meses de janeiro e fevereiro.
II - LOJA DE INSTRUÇÃO - É uma Loja com Carta
Constitutiva, sendo consagrada, exclusivamente, ao estu-
do de um determinado Rito, sob a direção de um Venerá-
vel-Mestre, e seu quadro deve ser composto somente de
Mestres-Maçons ativos em outras Lojas do GORGS. Não
tem representação na Assembleia Legislativa Maçônica.
Realiza sessão eleitoral apenas para eleger sua adminis-
tração.
III - LOJA DE PESQUISA - É uma Loja consagrada,
exclusivamente, ao estudo e pesquisa de assuntos maçô-
nicos, e seu quadro é constituído exclusivamente de Mes-
tres-Maçons. Não tem representação na Assembleia Le-
gislativa Maçônica. Realiza sessão eleitoral apenas para
eleger sua administração.
IV - LOJA OCASIONAL - É uma Loja temporária cria-
da por Ato do Grão-Mestre com um fim específico, sendo,
após, dissolvida, e seu quadro deve ser composto somen-
te de Mestres-Maçons ativos em outras Lojas do GORGS.
Pesquisa Chico da Botica em seu 21º ano de fundação,
e como pioneira nas Pesquisas Maçônicas encontrou, Lo-
jas em atividade em Santa Maria, Caxias do Sul e Passo
Fundo, jurisdicionadas ao GORGS
RA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS e consagrou o Es-
tandarte da Loja. (a) Ir.·. Zoraido da Silva Vieira Ceroni
- Agosto de 2005
A LOJA NO ORIENTE DE PORTO ALEGRE E SUA
ORIGINALIDADE COMO LOJA DE PESQUISA MAÇÔ-
NICA NO GORGS
Corria o ano de 2001. A Loja de Pesquisas Francis-
co Xavier Ferreira, a popular "Chico da Botica" havia
transferido seu domicílio de Tramandaí, para Porto Ale-
gre recentemente. Ela fora bolada pelo saudoso irmão
Heitor Dumoncell Pithan, e trabalhava desde 1995 em
Tramandaí.
Apenas dois de seus membros moravam no litoral,
os demais na região metropolitana, e mesmo havendo
apenas uma reunião mensal, sempre era trabalhoso
para deslocarmos todo o efetivo até a praia, no dia a-
prazado (normalmente o terceiro sábado de cada mês).
Sendo assim, viemos trabalhar em Porto Alegre.
Num primeiro momento, na sede da Jerônimo Coelho,
num segundo momento no Templo da Praça Florida,
trabalhando, também no Templo da Loja REI SALO-
MÃO, no bairro de Belém Velho e depois, no Centro
Templário, na Aureliano Figueiredo Pinto, no Templo
Leonelo Paulo Paludo, onde está trabalhando até hoje,
com reuniões sempre no terceiro sábado de cada mês
pela manhã.
Durante o ano de 2001, apresentamos junto ao Ilus-
tre Conselho nosso projeto de Estatuto Social e Regi-
mento Interno. Havia apenas outra Loja de Pesquisas
no RGS, que estava de colunas abatidas, ou em estado
inercial, em Santa Maria. Portanto aquele Estatuto e o
Regimento Interno seria a base das demais Lojas de
Pesquisas que se fossem fundar no GORGS.
SOBRE OS TIPOS DE LOJAS NO GORGS
Pesquisa no REGULAMENTO GERAL:
CAPÍTULO I
DA CLASSIFICAÇÃO DAS LOJAS
Art. 137. As Lojas classificam-se em:
I - Lojas Simbólicas, que seguem em sua formação
e funcionamento as determinações do rito que praticam;
II - Lojas de Instrução, especificamente destinadas à
prática e ao ensino de determinado rito;
III - Lojas de Pesquisa, destinadas ao estudo e pes-
quisa de assuntos maçônicos;
IV - Lojas Provisórias, criadas para permitir a funda-
ção de uma Loja de qualquer das classificações acima;
açônica
Mentor: HEITOR DUMONCEL PITTHAN
A Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, a Chico da Botica, tem a
honra de convidar os Irmãos Maçons da Maçonaria Unida do Rio Grande do Sul -
MURGS, para participarem da Palestra Comemorativa ao seu 21º aniversário de Funda-
ção, com o Irmão HERCULE SPOLADORE com o tema: “DIANTE DA TECNOLOGIA, COMO
SERÁ A MAÇONARIA NO FUTURO?” conforme segue:
Programação:
1. Local: Templo Leonello Paulo Paludo - Centro Templário, sito à
Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945 – 3º andar – Porto Ale-
gre – RS, sendo no sábado, a entrada é feita pela Travessa Qua-
tro Jacós, 44
2. Traje: Esporte
3. Data: 19 de novembro de 2016, sábado;
4. Desenvolvimento:
- Recepção: 9:00 h - Início: 9:30 h
- Pausa para Coffee Break: 10:30 h
- Reinício: 10: 45 h - Encerramento: 12:00 h
5. Irmão HERCULE SPOLADORE, Membro Correspondente nº 1 da Loja Francisco Xa-
vier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, pesquisador e palestrante incansável, historiador e
escritor maçônico Paranaense, é médico e pós-graduado em Parapsicologia. Também é
Membro fundador e ativo na Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil – Londrina – PR.
6. Investimento: Dois quilos de alimento não perecível que serão entregues à Casa do Menino
Jesus de Praga. (Sugestões: Azeite, Massa, Café, Bolachas Doces ou Salgadas)
Cesar Volnei da Luz Gomes - Venerável Mestre
VENHA PARTICIPAR! - Agradecemos a presença!
21º Ano da Loja Chico da Botica
C O N V I T E
Templo : Leonello Paulo Paludo
Centro Templário - 3º andar
Rua Aureliano de Figueiredo Pinto, 945
Dia da Oficina: 3º Sábado de cada mês Hora: 10:00 h
AUG :. RESP :. LOJ :.
“FRANCISCO XAVIER FERREIRA
DE PESQUISAS MAÇÔNICAS”
JURISDICIONADA AO GORGS
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- Ano 12 Edição 104 - 31 Out 2016 -
Informativo Virtual Destaca:
mês de novembro Dia 19 = 21 anos da Loja de pesquisa Chico da botica
Organização