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coNsrDERAÇÕES ESTRATTcnÁucns E sEDrMnNror,ócrcAs A RESrEITo DA FoRMa,çÃo Do SAMBAeUI MANITIBA I Claudio Limeira Mellox Introdução O trabalho aqui apresentado busca discutir a estrutura de construção de um sambaqui, considerando a atuação de processos físicos não relacionados às atividades das populações pré-históricas, mas à dinâmica dos processos geológicos costeiros. Para isto, foi estudado o sambaqui Manitiba I, localizado na região do recôncavo de Saquarema (RI). Foram realizados dois perfis geofísicos com o uso do GPR, que permitiram a detecção da estrutura geral e da espessura do sambaqui, indicando sua construção sobre camadas sedimentares de provável origem marinha costeira. O estudo estratigráfico e faciológico de uma parede de escavação arqueológica permitiu o reconhecimento de um padrão regular de empilhamento de camadas, tendo sido caracterizadas duas unidades estratigráficas, a partir da variação no conteúdo de conchas e da marcante presença de níveis arenosos e de níveis de coloração escura. Os níveis arenosos são interpretados, neste estudo, como de origem por ação de processos marinhos costeiros, apontando para a importância destes processos na construção do sambaqui estudado. Os sambaquis (palavra de origem indígena significando "amontoado de conchas") correspondem a estruturas arqueológicas comuns em regiões litorâneas. Registram locais onde populações humanas pré-históricas habitavam temporária ou permanentemente, constituindo-se pelo predomínio de conchas, e ossos de animais, sobretudo de peixes. No que diz respeito aos estudos da Geologia do Quaternário, sambaquis podem ser utilizados, com restrições, para fornecer indícios sobre a variação relativa do nível do mar (Martin et alii., 1986). Como normalmente não é possível se conhecer as relações entre a base de um sambaqui e um nível pretérito de maré alta, estas estmturas arqueológicas podem apenas sugerir posições limite para o nível do mar, indicando, freqüentemente, períodos de nível marinho alto ou próximo do nível atual (Kneip et alii., 1994). Como afirmam Martin et alii. ( 1986), esta interpretação baseia-se na idéia de que tais estruturas não teriam sido construídas muito distantes do local da coleta dos moluscos cujas conchas serviram para a sua construção. * Geólogo. Departamento de Geologia. Instituto de Geociências /UFRJ 8r

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coNsrDERAÇÕES ESTRATTcnÁucns E sEDrMnNror,ócrcAs A

RESrEITo DA FoRMa,çÃo Do SAMBAeUI MANITIBA I

Claudio Limeira Mellox

Introdução

O trabalho aqui apresentado busca discutir a estrutura de construção de umsambaqui, considerando a atuação de processos físicos não relacionados às

atividades das populações pré-históricas, mas à dinâmica dos processosgeológicos costeiros. Para isto, foi estudado o sambaqui Manitiba I, localizado naregião do recôncavo de Saquarema (RI). Foram realizados dois perfis geofísicoscom o uso do GPR, que permitiram a detecção da estrutura geral e da espessura

do sambaqui, indicando sua construção sobre camadas sedimentares de provávelorigem marinha costeira. O estudo estratigráfico e faciológico de uma parede deescavação arqueológica permitiu o reconhecimento de um padrão regular deempilhamento de camadas, tendo sido caracterizadas duas unidadesestratigráficas, a partir da variação no conteúdo de conchas e da marcantepresença de níveis arenosos e de níveis de coloração escura. Os níveis arenosossão interpretados, neste estudo, como de origem por ação de processos marinhoscosteiros, apontando para a importância destes processos na construção dosambaqui estudado.

Os sambaquis (palavra de origem indígena significando "amontoado deconchas") correspondem a estruturas arqueológicas comuns em regiõeslitorâneas. Registram locais onde populações humanas pré-históricas habitavamtemporária ou permanentemente, constituindo-se pelo predomínio de conchas, eossos de animais, sobretudo de peixes.

No que diz respeito aos estudos da Geologia do Quaternário, sambaquispodem ser utilizados, com restrições, para fornecer indícios sobre a variaçãorelativa do nível do mar (Martin et alii., 1986). Como normalmente não é

possível se conhecer as relações entre a base de um sambaqui e um nívelpretérito de maré alta, estas estmturas arqueológicas podem apenas sugerirposições limite para o nível do mar, indicando, freqüentemente, períodos denível marinho alto ou próximo do nível atual (Kneip et alii., 1994). Comoafirmam Martin et alii. ( 1986), esta interpretação baseia-se na idéia de que taisestruturas não teriam sido construídas muito distantes do local da coleta dosmoluscos cujas conchas serviram para a sua construção.

* Geólogo. Departamento de Geologia. Instituto de Geociências /UFRJ

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Por outro lado, diante da complexidade do ambiente costeiro em que se

inserem, em termos das variações deposicionais possíveis e das oscilações donível do mar, pode-se esperar que estas estruturas arqueológicas tenham sidoafetadas e possam registrar tais mudanças ambientais (interação homem-ambiente). A este respeito, Kneip (ver O Projeto Saquarema e as PesquisasRealizadas) destaca a existência muito freqüente, em vários sambaquisestudados, de camadas estéreis sob o ponto de vista arqueológico, produzidaspor processos físicos não relacionados às atividades das populações pré-históricas, mas à dinâmica dos processos geológicos costeiros.

O estudo aqui desenvolvido toma a idéia assinalada no parágrafo anteriorcomo hipótese de trabalho, tendo, como objetivo principal, a proposta derealizar uma análise estratigráfica e sedimentológica do sambaqui Manitiba I,localizado na região do recôncavo de Saquarema (Região dos Lagos, Estado doRio de Janeiro), visando a interpretação da sua estrutura de construção.

Condições regionais

A região de Saquarema (Figura l), localizada na Região dos LagosFluminenses, constitui ârea caracterizada por unidades da paisagem bastantediversas. Destacam-se as lagunas costeiras e os cordões de praia associados, ao

lado de serras litorâneas ao fundo de planícies flúvio-marinhas.Em termos geológicos e geomorfológicos, a área estudada caracteriza-

se por dois domínios principais (Martin et alii.,1997): o embasamento cristalinopré-cambriano, exibindo um relevo acidentado (região serrana), drenado poruma rede hidrográfica de caráter dendrítico; e a planície costeira de idadequaternária, onde se destaca o conjunto de lagunas e cordões arenosos,divididos em duas barreiras arenosas principais - a barreira interna, de idadepleistocênica; e a barreira externa, holocênica.

Diversos sítios arqueológicos caracterizados como sambaquis foramidentificados na região, com idades posicionadas entre 4.520 + 190 a 1.790 + 50anos A.P. (Kneip, 1994).

Materiais e métodos

l.O sambaqui Manitiba I

O sambaqui Manitiba I localiza-se sobre cordão arenoso de idadepleistocênica, no limite sudoeste da lagoa de Saquarema, alcançando a altitudede cerca de 6m acima do nível do mar atual.

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Trata-se de sítio arqueológico em sua maior parte preservado, tendo sua

estrutura tridimensional localmente exposta em escavação ampla, orientada paraa car acterização das camadas arqueológicas.

Datações obtidas por Kneip (ver O Projeto Saquarema e as PesquisasRealizadas) apontam idades entre 4.270 + 70, na base, e 3.810 + 70 anos A.P.,no topo.

Neste trabalho, é apresentada a análise estratigráfica e sedimentológica deuma das paredes que compõem a escavação (precisamente, a parede do fundoda escavação, face norte, segundo denominação recebida nos estudos

arqueológico).

2. Técnicas de análise estratigráfica e sedimentológica utilizadas

Visando a detecção da estrutura geral de subsuperfície e a espessura dosambaqui estudado, foram realizados levantamentos geofísicos com o uso doGPR (radar de penetração subterrânea). Dois perfis de radar foram gerados coma utilização de antenas de freqüência de 50 MHz.

O estudo estratigráfico da seção exposta foi feito através da técnica dereconstituição por fotomosaicos. A parede estudada foi fotografada de modoque foi construído um painel fotográfico. A partir deste, com o uso de acetatotransparente, foram decalcados os limites entre camadas e outras estruturaspresentes. Posteriormente, foram checadas, em campo, as informaçõesassinaladas no painel fotográfico interpretado.

O estudo sedimentológico do sambaqui baseou-se em uma análise decaráter faciológico, sendo realizada a caracÍerizaçáo das diferentes camadasquanto à litologia, granulometria, textura, geometria e estruturas internas.Através da análise destes aspectos pode ser possível a interpretação dosprocessos geradores (Walker & James, 1992).

Análise estratigráfica e sedimentológica

1. Seções geofísicas

A primeira etapa da investigação aqui realizada resultou em duas seções

geofísicas, elaboradas com o uso do GPR.Na primeira delas (Figura 2a), transversal ao eixo maior do sambaqui,

pode ser visualizada uma estrutura de geometria plano-convexa (A), comespessura em torno de 3m, com refletores internos inclinados e

aproximadamente paralelos ao limite de topo. Esta estrutura representa a própria

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geometria do sambaqui, estando superposta a um conjunto de refletoresirregulares, aproximadamente horizontais a muito suavemente inclinados,definindo intervalos com geometria lenticular extensa (B).

Uma outra seção de GPR foi realizada, à frente da escavação, ao longoda superfície sobre a qual o sambaqui foi construído (Figura 2b), tendo sidoidentificados conjuntos constituídos por refletores suavemente inclinados,similarmente ao que foi identificado na porção inferior da seção geofísicaanteriormente descrita. Este padrão de radar sugere o empilhamento de camadassedimentares sob a ação marinha costeira.

2. Seção estratigráfica e perfil faciológico

Em uma visão geral, chama a atenção no sambaqui Manitiba I o padrãode empilhamento regular de camadas, em que se destaca a variação no conteúdode conchas e a presença marcante de níveis arenosos e de níveis de coloraçãoescura.

Observado em detalhe, podem ser individualizados dois conjuntosestratigráficos principais, limitados por um nível arenoso, de coloração cinzaescuro, aproximadamente na porção mediana da seção analisada (figuras 3 e 4).

Abaixo deste nível, verifica-se uma intercalação de camadasapresentando espessuras da ordem de l0 a 30 cm, constituídas pelo grandepredomínio de conchas maiores (incluindo as camadas arqueológicas [V a VII),e camadas com cerca de 5 a 10 cm, compostas por areias grossas, brancas, bemselecionadas, com grãos de quartzo arredondados.

A partir do nível arenoso escuro que limita o topo da unidadeestratigráfica inferior, em direção à parte inferior da seção, ocoÍrem marcadasfeições de escavação, estreitas e relativamente profundas. Estas feições parecemrepresentar vestígios de estruturas de sustentação de cabanas.

Imediatamente sobre o nível arenoso de coloração escura, ocorre umacamada de conchas, contendo um fragmento de osso (de baleia) com cerca de15 cm - Camada Arqueológica III . Também chama a atenção nesta camada a

sua coloração um pouco avermelhada, com a presença de seixos de materialargiloso, avermelhados.

O conjunto de camadas reconhecido acima do horizonte arenoso escuroinicia-se por uma camada constituída predominantemente por areias grossas,quartzosas, bem selecionadas, com grãos bem arredondados, apresentandoníveis de fragmentos de conchas, suavemente inclinados ou horizontalizados(camada arqueológica II). Este aspecto sugere um padrão de estratificaçãosedimentar de baixo ângulo.

Sobre esta camada, ocoÍTe um novo nível arenoso de coloraçáo cinza.Este, por sua vez, é recoberto por uma fina camada de grande concentração deconchas de tamanho pequeno (2 a 3 cm) - camada arqueológica I. O topo da

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seção é caÍacteÍizado por camadas apresentando composição arenosa, malselecionada, de coloraçáo cinza escuro, com muitas conchas.

Considerações finais

A partir da análise integrada dos dados estratigráficos, faciológicos egeofísicos, pode-se concluir que o Sambaqui Manitiba I está assentado sobredepósitos arenosos produzidos por processos marinhos costeiros, e que estescontinuaram a ser ativos e bastante importantes ao longo do intervalo de tempoda construção deste sambaqui.

A idade obtida por Kneip (ver O Projeto Saquarema e as PesquisasRealizadas) paÍa a base do sambaqui Manitiba I, em torno de 4.270 anos 4.P.,quando confrontada com as curvas de variação do nível do mar no litoralbrasileiro (Figura 5), ajusta-se a um intervalo regressivo, o que confirmahipótese já apresentada em trabalhos anteriores sobre a construção dossambaquis no litoral do Rio de Janeiro (Ferreira & Oliveira, 19871,Ferreira etalii., 1992; Kneip et alii., 19941' entre outros).

A presença de camadas arenosas, particularmente na unidadeestratigráfica inferior, indica a recorrência dos processos marinhos costeirosdurante o intervalo de construção do sambaqui. Isto pode estar associado apequenas e rápidas oscilações do nível do mar ou a momentos de sobrelevaçãomarinha. A maior espessura da camada arenosa que foi observada na base daunidade estratigráfica superior sugere um intervalo marcante da atuação destesprocessos marinhos costeiros.

Outro aspecto a ser considerado quanto ao processo de construção doSambaqui Manitiba I diz respeito aos horizontes escuros, que parecemrepresentar horizontes superficiais de solos enterrados, conforme avaliado porPrazeres & Chaves (1977) em situação semelhante. Estas feições determinariamintervalos de intemrpção na dinâmica de construção, com a instalação decobertura vegetal.

Torna-se necessário que seja buscada uma precisão maior no controle daposição do sambaqui em relaçáo ao nível do mar atual, no sentido de serconfirmada a hipótese levantada neste trabalho.

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Agradecimentos

À Profa. Lina Maria Kneip, pela oportunidade oferecida para conhecer e

discutir a estratigrafia e sedimentologia do sambaqui Manitiba I, pelo incentivoà realizaçáo deste trabalho e pelos ensinamentos no campo da Arqueologia. Ageóloga Rute Maria Oliveira de Morais, pela colaboração nos levantamentosfaciológicos e pela edição das figuras. Ao geólogo Claudio Valdetaro Madeira,pelo apoio nas etapas de campo e pela realizaçáo do levantamento geofísico.

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Figura I - Mapa de localização do sambaqui Manitiba I, destacando as principais unidades

geológicas da região estudada segundo Martin et al. ( 1997).

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Figura 2 - (a) e (b) Seções geofísicas realizadas, com o uso do GPR, para o estudo do Sambaqui Manitiba

I. (A) e (B) representam padrões de radar identificados (vide texto).

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Figura 4 - Perfilfaciológico representativo do empilhamento de

camadas observado naface norte da escavação arqueoló7ica

realizada no Sambaqui Manitiba I.

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DOCUMENTO DE TRABALHOSÉRE ARQUEOLOGIA

Documento de Trabalho é uma proposta da disciplina deArqueologia do Departamento de Antropologia do Museu Nacional -UFRJ, cujo objetivo principal é divulgar os resultados de pesquisa e

fomentar o intercâmbio entre outras Instituições.

Editor Responsável: Lina Maria Kneip

Comissão Editorial: Tânia Andrade Lima, Maria Dulce Gaspar, MariaCristina Tenório, Rhoneds A. Peres, Angela Gonçalves Buarque,Filomena Crancio.

Editoração e ImpressãoIvan Francisco da Silva

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