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C M A P De sociólogo a fazendeiro: jornalista publica investigação sobre propriedades de FHC O livro traz detalhes de como Fernando Henrique Cardoso saiu da presidência da República para ser um dos maiores latifundiários do país, adquirindo uma grande fortuna patrimonial. Bastidores que a grande mídia sempre ignorou. FHC foi o presidente mais protegido, título do livro, de escândalos de corrupção, sempre blindado pelos monopólios de comunicação do Brasil e parte do Judiciário. Recentemente o site The Intercept Brasil, trouxe revelações da Vaza Jato onde o ex-presidente FHC pediu dinheiro ao empresário Marcelo Odebrecht; o laudo da Polícia Federal demonstra que a Odebrecht havia feito pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao Instituto FHC entre dezembro de 2011 e de 2012. Em outro diálogo entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, o ex-juiz teria questionado o procurador sobre possíveis provas contra FHC e teria avaliado que investigação poderia “melindrar alguém cujo apoio é importante”. FHC foi rotulado como o presidente que quebrou o Brasil três vezes, quando por três vezes pediu empréstimo ao FMI (Fundo Monetário Internacional), algo jamais visto nesse país, acorrentando-se a economia do Brasil aos lastros do FMI, aliás, dívida paga subsequente pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva que depois “retribuiu o favor” e emprestando dinheiro ao fundo. Mesmo com tantos escândalos, FHC tem uma vida tranquila, desfrutando de seu patrimônio sem ser importunado, quando questionado sobre o momento político, palpita de forma apática e com descaso a situação pavorosa e de incertezas que o País vem atravessando. Já o presidente que gerou mais de 20 milhões de empregos e tirou 30 milhões da pobreza está a quase 500 dias preso por um tríplex em que nunca residiu e foi para leilão. Coisas do Brasil! Título: “O Protegido – por que o país ignora as terras de FHC”. O canavial de Fernando Henrique Cardoso e família em Botucatu (SP) foi o tema de abertura e lançamento do livro no dia 12 de julho durante a Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (Flipei), um evento alternativo à Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip. A mesa de debate contou com o autor, Alceu Luís Castilho, editor do De Olho nos Ruralistas, e com o jornalista Gleen Greenwald, do Intercept, autor da série de reportagens, uma delas sobre FHC, que revela diálogos da Operação Lava Jato. Personagens da Lava Jato aparecem também em “O Protegido”. Entre eles, Emílio Odebrecht. O patriarca da empreiteira é sócio do pecuarista Jovelino Carvalho Mineiro Filho, segundo personagem principal do livro e o principal responsável pela consolidação de Fernando Henrique como fazendeiro. Outros empresários sob investigação compõem a narrativa, entre eles alguns que estavam em jantar no Palácio da Alvorada, em 2002, destinado a angariar fundos para o Instituto Fernando Henrique Cardoso, hoje Fundação FHC. A aventura agrária de Fernando Henrique começou com Sérgio Motta, ex-ministro das “O Protegido” - detalhes sobre o canavial de Fernando Henrique Cardoso e sobre a face agrária de sua trajetória política Comunicações, quando os dois compraram fazenda em Buritis (MG), cenário de despejo de famílias sem-terra durante o governo do sociólogo. Após a morte de Motta, Jovelino Mineiro tornou-se sócio dos filhos de FHC. “O Protegido” mostra como essa conexão – o pecuarista é amigo muito próximo do político – desemboca no canavial em Botucatu, localizado em área de mananciais, na região do Rio Pardo.(Da Redação com informações do De Olho Nos Ruralistas) Confira a entrevista com o autor nas páginas 12 e 13. Foto: Reprodução

De sociólogo a fazendeiro: jornalista publica investigação ... · Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, o ex-juiz teria questionado o procurador sobre possíveis provas contra FHC e

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Page 1: De sociólogo a fazendeiro: jornalista publica investigação ... · Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, o ex-juiz teria questionado o procurador sobre possíveis provas contra FHC e

C M A P

De sociólogo a fazendeiro: jornalista publicainvestigação sobre propriedades de FHC

O livro traz detalhes de como Fernando HenriqueCardoso saiu da presidência da República para serum dos maiores latifundiários do país, adquirindouma grande fortuna patrimonial. Bastidores que agrande mídia sempre ignorou. FHC foi o presidentemais protegido, título do livro, de escândalos decorrupção, sempre blindado pelos monopólios decomunicação do Brasil e parte do Judiciário.Recentemente o site The Intercept Brasil, trouxerevelações da Vaza Jato onde o ex-presidente FHCpediu dinheiro ao empresário Marcelo Odebrecht;o laudo da Polícia Federal demonstra que aOdebrecht havia feito pagamentos mensais quesomaram R$ 975 mil ao Instituto FHC entredezembro de 2011 e de 2012. Em outro diálogo entreSérgio Moro e Deltan Dallagnol, o ex-juiz teriaquestionado o procurador sobre possíveis provascontra FHC e teria avaliado que investigaçãopoderia “melindrar alguém cujo apoio éimportante”. FHC foi rotulado como o presidente quequebrou o Brasil três vezes, quando por três vezespediu empréstimo ao FMI (Fundo MonetárioInternacional), algo jamais visto nesse país,acorrentando-se a economia do Brasil aos lastrosdo FMI, aliás, dívida paga subsequente pelogoverno de Luiz Inácio Lula da Silva que depois“retribuiu o favor” e emprestando dinheiro aofundo. Mesmo com tantos escândalos, FHC temuma vida tranquila, desfrutando de seu patrimôniosem ser importunado, quando questionado sobreo momento político, palpita de forma apática e com

descaso a situação pavorosa e de incertezas que oPaís vem atravessando. Já o presidente que geroumais de 20 milhões de empregos e tirou 30 milhõesda pobreza está a quase 500 dias preso por umtríplex em que nunca residiu e foi para leilão. Coisasdo Brasil! Título: “O Protegido – por que o país ignora

as terras de FHC”. O canavial de FernandoHenrique Cardoso e família em Botucatu (SP) foi otema de abertura e lançamento do livro no dia 12de julho durante a Festa Literária Pirata das EditorasIndependentes (Flipei), um evento alternativo àFesta Literária Internacional de Paraty, a Flip. Amesa de debate contou com o autor, Alceu LuísCastilho, editor do De Olho nos Ruralistas, e como jornalista Gleen Greenwald, do Intercept, autorda série de reportagens, uma delas sobre FHC, querevela diálogos da Operação Lava Jato. Personagens da Lava Jato aparecem tambémem “O Protegido”. Entre eles, Emílio Odebrecht. Opatriarca da empreiteira é sócio do pecuaristaJovelino Carvalho Mineiro Filho, segundopersonagem principal do livro e o principalresponsável pela consolidação de FernandoHenrique como fazendeiro. Outros empresários sobinvestigação compõem a narrativa, entre elesalguns que estavam em jantar no Palácio daAlvorada, em 2002, destinado a angariar fundospara o Instituto Fernando Henrique Cardoso, hojeFundação FHC. A aventura agrária de Fernando Henriquecomeçou com Sérgio Motta, ex-ministro das

“O Protegido” - detalhes sobre o canavial de Fernando Henrique

Cardoso e sobre a face agrária de sua trajetória política

Comunicações, quando os dois compraram fazendaem Buritis (MG), cenário de despejo de famíliassem-terra durante o governo do sociólogo. Após amorte de Motta, Jovelino Mineiro tornou-se sóciodos filhos de FHC. “O Protegido” mostra comoessa conexão – o pecuarista é amigo muito próximodo político – desemboca no canavial em Botucatu,localizado em área de mananciais, na região do RioPardo.(Da Redação com informações do De Olho

Nos Ruralistas) Confira a entrevista com o autornas páginas 12 e 13.

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E X P E D I E N T E

*** A Redação não se responsabiliza por artigos assinados ou de origem definida.

Fundado em 03/09/1960Vicente Bezerra Neto

Patrono do JornalCorreio de Corumbá

Razão Social: Farid Yunes Solominy CNPJ 50 724 863/0001 - 80

Redação e Parque Gráfico: Rua 7 de Setembro, 249-1 Centro - Corumbá-MS

Tel: (67)3232-1835 - CEP 79330-030 e-mail: [email protected]

Diretor Responsável: Alle Yunes Solominy Neto DRT-84/MS

Colaboradores: Rosildo Barcellos, Dílson Fonseca,

Reginaldo Coutinho e Roberto Maciel.

Chefe do Parque Gráfico: Cleberson Calonga (Juninho)

Corumbá/MS, 04 a 10/08/2019 Pág.Pág.Pág.Pág.Pág.0202020202CORREIODECORUMBA.COM.BR

* Rosildo Barcellos

A força da mulhercorumbaense

Essa semana em conversa comWaltencir Ribeiro, falávamos dacarência da memória histórica daspessoas na Cidade Branca, e eu lhedizia dessa minha vertente comoConselheiro de Cultura, a de justamentelevantar essa bandeira, mesmo queesteja eu sozinho, e claro que não estou.E hoje pretendo dar uma vertentediferente a um fato histórico e que élembrado por uma das vias maisimportantes da cidade. Eram 5 horas damanhã do dia 27 de dezembro de 1864.Baixou a cerração, as sentinelas do forteavistaram os vapores paraguaios a umalégua à jusante daquele ponto. Porordem do tenente-coronel HermenegildoAlbuquerque Portocarrero, as posiçõesforam ocupadas. Cerca das oito horase trinta minutos, Portocarrero recebeua intimação de Vicente Bárrios pararender-se, conforme consta da RevistaMilitar Brasileira, edição dedicada aoBicentenário do Forte de Coimbra.Neste momento Portocarrerorespondeu, por escrito, que, “a não serpor ordem superior, só entregaria oforte pela sorte das armas”. Depoisdisso, a força paraguaia,desembarcando elementos da infantariae duas baterias de artilharia, na margemesquerda do rio, avançou, coberta pelomato, tomando posição, na fralda domorro da Marinha. Não foram felizes naescolha do local, porque, se estavamfora de alcance das bocas de fogo daCoimbra, suas armas não o atingiam.Cerca das 10h30min, o 1º TenenteBalduíno, comandante da canhoneiraAnhambaí, num golpe de audácia,desceu o rio e abriu fogo contra o inimigoque se aproximava. Posteriormente,colocou-se de maneira que pudesseauxiliar o forte. Por volta das 11 horas, a esquadraparaguaia iniciou o bombardeio.Entretanto, o local em que seencontravam as peças, eradesfavorável: os tiros se tornaraminócuos. A infantaria aproximava-se parao assalto. O forte aguardava aoportunidade para usar as armas. No

momento adequado, rompeu a fuzilaria,e a luta prolongou-se até às 19 horas.Os atacantes, repelidos em suastentativas de assalto retiraram-se ereembarcaram, deixando mortos eferidos, no campo de batalha. Terminada a jornada, dos 12.000cartuchos existentes no forte, restavam2.500. Nessa noite, 27 para 28, contouPortocarrero com o heroísmo de 70mulheres, homiziadas naquelelocal, entre as quais sua esposaDona Ludovina Alves Portocarrero,que se prontificaram, espontaneamente,a fabricar cartuchos para o dia seguinte,lançando mão de balas de adarme 17.Com martelos, pedaços de cano epedras, tornaram o material utilizável aocalibre das carabinas. Dessa forma,produziram mais 6.000 cartuchos. Nesteexemplo, vemos desprendimento, e ovalor da mulher corumbaense, que, nosmomentos difíceis, não vacila, no amorque acredita. Reiniciou-se a luta, dia 28, pelo fogo,na parte da manhã; à tarde, tentativasde assalto de infantaria. Oito paraguaiostranspuseram o parapeito do forte: seteforam mortos e um prisioneiro. Osassaltos de infantaria dos 6º e 7ºbatalhões realizaram-se aos gritosdesordenados de “renda-se”, eimprecações, respondidas pelobrasileiros com outras e “vivas”. Oinimigo que, em cada carga, chegavaao parapeito, repelido a baioneta,granada, e muitas vezes, tinha as mãosdecepadas, ao tentar a escalada. Às 19horas, os paraguaios retiraram-se paraperto de seus navios. Nessa ocasião, Portocarrero enviou02 patrulhas para o entorno do forte,uma dirigida pelo Capitão Conrado eoutra pelo Tenente Oliveira Mello, paraexplorarem o terreno vizinho,recolhendo armas e inimigos feridos, (18feridos e 86 armas). Assim, com estetexto gostaria de exaltar a força e o valorda mulher corumbaense na pessoa deAna Ludovina Alves de Oliveira nascidaa 08 de novembro de 1828, emCorumbá-MS, e falecida em 07 de

outubro de 1912, no Rio de Janeiro.Que casou-se com o pernambucanoGeneral Hermenegildo de AlbuquerquePortocarrero, o Barão de Coimbra,passando a assinar LudovinaPortocarrero, tendo recebido depoiscomo honraria o título de Baronesa doForte de Coimbra. É dessa garra e

energia que Corumbá precisa reavivaro ânimo e ombreando aos homens debem dessa cidade, galgardefinit ivamente os degraus dodesenvolvimento. E a certeza da frase: “Perto de um grande Homem sempreestá uma grande mulher! “* Articulista

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Prefeitura avança com recapeamento em vias com grandefluxo de veículos e nos bairros da cidade com drenagem

A Prefeitura de Corumbá concluinesta semana o trabalho derequalificação das ruas FreiMariano, Tiradentes e Santa Cruz,no trecho compreendido entre a ruaPorto Carreiro e a linha férrea. Aregião, localizada atrás do ginásioPoliesportivo Lucílio de Medeiros,concentra um grande fluxo depedestres e veículos, uma vez querecebe a feira-livre das sextas-feirase é utilizada para as provas práticasdo DETRAN.  Nessas vias, todo asfalto antigo– já bastante deteriorado pela açãodo tempo e pela falta de manutenção– foi retirado. As ruas aindapassaram pelo processo defressagem e reperfilamento, trabalhoque assegura maior qualidade edurabilidade do trecho, antes dereceberem o Concreto BetuminosoUsinado a Quente (Qbuq), um dostipos de revestimentos asfálticosmais utilizados nas vias urbanas erodovias brasileiras.    A requalificação da Frei Mariano,Tiradentes e Santa Cruz completa

uma extensa e importante obrainiciada pela Prefeitura no começodo ano, quando a mesmaintervenção foi realizada na ruaGonçalves Dias, desde a Cyríaco deToledo até a 15 de Novembro, e naavenida Joaquim Venceslau deBarros, da Edu Rocha até aTiradentes.  “São vias com um tráfego intensode veículos. Essas intervenções,além de melhorar a trafegabilidade,aumentam a vida útil do asfalto e aqualidade de vida dos moradores ede todos que utilizam essas ruas paraseu deslocamento”, afirmou osecretário municipal deInfraestrutura e Serviços Públicos,Ricardo Campos Ametlla.  “Temos diversas frentes deserviço espalhadas por toda acidade. São obras executadas comrecursos próprios a partir definanciamento do Fundo Financeiropara o Desenvolvimento dos Paísesda Bacia do Prata (Fonplata). Ainclusão desses trechos, nas obrasexecutadas com recursos do Fundo,

foi proposta pela administraçãoMarcelo Iunes”, detalhou Ametlla.  Na terça-feira, 30 de julho, oprefeito Marcelo Iunes visitououtro trecho que está sendotransformado pelo Executivo: a ruaDom Pedro II, no bairro CristoRedentor. Nesse trecho, aintervenção da Prefeitura foi aindamais significativa, pois o morro que

dividia a rua foi rebaixado e recebeutodo sistema de drenagem, antes dapavimentação. Outras obras de drenagem epavimentação asfaltica foramvistoriadas pelo Prefeito MarceloIunes; no Conjunto Tiradentes aRua Goiás, no Bairro Popular Novaa Rua José Frageli e no Bairro PadreErnesto Sassida.

Recapeamento no Bairro Padre Ernesto SassidaRecapeamento na Rua General Dutra

Rua José Frageli na Popular Nova

Rua Goiás no Conjunto TiradentesRua Frei Mariano com a Santa Cruz

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REPORTAGEM ESPECIAL

COM DÍLSONFONSECA

(DRT-1583/MS)

Lendas do Pantanal

Vamos falar sobre algumas lendaspantaneiras, onde o leitor é quem deverátirar as suas conclusões, reza lenda queo minhocão é uma enorme cobra quepode engolir uma pessoa inteira, e eleaparece em noites de lua cheia, ela ficaentre mastros e caibros debaixo d´águapróximo de pontes ou casa de palafitas.Segundo a Revista Kosmos número 12(1908), no artigo Ao Redor e Através doBrasil, escrita por Alípio de MirandaRibeiro, onde o mesmo relata que umvelho italiano morador da cidade, queera antigo capitão de navio, que afirmouter visto o rastro do minhocão, ele afirmaque o filho dele sim viu o minhocão,dizendo que era preto e parecia umenorme bote. O rapaz estava numacanoa no rio Paraguai, encostou-se àterra e correu com todas as força paracasa. Ai o velho italiano disse que foiver e só encontrou o rastro, na lama eno aguapé.Mas a história do Minhocão seespalhou e se tornou uma criatura queaparece e desaparece, onde essashistórias mexem com o imaginário

popular rompendo os limites da fantasiae da realidade. Mas na região do Portoda Manga, o minhocão assusta osmoradores. Os moradores antigosdessa região afirmam com convicçãoque o minhocão existe, onde acreditampiamente que ele é tão grande que podechegar de uma margem a outro do RioParaguai sendo bastante forte, com acapacidade de naufragar qualquerembarcação apenas com o balanço doseu corpo. Mas em contrapartida namesma comunidade existe pessoasque não acreditam na existência doMinhocão e afirmam que tudo é criaçãoda mente das pessoas. Vamos falarsobre a mulher de branco, da região daNhecolândia e do Paiaguás, ondenessa região um grupo de adolescentesa viu em uma fazenda nessa região.Temos a mãe d´água era parente dasereia, onde ela protege os peixes.Negrinho d´água também conhecidocomo Caboclo é uma espécie de Saci-Pererê pantaneiro, que faz travessurascom os pescadores, andam de bandose, no fundo dos rios há uma cidade

deles, que levam os pescadorescapturados. Tem o fuça-fuça aquático,ele fica na parte rasa do rio e sua faceassemelha-se à de um porco. Mãe doouro é quase uma bola de fogo da águaou da terra, indicando que há dinheiroou ouro enterrado por perto. Por isso éque a mãe do ouro só aparece emregiões de mineração. Barco fantasmaque era um barco que afundou no rioParaguai e que toda a noite de lua cheiaele aparece e o pior ele faz barulho eouve-se pessoas conversando. Pé degarrafa outra lenda do Pantanal, eleseria um protetor das matas, hávariações em torno da sua descrição,em determinado momento surge comuma perna e, em outra, com duas, seuponto fraco é o umbigo, onde apresentapoucos pelos. Já a mulher no banheiroé uma loira com algodão no nariz queaparece no banheiro das escolas. Alenda dos tuiuiús tem uma lendaconhecida, que explica a tristeza dojaburu, ave símbolo do Pantanal, maisconhecida como tuiuiú. As aves sempreforam alimentadas por um casal deíndios que, após a morte, foi enterradono local onde costumava alimentá-las.Os tuiuiús, em busca de alimentos,ficam sobre o monte de terra que cobriaos corpos do casal, esperando que delá saíssem algumas migalhas paraalimentá-los. Como isso não ocorreu,ficavam cada vez mais tristes, olhandoem direção ao chão. É por esse motivoque os tuiuiús parecem estar sempretristes, olhando em direção ao solo.João-de-barro é uma lenda difundidaem todo o Estado, pois se trata de umpequeno pássaro que constrói sua casaem todos os cantos do Pantanal, doscampos e dos cerrados, lembrando decolocar a porta do lado contrário àschuvas frequentes. Caso acompanheira o traia, João-de-barro atranca definitivamente na casinha,fechando a porta para sempre. Antasobrenatural e este animal, enquantoser portador de atributos sobrenaturais,

ora assume atitude protetora, ajudandoo homem a realizar proezas difíceis, oratorna-se causa do desaparecimento depessoas. Pai do mato ou mãozão édescrito como um bicho peludo,inicialmente assemelha-se a anta, emseguida cresce vertiginosamente,transformando-se em um homem negro,cabeludo e barbudo. Os crédulos afirmamque ao passar sua mão pela cabeça deuma pessoa, esta ficará louca. Apesardo nome, o Mãozão não possui mãosgrandes; elas, porém, são extremamentepoderosas, de onde resulta adenominação do personagem.Sinhozinho na região de Bonito, tem omito do Sinhozinho, um frei que andoupregando ensinamentos religiosos pelaregião nos anos 30, Pequenino, mudo,benzia, curava e se comunicava, mesmosem dispor de voz. Desapareceu semdeixar vestígios, mas sua presença foimarcada pelas obras que fez, pelascruzes e capela que construiu. Uma dashistória contadas pelo povo é queSinhozinho teria prendido, em um grandeburaco de um dos morros da cidade, umacobra gigante, selando com uma de suascruzes. Se a mesma for descoberta eretirada a cobra sairá e poderá devoraros moradores da cidade. Em torno dessapersonagem, existem vários causos quecada contador enfoca um aspectodiferente.Fonte: Acervo UCDB

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Leilão movimenta R$ 400 milhões emseis anos e valoriza o gado do Pantanal

A comercialização do gado de cortedo Pantanal de Corumbá - o municípiotem o segundo maior rebanho bovino dopaís, com dois milhões de cabeças -mudou de patamar com a realização domaior leilão da região, o Novo Horizonte,garantindo preços de mercado aoprodutor, sem o atravessador, e gerandocentenas de empregos indiretos. Em seisanos, o leilão comercializou 300 milanimais, com movimento estimado em R$400 milhões. “Antes do Novo Horizonte, o gado doPantanal não tinha comercialização, eravendido na fazenda pelo preçosubestimado pelo comprador”, afirmouLuciano Leite, presidente do SindicatoRural de Corumbá. “Hoje temos umnorte de comércio, o leilão recebecompradores de todo o Estado e o gadoalcança preços praticados no mercado,agregando com isso maior rentabilidadeao produtor, que passou a investir maisna qualidade dos animais”, acrescentou.

Preços em alta Luciano Leite informou que o Pantanalabastece atualmente 40% do mercadode gado gordo abatido em Mato Grossodo Sul e os preços garantidos pelo leilãotem propiciado ao pantaneiro arenovação do rebanho, com a introduçãode animais de alto padrão genético. “Oleilão deu um ordenamento ao mercadona região, libertando o nosso produtordo atravessador e movimentando todauma cadeia, desde o transportador aocomércio”, destacou.

No último sábado, foi realizado o 72ºarremate em seis anos. A comercializaçãode quatro mil animais movimentou cercade R$ 4,5 milhões. Os lotes arrematadosmantiveram os preços similares aos doplanalto, com forte elevação. Os tourunosalcançaram média de R$ 2.521,00, comum lote sendo comercializado a R$2.710,00. Outras médias: vaca gorda,R$ 1.404,00; fêmea 12 meses, R$700,00; macho 12 meses, R$ 1.218,00;macho 36 meses, R$ 1.829,00.

Na cheia e na seca O Leilão Novo Horizonte foi criado em2013 pela Leiloboi, na fazenda do mesmonome, situada na margem da MS-228 ea 3,5 km da Curva do Leque,entroncamento dessa estrada com a MS-184, no Pantanal da Nhecolândia. Aestrutura de currais tem capacidade parareceber seis mil animais por leilão e a

fazenda conta com pista de pousohomologada. A recuperação da malhaviária local pelo Governo do Estadogarante acesso ao leilão e o escoamentodo gado. “Adquirimos um antigo leilão, queexistia desde 1991, criamos uma novaestrutura e o pantaneiro acreditou naoportunidade de ter uma maiorrentabilidade em seus negócios”,lembrou o leiloeiro Carlos Guaritá (fotoao lado), proprietário da leiloeira. “Comcheia ou seca, não deixamos de realizaros leilões nesses seis anos e inovamosnesse período, com a transmissão ao vivoe a implantação de uma passarelacoberta para visualização dos animais”,completou.

Sem o atravessador Para o produtor rural AmercoResende Oliveira, da Fazenda São

Miguel, o leilão “foi a nossa salvação”.Ele disse que anteriormente o pantaneironão tinha outra alternativa paracomercializar seu gado e levava ocomprador na fazenda, que impunha seupreço, bem abaixo do praticado nomercado. “A gente perdia pelo menos30%, hoje o leilão regra o preço justo eainda agrega renda, valorizando assima nossa pecuária”, observa o pantaneiro. O leilão, na avaliação do produtorRicardo Penna Chaves, da Fazenda SãoJosé da Formosa, é um empreendimentoque capitalizou a pecuária. “O leilão éuma iniciativa de vanguarda e atrai opantaneiro do outro lado do Pantanalporque elevou os preços”, pontuou.“Sem o leilão, o comprador estavasempre em vantagem, depreciando onosso rebanho. Nos livramos doatravessador e hoje competimos com oplanalto na cotação de mercado”, frisou.

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COLUNA: UM OLHAR CRÍTICO

Reginaldo Coutinho - Delegado doSindicato dos Radialistas DRT-832/MS

A DEMOCRACIA ESTÁ CORRENDO UM RISCO

IMINENTE, FRÁGIL JÁ ESTÁ DIANTE DAS

FALÁCIAS DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

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ATACADO COSTA

Segundo um dos jornalistas quefez as entrevistas, RogérioMedeiros, “ninguém suplantou, emqualquer tempo, o delegado CláudioGuerra, da Polícia Civil do EspíritoSanto, na arte de matar” (GUERRA,2012, p.13). Cláudio Guerra, um dosmais sanguinários policiais daditadura civil-militar brasileira, hojepastor da religião Evangélica,cumpre pena de prisão recolhido emuma instituição para idosos, edesenvolve algumas atividadessociais sob a supervisão da Justiça.Atuou no DOI-CODI, órgãosubordinado ao Exército, deinteligência e repressão do governobrasileiro durante o regime militar,que visava o combate direto contraos chamados “inimigos internos”que representavam uma ameaça àsegurança nacional. Para RogérioMedeiros, Guerra é “um ardiloso eimplacável matador” (p.13), atributosestes que fizeram o regime militarlogo recrutá-lo para ser o autor demuitos de seus crimes. Dentro destejogo, ele foi importante peça, matousem deixar rastros, impôs maiorperícia aos crimes, fato desejávelpela ditadura que não queria deixarrastros, pois tinha de legitimar-se nopoder, e a imprensa, mesmo sobcensura, ainda encontravapequenas aberturas para denunciaros crimes. Segundo consta no livro,“Guerra e Fleury foram recrutadospelos desempenhos à frente dosesquadrões da morte do EspíritoSanto e de São Paulo nos 1970, e jápor aquela época eram tidos comoos mais sanguinários matadores paraos que se encontraram em atividadespolítica de esquerda no Brasil.”(GUERRA, 2012, p. 25). Impôs

racionalidade ao processo deexecuções. Diferentemente dodelegado Sérgio Paranhos Fleuryque não agia com tanta discrição,trouxe a ideia de que os agentes darepressão atuassem em regiõesdiferentes das suas de origem, a fimde eliminar ou diminuir bastante orisco de serem identificados. Detodas as informações trazias pode-se dizer que a de maior impacto foisobre as incinerações decombatentes assassinados peladitadura. O ex-delegado deu umalista de dez presos políticos mortospela tortura e incinerados na UsinaCambahyba, na cidade de Campos,estado do Rio de Janeiro. Muitosforam mortos no centro de tortura eassassinatos conhecido como ‘Casada Morte’, situado na cidade dePetrópolis, RJ. Algumas das vítimas,segundo o relato, foram FernandoAugusto Santa Cruz Oliveira, DavidCapistrano, Ana Rosa Kucinski,João Batista Rita, Joaquim PiresCerveira, Wilson Silva, JoãoMassena Melo, Eduardo ColeiaFilho, José Roman e Luiz IgnácioMaranhão Filho. Porém, ele não sabeprecisar quantas pessoas tiveramseus corpos lá incinerados. A usina,à época, era do ex-deputado federale ex vice-governador do Rio deJaneiro, Heli Ribeiro Gomes, quefaleceu em 1992 (livro ”Memóriasde uma guerra suja”). Agora, vem o Bolsonaro reavivaressa triste lembrança em que oRegime Militar deixou como rastro,a morte de pessoas inocentes queeram confundidas com quem lutavacontra o Regime. Tanto que a faladele no episódio do pai doPresidente da OAB, destoa de uma

proposta da consolidação dademocracia neste Pais e dissimula abel prazer a revolta sanguinária quepode surgir novamente, pois oPresidente quer ligar o fato doatentado que sofreu, com todos ossegmentos representativos destePaís, se ele próprio perdeu o prazopara representar, fez com a ótica detornar o Adélio Bispo um “Louco”,pois se julgado fosse, diante dasbrechas da Lei, poderia em um curtoespaço de tempo, estar livre,enquanto que a comprovação (sic)de que tem problemas mentais, vaificar em um manicômio e assim seráuma prisão perpétua para o AdélioBispo. A perda do prazo por partedo Presidente, foi proposital e agorabusca através de falácias culpar aOAB em razão de que o Adélio Bisponão teve o Sigilo Telefônicoquebrado pela justiça. NO BRASIL, É CRIME FAZER A

APOLOGIA (DEFESA) DA

TORTURA, CONFORME OARTIGO 287 DO CÓDIGO PENAL.‘SE O PRESIDENTE DA OABQUISER SABER COMO O PAIDELE DESAPARECEU NOPERÍODO MILITAR, EU CONTO’ Bolsonaro voltou a criticar FelipeSanta Cruz, filho de um integrantedo grupo Ação Popular, organizaçãocontrária ao regime militar. O presidente Jair Bolsonaro atacouo presidente da Ordem dosAdvogados do Brasil (OAB), FelipeSanta Cruz, ao dizer que pode“contar a verdade” sobre como o paidele desapareceu na ditadura militar.“Um dia, se o presidente da OABquiser saber como é que o pai dele

desapareceu no período militar, euconto pra ele. Ele não vai quererouvir a verdade”, disse. Felipe é filho de Fernando

Augusto de Santa Cruz Oliveira,integrante do grupo Ação Popular(AP), organização contrária aoregime militar. Ele foi preso pelogoverno em 1974 e nunca mais foivisto. Em 2012, no livro ”Memóriasde uma guerra suja”, o ex-delegadodo Dops Cláudio Guerra diz que ocorpo de Fernando foi incinerado no

forno de uma usina de açúcar emCampos. Não satisfeito, se pronunciouque quer a exploração do garimpona região norte, isso significa quevai dizimar as reservas naturais,assim como o Povo Indígena, issoem razão que o Presidente JairBolsonaro sempre “ACHA”, nuncatem a certeza absoluta de nada.

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Vereador Dr. Domingos continuará

reivindicando a volta das imagens

da TV Educativa a nossa região O vereador Domingos Albaneze Neto, que já tinha apresentado

requerimento no plenário da Casa do Barão de Vila Maria, pedindo oretorno das imagens da TV Educativa de MS a Corumbá, Ladário e ao Pantanaldo Paiaguás e da Nhecolândia, reforçará novamente seu pleito, na voltados trabalhos legislativos após o recesso de julho do corrente ano. Para tanto, o parlamentar municipal pretende solicitar a mesa diretorada Câmara Municipal de Corumbá, o envio de expediente ao Governo do

Estado de Mato Grosso do Sul, a Direção da emissora em Campo Grande e

ao deputado estadual Evander Vendramini na Assembleia Legislativa, paraque seja imediatamente restabelecido o sinal dessa emissora de TV em

nossa região, tendo em vista que a mesma sempre leva ao ar documentários

sobre a fauna e flora pantaneira, reportagens sobre os grandes eventoscomo o tradicional “Banho do Santo” em junho em homenagem a São João;cobertura completa do Carnaval de Rua da Cidade Branca; Festival América

do Sul e de outros importantes acontecimentos, além dos seus noticiáriosde âmbito estadual, lembrando que é uma emissora que contém muita

programação musical que valoriza os músicos e cantores do nosso Estado,

bem como as atividades culturais e folclóricas da nossa gente.

O especialista nesse setor, o experiente e competente técnico Ramão

Corrêa, continua ao inteiro dispor para efetuar a instalação dos novos

equipamentos, bem como em ficar encarregado da sua manutenção,

conforme faz com as emissoras captadas pela Antena Parabólica Coletiva

da Prefeitura Municipal de Corumbá, instalada nos altos do Morro do

Cruzeiro, onde fica também um dos cartões postais de nossa cidade que é

o monumento esculpido pela benemérita Sra. Izulina Gomes Xavier, que é

o “Cristo Rei do Pantanal”.

Parabéns ao vereador Dr. Domingos, por mais essa iniciativa que visaproporcionar mais lazer, para os que vivem nesta fronteira oeste do Brasil.Trata-se de pouco investimento com muito retorno em termos de alegria,cultura e entretenimento a população corumbaense e ladarense.Convite

Por outro lado, o Vereador Doutor Domingos aproveita do ensejo paraconvidar todos os munícipes a prestigiar as sessões do legislativocorumbaense, que são realizadas as segundas e terças, no horário das 17

às 19 horas e também fazerem uso do aplicativo instalado em seu gabinete

e que tem por título: “Socorro Doutor”, um canal a disposição da nossa

comunidade para solicitação de benfeitorias para suas ruas, bairros ou em

prol de todo nosso município pantaneiro.

Fonte: Assessoria do Vereador

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A 17.ª Edição Destaque Esportivo será em dezembro

PRODUTOS ORTOPÉDICOS EM GERAL.

Já está confirmada para o dia 07 dedezembro de 2019(sábado), a partir das20 horas, na sede social doCorumbaense Futebol Clube (avenidaGeneral Rondon), a realização dessemarcante e tradicional evento, uma vitoriosae bem sucedida festa deconfraternização e premiação,idealizada e coordenada pelodesportista, radialista e comerciantede produtos esportivos, AdnanHaymour, muito conceituado e benquistoem nossa região e estado. Conforme nos adiantou AdnanHaymour, serão homenageadosatletas de 39 modalidades esportivas,num total de 200 atletas e dirigentes;mais 54 parceiros apoiadores. Aomesmo tempo serão outorgadas 20placas especiais; o Troféu Atleta doAno 2019, denominado “RuiterCunha de Oliveira”, numa justíssimahomenagem póstuma ao inesquecívelprefeito de Corumbá, valendosalientar, que o vencedor fará justambém a um prêmio de R$300,00.Demonstrando seu lado de apoio ainclusão social, o evento distribuirá 50Sacolões a Entidades Filantrópicas,lembrando que no ano passado

foram 36. Na ocasião também haveráSorteio de R$700,00(SetecentosReais) em dinheiro vivo, entre osatletas e dirigentes presentes, alémde 05(cinco) sacolões. Medalhas serãoentregues aos colaboradores queforneceram os sacolões. É bom realçar que em 17 ediçõesDestaque Esportivo, temos um totalde 2.364 homenageados, entre atletase dirigentes, um fato inédito emnossa região. Nossas congratulações aopromoter Adnan Haymour, da

Fundação de Esportes deCorumbá(FUNEC), pelo reconhecimentoe incentivo aos desportistas de nossa terra. O tão aguardado DestaqueEsportivo 2019 será um evento para600 pessoas, entre atletas, dirigentes,autoridades, imprensa e outrosconvidados, inclusive da Capital do Estado.Por: Adolfo Rondon, Jornalista eRadialista, que foi comentarista

esportivo da Rádio Educação Ruralde Campo Grande-MS, com oinesquecível Mário Mendonçanarrando os jogos; tendo sido antesjogador do Santa Cruz, time dejuvenis de Campo Grande-MS, noinício dos anos 1960 e do infantil doAmérica do Rio de Janeiro RJ, no seuantigo estádio da Rua Campos Sales,no Andaraí-Tijuca.

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Preso na BR 262 após sequestro na Capital já tinha sido detido planejando roubo de carro

Allan José Queiroz Moreira, 18 anos,e Wellynton da Silva Conceição, 22, sãoos rapazes presos na manhã de sexta-feira (2) após sequestro e roubo deveículo em Campo Grande. Eles foramdetidos após perseguição a caminho daBolívia, na região de Corumbá. Conforme as primeiras informaçõesda PRF (Polícia Rodoviária Federal),após receberem informações dosequestro e roubo do Fiat Toro, osagentes identificaram que o veículo tinhapassado pela ponte do Rio Paraguai porvolta das 7 horas. Eles fizeram bloqueiona rodovia e conseguiram interceptar oveículo conduzido por Allan, com Wellintoncomo passageiro. O motorista ainda tentou fugir e houveperseguição. A dupla acabou detida emflagrante e confessou aos policiais querecebeu ordens de dentro do presídiopara que entregasse a picape no paísvizinho. Allan já tinha sido preso há menosde três meses quando planejava o roubode um veículo em Campo Grande. Na noite de 7 de maio policiais doBatalhão de Choque faziam rondasquando abordaram um motociclista quelevava Allan como passageiro. O rapazse desfez da arma de fogo durante aabordagem e acabou confessando que

tinha pegado o revólver na região daOrla Morena e cometeria o roubo deveículo naquela noite. Os dois rapazes detidos em Corumbáseriam membros de uma organizaçãocriminosa especializada no roubo deveículos mediante sequestro e cárcereprivado. As ordens para os crimes saemde dentro do presídio e outros membrosjá foram presos. O sequestro namadrugada de sexta-feira seria umaretaliação a prisão dos outros envolvidos. Conforme a polícia, a dupla foiindiciada por roubo majorado pelarestrição de liberdade da vítima, peloconcurso de pessoas, se a violência ouameaça é exercida com emprego dearma de fogo e pelo transporte de veículopara outro estado ou para o exterior. Osresponsáveis por manterem a vítima doroubo em cárcere ainda não teriam sidopresos.

Sequestro e roubo Por volta da meia-noite, o homem de60 anos levava o filho de 7 anos em umafarmácia na Chácara Cachoeira, ondeocorreu o assalto. Segundo testemunhas,a vítima foi abordada pelos assaltantesarmados, que levaram a Fiat Toro e ohomem. Ele foi deixado em um cativeiro

até as 6h30 de sexta-feira, quando foiliberado pelos assaltantes. Familiares das vítimas registraram oboletim de ocorrência na Depac

Motorista é liberado de cárcereem SP após carreta roubada ser

apreendida em Corumbá

(Delegacia de Pronto AtendimentoComunitário) Centro e aproximadamenteuma hora depois dois envolvidos nocrime foram presos.

Caminhoneiro de 57 anos foi vítima de roubo, sequestro e cárcere privado em umacidade no litoral paulista e liberado quando o veículo já estava perto de ser entreguena Bolívia. O rapaz que conduzia o caminhão da vítima foi preso em flagrante namanhã de sexta-feira (2) na BR-262, região de Corumbá. Segundo informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), equipe foi informadaque o caminhão seguia para Corumbá e que o motorista teria sido sequestrado. Ospoliciais conseguiram abordar Fabio Pereira Leite, que conduzia a carreta, mas nãohavia mais ninguém no veículo. Questionado, o rapaz disse que receberia R$ 600 reais para levar o veículo deSão Paulo (SP) até a Bolívia. Enquanto os policiais faziam o registro da ocorrência,foram informados que a vítima tinha sido liberada do cativeiro em São Vicente (SP). Ocaso foi registrado na Delegacia de Corumbá como receptação.

Fonte: Renata Portela/Midiamax

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Cantinho do Betãonº269

COZINHA MALUCA XVI Já ultrapassamos, aos trancos ebarrancos, meio ano de 2019 e, nadamais justo do que uma boa comilançapara comemorar.

CARRETEIRO GAY Quando joguei a foto desse pratono facebook, a galera perguntou oporquê do nome. Pois bem, é umarroz carreteiro meio afrescalhadopelo acréscimo de frutas.O que usei:03 x. carne seca em cubos01 x. bacon em cubos01 x. calabresa em cubos01 sachê de ervilhas02 copos de arroz½ abacaxi em cubos01 x. uva passa01 cebola grande picada05 dentes de alho picados02 copos de água maluca (videreceita em números anteriores).Como eu fiz: Fritei o bacon, separando ostorresmos. Na gordurinha do bacon, dei umaassustada nos cubos de abacaxi eseparei-os. Fritei a calabresa e separei. Fritei a carne seca e, junto dela,mandei o bacon e a calabresa,juntando a eles a cebola e o alhopara um refogo. Taquei o arroz, deixei dar um fritorápido e acrescentei a água malucae, quando começou a ferver, baixei ofogo, acrescentando as ervilhas e oabacaxi. Já quase no final, acrescentei auva passa e deixei a panelacompletar seu trabalho.

QUIAXIXE DE SOBRA DECHURRASCO, COM ABACAXI

Depois de uma bela churrascada,geralmente as sobras de carne são

usadas para um carreteiro mas, comoeu tinha quiabo e maxixe, compreium abacaxi e resolvi fazer algodiferente.O que usei:- Sobras de churrasco (costela,miolo de agulha, linguiça e coraçãogalináceo), tudo cortado emcubos.- Bacon em cubos- Quiabos e maxixes cortados emrodelas- 01 abacaxi em cubos- sal, limão, molho de alho e pimentado reino (temp.)- tomate, cebola e pimentão (molho)Como eu fiz: Temperei as carnes com osingredientes citados, deixandomarinar. Joguei o bacon prá mode fazer ocaldinho básico e separei ostorresminhos. No caldinho, dei um frito nasrodelas de quiabo, tendo o cuidadode acrescentar um pouco de limãopara evitar a baba. Separei. Dei um frito rápido nos cubos deabacaxi e separei-os. Fritei as carnes, acrescentandocebola, tomate e pimentão e

acrescentei um pouco de água paraformar um molho.Acrescentei o quiabo, os maxixes eo abacaxi e deixei ferventando atédeixar a mistureba como umrefogado.

MANDILHOADA À LA BETÃO Depois de vários dias secandoalguns filés de mandi, conseguideixá-los quase bacalhau e, no lugarde bacalhoada, saiu umamandilhoada.O que usei:- 08 filés de mandi secos e desfiados- 03 batatas grandes em cubos- cebola, tomate e pimentãovermelho em tiras.- azeitonas pretas.- limão, molho de alho e pimenta doreino.Como eu fiz: Após dessalgar os filés, desfiei-os e temperei-os com limão, molhode alho e pimenta do reino. Enquanto o tempero “pegava”,dei um cozimento nas batatas atédeixá-las ao dente. Fiz um molho grosso com a cebola,o tomate e o pimentão e agreguei aele as batatas. Enquanto o molho se formava, deium frito rápido no peixe desfiado. Juntei o peixe aos demaisingredientes e, após uns minutinhosem fogo baixo, acrescentei umpouco de cheiro verde.

“O gostoso de serarticulista de um jornal é

ter a oportunidade demostrar aos leitores seus

dotes com a caneta.Procurando semprevariar o assunto,

dependendodo estado de espírito

e da inspiração”.

Obs. Qualquer sugestão, críticaou elogios meu e-mail agora é:

[email protected] /Facebook: Roberto Maciel.

Roberto Maciel(Betão)(Membro da União Brasileira de Escritores)

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Localizado à margem direita dorio Paraguai, próximo a Porto Bush,onde está a tríplice fronteira entreBrasil, Paraguai e Bolívia, o Forte deCoimbra virou alvo de estudos quebuscam alavancar sua candidaturajunto à Organização das NaçõesUnidas para a Educação, a Ciência ea Cultura (UNESCO), comoPatrimônio Mundial. O comitêtécnico que está fazendo oslevantamentos já foi nomeado econta com representantes daSecretaria Municipal de Educação eda Fundação Municipal de Culturae Patrimônio Histórico de Corumbá.  São duas vertentes, a primeira,busca o reconhecimento do fortecomo Patrimônio Cultural Material,que contempla a edificaçãofortificada, ou seja, o imóvel doforte que foi construído paraproteger o território brasileiro naGuerra do Paraguai. A segunda, dizrespeito ao Patrimônio CulturalImaterial, levando-se em conta as

Forte de Coimbra pode ser transformado em Patrimônio Mundial pela UNESCOhistórias que o povo conta sobreNossa Senhora da do Carmo, queteria “salvo” os militares de umamorte sangrenta. A santa, até hojeé festejada pelos moradoresdaquela região ribeirinha.  Os representantes da Prefeiturade Corumbá no comitê são oprofessor Rooney dos Santos, daSecretaria de Educação e a arquitetaJoanita Campos Ametla, doPatrimônio Histórico. Um Grupo deEstudos em Educação Patrimonial(GEEP) foi formado e conta com aparticipação de professores dehistória, geografia e artes.  Serãoeles os responsáveis por elaborar odossiê a ser apresentado para aUNESCO. Se a proposta foraprovada, o forte poderá receberincrementos para sua manutenção efomento.  No final de julho o GEEP esteve emForte Coimbra contando com o apoioda Marinha. A bordo do Navio deTransporte Fluvial Almirante Leverger,

a historiadora Ramona Catarina OrtizSantos e coordenadores do GEEPrealizaram palestras no trajeto entreLadário e Forte Coimbra.  Já no forte, o apoio do grupo doExército que está sediado no localpara guarnecer a fortaleza e daequipe da Escola MunicipalLudovina Portocarrero, foiprimordial ao grupo de estudos.  Odia foi de levantamento deinformações e de aproximação com

os moradores que contaram ashistórias da região rica em cultura eparte integrante da formação domunicípio de Corumbá.  A intenção é de que osprofessores que participarampossam se transformar em agentesmultiplicadores e cada vez mais levaraos alunos da REME oconhecimento necessário paraapropriação e valorização da históriaviva da região.  

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2ª SEMANA – UNIVERSITÁRIO –SENTIDO NORTE/ SUL

-RUA ALBUQUERQUE ENTRE RUA MATOGROSSO E AVENIDA GENERAL DUTRA.-RUA ARABUTAM ENTRE RUA MATOGROSSO E RUA SILVA JARDIM.-ALAMEDA IDALINA ENTRE AVENIDA RIOBRANCO E RUA AFONSO PENA.-ALAMEDA NELSON ENTRE RUAAFONSO PENA E RUA SILVA JARDIM.-RUA COMANDANTE WANDERLEYENTRE RUA MATO GROSSO E AVENIDAGENERAL DUTRA.-ALAMEDA SÃO CRISTóVÃO ENTREAVENIDA RIO BRANCO E RUA SILVA JARDIM.-RUA EUGÊNIO CUNHA ENTRE RUAMATO GROSSO E AVENIDA GENERAL DUTRA.-ALAMEDA IDALINA ENTRE AVENIDA RIOBRANCO E RUA SILVA JARDIM.-ALAMEDA JOSÉ EDUARDO ENTRE RUASILVA JARDIM E RUA BATISTA DASNEVES.-RUA MANOEL R. DA SILVA ENTRE RUAMATO GROSSO E AVENIDA GENERAL DUTRA.-TRAVESSA COCKRANE ENTRE RUAAFONSO PENA E RUA SILVA JARDIM.-RUA RECREIO ENTRE RUA SILVA

--ALAMEDA VERA CRUZ ENTRE RUAAQUIDAUANA E AVENIDA NOSSA DACANDELÁRIA.-RUA SILVA JARDIM ENTRE RUAALBUQUERQUE E AVENIDA NOSSA DACANDELÁRIA.-ALAMEDA SANTA CLARA ENTRE RUARECREIO E ALAMEDA KONDORS.-TRAVESSA JOSE ANCHIETA ENTRERUA COMANDANTE WANDERLEY ERUA EUGENIO CUNHA.-AVENIDA GENERAL DUTRA ENTRERUA ALBUQUERQUE E AVENIDA NOSSADA CANDELARIA.

2ª SEMANA - (MARIA LEITE) -SENTIDO NORTE/SUL

-RUA BARÃO DO MELGAÇO ENTREAVENIDA GENERAL DUTRA E AVENIDAGATURAMA.-RUA SANTA ROSA ENTRE AVENIDAGENERAL DUTRA E AVENIDAGATURAMA.-RUA ALBUQUERQUE ENTRE AVENIDA

GENERAL DUTRA E AVENIDAGATURAMA.-RUA EUGÊNIO CUNHA ENTRE AVENIDAGENERAL DUTRA E AVENIDAGATURAMA.-RUA SÃO JUDAS TADEU ENTREAVENIDA GENERAL DUTRA E AVENIDAGATURAMA.-NOSSA SENHORA DO CARMO ENTREAVENIDA GENERAL DUTRA E AVENIDAGATURAMA.-RUA SÃO PEDRO ENTRE AVENIDAGENERAL DUTRA E AVENIDA NOSSA DACANDELARIA.-RUA SANTO ANTONIO ENTRE AVENIDAGENERAL DUTRA E RUA NOSSA DEFATIMA.-AVENIDA NOSSA SENHORA DACANDELARIA ENTRE AVENIDA GENERALDUTRA E AVENIDA GATURAMA.

-ALAMEDA TRÊS MARIAS ENTRE RUASÃO JOSE E RUA SÃO NICOLAS.-RUA N° 1 ENTRE RUA SÃO JOSE E

AVENIDA GATURAMA.-RUA N°3 ENTRE RUA SÃO JOSE EAVENIDA GATURAMA.

2ª SEMANA - (MARIA LEITE) -SENTIDO LESTE-OESTE

-RUA GENERAL DUTRA ENTRE RUAGERALDINO M. DE BARROS E AVENIDANOSSA SENHORA DA CANDELARIA.-RUA SÃO JOÃO ENTRE RUA EUGÊNIOCUNHA E RUA SANTO ANTONIO.-RUA SARGENTO AQUINO ENTREAVENIDA GATURAMA E AVENIDANOSSA DA CANDELARIA.-RUA NOSSA SENHORA DE FÁTIMAENTRE RUA ALBUQUERQUE EAVENIDA NOSSA DA CANDELARIA.-RUA SÃO FRANCISCO ENTRE RUAEUGÊNIO CUNHA E RUASÃO PEDRO.-RUA DOM BOSCO ENTRE AVENIDAGATURAMA E AVENIDA NOSSASENHORA DA CANDELARIA.-RUA NOSSA SENHORA DACONCEIÇÃO ENTRE AVENIDAGATURAMA E AVENIDA NOSSA DACANDELARIA.-RUA SÃO CARLOS ENTRE AVENIDAGATURAMA E AVENIDA NOSSA DACANDELARIA.-RUA SANTA MARIA ENTRE AVENIDAGATURAMA E AVENIDA NOSSASENHORA DA CANDELARIA.-RUA SANTA TEREZINHA ENTREAVENIDA GATURAMA E AVENIDANOSSA DA CANDELARIA.-RUA SÃO JOSE ENTRE AVENIDA NOSSASENHORA DA CANDELARIA E ENTRADAITAÚ.-RUA SÃO NICOLAS ENTRE AVENIDANOSSA SENHORA DA CANDELARIA EENTRADA DO ITAÚ.

2ª Semana de Agosto 12 a 17

"Atenção Moradores para a coleta de

Galhos setorizada esta semana nas ruas!"

JARDIM E RUA BATISTA DAS NEVES.-RUA KONDORS ENTRE ALAMEDASANTA CLARA E RUA BATISTA DASNEVES.-RUA POCONÉ ENTRE RUA MATOGROSSO E AVENIDA GENERAL DUTRA.-RUA SERAFIM ENTRE AVENIDA RIOBRANCO E RUA AFONSO PENA.-ALAMEDA JOSE MIGUEL ENTRE RUAAFONSO PENA E RUA SILVA JARDIM.-ALAMEDA SONIA ENTRE RUA SILVAJARDIM E AVENIDA GENERAL DUTRA.-RUA AQUIDAUANA ENTRE RUA MATOGROSSO E AVENIDA GENERAL DUTRA.-ALAMEDA SANTO ANTÔNIO ENTRERUA SILVA JARDIM E AVENIDAGENERAL DUTRA.-AVENIDA NOSSA SENHORA DACANDELARIA ENTRE AVENIDA RIOBRANCO E AVENIDA GENERAL DUTRA.

2ª SEMANA – UNIVERSITÁRIO -SENTIDO LESTE/OESTE

-RUA MATO GROSSO ENTRE RUAALBUQUERQUE E RUA AQUIDAUANA.-AVENIDA RIO BRANCO ENTRE RUAALBUQUERQUE E DIVISA DE LADÁRIO.-RUA AFONSO PENA ENTRE RUAALBUQUERQUE E AVENIDA NOSSASENHORA DA CANDELÁRIA.

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De sociólogo a fazendeiro: jornalista publicainvestigação sobre propriedades de FHC

Ao Brasil de Fato, Alceu Castilho falasobre livro-reportagem que revela terrasdesconhecidas de ex-presidente tucano

Todos conhecem Fernando Henrique Cardoso (FHC), ex-presidente (1995-2002), cientista político e renomado sociólogo. No entanto, o tucano tambémé dono de grandes propriedades de terra, uma face até então desconhecida. Lançado na terça-feira (30), o livro “O Protegido - Por que o país ignoraas terras de FHC”, do jornalista Alceu Luís Castilho, traz detalhes sobrecomo FHC se consolidou como um grande e próspero fazendeiro,propriedades que nunca tiveram atenção da mídia. “O Protegido” é publicado pela editora Autonomia Literária. Castilhotambém é autor do livro “Partido da Terra - como os políticos conquistam oterritório brasileiro” e fundador do De Olho nos Ruralistas, um observatóriosobre agronegócio no Brasil. A obra é uma continuação de uma reportagem do jornalista quequestionou como o enriquecimento do ex-presidente, dono de duaspropriedades em Botucatu, no interior paulista, nunca havia levantadosuspeitas no Brasil. Após anos afastado da empresa agropecuária Goytacazes ParticipaçõesLtda, o ex-presidente voltou a ser sócio dos seus filhos. Em 2018, o capitalsocial da empresa era de R$ 5,7 milhões. Em um ano, saltou para R$ 8,9milhões. Em entrevista ao Brasil de Fato, o autor adianta que o livro discorresobre relações de FHC com empresários e pecuaristas. “O que estamosmostrando para o leitor é que há conflito de interesses relativos a trajetória- não só particular - do Fernando Henrique, com empresários comobanqueiros do grupo Espírito Santo e a própria Odebrecht por exemplo”, dizCastilho. De acordo com a obra, a “aventura agrária” do tucano se iniciou emparceria com Sérgio Motta, ex-ministro da Comunicação, por meio da comprade uma fazenda em Buritis (MG). Após a morte de Motta, o pecuaristaJovelino Mineiro, sócio de Emílio Odebrecht e figura central nas articulaçõesdo ex-presidente, tornou-se sócio dos filhos de FHC. “Há um silêncio sobre Fernando Henrique que é um dos motivos do livrose chamar ‘O protegido’. É protegido pela Justiça e pela imprensa. O queobservamos é uma imensa contradição entre o que foi feito com outro ex-presidente em relação ao sítio em Atibaia, por exemplo”, aponta a contradição,em referência às investigações relacionadas a supostas propriedades doex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).Confira a entrevista na íntegra.

Brasil de Fato: Como foi o processo de apuração e construção desse livro?

O que ele revela?

Alceu Castilho: O processo de apuração começou quando vi a delação doEmílio Odebrecht no Jornal Nacional, falando sobre caixa 2 para ascampanhas de FHC. Em seguida, apareceu o Fernando Henrique, daquelejeito dele, dizendo que não era bem isso. Pensei que mesmo com a restrição que tenho no Observatório [doagronegócio no Brasil], de lidar com a questão agrária como tema, que davapra fazer bastante coisa por ele [FHC] ter tido terras, fazendas em MinasGerais. Comecei a apurar e a apuração resultou no livro. A relação e a conexãodesconhecida do Fernando Henrique com a agropecuária se estende porvários tentáculos políticos, que desembocam, inclusive nessa relação coma Odebrecht.

O livro fala sobre o silêncio em relação às terras desconhecidas. Qual o

tamanho desse patrimônio na cidade de Botucatu e qual a relação de FHC

com a agropecuária?

As terras em Botucatu foram compradas em 2012 por Fernando Henriquee filhos, por meio de uma empresa chamada Goytacazes Participações. Tem

um personagem do livro que faz a conexão entre diversos temas, entre afazenda de Minas e o canavial em Botucatu, que se chama Jovelino Mineiro,que o Fernando Henrique chama carinhosamente de Nê, compadre do FHC.No “Diários da Presidência”, ele conta que recebeu, com o Nê, o EmílioOdebrecht no Palácio da Alvorada. Esse Jovelino Mineiro tem muitas terras em Botucatu e, por coincidência,o FHC e seus filhos compraram o canavial do lado de uma empresa quepertencia ao Jovelino Mineiro. Esse canavial eram duas propriedades, umade 36 hectares e outra de 205 hectares. Essa propriedade menor, compradapor R$600 mil em 2012, e desapropriada ano passado pela Prefeitura deBotucatu, prefeitura tucana, por R$5. Isso mesmo, R$5. O que vai acontecer ali? A fazenda remanescente vai ser valorizada, sejapela irrigação imediata, seja porque agora a Prefeitura de Botucatu permitiráloteamento, permitirá a construção de chácaras de lazer. Não se sabe oquanto será valorizado. Detalhe: A ideia da represa que motivou a desapropriação foi, segundoum blogueiro pró-Prefeitura de Botucatu, foi do próprio Jovelino Mineiro, oNê. O Jovelino Mineiro está em todas. É sócio do Emílio Odebrecht em umaempresa de genética, ele coordenou o jantar, em 2002, que angariou recursospara o Instituto Fernando Henrique Cardoso, hoje Fundação FHC. Tudopassa pelo Jovelino Mineiro.

Essas negociações foram investigadas em algum momento?

Não, nada disso. A Lava Jato investigou e enterrou a denúncia do EmílioOdebrecht de caixa 2. Toda essa história de fazenda em Botucatu éabsolutamente ignorada. Não só pela Justiça brasileira, mas pela grandeimprensa. Estou aqui falando com um veículo alternativo de imprensa. A Carta Capitaldeu uma capa no ano passado sobre o tema, mas os ‘jornalões’ e ‘revistões’ignoram solenemente. Há um silêncio sobre Fernando Henrique que é umdos motivos do livro se chamar “O protegido”. É protegido pela Justiça epela imprensa. Claro que não estamos aqui acusando ninguém de cometer crime nenhum.Não é papel do jornalismo fazer isso. O que observamos é uma imensacontradição entre o que foi feito com outro ex-presidente em relação ao sítioem Atibaia, por exemplo, comparando com essas histórias todas. O que estamos mostrando para o leitor é que há conflito de interessesrelativos a trajetória - não só particular - do Fernando Henrique, comempresários como banqueiros do grupo Espírito Santo, também atuante emBotucatu. E a própria Odebrecht por exemplo.

Você trabalhou muito tempo no Estadão durante o governo FHC. Como essa

proteção se dá no cotidiano das redações da grande mídia?

Primeiro, há um mecanismo que não envolve necessariamente nasreuniões de pauta, uma censura direta. Se tem a auto-censura de repórteresporque já sabem que o veículo não vai dar determinada matéria. Você citou o Estadão. O repórter não vai emplacar uma matéria isenta emrelação a camponeses, por exemplo, no Estado de S. Paulo. É muito difícil,quase impossível. Então, o próprio repórter já sabe que determinado temanão vai aparecer no jornal, com honrosas exceções aqui e ali, claro.

Lu Sudré/Brasil de Fato

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No caso do FHC, é claro que não só o Estadão, mas a imprensa brasileira,era muito simpática ao governo dele, particularmente o Estadão. A Folha atéfez reportagens na época, denúncia de compra de votos e tal, não sei sehoje faria. Mas fez. Então, se tem um mecanismo de silenciamento pela exclusão de pautas.Simplesmente não se pauta. Não é que se dará algo com determinado viés,vai dar em relação ao aniversário, inimigo ao normal. Em relação ao protegido,ele fica de fora.

Esse silêncio da mídia com a atuação do Judiciário que faz com que FHC se

perpetue como intocável?

O FHC é um querido representante das elites. Agora que estamos compolíticos particularmente grotescos no Palácio do Planalto, tanto opresidente quanto as pessoas que o cercam, ministros, filhos... parece quesobrou para a elite brasileira ter essa espécie de príncipe, de político limpinho,cheiroso e educado, ilustrado, que faz as vezes de príncipe mesmo. De umapessoa em relação a qual se possa lavar a imagem para que essa elite pareçamenos violenta e predadora que ela realmente é.

O que representa a publicação desse livro nesse cenário de crise do PSDB,

da direita tradicional, que está buscando se reinventar?

O Fernando Henrique nem sempre esteve de mãos dadas com ademocracia. O livro mostra que houve articulações dentro do círculo doFernando Henrique para, por exemplo, o golpe de 2016. O primeiro pedidode impeachment da Dilma Rousseff foi feito pelo advogado José de OliveiraCosta, que é advogado do Fernando Henrique. O José de Oliveira Costaque já representou o Jovelino Mineiro, aquele, o Nê, e o Emílio Odebrecht,em uma empresa de genética em que ambos são sócios. Fora isso, existem pessoas do circuito da Fundação FHC que se derammuito bem com o golpe de 2016. Se tem a Fundação FHC funcionando naSociedade Rural Brasileira, que foi um artífice do golpe de 64 e uma dasprimeiras artífices do golpe de 2016. Da SRB, saíram membros que estão hoje no governo Bolsonaro ou quesão bolsonaristas. O filho do Jovelino Mineiro, Bento Mineiro, que épecuarista também, é fundador do Endireita Brasil ao lado do Ricardo Salles,ministro do meio ambiente, e do Frederico D’Avila, deputado estadual, ex-tucano e bolsonarista. Então o Fernando Henrique tem um entorno de gente que não temcompromisso nenhum com a democracia. Ele faz essa pose de olímpicomas é evidente que o FHC mexeu pauzinhos para a derrubada do PT dopoder. E o livro, apesar de começar falando da face agrária, acaba sendoum retrato de como a elite econômica funciona e como ela se articula apartir de determinados políticos-chaves, como é o caso do próprioFernando Henrique.

Acredita que a obra trará algum impacto sobre o império do FHC?

Em relação ao Judiciário brasileiro, hoje temos um cenário sombrio deuma ação de marketing que se chama operação Lava Jato, se sobrepor aoconjunto do Judiciário. Nós mesmo, como imprensa, acabamos nisso. Nãotem a operação Lava Jato na Constituição. O que tem é o Judiciário, oMinistério Público. Isso sim. Mesmo com todos os defeitos que existem, épreciso questionar e aperfeiçoar, lutar contra conforme o viés ideológico. Agora, a operação Lava Jato é uma aberração em si. Com todo os abusosque conhecemos, que estamos apenas confirmando com a Vaza Jato. Não

precisava ter vazado conversa de ninguém para sabermos que haviam essasdistorções, por sinal. Não acredito que desse mato saia muito coelho. Agora, não escrevemosreportagem e muito menos um livro apenas com o objetivo de influenciardiretamente essa ou aquela decisão, provocar uma investigação. Estamoscontando aos leitores e esperamos que ajude a se contar história, até para aposteridade. Que pesquisadores daqui há 15, 20 anos, possam ler um livrodiferente sobre o Fernando Henrique e, portanto, acessar uma fonte quenão seja aquela ‘oficialesca’, bajuladora e etc, da grande massa deinformações dos ‘jornalões’. Temos essa função como jornalista na imprensa alternativa, de contar ooutro lado, de fazer contraponto, de fazer contra-hegemonia, portanto.

Há um silenciamento da grande mídia sobre o lançamento do livro?

Já está havendo. Era previsto e é um dos temas do livro, ironicamente.Com exceções que nem são tão exceções assim. A Carta Capital é uma exceção,se pensarmos em uma empresa corporativa, movida por anúncios e tal, massabemos que a Carta tem uma posição diferente dos demais veículos. Deresto, só realmente no circuito alternativo que está vendo divulgação. Umou outro jornal regional interessado, mas ‘jornalões’ e ‘revistões’ não. Curiosamente esse livro foi lançado inicialmente em Paraty, durante aFesta Literária Pirata das Editoras Independentes (Flipei), evento paralelo àFlip, em uma mesa onde estava o Gleen Greenwald. Estava na mesa com ele,Gregório Duvivier e o professor Sérgio Amadeu, com mediação de SabrinaFernandes. Quando lancei o livro por lá, fiz uma crítica à imprensa. Havia jornalistaspresentes que estavam lá por causa do Gleen, obviamente, e eu disse quediante do silêncio sobre essas terras do Fernando Henrique, que osjornalistas, inclusive aqueles presentes, não deveriam se intitular jornalistasinvestigativos como gostam de dizer. E que também não deveriam citar a famosa frase do Millôr Fernandes quedizia: “Jornalismo é opção, o resto é armazém de secos e molhados”.

Qual a programação prevista para o lançamento da obra?

Até por essa omissão na imprensa, dependemos muito da divulgação decada leitor, não só dos veículos independentes. Para que possamos espalharessas informações pelo país, por outras cidades, por outras capitais. O livro está previsto para ser lançado em Botucatu por causa do canavialdo próprio Fernando Henrique, no Rio, com algumas sinalizações para outrascidades. Mas, precisamos espalhar mais. Por outro lado, temos aspectos do livro que merecem ser ressaltados.Essa elite econômica e agropecuária lava a imagem a partir da cultura e dasartes. O Fernando Henrique é presidente de honra da Fundação Osesp(Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), o compadre dele, segundo aMiriam Dutra, mãe do filho caçula de Fernando Henrique, é o operador doFHC. Aliás, o Jovelino Mineiro é genro do ex-governador paulista biônicoRoberto de Abreu Sodré, dono do famoso apartamento em Paris. O JovelinoMineiro é patrono da Flip. Quase todos os personagens da Flip, inclusiveos Odebrechts, frequentam os conselhos do Masp, de organizações sociaise filantrópicas. O livro é um passeio sobre os corredores das elites, que passam pelasartes e passam por uma lavagem de imagens. E a imprensa tem um papelfundamental nisso.

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SINDICATO RURALDE CORUMBÁ

Valorizando a classe! Mantendo as tradições! Pecuarista de nossa região:

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