39
DECRETO Nº 2548, de 09 de AGOSTO DE 1999. Aprova o Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN O Prefeito Municipal de Itabira, no uso de suas Atribuições legais e especialmente no que determina o artigo 273, da Lei N 0 3404, de 23 de dezembro de 1997- Código Tributário Municipal; DECRETA: Art. 1º- Fica aprovado o Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, instituído pelo Código Tributário Municipal IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA Seção I Incidência Art. 2º - Constitui fato gerador do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza a prestação, por pessoa física ou jurídica, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço não compreendido na competência dos Estados constantes da lista contida no artigo 280, da Lei N. 0 3404 de 23 de dezembro de 1997 - Código Tributário Municipal. § 1º - Entendem-se por serviços aqueles definidos em Lei Complementar federal como sendo da competência tributária municipal. § 2º - Os serviços incluídos na lista ficam sujeitos, em sua totalidade , ao imposto, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias, ressalvadas as exceções da lei.

DECRETO Nº 2548, de 09 de AGOSTO DE 1999. · incidente sobre os serviços hospitalares é o valor do serviço deduzidos os materiais empregados e os valores pagos a laboratórios

  • Upload
    trannga

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

DECRETO Nº 2548, de 09 de AGOSTO DE 1999.

Aprova o Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN

O Prefeito Municipal de Itabira, no uso de suas Atribuições legais e especialmente no que determina o artigo 273, da Lei N0 3404, de 23 de dezembro de 1997- Código Tributário Municipal;

DECRETA: Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS, instituído pelo Código Tributário Municipal

IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA

Seção I

Incidência

Art. 2º - Constitui fato gerador do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza a prestação, por pessoa física ou jurídica, com ou sem estabelecimento fixo, de serviço não compreendido na competência dos Estados constantes da lista contida no artigo 280, da Lei N.0 3404 de 23 de dezembro de 1997 - Código Tributário Municipal.

§ 1º - Entendem-se por serviços aqueles definidos em Lei Complementar federal como sendo da competência tributária municipal. § 2º - Os serviços incluídos na lista ficam sujeitos, em sua totalidade , ao imposto, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias, ressalvadas as exceções da lei.

§ 3º - São irrelevantes para a caracterização do fato gerador do Imposto:

I - a validade jurídica da propriedade ou da posse do instrumento utilizado na prestação do serviço;

II - o cumprimento de exigências legais, regulamentares ou administrativas, referentes á prestação de serviços;

III - o resultado financeiro obtido com a prestação ou execução de serviço.

IV - a existência de estabelecimento fixo;

V - o cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, relativas à atividade, sem prejuízo das cominações cabíveis;

VI - o resultado financeiro obtido.

SEÇÃO II

Local da Prestação Art. 3º - Considera-se local da prestação do serviço, para efeitos de incidência do imposto:

I - o do estabelecimento prestador ou, na falta de estabelecimento, o do domicílio do prestador;

II - no caso de construção civil, o local onde se efetuar a prestação.

§ 1º - Considera-se estabelecimento prestador o local onde são exercidas, de modo permanente ou temporário, as atividades de prestação de serviços, sendo irrelevantes para a sua caracterização as denominações de sede, filial, agências, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.

§ 2º- A existência de estabelecimento prestador é indicada pela conjugação, parcial ou total, dos seguintes elementos: I - manutenção de pessoal, material, máquinas, instrumentos e equipamentos necessários à execução dos

serviços; II - estrutura organizacional ou administrativa; III - inscrição nos órgãos previdenciários IV - indicação como domicílio fiscal para efeito

de outros tributos; V - a permanência ou ânimo de permanecer

no local, para a exploração econômica de atividade de prestação de serviços, exteriorizada através da indicação do endereço em impressos, formulários ou correspondência, contrato de locação do imóvel, propaganda ou publicidade, ou em contas de telefone, de fornecimento de energia elétrica, água ou gás, em nome do prestador, seu representante ou preposto. § 3º - A circunstância de o serviço, por sua natureza, ser executado, habitual ou eventualmente, fora do estabelecimento, não o descaracteriza como estabelecimento prestador, para efeitos deste artigo. § 4º - São, também, considerados estabelecimentos prestadores, os locais onde forem exercidas as atividades de prestação de serviços de diversões públicas de natureza itinerante. Art. 4º - O domicílio do contribuinte relativamente aos serviços prestados por cada estabelecimento será o do estabelecimento prestador.

Seção III Contribuinte do Imposto

Art. 5º - Contribuinte do Imposto é o

prestador do serviço, assim entendida a pessoa física ou jurídica, com ou sem estabelecimento fixo, que exerça habitual ou temporariamente, individualmente ou em sociedade, qualquer das atividades relacionadas na lista de serviços constante da lista de serviços anexa.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, entende-se:

I - por profissional autônomo, todo aquele que fornecer o próprio trabalho, sem vinculo empregatício, com o auxilio de, no máximo, um empregado que não possuam a mesma habilitação profissional do empregador;

II - por empresa:

a) toda e qualquer pessoa jurídica, ainda que irregularmente constituída, que exercer a atividade de prestadora de serviços;

b) a pessoa física que admitir, para o exercício da sua atividade profissional, mais do que dois empregados ou um ou mais profissionais da mesma habilitação do empregador;

c) o empreendimento instituído para prestar serviços com interesse econômico;

d) o condomínio que prestar serviços a terceiros. § 2º - Para efeito do disposto no inciso II do parágrafo anterior, para a caracterização de pessoa jurídica, se irregularmente constituída, basta que se constitua de uma unidade econômica. § 3º - Não são contribuintes os que prestam serviços em relação de emprego, os trabalhadores avulsos, e os diretores e membros de Conselhos Consultivos ou fiscal de sociedades.

Art. 6º - São igualmente considerados contribuintes do imposto:

I - o proprietário do estabelecimento ou do veículo de aluguel, frete, ou de transporte coletivo, no território do Município;

II - o locador ou cedente do uso de bens móveis;

III - o sub-empreiteiro de obra ou serviço e o prestador de serviços auxiliares ou complementares.

Art. 7º - Cada estabelecimento do mesmo sujeito passivo é considerado autônomo para o efeito exclusivo de manutenção de Iivros e documentos fiscais e para recolhimento do imposto relativo aos serviços nele prestados, respondendo a empresa pelos débitos, acréscimos e multas referentes a quaisquer deles.

SEÇÃO IV Responsável

Art. 8 - As pessoas físicas ou jurídicas são

solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto relativo aos serviços a elas prestados, salvo quando exigirem do prestador dos serviços a comprovação do pagamento do imposto respectivo.

Parágrafo Único -Ë responsável, solidariamente com o contribuinte, o proprietário da obra em relação aos serviços de construção civil, que lhe forem prestados sem a documentação fiscal correspondente, ou sem a prova do pagamento do imposto pelo prestador dos serviços.

Art. 9 - Será responsável pela retenção e pelo recolhimento do imposto todo aquele que, mesmo incluído nos regimes de imunidade ou isenção fizer uso de serviços de terceiros, mediante a prestação de serviços, ou quando: I - o prestador do serviço for empresa e não emitir nota fiscal ou outro documento permitido contendo, no mínimo, seu endereço e número de inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas;

II - o serviço for prestado em caráter pessoal e o prestador, profissional autônomo ou sociedade de profissionais, não apresentar comprovante de inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas e recolhimento atualizado do imposto;

III - o prestador do serviço alegar e não comprovar imunidade ou isenção;

IV - o serviço for de construção civil e o prestador, mesmo que de serviço auxiliares como encanador, eletricista, carpinteiro, marmorista, serralheiro e demais, não comprovar o recolhimento do imposto em ltabira. § 1º - Para a retenção do Imposto, nos casos de que trata este artigo, a base de cálculo é o preço dos serviços, aplicando-se a alíquota respectiva.

§ 2º - A retenção na fonte será comprovada pelo recolhimento do imposto na rede bancária autorizada através do Documento de Arrecadação Municipal- DAM § 3º - O responsável pelo recolhimento dará ao prestador do serviço uma via do DAM quitado a qual lhe servirá como comprovante do pagamento do imposto. § 4º - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, incidente sobre os serviços de veiculação ou exibição de publicidade em outdoors será retido e recolhido pela agência de

publicidade.

Seção V Cálculo do Imposto Art. 10 - O valor do imposto será calculado aplicando-se, ao preço do serviço, a alíquota correspondente, na forma da Tabela 1, anexa a este decreto.

§ 1º - A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, como tal considerada a receita bruta a ele correspondente, sem nenhuma dedução, exceto as expressamente autorizadas em lei. § 2º - Na falta deste preço, ou não sendo ele desde logo conhecido, será adotado o corrente na praça. § 3º - Na hipótese de cálculo efetuado na forma do parágrafo anterior, qualquer diferença de preço que venha a ser efetivamente apurada acarretará a exigibilidade do imposto sobre o respectivo montante. § 4º - Inexistindo preço corrente na praça, será ele fixado: I - pela repartição fiscal mediante estimativa dos elementos conhecidos ou apurados;

II - pela aplicação do preço indireto, estimado em função do proveito, utilização ou colocação do objeto da prestação do serviço.

§ 5º - O preço de determinados tipos de serviços poderá ser fixado pela autoridade fiscal, em pauta que reflita o corrente na praça, sempre que o praticado pelo contribuinte esteja sendo subfaturado, garantido o contraditório e a ampla defesa

§ 6º - O montante do imposto é considerado parte integrante e indissociável do preço, referido neste artigo, constituindo o

respectivo destaque nos documentos fiscais mera indicação de controle.

§7º - Incorporam-se à base de cálculo do imposto: I - os valores acrescidos e os encargos de qualquer natureza;

II - os valores das mercadorias consumidas em função da prestação do serviço;

III - nos serviços contratados em moeda estrangeira, o preço será o valor resultante da sua conversão em moeda nacional, ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador;

IV - os descontos e abatimentos concedidos mediante condição;

V - o valor do imposto, quando cobrado em separado.

§ 8º - na prestação de serviços com fornecimento de mercadorias em operação sujeita à incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias, de competência dos Estados, o Imposto será calculado sobre o preço dos serviços deduzidas as parcelas correspondentes:

I - aos valores dos materiais empregados na

prestação do serviço constantes dos itens 32 e 34 da lista de serviços, desde que devidamente comprovadas com as Notas Fiscais de vendas de mercadorias do próprio prestador do serviço.

II - às subempreitadas já tributadas pelo imposto, devidamente comprovadas com as guias quitadas pela rede bancária autorizada. § 9 º - A base de cálculo do imposto incidente sobre os serviços de construção civil é o valor do serviço deduzidos os materiais produzidos pelo prestador, fora do local da obra. § 10º - A base de cálculo do imposto incidente sobre os serviços hospitalares é o valor do serviço deduzidos os materiais empregados e os valores pagos a laboratórios e a outras sociedades médicas.

§ 11 - Quando os serviços constantes dos

itens 1, 4, 5, 6, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da Lista de Serviços constantes da Tabela 1 forem prestados, por sociedades formadas exclusivamente por profissionais das respectivas profissões regulamentadas, ainda que sociedades multiprofissionais, o Imposto será exigido mensalmente, à razão de vinte UFIR por cada profissional habilitado que preste serviços em nome da sociedade, sócio, empregado ou autônomo, que preste serviço em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal.

§ 12º - Nas condições do parágrafo anterior, o valor do imposto será calculado pela multiplicação da importância fixada pelo número de profissionais habilitados, sócios, empregados ou não, que prestem serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável. § 13º - Quando não atendidos os requisitos fixados no §11º - deste artigo, o imposto será calculado com base no preço do serviço mediante a aplicação das alíquotas correspondentes fixadas pela Tabela 1 em anexo. § 14º - Para efeito do disposto no § 11 considera-se sociedade multiprofissional aquela formada por profissionais de áreas afins ou assemelhadas. § 15º - Para profissionais autônomos, o imposto será devido à razão de: I -vinte UFIR, mensalmente, por profissionais de nível superior, de profissões legalmente regulamentadas, para cujo exercício a lei exija inscrição em Conselho Regional;

II -quinze UFIR, mensalmente, para demais profissionais de nível superior;

III - sessenta UFIR, anualmente, nos demais casos.

§ 16 - No caso do § 11, o pagamento do

imposto pela pessoa física desonera a sociedade, em nome da qual presta serviços, de novo recolhimento sobre o mesmo profissional.

§ 17 - A base de cálculo do imposto não poderá ser inferior ao custo dos serviços prestados. Art. 11 - Os sinais e adiantamentos

recebidos pelos Contribuintes, durante a prestação do serviço, integram o preço deste no mês em que forem recebidos.

§ 1 - Quando a prestação do serviço for subdividida em partes, considera-se devido o imposto no mês em que for concluída qualquer etapa contratual a que estiver vinculada a exigibilidade do preço do serviço. § 2º - As diferenças resultantes de reajustamento de preço dos serviços integrarão a receita tributável no mês em que sua fixação se tornar definitiva.

SEÇÃO VI DO ARBITRAMENTO E DA ESTIMATIVA

Art. 12 - O Imposto sobre serviços será arbitrado, pela autoridade tributária, quando verificar quaisquer das hipóteses: I - quando o sujeito passivo não exibir à fiscalização os elementos necessários à comprovação do respectivo montante;

II - quando houver fundada suspeita de que os documentos fiscais não refletem o preço real dos serviços, ou quando o declarado for notoriamente inferior ao corrente na praça;

III - quando o sujeito passivo não estiver inscrito na repartição fiscal competente.

Art. 13 - O arbitramento deverá estar fundamentado, entre outros, nos seguintes elementos: I - os pagamentos feitos em períodos idênticos pelo contribuinte ou por outros contribuintes que exerçam a mesma atividade em condições semelhantes;

II - os preços dos bens ou serviços no mercado, em vigor na época da apuração;

III - os valores abaixo descritos, apurados mensalmente, despendidos, pelo contribuinte no exercício da atividade objeto de investigação, acrescidos de 40%(quarenta por cento): a)matérias-primas, combustíveis e outros materiais consumidos ou aplicados;

b) folha de salários pagos, honorários de diretores, retiradas de sócios ou gerentes e respectivas obrigações trabalhistas e sociais;

c) aluguel de imóvel e de máquinas e equipamentos utilizados ou, quando próprios, percentual nunca inferior a 1%(um por cento) do valor dos mesmos;

d) despesas com fornecimento de água, luz, força, telefone e demais encargos obrigatórios dos contribuintes, inclusive tributos.

IV - valores correntes no mercado, de partes específicas do patrimônio, cujo conjunto não se enquadre nos padrões usuais de classificação adotados pelo órgão tributário. Art. 14 - De acordo com os elementos apurados, o agente tributário preencherá o formulário próprio e solicitará a seu chefe imediato autorização para o procedimento do arbitramento, o qual, se aprovar homologará.

§ 1º - Após as providências previstas no caput

desde artigo, o agente tributário responsável pela ação deverá cientificar o sujeito passivo do arbitramento efetivado, através de notificação, e lavrará o devido termo de arbitramento no Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termo de Ocorrência, ou em outro livro fiscal instituído pelo Município, na falta do primeiro.

§ 2º - O arbitramento será efetivado mediante lavratura de auto de infração que deverá ser integrado pela notificação do arbitramento, na qual deverá constar o motivo do arbitramento e a indicação minudente dos fatos e dos elementos quantitativos e qualitativos levados em consideração para a fixação do valor arbitrado tributável.

§ 3º - Na hipótese de não serem aceitos pela autoridade tributária os valores apurados pelo agente, será determinado, pelo chefe

imediato nova diligência.

§ 4º - Do imposto resultante do arbitramento serão deduzidos os pagamentos realizados no período.

Art. 15 - O imposto sobre serviços poderá ser estimado mediante ato normativo ou despacho do titular do órgão tributário: I - Quando se tratar de atividade exercida em caráter temporário;

II - Quando se tratar de contribuinte de rudimentar organização;

III - Quando o contribuinte não tiver condições de emitir documentos fiscais;

IV - Quando se tratar de contribuinte ou grupo de contribuintes cuja espécie, modalidade ou volume de negócios ou de atividades aconselham, a critério exclusivamente do órgão tributário.

§ 1º - Para os efeitos do inciso 1 desde artigo, serão consideradas de caráter temporário as atividades cujo exercício seja de natureza temporária e estejam vinculada a fatores ou acontecimentos ocasionais ou excepcionais. § 2º - O regime de estimativa será classificado em2(duas) categorias: I - geral, mediante ato normativo;

II - individual, mediante despacho da autoridade competente. § 3º - O valor do imposto por estimativa, expresso em múltiplos de UFIR, será devido mensalmente, e revisto e atualizado em 31 de dezembro de cada exercício ou a cada 360(trezentos e sessenta) dias.

§ 4º - Será facultado à administração rever, a qualquer tempo, o valor da receita objeto de estimativa e passar os contribuintes estimados genericamente para a categoria de estimados individualmente, ou vice-versa, assim como cancelar o regime de estimativa de forma geral, parcial ou individual, quando verificar que a estimativa inicial foi incorreta ou que o volume ou a modalidade dos serviços se tenham alterado de forma substancial; § 5º - Será denominado como receita mensal o valor atribuído por estimativa fiscal.

Art. 16 - O valor da receita mensal a ser estimada será convertida em UFIR e terá como base os elementos previstos no art. 13.

§ 1º - As despesas serão pesquisadas em período não inferior a um trimestre antecedente ao mês em que efetue a estimativa, podendo, porem, essa pesquisa ser extrapolada a outros períodos, para serem enquadradas as despesas que não tem ocorrência permanente no exercício financeiro, sendo nestes casos considerados os duodécimos dos valores levantados

§ 2º - Dos valores apurados no trimestre, ou em maior período pesquisado, será extraída uma média mensal de despesas, bem como calculada a estimativa de receita.

Art. 17 - Os contribuintes considerados de caráter temporário ou eventual e que tenham inscrição no Cadastro de Prestadores de Serviço deverão recolher o imposto incidente sobre o valor estimado antecipadamente ao exercício da atividade.

§ 1º - A estimativa, nos casos em que há venda de ingressos, deverá considerar como base de cálculo os preços cobrados, não podendo tal valor ser inferior ao equivalente a 70%(setenta por cento) da capacidade de lotação diária, a qual, assim como o preço, deverá ser apresentado no ato do pedido de licenciamento, quando será calculada a alíquota pertinente.

§ 2º - No caso de eventos provisórios que tenham duração superior a 5(cinco) dias, a juízo do titular do órgão tributário, a norma estabelecida no caput deste artigo poderá ser dispensada, observado o disposto no parágrafo seguinte.

§ 3º - Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, o recolhimento deverá ser efetuado no prazo máximo de 5(cinco) dias, a contar do início do evento.

Art. 18 - O regime de estimativa entrará em vigor no mês: I - da publicação no Diário Oficial, ou em órgão de circulação local, do ato que a institui, quando geral:

II - da entrega ao contribuinte da respectiva notificação do despacho da autoridade competente, quando individual.

Parágrafo Único - Nos casos dos

contribuintes considerados provisórios ou eventuais, a estimativa terá vigor na data da entrega ao contribuinte da respectiva notificação do despacho. Art. 19 - Os contribuintes abrangidos pelo regime de estimativa poderão, no prazo de 1O(dez) dias a contar do ato normativo ou de ciência do respectivo despacho, apresentar pedido de revisão do valor estimado.

§ 1º - O pedido não terá efeito suspensivo e mencionará obrigatoriamente o valor que o contribuinte reputar justo, assim como as provas documentais para a sua aferição. § 2º - Ocorrendo a hipótese de ser julgado improcedente o pedido de revisão, em face de serem apuradas despesas superiores às antes pesquisadas, deverão ser feitos novos cálculos e retificado o valor estimado. § 3º - Ocorrendo o fato previsto no parágrafo anterior, ou quando forem julgados insatisfatórios os elementos constantes dos documentos ou livros fiscais e comerciais do contribuinte, poderá, a critério do titular do órgão tributário, ser procedido um regime especial de fiscalização no estabelecimento prestador de serviços ou em locais onde seja possível a aferição de suas receitas e despesas.

Art. 20 - O regime especial de fiscalização, a ser procedido conforme o previsto no § 3º do artigo anterior, deverá abranger o período mínimo de 30(trinta) dias.

§ 1º - Os agentes fiscais deverão ser designados, obedecendo a uma escala de serviços em que cada um não permaneça mais do que 1O(dez) dias em cada local, assim mesmo em dias alternados. § 20 - Os relatórios diários dos agentes fiscais deverão ser apresentados no prazo de até 72(setenta e duas) horas após o procedimento fiscal e anexados ao pedido de revisão. Art. 21 - Julgado procedente o pedido, total ou parcialmente, a diferença a maior, recolhida na pendência da decisão, será compensada nos recolhimentos futuros. Art. 22 - Ocorrendo a hipótese de ser julgado

improcedente o pedido de revisão, por ter sido apurado como receita maior que a estimada prevalecerá este valor apurado como receita mensal.

Seção VII

Vencimento do Imposto

Art. 23 -Prazo para pagamento do imposto: I - no caso de pessoas jurídicas, o imposto será recolhido ate o dia dez do mês subseqüente ao do fato gerador;

II - Os profissionais autônomos recolherão o ISSQN nos seguintes prazos:

a) quando devido mensalmente, até o dia dez do mês em curso;

b) quando devido anualmente, em três parcelas mensais sucessivas vencíveis, a partir de janeiro de cada ano, no dia dez de cada mês, facultado o pagamento em parcela única com desconto de dez por cento (10%).

Seção VIII Cadastro de Contribuintes Mobiliários

Art. 24 - O Cadastro de Contribuintes Mobiliário - CCM será formado pelos dados da inscrição e respectivas alterações promovidas pelo sujeito passivo, além dos elementos obtidos pela fiscalização. § 1º - Todo contribuinte do ISSQN, estabelecido ou que prestar serviços dentro do Município, deverá, previamente, promover sua Inscrição junto ao Cadastro Municipal de Contribuintes, Inscrição esta que será renovada anualmente até o dia 31 de janeiro. § 2º - O contribuinte deverá estar inscrito no Cadastro Mobiliário do Município antes do início de suas atividades, fornecendo à Prefeitura os elementos e informações árias para a correta

fiscalização do tributo, nos formulários oficiais § 3º - Se o contribuinte mantiver mais de um

estabelecimento prestador de serviços, a cada um deles será exigida uma inscrição. § 4º - A inscrição não faz presumir a aceitação, pela Prefeitura, dos dados e informações apresentados pelo contribuinte. § 5º - O contribuinte deve comunicar à Prefeitura, dentro do prazo de trinta dias de sua ocorrência, a cessação de suas atividades, a fim de obter baixa de sua Inscrição, a qual será concedida após a verificação da procedência da comunicação, sem prejuízo da cobrança dos impostos e taxas devidos ao Município. Art. 25 - O contribuinte será identificado, para efeitos fiscais, pelo respectivo número no Cadastro de Contribuintes Mobiliário - CCM, o qual deverá constar de quaisquer documentos pertinentes. Art. 26 - A inscrição deverá ser promovida pelo contribuinte, em formulário próprio, com os dados necessários à sua identificação e localização e à caracterização dos serviços prestados ou das atividades exercidas. § 1º - O contribuinte deverá promover tantas inscrições quantos forem os seus estabelecimentos ou locais de atividades, mesmo quando prestadores de serviços sob a forma de sociedade de profissionais. § 2º - Na inexistência de estabelecimento fixo, a inscrição será única pelo local da prestação de serviço. § 3º - O contribuinte deve indicar, no formulário de inscrição, as diversas atividades exercidas em um mesmo local Art. 27 - Os dados apresentados na inscrição deverão ser alterados pelo contribuinte, sempre que ocorram fatos ou circunstâncias que impliquem em sua modificação.

Parágrafo Único - O disposto neste artigo deverá ser observado inclusive quando se tratar de venda ou transferência de estabelecimento e de encerramento de atividade. Art. 28 - Os contribuintes dos tributos mobiliários deverão comunicar, à repartição competente, a transferência, a venda e o encerramento da atividade. Art. 29 - O prazo para os contribuintes comunicarem qualquer alteração de dados será de 30 (trinta) dias, contados do evento.

Art. 30 - A Administração poderá promover, de ofício, inscrição, alterações cadastrais ou cancelamento da inscrição, sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis. Parágrafo Único - Ë facultado à Administração promover, periodicamente, a atualização dos dados cadastrais, mediante convocação, por edital, dos contribuintes. Art. 31 - O registro no Cadastro Mobiliário será feito mediante o preenchimento de formulário estabelecido pelo Secretário da Fazenda, em que constarão:

I - O nome e a identificação do contribuinte e de seus representantes legais;

II - Indicação do arquivamento dos atos constitutivos da empresa;

III - A opção pelo regime de recolhimento do imposto;

IV -Indicação do profissional de contabilidade ou empresa prestadora de serviços de contabilidade responsável pela escrituração contábil da empresa.

Seção IX

Lançamento do Imposto Art. 32 - O lançamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, quando calculado mediante fatores

que independam do preço do serviço, poderá ser procedido de oficio.

Parágrafo Único - O imposto devido na forma deste regulamento e não recolhido no prazo nele previsto será objeto de lançamento de ofício, com as penalidades legais.

Art. 33 - O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza será lançado com base nos dados constantes do Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM.

Art. 34 - O Imposto, devido pelos prestadores de serviços será calculado e antecipado pelo próprio contribuinte, podendo, a critério da administração, ser lançado de oficio com base nos elementos constantes do Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM.

§1º - Para os fins deste artigo, considera-se ocorrido o fato gerador do irn2osto:

I - a 1º de janeiro de cada exercício, no tocante .aos contribuintes, por anuidade, já inscritos no CCM - Cadastro de Contribuintes Mobiliários no exercício anterior;

II - na data do inicio da atividade, relativamente aos contribuintes mencionados no inciso anterior que vierem a se inscrever no decorrer do exercício;

III - no primeiro dia de cada mês, relativamente aos contribuintes autônomos que devam recolher mensalmente;

IV - Na data da prestação do serviço, ou do seu faturamento, o que ocorrer primeiro, nos demais casos.

§ 2º - O pagamento antecipado extingue o crédito tributário, mediante condição resolutória de ulterior homologação do lançamento pela Fazenda Pública Municipal.

§ 3º - Para efeito de lançamento e cobrança do imposto, fica definido como obra de construção civil, hidráulica, ou assemelhada: I - a construção, demolição, reforma ou

reparo de edificações; II - a construção ou reparo de estradas de

ferro e de rodagem, inclusive os trabalhos concernentes às estruturas inferior e superior de estrada;

III - a construção ou reparo de pontes, viadutos logradouros públicos e outras obras de urbanismo;

IV - a construção de sistema de abastecimento de água ou de saneamento;

V - a execução de terraplanagem ou de pavimentação em geral, e de obra hidráulica ou fluvial;

VI - a execução de obra elétrica ou hidroelétrica;

VII - a execução, no respectivo canteiro, de obra de montagem, instalação ou construção de estruturas em geral, quando limitadas ao assentamento ao solo ou fixadas em edifícios.

§ 4º - Compreende-se também como obra de construção civil o serviço auxiliar necessário à sua execução, tal como o de alvenaria, demolição, pintura, marcenaria, carpintaria, serralheira, instalações elétricas e hidráulicas, quando efetuado no local da obra. § 5º - Para efeito de apuração e recolhimento do imposto, considera-se construção civil a reforma parcial que advir de projeto de engenharia resultante em substituição de elementos construtivos essenciais tais como pilares, lajes, vigas e alvenarias estruturais ou portantes, fundações e tudo aquilo que garantir a estrutura da edificação. § 6º - A apuração do valor do Imposto será realizada mensalmente e sob a responsabilidade do contribuinte, através dos registros em sua escrita fiscal e deverá ser recolhido na fo2ma / e termos deste termo, sujeito a posterior homologação pela autoridade competente

§ 7º - São indedutíveis os valores de quaisquer materiais ou subempreitadas: I - Cujos documentos não estejam revestidos .das características ou formalidades legais, previstas na legislação federal, estadual ou municipal, especialmente no que concerne à perfeita identificação do emitente e do destinatário, bem como das mercadorias e dos serviços previstos no art.10 § 8;

II - relativos a obras isentas ou não tributáveis.

Art. 35 - A notificação do lançamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é feita ao contribuinte. § 1º - Considera-se feita a intimação, mediante a entrega da notificação no endereço do estabelecimento ou, na falta de estabelecimento, no endereço de seu domicílio, conforme declarado na inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários. § 2º - Na falta de endereço declarado, a notificação será entregue no endereço do estabelecimento, apurado mediante diligência fiscal.

§ 3º - A notificação, nos endereços mencionados neste artigo, ao contribuinte, quanto ao lançamento do imposto, poderá, a critério do fisco, ser feita na seguinte conformidade: I - por via postal, com aviso de recebimento a ser datado, firmado e devolvido;

II - por edital publicado no órgão encarregado da publicação oficial do Município.

§ 2º - O edital de notificação deve incluir: I -o nome do contribuinte e seu respectivo número de inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários;

II - o valor do tributo, o período a que se refere, o prazo para pagamento e as disposições legais relativas à sua incidência.

§ 3º - A notificação de lançamento conterá: I - o nome do sujeito passivo e respectivo domicílio tributário;

II - o valor do crédito tributário e, em sendo o caso, os elementos de cálculo do tributo;

III - a disposição legal relativa ao crédito tributário

IV - a indicação das infrações e penalidades correspondentes e, bem assim, o seu valor;

V - o prazo para recolhimento do crédito tributário. § 4º - modelo da notificação de lançamento é o aprovado pelo Secretário da Fazenda.

Art. 36 - No lançamento do imposto

desprezar-se-ão as frações de real, do valor final apurado para cada mês de incidência. Art. 37 - O sujeito passivo deverá recolher, por guia, nos prazos regulamentares, o imposto correspondente aos serviços prestados em cada mês. § 1º - A repartição arrecadadora declarará, na guia, a importância recolhida, fará a necessária autenticação e devolverá uma das vias ao sujeito passivo, para que a conserve em seu estabelecimento. § 2º - A guia será do modelo aprovado pelo Secretário da Fazenda. § 3º - Os recolhimentos serão escriturados pelo sujeito passivo na forma e prazos legais. Art. 38 - É facultado ao Secretário da Fazenda, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade, adotar outra forma de recolhimento, determinando que este se faça antecipadamente, operação por operação, ou por estimativa em relação aos serviços de cada mês.

Art. 39 - A prova de quitação deste imposto é indispensável:

I - à expedição de “Habite-se”, quando a construção tiver sido realizada por construtora

II - ao pagamento de obras contratadas com o Município;

III - na participação de licitação promovida pelo Município.

SEÇÃO X Obrigações dos Contribuintes

Art. 40 - São obrigações do contribuinte:

I - inscrever-se na repartição fiscal, antes

do inicio de suas atividades; II - manter livros fiscais devidamente

registrados no órgão competente de seu domicilio, bem como os documentos fiscais, pelo prazo previsto na legislação tributária;

III - exibir ou entregar ao Fisco, quando exigido em lei ou quando solicitado, os livros ou documentos fiscais, bem como outros documentos auxiliares relacionados com a condição de contribuinte

IV - comunicar ao órgão competente as alterações contratuais e estatutárias de interesse do Fisco, bem como as mudanças de domicílio fiscal, venda ou transferência de estabelecimento e encerramento de atividades, ~

V - obter autorização da repartição fiscal competente para imprimir ou mandar imprimir documento fiscal;

VI - escriturar os livros e emitir documentos fiscais;

VII - entregar aos destinatários, ainda que não solicitado, e exigir do remetente o documento fiscal correspondente à operação realizada;

VIII - comunicar ao Fisco quaisquer irregularidades de que tiver conhecimento;

IX - apurar e pagar o Imposto devido na forma e prazos estipulados na legislação tributária;

X - cumprir todas as exigências fiscais previstas na legislação tributária. Parágrafo Único - A não incidência, a imunidade e a isenção não dispensam o cumprimento de obrigações acessórias.

Seção XI

Livros e Documentos Fiscais Art. 41 - O sujeito passivo fica obrigado a manter, em cada um dos seus estabelecimentos obrigados à inscrição, escrita fiscal destinada ao registro dos serviços prestados, ainda que não tributados. § 1º - Os livros fiscais obrigatórios, além de outros exigidos pelos demais entes da República são: I - Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência;

II -Livro de Registro de Apuração de ISS; III -Livro de Registro de Entrada de Serviços

para o ISS; IV -Livro de Registro de Alunos.

§ 2º - Os livros fiscais serão escriturados até o quinto dia subseqüente ao fato que neles deva ser registrado, sem emendas, linhas em branco ou rasuras.

§ 3º - o Secretário da Fazenda poderá dispor sobre a dispensa ou a obrigatoriedade de manutenção de determinados livros, tendo em vista a natureza dos serviços ou o ramo de atividade dos estabelecimentos. § 4º - Os contribuintes enquadrados como microempresas, na forma deste regulamento, são desabrigados da escrituração de livros fiscais exigidos pelo Município.

§ 5º - O contribuintes que tenham por objetivo o exercício das atividades de ensino em que o imposto é calculado sobre o preço dos serviços, deverão possuir e manter, conforme o caso, em cada um de seus estabelecimentos o livro referido no inciso IV deste artigo.

§ 6º - Os livros referidos no inciso IV deste artigo, serão simples contendo apenas a identificação da empresa, carimbo do CNPJ, seqüência numérica, nome do aluno, separados por turma ou classe.

§ 7º - Os livros fiscais devem ser impressos e suas folhas numeradas tipograficamente em ordem crescente, costuradas e encadernadas, de forma a impedir sua substituição, obedecendo aos modelos aprovados, podendo o contribuinte acrescentar outras indicações do seu interesse, desde que não prejudiquem a clareza dos modelos oficiais. Art. 42 - Os livros fiscais não poderão ser retirados do estabelecimento sob pretexto algum, salvo se previamente autorizado pelo Secretário da Fazenda, presumindo-se retirado o livro que não for exibido ao Fisco, quando solicitado, § 1º - O contribuinte poderá requerer autorização para manter seus documentos fiscais em filial situada fora do território do Município § 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, o requerimento indicará o endereço completo da unidade em que serão conservados os documentos, bem como o nome e inscrição profissional do responsável pelos mesmos. § 3º - Os agentes fiscais arrecadarão, mediante termo, todos os livros fiscais encontrados sem autorização fora do estabelecimento e os devolverão ao sujeito passivo, após lavratura do auto de infração cabível.

Art. 43 - Os livros fiscais, que serão impressos e com folhas numeradas tipograficamente. somente serão usados depois de visados pela repartição fiscal competente, mediante termo de abertura.

Parágrafo Único - Salvo a hipótese de inicio de atividade, os livros novos somente serão visados mediante a apresentação dos livros correspondentes a serem encerrados.

Art. 44 - Os livros fiscais e comerciais são de exibição obrigatória ao Fisco, devendo ser conservados, por quem deles tiver feito uso, até que ocorra a decadência ou prescrição dos tributos a que se refiram.

Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito do Fisco de examinar livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais dos prestadores de serviço, de acordo com o disposto no artigo 195 da Lei Federal n0 5.172, de 25 de outubro de 1966, ainda que isentas ou imunes do imposto, nem da obrigação de exibi-los. Art. 45 -Por ocasião da prestação do serviço deverá ser emitida nota fiscal, sem emendas ou rasuras.

§ 1º - Quando o serviço for prestado

conjuntamente com o fornecimento de mercadorias, e com escrituração por processamento eletrônico, poderão utilizar o espaço próprio na mesma AIDF — Autorização Impressão de Documentos Fiscais, para destaque da prestação de serviços, modelo determinado pelo Estado Federado, desde que a autorização tenha referendo do Departamento de Tributação da Secretaria Municipal da Fazenda. § 2º - Quando o serviço for prestado a pessoa jurídica, em operação sujeita somente à incidência do ISS, o modelo de nota fiscal será o Série A, definido pelo Secretário da Fazenda. § 3º - Quando o serviço for prestado a pessoa física, em operação sujeita somente à incidência do ISS, o modelo de nota fiscal será simplificado, definido pelo Secretário da Fazenda.

Art. 46 - A impressão de documentos fiscais é condicionada à prévia autorização da repartição competente, devendo as empresas gráficas manter escrituração dos documentos que tenham confeccionado e fornecido.

Art. 47 - O Secretário da Fazenda poderá dispensar a emissão de nota fiscal para estabelecimentos que utilizem sistema de controle do seu movimento diário baseado em máquinas registradoras que expeçam cupons numerados seguidamente para cada

operação e disponham de totalizadores. Parágrafo Único - No caso deste artigo é obrigatória a lacração dos totalizadores e somadores pela repartição fiscal.

Art. 48 - Todo aquele que utilizar serviços prestados por empresas ou profissionais autônomos, sujeitos à incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, deverá exigir nota fiscal ou outro documento, cuja utilização esteja prevista em regime especial.

Seção XII

Declarações Fiscais

Art. 49 - Além da inscrição e respectivas alterações, o sujeito passivo fica sujeito à apresentação de quaisquer declarações de dados, na forma e nos prazos estabelecidos em Resolução do Secretário da Fazenda.

Art. 50 - Os contribuintes do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza ficam obrigados a apresentar declaração anual de dados, de acordo com o que estabelecer o Secretário da Fazenda

Seção XIII

Arrecadação

Art. 51 - Sem prejuízo das medidas administrativas e judiciais cabíveis na falta de pagamento ou retenção do imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS - nos prazos estabelecidos, implicará cobrança dos seguintes acréscimos: I - por recolhimento espontâneo: a) de 0,33% (Trinta e três centésimos) ao dia, do valor corrigido do tributo, cumulativamente, contados da data do vencimento, limitado, ao percentual de trinta por cento; II - Havendo ação fiscal, 100% (cem por

cento), observadas as seguintes reduções:

a) 30% (trinta por cento) de seu valor, quando o recolhimento ocorrer dentro de 10 (dez) dias contados da data do recebimento do termo expedido pela Secretaria Municipal da Fazenda.

b) 50% (cinqüenta por cento) de seu valor, quando o recolhimento ocorrer de 10 (dez) a 30 (trinta) dias contados da data do recebimento do termo expedido pela Secretaria Municipal da Fazenda.

Parágrafo Único - Sujeita-se à multa prevista neste artigo a falta de recolhimento de tributo antes da ocorrência de fato ou prática de ato previsto neste regulamento,

Art. 52 - O crédito tributário não pago no seu vencimento será corrigido monetariamente, mediante aplicação de coeficientes de atualização, nos termos da legislação utilizada pelo Governo Federal.

§ 1º - A atualização monetária, bem como os juros de mora incidirão sobre o valor integral do crédito tributário, neste computada a multa.

§ 2º - Os juros moratórios serão calculados à razão de 1%(um por cento) ao mês, ou fração sobre o montante do débito corrigido monetariamente.

§ 3º - Inscrita ou ajuizada a divida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado, na forma da legislação.

Seção IV

Infrações e Penalidades

Art. 53 - As normas relativas ao imposto sujeitam o infrator ás seguintes penalidades:

I - Infrações relativas à inscrição e alterações cadastrais:

a) multa de 120 (cento e vinte) UFIR, aos

contribuintes autônomos que deixarem de efetuar, na forma e prazo regulamentares, a inscrição inicial, as alterações de dados cadastrais ou o encerramento de atividade, ou o fizerem com omissão ou inexatidão de informações, quando a infração for apurada através de ação fiscal ou denunciada após o seu início

b) multa de 130 (cento e trinta) UFIR, aos contribuintes pessoas jurídicas que deixarem de efetuar, na forma e prazo regulamentares, a inscrição inicial, as alterações de dados cadastrais ou o encerramento de atividade, ou o fizerem com omissão ou inexatidão de informações, quando a infração for apurada através de ação fiscal ou denunciada após o seu inicio;

II - Ficam sujeitos ainda a multa nos seguintes casos:

a) não possuir livros fiscais na forma regulamentar, multa de 400( quatrocentas) UFIR por livro;

b) por deixar de escriturar os livros fiscais na forma e prazos, multa de 400(quatrocentas )UFIR por livro;

c) por escriturar de forma ilegível ou com rasuras os documentos fiscais, multa de 100(cem) UFIR por documento;

d) por não manter arquivados, pelo prazo legal os livros fiscais, multa de 400(quatrocentas) UFIR por livro, sem prejuízo do arbitramento do tributo devido;

e) por imprimir documentos fiscais em desacordo com modelo aprovado, multa de 10(dez) UFIR por documento

f) por impressão de documentos fiscais sem a inscrição municipal, multa de 10 (dez) UFIR por documento;

g) por notas fiscais canceladas não possuírem todas as vias anexas ao talão, por jogos de nota, sem prejuízo das demais penalidades que possam ocorrer, multa de 100(cem) UFIR por documento;

III - multa de 200 (duzentas) UFIR nos seguintes casos:

a) fornecer ou apresentar ao fisco informações ou documentos inexatos ou inverídicos;

b) pela existência ou utilização de documentos fiscais, com numeração e série em duplicidade, por documento.

IV - multa de 240(duzentas e quarenta) UFIR nos casos de:

a) retirada do estabelecimento, do escritório

de contabilidade ou do domicilio do prestador de serviços, de livros e ou documentos fiscais, sem autorização da autoridade fiscal competente;

b) sonegação de documentos para apuração do preço dos serviços ou da fixação de estimativa;

c) a não apresentação de qualquer documento julgado necessário pelo agente do fisco.

V - multa de duzentos por cento do valor do imposto, monetariamente atualizado, por consignar em documento fiscal importância inferior ao efetivo valor da obrigação, sobre a diferença;

VI - multa de trezentos por cento sobre o valor do imposto devido, monetariamente atualizado, por consignação de valores diversos nas diferentes vias do mesmo documento fiscal.

VII - multa de 100(cem) UFIR por erro ou omissão no preenchimento nas guias de arrecadação autolançáveis;

VIII - multa de 5(cinco) UFIR por falta de preenchimento de dados que devam constar das notas fiscais, por documento;

IX - multa de 100(cem) UFIR pela não fixação do alvará de licença em local visível;

X - multa de 200%(duzentos por cento) do valor do serviço, pela falta de emissão de nota fiscal ou recibo de prestação de serviços.

Xl - Infração relativa ao descumprimento de obrigação acessória instituída em Resolução do Secretário da Fazenda, 100(cem) UFIR. § 1º - O pagamento do imposto é sempre devido, Independentemente da pena que houver de ser aplicada.

§ 2º - O sujeito passivo que reincidir em infração a este capítulo poderá ser submetido, por ato do Secretário da Fazenda, a sistema especial de controle e fiscalização, com a emissão de notas fiscais na repartição fazendária e imediato recolhimento do imposto.

Art. 54 - Para efeitos deste Regulamento,

entende-se como sonegação fiscal a prática pelo sujeito passivo ou terceiro em beneficio daquele, de qualquer dos atos definidos na legislação federal, como crimes contra a ordem econômica e tributária, a saber:

I - prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informações que devam ser fornecida aos agentes do

fisco, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos e quaisquer adicionais devidos por lei;

II - inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pela legislação tributária, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos á Fazenda Municipal,

III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis, com o propósito de fraudar a Fazenda Municipal;

IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar despesas, majorando-as com o objetivo de obter dedução de tributos devidos á Fazenda. Municipal;

V - deixar de emitir notas fiscais referentes aos serviços prestados. Art. 55 - As multas serão cumulativas, quando ocorrer, concomítantemente, o não cumprimento de obrigações tributária acessórias e principal. § 1º - Apurando-se no mesmo processo o não cumprimento de mais de uma obrigação tributária acessória, pelo mesmo sujeito passivo, a pena será multiplicada pelo número de infrações cometidas. § 2º - Quando o sujeito passivo infringir a segunda vez o mesmo dispositivo da legislação tributária, a partir desta e em todas as reincidências, a multa será acrescida em 100%(cem por cento). § 3º - As multas não pagas no prazo assinalado serão inscritas em divida ativa, para cobrança executiva, sem prejuízo da incidência e da influência dos juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração, e da aplicação da correção monetária.

Seção V Procedimento Tributário

Art. 56 O procedimento fiscal relativo ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, tal como estabelecido na legislação tributária municipal, terá início, alternativamente, com:

I - a lavratura do auto de infração;

II - a lavratura do termo de apreensão de livros ou documentos fiscais;

III - a impugnação, pelo sujeito passivo, do lançamento ou ato administrativo dele decorrente.

Art. 57 O sujeito passivo será intimado do

auto de Infração por uma das seguintes modalidades:

I - pessoalmente, no ato da Iavratura, mediante entrega de cópia do auto ao infrator, seu representante, mandatário ou preposto, contra assinatura-recibo datada no original, ou menção da circunstância de que o mesmo não pôde ou se recusou a assinar;

II - por via postal registrada, acompanhada de cópia do auto de infração, com aviso de recebimento a ser datado, firmado e devolvido pelo destinatário ou pessoa de seu domicílio;

III - por edital publicado no órgão encarregado da publicação oficial do Município, quando improfícuo qualquer dos meios previstos nos incisos anteriores.

Art. 58 Considera-se iniciada a ação fiscal:

I - com a lavratura do Termo de Inicio de Ação Fiscal —TIAF;

II - com a prática, pela Administração, de qualquer ato tendente á apuração do crédito tributário ou do cumprimento de obrigações acessórias, cientificado o contribuinte.

Art. 59 - Iniciada a fiscalização ao

contribuinte, terão aos agentes fazendários o prazo de 30(trinta) dias para concluí-las, após a entrega dos documentos exigidos através de notificação, salvo quando esteja ele submetido a regime especial de fiscalização.

Parágrafo Único - Havendo justo motivo, o prazo referido no artigo anterior, poderá ser prorrogado a critério do Agente Tributário, por período que foi suficiente para concluí-la.

Art. 60 - Todo contribuinte é obrigado a exibir os livros fiscais e comerciais, os comprovantes da escrita e os documentos instituídos por lei, este Regulamento ou outros atos normativos, bem como prestar informações e esclarecimentos sempre que o solicitem os funcionários encarregados da fiscalização do imposto, no prazo de 05(cinco) dias contados da data de ciência da intimação. § 1º - A intimação terá a validade de 30(trinta) dias, contados a partir do prazo a que se refere este artigo, abrangidos somente os atos ou fatos que a precederem, salvo se a infração for de natureza permanente. § 2° - Ë facultado a expedição de intimação por via postal, com aviso de recebimento.

Art. 61 - O auto de infração, lavrado com precisão e clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, deverá:

I - mencionar o local, o dia e hora da

lavratura; II - referir-se ao nome do autuado e das

testemunhas se houver; III - descrever o fato que constitui a infração

e as circunstâncias pertinentes, indicar o dispositivo legal ou regulamentar violado e fazer referência ao auto de fiscalização ou á notificação em que se consignou a infração, quando for o caso;

IV - conter intimação ao autuado para em 30(trinta) dias, contados a partir do primeiro dia útil subsequente, pagar os tributos e multas devidas ou apresentar defesa e provas.

§ 1º - A assinatura do autuado não constitui formalidade essencial á validade do auto, não implica confissão, nem a

recusa agravará sua pena. § 2º - Se o autuado, ou quem o represente, não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-á menção dessa circunstância.

SEÇÃO VI

Não Incidência

Art. 62 - Os impostos não incidem sobre:

I - os serviços da União, dos Estados e do

Distrito Federal; II - os serviços das autarquias e dos templos

de qualquer culto; III - das instituições de educação e de

assistência social, sem fins lucrativos, dos partidos políticos, bem como das entidades sindicais de trabalhadores, que: a) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a titulo de lucro ou de participação no seu resultado;

b) aplicarem, integralmente, no país os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

c) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

§ 1º - O disposto neste artigo não exclui a atribuição,, por lei, ás entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.

§ 2º - O disposto no inciso 1 não se aplica aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.

§ 3º - A não incidência referida nos incisos II e III compreende somente os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nele mencionadas.

§ 4º - Os requisitos condicionadores da não-incidência deverão ser comprovados perante a repartição fiscal competente, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. § 5º - O disposto neste artigo é extensivo ás autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. § 6º - A falta de cumprimento de requisitos previstos neste artigo implicará o cancelamento do beneficio. § 7º - O cancelamento do beneficio retroagirá seus efeitos à data em que as instituições tiverem descumprido as condições segundo as quais o benefício lhes fora concedido.

§ 8º - O imposto não incide sobre a serviços de transportes interestaduais, intermunicipais ou serviços

Art. 63 - O imposto sobre serviços não incide sobre os serviços prestados por:

I -associações comunitárias e os clubes de serviço declarados de utilidade pública por ato do Executivo municipal, cuja finalidade essencial, nos termos dos respectivos estatutos, e tendo em vista os atos efetivamente praticados, esteja voltado para o desenvolvimento da comunidade;

II - pessoas físicas, reconhecidamente pobres, sem estabelecimento fixo:

a) que prestem serviços em sua própria residência, por conta própria, sem propaganda ou letreiros e sem empregados, excluídos os profissionais de nível universitário e de nível técnico de qualquer grau;

b) os seguintes prestadores de serviços: engraxate ambulante, lavadeiras, alfaiate, pedicura, tricoteiro, lavrador, ferreiro, amolador, babá, calceteiro, carregador, sapateiro, vigia, faxineira, zelador, carroceiro, charreteiro, cobrador, crocheteira, seleiro, doceiro, arrumadeira, desentupidor, lavador de veículos, lustrador, salgadeira, doméstica, e jornaleiro.

III - empregados em relação de empregos; IV - por trabalhadores avulsos.

Seção VII Da Autorização de Impressão de

Documentos Fiscais

Art. 64 - Os estabelecimentos gráficos somente poderão confeccionar os documentos fiscais, enumerados neste decreto, mediante prévia autorização do órgão tributário. § 1º - A autorização será concedida após solicitação do próprio contribuinte, mediante preenchimento do formulário Autorização de Impressão de Documentos Fiscais, contendo as seguintes informações: I -denominação: Autorização de Impressão de Documentos Fiscais;

II - número de ordem; II - nome, endereço e número de inscrição

municipal, estadual e do CNPJ do estabelecimento gráfico, onde serão impressos os documentos fiscais;

IV - nome, endereço e número de inscrição municipal, estadual e do CNPJ do usuário(contribuinte solicitante) dos documentos fiscais a serem impressos;

V - espécie, número inicial e final, série, quantidade e tipo de documento fiscal a ser impresso;

VI - datas e assinaturas dos responsáveis pelo estabelecimento gráfico e do contribuinte solicitante; VII - espaço para carimbo e assinatura do agente tributário responsável pela autorização.

§ 2º - O formulário será preenchido, no mínimo, em 03(três) vias que, uma vez concedida a autorização, terão o seguinte destino:

I -primeira via - órgão municipal; II - segunda via -estabelecimento prestador do serviço; III - terceira via — estabelecimento gráfico.

Art. 65 - A Nota Fiscal utilizada pelas empresas para acobertar a prestação de serviços deverá conter nome, o endereço e o número da inscrição municipal, CNPJ do impressor do formulário, a data e a quantidade de impressão, os números de ordem do primeiro e do último formulário impressos, o número da Autorização para Impressão de Documentos Fiscais(AIDF), a data limite para sua utilização.

Art. 66 - O Prazo para utilização de documentos fiscais fica fixado em 12(doze) meses, contados da data de expedição da AIDF, sendo que o estabelecimento gráfico fará imprimir no cabeçalho, em destaque com cor vermelha logo após a denominação do documento fiscal, e também, logo após o número e a data da AIDF, constantes de forma impressa, a data limite para seu uso, com inserção da seguinte expressão: “Válida para uso até ‗‗/‗‗/‗‗ ’’.

Parágrafo Único - As Notas Fiscais autorizadas pelo Departamento de Tributação até 31/12/98, terão validade por 12(doze) meses.

Art. 67 - Encerrado o prazo estabelecido no artigo anterior, os documentos fiscais, ainda não utilizados considera-se inidôneo, para todos os efeitos legais, não podendo ser emitido após a data limite de sua utilização, independentemente de formalidade ou atos administrativos da autoridade fazendária municipal.

Art. 68 - Os formulários destinados à emissão dos documentos fiscais a que se refere este decreto deverão ser numerados tipograficamente, por modelo em ordem consecutivo de 000.001 a 999.999, reiniciada a numeração quando atingido este limite.

Art. 69 - As notas fiscais não poderão ser emitidas fora da ordem do mesmo bloco, nem extraída do bloco novo sem que se tenha esgotado o de numeração imediatamente anterior.

Art. 70 - Quando a Nota Fiscal for cancelada conservar-se-ão, no bloco todas as vias com os motivos que determinaram o cancelamento.

Art. 71 - A Nota Fiscal de serviços Série A e

Série A-1 Fatura, será extraída, no mínimo em 03(três) vias, que terão as seguintes destinação:

I - a primeira via = usuário dos serviços; II - a Segunda via = contabilidade; III - a terceira via = fixa para exibição ao fisco

Parágrafo Único - Ë facultado ao contribuinte

aumentar o número de vias dos documentos fiscais, fazer conter outras indicações de interesse do emitente, desde que não prejudiquem a clareza do documento nem as disposições deste decreto.

Art. 72 - No caso de existirem incorreções nas características obrigatoriamente impressas nas notas fiscais, estas poderão ser corrigidas mediante carimbo, se autorizado pelo órgão tributário.

Art. 73 - Os contribuintes do Imposto Sobre Serviços, que também o sejam do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS, poderão caso o Fisco Estadual autorize, obter aprovação para se utilizarem do modelo de Nota Fiscal Estadual, adaptado para as operações que envolvam a incidência dos dois impostos. Parágrafo Único - Após a autorização do Fisco Estadual, quando ao modelo de nota fiscal adaptado, o contribuinte deverá requerer a sua aprovação ao Fisco Municipal. Art. 74 - Fica criada a Nota Fiscal simplificada modelo Série A-2, que será extraída de acordo com o artigo 71.

Parágrafo Único - Será concedida a autorização da AIDF após a aprovação do Departamento de Tributação, mediante solicitação do contribuinte.

Seção VIII

Disposições Gerais

Art. 75 - Sendo insatisfatórios os meios normais de fiscalização, o Secretário da Fazenda poderá exigir a adoção de instrumentos ou documentos especiais necessários á perfeita apuração dos serviços prestados, da receita auferida e do imposto devido.

Art. 76 - Ficam sujeitos à apreensão os bens móveis existentes no estabelecimento ou em trânsito, bem como os livros, documentos e papéis que constituam prova material de infração já legislação municipal atinente ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer natureza.

Art. 77 - As empresas que optarem pelo recolhimento do ISSQN na forma da Lei 3.434/98, deverão entregar o Auto Lançamento anualmente. Até o último dia de janeiro.

Art. 78 - O enquadramento previsto na Lei 3.434/98 é definitivo, desde que sejam observados os art. 4º e 5º da citada lei.

Art. 79 - Nos casos de início de atividade, o pedido de enquadramento deverá ser feito por ocasião da concessão da Licença para Localização e/ou Funcionamento de Estabelecimento

Art. 80 - Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal, bem como os documentos e comprovantes dos lançamentos neles efetuados, deverão ser conservados pelo prazo de 5(cinco) anos, no estabelecimento respectivo, á disposição da fiscalização, e dele só poderão ser retirados para escritórios de contabilidade registrados ou para atender a requisição de autoridade competente.

Art. 81 - Os documentos utilizados pelas empresas serão lançados no Livro de Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrência.

Art. 82 - Não tem aplicação quaisquer dispositivos excludentes ou limitativos do direito de examinar livros, arquivos, documentos e papéis comerciais ou fiscais das pessoas naturais e jurídicas, ainda que isentas ou imunes do imposto, nem da obrigação de

exibi-los.

Art. 83 - O extravio ou a inutilização de livros e documentos fiscais e comerciais deve ser comunicado, por escrito, ao órgão tributário, pelo contribuinte no prazo de 05(cinco) dias, a contar da data da ocorrência.

§ 1º - A petição deve mencionar as circunstâncias do fato, esclarecer se houve registro policial, identificar os livros e documentos extraviados ou inutilizados, informar a existência de débito fiscal e dizer da possibilidade de reconstituição da escrita, assim como seu prazo, no máximo de 30(trinta) dias.

§ 2º - O contribuinte fica obrigado, ainda, a publicar edital sobre o fato, no Diário Oficial do Município ou em jornal de circulação local, que deverá instituir a comunicação prevista no parágrafo anterior.

§ 3º - A legalização dos novos livros e documentos fica condicionada à observância do disposto neste artigo.

Art. 84 - Os contribuintes sujeitos ao imposto calculado com base no preço dos serviços deverão apresentar declaração periódica das operações realizadas, mediante o preenchimento de Ficha de Informações ou de Guia de Informações e de Apuração do ISS, de acordo com normas baixadas ou ato normativo do titular do órgão tributário.

Art. 85 - O titular da Secretaria Municipal Fazenda

expedirá as Resoluções complementares ao efetivo cumprimento deste regulamento. Art. 86 - Este decreto entra em vigor na data de .sua Publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de ltabira, 09 de agosto de 1999.

JACKSON ALBERTO DE PINHO TAVARES PREFEITO MUNICIPAL

CEOMAR PAULO SANTOS

CHEFE DE GABINETE