Decreto Nº 8987 (08!02!00) - Regulamentos

Embed Size (px)

Citation preview

DECRETO N 8985, DE 03 DE FEVEREIRO DE 2000

DECRETO N 8987, DE 08 DE FEVEREIRO DE 2000.

Dispes sobre o Regulamento de Segurana contra Incndio e Pnico do Estado de Rondnia.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDNIA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 65, inciso V, da Constituio Estadual e tendo em vista o disposto no art. 8 da Lei 858, de 16 de dezembro de 1999.

DECRETA:Art. 1 - Fica aprovado o Regulamento de Segurana contra Incndio e Pnico do Estado de Rondnia.

Art. 2 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

Palcio do Governo do Estado de Rondnia, em 08 de Fevereiro de 2000, 112 da Repblica.

Jos de Abre BiancoGovernador

Adhemar da Costa Salles

Coordenador Geral de Apoio Governadoria

ngelo Eduardo de Marco CEL. BMComandante-Geral do CBMRO

COPIADO DO DIRIO OFICIAL DE 10 DE FEVEREIRO DE 2000

REGULAMENTO DE SEGURANA CONTRA INCNDIO E PNICO

DO ESTADO DE RONDNIATTULO I

DAS DISPOSIES PRELIMINARES

CAPTULO I

DA FINALIDADEArt. 1 - O presente Regulamento tem por finalidade:

1 Estabelecer a poltica de segurana contra incndio e pnico no Estado de Rondnia, atravs de medidas de preveno e combate.

2 Proporcionar nvel adequado de segurana sociedade atravs de medidas que evitem ou minimizem a ocorrncia de incndios, dificultem sua propagao e facilitem seu combate.

3 Fixar critrios mnimos, indispensveis para garantir a segurana contra incndio e pnico das edificaes.

Pargrafo nico Os critrios referidos no item 3 deste artigo sero alcanados atravs da observncia das exigncias quanto localizao, arranjo fsico e construo dos edifcios, meios de fuga, bem como da existncia de sistemas de combate a incndios que possam ser utilizados pelos ocupantes das edificaes .

CAPTULO II

DA APLICAOArt. 2 - As disposies contidas neste Regulamento aplicam a todas as edificaes, por ocasio da construo, da reforma ou ampliao, regularizao e mudanas de ocupaes j existentes.

( 1 - Ficam isentas das exigncias deste Regulamento as edificaes destinadas a residncias unifamiliares.

( 2 - Consideram-se existentes as edificaes construdas ou que tenham protocolado pedido de aprovao de plantas (nas prefeituras locais) anteriormente a data da publicao deste Regulamento em Dirio Oficial, com ou sem aprovao de projeto de proteo junto ao Corpo de Bombeiros Militar, bem como aqueles com projetos de proteo aprovadas nas Unidades de Bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar, aps aquela data, com ou sem vistoria final.

( 3 - Quando houver edificaes mistas, comerciais e similares no pavimento trreo e residncia unifamiliar no pavimento superior, com acessos exclusivos, separados fisicamente entre si, as reas da edificao residencial no sero consideradas para fins de aplicao deste Regulamento.

Art. 3 - Para fins de obteno da renovao do atestado de vistoria do Corpo de Bombeiros Militar, dever prevalecer o nvel de exigncias que anteriormente, eram aplicadas poca da aprovao.

CAPTULO III

DA TRAMITAO DE DOCUMENTAOArt. 4 - A tramitao da documentao relativa segurana contra incndio de edificaes obedecer s normas estabelecidas neste Captulo.

( 1 - Quando se tratar de edificaes novas ser exigido apresentao dos seguintes documentos:

1 Requerimento solicitando aprovao do projeto;

2 Jogo de plantas, incluindo planta de situao, planta baixa, fachadas e cortes;

3 Projeto de instalaes contra incndio em duas vias, nas dimenses mnimas de 395 mm x 297 mm e mxima de 1320 mm x 891 mm, dobradas de modo a ficarem reduzidas ao formato A4 da NB-8 da ABNT (185 mm x 297 mm).

( 2 - As escalas mnimas utilizadas sero de 1:2000 (um por dois mil) para plantas gerais esquemticas de localizao: 1:500 (um por 500), para plantas de situao: 1: 50 (um por cinquenta) ou 1:100 (um por cem), para plantas baixas de 1:25 (um por vinte e cinco) para os detalhes.

( 3 - No prazo de at 30 (trinta) dias aps o requerimento de anlise, ser expedido o Certificado de Aprovao do Projeto, juntamente com as plantas apresentadas, ficando arquivadas uma via do projeto de instalao contra incndio, sendo que no caso de no aprovao, ser expedido um laudo indicando as correes necessrias.

( 4 - O Certificado de Aprovao do Projeto a que se refere o pargrafo anterior o documento necessrio obteno do Alvar de Incio de Construo, junto Prefeitura, sem o qual a obra no pode ser iniciada.

( 5 - imprescindvel a apresentao de requerimento solicitando vistoria aps a execuo da obra.

( 6 - Aps concluda, a edificao ser vistoriada at 30 (trinta) dias contados da data do protocolo do requerimento a que se refere o pargrafo anterior.

( 7 - Quando se tratar de estabelecimento de qualquer natureza construdo antes de vigncia deste Regulamento, a segurana contra Incndio ser feita nos termos do ( 1 do art. 2 da Lei N 10.973, de 10 de dezembro de 1984, com observncias dos preceitos referentes a tramitao de documentos previstos nos pargrafos anteriores.

( 8 - Na apresentao, no caso de projetos de instalao contra incndio, ser necessrio o memorial descritivo, de acordo com o modelo a ser fornecido pelo Corpo de Bombeiros Militar, e de memorial de clculo.

( 9 - Os requerimentos sero assinados pelo proprietrio do imvel do estabelecimento (ou procurador) ou pelo responsvel tcnico de empresas construtoras, empresas de projetos, projetistas autnomos, firma instaladoras ou conservadoras de instalaes preventivas e de material de segurana contra incndio, quando devidamente credenciados junto ao Corpo de Bombeiros Militar.

( 10 - Os projetos de instalao contra incndios devero ser assinados pelo engenheiro responsvel pelos mesmos, devendo ser emitida a Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) pertinente.

( 11 - indispensvel a assinatura do Engenheiro responsvel pela execuo da obra, nos casos de concesso de alvar de licenas.

( 12 - Os documentos e as plantas referidas neste Captulo sero incinerados de acordo com o prazo previsto na legislao especfica aps a aprovao dos respectivos projetos, quando no retirados pelos interessados.

( 13 - A expedio pelos municpios de habite-se ou de alvar de funcionamento para as edificaes classificadas neste Regulamento subordina-se apresentao, pelo interessado de Laudo de Aprovao para os devidos fins, fornecido pelo Corpo de Bombeiros Militar.

( 14 - Os laudos de exigncias, aprovao de projetos, Certificados de Vistoria, pareceres, relatrios tcnicos e informaes, sero emitidos no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da entrada do requerimento no Corpo de Bombeiros Militar.

( 15 - Ser invalidado, por ato do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, em qualquer poca, o Certificado de Vistoria, quando for constatada qualquer modificao nos sistemas de proteo aprovados para aquela edificao, na classe de ocupao ou risco, na rea utilizada, ou qualquer alterao de carter funcional que no tenha recebido a prvia aprovao do Corpo de Bombeiros Militar.

CAPTULO IV

DAS EDIFICAESArt. 5 - Para efeito deste Regulamento, so adotadas as seguintes definies:

1. Abrigo compartimento destinado ao acondicionamento de mangueiras e seus acessrios;

2. Agente extintor substncia utilizada para o combate ao fogo;

3. Altura da edificao distncia compreendida entre o ponto, que caracteriza a sada situada no nvel de descarga do prdio, e o ponto mais alto do piso do ltimo pavimento;

4. rea de armazenamento local contnuo, destinado ao armazenamento de recipientes transportveis;

5. Armazm de produtos acondicionados rea coberta ou no, onde so armazenados recipientes (tais como tambores, tonis, latas, baldes, etc.) que contenham produtos ou materiais combustveis ou produtos inflamveis;

6. Bacia de conteno regio limitada por uma depresso do terreno ou por diques, destinada a conter os produtos provenientes de eventuais vazamentos de tanques e suas tubulaes;

7. Bomba Booster aparelho hidrulico especial destinado a suprir deficincias de presso em uma instalao hidrulica de proteo contra incndios;

8. Bomba de pressurizao aparelho hidrulico especial, instalado em paralelo com a bomba de incndio principal, destinado a manter a rede hidrulica pressurizada na ocorrncia de eventuais vazamentos. Esta bomba ser dimensionada com vazo em torno de 20 (vinte) litros por minuto e presso ligeiramente superior a adotada para a bomba principal;

9. Bomba de recalque aparelho hidrulico especial destinado a recalcar gua no sistema de hidrantes;

10. Cmara de espuma dispositivo dotado de selo, destinado a conduzir a espuma para o interior de tanques de armazenamento do tipo teto cnico;

11. Canalizao rede de tubos destinada a conduzir gua para alimentar o sistema de combate a incndio;

12. Carreta extintor sobre suporte com rodas, constitudo em um nico recipiente com agente extintor para extino do fogo;

13. Compartimentao horizontal subdiviso de pavimento em duas ou mais unidades autnomas, executada por meios de paredes e portas resistentes ao fogo, objetivando dificultar a propagao do fogo e facilitar a retirada de pessoa e bens.

14. Compartimentao vertical - conjunto de medidas de proteo contra incndios que tem por finalidade evitar a propagao de fogo, fumaa ou gases de um pavimento para outro, interna ou externamente.

15. Corredor de inspeo intervalo entre lotes contguos de recipientes de gs liquefeito de petrleo (GLP).

16. Demanda solicitao quantitativa da instalao hidrulica fonte de alimentao.

17. Defletor de espuma dispositivo destinado a dirigir a espuma contra a parede do tanque.

18. Deslizador de espuma dispositivo destinado a facilitar o espargimento suave da espuma sobre o lquido armazenado.

19. Destilaria conjunto de instalaes destinadas produo de lquidos combustveis ou inflamveis.

20. Diques macios de terras, parede de concreto ou outro material adequado, formando uma bacia.

21. Distncia de segurana distncia mnima julgada necessria para garantir a segurana das pessoas e das instalaes, normalmente, contada a partir do limite de rea de armazenamento.

22. Elevador de segurana equipamento dotado de alimentao eltrica, independente da chave geral da edificao, com comando especfico, instalado em local prprio com antecmara, permitindo o acesso e a sua utilizao em casos de emergncia, aos diversos andares de uma edificao.

23. Escada de segurana estrutura integrante da edificao, possuindo requisitos prova de fogo e fumaa para permitir o escape das pessoas em segurana, em situaes de emergncia.

24. Esguicho pea destinada a dar forma ao jato de gua ou espuma.

25. Esguicho monitor - dispositivo montado sobre rodas ou plataforma elevada com capacidade mnima de 800 l/min (oitocentos litros por minuto).

26. Espaamento menor distncia livre entre os costados de dois tanques adjacentes, ou entre o costado de um tanque e o ponto mais prximo de um equipamento, limites da propriedade, etc., ou entre recipiente transportveis e paredes prximas.

27. Espuma mecnica agente extintor, constitudo por um aglomerante de bolhas, produzido por turbilhonamento da gua com produto qumico concentrado e o ar atmosfrico.

28. Estao fixa de emulsionamento local onde se localiza bombas, proporcionadores, vlvulas e tanques de lquido gerador de espuma.

29. Estao mvel de emulsionamento veculo especializado para transporte de lquido gerador de espuma e o equipamento para seu emulsionamento automtico com a gua.

30. Extintor porttil aparelho manual, constitudo de recipiente e acessrios, contendo o agente extintor, destinado a combater princpios de incndio.

31. Gasmetro local destinado a fabricao de gs.

32. Gerador de espuma equipamento que se destina a proporcionar a mistura da soluo com o ar para formao de espuma.

33. Hidrante ponto de tomada de gua provido de dispositivo de manobra (registro) e unio de engate rpido.

34. Linha de espuma tubulao ou linha de mangueiras destinadas a conduzir espuma.

35. Lquido gerador de espuma (LGE) concentrado em forma de lquido, de origem animal ou sinttica, que misturado com gua, forma uma soluo que, sofrendo um processo de batimento e aerao, produz espuma.

36. Lote de armazenamento limite mximo de recipientes com GLP que pode ser armazenado sem que haja corredor de inspeo, nas seguintes quantidades:

a. 400 (quatrocentos) botijes de 13 Kg (treze quilos);

b. 100 (cem) cilindros de 45 Kg (quarenta e cinco quilos);

c. 50 (cinquenta) cilindros de 90 Kg (noventa quilos);

d. 800 (oitocentos) botijes portteis de 5 Kg (cinco quilos);

e. 1.000 (mil) botijes portteis de 2 Kg (dois quilos);

f. 1.200 (mil e duzentos) botijes portteis de 1 Kg (um quilo);

37. Mangueira conduto flexvel destinado a transportar a gua do hidrante ao esguicho.

38. Meios de alerta dispositivos ou equipamentos destinados a avisar os ocupantes de uma edificao, por ocasio de uma emergncia qualquer.

39. Meios de combate a incndio equipamentos destinados a efetuar o combate a incndio propriamente dito.

40. Meios de fuga medidas que estabelecem rotas de fuga seguras aos ocupantes de uma edificao.

41. Nebulizador bico especial destinado a realizar o resfriamento de tanques de armazenamento de derivados de petrleo ou lcool ou de gases inflamveis.

42. Ocupao atividade ou uso da edificao.

43. Parede corta-fogo elemento construtivo, com caractersticas de resistncia ao fogo, visando separar os riscos de um ambiente a outro.

44. Parque rea destinada a armazenagem e transferncia de produtos onde se situam tanques, depsitos e bombas de transferncia, no se incluem, de regra geral, as instalaes complementares tais como escritrios, vestirios, etc.

45. Pessoa habilitada pessoa que conhea a localizao e o funcionamento dos equipamentos de proteo contra incndios bem como os demais aspectos peculiares da edificao onde presta servio.

46. Plataforma de carregamento local onde so carregados a granel caminhes ou vages tanque.

47. Posto de servio local onde se localizam tanques de combustveis e bombas de distribuio.

48. Proporcionador equipamento destinado a misturar em quantidade proporcionais preestabelecidas de gua e lquido gerador de espuma.

49. Proteo estrutural caracterstica construtiva que evita ou retarda a propagao do fogo e auxilia no trabalho de salvamento de pessoas em uma edificao.

50. Recipientes transportveis aparelhos sob presso, construdos de acordo com as especificaes tcnicas de normas brasileiras, que contenham gases inflamveis e possam ser transportados de forma manual (no fixo), os quais, de acordo com o peso lquido, classificam-se em:

a. Botijo porttil, com capacidade mxima de at 5 Kg (cinco quilos);

b. Botijo, com capacidade mxima de at 13 Kg (treze quilos);

c. Cilindro, com capacidade de 45 Kg (quarenta e cinco quilos) ou 90 Kg (noventa quilos).

51. Registro de manobra destinado abertura e fechamento de hidrantes.

52. Registro de paragem dispositivo hidrulico manual destinado a interromper o fluxo de gua das instalaes hidrulicas de preveno e combate a incndios.

53. Registro de recalque dispositivo hidrulico destinado a permitir a introduo de gua, proveniente de fontes externas, na instalao hidrulica de preveno e combate a incndio.

54. Reserva de incndio quantidade de gua exclusiva para combate a incndio.

55. Reservatrio local destinado ao armazenamento de gua que alimentar os sistemas de proteo contra incndios.

56. Sinalizao sistema instalado nas edificaes, indicando aos ocupantes da edificao as rotas de escape e a localizao dos equipamentos de combate a incndios.

57. Sistema de acionamento manual equipamentos que, para entrar em funcionamento, necessita de interferncia do ser humano.

58. Sistema de alarme dispositivo eltrico destinado a produzir sons de alerta aos ocupantes de uma edificao, por ocasio de uma emergncia qualquer.

59. Sistema automtico equipamento que, mediante um impulso ocasionado por uma queda de presso, fluxo de gua, variao de temperatura, evoluo de fumaa, presena de chama, etc., entra em funcionamento sem interferncia do ser humano.

60. Sistema de chuveiro automtico conjunto de equipamentos, cujos componentes so dotados de dispositivos sensveis elevao de temperatura, que se destinam a espargir gua sobre a rea incendiada.

61. Sistema de deteco dispositivo dotado de sensores, destinado a avisar a uma estao central que em determinada parte de uma edificao, existe um foco de incndio; seu funcionamento pode ser atravs de presena de fumaa, chama ou elevao de temperatura ambiente, podendo ser instalado ou no em conjunto com o sistema de alarme da edificao.

62. Sistema fixo de espuma equipamento para proteo de tanque de armazenamento de combustvel, cujos componentes so fixos, permanente, desde a estao geradora de espuma at a cmara aplicadora.

63. Sistema de iluminao de emergncia sistema automtico que tem por finalidade a iluminao de ambientes, sempre que houver interrupo do suprimento de energia eltrica da edificao, para facilitar a sada ou a evacuao segura de pessoas do local, quando necessrio.

64. Sistema porttil de espuma equipamento cujos componentes so transportados para o local onde so utilizados pelos prprios operadores.

65. Sistema semi-fixo de espuma equipamento destinado a proteo de tanque de armazenamento de combustvel, cujos componentes, permanentemente fixos, so complementados por equipamentos mveis para sua operao. Neste tipo de sistema, a tomada de alimentao de cmara poder ser operada atravs da rede comum de alimentao dos hidrantes, com a interposio de um proporcionador de linha do tipo especial, pelo sistema around the punp (proporcionador em paralelo ou by pass) ou ainda pela interposio de uma bomba booster (em srie).

66. Soluo de espuma pr-mistura de gua com lquido gerador de espuma.

67. Tambor recipiente porttil, cilndrico, feito de chapa metlica, com capacidade mxima de 250 l (duzentos e cinquenta litros).

68. Tanque reservatrio, com capacidade superior a 250 l (duzentos e cinquenta litros), especialmente construdo para armazenamento de lquidos combustveis ou inflamveis, os quais, para efeito deste Regulamento, so classificados:

a. em relao ao nvel do terreno:

1) Tanque elevado aquele que se encontra acima do nvel do solo, sustentado por qualquer tipo de estrutura;

2) Tanque de superfcie aquele que se encontra com a base diretamente apoiada na superfcie do terreno;

3) Tanque semi-enterrado aquele que se encontra, em parte, abaixo do nvel do solo;

4) Tanque subterrneo aquele que se encontra abaixo da superfcie do terreno.

b. em relao ao tipo de teto:

1) Tanque de teto fixo aquele cujo teto est diretamente ligado na parte superior de seu costado;

2) Tanque de teto flutuante aquele cujo teto est diretamente apoiado na superfcie do lquido sobre o qual flutua.

69. Unidade extintora capacidade mnima convencionada de agente extintor.

70. Vlvula de reteno dispositivo hidrulico destinado a evitar o retorno da gua para o reservatrio.

CAPTULO V

DA CLASSIFICAO DOS RISCOSArt. 6 - Para fins de dimensionamento dos meios de combate a incndios, os riscos sero classificados por ocupaes de acordo com a Tarifa Seguro Incndio do Brasil.

( 1 - A classe de ocupao ser estabelecida de acordo com a Lista de Ocupaes, da Tarifa Seguro Incndio do Brasil do Instituto de Resseguros do Brasil (I.R.B.), variando de 01 a 13, conforme se segue:

1. Risco de Classe A cuja classe de ocupao seja de 01 a 02;

2. Risco de Classe B cuja classe de ocupao seja de 03 a 06;

3. Risco de Classe C cuja classe de ocupao seja de 07 a 13.

( 2 - As ocupaes caracterizadas como indefinidas sero tratadas como categoria de risco de classe C.

( 3 - O Corpo de Bombeiros Militar em observncia as normas do IRB poder criar, sempre que necessrio, uma tabela prpria atualizando a classificao dos riscos prevista neste artigo.

CAPTULO VI

DAS CLASSES DE INCNDIOSArt. 7 - Para o cumprimento das disposies contidas neste Regulamento, ser adotada a seguinte classificao de incndio, segundo a natureza do material a proteger:

1. Classe A incndio em materiais combustveis comuns de fcil combusto (madeira, papel, fibras e similares) onde o efeito do resfriamento pela gua ou por solues contendo grande percentagem de gua de primordial importncia.

2. Classe B incndio em lquidos inflamveis (leo, graxas, vernizes e similares), onde o efeito de abafamento essencial.

3. Classe C incndio em equipamentos eltricos energizados (motores, aparelhos de ar condicionado, televisores, rdios, computadores e similares), onde a extino deve ser realizada com substncias no condutoras de eletricidade.

4. Classe D incndio em materiais pirofricos e suas ligas (magnsio, potssio, alumnio e outros), que necessitam de agentes extintores especiais.

CAPTULO VII

DA CLASSIFICAO DOS COMBUSTVEIS LQUIDOSArt. 8 - Para fins deste Regulamento, os lquidos combustveis so classificados, de acordo com seu ponto de fulgor, em trs classes:

1. Classe I lquidos com ponto de fulgor a 37,8 C;

2. Classe II lquidos com ponto de fulgor entre 37,8 C a 60 C;

3. Classe III lquidos com ponto de fulgor superior a 60 C.

Art. 9 - Na hiptese de conflito entre a classificao estabelecida no artigo anterior e a classificao do Ministrio do Trabalho e Emprego, deve prevalecer a prevista pelo referido rgo, nos termos de suas Normas Regulamentadoras (NR).

Ttulo II

DOS TIPOS DE PROTEO CONTRA INCNDIOS

Captulo I

DA PROTEO ESTRUTURALArt. 10 - A proteo estrutural abrange os seguintes tipos de compartimentao:

1. Compartimentao Horizontal;

2. Compartimentao Vertical;

Art. 11 - Para fins deste Regulamento, sero considerados isolado os riscos que atenderem aos seguintes critrios:

1. afastamento entre edificaes;

2. a existncia de vias internas;

3. separao por paredes corta-fogo.

Art. 12 - Considera-se afastamento a menor distncia compreendida entre duas edificaes, cujas paredes esto paralelas ou oblquas, no sentido de isolar os riscos, obedecendo a seguinte graduao:

1. 4 m entre paredes de materiais incombustveis, sem aberturas;

2. 6 m entre paredes de materiais incombustveis, com aberturas em uma delas;

3. 8 m entre paredes de materiais incombustveis, com abertura em ambas as paredes e entre paredes de materiais combustveis, com ou sem aberturas.

Pargrafo nico No caso dos itens 2 e 3, a distncia mencionada deve ser considerada a partir das aberturas, podendo ser interligadas por passagens cobertas, observado o disposto no item 4 do Art. 134 deste Regulamento.

Art. 13 - A existncia de vias internas de circulao de veculos constituir espao suficiente para efeitos de isolamento de riscos.

Art. 14 - Independente dos critrios anteriores, sero ainda considerados isolados, os riscos que estiverem separados por paredes corta-fogo, construdas de acordo com as normas tcnicas.

( 1 - As espessuras das paredes corta-fogo sero dimensionadas em funo do material empregado e de acordo com os ensaios realizados em laboratrios tcnicos oficiais.

( 2 - As paredes corta-fogo, devero ultrapassar 1 (um) metro acima dos telhados ou das coberturas dos riscos. Se houver diferena de altura nas paredes de no mnimo, 1 (um) metro entre os dois telhados ou coberturas, no haver necessidade de prolongamento da parede corta-fogo.

( 3 - As armaes dos telhados ou das coberturas, de cada lado do risco isolado, ficaro apoiados em consolos (suportes) e nunca nas paredes corta-fogo.

( 4 - As paredes corta-fogo devero Ter resistncia suficiente para suportar, sem grandes danos, impactos de cargas ou equipamentos normais em trabalho dentro da edificao.

( 5 - Entre a parede corta-fogo e qualquer depsito de material, dever ser guardada uma distncia mnima de 1 (um) metro.

( 6 - Os tempos mnimos de resistncia ao fogo, independente da classe de ocupao, sero de 2 (duas) horas.

( 7 - As aberturas situadas em lados opostos, separadas pela parede divisria (parede corta-fogo) entre riscos isolados devero ser afastadas de, no mnimo, 2 (dois) metros entre si.

( 8 - A distncia mencionada no pargrafo anterior poder ser substituda por uma aba vertical, perpendicular ao plano das aberturas, com 1 (um) metro de salincia sobre o mesmo, devendo esta salincia seguir a mesma estrutura da parede corta-fogo.

Art. 15 - O compartimento horizontal e a compartimentao vertical, definidas neste Regulamento, no caracterizam riscos isolados, constituindo-se to somente, exigncias da proteo estrutural.

Art. 16 - Para que as unidades autnomas, no mesmo pavimento, sejam consideradas compartimentadas horizontalmente, devero obedecer aos seguintes requisitos mnimos:

1. Estarem separadas, entre si, por paredes resistentes ao fogo por um tempo mnimo de 02 (duas) horas, observado os seguintes aspectos:

a. as paredes devero atingir o ponto mais alto do pavimento (teto ou telhado), no havendo, a necessidade de atravessar o mesmo;

b. as aberturas existentes nas paredes de compartimentao devero ser protegidas com cimentos resistentes ao fogo, por um tempo mnimo de 90 (noventa) minutos.

2. Terem aberturas situadas em lados opostos da paredes divisrias entre as unidades autnomas, afastadas no mnimo 2 m (dois metros) entre si, observado os seguintes aspectos:

a. a distncia mencionada neste item poder ser substituda por aba vertical perpendicular ao plano das aberturas, com 0,50 m (cinquenta centmetros) a versa das aberturas;

b. quando as paredes forem paralelas, perpendiculares ou oblquas, a distncia ser medida a partir da lateral da abertura at a interseo dos mesmos planos das paredes consideradas.

3. As aberturas situadas em paredes paralelas, perpendiculares ou oblquas entre si, que pertenam a unidades autnomas distintas, devero Ter afastamento mnimo de 2 m (dois metros).

4. As reas chamadas frias (tais como banheiros, lavatrios, escadas) no sero computadas para fins de rea a ser compartimentada.

5. A compartimentao horizontal ser dispensada nas reas das edificaes destinadas a garagens.

6. As reas situadas em subsolos, no destinadas as garagens, devero ser, no mximo, compartimentadas em 500 m2 (quinhentos metros quadrados), independentemente do tipo de ocupao. Tais reas devero possuir aberturas de ventilao suficientes para o exterior, que permitam a exausto de fumaa e gases resultantes de um incndio.

Art. 17 - A medida de proteo, compartimentao vertical, compreende dois tipos de proteo:

1. Proteo Externa obtida atravs de afastamento entre vergas e peitoris de pavimentos consecutivos ou atravs de elementos construtivos horizontais, solidrios com o antepiso, de maneira a evitar a propagao de incndio de um pavimento para outro;

2. Proteo Interna obtida pelo enclausuramento de todas as aberturas que interligam pavimentos consecutivos, tais como: escadas, shafts, dutos, monta-cargas, etc.

Art. 18 - Sero isolados entre si, os pavimentos que atenderem aos seguintes requisitos mnimos:

1. terem antepisos de concreto armado, executado de acordo com as normas tcnicas da ABNT;

2. terem paredes externas resistentes ao fogo por um tempo mnimo de 02 (duas) horas ;

3. terem afastamento mnimo de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) entre vergas e peitoris das aberturas situadas em pavimentos consecutivos;

4. as distncias entre as aberturas podero ser substitudas por abas horizontais que avancem 0,90 m (noventa centmetros) da face externa da edificao, solidria com o antepiso e de material com resistncia mnima ao fogo por 02 (duas) horas;

5. internamente, possurem vedao que impea a passagem de calor, fumaa ou gases em todos os dutos e aberturas de piso / teto.

Captulo II

DOS MEIOS DE FUGAArt. 19 - Os meios de sadas de emergncia utilizados na proteo contra incndios, so os seguintes:

1. Escada de Segurana;

2. Sistema de Iluminao de Emergncia;

3. Elevador de Segurana.

Art. 20 - Para fins de instalao do sistema de iluminao de emergncia, dever ser adotada a norma tcnica brasileira, bem como as exigncias do Ttulo IV, deste Regulamento.

Art. 21 - Sero, ainda, indicados no projeto:

1. posio das luminrias ou pontos;

2. posio da central do sistema;

3. posio da fonte de iluminao;

4. legenda do sistema.

( 1 - Os pontos de iluminao de emergncia, devero estar distribudos nas reas de risco, escadas, antecmaras, acessos, locais de circulao, etc.

( 2 - Os tipos de luminrias, bem como das suas respectivas potncias mnimas devero seguir os critrios das normas vigentes.

Art. 22 - Podero ser aceitos os sistemas de iluminao de emergncia alimentados por grupo gerador automatizado.

Art. 23 - As fontes de alimentao do sistema de iluminao devero garantir autonomia mnima de uma hora.

Captulo III

DOS MEIOS DE DETECO E ALERTAArt. 24 - Os meios de alerta utilizados na proteo contra incndios so os seguintes:

1. Sistema de Alarme Contra Incndio;

2. Sistema de Deteco de Fumaa / Calor;

3. Sinalizao.

Art. 25 - Para fins de instalao do sistema de alarme ou deteco, dever ser adotada a norma tcnica da ABNT, com observncia as exigncias previstas no Ttulo IV, deste Regulamento.

( 1 - Devero constar do projeto:

1. posio dos detectores;

2. posio dos acionadores manuais;

3. posio dos indicadores sonoros;

4. posio da central;

5. posio da fonte de alimentao;

6. legenda do sistema.

( 2 - Os sistemas de deteco, podero substituir os chuveiros automticos nos seguintes casos, desde que, as dependncias abaixo estejam compartimentadas:

1. central de subestao eltrica;

2. casa de mquina dos elevadores;

3. casa de bombas eltrica;

4. cmaras frigorficas;

5. central de ar condicionado.

Art. 26 - Na edificao onde for exigida Sistema de Alarme Manual Contra Incndio, dever ser obedecido as seguintes prescries:

1. cada pavimento da edificao, dever ser provido de acionadores, localizados nas reas comuns de acesso, de forma que o operador no percorra mais de 30 (trinta) metros nessas reas para acion-los;

2. quando a edificao dispuser de escadas, ou sadas de emergncia, dever haver prximo destas um acionador de alarme;

3. os botes de acionamento devem ser colocados em lugar visvel, em altura entre 1,50 (um metro e cinquenta centmetros) 1,80 (um metro e oitenta centmetros), no interior da caixa lacrada, com tampa de vidro ou plstico, facilmente quebrvel: as caixas devero ser pintadas de vermelho, e conter a inscrio: QUEBRE EM CASO DE EMERGNCIA;

4. o painel de controle do sistema de alarme dever ser instalado em local de permanente vigilncia e de fcil visualizao;

5. o sistema de alarme dever ser dotado de emergncia por bateria devendo este garantir o seu funcionamento quando faltar energia da concessionria local;

6. o sistema dever ser projetado de modo a que o painel seja indicado acstico e visualmente, um sinal prvio comunicando qual o setor que foi ativado. Este sinal dever permanecer ativado at que a segurana da edificao o desative. Dever ser previsto no painel um dispositivo que possibilite a ativao de todas as sirenes, individualmente ou em conjunto;

7. os acionadores manuais devero ser providos de dois botes acionadores, onde o primeiro responsvel pela emisso de sinal prvio ao painel central, e o segundo somente ativado mediante chave especial de duplo estgio, permite o acionamento geral de alarme, para possibilitar a evacuao e a mobilizao de todo estabelecimento; e

8. as campainhas ou sirenes de alarme devero emitir som distinto, em tonalidade e altura, de todas as outras existentes na edificao, e de modo a serem perceptveis em todos os locais.

Art. 27 - Outros sistemas fixos de preveno e combate a incndio, automticos ou sob comando, podero ser exigidos pelo Corpo de Bombeiros Militar, levando-se em conta o risco a proteger. Os sistemas obedecero s especificaes previstas neste artigo.

Pargrafo nico O Sistema de Deteco e Alarme de Incndio um conjunto de aparelhos ativados por qualquer processo fsico, qumico ou fsico-qumico, independentemente de ao humana, capaz de anunciar e localizar um princpio de incndio pela deteco de fenmenos conhecidos tais como: elevao de temperatura, ocorrncia de luz, fumaa, gases de combusto ou quaisquer outros elementos denunciadores da ecloso de fogo e ainda transmitir o fato imediato e automaticamente, a local predeterminado onde ser dado o alarme e indicado o local afetado. Este sistema ser composto basicamente dos seguintes elementos:

1. Detectores;

2. Acionadores manuais;

3. Elementos indicadores de locais distintos, pertencentes a um mesmo lao;

4. Central de comando indicadora dos locais protegidos;

5. Rede de conexes interligadas a grupos de detectores e ligando estes central de comando;

6. Sistema de alarme, tanto de incndio quanto de defeito de instalao (sistema supervisionado);

7. Fonte de energia eltrica permanente, devendo ser dotado de alimentao de energia, por acumulador, que garanta o seu funcionamento mesmo na falta de energia externa;

8. Equipamento incorporado ao sistema para efetuar testes de instalao; e

9. Equipamento de transmisso de alarme para o Corpo de Bombeiros Militar.

Art. 28 - A sinalizao ser obrigatria em todas as edificaes e ter as seguintes finalidades:

1. orientar as rotas de fuga;

2. identificar os riscos especficos;

3. identificar os equipamentos de combate a incndios.

Art. 29 - Todas as sadas de emergncia, includas as escadas, rampas, corredores e acessos, devero ser adequadamente sinalizadas.

Art. 30 - Todas edificaes elevadas devero possuir sinalizao suficiente que possibilite a identificao de cada pavimento.

Art. 31 - A sinalizao dos equipamentos de combate a incndio ser feita como se segue:

1. vertical, com setas, crculos ou faixas;

2. coluna;

3. solo.

( 1 - A sinalizao de solo ser obrigatria nos locais destinados a fabricao, depsitos, movimentao de mercadorias, etc.

( 2 - A sinalizao de solo ser dispensada nos edifcios destinados a lojas, igrejas, escolas, apartamentos, escritrios.

Art. 32 - Para o sistema de proteo por hidrantes sero, ainda, obrigatrios:

1. nas tubulaes expostas, pintura na cor vermelho;

2. as portas dos abrigos podero ser pintadas em outra cor, desde que estejam devidamente identificadas.

Captulo IV

DOS MEIOS DE COMBATE A INCNDIOSeo I

Do Sistema de Proteo por Extintores de Incndio Subseo I

Dos Extintores PortteisArt. 33 - A capacidade de cada extintor (porttil) para que se constitua uma unidade extintora ser:

1. espuma mecnica: um extintor de 9 l (nove litros);

2. gs carbnico (CO2): um extintor de 6 Kg (seis quilos) ou dois de 4 Kg (quatro quilos);

3. p qumico seco: um extintor de 6 Kg (seis quilos) ou dois de 4 Kg (quatro quilos); e

4. gua pressurizada: um extintor de 10 l (dez litros).

Art. 34 - Cada unidade extintora proteger uma rea de:

1. Risco de classe A........................... 500 m2 (quinhentos metros quadrados);

2. Risco de classe B.............................. 300 m2 (trezentos metros quadrados);

3. Risco de classe C.............................. 200 m2 (duzentos metros quadrados);

Art. 35 - Os extintores devero ser, tanto quanto possvel, equidistantes e distribudos de tal forma que o operador no percorra mais que:

1. Risco de classe A........................... 25 (vinte e cinco) metros;

2. Risco de classe B........................... 20 (vinte) metros;

3. Risco de classe C........................... 15 (quinze) metros;

Art. 36 - Os extintores devero ser instalados de tal forma que sua parte superior no ultrapasse de 1,60 m (um metro e sessenta centmetros) em relao ao piso acabado, e parte inferior fique acima de 0,20 (vinte centmetros), devendo, ainda, ser observados os seguintes aspectos:

1. no devero ser colocados nas escadas;

2. no devero permanecer obstrudos;

3. devero ficar visveis e sinalizados.

Art. 37 - Ser, ainda, permitida a instalao de extintores sobre o piso, quando apoiados em suportes apropriados.

Art. 38 - Os extintores devero possuir selo ou marca de conformidade com o rgo competente ou credenciado.

Art. 39 - Cada pavimento ter, no mnimo, 2 (duas) unidades extintoras, sendo uma adequada a materiais comuns (tais como madeira, papel, tecidos, etc.) e outra destinada a risco em equipamentos eltricos energizados, de acordo com a classe de risco.

Pargrafo nico Ser permitida a existncia de apenas 1 (uma) unidade extintora, nos casos de rea de construo inferior a 50 m2 (cinquenta metros quadrados).

Art. 40 - Os extintores devero ser distribudos de modo a serem adequados extino dos tipos de incndios, dentro de sua rea de proteo.

Art. 41 - Quando o edifcio contiver riscos especiais, abaixo relacionados, dever ser protegido, por unidade(s) extintora(s) adequada(s) ao tipo de incndio, independentemente da proteo geral, quando a distncia a percorrer e a adequao estejam em desacordo com as regras constantes dos Arts. 35 e 40 deste Regulamento:

1. casa de cadeiras;

2. casa de fora eltrica;

3. casa de bombas;

4. queimador;

5. incinerador;

6. casa de mquinas;

7. galeria de transmisso;

8. elevador (casa de mquina);

9. pontes rolante;

10. escadas rolante (casa de mquina);

11. quadro de comando de fora de luz;

12. transformadores, e outros.

Subseo II

Dos Extintores Sobre Rodas (Carretas)Art. 42 - Quando a edificao dispuser de proteo por extintores sobre rodas (carretas), s ser computada, no mximo, metade da sua capacidade para a qualificao de unidade extintora do tipo correspondente.

Art. 43 - As distncias mximas a serem percorridas pelo operador do extintor sobre rodas sero acrescidas de metade dos valores disposto no Art. 35 deste Regulamento.

Art. 44 - No ser permitida a proteo de edificaes unicamente por extintores sobre rodas, admitindo-se no mximo a proteo da metade da rea total correspondente ao risco.

Art. 45 - As capacidades mnimas dos extintores sobre rodas so:

1. espuma: 75 l (setenta e cinco litros);

2. gs carbnico: 25 Kg (vinte e cinco quilos);

3. p qumico seco: 20 Kg (vinte quilos);

4. gua presso: 75 l (setenta e cinco litros)

Art. 46 - O emprego de extintores sobre rodas s ser computado como proteo efetiva em locais que lhe permitirem acesso.

Art. 47 - Os extintores sobre rodas devero ser localizados em locais estratgicos e sua rea de proteo ser restrita ao nvel do piso onde se encontram. As reas protegidas pelos extintores sobre rodas no podero apresentar diferena de cotas.

Art. 48 - Nas instalaes previstas no item 5 do Art. 97 deste Regulamento, devero ser protegidos, por extintores sobre rodas, conforme se segue:

1. at 5 m2 ; num total de 20 Kg (vinte quilos) de p qumico seco;

2. de 5 a 10 m2 ; num total de 50 Kg (cinquenta quilos) de p qumico seco;

3. de 10 a 20 m2 ; num total de 100 Kg (cem quilos) de p qumico seco;

Art. 49 - A proteo por extintores sobre rodas ser obrigatria nas edificaes com ocupaes de risco de classe C.

Seo II

Do Sistema de Proteo por Hidrantes Subseo I

Dos HidrantesArt. 50 - Os hidrantes podero ser instalados interna e/ou externamente edificao.

Art. 51 - Os hidrantes internos devero ser distribudos de tal forma que qualquer ponto da rea protegida, possa ser alcanada, considerando-se no mximo 30 m (trinta metros) de mangueiras, subdividida em dois lances de 15 m (quinze metros).

( 1 - Os sistemas de hidrantes para atendimento dos riscos classificados no Art. 78 deste Regulamento, devero permitir o seu funcionamento com gua e/ou espuma, constituindo um ou mais sistemas de canalizaes independentes ou integradas rede geral de combate a incndios.

( 2 - No caso de sistemas de hidrantes externos e internos, constituindo dois sistemas de proteo para o mesmo risco, os hidrantes externos devero ficar afastados no mnimo, 15 m (quinze metros) ou uma vez e meia a altura da parede externa da edificao a ser protegida, permitindo-se nessas condies, um aumento no alcance para o mximo, 60 m (sessenta metros); os hidrantes internos tero o seu alcance limitado a 30 m (trinta metros).

Art. 52 - Os hidrantes devem ser constitudos por um dispositivo de manobra e registro de 63 mm (sessenta e trs milmetros) de dimetro e sua altura, em relao ao piso, deve estar compreendida entre 1 m (um metro) e 1,50 m (um metro e cinquenta centmetros).

( 1 - Os hidrantes devero ser sinalizados de forma a serem localizados com presteza e no devero ficar obstrudos.

( 2 - Os hidrantes devero ser localizados nas proximidades das portas externas, com acesso rea a que se pretende dar proteo. Sero aceitos em posies centrais, com proteo adicional ou como complemento da proteo.

( 3 - Nos pavimentos elevados, os hidrantes devero ser localizados nas proximidades das escadas de sada ou de rampas de subsolo.

( 4 - Os hidrantes no podero ficar afastados a mais do que 5 m (cinco metros) das portas, escadas ou antecmaras.

( 5 - No caso de pavimentos que possuam grandes vos e mais de um hidrante, (garagem, por exemplo), nem todos os hidrantes podero ficar na distncia mxima a que se refere o pargrafo anterior.

( 6 - Os hidrantes devero ser localizados nas reas de ocupao dos riscos, no podero ser instalados nas escadas comuns ou de segurana.

Art. 53 - A instalao dos hidrantes urbanos, da rede pblica, exigida neste Regulamento, ser providenciada pelo proprietrio ou responsvel pelo imvel ou estabelecimento, sob superviso do Corpo de Bombeiros Militar, observadas as seguintes prescries bsicas:

1. os hidrantes urbanos devero atender s especificaes padronizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar;

2. os hidrantes urbanos no sero necessariamente instalados na calada ou na rua do imvel ou estabelecimento para qual foi exigido;

3. quando a instalao de hidrantes de coluna for exigida na aprovao do projeto, o mesmo ser recebido pelo Corpo de Bombeiros Militar, por ocasio da respectiva vistoria;

4. a utilizao do hidrante de coluna exclusivo do Corpo de Bombeiros Militar, a quem compete, aps o seu recebimento, mant-lo em perfeitas condies de uso; e

5. nos logradouros pblicos a instalao de hidrantes compete ao rgo que opera e mantm o sistema de abastecimento dgua da localidade.

( 1 - Caber ao Corpo de Bombeiros Militar, considerando vazo, presso e melhor localizao na rea, definir em qual distribuidor da rede pblica ser instalado os hidrantes urbanos.

( 2 - O Corpo de Bombeiros Militar, atravs de seu rgo tcnico compete anualmente, junto a cada rgo de que trata o item 5 deste artigo, a previso dos hidrantes a serem instalados no ano seguinte.

Subseo II

Da Canalizao para Alimentao de HidrantesArt. 54 - A canalizao para alimentao dos hidrantes obedecer os seguintes normas:

1. dever ter dimetro mnimo de 63 mm (sessenta e trs milmetros);

2. dever ser independente da canalizao para alimentao de consumo normal;

3. o dimetro da tubulao poder diminuir somente na direo do fluxo da gua;

4. a velocidade mxima da gua na canalizao, da bomba de recalque aos hidrantes, no poder ser superior a 5 m/s (cinco metros por segundo);

5. a tubulao dever ser executada com os seguintes materiais: ao preto, ao galvanizado, ferro fundido ou cobre; podendo ser com ou sem costura, obedecendo as normas tcnicas da ABNT;

6. as tubulaes em cimento amianto e PVC (Cloreto de Polivinil) rgido, somente sero aceitas nas redes externas enterradas a 0,50 m (cinquenta centmetros) do nvel do solo e afastadas no mnimo 1 (um) metro da rea de risco;

7. a canalizao do sistema ser dimensionada em funo do nmero de hidrantes em funcionamento, no sendo recomendado o emprego de bomba de recalque com presses superiores a 10 Kg/cm2 (100 mca);

8. todos os registros dos hidrantes, bem como as mangueiras e os esguichos, devero Ter conexes iguais s adotadas pelo Corpo de Bombeiros Militar;

9. dever haver um registro de recalque, instalado na calada (passeio) ou na parede externa da edificao, com a introduo voltada para a rua, que facilite o acesso e a identificao do dispositivo, observando que:

a. consiste este registro de recalque de um prolongamento da rede de incndio da edificao, provido de registro igual ao utilizado nos hidrantes de 6,3 mm de dimetro, e uma introduo de igual medida, com tampo de engate rpido;

b. quando o registro estiver situado no passeio, dever ser encerrado em uma caixa de alvenaria, pintado de vermelho, com tampa metlica identificada pela palavra incndio, com o fundo construdo de material permevel, que possibilite o escoamento da gua para o solo;

c. a introduo, colocada a 0,15 m (quinze centmetros) de profundidade em relao ao nvel do passeio, deve estar voltada para cima em ngulo de 45 (quarenta e cinco graus) e permitir o acoplamento fcil das mangueiras;

d. vedada a instalao do registro de recalque em local que tenha circulao ou passagem de veculos;

e. o registro de recalque instalado na parede dever ficar a uma altura mnima de 1 m (um metro) e mxima de 1,50 m (um metro e cinquenta centmetros) em relao a calada; e

f. um hidrante simples de coluna instalado na portaria ou na entrada da edificao, com facilidade de acesso aos veculos do Corpo de Bombeiros Militar, poder substituir o registro de recalque.

10. para evitar a entrada de gua no reservatrio, quando recalcada pelas viaturas do Corpo de Bombeiros Militar, dever ser instalada vlvula de reteno junto ao reservatrio superior ou na sada de bomba quando o reservatrio for inferior;

11. nos sistemas de malhas ou anel fechado, devero existir registros de passagem, localizados de tal maneira que, pelo menos, dois lados de uma malha que envolva quadras de processamento ou armazenamento, possam ficar em operao, no caso de rompimento ou bloqueio dos outros dois.

12. no ser exigida a instalao de hidrantes nas edculas, mezaninos, escritrio em andar superior, poro, subsolo ou zeladoria, de at 200 m2 (duzentos metros quadrados) de rea, desde que os hidrantes do pavimento mais prximo assegurem sua proteo, conforme o estabelecido no Art. 51 deste Regulamento, e que no sejam dotados de escada enclausurada; as zeladorias, localizadas nas coberturas de edifcios, com rea inferior a 70 m2 (setenta metros quadrados), esto dispensadas da instalao de hidrantes.

Subseo III

Das Mangueiras, Abrigos e dos EsguichosArt. 55 - O comprimento mximo das mangueiras e seus dimetros mnimos para cada hidrante, bem como os dimetros dos esguichos sero, de acordo com o risco, respectivamente:

1. risco de Classe A 30 m (trinta metros) de mangueira de 38 mm (trinta e oito milmetros) de dimetro e esguicho de 13 mm (treze milmetros);

2. risco de Classe B 30 m (trinta metros) de mangueira de 38 mm (trinta e oito milmetros) de dimetro e esguicho de 16 mm (dezesseis milmetros);

3. risco de Classe C 30 m (trinta metros) de mangueira de 38 mm (trinta e oito milmetros) de dimetro e esguicho de 16 mm (dezesseis milmetros);

( 1 - As mangueiras devero ter lances mximos de 15 m (quinze metros).

( 2 - Ser permitida a substituio dos esguichos mencionados neste artigo por outro do tipo que produzam jatos slidos e neblina.

( 3 - Somente sero aceitas mangueiras, com forro interno de borracha ou de outro material, de acordo com as especificaes estabelecidas em normas tcnicas.

Art. 56 - Dever ser instalado, a no mais de 5 m (cinco metros) de cada hidrante e em lugar visvel acesso, um abrigo especial, com o dstico incndio, para mangueiras e demais acessrios hidrulicos.

( 1 - O abrigo dever Ter dimenses suficientes para abrigar, com facilidade, as mangueiras e demais acessrios hidrulicos.

( 2 - A porta de abrigo, podendo ser metlica, de madeira ou de vidro, dever estar situada nas faces mais largas do abrigo, no sendo aceitas portas em suas laterais.

( 3 - O material de que ser feito o abrigo ficar a critrio dos interessados, desde que atendam ao disposto nos pargrafos anteriores.

( 4 - A mangueira, o hidrante e a botoeira de acionamento da bomba podero ser instalados dentro do abrigo, desde que no impeam a manobra ou a substituio de qualquer pea.

( 5 - No sero permitidos abrigos trancados a chave, exceto nos casos em que a porta seja inteiramente de vidro.

( 6 - As mangueiras devero estar acondicionadas na forma aduchada nos abrigos e apoiadas em suportes metlicos ou estrados de madeira.

Pargrafo nico - Para as instalaes constantes do Art. 78 deste Regulamento, o esguicho dever ser do tipo que produza jato slido e neblina (regulvel).

Subseo IV

Das Vazes e PressesArt. 57 - A presso residual mnima no hidrante mais desfavorvel dever ser alcanada considerando-se o funcionamento simultneo de:

1. um hidrante, quando instalado um hidrante;

2. dois hidrante, quando instalado dois, trs e quatro hidrantes;

3. trs hidrantes, quando instalado cinco a seis hidrantes;

4. quatro hidrantes, instalao com mais de seis hidrantes.

Art. 58 - As vazes dos hidrantes sero considerados no local do esguicho ligado a mangueira.

Art. 59 - A presso mnima a ser obtida no ponto mais desfavorvel dever ser, excetuando-se os casos previstos nos Art. 60 e 64 deste Regulamento, de:

1. 1,5 Kg/cm2 (15 mca) para os riscos de Classe A e B;

2. 2,0 Kg/cm2 (20 mca) para os riscos de Classe C

Pargrafo nico A presso mnima referida neste artigo ser medida no bocal do esguicho.

Art. 60 - No caso de edificaes predominantemente residenciais, sujeitas a proteo por hidrantes alimentados atravs de reservatrios elevados, ser permitida uma presso dinmica mnima de 0,6 Kg/cm2 (6 mca), no local do esguicho, mesmo com a interposio de bomba de recalque para reforo da presso.

Pargrafo nico Este reservatrio dever estar situado em cota geomtrica superior do hidrante mais desfavorvel.

Art. 61 - Para efeito de equilbrio de presso nos pontos de clculos ser admitido a variao mxima para mais ou menos de 0,05 Kg/cm2 (0,50 mca).

Art. 62 - Para edificaes com 12 (doze) pavimentos e/ou altura superior a 36 m (trinta e seis metros), no so recomendadas presses que tornem difcil o manuseio de mangueiras, em nenhum dos hidrantes.

Art. 63 - A demanda da instalao dever ser de tal maneira que permita o funcionamento dos hidrantes mais desfavorveis, simultaneamente, com as vazes e presses prevista no projeto para cada caso, de acordo com o previsto no Art. 57 deste Regulamento.

Art. 64 - Para as instalaes constantes no Art. 78 deste Regulamento, a presso mnima para reas cobertas ser de 3 Kg/cm2 (30 mca) e para reas descobertas ser de 4 Kg/cm2 (40 mca).

Pargrafo nico Neste caso, para determinao de vazo/presso, o esguicho adotado ser de acordo com as especificaes tcnicas do fabricante, aprovados pelo rgo competente ou credenciado para tal.

Subseo V

Dos Reservatrios e das Bombas de RecalqueArt. 65 - O abastecimento da rede de hidrantes ser feito por reservatrio elevado, preferencialmente, ou por reservatrio subterrneo, e sua localizao dever ser, dentro das possibilidades, acessvel aos veculos do Corpo de Bombeiros Militar.

( 1 - Quando se trata de uma instalao constante no Art. 78 deste Regulamento, o reservatrio poder ser aberto ao nvel do solo.

( 2 - A aduo ser feita por gravidade, no caso de reservatrios elevados e, por bomba de recalque, no caso de reservatrios subterrneos.

( 3 - Nos reservatrios elevados dever ser instalada vlvula de reteno, junto sada adutora, nos subterrneos, junto sada da bomba de recalque.

( 4 - Havendo bombas de recalque em reservatrios elevados, dever existir sada especfica que possa tambm permitir a passagem direta da gua por gravidade (by pass).

( 5 - Poder ser usado o mesmo reservatrio para consumo normal e para combate a incndios, desde que fique constantemente assegurada a reserva de incndio.

( 6 - A reserva de incndio, quando em reservatrio elevado, poder ser subdividido em unidades mnimas de 5 m3.

( 7 - Quando a reserva for em reservatrio subterrneo, no ser permitido o desmembramento.

( 8 - No ser permitida a utilizao de reserva de incndio pelo emprego conjugado de reservatrio subterrneo e elevado.

Art. 66 - A capacidade dos reservatrios destinados ao combate a incndios dever ser suficiente para garantir o suprimento dos pontos de hidrantes, considerando em funcionamento simultneo durante o tempo de:

1. 30 (trinta minutos) nas reas construdas at 20.000 m2 (vinte mil metros quadrados);

2. 45 (quarenta e cinco minutos) nas reas construdas entre 20.000 m2 (vinte mil metros quadrados) e 30.000 m2 (trinta mil metros quadrados);

3. 60 (sessenta minutos) nas reas construdas entre 30.000 m2 (trinta mil metros quadrados) e 50.000 m2 (cinquenta mil metros quadrados) e para sistemas previstos nas ocupaes constantes do Art. 78 deste Regulamento;

4. 90 (noventa minutos) nas reas construdas entre 50.000 m2 (cinquenta mil metros quadrados) e 100.000 m2 (cem mil metros quadrados); e

5. 120 (cento e vinte minutos) nas reas construdas acima de 100.000 m2 (cem mil metros quadrados).

Pargrafo nico - A capacidade mnima de reserva de combate a incndio dever ser de 5 m3 (cinco metros cbicos).

Art. 67 - Os reservatrios devero ser dotados de meios que assegurem uma reserva efetiva de combate a incndio e ofeream condies seguras para inspeo do Corpo de Bombeiros Militar.

Pargrafo nico - Piscinas, lagos, rios, riachos, espelhos dgua e outros tipos de armazenamento de gua somente sero aceitos para efeito de reserva de incndio se, comprovadamente, assegurarem uma reserva mnima eficaz e constante.

Art. 68 - Os preceitos a serem observados com relao as bombas de recalque, so os seguintes:

1. nas instalaes constantes no Art. 77 deste Regulamento, a bomba de recalque para alimentao dos hidrantes dever possuir motor eltrico ou a exploso, com observncia aos seguintes aspectos:

a. nos casos de motor exploso, o sistema de partida dever ser automtico;

b. nas instalaes constantes do Art. 78 deste Regulamento, ser obrigatria a instalao de duas bombas, sendo uma eltrica e a outra, movida com motor exploso (no sujeita automatizao); ambas as bombas devero, possuir as mesmas caractersticas de vazo/presso; e

c. ser permitida a instalao de uma bomba para locais que contenha tanques de armazenamento com capacidade mxima de at 100 m3 (cem metros cbicos) e nas situaes em que o produto armazenado destina-se a gerao de energia.

2. as bombas devero ser de acoplamento direto, sem interposio de correias, ou correntes;

3. nas bombas com acionamento eltrico, o circuito de alimentao eltrico do motor dever ser independente da rede geral, de forma a permitir o desligamento geral da energia eltrica das instalaes, sem prejuzo do funcionamento do conjunto moto-bomba, com observncia aos seguintes aspectos:

a. estando no interior da rea a ser protegida, os fios eltricos, que conduzem ao motor e ao painel de comando devero ser protegidos contra eventuais danos mecnicos, fogo, agentes qumicos ou umidade; e

b. a entrada de fora (energia eltrica) para a instalao a ser protegida dever ser suficiente para suportar o funcionamento da bomba, no caso de seu acionamento juntamente com os demais componentes eltricos da instalao plena carga.

4. as bombas devero ser instaladas com a introduo abaixo do nvel dgua, sendo permitida a instalao de bombas, com a suco acima do nvel de gua, desde que atenda os seguintes requisitos:

a. Ter a sua prpria tubulao de suco;

b. Ter a vlvula de p com crivo no extremo da tubulao de suco;

c. ter meios adequados que mantenham tubulao de suco sempre cheia de gua; e

d. o volume do tanque de escorva e o dimetro da tubulao que o liga bomba, em funo da classe de risco, deve ser: 1) risco A 100 l (cem litros) e dimetro de 19 mm (dezenove milmetros);2) risco B 200 l (duzentos litros) e dimetro de 19 mm (dezenove milmetros);

3) risco C 200 l (duzentos litros) e dimetro de 19 mm (dezenove milmetros);

5. A capacidade da bomba de recalque, em vazo ser dimensionada para manter demanda do sistema de hidrantes , de acordo com os critrios previstos nos Art. 51 e 57 desse Regulamento , com observncia aos seguintes aspectos :

a. A bomba de recalque do sistema de hidrantes no poder ter vazo menor que 200 l/min; a presso mnima dever ser de 10 mca; e

b. A bomba de pressurizao dever operar entre a vazo 5 e 20 1/min e , com presso, no mnimo, igual ao superior de bomba de recalque

6. As bombas de recalque dever ter dispositivos de acionamento automtico (automatizao) ou manual com observncia com os seguintes requisitos :

a. quando o acionamento for manual, devero ser previstas botoeiras, do tipo ligadesliga, junto a cada hidrante, observado o seguinte aspectos:

1) nas edificaes elevadas, com predominncia de risco de Classe A, ser permitida a instalao de botoeiras de acionamento manual , no mnimo nos 2 (dois) ltimos andares, junto a cada hidrante; e

2) os condutores eltricos das botoeiras devero ser protegidas contra danos fsicos e mecnicos atravs de eletrodutos metlicos ou eletrodutos rgidos embutidos na parede de alvenaria, no devendo atravessar na rea de risco;

b. para automatizao da bomba, o sistema poder ser executado, utilizando-se de tanque de presso, bomba de pressurizao (jockei), chave de fluxo, etc.

7. as bombas de recalque instaladas em sistema hidrulicos de combate incndio alimentando at 6 (seis) hidrantes, independentemente do risco de ocupao, podero ser automatizados somente e com auxlio de pressostato.

8. as bombas de recalque automatizadas devero ter, obrigatoriamente , pelo menos um ponto de acionamento manual alternativo da fcil acesso, devendo sua localizao ser indicada no projetos.

9. as bombas de recalque devero funcionar em pleno regime, no mximo 30 (trinta) segundos aps a partida.

10. as bombas de recalque com vazo nominal acima de 600 1/m (seiscentos litros por minuto) devero dispor de sada permanentemente aberta, no mnimo, de 6mm (seis milmetros) de dimetro, para retorno ao reservatrio, ou ao sistema de escorva.

11. a velocidade da gua na introduo da bomba de recalque no poder ser superior a 3 m/s (trs metros por segundo);

12. as bombas de recalque devero ser instaladas em locais, com dimenses adequadas, que permitam a manuteno e fcil acesso.

13. as bombas de recalque no podero ser instaladas em casas de mquinas e as canalizaes destinadas a alimentao dos hidrantes no podero passar pelos poos de elevadores, dutos de ventilao ou escadas de segurana; e

14. as bombas de recalque devero ser protegidas contra danos mecnicos, intempries, agentes qumicos, fogo e umidade.

Subseo VI

Do Sistema de Resfriamento (Tanques e Esferas de Gs)Art. 69 - Nas instalaes previstas no Art. 78 deste Regulamento, ser obrigatrio o emprego de um sistema nebulizador de gua, ou canhes monitores (fixos ou portteis) ou esguichos regulveis calculados de forma que a vazo mnima de gua tenha os seguintes requisitos:

1. 2 litros / min / m2 para a superfcie do costado do tanque;

2. 1 litro / min / m2 para a superfcie exposta do teto do tanque, exceto para tanque de teto flutuante.

Art. 70 - Com relao aos tanques verticais dever ser observado os seguintes requisitos:

1. no ser permitido o espaamento superior a 1,80 m (um metro e oitenta centmetros) entre os nebulizadores. Dever haver uma superposio entre os jatos dos nebulizadores, equivalente a 10% (dez por cento) de dimenso linear coberta por cada nebulizador;

2. para tanques com altura acima de 10 m (dez metros), ser obrigatria a colocao de um anel de nebulizadores a cada 5 m (cinco metros), a partir do topo do tanque, quando a altura for inferior a 10 m (dez metros), ser aceito o resfriamento por linhas manuais;

3. no teto dever ser instalado, no ponto mais alto, bico nebulizador a fim de garantir o resfriamento conforme o disposto no item 2 do Art. 69 deste Regulamento;

4. quanto s vazes e reserva de gua, o sistema dever ser calculado para resfriamento do maior tanque, quando existirem 2 (dois) tanques em uma s bacia de conteno, e para os dois maiores tanques, simultaneamente, quando existirem mais de dois tanques na mesma bacia de conteno;

5. se os tanques estiverem instalados em bacias de conteno individuais, para efeito de clculo das vazes e presses, ser considerado o maior dos tanques;

6. no caso de serem adotados esguichos monitores portteis ou esguichos regulveis, a sua quantidade dever ser suficiente para garantir a cobertura simultnea do(s) tanque(s) conforme disposto nos itens 1 e 2 do Art. 69 deste Regulamento; e

7. os esguichos monitores podero tambm ser estticos ou oscilantes, empregando jato neblina e/ou jato pleno com alcance compatvel com a segurana do seu operador.

Art. 71 - Com relao aos tanques horizontais e esferas de gs, dever ser observado os seguintes requisitos:

1. a vazo mnima de gua exigida ser aplicada tomando-se por base a rea de superfcie do tanque e/ou esfera de gs;

2. a gua dever ser aplicada por meio de nebulizadores fixos instalados em anis fechados de tubulao, acima e abaixo da linha do equador, de forma a proteger toda a superfcie exposta, inclusive os suportes (ps) das esferas de gs e/ou de acordo com o disposto nos itens 5 e 6 do Art. 70 deste Regulamento;

3. os nebulizadores, instalados acima da linha do equador dos tanques horizontais ou de esferas de gs, no sero considerados para proteo da superfcie situada abaixo daquela, sendo necessria a instalao de um outro anel de nebulizadores; e

4. quando s vazes e reserva de gua, o sistema dever ser calculado para o resfriamento do maior tanque ou esfera de gs, e, para os 2 (dois) maiores tanques (ou esferas) simultaneamente, quando existirem mais 2 (dois) tanques ou esferas.

Art. 72 - Todo sistema, aps a instalao, dever suportar a presso hidrosttica de prova, igual a uma vez e meia a presso nominal da bomba de recalque, ou altura do reservatrio, e ao mximo de 10 Kg/cm2 (100 mca), durante uma hora, no podendo apresentar vazamentos, ou qualquer outro tipo de deficincias.

Seo III

Do Sistema de Proteo por EspumaArt. 73 - O Sistema de Proteo por Espuma obedecer as seguintes regras:

1. a aplicao de espuma poder ser feita por esguichos manuais, monitores e cmaras, observando que:

a. a presso residual mnima para a operao dos equipamentos destinados formao de espuma dever ser de tal forma que assegure adequada expanso e drenagem; e

b. os equipamentos adotados sero avaliados em funo do desempenho apresentado pelos fabricantes, que devero fornecer as especificaes tcnicas.

2. a soluo de espuma dever ser obtida razo de 3% (trs por cento) para derivados de petrleo e 6% (seis por cento) para lcool;

3. a soluo de espuma poder ser obtida atravs de estao fixa, semifixa ou mvel, observando que:

a. a alimentao de gua da estao geradora de espuma poder ser feita a partir da rede comum de alimentao dos hidrantes, que neste caso, dever ser dimensionada para atender os sistemas simultaneamente;

b. como exceo, os sistemas fixos podero ser alimentados por estaes mveis de emulsionamento de soluo de espuma, desde que mandados sobre veculos e em nmero suficiente exigido para a operao do sistema; e

c. a gua utilizada para produo de espuma deve ser de tal modo que assegure a qualidade da espuma a ser produzida.

4. as linhas manuais para espuma devero permitir a descarga mnima de 200 l/min (duzentos litros por minuto);

5. a quantidade de linhas manuais para espuma suplementares na rea de risco ou na bacia de conteno, em funo do dimetro do maior tanque, obedecer a tabela seguinte:

DIMETRO DO MAIOR TANQUEN MNIMO DE LINHAS

- at 20 m (inclusive)1

- de 20 m a 36 m (inclusive)2

- acima de 36 m3

6. os tempos mnimos de funcionamento em relao ao item anterior sero os estipulados na tabela seguinte:

DIMETRO DO MAIOR TANQUETEMPO MNIMO DE OPERAO

- at 11 m (inclusive)10 min.

- de 11 m a 29 m (inclusive)20 min.

- acima de 29 m30 min.

7. as taxas de aplicao da soluo de espuma nas linhas manuais e canhes monitores, devem obedecer os seguintes critrios:

a. para hidrocarbonetos lquidos: 6,5 litros/min/m2, considerando a reas de superfcie lquida do tanque; e

b. para solventes polares:

1) metil etil lcool ............................ 6,5 litros/min/m2;

2) acetato de metila .......................... 6,5 litros/min/m2;

3) metil etil cetona ........................... 6,5 litros/min/m2;

4) acetona ......................................... 9,8 litros/min/m2;

5) lcool butlico ............................. 9,8 litros/min/m2;

6) ter isoproplico............................ 9,8 litros/min/m2;

c. para outros solventes polares no especificados, dos quais exigem taxas elevadas de aplicao, os interessados devero efetuar uma consulta prvia sobre o assunto, junto ao Corpo de Bombeiros Militar.

12. Os defletores e os deslizadores devero permitir a aplicao suave da espuma, de modo que esta no mergulhe no lquido mais de 25 mm;

13. O nmero mnimo de cmaras de espuma a serem instaladas em tanques de teto cnico ou fixo, dever ser conforme tabela abaixo:

DIMETRO DO TANQUE (m)N MNIMO DE CMARAS

- at 24 (inclusive)1

- de 24 a 36 (inclusive)2

- de 36 a 42 (inclusive)3

- de 42 a 48 (inclusive)4

- de 48 a 54 (inclusive)5

- de 54 a 60 (inclusive)6

- acima de 606e mais uma cmara adicional para cada 465 m2 de superfcie lquida, que ultrapassar o dimetro de 60 m.

14. O tempo mnimo de funcionamento das cmaras, independentemente do tipo e do produto armazenado, ser de 30 (trinta minutos);

15. Os tanques horizontais ficam dispensados da exigncia de instalao de cmara de espuma; e

16. Nos tanques de teto flutuante, a distncia entre os pontos de descarga de espuma ser de 12,2 m (doze metros e vinte centmetros) quando a parede do dique de conteno tiver at 305 mm (trezentos e cinco milmetros) de altura; a distncia ser de 20,4 m (vinte metros e quarenta centmetros) quando a parede do dique tiver 610 mm (seiscentos e dez milmetros) de altura;

Seo IV

Do Sistema de Chuveiros AutomticosArt. 74 - Os sistemas de proteo por chuveiros automticos sero instalados em edificaes que requeiram esse tipo de proteo e elaborados de acordo com critrios estabelecidos em normas tcnicas brasileiras, obedecendo ainda, aos seguintes critrios:

1. a classificao do risco, rea de operao, densidade, tabelas e demais parmetros tcnicos devero seguir necessariamente os critrios determinados pelas normas tcnicas;

2. para fins de anlise do processo, os projetos dos sistemas podero ser apresentados na forma preliminar, de acordo com as normas tcnicas;

3. para a execuo da instalao do sistema de chuveiros automticos (sprinklers), ser obrigatrio que o instalador ou o responsvel tcnico elabore o projeto executivo, nos termos das normas tcnicas, porm, no havendo a necessidade de aprovao deste projeto pelo Corpo de Bombeiros Militar;

4. nas edificaes, com mais de um pavimento, a exigncia de instalao de chuveiros automticos abranger toda a edificao, podendo a critrio do interessado, deixar de abranger a casa do zelador, quando localizada na cobertura;

5. nas edificaes trreas, a exigncia de instalao de chuveiros automticos poder abranger apenas os prdios que no atendam os limites estabelecidos para compartimentao horizontal, no necessitando se estender para os demais prdios, desde que estejam afastados a mais de 2 (dois) metros entre si e que atendam os limites da compartimentao;

6. a critrio do projetista, a instalao de chuveiros automticos em casa de mquinas, subestaes, casa de bombas de incndio, sala de gerador, etc., poder ser substituda pela instalao de detectores ligados ao sistema de alarme do prdio ou ao alarme do sistema de chuveiros;

7. nos casos de edificaes com vrios riscos, a reserva de incndio dever ser calculada em funo da vazo de risco mais grave e do tempo de funcionamento do risco predominante;

8. o dimensionamento do sistema poder ser feito por tabelas, tabelas de clculo hidrulico ou clculo total, de acordo com a norma adotada;

9. os projetos das edificaes, pertencentes a vrios proprietrios e que representem ocupaes distintas, (tais como centros comerciais), devero ser elaborados e aprovados na sua totalidade. As edificaes podero ser vistoriadas parcialmente quando as reas excludas da vistoria no estiverem sendo usadas sob qualquer pretexto;

10. por ocasio da apresentao do processo, os projetos de sistemas de chuveiros automticos devero ser distintos, isto , serem elaborados em separado de qualquer outro tipo de proteo;

11. ser permitida, a instalao parcial de chuveiros automticos nos locais onde no forem obrigatrios; e

12. por ocasio da vistoria, ser exigido o laudo tcnico de instalao ou de funcionamento, nos termos deste Regulamento.

Seo V

Do Sistema de Proteo Contra Descargas AtmosfricasArt. 75 - A instalao do sistema de proteo contra descargas atmosfricas dever obedecer ao que determinam normas prprias vigentes da ABNT, sendo da inteira responsabilidade do instalador a obedincia s mesmas.

( 1 - A instalao do sistema de proteo contra descargas atmosfricas ser feita por firma ou profissional devidamente registrado junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

( 2 - A firma instaladora dever emitir o competente certificado de instalao do sistema, com validade de 01 (um) ano que dever ser anexado ao processo de vistoria.

( 3 - No projeto de instalao do sistema de proteo contra descargas atmosfricas dever constar:

1. tipo de sistema;

2. bitola do cabo de descida;

3. indicao de sua instalao em planta de locao e corte;

4. indicao em planta de locao do sistema de aterramento; e

5. indicao em planta de locao do raio de proteo.

( 4 - S podero elaborar projetos de instalao do sistema de proteo contra descargas atmosfricas, profissionais legalmente habilitados no Conselho Nacional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA).

( 5 - O rgo de Atividades Tcnicas do Corpo de Bombeiros Militar exigir sistema de proteo contra descargas atmosfricas nos seguintes casos:

1. edificaes ou estabelecimentos com mais de 1.500 m2 (um mil e quinhentos metros quadrados) de rea construda;

2. toda e qualquer edificao com mais de 20 m (vinte metros) de altura, sendo tomada essa altura para esse acesso, do nvel do meio fio at o ponto mais alto da edificao;

3. reas destinadas a depsitos de explosivos ou inflamveis; e

4. Outros casos, a critrio do Corpo de Bombeiros Militar, quando a periculosidade o justificar.

( 6 - Ficaro dispensados da instalao do sistema de proteo contra descargas atmosferas os edifcios que estiverem protegidos por outros que possuam sistemas, desde que fiquem situados dentro do cone de proteo.

( 7 - Na instalao do sistema de proteo contra descargas atmosfricas, alm do que ditam as normas vigentes, dever ser observado os seguintes aspectos:

1. os cabos de descida ou escoamento dos sistemas devero passar distantes de materiais de fcil combusto e de outros a que possam causar danos; e

2. deve ser utilizado o meio de descarga de menor extenso e o mais vertical possvel.

Ttulo III

DAS EDIFICAESCaptulo I

DAS EDIFICAES QUANTO A REA E A ALTURAArt. 76 - As edificaes, quanto a rea, so assim classificadas:

1. edificaes com rea de construo inferior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura inferior a 12 m (doze metros);

2. edificaes com rea de construo inferior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura superior a 12 m (doze metros);

3. edificaes com rea de construo superior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura inferior a 12 m (doze metros);

4. edificaes com rea de construo superior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura superior a 12 m (doze metros);

Captulo II

DAS EDIFICAES QUANTO A REA E A ALTURAArt. 77 - As edificaes, quanto a ocupao, classificam-se em:

1. edificaes destinadas ao uso residencial, incluindo apartamentos, conventos e similares;

2. edificaes destinadas ao uso institucional, incluindo escolas, hospitais, clnicas, laboratrios, creches, sanatrios, asilos e similares;

3. edificaes destinadas ao uso de escritrios, incluindo agncias bancrias, reparties pblicas, servios de assessorias, de consultoria e similares;

4. edificaes destinadas a locais de reunio de pblico, incluindo locais de exposio, teatros, cinemas, estdios, auditrios, salas de reunio, sales de festas, bailes, casas noturnas, ginsios poliesportivos, templos religiosos (igrejas) e similares;

5. edificaes destinadas ao uso de hotel, motel, flat residencial, apart hotel , penso e similares;

6. edificaes destinadas ao uso industrial, incluindo todas as atividades com processo industrial e similares;

7. edificaes destinadas ao uso comercial incluindo lojas, magazines, centros de compras (shoppings centers), supermercados, restaurantes, bares, lanchonetes, servios diversos, oficinas, garagens coletivas (automtica ou no) e similares;

8. edificaes destinadas a depsitos em geral, incluindo os centros atacadistas, transportadoras e similares; e

9. edificaes de uso especiais diversos (depsitos de explosivos e de munies, arquivos, museus, cartrios, centros telefnicos, central de computao, estao de rdio ou televiso, subestao de distribuio de energia eltrica e similares).

Captulo III

DAS EDIFICAES DE PETRLEO E PRODUO

DE DERIVADOS DE PETRLEO OU LCOOLArt. 78 - As edificaes destinadas a produo, manipulao, armazenamento ou distribuio de gases e lquidos combustveis ou inflamveis, tem a seguinte classificao:

1. instalaes destinadas a destilaria, refinaria ou plataforma de carregamento;

2. instalaes destinadas a parques de tanques ou tanques isolados;

3. instalaes destinadas a postos de servios e abastecimentos;

4. instalaes destinadas ao armazenamento de produtos acondicionados.

Captulo IV

DAS EDIFICAES DE INTERESSE SOCIALArt. 79 - As edificaes de interesse social, para os efeitos de aplicao deste Regulamento, so aqueles que compreendem as unidades ou conjunto exclusivamente residenciais, contemplados pelos benefcios estabelecidos em programas habitacionais de alcance social. As edificaes de interesse social tem sua classificao de acordo com as seguintes categorias:

1. Categoria 1 so blocos residenciais, verticalizados, com rea til de construo inferior a 750 m2 (setecentos e cinquenta metros quadrados) e com altura mxima de 12 m (doze metros);

2. Categoria 2 so blocos residenciais de no mximo de 750 m2 (setecentos e cinquenta metros quadrados) de rea til de construo (cada bloco), com altura mxima de 12 m (doze metros), afastados de acordo com o item 4 do Art. 109 deste Regulamento e interligados somente pela escada comum a esses blocos;

3. Categoria 3 so blocos residenciais de no mximo de 750 m2 (setecentos e cinquenta metros quadrados) de rea til de construo (cada bloco), com altura mxima de 12 m (doze metros), sem o afastamento previsto no item 4 do Art. 109 deste Regulamento, justapostos ou contguos;

4. Categoria 4 so blocos residenciais com rea de construo superior a 750 m2 (setecentos e cinquenta metros quadrados) e/ou altura superior a 12 m (doze metros).

Pargrafo nico Para os casos enquadrados neste artigo, alm da documentao que compe o processo, dever ser apresentado expediente fornecido pela prefeitura local, declarando ser as unidades e/ou conjuntos de edificaes de interesse social.

Art. 80 - As edificaes existentes sero classificadas conforme o disposto no presente Ttulo.

Captulo V

DAS EDIFICAES TEMPORRIASArt. 81 - Consideram-se instalaes temporrias os locais que nem sempre tenham caractersticas construtivas e que as atividades so transitrias.

Pargrafo nico Estes locais esto relacionados s atividades tais como circos, parques de diverso, feiras de exposio, rodeios, etc.

Ttulo IV

DAS EXIGNCIAS DOS TIPOS DE PROTEOCaptulo I

DA PROTEO DAS EDIFICAES QUANTO A REA E A ALTURAArt. 82 - Para as edificaes com rea de construo inferior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura inferior a 12 m (doze metros), ser exigido os seguintes tipos de proteo:

1. sistema de iluminao de emergncia;

2. sinalizao; e

3. extintores portteis

Pargrafo nico - Estaro dispensadas das exigncias do emprego do sistema de iluminao de emergncia, as edificaes que possurem at 2 (dois) pavimentos, excluindo-se o mezanino e as edificaes destinada a local de reunio pblica, cuja lotao no ultrapasse de 50 (cinquenta) pessoas.

Art. 83 - Para as edificaes com rea de construo inferior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura superior a 12 m (doze metros), ser exigido os seguintes tipos de proteo:

1. compartimentao vertical;

2. escada de segurana;

3. sistema de iluminao de emergncia;

4. sistema de alarme contra incndios;

5. sinalizao;

6. extintores portteis; e

7. sistema de hidrantes.

Art. 84 - Para as edificaes com rea de construo superior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura inferior a 12 m (doze metros), bem como para edificaes com rea de construo superior a 750 m2 (setecentos metros quadrados) e altura superior a 12 m (doze metros), sero exigidos os seguintes tipos de proteo:

1. compartimentao horizontal;

2. compartimentao vertical;

3. escada de segurana;

4. sistema de iluminao de emergncia;

5. sistema de alarme contra incndios;

6. sinalizao;

7. extintores portteis; e

8. sistemas de hidrantes.

Pargrafo nico As edificaes com altura inferior a 12 m (doze metros), independentemente da ocupao, estaro dispensadas as exigncias do emprego da compartimentao vertical, exceto nas situaes mencionadas para cada tipo de ocupao.

Art. 85 - As reas de construo superiores a 750 m2 (setecentos metros quadrados), mas constitudas de edificaes isoladas entre si, observado os critrios estabelecidos no Art. 11 deste Regulamento, estaro dispensadas dos tipos de proteo sistema de alarme contra incndio e sistema de hidrantes.

Pargrafo nico Para efeito de dispensa, mencionada neste artigo, cada edificao isolada no dever ultrapassar a 750 m2 (setecentos metros quadrados) de rea construda.

Captulo II

DA PROTEO DAS EDIFICAES QUANTO A OCUPAOSeo I

Da Proteo das Edificaes ResidenciaisArt. 86 - Quando a edificao, de uso residencial, for dotada de sistema de interfones ou equipamento similar em todas as unidades residenciais que as coloquem em contato com dispositivo central de recebimento de informaes (portaria), estar dispensada do tipo de proteo sistema de alarme contra incndios.

Pargrafo nico O sistema mencionado neste artigo dever possuir fonte autnoma independente, com durao mnima de uma hora.

Seo II

Da Proteo das Edificaes Institucionais e SimilaresArt. 87 - Nas edificaes destinadas a uso institucional e similares, o tipo de proteo sistema de deteco de fumaa/calor, ser exigido apenas nas edificaes destinadas a hospitais, clnicas ou similares .

( 1 - Os detectores sero instalados em todos os recintos (quartos), com retransmisso automtica para os postos de enfermagem, portaria ou sala de segurana.

( 2 - O sistema de alarme contra incndios ser dispensado nestes locais, devendo, obrigatoriamente, ser instalado nas demais dependncias.

Seo III

Da Proteo das Edificaes de Escritrios e SimilaresArt. 88 - Nas edificaes destinadas a escritrios e similares, dever ser observado as seguintes condies:

1. as edificaes exclusivamente trreas sero dispensadas do tipo de proteo compartimento horizontal;

2. para as edificaes, constitudas de mais de um pavimento e com altura inferior a 12 m (doze metros), a rea mxima de compartimentao ser de 2.000 m2 (dois mil metros quadrados);

3. para as edificaes, com altura entre 12 m (doze metros) e 30 m (trinta metros) a compartimentao ser de, no mximo 1.000 m2 (mil metros quadrados); e

4. para as edificaes com altura superior a 30 m (trinta metros), a compartimentao de reas, em cada pavimento, dever ser, no mximo, de 1.500 m2 (mil e quinhentos metros quadrados). Neste caso, alm da compartimentao mencionada, ser obrigatria a instalao do tipo de proteo sistema de chuveiros automticos.

Pargrafo nico Parta as edificaes enquadradas nas condies dos itens 2 e 3 deste artigo, a compartimentao horizontal poder ser substituda pelo tipo de proteo sistema de chuveiros automticos.

Seo IV

Da Proteo das Edificaes de Reunio de PblicoArt. 89 - Nas edificaes destinadas a local de reunio de pblico, observar-se-, as condies seguintes:

1. as edificaes, enquadradas neste tipo de ocupao, estaro dispensadas da compartimentao horizontal;

2. as edificaes destinadas exclusivamente a estdios, ginsios poliesportivos, quadras cobertas e ocupaes similares estaro dispensadas dos tipos de proteo escada de segurana e sistema de alarme contra incndios;

3. as edificaes destinadas exclusivamente a ginsios poliesportivos, quadras de esportes cobertas ou piscinas cobertas, com um s pavimento (trreo), com estruturas, pisos e arquibancadas de material incombustvel, cuja somatria de reas destinadas a vestirios, sanitrios, rouparias, lanchonetes, etc., no ultrapassar de 750 m2 (setecentos e cinquenta metros quadrados) de rea construda e no ser utilizada para outros fins (tais como bailes, festas, reunies), esto dispensadas, alm dos tipos de proteo mencionadas no item anterior, do tipo de proteo sistema de hidrantes;

4. nas sadas de emergncia, as portas devero abrir no sentido de escoamento, ou seja, para o local seguro e externo edificao, observando ainda os seguintes requisitos:

a. as portas, instaladas em locais com capacidade superior a 100 (cem) pessoas, devero ser dotadas de trava ou barra antipnico;

b. as aberturas das sadas de emergncia sero dimensionadas em funo da lotao do local, calculada de acordo com as normas tcnicas oficiais; e

c. as portas, usadas para sada, no devero Ter largura inferior a 0,80 m (oitenta centmetros).

5. o tipo de proteo sistema de deteco de fumaa/calor ser exigido nas edificaes destinadas. Principalmente a teatros, sales pblicos de bailes, casas de espetculo, dispensando-se o sistema de alarme manual;

6. os teatros, cinemas, auditrios, boates e sales de diverses tero alm dos dispositivos contra Incndio e evacuao, sistemas de proteo de carter estrutural, Instalao e montagem, conforme as seguintes prescries:

a. todas as peas de decorao (tapetes, cortinas e outras), assim como cenrios e outras montagens transitrias, devero ser incombustveis ou tratados com produtos retardantes ao do fogo;

b. os sistemas de refrigerao e calefao sero cuidadosamente instalados no sendo permitido o emprego de material de fcil combusto;

c. todas as portas sero dotadas de ferragens do tipo antipnico, devero abrir de dentro para fora e ser encimadas com os anncios SADA, em luz suave e verde, e PROIBIDO FUMAR, em luz vermelha, legveis a distncia, mesmo quando se apagarem as luzes da platia;

d. quando o escoamento de pblico, de um local de reunio, se fizer atravs de corredores ou galerias, estes possuiro uma largura constante at o alinhamento do logradouro, igual a soma das larguras das portas que, para eles se abrirem;

e. as circulaes, em um mesmo nvel, dos locais de reunio at 500 m2 (quinhentos metros quadrados), tero largura at 2,50 m (dois metros e cinquenta centmetros). Ultrapassando esta rea, haver um acrscimo de 5 cm (cinco centmetros) na largura por metro quadrado excedente;

f. nas edificaes destinadas a locais de reunio de pblico o dimensionamento da largura das escadas dever atender ao fluxo de circulao de cada nvel, somado ao do nvel contguo superior, de maneira que o nvel das sadas para o logradouro, a escada tenha sempre a largura correspondente a soma dos fluxos de todos os nveis;

g. as escadas de acesso aos locais de reunio de pblico devero atender os seguintes requisitos:

1) largura mnima de 2 m (dois metros) para lotao at 200 (duzentas) pessoas. Acima desse limite, ser exigido o acrscimo de 1 m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas;

2) o lance extremo que se comunicar com a sada dever estar sempre orientado na direo desta;

3) os degraus tero altura mxima de 18,5 cm (dezoito centmetros e meio) e profundidade mnima de 27 cm (vinte e sete centmetros); e

4) as escadas no podero Ter seus degraus balanceados, ensejando a formao de leques;

h. as folhas das portas de sadas dos locais de reunio, bem como das bilheterias, se houver, no podero abrir diretamente sobre o passeio do logradouro;

i. . entre as filas de cadeiras de uma srie, dever existir espao livre de, no mnimo, 1,20 m (um metro e vinte centmetros) de largura;

j. o nmero de assentos por fila ser de 15 (quinze) e por coluna de 20 (vinte), constituindo sries de 300 (trezentos) assentos no mximo;

l. no sero permitidas sries de assentos que terminem junto s paredes, devendo ser mantido um espao de no mnimo 1,20 (um metro e vinte centmetros) de largura;

m. para o pblico haver sempre, no mnimo, uma porta de entrada e outra de sada do recinto, com largura mnima de 2 m (dois metros), situadas em pontos distantes, de modo a no haver sobreposio de fluxo. A soma das larguras de todas as portas equivaler a uma largura total correspondente a 1 m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas;

n. os locais de espera tero rea equivalente, no mnimo, a 1 m2 (um metro quadrado) para cada 8 (oito) pessoas;

o. nos teatros, cinemas e sales, terminantemente proibido guardar ou armazenar material inflamvel ou de fcil combusto, tais como cenrios em desuso, sarrafos de madeira, papis, tinta e outros, sendo admitido, nica e exclusivamente, o indispensvel ao espetculo;

p. quando a lotao exceder de 5.000 (cinco mil) lugares sero sempre exigidas rampas para escoamento do pblico;

q. o guarda-corpo ter a altura mnima de 1 m (um metro);

r. nos cinemas, a cabine de projeo estar separada de todos os recintos adjacentes por meio de portas corta-fogo leves e metlicas. Na parte da parede que separa a cabine do salo no haver outra abertura, seno as necessrias janelas de projeo e observao. As de observao podem ter, no mximo 250 cm2 (duzentos e cinquenta centmetros quadrados), e as de projeo o necessrio a passagem do feixe de luz do projetor; ambas possuiro um obliterador em chapa metlica de 2 cm (dois centmetros) de espessura. O p direito da cabine, medido acima do estrado ou estribo do operador, no poder em ponto algum, ser inferior a 2 m (dois metros);

s. nos cinemas s sero admitidos na cabine de proteo os rolos de filmes necessrios ao programa do dia; todos os demais estaro em seus estojos, guardado em armrio de material incombustvel e em local prprio;

t. nos teatros a parede que separa o palco do salo ser do tipo corta-fogo, com a boca-de-cena provida de cortina contra incndio, incombustvel e estanque a fumaa; a descida desta cortina ser feita na vertical e, se possvel, automaticamente. As pequenas aberturas, interligando o palco e o salo sero providas de portas corta-fogo leves metlicas;

u. nos teatros, todos os compartimentos da caixa tero sada direta para a via pblica, podendo ser atravs de corredores halls, galerias ou ptios, independente das sadas destinadas ao pblico;

v. nos teatros e cinemas, alm dos circuitos de iluminao geral, haver um de luzes de emergncia com fonte de energia prpria; quando ocorrer uma interrupo de corrente, as luzes de emergncia devero iluminar o ambiente de forma a permitir uma perfeita orientao aos espectadores;

x. os teatros, cinemas, auditrios, boates e sales diversos tero suas lotaes declaradas nos respectivos Laudos de Exigncias e Cer