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1 O S T E O P O R O S E Normal Normal Osteoporose Osteoporose Defini Definição da Osteoporose ão da Osteoporose Osteoporose é uma desordem esquelética caracterizada por massa óssea reduzida, comprometendo a resistência óssea e predispondo a um aumento do risco de fratura. Resistência óssea se traduz pela integração entre quantidade (densidade) e qualidade óssea. NIH Consensus Conference 2001 Fatos Sobre Osteoporose Uma a cada 2 mulheres e 1 a cada 8 homens terão fratura osteoporótica Metade dos indivíduos tornam-se dependentes após fratura de fêmur e 1/3 morre em um ano. É responsável por 1,5 milhões fraturas/ano, sendo: 300.000 de fêmur proximal, 700.000 vertebrais, 250.000 de punho e mais de 300.000 em outros sítios US$ 14 bilhões/ano nos EUA US$ 14 bilhões/ano nos EUA www.osteo.org www.osteo.org . Epidemiologia Envelhecimento populacional: do nº de idososdos casos de osteoporose 14,5 milhões de idosos8.5% da pop. total (2000) 32 milhões de idosos 13% da pop. total (2030) BRASIL (IBGE, 2000)

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OSTEOPOROSE Normal Normal OsteoporoseOsteoporose

DefiniDefini çção da Osteoporoseão da Osteoporose

Osteoporose é uma desordem esquelética caracterizada por massa óssea reduzida,

comprometendo a resistência óssea e predispondo a um aumento do risco de fratura. Resistência óssea se

traduz pela integração entre quantidade (densidade) e qualidade óssea. NIH Consensus Conference 2001

Fatos Sobre Osteoporose

• Uma a cada 2 mulheres e 1 a cada 8 homens terão fratura osteoporótica

• Metade dos indivíduos tornam-se dependentes após fratura de fêmur e 1/3 morre em um ano.

• É responsável por 1,5 milhões fraturas/ano, sendo: 300.000 de fêmur proximal, 700.000 vertebrais, 250.000 de punho e mais de 300.000 em outros sítios

US$ 14 bilhões/ano nos EUAUS$ 14 bilhões/ano nos EUAwww.osteo.orgwww.osteo.org..

Epidemiologia

• Envelhecimento populacional: ↑ do nº de idosos⇒ ↑dos casos de osteoporose

• 14,5 milhões de idosos⇒ 8.5% da pop. total (2000)

• 32 milhões de idosos ⇒ 13% da pop. total (2030)

BRASIL (IBGE, 2000)

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Estimativa do risco de fratura ao longo da vida aos 50 anos em Rochester, USA

Local de fraturaLocal de fratura MulheresMulheres HomensHomens

�� Fêmur proximal 17Fêmur proximal 17 66

�� VVéértebrartebra 1515 55

�� RRáádio distaldio distal 1616 22

�� Um dos acimaUm dos acima 3939 1313

((MeltonMelton e e colcol, J , J BoneBone Min Min ResRes 1991)1991)

O Osso

• O esqueleto tem 2 funções

• Estrutural

• Locomoção• Respiração• Proteção de órgãos internos

Metabólica• Reservatório de cálcio, fósforo e magnésio

Composição do Tecido Esquelético

Matriz celular

• Osteoblastos:mineralização da matriz

• Osteoclastos: reabsorção da matriz

• Osteócitos: osteoblasto maduro, responsável pela integridade da matriz óssea

Matriz extracelular

• 35% orgânica, 65% inogânica

Remodelação ósseaRepouso

Reabsorção (15 dias)

Células de revestimento

Formação(4-6 meses)

Osteoblastos

Osteoclasto

Lacuna de Howship

Matriz osteoide

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Matriz Orgânica x Matriz Inorgânica

• Colágeno : flexibilidade

• Principal constituinte (90%)

• Proteínas não-colágenas(10%)

• Osso :Colágeno do tipo 1

• Cálcio e fosfato: rigidez cristais de Hidroxiapatita

• Estão ligados às fibrilas de colágeno

• Conferem resistência e dureza à matriz

• Outros íons: magnésio, carbonato, potássio

(Bianco e Lazaretti, 1999)((BiancoBianco e e LazarettiLazaretti, 1999), 1999)

Osso Trabecular x Osso Cortical

Osso Trabecular x Osso Cortical

• Osso Trabecular: • Porção dos ossos longos, corpos vertebrais e

pelve

• Estrutura trabecular: resistência a forças compressivas

• Maior vascularização ⇒ mais ativo metabolicamente ⇒ fornece suprimento inicial nos estados de deficiência mineral

• É perdido mais rapidamente na

osteoporose que o osso cortical

Osso Trabecular x Osso Cortical

• Osso Cortical:

• Denso, compacto

• Compõe cerca de 80% do esqueleto

• Principal função – fornecer força mecânica e proteção

• Elevada resistência a forças de encurvamento e torção

• Pouco vascularizado

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Resistência Óssea qualidade x quantidade

• Densitometria óssea

– até -1 DP para adulto jovem: NORMAL– entre -1 e -2,5 DP para adulto jovem:

OSTEOPENIA– menos que -2,5 DP para adulto jovem:

OSTEOPOROSE– com fratura por fragilidade: OSTEOPOROSE

SEVERA OU ESTABELECIDA

(WHO Study group, 1994)

Densitometria Óssea:

Exames Para Diagnóstico

• Desitometria de emissão simples: esqueleto apendicular

• Desitometria de emissão dupla: esqueleto axial

• Tomografia computadorizada: permite avaliação exata do osso trabecular

• RX: perda de 30%-50%

(Fernandes, 1996)

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Fatores de Risco Para Baixa Massa Óssea

NIH Consensus Conference, JAMA 2001

•• Sexo femininoSexo feminino

•• Idade avanIdade avanççadaada

•• RaRaçça brancaa branca

•• Baixo peso ou IMCBaixo peso ou IMC

•• HistHistóória familiarria familiar

•• Fatores nutricionaisFatores nutricionais

•• Fratura anteriorFratura anterior

•• Menarca tardiaMenarca tardia

•• Menopausa precoceMenopausa precoce

•• HipoestrogenismoHipoestrogenismo

•• Inatividade fInatividade fíísica sica

•• AlteraAltera çções de tirões de tir óóide:ide: hormônios hormônios tireoidianostireoidianos (T3 e T4) são (T3 e T4) são importantes no transporte intestinal importantes no transporte intestinal do cdo cáálcio e do flcio e do fóósforosforo

• Osteoporose

• Tendência para quedas

• Quedas e estado de saúde

– Reflexos reduzidos

– Equilíbrio prejudicado

– ↓ força dos quadríceps

– ↓ função cognitiva– ↓ acuidade visual– Ambiente hostil

Fatores de risco para fraturasNIH Consensus Conference, JAMA 2001

AVALIAAVALIA ÇÇÃO DO INDIVÃO DO INDIVÍÍDUO COM DUO COM OSTEOPOROSEOSTEOPOROSE

ANAMNESE

• Antecedentes de quedas e fraturas• História familiar• Idade menarca e menopausa• Doenças sistêmicas • Fatores de risco

EXAME FÍSICO

• Medida da altura • Avaliação da postura, procura por deformidades e

regiões dolorosas• Avaliação da força muscular, equilíbrio,coordenação

motora e marcha

Tipos de Osteoporose

• Tipo I• PÓS MENOPAUSAL

• Albright 1941: primeira correlação de fraturas com declínio da função ovariana

• Tipo II• SENIL

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Osteoporose Menopausal

• Segundo Fernandes 1996:

• Aos 40 anos, a mulher apresenta o processo de reabsorção maior do que a de formação óssea, cerca de 0,5% ao ano.

• Na menopausa, este valor aumenta agudamente, a cada ano se perde 1%-3% de osso cortical e 5% de osso trabecular, contínuos por 15 anos, resultando em perda de 15%-30% de osso trabecular e de 10%-15% de cortical

Osteoporose Menopausal

• A deficiência estrogênica é responsável por um terço à metade da perda óssea da vida feminina

• Em 20 anos perde-se 50% do osso trabecular e 30% do osso cortical

• Sendo mais rápida nos 3 a 4 anos após a menopausa

OSTEOPOROSE É GENÈTICAMENTE DETERMINADA E APÒS A MENOPAUSA

É HORMONALMENTE CONTROLADA!

Osteoporose MenopausalO estrogênio não estimula a Formação Óssea!

• Diminuição deste hormônio reduz o número de receptores de Ca+ do intestino

Estimula secreção de calcitonina

Inibi a atividade osteoclástica

Diminuindo a reabsorção

Incidência de traumas relacionados a quedas em idosos ao longo dos anos na Finlândia

0

500

1000

1500

2000

1970 1975 1980 1985 1990 1995

mulheres

homens

X 100.000 hab

KannusKannus e e colcol, , LancetLancet 1997.1997.

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Incidência de Fraturas no Reino Unido, por Sexo e Idade

0

100

200

300

400

500

600

0-4 25-35 55-64 >85 anos

HomensMulheres

Incidênc ia por 10.000 hab

Incidênc ia por 10.000 hab

DonaldsonDonaldson e e colcol,1990 ,1990

Fraturas Por Osteoporose ao Longo da Vida

• Relação mulheres:homens

• 7:1 Fraturas de coluna

• 2:1 Fraturas de quadril• 33% mulheres e 17%

homens sofrerão fraturas aos 90 anos de idade

• Aumento dramático após 65anos

(Fernandes, 1996)

VértebrasVértebras

Fêmur proximalFêmur

proximal

AntebraçoAntebraço

Idade (anos)Idade (anos)

Incidência/1 000

Incidência/1 000

Distribuição da Fratura de Fêmur Proximal Segundo Idade e Sexo

0

10

20

30

40

50

60

65-70 71-75 76-80 >80 anos

Homens (n=17)

Mulheres

Ramalho e col, 1998

Fratura de colo de fêmur

Densitometria óssea de fêmur Fratura

Densitometria óssea de fêmur Fratura

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Densitometria Óssea: Mudança de Postura e Prevenção

• Aumentar a massa óssea até o pico de

(± 30 anos de idade), através de

exercícios, ingestaadequada de cálcio (± 1200 mg-dia) e

vitamina D (exposição ao sol).

Osteoporoses Secundá rias: importância cresce paralela à sobrevida do paciente

•• CorticosterCorticosteróóidesides•• AntiAnti--viraisvirais•• PPóóss--transplantestransplantes•• DoenDoençça cela celííacaaca•• Fibrose cFibrose cíísticastica•• DoenDoençças inflamatas inflamatóórias: AR, LESrias: AR, LES•• DPOCDPOC•• PPóóss--neoplasiasneoplasias

OSTEOPOROSE MASCULINAOSTEOPOROSE MASCULINA

Quadro Clínico:

• Sinais e Sintomas:

• Osteoporose é um ladrão silencioso• Subitração da mineralização insidiosa do esqueleto

DEFORMIDADES: • Cifose torácica• ↓ da expansibilidade torácica• Limitação dos movimentos DOR ?• Alteração do equilíbrio • Fraturas

(Plapler PG. Rev Hosp Clín Fac Med S Paulo 1997)

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Densidade Mineral (g/cm2) Lombar por Sexo e Estadio Puberal

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

1,1

I II III IV V

MeninasMeninos

Brandão, tese doutorado, 1999Brandão, tese doutorado, 1999

DMODMOg/cm2g/cm2

Estadio Puberal

**

Recomendações do ACSM para aumentar a saúde óssea em crianças e

adolescentes• Modalidade: atividades de impacto (ex.ginástica,

pliometria)e treinamento resistido de moderada intensidade; a participação em esportes que envolvam corrida e saltos (ex: futebol, baskete) é benéfica.

• Intensidade: alta, em termos de forças aplicadas ao osso, contudo, por razões de segurança, os exercícios resistidos devem ser feitos com carga equivalente a 60% de RM.

• Frequencia: no mínimo 3 x semana• Duração: 10–20 min (2 x dia ou mais pode ser mais

efetivo)

(American College Sports M edicine. Position Stand: Phy sical Activity and Bone Health. November 1, 2004)

• Há ainda a comprovação de que, em humanos, exercícios físicos,

desenvolvidos nas fases de crescimento e de desenvolvimento, determinam ganho de 7 a 8% de massa óssea no indivíduo adulto, reduzindo substancialmente os

riscos de fratura na idade avançada

(Eisman, 1998)

EXERCÍCIO FÍSICO SEM IMPACTO NÃO ELEVA PICO DE MASSA ÓSSEA EM ADOLESCENTES

CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR2; FISBERG,M1. 1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

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���� OTIMIZAÇÃO DO PICO DA MASSA ÓSSEA

���� FASE DA ADOLESCÊNCIA

���� PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE NA FASE ADULTA

���� CARGA GENÉTICA

���� OUTRO FATORES • HORMONAIS

• ATIVIDADE FÍSICA

• NUTRCIONAIS(CUVELLO, et al. 2001)

EXERCÍCIO FÍSICO SEM IMPACTO NÃO ELEVA PICO DE MASSA ÓSSEA EM ADOLESCENTES

CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR 2; FISBERG,M1.

1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Univer sidade Federal de São Carlos - UFSCar

OBJETIVO:

• INVESTIGAR A INTERFERÊNCIA DO TIPO DE ATIVIDADE FÍSICA (COM E SEM IMPACTO) E DO CONTEÚDO DA MASSA MAGRA SOBRE A DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM JOVENS ATLETAS E NÃO ATLETAS DO SEXO FEMININO

IDADE IMC MENARCA(anos) (Kg/m 2) (anos)

Ginastica Olímpica 15 ± 2 19,04 ± 1,85 13,5 ± 1,6

(n =39)

Natação 14 ± 2 20,63 ± 1,85 11,7 ± 1,3

(n =39)

Grupo Controle 14 ± 2 20,40 ± 4,34 11,8 ± 1,0

(n= 61)

(CUVELLO, et al. 2001)

CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR 2; FISBERG,M1.

1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Univer sidade Federal de São Carlos - UFSCar

CASUÍSTICA

CUVELLO LCF1; LAZARETTI-CASTRO M1; LAGE A1; DÂMASO AR 2; FISBERG,M1.

1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 2Univer sidade Federal de São Carlos - UFSCar

METODOLOGIA:

• Absormetria duo-energéticapor raio X (DEXA-Hologic 4500A )

– Composição corporal– Coluna lombar

• Antero-posterior (AP)• Volumétrica (VOL)

• IMM (Índice de Massa Magra)• Massa magra (Kg) / Estatura

2 (m)

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821730

929

0100200300400500600700800900

1000

G. O. NATAÇÃO CONTROLE

VALORES MEDIANOS DE INGESTÃO DE CÁLCIO/dia DOS GRUP OSEM ESTUDO

(CUVELLO, et al. 2001)

Ca mg/dia

15,2215,23

13,78

13

13,5

14

14,5

15

15,5

G. O. NATAÇÃO CONTROLE

Kg/

m2

*

* p < 0,0001

VALORES MEDIANOS DO ÍNDICE DE MASSA MAGRA (IMM)DOS GRUPOS EM ESTUDO

(CUVELLO, et al. 2001)

0,876

0,923

0,964

0,82

0,84

0,86

0,88

0,9

0,92

0,94

0,96

0,98

G. O. NATAÇÃO CONTROLE

*

VALORES MEDIANOS DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA NA COLUNA LOMBAR ANTERO-POSTERIOR, NOS GRUPOS

ESTUDADOS

(CUVELLO, et al. 2001)

g/cm

2

Embora as adolescentes nadadoras

apresentassem um IMM superior ao grupo de nã o

atletas, encontramos que a DMO não foi dif erente,

sugerindo que o impacto sobre o esqueleto seja

de fundamental importância na otimizaç ão da

massa óssea.

Embora as adolescentes nadadorasEmbora as adolescentes nadadoras

apresentassem um IMM superior ao grupo de nã oapresentassem um IMM superior ao grupo de nã o

atletas, encontramos que a DMO não foi dif erente,atletas, encontramos que a DMO não foi dif erente,

sugerindo que o impacto sobre o esqueleto seja sugerindo que o impacto sobre o esqueleto seja

de fundamental importância na otimizade fundamental importância na otimiza çção da ão da

massa massa óóssea.ssea.

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• Ginastas pré-púberes submetidas a exercício intenso apresentam retardo do crescimento e maior freqüência de distúrbios locomotores, além de redução do fator de crescimento (IGF-1: fator trófico muscular relacionado ao Hormônio Gonadotrópico: LH e FSH : Glicoproteínas e GH)

• Regulação do crescimento, puberdade, processos reprodutivos . Secreção de hormônios esteróidessexuais das gônadas de ambos os sexos.

• Hormônios tireoidianos reduzidos

Rev Bras Med Esporte, Vol. 12, Nº 3 – Mai/Jun, 2006

THE BENEFICIAL EFFECT OF SWIMMING ON BONE MASS

Medicine & Science in Sports & Exercise: Vol 35(5) Supp 1 May 2003

Pinto, A L.S.1; Takayama, L1; Carazzato, J G.2; Pereira, R M.R.1; Lima, F1

1Division of Rheumatology and Division of Sports Medicine

2University of São Paulo, SP, Brazil

CASUÍSTICA:• 30 meninas caucasianas (14.3 ± 1.8 anos) atletas de

natação comparadas a 17 meninas caucasianas (15.2 ± 1.9 anos). Todas já haviam menstruado.

• DEXA para aferir BMD e Composição CorporalRESULTADOS:• Média de BMD foi maior para as nadadoras do que

nos controles para corpo total e na coluna lombar (L1-L4), mas similar para cólo do fêmur

• Com relação à composição corporal, as nadadoras também apresentaram uma maior massa magra e menor quantidade de gordura

CONCLUSÃO:• A natação, apesar de ser uma atividade sem a

sustentação do peso do corpo contra a gravidade, mostrou ter um efeito positivo na BMD de adolescentes nadadoras.

Mecanismos de Perda Óssea

• Menor ingestão de alimentos rico em CA• Deficiência de vitamina D• Sedetarismo: diminuição da ativação dos

mecanoreceptores(Borelli,2000)

•• Envelhecimento: menor resposta adaptativa Envelhecimento: menor resposta adaptativa dos osteoblastos ao efeito da sobrecarga dos osteoblastos ao efeito da sobrecarga mecânicamecânica

•• Menor resposta adaptativa, relacionada Menor resposta adaptativa, relacionada ààdeficiência de deficiência de estrogenoestrogeno

((Erlich & Lanyon. Osteoporos Int, 2002)

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Osteoporose Senil

• ↓ da massa óssea mineral

• Deterioração da microarquitetura do tecido ósseo

• Fragilidade mecânica

Tipo ITipo IMenopausalMenopausal

Tipo IITipo IISenilSenil

Idade 50-70 anos > 70 anos

Sexo (F:M) 6:2 2:1

Locais de fratura

Vértebras / rádio distal Fêmur proximal

Tipo de perda óssea

Predominantemente trabecular

Trabecular e cortical

Causa Menopausa Senilidade

(Riggs, 1983)

Recomendações do ACSM para manter a saúde óssea em Adultos e

Idosos:

• Modalidade: exercícios de endurance com sustentação do próprio peso corporal (ex: tenis; subir escadas; jogging, mesmo que seja de maneira intermitente durante a caminhada), atividades que envolvam saltos (volley, baskete) e exercícios resistidos (musculação)

• Intensidade: moderada a alta em termos de forças atuantes sobre os ossos

• Frequencia: exercícios de endurance com sustentação do próprio peso corporal – 3 a 5 x semana; exercícios resistidos – 2 a 3 x semana;

• Duração: 30–60 min em que estejam incluídos exercícios e atividades envolvendo saltos e exercícios resistidos para os principais grupos musculares.

ACSM Position Stand: Physical Activityand Bone Health. November 1, 2004

• Programas de exercícios para homens e mulheres idosos deverão incluir não somente exercícios de endurance com sustentação do próprio peso corporal e exercícios resistidos visando preservar a massa óssea, mas também atividades planejadas para aumentar o equilíbrio e a propriocepçãoe prevenir as quedas.

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Um programa de atividades físicas para portadores de Osteoporose

deve incorporar:

• Exercícios com sustentação do peso corporal de média -longa duração

• Exercícios com impacto e saltos• Exercícios resistidos (força muscular)• Exercícios visando condicionamento cardio-

respiratório• Exercícios que trabalhem a propriocepção e o

equilíbrio corporal• Exercícios de flexibilidade

Anabolism Low Mechanical SignalsStrenghten Long Bones

– Estímulos vibratórios diários de baixa intensidade (20 minutos) por 1 ano elevou densidade trabecular do fêmur em 34,2% em ovelhas.

– Efeito Piezoelétrico

– Power Plate: plataforma vibratória

(Nature 412(6847):603-4, 2001)

• Além disso, estudos recentes mostraram que culturas de células do estroma da medula óssea, in vitro, submetidas à

estimulação mecânica, apresentam maior diferenciação para células capazes de

produzir matriz óssea

(Rubin, 2002)

Piezoeletricidade Óssea• Propriedade de um mineral em ficar com sua superfície

carregada elétricamente quando é submetido a uma pressão ou carga em seus eixos, resulta em pequenas mudanças em sua densidade.

• O mecanismo piezoeletrecidade é uma descoberta física segundo a qual alguns materiais quando deformados por uma tensão mecânica, desenvolvem cargas elétricas superficiais e vice-versa e ao se colocar um material sob o campo elétrico, as cargas elétricas integram com o mesmo e exibem deformações mecânicas. (Okuno et al 1986).

•Em 1957 descreveram pela primeira vez a facilitação pela piezoeletricidade em um tecido biológico- constrição do osso através de compressão.(Fukada e Yasuda, 1957)

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Exercícios Indicados Para Osteoporose:

• Caminhada• Jogging• Musculação• Ginástica

Localizada• Tai chi chuan• Dança de salão• Hidroginástica

• O melhor programa de treinamento para

o portador de Osteoporose é

aquele que, levando em conta as

especificidades e limitações do

paciente, envolve mais de um tipo

de exercício .

Exercícios Contra-Indicados:

• Esportes de contato (volei, futebol, basquetebol, handebol)

• Esportes que oferecem alto risco de quedas (alpinismo, ski, rapel)

• Qualquer exercício físico que aumente o risco de lesões ou fraturas

• Professor de Educação Física deve ter consciência do risco de fraturas do seu aluno, antes de pensar em um programa de treino para ele .

Cuidados:

• Cuidado com as flexões de coluna!

• A coluna torácica éuma das regiões da coluna com maior risco de fratura

(Nevitt NC et al. Bone. 1999 Nov; 25(5):613-9)

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Relative increase and decrease in intradiscal pressure in different supine, standing, and sitting postures, compared to the pressure in upright standing (100%).

(NACHEMSON,1975)

Rel

ativ

eP

ress

ure

in th

ird

lum

bar

disc

in li

ving

sub

ject

s

30 kg

70 kg

120 kg

185 kg

100 kg

Cuidados:

• Rotações de tronco e flexões laterais da coluna

• As forças de compressão nos corpos vertebrais também são muito intensas durante os movimentos

Sinaki , M., & Mikkelsen , B.A. 1984.Postmenopausal spinal osteoporosis: Flexion

versus extension exercisesArchives of Physical Medicine and Rehabilitation. 6 5

(10), 593–96

• 59 mulheres,49-60 anos(média 56 anos),pós-menopausadas com osteoporose

• Programa de treinamento:• G1- Ex. de extensão de coluna, G2 - Ex. de

flexão de coluna, • G3- Ex. de extensão + flexão de coluna, G4 –

sem exercícios.• Acompanhamento dos pacientes:média de 2

anos.• Raio-x de coluna antes e durante todo o

programa para acompanhar n de fraturas.

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• Resultados: (fraturas)

• G1 – Extensão – 16%

• G2 – Flexão – 89%

• G3 – Extensão + Flexão – 53%

• G4 – sem exercícios – 67%

Extensões de coluna são permitidas e necessárias. Mas...

(Sinaki, 1984)

Estabilização

• É necessário trabalhar os abdominais se as flexões de coluna são tão perigosas?

• Manutenção da postura e do equilíbrio;

• Modificação da pressão intra-abdominal;• Confinamento e proteção das vísceras;• Funcionamento normal da coluna;

• Estabilização da pelve

(RICHARDSON, 2002)

• Como trabalhar a musculatura abdominal sem as flexões de coluna?

Lembre-se:

• O exercício para ser osteogênico deve produzir um ambiente de forças diferente do habitual encontrado, ao qual a arquitetura óssea estaria adaptada. Uma carga que seria no início osteogênica, deixa de ser quando o osso se adapta a esta carga.

A formação óssea depende de se atingir um limiar que é influenciado pela intensidade, freqüência, amplitude e duração do estímulo intercalado por período de repouso, ultrapassado este limiar o exercício pode se tornar deletério.

(Ingrid Bakker, 2003)

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A Metaanalysis of Published Controlled Trials in Pre- and Postmenopausal Women

Wolff, J. J. van Croonenborg, H. C. G. Kemper, P. J. Kostense and J. W. R. TwiskInstitute for Research in Extramural Medicine, Vrije U niversiteit, Amsterdam, The

Netherlands Osteoporos Int (1999) 9:1–12.

The Effect of Exercise Training Programs on Bone Ma ss:

• 62 artigos 1966- 1996;• Duração = 16 semanas ou mais• DEXA: Fêmur e Coluna Lombar• Mulheres pré e pós menopausadas• Caminhada livre, caminhada na esteira, step, aeróbi ca de

baixo impacto, flexibilidade, corrida, exercícios d e alto impacto (saltitos) e exercícios contra resistência

• Resultados: exercícios previnem ou revertem a perda óssea em cerca de 1% ao ano. Esses valores foram consistentes para Coluna Lombar e Fêmur, em mulheres pré e pós menopausadas.

Effects of different sports on bone densityand muscle mass in highly trained athletes.(Andreoli et al.,Med Sci Sports Exerc. 2001

Apr;33(4):507-11 )

• Atletas de nível internacional; 18/25 anos; Judô,Karatê, Pólo Aquático e Grupo Controle (GC)

• DMO no Grupo Controle foi a menor

• DMO nos atletas de Judô e Karatê alcançaram níveis mais elevados

• DMO no grupo de Pólo Aquático foi maior que a do GC, mas menor que a do grupo de Judô e Karatê

Muito importante durante a prescrição de exercícios

• Tipo de movimento (flexões e rotações de coluna não, extensões de coluna sim, etc)

• Tipo de carga (só carga alta desencadeia a osteogênese, deve ser mais alta do que aquela com que o indivíduo está acostumado)

• Freqüência da sessão de treino (3x-5x semana)

• Velocidade de execução do movimento (lenta no início mas depois trabalhar potência)

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Cuidados durante a prescrição de exercícios:

• Trabalhar musculaturas diretamente envolvidas com o cólo do fêmur e coluna

• Estímulos em diferentes direções• Trabalho de força muscular: 3 séries de 8 a 12 rep.

Com descanso entre cada série• Repetir a mesma sessão de treino de força por no

mínimo 6 sessões de treino• Utilizar impacto (corrida, trote, step)• Cuidado com flexões e rotações de coluna• Fortalecer extensores de coluna• Fortalecer abdominais (isometria ou flexão de quadril)• Trabalho de equilíbrio; propriocepção• Aumentar flexibilidade• Aumentar a capacidade cardiorespiratória

• Manter um nível de aptidão física elevado durante o decorrer da vida deve ser visto como um componente essencial da prescrição para se alcançar e manter uma boa saúde óssea.

(ACSM, 2004)

Obrigada !

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