Definição de Direito Eletrônico

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    DIREITO ELETRNICO ou DIREITO DA INFORMTICA?

    Prof. MsC. Jos Carlos de Arajo Almeida FilhoPresidente do Instituto Brasileiro de Direito Eletrnico; Membro Efetivo do Instituto

    Brasileiro de Direito Processual, da Associao Brasileira da Propriedade Intelectual eda Sociedade Brasileira para o Progresso da CinciaLder do Grupo de Pesquisas Direito Eletrnico e Cidadania (CNPq-UCP). Professor de

    Direito Processual Civil e Coordenador da Ps-Graduao lato sensu em Processo,Justia e Cidadania da Universidade Catlica de Petrpolis.

    Mestre em Direito, Estado e Cidadania na Universidade Gama Filho-RJ

    RESUMO

    Atravs do presente trabalho pretendemos desenvolver idias, a partir de conceitos dasociologia jurdica, sobre questes que suscitam grandes controvrsias quando estamosdiante de um novo ramo do Direito. As idias de Direito da Informtica e DireitoEletrnico se confundem e se mesclam, mas necessria uma estabilizao doutrinria.O presente artigo no esgota o tema e, ao contrrio, entendemos que provocar maisdebates, para o enriquecimento da pesquisa acadmica.Palavras-chave: direito eletrnico; conceito; divergncia doutrinria.

    ABSTRACT

    Through the present work we intend to develop ideas, from concepts of legal sociology,on questions that excite great controversies when we are ahead of a new branch of theRight. The ideas of Right of Computer science and Electronic Right if confuse and ifthey mesclam, but a doctrinal stabilization is necessary. The present article does notdeplete the subject and, in contrast, we understand that it will provoke more debates, forthe enrichment of the academic research.Word-key: electronic right; concept; doctrinal divergence.

    RESUMEN

    A travs del presente trabajo nos preponemos desarrollar ideas, de conceptos de la

    sociologa legal, en las preguntas que excitan grandes controversias cuando estamosdelante de un nuevo ramo del derecho. Las ideas del Derecho de la Informtica y de laDerecha Electrnico si confunda y si ellas mesclam, pero una estabilizacin doctrinal esnecesaria. El presente artculo no agota el tema y, en contraste, entendemos queprovocar ms discusiones, para el enriquecimiento de la investigacin acadmica.Palabra-llave: Derecha Electrnico; concepto; divergencia doctrinal.

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    SUMRIO: 1 INTRODUO. 2 DIREITO E CONCEITO. 3 DIREITO DA

    INFORMTICA OU DIREITO ELETRNICO? 4 CONCLUSO. 5

    BIBLIOGRAFIA

    1 INTRODUO

    importante, antes de tratar do assunto em questo, que a posio

    manifestada neste artigo no reflete a posio do Instituto Brasileiro de Direito

    Eletrnico. Necessrio ressaltar esta questo, porque na qualidade de presidente da

    instituio, poderia parecer ser um consenso dos membros a denominao em questo

    o que no o caso.

    Tratando-se o Instituto Brasileiro de Direito Eletrnico de uma entidade

    voltada pesquisa, no se pode admitir dogmatismos. Assim sendo, a opinio de cada

    membro, dentro do maior esprito de democracia e liberdade na manifestao do

    pensamento ser sempre respeitada.

    Feita a observao, que se apresenta oportuna, o presente artigo tem por

    finalidade discutir os termos adotados hodiernamente no Brasil Direito Eletrnico ou

    Direito da Informtica. Infelizmente no se fez um balano quanto utilizao dos

    termos, mas certo que a denominao Direito Eletrnico, h dois anos passados, antes

    da criao do IBDE1, era muito tmida.

    Fazendo uma busca em apenas um dos stios de busca na Internet, o

    Google2, por exemplo, podemos observar que pela palavra-chave a proporo a

    seguinte:DIREITO ELETRNICO 2.230 referncias

    DIREITO DA INFORMTICA 3.660 referncias

    sabido inexistir uma pacificao quanto denominao a ser dada a um

    ramo do Direito que se apresenta com a insero dos novos modelos de tecnologia. Mas

    1N.A. IBDE ser adotado, neste artigo, como abreviatura do Instituto Brasileiro de Direito Eletrnico2 http://www.google.com.br

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    certo, tambm, que no se pacifica mais a adoo de termos como cincia do direito,

    do prprio direito.

    Conceituar direito, cincia do direito os qualquer ramo do Direito ser

    sempre difcil e passvel de debates acadmicos profundos o que saudvel. A fim de

    demonstrar a dificuldade em conceituar, trazemos o ensinamento do Prof. Carlos

    Alberto Bittar3, quando trata das denominaes adotadas pelo Direito de Autor:

    Diferentes denominaes recebeu ao longo dos tempos, em funo daevoluo experimentada ou em relao posio doutrinria de seupropugnador, desde a expresso propriedade literria, artstica ecientfica, com que ingressou no cenrio jurdico, a saber:

    propriedade imaterial, direitos intelectuais sobre as obras literrias eartsticas, direitos imateriais, direitos sobre bens imateriais,direitos de criao e, mais recentemente, direito autoral, direitosde autor e direito de autor. Fala-se, ainda, em autoralismo.

    Observa-se, atualmente, a preferncia pelo nome direito de autor, nadoutrina, na legislao e na jurisprudncia.

    O mesmo impasse retratado pelo Prof. Bittar, desde o ano de 1977,

    quando recebera por encomenda a escrita da obra Direito de Autor, enfrentamos hoje

    quando se est diante dos termos Direito Eletrnico, Direito da Informtica, Direito e

    Informtica, Telemtica Jurdica, Informtica Jurdica, dentre tantos outros que se

    apresentam.

    O propsito do presente artigo, contudo, visa conceituar Direito

    Eletrnico e manter a posio deste termo frente ao Direito da Informtica.

    Carentes de legislao e de jurisprudncia, os estudiosos, hoje, deste

    novo ramo do Direito que se pode classificar de natureza dentre os direitos especiais,

    so os grandes responsveis por toda discusso acadmica em torno do conflituoso

    intento de conceituar algo novo.

    3 BITTAR, Carlos Alberto.Direito de Autor. 2.ed. Forense Universitria, 1994:RJ

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    2 DIREITO E CONCEITO

    Admitimos no ser tarefa fcil conceituar Direito. Se existe divergncia

    at mesmo quanto denominao Direito, Cincia do Direito e tantas outras teorias

    acerca da prpria Teoria do Direito, como pretender pacificar definies e

    conceituaes to modernas quanto Direito Eletrnico e Direito da Informtica?

    O que pretendemos mostrar a propriedade do termo Direito Eletrnico.

    Como entender, pois, Direito? A corrente que repugna a terminologia

    Direito Eletrnico afirma que o Direito no pode ser eletrnico, porque ele no

    passvel de mecanicidade. Por outro lado, afirmaremos que o Direito no pode ser de

    uma cincia, como a Informtica. E as questes invadiro os tempos at que se

    pacifique.

    O papel do pesquisador, neste momento e nos que se seguiro, de

    grande importncia. Sem pesquisa ainda que a de contedo, que entendemos ser a

    melhor utilizada no Direito no se chegar a denominadores comuns.

    Vicente Ro4 sintetiza as noes do direito como sendo o direito um

    sistema de disciplina social fundado na natureza humana que, estabelecendo nas

    relaes entre os homens uma proporo de reciprocidade nos poderes e deveres que

    lhes atribu, regula as relaes existenciais dos indivduos e dos grupos sociais e, em

    conseqncia, da sociedade, mediante normas coercitivamente impostas pelo poder

    pblico.

    Interessante destacar a concepo de Kelsen, em sua Teoria Pura do

    Direito5, quando trata do dualismo existente entre direito objetivo e subjetivo:

    4 RAO, Vicente. O Direito e a Vida dos Direitos. Vol.I, 3.ed., Revista dos Tribunais, 1991:SP5 KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2.ed. trad. de J. Cretella Jr. e Agnes Cretella, Revista dosTribunais, 2002:SP

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    Essa contradio no pode ser suprimida, pois entre o direito objetivoe subjetivo existe uma relao e define-se este ltimo como uminteresse protegido por aquele ou a vontade reconhecida garantida poraquele. Sua inteno original, o dualismo do direito objetivo esubjetivo, traduz o pensamento de que este precede aquele, tanto lgicacomo temporalmente.

    Assim, ao entendermos o significado do direito, podemos admitir, como

    Kelsen, mtodos de produo do direito. Esta distino entre mtodos, Kelsen6 trata ao

    traduzir a anttese entre direito pblico e direito privado.

    Mas no sero nos tratados de Direito, sob nossa tica, que

    encontraremos a melhor posio para definir o que este venha a ser. E assim se afirma

    porque o direito no existe por caprichos, mas deve estar intimamente ligado a outrosramos do conhecimento. Em se tratando de denominar, ou conceituar, Direito

    Eletrnico, entendemos que a sociologia jurdica a melhor ferramenta para atingirmos

    o desiderato. Georges Gurvitch7 trata, em sua obra, das espcies de direito

    correspondentes s formas de sociabilidade:

    Siendo toda forma de sociabilidad activa que realiza un valor positivo,productora de derecho, siendo , lamicrosociologa jurdica debe distinguir, por conseguiente, tantasespecies de derecho como formas hay de esta sociabilidad.

    O Professor Gurvitch apresenta uma classificao horizontal, fazendo

    distino entre:

    - Direito Social e Direito Individual- Direito de Integrao na massa, Direito de integrao na comunidade e Direito

    de integrao na comunho- Os direitos interindividuais e o Direito individual misto e,- Fuses suprafuncionais

    6Op.cit.7 GURVITCH, Georges.Elementos de Sociologa Jurdica. Editorial Comares, S.L., 2001: Granada

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    E se o Direito pode perpassar os campos da individualidade e atingir o

    campo do social, da integrao de massa e da comunho, certo que nosso tema j se

    aponta para a definio de Direito Eletrnico:

    Segundo, ainda, Gurvitch, no mesmo texto:

    A pesar de esta reserva, llegamos a una grand multiplicidad de formasdel derecho social espontneo ( esquemticamente hablando, ao menosde veinticuantro ), comezando con el derecho social particularista de lamasa unifuncional y terminando com el derecho comn de integracinen la comunin suprafuncional, entre las cuales se intercalaran, porejemplo, el derecho comn de la masa multi o suprafuncional, elderecho particularista de la comunidad o de la comunin en lacomunidad multi o suprafuncional y as sucessivamente.

    E se por diversas formas se pode, ou, pelo menos, se pretende definir

    Direito, ser exatamente no campo da sociologia jurdica que conseguiremos definir e

    defender a tese de que a conceituao mais correta ser a de Direito Eletrnico.

    3 DIREITO DA INFORMTICA OU DIREITO ELETRNICO?

    No sendo tarefa fcil definir o que venha a ser Direito, entendemos quemais rdua a tarefa de definir um novo ramo que surge Direito da Informtica ou

    Direito Eletrnico?

    Doutrinadores ptrios, de reconhecida autoridade no assunto, como os

    professores Paulo S Elias, Omar Kaminski e Aldemario Araujo Castro8 defendem a

    tese de que a denominao mais correta seria Direito da Informtica.

    Segundo o Prof. Aldemario Araujo Castro9:

    Direito da Informtica10 disciplina que estuda as implicaes eproblemas jurdicos surgidos com a utilizao das modernas tecnologias

    8 Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eletrnico9 Definio obtida na pgina pessoal do Prof. Aldemario Araujo Castro e inserida na apostila de DireitoEletrnico do autor. Os endereos na Internet so: http://www.aldemario.adv.br ehttp://www.almeidafilho.adv.br/academica

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    da informao ( Droit de L'Informatique, Derecho de Informatica,Diritto dell'Informatica, Computer Law, Cyber Law).

    Contudo, diante da definio que ora se apresenta, no se pode admitir

    que um ramo novo do Direito seja definido com tamanha simplicidade. Em que pesetodo o respeito atribudo ao Prof. Aldemario Araujo Castro, sempre ousamos em

    divergir de sua posio.

    Se as relaes e implicaes so oriundas das modernas tecnologias da

    informao, no se pode restringir o Direito a um ramo especfico de outra rea do

    conhecimento. No podemos admitir que o Direito seja da Informtica, nem ao menos,

    quando se trata da Informtica Jurdica, que os conhecimentos se apresentem todissociados.

    Em verdade, estamos diante de um ramo transdisciplinar11.

    Transdisciplinaridade, pois, se define como:

    A transdisciplinaridade, como prefixo trans indica, diz respeitoquilo que est ao mesmo tempo entre as disciplinas, atravs das

    diferentes disciplinas e alm de qualquer disciplina. Seu objetivo acompreenso do mundo presente, para o qual um dos imperativos aunidade do conhecimento.12

    Assim sendo, a partir do momento em que o Direito tem por natureza

    tratamentos transdisciplinares, que vo alm da multidisciplinariedade e da

    interdisciplinaridade, definir este novo ramo como sendo prprio de uma cincia, ou

    seja, da Informtica, desprezar todos os demais meios de comunicao e tcnicas que

    esto alm desta, mas, ao mesmo tempo, entre esta.

    10 Cf. nota do autor - (1) "75. Contratos civiles y comerciales, cit., t. 2, p.347. Seguindo o mesmoraciocnio, o autor (Carlos Alberto Ghersi) distingue tambm 'direito informtico' de 'informtica jurdica'. Esta tem o direito como instrumento e o ordena, sistematiza, como, por exemplo, ainformatizao dos rgos do Poder Judicirio, ao passo que o direito informtico se refere atividadeinformtica como objeto do direito, por meio de sua regulamentao ou soluo de conflitos que com estese relacionem." Barbagalo, Erica Brandini. Contratos Eletrnicos. Editora Saraiva. 2001. Pg. 39.11 N.A. A transdisciplinaridade um movimento nascido no Sculo XX, inicialmente por algunspesquisadores, como Piaget, mas relegado ao esquecimento. s portas do Sculo XXI se d um novogrito de alerta ao tratamento global, ou se preferirem, holstica do mundo.12 NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da Transdisciplinaridade - Hugin Editores, Lisboa: 2000

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    Admitir o Direito como sendo de uma rea da cincia, poderemos ter a

    definio de Direito da Informtica. Contudo, o Direito no da Informtica, mas se

    apresenta como meio de dirimir conflitos oriundos de todos os seguimentos da

    sociedade.

    A partir do momento em que insistimos ser o termo Direito da

    Informtica ultrapassado, necessria se faz uma justificativa pela contraposio

    definio do Prof. Aldemario.

    Analisando o conceito do Professor Aldemario, podemos alavancar nossa

    teoria de que a denominao mais correta a de Direito Eletrnico, porque nem todos

    os canais de comunicao da era moderna so afeitos, especificamente, informtica.

    Ainda que no se possa assim admitir, porque a informtica uma realidade presente e

    substancialmente importante, se partirmos da premissa que tudo envolve a informtica,

    primariamente, em um campo secundrio a informtica deixa de ter importncia e

    passamos a uma segunda fase que eletrnica.

    Talvez seja melhor uma exemplificao, com o fim de no tumultuar os

    conceitos.

    H um caso concreto, sobre o qual emitimos parecer, onde uma

    determinada pessoa cede sua assinatura para que a mesma seja reproduzida por meio de

    scanner13

    .A uma primeira vista temos uma reproduo originria de meios prprios da

    informtica. A partir do momento, contudo, em que este meio digital reproduzido,

    passamos a um universo maior, que importa em conhecimentos mais abrangentes doque os restritos informtica.

    No caso em tela, esta assinatura foi reproduzida em notas promissrias e

    interessante a leitura do parecer.

    13Hardware utilizado para cpia digital de imagens.

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    Assim sendo, quando admitimos que a informtica uma fonte primria

    inclusive geradora de direitos e deveres -, passamos a uma segunda etapa, admitindo

    fontes secundrias e, assim, teremos um conceito mais abrangente quando adotamos o

    termoDireito Eletrnico.

    E certo que a informtica espcie do gnero eletrnica.

    Desta forma, entendemos por Direito Eletrnico14 o conjunto de normas

    e conceitos doutrinrios, destinados ao estudo e normatizao de toda e qualquer relao

    onde a informtica seja o fator primrio, gerando direitos e deveres secundrios. ,

    ainda, o estudo abrangente, com o auxlio de todas as normas codificadas de direito, a

    regular as relaes dos mais diversos meios de comunicao, dentre eles os prprios da

    informtica.

    4 CONCLUSO

    Vivemos em uma sociedade que j tratada como sendo da informao.

    Desde Gutenberg parece-nos que tamanha revoluo em termos de informao no

    existiu, at os dias de hoje.

    Sob o ttulo O Excesso de Informao A Neurose do Sc. XXI15, o

    consultor Ryon Braga define informao como sendo:

    Para Shamon, autor do livro A teoria matemtica da comunicao,informao tudo aquilo que reduz a incerteza. Partindo desta premissa,o que vivemos hoje no poderia ser definido como Era da Informao,

    uma vez que temos uma exploso de dados e fatos que, isoladamente,no tm significado e no produzem compreenso. Sem isso, noreduzem a incerteza e, portanto, passam a ser no-informao.

    14N.A. entendemos oportuna a definio de documento eletrnico, nesta nota: documento eletrnico toda e qualquer representao de um fato, decodificada por meios utilizados na informtica, nastelecomunicaes e demais formas de produo ciberntica, no perecvel e que possa ser traduzido pormeios idneos de reproduo, no sendo admitido, contudo, aquele obtido por meio de designer grfico.15InRevista @aprender Virtual, Ed. 14, Ano 3, n 05. Set/out 2003.CM Editora, SP

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    No citado artigo, Ryon faz uma pesquisa numrica sobre o acesso

    informao16. Diante destes nmeros, pretendemos chegar a uma concluso. Assim,

    segundo o articulista, temos:

    178.820 pgina na Internet (at 30 de julho de 2003); 6.884 artigos cientficos publicados nas revistas da rea de sade nos ltimos 12

    anos;

    4.748 artigos cientficos publicados em revistas da rea de educao nos ltimos10 anos;

    1.387 artigos e matrias de jornais e revistas informativas ( s em portugus ),publicados nos ltimos cinco anos;

    557 livros ( sendo 32 em portugus e o restante em ingls ).

    Assim sendo, temos, em termos de informao, informtica,

    educao e tantos outros temas, o envolvimento do Direito. Os meios de comunicao,

    nos dias de hoje, esto voltados para a Internet, atravs de diversos stios. As pesquisas

    nas Universidades vm sendo realizadas, em grande parte, pela Internet o que

    consideramos ser perigosa, porque h excesso de informao e, desta forma, no-

    informao.

    Mesclamos, assim, nos conceitos de transdisciplinaridade, o

    Direito Educacional, o Direito Comercial, o Direito Processual etc. No podemos,

    diante desta transdisciplinaridade, reduzir o Direito a uma rea do conhecimento

    especfica, como a Informtica.

    Os documentos so eletrnicos e as transaes pela Internetocorrem da mesma forma. Os atos processuais j podem ser praticados por meios

    eletrnicos17. A Educao Distncia conta com uma grande ferramenta que a

    informtica, mas que mesma no se restringe.

    16 A pesquisa do articulista foi baseada em pesquisa sobre Crianas hiperativas. Assim sendo, os dadosem questo tratam deste tema e no de um nmero de pginas e artigos na Internet, de modo global.17 Ver a Lei do Fax e a Lei dos Juizados Especiais Federais

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    Assim sendo, diante de todos os conceitos explanados no

    presente artigo, firmamos com convico que o termo a ser adotado o de Direito

    Eletrnico.

    Contudo, diante do vasto campo da academia, atravs de

    pesquisas e novos conceitos a serem tratados, o debate se apresenta de fundamental

    importncia.

    5. BIBLIOGRAFIA

    ALMEIDA FILHO, Jos Carlos de Arajo. Apostila para a cadeira de Direito e

    Informtica. Disponvel em http://www.almeidafilho.adv.br/academica. Do prprio

    autor.

    ___________________________________. Introduo ao Estudo do Direito da

    Informtica. Forense. No prelo.

    BITTAR, Carlos Alberto.Direito de Autor. 2.ed. Forense Universitria, 1994:RJ

    CASTRO, Aldemario Araujo. Informtica Jurdica. Disponvel em

    http://www.aldemario.adv.br. Do prprio autor.

    GURVITCH, Georges. Elementos de Sociologa Jurdica. Editorial Comares, S.L.,

    2001: Granada

    KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 2.ed. trad. de J. Cretella Jr. e Agnes Cretella,

    Revista dos Tribunais, 2002:SP

    NICOLESCU, Basarab. O Manifesto da Transdisciplinaridade - Hugin Editores,

    Lisboa: 2000

    RAO, Vicente. O Direito e a Vida dos Direitos. Vol.I, 3.ed., Revista dos Tribunais,

    1991:SP

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    PERIDICOS

    Revista de Direito Eletrnico http://www.ibde.org.br/revista

    Revista @prender Virtual