Daniel Martini,Promotor de Justiça.

Master Direito Ambiental Internacional – CNR – ROMA/ITÁLIA -2008/2009;

Doutorando em Direito Ambiental – Universidade de Roma3/ITÁLIA –2008/2013

1

CF, art. 225, § 3º:

“As condutas e atividades consideradas

lesivas ao meio ambiente sujeitarão oslesivas ao meio ambiente sujeitarão os

infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a

sanções penais e administrativas,

independentemente da obrigação de reparar

os danos causados .”

2

RESPONSABILIDADE PENAL

• Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

“Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e administrativas derivadas de condutas e

atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.”

3

Lei 9605/98

• I – Disposições gerais

• II – Da aplicação da pena

• III – Da apreensão do produto e do instrumento de infração administrativa ou instrumento de infração administrativa ou crime

• IV – Da ação e do processo penal

4

Lei 9605/98

• V – Dos crimes contra o meio ambiente• Seção I – Dos crimes contra a fauna (29 a 37)

• Seção II – Dos crimes contra a flora (38 a 53)

• Seção III – Da poluição e outros crimes ambientais (54 a •61)

• Seção IV – Dos crimes contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural (62 a 65)

• Seção V – Dos crimes contra a administração ambiental (66 a 69-A)

5

Lei 9605/98

• VI – Da infração administrativa

• VII – Da cooperação internacional para a preservação do meio ambientepreservação do meio ambiente

• VIII – Disposições finais

6

• Só a União pode legislar sobre crimes ambientais (art. 22, I, da CF) –

COMPETÊNCIA PRIVATIVA (mas, art. 23, VI – COMPETÊNCIA

LEI DOS CRIMES AMBIENTAIS - Lei n. 9.605/98

MATERIAL COMUM).

•Aplicação subsidiária do CP e do CPP (art. 79)

•Existem crimes/contravenções em leis esparsas

7

DISPOSIÇÕES GERAIS - tipos penais ambientais

1. Lei 9605/98;

2. Lei 6453/77 (arts. 23, 26 e 27- atividade nucleares);

3. Lei 6766/79 (Loteamentos) e alguns do CP (artigo 250 - incêndio);

4. Lei 7643/87 (Cetáceos - golfinhos e baleias);

5. Decreto-Lei 3688/41 (LCP);

6. Lei 8176/91 ( crimes contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoques de Combustíveis.6. Lei 8176/91 ( crimes contra a ordem econômica e cria o Sistema de Estoques de Combustíveis.

7. Lei 11105/05 (biossegurança - arts. 24 a 29);

8. Lei 11284/06 (gestão de florestas públicas - acrescentou os arts. 50-A e 69-A a

LCA);

9. Lei 11428/06 (Mata Atlântica - art. 38 – A - LCA);

10.Lei 7802/89 (AGROTÓXICOS), alterada pela Lei 9974/00;

11. Lei 12305/10 (Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos) - alterou a LCA;

12. Outros (ex. art. 10 da Lei 7347/85).

Responsabilidade penal ambientalResponsabilidade penal ambiental

�� Motivações:Motivações:•• InsuficiênciaInsuficiência dada responsabilidaderesponsabilidadeadministrativaadministrativa;;

•• NecessidadeNecessidade dede avançoavanço nana responsabilidaderesponsabilidadecivilcivil;;civilcivil;;

•• RespostaResposta socialsocial (bem(bem ambientalambiental --danosidadedanosidade coletiva)coletiva);;

•• InstrumentoInstrumento dede pressãopressão àà soluçãosolução dodoconflitoconflito;;

•• InstrumentoInstrumento dede prevençãoprevenção geralgeral ee especialespecial;;

•• InstrumentoInstrumento dede efetividadeefetividade dasdas normasnormas

Responsabilidade penal ambientalResponsabilidade penal ambiental

�� Prevenção geralPrevenção geral•• Necessidade de enfrentar os riscos (danos e Necessidade de enfrentar os riscos (danos e degradações podem ser irreversíveis);degradações podem ser irreversíveis);

•• Tipos de perigo (Tipos de perigo (artsarts. . 5555, , 5656 e e 6060 da Lei nº 9.605/98)da Lei nº 9.605/98)

�� Prevenção especialPrevenção especial•• Muitos crimes Muitos crimes culposos culposos (inobservância do dever de (inobservância do dever de cuidado objetivo);cuidado objetivo);

•• Ofensas derivadas de condutas Ofensas derivadas de condutas omissivas omissivas (art. 68);(art. 68);

•• Crimes Crimes omissivos culpososomissivos culposos (art. 68, parágrafo único);(art. 68, parágrafo único);

•• Crimes Crimes comissivos por omissão.comissivos por omissão.

Responsabilidade penal ambientalResponsabilidade penal ambiental

�� Busca de novas formas da célere Busca de novas formas da célere reparação do dano (reparação do dano (artsarts. 12, 17, 19, . 12, 17, 19, 20, 27 e 28);20, 27 e 28);

•• Composição do dano,Composição do dano,•• Composição do dano,Composição do dano,

•• Transação penal;Transação penal;

•• Suspensão condicional do processoSuspensão condicional do processo

�� Responsabilidade penal da pessoa Responsabilidade penal da pessoa jurídica;jurídica;

Características Gerais dos TiposCaracterísticas Gerais dos Tipos

�� BemBem jurídicojurídico protegidoprotegido:: meiomeio ambienteambiente emem suasuadimensãodimensão globalglobal:: MACROBEMMACROBEM ee MICROBENSMICROBENSAMBIENTAISAMBIENTAIS

�� NormasNormas emem brancobranco -- ““estabelecemestabelecem umauma penapena paraparaumauma condutaconduta queque sese encontraencontra individualizadaindividualizada emem outraoutraleilei”” ((artsarts.. 3434;; 3535,, II;; 3636;; 3737;; 3838));;leilei”” ((artsarts.. 3434;; 3535,, II;; 3636;; 3737;; 3838));;

�� TiposTipos abertosabertos -- conceitosconceitos genéricosgenéricos queque demandamdemandaminterpretaçãointerpretação noutrasnoutras áreasáreas dodo conhecimentoconhecimento aoaovaloraçãovaloração subjetivasubjetiva ((artsarts.. 2929;; 3838))

�� ElementosElementos normativosnormativos

�� TiposTipos dede perigoperigo -- concretoconcreto ee abstratoabstrato (distribuição(distribuição dodoônusônus dada prova)prova)

NORMA PENAL EM BRANCO

• É aquela que depende de uma complementação paraperfeita adequação típica. A pena está determinada,faltando apenas a complementação de seuconteúdo.

• Pode ser:

– NPB em sentido lato ou homogêneo: acomplementação vem da mesma fonte formal(lei);

– NPB em sentido estrito ou heterogêneo: acomplementação vem de fonte diversa (atoadministrativo, portaria, decreto, etc).

13

NORMA PENAL EM BRANCO

• Trata-se de um “corpo errante em busca de sua alma” (Binding).

• Princípio da reserva legal?• Princípio da reserva legal?

• Admite-se, caso não haja cominação penal incriminadora

14

NORMA PENAL EM BRANCO E TIPOS ABERTOSNORMA PENAL EM BRANCO E TIPOS ABERTOS

� A norma penal em branco não seconfunde com o tipo aberto, aqueleque não apresenta a descrição típicacompleta e exige uma atividadecompleta e exige uma atividadevalorativa do Juiz. Nele, omandamento proibitivo inobservadopelo sujeito não surge de formaclara, necessitando ser pesquisadopelo julgador no caso concreto.

1515

TIPO ABERTO/NPB

• Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar,

utilizar espécimes da fauna silvestre,nativos ou em rota migratória, sem adevida permissão, licença ou autorização dadevida permissão, licença ou autorização daautoridade competente, ou em desacordocom a obtida:

• Pena - detenção de seis meses a um ano, emulta.

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NORMA PENAL EM BRANCO

• Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:

• Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

• Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

• I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

• II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

• III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

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NORMA PENAL EM BRANCO

• Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar,exportar, comercializar, fornecer, transportar,armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produtoou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde

humana ou ao meio ambiente, em desacordo comhumana ou ao meio ambiente, em desacordo comas exigências estabelecidas em leis ou nosseus regulamentos:

• Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

18

Lei 12305/2010

• Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm aseguinte classificação:

• II - quanto à periculosidade:

• a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suascaracterísticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade,teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativorisco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordocom lei, regulamento ou norma técnica;

• b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea“a”.

19

20

21

RESOLUÇÃO No 452, DE 02 DE JULHO DE 2012

• Art. 2 Para efeitos desta Resolução serão adotadas as seguintes definições:

• I - Resíduos Perigosos - Classe I: são aqueles que se enquadrem em qualquercategoria contida no Anexo I, a menos que não possuam quaisquer dascaracterísticas descritas no Anexo III, bem como os resíduos listados nos Anexos IIe IV;

• II - Resíduos Não Inertes - Classe IIA: são aqueles que não se enquadramnas classificações de Resíduos Perigosos - Classe I ou de Resíduos Inertes - Classenas classificações de Resíduos Perigosos - Classe I ou de Resíduos Inertes - ClasseIIB;

• III - Resíduos Inertes - Classe IIB: quaisquer resíduos que, quando amostrados deuma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos a umcontato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperaturaambiente, conforme ABNT NBR 10.006, não tiverem nenhum de seusconstituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões depotabilidade da água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor,conforme Anexo G da ABNT NBR 10.004;

• ....

22

RESOLUÇÃO CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005

• Art. 3o Todo o óleo lubrificante usado oucontaminado coletado deverá serdestinado à reciclagem por meio dodestinado à reciclagem por meio doprocesso de rerrefino.

23

24

NORMA PENAL EM BRANCO/TIPOS ABERTOS

• NBR 10004

• NBR 12235• NBR 12235

• LAUDO PRELIMINAR

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CLASSIFICAÇÃO

CRIME DE DANO: exige lesão ao bem jurídico tuteladopenalmente (ex. art. 38 da LCA)

CRIME DE PERIGO: se consuma com a mera possibilidadede dano (exposição do bem jurídico tutelado a perigo de dano). - ex. art. 54 da LCA.dano). - ex. art. 54 da LCA.

PERIGO ABSTRATO: (originário de uma presunção trazidapela lei em um determinado caso concreto, diante de um comportamento positivo ou negativo)

PERIGO CONCRETO: (que precisa ser comprovado)

• Muitos crimes ambientais são de perigo, e de perigo

abstrato

(Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer

PENAL AMBIENTAL

funcionar, em qualquer parte do território nacional,

estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente

poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos

ambientais competentes, ou contrariando as normas

legais e regulamentares pertinentes).

Detenção de 1-6m, ou multa, ou ambos.27

• CRIME AMBIENTAL. DEPÓSITO E COMÉRCIO ILEGAL DE FOGOS DE ARTIFÍCIO.COMPETÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. DOLO.

• Ainda que o poder de fiscalização da atividade seja efetuado pelo Exército, amantença em depósito e comercialização de fogos de artifício em desacordo comas exigências legais não se trata de infração penal praticada em detrimento debens, serviços ou interesse da União e não se encontra elencado no art. 109 da CF.Trata-se de crime contra o meio ambiente, sendo de competência da JustiçaEstadual. Réu que, devidamente intimado, com 03 meses de antecedência, paraser interrogado, não compareceu alegando exame médico. Hipótese em que nãocaracterizado motivo algum de força maior. Cerceamento de defesa não

caracterizado. Crime de perigo abstrato, que se caracteriza com a simplescaracterizado. Crime de perigo abstrato, que se caracteriza com a simplesconduta de manter em depósito e/ou comercializar produtos nocivos ao

meio ambiente, sendo desnecessário dano à flora para suaconsumação. Réu que é empresário antigo do ramo de fogos deartifício, ciente das exigências legais, e que, notificado em março de 2007da necessidade de renovação da licença, se manteve inerte até vistoriarealizada no final de setembro do mesmo ano. Elemento subjetivosuficientemente comprovado.

• APELO NÃO PROVIDO.

• (TJRS - Recurso Crime Nº 70041486762 - Julgado em 25 de agosto de 2011 –Relator Des. Marcelo Bandeira Pereira) 28

PRINCÍPIOS GERAIS

CRIMES DE PERIGO ABSTRATO: O Direito Penal Ambiental(DPA) se alimenta dos princípios do direito ambiental.Trabalha em grande parte com os crimes de perigoabstrato, que militam em favor do princípio da prevenção(ex. art. 56 da Lei 9605/98) - meras condutas que ponhamem perigo o bem jurídico tutelado configuram tipos penaisem perigo o bem jurídico tutelado configuram tipos penaisambientais;

PRINCÍPIO DO POLUIDOR PAGADOR: prévia composição dodano ambiental como pré-requisito à transação penal (art.27) ou a reparação do dano para extinção da punibilidade(art. 28, I)

COMPETÊNCIA

REGRA GERAL: Art. 69 do CPP - lugar da infração (lugar onde se consumar a infração ou, se tentado, último ato de execução -art. 70) , domicílio ou residência do infrator (art. 72 do CPP), natureza da infração, distribuição, conexão ou continência.PREVENÇÃO: qdo incerto o limite jurisdicional entre duas ou maisjurisdições ou incerta a jurisdição;

CRIMES AMBIENTAIS, EM REGRA DEFINE-SE A COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA: ART. 74 do CPP - justiça estadual ou federal: (Art. 109, IV, da CF): compete aos juízes federais processar e julgar os crimes políticos e as infrações penais praticadas emdetrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suasentidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.

COMPETÊNCIA

"2. A competência para o processo e julgamento dos crimescontra o meio ambiente, após a edição da Lei 9605/98,somente será da Justiça Federal se houver lesão a bens,serviços ou interesses da União, ou seja, por exemplopraticados no interior de Unidades de Conservação criadas eadministradas pelo Poder Público Federal (REservasadministradas pelo Poder Público Federal (REservasBiológicas, REservas Ecológicas, Estações Ecológicas, ParquesNacionais, FLorestas Nacionais, Áreas de Proteção Ambiental,Áreas de Relevante Interesse Ecológico e REservasExtrativistas)."TRF - 1ªR - 2001.43.00.001549-7/TO)

COMPETÊNCIA

"1.Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes contra o meio ambiente envolvendo também a fauna e a flora-, bem de uso comum do povo (CF - art. 225). Todavia, incide a competência da justiça federal quando o delitoocorrer em águas ou terras da União, ou quando o bematingido for de sua propriedade por ato jurídico específico. atingido for de sua propriedade por ato jurídico específico. Precedente do STF (RE 300.244-9/SC).2. A pesca ocorrida emmar territorial configura crime da competência federal, poisocorrente em bem de propriedade da União (CF, art. 20, VI)."

TRF 1º R - 2001.39.00.006832-7/PA

COMPETÊNCIA

Para os crimes e contravenções penais cuja penamáxima não seja superior a dois anos - denominadosinfrações penais de menor potencial ofensivo - acompetência para conciliação, julgamento eexecução é do Juizado Especial Criminal (art. 61 daexecução é do Juizado Especial Criminal (art. 61 daLei 9099/95 (modificado pela Lei 11313/06),conforme determinação constitucional (art. 98, I, daCF).

Qual a competência para processar e julgar infrações ao processar e julgar infrações ao meio ambiente do trabalho?

34

Conceito de meio ambiente e características

• Natural (art. 225, caput, § 1º, I e II)

• Artificial (arts. 225; 182 e 21, XX)• Artificial (arts. 225; 182 e 21, XX)

• Cultural (art. 216)

• Trabalho (arts. 7º, XXII e 200, VIII)

35

Conceito de meio ambiente e características

• Trabalho:

– Baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica do trabalhador;psíquica do trabalhador;

– Art. 7° (XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança);

– Art. 200, VIII, CF (Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.)

36

Competência – meio ambiente do trabalho (FIORILLO)

• Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

• I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

• IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

37

Lei 8213/91

• Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício dotrabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalhodos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei,provocando lesão corporal ou perturbação funcional quecause a morte ou a perda ou redução, permanente oucause a morte ou a perda ou redução, permanente outemporária, da capacidade para o trabalho.

• § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidascoletivas e individuais de proteção e segurança da saúde dotrabalhador.

• § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixara empresa de cumprir as normas de segurança e higiene dotrabalho.

38

• Na ACP, a competência é da Justiça doTrabalho se versar pedidos voltados àpreservação do meio ambiente do trabalho(STF RE 206220/MG – STJ CC31469/SP)

• Ação por dano moral e material decorrente de• Ação por dano moral e material decorrente deacidente do trabalho é da competência da JT(Conflito de Competência 7204 - STF)

• Logo, competente a JT para aplicar as sançõespenais decorrentes do âmbito do meioambiente do trabalho (Fiorillo).

39

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA-Dto penal como ultima ratio: a tutela dos bens ambientais dizrespeito a toda a coletividade, já que conectados à complexaequação biológica que garante a vida humana no planeta (AnaMaria Moreira Marchesan e outras);

- Bem jurídico telulado: o ecossistema, constitucionalmentetutelado, o que impossibilita a aplicação do princípio datutelado, o que impossibilita a aplicação do princípio dabagatela (TRF 4ª Região - AC 200572000047598/SC). A higidezambiental (AC 200572000009044);

- Por isto, só excepcionalmente se admite a aplicação doPrincípio da Insignificância (Vladimir e Gilberto Passos deFreitas). Nos casos de menor relevância, transação oususpensão do processo (arts. 76 e 89 da Lei 9099/95);

• APELAÇÃO - CRIME. MEIO AMBIENTE. Alteração de fachada de prédio considerado patrimônio histórico da cidade. Reconstituição probatória suficiente à imposição de condenação criminal. Inviável a aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais, já que o dano ambiental não pode ser ambientais, já que o dano ambiental não pode ser quantificado, pois atinge toda a coletividade. Condenação mantida. Apelo improvido. Unânime.

• (TJRS - Apelação Crime Nº 70042833103 - Julgado em 25 de agosto de 2011 - Relatora Des. Aristides Pedroso de Albuquerque Neto)

41

Mas, veja bem....

• CRIME AMBIENTAL. ARTIGO 46, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 9.605/98. GUARDA DE MADEIRA SEM AUTORIZAÇÃO. REJEIÇÃO DA DENÚNCIA. DECISÃO CONFIRMADA. FUNDAMENTO DIVERSO.

• A rejeição da denúncia pelo princípio da insignificância, embora certa resistência jurisprudencial, tem sido aceita por recentes decisões do STJ, especialmente em casos como o presente em que não se vislumbra lesão especialmente em casos como o presente em que não se vislumbra lesão ao bem jurídico tutelado pela legislação de regência. Correta, portanto, a decisão que rejeitou a denúncia por guarda de uma tora de angico encontrada às margens de rio.

• RECURSO MINISTERIAL DESPROVIDO

• (TURMA RECURSAL CRIMINAL - Recurso Crime Nº 71003161155 - Julgado em 15 de agosto de 2011 – Relator Dr. Edson Jorge Cechet)

42

Veja bem (2)....

• APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME AMBIENTAL. ART 48, CAPUT, DA LEI 9.605/98. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. SENTENÇA ABSOLUTÓRIA MANTIDA.

• O corte de cinco árvores existentes em área de mata nativa em bom estado de preservação, na propriedade do réu, as quais foram utilizadas na reforma de sua casa e para abrigar sua família, autoriza a aplicação do na reforma de sua casa e para abrigar sua família, autoriza a aplicação do princípio da insignificância. Assim, sendo mínimo o dano verificado e insuficiente a conduta para provocar desequilíbrio ambiental, deve ser mantida a sentença absolutória, haja vista a falta de ofensa grave ao bem jurídico tutelado, de modo a caracterizar o injusto típico.

• RECURSO MINISTERIAL IMPROVIDO.

• (TURMA RECURSAL CRIMINAL - Recurso Crime Nº 71003237880 - Julgado em 29 de agosto de 2011 – Relatora Presidente Dra. Cristina Pereira Gonzales)

43

•Assim, a jurisprudência tem sido casuística...

44

• Ação é sempre pública incondicionada (art. 26);

• Na maioria das infrações, o fato é ilícito porque agente

PENAL AMBIENTAL

• Na maioria das infrações, o fato é ilícito porque agente

atuou sem autorização legal, licença ou em desacordo

com as determinações legais. Então, agente não é

punido por ter praticado o fato, mas por não ter

autorização, ou por ter descumprindo suas condições.

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DOLO X CULPA

•Até a Lei n. 9.605/98, só se punia por dolo. E os

derramamentos de óleo em mar? (Art. 54. Causar

poluição de qualquer natureza em níveis tais que

resultem ou possam resultar em danos à saúde humana,

ou que provoquem a mortandade de animais ou a

destruição significativa da flora).

Doloso: Reclusão de 1-4a e multa.

Culposo: Detenção de 6m-1a e multa.

46

• S.A: qualquer pessoa, particular ou pessoa jurídica,

menos poder público (porque não se admite benefício do

poder público com o crime ambiental).

PENAL AMBIENTAL

• S.P: o principal é a sociedade (titular do objeto jurídico),

e o indireto pode ser certa pessoa (titular do objeto

material, que pode ser o particular ou o poder público).

• O.J.: direito ao MA qualificado

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“Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes

previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida

da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro

de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou

mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de

outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-

la.”

Art. 2°

la.”

-1ª parte: repete o artigo 29,”caput”, do CP – aplicação

subsidiária, por força do artigo 79 da LCA ; coautoria,

participação, ação ou omissão.

- 2ª parte: omissão penalmente relevante (crime omissivo impróprio

ou comissivo por omissão) – art. 13, § 2º, a, do CP: dois requisitos:

conhecimento da existência do crime e poder de evitá-lo.

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“As pessoas jurídicas serão responsabilizadasadministrativa, civil e penalmente conforme o dispostonesta Lei, nos casos em que a infração seja cometidapor decisão de seu representante legal ou contratual,ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefícioda sua entidade.

Art. 3°

da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoasjurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.”

49

Responsabilidade Penal da PJ

• Requisitos:

– Deliberação no âmbito da pessoa jurídica (decisão do dirigente);

– Interesse ou benefício da pessoa jurídica;

– Autor material vinculado à pessoa jurídica (deve ser – Autor material vinculado à pessoa jurídica (deve ser identificado na denúncia)- ??????;

– Utilização da estrutura (poderio) da pessoa jurídica;

– Atuação na esfera das atividades da pessoa jurídica.

• É uma novidade a responsabilidade penal da pessoa

jurídica no direito brasileiro?jurídica no direito brasileiro?

51

Lei 8213/91

• Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

• § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e • § 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

• § 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

52

• É cabível HC para trancar ação penal e beneficiar pessoa jurídica?pessoa jurídica?

53

HABEAS CORPUS Nº 2003.01.00.005411-7 – PARÁ

Cumpre, primeiramente esclarecer, conforme expusquando analisei o pedido liminar, que, nos termos do disposto no art. 5º, LXVIII da ConstituiçãoFederal, o habeas corpus destina-se à proteção do direito individual de ir e vir, não servindo, pois, para resguardar direito de pessoa jurídica, razão pela qual se apresentainviável o pedido com relação à primeira Paciente – BELÉM PESCA LTDA. Precedentes: HC 2002.01.00.003993-LTDA. Precedentes: HC 2002.01.00.003993-0/MA, Rel. Juiz Olindo Menezes, 3ª Turma, DJ de 05/04/02, p. 138 e HC 2001.01.00.020011-6/PA, 3ª Turma, Rel Juíza Maria de Fátima de Paula Pessoa Costa, DJ de 08/08/01, p. 15.

Assim sendo, não havendo, no caso que ora se examina, interesse diretoe específico da União, que autorize a absorção da competência pelaJustiça Federal, forçoso é concluir pela sua incompetência paraprocessar e julgar o feito, razão pela qual concedo a ordem de habeas corpus em relação aos pacientes Luiz Maurício Alves e Manoel de Jesus Silva e em relação à pessoa jurídica Belém Pesca S/A, extingo o processo sem exame de mérito, eis que o remédio jurídico só se prestapara assegurar a liberdade de locomoção de pessoa física.

• MS 23497 SC 2005.04.01.023497-2 TRF4

• 31/08/2005

• Ementa

• MANDADO DE SEGURANÇA. TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL. PESSOAJURÍDICA.CABIMENTO. CRIME AMBIENTAL. LEGITIMAÇÃO ATIVA DE PESSOAJURÍDICA.TRANSAÇÃO PENAL. PENA MÁXIMA SUPERIOR A 02 ANOS.1.JURÍDICA.TRANSAÇÃO PENAL. PENA MÁXIMA SUPERIOR A 02 ANOS.1.

• Ainda que se entenda o habeas corpus como via adequada para o trancamento de

ação penal, em se tratando de pessoa jurídica, não há falar em eventualconstrangimento à liberdade, devendo, portanto, ser admitido o mandadode segurança para tal fim.2. Consoante a doutrina e a jurisprudência desteRegional, com base no disposto no artigo 225, § 3º, da Constituição Federal, bemcomo no artigo 3º da Lei nº 9.605/98, a pessoa jurídica é passível de ser sujeitoativo de crime ambiental.3. Cuidando-se de crime cuja pena máxima em abstratoprevista é superior a dois anos, incabível a proposta de transação penal prevista noartigo 76 da Lei nº 9.099/95.4. Ordem denegada.

55

• É necessária imputação simultânea de pessoa física e jurídica? – PRINCÍPIO DA DUPLA

IMPUTAÇÃO IMPUTAÇÃO

56

(RMS n° 166.96/PR, 6a Turma, rel. min. Hamilton Carvalhido, j. 09.02.06, v.u., DJU 13.03.06, p. 373).

Crime ambiental. Responsabilização da pessoa jurídica.Possibilidade. Trancamento da ação penal. Inépcia dadenúncia. Ocorrência "Admitida a responsabilização penal dapessoa jurídica, por força de sua previsão constitucional, requisitaa actio poenalis, para a sua possibilidade, a imputação simultâneada pessoa moral e da pessoa física que, mediata ouda pessoa moral e da pessoa física que, mediata ouimediatamente,no exercício de sua qualidade ou atribuiçãoconferida pela estatuto social, pratique o fato-crime, atendendo-se,assim, ao princípio do nullum crimen sine actio humana. Excluídaa imputação aos dirigentes responsáveis pelas condutasincriminadas, o trancamento da ação penal,relativamente à pessoa jurídica, é de rigor. Recursoprovido. Ordem de habeas corpus concedida de ofício."

MAS..... (01/12/2011)

58

59

60

TRF 4 – 28/08/2012

61

• 6. No âmbito infraconstitucional, o art. 3º da Lei nº 9.605/98 não autoriza,de forma unívoca, a adoção, a tout court, da teoria da dupla imputação eda responsabilidade por ricochete, pois, conforme bem apontou EUGÊNIORAÚL ZAFFARONI (in "Parecer a Nilo Batista sobre a responsabilidade penal das pessoas jurídicas". In: PRADO,

Luiz Regis; DOTTI, René Ariel (Coord.). Responsabilidade penal da pessoa jurídica: em defesa do princípio da imputação

penal subjetiva. 3. ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011. p. 52), a análisecuidadosa do dispositivo legal revela que a norma não exige,para a instauração de persecutio criminis in iudicio contra apara a instauração de persecutio criminis in iudicio contra apessoa jurídica, a simultânea propositura de ação penal emdesfavor dos administradores pessoas físicas, mas, sim, que aprática delitiva seja decorrência de decisão desses gestores.Vagueza normativa que deve ser compreendida apenas no sentido deobstar a responsabilização do ente coletivo por atos de terceiros alheios aseu quadro diretivo, tais como empregados ou prepostos sem poder decomando.

62

• 7. Postulados do conceito jurídico-sociológico construtivista operativo de

culpabilidade dando suporte à responsabilização autônoma dapessoa jurídica em relação aos seus representantes e aoexecutor material da prática criminosa, porquanto asorganizações não estão compostas por indivíduos (a teoria dossistemas visa a justamente romper com o paradigma individualista,superando a distinção ontológica ser/não ser), mas sim por comunicações,que lhes servem de equivalente funcional à consciência das pessoasnaturais, conferindo-lhes a autorreferenciabilidade própria dos sistemasnaturais, conferindo-lhes a autorreferenciabilidade própria dos sistemasdotados de autopoiese.

• 8. A persecução penal do ente coletivo e de seusadministradores possui natureza disjuntiva, pois "se tratam deduas autopoieses diferenciadas", na medida em que "os fundamentosúltimos da responsabilidade de ambos os sistemas têm gênese em esferastotalmente diferenciadas" (DÍEZ, 2008:132).

63

• 9. No caso dos autos, resta demonstrada aprocedência da irresignação recursal do

Ministério Público, na medida em que aresponsabilidade penal da empresa nãoestá atrelada ao prosseguimento dapersecução criminal em desfavor de seupersecução criminal em desfavor de seuadministrador, tampouco havendo qualquernota de objetividade na imputação de delitoao ente coletivo.

64

• 10. A extinção da punibilidade do corréu pessoafísica que atingiu o marco de setenta anos de idade,em virtude da contagem do prazo prescricional pelametade (art. 115 do CP), não obsta oprosseguimento da persecução penal em relação àempresa codenunciada. Afastada a tese de "a punição dapessoa jurídica é mera decorrência da prática de um crimepessoa jurídica é mera decorrência da prática de um crimepela pessoa física que a representa", pois o que a normaimpõe é que o cometimento do ilícito pelo ente coletivoresulte de decisão de seus órgãos decisórios, situação essaabsolutamente distinta daquela de exigir a instauraçãoconjunta de ação penal contra seus gestores (duplaimputação).

65

PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO

• Na lei 9605 não há vedação expressa;

• A doutrina não aceita esta possibilidade, emregra, porque as sanções são incompatíveis(ex. suspensão de atividades);(ex. suspensão de atividades);

• TJMG: a conduta do chefe do executivocausaria penalidades ao órgão público e,indiretamente, à população.

66

•QUESTIONAMENTOS/CONCLUSÕES sobre responsabilidade

penal da PJ:

•Constitucionalidade da responsabilidade penal da PJ

.Trancamento da Ação Penal (MS ou HC)

• Se excluída a Pessoa Física, extingue quanto à Pessoa Jurídica (?????);

• Se há excesso de mandato, não condena a Pessoa Jurídica, mas quem o

excedeu.

•Não há responsabilização penal da PJ Pública.

67

Penas aplicáveis à Pessoa Jurídica:

• Multa

• Restritiva de Direitos

Art. 21

• Restritiva de Direitos

•Prestação de Serviços à

Comunidade (é uma PRD!)

68

RESTRITIVA DE DIREITOS (Pessoa Jurídica):

• Suspensão parcial ou total de atividades (ativ. ilegal)

Art. 22

• Interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade

(ex.: não tem licença).

• Proibição de contratar com o PP, ou dele obter subsídios,

subvenções ou doações

(máx. 10 anos).69

Prestação de Serviço à Comunidade (Pessoa Jurídica):

• Custeio de programas e de projetos ambientais;

Art. 23

• Execução de obras de recuperação de áreas

degradadas;

• Manutenção de espaços públicos;

• Contribuições a entidades ambientais ou culturais

pública.

70

“Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre

que sua personalidade for obstáculo ao ressarcimento

de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente”

-Doutrina da disregard of legal entity;

Art. 4°

-Doutrina da disregard of legal entity;

-Qdo a PJ for entrave para a correta e real aplicação da

lei ao caso concreto

- pressupõe a existência de fraudes ou simulações –

art. 18 da Lei 8884/94

- serve à responsabilidade administrativa e civil, não

penal.

71

“Para imposição e gradação da penalidade, aautoridade competente observará:

I - a gravidade do fato, tendo em vista osmotivos da infração e suas consequências para asaúde pública e para o meio ambiente;

Art. 6°

saúde pública e para o meio ambiente;II - os antecedentes do infrator quanto ao

cumprimento da legislação de interesse ambiental;III - a situação econômica do infrator, no

caso de multa.”

72

“As penas restritivas de direitos são autônomas esubstituem (OBRIGATÓRIO) as privativas deliberdade quando:

I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada apena privativa de liberdade inferior (CP fala em nãosuperior) a quatro anos;

II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta

Art. 7°

II - a culpabilidade, os antecedentes, a condutasocial e a personalidade do condenado, bem comoos motivos e as circunstâncias do crime indicaremque a substituição seja suficiente para efeitos dereprovação e prevenção do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas dedireitos a que se refere este artigo terão a mesmaduração da pena privativa de liberdade substituída.”

73

PENAS (GERAL):

critérios de gradação

GRAVIDADE: conforme motivos e

consequências para saúde pública e MA

ANTECEDENTES:

quanto ao cumprimento gradação quanto ao cumprimento da legislação ambiental

SITUAÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR NO CASO

DE MULTA74

PRD SÃO AUTÔNOMAS E SUBSTITUEM AS PPL QUANDO (art. 7):

• Culposo ou PPL inferior a 4 anos (art. 44 CP fala em pena não

superior a 4 anos).

• Culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade,

motivos e circunstâncias indicarem que substituição é suficiente

para reprovar efeitos e prevenir o crime.

75

PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO (PRD)

PSC

INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS

SUSPENSÃO PARCIAL OU TOTAL DE ATIVIDADES

DIREITO (PRD)

Art. 8ºTOTAL DE ATIVIDADES

PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA

RECOLHIMENTO DOMICILIAR

76

• O artigo 78, II, do CDC previu como PRD a “publicação em órgãos de grande circulação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia sobre os fatos e a condenação”.notícia sobre os fatos e a condenação”.

• A Lei dos Crimes Ambientais perdeu esta oportunidade

77

ATENUAM A PENA

BAIXO GRAU DE INSTRUÇÃO OU ESCOLARIDADE

ARREPENDIMENTO, COM ESPONTÂNEA REPARAÇÃO OU LIMITAÇÃO SIGNIFICATIVA DA

DEGRADAÇÃO

(art. 14).COMUNICAÇÃO PRÉVIA DO PERIGO IMINENTE

DE DEGRADAÇÃO

COLABORAÇÃO COM OS AGENTES ENCARREGADOS DA VIGILÂNCIA E DO

CONTROLE AMBIENTAL

78

CAUSAS QUE AGRAVAM (art. 15):

• Reincidência em crimes ambientais

• Ter o agente cometido a infração em várias circunstâncias,

entre elas:

−Expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o Meio Ambiente;

−Atingindo áreas de UC, regime especial ou urbanas;

−Em período de defeso à fauna;

−Em Domingos ou feriados ou à noite;

−Em épocas de seca ou inundações;

−Mediante fraude ou abuso de confiança;

−Mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;

79

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS):

“nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão

condicional da pena pode ser aplicada nos casos de

Art. 16

condicional da pena pode ser aplicada nos casos de

condenação a pena privativa de liberdade não

superior a três anos.” No CP é 2 anos!

80

PERÍCIA:

• A perícia de constatação do dano, se possível, fixará o

montante do prejuízo causado para efeitos de fiança e

Art. 19

cálculo de multa;

• A produzida no IC civil ou no juízo cível poderá ser

aproveitada no processo penal, instaurando-se o

contraditório.

•Art. 159 do CPP

81

SENTENÇA:

“A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o

valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração,

considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio

ambiente.”ambiente.”

“Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução

poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem

prejuízo da liquidação para apuração do dano efetivamente

sofrido”(art. 20)

82

“A PJ constituída ou utilizada, preponderantemente,

com o fim de permitir, facilitar ou ocultar a prática

de crime definido nesta Lei terá decretada sua

Art. 24

de crime definido nesta Lei terá decretada sua

liquidação forçada, seu patrimônio será

considerado instrumento do crime e como tal

perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.”

Obs: disposição de caráter não penal.

83

APREENSÕES PENAIS OU ADMINISTRATIVAS:

“Verificada a infração, serão apreendidos seus

Art. 25

“Verificada a infração, serão apreendidos seus

produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos

autos.”

84

APREENSÕES

DESTINAÇÕES

ANIMAIS: libertados em seu habitat ou entregues em zoológicos, fundações ou assemelhadas

PRODUTOS PERECÍVEIS OU MADEIRAS: avaliados e doados a instituições científicas, hospitais, penais

ou outras

(art. 25)PRODUTOS OU SUBPRODUTOS DA FAUNA NÃO PERECÍVEIS: destruídos ou doados a instituições

científicas, culturais ou educacionais

INSTRUMENTOS DA INFRAÇÃO: vendidos, garantida a descaracterização por reciclagem

85

CUIDADOS

• Realizar a perícia para não haver prejuízo à prova da materialidade

• Realizar avaliação para eventual ressarcimento ao lesadoao lesado

• Apreensão de veículo: previsto como sanção administrativa, mas não criminal: termo de apreensão e depósito

86

TRANSAÇÃO:

Art. 27°:

“Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo ( Art.

61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo,

para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a

que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,

Lei nº 9.099/95, art. 76:

“Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.

§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de

liberdade, por sentença definitiva;II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos,

cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de

2006), a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de

direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de

setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que

tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata

o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada

impossibilidade.” 87

II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;

III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.

§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.

§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.

§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.”

• Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-seaos crimes de menor potencial ofensivodefinidos nesta Lei, com as seguintesmodificações:modificações:

• Qual o problema deste artigo????

–“... aplicam-se aos crimes de menorpotencial ofensivo ...”

88

SCP (Lei n° 9.099/95, art. 89): APLICA-SE NOS CRIMES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, MAS COM AS SEGUINTES ALTERAÇÕES:

Art. 28

1. Declaração de extinção da punibilidade depende de laudo que comprove reparação integral, salvo impossibilidade

2. Se não provada, prazo pode ser prorrogado até o máximo de 4 anos + 1

SCP NOS CRIMES AMBIENTAIS: ATÉ 14 ANOS!!!

89

2. Se não provada, prazo pode ser prorrogado até o máximo de 4 anos + 1 ano, com suspensão da prescrição

3. Nesse período de prorrogação não se aplicam as outras condições do art. 89 da Lei n. 9.099/95

4. Findo o prazo, novo laudo será realizado, podendo haver nova prorrogação como a anterior

5. Esgotado o prazo máximo, a extinção da punibilidade dependerá de laudo que comprove ter o acusado tomado todas as providências para a reparação integral do dano

CRIMES

FAUNA

FLORA

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMB

CRIMES

GÊNEROSDE POLUIÇÃO

ORDENAMENTO URBANO E PATRIMÔNIO CULTURAL

ADMINISTRAÇÃO AMBIENTAL 90

“Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes (PLURAL) da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”. Milaré: só + 1 animal.

(Detenção de 6m-1a e multa).

Dos Crimes contra a Fauna

Art. 29

(Detenção de 6m-1a e multa).

§ 2 º. No caso de guarda doméstica de animais silvestres não ameaçados de extinção, pode o juiz deixar de aplicar a pena

§ 4º. A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado: à noite, abuso de licença, em UC, período proibido a caça, com sp. rara ou ameaçada de extinção, com métodos ou instrumentos de destruição em massa.”

91

§1°:“Incorre nas mesmas penas:

I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

Art. 29

criadouro natural;III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire,

guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.”

92

§3°:“São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.”

Art. 29

jurisdicionais brasileiras.”

§5°:“ A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.”

§6°:“As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.”

93

Bem Jurídico Tutelado: É a preservação do patrimônio natural, especialmente da fauna silvestre e aquática, ameaçada ou não de extinção.

S.A.: Qualquer pessoa (F ou J) que não possua a devida permissão, licença ou autorização do órgão ambiental competente; ou, se a

Art. 29

licença ou autorização do órgão ambiental competente; ou, se a possuir, a utilize em desacordo com a lei.

S.P.: A coletividade e a União.

Excludente de Ilicitude: Não haverá o delito se o abate for praticado em estado de necessidade, cumprimento do dever legal ou no exercício legal do direito, bem como nas hipóteses previstas no art. 37 desta Lei.

94

Excludente de Tipicidade: Não haverá o delito se o sujeito estiver munido de autorização/licença/permissão para a prática de qualquer um dos verbos descritos no tipo penal. De acordo com o inciso III não haverá o delito se as espécies provierem de criadouro autorizado.

Art. 29

Elemento Subjetivo: O tipo penal deste artigo só pune a titulo de dolo. Não há a modalidade culposa.

Tentativa: Admissível. Depende de cada caso concreto.

Norma Penal em Branco: Norma administrativa deverá apresentar a lista de espécies raras ou consideradas ameaças de extinção, o período proibido à caça, bem como esclarecer os métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.

95

Causa de aumento: Aumenta-se a pena de metade, se o crime é praticado (conforme o disposto no §4°):

Art. 29

A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que

somente no local da infração;

96

somente no local da infração;II - em período proibido à caça;III - durante a noite;IV - com abuso de licença;V - em unidade de conservação;VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar

destruição em massa.

“Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que

resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que

provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da

Da Poluição e outros Crimes Ambientais

Art. 54

provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da

flora:

Pena: reclusão de 1-4a e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena: detenção de 6m-1a e multa.”

97

• Caput: Poluição – conceito do art. 3º, III, a ae, da Lei 6938/81 ou o conceito do próprio caput??? É norma penal em branco ou não?

• Elemento normativo: em níveis tais

• Crime de dano: que resultem

• Crime de perigo concreto: que possam resultar.

• Perícia???? Indispensabilidade...

• Poluição sonora: art. 42 da LCP ou 54, caput?

• Emissão de gás que não provoque riscos à saúde humana: art. 38 da LCP. 98

§ 2º Se o crime:I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que

momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danosdiretos à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção doabastecimento público de água de uma comunidade;

Art. 54

abastecimento público de água de uma comunidade;IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou

detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigênciasestabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena: reclusão de 1-5a.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quemdeixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente,medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ouirreversível.- Delito omissivo próprio

99

“Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a

competente autorização, permissão, concessão ou licença, ou em

desacordo com a obtida” (D 6m a 1A e M).

Lei 8176/91 - Art. 2° Constitui crime contra o patrimônio, na modalidade

de usurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União,

Art. 55

de usurpacão, produzir bens ou explorar matéria-prima pertencentes à União,

sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título

autorizativo.

Pena: detenção, de um a cinco anos e multa.

§ 1° Incorre na mesma pena aquele que, sem autorização legal, adquirir,

transportar, industrializar, tiver consigo, consumir ou comercializar produtos ou

matéria-prima, obtidos na forma prevista no caput deste artigo.100

Bem Jurídico Tutelado. Preservação do patrimônio natural,

especialmente do solo e subsolo de onde se extrai o minério e da vegetação

existente sobre a área, e a saúde humana.

S.A. QQ PF OU PJ

Art. 55

S.P.: A coletividade

Elemento Normativo: para pesquisa, lavra e extração, exige-se a

prévia autorização do DNPM. O Alvará de pesquisa não é suficiente para

lavra. É necessária autorização do Ministro de Minas e Energia – art. 43 do

Código de Mineração.

101

"Quem executa extração de recursos minerais sem autorização da

autoridade competente (IBAMA, DNPM) comete o crime do artigo 55 da

lei nº 9605/98 (executar pesquisa, lavra ou extração de recursos

minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou

licença, ou em desacordo com a obtida) em concurso formal com o

Art. 55

licença, ou em desacordo com a obtida) em concurso formal com o

artigo 2º da Lei 8176/91 (constitui crime contra o patrimônio, na

modalidade de usurpação, produzir bens ou explorar matérias-primas

pertencentes à União, sem autorização legal ou em desacordo com as

obrigações impostas pelo título autorizativo);"

(Juiz federal/TRF 3º - XIII Concurso)

Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,

fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar

produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao

Art. 56

produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao

meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis

ou nos seus regulamentos:

Pena - reclusão, de 1-4a, e multa.

103

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 12.305, de 2010)

I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou os utilizaem desacordo com as normas ambientais ou de segurança; (Incluído pela Lei nº12.305, de 2010)

Art. 56

12.305, de 2010)

II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla oudá destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecidaem lei ou regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)

§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena éaumentada de um sexto a um terço.

§ 3º Se o crime é culposo:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

104

“Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer

parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente

poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Art. 60

105

contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes:

Pena: detenção de 1-6m ou multa, ou ambas.”

Bem Jurídico Tutelado: é a preservação do MA em todo o território nacional

S.A.: QQ PF OU PJ

Elemento normativo: exige-se licença ou autorização do Órgão competente:

LP, PI e LO – Res. 237/97 Conama

Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças:I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

Art. 60

requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

EIA/RIMA nos casos do art. 225, §1º, IV, da CF

Se a atividade não for potencialmente causadora de significativa

degradação ambiental, basta o Relatório Ambiental Preliminar – art. 3º, par.

Único, da Res. 237/97 do CONAMA. 106

• Art. 65 Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento

urbano: (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011)

• Pena: detenção de 3m-1a e multa

• (Redação dada pela Lei nº 12.408, de 2011).

Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural

• § 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude doseu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um)ano de detenção e multa. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.408, de 2011)

• § 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo devalorizar o patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desdeque consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatáriodo bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgãocompetente e a observância das posturas municipais e das normas editadas pelosórgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação dopatrimônio histórico e artístico nacional. (Incluído pela Lei nº 12.408, de 2011).” 107

• ART. 65 no confronto com o artigo 163, parágrafo único, III, do CP:

– Doutrina majoritária entende a aplicação exclusiva do art. 65, mas há quem entenda a aplicação do do art. 65, mas há quem entenda a aplicação do 163.

– Pichar não poderia haver concurso formal entreambos (crime ambiental mais dano aopatrimônio), mas conspurcar (sujar), não seriaapenas crime ambiental.

– Hipótese de concurso formal???108

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-

lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental:

Pena: detenção de 1-3a e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de 3m-1a, sem prejuízo

da multa.”

Dos Crimes contra a Administração Ambiental

109

Bem Jurídico Tutelado: é a moralidade da adm pública ambiental

Crime comissivo por omissão

QUESTÕES DE CONCURSO:

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• 1. Em relação às responsabilidades penais e administrativas decorrentes de ações lesivas ao meio ambiente, analise as assertivas abaixo.

• I. Segundo a Lei nº 9.605/98 (Crimes Ambientais), a responsabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

• II. O baixo grau de instrução ou escolaridade não representa uma circunstância atenuante de pena, na prática de crimes contra o meio ambiente.

• III. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. multa.

• É correto o que se afirma em

• a) I, apenas.

• b) I e III, apenas.

• c) III, apenas.

• d) II e III, apenas.

• e) I, II e III.

• Resposta: c

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• 2. De acordo com a Lei no 9.605/98, NÃO se inclui dentre as causas de aumento de pena nos crimes praticados contra a flora ter sido o crime cometido

• a) no período de formação de vegetações.

• b) no período de queda das sementes.

• c) na época de seca.

• d) na época de inundação.

• e) durante o dia, do nascer ao pôr do sol.

• Resposta: e

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• 3. Quanto aos crimes contra a fauna, é correto afirmar que

• a) são considerados espécimes da fauna silvestre apenas aquelas pertencentes às espécies nativas ou migratórias.

•

• b) a pena deve ser aumentada até a metade, se o crime decorre do exercício de caça profissional.

• c) a pena deve ser reduzida no caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção. espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção.

• d) é cabível o perdão judicial no caso de abate de animal nocivo, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

• e) a pena é aumentada de metade se o crime é praticado durante a noite.

• Resposta: e

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• 4. No que concerne aos crimes contra o meio ambiente, considere:

• I. Quem comercializa espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos, provenientes de pesca proibida, responde por crime contra a fauna.

• II. A pesquisa de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, concessão ou licença, constitui crime ambiental.

• III. O crime de danificar floresta considerada de preservação permanente não admite a forma culposa.

• Está correto o que consta SOMENTE em

• a) I e III.

• b) I e II.

• c) II e III.

• d) I.

• e) III.

• Resposta: b

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• 5. Indique a conduta que não está descrita na Lei n.º 9.605/98 como crime contra o meio ambiente.

• a) Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais.

• b) Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o artigo 27 do Decreto n.º 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização.

• c) Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial • c) Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente.

• d) Fazer ou usar fogo, por qualquer modo, em floresta ou nas demais formas de vegetação, ou em sua borda, sem tomar as precauções necessárias para evitar propagação.

• e) Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente.

• Resposta: d

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• 6. Sobre os crimes contra o meio ambiente definidos pela Lei 9.605/98, assinale o que for correto:

• a) as penas privativas de liberdade podem ser substituídas pelas penas restritivas de direitos quando se tratar de crime culposo ou quando a pena privativa de liberdade aplicada for inferior a 4 anos e quando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime;

• b) cabe a suspensão condicional da pena nos crimes definidos pela lei 9.605/98 quando a pena aplicada não for superior a 4 anos;

c) a prestação de serviços à comunidade somente será admitida na modalidade de • c) a prestação de serviços à comunidade somente será admitida na modalidade de desempenho de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, mesmo nos casos de danos em bens particulares;

• d) a Lei 9.605/98 prevê a responsabilização das pessoas jurídicas apenas no âmbito civil e administrativo.

• e) não há possibilidade de desconsideração de personalidade da pessoa jurídica, quando houver obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

• Resposta: a

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