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Demografia Médica Renato Azevedo Júnior PRO SUS SUL SUDESTE JUNHO 2012

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Demografia Médica

Renato Azevedo Júnior

PRO SUS SUL SUDESTE

JUNHO 2012

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Equipe da pesquisa

Mário Scheffer (coordenador)

Alex Cassenote Aureliano Biancarelli Cooperação acadêmica

Departamento de Medicina Preventiva (DMP) - Faculdade de Medicina - USP

(Prof. Dr. Euclides Ayres de Castilho).

Departamento de Medicina

Social– Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (Profa. Dra. Rita de Cássia Barradas Barata).

Laboratório de Epidemiologia e Estatística (LEE) - Faculdade de Saúde Pública – USP (Prof. Dr. Júlio César Rodrigues Pereira).

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Contexto e objetivos Demografia médica: é o estudo da população ativa de médicos,

determinada pela idade, gênero, formação, ciclo de vida profissional em atividade, atuação especializada, fixação territorial, migração e diferenciais de produção ( carga horária, produtividade etc);

Debate atual sobre oferta, concentração e fixação dos médicos no Brasil;

Políticas governamentais que visam formar, instalar ou reter médicos;

Necessidade de informações consistentes para subsidiar a discussão; ir além dos dados até agora disponíveis (taxa médico-habitante; informações de gestores sobre dificuldade de contratação etc);

O problema da distribuição, da disponibilidade e do acesso da população a médicos no Brasil é mais complexo e dinâmico do que se imagina;

Temos que superar o dilema: há escassez ou excesso de médicos no Brasil?

Apontar alternativas de abordagens para gestores, formuladores de políticas de saúde e ensino e entidades médicas;

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Metodologia Estudo epidemiológico, tipo ecológico (a unidade de observação é o

grupo/população (de médicos) e não o indivíduo, com análise de séries históricas; Estudo de Demografia Médica (população ativa de médicos) Cruzamento (linkage) de base de dados secundários para análise , descrições,

cenários, tendências e perspectivas.

OUTRAS BASES...

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Médicos no Brasil: total Em outubro de 2011, os registros do Conselho Federal de Medicina

(CFM) e dos Conselhos Regionais de Medicina(CRMs ) apontavam um

total de 371.788 médicos em atividade no Brasil*

* Segundo dados de 01 de outubro de 2011, há 371.788 médicos ativos no país, com registro no CFM. Desse total, 95,1% têm um único registro, ou seja, são médicos ativos em apenas um dos estados da federação. Os outros 4,9%, ou 18.282 profissionais, têm registros “secundários” ativos em mais de um estado, seja por atuarem em áreas de divisa ou por terem se deslocado temporariamente de uma unidade da federação para outra.

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Médicos no Brasil: idade-Média: 46,03 anos (IC95%: 45.08 a

46.80 anos) Mediana: 44,00 anos (IIQ: 24 anos)

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146.850

123.354

62.247

39.337

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Crescimento exponencial do contingente de médicos

A entrada de médicos (novos registros) é maior que a saída (inativos) . A partir do ano 2.000 houve um crescimento natural de 6 mil a 8 mil médicos por ano = maior reserva de médicos. 

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Distribuição de médicos e razão médico/habitante por UF e para o

Brasil

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Desigualdade entre público e privado na distribuição de médicosUnidades de análise: médicos ocupados em estabelecimentos de saúde públicos e privados e população coberta pelos planos de saúde ou exclusivamente pelo SUS.

Pontos selecionados (2002, 2005, 2009)

Crescimento dos postos de trabalho é menor no público do que no privado.

Método de regressão linear simples (para comparação entre os pontos) : para cada médico registrado verificou-se o crescimento de 1,35 médicos ocupando posto de trabalho no setor público e 1,86 no setor privado.

Distância menor que uma unidade = diferença abissal na disponibilidade de médicos, levando em conta as populações cobertas

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Indicador de desigualdade público-privado (IDPP)

IDPP aponta a diferença entre o publico e o privado; não mostra se há falta ou excesso de médicos, nem se é melhor ou pior a assistência

No setor privado usuário tem 3,9 vezes mais médicos que no setor público. No SUS há 1,95 postos ocupados por 1.000 hab. No privado a taxa sobe para 7,60.

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Indicador de desigualdade público-privado

Concentração no privado gera iniquidades e contribui para a escassez em serviços públicos. Distribuição mais justa de médicos depende de uma nova relação entre público e o privado, a começar pelo financiamento e por condições adequadas de remuneração e trabalho do médico no SUS.

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Considerações Não é possível, com os atuais instrumentos e informações

disponíveis, dar uma resposta precisa sobre a quantidade de médicos ou de especialistas que o Brasil precisa.

Inserção e a localização dos médicos podem ser influenciadas por um conjunto de fatores, pessoais, institucionais, corporativos, políticos e epidemiológicos. Também devem levar em conta a remuneração, as condições de trabalho, os recursos, a organização e o financiamento público e privado do sistema de saúde brasileiro.

Não existe modelo teórico ou científico unanimemente aceito para prever a necessidade de médicos em geral e de especialistas.

O objetivo dos dados da Demografia Médica tem sido gerar cenários e identificar configurações emergentes, mas que devem ser usados com cautela, pois não dão respostas definitivas e não asseguram previsões quantitativas.

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Demografia Médica no Brasil: próximos passos da pesquisa

Aprofundar a análise das especialidades, da distribuição do aparelho formador (graduação e Residência Médica) e da desigualdade de distribuição de médicos a partir dos indicadores:

• oferta de recursos humanos (exceto médicos)• oferta de serviços, equipamentos de saúde e

capacidade instalada• acesso e utilização de serviços de saúde• situação de saúde e condições de vida da

população

Inquéritos por amostragem e pesquisas qualitativas com médicos sobre o perfil profissional atual, tendências do mercado de trabalho, especialidades praticadas e realidades locais.

Um projeto permanente

Segunda faseTerceira fase

Demografia Paulista

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MÉDICOS NO BRASIL:uma breve descrição da projeção 2020

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Metodologia Os dados sobre a população de médicos foram obtidos no

Banco de Dados do Conselho Federal de Medicina. Os dados sobre a população brasileira foram obtidos do sítio

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no endereço ftp://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_Projecoes_Populacao/. Os dados integram a pesquisa do IBGE: “Projeção da População do Brasil por sexo e idade – 1980 a 2050”;

Projeção pela taxa de crescimento usando fator geométrico de correção desta taxa.

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ResultadosANO DE

REFERËNCIAPOPULAÇÃO BRASILEIRA†

NÚMERO DE MÉDICOS

RAZÃO MÉDICO/HABITANTE

2010 193252604 364946 1.89

2011 194932685 373157 1.91

2012 196526293 381553 1.94

2013 198043320 390138 1.97

2014 199492433 398916 2.00

2015 200881685 407892 2.03

2016 202219061 417070 2.06

2017 203510422 426454 2.10

2018 204759993 436049 2.13

2019 205970182 445860 2.16

2020 207143243 455892 2.20

2021 208280241 466149 2.24

2022 209380331 476638 2.28

2023 210441362 487362 2.32

2024 211459352 498328 2.36

2025 212430049 509540 2.40

2026 213348475 521005 2.44

2027 214209414 532727 2.49

2028 215008982 544714 2.53

† IBGE, 2008

PROJEÇÃO DE MÉDICOS E RAZÃO MÉDICO/HABITANTE - BRASIL, 2010-2028.

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Resultados

ESTADO POPULAÇÃO EM 2020‡MÉDICOS EM

2020RAZÃO

MÉDICO/HABITANTE 2020MARANHÃO 7302898 6778 0.93PARÁ 8948475 8813 0.98ACRE 896865 917 1.02AMAPÁ 881746 965 1.09PIAUÍ 3350415 4698 1.40ALAGOAS 3391457 4833 1.42PARAÍBA 4091311 6408 1.57CEARÁ 9005097 14265 1.58TOCANTINS 1630495 2620 1.61BAHIA 14222001 24036 1.69RIO GRANDE DO NORTE 3508902 6013 1.71PERNAMBUCO 9213158 15919 1.73AMAZONAS 3991983 7500 1.88SERGIPE 2323610 4392 1.89MATO GROSSO 3485854 6633 1.90RONDÔNIA 1709064 3561 2.08GOIÁS 6837991 15927 2.33RORAIMA 557846 1311 2.35MATO GROSSO DO SUL 2781734 6721 2.42PARANÁ 11021734 27657 2.51MINAS GERAIS 20516858 53289 2.60RIO GRANDE DO SUL 10980568 30497 2.78ESPÍRITO SANTO 3716519 10592 2.85SANTA CATARINA 7127067 20483 2.87SÃO PAULO 43041577 142425 3.31RIO DE JANEIRO 16013286 71160 4.44DISTRITO FEDERAL 2974360 16483 5.54

PROJEÇÕES DE MÉDICO/HABITANTE EM UNIDADES DA FEDERAÇÃO PARA O ANO DE 2020.

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ResultadosPROJEÇÕES DE MÉDICO/HABITANTE EM CAPITAIS

SELECIONADAS PARA O ANO DE 2020.

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ResultadosPROJEÇÕES DE MÉDICO/HABITANTE EM CIDADES SELECIONADAS

( EXCLUINDO CAPITAIS) PARA O ANO DE 2020.

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PROJEÇÃO PARA POSTO DE TRABALHO MÉDICO OCUPADO NOS SETORES PÚBLICO E PRIVADO, 2010 – 2020.

Resultados

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Considerações finaisDiante do atual cenário, o aumento no contigente de profissinais médicos:1. Ocorrerá de forma irregular entre as unidades da federação, capitais e municípios;2. Ocorrerá de forma irregular entre setores público e privado, com tendência ao favorecimento do privado;

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Próximas etapas Analisar os componentes demográficos: entrada

de médicos (migração/formação), sobrevida da profissão (até inativação do registro profissional), idade dos profissonais para projeção demográfica que considere diferentes estratos: sexo, unidades da federação, geração (X, Y etc...);

Projetar a feminização da população médica ( pode estar relacionada com a força de trabalho);

Estabelecer meios de projeção de cenários de demanda de trabalho, considerando as transição epidemiológica e deográfica;

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Estudantes de Medicina no Brasil

Fonte: Tabela do Censo do INEP

Ano

1990 1995 2000 2005 20106000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

22000

vagas ingressantes concluintes

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Estudantes de Medicina no Brasil

Fonte: Tabela do Censo do INEP

Ano

1990 1995 2000 2005 2010 20156000

8000

10000

12000

14000

16000

18000

20000

22000

vagas ingressantes concluintes

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Dr. Renato Azevedo

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Obrigado!