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1 Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS 31 de dezembro de 2016

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Demonstrações Financeiras

Consolidadas em IFRS

31 de dezembro de 2016

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Banco Daycoval S.A. Demonstrações Financeiras Consolidadas em IFRS

Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro

de 2016 e Relatório dos Auditores Independentes

sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

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A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada, de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido ("DTTL"), sua rede de firmas-membro, e entidades a ela relacionadas. A DTTL e cada uma de suas firmas-membro são entidades legalmente separadas e independentes. A DTTL (também chamada "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Consulte www.deloitte.com/about para obter uma descrição mais detalhada da DTTL e suas firmas-membro. A Deloitte oferece serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. A Deloitte atende a quatro de cada cinco organizações listadas pela Fortune Global 500®, por meio de uma rede globalmente conectada de firmas-membro em mais de 150 países, trazendo capacidades de classe global, visões e serviços de alta qualidade para abordar os mais complexos desafios de negócios dos clientes. Para saber mais sobre como os cerca de 225.000 profissionais da Deloitte impactam positivamente nossos clientes, conecte-se a nós pelo Facebook, LinkedIn e Twitter. ©2017 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.

Deloitte Touche Tohmatsu

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04711-130 - São Paulo - SP

Brasil

Tel: + 55 (11) 5186-1000

Fax: + 55 (11) 5181-2911 www.deloitte.com.br

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE

SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Aos Administradores e Acionistas do

Banco Daycoval S.A.

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras consolidadas do Banco Daycoval S.A. e suas

controladas (“Daycoval”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de

dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, do resultado

abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo

naquela data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das

principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam

adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira,

consolidada, do Banco Daycoval S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2016, o

desempenho consolidado de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa consolidados

para o exercício findo naquela data, de acordo com as Normas Internacionais de Relatório

Financeiro (IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board – IASB”.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na

seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações

financeiras consolidadas”. Somos independentes em relação ao Daycoval, de acordo com os

princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas

profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais

responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de

auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Principais assuntos de auditoria

Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os

mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no

contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras consolidadas como um todo e na

formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas e, portanto,

não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.

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Provisão para perdas com redução ao valor recuperável em empréstimos, recebíveis e

arrendamento mercantil

Conforme divulgado na nota explicativa nº 21 às demonstrações financeiras, a estimativa da

provisão para perdas com redução ao valor recuperável em empréstimos, recebíveis e

arrendamento mercantil envolve modelos internos na determinação do rating do tomador do

crédito, que levam em consideração dados econômico-financeiro, de mercado, cadastrais,

garantias vinculadas, nível de inadimplência, entre outros. Essa provisão está fundamentada

nas análises das operações de crédito em aberto (vencidas e vincendas), de acordo com as

políticas internas que consideram o estabelecimento de ratings de crédito. Devido à

complexidade desse modelo interno, do uso de estimativa e do alto nível de julgamento por

parte da Administração na determinação desses ratings e consequente provisão constituída,

consideramos esse assunto como uma área de foco em nossa abordagem de auditoria,

incluindo o envolvimento de membros seniores da nossa equipe.

Nossos procedimentos incluíram, entre outros: (i) entendimento do modelo interno utilizado na

determinação do rating; (ii) entendimento do critério de provisionamento adotado pelo

Daycoval; (iii) leitura da política de provisionamento do Daycoval; (iv) testes, em base

amostral, da exatidão e integridade das bases de dados utilizadas nos cálculos das provisões;

(v) análise dos critérios de provisionamento das operações de crédito com base amostral, (vi)

desafio das principais premissas e julgamentos relevantes da Administração na estimativa das

provisões; (vii) testes do desenho, implementação e efetividade dos controles internos; e (viii)

recálculo, em base amostral, dos valores provisionados.

Hedge Accounting - Risco de Mercado

Conforme divulgado na nota explicativa nº 19 às demonstrações financeiras, O Banco Daycoval

S.A. possui operações com instrumentos financeiros derivativos designadas como hedge

accounting de risco de mercado, com o objetivo de proteger os riscos decorrentes da

exposição às variações no valor de mercado de seu passivo - captação em moeda estrangeira,

decorrentes do risco da exposição à variação no valor de mercado referentes a flutuação de

moeda estrangeira (variação do dólar norte-americano e do euro) e da taxa de juros libor de

suas captações realizadas no exterior, itens objeto de hedge.

As operações destinadas a hedge accounting devem atender certas condições,

cumulativamente, como comprovar a efetividade da operação desde sua concepção, no

decorrer da operação e até a sua liquidação. Devido à complexidade do assunto e ao nível de

julgamento da estimativa na determinação dos valores justos dos passivos financeiros objeto

de hedge, consideramos esse assunto como uma área de foco em nossa abordagem de

auditoria, incluindo o trabalho de membros seniores da nossa equipe de auditoria na análise da

efetividade do hedge e da adequação da documentação, das políticas e designação das

operações, bem como do teste de efetividade.

Nossos procedimentos de auditoria incluíram, entre outros: (i) Entendimento junto a

Administração das estratégias de hedge de risco de mercado no Banco Daycoval S.A.; (ii)

análise da documentação de designação e das políticas elaboradas pela Administração sobre as

estruturas de hedge contendo a descrição do risco objeto de hedge, e informação detalhada

sobre a operação, destacando o processo de gerenciamento de risco e a metodologia utilizada

na avaliação da efetividade do hedge desde a concepção da operação; (iii) recálculo, em base

amostral, dos valores apurados das operações; (vi) análise dos testes de efetividade das

estruturas de hedge elaborados pela Administração; (v) testes do desenho, implementação e

efetividade dos controles internos e (vi) revisão das demonstrações financeiras atentando-se

as divulgações mínimas requeridas, conforme demonstrado na nota explicativa n° 19.

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Outros assuntos

Demonstrações financeiras individuais e consolidadas

O Banco Daycoval S.A. elaborou um conjunto completo de demonstrações financeiras

individuais e consolidadas para fins gerais referentes ao semestre e exercício findos em 31 de

dezembro de 2016, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às

instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, sobre as quais emitimos

relatório de auditoria dos auditores independentes, com opinião sem modificação, datado de

21 de fevereiro de 2017.

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações

financeiras consolidadas

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações

financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro

(IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles

internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações

financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, a administração é responsável

pela avaliação da capacidade de o Daycoval continuar operando, divulgando, quando aplicável,

os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na

elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar o

Daycoval ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o

encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança do Daycoval são aqueles com responsabilidade pela

supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras

consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente

se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião.

Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria

realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam

as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude

ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam

influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas

com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de

auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da

auditoria. Além disso:

Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras

consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos

procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de

auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção

de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a

fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou

representações falsas intencionais.

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2017-SPO-1112.docx

Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos

procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de

expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos do Daycoval.

Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas

contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.

Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade

operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante

em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à

capacidade de continuidade operacional do Daycoval. Se concluirmos que existe incerteza

relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas

divulgações nas demonstrações financeiras consolidadas ou incluir modificação em nossa

opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas

evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições

futuras podem levar o Daycoval a não mais se manterem em continuidade operacional.

Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras,

inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras consolidadas representam as

correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de

apresentação adequada.

Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras

das entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as

demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e

desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do

alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria,

inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos

durante nossos trabalhos.

Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as

exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e

comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar,

consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas

salvaguardas.

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança,

determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das

demonstrações financeiras do exercício corrente e que, dessa maneira, constituem os

principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria,

a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em

circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado

em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de

uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

São Paulo, 31 de março de 2017

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Carlos Claro

Auditores Independentes Contador

CRC nº 2 SP 011609/O-8 CRC nº 1 SP 236588/O-4

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LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

Nota

Ativo explicativa 31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado)

Caixa e equivalentes de caixa Nota 16 1.190.640 2.881.501

Ativos financeiros 16.055.695 15.448.252

Ativos financeiros avaliados pelo seu valor justo 2.813.716 2.187.025

Ativos financeiros para livre negociação 384.254 723.044

Cotas de fundos de investimento Nota 17.a) 57.407 41.260

Aplicações no mercado aberto Nota 17.a) 230.391 84.656

Derivativos Nota 18.a) 96.456 597.128

Ativos financeiros disponíveis para venda 2.429.462 1.463.981

Cotas de fundos de investimento Nota 17.a) 107.773 258.751

Instrumentos de dívida Nota 17.a) 2.316.923 1.200.332

Instrumentos de patrimônio Nota 17.a) 4.766 4.898

Ativos financeiros avaliados pelo seu custo amortizado 13.241.979 13.261.227

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil Nota 20.a) e 21.a) 13.241.979 13.261.227

Concedidos à:

Instituições financeiras 156.628 36.881

Pessoas jurídicas não-financeiras 7.612.654 7.347.599

Pessoas físicas 6.083.519 6.529.957

Setor público 154.332 95.339

Provisão para perdas com redução

do valor recuperável – “impairment” (765.154) (748.549)

Investimentos financeiros - mantidos até o vencimento 626 823

Outros ativos 2.284.853 2.291.712

Ativos não-correntes disponíveis para venda Nota 22 91.280 79.922

Outros Nota 23 2.193.573 2.211.790

Ativos tributários diferidos Nota 14 936.085 778.000

Imobilizado 18.908 25.492

Imobilizado de uso Nota 24.a) 18.908 25.492

Intangível 112 70

Total do ativo 20.486.919 21.425.850

BALANÇOS PATRIMONIAIS CONSOLIDADOS EM IFRS

(Em milhares de reais - R$)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

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Nota

Passivo explicativa 31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado)

Passivos financeiros 14.773.895 15.717.120

Passivos financeiros para livre negociação 37.625 21.300

Derivativos Nota 18.a) 37.625 21.300

Passivos financeiros avaliados pelo seu valor justo 2.486.369 783.008

Outros passivos financeiros Nota 26 2.486.369 783.008

Obrigações por empréstimos e repasses

No exterior 2.486.369 783.008

Passivos financeiros avaliados pelo seu custo amortizado 12.249.901 14.912.812

Depósitos à vista e outros depósitos Nota 27 606.256 689.753

Captados junto à:

Instituições financeiras 122 8.506

Pessoas juridicas não-financeiras 533.654 627.515

Pessoas físicas 72.480 53.732

Depósitos a prazo e interfinanceiros Nota 28 4.621.484 4.051.687

Captados junto à:

Instituições financeiras e fundos de investimento 1.713.629 1.769.724

Pessoas juridicas não-financeiras 2.457.408 2.017.997

Pessoas físicas 450.447 263.966

Outros passivos financeiros 7.022.161 10.171.372

Captações no mercado aberto Nota 29 44.206 -

Obrigações por emissão de títulos

Letras de crédito imobiliário Nota 30.a) 542.623 597.677

Letras de crédito do agronegócio Nota 30.a) 414.508 344.687

Letras financeiras Nota 30.a) 4.556.486 3.967.096

Obrigações por emissão de títulos no exterior Nota 30.b) - 3.071.835

Obrigações por operação de venda

ou transferência de ativos financeiros Nota 31 542.236 207.671

Obrigações por empréstimos e repasses

No país Nota 31 329.258 265.326

No exterior Nota 31 592.844 1.717.080

Passivos tributários diferidos Nota 14 205.886 201.506

Provisões 2.050.599 1.750.297

Provisões para riscos cíveis e trabalhistas Nota 32.b) 124.750 83.081

Provisões para compromissos e outras provisões Nota 33 413.988 456.128

Provisões para riscos fiscas Nota 32.b) 1.511.861 1.211.088

Outros passivos e obrigações Nota 34 742.787 924.558

Total do passivo 17.773.167 18.593.481

Total do patrimônio líquido 2.713.752 2.832.369

Patrimônio líquido atribuído aos acionistas do Controlador 2.712.820 2.831.510

Capital 1.892.143 1.892.143

Capital social Nota 35.a) 1.892.143 1.892.143

Reservas de capital - 810

Reservas de lucros

Reserva legal Nota 35.f) 145.373 125.029

Reservas estatutárias Nota 35.f) 688.605 866.700

(-) Ações em tesouraria Nota 35.d) - (14.933)

Ajuste de avaliação patrimonial de

instrumentos financeiros disponíveis para venda (13.301) (38.239)

Patrimônio líquido atribuído aos acionistas não-controladores 932 859

Participação de acionistas não-controladores 932 859

Total do passivo e do patrimônio líquido 20.486.919 21.425.850

BALANÇOS PATRIMONIAIS CONSOLIDADOS EM IFRS

(Em milhares de reais - R$)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

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EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

Nota

explicativa 31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado)

Receitas de juros e similares Nota 6 3.315.911 3.391.562

Despesas de juros e similares Nota 7 (1.259.273) (3.116.351)

Receita líquida de juros e similares 2.056.638 275.211

Ganhos líquidos de ativos e passivos financeiros Nota 8 (92.598) 1.690.755

Ativos e passivos financeiros para negociação (465.005) 1.722.106

Aplicações interfinanceiras de liquidez 238.452 355.284

Títulos e valores mobiliários 9.740 -

Derivativos (713.197) 1.366.822

Passivos financeiros avaliados por seu valor justo 308.807 (378.536)

Passivos financeiros avaliados por seu valor justo 308.807 (378.536)

Resultado na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda (5.748) (24.312)

Resultado de operações de câmbio 69.348 371.497

Receita de tarifas e comissões Nota 9 42.604 36.851

Outras receitas operacionais Nota 10 180.997 232.149

Total de receitas operacionais 2.187.641 2.234.966

Despesas administrativas Nota 11 (703.314) (708.329)

Despesas de pessoal (333.187) (315.544)

Despesas tributárias (114.977) (111.950)

Outras despesas administrativas (255.150) (280.835)

Despesas com outras provisões (6.108) (7.138)

Outras despesas operacionais (líquidas) Nota 12 (239.376) (198.352)

Perdas com ativos financeiros - impairment Nota 21.b) (622.412) (653.912)

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil financeiro (622.412) (653.912)

Resultado na alienação de

ativos não-correntes disponíveis para venda Nota 13 (4.325) 1.442

Depreciações e amortizações (4.271) (6.612)

Total de despesas operacionais e administrativas (1.579.806) (1.572.901)

Resultado antes dos impostos sobre o lucro 607.835 662.065

Despesas de imposto de renda e de contribuição social (líquidos) Nota 14 (193.495) (170.254)

Imposto de renda (193.822) (173.023)

Constribuição social (157.823) (121.374)

Ativo fiscal diferido 158.150 124.143

Participação de outros acionistas não-controladores (73) (63)

Lucro líquido do exercício 414.267 491.748

Lucro líquido por ação Nota 15

Lucro líquido básico por ação (R$ - reais)

Ações ordinárias 1,82 2,02

Ações preferenciais 1,82 2,02

Lucro líquido diluído por ação (R$ - reais)

Ações ordinárias 1,82 2,01

Ações preferenciais 1,82 2,01

Lucro líquido atribuído por classe de ação

Ações ordinárias 292.123 312.134

Ações preferenciais 122.144 179.614

Lucro líquido diluído por classe de ação

Ações ordinárias 292.123 323.232

Ações preferenciais 122.144 168.516

Média ponderada das ações emitidas - básica e diluída

Ações ordinárias 160.869.792 160.869.792

Ações preferenciais 67.263.706 83.260.449

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO CONSOLIDADO EM IFRS PARA OS

(Em milhares de reais - R$)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

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BANCO DAYCOVAL S.A.

31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado)

Lucro líquido do exercício 414.267 491.748

Outros resultados abrangentes

Ajustes de avaliação patrimonial de

ativos financeiros disponíveis para venda 24.811 (13.837)

Impostos diferidos sobre ajustes de avaliação patrimonial de

ativos financeiros disponíveis para venda 127 (4.404)

Outras resultados abrangentes, líquidos de impostos 24.938 (18.241)

Resultado abrangente do exercício, líquido de impostos 439.205 473.507

Atribuído a:

Acionistas do controlador 439.132 473.444

Outros acionistas não controladores 73 63

439.205 473.507

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS ABRANGENTES CONSOLIDADOS EM IFRS PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

(Em milhares de reais - R$, exceto quando de outra forma indicado)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

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BANCO DAYCOVAL S.A.

Reservas de capital, Lucros ou Outros Participações Total doCaital social opções outorgadas e Reservas prejuízos resultados Patrimônio dos não patrimônio

integralizado ações em tesouraria de lucros acumulados abrangentes líquido controladores líquido

Em 31 de dezembro de 2014 1.892.143 (46.898) 682.834 - (19.998) 2.508.081 793 2.508.874

Transações de capital - 32.775 (29.370) (153.483) - (150.078) - (150.078) Aumentos de capital - - - - - - - -

Outorga de opções de compra de ações reconhecidas ("vesting period") - 927 - - - 927 - 927

Exercício das opções de compra de ações outorgadas - (554) 554 - - - - -

Ações em tesouraria adquiridas - - - - - - - -

Ações em tesouraria vendidas - 4.287 (1.608) - - 2.679 - 2.679

Ações em tesouraria canceladas - 28.316 (28.316) - - - - -

Outros - (201) - 201 - - - -

Juros sobre o capital próprio - - - (153.684) - (153.684) - (153.684)

Lucro líquido do exercício - - - 491.682 - 491.682 66 491.748 Outros resultados abrangentes - - - - (18.241) (18.241) - (18.241)

Ajustes de instrumentos financeiros - - - - (13.837) (13.837) - (13.837)

Tributos s/ajustes de instrumentos financeiros - - - - (4.404) (4.404) - (4.404)

Mutações internas do patrimônio líquido - - 338.199 (338.199) - - - - Constituição de reservas - - 338.199 (338.199) - - - -

Em 31 de dezembro de 2015 (Reapresentado) 1.892.143 (14.123) 991.663 - (38.239) 2.831.444 859 2.832.303

Em 31 de dezembro de 2015 (Reapresentado) 1.892.143 (14.123) 991.663 - (38.239) 2.831.444 859 2.832.303

Transações de capital - 14.123 (378.218) (193.661) - (557.756) - (557.756) Outorga de opções de compra de ações reconhecidas ("vesting period") - (220) - 220 - - - -

Exercício das opções de compra de ações outorgadas - (590) - 590 - - - -

Ações em tesouraria adquiridas - (328.698) - - - (328.698) - (328.698)

Ações em tesouraria vendidas - 276 (158) - - 118 - 118

Ações em tesouraria canceladas - 339.990 (378.060) - - (38.070) - (38.070)

Outros - 3.365 - - - 3.365 - 3.365

Juros sobre o capital próprio - - - (194.471) - (194.471) - (194.471)

Lucro líquido do exercício - - - 414.194 - 414.194 73 414.267 Outros resultados abrangentes - - - - 24.938 24.938 - 24.938

Ajustes de instrumentos financeiros - - - - 24.811 24.811 - 24.811

Tributos diferidos sobre ajustes de instrumentos financeiros - - - - 127 127 - 127

Mutações internas do patrimônio líquido - - 220.533 (220.533) - - - - Constituição de reservas - - 220.533 (220.533) - - - -

Em 31 de dezembro de 2016 1.892.143 - 833.978 - (13.301) 2.712.820 932 2.713.752

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EM IFRS PARA OSEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015(Em milhares de reais - R$)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas.

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BANCO DAYCOVAL S.A.

(Em milhares de reais - R$)

31/12/2016 31/12/2015

(Reapresentado)

Atividades operacionais

Lucro líquido do exercício 414.269 491.682

Ajustes de reconciliação entre o lucro líquido do exercício e o

caixa líquido proveniente de atividades operacionais:

Depreciações e amortizações 4.271 6.612

Impostos diferidos (151.243) (124.143)

Provisão para riscos 342.441 149.398

Provisão para créditos de liquidação duvidosa 587.204 514.478

Provisão para arrendamentos mercantis de liquidação duvidosa 4.370 12.551

Provisão para outros créditos de liquidação duvidosa 30.838 126.883

Provisão para perdas em outros valores e bens 1.768 3.454

Variação cambial de caixa e equivalentes de caixa (53.740) (108.228)

Total dos ajustes de reconciliação 765.909 581.005

Lucro líquido ajustado do exercício 1.180.178 1.072.687

Variação de ativos e obrigações (2.403.592) (99.792)

(Aumento) Redução em aplicações no mercado aberto (145.734) (54.285)

Aumento em derivativos 500.672 (291.521)

Aumento em ativos financeiros para livre negociação (16.147) (8.340)

(Aumento) Redução em ativos financeiros disponíveis para venda (923.795) 139.688

Aumento em empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil (31.125) (1.536.448)

Aumento em outros ativos (667.741) (508.668)

Aumento em ativo não-correntes disponíveis para venda 123.382 (21.824)

Aumento em depósitos 486.502 883.019

Aumento em outros passivos financeiros (1.789.525) 917.664

Aumento em provisões (3.332) 206.563

Aumento em outros passivos e obrigações 198.435 309.133

Imposto de renda e contribuição social pagos (135.184) (134.773)

Caixa líquido proveniente de (aplicado em) atividades operacionais (1.223.414) 972.895

Atividades de investimento

Aquisição de imobilizado de uso (855) (12.725)

Caixa líquido aplicado em atividades de investimento (855) (12.725)

Atividades de financiamento

Juros sobre capital próprio/dividendos pagos (153.564) (109.692)

Aquisição de ações de emissão própria (366.768) (4.287)

Caixa líquido proveniente de (aplicado em) atividades de financiamento (520.332) (113.979)

Variação cambial de caixa e equivalentes de caixa 53.740 108.228

Aumento líquido (diminuição) do caixa e equivalentes de caixa (1.690.861) 954.419

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 2.881.501 1.927.082

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.190.640 2.881.501

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS EM IFRS PARA OS

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015

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BANCO DAYCOVAL S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS PREPARADAS DE ACORDO COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATÓRIOS FINANCEIROS (IFRS) REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E DE 2015 (Em milhares de reais – R$, exceto quando de outra forma indicado)

1. Contexto operacional

O Banco Daycoval S.A. (“Daycoval” ou “Banco”) é uma sociedade anônima de capital aberto, sediado na Avenida Paulista, 1793 – Bela Vista – São Paulo – SP – Brasil, que está organizado sob a forma de Banco Múltiplo, autorizado a operar com as carteiras comercial, de câmbio, de investimento e de crédito e financiamento e por meio de suas controladas diretas e indiretas, opera com a carteira de arrendamento mercantil e atua também na administração de recursos de terceiros, seguro de vida e previdência e prestação de serviços. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes do Consolidado Daycoval, atuando no mercado de forma integrada.

A operação da carteira de arrendamento mercantil iniciou-se em 15 de dezembro de 2015, data em que foi publicada no Diário Oficial da União a aprovação, pelo BACEN, da aquisição pelo Daycoval de 100% das ações emitidas pelo Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A.

a) Oferta Pública Unificada de Aquisição de Ações (OPA) para fins de cancelamento de registro de companhia aberta e de saída do Nível 2 de Governança Corporativa da BM&FBOVESPA:

O Banco Daycoval S.A., em cumprimento ao disposto no artigo 157, parágrafo 4º, da Lei n.º 6.404,

de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada, e na Instrução da Comissão de Valores

Mobiliários (“CVM”) n.º 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada, informou ao mercado

em 24 de junho de 2015, que seus acionistas controladores em conjunto com o Banco tem a

intenção de realizar, nos termos dos artigos 49, 50 e 52 do estatuto social do Banco, da Instrução

da CVM nº 361, de 5 de março de 2002, conforme alterada: (i) uma oferta pública para a

aquisição das Ações Objeto da Oferta, para fins do cancelamento do registro da Companhia para

negociação de ações no mercado como emissora de valores mobiliários categoria "A", nos termos

da Instrução da CVM n.º 480, de 7 de dezembro de 2009, conforme alterada, cumulada com (ii)

uma oferta pública para a aquisição das Ações Objeto da Oferta, para fins da saída da Companhia

do segmento especial de listagem da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores Mercadorias e

Futuros (“BM&FBOVESPA”) denominado Nível 2 de Governança Corporativa (“Oferta”).

Em 1º de julho de 2016 o Banco Daycoval, em conjunto com seus acionistas controladores,

divulgaram o edital de Oferta Pública Unificada para Aquisição de Ações (OPA) preferenciais de

emissão do Banco Daycoval. O Edital contém todas as características para a realização desta

Oferta que se deu em 11 de agosto de 2016.

Naquela data, por meio de Fato Relevante divulgado aos seus acionistas e ao mercado, o Banco

Daycoval comunicou a realização com sucesso do leilão da oferta pública unificada para a

aquisição de até a totalidade das ações preferenciais de emissão do Banco e de titularidade de

seus acionistas não controladores e de administradores do Banco.

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Como resultado do Leilão, os atuais acionistas controladores do Banco Daycoval (“Acionistas

Controladores”), em conjunto com o Banco Daycoval (“Ofertantes”), adquiriram 58.394.941 ações

preferenciais de emissão do Banco Daycoval, representativas de 23,80% de seu capital social, pelo

preço unitário de R$9,08 (nove reais e oito centavos), totalizando o montante de R$ 530.226,

sendo 31.143.119 ações preferenciais correspondentes ao montante de R$282.780, adquiridos

pelo Banco Daycoval e 27.251.822 ações preferenciais correspondentes ao montante de

R$247.446, adquiridos pelos Acionistas Controladores, na proporção e dentro dos limites

estabelecidos no Edital divulgado em 1º de julho de 2016.

Tendo em vista que o número de ações preferenciais de emissão do Banco Daycoval e de

titularidade de seus acionistas não controladores adquiridas pelos Ofertantes no Leilão superou o

montante mínimo de 2/3 (dois terços) das ações em circulação do Banco Daycoval, conforme

estabelecido no artigo 16, inciso II, da Instrução CVM 361 e no Edital, o Banco Daycoval deu

prosseguimento aos atos necessários para a Conversão de Registro, na forma e no prazo previstos

na Instrução CVM 480, com a consequente saída do Nível 2 de Governança Corporativa da

BM&FBOVESPA.

Em 5 de setembro de 2016, foi realizada Assembleia Geral Extraordinária, que deliberou e

aprovou o resgate de 3.891.298 ações preferenciais remanescentes que não tinham sido

adquiridas pelos Ofertantes no dia do Leilão, as quais correspondiam a 1,58% do capital social do

Banco Daycoval. O preço do resgate foi de R$9,18 (nove reais e dezoito centavos) por ação.

Após a conclusão da oferta pública unificada de aquisição de ações (OPA), o Banco Daycoval

recomprou 4.942.839 ações preferenciais de titularidade de pessoas vinculadas no montante de

R$45.374, com preço de resgate de R$9,18 (nove reais e dezoito centavos) por ação.

Em Reunião do Conselho de Administração, realizada em 20 de dezembro de 2016, foi deliberado

e aprovado o cancelamento da totalidade das ações mantidas em tesouraria, totalizando

37.340.711 (trinta e sete milhões, trezentas e quarenta mil e setecentas e onze) ações

preferenciais nominativas, sem redução do valor do capital social. O cancelamento das ações será

submetido à deliberação da Assembleia Geral Extraordinária do Banco a ser realizada em 24 de

fevereiro de 2017, para alteração do Artigo 6º do Estatuto Social do Banco, para referendar e

consignar o número de ações representativas do capital social após o cancelamento das ações.

2. Aquisição do Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A. (atualmente denominado Daycoval Leasing – Banco Múltiplo S.A.)

Em 11 de dezembro de 2014 o Daycoval celebrou com CIT Group Inc, com sede em New York, New York, EUA (“CIT”) Contrato de Compra e Venda (“Contrato”) para aquisição de 100% das ações do Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A. (“Banco CIT Brasil”), com sede em Barueri - SP, banco múltiplo voltado ao mercado corporativo no Brasil, especializado em pequenas e médias empresas, com foco em soluções financeiras e de arrendamento mercantil de equipamentos, em particular os do segmento de Tecnologia da Informação.

Em 4 de novembro de 2015 o Daycoval recebeu Ofício do BACEN - Departamento de Organização do Sistema Financeiro, comunicando que em sessão de 27 de outubro de 2015 a Diretoria Colegiada do Banco Central aprovou a transferência do controle acionário do Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A. para o Daycoval.

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Em 30 de novembro de 2015 o Daycoval, informou que cumpriu, naquela data, todas as condições precedentes previstas no Contrato celebrado em 11 de dezembro de 2014 com a Capita Corporation, The Capita Corporation do Brasil Ltda. e Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A., para a aquisição de 100% das ações de emissão do CIT Brasil.

Em 15 de dezembro de 2015 foi publicada no Diário Oficial da União a aprovação, pelo BACEN, da aquisição do Banco CIT Brasil pelo Daycoval.

A partir de 1º de fevereiro de 2016, conforme aprovação do BACEN publicada no Diário Oficial daquela data, o Banco CIT Brasil passou a utilizar a denominação de Daycoval Leasing – Banco Múltiplo S.A.

Conforme determinado pelo IFRS 3 – Combinação de negócios, o Daycoval promoveu uma revisão independente para se certificar de que todos os ativos adquiridos e todos os passivos assumidos foram corretamente identificados com o objetivo de mensurar os valores a serem reconhecidos na data da aquisição, para todos os itens abaixo:

a) Ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos;

b) Eventual participação de não controladores no Banco CIT Brasil;

c) A contraprestação transferida para obtenção do controle da adquirida.

O objetivo da revisão foi o de assegurar que as mensurações refletissem adequadamente todas as informações disponíveis na data da aquisição e, para tanto, foram utilizados os balanços patrimoniais do Banco CIT Brasil levantados em 31 de outubro de 2015, que consideraram ajustes no montante de R$15.896, representados substancialmente por créditos tributários. O desconto sobre o valor do patrimônio líquido contábil, conforme previsto no Contrato, foi de R$53.935, totalizando deságio de R$69.831.

O deságio apurado pelo Daycoval na aquisição do Banco CIT Brasil, foi reconhecido integralmente nas demonstrações do resultado do exercício, na rubrica de “Outras receitas operacionais”, bem como o reconhecimento dos impostos diferidos, calculados à alíquota vigente, na rubrica de “Passivos tributários diferidos”, que serão reconhecidos nas demonstrações de resultado ou por ocasião de uma eventual venda do investimento ou por sua incorporação.

3. Adoção de novas normas e interpretações técnicas:

Todas as práticas contábeis e critérios de apuração relevantes para as demonstrações financeiras consolidadas foram aplicados em sua elaboração. As adoções, ou possíveis adoções, das novas normas e interpretações do IFRS durante o ano de 2016 não impactaram a comparabilidade com as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2015.

a) Pronunciamentos contábeis emitidos e aplicáveis ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016

• Ciclo Anual de Melhorias (2012-2014) – anualmente, o IASB faz pequenas alterações em uma série de pronunciamentos, com objetivo de esclarecer e evitar dupla interpretação. Neste último ciclo, foram revisados o IFRS 5 – Ativo Não Circulante Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas, o IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, o IAS 19 –Benefícios aos Empregados e o IAS 34 – Relatório Financeiro Intermediário. Sua adoção é requerida para os exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Não foram identificados impactos nas demonstrações financeiras do Daycoval.

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• Alteração do IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras: o objetivo é de incentivar as entidades na identificação de quais informações são relevantes para serem divulgadas nas demonstrações financeiras. Esclarece também que a materialidade se aplica ao conjunto completo das demonstrações, incluindo suas notas explicativas, sendo aplicável a todo e qualquer requerimento de divulgação dos pronunciamentos do IFRS. Sua adoção é requerida para os exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Os principais impactos relacionados à divulgação de políticas contábeis e julgamento sobre o conceito de materialidade das informações contidas em notas explicativas.

• Alteração do IAS 16 - Imobilizado e IAS 38 Ativos Intangíveis - esclarece o princípio base para depreciação e amortização como sendo o padrão esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros do ativo imobilizado e intangível. Sua adoção é requerida para os exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016, porém, sua adoção antecipada é permitida. Não foram identificados impactos decorrentes da adoção deste pronunciamento.

• Alteração do IFRS 10 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e IAS 28 – Investimentos em coligada e empreendimentos controlado em conjunto (joint venture) – corrigem as inconsistências entre as exigências do IFRS 10 e do IAS 28 (2011), ao lidar com a venda ou contribuição de ativos entre um investidor e sua coligada ou empreendimentos controlados em conjunto (joint venture). Sua adoção é requerida para os exercícios iniciados em 1º de janeiro de 2016. Não foram identificados impactos nas demonstrações financeiras do Daycoval.

• IFRS 11 – Negócios em Conjunto – a alteração promovida neste pronunciamento, estabelece critérios de contabilização para aquisição de operações em conjunto cuja atividade constitui um negócio, conforme definições do IFRS 3 – Combinações de Negócios. Sua adoção é requerida a partir de 1º de janeiro de 2016, cujos impactos ocorrerão somente em uma eventual aquisição de um novo negócio.

b) Pronunciamentos contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros

São relacionados a seguir, novos pronunciamentos já emitidos e que passarão a vigorar em exercícios posteriores à data destas demonstrações financeiras consolidadas e, portanto, não foram adotados de forma antecipada, quais sejam:

• IFRS 9 – Instrumentos Financeiros – este Pronunciamento irá substituir o IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, e suas principais características são: (a) inclusão de um novo modelo para classificação e mensuração de instrumentos financeiros que levam em consideração o modelo de negócios da instituição e as características do fluxo de caixa contratual destes instrumentos; (b) inclusão de modelo único de provisão para o valor recuperável dos instrumentos financeiros (“impairment”), que inclui o conceito de perda esperada em conjunto com o de perda incorrida e, também, a classificação em três estágios de provisão para “impairment”; e (c) abordagem prospectiva para o reconhecimento de estruturas de “hedge accounting”. A adoção do IFRS 9 é obrigatória para os exercícios a partir de 1º de janeiro de 2018. O Daycoval está em processo de avaliação e de implantação do IFRS 9 e os prováveis impactos decorrentes de sua adoção, estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de sua entrada em vigor.

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• IFRS 15 – Receitas de Contratos com Clientes – determina que o reconhecimento de receita seja feito de modo a refletir a transferência de bens ou serviços por um montante que reflita a expectativa da entidade de ter em troca os direitos desses bens ou serviços. Este pronunciamento substitui o IAS 18, o IAS 11, bem como as interpretações relacionadas a estes pronunciamentos. Sua adoção é requerida para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2017. Os possíveis impactos decorrentes da adoção deste pronunciamento serão avaliados e incluídos nas demonstrações contábeis do Daycoval até a sua data de entrada em vigor.

• IFRS 16 – Arrendamentos – este pronunciamento substitui a IAS 17 - Arrendamentos, como também as interpretações a este pronunciamento contidas nos documentos IFRIC 4, SIC 15 e SIC 27. O IFRS 16 elimina a contabilização de arrendamento operacional para o arrendatário, apresentando modelo único de arrendamento que consiste em: (i) reconhecer os arrendamentos com prazo superior a 12 meses e com valores de ativos arrendados materiais; e (b) reconhecer a depreciação e os juros do arrendamento de forma separada nas demonstrações de resultado. Para o arrendador, a contabilização continuará segregada entre operacional e financeiro. Este pronunciamento passará a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2019. A Administração avaliará, até a data de entrada em vigor do pronunciamento, os eventuais impactos decorrentes de sua adoção.

4. Apresentação das demonstrações financeiras e principais políticas contábeis

4.1. Apresentação das demonstrações financeiras

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRIC).

As práticas contábeis discriminadas abaixo foram aplicadas nos períodos apresentados nas Demonstrações Financeiras e têm sido aplicadas de forma consistente pelas empresas controladas pelo Daycoval.

A Diretoria do Banco Daycoval declara que discutiu, reviu e concorda com as demonstrações financeiras consolidadas em IFRS relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

4.2. Base de preparação

As demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas com base no custo histórico, com exceção dos: (i) investimentos disponíveis para venda; (ii) derivativos; (iii) outros ativos e passivos financeiros mantidos para negociação; e (iv) passivos decorrentes de pagamentos baseados em ações, os quais foram todos mensurados ao valor justo.

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Base de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas em IFRS incluem as demonstrações financeiras do Daycoval, de sua dependência no exterior, do Daycoval Leasing e de suas controladas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015. As demonstrações financeiras das controladas do Daycoval foram preparadas para o mesmo exercício social utilizando práticas contábeis consistentes e todos os saldos, transações, receitas e despesas entre as entidades do grupo foram eliminados.

Para a consolidação das operações do Daycoval Leasing às demonstrações financeiras do Daycoval, foram utilizados os seguintes critérios: (i) ativos e passivos - os saldos patrimoniais de ativos e passivos realizados em 31 de dezembro de 2015, excluindo-se as operações intercompanhias, foram integralmente consolidados; e (ii) para as demonstrações de resultado, foram consideradas as receitas e despesas, também excluindo-se os resultados de operações intercompanhias, do período de 1º de novembro a 31 de dezembro de 2015.

As participações de acionistas não-controladores representam, diretamente ou indiretamente, a porção do resultado e do patrimônio líquido que não pertence ao Daycoval, e são apresentadas separadamente nas demonstrações consolidadas do resultado e incluídas de forma destacada no patrimônio líquido. Qualquer prejuízo aplicável à participação de não-controladores, que seja excedente à sua participação, é atribuído ao patrimônio líquido do Daycoval.

O quadro a seguir a apresenta as empresas consolidadas nestas demonstrações financeiras:

% - Participação

2016 2015

Arrendamento Mercantil Daycoval Leasing – Banco Múltiplo S.A. (“Daycoval Leasing”)

(denominação atual do Banco Commercial Investment Trust do Brasil S.A.) 100,00 100,00 Atividade Financeira - Dependência no Exterior Banco Daycoval S.A. - Cayman Branch (“Daycoval Cayman”) 100,00 100,00

Atividade de Seguros e Previdência Complementar Dayprev Vida e Previdência S.A. (“Dayprev”) 97,00 97,00

Não Financeiras ACS Participações Ltda. (“ACS”) 99,99 99,99 Daycoval Asset Management Administração de Recursos Ltda. (“Daycoval Asset”) 99,99 99,99 IFP Promotora de Serviços de Consultoria e Cadastro Ltda. (“IFP”) 99,99 99,99 SCC Agência de Turismo Ltda. (“SCC”) 99,99 99,99 Treetop Investments Ltd. (“Treetop”) 99,99 99,99

4.3. Julgamentos e estimativas contábeis significativos

No processo de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas em IFRS do Daycoval, a Administração exerceu o melhor de seu julgamento e utilizou estimativas para calcular certos valores reconhecidos nestas demonstrações, aplicáveis às seguintes situações:

Continuidade

A Administração avaliou a habilidade do Daycoval em continuar operando normalmente e está convencida de que este possui recursos para dar continuidade a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a Administração não tem o conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas significantes sobre a sua capacidade de continuar operando. Portanto, as demonstrações financeiras consolidadas em IFRS foram preparadas considerando este princípio.

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Valor justo dos instrumentos financeiros

O valor justo de ativos e passivos financeiros contabilizados no balanço patrimonial ou foi derivado de preços cotados em mercado ativo ou determinados utilizando-se modelos matemáticos para precificação. As variáveis desses modelos são derivadas de informações observáveis de mercado sempre que possível, porém, quando estes dados não estão disponíveis ou não são observáveis, o Daycoval utiliza modelagem interna para estabelecer o valor justo de seus instrumentos financeiros. Os julgamentos incluem considerações de liquidez e modelos de variáveis como volatilidade de derivativos de longo prazo e taxas de desconto, taxas de pré-pagamento e pressupostos de inadimplência de títulos com ativos como garantia.

Perdas com redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos

O Daycoval revisa seus empréstimos e recebíveis significantes individualmente a cada data de balanço para avaliar se perdas com redução ao valor recuperável devem ser registradas na demonstração do resultado. O julgamento da Administração é requerido na estimativa do valor e período do fluxo de caixa futuro na determinação das perdas com redução ao valor recuperável. Na estimativa desses fluxos de caixa, o Daycoval faz julgamentos em relação à situação financeira do cliente e ao valor realizável líquido da garantia. Essas estimativas são baseadas em pressupostos de uma série de fatores e, por essa razão, os resultados reais podem variar, gerando futuras alterações à provisão para perdas com redução ao valor recuperável de empréstimos e adiantamentos.

Empréstimos e recebíveis que foram avaliados individualmente e não foram designados para redução ao valor recuperável e, todos os empréstimos e recebíveis que individualmente não foram considerados significativos, são avaliados coletivamente, em grupos de ativos com características de risco semelhante, para determinar se uma provisão para perdas com redução em seu valor recuperável deve ser efetuada para eventos já ocorridos.

A avaliação coletiva leva em consideração dados da carteira de crédito (como a qualidade do crédito, níveis de inadimplência, utilização de crédito, proporção entre empréstimos e garantias etc.), concentrações de riscos e dados econômicos.

A perda com a redução ao valor recuperável em empréstimos e recebíveis está divulgada na Nota 21.

Ativos tributários diferidos

Ativos tributários diferidos são reconhecidos sobre perdas tributárias na medida em que é provável que o lucro tributável esteja disponível no período em que as perdas poderão ser utilizadas. Um julgamento é requerido para determinar o montante de ativo futuro tributário diferido que deve ser reconhecido, com base no fluxo provável de lucro tributável futuro, e em conjunto com estratégias de planejamento tributário, se houver.

Provisões para riscos de passivos contingentes

O Daycoval revisa periodicamente suas provisões para riscos de passivos contingentes. Esta revisão utiliza a melhor avaliação e estimativa da Administração, apoiada por parecer de assessores legais, quanto à possibilidade de dispêndio de recursos financeiros e à determinação de seus respectivos montantes.

Os riscos classificados como Prováveis são reconhecidos contabilmente no balanço patromonial na rubrica de “Provisões” no passivo e estão apresentados na Nota 32.

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4.4. Ajustes na apresentação das demonstrações financeiras

a) Diferimento de despesas antecipadas referentes à comissões por originação de crédito

Em função da diferença entre os critérios de apropriação contábil de despesas antecipadas, relacionadas à originação de operações de crédito consignado e veículos, estabelecidos pela Circular BACEN nº 3.738/14 e o IFRS, os balanços patrimoniais (incluindo o patrimônio líquido), as demonstrações do resultado e do resultado abrangente e as demonstrações dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2015 foram ajustados nos seguintes itens:

2015

Rubricas Publicado Ajuste Reapresentado

Ativo

Total de empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil

13.227.459 33.768 13.261.227

Pessoas físicas 6.496.189 33.768 6.529.957 Passivo

Provisões 1.735.101 15.196 1.750.297 Provisões para outros compromissos

e outras provisões

440.932 15.196 456.128 Patrimônio líquido 2.813.797 18.572 2.832.369

Reservas estatutárias 844.763 18.572 863.335 Demonstrações de resultado

Receita de juros e similares 3.357.794 33.768 3.391.562 Imposto de renda (164.581) (8.442) (173.023) Contribuição social (114.620) (6.754) (121.374) Lucro líquido exercício 473.176 18.572 491.748

Demonstrações do resultado

abrangente

Lucro líquido do exercício 473.176 18.572 491.748 Resultado abrangente do exercício,

líquido de impostos

454.935 18.572 473.507 Demonstrações dos fluxos de caixa

Lucro líquido do exercício 473.176 18.572 491.748 Lucro líquido ajustado do exercício (1) 1.162.409 (89.656) 1.072.753 Variação de ativos e obrigações (81.286) (18.572) (99.858) Empréstimos e recebíveis e

arrendamento mercantil

1.502.680 33.768 1.536.448 Outros passivos e obrigações 293.937 15.196 309.133

(1) Inclui o montante de receita de R$108.228, referente à variação cambial sobre caixa e equivalentes de caixa,

para o exercício findo em 31 de dezembro de 2015, calculada para fins de melhor apresentação e

comparabilidade das demonstrações dos fluxos de caixa com o exercício atual.

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4.5. Resumo das principais práticas contábeis

a) Regime de competência

O Daycoval elabora suas demonstrações financeiras com base no princípio contábil de competência.

b) Conversão de moeda estrangeira

As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação do Daycoval. As empresas integrantes do consolidado determinam sua própria moeda funcional e os itens incluídos em suas demonstrações financeiras são mensurados usando moeda funcional definida, conforme previsto mo IAS 21.

Transações e saldos

As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data do balanço.

Itens não monetários mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira, são convertidos utilizando-se a taxa de câmbio em vigor nas datas das transações. Itens não monetários mensurados ao valor justo em moeda estrangeira são convertidos utilizando-se taxas de câmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado.

c) Instrumentos financeiros - reconhecimento inicial e mensuração subsequente

Data de reconhecimento

Todos os ativos e passivos financeiros são inicialmente reconhecidos na data de negociação, isto é, a data em que o Daycoval se torna parte interessada na relação contratual do instrumento.

Reconhecimento inicial de instrumentos financeiros

A classificação dos instrumentos financeiros em seu reconhecimento inicial depende do propósito e da finalidade para os quais estes instrumentos financeiros foram contratados pela Administração. Todos os instrumentos financeiros são mensurados inicialmente ao valor justo acrescido do custo da transação, quando aplicável.

Derivativos registrados a valor justo por meio do resultado

Os derivativos, como contratos de swaps e de futuros, são registrados ao valor justo e mantidos como ativos quando o valor justo é positivo e como passivo quando o valor justo é negativo. As variações do valor justo dos derivativos são incluídas em “Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros – ativos e passivos financeiros para negociação - derivativos”.

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O derivativo embutido é um componente de um instrumento híbrido (combinado), que inclui também um contrato principal não derivativo, com o efeito de que parte dos fluxos de caixa do instrumento combinado varia de forma similar a um derivativo individual. Um derivativo embutido faz com que a totalidade ou parte dos fluxos de caixa que seria de outro modo exigido pelo contrato seja modificada de acordo com uma determinada taxa de juros, preço de instrumento financeiro, preço de commodity, taxa de câmbio, índice de preços ou taxas, classificação ou índice de crédito ou outra variável, desde que no caso de uma variável não financeira, essa variável não seja específica a uma das partes do contrato.

O derivativo que esteja vinculado a um instrumento financeiro, mas que possa ser contratualmente transferido independentemente desse instrumento ou que possua uma contraparte diferente do instrumento, não é um derivativo embutido, mas um instrumento financeiro separado.

Ativos e passivos financeiros mantidos para negociação

Ativos ou passivos financeiros mantidos para negociação são registrados no balanço patrimonial ao valor justo. As variações no valor justo são reconhecidas em “Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros – ativos e passivos financeiros para negociação – ativos e passivos financeiros avaliados por seu valor justo”. A receita ou despesa de juros e dividendos é registrada em “Outras receitas operacionais” conforme os termos do contrato, ou quando o direito ao pagamento for estabelecido.

Ativos e passivos financeiros avaliados ao valor justo por meio do resultado

Os ativos e passivos financeiros classificados nessa categoria são aqueles designados, pela Administração, em seu reconhecimento inicial. A Administração somente pode designar um instrumento financeiro ao valor justo por meio do resultado durante o reconhecimento inicial quando os seguintes critérios são observados:

• A designação elimina ou reduz significativamente o tratamento contábil inconsistente que ocorreria na mensuração dos ativos e passivos ou no reconhecimento dos ganhos e perdas correspondentes em bases diferentes; ou

• Os ativos e passivos são parte de um grupo de ativos e/ou passivos financeiros, os quais são gerenciados e avaliados com base no valor justo, conforme estratégia documentada de gestão de risco ou de investimento.

Os ativos e passivos financeiros ao valor justo por meio do resultado são registrados no balanço patrimonial ao valor justo. Variações no valor justo são registradas em “Ganhos (perdas) líquidos de ativos e passivos financeiros avaliados por seu valor justo”. Juros auferidos ou incorridos são apropriados em “Receita de juros” ou “Despesa de juros”, respectivamente, utilizando-se o método da taxa de juros efetiva, enquanto a receita de dividendos é reconhecida na rubrica de “Outras receitas operacionais” quando o direito ao pagamento é estabelecido.

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Investimentos financeiros – disponíveis para venda

Investimentos disponíveis para venda incluem ações e instrumentos de dívida. Ações classificadas como disponíveis para venda são aquelas que não são classificadas como mantidas para negociação ou designadas ao valor justo por meio do resultado. Instrumentos de dívida nessa categoria são aqueles mantidos por um prazo indefinido e que podem ser vendidos em resposta à necessidade de liquidez ou em resposta a mudanças na condição do mercado.

O Daycoval não designou nenhum empréstimo ou recebíveis como disponíveis para venda.

Após a mensuração inicial, os instrumentos financeiros disponíveis para venda são subsequentemente mensurados ao valor justo. Ganhos e perdas não realizados são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido na rubrica de “Ajustes de avaliação patrimonial de instrumentos financeiros disponíveis para venda”. Quando o investimento é liquidado antecipadamente, o ganho ou perda acumulado previamente reconhecido no patrimônio líquido é reconhecido na demonstração de resultado na rubrica de “Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros – resultado na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda”.

Os juros auferidos enquanto mantido como um investimento financeiro disponível para venda são reconhecidos na demonstração do resultado na rubrica de “Receitas de juros e similares” utilizando a taxa efetiva de juros. Dividendos auferidos enquanto mantido como um investimento financeiro disponível para venda são reconhecidos na demonstração do resultado na rubrica de “Outras receitas operacionais” quando o direito ao recebimento for estabelecido.

As perdas com redução ao valor recuperável desses instrumentos financeiros são reconhecidas na demonstração do resultado em “perdas com redução ao valor recuperável em investimentos financeiros” e baixadas das “reservas de ajuste a mercado de instrumentos financeiros disponíveis para venda”.

Empréstimos e recebíveis

Os empréstimos e recebíveis incluem ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis não cotados em um mercado ativo.

Após a mensuração inicial, os montantes de “Empréstimos e recebíveis” são mensurados ao custo amortizado utilizando a taxa de juros efetiva, líquidos da provisão para perdas com redução ao valor recuperável. O custo amortizado é calculado considerando quaisquer descontos ou prêmio na aquisição e outras taxas e custos que são partes integrais da taxa de juros efetiva. A amortização é incluída em “receita de juros” na demonstração do resultado.

O método da taxa efetiva de juros é utilizado para calcular o custo amortizado de um empréstimo e recebível, possibilitando a alocação de sua respectiva receita de juros no período. Este método é aplicado sobre os recebimentos futuros estimados ao longo da vigência do instrumento financeiro que resulta em seu valor contábil. Ao calcular a taxa efetiva de juros, o Daycoval estima os fluxos de caixa considerando os termos contratuais que impactam diretamente tais fluxos do instrumento financeiro, porém, não considera perdas futuras sobre os contratos.

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O método e, consequentemente, a determinação da taxa efetiva de juros de um ativo financeiro classificado na categoria de “Empréstimos e recebíveis”, considera todas as comissões pagas na originação do instrumento financeiro, seus os custos de transação e eventuais prêmios ou descontos diretamente atribuíveis ao instrumento financeiro.

As perdas com redução ao valor recuperável são reconhecidas na demonstração do resultado na rubrica de “Perdas com ativos financeiros – impairment – empréstimos e recebíveis”.

Dívidas emitidas e outras captações de recursos

Instrumentos financeiros ou seus componentes emitidos pelo Daycoval, não avaliados ao valor justo por meio do resultado, são classificados como passivos em “Passivos financeiros avaliados pelo seu custo amortizado”. Isso ocorre quando a substância do acordo contratual resulta ao Daycoval assumir uma obrigação de entregar caixa ou outro ativo financeiro ao detentor, que não a troca de um valor fixo de caixa ou outro ativo financeiro por uma quantidade fixa de ações patrimoniais.

Após a mensuração inicial, a dívida emitida e outras captações de recursos são mensuradas ao custo amortizado utilizando a taxa de juros efetiva. O custo amortizado é calculado levando-se em consideração qualquer desconto ou prêmio na emissão e custos que constituem parte integral da taxa de juros efetiva.

d) Baixa de ativos financeiros e passivos financeiros

Ativos financeiros

Um ativo financeiro ou parte de um ativo financeiro ou um grupo de ativos semelhantes é baixado quando:

• O direito de receber o fluxo de caixa do ativo estiver vencido; ou

• O Daycoval transferiu o direito de receber o fluxo de caixa do ativo ou tenha assumido a obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido, no montante total, a um terceiro por força de um contrato em que:

I. O Daycoval transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo; ou

II. O Daycoval não transferiu substancialmente ou reteve substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, mas tenha transferido o controle sobre o ativo.

Quando o Daycoval transfere o direito de receber fluxo de caixa de um ativo ou tenha entrado em um contrato de repasse, e não tenha transferido ou retido substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo, ou também não tenha transferido o controle sobre o ativo, este ativo é reconhecido na medida do envolvimento contínuo do Daycoval. Nesse caso, o Daycoval também reconhece um passivo relacionado. O ativo transferido e o passivo relacionado são mensurados para refletir os direitos e obrigações retidas pelo Daycoval.

O contínuo envolvimento que toma a forma de uma garantia sobre o ativo transferido é mensurado ao menor valor entre o valor contabilizado do ativo e o valor máximo de compensação que o Daycoval possa ser requerido a pagar.

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Passivos financeiros

Um passivo financeiro é baixado quando a obrigação a respeito do passivo é eliminada, cancelada ou vencida. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro do mesmo credor em termos substancialmente diferentes, ou os termos do passivo existente são substancialmente modificados, a troca ou modificação é tratada como uma baixa do passivo original e o reconhecimento de um novo passivo, e a diferença no valor contábil é reconhecida no resultado.

e) Operações compromissadas

Títulos vendidos com contrato de recompra em uma data futura específica não são baixados do balanço patrimonial, já que o Daycoval retém substancialmente todos os riscos e benefícios de posse. O correspondente caixa recebido é reconhecido no balanço patrimonial como um ativo com a obrigação de retorno, incluindo os juros apropriados como um passivo em “Captações no mercado aberto”, refletindo a substancia econômica da transação como uma dívida do Daycoval.

A diferença entre o preço de venda e recompra é tratada como despesa de juros e é apropriada sobre a duração do contrato utilizando a taxa de juros efetiva.

Quando a contrapartida tem o direito de vender ou de oferecer novamente os títulos como garantia, o Daycoval reclassifica esses títulos no seu balanço patrimonial como “Ativos financeiros disponíveis para venda”.

A diferença entre o preço de compra e revenda é registrada em “Receita de juros e similares” e é apropriada durante o prazo do contrato utilizando a taxa de juros efetiva.

f) Determinação do valor justo

A melhor evidência do valor justo são os preços cotados em um mercado ativo. Se o mercado para um determinado instrumento financeiro não estiver ou não for ativo, o Daycoval estabelece o valor justo deste instrumento, utilizando-se de modelagens específicas. O objetivo do uso de modelagens específicas para determinação do valor justo é o de estabelecer qual teria sido o preço da transação na data de mensuração em uma troca feita em condições de mercado motivada por considerações normais de mercado.

As modelagens incluem o uso de transações de mercado em termos usuais entre partes conhecedoras e interessadas, se disponíveis, referência ao valor justo corrente de outro instrumento similar, análise de fluxo de caixa descontado e modelos de precificação de opções. Se houver uma modelagem normalmente usada pelos participantes do mercado para precificar o instrumento e essa modelagem tiver sido demonstrada como fornecendo estimativas razoáveis dos preços obtidos em transações reais de mercado, o Daycoval poderá utilizar tal modelagem.

As modelagens para determinação do valor justo dos instrumentos financeiro, adotadas pelo Daycoval, fazem máximo uso das contribuições do mercado e utilizam o mínimo possível de confiança nas contribuições específicas do Daycoval. Elas incorporam todos os fatores que os participantes do mercado considerariam na definição de preço e são consistentes com as metodologias econômicas aceitas para a precificação de instrumentos financeiros.

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Periodicamente, o Daycoval revisa as modelagens de determinação do valor justo, testando sua validade, usando preços provenientes de quaisquer transações de mercado correntes observáveis no mesmo instrumento ou com base em quaisquer dados de mercado observáveis que estejam disponíveis.

g) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros

Um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros é considerado como tendo problemas de recuperabilidade e as perdas por redução no valor recuperável são incorridas se, e apenas se, houver evidência objetiva da redução no seu valor recuperável como resultado de um ou mais eventos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do ativo, e se esse evento de perda tiver um impacto sobre os fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que possa ser estimado de forma confiável.

Pode não ser possível identificar um evento único e distinto que tenha causado a redução no valor recuperável de um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros. Em vez disso, o efeito combinado de diversos eventos pode ter causado a redução no valor recuperável.

A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está com problemas de recuperabilidade inclui dados observáveis que venham à atenção do Daycoval sobre os seguintes eventos:

• Dificuldade financeira significativa do emissor ou devedor;

• Uma quebra de contrato, como, por exemplo, inadimplência ou atraso nos pagamentos de juros ou principal;

• O mutuante, por motivos econômicos ou legais, relacionadas à dificuldade financeira do mutuário, dá a ele uma concessão que o mutuante, de outro modo, não consideraria;

• Ficar provável que o mutuário entrará em falência ou passará por outra reorganização financeira;

• O desaparecimento de um mercado ativo para esse ativo financeiro, por causa de dificuldades financeiras, ou

• Dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos fluxos de caixa futuros estimados de um grupo de ativos financeiros, desde o reconhecimento inicial dos ativos, embora a redução ainda não possa ser identificada com os ativos financeiros individuais no grupo, incluindo:

i. Mudanças adversas na situação de pagamento de mutuários no grupo;

ii. Condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com inadimplência nos ativos no grupo.

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O Daycoval avalia, em cada data de balanço, se há qualquer evidência objetiva de que um ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros está com problemas de recuperabilidade. Se houver essa evidência, o Daycoval aplica os seguintes critérios:

a) Ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado

Para ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado como: (i) valores a receber de bancos; e (ii) empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil, o Daycoval primeiramente avalia individualmente se existe evidência objetiva de redução ao valor recuperável para ativos financeiros que são individualmente significativos, ou coletivamente para ativos financeiros que não são individualmente significativos. Se o Daycoval determinar que essa evidência não existe para um ativo financeiro individualmente avaliado, o ativo é incluído em um grupo de ativos financeiros com característica de risco de crédito semelhantes e coletivamente avalia o grupo por redução ao valor recuperável. Ativos que são individualmente avaliados por redução ao valor recuperável e para os quais a perda com redução ao valor recuperável é e continua sendo reconhecida não são incluídos em uma avaliação coletiva de redução ao valor recuperável.

Se há evidência objetiva de que uma perda com redução ao valor recuperável foi incorrida, o montante da perda é mensurado como a diferença entre o valor contabilizado do ativo e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, exceto perdas futuras esperadas com crédito que ainda não foram incorridas. O valor contabilizado do ativo é reduzido por meio do uso de uma conta de provisão e o montante de perda é reconhecido no resultado.

A receita de juros continua a ser apropriada sobre o valor contábil líquido da provisão e é calculada com base na taxa de juros utilizada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. A receita de juros é registrada como parte de “Receita de juros e similares”.

Empréstimos e as correspondentes provisões são baixados quando não há probabilidade de recuperação e toda a garantia foi realizada ou transferida para o Daycoval. Se, em um momento subsequente, o montante estimado de perda com redução ao valor recuperável aumenta ou diminui devido a um evento que ocorreu depois que a redução ao valor recuperável foi reconhecida, o montante de perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecido é aumentado ou diminuído pelo ajuste na conta de provisão.

O valor presente do fluxo de caixa futuro estimado é descontado pela taxa efetiva de juros original do ativo financeiro. Se um empréstimo tem uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para mensurar qualquer perda com redução ao valor recuperável é a taxa de juros efetiva atual. Se o Daycoval reclassificou seus ativos negociáveis para empréstimos e recebíveis, a taxa de desconto utilizada para mensuração de qualquer perda de redução ao valor recuperável se torna a nova taxa efetiva determinada na data da reclassificação. O cálculo do valor presente do fluxo de caixa estimado do ativo financeiro dado como garantia reflete o fluxo de caixa que pode resultar da liquidação menos os custos de obter e vender a garantia, mesmo se a liquidação não for provável de ocorrer.

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Com a finalidade de avaliação coletiva de redução ao valor recuperável, ativos financeiros são agrupados com base no sistema interno de avaliação de crédito do Daycoval, que considera características de risco de crédito como: (i) tipo de ativo; (ii) indústria; (iii) localização geográfica; (iv) tipo de garantia; (v) status de atraso; e (vi) outros fatores relevantes.

O fluxo de caixa futuro em um grupo de ativos financeiros que são coletivamente mensurados por redução ao valor recuperável é estimado com base na experiência de perda histórica de ativos com características de risco de crédito semelhantes às do grupo. A experiência de perda histórica é ajustada com base em dados atualmente observáveis para refletir os efeitos das condições atuais nas quais a experiência de perda histórica é baseada e para remover os efeitos das condições do período histórico que não existem atualmente.

Estimativas de fluxo de caixa futuro refletem, e são direcionalmente consistentes com mudanças nos dados observáveis de ano a ano (como mudanças em desemprego, preço de imóveis, cotação de commodities, status de pagamentos ou outros fatores que servem como indicativos de perdas incorridas no grupo ou sua magnitude). Os termos e pressupostos utilizados na estimativa de fluxo de caixa futuro são revisados regularmente para reduzir qualquer diferença entre as perdas estimada e real.

Investimentos financeiros disponíveis para venda

Para investimentos financeiros disponíveis para venda, o Daycoval avalia se, em cada data do balanço, há evidência objetiva de que o investimento está abaixo do valor recuperável.

No caso de instrumentos de dívida classificados como disponíveis para venda, o Daycoval avalia individualmente se há evidência objetiva de redução ao valor recuperável baseada no mesmo critério dos ativos financeiros contabilizados ao custo amortizado. Porém, o montante registrado para redução ao valor recuperável é a perda cumulativa mensurada como a diferença entre o custo amortizado e o valor justo atual, menos qualquer perda com redução ao valor recuperável naquele investimento previamente reconhecida no resultado.

Receita de juros futura é baseada no valor contabilizado reduzido e é apropriada utilizando a taxa de juros usada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável. A receita de juros é registrada como parte de “Receita de juros e similares”. Se, em um período subsequente, o valor justo do instrumento de dívida aumenta e o aumento pode ser objetivamente relacionado com um evento de crédito que ocorreu depois que a perda com redução ao valor recuperável foi reconhecida no resultado, a perda com redução ao valor recuperável é revertida através do próprio resultado.

Quando há evidência de redução ao valor recuperável, a perda cumulativa é mensurada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda com redução ao valor recuperável do investimento previamente reconhecida no resultado e é revertida do patrimônio líquido e reconhecida no resultado. Perdas com redução ao valor recuperável em investimentos patrimoniais não são revertidas através do resultado; aumentos no valor justo após redução ao valor recuperável são reconhecidos diretamente no patrimônio líquido.

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h) Arrendamento mercantil

A determinação se uma operação é de arrendamento mercantil – ou se ao menos contém uma operação de arrendamento mercantil – é baseada na substância do contrato e requer uma avaliação se esse documento estabelece o uso de ativos específicos e se o contrato transfere o direito de usar os ativos.

Daycoval como arrendador

Para os ativos objetos de arrendamento mercantil financeiro, o valor presente dos pagamentos é reconhecido no ativo na rubrica “Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil financeiro”.

O reconhecimento da receita de juros reflete a taxa interna de retorno de cada contrato de arrendamento mercantil e é reconhecido nas demonstrações de resultado na rubrica de “Receita de juros e similares”.

Daycoval como arrendatário

Arrendamentos mercantis que não transferem substancialmente ao Daycoval todos os riscos e benefícios que decorrem da posse do item sendo locado são considerados operacionais. Pagamentos de arrendamentos mercantis operacionais são reconhecidos como despesa na demonstração do resultado utilizando o método linear durante o termo do contrato.

i) Reconhecimento de receita e despesa

A receita é reconhecida na medida em que é provável que o benefício econômico seja transferido para o Daycoval e que a receita possa ser mensurada confiavelmente. Os critérios de reconhecimento específicos a seguir devem ser cumpridos antes que a receita seja reconhecida:

Receita e despesa de juros

Para todos os instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado, ativos financeiros classificados como disponíveis para venda e instrumentos financeiros designados ao valor justo por meio do resultado, e receita ou despesa de juros é registrada utilizando-se a taxa de juros efetiva, que é a taxa que exatamente desconta os recebimentos ou pagamentos futuros estimados pela vida estimada do instrumento financeiro, ou quando apropriado, um período mais curto, ao valor contábil líquido do ativo ou passivo financeiro.

O cálculo leva em consideração todos os termos contratuais do instrumento financeiro e inclui qualquer taxa ou custo incremental que são diretamente atribuíveis ao instrumento e são partes integrais da taxa efetiva, mas não das perdas futuras de crédito.

O valor contábil do ativo ou passivo financeiro é ajustado se o Daycoval revisa suas estimativas de pagamento e recebimento. O valor contábil ajustado é calculado com base na taxa de juros original e o ajuste no valor contábil é registrado como “outras receitas operacionais”. Porém, para um ativo financeiro reclassificado para o qual o Daycoval subsequentemente aumenta a sua estimativa de recebimento de caixa futuro como resultado do aumento da probabilidade de recuperação dos recebimentos de caixa futuro, o efeito do aumento é reconhecido como um ajuste na taxa efetiva desde a data da alteração da estimativa.

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Uma vez que o valor registrado de um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros semelhantes são baixados devido à perda com redução ao valor recuperável, a receita de juros continua a ser reconhecida utilizando a taxa de juros usada para descontar o fluxo de caixa futuro usado para mensurar a perda com redução ao valor recuperável.

Receita de tarifas e comissões

O Daycoval aufere receita de tarifas e comissões por meio de diversos tipos de serviços que fornece aos seus clientes. Receitas provenientes de tarifas podem ser segregadas nas seguintes categorias:

Receita com tarifas auferidas de serviços prestados em um determinado período

Tarifas auferidas com a prestação de serviços ao longo do período são apropriadas ao longo do mesmo período. Essas tarifas incluem receita de comissão e gerenciamento de ativos, custódia e outras tarifas de gerenciamento e assessoria.

Receita com taxas de serviços de transação prestados

Tarifas decorrentes de negociações ou da participação em negociações com terceiros, como, por exemplo, contrato de aquisição de ações ou outros títulos ou a aquisição ou venda de um negócio, são reconhecidas ao término da transação que gerou a taxa. Taxas ou componentes de taxas que são provavelmente relacionadas com performance específica são reconhecidas depois de cumprir o critério específico.

Receita de dividendo

Receita de dividendo é reconhecida quando o Daycoval tem o direito de receber o pagamento.

Receita líquida de negociação

Resultados que surgem de atividade de negociação incluem todos os ganhos e perdas das variações no valor justo e a receita ou despesa de juros e dividendos de ativos e passivos financeiros “mantidos para negociação”.

j) Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa como referidos nas demonstrações de fluxo de caixa incluem caixa disponível, contas correntes sem restrições com bancos e valores a receber de bancos disponíveis ou com vencimento original em três meses ou menos, sendo o risco de mudança no valor de mercado, destes ativos financeiros, considerado imaterial.

k) Imobilizado

O imobilizado é contabilizado ao custo excluindo os gastos com manutenção, menos depreciação acumulada e redução ao valor recuperável, quando aplicável. Alterações na vida útil estimada são contabilizadas como alterações no método ou no período de amortização, e apropriadamente tratadas como alterações de estimativas contábeis.

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A depreciação é calculada usando o método linear para baixar o custo do imobilizado ao seu valor residual ao longo da sua vida útil estimada. Terrenos não são depreciados. As vidas úteis estimadas de imobilizados são as seguintes:

• Imóveis 25 anos

• Hardware de computadores e veículos 5 anos

• Outros móveis e equipamentos 10 anos

O imobilizado é baixado na alienação ou quando benefícios econômicos futuros não são mais esperados do seu uso. Qualquer ganho ou perda gerada na alienação do ativo (calculado como a diferença entre a renda líquida da alienação e o valor contábil do ativo) é reconhecido em “outras receitas operacionais” na demonstração do resultado do ano em que o ativo foi alienado.

O Daycoval avalia ao final de cada período se há qualquer indicação de que os itens do ativo tangível possam apresentar perda no seu valor recuperável, ou seja, um ativo que apresenta o valor contábil acima do valor provável de realização, seja por uso ou venda. A avaliação dos imóveis é efetuada através de laudos preparados por empresas independentes.

Uma vez identificada uma redução no valor recuperável do ativo tangível, este é ajustado até atingir seu valor de realização através do reconhecimento contábil de uma perda por redução ao valor recuperável, registrada em perdas com outros ativos. Adicionalmente, o valor de depreciação do referido ativo é recalculado de forma a adequar o valor da vida útil do bem.

Em casos de evidência ou indicação de recuperação do valor de um ativo tangível, o Daycoval reconhece a reversão da perda por não recuperação registrada em períodos anteriores e deve ajustar as despesas de depreciação futura de acordo com o valor da vida útil do bem. Em nenhuma circunstância a reversão poderá aumentar seu valor contábil acima do valor que teria se nenhuma perda por não recuperação tivesse sido registrada em períodos anteriores.

l) Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis do Daycoval incluem o valor de software de computadores.

O intangível no montante de R$112 em 31 de dezembro de 2016 (R$70 em 2015), são registrados com base nos informes recebidos da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT.

m) Redução ao valor recuperável de ativos não financeiros (“impairment”)

O Daycoval avalia em cada data do balanço se há alguma indicação de que um ativo possa estar abaixo do valor recuperável. Se qualquer indicação existe, ou quando o teste de redução ao valor recuperável é requerido, o Daycoval estima o valor recuperável de seus ativos. O valor recuperável do ativo é o maior valor entre o valor justo do ativo ou unidade geradora de caixa menos os custos para vendê-lo e o seu valor corrente em uso.

Quando o valor contábil do ativo ou unidade geradora de caixa excede o valor recuperável, o ativo é considerado “impaired” e é baixado ao seu valor recuperável. Na avaliação do valor corrente em uso, os fluxos de caixa estimados são descontados ao valor presente utilizando uma taxa de desconto, que reflete a avaliação corrente do mercado do valor presente e riscos específicos do ativo.

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Para determinar o valor justo menos o preço de venda, um modelo de valorização apropriado é usado. Esses cálculos são efetuados utilizando múltiplos de valorização e outros indicadores de valor justo que estão disponíveis.

Para ativos, exceto ágio, uma avaliação é efetuada a cada data do balanço para avaliar se existe alguma indicação de que perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecidas e que possam deixar de existir ou possam ter diminuído. Se tais indicações existem, o Daycoval re-estima o valor recuperável dos ativos das unidades geradoras de caixa.

Perdas com redução ao valor recuperável previamente reconhecidas são revertidas somente se houver uma alteração nos pressupostos usados para determinar o valor recuperável do ativo desde a última vez em que as perdas com redução ao valor recuperável foram reconhecidas.

A reversão é limitada para que o valor contábil do ativo não exceda seu valor recuperável, e também não exceda o valor contábil que seria determinado, líquido de depreciação, se as perdas com redução ao valor recuperável não tivessem sido reconhecidas no ativo em anos anteriores. Esse tipo de reversão é reconhecida na demonstração do resultado.

n) Garantias financeiras

O Daycoval oferece a seus clientes garantias financeiras, por meio de cartas de crédito, garantias e letras de câmbio a prazo. Garantias financeiras são inicialmente reconhecidas nas demonstrações financeiras em “outros passivos” ao valor justo, quando o prêmio é recebido. Subsequente ao reconhecimento inicial, o passivo do Daycoval de cada garantia é mensurado pelo maior valor entre o montante reconhecido inicialmente menos, quando apropriado, o valor da amortização acumulada reconhecida no resultado, e a melhor estimativa dos custos necessários para liquidar qualquer obrigação financeira gerada por essa garantia.

O prêmio recebido é reconhecido no resultado em “Receita de tarifas e comissões” utilizando o método linear com base no prazo de duração do contrato.

o) Provisões

Provisões são reconhecidas quando o Daycoval tem uma obrigação corrente, legal ou construtiva, como o resultado de um evento passado, e é provável que um desembolso de recursos que incorpora benefícios econômicos será requerido para liquidar esta obrigação. A despesa relacionada a qualquer provisão é apresentada na demonstração do resultado líquida de qualquer reembolso.

p) Ativos contingentes, provisões para riscos e obrigações legais

Os ativos contingentes, as provisões para riscos e as obrigações legais, fiscais e previdenciárias, são reconhecidos, mensurados e divulgados da seguinte forma:

• Ativos contingentes - não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto quando da existência de evidências que propiciem a garantia de sua realização, sobre as quais não cabem mais recursos.

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• Provisões - são reconhecidas nas demonstrações financeiras quando, baseado na opinião de assessores jurídicos e da Administração, for considerado provável o risco de perda de uma ação judicial ou administrativa, com uma provável saída de recursos para a liquidação das obrigações e quando os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Os passivos contingentes classificados como perdas possíveis pelos assessores jurídicos são apenas divulgados em notas explicativas, enquanto aqueles classificados como perda remota não requerem provisão e divulgação.

• Obrigações legais (fiscais e previdenciárias) - referem-se a demandas judiciais onde estão sendo contestadas a legalidade e a constitucionalidade de alguns tributos e contribuições. O montante discutido é quantificado, provisionado e atualizado mensalmente.

q) Transações de pagamento baseado em ações

O Plano de Outorga de Compra de Ações teve como principais objetivos: (i) estimulou a expansão do Daycoval, mediante a criação de incentivos que visavam maior integração de seus colaboradores, na qualidade de acionistas do Daycoval; (ii) possibilitou ao Daycoval a manutenção de seus profissionais, oferecendo-lhes, como vantagem e incentivo adicional, a oportunidade de se tornarem acionistas do Daycoval, nos termos, condições e formas previstas no Plano; e (iii) promoveu o bom desempenho do Daycoval e dos interesses de seus acionistas mediante comprometimento de longo prazo por parte de seus executivos, administradores e colaboradores.

Foram elegíveis a participar deste Plano os executivos, os administradores e colaboradores do Daycoval e os de suas sociedades controladas direta ou indiretamente, assim como as pessoas naturais que prestem serviços ao Daycoval ou às sociedades sob seu controle.

Em função da conclusão da oferta pública para aquisição de ações preferencias de emissão do Banco Daycoval, mencionada na Nota 1.a), os Planos de Outorga de Compra de Ações resultaram extintos e aos beneficiários detentores das outorgas foi concedido, pelo Banco, o direito de exercício total à compra concomitante à alienação do total de ações adquiridas.

r) Impostos

Imposto corrente

As taxas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante de impostos correntes são aquelas substancialmente em vigor na data do balanço.

Imposto diferido

Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases tributárias de ativos e passivos e seus valores contábeis para fins de divulgação financeira.

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Passivos tributários diferidos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias, exceto:

• Em situações em que o passivo tributário diferido surge do reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transação que não é uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo tributário; e

• A respeito das diferenças relacionadas com investimentos em controladas, em que o tempo da reversão da diferença temporária pode ser controlado e é provável que essa não seja revertida em um futuro próximo.

Ativos tributários diferidos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na extensão em que é provável que lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados exceto:

• Onde o ativo tributário diferido relacionado com a diferença temporária dedutível é gerado no reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que não é considerado uma combinação e negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo tributário; e

• A respeito das diferenças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas, ativos tributários diferidos são reconhecidos somente na extensão em que é provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro próximo e o lucro tributável estará disponível para que as diferenças temporárias possam ser utilizadas.

O valor contábil dos ativos tributários diferidos é revisado em cada data do balanço e baixado na extensão em que não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir que toda ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Ativos tributários diferidos baixados são reavaliados a cada data do balanço e são reconhecidos na extensão em que se tornam prováveis que lucros tributáveis futuros permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados.

Ativos e passivos tributários diferidos são mensurados à taxa de imposto que são esperadas a serem aplicáveis no ano em que o ativo é realizado ou o passivo é liquidado, baseado nas taxas de imposto e lei tributária que foram promulgadas até a data das demonstrações financeiras.

Ativos e passivos tributários diferidos são apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compensar o ativo tributário corrente contra o passivo tributário corrente e os impostos diferidos são relacionados à mesma entidade tributada e sujeita à mesma autoridade tributária.

s) Dividendos

Os dividendos são reconhecidos como um passivo e deduzidos do patrimônio líquido quando aprovados pelos acionistas do Daycoval. Os dividendos em datas interinas são deduzidos do patrimônio líquido quando declarados e não estão sujeitos à decisão futura do Daycoval.

Os dividendos do ano que foram aprovados após a data do balanço são divulgados como um evento subsequente à data do balanço.

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t) Reservas de capital

As reservas contabilizadas no patrimônio líquido do Daycoval incluem:

• “Ajuste a mercado de instrumentos financeiros disponíveis para venda” - compreende as variações no valor justo dos investimentos classificados como disponíveis para venda.

• “Reservas de lucro” (Nota 35.e)) - compreendem as seguintes reservas: (i) legal – constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício apurado societariamente (calculado com base no lucro líquido do BRGAAP sem os eventuais ajustes do IFRS), até atingir 20% do capital social realizado, conforme legislação vigente; e (ii) estatutária – constituída conforme disposições constantes no estatuto do Daycoval.

u) Segmentos divulgados

A divulgação de segmentos do Daycoval é baseada nos seguintes segmentos operacionais: (i) segmento financeiro; (ii) segmento de arrendamento mercantil (leasing) (iii) segmento de administração de ativos; (iv) segmento de seguros e previdência; e (v) outros segmentos.

v) Lucro líquido por ação

O Daycoval apresenta informações sobre o lucro por ação básico e diluído para suas ações ordinárias e preferenciais. O lucro por ação básico é calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo atribuível aos portadores de ações ordinárias e preferenciais do Daycoval, pela média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação durante o exercício. O lucro por ação ordinária e preferencial diluído é determinado ajustando-se o lucro ou prejuízo atribuível aos portadores de ações ordinárias e preferenciais e a média ponderada do número de ações ordinárias e preferenciais em circulação para os efeitos de todas as ações ordinárias e preferenciais com potencial diluição.

5. Informações por segmento operacional

Para fins de gerenciamento, o Daycoval é organizado em quatro segmentos operacionais baseados em produtos e serviços, como segue:

• Segmento financeiro - tratando de depósitos individuais de clientes e fornecendo serviços de empréstimos, cheque especial, cartões de crédito e transferências de fundos, tesouraria, área financeira e outras funções centrais;

• Segmento de arrendamento mercantil – além de oferecer depósitos individuais a clientes, possui como atividade principal operações de arrendamento mercantil;

• Segmento de administração de ativos - serviços para investidores institucionais e intermediários, oferecendo a gestão de ativos financeiros por meio de fundos de investimento; e

• Segmento de seguros e previdência – oferecendo produtos de seguros no ramo vida e entidade aberta de previdência complementar, operando planos de pecúlio e rendas, mediante contribuição de seus participantes.

A Administração gerencia os resultados operacionais das suas unidades de negócio separadamente para fins de tomar decisões sobre a alocação de recursos e avaliação de desempenho. A performance

do segmento é avaliada com base no lucro ou prejuízo da operação, que em certos casos é mensurado de forma diferente do lucro ou prejuízo operacional nas demonstrações financeiras consolidadas em IFRS.

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O quadro a seguir apresenta informação sobre as demonstrações do resultado e total de ativos e passivos relacionados aos segmentos operacionais do Daycoval, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

2016

Demonstrações de resultado

Segmento

Arrendamento

Gestão

Seguros e por segmento operacional financeiro

mercantil

de ativos

previdência

Outros (2)

Total

(1)

Receita de juros e similares 3.210.483

82.039

4.259

10.636

8.494

3.315.911 Despesas de juros e similares (1.256.385)

(2.888)

-

-

-

(1.259.273)

Receita líquida de juros e similares

1.954.098

79.151

4.259

10.636

8.494

2.056.638

Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros

(92.869)

671

-

-

(400)

(92.598)

Ativos e passivos para negociação

(465.276)

671

-

-

(400)

(465.005)

Aplicações interfinanceiras de liquidez 238.452

-

-

-

-

238.452 Títulos e valore mobiliários 10.140 - - - (400) 9.740 Derivativos (713.868)

671

-

-

-

(713.197)

Passivos avaliados por seu valor justo

308.807

-

-

-

-

308.807

Resultado na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda

(5.748)

-

-

-

-

(5.748) Resultado de operações de câmbio

69.348

-

-

-

-

69.348

Receita de comissões e tarifas

34.847

103

7.117

-

537

42.604 Outras receitas operacionais

126.832

11.250

-

34.968

7.947

180.997

Total de receitas operacionais

2.022.908

91.175

11.376

45.604

16.578

2.187.641 Despesas administrativas

(641.817)

(23.154)

(6.236)

(3.633)

(28.474)

(703.314)

Despesas de pessoal (300.073)

(13.380)

(5.237)

-

(14.497)

(333.187) Despesas tributárias (103.932)

(4.934)

(424)

(1.526)

(4.161)

(114.977)

Outras despesas administrativas (237.812)

(4.840)

(575)

(2.107)

(9.816)

(255.150)

Despesas com outras provisões

(5.940)

(168)

-

-

-

(6.108) Outras receitas (despesas) operacionais

(175.169)

(8.971)

-

(37.617)

(17.619)

(239.376)

Perdas com ativos financeiros – “impairment”

(608.576)

(13.836)

-

-

-

(622.412)

Empréstimos e recebíveis (608.576)

(13.836)

-

-

-

(622.412)

Resultado na alienação de ativos não-correntes disponíveis para venda

(7.391)

67

-

(2)

3.001

(4.325) Depreciações e amortizações

(3.995)

(166)

-

-

(110)

(4.271)

Total de despesas operacionais e administrativas

(1.442.888)

(46.228)

(6.236)

(41.252)

(43.202)

(1.579.806)

Resultado antes dos impostos sobre o lucro

580.020

44.947

5.140

4.352

(26.624)

607.833 Despesas de imposto de renda e de contribuição social

(156.107)

(26.255)

(2.268)

(1.931)

(6.932)

(193.493)

Participação de outros acionistas não-controladores

(73)

-

-

-

-

(73)

Lucro líquido do exercício

423.840

18.692

2.872

2.421

(33.556)

414.267

Resultado entre os segmentos (3)

(36.487)

(1.162)

206

-

37.443

-

Total de ativos

19.813.228

476.079

34.363

87.871

75.378

20.486.919 Total de passivos

17.635.476

85.088

1.647

58.113

11.350

17.791.674

Transações entre os segmentos (3) - Ativo (Passivo)

(82.690)

(71.548)

1.573

14

152.651

-

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2015

Demonstrações de resultado

Segmento

Arrendamento

Gestão

Seguros e por segmento operacional financeiro

mercantil

de ativos

previdência (1)

Outros (2)

Total

Receita de juros e similares 3.357.598

13.353

3.587

7.978

9.046

3.391.562 Despesas de juros e similares (3.113.898)

(2.453)

-

-

-

(3.116.351)

Receita líquida de juros e similares

243.700

10.900

3.587

7.978

9.046

275.211

Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros

1.342.616

954

-

-

-

1.343.570

Ativos e passivos para negociação

1.721.152

954

-

-

-

1.722.106

Aplicações interfinanceiras de liquidez 354.580

704

-

-

-

355.284 Derivativos 1.366.572

250

-

-

-

1.366.822

Passivos avaliados por seu valor justo

(378.536)

-

-

-

-

(378.536)

Resultado na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda

(24.312)

-

-

-

-

(24.312) Resultado de operações de câmbio

371.497

-

-

-

-

371.498

Receita de comissões e tarifas

2.183

10

9.289

-

25.369

36.851 Outras receitas operacionais

173.944

1.252

6

34.756

22.191

232.149

Total de receitas operacionais

2.109.628

13.116

12.882

42.734

56.606

2.234.966 Despesas administrativas

(660.469)

(7.744)

(6.591)

(3.015)

(30.510)

(708.329)

Despesas de pessoal (287.715)

(5.600)

(5.733)

-

(16.496)

(315.544) Despesas tributárias (105.270)

(799)

(534)

(1.114)

(4.233)

(111.950)

Outras despesas administrativas (267.484)

(1.345)

(324)

(1.901)

(9.781)

(280.835)

Despesas com outras provisões

(7.129)

-

-

-

(9)

(7.138) Outras receitas (despesas) operacionais

(156.107)

(704)

-

(35.855)

(5.686)

(198.352)

Perdas com ativos financeiros – “impairment”

(651.416)

(2.496)

-

-

-

(653.912)

Empréstimos e recebíveis (651.416)

(2.496)

-

-

-

(653.912)

Resultado na alienação de ativos não-correntes disponíveis para venda

(3.608)

91

-

-

4.959

1.442 Depreciações e amortizações

(6.240)

(36)

-

-

(336)

(6.612)

Total de despesas operacionais e administrativas

(1.484.969)

(10.889)

(6.591)

(38.870)

(31.582)

(1.572.901)

Resultado antes dos impostos sobre o lucro

624.659

2.227

6.291

3.864

25.024

662.065 Despesas de imposto de renda e de contribuição social

(157.734)

(636)

(2.266)

(1.568)

(8.050)

(170.254)

Participação de outros acionistas não-controladores

(63)

-

-

-

-

(63)

Lucro líquido do exercício

466.862

1.592

4.025

2.296

16.974

491.748

Resultado entre os segmentos (3)

(13.287)

267

170

-

12.850

-

Total de ativos

20.758.986

451.251

31.707

69.440

114.484

21.425.850 Total de passivos

18.395.673

142.560

1.837

41.654

11.757

18.593.481

Transações entre os segmentos (3) - Ativo (Passivo)

(87.329)

(18.741)

1.341

12

104.717

-

(1) O total de outras receitas (despesas) operacionais do segmento de Seguros e Previdência, refere-se ao resultado de suas operações.

(2) O segmento operacional denominado “Outros” inclui as operações das empresas ACS Participações Ltda. e suas controladas Treetop Investments Ltd., IFP Promotora de Serviços de Intermediação Financeira Ltda. e

SCC Assessoria em Cadastro e Cobrança Ltda.

(3) O total de transações entre os segmentos e de resultado entre os segmentos, refere-se às transações financeiras de empresas integrantes do Consolidado, substancialmente com o Banco Daycoval e os respectivos

resultados oriundos destas aplicações. Conforme descrito na Nota 4.1., todos os saldos referentes às transações e seus respectivos resultados, são eliminados no processo de consolidação destas demonstrações

financeiras.

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9

Informação geográfica

O Daycoval concentra suas operações no Brasil e utiliza sua dependência no exterior, sediada nas Ilhas Cayman, como uma fonte importante no processo de captação e diversificação de recursos.

O quadro a seguir apresenta a distribuição da receita operacional líquida do Daycoval com base em seu local de atuação para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

2016

Cayman

Demonstração do resultado Island Brasil Total

Receita (despesa) líquida de juros 11.903 2.044.735 2.056.638 Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros (5.817) (86.781) (92.598) Receita com tarifas e comissões - 42.604 42.604 Outras receitas operacionais 3.862 177.135 180.997

Total de receitas (despesas) operacionais 9.948 2.177.693 2.187.641

Despesas administrativas (803) (702.511) (703.314) Despesas com provisões não operacionais (1) (6.107) (6.108) Outras receitas (despesas) operacionais - (239.376) (239.376) Provisão para perdas no valor recuperável

de ativos financeiros – impairment (939) (621.473) (622.412) Resultado na alienação de ativos

não-correntes disponíveis para venda - (4.325) (4.325) Despesa de depreciação - (4.271) (4.271)

Total de despesas operacionais e administrativas (1.743) (1.578.063) (1.579.806)

Resultado antes da tributação sobre o lucro 8.205 599.630 607.835

Despesas de imposto de renda e de contribuição social - (193.495) (193.495) Participação de outros acionistas não-controladores (10) (63) (73)

Lucro líquido do exercício 8.195 406.071 414.267

2015

Cayman

Demonstração do resultado Island Brasil Total

Receita (despesa) líquida de juros 3.817 271.394 275.211 Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros (1.931) 1.692.686 1.690.755 Receita com tarifas e comissões - 36.851 36.851 Outras receitas operacionais 566 231.583 232.149

Total de receitas (despesas) operacionais 2.452 2.232.514 2.234.966

Despesas administrativas (1.121) (707.208) (708.329) Despesas com provisões não operacionais - (7.138) (7.138) Outras receitas (despesas) operacionais (2) (198.350) (198.352) Provisão para perdas no valor recuperável

de ativos financeiros – impairment (703) (653.209) (653.912) Resultado na alienação de ativos

não-correntes disponíveis para venda - 1.442 1.442 Despesa de depreciação - (6.612) (6.612)

Total de despesas operacionais e administrativas (1.826) (1.571.075) (1.572.901)

Resultado antes da tributação sobre o lucro 626 661.439 662.065

Despesas de imposto de renda e de contribuição social - (170.254) (170.254) Participação de outros acionistas não-controladores - (63) (63)

Lucro líquido do exercício 626 491.122 491.748

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6. Receitas de juros e similares

2016 2015

Rendas de empréstimos e recebíveis 2.840.290 2.889.987 Rendas de ativos financeiros disponíveis para venda 475.621 501.575

Total de receita de juros 3.315.911 3.391.562

7. Despesas de juros e similares

2016 2015

Depósitos de instituições financeiras e de clientes (567.990) (498.215) Captações no mercado aberto – operações compromissadas (12.170) (13.406) Obrigações por emissão de títulos de dívida (1) (702.724) (2.123.242) Obrigações por empréstimos e repasses (2) 92.476 (436.879) Contribuições ao Fundo Garantidor de Crédito (8.143) (7.435) Despesa com obrigações por venda e transferência de ativos financeiros (60.722) (37.174)

Total de despesas com juros (1.259.273) (3.116.351)

(1) Em 2015 inclui perdas de variação cambial no montante de R$902.814 (ganhos de R$160.785 – 2014); e

(2) Em 2016 inclui ganhos de variação cambial no montante de R$109.280 (perdas de R$73.640 – 2015).

8. Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros

2016 2015

Ativos e passivos financeiros para negociação (465.005) 1.722.106

Aplicações interfinanceiras de liquidez 238.452 355.284 Títulos e valores mobiliários 9.740 - Derivativos (713.197) 1.366.822

Operações de swap (691.585) 1.157.989 Operações a termo 16.585 (1.318) Operações de mercado futuro (38.197) 210.151

Passivos financeiros avaliados por seu valor justo 308.807 (378.536)

Passivos financeiros Obrigações por empréstimos e repasses – no exterior (1) 185.643 (378.536) Títulos e valores mobiliários emitidos no exterior (2) 123.164 -

Resultado na alienação de ativos financeiros disponíveis para venda (5.748) (24.312)

Ganhos na alienação de ativos financeiros 95 455 Perdas na alienação de ativos financeiros (5.843) (24.767)

Resultado de operações de câmbio 69.348 371.497

Ganhos com operações de câmbio 271.354 576.023 Perdas em operações de câmbio (202.006) (204.526)

Total de ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros (92.598) 1.690.755

(1) Em 2016, inclui ganhos de variação cambial sobre obrigações por empréstimos e repasses – no exterior, no montante de

R$258.609.

(2) Em 2016, inclui ganhos de variação cambial sobre as emissões de tíiulos e valores mobiliários no exterior no montante

de R$288.880.

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9. Receita de tarifas e comissões

2016 2015

Receita com tarifas e comissões de serviços prestados Administração de fundos de investimento 7.117 9.289 Rendas de corretagem 2.032 1.459 Rendas de tarifas bancárias 26.736 21.679

Total de receitas de tarifas e comissões de serviços prestados 35.885 32.427

Rendas de garantias prestadas 6.719 4.424

Total de receitas de tarifas e comissões 42.604 36.851

10. Outras receitas operacionais

2016 2015

Ganhos na aquisição do Daycoval Leasing (Nota 2) - 69.970 Atualização de depósitos judiciais – vinculados a provisões judiciais 116.933 98.440 Juros cobrados sobre recebimento de títulos em atraso 3.555 3.505 Resultado de operações de seguros 4.250 926 Variação cambial sobre investimento em dependência no exterior 15.134 43.508 Reversão de provisões operacionais 36.362 10.671 Honorários advocatívios 4.336 993 Outras receitas operacionais 427 4.136

Total de outras receitas operacionais 180.997 232.149

11. Despesas administrativas

2016 2015

Despesas de pessoal

Proventos e honorários (194.851) (182.667) Benefícios (37.936) (33.929) Encargos sociais (52.531) (50.135) Programa de participação nos resultados (46.554) (47.868) Remuneração baseada em ações (810) (554) Outras despesas de pessoal (505) (391)

Total de despesas de pessoal (333.187) (315.544)

Despesas tributárias

Despesas tributárias diversas (6.296) (10.133) Despesas com ISS (6.473) (6.539) Contribuições ao COFINS (87.839) (81.856) Contribuições ao PIS / PASEP (14.369) (13.422)

Total de despesas tributárias (114.977) (111.950)

Outras despesas administrativas

Despesas de água, energia e gás (2.105) (2.247) Despesas de aluguéis e seguros (19.379) (19.447) Despesas de comunicações (10.491) (9.172) Despesas de contribuições (5.065) (5.691) Despesas de manutenção e conservação de bens (3.330) (5.232) Despesas com materiais (2.285) (3.047) Despesas de processamento de dados (51.586) (45.541) Despesas de promoções, propaganda e publicações (16.781) (15.469) Despesas com serviços de terceiros, técnicos e especializados (103.804) (107.391) Outras despesas administrativas (40.324) (67.598)

Total de outras despesas administrativas (255.150) (280.835)

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12. Outras despesas operacionais (líquidas)

2016 2015

Despesas de atualização de impostos e contribuições (121.419) (101.377) Outras despesas operacionais (1) (117.957) (96.975)

Total de outras despesas operacionais (239.376) (198.352)

(1) As outras despesas operacionais estão compostas, substancialmente, por: (i) constituição de provisão para riscos cíveis e

trabalhistas, no montante de R$65.033 (R$58.148 – 2015); (ii) descontos concedidos em operações de crédito, no

montante de R$15.917 (R$18.825 – 2015); e (iii) variação cambial sobre investimentos no exterior, no montante de

R$33.330 (R$11.944 – 2015).

13. Resultado na alienação de ativos não correntes disponíveis para venda

2015 2015

Lucro na alienação de bens não de uso próprio – disponíveis para venda 15.499 14.129 Prejuízo na alienação de bens não de uso próprio – disponíveis para venda (19.824) (12.687)

Resultado na alienação de ativos não-correntes disponíveis para venda (4.325) 1.442

14. Imposto de renda

Conciliação da despesa de imposto de renda e de contribuição social

A conciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social e o lucro contábil apurado pelas alíquotas em vigor para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 é a seguinte:

2016 2015

Resultado antes da tributação sobre lucros e participações 607.837 662.065

(-) Juros sobre capital próprio (194.471) (153.684) (-) Participações nos lucros (46.553) (47.868)

Resultado antes da tributação sobre os lucros 366.813 460.513 Adições 1.045.521 1.241.845

Temporárias 992.562 1.204.386 Permanentes/outras 52.959 37.459

Exclusões (744.974) (1.053.553)

Temporárias (668.068) (961.910) Permanentes/outras (76.906) (91.643)

Base de cálculo de imposto de renda e de contribuição social 667.360 648.805

Imposto de renda e contribuição social, calculados às alíquotas vigentes (1) (351.645) (294.397) Constituição créditos tributários e/ou passivos fiscais diferidos 158.150 124.143

Despesa com imposto de renda e de contribuição social (193.495) (170.254)

(1) O imposto de renda e a contribuição social, são calculados com base no lucro líquido em BRGAAP e, os eventuais ajustes

fiscais decorrentes da adoção do IFRS, são reconhecidos como diferenças temporárias.

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Impostos diferidos

O quadro a seguir demonstra a origem dos créditos tributários e das obrigações fiscais diferidas:

2016

Créditos tributários: 2015 Constituição Realização 2016

Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre: Provisões para riscos fiscais 154.572 1.200 (850) 154.922 Provisões para créditos de liquidação duvidosa 397.148 282.130 (176.857) 502.421 Ajuste a valor de mercado de títulos e valores mobiliários e

derivativos

36.066 75.503 (80.403) 31.166 Atualização monetária de riscos 157.416 48.042 (2.441) 203.017 Outras adições temporárias 32.798 29.637 (17.876) 44.559

Total de créditos tributários sobre diferenças temporárias

778.000 436.512 (278.427) 936.085

Obrigações fiscais diferidas:

Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre: Ajuste a valor de mercado de títulos e

valores mobiliários e derivativos

4.639 13.997 (14.000) 4.636 Resultados com instrumentos financeiros

derivativos não realizados

38.344 16.513 (52.209) 2.648 Ganhos na aquisição do Banco CIT Brasil 31.487 - - 31.487 Superveniência de depreciação 8.143 - (3.259) 4.884 Atualização de depósitos judiciais 118.893 45.820 (2.482) 162.231

Total das obrigações fiscais diferidas sobre diferenças temporárias

201.506 73.516 (71.950) 205.886

2015

Créditos tributários: 2014 Constituição Realização 2015

Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre: Provisões para riscos fiscais 159.397 1.904 (6.729) 154.572 Provisões para créditos de liquidação duvidosa 227.031 308.386 (138.269) 397.148 Ajuste a valor de mercado de títulos e

valores mobiliários e derivativos

38.703 158.076 (160.713) 36.066 Atualização monetária de riscos 124.078 40.553 (7.215) 157.416 Outras adições temporárias 10.575 27.849 (5.626) 32.798

Total de créditos tributários sobre diferenças temporárias

559.784 536.768 (318.552) 778.000

Obrigações fiscais diferidas:

Imposto de renda e contribuição social diferidos sobre: Ajuste a valor de mercado de títulos e

valores mobiliários e derivativos

761 32.827 (28.949) 4.639 Resultados com instrumentos financeiros

derivativos não realizados

19.425 104.802 (85.883) 38.344 Ganhos na aquisição do Banco CIT Brasil - 31.487 - 31.487 Superveniência de depreciação - 8.143 - 8.143 Atualização de depósitos judiciais 87.382 38.575 (7.064) 118.893

Total das obrigações fiscais diferidas sobre diferenças temporárias

107.568 215.834 (121.896) 201.506

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Previsão de realização dos créditos tributários:

2016

Diferenças temporárias Total de

Prazo para realização em: Imposto

de renda Contribuição

social impostos diferidos

Até 1 ano 279.013 222.963 501.976 Até 2 anos 5.513 4.410 9.923 Até 3 anos 262.507 145.905 408.412 Até 4 anos 8.176 5.258 13.434 Até 5 anos 992 677 1.669 Acima de 5 anos 419 252 671

Total 556.620 379.465 936.085

2015

Diferenças temporárias Total de

Prazo para realização em: Imposto

de renda Contribuição

social impostos diferidos

Até 1 ano 229.618 181.646 411.264 Até 2 anos 4.808 3.284 8.092 Até 3 anos 223.988 122.634 346.622 Até 4 anos 5.300 3.539 8.839 Até 5 anos 1.599 961 2.560 Acima de 5 anos 389 234 623

Total 465.702 312.298 778.000

O valor presente do total de créditos tributários constituído no Daycoval, em 31 de dezembro de 2016, é de R$809.612 (R$652.415 – 2015), e foi calculado com base na expectativa de realização das diferenças temporárias, descontados pela sua taxa média de captação, projetada para os períodos correspondentes.

As projeções de lucros que possibilitam a geração de base de cálculo tributável, incluem a consideração de premissas macroeconômicas, taxas de câmbio e de juros, estimativa de novas operações financeiras, entre outras, e que podem variar em relação a dados e valores efetivos.

A Lei nº 13.169/15, que altera a Lei nº 7.689/88, eleva a alíquota da contribuição social para 20% sobre o lucro líquido referente ao período compreendido entre 1º de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2018. A partir de 1º de janeiro de 2019, a alíquota voltará a ser de 15%. Em função desta alteração, os créditos tributários de contribuição social foram constituídos da seguinte forma: (i) aplicando-se a alíquota de 15% sobre as adições e exclusões temporárias apuradas até a data de 31 de agosto de 2015 e sobre àquelas que estimam-se realizar no período posterior a 31 de dezembro de 2018; e (ii) alíquota de 20% sobre as adições e exclusões temporárias que estimam-se realizar no período compreendido entre 1º de setembro de 2015 e 31 de dezembro de 2018. A partir de 1º de janeiro de 2019, a alíquota voltará a ser de 15%.

15. Lucro por ação

O cálculo básico de lucro por ação é feito por meio da divisão do lucro líquido do exercício, atribuído aos detentores de ações ordinárias e preferenciais do Daycoval, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias e preferenciais disponíveis durante o exercício, sendo a quantidade média ponderada das ações preferenciais calculada de forma líquida das ações em tesouraria.

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15

O lucro diluído por ação é calculado por meio da divisão do lucro líquido atribuído aos detentores de ações ordinárias e preferenciais do Daycoval, após o ajuste referente aos juros sobre capital próprio, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias e preferenciais disponíveis durante o exercício.

O quadro abaixo apresenta os dados de resultado e ações utilizados no cálculo dos lucros básico e diluído por ação:

2016 2015

Lucro líquido do exercício 414.267 491.748

Média ponderada de ações ordinárias e preferenciais

para cálculo de lucro básico por ação

Quantidade média de ações Ordinárias 160.869.792 160.869.792 Preferenciais 67.263.706 83.260.449

Lucro básico por ação em R$ (reais)

Ordinárias 1,82 2,02 Preferenciais 1,82 2,02

Lucro diluído por ação em R$ (reais)

Ordinárias 1,82 2,01 Preferenciais 1,82 2,01

Lucro líquido atribuído por classe de ação

Ordinárias 292.123 312.134 Preferenciais 122.144 161.042

Lucro líquido diluído por classe de ação

Ordinárias 292.123 323.232 Preferenciais 122.144 168.516

16. Caixa e equivalentes de caixa

2016 2015

Caixa 41.560 29.210 Depósitos junto a outros bancos 1.324 3.058 Disponibilidades em moeda estrangeira no exterior 26.601 21.444 Disponibilidades em moeda estrangeira no país 67.142 71.260 Aplicações compromissadas (1) 973.517 2.606.660 Ativos financeiros com vencimento em até 90 dias - 15.936 Aplicações em moedas estrangeiras 80.496 133.933

Total 1.190.640 2.881.501

(1) As aplicações no mercado aberto consideradas para compor o “Caixa e equivalentes de caixa”, estão apresentadas de

forma líquida do montante registrado na rubrica de “Captações no mercado aberto – carteira de terceiros” que, em

31 de dezembro de 2016, monta R$1.758.291 (R$959.545 - 2015).

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17. Ativos financeiros avaliados pelo seu valor justo

a) Por classificação e tipo de instrumento

2016

Valor de Valor curva justo

Classificação

Ativos financeiros para negociação (exclui operações com derivativos – Nota 18.a))

287.798 287.798

Ativos financeiros disponíveis para venda 2.447.782 2.429.462 Tipo de instrumento

Ativos financeiros para negociação

Cotas de fundos de investimento 57.407 57.407 Aplicações no mercado aberto (com vencimento acima de 90 dias) 230.391 230.391

Total 287.798 287.798 Tipo de instrumento

Ativos financeiros disponíveis para venda

Títulos públicos federais 2.261.153 2.257.389 Títulos de dívida emitidos por entidades privadas no exterior 69.759 59.534 Instrumentos de patrimônio 3.421 4.766 Cotas de fundos de investimento 113.450 107.773

Total 2.447.783 2.429.462

Total de ativos financeiros avaliados pelo seu valor justo 2.735.581 2.717.260

2015

Valor de Valor curva justo

Classificação

Ativos financeiros para negociação (exclui operações com derivativos – Nota 18.a))

125.916 125.916

Ativos financeiros disponíveis para venda 1.504.932 1.463.981 Tipo de instrumento

Ativos financeiros para negociação

Cotas de fundos de investimento 41.260 41.260 Aplicações no mercado aberto (com vencimento acima de 90 dias) 84.656 84.656

Total 125.916 125.916 Tipo de instrumento

Ativos financeiros disponíveis para venda

Títulos públicos federais 1.083.926 1.083.893 Títulos de dívida emitidos por entidades privadas no exterior 149.758 116.439 Instrumentos de patrimônio 3.765 4.898 Cotas de fundos de investimento 267.483 258.751

Total 1.504.932 1.463.981

Total de ativos financeiros avaliados pelo seu valor justo 1.630.848 1.589.897

18. Instrumentos financeiros derivativos (ativos e passivos para negociação)

Os derivativos envolvem, na data inicial, apenas uma promessa mútua com pouco ou nenhuma transferência de caixa. Porém, esses instrumentos frequentemente envolvem um nível elevado de alavancagem e são extremamente voláteis. Uma variação relativamente pequena no valor do ativo, ou taxa, ou índice representativo do contrato derivativo pode ter um impacto significativo no resultado do Daycoval.

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17

Derivativos no mercado de balcão podem expor o Daycoval a riscos associados à falta de um mercado ativo em que possa liquidar uma posição em aberto.

A exposição do Daycoval a contratos de derivativos é monitorada como parte de sua estratégia de gestão geral de risco de mercado do Daycoval (Nota 42).

Futuros e forwards

Contratos de futuros e forwards são acordos contratuais para comprar ou vender um instrumento financeiro a um preço e um tempo específico no futuro. Forwards são contratos customizados negociados no mercado de balcão. Contratos futuros são negociados em montante padronizado em um mercado regulamentado e são sujeitos a requerimentos diários de margem em caixa.

As principais diferenças no risco associado em contratos de forwards e futuros são os riscos de crédito e de liquidez. O Daycoval é exposto a risco de crédito em relação à contrapartida nos contratos de forward. O risco de crédito relacionado aos contratos de futuros é considerado mínimo devido aos requerimentos de margem em caixa para as transações que ajudam a garantir que os contratos serão sempre honrados.

Contratos de forwards são liquidados brutos, portanto carregam um maior risco de liquidez do que contratos de futuros, que são liquidados com base líquida. Ambos os tipos de contratos resultam em exposição a riscos de mercado.

Swaps

Os swaps são acordos contratuais entre duas partes de trocar fluxos de pagamentos ao longo do tempo baseado em valores nocionais específicos, relacionados a variações de um índice específico do qual é derivado, como, por exemplo, a taxa de juros, variação cambial ou índice patrimonial.

Os swaps de taxa de juros são contratos feitos pelo Daycoval com outras instituições financeiras em que o Daycoval recebe ou paga uma taxa fixa ou variável de juros em troca do recebimento ou pagamento, respectivamente, de uma taxa fixa ou variável de juros. Os fluxos de pagamento são geralmente liquidados entre si, com a diferença sendo paga por uma parte à outra.

Em um swap de moeda, o Daycoval paga um montante específico de um tipo de moeda e recebe um montante específico de outra. Swaps de moeda são geralmente liquidados pelo seu valor bruto.

Derivativos mantidos ou emitidos com o propósito de negociação

Parte substancial das atividades de negociação de derivativos do Daycoval é associada a acordos com clientes, que são normalmente eliminadas por transações com outras contrapartes. O Daycoval pode também tomar posições com a expectativa de lucro, por meio de variações favoráveis em preços, taxas ou índices.

Também estão incluídos nestes contratos de derivativos, posições tomadas pelo Daycoval com o propósito de “hedge accounting”, principalmente, das emissões no exterior e demais captações em moeda estrangeira e, também, e de outras exposições a riscos de mercado que outros ativos e passivos financeiros possam ter impactos relevantes para o Daycoval, mesmo que estes derivativos não cumpram os critérios para contabilização de “hedge accounting” do IAS 39.

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18

O quadro abaixo demonstra o valor justo dos derivativos, registrados como ativos e passivos, junto com seus respectivos valores nocionais. O valor referencial, registrado bruto, é o valor do ativo representativo do derivativo, taxa de referência ou índice, é a base pelas quais as variações do valor dos derivativos são mensurados. Os valores referenciais indicam o volume de transações em aberto na data do balanço, mas não indicam informações sobre o risco de mercado ou o risco de crédito.

Os diferenciais a receber e a pagar e os ajustes diários pagos ou recebidos referentes aos derivativos, ativos e passivos, são registrados em contas patrimoniais de “Derivativos” em contrapartida às respectivas contas de resultado de “Ganhos (perdas) de ativos e passivos financeiros – ativos e passivos financeiros para negociação –derivativos” e, em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, estão ajustados ao seu valor de mercado e os valores nominais dessas operações registrados em contas de compensação, conforme demonstrado a seguir:

a) Composição dos saldos registrados em contas patrimoniais de ativo e passivo, na rubrica de “Derivativos”:

2016 2015

Ativo Passivo Ativo Passivo

Derivativos 96.456 (37.624) 597.128 (21.300)

Operações de "swap'' e a termo 92.359 (36.325) 584.752 (11.297) Futuros a liquidar 4.097 (1.299) 12.376 (10.003)

Cupom cambial (DDI) 1.823 (1.174) 11.499 (292) Taxa de juros (DI) 118 (113) 786 (58) Dólar futuro (DOL) 2.156 (12) 91 (9.653)

b) Segregação por tipo de contrato e de contraparte:

2016 2015

Tipo de Valores a Valores a

Contratos contraparte receber (a pagar) receber (a pagar)

Futuro BM&FBOVESPA S.A. 4.097 (1.299) 12.376 (10.003)

Swap Instituições financeiras 92.185 (35.937) 581.802 (6.233)

Pessoas jurídicas 16 - - (4.627) BM&FBOVESPA S.A. - - 2.847 -

Total da operação swap 92.201 (35.937) 584.649 (10.860)

Termo Pessoas jurídicas 158 (388) 103 (437)

Total da operação a termo 158 (388) 103 (437)

c) Contratos de “swap”:

2016

Diferencial Valor Valor de custo Valor de mercado a receber

referencial Banco Contraparte Banco Contraparte (a pagar)

Operações ativas

Objetivo de hedge contábil 1.776.750 1.935.335 (1.934.821) 1.935.335 (1.934.821) 514

Pré x CDI 1.776.750 1.935.335 (1.934.821) 1.935.335 (1.934.821) 514

Objetivo de trading 1.696.179 2.174.502 (2.086.650) 2.213.300 (2.121.613) 91.687

Dólar x CDI 610.175 983.950 (904.374) 1.022.748 (939.339) 83.409 CDI x Dólar 1.084.464 1.188.619 (1.180.348) 1.188.619 (1.180.347) 8.272 IPCA x CDI 1.540 1.933 (1.928) 1.933 (1.927) 6

Total de operações ativas – Banco e Consolidado 3.472.929 4.109.837 (4.021.471) 4.148.635 (4.056.434) 92.201

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19

2016

Operações passivas

Objetivo de hedge contábil 2.398.983 2.320.768 (2.352.040) 2.319.584 (2.352.524) (32.940)

Libor x CDI 473.100 483.093 (489.455) 483.241 (489.656) (6.415) Euribor x CDI 149.133 148.725 (158.738) 147.393 (159.022) (11.629) EMTA x PRÉ 1.776.750 1.688.950 (1.703.847) 1.688.950 (1.703.846) (14.896)

Objetivo de trading 85.965 98.478 (101.365) 98.354 (101.351) (2.997)

CDI x Dólar 3.002 3.911 (3.999) 3.911 (3.958) (47)

CDI x IGPM 4.930 6.884 (6.952) 6.884 (6.944) (60)

IPC-A x CDI 22.297 27.846 (27.888) 27.800 (27.887) (87)

Dólar x CDI 44.048 49.414 (49.912) 49.413 (49.912) (499)

Euro x CDI 11.688 10.423 (12.614) 10.346 (12.650) (2.304)

Total de operações passivas – Banco e Consolidado 2.484.948 2.419.246 (2.453.405) 2.417.938 (2.453.875) (35.937)

2015

Diferencial Valor Valor de custo Valor de mercado a receber

referencial Banco Contraparte Banco Contraparte (a pagar)

Banco

Operações ativas

Objetivo de hedge contábil 642.333 728.101 (681.303) 726.422 (683.118) 43.304

Euribor x CDI 149.133 184.008 (158.536) 183.254 (159.610) 23.644 Libor x CDI 493.200 544.093 (522.767) 543.168 (523.508) 19.660

Objetivo de trading 1.735.664 3.081.488 (2.526.857) 3.212.743 (2.674.245) 538.498

Dólar x CDI 1.261.003 2.440.086 (1.903.369) 2.556.586 (2.036.104) 520.482 Libor x CDI 300.065 294.777 (284.571) 294.777 (284.571) 10.206 EMTA x CDI 159.019 328.304 (320.596) 343.106 (335.398) 7.708 IPCA x CDI 7.745 8.728 (8.619) 8.681 (8.619) 62 CDI x IGPM 7.832 9.593 (9.702) 9.593 (9.553) 40

Total de operações ativas - Banco 2.377.997 3.809.589 (3.208.160) 3.939.165 (3.357.363) 581.802

Leasing

Operações ativas

Objetivo de hedge contábil

CDI x Pré 18.810 25.419 (24.346) 25.419 (22.572) 2.847

Total de operações ativas - Leasing 18.810 25.419 (24.346) 25.419 (22.572) 2.847

Total de operações ativas - Consolidado 2.396.807 3.835.008 (3.232.506) 3.964.584 (3.379.935) 584.649

Consolidado

Operações passivas

Objetivo de trading

Pré x CDI 159.019 159.077 (159.080) 159.115 (159.119) (4) CDI x IGPM 3.379 4.138 (4.184) 4.139 (4.174) (35) IPCA x CDI 17.092 18.840 (18.710) 18.494 (18.710) (216) CDI x Dólar 27.777 32.139 (42.567) 32.140 (42.745) (10.605)

Total de operações passivas – Banco e Consolidado 207.267 214.194 (224.541) 213.888 (224.748) (10.860)

d) Contratos a termo

2016

Diferencial

Valor

Valor de custo

Valor de mercado

a receber

Termo de moeda

referencial

Banco

Contraparte

Banco

Contraparte

(a pagar)

Objetivo de trading

Venda a termo de moeda 4.726 4.781 (4.664) 4.771 (4.613) 158

Total de operações ativas

4.726 4.781 (4.664) 4.771 (4.613) 158

Objetivo de trading

Compra a termo de moeda

8.776 8.984 (8.709) 8.492 (8.880) (388)

Total de operações passivas

8.776 8.984 (8.709) 8.492 (8.880) (388)

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2015

Diferencial

Valor

Valor de custo

Valor de mercado

a receber

Termo de moeda

referencial

Banco

Contraparte

Banco

Contraparte

(a pagar)

Objetivo de trading

Venda a termo de moeda 3.803 14.875 (14.850) 15.112 (15.009) 103

Total de operações ativas

3.803 14.875 (14.850) 15.112 (15.009) 103

Objetivo de trading

Venda a termo de moeda

2.166 8.137 (8.459) 8.108 (8.545) (437)

Total de operações passivas

2.166 8.137 (8.459) 8.108 (8.545) (437)

e) Contratos futuros:

2016

Valor de referência

Valor Valor Total da Ajustes diários Contratos comprado vendido exposição a receber (a pagar)

Objetivo de trading

Cupom cambial (DDI) 135.643 176.871 312.514 1.823 (1.174) Taxa de juros (DI) 2.851 2.773.012 2.775.863 118 (113) Dólar futuro (DOL) - 210.961 210.961 2.156 (12)

Total 138.494 3.160.844 3.299.338 4.097 (1.299)

2015

Valor de referência

Valor Valor Total da Ajustes diários Contratos comprado vendido exposição a receber (a pagar)

Objetivo de trading

Cupom cambial (DDI) 621.966 14.973 636.939 11.499 (292) Taxa de juros (DI) 1.131.946 777.682 1.909.628 786 (58) Dólar futuro (DOL) - 545.104 545.104 91 (9.653)

Total 1.753.912 1.337.759 3.091.671 12.376 (10.003)

f) Operações por vencimento - valores de referência (“notional”):

2016

Até 3 De 3 a De 1 a De 3 a Acima de Contratos Meses 12 meses 3 anos 5 anos 5 anos Total

Futuro 842.476 1.671.354 691.435 91.222 2.851 3.299.338 Swap 7.693 400.956 5.485.344 63.884 - 5.957.877 Termo 3.904 9.598 - - - 13.502

Total Banco e Consolidado 854.073 2.081.908 6.176.779 155.106 2.851 9.270.717

2015

Até 3 De 3 a De 1 a De 3 a Acima de Contratos meses 12 meses 3 anos 5 anos 5 anos Total

Banco

Futuro 600.161 1.303.452 654.115 502.453 31.490 3.091.671 Swap 1.703.817 23.820 183.569 674.058 - 2.585.264 Termo 5.771 198 - - - 5.969

Total Banco 2.309.749 1.327.470 837.684 1.176.511 31.490 5.682.904 Leasing

Swap 5.590 13.220 - - - 18.810

Total Leasing 5.590 13.220 - - - 18.810

Total Consolidado 2.315.339 1.340.690 837.684 1.176.511 31.490 5.701.714

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g) Local de negociação:

Valor de referência

2016 2015

Banco

Futuros BM&FBOVESPA S.A - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros 3.299.338 3.091.671

Swap CETIP S.A. - Mercados Organizados 5.957.877 2.585.264

Termo CETIP S.A. - Mercados Organizados 13.502 5.969

Leasing

Swap BM&FBOVESPA S.A - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - 18.810

19. Hedge contábil

A estratégia de “hedge” é determinada com base nos limites de exposição aos diversos riscos inerentes às operações do Daycoval. Sempre que estas operações gerarem exposições acima dos limites estabelecidos, o que poderia resultar em relevantes flutuações no resultado do Daycoval, a cobertura do risco é efetuada utilizando-se instrumentos financeiros derivativos, contratados em mercado organizado ou de balcão, observadas as regras legais para a qualificação de “hedge”.

Os instrumentos de proteção buscam a mitigação dos riscos de mercado, variação cambial e juros. Observada a liquidez que o mercado apresentar, as datas de vencimento dos instrumentos de “hedge” são o mais próximo possível das datas dos fluxos financeiros da operação objeto, garantindo a efetividade desejada da cobertura do risco.

Hedge de risco de mercado

Em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, o Banco possui estrutura de hedge contábil de risco de mercado, com o objetivo de compensar riscos decorrentes da exposição à variação no valor de mercado referentes à flutuação de moeda estrangeira (variação do dólar norte-americano e do euro) e da taxa de juros Libor de suas captações realizados no exterior (itens objeto de hedge) registradas na rubrica de “Obrigações por empréstimos no exterior” e “Emissão de títulos no exterior” (Nota 26)”.

O quadro a seguir apresenta resumo da estrutura de hedge de risco de mercado:

2016 Variação no

valor de mercado

Item objeto de hedge

Vencimento Valor do

principal Instrumento

de hedge Objeto

de hedge Instrumento

de hedge

Efetividade

(R$ mil) (R$ mil) Emissão no exterior 18/03/2019 USD 500.000 Swap 86.877 (86.877) 100,00% Captação IIC - A/B Loan 17/07/2017 USD 73.000 Swap (7.604) 7.604 100,00% Captação IIC - A/B Loan 17/07/2017 € 43.000 Swap 1.375 (1.655) 120,00% Captação IIC - A/B Loan 18/07/2018 USD 55.000 Swap (4.418) 4.418 100,00% Captação IIC - A/B Loan 15/07/2020 USD 20.000 Swap (752) 752 100,00%

Total 75.478 (75.758) 100,37%

2015 Variação no

valor de mercado

Item objeto de hedge

Vencimento Valor do

principal Instrumento

de hedge Objeto

de hedge Instrumento

de hedge

Efetividade

(R$ mil) (R$ mil) Captação Bladex 29/04/2016 USD 10.000 Swap 22.387 (22.387) 100,00% Captação IIC - A/B Loan 17/07/2017 USD 73.000 Swap (52.894) 52.894 100,00% Captação IIC - A/B Loan 17/07/2017 € 43.000 Swap (34.206) 34.206 100,00% Captação IIC - A/B Loan 18/07/2018 USD 55.000 Swap (35.765) 35.765 100,00% Captação IIC - A/B Loan 15/07/2020 USD 20.000 Swap (12.571) 12.571 100,00%

Total (113.049) 113.049 100,00%

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A estrutura de hedge contábil destas operações foi constituída associando-se um contrato de Swap do tipo Fluxo de Caixa, para cada fluxo de pagamento das captações, seja de juros ou de principal e juros, sendo a posição ativa do Banco idêntica à remuneração dos contratos de captação.

Hedge de fluxo de caixa

Em 31 de dezembro de 2016, o Daycoval Leasing não possuía contratos de derivativos contratados com o objetivo de hedge contábil de fluxo de caixa, para compensar os riscos decorrentes da exposição à variação no fluxo de caixa das captações em DPGEs (itens objeto de hedge). Estas captações, cujos vencimentos se deram durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016 (vide quadro a seguir), eram remuneradas por percentual variação do CDI e estavam registradas na rubrica de “Depósitos a prazo” (Nota 28).

O quadro a seguir apresenta a estrutura de hedge de fluxo de caixa em 31 de dezembro de 2015:

2015 Variação no

valor de mercado

Item objeto de hedge

Vencimento Valor do

principal Instrumento

de hedge Objeto

de hedge Instrumento

de hedge

Efetividade

(R$ mil) (R$ mil) (R$ mil) CDB DPGE - POS 21/01/2016 5.000 CDI x Pré 6.999 (6.964) 99,50% CDB DPGE - POS 30/03/2016 300 CDI x Pré 413 (423) 102,42% CDB DPGE - POS 18/04/2016 3.000 CDI x Pré 4.113 (4.110) 99,93% CDB DPGE - POS 06/05/2016 500 CDI x Pré 685 (687) 100,29% CDB DPGE - POS 19/07/2016 170 CDI x Pré 282 (285) 101,06% CDB DPGE - POS 06/10/2016 2.000 CDI x Pré 3.270 (3.300) 100,92% CDB DPGE - POS 22/11/2016 3.930 CDI x Pré 6.324 (6.406) 101,30% CDB DPGE - POS 09/12/2016 2.000 CDI x Pré 3.198 (3.245) 101,47%

Total 25.284 (25.420) 100,54%

A estrutura de hedge contábil destas operações foi constituída associando-se um contrato de Swap, para cada fluxo de vencimento das captações com o objetivo de proteção, visando travar os fluxos de caixa das captações em DPGEs pós-fixadas com uma taxa fixa de juros.

20. Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil

Os empréstimos e recebíveis e as operações de arrendamento mercantil financeiro estão compostos da seguinte forma:

a) Composição e diversificação por setor econômico:

2016 2015

Composição da carteira de empréstimos e recebíveis

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil 14.007.133 14.009.776 Provisão para perdas com redução do valor recuperável – “impairment” (765.154) (748.549)

Total de empréstimos e recebíveis 13.241.979 13.261.227

Diversificação por setor econômico

Instituições financeiras

Instituições financeiras 156.628 36.881 Demais setores econômicos

Indústria 3.232.244 3.253.316 Comércio 2.005.534 1.779.037 Rural 15 50 Outros serviços 2.374.861 2.315.196 Pessoas físicas 6.083.519 6.529.957 Setor público 154.332 95.339 Provisão para perdas com redução do valor recuperável – “impairment” (765.154) (748.549)

Total demais setores econômicos 13.085.351 13.224.346

Total de empréstimos e recebíveis 13.241.979 13.261.227

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b) Composição da carteira de crédito por tipo de operação:

2016

Valor contábil Impairment

Empréstimos 2.613.390 (238.691) Títulos descontados 783.522 (15.102) Conta garantida 1.209.744 (47.207) Crédito pessoal 5.071.345 (181.782) Crédito direto ao consumidor – CDC 763.483 (79.437) Adiantamentos sobre contratos de câmbio – ACC / ACE 468.050 (128.598) Financiamentos rurais e agroindustriais 69.432 (956) Outros tipos de financiamentos 633.488 (19.359) Outros créditos diversos 2.005.262 (37.101) Arrendamento mercantil 389.417 (16.921)

Total 14.007.133 (765.154)

2015

Valor contábil Impairment

Empréstimos 2.645.096 (257.809) Títulos descontados 481.302 (14.891) Conta garantida 1.278.159 (66.103) Crédito pessoal 5.396.716 (127.677) Crédito direto ao consumidor – CDC 1.025.897 (89.720) Adiantamentos sobre contratos de câmbio – ACC / ACE 462.452 (55.611) Financiamentos rurais e agroindustriais 64.166 (511) Outros tipos de financiamentos 878.968 (44.460) Outros créditos diversos 1.428.044 (79.216) Arrendamento mercantil 348.976 (12.551)

Total 14.009.776 (748.549)

c) Concentração das operações de crédito:

2016 2015

% sobre % sobre

Maiores devedores Valor a carteira Valor a carteira

10 maiores devedores 1.207.384 8,62 942.806 6,73

50 seguintes maiores devedores 1.520.501 10,86 1.608.742 11,48

100 seguintes maiores devedores 1.305.994 9,32 1.286.100 9,18

Demais devedores (1) 9.973.254 71,20 10.172.128 72,61

Total 14.007.133 100,00 14.009.776 100,00

d) Operações renegociadas:

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, o Banco renegociou operações de crédito de clientes inadimplentes no montante de R$571.433 (R$200.279 em 2015) e o Daycoval Leasing renegociou operações de arrendamento mercantil no montante de R$6.761 (R$4.659 em 2015).

e) Recuperação de créditos baixados como prejuízo:

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, o Banco recuperou créditos anteriormente baixados como prejuízo, no montante de R$161.024 (R$138.234 em 2015) (Nota 24.a) e o Daycoval Leasing recuperou R$2.007 (R$977 em 2015) (Nota 24.b), reconhecidos no resultado na rubrica de “Receita de juros”.

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f) Ativos financeiros cedidos com retenção substancial de riscos e benefícios

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, o Banco cedeu a outras instituições integrantes do sistema financeiro, o montante de R$610.552 (R$351.816 em 2015). O valor contábil destas cessões registrado na rubrica de “Empréstimos e recebíveis”, em 31 de dezembro de 2016, monta R$417.485 (R$180.412 em 2015) com a respectiva obrigação assumida pela cessão reconhecida na rubrica de “Outras obrigações – Diversas – Obrigações por operações de venda e transferência de ativos financeiros” (Nota 31) no montante de R$542.236 (R$207.671 em 2015).

21. Provisão para perdas com redução ao valor recuperável em empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil

a) Ativos com provisão para redução de seu valor recuperável:

2016

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil Total da

carteira de crédito

Operações com análise individual

Total de operações 3.039.016 Provisão para impairment (157.895)

Total 2.881.121 Operações com análise coletiva

Total de operações 10.968.117 Provisão para impairment (607.259)

Total 10.360.858 Saldo contábil – líquido de provisão para impairment 13.241.979 Saldo contábil – de empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil 14.007.133 2015

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil Total da

carteira de crédito

Operações com análise individual

Total de operações 2.847.610 Provisão para impairment (154.825)

Total 2.692.785 Operações com análise coletiva

Total de operações 11.162.166 Provisão para impairment (593.724)

Total 10.568.442 Saldo contábil – líquido de provisão para impairment 13.261.227 Saldo contábil – de empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil 14.009.776

b) Conciliação da provisão para perdas com redução ao valor recuperável em empréstimos e adiantamentos, por classe, está apresentada a seguir:

A provisão para operações de crédito de liquidação duvidosa, com relação às operações de crédito registradas nas demonstrações financeiras individuais, foi constituída conforme critérios descritos na Nota 4.5.g), e é considerada suficiente para absorver eventuais perdas da carteira de operações de crédito.

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Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, a provisão para operações de créditos de liquidação duvidosa apresentou as seguintes movimentações:

2016 2015

Saldo inicial 748.549 451.706

Adições 622.412 653.912 Baixas como prejuízo (605.807) (357.069)

Saldo final 765.154 748.549

22. Ativos não-correntes disponíveis para venda

Os ativos não-correntes disponíveis para venda referem-se, em sua totalidade, aos bens de propriedade do Daycoval, não utilizados no desempenho da atividade social, inclusive os recebidos em dação em pagamento, substancialmente composto por imóveis e veículos.

Outros valores e bens 2016 2015

Bens não de uso próprio (1) 104.518 91.392 (-) Provisão para desvalorização de bens não de uso próprio (13.238) (11.470)

Total de bens não de uso próprio 91.280 79.922

O Daycoval pratica a alienação destes ativos de forma periódica, por meio de leilões abertos ao público e durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, as perdas nas alienações praticadas pelo Daycoval, reconhecidas diretamente nas demonstrações de resultado na rubrica de “Resultado na alienação de ativos não-recorrentes disponíveis para venda”, montam R$4.325 (ganhos de R$1.442 – 2015).

23. Outros ativos - outros

2016 2015

Direitos junto a participantes do sistema de liquidação 3 - Relações interfinanceiras com correspondentes bancários 291 76.061 Reservas junto ao Banco Central do Brasil (1) 150.684 150.040 Operações de câmbio 504.202 698.655 Rendas a receber 4.854 6.550 Negociação e intermediação de valores – valores a liquidar 16 3 Despesas antecipadas diversas 133 257 Ativos diversos

Adiantamentos e antecipações salariais 728 885 Outros adiantamentos 4662 5.858 Depósitos judiciais (2) 1.356.371 1.122.376 Impostos e contribuições a compensar (3) 141.777 134.773 Pagamentos a ressarcir 837 813 Devedores diversos no país 29.015 15.519

Total 2.193.573 2.211.790

(1) As reservas junto ao Banco Central do Brasil referem-se, substancialmente, depósitos compulsórios;

(2) Refere-se, substancialmente, ao registro de depósitos decorrentes de exigências legais, realizados para interposição de

recursos relativos a impostos e contribuições; e

(3) Inclui antecipações de imposto de renda e de contribuição social no montante de R$135.184 (R$118.816 – 2015).

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26

24. Imobilizado

a) Composição do valor contábil e da depreciação acumulada:

2016

Depreciação Depreciação Valor Descrição anual - % Custo acumulada Líquido

Imóveis de uso 4 2.140 - 2.140 Instalações 10 1.021 (856) 165 Móveis e equipamentos de uso 10 6.717 (4.652) 2.065 Equipamentos de comunicação 10 1.901 (367) 1.534 Computadores e periféricos 20 10.704 (9.305) 1.399 Equipamentos de segurança 10 1.365 (575) 790 Veículos e aeronaves 20 22.444 (11.629) 10.815

Total de ativos 46.292 (27.384) 18.908

2015

Depreciação Depreciação Valor Descrição anual - % Custo acumulada Líquido

Imobilizações em curso - 2.960 - 2.960 Imóveis de uso 4 2.140 - 2.140 Instalações 10 1.018 (813) 205 Móveis e equipamentos de uso 10 6.645 (4.170) 2.475 Equipamentos de comunicação 10 1.901 (292) 1.609 Computadores e periféricos 20 10.180 (8.153) 2.027 Equipamentos de segurança 10 1.322 (472) 850 Veículos e aeronaves 20 22.649 (9.423) 13.226

Total de ativos 48.815 (23.323) 25.492

b) Movimentação do ativo imobilizado:

2016

Descrição

Saldo inicial Adições Depreciação Baixas

Saldo final

Imobilizações em curso 2.960 - - (2.960) - Imóveis de uso 2.140 - - - 2.140 Instalações 205 2 (42) - 165 Móveis e equipamentos de uso 2.475 69 (479) - 2.065 Equipamentos de comunicação 1.609 4 (79) - 1.534 Computadores e periféricos 2.027 523 (1.151) - 1.399 Equipamentos de segurança 850 44 (104) - 790 Veículos 13.226 218 (2.206) (423) 10.815

Total 25.492 860 (4.061) (3.383) 18.908

2015

Descrição

Saldo inicial Adições Depreciação Baixas

Saldo final

Imobilizações em curso 2.960 - - - 2.960 Imóveis de uso 1.398 742 - - 2.140 Instalações 234 53 (78) (4) 205 Móveis e equipamentos de uso 2.583 1.122 (1.226) (4) 2.475 Equipamentos de comunicação 485 1.252 (128) - 1.609 Computadores e periféricos 3.307 991 (2.271) - 2.027 Equipamentos de segurança 793 177 (120) - 850 Veículos 16.654 839 (4.202) (65) 13.226

Total 28.414 5.176 (8.025) (73) 25.492

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25. Dependência no exterior

Os saldos das operações do Banco Daycoval S.A. - Cayman Branch (dependência no exterior), praticadas com terceiros e incluídas nas demonstrações financeiras do Daycoval em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, são demonstrados a seguir:

2016 2015

US$ mil R$ mil (1)

US$ mil

R$ mil (1)

Ativos

Disponibilidades 217 707

268 1.046 Aplicações interfinanceiras de liquidez 18.400 59.967

31.100 121.439

Títulos e valores mobiliários 9.324 30.388

22.388 87.421 Operações de crédito 48.290 157.382 36.621 142.998 Outros valores e bens 20.755 67.643

198 773

Total de ativos

96.986 316.087

90.575 353.677

Passivos

Depósito à vista 14.355 46.784

31.056 121.267 Depósito a prazo 36.763 119.814

33.770 131.865

Recursos de aceites e emissão de títulos 5.063 16.501 5.056 - Obrigações por empréstimos e repasses 26.584 86.640

60.721 256.846

Resultado de exercícios futuros 182 593 162 633

Total de passivos

82.947 270.332

130.765 510.611

(1) Os montantes em dólares norte-americanos foram convertidos para reais - R$, com base nas cotações desta moeda de

R$/US$3,2591 e de R$/US$3,9048, divulgadas pelo BACEN, respectivamente para as datas de 31 de dezembro de 2016

e de 2015.

26. Passivos financeiros avaliados por seu valor justo

Os passivos financeiros avaliados por seu valor justo, foram classificados nesta categoria pelo Daycoval pois, sendo avaliados desta forma, reduzem, no todo ou em parte, o descasamento contábil gerado pelo reconhecimento, por seu valor justo, de derivativos contratados exclusivamente para proteção destes passivos financeiros contra oscilações de indicadores de mercado, principalmente câmbio.

O quadro a seguir, apresenta a composição dos passivos financeiros avaliados por seu valor justo:

2016 2015

Classificação Passivos financeiros avaliados pelo seu valor justo (1) 2.486.369 783.008

Composição Emissão de títulos no exterior (Nota 30.b) 1.685.811 - Obrigações por empréstimos e repasses 800.558 783.008

Total 2.486.369 783.008

(i) Inclui a emissão de título no exterior e as captações junto ao IIC – Inter-American Investiment Corporation (A/B Loans),

sendo estas operações objetos de hedge contábil, conforme apresentado na Nota 19.

27. Depósitos à vista e outros depósitos

2016 2015

Classificação Passivos financeiros avaliados pelo seu custo amortizado 606.256 689.753

Composição Depósitos à vista e outros depósitos

Captados juntos a: Instituições financeiras 122 8.506 Pessoas jurídicas não-financeiras 533.654 627.515 Pessoas físicas 72.480 53.732

Total 606.256 689.753

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28. Depósitos a prazo e interfinanceiros

2016 2015

Classificação Passivos financeiros avaliados pelo seu custo amortizado (1) (2) 4.621.484 4.051.687 Depósitos a prazo e interfinanceiros

Captados juntos a: Instituições financeiras e fundos de investimento 1.713.629 1.769.724 Pessoas jurídicas não-financeiras 2.457.408 2.017.997 Pessoas físicas 450.447 263.966

Total 4.621.484 4.051.687

(1) Em 31 de dezembro de 2015, inclui os depósitos a prazo com garantia especial (DPGEs) do Fundo Garantidor de

Crédito, emitidos pelo Daycoval Leasing, com as seguintes características: (i) com vencimentos até 20 de maio de

2016, iniciando os vencimentos em 3 de janeiro de 2016 sujeitos a variação do CDI e juros remuneratórios de 9,4%a.a

a 15%a.a.; (ii) com vencimentos até 9 de dezembro de 2016, iniciando os vencimentos em 21 de janeiro de 2016

sujeitos a variação do CDI que variam entre 112% a 120% do CDI.

(2) Em 31 de dezembro de 2015, os DPGEs mencionados no item (1) acima, no montante de R$25.284, são objetos de

hedge contábil de fluxo de caixa (Nota 19).

29. Captações no mercado aberto

Estas operações são classificadas na categoria de “Passivos financeiros avaliados pelo seu custo amortizado” e estão compostas, em sua totalidade, por operações de venda com compromisso de recompra (“Captações no mercado aberto”), com vencimento em 1 dia útil, lastreadas em títulos públicos federais integrantes da carteira de “Ativos financeiros disponíveis para venda”. O total de operações de captação no mercado em 31 de dezembro de 2016, monta R$44.206.

Em 31 de dezembro de 2015, não há operações compromissadas em aberto.

30. Obrigação por emissão de títulos

a) Letras financeiras, de crédito imobiliário e de crédito do agronegócio

2016

Até De 3 a De 1 a De 3 a Acima de 3 meses 12 meses 3 anos 5 anos 5 anos Total

Letras de crédito imobiliário – LCI 206.819 245.950 88.811 1.043 - 542.623 Letras de crédito do agronegócio – LCA 157.823 214.718 41.967 - - 414.508 Letras financeiras – LF 260.553 1.536.959 2.690.408 61.984 6.582 4.556.486

Total 625.195 1.997.627 2.821.186 63.027 6.582 5.513.617

2015

Até De 3 a De 1 a De 3 a Acima de 3 meses 12 meses 3 anos 5 anos 5 anos Total

Letras de crédito imobiliário – LCI 223.784 277.069 93.094 3.730 - 597.677 Letras de crédito do agronegócio – LCA 214.793 125.149 4.745 - - 344.687 Letras financeiras – LF 289.947 1.799.146 1.761.617 110.773 5.613 3.967.096

Total 728.524 2.201.364 1.859.456 114.503 5.613 4.909.460

b) Obrigações por títulos emitidos no exterior

Em 31 de dezembro de 2016, o montante de R$1.685.811, referete à emissão de títulos no exterior, está apresentada na Nota 26.

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29

O quadro a seguir apresenta as características destes programas e os respectivos saldos, em moeda local:

Valor Taxa Data de Data de emitido de juros emissão vencimento 2015

(US$ mil) (a.a.)

Novo programa

300.000 6,25% 28/01/2011 28/01/2016 1.197.991 500.000 5,875% 19/03/2014 19/03/2019 1.854.101

800.000 Outras emissões

107.100 1,44% 12/06/2015 29/11/2017 19.743

Total de emissões 3.071.835

31. Obrigações por operações de venda e transferência de ativos financeiros e de empréstimos e repasses

2016 2015

Classificação Passivos financeiros avaliados por seu custo amortizado 1.464.338 2.190.077

Composição

Obrigações por operações de venda e transferência de ativos financeiros 542.236 207.671

Repasses do País - instituições oficiais 329.258 265.326

Repasses do BNDES 195.812 99.782 Repasses do FINAME 133.446 165.544

Obrigações por empréstimos e repasses no exterior 592.844 1.717.080

Obrigações em moeda estrangeira 571.386 767.877 Obrigações por empréstimos no exterior 21.458 949.203

Total 1.464.338 2.190.077

32. Provisões

Processos Judiciais

a) Ativos contingentes - nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 o Daycoval não reconheceu ativos contingentes.

b) Passivos contingentes classificados como perdas prováveis e obrigações legais - fiscais e previdenciárias.

O Daycoval é parte em processos judiciais de natureza trabalhista, cível e fiscal. A avaliação para constituição de provisões é efetuada conforme critérios descritos na Nota 4.5.p). A Administração do Daycoval entende que as provisões constituídas são suficientes para atender perdas decorrentes dos respectivos processos.

Provisões constituídas e as respectivas movimentações para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

2016 2015

Obrigações legais - Riscos fiscais (b.1) 1.511.861 1.211.088 Processos trabalhistas 26.939 11.434 Processos cíveis 97.811 71.648

Total 1.636.611 1.294.170

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30

2016

Fiscais Trabalhistas Cíveis

Saldo no início do exercício 1.211.088 11.434 71.648 Atualização monetária 120.108 - - Constituição 180.665 15.505 26.163

Saldo ao final do exercício 1.511.861 26.939 97.811

2015

Fiscais Trabalhistas Cíveis

Saldo no início do exercício 1.118.854 2.784 22.636 Atualização monetária 100.484 - - Constituição (reversão) (8.250) 8.650 49.012

Saldo ao final do exercício 1.211.088 11.434 71.648

b.1) O Daycoval vem contestando judicialmente a legalidade da exigência de alguns tributos e contribuições e os valores envolvidos estão integralmente provisionados e atualizados.

Os principais questionamentos são:

IRPJ: questiona o efeito da extinção da correção monetária de balanço e o valor provisionado em 2016, monta R$325.249 (R$257.597 em 2015) e o total dos depósitos judiciais para este questionamento, monta R$335.710 (R$265.490 em 2015);

CSLL: (i) questiona o efeito da extinção da correção monetária de balanço, contesta a exigência de alíquota diferenciada e visa o reconhecimento dos juros sobre o capital próprio como despesa dedutível no exercício de 1996; e (ii) questiona a majoração da alíquota de 9% para 15%, determinada pela Medida Provisória nº 413/08, convertida na Lei nº 11.727/08 e de 15% para 20%, determinada pela Lei nº 13.169/15, que altera a Lei nº 7.689/88, sendo esta última alteração referente ao período compreendido entre 1º de setembro de 2015 a 31 de dezembro de 2018. O valor provisionado em 2016 monta R$493.701 (R$313.827 em 2015) e o total dos depósitos judiciais para este questionamento, monta R$452.960 (R$339.219 em 2015).

COFINS: questiona a constitucionalidade da Lei nº 9.718/98. O valor provisionado em 2016 monta R$593.067 (R$545.111 em 2015) e o total dos depósitos judiciais para este questionamento, monta R$425.712 (R$386.869 em 2015).

PIS: questiona a aplicação da Lei nº 9.718/98 e a exigência pela fiscalização de apuração da base de cálculo do PIS em desacordo com as Emendas Constitucionais nº 01/94, nº 10/96 e nº 17/97. O valor provisionado em 2016 monta R$92.305 (R$85.111 em 2015) e o total dos depósitos judiciais para este questionamento, monta R$94.078 (R$86.427 em 2015).

Outros questionamentos fiscais, em 2016, estão provisionados e montam R$7.539 (R$9.442 em 2015) e o total dos depósitos judiciais para estes questionamentos, monta R$7.189 (R$9.403 em 2015).

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31

b.2) O Daycoval Leasing vem contestando judicialmente os Autos de Infração e Interpretação de Multas emanados pelo Estado de São Paulo descritos a seguir:

AIIM nº 4.012.543-9 no montante de R$ 54.148, dos quais R$ 47.826 são classificados como perda remota, cuja possibilidade de êxito da ação é corroborada com a assinatura do convênio ICMS nº 36 e homologado pelos Decretos paulista nos 56.045/2010 e 56.952/2013. Já o montante de R$ 6.322 classificados como risco possível foi objeto de pagamento beneficiado pelo PEP – Programa especial de Parcelamento promulgado pelo governo paulista através do Decreto 60.444/2014, no valor de R$3.857 pagos em 29 de agosto de 2014.

AIIM nº 4.021.955-0 no montante de R$ 4.480 classificado como perda remota conforme razões descritas no item anterior em referencia ao convenio ICMS nº 36.

AIIM nº 3.125.010-5 no montante de R$ 2.310 classificado como perda remota, discute-se o diferencial de alíquota pela aplicação do beneficio do convenio CONFAZ nº 52/91. O referido processo assegura depósito judicial atualizado em 31 de dezembro 2016 no valor de R$ R$ 5.405.

Processo nº 0030121-4.2011.8.16.0021 Execução fiscal de ISS do município de Cascavel-PR, no montante de R$ 20, classificado como perda remota, onde é pretendido receber o ISS relativo às operações de arrendamento mercantil celebrado com clientes sediados naquele município.

Processo nº 1011864-86.2015.8.26.0068 Ação Popular objetivando anular a decisão administrativa prolatada pelo Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo, que desconstituiu o lançamento tributário do AIIM nº 3.163.973-2, no montante de R$ 1.388, classificado como perda remota.

c) Passivos contingentes classificados como perdas possíveis:

Não são reconhecidos contabilmente e estão representados por processos de natureza cível e trabalhista. As ações cíveis, em 2016, montam o risco aproximado de R$85.165(R$114.540 em 2015) para o Banco e R$85.462 (R$115.046 em 2015) para o Consolidado.

As ações trabalhistas, em 2016, montam risco aproximado de R$19.158 (R$46.085 em 2015) para o Banco e R$23.670 (R$49.417 em 2015) para o Consolidado.

Não existem em curso processos administrativos por descumprimento das normas do Sistema Financeiro Nacional ou de pagamento de multas, que possam causar impactos representativos no resultado financeiro do Banco ou das empresas integrantes do Consolidado.

33. Provisões para compromissos e outras provisões

2016 2015

Sociais e estatutárias 61.306 62.712

Dividendos e bonificações a pagar 34.777 38.105 Programa de participação nos resultados 26.529 24.607

Provisões para impostos e contribuições sobre o lucro 242.564 291.855

Provisão para imposto de renda 173.578 171.189 Provisão para contribuição social 68.986 120.666

Despesas de pessoal 46.182 50.438 Provisões técnicas de operações de seguro e previdência 57.394 41.249 Provisões para risco de crédito em operações de concessão de avais e fianças 6.542 9.874

Total 413.988 456.128

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34. Outros passivos e obrigações

2016 2015

Relações interfinanceiras e interdependências 65.610 44.630 Cobrança e arrecadação de tributos e assemelhados 6.933 6.916 Câmbio 524.354 637.188 Impostos e contribuições a recolher 36.834 36.522 Credores diversos 12.685 21.972 Pagamentos diversos 21.564 17.638 Resultado de exercícios futuros 33.881 24.167 Outros passivos diversos (1) 40.926 135.525

Total 742.787 924.558

(1) A rubrica de “Outros passivos diversos” está composta, substancialmente, por: (i) cobranças a liberar no montante de

R$8.299 (R$87.196 - 2015); (ii) compromissos por operações de cartões de crédito no montante de R$18.716 (R$16.972

– 2015) e (ii) títulos descontados recebidos parcialmente, no montante de R$7.563 (R$9.583 - 2015).

35. Capital social e reservas

a) Capital social:

O capital social do Banco monta R$1.892.143, sendo totalmente subscrito e integralizado.

a.1) Em Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 5 de setembro de 2016, foi deliberada e aprovada a alteração do capital social do Banco, exclusivamente no que se refere ao número de ações que o divide, em vista do resgate de 3.891.298 ações preferenciais remanescente em circulação após o leilão de oferta pública unificada para aquisição de ações preferenciais (OPA) (Nota 1.a) de emissão do Banco, que passou a ser composto por 160.869.792 ações ordinárias e 80.594.699 ações preferenciais, nominativas, escriturais e sem valor nominal.

a.2) Em Reunião do Conselho de Administração, realizada em 20 de dezembro de 2016, foi deliberado e aprovado o cancelamento da totalidade das ações mantidas em tesouraria, totalizando 37.340.711 (trinta e sete milhões, trezentas e quarenta mil e setecentas e onze) ações preferenciais nominativas, sem redução do valor do capital social. O cancelamento das ações será submetido à deliberação da Assembleia Geral Extraordinária do Banco a ser realizada em 24 de fevereiro de 2017, para alteração do Artigo 6º do Estatuto Social do Banco, para referendar e consignar o número de ações representativas do capital social após o cancelamento das ações.

b) Composição do capital social em ações:

Quantidade de ações

2016 2015

Ações ordinárias 160.869.792 160.869.792 Ações preferenciais 43.253.988 84.485.997 (-) Ações preferenciais em tesouraria (Nota 35.c.1) - (1.225.548)

Total de ações 204.123.780 244.130.241

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c) Movimentação do capital social em ações:

Quantidade de ações

Ordinárias Preferenciais Total

Quantidade de ações em 31 de dezembro de 2014 160.869.792 82.806.106 243.675.898 Alienação de ações em tesouraria - 454.343 454.343

Quantidade de ações em 2015 160.869.792 83.260.449 244.130.241 Aquisição de ações em tesouraria - (36.115.163) (36.115.163) Resgate de ações em tesouraria - (3.891.298) (3.891.298)

Quantidade de ações em 2016 160.869.792 43.253.988 204.123.780

c.1) Ações em tesouraria:

O quadro a seguir apresenta a movimentação das ações preferenciais em tesouraria durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Quantidade

inicial Recompras Alienações Cancelamentos Quantidade

final

2016 1.225.548 40.035.666 (29.205) (41.232.009) - 2015 4.679.891 - (454.343) (3.000.000) 1.225.548

O quadro a seguir apresenta informações referentes às ações de emissão própria, em tesouraria em 2015:

Quantidade Preços de negociação Cotação de

de ações em Valor das recompras fechamento Valor de

Espécie tesouraria contábil mínimo médio máximo de mercado mercado

2015

Preferenciais 1.225.548 11.568 9,44 9,44 9,44 8,78 (1) 10.760

(1) Cotação de fechamento de pregão divulgada pela BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, referente às ações preferenciais do Banco, sob o código DAYC4, tendo como base o último pregão de dezembro de 2015.

d) Juros sobre o capital próprio e/ou dividendos pagos ou provisionados

Conforme disposições estatutárias, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que somados, correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

Os juros sobre o capital próprio são calculados com base nas contas do patrimônio líquido, limitando-se à variação da taxa de juros de longo prazo (TJLP), condicionados à existência de lucros computados antes de sua dedução ou de lucros acumulados e reservas de lucros.

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d.1) Demonstração do cálculo dos dividendos e dos juros sobre o capital próprio

O cálculo dos dividendos e dos juros sobre o capital próprio, relativos aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, está demonstrado a seguir:

2016 % (a) 2015 % (a)

Lucro líquido do exercício (Controlador) 406.870 432.013 Constituição de reserva legal (20.344) (21.601)

Base de cálculo ajustada 386.526 410.412 Valor bruto dos juros sobre o capital próprio 194.471 153.684 (-) Imposto de renda retido na fonte relativo aos juros sobre o capital próprio (27.163)

(20.802)

Valor líquido dos juros sobre o capital próprio 167.308 43,29 132.882 32,38

a) Refere-se ao percentual relativo à soma do valor líquido dos juros sobre o capital próprio, sobre o lucro

líquido ajustado do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, em BRGAAP, que não considera os

efeitos da adoção do IFRS.

d.2) Provisionamento ou pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio

Foram declarados juros sobre o capital próprio (“JCP”), conforme demonstrado a seguir:

Data da Data da 2016

RCA disponibilização Valor por ação Valor Valor

ON PN bruto IRRF líquido

JCP declarados

28/12/2016 16/01/2017 0,2004 0,2004 40.907 (6.136) 34.771 JCP pagos

30/09/2016 17/10/2016 0,2380 0,2380 48.588 (7.288) 41.300 30/06/2016 18/07/2016 0,2200 0,2200 53.709 (6.988) 46.721 31/03/2016 15/04/2016 0,2100 0,2100 51.267 (6.751) 44.516

Total 194.471 (27.163) 167.308

Data da Data da 2015

RCA disponibilização Valor por ação Valor Valor

ON PN bruto IRRF líquido

JCP declarados

29/12/2015 15/01/2016 0,18020 0,18020 43.992 (5.887) 38.105 JCP pagos

30/09/2015 15/10/2015 0,16005 0,16005 39.052 (5.293) 33.759 30/06/2015 15/07/2015 0,14991 0,14991 36.546 (4.976) 31.570 30/03/2015 15/04/2015 0,13987 0,13987 34.094 (4.646) 29.448

Total 153.684 (20.802) 132.882

e) Reservas de reavaliação e de lucros:

2016 2015

Reservas de lucros 833.978 991.663

Reserva legal (1) 145.373 125.029 Reservas estatutárias (2) 688.605 866.634

(1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado,

conforme legislação vigente.

(2) Reserva constituída conforme disposição estatutária.

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36. Valor justo de instrumentos financeiros

a) Determinação do valor justo e hierarquia do valor justo

O Daycoval utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros:

• Nível 1: preços cotados em mercado ativo para o mesmo instrumento;

• Nível 2: preços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos similares ou baseado em outro método de valorização, principalmente o método de “Fluxo de caixa descontado”, nos quais todos os inputs significativos são baseados em dados observáveis do mercado; e

• Nível 3: técnicas de valorização nas quais os inputs significativos não são baseados em dados observáveis do mercado.

O quadro a seguir apresenta uma análise dos instrumentos financeiros registrados ao valor justo por nível de hierarquia do valor justo:

2016 2015

Nível 1 Nível 2 Nível 1 Nível 2

Ativos financeiros para negociação Cotas de fundos de investimento 57.407 - 41.260 - Aplicações no mercado aberto - 230.391 - 84.656

Derivativos

Swaps e operações a termo - 92.358 - 584.752 Mercado futuro 4.098 - 12.376 -

Ativos financeiros disponíveis para venda

Títulos de dívida Títulos públicos federais 2.257.389 - 1.083.893 - Títulos de dívida – exterior 59.534 - 116.439 - Cotas de fundos de investimento 107.773 - 258.751 -

Títulos de patrimônio Ações cotadas 4.766 - 4.898 -

Passivo financeiro para livre negociação

Derivativos Swaps e operações a termo - 36.325 - 11.297 Mercado futuro 1.300 - 10.003 -

Passivo financeiro avaliado pelo seu valor justo

Outros passivos financeiros Obrigações por empréstimos e

repasses no exterior

- 2.486.369 - 783.008

Em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, o Daycoval não possuía nenhum instrumento financeiro classificado na categoria Nível 3.

Instrumentos financeiros registrados ao valor justo

A seguir está a descrição do método de apuração do valor justo de instrumentos financeiros, utilizando técnicas de valorização. Essas técnicas incorporam estimativas do Daycoval sobre as premissas que um participante utilizaria para valorizar os instrumentos.

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Derivativos

Produtos derivativos são mensurados com a utilização de metodologias de valorização geralmente utilizados no mercado ou, em certos casos, com a utilização de metodologia interna, utilizando-se de dados observáveis de mercado, e estão compostos por: swaps de taxa de juros, swaps de moeda, contratos a termo de compra e venda de moeda e contratos de futuros de taxa de juros, de variação cambial e de cupom cambial. As técnicas de valorização mais frequentemente aplicadas incluem valorização de contratos de futuro e modelos de swaps, que utilizam cálculos a valor presente. Os modelos incorporam diversos inputs inclusive taxas de moeda spot e futura e taxas curva de juros.

Ativos financeiros disponíveis para venda

Ativos financeiros disponíveis para venda são mensurados por metodologias ou modelos de valorização geralmente utilizados no mercado, utilizando-se de dados observáveis de mercado, e são compostos por instrumentos de patrimônio (ações de companhias abertas negociadas em bolsa de valores) e instrumentos de dívida emitidos pelo governo brasileiro (títulos públicos federais) e/ou emitidos por empresas privadas no Brasil e/ou no exterior.

Esses ativos são mensurados utilizando modelos que incorporam dados observáveis no mercado.

Ativos financeiros para negociação

Outros ativos financeiros para negociação são mensurados por metodologias de valorização e são compostos por aplicações no mercado aberto e por derivativos. O Daycoval valoriza os títulos por meio de modelos de valorização que usam análises de fluxos de caixa descontados, que incorporam somente dados observáveis de mercado. Inputs observáveis incluem premissas sobre a taxa de juros corrente e preços de mercado praticados para o ativo que está sendo valorizado.

b) Valor justo de ativos e passivos financeiros não contabilizados ao valor justo

A seguir estão descritas a metodologia e as premissas utilizadas para a determinação do valor justo dos instrumentos financeiros que não estão registrados ao valor justo nas demonstrações financeiras, sendo este avaliados pelo seu custo amortizado.

Ativos no qual o valor justo se aproxima do valor contábil

Para ativos e passivos financeiros de curto prazo (menos de três meses) é pressuposto que os valores contábeis se aproximem dos seus respectivos valores justos.

Instrumentos financeiros de renda fixa

O valor justo de ativos e passivos financeiros de renda fixa contabilizados pelo custo amortizado é estimado por comparação da taxa de juros do mercado corrente de instrumentos financeiros semelhantes. O valor justo estimado de depósitos de renda fixa é baseado em fluxos de caixa descontados utilizando a taxa de juros do mercado corrente, utilizada para instrumentos de dívida com risco de crédito e maturidade semelhantes. Para instrumentos de dívida cotados, o valor é determinado com base nos preços praticados pelo mercado. Para os títulos emitidos nos quais o preço de mercado não está disponível, um modelo de fluxo de caixa descontado é usado com base na curva da taxa de juros futuro adequada para o restante do prazo até seu vencimento. Para outros instrumentos com taxa variável, um ajuste é feito para refletir mudanças no spread de crédito requerido desde a data em que o instrumento foi inicialmente reconhecido.

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A seguir está uma comparação por classe do valor contábil e valor justo dos instrumentos financeiros do Daycoval que não estão contabilizados ao valor justo nas demonstrações financeiras. Esta tabela não inclui o valor justo de ativos e passivos não financeiros.

2016

Valor

contábil Valor justo

Ativos financeiros avaliados por seu custo amortizado

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil (Nota 20) 14.007.133 13.514.842 Passivos financeiros avaliados por seu custo amortizado

Depósitos a prazo e interfinanceiros e letras financeiras, de crédito imobiliário e do agronegócio (Notas 28 e 30.a)) 10.135.101 10.185.615

Obrigações por empréstimos e repasses (Nota 31) 922.102 922.102

2015

Valor

contábil Valor justo

Ativos financeiros avaliados por seu custo amortizado

Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil (Nota 20) 14.009.776 13.750.105 Passivos financeiros avaliados por seu custo amortizado

Depósitos a prazo e interfinanceiros e letras financeiras, de crédito imobiliário e do agronegócio (Notas 28 e 30.a)) 8.935.863 8.990.755

Obrigações por emissão de títulos – no exterior (Nota 30.b)) 3.071.835 3.336.819 Obrigações por empréstimos e repasses (Nota 31) (3) 1.982.406 1.773.230

(1) As captações no mercado aberto possuem prazo inferior a 90 dias e, desta forma, o risco de seu valor de

mercado diferir, substancialmente, de seu valor contábil é avaliado como imaterial.

(2) O registro destas “Obrigações por venda ou transferência de ativos financeiros” é realizado a valor presente,

tomando-se como base a taxa de juros praticada na operação de venda ou transferência, o que difere,

substancialmente, da taxa de juros praticada para as operações cedidas.

(3) Não inclui o total de Obrigações por operações de venda e transferência de ativos financeiros.

Os instrumentos financeiros avaliados pelo custo amortizado, para fins de avaliação de seu potencial valor justo, foram classificados em instrumentos de “Nível 2” (Nota 36.a)) e para esta avaliação foram considerados preços cotados em mercado ativo para ativos ou passivos similares ou baseado em outro método de valorização, principalmente o método de “Fluxo de caixa descontado”, nos quais todos os inputs significativos são baseados em dados observáveis do mercado.

37. Gerenciamento de ativos (“asset management”)

A Daycoval Asset Management é responsável pela administração e gestão de recursos de terceiros por meio de fundos de investimento, cujos patrimônios líquidos, em 31 de dezembro de 2016, totalizavam R$1,5 bilhão (R$1,8 bilhão - 2015).

38. Pagamentos baseados em ações

Em função da conclusão da oferta pública para aquisição de ações preferencias de emissão do Banco Daycoval (Nota 1.a), os Planos de Outorga de Compra de Ações resultaram extintos e aos beneficiários detentores das outorgas foi concedido, pelo Banco, o direito de exercício total à compra concomitante à alienação do total de ações adquiridas.

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39. Compromissos e contratos de arrendamento mercantil

Contratos de arrendamento mercantil operacional – Daycoval como arrendatário

O Daycoval possui contratos de arrendamento mercantil de imóveis (matriz e agências). Esses contratos possuem prazo de vigência médio de dois a cinco anos prorrogáveis.

Os saldos das parcelas a vencer, referentes a contratos de arrendamento mercantil, em 31 de dezembro de 2016 e de 2015 são os seguintes:

Até 3 meses

De 3 a 12 meses

De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

2016

Arrendamento de imóveis 2.378 7.021 16.369 5.505 2015

Arrendamento de imóveis 2.267 7.828 23.466 5.580

O Daycoval não possui contratos de arrendamento mercantil como arrendador.

40. Divulgação sobre partes relacionadas

Remuneração de altos executivos da Administração do Daycoval

a) Remuneração do pessoal-chave da Administração:

Anualmente, quando da realização da Assembleia Geral Ordinária, é fixado o montante global anual de remuneração dos Administradores, conforme determina o Estatuto Social do Daycoval.

Para o exercício findo em 2016, foi fixado na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 29 de abril de 2016, o montante global de remuneração de até R$55 milhões (R$50 milhões para o exercício findo em 2015).

2016 2015

Total de remuneração 53.826 49.330 Benefícios diretos e indiretos (assistência médica) 1.174 670 Benefícios de longo prazo a Administradores Quantidade Quantidade

Saldo existente de opções de compra de ações outorgadas (stock options) - 184.783

O Daycoval não possui outros benefícios de curto e longo prazo, de pós-emprego, de rescisão de contrato de trabalho para o pessoal-chave de sua Administração.

b) Participação acionária:

Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria possuíam em conjunto a seguinte participação acionária no capital do Daycoval em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Percentual de participação em relação à classe de ações

2016 2015

Ações ordinárias (ON) 100,00% 100,00% Ações preferenciais (PN) 100,00% 25,31%

As empresas controladas, direta e indiretamente, e os acionistas do Daycoval, realizam transações, com o próprio Daycoval, em condições usuais de mercado. Estas operações são contratadas a taxas compatíveis às taxas praticadas pelo mercado vigentes nas datas das operações, assim como nas datas de suas respectivas liquidações.

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c) Transações entre o Daycoval e suas respectivas partes relacionadas:

O quadro a seguir apresenta as transações em aberto em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, sendo que as transações com controladas diretas e indiretas, foram eliminadas no processo de elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, conforme descrito na Nota 4.1.:

Banco

2016 2015

Transações Ativo

(passivo) Receita

(despesa) Ativo

(passivo) Receita

(despesa)

Depósitos à vista (3.497) - (3.313) -

Controladas diretas (66) - (34) -

ACS Participações Ltda. (17) - (12) - Daycoval Asset Management Ltda. (35) - (10) - Dayprev Vida e Previdência S.A. (14) - (12) -

Controladas indiretas (371) - (575) -

IFP Promotora de Serviços de Consultoria e Cadastro Ltda. (313) - (466) - SCC Agência de Turismo Ltda. (3) - (14) - Treetop Investments Ltd. (55) - (95) -

Outras empresas coligadas (3) - (2) -

Shtar Empreendimentos e Participações S.A. (2) - - - Valco Adm. Part. e Representações Ltda. (1) - (2) -

Outras partes relacionadas - pessoas físicas (3.057) - (2.702) - Depósitos Interfinanceiros - - (9.345) (86)

Controladas diretas - - (9.345) (86)

Daycoval Leasing - Banco Múltiplo S.A. - - (9.345) (86) Depósitos a prazo (165.821) (23.355) (143.697) (18.850)

Controladas diretas (20.167) (2.781) (17.774) (7.066)

ACS Participações Ltda. (18.629) (2.574) (16.443) (6.896) Daycoval Asset Management Ltda. (1.538) (207) (1.331) (170)

Controladas indiretas (65.899) (9.447) (62.958) (3.562)

IFP Promotora de Serviços de Consultoria e Cadastro Ltda. (54.002) (7.791) (51.830) (2.010) SCC Agência de Turismo Ltda. (11.897) (1.656) (11.128) (1.552)

Outras partes relacionadas - pessoas físicas (79.755) (11.127) (62.965) (8.222) Letras financeiras (162.828) (13.694) (112.886) (14.711)

Controladas diretas (53.136) (4.825) (8.311) (972)

ACS Participações Ltda. (53.136) (4.825) (8.311) (972) Outras partes relacionadas - pessoas físicas (109.692) (109.692) (104.575) (13.739) Letras de crédito do agronegócio (1.072) (217) (1.268) (243)

Outras partes relacionadas - pessoas físicas (1.072) (217) (1.268) (243) Letras de crédito imobiliário (7.285) (1.127) (7.283) (822)

Outras partes relacionadas - pessoas físicas (7.285) (1.127) (7.283) (822) Obrigações por títulos e valores

mobiliários emitidos no exterior

(14.599) (401) (16.417) (891)

Controladas diretas - - - (40)

ACS Participações Ltda. - - - (40) Controladas indiretas (14.599) (401) (16.417) (851)

Treetop Investments Ltd. (14.599) (401) (16.417) (851) Despesas antecipadas 43.105 (17.203) 43.120 (18.848)

Controladas indiretas 43.105 (17.203) 43.120 (18.848)

IFP Promotora de Serviços de Consultoria e Cadastro Ltda. 43.105 (17.203) 43.120 (18.848)

Daycoval Leasing

2016 2015

Transações Ativo

(passivo) Receita

(despesa) Ativo

(passivo) Receita

(despesa)

Depósitos interfinanceiros (71.548) (1.042) (28.086) (353)

Controlador (71.548) (1.042) (28.086) (353)

Banco Daycoval S.A. (71.548) (1.042) (28.086) (353)

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O quadro a seguir apresenta as taxas de remuneração e os respectivos prazos das transações do Daycoval com suas respectivas partes relacionadas em 31 de dezembro de 2016:

Ativo (Passivo)

Descrição Taxa de

remuneração Até

3 meses De 3 a

12 meses De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Acima de 5 anos

Total

Depósitos interfinanceiros - (71.548) - - - (71.548)

Controladas diretas - (71.548) - - - (71.548)

Daycoval Leasing - Banco Múltiplo S.A. 100% CDI - (71.548) - - - (71.548) Depósitos a prazo (9.399) (5.155) (58.106) (89.236) (3.925) (165.821)

Controladas diretas - - (3.918) (16.249) - (20.167)

ACS Participações Ltda. 100% a 110% CDI - - (2.380) (16.249) - (18.629) Daycoval Asset Management Ltda. 107% CDI - - (1.538) - - (1.538)

Controladas indiretas - - - (65.899) - (65.899)

IFP Promotora de Serviços de Consultoria e Cadastro Ltda. 110% CDI - - - (54.002) - (54.002) SCC Agência de Turismo Ltda. 110% CDI - - - (11.897) - (11.897)

Outras partes relacionadas - pessoas físicas 100% a 109% CDI (9.399) (5.155) (54.188) (7.088) (3.925) (79.755) Letras financeiras (96.296) (3.121) (41.906) (21.505) - (162.828)

Controladas diretas - - (34.777) (18.359) - (53.136)

ACS Participações Ltda. 110% CDI - - (34.777) (18.359) - (53.136) Outras partes relacionadas – pessoas físicas 110% CDI (96.296) (3.121) (7.129) (3.146) - (109.692) Letras de crédito do agronegócio (157) (162) (753) - - (1.072)

Outras partes relacionadas – pessoas físicas 98,50% CDI (157) (162) (753) - - (1.072) Letras de crédito imobiliário (652) (5.469) (1.164) - - (7.285)

Outras partes relacionadas – pessoas físicas 99% CDI (652) (5.469) (1.164) - - (7.285) Obrigações por títulos e valores mobiliários emitidos no exterior (225) - (14.374) - - (14.599)

Controladas indiretas (225) - (14.374) - - (14.599)

Treetop Investments Ltd. 5,75% (225) - (14.374) - - (14.599) Despesas antecipadas

Controladas indiretas 1.359 4.038 35.091 2.617 - 43.105

IFP Promotora de Serviços de Consultoria e Cadastro Ltda. n.a. 1.359 4.038 35.091 2.617 - 43.105

Termos e condições de transações com partes relacionadas

Nos termos da legislação brasileira, as instituições financeiras não podem conceder empréstimos ou adiantamentos ou garantir operações de seus acionistas controladores, empresas coligadas, administradores, ou parentes de seus administradores até o segundo grau. Desta forma, o Daycoval não concede empréstimos ou adiantamentos, nem garante qualquer operação de empresas controladas, direta e indiretamente, de seus administradores ou seus familiares.

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41. Garantias financeiras (avais e fianças)

As garantias e fianças bancárias prestadas e responsabilidades assumidas com terceiros, estão detalhadas no quadro a seguir:

Composição 2016 2015

Créditos abertos para importação 17.182 4.841 Beneficiários de garantias prestadas 531.712 390.485 Coobrigações em cessões de crédito (anteriores à vigência Resolução CMN nº 3533/08) - 351

Total de garantias e fianças prestadas e responsabilidades com terceiros 548.894 395.677

As garantias e fianças bancárias prestadas e responsabilidades assumidas com terceiros estão sujeitas a encargos financeiros e contra-garantias dadas pelos beneficiários.

O quadro a seguir apresenta as garantias e fianças bancárias prestadas e responsabilidades assumidas com terceiros, registradas em contas de compensação, em 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

Até

3 meses De 3 a

12 meses De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Acima de 5 anos Total

2016 176.325 155.452 103.656 16.185 97.276 548.894 2015 86.389 92.968 4.037 115.007 97.276 395.677

O Banco não garante qualquer operação de empresas controladas, direta e indiretamente, de seus administradores ou de seus familiares.

42. Gestão de riscos

O Daycoval entende a gestão de riscos como um instrumento essencial para a geração de valor à instituição, aos acionistas, funcionários e clientes. Sendo assim, estabelece estratégias e objetivos para alcançar o equilíbrio ideal entre as metas de crescimento e de retorno de investimentos e os riscos a eles associados, permitindo explorar os seus recursos com eficácia e eficiência na busca dos objetivos da organização.

A estruturação do processo de Gestão de Riscos Corporativos, além de satisfazer às exigências do órgão regulador, contribui para uma melhor Governança Corporativa, que é um dos focos estratégicos do Daycoval, e foi desenvolvida ponderando os objetivos, as demandas e a cultura institucional.

A identificação de riscos tem como objetivo mapear os eventos de risco de natureza interna e externa que possam afetar os objetivos das unidades de negócio. Nesse contexto, os Comitês de Risco constituídos e os gestores de riscos desempenham papel importante nas diversas áreas do Banco, para assegurar o crescimento contínuo da instituição.

As Gerências de Risco têm como atribuição identificar, mensurar, controlar, avaliar e administrar os riscos, assegurando a consistência entre os riscos assumidos e o nível aceitável do risco definido pela Instituição, e informar a exposição à alta administração, às áreas de negócio e aos órgãos reguladores.

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Principais categorias de riscos e respectivas estruturas de gerenciamento:

a) Risco de mercado

É possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado das posições detidas pela instituição, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities).

• Principais riscos de mercado aos quais o Daycoval está exposto:

Risco preço de taxa de juros

Definido como a possibilidade de que as variações nas taxas de juros possam afetar em forma adversa o valor dos instrumentos financeiros. Podem ser classificados em:

• Risco de movimento paralelo: sensibilidade dos resultados a movimentos paralelos na curva de juros, originando diferenciais iguais para todos os prazos.

• Risco de movimento na inclinação da curva: sensibilidade dos resultados a movimentos na estrutura temporal da curva de juros, originando mudanças na pendente ou forma da curva.

Risco de preço de tipo de câmbio

Definido como a sensibilidade do valor das posições em moedas estrangeiras às mudanças no tipo de câmbio.

Risco de preço de valores

Definido como a sensibilidade do valor das posições abertas em títulos perante movimentos adversos dos preços de mercado dos mesmos. Podemos classificar este tipo de risco em:

• Risco genérico ou sistemático: sensibilidade do valor de uma posição a mudanças no nível de preços geral;

• Risco específico: sensibilidade do valor não explicada por mudanças no nível de preços geral e relacionada com as características próprias do emissor.

Risco de preço de commodities

É o risco derivado do efeito das mudanças potenciais nos preços das commodities no portfólio.

• Metodologias de gestão de Risco de Mercado

Valor em Risco (VaR)

O Valor em Risco ou VaR (Value-at-Risk) é o padrão utilizado pelo mercado e uma medida que resume em forma apropriada a exposição ao risco de mercado derivado das atividades de Trading (carteira de negociação). Representa a máxima perda potencial no valor de mercado que, em condições normais de mercado, pode ocasionar uma determinada posição ou carteira, considerando um grau de certeza (nível de confiança) e um horizonte temporal definidos.

Dentre as diferentes metodologias disponíveis para o cálculo do VaR (paramétrico, simulação histórica e simulação de Montecarlo), o Daycoval entende que a metodologia paramétrica é a mais adequada às características das posições da sua carteira de negociação.

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Metodologia Paramétrica

Baseia-se na hipótese estatística de normalidade na distribuição de probabilidades das variações nos fatores de risco, fazendo uso das volatilidades e correlações para estimar a mudança potencial de uma posição. Para tanto, deve-se identificar os fatores de risco e alocar as posições nos vértices definidos. Posteriormente, aplicam-se as volatilidades de cada fator de risco e as correlações às posições.

• Teste de Estresse

É uma ferramenta complementar às medidas de VaR e análise de cenários, utilizada para mensurar e avaliar o risco ao qual está exposta a Instituição. Baseia-se na definição de um conjunto de movimentos para determinadas variáveis de mercado e quantificação dos efeitos dos movimentos sobre o valor do portfólio. Os resultados dos testes de estresse devem ser avaliados periodicamente pelo Comitê de Risco de Mercado.

• Análise de Cenários

O objetivo da análise de cenários é apoiar a alta administração da Instituição a entender o impacto que certas situações provocam na Instituição, através de uma ferramenta de análise de risco em que se estabelecem cenários de longo prazo que afetam os parâmetros ou variáveis definidas para a mensuração de risco.

Diferente dos testes de estresse, que consideram o impacto de movimentos nos fatores de risco de mercado sobre um portfólio de curto prazo, a análise de cenários avalia o impacto de acontecimentos mais complexos sobre a Instituição como um todo.

Na definição dos cenários, são considerados:

• A experiência e conhecimento dos responsáveis das áreas envolvidas;

• O número adequado de variáveis relevantes e seu poder explicativo, visando evitar complicações desnecessárias na análise e dificuldade na interpretação dos resultados.

Como prática de governança de gestão de riscos, o Daycoval e suas controladas, possuem um processo contínuo de gerenciamento de riscos, que envolve o controle da totalidade de posições expostas ao risco de mercado. Os limites de risco de mercado são compostos conforme as características das operações, as quais são segregadas nas seguintes carteiras:

• Carteira Trading: refere-se às operações com instrumentos financeiros e mercadorias, inclusive derivativos, mantidas com a intenção de serem ativamente negociadas ou destinadas a hedge de outros instrumentos financeiros integrantes da carteira de negociação. Estas operações mantidas para negociação são aquelas destinadas à revenda, obtenção de benefícios das oscilações de preços, efetivos ou esperados, ou realização de arbitragem.

• Carteira Banking: refere-se às operações que não são classificadas na carteira Trading e são representadas por operações oriundas das linhas de negócio do Banco.

A segregação descrita acima está relacionada à forma como a Administração gerencia os negócios do Daycoval e sua exposição aos riscos de mercado, estando em conformidade com as melhores práticas de mercado, com os critérios de classificação de operações previstos na regulamentação vigente emanada do BACEN e no Acordo de Basileia. Desta forma, de acordo com a natureza das atividades, a análise de sensibilidade, em cumprimento à Instrução CVM nº 475/08, foi aplicada sobre as operações classificadas na carteira Trading e Banking, uma vez que representam exposições relevantes para o resultado do Daycoval.

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O quadro a seguir demonstra análise de sensibilidade da Carteira Trading e Banking para a data-base de 31 de dezembro de 2016 e de 2015:

2016

Exposições financeiras Cenários

Fatores de riscos 1 2 3

Pré-fixado (9.686) (23.752) (38.241) Moedas estrangeiras 4.566 15.830 26.580 Índices de preços (583) (1.383) (2.073) Renda variável (6.877) (13.754) (20.630) Captação (33.913) (82.359) (129.580) Outros (4.908) (10.784) (16.527)

Total Trading (51.401) (116.202) (180.471) Total Banking (176.550) (404.795) (613.831)

Total Geral (227.951) (520.997) (794.302)

2015

Exposições financeiras Cenários

Fatores de riscos 1 2 3

Pré-fixado (16.980) (51.403) (85.104) Moedas estrangeiras (24.920) (81.745) (137.262) Índices de preços (716) (2.000) (3.133) Renda variável (77) (179) (280) Captação (10.317) (25.518) (31.093) Outros (446) (669) (892)

Total Trading (53.456) (161.514) (257.764) Total Banking (141.066) (401.807) (641.665)

Total Geral (194.522) (563.321) (899.429)

A análise de sensibilidade foi realizada considerando-se os seguintes cenários:

• Cenário 1: refere-se ao cenário de estresse considerado provável para os fatores de risco, e foram tomadas como base para a elaboração deste cenário as informações disponíveis no mercado (BM&FBOVESPA, ANBIMA, etc.). Desta forma, os fatores de riscos considerados foram: (i) cotação R$/US$3,72 (R$/US$4,38 em 2015); (ii) taxa de juros pré-fixada de 14,04%a.a. (18,17%a.a. em 2015); e (iii) Ibovespa de 48.182 pontos (36.413 pontos em 2015).

• Cenário 2: conforme estabelecido na Instrução CVM nº 475/08, para este cenário foi considerada uma deterioração nos fatores de risco da ordem de 25%. Desta forma, os fatores de riscos considerados foram: (i) cotação R$/US$4,64 (R$/US$5,48 em em 2015); (ii) taxa de juros pré-fixada de 17,55%a.a. (22,71%a.a. em 2015); e (iii) Ibovespa de 36.136 pontos (27.310 pontos em 2015).

• Cenário 3: conforme estabelecido na Instrução CVM nº 475/08, para este cenário foi considerada uma deterioração nos fatores de risco da ordem de 50%. Desta forma, os fatores de riscos considerados foram: (i) cotação R$/US$5,57 (R$/US$6,57 em 2015); (ii) taxa de juros pré-fixada de 21,06%a.a. (27,26%a.a. em 2015); e (iii) Ibovespa de 24.091 pontos (18.207 pontos em 2015).

É importante mencionar que os resultados apresentados nos quadros anteriores refletem os impactos para cada cenário projetado sobre uma posição estática da carteira para os 31 de dezembro de 2016 e de 2015. A dinâmica de mercado faz com que essa posição se altere continuamente e não obrigatoriamente reflita a posição na data de divulgação destas demonstrações financeiras. Além disso, conforme mencionado anteriormente, existe um processo de gestão contínua das posições da Carteira Trading e Banking, que busca mitigar os riscos associados a ela, de acordo com a estratégia determinada pela Administração e, em casos de sinais de deterioração de determinada posição, ações proativas são tomadas para minimização de possíveis impactos negativos, com o objetivo de maximizar a relação risco retorno para o Banco.

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• Backtesting

Backtesting é a comparação entre uma estimativa de perda/ganho ex-ante e a perda/ganho efetivos. O intuito é avaliar a adequação do modelo. Para efeitos de backtesting, utilizam-se perdas/ganhos efetivos para cada unidade de negócio.

b) Risco de liquidez

É possibilidade de ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – descasamentos entre pagamentos e recebimentos – que possam afetar a capacidade de pagamento da Instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Dentro destas categorizações não se inclui o risco de modelo, definido como a perda potencial por erros de estimação e cálculo dos parâmetros e premissas incluídos nas metodologias de gestão de risco de liquidez. Este tipo de risco é mais de natureza operacional que de liquidez.

O quadro a seguir apresenta análise de liquidez de ativos e passivos financeiros de acordo com o período em que se estima que sejam recuperados ou liquidados.

2016

Até

3 meses De3 a

12 meses De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Acima de 5 anos Total

Caixa e equivalentes de caixa 1.190.640 - - - - 1.190.640 Ativos financeiros Para livre negociação Cotas de fundos de investimento 57.407 - - - - 57.407 Aplicações em depósitos interfinanceiros - 189.945 - - 40.446 230.391

Derivativos 13.020 27 83.409 - - 96.456

Disponíveis para venda Cotas de fundos de investimento 107.773 - - - - 107.773 Instrumentos de dívida 3.047 48.055 97.513 1.133.310 1.034.998 2.316.923 Instrumentos de patrimônio 4.766 - - - - 4.766

Avaliados por seu custo amortizado Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil 4.873.548 3.581.846 3.314.553 1.113.398 358.634 13.241.979

Total 6.250.201 3.819.873 3.495.475 2.246.708 1.434.078 17.246.335

Passivos financeiros Para livre negociação Derivativos (21.033) (14.383) (76) (2.132) - (37.624)

Avaliados por seu valor justo Obrigações por empréstimos e repasses (43.820) (499.071) (1.926.784) (16.694) - (2.486.369)

Avaliados por seu custo amortizado Depósitos à vista e outros depósitos (606.256) - - - - (606.256) Depósitos a prazo e interfinanceiros (1.228.279) (1.66.264) (1.641.424) (63.518) (21.999) (4.621.484) Obrigações por emissão de títulos (669.402) (1.997.627) (2.821.185) (63.027) (6.582) (5.557.823) Obrigações por empréstimos e repasses (350.402) (370.788) (175.624) (22.203) (3.085) (922.102)

Obrigações por venda ou transferência de ativos financeiros (38.722) (110.144) (318.679) (50.723) (23.968) (542.236)

Total (2.957.914) (4.658.277) (6.883.772) (218.297) (55.634) (14.773.894)

Total líquido entre ativos e passivos financeiros 3.292.287 (838.404) (3.388.297) 2.028.411 1.378.444 2.472.441

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2015

Até

3 meses De3 a

12 meses De 1 a 3 anos

De 3 a 5 anos

Acima de 5 anos Total

Caixa e equivalentes de caixa 2.881.501 - - - - 2.881.501 Ativos financeiros Para livre negociação Cotas de fundos de investimento 41.260 - - - - 41.260 Aplicações em depósitos interfinanceiros - 71.741 12.915 84.656

Derivativos 240.885 27 23.718 332.498 - 597.128

Disponíveis para venda Cotas de fundos de investimento 258.751 - - - - 258.751 Instrumentos de dívida 3.154 34.022 204.690 427.535 530.931 1.200.332 Instrumentos de patrimônio 4.898 - - - - 4.898

Avaliados por seu custo amortizado Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil 4.862.633 3.841.555 3.599.356 1.243.929 428.535 13.976.008

Total 8.293.082 3.947.345 3.827.764 2.003.962 972.381 19.044.534

Passivos financeiros Para livre negociação Derivativos (11.188) (5.829) (1.934) (2.349) - (21.300)

Avaliados por seu valor justo Obrigações por empréstimos e repasses (5.472) (34.144) (705.269) (38.123) - (783.008)

Avaliados por seu custo amortizado Depósitos à vista e outros depósitos (689.753) - - - - (689.753) Depósitos a prazo e interfinanceiros (1.035.686) (1.465.985) (1.355.318) (177.284) (17.414) (4.051.687) Obrigações por emissão de títulos (1.961.422) (2.201.364) (1.879.199) (1.933.697) (5.613) (7.981.295) Obrigações por empréstimos e repasses (461.819) (374.179) (773.101) (349.458) (23.849) (1.982.406)

Obrigações por venda ou transferência de ativos financeiros - (91.906) (115.765) - - (207.671)

Total (4.165.340) (4.173.407) (4.830.586) (2.500.911) (46.876) (15.717.120)

Total líquido entre ativos e passivos financeiros 4.127.742 (226.062) (1.002.822) (496.949) 925.505 3.327.414

c) Risco de crédito

É possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Classificação das Operações

Para classificação das operações de crédito, o Daycoval utiliza–se de critérios consistentes e verificáveis que combinam as informações econômico-financeiras, cadastrais e mercadológicas do tomador, com as garantias acessórias oferecidas à operação. As ponderações desses itens estabelecerão o provisionamento mínimo necessário para fazer frente aos níveis de riscos assumidos, em atendimento ao disposto na Resolução nº 2.682/99 do Banco Central do Brasil.

Modelos de Credit Scoring Daycoval

São modelos desenvolvidos com abordagem Estatística e utilizados para Classificação de Risco no processo de Concessão de Crédito e utilizados após a aplicação das Políticas de Crédito pré-analisadas e aprovadas.

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Tesouraria – Financiamento de Títulos Públicos, Derivativos de Balcão e Corretoras

Na estruturação de operações utilizam-se estratégias de baixo risco, através de análise de limites de exposição versus patrimônio líquido das contrapartes, contratos de negociação previamente acordados e dentro de condições técnicas de avaliação objetiva do risco de crédito das contrapartes e criteriosa escolha de corretoras ligadas a bancos de grande porte no trato de posições alocadas.

Informações quantitativas referentes ao Gerenciamento de Risco de Crédito

a) Exposição máxima ao risco de crédito

2016 2015

Swaps 92.359 584.752 Instrumentos de dívida 397.698 459.846 Empréstimos e recebíveis 13.206.688 13.227.459 Garantias prestadas 531.712 390.485

Total de exposição máxima a risco de crédito 14.228.457 14.662.542

b) Qualidade da carteira de “Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil”:

O quadro abaixo apresenta, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e de 2015, a composição e qualidade da carteira de Empréstimos e recebíveis e arrendamento mercantil considerando o prazo de vencimento das operações e o montante reconhecido como redução ao seu valor recuperável (“impairment”).

2016

Classificação interna

Operações em curso normal

sem impairment

Operações em curso normal

com impairment

Operações vencidas com impairment Total

Baixo risco 183 12.908.433 52.141 12.960.757

Total 183 12.908.433 52.141 12.960.757

Médio risco - 398.275 54.950 453.215 Alto risco - 466.204 126.947 593.151

Impairment - (629.888) (135.266) (765.154)

- 234.591 46.631 281.222

Total 183 13.143.024 98.772 13.241.979

2015

Classificação interna

Operações em curso normal

sem impairment

Operações em curso normal

com impairment

Operações vencidas com impairment Total

Baixo risco 102.572 12.517.417 - 12.619.989

Total 102.572 12.517.417 - 12.619.989

Médio risco - 757.071 119.284 876.355 Alto risco - 358.724 154.708 513.432

Impairment - (583.495) (165.054) (748.549)

- 532.300 108.938 641.238

Total 102.572 13.049.717 108.938 13.261.227

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c) Risco operacional

É possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Inclui o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como às sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas.

Na gestão de riscos operacionais, o Banco conta com uma estrutura de gerenciamento capacitada a identificar, monitorar, controlar e mitigar os riscos operacionais, assim como disseminar a cultura de mitigação destes riscos. Esta estrutura é composta pelo Comitê de Risco Operacional, Gerência de Risco Operacional e Agentes Internos de Risco Operacional (AIROs). Os AIROs são selecionados e devidamente treinados para atuar como parceiros da área de Risco Operacional na identificação, controle e monitoramento de ações que envolvem qualquer tipo de risco.

43. Capital

Gerenciamento de capital

O Daycoval mantém uma base de capital cuidadosamente gerenciada para cobrir os riscos inerentes ao negócio. A adequação do capital social do Daycoval é monitorada, dentre outras formas, por meio da observação das regras e proporções estabelecidas pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia e adotadas pelo Banco Central do Brasil.

O objetivo principal do gerenciamento de capital do Daycoval é garantir que se cumpram com os requerimentos de capital impostos externamente, e que mantenha um rating de crédito forte e proporções de capital saudáveis com fins de suportar seus negócios e maximizar o valor de suas ações aos seus acionistas.

ACORDO DE BASILEIA

O BACEN emitiu a partir de 1º de março de 2013, cuja vigência se deu a partir de 1º de outubro de 2013, um conjunto de normativos que regulamentam as recomendações do Comitê Basileia relativas à estrutura de capital das instituições financeiras. Conhecidas como Basileia III, as novas regras buscam aprimorar a capacidade destas instituições em absorver os impactos de eventuais crises, fortalecendo a estabilidade financeira e aumentando a quantidade e a qualidade do capital regulamentar.

Estes normativos tratam dos seguintes assuntos:

• Nova metodologia de apuração do capital regulamentar (Patrimônio de Referência - PR), que continuará a ser dividido nos níveis I e II;

• Nova metodologia de apuração da exigência de manutenção de capital, adotando requerimentos mínimos de PR, de Nível I e de Capital Principal, e introdução do Adicional de Capital Principal; e

• Nova metodologia facultativa para apuração dos requerimentos mínimos de capital para as cooperativas de crédito que optarem pelo Regime Prudencial Simplificado (RPS) e introdução do Adicional de Capital Principal específico para essas cooperativas.

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Além dos assuntos mencionados anteriormente, o CMN regulamentou a nova forma de elaboração e remessa de informações utilizando um novo documento denominado Balancete Patrimonial Analítico – Conglomerado Prudencial, que deverá ser utilizado como base de apuração do Patrimônio de Referência (PR) a partir de 2015.

As regras de Basileia III buscam melhorar a qualidade do capital das instituições financeiras, restringindo a utilização de instrumentos financeiros que não apresentam capacidade de absorver perdas e pela dedução de ativos que podem comprometer o valor do capital devido à sua baixa liquidez, dependência de lucro futuro para realização ou dificuldade de mensuração do seu valor. Dentre estes instrumentos, destacam-se os créditos tributários, os ativos intangíveis e os investimentos em empresas não controladas, especialmente àquelas que atuam no ramo segurador.

As novas regras para a apuração dos requisitos mínimos de capital estabelecem porcentagens do montante dos ativos ponderados pelo risco e constituem requerimentos de capital a serem observados pelas instituições financeiras, e que seguirão o cronograma apresentado a seguir:

2015 2016 2017 2018 2019

Capital principal (a)

(mínimo + adicional) 4,5%

5,125 a 5,75%

5,75 a 7,0%

6,375 a 8,28%

7,0 a 9,5%

Nível I (b) (mínimo + adicional)

5,5% 6,625 a 7,25%

7,25 a 8,5%

7,875 a 9,75%

8,5 a

11,0% PR (c)

(mínimo + adicional) 11,0%

10,5 a 11,125%

10,5 a

11,75%

10,5 a 12,375%

10,5 a 13,0%

a) Capital Principal - composto por ações, quotas, reservas e lucros retidos;

b) Nível I - composto pelo Capital Principal e outros instrumentos capazes de absorver perdas com a instituição em

funcionamento; e

c) PR (patrimônio de referência) - composto pelo Nível I e por outros instrumentos subordinados capazes de absorver

perdas quando do encerramento da instituição.

Também foi criado o Adicional de Capital Principal, que representa o capital suplementar de conservação (fixo) e contracíclico (variável) que, ao final do período de transição, deverá ser de no mínimo 2,5% e no máximo 5% do montante dos ativos ponderados pelo risco, sendo que este percentual será estabelecido pelo BACEN conforme as condições macroeconômicas da época.

As novas regras de Basileia III passaram a vigorar a partir de 1º de outubro de 2013 e seguem cronograma elaborado internacionalmente até sua efetiva implantação em 1º de janeiro de 2022.

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No quadro a seguir, estão demonstrados a apuração das exigibilidades de patrimônio de referência e o índice de Basileia:

2016 2015

Patrimônio de referência para comparação com

os ativos ponderados pelo risco (RWAs)

2.653.669 2.778.956

Patrimônio de referência Nível I 2.657.438 2.787.401

Patrimônio líquido 2.657.438 2.786.751 Ajustes de avaliação patrimonial –

instrumentos financeiros derivativos destinados a hedge de fluxo de caixa de itens que não tenham seu valor de mercado registrado contabilmente

- 650 Ajustes prudenciais ao capital principal (3.769) (8.445)

Ajuste prudencial –Resolução BACEN nº 4.277/13 (3.769) (7.138) Crédito tributário de prejuízo fiscal de superveniência de depreciação - (1.307)

Ativos ponderados pelo risco (RWA) 16.704.276 15.693.609

Exposição ao risco de crédito – RWAcpad 13.007.385 12.845.138 Ativos de câmbio – RWAcam 353.653 363.448 Ativos indexados a juros pré - RWAjur1 909.720 689.559 Ativos indexados a cupom cambial – RWAjur2 214.502 311.251 Ativos indexados a inflação – RWAjur3 6.588 60.496 Ações – RWApacs 57.150 702 Risco operacional - RWAopad 2.155.278 1.423.015

Patrimônio de referência mínimo exigido (RWA x 9,875%) (11% em 2015) (1) 1.649.547 1.726.297 Índice de Basileia 15,89% 17,71% Parcela de taxa de juros no Banking Book (Pbanking) 38.511 112.856 (1) O índice de Basiléia foi calculado, tendo como base o patrimônio líquido de 31 de dezembro de 2016 e de 2015 para

o BRGAAP.

Em 2016 e em 2015, o Patrimônio de Referência do Banco excedeu em 60,87% e em 60,98%, respectivamente, o Patrimônio de Referência Mínimo Exigido pelo BACEN.

44. Outras informações

a) Cobertura contra sinistros:

O Daycoval e suas controladas, mesmo submetidos a reduzido grau de risco em função da não concentração física de seus ativos, têm como política segurar seus valores e bens, em montantes considerados adequados para cobertura de eventuais sinistros.

b) Relacionamento com os Auditores:

Em conformidade com a Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003, informamos que a empresa contratada para revisão das demonstrações financeiras e auditoria para o exercício a findo em 31 de dezembro de 2016, não prestou outros serviços ao Banco e as instituições integrantes do Consolidado que não o de auditoria independente.

A nossa política de atuação, incluindo as empresas controladas, em caso de haver a contratação de serviços não relacionados à auditoria externa dos nossos auditores independentes, fundamenta-se na regulamentação aplicável e nos princípios internacionalmente aceitos que preservam a independência do auditor. Esses princípios consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho; (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente; e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.

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c) Comitê de Auditoria:

Em conformidade com a Resolução nº 3.198/04, do Conselho Monetário Nacional, e visando à adoção das Melhores Práticas de Mercado na condução de seus negócios, em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 26 de março de 2009, foi deliberada e aprovada a constituição do Comitê de Auditoria, composto por 3 membros, nos termos da legislação em vigor. A constituição deste comitê foi homologada pelo Banco Central do Brasil em 26 de maio de 2009.

A Diretoria Contador José Roberto Mayer TCCRC – 1SP097138/O-1