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CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

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CNPJ/MF 83.878.892/0001-55

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISExercícios Findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003

SUMÁRIO

RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO................................................................................................................1BALANÇOS PATRIMONIAIS DO ATIVO......................................................................................................................25BALANÇOS PATRIMONIAIS DO PASSIVO .................................................................................................................26DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................................................27DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.....................................................................28DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS..................................................................29DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ..................................................................................................................30NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.............................................................................311. CONTEXTO OPERACIONAL........................................................................................................................................312. DESVERTICALIZAÇÃO..................................................................................................................................................313. DAS CONCESSÕES ..........................................................................................................................................................334. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..................................................................................345. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS........................................................................................................................356. APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO....................................................................................................................377. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS......................................................................388. TÍTULOS A RECEBER.....................................................................................................................................................409. TRIBUTOS A COMPENSAR...........................................................................................................................................4010. ESTOQUES.......................................................................................................................................................................4011. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS...................................................................4112. CONTA DE COMPENSAÇÃO DE VARIAÇÃO DE CUSTOS DA PARCELA “A” - CVA .........................4213. ATIVO REGULATÓRIO - PIS/PASEP e COFINS ..................................................................................................4414. OUTROS CRÉDITOS.....................................................................................................................................................4515. CONTAS A RECEBER DO ESTADO DE SANTA CATARINA .........................................................................4616. INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS.........................................................................................................................4717. INVESTIMENTOS..........................................................................................................................................................4718. IMOBILIZADO LÍQUIDO ............................................................................................................................................4819. FORNECEDORES...........................................................................................................................................................5020. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E ENCARGOS DE DÍVIDAS.............................................................5221. TAXAS REGULAMENTARES....................................................................................................................................5422. ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ............................................................................................................5423. BENEFÍCIO PÓS-EMPREGO ......................................................................................................................................5624. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS.............................................................................................................5725. PROGRAMA PAES ........................................................................................................................................................5826. DIVIDENDOS DECLARADOS E JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO.........................................................5827. OBRIGAÇÕES ESTIMADAS.......................................................................................................................................5928. OUTRAS CONTAS A PAGAR....................................................................................................................................5929. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS.....................................................................................................................6030. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DIFERIDOS.....................................................................................6131. PATRIMÔNIO LÍQUIDO..............................................................................................................................................6232. FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA .......................................................................6333. OUTRAS E RECEITAS OPERACIONAIS................................................................................................................6334. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS................................................................................................................6435. RESULTADO FINANCEIRO.......................................................................................................................................6536. INSTRUMENTOS FINANCEIROS.............................................................................................................................6637. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS................................................................................................6638. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - TAXA EFETIVA .......................................................6739. SEGUROS .........................................................................................................................................................................6740. EVENTOS SUBSEQUENTES......................................................................................................................................6841. SEGREGAÇÃO DO RESULTADO POR ATIVIDADE.........................................................................................68PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES........................................................................................................71PARECER DO CONSELHO FISCAL.................................................................................................................................73MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO.....................................................................................74

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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas,

A Administração da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, tem a satisfação deapresentar o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Contábeis relativas aoexercício de 2004, acompanhadas dos pareceres dos Auditores Independentes, Conselho Fiscal emanifestação do Conselho de Administração. Toda a documentação relativa às contas oraapresentadas está à disposição dos senhores acionistas, aos quais a Diretoria Executiva sentir-se-á honrada em prestar os esclarecimentos adicionais necessários.

1. Perfil da Empresa

A Celesc é a sexta maior empresa de distribuição de energia elétrica do País, com 1.950.709consumidores. Sua área de concessão compreende 257 municípios de Santa Catarina, o querepresenta 87,7% da área do Estado, bem como um município no Estado do Paraná (Rio Negro).Além disso, 25 municípios são atendidos parcialmente, através de suprimento de energia, e 11municípios por meio de venda de energia a cooperativas de eletrificação rural. Na área degeração, possui 12 usinas próprias, com capacidade total de 81,31MW. Conta com 3.609empregados. É controlada pelo Estado de Santa Catarina, que detém 50,2% das ações ordinárias.

A Celesc é uma das concessionárias do Serviço Público de Energia Elétrica mais eficientes doPaís. A produtividade é crescente, assim como a qualidade dos serviços. Em 2004 as vendas porempregado cresceram 10% em relação a 2003. No mesmo período, o índice de perdas técnicas ecomerciais de energia foi de 7,7%, inferior à metade das perdas da média nacional. Os índices deDuração Equivalente de Interrupção por Consumidor - DEC e Freqüência Equivalente deInterrupção por Consumidor - FEC, que medem a qualidade do fornecimento, estão entre osmelhores do Brasil e demonstram que a Empresa aprimora os serviços a cada ano. No mercadofinanceiro, a Celesc é considerada uma das empresas menos endividadas do setor, com bompotencial de mercado e alta eficiência operacional.

2. Apresentação

Na condição de concessionária do Serviço Público de Energia Elétrica, a Celesc passa porprofundas mudanças para continuar confiável, eficiente e lucrativa em um ambiente cada vezmais competitivo, delineado pelo novo modelo do Setor Elétrico brasileiro estabelecido peloGoverno Federal. A gestão da Empresa incorporou definitivamente práticas típicas da iniciativaprivada, que priorizam a eficiência operacional e os resultados financeiros, garantindo, assim,excelentes níveis de retorno aos acionistas, ao mesmo tempo em que mantém a suaresponsabilidade de apoiar o desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, fornecendo serviçosde distribuição e geração de energia elétrica de qualidade e tarifas competitivas.

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Dentre várias ações em direção à maior eficiência, vale destacar que, em 2004, a Celescimplantou o seu novo modelo de gestão por resultados, pelo qual todos os Departamentos daAdministração Central e todas as Agências Regionais passam a perseguir metas técnicas,operacionais, financeiras, ambientais, sociais e de gestão, sujeitas a avaliações periódicas, com oobjetivo de aumentar a eficiência e a eficácia da Empresa. Pelo planejamento estratégico, aDiretoria busca avaliar permanentemente os objetivos da Empresa, com a participação cada vezmais intensa dos empregados. Obras pendentes há mais de 15 anos estão sendo realizadas, aomesmo tempo em que um intenso trabalho de modernização dos processos promove a redução decustos e de desperdícios.

Os resultados econômico-financeiros foram excelentes. A Celesc apresentou lucro líquido deR$200,9 milhões em 2004, superando em 19,5% o resultado de 2003. A boa performance tevereflexos no mercado acionário. Enquanto a valorização média das ações de empresas do SetorElétrico foi inferior a 6%, as ações da Celesc subiram quase 40%.

Dentre os fatos marcantes de 2004 é importante citar ainda que, em dezembro, a Celescformalizou a compra do seu edifício-sede, com área de 70.283m2, até então pertencente àFundação Celesc de Seguridade Social - CELOS. O valor do contrato é de R$24,3 milhões,divididos em 8 (oito) parcelas anuais, a primeira com vencimento em novembro de 2005. Aoperação é bastante vantajosa para a Celesc com parcelas menores do que o aluguel. Em julho de2004, a Empresa passou pela sua primeira revisão tarifária, o que implica a adequação da Celesca um modelo de empresa virtual definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.Para tanto, neste início de 2005, a Celesc está em processo de contratação de empresa deconsultoria com o objetivo de modernizar ainda mais os seus processos, numa atitudeabsolutamente convergente com todas as demais que estão inserindo a Celesc no novo ecompetitivo mercado de energia elétrica.

As premiações recebidas pela Empresa em 2004 atestam o alto nível de qualidade dos serviços.Dentre elas, vale destacar o Prêmio Abradee 2004 de Melhor Distribuidora do Sul do Brasil nacategoria acima de 400 mil consumidores; a categoria Ouro do Prêmio CIER 2004, por terapresentado os mais altos valores para o Índice de Satisfação do Consumidor com a QualidadePercebida; e o Troféu Empresa Socialmente Responsável, concedido pela Câmara Internacionalde Pesquisas e Integração Social. Além dessas e outras distinções, o Instituto Brasileiro deAnálises Sociais e Econômicas - Ibase, conferiu à Celesc o Selo Balanço Social Ibase/Betinho,por mérito das ações promovidas pelo Programa de Responsabilidade Social Empresarial e dapublicação do Balanço Social.

3. Gestão

Ao longo do ano de 2004 consolidou-se o Novo Modelo de Gestão adotado pela Celesc, dandocontinuidade a um processo de profunda reestruturação na forma de gerir a Empresa, iniciado em2003. A nova estrutura organizacional está baseada nos princípios da profissionalização,governança corporativa, transparência da informação, extensão de direitos aos sóciosminoritários e blindagem política às decisões empresariais. Desta forma, o investidor pode tersegurança quanto à condução dos destinos da Empresa que, apesar do controle estatal, é geridacom clara orientação para o mercado, em busca do constante aprimoramento da eficiênciaoperacional e dos resultados financeiros, assim como da satisfação do público interno.

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As principais ferramentas adotadas no novo modelo de gestão são o planejamento estratégico,assinatura de contratos de gestão e de resultados e a formação de comitês e comissões de gestãoe resultados.

3.1 Contrato de Gestão, Contratos de Resultados e Planejamento Estratégico

Em janeiro de 2004 foi assinado o Contrato de Gestão entre o Conselho de Administração e aDiretoria Executiva. Em maio foram assinados os Contratos de Resultados entre a DiretoriaExecutiva e os chefes de Departamento da Administração Central e das Agências Regionais.Esses contratos constituem a base da implementação do planejamento estratégico da Empresa,com objetivos, metas e responsabilização pelos resultados alcançados. Em dezembro últimoforam pactuadas as metas do Contrato de Gestão para o ano de 2005.

3.2 Reestruturação Societária e Patrimonial

O novo modelo institucional do Setor Elétrico nacional, concebido pelo Governo Federal, impõenovas normas legais para as concessões de serviços públicos de geração e distribuição de energiaelétrica. A Celesc deve se adequar às novas regras, fazendo o descruzamento societário e jurídicoda Empresa, ou seja, promovendo a criação de empresas distintas para geração e distribuição deenergia, que hoje estão integradas em uma única empresa. Assim, a Celesc passará por novadefinição de estrutura societária, que irá conduzir o futuro da Estatal. A reestruturação dasatividades possibilitará a organização dos negócios, com melhor identificação e integração dosprocessos produtivos, apropriação dos custos e contabilização por atividade, administração dosrecursos financeiros separadamente e melhor definição no posicionamento estratégico.

A proposta da Celesc para a desverticalização é de um novo modelo societário, transformando aEmpresa atual em uma Holding. Empresas, independentes entre si, de geração e distribuiçãoserão criadas na forma de subsidiárias integrais da Celesc Holding (controladora). O Projeto deDesverticalização da Celesc está em desenvolvimento e muitas etapas já foram vencidas, como anova formatação da reestruturação administrativa, técnica e societária, desenvolvida em Projetode Lei, já aprovada pelo Conselho de Administração, pela Diretoria Executiva, pelos Sindicatose Empregados, faltando apenas a aprovação da ANEEL e da Assembléia Legislativa do Estadode Santa Catarina. O Governo do Estado de Santa Catarina está encaminhando o Projeto de Lei àAssembléia Legislativa. O projeto de reestruturação societária foi apresentado àSuperintendência de Fiscalização Econômica e Financeira da ANEEL no final do ano passado, ea Celesc aguarda a sua aprovação pelo Órgão Regulador. O objetivo é que a Celesc estejadesverticalizada até 15 de setembro de 2005.

Concomitantemente ao projeto de desverticalização, a Empresa enviou à Assembléia Legislativaa criação de duas novas diretorias: comercial e jurídica. As novas diretorias terão como objetivoadequar a Empresa às necessidades criadas pelo novo marco regulatório do Setor Elétricobrasileiro. A Diretoria Comercial terá o objetivo de criar e implantar uma política decomercialização para atender a um mercado cada vez mais aberto e competitivo. A DiretoriaJurídico-Institucional servirá para atender às demandas crescentes de processos quanto aosdireitos e garantias de natureza trabalhista e cível, bem como promover o acompanhamento daregulação setorial, cada vez mais complexa.

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4. Conjuntura Econômica

Em 2004, o Produto Interno Bruto - PIB, brasileiro registrou alta de 5,2%, o melhor resultadodesde 1994, apesar da manutenção das políticas fiscal e monetária restritivas. As contas públicasregistraram redução do déficit nominal (para 2% do PIB, em comparação com 4,7% em 2003) etambém da razão entre a dívida líquida do setor público e o PIB, relação que não indicava quedadesde 1994.

A indústria foi o setor que obteve melhor desempenho, impulsionado pelo aumento do consumodas famílias. Apesar do aquecimento do mercado interno, o superávit comercial da balança depagamentos (US$33,7 bilhões) manteve-se elevado graças ao forte crescimento das exportações.As vendas externas subiram 32% em relação a 2003, atingindo US$96,5 bilhões. Em resposta àexpansão da demanda doméstica, as importações apresentaram dinamismo semelhante, comaumento de 30%, atingindo US$62,8 bilhões.

Em Santa Catarina houve significativa expansão industrial de 10,9%, com resultados positivosem nove das onze atividades investigadas. Os destaques foram Máquinas e Equipamentos(14,4%) e Alimentos (10,4%), que prosseguem como os setores mais dinâmicos do parqueindustrial catarinense, beneficiados principalmente pelas exportações. Entre janeiro e outubro de2004, as vendas da indústria cresceram 15,26% em relação a igual período de 2003. A utilizaçãoda capacidade instalada em outubro era de 87,38%, superior à média nacional (84%) e superiorao observado em Santa Catarina em outubro de 2003 (84,9%). O comércio varejista do Estadocresceu 10,87% entre janeiro e novembro, superando a média nacional.

As exportações catarinenses somaram US$4,85 bilhões, o equivalente a 5,02% do total nacional.O crescimento no período foi de 31,3%. O Estado é o sexto maior exportador brasileiro. Os EUApermaneceram como principal mercado, e a Rússia destacou-se pelo significativo aumento decompras de Santa Catarina, passando a ocupar a segunda posição no ranking. As importaçõescatarinenses, em 2004, somaram US$1,5 bilhão.

A expansão do emprego formal em Santa Catarina foi de 9,23% em 2004 (janeiro a novembro),de acordo com o Ministério do Trabalho. Nesse período, a indústria de transformação ampliouem 11% o número de vagas.

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5. Estratégia

Em 2004, as premissas que nortearam a administração da Empresa foram:a) a melhoria do desempenho organizacional no tocante aos índices de qualidade determinadospela ANEEL;b) a obtenção de resultados econômico-financeiros que viabilizassem os investimentosnecessários para a modernização do sistema elétrico catarinense;c) o efetivo compromisso com o bem-estar dos empregados, acionistas, consumidores esociedade, em geral.Dessa forma, a Empresa imprimiu uma nova cultura organizacional, condizente com as melhoresempresas de energia elétrica do País.

6. Acionistas

6.1 Desempenho das Ações e Remuneração aos Acionistas

A retomada da economia, a estabilidade do País, a desvalorização do dólar e a aprovação donovo modelo do Setor Elétrico contribuíram para os bons resultados das empresas brasileiras em2004. O Índice Bovespa, que mede o desempenho das empresas no mercado acionário, valorizou17,81% no período. A variação do Índice das Empresas de Energia Elétrica foi bem maismodesta: 5,64%. Já as ações da Celesc (PN) apresentaram alta expressiva de 39,51%. As açõesordinárias apresentaram valorização de 30% no período. Os rendimentos dos papéis da Celescficaram 79,2% acima do IGP-M; 191,5% acima do dólar e 52,9% acima do CDI.

O desempenho foi provocado pela expectativa do novo modelo do Setor Elétrico, areestruturação societária em curso na Celesc para adaptação ao modelo e a aprovação doorçamento empresarial, com aumento significativo no nível de investimento, principalmente nasáreas de distribuição, melhoria das redes e conservação de energia. O objetivo é melhorar aconfiabilidade do sistema elétrico, levando em conta a perspectiva de crescimento do mercado.

Graças a esses resultados, a imprensa especializada incluiu, no início de 2005, as ações da Celescentre os papéis com maior rentabilidade em 2003 e 2004 - a Empresa ficou entre as 18 melhoresdo País no período. Três variáveis principais foram analisadas para determinar o ranking: alta daação acima do CDI, pagamento de dividendos e crescimento do lucro. Além disso, o mercadoaprovou os avanços da Empresa rumo a um novo modelo de administração, apoiado na gestãopor resultados e na redução de custos.

Comportamento das Ações e dos Índices Celesc

Ação/Índice 31/12/04 31/12/03 %Celesc PN - R$ 1,13 0,81 39,51Celesc ON - R$ 1,04 0,80 30,00IBOVESPA - pontos 26.196 22.236 17,81IEE (Energia Elétrica) - pontos 6.950 6.579 5,64IGC ( Governança Corporativa) - pontos 2.545 1.845 37,94

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6.2 Juros sobre o Capital Próprio

O pagamento de juros sobre o capital próprio referente ao lucro líquido do exercício de 2004 seráno valor de R$47,5 milhões. A distribuição aos acionistas será realizada após a homologação daAssembléia Geral Ordinária da Empresa a ser realizada em 29 de abril de 2005. Serão repassadosR$63,91275 por lote de mil ações preferenciais e R$58,10250 por lote de mil ações ordinárias. OConselho de Administração da Celesc aprovou o pagamento em 15 de dezembro de 2004.

6.3 Composição Acionária

O Estado de Santa Catarina controla a Celesc com 50,2% das ações ordinárias da Empresa e20,2% das ações totais (vide quadro a seguir).

31 de dezembro de 2004Ordinárias Preferenciais

Acionistas ON % PNA % PNB % Total %

Estado de Santa Catarina 155.820.205 50,2 3.838 - - - 155.824.043 20,2SC Participação e Invest. S.A. - Invesc 91.037.953 29,3 - - 12.508.762 2,9 103.546.715 13,4Caixa de Previd. Banco do Brasil - Previ 39.090.810 12,6 - - 21.275.201 4,9 60.366.011 7,8Fundação Celesc de Seguridade Social 16.306.847 5,3 - - 7.000.000 1,6 23.306.847 3,0Fundação Assis. e Prev. Social - BNDES 3.107.000 1,0 - - - - 3.107.000 0,4Cia. Desenvolv. Estado SC - Codesc 1.959.533 0,6 - - - - 1.959.533 0,3Eletrobrás 84.662 - - - 82.855.527 19,1 82.940.189 10,8BNDES Participações S.A. - Bndespar 0 - 25.461.794 95,8 8.401.051 1,9 33.862.845 4,4L Parisotto Participações Ltda 0 - - - 12.600.000 2,9 12.600.000 1,6Safra Small Fundo de Investimentos 0 - - - 12.249.000 2,8 12.249.000 1,6Fundação CESP 0 - - - 10.623.655 2,4 10.623.655 1,4Clube de Investimento DEC 0 - - - 9.760.000 2,2 9.760.000 1,3Fundo de Participação Social 0 - - - 8.806.704 2,0 8.806.704 1,1Outros 3.135.724 1,0 1.125.497 4,2 248.218.052 57,3 252.479.273 32,7

Total 310.542.734 100,0 26.591.129 100,0 434.297.952 100,0 771.431.815 100,0

7. Governança Corporativa

A Celesc foi a primeira empresa do Setor Elétrico brasileiro a ingressar no Níveis Diferenciadosde Governança Corporativa - Nível 2, da Bovespa, com a qual negocia suas ações. O ingressoocorreu em junho de 2002 e, desde então, a Empresa vem oferecendo aos investidores melhoriasnas práticas de governança e transparência, propiciando a elevação do potencial de valorizaçãode seus ativos. Trata-se de um sério compromisso de gestão, que assegura ao mercadotransparência absoluta em seus negócios. Ostentando o selo de confiança da Bovespa, a Empresatem como diretrizes maior transparência, divulgação e responsabilidade no tocante aos direitosdos acionistas, além de tratamento equânime e ética profissional.

Eis algumas das práticas adotadas pela Celesc para o cumprimento dos Níveis Diferenciados deGovernança Corporativa - Nível 2:a) melhoria nas informações prestadas anualmente e trimestralmente;b) disponibilidade e divulgação do calendário anual de eventos corporativos;c) manutenção em circulação de mais de 25% das ações em circulação no mercado;d) mandato unificado de 1 ano para todo o Conselho de Administração;e) extensão, para todos os acionistas detentores de ações ordinárias, das mesmas condiçõesobtidas pelos controladores, no momento da venda do controle da Empresa e de 70% desse valorpara os detentores de ações preferenciais;

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f) obrigatoriedade de realização de uma oferta de compra de todas as ações em circulação pelovalor econômico, nas hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de NívelII;g) cumprimento de que os novos administradores e membros do Conselho de Administração e doConselho Fiscal eleitos subscrevam o Termo de Anuência, com envio à Bovespa;h) as convocações de assembléias gerais descrevem com precisão os assuntos a serem tratados,com as matérias relevantes sugeridas pelos acionistas, e as datas e horário de realização são defácil acesso;i) as informações da Empresa e suas Demonstrações Contábeis, prestadas nas InformaçõesTrimestrais (ITR) e Anuais (IAN e DFP) ao mercado, têm sido aprimoradas sucessivamente,com detalhes e mais transparência aos seus acionistas e ao mercado em geral;j) divulgação das Demonstrações Contábeis de acordo com os padrões internacionais US GAAP,obtendo, assim, mais exposição diante de investidores estrangeiros;k) criação dos Comitês de Gestão pela Diretoria Executiva.

Outro passo importante, visando à adoção dos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa,foi o início da implantação do Código de Ética da Celesc. Nos dois últimos meses de 2004 foirealizado o pré-diagnóstico, que contou com a participação de mais de 100 empregados e com oapoio do Serviço Social da Indústria - SESI - Consultoria Social. O objetivo foi o de levantar asquestões relevantes que deverão constar do código, que está em fase de redação e deverá serimplementado em meados de 2005.

8. Performance Operacional

Ao longo do ano de 2004, a Celesc deu continuidade a um processo consistente de ganhos deprodutividade, representado pelo aumento de vendas e pelo número de consumidores porempregado. Em 2004, o índice de vendas por empregado cresceu 9,6%, enquanto o número deconsumidores por empregado cresceu 10%.

8.1 Índices Operacionais

Os principais indicadores de qualidade do fornecimento de energia elétrica são os Índices DEC eFEC. Com a finalidade de reduzir esses índices, em 2004 foi autorizada a construção de novosalimentadores e a compra de materiais pelas Agências Regionais, e emitidas ordens de serviçospara a execução de obras de melhoria do sistema.

9. Celesc e seu Mercado

9.1 Distribuição

Ao longo de 2004, foram realizados investimentos da ordem de R$177,9 milhões em sistemas dedistribuição, com o objetivo de ampliar e melhorar a qualidade do atendimento. A Empresaacelerou seu programa de obras com a assinatura de contrato para a construção de quatrosubestações e três linhas de distribuição, além da ampliação de 12 subestações distribuídas pelosprincipais centros de carga do Estado. Os empreendimentos vão acrescentar 234MVA àcapacidade instalada da Celesc, ou seja, um aumento de 6% sobre a capacidade atual. Tambémfoi iniciado o processo de licitação para construção de subestação e de três novas linhas dedistribuição na Região do Vale do Itajaí. Para 2005, está prevista a aplicação de mais R$285,5milhões.

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A infra-estrutura de distribuição da Celesc compreende 21 subestações de distribuição (das quais10 teleassistidas) e 95 subestações de transmissão (das quais 60 telecontroladas e 33telessupervisionadas), mais de 93 mil quilômetros de redes de distribuição, 120 miltransformadores e 1,7 milhão de postes.

9.1.1 Mercado de Energia Elétrica

A Celesc faturou aos seus consumidores diretos 14.046GWh em 2004, volume 3,2% superior aode 2003 (13.610GWh). O crescimento teria sido maior não fosse a redução do faturamento daparcela de energia de nove consumidores industriais enquadrados nas tensões de 69, 138 e230Kv. Essas empresas optaram pela assinatura de contratos para a parcela de faturamentocorrespondente à energia com outros agentes no mercado livre de energia, que puderam oferecerpreços inferiores aos praticados pela Celesc.

Para fazer frente a essa ameaça, a Celesc lançou, em 2004, o Programa de Fidelização, com oobjetivo de manter o faturamento da parcela de energia com seus consumidores potencialmentelivres, segundo a legislação vigente. Mais de 400 grandes consumidores aderiram ao Programa,que oferece desconto na tarifa de energia elétrica. Tal desconto não prejudica a Celesc, uma vezque é resultante do repasse de redução de custos de aquisição de energia junto aos seusfornecedores.

9.1.2 Consumo por Classe

A Classe Residencial, com consumo de 3.139GWh, respondeu por 22,7% do total de energiadistribuída pela Celesc em 2004. O resultado foi 1,8% superior ao registrado em 2003(3.084GWh).

A Classe Industrial representou a maior parte da energia comercializada pela Celesc, 46,3% dototal em 2004. As indústrias consumiram nesse período 6.397GWh, o que representoucrescimento de 4,0% sobre 2003. As atividades industriais que mais contribuíram para oincremento do consumo são as de Borrachas e Plásticos (crescimento de 10,3%); MetalurgiaBásica (10,2%) e Minerais Não Metálicos (4,0%). Esses três setores representam cerca de umquarto do consumo de energia industrial em Santa Catarina.

O crescimento de consumo na Classe Comercial também foi significativo em 2004: 4,3%. Essaclasse absorveu, no período, 1.908GWh contra 1.828GWh em 2003. Respondeu por 13,8% dototal de energia distribuída pela Celesc.

A Classe Rural foi a que apresentou maior crescimento em 2004 (7,6%), período em que oconsumo atingiu 1.423GWh, o equivalente a 10,3% do total.

9.1.3 Composição das Vendas (GWh)

Industrial 46,3%Residencial 22,7%Comercial 13,8%Rural 10,3%Outros 6,9%

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9.1.4 Composição do Faturamento Líquido Anual por Classe de Consumo

Industrial 37,78%Residencial 32,06%Comercial 16,51%Rural 6,75%Outros 6,91%

9.1.5 Distribuição de Consumidores por Classe em 2004

Residencial 1.514.443Industrial 55.092Comercial 154.125Rural 209.346Poder Público 15.767Empresa de Serviço Público 1.625Consumo Próprio 422Iluminação Pública 306Suprimento 5

9.1.6 Novos Consumidores

Seguindo a tendência de crescimento dos últimos anos, o número de consumidores da Celescsubiu 3,4% em 2004, quando foram realizadas 64.478 novas ligações ao sistema da Empresa. Onúmero total de consumidores, ao final de dezembro de 2004, era de 1.950.709.

9.1.7 Balanço Energético

A necessidade de energia para o atendimento do mercado da Celesc, em 2004, foi de15.236GWh, o que significou um aumento de 4,1% sobre o ano anterior. A maior parte dessaenergia (14.791GWh, ou 97,08% da necessidade total) foi adquirida de terceiros, especialmenteda Tractebel. A Celesc comprou compulsoriamente 20,6% do total da energia adquirida deItaipu. A geração própria da Celesc, em 2004, foi de 445GWh, o equivalente a 2,92% do total.

Foi direcionada para os consumidores cativos, 92,2% da energia requerida pela Celesc em 2004,ou um total de 14.046GWh. Para o atendimento das empresas supridas foram destinados253GWh, o equivalente a 1,7% do total. As perdas técnicas e comerciais somaram 1.176GWh,uma fatia de 7,7% do total. Esse índice é o segundo mais baixo do País: a média de perdas doSetor Elétrico é de 16,5% (vide gráfico a seguir).

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9.1.8 Tarifas

Em 2004, a Celesc passou pelo seu primeiro processo de revisão tarifária periódica. As novastarifas passaram a vigorar em 07 de agosto de 2004, e são válidas até 06 de agosto de 2005.Representam incremento médio de 9,37% sobre as tarifas praticadas anteriormente. Nacomposição desse índice, 4,5% são decorrentes da revisão tarifária periódica. A diferença,4,87%, é decorrente dos custos não gerenciáveis, já incorridos pela concessionária, assimdistribuídos: 3,21% referente a 50% da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itensda Parcela “A” - CVA, relativa aos créditos de 2003, 1,18% referente Conta de Compensação deVariação de Valores de Itens da Parcela “A” - CVA relativa aos créditos de 2004, 0,45%referente a custos com o Furacão Catarina, 0,02% referente a custos para atendimento aResolução ANEEL 493, de 03 de setembro de 2002, e 0,01% referente a custos com a Campanhade medidas.

O efeito do realinhamento sobre as tarifas de fornecimento da Celesc, nas distintas classes deconsumo, promovida simultaneamente com a revisão tarifária periódica, resultou nos seguintespercentuais:Reposicionamento Tarifário 9,37%

Grupo de consumo Variação (%)A1 (230 kV ou mais) 18,33A2 (88 a 138 kV) 21,48A3 (69 kV) 18,11A3a (30 kV a 44 kV) 12,42A4 ( 2,3kV a 25 kV) 12,77BT - Baixa tensão (abaixo de 2,3 kV) 5,61

Fonte: Nota Técnica SRE/ANEEL no 194

A influência do processo de revisão tarifária periódica foi parcial em 2004, pois passou a vigorarem agosto. No ano, a tarifa média de venda da Celesc foi de R$195,11/MWh (1), contraR$166,30/MWh em 2003, representando aumento de 17,32%. A diferença deve-se aos reajustescontratuais concedidos pela ANEEL em agosto de 2003 (25,25%) e em agosto de 2004 (4,5%).

A tarifa média de compra de energia para revenda em 2004 foi de R$99,32/MWh contraR$84,74/MWh no ano anterior. A evolução de 17,2% decorre principalmente do reajuste doschamados Contratos Iniciais de Energia, do reajuste no preço do transporte da rede básica e dasubstituição de 50% do montante de energia dos contratos iniciais (processo iniciado em 2003)por contratos bilaterais a preços de mercado, em conformidade com a Lei 9648 de 27 de maio de1998.

A partir de agosto de 2005, data contratual do reajuste, a Celesc espera obter reajuste suficientepara cobertura de seus custos operacionais aplicados de forma eficiente no serviço dedistribuição de energia elétrica. O objetivo é consolidar, em conjunto com a ANEEL, a Base deRemuneração Regulatória - BRR, ou seja, definir os ativos necessários para a prestação doserviço, que devem ser remunerados. Para a definição das tarifas de 2004, a ANEEL arbitrou abase de remuneração em 60% do custo corrente da Celesc. Variações na BRR implicam ajustesconsideráveis nas tarifas de fornecimento, devido à sua participação relativa na estrutura de custodas concessionárias.

Além da consolidação da BRR, a Celesc solicitou à ANEEL a revisão de alguns custos daParcela “A”, relativos a repasse de custo de compra de energia e a encargos de conexão, járeconhecidos pelo Órgão Regulador. Outro fator que deverá contribuir favoravelmente para areceita da Empresa é o reconhecimento pela ANEEL de custos decorrentes das alteraçõestributárias (PIS/PASEP e COFINS) até então não repassados às tarifas de fornecimento.

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(1) Para efeito do cálculo da tarifa média de venda foram expurgados da receita de fornecimentoR$154.380 milhões referentes à Parcela “A” de 2001, R$34.219 milhões referentes a 50% daCVA de 2002/2003 e R$12.579 milhões referentes a 100% da CVA de 2003/2004.

9.1.9 Atendimento ao Consumidor

Várias ações, inovações e investimentos estão em curso com o objetivo de melhorar a qualidadedo atendimento da Celesc. Destacamos algumas iniciativas:

a) o Programa de Universalização de Energia Elétrica da Celesc ganhou fôlego no biênio2003/2004, período em que foram aplicados recursos da ordem de R$80 milhões. Comoresultado, foram beneficiados pelo Programa cerca de 33 mil consumidores;b) ao longo de 2004 foi realizada a inclusão de várias Agências Regionais no sistema de CallCenter da Celesc. Ao fim do ano de 2004, todo o atendimento comercial e emergencial já estavacentralizado no Call Center, garantindo maior agilidade, eficiência e economia ao sistema;c) a Celesc implantou a Ouvidoria em 1996, e logo o serviço tornou-se uma importanteferramenta de comunicação com os seus consumidores, além de abastecer a Empresa cominformações sobre as principais demandas de seu mercado. O número médio de atendimentos éde dois mil por mês. Desse total, 75% são resolvidos diretamente pela Ouvidoria e 25% geramprocessos para solução posterior. A Ouvidoria está disponível no telefone 0800 48 3232 etambém no site - www.celesc.com.br/fale/ouvidor.php, além de receber fax, carta ou ainda oconsumidor, de segunda a sexta-feira, durante o horário de expediente;d) a central telefônica da Empresa foi modernizada com as melhorias de software e a integraçãode sistemas. Como resultado, foi criado um dispositivo de emergência para o envio demensagens, por telefone e e-mail, alertando imediatamente sobre problemas de acesso aossistemas operacionais da Celesc. Dessa forma, agiliza-se a solução de problemas e o atendimentoao consumidor final, evitando filas de espera;e) no ano passado, o Programa Celesc de Eficiência Energética (proCeleficiência) inseriu, no siteoficial da Celesc, um portal eletrônico com orientações sobre o uso inteligente de energia. Nomenu constam 16 projetos do ciclo atual do programa, as marcas de equipamentos eeletrodomésticos com selo Procel, uma “biblioweb” especializada em conservação de energia,dicas para redução de consumo e o link “Celesc Criança”, com jogos, passatempos e brincadeirasconceituais acerca do assunto.

9.2 Geração

A área de geração de energia elétrica da Celesc é constituída por 12 Pequenas CentraisHidrelétricas (PCHs) que, juntas, possuem capacidade instalada de 81,31MW. Em obediência aonovo marco regulatório do Setor Elétrico, em 10 de dezembro de 2004 foi realizado pelaEmpresa o seu primeiro leilão de energia. O total da venda atingiu 27,3MW médios(239GWh/ano). Os consumidores foram 13 empresas das regiões Sul e Sudeste.

Em 2004, foi estruturado o Plano de Gestão Patrimonial das usinas, com o objetivo de otimizaras condições de geração, aumentar a vida útil dos reservatórios e coibir usos inadequados eocupações clandestinas nas áreas de concessão. Em decorrência desse plano, a Celesc está emvias de obter o licenciamento ambiental de suas usinas.

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10. Desempenho Econômico-Financeiro

10.1 Investimentos

Em 2004, a Celesc realizou investimentos totais de R$212,1 milhões, montante 57,3% superiorao aplicado em 2003 (R$134,9 milhões). Os investimentos foram distribuídos da seguintemaneira:

10.2 Ingresso de Recursos

O ingresso de recursos na Celesc totalizou R$16,68 milhões em 2004, referente a contratos deempréstimos e financiamentos firmados com a Eletrobrás e termo de compromisso com o Estadode Santa Catarina (SEF/Celesc), conforme a seguir:

Programa Governo Federal Governo Estado Eletrobrás TotalLuz no Campo 5.274 5.274Luz para Todos 1.076 8.640 512 10.228RELUZ 1.188 1.188Total 1.076 8.640 6.974 16.690

10.3 Redução de Custos

O ano de 2004 foi marcado como divisor de água para a Empresa no que se refere à eficiênciados processos relacionados à elaboração das peças orçamentárias e à nova sistemática decompras de bens e serviços.

Dentre as várias ações de redução de custos adotadas pela Celesc, destaca-se o sistema de PregãoEletrônico, introduzido em julho de 2004, para a compra de bens e serviços. Foram realizados 28pregões até dezembro último. Neles, a diferença média de preços entre o estimado inicialmente eo realizado foi de 24%. Além da economia no preço, da transparência e da maior agilidade, oPregão Eletrônico reduz os custos administrativos do processo licitatório. O prazo de conclusãode uma licitação tradicional é de 120 dias, em média, enquanto na modalidade eletrônica cai para45 dias. Dentre as diretrizes da atual administração, com foco na redução de custos, o PregãoEletrônico se consolidou como um novo paradigma para a Celesc. A estimativa é de que seconsiga garantir, a partir de agora, redução média nos preços entre 10% e 15%.

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Outra ação fundamental, no estabelecimento nos conceitos de “custos eficientes” e“investimentos prudentes”, foi a implementação gradual, ao longo do ano de 2004, dametodologia do “Drive”, na qual buscou-se identificar e estabelecer as variáveis que direcionamos gastos relacionados às atividades operacionais e aos investimentos da Empresa. Espera-sealcançar, ao longo de 2005, uma redução em torno de 12% em relação à metodologiaanteriormente adotada.

10.4 Inadimplência

O combate à inadimplência ganhou reforço em 2004, com adoção de um trabalho interno para arealização de cobrança de consumidores com contas vencidas há menos de 90 dias e da ação, pormeio de escritório de cobrança, para consumidores com contas vencidas há mais de 90 dias. Dosdébitos de R$108,3 milhões e R$46 milhões, respectivamente, a Celesc conseguiu recuperar umtotal de R$39 milhões em 2004.

10.5 Resultado do Exercício

A Empresa encerrou o exercício social de 2004 com lucro líquido de R$200,9 milhões, resultadodo incremento no faturamento de energia elétrica e redução das despesas financeiras. Esse valorfoi superior em 19,5%, se comparado ao ano anterior de R$168,2 milhões. No quadro a seguirpode-se visualizar, pelos principais indicadores econômicos, o desempenho da Empresa em 2004em relação a 2003.

Índices Econômicos 2004 2003Patrimônio Líquido 921.016 777.777Resultado do Exercício 200.969 168.189Receita Operacional Líquida 2.644.660 2.139.020Resultado do Serviço 187.356 341.217Resultado Financeiro 4.465 (121.963)EBITDA ou LAJIDA 446.867 435.744Margem de Serviço (RS/ROL) 7,1% 16,0%Margem Operacional Líquida (LL/ROL) 7,6% 7,9%Rentabilidade do Patrimônio Líquido (LL/(PL-LL)) 27,9% 27,6%

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A receita operacional líquida, em 2004, atingiu o montante de R$2.644,7 milhões, superando em23,6% o valor de 2003 (R$2.139 milhões). Esse crescimento deveu-se principalmente aosaumentos tarifários concedidos pela ANEEL em agosto de 2003, em janeiro de 2004 e agosto de2004, aliado ao crescimento de 3,8% no mercado de fornecimento de energia elétrica.

O resultado do serviço, mesmo apresentando valor positivo de R$187,3 milhões, teve umaredução de 45,1% quando comparado ao ano anterior. Esse resultado deveu-se, principalmente,aos efeitos da parcela “A” e CVA, aos encargos intra-setoriais (CCC e CDE) e aoprovisionamento das contingências (créditos de liquidação duvidosa, cíveis, trabalhistas ebenefício pós-emprego). O resultado financeiro apresentou valor positivo de R$4,5 milhõesrepresentou uma melhora de 103,7% quando comparado com o exercício de 2003.

O EBITDA ou LAJIDA, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e provisões, incluindo aprovisão do benefício pós-emprego (R$47milhões), que equivale ao conceito de umaaproximação de geração de caixa operacional da Empresa, atingiu o valor de R$446,9milhões em2004, contra R$435,7 milhões em 2003.

O resultado do lucro por lote de mil ações foi de R$260,51 (R$218,02 no exercício de 2003).

11. Investimentos Programados

Para 2005 estão previstos investimentos de R$335 milhões, distribuídos da seguinte forma:

Distribuição 285,5Instalação Geral 35,2Geração 14,3Total 335,0

12. Pesquisa e Desenvolvimento

Os investimentos da Celesc em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento ao longo de 2004somaram R$3,7 milhões. Vale destacar a realização do Fórum de Pesquisa e Desenvolvimento,que reuniu pesquisadores de diferentes centros de pesquisas e universidades catarinenses, no qualforam apresentados os resultados dos projetos encerrados no ano. Para o próximo ciclo deprojetos, a Empresa definiu como prioridade a redução de custos e a eliminação do desperdício,o aumento da produtividade e a melhoria dos processos, o aumento da confiabilidade e a geraçãode novos negócios e fontes de receita.

13. Recursos Humanos

O investimento constante em tecnologia, a introdução de um novo modelo de gestão voltado paraa obtenção de resultados, a condução de uma política de treinamento do quadro técnico e oPrograma de Demissão Voluntária Incentivada - PDVI, têm contribuído para a diminuição doquadro de empregados da Empresa nos últimos anos. Em dezembro de 2004 a Celesc contavacom 3.609 empregados. Esse movimento, entretanto, não significa que a Empresa não estejaatenta à necessidade de ampliação ou reposição de seu quadro funcional em áreas chave para oaprimoramento da qualidade dos serviços. Em 2004, foram admitidos, por meio de concursopúblico, 207 novos empregados em 18 diferentes funções.

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14. Responsabilidade Social

Por ser uma das maiores empresas de Santa Catarina, mantendo uma relação direta com toda apopulação, a Celesc tem grande responsabilidade social. Por isso, amplia e fortalece a atuaçãonessa área, através de ações voluntárias, programas próprios e parcerias com as mais variadasinstituições, que alcançam direta ou indiretamente milhões de pessoas.

14. 1 Indicadores Sociais Internos

Para a Celesc, responsabilidade social é o compromisso com a construção da cidadania,assumido com os governos e a sociedade civil organizada, mediante políticas sociais articuladas,que objetivem a elevação da qualidade de vida da população excluída.

Neste ano em que a Celesc comemora os seus 50 anos de fundação, a Empresa reafirma seucompromisso com a construção da cidadania e com a elevação da qualidade de vida fiscalizandoe recomendando, a seus fornecedores e prestadores de serviço, o respeito à legislação e aostrabalhadores. Dessa forma, contribui efetivamente com o desenvolvimento social e econômicodo Estado de Santa Catarina.

O projeto de responsabilidade social da Celesc caminha pari passu com as orientações doInstituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - Ibase, ao inserir a responsabilidade socialempresarial na sua Missão, Visão e Valores, buscando, assim, difundir o conceito dedesenvolvimento sustentável.

A Celesc entende que, para somar resultados, o projeto deve ter aplicação que se origina nointerior do organismo, ou seja, por meio de fatores internos a partir da construção de uma novacultura empresarial, calcada em princípios como solidariedade, ética, transparência,responsabilidade, sustentabilidade e participação efetiva e democrática dos públicos interno eexterno, inclusive shareholders.

Nesse contexto, a Celesc procura manter os direitos históricos dos trabalhadores, garantidos aolongo dos anos pelos Acordos Coletivos, que vão além do determinado pela socialAccountability 8000 e pelas convenções da Organização Internacional do Trabalho - OIT. Aresponsabilidade social empresarial não pode prescindir de diálogo e de relações transparentesentre os empregados e a alta administração da Empresa, garantidos pelas organizações classistas,pelo representante dos empregados no Conselho de Administração e, eventualmente, pelosorganismos informais que atuam como suporte à estrutura formal.

A Empresa vem concedendo aos seus empregados participação em seus resultados anuais,auxílio-creche a toda a categoria, contribuição paritária para a previdência privada, auxílioalimentação, auxílio excepcional/deficiente físico, vale-transporte, seguro de vida, auxílio-funeral e tem honrado sua cota na manutenção dos planos de saúde. Além desses benefícios, aCelesc mantém políticas definidas para seus recursos humanos, que incluem a capacitação e odesenvolvimento profissional, os programas de Segurança e Medicina do Trabalho, bem comoalguns programas especiais, como o Programa de Prevenção e Tratamento do Alcoolismo eOutras Dependências Químicas - PPTAD, e o Vivendo e Valorizando a Aposentadoria - VIVA.

O Programa VIVA pode ter a adesão de todos os empregados aptos à aposentadoria no prazo decinco anos, situação atestada pela CELOS e pelo Instituto Nacional de Seguridade Social -INSS. Essa ação visa à integração desse público potencial, e seus cônjuges, aos empregados jáaposentados, e é uma forma de contribuir para criação de condições harmoniosas de vivência danova situação.

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Em 2004, o VIVA concluiu a capacitação de 33 facilitadores com o objetivo de implementar edifundir o Programa e atendeu, em média, 470 empregados aptos para o Programa. Tanto oPPTAD como o VIVA são Programas de âmbito estadual.

O Programa PPTAD, implantado há mais de 10 anos na Empresa, procura reinserir o empregadono contexto social do trabalho e da família. Por isso, inclui o cônjuge e filhos no tratamento. OPPTAD procura ainda difundir conhecimentos sobre dependência química, obtercomprometimento entre chefias e empregados e proporcionar extensão do atendimento aosaposentados e familiares.

O Programa mantém convênios com clínicas e centros de recuperação. Internamente, incentivaos empregados dependentes à participação nos Grupos de Ajuda Mútua - GAM, externamente, àparticipação em grupos como Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, entre outros.

Em 2004, o PPTAD prestou 1.688 atendimentos psicoterápicos, 10 internações em clínicasconveniadas e duas consultas médicas (a maior parte delas é realizada via plano de saúde).Foram atendidas 120 pessoas, entre empregados, aposentados e familiares.

As ações da área de Segurança e Medicina do Trabalho, no ano de 2004, tiveram o objetivoprincipal de adequar a política de segurança e saúde do trabalho à nova realidade do SetorElétrico e à Norma Regulamentadora 10 - NR 10, do Ministério do Trabalho.

Os investimentos realizados na aquisição de materiais que privilegiam a prevenção, como osEquipamentos de Proteção Individual e Coletiva, na aplicação de novas tecnologias e notreinamentos dos empregados buscaram principalmente a adequação às exigências da legislação.

A Empresa também pratica, por intermédio das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes -CIPA, a prevenção de acidentes de trabalho, bem como aborda assuntos correlatos à saúde dotrabalhador no cotidiano dessas comissões e na Semana Interna de Prevenção de Acidentes -SIPAT.

Com relação ao gerenciamento da área de Segurança e Medicina no trabalho, foram iniciadosestudos objetivando a implantação de um Sistema de Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho,baseado no conceito existente nas Normas BS 8800 e OHSAS 18001.

Em relação à educação do trabalhador, a Empresa firmou parceria com a Secretaria de Estado daEducação para que os trabalhadores da Celesc, sem ou com baixa escolaridade, fossemcontemplados pelo Programa de Educação de Jovens e Adultos, contribuindo assim para aqualificação profissional e a elevação da auto-estima. Além disso, a Celesc, em 2004, investiusignificativamente na capacitação profissional, realizando 333 treinamentos abrangendo 5.038profissionais.

O espaço de trabalho também é um espaço de e para atividades culturais. Nesse sentido, duranteo ano de 2004, os trabalhadores da Celesc puderam desfrutar de momentos de cultura ecidadania, com a exibição de filmes pelo Projeto Cinema na Favela - Favela no Cinema eatividades musicais, como o show do Grupo Engenho, apresentação de Grupos de Dança eMostras de Pintura, entre outros.

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14. 2 Indicadores Sociais Externos

Além de levar diretamente energia a 257 municípios catarinenses e ao município paranaense deRio Negro (96% das propriedades rurais no Estado são eletrificadas e 99% da população urbanadispõe de energia elétrica), capilaridade que reflete diretamente no desenvolvimento econômicode Santa Catarina, a concessionária também assume compromissos com o desenvolvimentosocial das comunidades.

Para a Celesc, é necessário e urgente construir alternativas que possibilitem oportunidades reaisde desenvolvimento humano e social das comunidades de baixa renda, nas quais fatores básicoscomo alimentação, moradia, saúde, educação, trabalho, renda, lazer e cultura sejam assegurados.Nesse contexto, a Empresa aponta e discute a associação ao Programa das Nações Unidas para oDesenvolvimento - PNUD, incorporando seus projetos sociais aos objetivos do milênio.

A Celesc entende que, para ser socialmente responsável, não basta construir e respeitarmecanismos que garantam o bem-estar de seu público interno. Fiel à sua natureza pública, elaacredita que deva exercer atividades fomentadoras entre os que se encontram à margem dosprocessos de desenvolvimento espontâneo. Os projetos e programas que descrevemos a seguirrefletem a sensibilidade da Empresa para as questões humanas.

14.2.1 Programa de Eficiência Energética - proCeleficiência

Em 2004, o Programa Eficiência Energética - proCeleficiência, lançou um portal eletrônico comorientações sobre uso inteligente da energia elétrica. O portal está hospedado no site oficial daEmpresa e é acessado por banner especial. No menu constam dados sobre os 16 projetos do cicloatual do Programa, as marcas de equipamentos e os eletrodomésticos com selo Procel,“biblioteca eletrônica” especializada em conservação de energia, dicas para redução do consumoem diversos segmentos e o link especial “Celesc Criança”, com jogos, passatempos ebrincadeiras conceituais acerca do assunto.

Os seguintes projetos tiveram continuidade nesse exercício:

a) Aquecimento Solar para Substituição do Chuveiro Elétrico em Creches, Asilos, Orfanatos eAssemelhados (30 entidades, R$300 mil reais);

b) Iluminação Pública: em 2004, o Programa realizou obras de eficientização energética em 52municípios catarinenses, com investimentos de R$9,12 milhões;

c) Procel nas Escolas: pelo segundo ano consecutivo, o proCeleficiência promoveu umWorkshop em Florianópolis para divulgar os melhores resultados do Procel nas Escolas. Trezeescolas apresentaram trabalhos. Nesse ano, com a mediação da Celesc, o Estado e o municípiode Mafra firmaram convênio para troca de experiências no desenvolvimento desse Programana rede pré-escolar estadual.

Da rede estadual de ensino, foram capacitados 1.246 professores de 166 escolas de ensinofundamental e médio. Mais de 123 mil alunos foram envolvidos nas atividades. Das redesmunicipais, foram capacitados 106 professores de 50 escolas. Treze mil alunos foramenvolvidos.

Em 2004, o Procel nas Escolas desenvolveu dois projetos especiais: a capacitação de professoresda Associação de Pais e Amigos dos Surdos, de São Miguel do Oeste, e da AssociaçãoCatarinense para Integração do Cego, de Florianópolis.

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No segundo semestre, foram viabilizados quatro projetos do Setor Educacional paradesenvolvimento no primeiro semestre de 2005. São laboratórios de eficiência energética(Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC), eficiência energética para conforto ambiental(Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul), para produção industrial (Universidade doVale do Itajaí - Univali) e para teste de coletores solares (UFSC). Os laboratórios permitirão aimplantação da disciplina Eficiência Energética nesses centros de ensino superior.

No final do ano, parte do projeto Eficientização Energética em Instalações da CompanhiaCatarinense de Água e Saneamento - Casan, foi concluído com a inauguração da nova adutora dePilões, na Grande Florianópolis. Agora, a água bruta é conduzida à Estação de Tratamento porgravidade, o que permitiu desligar os motores elétricos da estação de recalque do rio Cubatão. Oprojeto será concluído no primeiro semestre de 2005.

Finalmente, a tradicional campanha publicitária da Operação Verão elegeu o tema Uso Eficienteda Energia.

14.2.2 Programa Tá Ligado?!?

O Programa Tá Ligado?!? dá oportunidade a jovens, regularmente matriculados em escolas deensino médio e universitário, de aplicar teorias e assimilar práticas importantes de capacitação aomercado de trabalho. Em 2004, a Empresa reafirmou o compromisso com a formaçãoprofissional, beneficiando 460 jovens em todo o Estado. Além dos aspectos funcionais, essecontingente teve a oportunidade de conviver com os princípios éticos e morais de uma grandecorporação.

14.2.3 Programa de Eletrificação Rural

O Programa de Eletrificação Rural é uma parceria entre o Governo Federal, via Eletrobrás e oEstado de Santa Catarina, e a Celesc. Esse esforço conjunto é feito para oferecer à família ruralinfra-estrutura que lhe permita viver de acordo com padrões altos de qualidade. Em 2004, porintermédio do Programa foram construídos 1.424Km de redes para levar conforto, produtividade,cultura, lazer, saúde e informação a 4.010 famílias catarinenses.

14.2.4 Programa de Pesquisa e Desenvolvimento

O Programa Celesc de Pesquisa e Desenvolvimento, dentre outros projetos, desenvolveu umsistema de informação para regionalizar o controle da vegetação sob as redes e linhas elétricas dedistribuição. Esse projeto objetiva reduzir os impactos ambientais nas áreas urbanas peloestabelecimento de critérios que possibilitem a convivência das redes com a vegetação.

A Celesc iniciou, em 2004, a elaboração de um Plano de Gestão Sócio-Patrimonial dereservatórios, cujos objetivos incluem o estabelecimento de procedimentos e estratégias para agestão sócio-patrimonial dos reservatórios, margens e ilhas e o disciplinamento de seu uso.Dentro do Programa de Recuperação de Resíduos, um importante número de lâmpadas foramencaminhadas para descontaminação.

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14.2.5 Programa de Incentivo à Cultura - Luzes da Cultura

Em 2004, a população catarinense teve acesso a grandes momentos de magia e encanto nomundo da cultura e das artes. Utilizando-se dos benefícios da Lei Rouanet e da Lei Estadual deIncentivo à Cultura, a Empresa investiu mais de R$2 milhões na produção e divulgação de bensculturais, bem como na preservação do patrimônio histórico estadual. Escritores, artistas eprodutores culturais tiveram oportunidade de ver suas obras concretizadas por intermédio desseimportante apoio institucional.

Com essas ações, a Celesc objetiva ser parceira nos projetos democratização da cultura,possibilitando a apropriação do bem cultural a todas as camadas sociais.

14.2.6 Programa de Segurança Alimentar - Natal Sem Fome Pela Vida

A Empresa repassou à Organização Não-Governamental Ação da Cidadania Contra a Fome, aMiséria e pela Vida, três toneladas de alimentos não perecíveis, entregues a famílias de baixarenda, em regiões onde o Índice de Desenvolvimento Humano - IDH, demonstra extremapobreza.

Fruto da contribuição pessoal dos empregados, mais oito toneladas de alimentos foramdistribuídas a famílias necessitadas em todo o Estado.

Na Administração Central e nas Agências Regionais, os trabalhadores reuniram-se e dentro doespírito natalino levaram alegria e calor humano para mais de duas mil crianças em todo oEstado, levando um brinquedo novo, uma roupa, doces e o abraço de Papai Noel para suas casase seus corações.

14.2.7 Programa Energia que Alimenta

É um Projeto realizado em parceria com o Comitê de Empresas Públicas e Privadas no Combateà Fome - Coep, e a empresa MonReal. A Celesc reformou e reinaugurou a Padaria Comunitáriade Vila Aparecida, comunidade carente localizada na área continental de Florianópolis, e, emparceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai - São José e ServiçoBrasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, capacitou 19 jovens para o ofíciode padeiro e confeiteiro. Essa padaria fornece 1.200 pães diariamente, ao preço de R$0,10 paramoradores da Comunidade.

Junto com esses parceiros, a Empresa reformou, dedetizou e recuperou a creche que funcionadentro da associação de moradores, possibilitando condições de higiene, saúde e conforto às 160crianças atendidas.

14.2.8 Campanha S.O.S. Furacão - Furacão Catarina

Aos desabrigados da catástrofe que atingiu o sul do Estado, em março de 2004 (FuracãoCatarina), a Celesc repassou 16,2 toneladas de alimentos não perecíveis, organizou campanhasolidária junto com seus fornecedores, arrecadando 200 colchões novos repassados àscomunidades atingidas. Além disso, o pessoal técnico da Empresa não mediu esforços pararestabelecer a energia elétrica e levar conforto e tranqüilidade aos atingidos pela intempérie.

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14.2.9 Programa Ação Social e Cidadania

A Celesc, em 2004, realizou, em parceria com o Coep, MonReal e outras empresas, três Dias deCidadania, prestando serviços às comunidades de Vila Aparecida, Morar Bem e Ceasa. Essesserviços abrangem desde a confecção de documentos (cédulas de identidade, certidão denascimento) até corte de cabelo, averiguação de pressão, palestras sobre saúde da mulher,gravidez na adolescência, entre outros.

Essas atividades atenderam mais de 8 mil pessoas, levando os primeiros elementos de cidadaniaàqueles que estão à margem das políticas públicas.

14.2.10 Programa Cinema na Favela - Favela no Cinema

O Programa objetiva acessar comunidades sob risco social à cultura, aliada a debates acerca detemas cotidianos, como, por exemplo: drogas, violência, sexualidade, saúde, gravidez naadolescência, educação, inclusão social, entre outros. Participaram nos quatro eventos realizadosaproximadamente 600 pessoas, entre moradores da comunidade e jovens oriundos do ProgramaTá Ligado?!?.

Para festejar a Semana da Criança, a Celesc promoveu, dentro do Programa Cinema na Favela,em parceria com a Organização Não-Governamental, Nação Hip Hop, a exibição de filmesalternativos e debates sobre a violência sexual infanto-juvenil. Participaram dessa atividaderepresentantes do Ministério Público, Promotores da Infância e Juventude, ConselheirosTutelares, Secretários de Educação, da Segurança Pública e do Desenvolvimento Social doEstado e do Município, professores da rede pública estadual e municipal e representantes deUniversidades.

Depois do debate, a Empresa decidiu publicar uma campanha elucidativa e preventiva sobre oabuso sexual infanto-juvenil.

14.2.11 Programa Craque do Futuro

Pensando na integralidade do jovem catarinense, a Celesc apoiou por intermédio do Fundo dosDireitos da Criança e do Adolescente - FIA, atividades esportivas, educacionais e preventivas,beneficiando aproximadamente 500 crianças e adolescentes dos municípios de São José, SãoFrancisco do Sul e Joinville.

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BALANÇO SOCIAL1 - BASE DE CÁLCULO

- Receita Líquida (RL) 2.644.660 2.139.020- Resultado Operacional (RO) 191.821 219.254- Folha de Pagamento Bruta (FPB) 316.246 250.334

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) % sobre % sobre Valor (mil reais) % sobre % sobreFPB RL FPB RL

- Alimentação 7.784 2 0 6.869 3 0- Encargos Sociais Compulsórios 62.770 20 2 57.333 23 3- Previdência Privada 14.370 5 1 13.501 5 1- Saúde 5.561 2 0 5.284 2 0- Segurança e Medicina no Trabalho 1.281 0 0 1.570 1 0- Educação 1 0 0 nd - -- Cultura 30 0 0 nd - -- Capacitação e Desenv. Profissional 3.352 1 0 3.131 1 0- Creches ou Auxílio-creche 518 0 0 508 0 0- Participação nos Lucros ou Resultados 7.976 3 0 7.114 3 0- Outros 1.548 0 0 1.479 1 0

Total - Indicadores Sociais Internos 105.191 33 4 96.789 39 53 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) % sobre % sobre Valor (mil reais) % sobre % sobre

RO RL RO RL- Educação 98 0 0 73 0 0 - Cultura 2.172 1 0 952 0 0 - Saúde e Saneamento 50 0 0 4 0 0 - Esporte 50 0 0 nd - -- Combate à Fome e Segurança Alimentar 31 0 0 3 0 0 - Outros 34.807 18 1 13.542 6 1 Total das Contribuições p/ a Sociedade 37.208 19 1 14.574 7 1 - Tributos (excluídos os encargos sociais) 1.599.289 834 60 1.003.831 458 47

Total - Indicadores Sociais Externos 1.636.497 853 62 1.018.405 464 48 4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) % sobre % sobre Valor (mil reais) % sobre % sobre

RO RL RO RL- Investimentos relac.c/ a produção/operação da empresa 81 0 0 nd - -- Investimentos em programas e/ou projetos externos 17.326 9 1 2.873 1 0 Total dos Investimentos em Meio Ambiente 17.407 9 1 2.873 1 0

- Quanto ao estabelecimento de "metas anuais" para ( ) não possui metas (x) cumpre de 51 a 75 % ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 % minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de ( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 % (x) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 % recursos naturais, a empresa: 5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL

- Nº de empregados ao final do período 3.609 3.625- Nº de admissões durante o período 207 0- Nº de empregados terceirizados 2.108 3.145- Nº de estagiários 336 470- Nº de empregados acima de 45 anos 1.380 1.343- Nº de mulheres que trabalham na empresa 527 532- % de cargos de chefia ocupados por mulheres 15 16- Nº de negros que trabalham na empresa 79 80- % de cargos de chefia ocupados por negros 1 1- Nº de portadores de deficiência ou neces. especiais 6 26 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL- Relação entre a maior e a menor remuneração na emp. 21 15- Número total de acidentes de trabalho 47 0- Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela [ ] direção [ x ] direção [ ] todos os [ ] direção [ x ] direção [ x ] todos os empresa foram definidos por: e gerências empregados e gerências empregados- Os padrões de segurança e salubridade no ambiente [ ] direção [ ] todos os [ x ] todos+ [ ] direção [ ] todos os [ x ] todos+ de trabalho foram definidos por: e gerências empregados Cipa e gerências empregados Cipa- Quantoà liberdade sindical, ao direito de negociação [ ] não se envolve [ x ] segue as [ ] incentiva [ ] não se [ x ] seguirá [ ] incentivará coletiva e à representação interna dos trabalhadores, normas da e segue a envolverá as normas e seguirá a a empresa: OIT OIT da OIT OIT- A previdência privada contempla: [ ] direção [ ] direção [ x ] todos os [ ] direção [ ] direção [ x ] todos os

e gerências empregados e gerências empregados- A participação nos lucros ou resultados contempla: [ ] direção [ ] direção [ x ] todos os [ ] direção [ ] direção [ x ] todos os

e gerências empregados e gerências empregados- Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões [ ] não são [ ] são [ x ] são [ ] não serão [ ] serão [ x ] serão éticos e de responsabilidade social e ambiental considerados sugeridos exigidos considerados sugeridos exigidos adotados pela empresa:- Quanto à participação de empregados em programas [ ] não se [ ] apóia [ x ] organiza [ ] não se [ ] apoiará [ x ] organizará de trabalho voluntário, a empresa: envolve e incentiva envolverá e incentivará- Número total de reclamações e críticas de na empresa no Procon na justiça na empresa no Procon na justiça consumidores: ___83.096_______ ___20_____ ___948_____ 0 0 0- % de reclamações e críticas solucionadas: na empresa no Procon na justiça na empresa no Procon na justiça

___80______% __10______% ___2,85_% 100% 100% 100%- Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2004: 2.220.840 Em 2003: 1.612.215- Distribuição do Valor Adicionado (DVA): 74 % governo 12% colaboradores 65 % governo 13 % colaboradores

2 % acionistas 5 % terceiros 7 % retido 2 % acionistas 12 % terceiros 8 % retido

7 - OUTRAS INFORMAÇÕESCoordenação: - Viviani Bleyer Remor - Fone: (48) 231-5149 E-mail: [email protected]

Contador: - José Braulino Stähelin - Fone: (48) 231-6030 E-mail: [email protected]

2004

A EMPRESA NÃO UTILIZA TRABALHO ESCRAVO OU MÃO-DE-OBRA INFANTIL.

2003Valor (mil reais) Valor (mil reais)

2004 Metas 2005

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DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

A Demonstração do Valor Adicionado - DVA foi elaborada com base nos parâmetros definidosno Ofício Circular CVM/SNC/SEP/ no 01 de 25 de fevereiro de 2005 e no Manual deContabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica.

2 0 0 4 2 0 0 3G E R A Ç Ã O D O V A L O R A D I C I O N A D O

ReceitasVenda de Energia e Serviços 3.919.315 2 .973.938 Prov. P/ Crédi tos Liq . Duvidosa (91.287) (17.485) Resul tado Não Operacional 14 .679 (3 .621)

3.842.707 2 .952.832 ( - ) Insumos Adquiridos de Terceiros

Energia Elétr ica e Uso da Rede (1.469.057) (1 .211.299) Serviços de Terceiros (110.934) (99.944) Mater ia is (37.487) (34.993) Outros Insumos Adquir idos (88.747) (19.012)

(1 .706.225) (1 .365.248)

(=) Valor Adicionado Bruto 2.136.482 1 .587.584

( - ) Quotas de Reintegração (86.476) (82.222)

(=) Valor Adicionado Líquido 2.050.006 1 .505.362

(+) Valor Adicionado TransferidoReceitas Financeiras 170.834 106.853

Valor Adic ionado a Dis tr ibuir 2.220.840 1 .612.215

Dis tr ibuição do Valor Adic ionadoPessoal e Adminis tradores Remunerações 197.124 170.834 Encargos soc ia is (exceto INSS) 14.580 12 .207 Par t ic ipação nos Lucros ou Resul tados 7 .976 7 .114 Benefícios assistenciais 15 .689 14 .486 Incent ivo a aposentador ia - PDVI 47.087 14 .049 Contencioso trabalhista 100 951 Custos imobi l izados (14.500) (14.433)

268.056 205.208 G o v e r n o Federa l P A S E P / C O F I N S 310.516 137.616 C P M F 14.533 10 .956 Imposto de Renda e Contr ibuição Socia l 53 .031 75 .443 INSS (sobre fo lha de pagamento) 48.190 45 .126 Es tadual I C M S 826.041 622.602 I P V A 341 278 M u n i c i p a l ISS 58 648 IPTU 643 922 Encargos Intra Setoriais Rese rva Globa l de Reversão - RGR 7.657 16 .039 Con ta de Consumo de Combus t íve i s - CCC 184.997 53 .953 Con ta de Desenvolv imento Energé t i co - CDE 64.298 21 .449 Taxa de F isca l ização ANEEL 4.559 4 .569 Comp.Financei ra pela Ut i l ização de Rec.Hídr icos 2 .232 1 .343 Encargo de Capac idade Emergenc ia l 126.534 58 .013 Encargo Aquis ição E . E . Emergenc ia l 3 .849 -

1.647.479 1 .048.957 F inanciadores Juros e var iações monetár ias 106.219 173.706 Out ros (1.883) 16 .155

104.336 189.861 Acionistas Juros sobre Capi ta l Próprio 47.500 27 .999 Dividendos Propos tos 230 - Lucros re t idos 153.239 140.190

200.969 168.189

Valor Adicionado Total Distr ibuído 2.220.840 1 .612.215

Valor Adic ionado (médio) por empregado 531,04 409 ,04

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15. Perspectivas

15.1 Ambiente Econômico

O crescimento do PIB, projetado pelas instituições financeiras entre 3% a 4% para 2005, vaicontinuar estimulando a produção industrial, ao mesmo tempo em que as exportações devemseguir a tendência de alta, podendo atingir US$ 111bilhões, segundo o Ministério deDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em Santa Catarina, mercado da Celesc, todosos indicadores industriais devem demonstrar crescimento em 2005. O setor de carnes, tradicionalno Estado, deve manter os bons resultados de 2004, beneficiando-se da exploração de mercadoscomo a China e outros países asiáticos, e do fim das restrições ao mercado russo. Também tendea manter-se o bom desempenho das indústrias de máquinas e equipamentos, metalurgia, materialde transporte e materiais elétricos, devido ao esperado aumento dos investimentos e ampliaçãoda massa salarial. O crescimento do mercado interno deve favorecer a indústria do vestuário etêxtil, importante no Estado, que tem apresentado resultado abaixo da média da indústriacatarinense. Com relação ao consumo residencial, espera-se que seja potencializado pelo uso dogrande volume de eletrodomésticos adquiridos ao longo de 2004, especialmente na segundametade do ano. Essas aquisições ainda não se refletiram totalmente no consumo residencial de2004.

15.2 Melhoria do Atendimento e Universalização de Energia

Contratos assinados ao longo de 2004 colocaram em andamento obras de infra-estrutura queatenderão a 277 mil consumidores nas regiões Norte, Sul e Vale do Itajaí, acrescentando234MVA ao sistema de distribuição. Novos contratos deverão ser assinados em 2005, para aconstrução das subestações de Jaraguá do Sul - Rio da Luz e São Bento do Sul - Brasília. Outropacote de obras, para a construção da subestação Itajaí - Itaipava e outras três linhas dedistribuição associadas, estão em andamento. Essas obras acrescentarão 106MVA à capacidadeatual do sistema e estão orçadas em R$43 milhões.

O Programa de Universalização de Energia implantado pela Celesc antecipa de 2008 para 2006 oacesso rural e urbano à luz elétrica, fazendo com que o Estado de Santa Catarina seja um dosprimeiros a serem supridos integralmente de energia. No total, investimentos de R$130 milhõessuprirão a demanda histórica existente. Com a contribuição dos recursos do Programa Luz paraTodos, mais de 13 mil domicílios rurais deverão ser atendidos até 2006. Outro programa,também em parceria com o Governo Federal, é o Projetos Pioneiros, para atender aassentamentos do Movimento dos Atingidos por Barragens. Mais de 170 mil consumidores serãoatendidos com essas obras.

15.3 Tecnologia da Informação

No decorrer de 2005, a Celesc estará lançando processo licitatório para adquirir uma solução desoftwares de Gerência Corporativa Integrado (ERP) nas áreas de Finanças, Contabilidade,Suprimentos e Recursos Humanos, os quais deverão estar completamente implantados até o finalde 2006.

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Agradecimentos

Registramos nossos agradecimentos aos membros do Conselho de Administração e do ConselhoFiscal pelo apoio prestado no encaminhamento das questões de maior interesse da Celesc.Nossos reconhecimentos à dedicação e ao empenho do quadro funcional, extensivamente a todosos demais que, direta ou indiretamente, contribuíram para o cumprimento da missão da Empresa.

Florianópolis, 29 de março de 2005.

A Administração

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BALANÇOS PATRIMONIAIS DO ATIVOExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)

2004 2003Circulante

Numerário Disponível 73.323 79.230Aplicações no Mercado Aberto 102.305 11.805Consumidores, Concessionárias e Permissionárias 720.274 528.467Títulos a Receber 127.989 100.849Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (153.181) (57.901)Tributos a Compensar 28.604 40.487Serviços em Curso 41.685 13.715Estoques 9.714 12.434Conta de Compensação de Variação de Custos da Parcela “A” e CVA 133.459 111.591Despesas Pagas Antecipadamente 81 1.204Outros Créditos 29.303 26.510

1.113.556 868.391Realizável a Longo Prazo

Títulos a Receber 71.049 61.114Contas a Receber do Estado de Santa Catarina 36.298 47.371Conta de Compensação de Variação de Custos da Parcela “A” e CVA 107.525 172.326Investimentos Temporários 86.537 81.526Tributos a Compensar 19.944 18.008Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos 357.075 334.151Depósitos Judiciais 35.277 23.853Ativo Regulatório - PIS/PASEP e COFINS 43.834 -Outros Créditos 234 53

757.773 738.402Permanente

Investimentos 90.392 89.710

Imobilizado Líquido 1.156.129 1.059.8881.246.521 1.149.598

TOTAL DO ATIVO 3.117.850 2.756.391

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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BALANÇOS PATRIMONIAIS DO PASSIVOExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)

2004 2003Circulante

Fornecedores 289.166 339.356Folha de Pagamento e Encargos Sociais 8.010 11.617Encargos de Dívidas 14 1.672Empréstimos e Financiamentos 52.068 27.105Taxas Regulamentares 83.713 44.512Entidade de Previdência Privada 33.206 25.178Benefício Pós-Emprego 25.789 -Tributos e Contribuições Sociais 122.854 109.298Programa - PAES 2.325 23.538Dividendos Declarados e Juros sobre Capital Próprio 44.453 26.030Conta de Compensação de Variação de Custos da Parcela “A” e CVA 7.937 9.989Obrigações Estimadas 51.109 38.902Outras Contas a Pagar 20.946 8.498

741.590 665.695Exigível a Longo Prazo

Empréstimos e Financiamentos 137.067 124.588Entidade de Previdência Privada 429.996 366.261Benefício Pós-Emprego 594.956 606.176Provisão para Contingências 172.653 126.093Tributos e Contribuições Sociais diferidos 92.627 83.832Programa - PAES 17.628 -Conta de Compensação de Variação de Custos da Parcela “A” e CVA 7.655 3.330Outras Contas a Pagar 2.662 2.639

1.455.244 1.312.919Patrimônio Líquido

Capital Social 696.200 696.200Reservas de Lucros 224.816 70.591

921.016 766.791Recursos Destinados a Aumento de Capital - 10.986

921.016 777.777

TOTAL DO PASSIVO 3.117.850 2.756.391

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOSExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)2004 2003

Receita Operacional Bruta 3.919.315 2.973.938Fornecimento de Energia Elétrica 3.589.576 2.818.608Suprimento de Energia Elétrica 14.027 15.513Disponibilização do Sistema de Distribuição 33.023 12.889Encargo de Capacidade Emergencial 184.995 77.175Encargo de Aquisição Energia Elétrica Emergencial 5.652 -Energia Elétrica de Curto Prazo 49.359 8.120Outras Receitas 42.683 41.633

Deduções da Receita Operacional (1.274.655) (834.918)ICMS sobre Energia Elétrica (826.041) (622.602)PIS/PASEP (54.477) (48.831)COFINS (256.039) (88.785)ISS (58) (648)Reserva Global de Reversão - RGR (7.657) (16.039)Encargo de Capacidade Emergencial (126.534) (58.013)Encargo de Aquisição Energia Elétrica Emergencial (3.849) -

Receita Operacional Líquida 2.644.660 2.139.020

Custo do Serviço de Energia Elétrica (1.763.023) (1.471.053)Custo com Energia Elétrica (1.469.057) (1.211.299)

Energia Elétrica Comprada para Revenda (1.288.813) (1.036.071)Encargo de Uso do Sistema de Transmissão (180.244) (175.228)

Custo de Operação (293.849) (255.012)Pessoal e Administradores (151.747) (129.468)Entidade de Previdência Privada (2) (1)Material (23.956) (15.433)Serviço de Terceiros (35.374) (33.878)Depreciação (79.058) (73.707)Outras Despesas (3.712) (2.525)

Custo do Serviço Prestado a Terceiros (117) (4.742)

Lucro Operacional Bruto 881.637 667.967

Despesas Operacionais (694.281) (326.750)Despesas com Vendas (179.200) (74.774)Despesas Gerais e Administrativas (190.900) (157.748)Outras Despesas Operacionais (324.181) (94.228)

Resultado do Serviço 187.356 341.217

Receitas (Despesas) Financeiras 4.465 (121.963)Renda de Aplicações Financeiras 4.439 988Variações Monetárias e Acréscimos Moratórios sobre Energia Vendida 44.497 27.436Variações Monetárias, Cambiais e Acréscimos Moratórios sobre Energia Comprada (13.499) (19.869)Encargos de Dívidas (54.053) (50.464)Atualização Parcela “A” e CVA 69.910 15.251Juros sobre Capital Próprio (47.500) (27.999)Variações Monetárias líquidas (26.011) (46.078)Outras Receitas (Despesas) Financeiras, Líquidas 26.682 (21.228)

Resultado Operacional 191.821 219.254

Receita Não Operacional 13.406 9.818

Despesa Não Operacional 1.273 (13.439)

Lucro Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 206.500 215.633

Provisão para Imposto de Renda (31.125) (21.884)Provisão para Contribuição Social (12.479) (8.503)Imposto de Renda Diferido (17.250) (33.038)Contribuição Social Diferida 7.823 (12.018)

Lucro Antes da Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 153.469 140.190

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 47.500 27.999

Lucro do Exercício 200.969 168.189

Lucro por Lote de Mil Ações em Reais 260,51 218,02

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)

CapitalSocial

Reservasde Lucros

LucrosAcumulados Subtotal

RecursosDestinados aFuturo Aum.

de Capital Total

Saldos em 31 de dezembro de 2002 696.200 - (69.599) 626.601 10.986 637.587

Lucro Líquido do Exercício - - 168.189 168.189 - 168.189Destinação do Lucro Líquido:Constituição de Reserva Legal - 4.930 (4.930) - - -Juros sobre Capital Próprio - - (27.999) (27.999) - (27.999)Retenção de Lucros - 65.661 (65.661) - - -

Saldos em 31 de dezembro de 2003 696.200 70.591 - 766.791 10.986 777.777

Estorno Programa Luz no Campo - - - - (10.000) (10.000)Baixa Programa Viva Luz - 986 - 986 (986) -Lucro Líquido do Exercício - - 200.969 200.969 - 200.969Destinação do Lucro Líquido:Constituição de Reserva Legal - 10.048 (10.048) - - -Juros sobre Capital Próprio - - (47.500) (47.500) - (47.500)Dividendos Propostos - - (230) (230) - (230)Retenção de Lucros - 143.191 (143.191) - - -

Saldos em 31 de dezembro de 2004 696.200 224.816 - 921.016 - 921.016

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOSExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)

2004 2003ORIGENS DOS RECURSOS

Das Operações: Resultado do Exercício 200.969 168.189 Itens que não Afetam o Capital Circulante Líquido: Depreciação 86.476 82.222 Custo das Baixas do Ativo Permanente 17.633 17.295 Juros com Empréstimos ao Estado de Santa Catarina (3.362) (3.114) Contingências Fiscais de Longo Prazo 8.795 38.907 Contingências Trabalhistas, Cíveis e Tributárias 46.560 6.036 Provisão/Reversão para Desvalorização de Investimentos Temporários (5.011) 12.191 Ativo Regulatório (40.646) - Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (22.924) 9.654 Atualizações Monetárias de Longo Prazo 58.111 84.092Total das Origens das Operações 346.601 415.472

De Acionistas: Baixa p/ Adiantamento Futuro Aumento de Capital (10.000) -Total das Origens dos Acionistas (10.000) -

De Terceiros: Financiamentos Obtidos (Longo Prazo) 6.974 4.759 Repasse de Convênios 9.716 - Adições em Obrigações Especiais 3.484 22.449 Baixa de Depósitos Judiciais 12.137 5.736 Parcelamento de Tributos - PAES 17.628 - Baixa de Ítens do Realizável a Longo Prazo 123.174 112.283 Entidade de Previdência Privada 24.328 - Benefício Pós-Emprego 47.087 15.306 Variação de Custos da Parcela “A” e CVA 4.192 991 Realizável a Longo Prazo transferido para Circulante 114.350 -Total das Origens de Terceiros 363.070 161.524

TOTAL DAS ORIGENS 699.671 576.996

APLICAÇÕES DE RECURSOSEm Depósitos Judiciais 23.561 14.973Em Outros Itens do Realizável a Longo Prazo 59.605 99.421No Investimento 2.035 1.398No Imobilizado 212.197 134.859Juros sobre Capital Próprio 47.500 27.999Dividendos Propostos 230 -Variação de Custos da Parcela “A” e CVA 25.831 46.848Transferência do Exigível a Longo Prazo para o Circulante 88.891 76.842Redução do Exigível a Longo Prazo - 18.819Parcelamento de Consumidores 70.551 -

TOTAL DAS APLICAÇÕES 530.401 421.159

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 169.270 155.837

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

Ativo Circulante No Início do Exercício 868.391 590.281 No Fim do Exercício 1.113.556 868.391

245.165 278.110Passivo Circulante No Início do Exercício 665.695 543.422 No Fim do Exercício 741.590 665.695

75.895 122.273

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 169.270 155.837

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

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DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)

2004 2003

Lucro do Período 200.969 168.189

Itens que não afetam o caixa:Depreciação 86.476 82.222 Custo das Baixas do Ativo Permanente 17.633 17.295 Provisão para Crédi tos de Liquidação Duvidosa 95.280 1 .477 Provisão/Reversão para Desvalorização de Invest imentos Temporários (5 .011) 12.191 Contingências Fiscais de Longo Prazo 8 .795 38.907 Ativo Regulatório (40.646) - Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (22.924) 9 .654 Contingências Trabalhistas, Cíveis e Tributárias 46.560 6 .036 Juros e Variações Monetárias - l íquidas (18.062) 101.683

369.070 437.654 Variações no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo

Consumidores, Concessionárias e Permissionárias (152.280) (123.571) Tí tulos a Receber (37.075) (90.285) Tr ibutos a Compensar 11.582 (24.565) Serviços em Curso (27.970) (9 .427) Estoques 2 .720 (1 .041) Conta de Compensação de Var iação de Custos da Parce la "A" e CVA 115.190 (79.737) Despesas Antecipadas 1 .123 9 .120 Contas a Receber do Governo do Estado de Santa Catar ina 14.435 - Depósitos Judiciais (11.424) (9 .237) Outras Contas a Receber 261 16.048

(83.438) (312.695) Variações no Passivo Circulante e Exigível a Longo Prazo

Fornecedores (36.777) (12.463) Taxas Regulamentares 39.201 (1 .378) Entidade de Previdência Privada (10.306) Benef íc io Pós-Emprego 14.569 (57.331) Tributos e Contr ibuições Sociais + PAES 9.759 73.075 Conta de Compensação de Var iação de Custos da Parce la "A" e CVA (74) 676 Obrigações Est imadas + Salários e Encargos Sociais 8 .600 (7 .201) Dividendos Declarados e Juros sobre Capital Próprio 18.423 26.027 Outras 12.471 9 .552

55.866 30.957

Total das Atividades Operacionais 341.498 155.916

Atividades de Invest imentosInvest imentos (2.035) (1 .398) Imobil izado (212.197) (134.859) Obrigações Especiais 3 .484 22.449

Total das Atividades de Investimento (210.748) (113.808)

Atividades de FinanciamentoEmpréstimos e Financiamentos - l íquido 1 .857 (3 .994) Repasse de Convênios 9 .716 - Baixa de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (10.000) - Dividendos e Juros sobre Capital Próprio (47.730) (27.999)

Total das Atividades de Financiamento (46.157) (31.993)

Total dos Efeitos de Caixa 84.593 10.115

Saldo Inicial 91.035 80.920 Saldo Final 175.628 91.035

Variação no Caixa 84.593 10.115

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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEISExercícios Findos em 31 de Dezembro

(valores expressos em milhares de reais)

1. CONTEXTO OPERACIONAL

A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, sociedade anônima de capital aberto, é umaconcessionária do Serviço Público de Energia Elétrica, tendo como acionista controlador o Estadode Santa Catarina.

A Empresa tem por objetivos: executar a política de energia formulada pelo Estado de SantaCatarina; realizar estudos, pesquisas e levantamentos sócioeconômicos com vistas aofornecimento de energia, em articulação com os órgãos governamentais ou privados próprios;planejar, projetar, construir e explorar sistemas de produção, transmissão, transporte,armazenamento, transformação, distribuição e comercialização de energia, principalmente aelétrica, bem como serviços correlatos; operar os sistemas diretamente, por meio de subsidiárias,empresas associadas ou em cooperação; cobrar tarifas ou taxas correspondentes ao fornecimentode energia, particularmente a elétrica; desenvolver, isoladamente ou em parceria com empresaspúblicas ou privadas, empreendimentos de geração, distribuição e comercialização de energia,telecomunicações e infra-estrutura de serviços públicos; realizar pesquisas científicas etecnológicas de sistemas alternativos de produção energética, telecomunicações e infra-estruturade serviços públicos.

2. DESVERTICALIZAÇÃO

Em 22 de julho de 1999, a Celesc assinou dois contratos de Concessão com o Poder Concedente,por intermédio da ANEEL, para exploração do serviço público de distribuição e de geração deenergia elétrica. Os contratos determinavam que a Empresa deveria reestruturar suas operaçõespor meio do descruzamento jurídico e societário de suas atividades de geração e distribuição, coma constituição de empresas independentes, até 31 de dezembro de 2000.

Não obstante a adoção de uma série de medidas visando à efetiva reestruturação, bem como apreservação do equilíbrio econômico e financeiro da própria concessão no período compreendidoentre os anos de 1999 a 2002, tudo dentro dos limites da autorização legislativa para tal fim, aimplementação não veio a ser viabilizada em razão de restrições apontadas pelo PoderConcedente, por intermédio da ANEEL, que culminaram nos seguintes Autos de Infração:

1) AI no 002/01 - Em 16 de fevereiro de 2001, a ANEEL autuou a Celesc no valor de R$982 emvirtude do descumprimento da obrigação estabelecida no Contrato de Concessão no 55/99,referente à desverticalização da atividade de geração.

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2) AI no 012/02 - Em 16 de dezembro de 2002, a ANEEL fez a segunda autuação à Empresa novalor de R$1.791, referente à aprovação pela AGE, em 17 de junho de 2002, sem anuência préviada ANEEL, das alterações estatutárias.

3) AI no 004/03 - Em 22 de janeiro de 2003, a ANEEL novamente autuou a Empresa no valor deR$1.866, por ter efetuado reforma estatutária incorporando o Acordo de Acionistas, em 14 dejunho 2002, transferindo o controle acionário para demais acionistas.

Muito embora constituídas as respectivas provisões, a Celesc, pela via judicial, entende ser viávela discussão das referidas multas impostas pela ANEEL, visando ao seu cancelamento.

A partir desses eventos, e como conclusão de um longo processo iniciado no decorrer do ano de2003, a Celesc desenvolveu uma proposta de modelo de reorganização resultante de estudostécnico-jurídicos, sob o acompanhamento dos técnicos da ANEEL e de empresa de consultoriacontratada para esse fim.

Em 21 de setembro de 2004, o Conselho de Administração aprovou Projeto de Lei referente ànova reestruturação administrativa, técnica e societária da Celesc, para ser submetido à aprovaçãoda Assembléia Legislativa do Estado, a fim de adequação das exigências constante da MedidaProvisória no 144, de 11 de dezembro de 2003, posteriormente convertida na Lei no 10.848, de 15de março de 2004, que trata do novo modelo do Setor Elétrico brasileiro. Conforme consta da Lei,as concessionárias terão um prazo de 18 meses para desverticalizarem as suas operações. A datapara a desverticalização das atividades da Celesc encerra em 15 de setembro de 2005.

Em 26 de novembro de 2004, em cumprimento ao nosso “Cronograma de Eventos” relativo aoprocesso de reestruturação societária da Empresa, encaminhamos para a ANEEL, cópias doProjeto de Lei com detalhamento da transformação do atual modelo societário da Celesc paraHolding e acompanhado dos Estudos Econômicos e Financeiros, contemplando a criação dasempresas de Geração e de Distribuição, a fim de anuência prévia daquele Órgão Regulador.

A Celesc está criando duas subsidiárias integrais de capital fechado para desenvolverem asatividades de Geração e de Distribuição de energia elétrica: Celesc Geração S.A. e CelescDistribuição S.A., e transformando o atual modelo societário da Celesc em Holding - acoplandoas participações em outros negócios.

Aguardando a obtenção da anuência prévia da ANEEL e autorização da Assembléia Legislativado Estado, acreditamos que, assim, a desverticalização será completada no prazo exigido.

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3. DAS CONCESSÕES

O Estado de Santa Catarina possui 293 municípios e a área de concessão da Celesc abrange 257desses municípios, bem como um município no Estado do Paraná (Rio Negro). Além disso, 25municípios são atendidos parcialmente, através de suprimento de energia, e 11 municípios pormeio de venda de energia a cooperativas de eletrificação rural. A Empresa atende a um total de1.950.709 consumidores (1.886.225 em 31 de dezembro de 2003) e conta atualmente com umquadro de 3.609 empregados (3.625 em 31 de dezembro de 2003).

A Empresa opera com 12 usinas hidrelétricas que geram aproximadamente 2,9% da energiaelétrica distribuída, sendo o restante fornecido pelas empresas Tractebel (49,4%), Itaipu (20,6%),Copel (18,0%), Petrobrás (7,4%) e outros fornecedores (1,7%).

Em 22 de julho de 1999, foi firmado com a ANEEL o Contrato de Concessão no 56/99, no qualforam estabelecidas as condições para a exploração da concessão do serviço público dedistribuição de energia elétrica no Estado de Santa Catarina, pelo prazo de 16 (dezesseis) anos,cuja vigência dar-se-á até 07 de julho de 2015. Conforme o referido Contrato, as tarifas de energiaserão reajustadas anualmente, com base no Índice de Reajuste Tarifário - IRT.

Na mesma data, foi firmado o Contrato de Concessão no 55/99, por meio do qual a Empresaobteve a formalização da concessão para geração de energia elétrica das seguintes centraisgeradoras hidrelétricas:

Capacidade Data da Data deHidrelétricas Rio Município Instalada (MW) Concessão Vencimento

Bracinho Bracinho Schroeder 16,5 03.11.1966 07.11.2016 Caveiras Caveiras Lages 4,3 08.07.1968 10.07.2018 Cedros dos Cedros Rio dos Cedros 7,4 03.11.1966 07.11.2016 Celso Ramos Chapecozinho Faxinal dos Guedes 5,3 22.11.1971 *23.11.2001 Garcia Garcia Angelina 8,6 12.03.1957 07.07.2015 Ivo Silveira Santa Cruz Campos Novos 2,5 30.10.1964 07.07.2015 Palmeiras dos Cedros Rio dos Cedros 24,4 03.11.1966 07.11.2016 Pery Canoas Curitibanos 4,4 06.07.1967 09.07.2017 Piraí Piraí Joinville 1,4 03.11.1966 07.11.2016 Salto Itajaí – Açu Blumenau 6,3 03.11.1966 07.11.2016* Em processo de renovação da concessão junto à ANEEL.

Por terem capacidade abaixo de 1MW, as Usinas Rio do Peixe e São Lourenço estão dispensadasde concessão, permissão ou autorização (art. 8o, da Lei 9074, de 07 de julho de 1995).

Como uma das condições de efetividade do Contrato firmado para exploração dos serviços daconcessão, o acionista controlador obriga-se a organizar e a administrar separadamente osserviços dos quais é titular (geração e distribuição de energia elétrica) e a reorganizarsocietariamente a Concessionária, constituindo empresas juridicamente independentes destinadasa explorar tais serviços. Conforme já relatado, a Empresa está adotando medidas necessáriasvisando viabilizar o cumprimento das cláusulas contratuais.

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4. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

As Demonstrações Contábeis estão apresentadas em milhares de reais e são elaboradas de acordocom as práticas contábeis adotadas no Brasil (Lei no 6.404 de 15 de dezembro de 1976, atualizadapela Lei no 10.303, de 31 de outubro de 2001, e pela Lei no 9457 de 06 de maio de 1997), Leino 9.249, de 26 de dezembro de 1995 (que eliminou a adoção de qualquer sistema de correçãomonetária de balanço para fins societários, a partir de 1o de janeiro de 1996); emanadas com asnormas específicas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, e as aplicáveis àsconcessionárias do Serviço Público de Energia Elétrica, estabelecidas pelo Órgão Regulador,especificamente pelo Ofício Circular ANEEL no 2.306, de 24 de dezembro de 2004.

O Balanço Patrimonial e a Demonstração dos Resultados foram reclassificados, diferentementedo formato originalmente divulgado no exercício de 2003, em atendimento ao Manual deContabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica e para uma melhor comparabilidade.

2003 Publicado Ajuste 2003 AjustadoATIVO

Circulante Disponibilidades 91.035 (91.035) - Numerário Disponível - 79.230 79.230 Aplicações no Mercado Aberto - 11.805 11.805 Impostos a Recuperar 40.487 (40.487) - Tributos a Compensar - 40.487 40.487 Serviços em Curso - 13.715 13.715 Outras Contas a Receber 40.225 (40.225) - Outros Créditos - 26.510 26.510 171.747 - 171.747 Realizável a Longo Prazo Impostos a Recuperar 18.008 (18.008) - Tributos a Compensar - 18.008 18.008

18.008 - 18.008 Permanente Imobilizado 1.291.498 (231.610) 1.059.888 T O T A L D O A T I V O 1.481.253 (231.610) 1.249.643

PASSIVOCirculante Encargos de Dívidas 3.776 (2.104) 1 .672 Empréstimos e Financiamentos 12.298 14.807 27.105 Entidade de Previdência Privada - 25.178 25.178 Encargos do Consumidor 8.307 (8.307) - Taxas Regulamentares - 44.512 44.512 Benefício Pós-Emprego 37.881 (37.881) - Outras Contas a Pagar 44.703 (36.205) 8 .498

106.965 - 106.965 Exigível a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos 34.468 90.120 124.588 Entidade de Previdência Privada - 366.261 366.261 Benefício Pós-Emprego 1.062.557 (456.381) 606.176 Obrigações Fiscais 83.832 (83.832) - Tributos e Contribuições Sociais diferidos - 83.832 83.832 Obrigações Especiais 231.610 (231.610) -

1.423.453 (231.610) 1.191.843 TOTAL DO PASSIVO 1.530.418 (231.610) 1.298.808

RESULTADOApresentação foi alterada para atender ANEEL, conforme Ofício Circular n

o 2 .306/2004-SFF/ANEEL

Objetivando prover um melhor grau de detalhamento das informações contábeis, a Empresa estádivulgando no Relatório da Administração, de forma complementar, o Balanço Social e aDemonstração do Valor Adicionado.

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5. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

a) Numerário Disponível e Aplicações no Mercado Aberto

Contempla o saldo de aplicações financeiras que são registradas pelos valores originaisaplicados, atualizadas até 31 de dezembro de 2004, de acordo com as taxas pactuadas junto àsinstituições financeiras. Contempla, também, o saldo mantido em conta corrente bancária e osvalores arrecadados e ainda não repassados pelos agentes arrecadadores.

b) Consumidores, Concessionárias e Permissionárias

Refere-se aos serviços medidos e faturados aos consumidors pendentes de recebimento até 31de dezembro de 2004. Contempla as receitas decorrentes do fornecimento de energia elétricaainda não faturadas, contabilizadas com base no consumo estimado entre a data da últimaleitura e o final de cada mês.

c) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa

Está constituída conforme determina o Órgão Regulador e o Manual de Contabilidade doServiço Público de Energia Elétrica.

d) Títulos a Receber

Correspondem a créditos derivados da venda de energia, renegociados parceladamente,acrescidos de multas calculadas até a data da renegociação, conforme determina o ÓrgãoRegulador, e de juros remuneratórios calculados até 31 de dezembro de 2004.

e) Estoques

Refere-se a materiais destinados à manutenção das operações e contabilizados ao custo médiodas compras. Os materiais destinados às construções são classificados como imobilizações emcurso e avaliados pelo custo histórico.

f) Contas a Receber do Estado de Santa Catarina

Corresponde a dívidas do Estado de Santa Catarina assumidas junto à Empresa, acrescidas,quando aplicável, de juros e atualizações monetárias, calculados mensalmente segundo asdisposições estabelecidas nos contratos firmados, conforme demonstrado na nota 15.

g) Conta de Compensação de Variação de Custos da Parcela “A” e CVA

Refere-se principalmente aos custos denominados de Parcela “A”, relativos ao período de 1o dejaneiro de 2001 a 25 de outubro de 2001, e os custos incluídos na Conta de Compensação daVariação dos Valores de Itens da Parcela “A” - CVA, e respectivas atualizações. Referidoscustos integram a base dos reajustes tarifários e são apropriados ao resultado, à medida que areceita correspondente é faturada aos consumidores conforme determinado nas PortariasInterministeriais no 296 e no 116, de 25 de outubro de 2001 e 04 de abril de 2003respectivamente, e disposições complementares do Órgão Regulador.

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h) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos

Os valores foram calculados com base na sua alíquota efetiva e registrados no Ativo Realizávela Longo Prazo e Passivo Exigível a Longo Prazo, em virtude de diferenças intertemporaisconsideradas no momento da sua apuração, saldos de prejuízos fiscais compensáveis (Impostode Renda) e base de cálculo negativa da Contribuição Social Sobre o Lucro - CSLL. Referidostributos foram calculados à base de 25% IR e 9% para a CSLL, considerando o prazo esperadopara a realização da correspondente base de cálculo. Tais tributos serão recuperados emoperações futuras, conforme demonstrado na nota 11.

i) Investimentos

Representados por participações em outras sociedades e direitos de qualquer natureza, sendoregistrados pelo custo de aquisição, deduzidos da provisão para desvalorização, quandoaplicável, conforme demonstrado nas notas 16 e 17.

j) Imobilizado Líquido

Apresenta-se registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido do encargo dedepreciação calculado pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registradosnas respectivas Unidades de Cadastro - UC, conforme determina a Portaria DNAEE no 815, de30 de novembro de 1994. Em virtude do disposto nas Instruções Contábeis do Manual deContabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, os juros, encargos financeiros evariações monetárias, relativos aos financiamentos obtidos junto a terceiros, efetivamenteaplicados nas imobilizações em curso, estão registrados neste subgrupo como “Custo”,conforme demonstrado na nota 18.

Em atendimento à Instrução Contábil 6.3.23 do Manual de Contabilidade do Serviço Públicode Energia Elétrica, as Obrigações Especiais, registradas no grupo específico do PassivoExigível a Longo Prazo, estão apresentadas como “Dedução do Ativo Imobilizado”, dadas suascaracterísticas de aporte financeiro de consumidores, com fins específicos de financiamento deobras.

k) Fornecedores

Contempla, além das dívidas contraídas junto aos fornecedores de energia, materiais eserviços, o custo da energia de curto prazo adquirida no Mercado Atacadista de EnergiaElétrica - MAE, conforme demonstrado na nota 19.

l) Imposto de Renda e Contribuição Social

Referidos tributos são apurados com base no lucro tributável, ajustado segundo as disposiçõesestabelecidas na legislação vigente e as correspondentes alíquotas vigentes (Imposto de Renda15%, mais adicional de 10% aplicável sobre o lucro excedente ao limite estabelecido eContribuição Social Sobre o Lucro Líquido de 9%).

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m) Obrigações Especiais

Contempla os pagamentos efetuados por consumidores com o objetivo de contribuir naexecução de projetos de expansão necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento deenergia elétrica, registrados pelos valores originais das contribuições alocadas aosempreendimentos.Os ativos adquiridos com os correspondentes recursos são registrados no imobilizado daEmpresa, conforme disposições estabelecidas no Manual de Contabilidade do Serviço Públicode Energia Elétrica. Em virtude de sua natureza, essas contribuições não representamobrigações financeiras efetivas, uma vez que não serão devolvidas aos consumidores.

n) Demais Ativos e Passivos

Os Ativos e Passivos sujeitos à variação monetária por força de legislação ou cláusulascontratuais estão corrigidos com base nos índices previstos nos respectivos dispositivos, deforma a refletir os valores atualizados na data dos balanços. Os demais estão apresentadospelos valores incorridos na data de formação, sendo os ativos reduzidos de provisão paraperdas, quando aplicável.

o) Obrigações Pós-Emprego

Em atendimento à Deliberação CVM no 371, de 13 de dezembro de 2000, os custosrelacionados à suplementação de aposentadoria e os outros benefícios pós-emprego sãoreconhecidos como obrigações e registrados com base em cálculos atuariais, utilizando oMétodo da Unidade de Crédito Projetada para determinação do valor presente das obrigações.

p) Demonstração do Resultado

As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência.

6. APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO

Agente financeiro Tipo de aplicação Vencimento Taxas % 2004 2003

Banco do Brasil S.A. CDB / Swap Diversos 99,9% CDI 35.297 -Banco do Brasil - Eletrobrás Fundo DI Indeterminado Taxa Flutuante 144 128Caixa Econômica Federal CDB Diversos 99,9% CDI 11.379 -Caixa Econômica Federal Fundo Fif Prático Indeterminado Taxa Flutuante 315 1.807Bradesco GAR MAE CDB / RDB Diversos 98,7% CDI 4.056 4.940BESC Fundo Prime Diversos 115,9304% CDI 51.114 4.930Total 102.305 11.805

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7. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS(c) Provisão para

devedores duvidosos Saldo

Consumidor/Concessionárias/ Vencidos Vencidos háPermissionárias Vincendos até 90 dias mais de 90 dias Total 2004 2003 2004 2003

Residencial 64.809 37.618 8.640 111.067 (12.529) (4.736) 98.538 91.882 Industrial 100.207 35.187 84.896 220.290 (81.462) (30.792) 138.828 125.740 Comércio, Serviços e Outras Atividades

29.116 16.370 12.651 58.137 (15.423) (5.830) 42.714 41.369

Rural 18.143 3.269 5.728 27.140 (3.562) (1.346) 23.578 19.914 Poder Público 5.662 8.228 14.532 28.422 (15.394) (5.819) 13.028 15.547 Iluminação Pública 1.722 649 11.986 14.357 (10.662) (4.030) 3.695 11.692 Serviço Público 3.510 10.819 35.942 50.271 (14.149) (5.348) 36.122 17.990 Fornecimento Não Faturado 120.269 - 120.269 - - 120.269 110.775

Subtotal – Consumidores 343.438 112.140 174.375 629.953 (153.181) (57.901) 476.772 434.909

Suprimentos (b) 23.857 131 1.098 25.086 - - 25.086 28.020Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (a)

53.262 - - 53.262 - - 53.262 -

Outros Créditos 11.973 - - 11.973 - - 11.973 7.637Total 432.530 112.271 175.473 720.274 (153.181) (57.901) 567.093 470.566

a) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE

O crédito mantido pela Empresa refere-se à energia elétrica gerada e não vinculada a contratosiniciais ou equivalentes, relativos às transações de venda realizadas no âmbito da Câmara deComercialização de Energia Elétrica - CCEE, com base em cálculos elaborados e divulgadospelo Órgão Regulador.

Por força do Acordo de Reembolso de Energia Livre, as geradoras e distribuidoras, amparadaspelo art. 2o da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, efetuaram durante o período do ProgramaEmergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica - PERCEE, o pagamento integral daEnergia Livre a eles alocada pelo MAE, a preços de mercado (preços MAE), conforme asregras preestabelecidas.

O montante dessa energia elétrica está sendo ressarcido pelas distribuidoras, que estãocobrando o valor em conjunto com a Recomposição Tarifária Extraordinária - RTE, desdedezembro de 2001.

Em 2001, foi implementado o “Acordo Geral do Setor Elétrico” entre as concessionáriasgeradoras, distribuidoras e o Governo Federal. O acordo assumido foi operacionalizado pelaANEEL, que estabeleceu os critérios para recomposição das receitas e perdas extraordináriasrelativas ao período de vigência do Programa Emergencial de Redução do Consumo deEnergia Elétrica.

A Energia Livre é a energia injetada no sistema elétrico, não prevista nos contratos iniciais ouequivalentes e nos contratos bilaterais.

Descrição AtivoSaldo Inicial Homologado 46.945Remuneração Financeira 16.423Valor Recebido (10.106)Saldo em 31 de dezembro de 2004 53.262

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A ANEEL, pela Resolução no 36, de 29 de janeiro de 2003, alterada pela Resolução no 89, de25 de fevereiro de 2003, estabeleceu os procedimentos para recuperação e repasse aosgeradores e distribuidores, a partir de fevereiro de 2003, dos valores de Energia Livre.

O montante de energia livre foi homologado pela Resolução ANNEL no 001, de 12 de janeirode 2004, sendo que a Resolução no 45, de 03 de março de 2004, confere à Celesc o direito aoreembolso de energia livre na proporção de 1,6540% do total homologado, o que correspondea R$46.945, com prazo de realização estimado em 72 meses.

A atualização monetária do saldo de energia livre vem sendo apurada a partir de fevereiro de2003, com base na taxa SELIC, acrescida de juros de 1% a.a.

b) Suprimentos

O crédito mantido pela Empresa refere-se a transações de venda de energia paraconcessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica, localizadas no Estado deSanta Catarina.

c) Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa - PCLD

Foi constituída considerando análise criteriosa da perspectiva real de recebimento, combinadacom as ações implementadas pela Empresa para a recuperação dos montantes em atraso econforme determina o Órgão Regulador.

Assim, foi constituída provisão para os valores dos créditos enquadrados nas seguintessituações: (a) faturas residenciais vencidas há mais de 90 dias; (b) faturas comerciais vencidashá mais de 180 dias; e (c) faturas industriais, rurais e outras, vencidas há mais de 360 dias.

A Celesc continua implementando gestões nas várias classes de consumidores e, em especial,com o poder público, nas suas diversas esferas, para a diminuição dos saldos em atraso. Osencargos a receber por atraso são calculados de acordo com as condições contratuaisestabelecidas com os consumidores.

A movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa neste exercício foi aseguinte:

Saldo em 31 de dezembro de 2003 (57.901)Provisões constituídas no exercício (91.287)Perdas no recebimento de créditos (8.697)Baixa (reversão) de incobráveis no exercício 4.704Saldo em 31 de dezembro de 2004 (153.181)

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8. TÍTULOS A RECEBER

Correspondem a créditos derivados da venda de energia elétrica e outros, oriundos de débitos ematraso, os quais foram objeto de negociação mediante contratos de parcelamentos, acrescidos deencargos de mora até a data de consolidação dos débitos.

Descrição 2004 2003

Montante negociado (atualizado) 199.038 161.963

Parcela de curto prazo 127.989 100.849Parcela de longo prazo 71.049 61.114

9. TRIBUTOS A COMPENSAR

A Empresa procedeu ao registro das retenções, recuperações e antecipações para futurascompensações com os tributos devidos, conforme demonstrado abaixo:

2004 2003

Circulante Longoprazo

Circulante Longoprazo

Imposto de Renda s/ Aplicação Financeira 318 - 179 -ICMS - Transferência de Crédito 117 - (475) -ICMS a Recuperar CIAP 6.806 14.583 3.055 11.178PIS/PASEP - Crédito Fiscal 3.228 - 6.045 -COFINS - Crédito Fiscal 14.606 - 2.570 -Tributos Federais retidos s/ Órgãos Públicos 1.336 - 2.485 -IRPJ - Saldo Negativo 1.646 - 18.323 -CSLL - Saldo Negativo 485 - 8.220 -Finsocial a Recuperar - 5.361 - 4.556Outros 2 - 85 2.274Total 28.604 19.944 40.487 18.008

10. ESTOQUES

2004 2003

Almoxarifado 8.979 8.221Destinados a Alienação 699 1.713Alugados/Emprestados 36 35Adiantamento de Fornecedores - 2.465Saldo em 31 de dezembro de 2004 9.714 12.434

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11. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS

Referem-se ao Imposto de Renda - IR, e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL,diferidos sobre as diferenças temporárias, bem como sobre os saldos de prejuízo fiscal e basenegativa. A realização desses ativos fiscais será pelo pagamento das provisões ou pela realizaçãodas perdas provisionadas. Para o prejuízo fiscal e base negativa, a realização será limitada a 30%ao ano sobre o lucro ajustado.

O quadro a seguir demonstra as bases para a constituição e os respectivos cálculos dos créditos deIR e da CSLL, considerando os períodos estimados de sua realização:

2009 a 2012 aDescrição 2005 2006 2007 2008 2011 2014 Total

Contingências Trabalhistas 17.000 5.228 5.229 5.229 15.688 15.688 64.062 Imposto de Renda 4.250 1.307 1.307 1.307 3.922 3.922 16.015 Contribuição Social 1.530 471 471 471 1.412 1.412 5.767

Contingências Cíveis 13.351 16.021 19.225 23.070 11.409 11.409 94.485 Imposto de Renda 3.338 4.005 4.806 5.768 2.852 2.852 23.621 Contribuição Social 1.202 1.442 1.730 2.076 1.027 1.027 8.504

Benefício Pós-Emprego 25.789 66.107 66.107 66.107 198.318 198.318 620.746 Imposto de Renda 6.447 16.527 16.527 16.527 49.580 49.580 155.188 Contribuição Social 2.321 5.950 5.950 5.950 17.849 17.849 55.869

Provisão p/ Desval. - Casan - - - - - 24.191 24.191 Imposto de Renda - - - - - 6.048 6.048 Contribuição Social - - - - - 2.177 2.177

Prejuízo Fiscal 83.295 92.452 - - - - 175.747 Imposto de Renda 20.824 23.113 - - - - 43.937

Base Negativa Contrib. Social 82.017 81.107 - - - - 163.124 Contribuição Social 7.382 7.300 - - - - 14.682

Outras Provisões 24.530 18.397 13.798 10.348 7.259 - 74.332 Imposto de Renda 6.132 4.599 3.449 2.587 1.815 - 18.582 Contribuição Social 2.208 1.656 1.242 927 653 - 6.686

Base de Cálculo 245.981 279.312 104.359 104.755 232.674 249.606 1.216.687

Imposto de Renda 40.991 49.551 26.089 26.189 58.169 62.402 263.391

Contribuição Social 14.643 16.819 9.393 9.424 20.941 22.465 93.685

Períodos Estimados de Realização

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12. CONTA DE COMPENSAÇÃO DE VARIAÇÃO DE CUSTOS DA PARCELA “A” -

CVA

Valores Tarifários Não Gerenciáveis da Parcela “A”

A conta de compensação da variação de valores de itens da Parcela “A” registra as variações decustos, positivas ou negativas, ocorridas no período entre reajustes tarifários anuais, relativos aositens previstos nos contratos de concessão de distribuição de energia elétrica.

Os valores da Parcela “A” em 31 de dezembro de 2004 estão assim representados:

2003 Adição Baixa Atualiz. Transf. Amortiz. 2004

ATIVO

Contrato Inicial Tractebel 75.326 - - 8.286 - (59.892) 23.720

Conta de Consumo de Combust. - CCC 40.521 - - 4.457 - (32.218) 12.760

Repasse Potência de Itaipu 23.107 38.962 - 29.128 - (65.325) 25.872

Uso da Rede Básica 1.655 - - 182 - (1.316) 521

Contrato Inicial Copel 862 - - 95 - (686) 271

Transporte de Energia de Itaipu 118 - - 13 - (94) 37

Comp. Financ. Utiliz. Rec. Hídricos 159 - - 18 - (127) 50

Taxa de Fiscalização ANEEL - 246 - 27 - (196) 77 Encargos de Conexão 149 - - 16 - (118) 47

Total no Ativo 141.897 39.208 - 42.222 - (159.972) 63.355

Parcelas Classif. no Ativo Circulante 106.423 39.208 - 42.222 35.474 (159.972) 63.355

Parcelas Classif. no Ativo Realiz. LP 35.474 - - - (35.474) - -

PASSIVO

Taxa de Fiscalização ANEEL (789) - 789 - - - - Reserva Global de Reversão - RGR (12.530) - 5.497 (774) - 5.592 (2.215)

Total no Passivo (13.319) - 6.286 (774) - 5.592 (2.215)

Parcelas Classif. no Passivo Circul. (9.989) - 6.286 (774) (3.330) 5.592 (2.215)

Parcelas Classif. no Passivo Exig. LP (3.330) - - - 3.330 - -

Total Geral 128.578 39.208 6.286 41.448 - (154.380) 61.140

Parcela A

Descrição

A Resolução ANEEL no 90, de 18 de fevereiro de 2002, definiu os itens da Parcela “A”,referentes ao período compreendido entre 1o de janeiro e 25 de outubro de 2001, bem como aforma de remuneração econômica, mediante a incorporação dos efeitos financeiros, e o períodopara recuperação tarifária. Esses valores foram homologados pela Resolução no 482, de 29 deagosto de 2002, alterada pela Resolução no 01, de 12 de janeiro de 2004, e estão sendorecuperados através de adicional tarifário nas contas faturadas a partir de janeiro de 2004. Operíodo estimado de realização é de 16 meses.

A atualização monetária do saldo da Parcela “A” vem sendo apurada com base na taxa SELIC.

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Valores Tarifários Não Gerenciáveis a Compensar - CVA

A Portaria Interministerial no 25, de 24 de janeiro de 2002, dos Ministérios de Estado da Fazendae de Minas e Energia, estabeleceu a Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens daParcela “A” - CVA, com o propósito de registrar as variações de custos, negativas ou positivas,ocorridas no período entre reajustes tarifários anuais, relativos aos itens previstos nos contratos deconcessão de distribuição de energia elétrica.

A composição dos valores da CVA em 31 de dezembro de 2004 está assim representada:

Descrição 2003 2004CVA 2003 - Período de 08.08.2002 a 07.08.2003 135.961 126.396 CVA 2004 - Período de 08.08.2003 a 07.08.2004 6.059 18.735 CVA 2005 - Período de 08.08.2004 a 07.08.2005 - 19.121

Total da CVA 142.020 164.252

A Portaria Interministerial no 116, de 04 de abril de 2003, postergou por 12 meses a compensaçãodas variações da CVA constituídas entre o período de julho de 2002 a julho de 2003, quedeveriam ter sido incluídas no reajuste tarifário de 08 de agosto de 2003. Ficou estabelecido que osaldo desta CVA seria compensado em 24 meses, contados a partir do reajuste tarifário de 2004.

A partir de 07 de agosto de 2004 a Celesc passou a recuperar os valores da CVA pelo adicionaltarifário de 4,87%, decorrente dos custos não gerenciáveis, já incorridos pela concessionária,assim distribuídos: 3,21% referente a 50% da Conta de Compensação de Variação de Valores deItens da Parcela “A” - CVA, relativa aos créditos de 2003, 1,18% referente à Conta deCompensação de Variação de Valores de Itens da Parcela “A” - CVA, relativa aos créditos de2004, 0,45% referentes a custos com o Furacão Catarina, 0,02% referentes a custos paraatendimento à Resolução ANEEL 493, de 03 de setembro de 2002, e 0,01% referente a custoscom a Campanha de Medidas.

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O quadro de movimentação da CVA para o exercício de 2004 é o seguinte:

2003 Adição Baixa Atualiz. Transf. Amortiz. 2004

ATIVO

Conta de Consumo Combust. - CCC 34.314 23.461 - 7.425 - (14.231) 50.969

Repasse Potência de Itaipu 49.787 3.006 - 9.049 - (13.175) 48.667

Repasse Potência de Itaipu - Adicional 5.168 - - 2.616 - (1.659) 6.125

Conta de Desenv.Energéico - CDE 27.482 9.491 - 5.376 - (11.231) 31.118

Energia Comprada p/ Revenda - 6.074 - 124 - - 6.198

Encargos de Serviço do Sistema 16.702 10.268 - 4.620 - (9.011) 22.579

Uso da Rede Básica 7.111 - (1.739) 481 - (902) 4.951

Rede Básica Machadinho 1.012 - - 171 - (252) 931

Transporte de Energia de Itaipu 415 - - 61 - (172) 304

Comp. Financ. Utiliz. Rec. Hídricos 29 - - 5 - (7) 27 Encargos de Conexão - 5.653 - 107 - - 5.760

Total no Ativo 142.020 57.953 (1.739) 30.035 - (50.640) 177.629

Parcelas Classif. no Ativo Circulante 5.168 32.122 (1.739) 16.322 68.871 (50.640) 70.104

Parcelas Classif. no Ativo Realiz. LP 136.852 25.831 - 13.713 (68.871) - 107.525

PASSIVO

Repasse Potência de Itaipu - (10.183) - (795) - 1.335 (9.643) Uso da Rede Básica - (5.463) - (778) - 2.507 (3.734)

Total no Passivo - (15.646) - (1.573) - 3.842 (13.377)

Parcelas Classif. no Passivo Circul. - (8.124) - (1.440) - 3.842 (5.722)

Parcelas Classif. no Passivo Exig. LP - (7.522) - (133) - - (7.655)

Total Geral 142.020 42.307 (1.739) 28.462 - (46.798) 164.252

CVA

Descrição

A atualização monetária do saldo da CVA vem sendo apurada com base na taxa SELIC.

13. ATIVO REGULATÓRIO - PIS/PASEP e COFINS

Pelas Leis Federais no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, no 10.833, de 29 de dezembro de2003, e no 10.865, de 30 de abril de 2004, foram alteradas as bases de cálculo e majoração dasalíquotas do PIS/PASEP e da COFINS. Em função dessas alterações, as concessionáriasdistribuidoras de energia elétrica tiveram um acréscimo nas despesas com PIS/PASEP entredezembro de 2002 e dezembro de 2004, e nas despesas com a COFINS de fevereiro de 2004 adezembro de 2004.

A ANEEL, pela correspondência enviada à Celesc, reconhece o direito de a Empresa serressarcida dos custos adicionais com PIS/PASEP e com a COFINS mencionados no parágrafoanterior. Dessa forma, o valor histórico do impacto produzido pela mudança de critérios naapuração do PIS/PASEP e da COFINS na Empresa foi positivo. A Celesc registrou os créditos, deacordo com critério definido pela ANEEL, nos Ofícios Circulares SFF/ANEEL no 190, de 1o defevereiro de 2005, e retificado pelo de no 302, de 25 de fevereiro de 2005, como um AtivoRealizável a Longo Prazo.

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A Empresa estima que os valores registrados serão recuperados na tarifa a partir de agosto de2005, sendo que os critérios de atualização e prazo de recuperação estão ainda pendentes dedefinição pela ANEEL. Entretanto, a Celesc registrou os valores com atualização pela variação daTaxa SELIC, adotando os mesmos critérios utilizados para a atualização dos valores da Parcela“A” - CVA.

No quadro abaixo, demonstramos os efeitos do PIS/PASEP no período de dezembro de 2002 adezembro de 2004 e da COFINS de fevereiro a dezembro de 2004:

2004Valor Histórico Atualizações Total

Ativo Regulatório para as Contribuições: PIS/PASEP - Recomposição Tarifária 10.727 1.432 12.159 COFINS - Recomposição Tarifária 29.919 1.756 31.675Total 40.646 3.188 43.834

14. OUTROS CRÉDITOS

Correspondem aos demais saldos de direitos a receber, incluindo a rubrica Tarifa Social de BaixaRenda, sendo assim constituídos:

2004 2003

CurtoPrazo

LongoPrazo

CurtoPrazo

LongoPrazo

Rendas a Receber 10.569 - 5.014 -Iluminação Pública - Programa de Eficientização 9.918 - 3.590 -

Subvenção Tarifa Social à Baixa Renda (a) 4.355 - 10.069 -Fundos Vinculados - - 1.981 -

Adiantamentos a Empregados 1.286 - 177 -Pessoal à Disposição 1.062 - 3.265 -

Outros Créditos a Receber 2.113 234 2.414 53

Total 29.303 234 26.510 53

a) Tarifa Social de Baixa Renda

O Governo Federal, pela Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, determinou às concessionáriasdo Serviço Público de Energia Elétrica a aplicação da Tarifa Social de Baixa Renda com basenos novos critérios e enquadramento das unidades consumidoras.

A partir de maio de 2002, a Empresa promoveu o faturamento do fornecimento de energiaelétrica, segundo as disposições estabelecidas nas Resoluções ANEEL no 246, de 30 de abril de2002, e no 485, de 29 de agosto de 2002.

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O Decreto Presidencial no 4.538, de 23 de dezembro de 2002 estabeleceu, ainda, que oatendimento de consumidores integrantes da subclasse residencial baixa renda será custeadopor subvenção econômica (art. 5o da Lei no 10.604, de 17 de fevereiro de 2002). A ANEEL,pelo Ofício Circular SFF/ANEEL no 155, de 24 de janeiro de 2003, divulgou os procedimentospara apuração e registro do ativo decorrente do reconhecimento da aplicação da nova tarifasocial no que diz respeito à redução dos valores faturados, cujo saldo está assim representado:

Saldo até 31 de dezembro de 2003 10.069Faturamento Baixa Renda no exercício de 2004 19.589Subvenção Econômica (Eletrobrás) no exercício de 2004 (25.303)Total a Receber do Baixa Renda em 31 de dezembro de 2004 4.355

15. CONTAS A RECEBER DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Descrição 2003 Juros Amortizações 2004

ATIVOEmpréstimos para o Tesouro Estadual (a) 33.109 3.362 (4.435) 32.036Programa Viva Luz 10.000 - (10.000) -Programa Rede Subterrânea (b) 4.262 - - 4.262Total do Ativo 47.371 3.362 (14.435) 36.298

a) Empréstimos para o Tesouro Estadual

Os valores contabilizados referem-se a empréstimos concedidos pela Empresa ao TesouroEstadual entre os anos de 1985 e 1986, atualizados até 31 de dezembro de 2004 mediante aaplicação de juros de 10% ao ano e capitalizados trimestralmente, conforme contrato firmado como Estado de Santa Catarina (acionista controlador), em abril de 1988.

b) Programa Rede Subterrânea

Refere-se ao Convênio no 007/95, de junho de 1995, firmado entre a Empresa, o Estado de SantaCatarina e o Municipio de Florianópolis, referente à cooperação financeira para a implantação do“Programa Rede Subterrânea”, com a finalidade de substituir a rede aérea de distribuição deenergia elétrica e a iluminação pública da cidade de Florianópolis por rede subterrânea. Osrecursos, inicialmente orçados no montante de R$3.908 para custeio do referido programa,considerava a seguinte participação: Estado de Santa Catarina (47,4%), Municipio deFlorianópolis (47,4%) e a Celesc (5,2%).

Adicionalmente, foram firmados ainda mais dois termos aditivos ao citado Convênio ratificandoos valores até então firmados, cujo montante final foi de R$6.915, cabendo aos participantes aalocação dos recursos conforme os percentuais estabelecidos.

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O programa foi quitado com o Municipio de Florianópolis mediante a compensação da Taxa deIluminação Pública - TIP. Permanece registrada a parte do Estado de Santa Catarina, incluindonesse montante os reajustes previstos pelo convênio.

16. INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS

Descrição 2004 2003

Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - Casan 110.728 110.728(-) Provisão para Desvalorização (24.191) (29.202)

Total 86.537 81.526

A participação societária da Empresa na Casan originou-se pela negociação do débito existenteem dezembro de 1999, no valor de R$90.730. Durante o ano de 2000, a Empresa procedeu àcapitalização complementar no valor de R$10.000 em numerário e mais R$9.998 comnegociação de débitos, passando o saldo do investimento para R$110.728. O investimentocorresponde a 55.364.810 Ações Ordinárias - ON, e 55.363.250 Ações Preferenciais - PN, todasao valor de R$1,00 (um real) cada, subscritas e integralizadas, representando 19,3% do capitalsocial da Casan.

A Empresa mantém o firme propósito de alienar o referido investimento, dentro do menor prazopossível, considerando as condições de mercado para negociação das ações. Nesse sentido, noexercício de 2001, obteve autorização da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarinapara a alienação de sua participação acionária, conforme preconizado na Lei no 11.719, de 19 demaio de 2001.

Em 13 de dezembro de 2001, foi realizado leilão público para venda dessa participação acionária,promovido pela Bolsa de Valores de São Paulo. Devido às condições adversas do mercadonaquele momento, a referida venda não foi concretizada.

Está reconhecido, na rubrica Provisão para Desvalorização do Investimento, o valor de R$24.191referente ao deságio de 21,85% sobre o capital investido, decorrente dos resultados apresentadospela Casan até 30 de setembro de 2004.

17. INVESTIMENTOS

Descrição 2004 2003

PCH - Fundo de Investimentos 2.035 -Usina Hidrelétrica de Cubatão S.A. 3.353 3.355Machadinho Energética S.A. - Maesa 49.738 49.738Dona Francisca Energética S.A. - DFESA 15.338 16.513Campos Novos Energia S.A. - Enercan 7.906 7.906Empresa Catarinense de Transmissão de Energia - ECTE 8.419 8.419Outros Investimentos 3.847 4.693(-) Provisão para Desvalorização de Investimentos (244) (914)

Total 90.392 89.710

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18. IMOBILIZADO LÍQUIDO

Por atividade, o imobilizado está constituído da seguinte forma:

2004 2003

Descrição Taxas Anuais

Médias de Depreciação

%

Custo DepreciaçãoAcumulada

(-) ObrigaçõesVinculadas àConcessão

ValorLíquido

Valor Líquido

Em Serviço Geração 2,97 47.288 (20.873) - 26.415 25.218 Distribuição 4,47 1.865.676 (749.884) (214.430) 901.362 930.074 Administração 9,90 118.210 (64.133) (42) 54.035 50.807Total em Serviço 2.031.174 (834.890) (214.472) 981.812 1.006.099

Em Curso Geração 1.976 - - 1.976 3.956 Distribuição 175.732 - (30.339) 145.393 46.902 Administração 26.948 - - 26.948 2.931Total em Curso 204.656 - (30.339) 174.317 53.789

Total 2.235.830 (834.890) (244.811) 1.156.129 1.059.888

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto no 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, os bens einstalações utilizados na geração e distribuição, inclusive na comercialização, são vinculados aesses serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecáriasem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A Resolução ANEEL no 20, de 03 defevereiro de 1999, regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público deEnergia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis àconcessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto da alienação sejadepositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.

As principais taxas anuais de depreciação, de acordo com a Resolução ANEEL no 044, de 17 demarço de 1999, são as seguintes:

Taxas anuais de depreciação por macroatividade e principais equipamentosGeração ( % ) Distribuição (%) Administração ( % )

Edificações 2,0 Banco de Capacitores 6,7 Edificações 4,0Turbina Hidráulica 2,5 Chave de Distribuição 6,7 Equipamento Geral 10,0Gerador 3,3 Condutor do Sistema 5,0 Veículos 20,0

Estrutura do Sistema 5,0Regulador de Tensão 4,8Transformador 5,0

O imobilizado em curso refere-se, praticamente, às obras de expansão do sistema de distribuiçãode energia elétrica.

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18.1 Encargos Financeiros e Efeitos Inflacionários

Em atendimento às disposições contidas na Instrução Contábil no 6.3.10, do Manual deContabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, e na Instrução CVM no 193, de 11 de julhode 1996, foram transferidos para o ativo imobilizado em curso os seguintes valores:

2004 2003

Encargos Financeiros Totais 597 893(-) Transferências para o imobilizado em curso (106) (262)Líquido apropriado no exercício 491 631

Efeitos Inflacionários e Cambiais Totais - -(-) Transferência para o imobilizado em curso - -Líquido apropriado no exercício - -

Total 491 631

18.2 Obrigações Vinculadas à Concessão do Serviço Público de Energia Elétrica

As obrigações vinculadas à concessão do Serviço Público de Energia Elétrica representam osvalores da União, dos Estados, dos Municípios e dos Consumidores, bem como as doações nãocondicionadas a qualquer retorno a favor do doador e as subvenções destinadas a investimentosno Serviço Público de Energia Elétrica na atividade de distribuição. O prazo de vencimento dessaobrigação é aquele estabelecido pelo órgão regulador para concessões de geração e distribuição,cuja quitação ocorrerá ao final da concessão. Estas obrigações foram corrigidas monetariamenteaté 31 de dezembro de 1995.

A composição dessas obrigações é a seguinte:

2004 2003

Participação da União 113 113Participação do Estado de Santa Catarina 24.124 16.871Participação dos Consumidores 219.457 214.584Outros 1.117 42Total 244.811 231.610Imobilizado em Serviço 214.472 140.129Imobilizado em Curso 30.339 91.481

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19. FORNECEDORES

Descrição 2004 2003

Fornecedores de Energia Elétrica Tractebel 62.856 64.659 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (a) 59.367 59.241 Eletrobrás 43.016 84.433 Copel Geração S/A 29.679 11.687 Maesa Machadinho Energética 27.342 23.917 Petrobrás Comercializador 12.959 11.333 Outros 10.530 39.525

Subtotal 245.749 294.795

Encargos de Uso da Rede Elétrica 25.572 23.018

Fornecedores de Materiais e Serviços 17.845 21.543Total 289.166 339.356

a) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE

O Decreto no 5.177, de 12 de agosto de 2004, extinguiu o Mercado Atacadista de EnergiaElétrica - MAE, e suas atividades e ativos foram absorvidos pela Câmara de Comercializaçãode Energia Elétrica - CCEE, empresa esta constituída sob forma de pessoa jurídica de direitoprivado sob regulamentação e fiscalização da ANEEL.

Portanto o saldo devedor da Celesc com a CCEE decorre de operações de compra e venda deenergia no âmbito do MAE. Os valores originalmente divulgados foram submetidos à análisedos Auditores Independentes contratados pela referida entidade. Por orientação desta, ficoudefinida a liquidação de 50% do débito, efetuada em 03 de janeiro de 2003, com recursoscaptados junto ao BNDES.

Em 30 de dezembro de 2002, o MAE procedeu à contabilização e liquidação financeiracondicionada de 50% (cinqüenta por cento) das operações de curto prazo referentes ao períodode setembro de 2000 a setembro de 2002, conforme determinação da ANEEL pelo Despachono 288, de 16 de maio de 2002, e pela Resolução no 763, de 20 de dezembro de 2002. Os 50%(cinqüenta por cento) restantes seriam ajustados, contabilizados, auditados e liquidadosdefinitivamente conforme os critérios estabelecidos pela ANEEL.

Por discordar do critério empregado para a contabilização de montantes da Celesc no período,entendendo-o como ilegal e inconstitucional, a Celesc interpôs a Ação Ordináriano 2003.34.00.014150-7, contra à ANEEL, que tramitou perante a 4 a Vara Federal, SeçãoJudiciária do Distrito Federal, tendo obtido liminar que suspendeu a exigibilidade de valoresno citado processo.

Em razão da ação judicial supramencionada, a ANEEL determinou, por meio da Nota TécnicaASS/ANEEL no 001/2003, atualizada pela Nota Técnica SEM/ANEEL no 005/2004, asuspensão do repasse a ser feito à Celesc pelas Distribuidoras, referente a créditos deRecomposição Tarifária Extraordinária - RTE, cobrada de seus consumidores.

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A liberação de tal repasse estaria condicionada à renúncia ou desistência, pela Empresa, dequalquer pleito, judicial ou extrajudicial, junto ao Poder Concedente ou aos agentes do SetorElétrico. Em razão do interesse da Celesc em solucionar todas as pendências, inclusive pondofim à ação judicial supramencionada, em 27 de outubro de 2004, ocorreu a desistência da açãoem questão. Com a desistência da ação, de conformidade com a Nota Técnica SEM/ANEELno 15/2005, ficou definitivamente afastado o óbice imposto pela ANEEL.

Com a efetivação da desistência da ação, tal como requerida, dar-se-á continuidade, nocontexto da CCEE, ao processo de contabilização e liquidação de montantes relativos aoperíodo em que tiveram sua exigibilidade suspensa em razão da liminar citada, o que tornará aCelesc devedora intra-setorial de valor histórico a ser apurado pela CCEE, estimado emR$52.760.

A Celesc, visando à liquidação do montante a ser apurado, já iniciou tratativas com os seusprincipais credores, totalizando aproximadamente 73% do valor envolvido. A Empresatambém entende que tem direito de receber financiamento do BNDES, nos termos da Leino 10.438, de 26 de abril de 2002, e como também existe entendimento da área jurídica doBNDES de que financiamentos “podem ser concedidos desde que exclusivamente destinadosao pagamento de dívidas intra-setoriais das empresas estatais”, a Celesc está buscando junto àANEEL autorização para que a CCEE calcule o montante devido pela Celesc, visando ainclusão do referido valor na operação de crédito.

Por força da Lei no 5.899, de 05 de julho de 1973, a Empresa adquire compulsoriamente daItaipu Binacional 4,37% da potência disponível para o Brasil. O faturamento mensal dessapotência é efetuado pela Eletrosul, com base em tarifa monômia de potência estabelecida peloÓrgão Regulador.

De acordo com o Decreto no 2.432, de 17 de maio de 1988, a Empresa paga à Furnas CentraisElétricas S.A., pelo uso do sistema de transmissão que interliga a Usina de Itaipu ao sistemaelétrico brasileiro, a mesma proporção da sua cota de potência. A tarifa aplicável aofaturamento desse encargo também é estabelecida em Resolução específica do ÓrgãoRegulador.

Além da energia adquirida de Itaipu, a Empresa complementa os requisitos de demanda do seumercado com a energia contratada com a Tractebel e a Copel por meio dos chamados“Contratos Iniciais”. Esses contratos definem os montantes de potência e energia até o ano2002 (inclusive). A partir de 2003, os montantes contratados são reduzidos a cada ano,extinguindo-se ao final de 2005.

Para cobrir essas reduções nos Contratos Iniciais e em eventuais necessidades além daquelesmontantes, a Empresa deverá recorrer ao mercado de energia elétrica, contratando energia comdiferentes geradores por meio de acordos bilaterais de suprimento, ou recorrendo à CCEE.

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20. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E ENCARGOS DE DÍVIDAS

a) Eletrobrás

Os empréstimos e financiamentos contratados destinam-se aos programas de distribuição,geração, eletrificação rural e outros, sendo que os recursos advêm da Reserva Global deReversão - RGR e do Fundo de Financiamento da Eletrobrás. Em caso de inadimplência, agarantia está vinculada aos recebíveis da contratante. Também houve repactuação de dívidareferente ao repasse de energia de Itaipú, totalizando dívida de R$76.057, devendo seramortizada em 24 prestações mensais e sucessivas com incidência de juros de 12% a.a..

b) BNDES

O empréstimo contratado destina-se a suprir parte da insuficiência de recursos da Celesc,decorrente da obrigatoriedade de pagamento da energia livre durante a vigência do ProgramaEmergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica. O valor contratado de R$42.251será amortizado em 60 meses, no período de 15 de março de 2003 até 15 de fevereiro de 2008.Em caso de inadimplência, a garantia está vinculada aos recebíveis da contratante.

c) Contratos CELOS nos 09 e 10

A Empresa celebrou os contratos de empréstimos com a CELOS a fim de consolidar as dívidasrelativas ao atraso nos recolhimentos das contribuições previdenciárias da patrocinadora,encargos vencidos de atrasos no repasse das contribuições assistenciais, débitos referentes aoatraso de aluguéis, à manutenção do edifício administrativo e aos encargos financeiros, bemcomo outros débitos da patrocinadora verificados até fevereiro de 2000.

O contrato foi parcelado em 120 quotas mensais e sucessivas, com incidência de 12% a.a. dejuros e atualizadas pela variação do IGP-M.

Os saldos dos empréstimos, financiamentos e encargos de dívidas apresentam a seguintecomposição:

Principal Total

DescriçãoEncargos da

dívida CirculanteLongo Prazo 2004 2003

Em Moeda NacionalEletrobrás (a) 14 2.568 10.932 50.092 6.791BNDES (b) - 7.363 25.412 32.775 40.572

CELOS (c) - 19.035 87.247 106.282 105.923Outros - - - - 79

14 28.966 123.591 152.571 153.365Em Moeda Estrangeira Eletrobrás - Itaipú (a) - 23.102 13.476 36.578 -Total 14 52.068 137.067 189.149 153.365

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Os vencimentos das parcelas de longo prazo são os seguintes:

Ano Valor

2006 48.4862007 51.1892008 18.3212009 5.3492010 2.965Após 2011 10.757

Total 137.067

Condições contratuais dos empréstimos em 31 de dezembro de 2004:

Contratos MoedaDataDa

AssinaturaObjetivo Juros

Datavencimento

contrato

BNDES Reais 26/12/2002Obrigatoriedade de pagamento de energia livre a elaalocada (Programa Emergencial de Redução doConsumo de Energia Elétrica

1% a.a. +SELIC Fevereiro/2008

CELOS 09 Reais 11/04/2000 Contribuição previdenciária da patrocinadora 12% a.a. Julho/2010CELOS 10 Reais 12/04/2000 Encargos vencido repasse das contribuição assistenciais 12% a.a. Julho/2010ELETROBRÁS Dólar 04/08/2004 Repactuação de dívidas 12% a.a. Julho / 2006ECF 1973 Reais 22/07/2002 Luz no Campo 5% a.a. Fevereiro/2007ECF 2141 Reais 03/07/2002 Luz no Campo 5% a.a. Março/2010ECF 2140 Reais 03/07/2002 Reluz (Melhoria de Eficiência Energética) 5% a.a. Julho/2006ECF 2220 Reais 13/12/2002 Subclasse Residencial Baixa Renda 5% a.a. Agosto/2007ECF 2124 Reais 22/07/2002 Luz no Campo 5% a.a. Dezembro/2008ECF 2270 Reais 27/07/2002 Reluz (Programa Nacional de Iluminação Pública

Eficiente)5% a.a. Abril/2008

EFS 007 Reais 27/07/2004 Luz Para Todos 5% a.a. Julho/2016

A composição dos empréstimos e financiamentos por tipo de moeda e indexador é apresentada noquadro a seguir:

2004 2003Moeda (equivalente em R$) / Indexador R$ % R$ %

Em Moeda NacionalUFIR/IGP-M 119.796 63,33 112.793 73,55Selic 32.775 17,33 40.572 26,45Dólar norte-americano 36.578 19,34 - -

Total 189.149 100,00 153.365 100,00Principal 189.135 99,99 151.693 98,91Encargos 14 0,01 1.672 1,09

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A mutação dos empréstimos e financiamentos é apresentada no quadro a seguir:

Moeda Nacional Moeda Estrangeira Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo

Em 31 de dezembro de 2002 9.511 135.442 - -Ingressos - 4.759 - -Encargos 15.609 699 - -Variação Monetária e Cambial (3.283) 19.349 - -Transferências 35.661 (35.661) - -Amortizações (30.393) - - -

Em 31 de dezembro de 2003 27.105 124.588 - -Ingressos - 6.974 - -Encargos 22.391 288 3.519 -Variação Monetária e Cambial (3.197) 15.975 (6.321) -Transferências 24.234 (24.234) 62.581 13.476Amortizações (41.567) - (36.677) -

Em 31 de dezembro de 2004 28.966 123.591 23.102 13.476

Variação das principais moedas estrangeiras e indexadores aplicados aos empréstimos efinanciamentos:

Variação anual (%)Moeda / Indexador 2004 2003SELIC 16,25 23,34IGP-M 12,41 8,71Dólar norte-americano -8,13 -18,23

21. TAXAS REGULAMENTARES

Descrição 2004 2003Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos - 13Quota de Reserva Global de Reversão - RGR 2.960 1.522Quota da Conta de Consumo de Combustível - CCC 12.780 2.822Conta de Desenvolvimento Energético - CDE 5.571 3.979Encargo de Capacidade Emergencial - ECE 61.904 35.816Taxa de Fiscalização ANEEL 498 360Total 83.713 44.512

22. ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

A Empresa, na condição de patrocinadora da CELOS, entidade fechada de previdência privadasem fins lucrativos, tem como objetivo principal a complementação de aposentadoria para seusparticipantes, representados basicamente pelos empregados da Empresa.

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A composição das obrigações com a CELOS está assim representada:

2004 2003Curto Longo

Descrição Prazo Prazo Total Total

Reserva Matemática a Amortizar (a) 20.408 408.162 428.570 384.433Aquisição Prédio Administração Central (b) 3.119 21.834 24.953 0Valores Correntes a Repassar (c) 9.679 - 9.679 7.006Total 33.206 429.996 463.202 391.439

a) Reserva Matemática a Amortizar

A Empresa adotou, em 1o de janeiro de 1997, o novo plano de benefícios da CELOS,denominado “Plano Misto”, prevendo a transferência dos participantes do plano transitóriopara esse novo plano. As regras de transferência entre planos foram definidas em 31 dedezembro de 1998 pela Empresa, e homologadas pela Secretaria de Previdência Complementar- SPC, em 14 de janeiro de 1999, para vigência a partir de 1o de janeiro de 1999. A principalalteração em relação ao plano anterior foi a mudança de benefício definido para contribuiçãodefinida relativamente aos benefícios programados, gerando um fundo de aposentadoria. Apartir de 1o de abril de 1999, iniciou-se o processo de migração voluntária, com encerramentoem 31 de março de 2000 e vigência retroativa a 1o de janeiro de 1999, com migração de 98%dos participantes.

Em decorrência desse processo, a Empresa firmou, em 30 de novembro de 2001, o contratopara pagamento, em 277 parcelas mensais e sucessivas, do saldo consolidado com a incidênciade juros anuais à taxa de 6% a.a. de juros e atualizadas pela variação do IGP-M.

b) Aquisição do Prédio da Administração Central

Em outubro de 2004, a Empresa assinou o contrato de compra do imóvel onde está localizadasua sede administrativa. Esse imóvel está constituído de terreno com área total de 70.283m2, eum bloco de alvenaria com 4 pavimentos, mais ático, com área de 21.069 m2. O valor docontrato é de R$24.328, dividido em 08 (oito) parcelas anuais e sucessivas de R$3.918,utilizando o Sistema de Prestação Constante (Tabela Price) e juros de 6%a.a. As parcelasvincendas serão atualizadas monetariamente em novembro de cada ano pelo Índice Geral dePreço ao Mercado - IGP-M, sendo que o vencimento da primeira parcela dar-se-á em 10 denovembro de 2005.

O valor do contrato está registrado contabilmente em 31 de dezembro de 2004 pelo seu valorhistórico, acrescido de juros e atualizações monetárias, calculados proporcionalmente atéaquela data, conforme cláusulas contratuais.

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c) Valores Correntes a Repassar

Referem-se à provisão das contribuições mensais de planos de previdência privada, assistênciamédica e odontológica, empréstimos e outros benefícios, descontados em folha de pagamento dosempregados, bem como a parte que cabe à Empresa, ainda não repassados à CELOS.

23. BENEFÍCIO PÓS-EMPREGO

Com relação ao Plano de Aposentadoria, Assistência Médica e Plano de Demissão VoluntáriaIncentivada - PDVI 2002, e para fins de atendimento às determinações contidas nas Normas eProcedimentos de Contabilidade - NPC no 26, do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil- Ibracon, aprovadas pela Deliberação CVM no 371, de 13 de dezembro de 2000, a Empresafirmou contrato com a empresa Deloitte Touche Tohmatsu Consulting S/C para proceder aolevantamento e cálculo das obrigações relativas aos benefícios pós-emprego de responsabilidadeda Empresa na data-base de 31 de dezembro de 2004.

Abaixo está demonstrada a posição atuarial dos passivos relacionados ao plano de aposentadoria eplano de assistência médica, em 31 de dezembro de 2004:

DescriçãoPlano de

Aposentadoria

Plano deAssistência

Médica Total

Valor Presente das Obrigações 1.526.900 176.275 1.703.175 Valor Justo dos Ativos (1.065.304) 0 (1.065.304) Ganhos/Perdas 5.853 (22.979) (17.126)Total 467.449 153.296 620.745Passivo Circulante 25.789Passivo Exigível a Longo Prazo 594.956

A seguir descrevemos as premissas utilizadas na avaliação atuarial:

Hipóteses Econômicas Taxa de Desconto 10,24% a.a. (6% real e 4% inflação) Taxa de Retorno Esperado dos Ativos 10,24% a.a. (6% real e 4% inflação)

Crescimentos Salariais Futuros 5,04% a.a. (1% real e 4% inflação) Crescimento dos Benefícios da Previdência Social 4% a.a. (0% real e 4% inflação) Inflação 4%a.a. Crescimento dos Custos Médicos 7,12% a.a. (3% real e 4% inflação)

Taxa de Rotatividade Anual 0,80% Fator de Capacidade dos Salários e Benefícios 98%

Hipóteses Demográficas Tábua de Mortalidade AT 49 Tábua de Mortalidade de Inválidos IAPB 55 Tábua de Entrada em Invalidez Light Média Tábua de Mortalidade de Ativos CSO 58 Idade de Aposentadoria 100% na primeira data de aposentadoria

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A seguir, apresentamos um resumo dos dados que foram utilizados para a avaliação atuarial dosplanos de benefícios oferecidos pela Empresa aos seus empregados:

Planos de Aposentadoria Planos de Assistência MédicaDescrição Transitório Misto 001 AMHOR OdontológicoParticipantes Ativos

Freqüência 15 4.163 3.987 3.981Idade Média (em anos) 50,54 43,90 43,47 43,39Tempo de Serviço Médio 24,34 18,86 18,90 18,89Remuneração Média Mensal 4.332,96 3.873,95 3.116,84 3.116,94

Participantes AposentadosFreqüência 1.784 859 3.224 2.728Idade Média (em anos) 64,53 55,17 61,74 59,24Benefício Médio Mensal 1.783,90 2.067,90 2.913,29 2.977,43

PensionistasFreqüência de Grupos Familiares 704 58Benefício Médio por Grupo Familiar 594,60 791,01

A Empresa, pela Deliberação no 243, de 09 de dezembro de 2002, aprovou o Programa deDemissão Voluntária Incentivada - PDVI, que foi homologado pelo Estado de Santa Catarinavisando à redução de custos operacionais.

Esse programa conta com o desligamento de 1.712 empregados, sendo que o saldo do PDVI noexercício de 2004 é de R$372.908 (R$384.594 no exercício de 2003).

24. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

Descrição 2004 2003

Imposto de Renda - Pessoa Jurídica 5.107 23.894IRRF Serviço de Terceiros 56 10IRRF Distribuição de Lucros 3.341 -IRRF Arrendamento e Aluguéis 2 2Imposto sobre Serviços 460 790ICMS 71.445 60.264PIS/PASEP 7.647 5.215COFINS 31.629 9.481Contribuição Social s/ Lucro Líquido 1.868 8.510INSS Retido na Fonte 604 657Outros 695 475

Total 122.854 109.298

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25. PROGRAMA PAES

Em 29 de agosto de 2003, a Empresa protocolou pedido de adesão ao Programa PAES, instituídopela Lei no 10.684, de 30 de maio de 2003. A Empresa incluiu no Programa débitos no valor deR$7.920 relativos a processos referentes à base negativa do Imposto de Renda e ContribuiçãoSocial Sobre o Lucro.

Saldo em 31 de dezembro de 2003 23.538

(+) Atualização dos Saldos - TJLP 212(-) Amortizações Realizadas em 2004 (3.797)

Saldo em 31 de dezembro de 2004 19.953Passivo Circulante 2.325Passivo Exigível a Longo Prazo 17.628

26. DIVIDENDOS DECLARADOS E JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO

O artigo 9o da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, permitiu a dedutibilidade, para fins de IRe da CSLL, dos juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas, calculados com base navariação da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP.

A Empresa provisionou o valor de R$47.500 a título de Juros Sobre o Capital Próprio,contabilizado como despesa financeira. Esse valor foi, posteriormente, reclassificado para arubrica “Reversão dos Juros Sobre o Capital Próprio”, no intuito de não afetar o resultado doexercício, conforme determina a Deliberação CVM no 207, de 13 de dezembro de 1996, ecompensado na distribuição de dividendos mínimos obrigatórios. A Empresa registrou ainda, ovalor de R$3.341 relativamente ao Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF, incidente sobre osJuros do Capital Próprio.

Demonstrativo da destinação do Lucro Líquido do Exercício

Descrição das Contas 2004 2003

Lucro Antes da Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 153.469 140.190(+) Juros sobre Capital Próprio 47.500 27.999(-) Prejuízos Acumulados - (69.599)(=) Base de Cálculo para destinação do Lucro 200.969 98.590(-) Reserva Legal (5%) 10.048 4.929(=) Base de cálculo para destinação de dividendos 190.921 93.661

Total dos Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 47.730 23.415

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2004 2003Proposta para distribuição dosDividendos e Juros sobre Capital Próprio

Quantidadede ações

(a)

Valor dasQuotas

(b)= (a) x (b)

Dividendos 230(-) Ações Ordinárias - ON 310.542 0,28149 87(-) Ações Preferenciais - PNA 26.591 0,30964 8(-) Ações Preferenciais - PNB 434.298 0,30964 135

Juros sobre Capital Próprio 47.500 27.999(-) Ações Ordinárias - ON 310.542 58,10250 18.043 10.636(-) Ações Preferenciais - PNA 26.591 63,91275 1.700 1.002(-) Ações Preferenciais - PNB 434.298 63,91275 27.757 16.361(=) Total a ser creditado aos Acionistas 47.730 27.999

27. OBRIGAÇÕES ESTIMADAS

Descrição 2004 2003

Provisão para Licença-Prêmio e Encargos 22.944 21.419Provisão para Férias e Encargos 13.077 6.147Provisão para Gratificação de Férias e Encargos 5.132 2.140Provisão para Gratificação Anual e Abono Salarial 2.011 7.276Provisão para Abono Constitucional de Férias e Encargos 7.945 1.920

Total 51.109 38.902

28. OUTRAS CONTAS A PAGAR

2004 2003CurtoPrazo

LongoPrazo

CurtoPrazo

LongoPrazo

Faturas Rejeitadas 7.105 - 3.821 -COSIP 5.672 - (1.081) -Repasse Convênios 5.055 - 4.656 -Outras Contas a Pagar 3.114 2.662 1.102 2.639

Total 20.946 2.662 8.498 2.639

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29. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS

A Empresa está sendo citada em diversos processos judiciais de natureza trabalhista, cível etributária. Na opinião do Departamento Jurídico, existe possibilidade de condenação em diversosdesses processos, para os quais foram constituídas provisões. Parte desses processos estágarantida por depósitos judiciais, que se encontram registrados no Ativo Realizável a LongoPrazo. A posição das provisões para contingências está resumida a seguir:

2004 2003 Valor da provisão Depósitos Judiciais Valor da provisão Depósitos Judiciais

ContingênciasTrabalhistas 64.062 23.924 55.649 20.574Cíveis 94.485 11.353 30.086 3.279Tributária - - 26.252 -Regulatória 14.106 - 14.106 -

Total 172.653 35.277 126.093 23.853

a) Trabalhistas

Estão relacionadas as reclamações movidas por empregados e ex-empregados da Empresa e deempresas prestadoras de serviços relativas a questões de verbas rescisórias, salariais,enquadramentos e outros.

b) Cíveis

Referem-se a ações judiciais movidas pelos consumidores (classe industrial), na qualreivindicam o reembolso de valores pagos resultantes da majoração da tarifa de energiaelétrica, com base nas Portarias DNAEE no 038, de 27 de fevereiro de 1986, e no 045, de 04 demarço de 1986, aplicadas durante a vigência do Plano Cruzado. A Empresa constituiu provisãoconsiderada suficiente para cobrir eventuais perdas com os processos dessa natureza. Quantoao efeito sobre os anos subseqüentes, denominado “Efeito Cascata”, não é possível nomomento avaliar as possíveis decisões do Judiciário, nem mesmo estimar os possíveis efeitos.Também foram constituídas provisões de diversas ações cíveis movidas por pessoas físicas ejurídicas, nas quais a Celesc é ré, relativas a questões de indenizações causadas por falha narede elétrica, desapropriação e outras.

c) Regulatória

Refere-se ao provisionamento dos Autos de Infração, emitidos pelo Órgão Regulador:

Autos de Infração R$ AssuntoSFF n o 002/2001 982 DesverticalizaçãoSFF n o 012/2002 1.791 Aprovação de estatuto sem anuênciaSFF n o 004/2003 1.866 Celebração do Acordo de Acionistas sem anuênciaSFF n o 016/2003 1.550 Não cumprir os níveis de qualidade dos serviçosSFF n o 001/2004 7.917 Não manter e operar satisfatoriamente as instalações e equipamentos correspondentes

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30. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DIFERIDOS

a) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL

A Celesc, por orientação da empresa contratada para prestação de serviços de assessoriatributária, procedeu em 1996 à compensação da Base Negativa da CSLL do Exercício de 1990e 1991 na sua totalidade.

Na ocasião, foi constituída provisão que, em 31 de dezembro 2003, apresentava o valor deR$33.202 (principal, multa e juros).

No ano de 2001, a Empresa foi autuada pela Secretaria da Receita Federal, conforme Auto deInfração no 09.1.75780-23. A origem da autuação foi a compensação superior de 30% do lucrolíquido ajustado do exercício 1997, ano calendário 1996.

Em 2003, a Empresa aderiu ao Parcelamento Especial - PAES, no qual foi incorporado o valordevido referente ao Auto de Infração e, portanto, reverteu a provisão.

O estorno do principal foi creditado à conta de Provisão para Contribuição Social e não temefeitos na apuração do IR e CSLL.

Os estornos dos juros e da multa foram creditados à conta de resultados e excluídos das basesde cálculos dos impostos, conforme adição feita em períodos anteriores.

b) Imposto de Renda Plano Verão - IR

Em 1996, a empresa contratada para prestação de serviços de assessoria tributária orientou aCelesc a proceder com a correção de Balanço, levando em consideração os efeitosinflacionários do Plano Verão - 1989, ou seja, a Empresa corrigiu o Ativo Permanente extra -contábil e vem mantendo um controle paralelo até os dias atuais.

Com base nesse controle, a Celesc excluiu, nos anos de 1996 a 1999, a Depreciação origináriado Plano Verão da base de cálculo do IR, correspondente a diferença entre o Ativo Permanentecontábil e o extra-contábil.

No mesmo período, a consultoria jurídica moveu ação judicial para garantir os benefíciosfiscais sobre a depreciação do Plano Verão, ação esta que, até outubro/2004, estava tramitandona esfera federal. O entendimento da consultoria baseia-se na tese de que, ao instituir o Bônusdo Tesouro Nacional - BTN, tal indexador foi ilegalmente manipulado, tornando-seinadequado para efetivamente auferir a correção monetária de balanço das empresas.

Considerando a possibilidade de autuação ou de perda de causa no Judiciário, a Empresaprovisionou o valor referente ao IR devido.

Todavia, verificado o prazo prescricional, a Celesc procedeu com a reversão dessa provisão emdezembro/2004.

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A seguir, demonstramos a movimentação em 2004:

Descrição 2003 Adições Baixas 2004 Utilização de Base Negativa - CS (a) 33.202 - (33.202) - Imposto de Renda - Plano Verão (b) 5.311 - (5.311) - IR e CS sobre Lucro de Órgãos Públicos 6.724 5.142 (4.869) 6.997 CSLL sobre Depreciação IPC-BTNF 5.582 - (2.337) 3.245 IRPJ e CSLL sobre o CVA/Ativo Regulatório 33.013 82.159 (49.148) 66.024 IRPJ e CSLL sobre o RTE - Energia Livre - 16.361 - 16.361 Total 83.832 103.662 (94.867) 92.627

31. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Composição Acionária

O capital social atualizado, subscrito e integralizado, é de R$696.200, mantendo-se o mesmovalor de 31 de dezembro de 2003. As Ações Preferenciais classe “A” têm prioridade norecebimento de dividendos à base de 25%, não cumulativos, seguidas pelas Ações Preferenciaisclasse “B”.

A composição acionária está representada conforme o quadro abaixo:

31 de dezembro de 2004Ordinárias Preferenciais

Acionistas ON % PNA % PNB % Total %

Estado de Santa Catarina 155.820.205 50,2 3.838 - - - 155.824.043 20,2SC Participação e Invest. S.A. - Invesc 91.037.953 29,3 - - 12.508.762 2,9 103.546.715 13,4Caixa de Previd. Banco do Brasil - Previ 39.090.810 12,6 - - 21.275.201 4,9 60.366.011 7,8Fundação Celesc de Seguridade Social 16.306.847 5,3 - - 7.000.000 1,6 23.306.847 3,0Fundação Assis. e Prev. Social - BNDES 3.107.000 1,0 - - - - 3.107.000 0,4Cia. Desenvolv. Estado SC - Codesc 1.959.533 0,6 - - - - 1.959.533 0,3Eletrobrás 84.662 - - - 82.855.527 19,1 82.940.189 10,8BNDES Participações S.A. - Bndespar 0 - 25.461.794 95,8 8.401.051 1,9 33.862.845 4,4L Parisotto Participações Ltda 0 - - - 12.600.000 2,9 12.600.000 1,6Safra Small Fundo de Investimentos 0 - - - 12.249.000 2,8 12.249.000 1,6Fundação CESP 0 - - - 10.623.655 2,4 10.623.655 1,4Clube de Investimento DEC 0 - - - 9.760.000 2,2 9.760.000 1,3Fundo de Participação Social 0 - - - 8.806.704 2,0 8.806.704 1,1Outros 3.135.724 1,0 1.125.497 4,2 248.218.052 57,3 252.479.273 32,7

Total 310.542.734 100,0 26.591.129 100,0 434.297.952 100,0 771.431.815 100,0

b) Reservas de Lucros

Correspondem à Reserva Legal (art. 193, da Lei no 6404/76) constituída para compensaçãode prejuízos ou aumento de capital e à Reserva de Retenção de Lucros (art. 196, da Leino 6404/76), que compreende a parcela a ser aplicada no programa de investimentos daEmpresa, integrante do orçamento a ser aprovado pela Assembléia Geral Ordinária - AGO,sendo calculadas da seguinte forma:

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2004 2003Lucro Líquido do Exercício 200.969 168.189(-) Prejuízos Acumulados - (69.599)(=) Lucro Líquido Ajustado 200.969 98.590(-) Reserva Legal (5%) 10.048 4.930(-) Dividendos Propostos 230 -(-) Juros Sobre Capital Próprio 47.500 27.999Constituição da Reserva de Retenção de Lucros 143.191 65.661

c) Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital

Referem-se a valores recebidos do Estado de Santa Catarina para atendimento ao Programade Eletrificação Rural Luz no Campo, destinados à expansão dos sistemas de distribuição daEmpresa, sendo transferidos para Obrigações Especiais por tratarem-se de doações esubvenções destinadas a investimentos no serviço concedido.

32. FORNECIMENTO E SUPRIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

A composição da receita bruta de fornecimento por classe de consumidores é a seguinte:

Consumidores (*) MWh (*) ReceitaDescrição 2004 2003 2004 2003 2004 2003

Residencial 1.514.443 1.461.018 3.139.144 3.083.797 1.117.797 932.540Industrial 55.092 54.626 6.397.095 6.154.051 1.385.913 1.047.084Comercial 154.125 148.960 1.907.915 1.828.404 634.203 483.510Rural 209.346 204.365 1.422.713 1.322.501 236.125 185.892Poder Público 15.767 15.403 265.608 257.647 83.146 62.996Iluminação Pública 306 302 428.584 418.021 81.021 67.307Serviço Público 1.625 1.546 231.972 225.079 51.371 39.279

Total do Fornecimento 1.950.704 1.886.220 13.793.035 13.289.500 3.589.576 2.818.608

Suprimento de Energia 5 5 253.042 320.404 14.027 15.513(*) Não auditado

33. OUTRAS E RECEITAS OPERACIONAIS

2004 2003Renda da Prestação de Serviços 18.649 18.628Arrendamento e Aluguéis 17.618 17.686Serviço Taxado 6.302 4.790Outras Receitas 114 529Total 42.683 41.633

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34. CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

Os custos e as despesas operacionais têm a seguinte composição por natureza de gasto:

2004Custo do Serviço de Energia Elétrica Despesas Operacionais

Custo com Custo Custo do ServiçoEnergia De Prestado a Com Gerais e

Descrição Elétrica Operação Terceiros Vendas Administrativas Outras Total

Pessoal - 151.747 117 33.100 130.435 - 315.399 Administradores - - - - 847 - 847 Entidade de previdência privada - 2 - - 14.368 - 14.370 Material - 23.956 - 747 12.784 - 37.487 Serviços de Terceiros - 35.374 - 44.256 31.304 - 110.934 Energia Elétrica Comprada para Revenda 1.288.813 - - - - - 1.288.813 Encargo de Uso do Sistema de Transmissão 180.244 - - - - - 180.244 Conta Consumo de Combustível - CCC - - - - - 184.997 184.997 Conta de Desenvolvimento Energético - CDE - - - - - 64.298 64.298 Taxa de Fiscalização - TFSEE - - - - - 4.559 4.559 Compensação Financ. p/ Util. Rec. Hídricos - - - - - 2.232 2.232 Depreciação - 79.058 - - 7.363 55 86.476 Provisões - - - 91.288 - 93.477 184.765 Reversão de Provisões - - - (4.704) (39) (54.074) (58.817) Outras despesas - 3.712 - 14.513 (6.162) 28.637 40.700Total 1.469.057 293.849 117 179.200 190.900 324.181 2.457.304

2003Custo do Serviço de Energia Elétrica Despesas Operacionais

Custo com Custo Custo do ServiçoEnergia De Prestado a Com Gerais e

Descrição Elétrica Operação Terceiros Vendas Administrativas Outras Total

Pessoal - 129.468 (142) 27.430 92.780 - 249.536 Administradores - - - - 798 - 798 Entidade de previdência privada - 1 - - 13.500 - 13.501 Material - 15.433 4.884 851 13.825 - 34.993 Serviços de Terceiros - 33.878 - 37.032 29.034 - 99.944 Energia Elétrica Comprada para Revenda 1.036.071 - - - - - 1.036.071 Encargo de Uso do Sistema de Transmissão 175.228 - - - - - 175.228 Conta Consumo de Combustível - CCC - - - - - 53.953 53.953 Conta de Desenvolvimento Energético - CDE - - - - - 21.449 21.449 Taxa de Fiscalização - TFSEE - - - - - 4.569 4.569 Compensação Financ. p/ Util. Rec. Hídricos - - - - - 1.802 1.802 Depreciação - 73.707 - - 8.460 55 82.222 Provisões - - - 17.486 10.449 23.379 51.314 Reversão de Provisões - - - (19.265) - (19.744) (39.009) Outras despesas - 2.525 - 11.240 (11.098) 8.765 11.432Total 1.211.299 255.012 4.742 74.774 157.748 94.228 1.797.803

Despesas com Pessoal (Empregados e Administradores) 2004 2003 Remunerações 197.124 170.834 Encargos Sociais 62.770 57.333 Participação nos Lucros ou Resultados 7.976 7.114 Benefícios Assistenciais 15.689 14.486 Benefício Pós-Emprego (Planos Previdenciário e Assistenciais) 47.087 14.049 Contencioso Trabalhista 100 951 (-) Transferências para ordens em curso (14.500) (14.433)Total 316.246 250.334

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Energia Elétrica Comprada para Revenda2004 2003

Descrição R$ GWh R$ GWh

Tractebel 561.384 7.685 488.278 8.806 Eletrobrás 282.748 3.163 280.640 3.163 Copel 264.854 2.761 102.041 1.292 Petrobras 108.630 1.142 89.539 1.139 Maesa 30.885 490 49.123 504 Lages Bioenergética 20.249 114 0 - Chesf 5.313 88 3.615 88 Mafras 100 2 378 9 Cisprama 1.559 12 1.515 14 Cenaeel 1.466 9 0 - Heidrich 882 12 592 9 Santa Maria 845 15 457 11 Parque Eólico 139 1 155 1 Primo Tedesco 0 - 85 3 Outros 58.974 - 36.963 - Parcela "A" 93.388 - (17.312) - Créditos PIS/PASEP e COFINS (142.603) - 0 - Total 1.288.813 15.493 1.036.071 15.039

Outras Despesas Operacionais 2004 2003 Arrendamento e Aluguéis 7.789 6.619 Seguros 1.119 243 Tributos 2.908 3.182 Doações, Contribuições e Subvenções 890 364 Pesquisa e Desenvolvolvimento Eficiência Energética 11.178 5.672 Recuperação de Despesas (29.244) (31.819) Perdas Recebimento Créditos 13.270 10.091 Benefícios a Aposentados 7.427 6.693 Indenizações Trabalhistas Ações Judiciais 6.761 1.695 Indenizações Cíveis 6.252 501 Consumo Próprio de Energia Elétrica 3.574 2.672 Propaganda e Publicidade 1.781 669 Outros 6.995 4.850Total 40.700 11.432

35. RESULTADO FINANCEIRO

Receitas Financeiras 2004 2003 Renda de Aplicações Financeiras 4.439 988 Juros sobre Contas a Receber do Estado 3.362 3.114 Var. Monet. e Acrésc. Moratórios s/ Energia Vendida 44.497 27.436 Variações Monetárias 32.466 49.824 Atualização Parcela A e CVA 69.910 15.251 Outras Receitas Financeiras 16.160 10.240

170.834 106.853Despesas Financeiras Encargos de Dívidas (54.053) (50.464) Var. Monet. e Acrésc. Moratórios s/ Energia Comprada (13.499) (19.869) Variações Monetárias (56.477) (95.902) Juros sobre Capital Próprio (47.500) (27.999) Outras Despesas Financeiras 5.160 (34.582)

(166.369) (228.816)Resultado Financeiro 4.465 (121.963)

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36. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A Instrução CVM no 235, de 23 de março de 1995, estabeleceu mecanismos para a divulgaçãodo valor de mercado e das condições pactuadas dos instrumentos financeiros, em notaexplicativa. A Empresa não realizou, até 31 de dezembro de 2004, operações com característicasde instrumentos financeiros, na forma definida pela referida Instrução.

Classificamos, ainda, como um instrumento financeiro capaz de produzir efeitos sobre osresultados da Empresa, as operações de compra e venda de energia realizadas no âmbito daCCEE, uma vez que os preços apresentam oscilações causadas por um mercado com grandevolatilidade e sem regras firmes.

Todos os demais ativos e passivos enquadrados como instrumentos financeiros (empréstimos,aplicações financeiras etc.) não representam desvios significativos entre o valor de mercado e ocontábil.

A Celesc iniciou, em dezembro de 2004, uma política continuada de mitigação de riscosrelacionados às suas operações. Acompanhando a tendência setorial, a Empresa realizou aprimeira operação de Hedge. O objetivo desta operação, que foi agregada, definitivamente, àpolítica de administração de caixa, é obter proteção contra a variação da taxa de câmbio,trocando o indexador da dívida com Itaipu - variação cambial - (aproximadamente US$8milhões/mês) por percentual da variação do CDI.

37. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

As transações com partes relacionadas são realizadas em condições normais de mercado eapresentam saldos e movimentações com o Estado de Santa Catarina (nota 15), Casan (nota 16) eCELOS (nota 22).

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38. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - TAXA EFETIVA

Seguindo orientação contida na Norma e Procedimento Contábil no 25, de maio de 1998, doIbracon, que passou a vigorar a partir 1o de janeiro de 1999, e na Deliberação no 273 da CVM, de20 de agosto de 1998, a Empresa está divulgando a conciliação da provisão para IR e CSLL,calculada pela alíquota fiscal, com os valores constantes da demonstração do resultado,conforme segue:

Imposto de Renda Contribuição Social

Descrição 2004 2003 2004 2003

Lucro/Prejuízo antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 206.500 215.633 206.500 215.633

Adições e Exclusões de Caráter Permanente

Doações 150 300 150 300 Realização IPC/BTNF - - 13.759 15.136 Multas 442 10.501 442 52 Patrocínios 740 4 740 4 Efeito Líquido Plano Verão/Lucro Inflacionário (201) (890) (201) (890) Dividendos Recebidos (1.175) - (1.175) - Outros 248 99 9 4Base Tributável 206.704 225.647 220.224 230.239

Alíquota 25% 25% 9% 9% Total do Exercício 51.676 56.412 19.820 20.721 Outros (3.301) (1.490) (15.164) (200)Total no Resultado 48.375 54.922 4.656 20.521

O efeito de alteração da alíquota refere-se ao impacto da realização antecipada de base decontribuição social diferida ativa, originalmente constituída pela alíquota de 8%, cuja realizaçãoocorreu em 2001 pela alíquota de 9%.

39. SEGUROS

Os seguros contratados estão de acordo com a política da Empresa com relação à cobertura dosseus ativos, levando em conta a natureza e o grau de risco, por montantes consideradossuficientes para cobrir eventuais perdas significativas.

Riscos Data da VigênciaLimite Máximo deIndenização ou Limite deResponsabilidade (em mil)

Prêmio

Transporte Aéreo e TerrestreInternacional 30.03.2004 a 30.09.2005 U$2.000 VariávelNacional 20.03.2004 a 20.09.2005 U$2.000 Variável

Subestações e Usinas 30.01.2004 a 30.01.2005 R$10.000 R$975

Veículos Próprios 02.08.2004 a 02.08.2005 R$30 por veículo R$5

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Subestações e Usinas - na apólice contratada, foram destacadas as subestações e usinas,nomeando os principais equipamentos com seus respectivos valores segurados e seus limitesmáximos de indenização. Possuem cobertura securitária básica, tais como incêndio, queda deraios e explosão de qualquer natureza, e cobertura adicional contra possíveis danos elétricos,riscos diversos, riscos para equipamentos eletrônicos e de informática.

Transporte Aéreo e Terrestre - visam garantir os danos causados às mercadorias transportadaspor qualquer meio adequado no mercado interno e durante as operações de importação ouexportação de mercadorias no mercado externo. O prêmio varia conforme o volumetransportado. Os limites máximos de coberturas estão contratados em dólares norte-americanos.

Veículos Próprios - visam garantir danos aos carros próprios destinados à diretoria da Empresa.

40. EVENTOS SUBSEQÜENTES

Em 14 de fevereiro de 2005 a área jurídica da Empresa emitiu parecer sobre o Processo no

023.95.025750-4, em tramitação na 5a Vara Cível da Capital, referente à ação ajuizada pelaCelesc contra ex-diretores, afirmando não haver mais motivo ou argumento para interposições derecurso.

Em 15 de fevereiro de 2005 a Empresa solicitou à Procuradoria Geral do Estado - PGE, parecersobre o assunto e em 08 de março de 2005 recebeu manifestação da PGE sobre a consultaformulada, reratificando a opinião da sua área jurídica, vislumbrando a possibilidade deinterposição de recurso para o questionamento do “quantum” de condenação referente aoshonorários advocatícios. Nessa mesma data a Diretoria Colegiada resolveu acatar asmanifestações da área jurídica da Empresa e da Procuradoria Geral do Estado.

41. SEGREGAÇÃO DO RESULTADO POR ATIVIDADE

A Empresa está iniciando o processo de cisão, para a criação de empresas independentesdedicadas às atividades de geração e distribuição de energia elétrica. Objetivando atender àsdeterminações da ANEEL, efetuamos uma segregação dos resultados do exercício de 2004 pelasatividades de geração e distribuição com base em análises e levantamentos internos.

Essas análises foram feitas de forma estimada, baseadas em critérios razoáveis, em função dacapacidade de geração de energia e na quantidade de pessoas alocadas na atividade de geração,sendo praticamente todas as contas rateadas devido à receita bruta ou aos gastos com pessoal.Todo o restante do resultado foi atribuído à atividade de distribuição, uma vez que nãoocorreram fatos contábeis nesse exercício que pudessem ser atribuídos a outras atividades.

Em atendimento aos Ofícios Circulares ANEEL, no 838, de 29 de dezembro de 2000, e no 91, de14 de fevereiro de 2002, a Empresa elaborou a Demonstração de Resultado, segregada poratividade, relativamente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004:

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Geral Geração DistribuiçãoRECEITA OPERACIONAL 3.919.315 44.213 3.875.102 Fornecimento de Energia Elétrica 3.589.576 44.213 3.545.363 Suprimento de Energia Elétrica 14.027 - 14.027 Disponibilização do Sistema de Distribuição 33.023 - 33.023 Encargo de Capacidade Emergencial 184.995 - 184.995 Encargo de Aquisição E. E. Emergencial 5.652 - 5.652 Energia Elétrica de Curto Prazo 49.359 - 49.359 Outras Receitas Operacionais 42.683 - 42.683

DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL (1.274.655) (1.614) (1.273.041) ICMS (826.041) - (826.041) PIS/PASEP (54.477) (287) (54.190) COFINS (256.039) (1.326) (254.713) ISS (58) - (58) Quota para RGR (7.657) - (7.657) Encargo de Capacidade Emergencial (126.534) - (126.534) Enc. Aquis. E. E. Emergencial (3.849) - (3.849)

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.644.660 42.599 2.602.061

CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (1.763.023) (7.328) (1.755.695) CUSTO COM ENERGIA ELÉTRICA (1.469.057) - (1.469.057) Energia Elétrica Comprada para Revenda (1.288.813) - (1.288.813) Encargo de Uso do Sistema (180.244) - (180.244) CUSTO DE OPERAÇÃO (293.849) (7.325) (286.524) Pessoal e Administradores (151.747) (4.664) (147.083) Entidade de Previdência Privada (2) - (2) Material (23.956) (263) (23.693) Serviço de Terceiros (35.374) (1.192) (34.182) Depreciação (79.058) (973) (78.085) Outras Despesas (3.712) (233) (3.479) CUSTO DO SERVIÇO PRESTADO A TERCEIROS (117) (3) (114)

LUCRO OPERACIONAL BRUTO 881.637 35.271 846.366

DESPESAS OPERACIONAIS (694.281) (9.328) (684.953) DESPESAS COM VENDAS (179.200) - (179.200) DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS (190.900) (5.580) (185.320) OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS (324.181) (3.748) (320.433)

RESULTADO DO SERVIÇO 187.356 25.943 161.413

RECEITA (DESPESA) FINANCEIRA 4.465 (1.568) 6.033

RESULTADO OPERACIONAL 191.821 24.376 167.445

RECEITA NÃO OPERACIONAL 13.406 30 13.376

DESPESA NÃO OPERACIONAL 1.273 (103) 1.376

LUCRO ANTES DO I. RENDA E C. SOCIAL 206.500 24.303 182.197

Provisão para Imposto de Renda (31.125) (1.163) (29.962) Provisão para Contribuição Social (12.479) (466) (12.013) Imposto de Renda Diferido (17.250) (645) (16.605) Contribuição Social Diferida 7.823 292 7.531

Lucro Antes da Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio 153.469 22.321 131.148

Reversão dos Juros sobre o Capital Próprio 47.500 1.568 45.933

Lucro Líquido do Exercício 200.969 23.888 177.081

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DIRETORIA

Carlos Rodolfo SchneiderDiretor Presidente

Osvaldo MendesDiretor Econômico-Financeiroe de Relações com Investidores

Fausto José Machado ReinerDiretor de Gestão e

Desenvolvimento Organizacional

Eduardo Carvalho SitonioDiretor Técnico

José Braulino StähelinContador

CRC - SC 018996/0-8

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PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Ilmos. Srs.Diretores e Acionistas daCentrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc

1. Examinamos o balanço patrimonial da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. -Celesc, levantado em 31 de dezembro de 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, dasmutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aoexercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossaresponsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil ecompreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volumede transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, combase em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informaçõescontábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis maisrepresentativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação dasdemonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágraforepresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeirada Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, em 31 de dezembro de 2004, oresultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações deseus recursos referente ao exercício findo naquela data, elaborados de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil.

4. As informações suplementares contidas na demonstração do fluxo de caixa, sãoapresentadas com o propósito de permitir análises adicionais, e não são requeridas como partedas demonstrações contábeis. Referidas informações foram submetidas aos mesmosprocedimentos de auditoria descritos no segundo parágrafo e, baseados em nossos exames, nãotemos conhecimento de quaisquer modificações relevantes que devam ser feitas para que asmesmas estejam adequadamente apresentadas, em relação às demonstrações contábeis tomadasem conjunto.

5. Conforme mencionado na nota explicativa no 16, a Companhia mantém investimentotemporário na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento - Casan, registrado no ativorealizável a longo prazo, no valor de R$86.537 mil (custo de aquisição - R$110.728 mil menosprovisão para desvalorização – R$24.191 mil). Em face das dificuldades de determinar qual ovalor de mercado do referido investimento temporário, a administração vem adotando comopremissa para o cálculo da provisão para desvalorização, a aplicação do percentual departicipação no capital daquela empresa sobre os resultados por ela apurados. Devido aindisponibilidade de informações relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, aprovisão para desvalorização apresentada, foi constituída com base nos resultados apurados notrimestre findo em 30 de setembro de 2004.

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6. Em decorrência do processo de revisão tarifária periódica previsto no contrato deconcessão, a Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL fixou, provisoriamente, oreposicionamento tarifário da Companhia, resultando em um aumento de 4,5%, aplicado sobreas tarifas de fornecimento de energia elétrica a partir de 07 de agosto de 2004. O citadoreposicionamento tarifário está em processo de revisão e homologação pela ANEEL. Asdemonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2004 não contemplam eventuais ajustes quepossam advir do reposicionamento tarifário definitivo.

7. As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2003,apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas. Nosso parecer sobre o examedas demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2003, datado de 12 de março de 2004 e 25de março de 2004, foi emitido contendo: (a) ressalva quanto à limitação da aplicação deprocedimentos de auditoria que nos permitissem formar juízo quanto à razoabilidade dos saldosapresentados sob a rubrica “Títulos a Receber”, (b) parágrafo de ênfase quanto à conclusão doprocesso de conciliação dos saldos contábeis com os controles auxiliares citado em (a), para adata base 29 de fevereiro de 2004. Tendo em vista a conclusão do processo de conciliação, aressalva referida em (a) e a ênfase referida em (b) não são mais requeridas. Referido parecer foiemitido, contendo, ainda: (c) parágrafo de ênfase quanto a realização de créditos a receber doEstado de Santa Catarina, cujo recebimento dependia da capacidade da Companhia em obterlucros que permitissem a compensação com dividendos atribuíveis ao Estado ou negociação denovas condições para o recebimento dos créditos. Face ao estabelecimento de novas condiçõespara amortização dos referidos créditos, esta ênfase não é mais requerida; (d) parágrafo deênfase quanto ao registro de valores a pagar relativos a transações de compra e venda de energiaelétrica no âmbito do Mercado Atacadista de Energia Elétrica – MAE. Tendo em vista aapuração dos valores de forma definitiva, esta ênfase não é mais requerida; e, (e) parágrafos deênfase quanto aos mesmos assuntos descritos no quarto e quinto parágrafos.

Florianópolis (SC), 18 de março de 2005.

Boucinhas & Campos + SotecontiAuditores Independentes S/S

CRC 2SP 5.528/O-2 S-SC

Mário José AntunesContador

CRC 1RJ 50.365 S-SC

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

O Conselho Fiscal da Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, dando cumprimento aoque dispõem os incisos I, II, III, IV e VII, do artigo 163, da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de1976, examinou as Demonstrações Contábeis da Companhia, apresentadas sob o títuloDemonstrações Contábeis, relativas ao Exercício Social findo em 31 de dezembro de 2004,elaboradas de acordo com o estabelecido nos capítulos XV e XVI do citado diploma legal,compreendendo: Balanços Patrimoniais, Demonstração dos Resultados, Demonstração dasMutações do Patrimônio Líquido e Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, para osexercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2003, complementadas por notas explicativas àsDemonstrações Contábeis e Relatório Anual da Administração.

Fundamentado no exame realizado e no parecer dos Auditores Independentes - Boucinhas &Campos Soteconti Auditores Independentes, bem como nos esclarecimentos por eles prestados,considerando, também, os aspectos abordados e registrados em ata de reunião específica paraapreciação do Balanço Patrimonial da Companhia, realizada em 29 de março de 2005, oConselho Fiscal é de parecer que as mencionadas demonstrações representam adequadamente asituação financeira e patrimonial da Companhia e os resultados das suas operações, estando,assim, tais documentos em condições de serem submetidos à apreciação e aprovação doConselho de Administração e dos Senhores Acionistas.

Reiteramos que seja buscada solução com relação ao Investimento e Dívida da Casan para com aCompanhia.

Florianópolis, 29 de março de 2005.

João Fernandes Moraes

Alfredo Felipe da Luz Sobrinho Célio Goulart

Márcio Ventura da Silva Ronaldo Baumgarten

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MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração, tendo examinado o Relatório da Administração, o BalançoPatrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das Mutações doPatrimônio Líquido, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e documentosda Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. - Celesc, do exercício encerrado em 31 dedezembro de 2004, após análise e esclarecimentos prestados pela Diretoria, consoante ospareceres dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, aprova os referidosdocumentos, por unanimidade, e propõe sua aprovação por parte dos Senhores Acionistas.

Florianópolis, 30 de março de 2005.

Carlos Rodolfo Schneider

Vicente Donini Pedro Paulo Hings Colin

Içuriti Pereira da Silva Ricardo Moritz

Hélio Testoni Adermo Francisco Crispim

Osni Luis Sens Jair Maurino Fonseca