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Demonstrações Financeiras SE Narandiba S.A. 31 de dezembro de 2016 com Relatório do Auditor Independente

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Demonstrações Financeiras

SE Narandiba S.A.

31 de dezembro de 2016 com Relatório do Auditor Independente

SE Narandiba S.A.

Demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2016

Índice

Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras .......................................................... 7

Demonstrações financeiras auditadas

Balanços patrimoniais ...................................................................................................................................... 10 Demonstrações dos resultados ........................................................................................................................ 12 Demonstrações dos resultados abrangentes ................................................................................................... 13 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ...................................................................................... 14 Demonstrações dos fluxos de caixa ................................................................................................................. 15 Notas explicativas às demonstrações financeiras ............................................................................................ 16

Narandiba

Relatório de Administração – 2016

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Prezados Acionistas,

Ao apresentar os resultados de 2016, a SE Narandiba S.A. reafirma seus princípios de sustentabilidade corporativa, sempre na busca do equilíbrio entre prosperidade econômica, responsabilidade ambiental e progresso social, com base em uma gestão eficiente, íntegra e ética.

1. BREVE HISTÓRICO DA COMPANHIA

A SE Narandiba S.A. (“SE NARANDIBA”) é uma companhia fechada estabelecida em 18 de agosto de 2008, controlada 100% pela Neoenergia, com sede no Rio de Janeiro. A companhia é uma sociedade de propósito específico (SPE) e possui 100% de participação nas Subestações de Narandiba, Brumado II 230/138kV e Extremoz II.

2. DESEMPENHO DO NEGÓCIO

A Subestação Narandiba, que atende à população de Salvador, entrou em operação em 2010 com potência instalada de 200MVA. Esse empreendimento foi concebido com equipamentos de última geração (GIS), que oferecem mais confiabilidade e segurança à operação, além de ocupar menos espaço. Sua construção teve baixo impacto ambiental e fez parte do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do Governo Federal. Através da Resolução Autorizativa nº 3.230, publicada no dia 15 de Dezembro de 2011, a SE NARANDIBA S.A foi autorizada a implantar reforços nas instalações da Subestação Narandiba com a instalação de um novo transformador de 100 MVA 230/69kV. A obra foi concluída em fevereiro de 2014.

Em 2012, o Grupo Neoenergia venceu o lote D do Leilão de Transmissão nº 005/2012 realizado pela ANEEL para ampliar a subestação Brumado II, pertencente à Afluente T. Apesar da subestação pertencer à Afluente T, os novos ativos foram construídos e são operados pela Narandiba. A unidade foi ligada ao sistema já operado pela Afluente T em setembro de 2014. A subestação beneficia a Região Sudoeste da Bahia, composta por 30 municípios, entre os quais se destacam, Brumado e Vitória da Conquista, ampliando a oferta e melhorando os níveis de tensão e a confiabilidade do sistema elétrico regional.

Em julho de 2015 foi concluída a construção da Subestação Extremoz II, de 230/69kV 2 x 150 MVA, no Rio Grande do Norte, que foi arrematada no lote G do Leilão de Transmissão nº 006/2011 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no dia 16/12/2011. Localizada no município de São Gonçalo do Amarante, a cerca de 16 km de Natal, a subestação vai permitir atender à crescente demanda de energia no setor norte da Região Metropolitana de Natal, capital do estado, bem como auxiliar no escoamento oriundo da expansão dos parques eólicos no Estado.

A COSERN, distribuidora do Grupo Neoenergia, formalizou junto ao ONS, solicitação de acesso à SE Extremoz II, para a construção de um novo bay de 69kV para alimentação do novo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. A implantação deste novo bay de 69 kV foi concluída em 13 de maio de 2016 e foi realizada pela Narandiba.

Narandiba

Relatório de Administração – 2016

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3. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO

2016 2015

Receita Operacional Bruta 16.140 15.640 3,20%Receita Operacional Líquida 15.212 14.855 2,40%EBITDA 12.228 9.153 33,60%Resultado do Serviço - EBIT 12.228 9.153 33,60%Resultado Financeiro (4.218) (4.819) -12,47%Lucro Líquido 6.045 3.653 65,48%

dez/16 dez/15

136.317 136.432 49.938 60.324 47.874 55.699 62.899 55.290

2016 2015

Margem EBITDA 80,38% 61,62% 18,77 p.p.Margem EBIT 80,38% 61,62% 18,77 p.p.Margem Líquida 39,74% 24,59% 15,15 p.p.

dez/16 dez/15

Dívida Líquida/EBITDA² 3,92 6,09 Índice de Endividamento³ 43,22% 50,18%

¹Dívida líquida de disponibilidades, aplicações financeiras e títulos e valores mobiliários

²EBITDA 12 meses

³Índice de Endividamento Líquido = Dívida líquida/Dívida líquida + PL

p.p - Pontos Percentuais

Variação (%)

Variação

Dados econômicos-financeiros (R$ mil)

-17,22%-14,05%13,76%

Variação

(2,17)

Indicadores Financeiros de Margem (%)

Indicadores Financeiros de Dívida

-6,97 p.p.

Informações Patrimoniais (R$ mil)

Ativo TotalDívida BrutaDívida Líquida¹Patrimônio Líquido

Variação (%)

-0,08%

Atendendo a Instrução CVM nº 527 demonstramos no quadro abaixo a conciliação do EBITDA (sigla em inglês para Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, LAJIDA) e, complementamos que os cálculos apresentados estão alinhados com os critérios dessa mesma instrução:

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Relatório de Administração – 2016

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2016 2015 Variação (R$)6.045 3.653 2.392 65,48%1.965 681 1.284 188,55%

- - - (226) (963) 737 -76,53%

4.444 5.782 (1.338) -23,14%12.228 9.153 3.075 33,60%

Conciliação do LAJIDA (EBITDA) - R$ Mil Variação (%)

Receitas FinanceirasDespesas FinanceirasLAJIDA (EBITDA)

Imposto de Renda e CSLL - Corrente e diferidoLucro Líquido

Amortização e Depreciação

4. ENDIVIDAMENTO

4.1. PERFIL DA DÍVIDA

Em dezembro de 2016 a dívida bruta consolidada da Narandiba, incluindo empréstimos e encargos, foi de R$ R$ 49,9 milhões, apresentando um decréscimo de 17,22% (R$ 10,4 milhões) em relação a dezembro de 2015. O valor do endividamento total em dezembro de 2016, da Narandiba contava com 64,5% da dívida contabilizada no longo prazo e 35,5% no curto prazo.

5. AUDITORES INDEPENDENTES

Em conformidade com a Instrução CVM n� 381, de 14 de janeiro de 2003, a Companhia declara que mantém contrato com a Ernst & Young Auditores Independentes S.S. (“EY”), com vigência de 24 (vinte e quatro) meses, para prestação dos seguintes serviços de auditoria:

Serviço Valor do Contrato (em R$) Prazo (Meses)

Auditoria das Demonstrações Contábeis 91.192 24 meses

Auditoria do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) 10.000 24 meses

Além dos serviços acima citados, não foram contratados quaisquer outros serviços com a EY.

A política de atuação do Grupo Neoenergia quanto à contratação de serviços de auditoria externa se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor e consistem em: (a) o auditor não

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Relatório de Administração – 2016

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deve auditar seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais na Companhia e (c) o auditor não deve promover os interesses da Companhia.

6. AGRADECIMENTOS

Ao reconhecermos que o resultado alcançado é consequência da união e do esforço de nossos colaboradores e do apoio, empenho, incentivo e profissionalismo recebidos dos públicos com os quais nos relacionamos, queremos expressar nossos agradecimentos aos nossos acionistas, aos nossos clientes, fornecedores, aos Governos Municipais, Estaduais e Federal e demais autoridades, às Agências Reguladoras e aos Agentes do Setor.

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Relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras

Aos Administradores e aos Acionistas da SE Narandiba S.A. Rio de Janeiro - RJ

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da SE Narandiba S.A. (Companhia), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SE Narandiba S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório do auditor

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

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Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras

A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

• Avaliamos a adequação das políticas financeiras utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras - Continuação

· Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de

continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

· Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações

financeiras, inclusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Rio de Janeiro (RJ), 20 de abril de 2017 ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC-2SP015199/F-6 Shirley Nara S. Silva Contadora CRC-1BA022650/O-0

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Balanços patrimoniais 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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Notas 2016 2015 Ativo Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 3 1.783 4.599 Contas a receber de clientes e demais contas a receber 4 1.665 1.325 Impostos e contribuições a recuperar 5 508 348 Títulos e valores mobiliários 23 - Concessão do serviço público (ativo financeiro) 6 12.476 13.079 Outros ativos circulantes 27 23

Total do ativo circulante 16.482 19.374 Não circulante

Títulos e valores mobiliários 258 26 Impostos e contribuições a recuperar 5 5.643 5.803 Concessão do serviço público (ativo financeiro) 6 113.934 111.229

Total do ativo não circulante 119.835 117.058 Total do ativo 136.317 136.432

SE Narandiba S.A.

Balanços patrimoniais 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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Notas 2016 2015 Passivo

Circulante Fornecedores 7 187 501 Empréstimos e financiamentos 8 17.729 13.141 Taxas regulamentares 115 81 Outros passivos circulantes 845 782

Total do circulante 18.876 14.505 Não circulante

Empréstimos e financiamentos 8 32.209 47.183 Dividendos e juros sobre capital próprio 10 20.820 19.384 Taxas regulamentares 35 60 Impostos e contribuições sociais diferidos 9 1.478 - Outros passivos não circulantes - 10

Total do não circulante 54.542 66.637 Patrimônio líquido 11

Capital social 54.375 51.375 Reservas de lucros 8.524 3.915

Total do patrimônio líquido 62.899 55.290 Total do passivo e do patrimônio líquido 136.317 136.432

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

SE Narandiba S.A.

Demonstrações dos resultados Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais, exceto lucro por ação)

12

Notas 2016 2015 Receita operacional líquida 12 15.212 14.855 Custos dos serviços (2.844) (5.292) Custos de operação 13 (2.199) (1.589) Custos de construção 14 (645) (3.703) Lucro bruto 12.368 9.563 Despesas gerais e administrativas 13 (140) (410) Lucro operacional 12.228 9.153 Receitas financeiras 15 226 963 Despesas financeiras 15 (4.444) (5.782) Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 8.010 4.334 Imposto de renda e contribuição social (1.965) (681) Lucro líquido do exercício 6.045 3.653 Lucro do exercício por ação do capital - R$ 0,11 0,07

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

SE Narandiba S.A.

Demonstrações dos resultados abrangentes Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

13

2016 2015 Lucro líquido do exercício 6.045 3.653 Resultado abrangente - - Total do resultado abrangente 6.045 3.653

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

SE Narandiba S.A.

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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Reservas de lucros Proposta de

Capital social

Reserva especial de dividendos não

distribuídos Reserva

legal Lucros

acumulados

distribuiçãode dividendos

adicionais Total Saldos em 31 de dezembro de 2014 51.375 - 1.130 - 7.670 60.175

Aprovação da proposta de dividendos - - - - (7.670) (7.670) Lucro líquido do exercício - - - 3.653 - 3.653 Destinações

Reserva legal - - 183 (183) - - Dividendos mínimos obrigatórios - - - (868) - (868)Reserva especial de dividendos não distribuídos - 2.602 - (2.602) - -

Saldos em 31 de dezembro de 2015 51.375 2.602 1.313 - - 55.290

Aumento de capital 3.000 - - - - 3.000 Lucro líquido do exercício - - - 6.045 - 6.045 Destinações

Reserva legal - - 302 (302) - - Dividendos mínimos obrigatórios - - - (1.436) - (1.436) Reserva especial de dividendos não distribuídos - 4.307 - (4.307) - -

Saldos em 31 de dezembro de 2016 54.375 6.909 1.615 - 62.899

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

SE Narandiba S.A.

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

15

2016 2015

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 8.010 4.334

Ajustes para conciliar o lucro ao caixa oriundo das atividades operacionais

Valor justo do ativo financeiro da concessão (9.453) 336

Encargos de dívidas e atualizações monetárias 4.343 5.685

2.900 10.355 Redução (aumento) de ativos operacionais

Contas a receber de clientes e outros (340) (273)

Impostos de renda e contribuição social a recuperar (5) (261)

Impostos e contribuições a recuperar, exceto IR e CSLL (72) (213)

Outros ativos (4) 66

(421) (681)

Aumento (redução) de passivos operacionais

Fornecedores (314) (406)

Encargos de dívida pagos (1.530) (2.049)

Impostos de renda e contribuição social pagos (375) (393)

Impostos e contribuições a recolher, exceto IR e CSLL 4 29

Taxas regulamentares 9 41

Outros passivos 14 (17)

Caixa oriundo das atividades operacionais 287 6.879

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Concessão serviço público (ativo financeiro) 7.351 (3.703)

Aplicação em títulos e valores mobiliários (458) (487)

Resgate de títulos e valores mobiliários 203 486

Caixa líquido oriundo das (utilizado nas) atividades de investimento 7.096 (3.704)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Aumento de capital 3.000 -

Captação de empréstimos e financiamentos - 13.547

Amortização do principal de empréstimos e financiamentos (13.199) (10.346)

Pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio - (2.763)

Caixa líquido oriundo das (utilizado nas) atividades de financiamento (10.199) 438

Aumento (redução) líquida no caixa e equivalentes de caixa (2.816) 3.613

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 4.599 986 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.783 4.599 Variação líquida de caixa e equivalentes de caixa (2.816) 3.613

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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1. Contexto operacional

A SE NARANDIBA S.A. (“SE Narandiba” ou “Companhia”) é uma sociedade anônima de capital fechado, constituída em 18 de agosto de 2008 com o propósito de reforçar o suprimento de energia para a Região Metropolitana de Salvador por meio de uma subestação de energia com concessão obtida em leilão de transmissão realizado em 03 de outubro de 2008. A subestação entrou em operação comercial em junho de 2011 e o contrato de concessão de transmissão 004/2009 ANEEL foi outorgado em 28 de janeiro de 2009 com vigência de 30 anos. Além deste Contrato, a Empresa sagrou-se vencedora dos Leilões 06/2011 (realizado em 16/12/2011) e 05/2012 (realizado em 06/06/2012), cujos objetos correspondem às Subestações de Extremoz II e Brumado II, respectivamente.

As instalações do Contrato de Concessão 009/2012, assinado em 10/05/2012, referente à Subestação Extremoz II, iniciaram a operação comercial 03/07/2015. Já as instalações do Contrato de Concessão nº 023/2012, assinado em 27/08/2012, referente à Subestação Brumado II, iniciaram a operação comercial em 23/09/2014.

Além deste reforço, encontra-se em operação comercial desde o dia 15/05/2016 o quinto bay da SE Extremoz II 69 kV, construído para atender ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Destacamos que a RAP para esta instalação será definida no próximo ciclo tarifário e terá seu valor publicado em julho/2017, retroativo à data de início da operação comercial.

A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pela Companhia em 20 de abril de 2017, as quais estão expressas em milhares de reais.

2. Resumo das principais políticas contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão definidas abaixo.

2.1. Declaração de conformidade

As demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade às práticas contábeis adotadas no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos técnicos, as orientações e as interpretações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC.

A Companhia também se utiliza das orientações contidas no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico Brasileiro e das normas definidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”),

SE Narandiba S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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quando estas não são conflitantes com as práticas contábeis adotadas no Brasil e/ou com as práticas contábeis internacionais.

A Administração considerou as orientações emanadas da Orientação OCPC 07, emitida pelo CPC em novembro de 2014, na preparação das suas demonstrações financeiras e afirma que todas as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis estão divulgadas e correspondem ao que é utilizado na gestão da Companhia.

2.2. Base de apresentação

A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis e também o exercício de julgamento por parte da administração. Áreas consideradas significativas e que requerem maior nível de julgamento e estão sujeitas a estimativas incluem: perda por redução ao valor recuperável de ativos financeiros; provisão para créditos de liquidação duvidosa e provisões para riscos regulatórios e trabalhistas.

As políticas contábeis significativas adotadas pela Companhia estão descritas nas notas explicativas específicas, relacionadas aos itens apresentados, aquelas aplicáveis, de modo geral, em diferentes aspectos das demonstrações financeiras, estão descritas a seguir.

2.2.1. Moeda funcional e moeda de apresentação

As demonstrações financeiras estão apresentadas em milhares de reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia.

2.2.2. Instrumentos financeiros

A Companhia classifica os instrumentos financeiros de acordo com a finalidade para qual foram adquiridos, e determina a classificação no reconhecimento inicial, conforme as seguintes categorias:

a) Ativos financeiros

Os ativos financeiros incluem: caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e demais contas a receber, títulos e valores mobiliários, além de outros créditos realizáveis por caixa.

• Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado: são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do resultado.

SE Narandiba S.A.

Notas explicativas às demonstrações financeiras 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Em milhares de reais)

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• Empréstimos e recebíveis: são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos, menos perda por redução ao valor recuperável.

b) Passivos financeiros

Os passivos financeiros da Companhia incluem contas a pagar a fornecedores, empréstimos e financiamentos e outros passivos circulantes. A Companhia determina a classificação dos seus passivos financeiros no momento do seu reconhecimento inicial.

2.2.3. Análise do valor de recuperação dos ativos

A Administração da Companhia revisa anualmente o valor contábil líquido dos seus ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, não foi identificada necessidade de reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável.

2.2.4. Ajuste a valor presente de ativos e passivos

Os ativos e passivos monetários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valor presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratuais e a taxa de juros explícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos. Com base nas análises efetuadas e na melhor estimativa da administração.

2.2.5. Taxas regulamentares

a) Reserva Global de Reversão (RGR)

Encargo do setor elétrico pago mensalmente pelas empresas concessionárias de energia elétrica, com a finalidade de prover recursos para reversão, expansão e melhoria dos serviços públicos de energia elétrica. Seu valor anual equivale a 2,5% dos investimentos efetuados pela concessionária em ativos vinculados à prestação do serviço de eletricidade, limitado a 3,0% de sua receita anual.

b) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)

Tem o objetivo de promover o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida, a partir de fontes alternativas, nas áreas atendidas pelos sistemas interligados, permitindo a universalização do serviço de energia elétrica.

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Os valores a serem pagos também são definidos pela ANEEL.

c) Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

São programas de reinvestimento exigidos pela ANEEL para as distribuidoras, transmissoras e geradoras de energia elétrica, que estão obrigadas a destinar, anualmente, 1% de sua receita operacional líquida para aplicação nesses programas.

c) Taxa de Fiscalização do Serviço Público de Energia Elétrica (TFSEE)

Os valores da taxa de fiscalização incidentes sobre a transmissão de energia elétrica são diferenciados e proporcionais ao porte do serviço concedido, calculados anualmente pela ANEEL, considerando o valor econômico agregado pelo concessionário.

2.3. Novos pronunciamentos, alterações e interpretações de pronunciamentos existentes

(a) Pronunciamentos contábeis aplicáveis para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

Pronunciamento Objetivo

IFRS 7 Instrumentos financeiros: Divulgações (Vigência a partir de 01/01/2016)

A alteração esclarece que um contrato de serviço que inclua uma taxa pode constituir envolvimento contínuo em um ativo financeiro. Uma entidade deve avaliar a natureza desta taxa e o acordo em comparação à orientação sobre envolvimento contínuo na IFRS 7, a fim de avaliar se a evidenciação é exigida. A avaliação de quais contratos de serviços constituem envolvimento contínuo deve ser feita retrospectivamente. Contudo, a evidenciação exigida não precisa ser fornecida para qualquer período iniciado antes do período anual em que a entidade aplicar pela primeira vez as orientações.

Alteração da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras (Iniciativa de divulgação). (Vigência a partir de 01/01/2016)

As alterações tem o objetivo de incentivar as empresas a identificar quais informações são suficientemente relevantes para serem divulgadas nas demonstrações financeiras. Também é esclarecido que a materialidade se aplica ao conjunto completo de demonstrações financeiras, incluindo suas notas explicativas e que é aplicável a todo e qualquer requerimento de divulgação das normas IFRS.

Itens de linhas específicas nas demonstrações do resultado e de outros resultados abrangentes e no balanço patrimonial podem ser desagregados; flexibilidade quanto à ordem em que apresentam as notas às demonstrações financeiras.

Alteração IAS 16 e IAS 38 Esclarecimentos de Métodos aceitáveis de depreciação e amortização (Vigência a partir de 01/01/2016.)

A alteração esclarece o princípio base para depreciação e amortização como sendo o padrão esperado de consumo dos benefícios econômicos futuros do ativo. As alterações são aplicadas de forma prospectiva.

IAS 19 Benefícios a Empregados (Vigência a partir de 01/01/2016)

Essa norma esclarece que a profundidade do mercado de títulos privados em diferentes países é avaliada com base na moeda em que é denominada a obrigação, em vez de no país em que está localizada a obrigação. Quando não existe mercado profundo para títulos privados de alta qualidade nessa moeda, devem ser usadas taxas de títulos públicos. Essa alteração deve ser aplicada retrospectivamente.

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Não foram identificados impactos relevantes dessas alterações para as Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2016.

(b) Pronunciamentos contábeis emitidos recentemente e aplicáveis em períodos futuros.

Os pronunciamentos a seguir entrarão em vigor para períodos após a data destas Demonstrações Financeiras e não foram adotados antecipadamente:

Os possíveis impactos decorrentes da adoção destas normas estão sendo avaliados e serão concluídos até a data de entrada em vigor, se aplicável.

Outras normas emitidas não terão impacto na Companhia e em função disso, não estão destacadas acima.

2.4. Imposto de renda e contribuição social correntes

As despesas de imposto de renda e contribuição social são calculadas e registradas conforme legislação vigente. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os casos em que estiverem diretamente relacionados a itens registrados diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.

São apurados com base no lucro presumido mediante a aplicação de alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre a receita tributável excedente a R$ 240 para imposto de renda e 9% para a contribuição social incidente sobre os percentuais de 8% para imposto de renda e 12%

IFRS 9 Instrumentos Financeiros (Vigência a partir de 01/01/2018)

Em julho de 2014, o IASB emitiu a versão final da IFRS 9 – Instrumentos Financeiros, que substitui a IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e todas as versões anteriores da IFRS 9. A IFRS 9 reúne todos os três aspectos da contabilização de instrumentos financeiros: classificação e mensuração, perda por redução ao valor recuperável e contabilização de hedge.

IFRS 15 Receitas de contratos com clientes (Vigência a partir de 01/01/2018)

Substituir todas as atuais exigências para reconhecimento de receitas segundo as IFRS. Adoção retrospectiva integral ou adoção retrospectiva modificada é exigida para períodos anuais iniciados a partir de 1 de janeiro 2018, sendo permitida adoção antecipada. O objetivo é fornecer princípios claros para o reconhecimento da receita e simplificar o processo de elaboração das demonstrações financeiras.

IFRS 16 Arrendamento (Vigência a partir de 01/01/2019)

Estabelecer os princípios, tanto para o cliente (o locatário) e o fornecedor (locador), sobre o fornecimento de informações relevantes acerca das locações de maneira que seja demonstrado nas demonstrações financeiras, de forma clara, as operações de arrendamento mercantil. Para atingir esse objetivo, o locatário é obrigado a reconhecer os ativos e passivos resultantes de um contrato de arrendamento.

IAS 7 Demonstração de fluxos de caixa – Alterações à IAS 7 (Vigência a partir de 01/01/2017)

Fornecer divulgações que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliar as mudanças nos passivos decorrentes de atividades de financiamento, incluindo tanto as mudanças provenientes de fluxos de caixa como mudanças que não afetam o caixa. Na adoção inicial da alteração, as entidades não são obrigadas a fornecer informações comparativas relativamente a períodos anteriores.

IAS 12 Tributos sobre o lucro - Alterações à IAS 12 (Vigência a partir de 01/01/2017)

Esclarecer que uma entidade deve considerar se a legislação fiscal restringe as fontes de lucros tributáveis contra as quais ela poderá fazer deduções sobre a reversão dessa diferença temporária dedutível. Além disso, as alterações fornecem orientações sobre a forma como uma entidade deve determinar lucros tributáveis futuros e explicam as circunstâncias em que o lucro tributável pode incluir a recuperação de alguns ativos por valores maiores do que seu valor contábil.

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para a contribuição social sobre a receita bruta auferida no período de apuração, conforme determinado pela legislação tributária em vigor.

O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber/ compensar esperado sobre o lucro ou prejuízo tributável do exercício.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

3. Caixa e equivalentes de caixa

2016 2015 Caixa e Depósitos bancários à vista 40 41Aplicação financeira de liquidez imediata: Fundos de investimento 1.743 4.558

1.783 4.599

Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de curto prazo. São operações de alta liquidez, sem restrição de uso, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

A carteira de aplicações financeiras é constituída, principalmente, por Fundos de Investimentos restritos, (participação somente das empresas do Grupo Neoenergia).

4. Contas a receber de clientes e demais contas a receber

As contas a receber de clientes e outros estão apresentadas líquidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa “PCLD”, quando aplicável, e reconhecida em valor considerado suficiente pela administração para cobrir as prováveis perdas na realização das contas a receber de consumidores e títulos a receber cuja recuperação é considerada improvável.

Ref. 2016 2015

Títulos a receber 1.674 1.334 Terceiros (a) 247 230 Partes relacionadas (nota 15) 1.427 1.104(-) Provisão para créditos de liquidação duvidosa (9) (9)Total 1.665 1.325

(a) Referem-se principalmente ao serviço de transmissão cobrado através da Receita Anual Permitida (RAP) e Contrato de Conexão ao sistema de transmissão com Coelba e Cosern.

A Companhia registrou a provisão para créditos de liquidação duvidosa para os títulos com vencimentos superiores há 365 dias.

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A composição dos prazos de vencimento é conforme segue:

Vencidos Total PCLD

Saldos vincendos

Até 90 dias

Mais 90 dias 2016 2015 2016 2015

Setor privado 1.629 28 17 1.674 1.334 (9) (9)

Total 1.629 28 17 1.674 1.334 (9) (9)

5. Impostos e contribuições a recuperar

2016 2015 Circulante Imposto de renda - IR 43 83 Contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL 5 37 Programa de integração social - PIS 3 3 Contribuição para o financiamento da seguridade social - COFINS 15 15 Imposto sobre serviços - ISS 160 -Outros 72 -

298 348 Não circulante Imposto sobre circulação de mercadorias - ICMS 5.643 5.803 Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS 210 210 Total 6.151 6.151

6. Concessão do serviço público (ativo financeiro)

O Contrato de Concessão de Serviços Públicos de Transmissão de Energia Elétrica celebrado entre a União (Poder Concedente - Outorgante) e a Companhia (Operadora) regulamenta a exploração dos serviços públicos de transmissão de energia elétrica pela Companhia e (a) estabelece que ao final da concessão os ativos vinculados à infraestrutura devem ser revertidos ao poder concedente mediante pagamento de uma indenização e (b) regula o preço através do mecanismo Remuneração Anual Permitida (RAP).

Com base nas características estabelecidas no contrato de concessão, a Administração entende que estão atendidas as condições para a aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 - Contratos de Concessão, a qual fornece orientações sobre a contabilização de concessões de serviços públicos a operadores privados, de forma a refletir o negócio de transmissão, abrangendo:

(a) Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados até o final da concessão classificada como um ativo financeiro por ser um direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder concedente.

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(b) Parcela referente a recebíveis, junto ao poder concedente, que incondicionalmente pela construção, disponibilização e entrega de rede de transmissão, tem de entregar, direta ou indiretamente, caixa ou equivalentes de caixa. Esses valores são mensurados pelo método de fluxos de caixa futuros estimados de tarifas (RAP), descontados pela taxa interna de retorno do projeto.

(c) Reconhecimento da receita de operação e manutenção em montante suficiente para fazer face aos custos para cumprimento das obrigações de operação e manutenção previstas em contrato de concessão.

(d) Reconhecimento da Receita Financeira sobre os direitos de recebíveis junto ao poder concedente decorrente da remuneração pela taxa interna de retorno do projeto.

A infraestrutura recebida ou construída da atividade de transmissão é recuperada através de dois fluxos de caixa, a saber: (a) Parte através de valores a receber garantidos pelo poder concedente relativa à remuneração anual permitida (RAP) durante o prazo da concessão. Os valores da RAP garantida são determinados pelo Operador Nacional do Setor Elétrico - ONS conforme contrato e recebidos dos participantes do setor elétrico por ela designados pelo uso da rede de transmissão disponibilizada; e (b) Parte como indenização dos bens reversíveis no final do prazo da concessão, esta a ser recebida diretamente do Poder Concedente ou para quem ele delegar essa tarefa.

Segue composição do ativo financeiro de concessão:

Ref. 2016 2015 Recebíveis (a) 123.442 121.799Indenização (b) 2.968 2.509Total 126.410 124.308

Circulante 12.476 13.079Não circulante 113.934 111.229

(a) Valores de fluxo de caixa futuros projetados descontados a taxa interna de retorno.

(b) Parcela de valores residuais de ativos permanentes ao fim do contrato de concessão, considerando o valor presente da prestação.

O valor reconhecido do ativo financeiro, suas estimativas de fluxos de caixa futuros e taxas efetivas de juros, são revisados anualmente, a cada data base de reajuste anual pelo IGPM.

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A movimentação do ativo financeiro da Companhia está assim apresentada:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 120.941Adições 3.703Amortização/reversão (10.011)Atualização monetária / valor justo 9.675Saldo em 31 de dezembro de 2015 124.308Adições 645Amortização/reversão (7.996)Atualização monetária / valor justo 9.453Saldo em 31 de dezembro de 2016 126.410

7. Fornecedores

A composição do saldo em 31 de dezembro de 2016 e 2015 é como segue: Fornecedores 2016 2015

Terceiros 73 114Partes relacionadas (nota 15) 114 387Total 187 501

8. Empréstimos, financiamentos e encargos

2016 2015

Empréstimos e Financiamentos (a)Moeda Nacional 49.938 60.324IBM 21.800 25.597BNDES 28.138 34.727Total de Empréstimos e Financiamentos 49.938 60.324Circulante 17.729 13.141Não Circulante 32.209 47.183Endividamento Financeiro Total 49.938 60.324

A Companhia possui contratos de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, tendo o Banco do Brasil como repassador dos recursos. Esses contratos tiveram como finalidade aporte de recursos na SE Narandiba, SE Brumado II e SE Extremoz II. As captações ocorreram entre 2010 e 2014 e têm vencimento entre 2020 e 2023 com amortizações mensais.

Com o Banco IBM foram firmados contratos de empréstimos com a finalidade de manter saldo mínimo no caixa e para aquisição de equipamentos de TI. Os recursos foram captados em 2014 e 2015 e possuem vencimento em 2019 e 2020 com amortizações semestrais.

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Os vencimentos das parcelas do não circulante são os seguintes:

2016 2015

Dívida Dívida 2017 - 12.5892018 12.188 13.4822019 10.522 11.9302020 5.692 5.9852021 1.718 1.4652022 1.718 1.432Após 2022 371 300Total obrigações 32.209 47.183

As condições contratuais dos empréstimos e financiamentos da Companhia em 31 de dezembro de 2016 são como segue:

Credor Moeda Objetivo

Encargos financeiros

anuais Vencimento Garantias Valor do Principal

Saldo em 2016

Banco do Brasil

Real Investimentos 4,5% a.a. 2020 a 2023 Aval

Neoenergia 54.623 28.138

IBM Real Investimentos

CDI + 0,26% a CDI + 0,30%

2019 a 2020 26.893 21.800

A mutação de empréstimos e financiamentos, os quais são integralmente denominados em moeda nacional, está como segue:

Passivo Não circulante circulante TotalSaldos em 31 de dezembro de 2014 8.828 44.658 53.486 Ingressos 3.338 10.210 13.548 Encargos 2.442 3.243 5.685 Transferências 10.928 (10.928) - Amortizações e pagamentos de juros (12.395) - (12.395)Saldos em 31 de dezembro de 2015 13.141 47.183 60.324

Encargos 1.997 - 1.997 Transferências 19.218 (19.218) - Variação monetária (1.898) 4.244 2.346 Amortizações e pagamentos de juros (14.729) - (14.729)Saldos em 31 de dezembro de 2016 17.729 32.209 49.938

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9. Impostos e contribuições sociais diferidos

2016

Base de cálculo

Tributo diferido

Imposto de renda

Diferenças temporárias (3.840) (960)

(3.840) (960)

Contribuição Social

Diferenças temporárias (5.760) (518)

(5.760) (518)Total

(1.478)

Os tributos diferidos passivos foram constituídos sobre a atualização do ativo financeiro, oriundo dos valores do fluxo de caixa futuros projetados avaliados a valor justo.

O imposto de renda e contribuição social diferidos são calculados com base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% para o imposto de renda, sobre a base tributável excedente a R$ 240 e 9% para contribuição social sobre a base de cálculo tributável. A Companhia possui como regime de apuração o lucro presumido sendo assim, foi estabelecido como base de cálculo tributável o saldo da remuneração de juros referente ao ativo financeiro aplicando a alíquota de presunção.

10. Dividendos e juros sobre o capital próprio

A Assembleia Geral Ordinária e o Conselho de Administração da Companhia aprovaram as destinações dos lucros da seguinte forma:

Valor mil por ação

Deliberação Provento Valor deliberado

– R$ ON 2016 AGO de 28 de abril de 2016 Dividendos 868 0,0168895463

2015

AGO de 27 de abril de 2015 Dividendos 7.670 0,0497649

De acordo com o previsto no estatuto social da Companhia, o dividendo mínimo obrigatório é de 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária.

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A base de cálculo para os dividendos mínimos obrigatórios é como segue:

2016 2015 Lucro líquido do exercício 6.045 3.653Constituição da reserva legal (5%) (302) (183)Base de cálculo do dividendo 5.743 3.470Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 1.436 868

A formação dos saldos de dividendos a pagar é como segue:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 13.609Dividendos e juros sobre o capital próprio: Declarados 8.538 Pagos no exercício (2.763)Saldo em 31 de dezembro de 2015 19.384

Dividendos e juros sobre o capital próprio: Declarados 1.436Saldo em 31 de dezembro de 2016 20.820

11. Patrimônio Líquido

O capital social subscrito e integralizado da Companhia em 31 de dezembro de 2016 é de R$ 54.375 (2015 – R$ 51.375), dividido em 54.375.000 em 2016 (2015 - 51.375.000) ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, integralmente detidas pela Neoenergia S.A.

Reserva legal

A reserva legal é calculada com base em 5% de seu lucro líquido conforme previsto na legislação em vigor, limitada a 20% do capital social.

Reserva especial de dividendos não distribuídos

De acordo com o parágrafo 5º do art. 202 da Lei nº 6.404/76, a Administração da Companhia está propondo “ad referendum” a Assembleia dos Acionistas a constituição de reserva especial de dividendos não distribuídos no montante de R$ 4.306.

12. Receita líquida

Receita de operação e manutenção

A receita de operação e manutenção é reconhecida pelo montante destinado pelo poder concedente para fazer face aos custos de operação e manutenção dos ativos de transmissão.

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Receita de construção

A Companhia contabiliza receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica. A margem de construção adotada é estabelecida como sendo igual a zero. Mensalmente, a totalidade das adições efetuadas ao ativo intangível em curso é transferida para o resultado, como custo de construção, após dedução dos recursos provenientes do ingresso de obrigações especiais.

Receita financeira da concessão

A receita financeira de concessão corresponde a remuneração pela taxa de desconto, que corresponde a taxa interna de retorno do projeto.

Segue a composição da receita líquida por natureza e suas deduções:

Ref. 2016 2015 Receita pela disponibilidade da rede elétrica 13.215 2.264Receita de transmissão 13.215 2.264Receita de concessão 2.280 9.673Receita de construção da infraestrutura da concessão 645 3.703Total receita bruta 16.140 15.640

(-) Deduções da receita bruta (a) (928) (785)

Total receita operacional líquida 15.212 14.855

a) Deduções da receita bruta

2016 2015 IMPOSTOS: PIS (91) (80)COFINS (420) (372)ENCARGOS SETORIAIS: Quota para reserva global de reversão - RGR (286) (218)Pesquisa e desenvolvimento – P&D (131) (115)

Total (928) (785)

13. Custos e despesas operacionais

2016 2015

Custo / Despesas Custos dos

serviços Despesas gerais e

administrativas Total Total Material (143) - (143) (61)Serviços de terceiros (1.837) (138) (1.975) (1.733)Taxa de fiscalização serviço energia elétrica–TFSEE (48) - (48) (24)Arrendamentos e aluguéis (6) (2) (8) (23)Tributos (44) - (44) (20)Outros (121) - (121) (138)Total custos / despesas (2.199) (140) (2.339) (1.999)

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14. Custo de construção

2016 2015 Custo de construção da infraestrutura da concessão 645 3.703

Total 645 3.703

A ICPC 01 estabelece que o concessionário de energia elétrica deve registrar e mensurar a receita dos serviços prestados de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 17 – Contratos de Construção (serviços de construção ou melhoria) e CPC 30 – Receitas (serviços de operação – fornecimento de energia elétrica), mesmo quando regidos por um único contrato de concessão. A Companhia contabiliza receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica, cuja margem foi definida como sendo zero.

15. Resultado financeiro

Receita Financeira 2016 2015Renda de aplicações financeiras 222 963Juros e encargos sobre contas de energia em atraso 4 -Total 226 963

Despesa FinanceiraEncargos de dívida (1.997) (5.683)Variação monetária (2.346) -Outras despesas financeiras (101) (99)Total (4.444) (5.782)

Resultado Financeiro Líquido (4.218) (4.819)

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16. Saldos e transações com partes relacionadas

A Companhia mantém operações comerciais com partes relacionadas pertencentes ao mesmo grupo econômico, cujos saldos e natureza das transações estão demonstrados a seguir:

Ativo Passivo Resultado

Ref. 2016 2015 2016 2015 2016 2015

ITAPEBI - - - - 4 4

COELBA 1.037 806 - - 8.116 8.590

CELPE 2 2 - - 20 19COSERN 380 295 - - 3.253 1.074ENERGÉTICA ÁGUAS DA PEDRA 1 - - - 7 6TERMOPERNAMBUCO 1 1 - - 8 6NEOENERGIA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

(a) - - 114 387 (1.135) (1.102)

COMPANHIA HIDROELÉTRICA TELESPIRES 6 - - - 61 -BAGUARI - - - - 1 -

1.427 1.104 114 387 10.335 8.597

Controladores NEOENERGIA S.A. (c) - - 20.821 19.384 - -BANCO DO BRASIL S.A. (b) 5 26 - - - -

5 26 20.821 19.384 - -

TOTAL 1.432 1.130 20.935 19.771 10.335 8.597

CIRCULANTE 1.427 1.104 114 387 - -NÃO CIRCULANTE 5 26 20.821 19.384 - -

(a) Cobrança referente aos contratos de operação e manutenção das usinas.

(b) Aplicação financeira Fundo de Investimento Restrito (BB Polo 28).

(c) Dividendos a pagar à Neoenergia.

16.1. Aplicações em fundo de investimento BB Polo 28

A Companhia aplica parte de seus recursos financeiros no Fundo BB Polo 28, fundo este restrito as empresas do Grupo Neoenergia, que tem como objetivo investir em ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa que busquem acompanhar as variações das taxas de juros praticadas no mercado de depósitos interbancários – CDI e que sejam adequados à política de aplicações de recursos da Companhia.

Em 31 de dezembro de 2016, parte dos ativos do Fundo BB Polo 28 são representados por debêntures emitidas por empresas do próprio Grupo.

16.2. Remunerações de administração

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 não houve remuneração dos administradores da Companhia.

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17. Gestão de risco financeiro

a) Considerações gerais e de políticas financeiras

A gestão dos riscos financeiros da Companhia segue o proposto em sua Política Financeira, aprovada pelo Conselho de Administração, e demais normativos.

O monitoramento dos riscos é feito através de uma gestão de controles que tem como objetivo o acompanhamento contínuo das operações contratadas e do cumprimento dos limites de risco aprovados.

b) Gestão de capital

A Companhia administra seu capital com o objetivo de salvaguardar a continuidade de seus negócios no longo prazo, oferecendo retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas e buscando manter uma estrutura ótima de capital que reduza seu custo de capital.

Sempre que necessário para adequar sua estrutura de capital, a Administração pode propor a revisão da política de pagamento de dividendos, a devolução de capital aos acionistas, a emissão de novas ações ou ainda a venda de ativos, dentre outras ações de adequação de estrutura de capital.

c) Gestão de risco de mercado

Risco de taxas de juros e índice de preços

Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que afetem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado ou as aplicações financeiras. A Companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas.

d) Gestão de risco de liquidez

O risco de liquidez é caracterizado pela possibilidade das Companhias não honrarem com seus compromissos no vencimento. A política financeira adotada pelo Grupo busca constantemente a mitigação do risco de liquidez, tendo como principais pontos o alongamento de prazos dos empréstimos e financiamentos, desconcentração de vencimentos e diversificação de instrumentos financeiros. O permanente monitoramento do fluxo de caixa permite a identificação de eventuais necessidades de captação de recursos, com a antecedência necessária para a estruturação e escolha das melhores fontes.

Havendo sobras de caixa são realizadas aplicações financeiras para os recursos excedentes com base na política de crédito do Grupo Neoenergia, com o objetivo de preservar a liquidez e mitigar o risco de crédito (atribuído ao rating das instituições financeiras). As aplicações são concentradas em fundos exclusivos para as empresas do Grupo e têm como diretriz alocar ao máximo os recursos em ativos com liquidez diária.

Em 31 de dezembro 2016, a Companhia mantinha um total de aplicações no curto prazo de R$ 1.783, sendo R$ 1.743 em fundos exclusivos.

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A tabela abaixo demonstra o valor total dos fluxos de obrigações monetizáveis, por faixa de vencimento, correspondente ao período remanescente contratual.

Valor contábil

Fluxo de caixa

contratual total

2017

2018 2019 2020 2021 Acima de 5

anos Passivos financeiros não Derivativos:

Empréstimos e financiamentos

49.938 100.468 15.370 15.953 13.819 6.996 1.816 46.512

Fornecedores 187 187 187 - - - - -

e) Gestão de risco de crédito

O risco de crédito surge da possibilidade da Companhia incorrer em perdas devido ao não cumprimento de obrigações e compromissos pelas contrapartes.

Risco de crédito junto a contrapartes comerciais

Para as operações oriundas da atividade de transmissão existem limitações impostas pelo ambiente regulado, onde cabe a esse agente determinar alguns processos operacionais e administrativos, dentre eles, políticas de cobrança e mitigação dos riscos de crédito de seus participantes.

Risco de crédito junto a instituições financeiras

Para as operações envolvendo caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários, a Companhia segue as disposições da política de crédito do Grupo que tem como objetivo a mitigação do risco através da diversificação junto às instituições financeiras e a utilização de instituições financeiras com boa qualidade de crédito. É realizado ainda o acompanhamento periódico da exposição com cada contraparte e de sua qualidade de crédito.

A seguir demonstramos a exposição total de crédito detida em ativos financeiros. Os montantes estão demonstrados em sua integralidade sem considerar nenhum saldo de provisão de redução para recuperabilidade do ativo.

2016 2015 Mensurados pelo valor justo por meio do resultado Caixa e equivalentes de caixa 1.783 4.599 Títulos e valores mobiliários 281 26Empréstimos e recebíveis Contas a receber de clientes e outros 1.674 1.334

3.738 5.959

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f) Análise de sensibilidade

A análise a seguir estima o valor potencial dos instrumentos em cenários hipotéticos de stress dos principais fatores de risco de mercado que impactam cada uma das posições, mantendo-se todas as outras variáveis constantes.

• Cenário Provável: Foram projetados os rendimentos para o período seguinte, considerando os saldos e as taxas de juros vigentes ao final do período.

• Cenário II: Esta projeção foi reduzida em 25% em relação ao cenário provável.

• Cenário III: Esta projeção foi reduzida em 50% em relação ao cenário provável.

A tabela abaixo demonstra a perda (ganho) devido a variação das taxas de juros que poderá ser reconhecida no resultado da Companhia no exercício seguinte, caso ocorra um dos cenários apresentados abaixo:

Operação Indexador Risco Taxa no período

Exposição (Saldo/Nacional)

Cenário Provável Cenário (II)

Cenário (III)

ATIVOS FINANCEIROS Aplicações financeiras em CDI CDI Queda do CDI 13,6% 2.024 67 51 35

g) Estimativa a Valor justo

O quadro a seguir apresenta os valores contábil e justo dos instrumentos financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2016 e 2015:

2016 2015 Contábil Valor Justo Contábil Valor Justo

Ativo financeiros (Circulante / Não circulante)

Empréstimos e recebíveis 125.107 125.107 123.124 123.124Contas a receber de clientes e outros 1.665 1.665 1.325 1.325Concessão do Serviço Público - Recebíveis Transmissoras 123.442 123.442 121.799 121.799

Mensurados pelo valor justo por meio do resultado 2.064 2.064 4.625 4.625Caixa e equivalentes de caixa 1.783 1.783 4.599 4.599Títulos e valores mobiliários 281 281 26 26

Disponível para venda 2.968 2.968 124.308 124.308 Concessão do Serviço Público – Indenização 2.968 2.968 124.308 124.308

Passivo financeiros (Circulante / Não circulante)

Mensurado pelo custo amortizado 50.125 50.125 60.324 60.324Fornecedores 187 187 - -Empréstimos e financiamentos 49.938 49.938 60.324 60.324

A Administração da Companhia entende que valor justo de contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte dos seus vencimentos no curto prazo, já esta refletido em seu valor contábil. Assim como para os títulos e valores mobiliários classificados como mantidos até o vencimento. Nesse caso a Companhia entende que o seu valor justo é similar ao valor contábil registrado, pois estes têm taxas de juros indexadas à curva DI (Depósitos Interfinanceiros) que reflete as variações das condições de mercado.

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Para os passivos financeiros classificados e mensurados ao custo amortizado a metodologia utilizada é a de taxas de juros efetiva. Essas operações são bilaterais e não possuem mercado ativo nem outra fonte similar com condições comparáveis as já apresentadas que possam ser parâmetro a determinação de seus valores justos. Dessa forma, o Grupo entende que os valores contábeis refletem o valor justo da operação.

Os ativos financeiros classificados como mensurados a valor justo estão, em sua maioria, aplicados em fundos restritos, dessa forma o valor justo está refletido no valor da cota do fundo. Para os passivos financeiros (empréstimos) classificados como mensurados a valor justo, a Companhia mensura o valor justo através do valor presente dos fluxos projetados considerando características contratuais de cada operação.

A mensuração contábil da indenização e dos recebíveis decorrente da concessão é feita mediante a aplicação de critérios regulatórios contratuais e legais. Para esses ativos não existe mercado ativo, e uma vez que todas as características contratuais estão refletidas nos valores contabilizados, o Grupo entende que o valor contábil registrado reflete os seus valores justos.

Hierarquia de valor justo

A tabela a seguir apresenta os instrumentos financeiros classificados como mensurados a valor justo por meio do resultado, de acordo com o nível de mensuração de cada um, considerando a seguinte classificação:

• Nível 1 - Preços negociados (sem ajustes) em mercados ativos para ativos idênticos ou passivos.

• Nível 2 - Inputs diferentes dos preços negociados em mercados ativos incluídos no Nível 1 que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços).

• Nível 3 - Inputs para o ativo ou passivo que não são baseados em variáveis observáveis de mercado (inputs não observáveis).

2016 Nível 1 Nível 2 Total

Ativos Ativos financeiros Mantidos para negociação Caixa e equivalentes de caixa 40 1.743 1.783 Títulos e valores mobiliários - 281 281

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18. Seguros

A Companhia tem a política de manter cobertura de seguros em montante adequado para cobrir possíveis riscos com sinistros, segundo a avaliação da Administração.

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros, de acordo com os corretores de seguros contratados pela Companhia está demonstrado a seguir:

2016

Riscos Data da vigência Importância Prêmio (R$)

Responsabilidade Civil Geral - Operações 08/10/2016 a 08/10/2017 50.000 8Risco Operacional - Substações e Usinas 08/10/2016 a 08/10/2017 127.175 90

Os seguros da Companhia são contratados conforme as respectivas políticas de gerenciamento de riscos e seguros vigentes.

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MEMBROS DA ADMINISTRAÇÃO

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SE NARANDIBA S.A.

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MANIFESTAÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O Conselho de Administração da SE Narandiba S.A. tendo examinado, em reunião nesta data, as Demonstrações Financeiras relativas ao Exercício Social de 2016, compreendendo o relatório da administração, o balanço patrimonial, as demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa, complementadas por notas explicativas, bem como a proposta de destinação de lucro, ante os esclarecimentos prestados pela Diretoria e pelo Contador da Companhia e considerando, ainda, o relatório da EY, aprovou os referidos documentos e os encaminha para deliberação dos acionistas por meio da Assembleia Geral Ordinária da Companhia.

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2017.

Aguinaldo Barbieri

Marcus Moreira de Almeida

Mário José-Ruiz Tagle Larrain

Solange Maria Pinto Ribeiro

SE NARANDIBA S.A.

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DECLARAÇÃO DOS DIRETORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

O Diretor Presidente e os demais Diretores da Companhia SE Narandiba S.A., sociedade por ações, de capital fechado, com sede na Praia do Flamengo, 78, 1º Andar, Flamengo, Rio de Janeiro-RJ, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 10.337.920/0001-53, declaram que:

(I) reviram, discutiram e concordam com as opiniões expressas no relatório da EY relativamente às demonstrações financeiras da Narandiba alusivas ao exercício social findo em 31.12.2016; e

(II) reviram, discutiram e concordam com as demonstrações financeiras da Narandiba relativas ao exercício social findo em 31.12.2016.�

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2017.

Alejandro Román

Diretor Presidente

Eduardo Capelastegui Saiz

Diretora de Planejamento e Controle

Eunice Rios Guimarães Batista

Diretora de Gestão de Pessoas e Administração

José Eduardo Pinheiro Santos Tanure

Diretor de Regulação

Sandro Kohler Marcondes

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Demonstrações Contábeis Regulatórias

SE Narandiba S.A.

31 de dezembro de 2016 com Relatório do Auditor Independente

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SE Narandiba S.A.

Demonstrações Contábeis Regulatórias 31 de dezembro de 2016

Índice

Relatório do auditor independente sobre as Demonstrações Contábeis Regulatórias .................................... 3

Demonstrações Contábeis Regulatórias auditadas

Balanços patrimoniais ................................................................................................................................... 3 Demonstrações dos resultados ..................................................................................................................... 4 Demonstrações dos resultados abrangentes ................................................................................................. 5 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido ..................................................................................... 6 Demonstrações dos fluxos de caixa .............................................................................................................. 7 Notas explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias ...................................................................... 8

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO REGULATÓRIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado de outra forma)

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MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Prezados Acionistas,

Ao apresentar os resultados de 2016, a SE Narandiba S.A. reafirma seus princípios de sustentabilidade corporativa, sempre na busca do equilíbrio entre prosperidade econômica, responsabilidade ambiental e progresso social, com base em uma gestão eficiente, íntegra e ética.

1. BREVE HISTÓRICO DA COMPANHIA

A SE Narandiba S.A. (“SE NARANDIBA”) é uma companhia fechada estabelecida em 18 de agosto de 2008, controlada 100% pela Neoenergia, com sede no Rio de Janeiro. A companhia é uma sociedade de propósito específico (SPE) e possui 100% de participação nas Subestações de Narandiba, Brumado II 230/138kV e Extremoz II.

2. PRÁTICAS DE GESTÃO

2.1 Estrutura de Governança

As práticas de Governança Corporativa do Grupo Neoenergia buscam assegurar a transparência e a equidade nos negócios, bem como o respeito aos direitos das partes interessadas. O modelo permite o aproveitamento da sinergia dos negócios entre as empresas que integram a Grupo Neoenergia e a unificação de processos, práticas e políticas. A estrutura de governança é composta por Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Executiva, com o apoio de comitês que contribuem para as tomadas de decisão. O Acordo de Acionistas da Neoenergia orienta a atuação dos conselheiros e estabelece cláusula para abstenção de voto sobre temas que possam representar conflito de interesses.

Conselho de Administração De acordo com o Estatuto Social da Companhia, o Conselho de Administração será composto por um mínimo de 3 (três)e máximo de 4(quatro) membros titulares, e seus respectivos suplentes, eleitos em Assembleia Geral de Acionistas e por ela destituíveis, com mandato de dois anos, sendo permitida a reeleição.

As atribuições do Conselho incluem a orientação geral dos negócios e a eleição e destituição dos diretores. Os membros se reúnem, pelo menos, trimestralmente e sempre que necessário avaliar os desempenhos econômico, ambiental e social da Companhia.

Conselho FiscalO Conselho Fiscal será instalado conforme previsto no Estatuto Social da Companhia em caráter não permanente, podendo ser solicitado em cada exercício social por seus Acionistas nos termos da Lei.Atualmente não há Conselho Fiscal instalado na Companhia.

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(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado de outra forma)

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Diretoria É responsável pela gestão dos negócios, sendo composta atualmente por cinco membros, incluindo o diretor- presidente. Seus integrantes são nomeados pelo Conselho de Administração para mandato de três anos, passíveis de renovação. Os diretores se reúnem ordinariamente, semanalmente ou extraordinariamente, sempre que exigida.

A Diretoria das empresas Controladas pela Neoenergia está estruturada de forma matricial na qual os Diretores estatutários da holding também são diretores de todas as Controladas da Neoenergia.

Comitês O Grupo Neoenergia possui quatro diferentes comitês, instalados apenas na holding: de Auditoria, Financeiro, Remuneração e Sucessão e de Acompanhamento de Negócios. Cada Comitê, dentro de seu escopo, é responsável por análises e recomendações de grande parte das decisões do Conselho de Administração. Cada Comitê é formado por 03 membros titulares e seus respectivos suplentes, indicados pelo Conselho de Administração. Os Comitês realizam reuniões mensais, podendo realizar de forma extraordinária sempre que necessário.

2.2 Direito dos Acionistas e Política de Dividendos e JSCP

Na Assembleia Geral Ordinária realizada em 28 de abril de 2016, foram declarados os valores de R$ 867.700,44, como dividendo mínimo obrigatório.��

2.3 Relações com Investidores

No intuito de disponibilizar informações com elevado padrão de qualidade, transparência e confiabilidade, com base na legislação pertinente e das regras que regulam o setor elétrico, a Narandiba adota uma política de comunicação consistente, clara e confiável com o mercado de capitais, zelando pelo relacionamento com acionistas, analistas de mercado, instituições financeiras, agências de “rating” e instituições reguladoras, em conformidade com as boas práticas de governança corporativa.

A Narandiba disponibiliza informações através da área de Relações com Investidores, “e-mail” ([email protected]), no “site” Relações com Investidores (www.neoenergia.com – “link” RI) e por meio dos relatórios e informes trimestrais e anuais enviados para a Bovespa e CVM. Além disso, o Grupo Neoenergia realiza reuniões webconferences trimestrais e APIMEC anual com os principais números de cada empresa do Grupo e consolidado.

2.4 Integridade e Ética

A Narandiba S.A. tem como um de seus valores a INTEGRIDADE e busca incessantemente pautar sua conduta e a de seus colaboradores dentro de princípios éticos e de conformidade com a legislação brasileira e com as melhores práticas em termos de ética empresarial. Além disso, envida esforços para que seus fornecedores de bens e serviços também adotem condutas íntegras e aderentes aos princípios defendidos pela Companhia em seu Código de Ética e em suas Políticas de Integridade.

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Para atingir seus propósitos a Narandiba S.A. adota as ações constantes do Programa de Integridade da NEOENERGIA, com a orientação e apoio de sua Superintendência de Compliance, a qual é responsável por a) planejar, conceber, executar, manter e avaliar o Programa de Integridade da Neoenergia e suas controladas; b) elaborar e revisar Códigos de Conduta, políticas e procedimentos a fim de promover e reforçar uma cultura de integridade baseada em princípios éticos de negócio; c) identificar, avaliar e propor medidas de mitigação de riscos de não conformidade de forma a garantir a aderência do Grupo aos princípios da legalidade e de combate à corrupção; d) investigar os casos de conduta em desconformidade com o Código de Ética e políticas de integridade; e) treinar executivos e colaboradores sobre temas relacionados com ética empresarial e legislação anticorrupção; f) propor medidas de prevenção relacionadas com comportamento ético e aderente à legislação; g) coordenar o comitê de ética, que é responsável pela disseminação da cultura de integridade ética por toda a organização.

Ao longo de 2016 foram conduzidas ações do Programa de Integridade da Neoenergia aprovado pelo seu Conselho de Administração, principalmente relacionadas à comunicação e treinamento envolvendo princípios éticos e legislação anticorrupção.

O esforço da Neoenergia em sua jornada de integridade foi recompensado pela conquista, já em sua primeira participação, do Prêmio Empresa Pró Ética - 2016, concedido pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União, evidenciando a aderência de seu Programa de Integridade às melhores práticas empresariais em termos de prevenção e aderências aos requisitos da legislação anticorrupção brasileira.

2.5 Gestão de Riscos

Em 2016 foi implantada a área de Gestão de Riscos na Neoenergia com objetivo de trazer mais transparência para os processos corporativos e suporte na tomada de decisões estratégicas do Grupo.

A área é coordenada pela Superintendência de Planejamento Financeiro e Riscos e se reporta à Diretoria Financeira e Relações com Investidores. As responsabilidades da área são a) elaborar e monitorar os Mapas de Riscos nos negócios de Distribuição, Geração, Comercialização, Transmissão e Holding b) definir Políticas de Riscos para o Grupo e cada negócio da companhia; c) realizar avaliação de rating de fornecedores de serviços e produtos; d) elaborar relatórios e informações externas relacionadas aos riscos da companhia (CVM, ANEEL) d) suportar as áreas Financeiras e de Contabilidade na precificação e contabilização de instrumentos financeiros e) disseminar a cultura de Gestão de Riscos pelo Grupo Neoenergia.

Um marco importante do ano de 2016, para a área de Gestão de Riscos do Grupo Neoenergia, foi a aprovação, pelo Conselho de Administração da Neoenergia, das três primeiras Políticas de Riscos: Política Geral de Gestão de Risco Corporativo, Política de Risco de Crédito e Política de Risco para Negócio de Distribuição. As políticas estão alinhadas às melhores práticas de mercado e tem como principal objetivo a maior previsibilidade dos resultados, com foco em eficiência.

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Também em 2016, a área de Gestão de Risco atuou através da Comissão de Riscos, órgão consultivo que se reúne periodicamente, com os principais executivos da companhia, para discutir a metodologia para identificação, quantificação, monitoramento e ações de mitigação de riscos. A área de Riscos atua em conjunto com as áreas de Compliance, Controles Internos e Auditoria, no apoio ao planejamento estratégico do Grupo Neoenergia e alinhado às expectativas de Acionistas, Investidores e Órgãos Reguladores.

3 AMBIENTE REGULATÓRIO

Em setembro de 2016, a ANEEL emitiu um Relatório de Acompanhamento dos empreendimentos de Transmissão que tem como objetivo obter informações de qualidade quanto ao andamento da implantação dos empreendimentos pertencentes a Rede Básica. Alguns empreendimentos são selecionados com base em uma matriz de criticidade, que considera o porte dos empreendimentos, o atraso previsto, a importância sistêmica, a necessidade de licenciamento ambiental e a geração associada. Por meio desse relatório, aliado às informações contidas no Sistema de Gestão de Transmissão – SIGET, constata-se que de um total de 348 empreendimentos, apenas 5,75% estão com o cronograma adiantado, 25,86% estão dentro dos prazos informados e uma fatia de 62,93%, o que corresponde a 219 empreendimentos, estão em atraso.

Importa destacar ainda, a entrada em vigor da Resolução Normativa nº 729 de 28 de junho de 2016. Tal Resolução representa grande impacto nas empresas de transmissão, dado que estabelece as disposições relativas à qualidade do serviço público de transmissão de energia elétrica, associada à disponibilidade e à capacidade operativa das instalações sob responsabilidade de concessionária de transmissão integrantes da Rede Básica. Esta Resolução revoga e substitui a Resolução Normativa n.º 270/2007 e introduz modificações nos critérios e procedimentos para cálculo da Parcela Variável por Indisponibilidade (PVI), Atraso (PVA) e Restrição Operativa (PVRO). Excepcionalmente durante o segundo semestre deste ano, por conta de dificuldades operacionais que o ONS vem enfrentando na adequação dos sistemas computacionais de modo a realizar a apuração dos valores de PVI a serem pagos pelas transmissoras, a ANEEL determinou que a contabilização do período de julho a dezembro de 2016 fosse realizada a partir de janeiro de 2017.

Já com relação à legislação setorial, um dos principais fatos ocorridos em 2016, foi a publicação da Lei nº 13.360, em 18 de novembro de 2016, oriunda do processo de conversão da MP 735, que, entre outras medidas, busca facilitar os processos de privatização, reduzir a burocracia de leilões e reduzir os custos da União com subsídios a concessionárias e permitir a desestatização de distribuidoras estaduais que foram federalizadas.

Com o surgimento da referida Lei, diversas regras que impactam o Setor Elétrico passaram por sanção presidencial. Abaixo são destacadas as principais alterações propostas pelo novo instrumento:

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I. venda de Energia pelas Distribuidoras no ACLA Lei 13.360/16 regulamentou a possibilidade das Distribuidoras comercializarem seus excedentes contratuais de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL). Logo, a partir da publicação do respectivo normativo, será permitido às Distribuidoras, celebrar contratos de venda de energia elétrica, livremente negociados com consumidores livres, desde que lastreados no montante de energia excedente decorrente de contratos de compra para atendimento à totalidade de seus mercados.

II. alterações no Mecanismo de Realocação de Energia Elétrica (MRE) A partir da publicação desta nova Lei, os empreendimentos hidrelétricos não despachados centralizadamente que optarem por participar do MRE, somente poderão ser excluídos do referido mecanismo por solicitação própria ou em caso de perda de outorga.

III. do Reconhecimento de Excludentes de Responsabilidade Uma das principais alterações propostas, refere-se às questões passíveis de serem consideradas como excludente de responsabilidade por parte do empreendedor. Com a nova Lei, a responsabilidade dos julgamentos volta a ser da ANEEL. Além disso, todo e qualquer atraso incorrido durante o período de implantação do empreendimento, caracterizado como excludente de responsabilidade, terá o prazo da outorga de geração ou transmissão de energia elétrica recomposto pela ANEEL, por meio da extensão da outorga pelo mesmo período do excludente de responsabilidade, bem como será feito o adiamento da entrega de energia caso o empreendedor tenha contrato de venda em ambiente regulado.

IV. dos Leilões de Energia no ACR O novo regulamento trouxe novas medidas aplicáveis aos Leilões de energia promovidos pela ANEEL. Para a energia elétrica proveniente de empreendimentos de geração existentes, a entrega da energia poderá ser realizada até o quinto ano subsequente ao Leilão, na regra antiga essa entrega deveria ser feita no máximo até dois anos após a licitação.

Já para a energia elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração, o prazo para a entrega da energia que variava entre três e cinco anos, passa a ser de três a sete anos.

V. da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos – (CFURH) A alíquota da CFURH passa de 6,25% para 7,00% sobre o valor da energia elétrica produzida. Esse encargo é pago pelo titular de concessão ou autorização para exploração de potencial hidráulico aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que tenham – em seus territórios - instalações destinadas à produção de energia elétrica, ou que tenham áreas invadidas por águas dos respectivos reservatórios, e a órgãos da administração direta da União.

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO REGULATÓRIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado de outra forma)

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4 DESEMPENHO OPERACIONAL

4.1 Desempenho Operacional

A Subestação Narandiba, que atende à população de Salvador, entrou em operação em 2010 com potência instalada de 200MVA. Esse empreendimento foi concebido com equipamentos de última geração (GIS), que oferecem mais confiabilidade e segurança à operação, além de ocupar menos espaço. Sua construção teve baixo impacto ambiental e fez parte do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do Governo Federal. Através da Resolução Autorizativa nº 3.230, publicada no dia 15 de Dezembro de 2011, a SE NARANDIBA S.A foi autorizada a implantar reforços nas instalações da Subestação Narandiba com a instalação de um novo transformador de 100 MVA 230/69kV. A obra foi concluída em fevereiro de 2014.

Em 2012, o Grupo Neoenergia venceu o lote D do Leilão de Transmissão nº 005/2012 realizado pela ANEEL para ampliar a subestação Brumado II, pertencente à Afluente T. Apesar da subestação pertencer à Afluente T, os novos ativos foram construídos e são operados pela Narandiba. A unidade foi ligada ao sistema já operado pela Afluente T em setembro de 2014. A subestação beneficia a Região Sudoeste da Bahia, composta por 30 municípios, entre os quais se destacam, Brumado e Vitória da Conquista, ampliando a oferta e melhorando os níveis de tensão e a confiabilidade do sistema elétrico regional.

Em julho de 2015 foi concluída a construção da Subestação Extremoz II, de 230/69kV 2 x 150 MVA, no Rio Grande do Norte, que foi arrematada no lote G do Leilão de Transmissão nº 006/2011 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no dia 16/12/2011. Localizada no município de São Gonçalo do Amarante, a cerca de 16 km de Natal, a subestação vai permitir atender à crescente demanda de energia no setor norte da Região Metropolitana de Natal, capital do estado, bem como auxiliar no escoamento oriundo da expansão dos parques eólicos no Estado.

A COSERN, distribuidora do Grupo Neoenergia, formalizou junto ao ONS, solicitação de acesso à SE Extremoz II, para a construção de um novo bay de 69kV para alimentação do novo Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. A implantação deste novo bay de 69 kV foi concluída em 13 de maio de 2016 e foi realizada pela Narandiba.

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO REGULATÓRIO Em 31 de Dezembro de 2016 e 2015

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado de outra forma)

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4.2 Subestações em Operação

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4.3 Receita Anual Permitida

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Nota¹: Conforme orientação do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, os valores de 2017 a 2021 foram mantidos em moeda constante de 31/12/2016, portanto, não foram reajustados pelo IPCA e/ou IGPM. Nota²: A Revisão Tarifária ocorre em 2017 para Brumado II e Extremoz II e 2019 para Narandiba mas não foram consideradas, visto que, ainda não é de conhecimento os parâmetros da Revisão.

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(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando especificado de outra forma)

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5 DESEMPENHO ECONÔMICO FINANCEIRO

2016 2015

Receita Operacional Bruta 14.039 12.275 14,37%Receita Operacional Líquida 13.111 11.490 14,11%EBITDA 10.771 9.491 13,49%Resultado do Serviço - EBIT 7.304 6.589 10,85%Resultado Financeiro (4.218) (4.819) -12,47%Lucro Líquido 2.599 1.089 138,66%

dez/16 dez/15

107.609 112.648 49.938 60.324 48.132 55.725 35.669 31.506

2016 2015

Margem EBITDA 82,15% 82,60% -,45 p.p.Margem EBIT 55,71% 57,35% -1,64 p.p.Margem Líquida 19,82% 9,48% 10,35 p.p.

Dados econômicos-financeiros (R$ mil) Variação (%)

Dívida BrutaDívida Líquida¹Patrimônio Líquido

Variação

Informações Patrimoniais (R$ mil)Ativo Total

Variação (%)

-4,47%-17,22%-13,63%13,21%

Indicadores Financeiros de Margem (%)

5.1 Demonstrações de Resultado

2016 2015 Variação (R$)

14.039 12.275 1.764 14,37%(928) (785) (143) 18,22%

13.111 11.490 1.621 14,11%(48) (24) (24) 100,00%

13.063 11.466 1.597 13,93%(5.759) (4.877) (882) 18,08%7.304 6.589 715 10,85%3.467 2.902 565 19,47%

10.771 9.491 1.280 13,49%(4.218) (4.819) 601 -12,47%3.086 1.770 1.316 74,35%(487) (681) 194 -28,49%

2.599 1.089 1.510 138,66%

Resultado da Atividade(-) AmortizaçãoEBITDAResultado FinanceiroLucro antes dos impostos

Receita bruta

Variação (%)

IRPJ e CSLLLucro (Prejuízo) líquido

Demonstração de Resultado - R$ mil

Dedução da receita brutaReceita líquidaCusto Não Gerenciável - Parcela AResultado Antes dos Custos GerenciáveisCusto Gerenciável - Parcela B

5.2 Receita Bruta

2016 2015 Variação (R$)14.039 12.275 1.764 14,37%14.039 12.275 1.764 14,37%

Variação (%)Disponibilização do Sistema de Transmissão

Receitas Operacionais - R$ mil

Total

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5.3 Deduções da Receita

2016 2015 Variação (R$)(420) (371) (49) 13,21%(91) (81) (10) 12,35%

(286) (218) (68) 31,19%(131) (115) (16) 13,91%(928) (785) (143) 18,22%Total

Deduções da Receita Bruta - R$ mil

COFINSQuota para reserva global de reversão - RGRPesquisa e desenvolvimento - P&D

Variação (%)PIS

5.4 Custos e Despesas Operacionais

(48) (24) (24) 100,00%(48) (24) (24) 100,00%

(143) (61) (82) 134,43%(1.975) (1.733) (242) 13,96%(3.467) (2.902) (565) 19,47%

(8) (23) 15 -65,22%(44) (20) (24) 120,00%

(122) (138) 16 -11,59%(5.759) (4.877) (882) 18,08%

(5.807) (4.901) (906) 18,49%

2016 2015 Variação (R$)

Taxa de fiscalização

Variação (%)

Não Gerenciáveis

Gerenciáveis

Arrendamentos e aluguéis

Total

TributosOutrosSubtotal Não Gerenciáveis

Subtotal Não Gerenciáveis

Custos, Despesas Operacionais - R$ mil

MaterialServiços de terceirosDepreciação e amortização

5.5 EBITDA

2016 2015 Variação (R$)2.599 1.089 1.510 138,66%

487 681 (194) -28,49%3.467 2.902 565 19,47%(226) (963) 737 -76,53%

4.444 5.782 (1.338) -23,14%10.771 9.491 1.280 13,49%

Imposto de Renda e CSLL - Corrente e diferidoLucro Líquido

Variação (%)

Receitas FinanceirasDespesas FinanceirasLAJIDA (EBITDA)

Amortização

Conciliação do LAJIDA (EBITDA) - R$ Mil

5.6 Investimentos

No ano de 2016, a Narandiba realizou investimento no montante de R$ 645 mil

5.7 Captação de Recursos em 2016

A Narandiba não realizou nenhuma nova captação em 2016.

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6 SAÚDE E SEGURANÇA

Os programas de Saúde e Segurança no Trabalho são realizados de forma integrada e priorizam a proteção da vida e a qualidade do ambiente. Estimulamos a cultura de prevenção por meio do controle de riscos e impactos, garantindo a observância dos requisitos legais, do comportamento seguro e o alinhamento com as políticas do Grupo.

Esperamos alcançar o nível de Saúde e Segurança de uma organização de classe mundial, onde a prática de comportamentos seguros seja um compromisso de todos.

Reconhecemos que aprimorar a segurança de nossas empresas e da comunidade envolve muito mais do que obedecer a regras e leis. Por isso, estimulamos que líderes e colaboradores:

� Sejam exemplos visíveis e percebidos de ações seguras; � Não negociem a segurança; � Busquem constantemente a meta de zerar acidentes; � Estejam presentes e atuantes em campo, próximos as operações onde o risco é maior; � Promovam o Diálogo Diário de Segurança (DDS) – contato através de bate papo informal ou

apresentação que serve para divulgar as medidas de prevenção de acidentes de trabalho;

Além disso, realizamos ações de segurança para a população, como treinamento sobre instalações elétricas para profissionais da construção civil. Palestras sobre o uso seguro e eficiente de energia elétrica em escolas e divulgação maciça em todos os veículos sobre o uso seguro e eficiente de energia elétrica, campanha educativa em redes sociais.

6.1 Jornada Comportamento Seguro

A Jornada Comportamento Seguro é processo de fortalecimento da cultura de segurança do Grupo e foi lançada com base em cinco principais pilares:

• Compromisso Visível e Percebido: Os líderes de todos os níveis estão comprometidos com a questão da segurança – no discurso e na prática. As pessoas percebem este compromisso ao constatar que o discurso realmente é aplicado na prática.

• Responsabilidade de Linha / Conceito de Dono: A Linha Organizacional é e sente-se responsável pela segurança de todas as pessoas sob sua responsabilidade ou sua área, incluindo funcionários próprios, contratados e visitantes.

• Gestão Participativa / Organização Estruturada: Toda a organização se envolve na Gestão de Saúde e Segurança através de estrutura de Comitês e Subcomitês, conduzidos pela Alta Liderança.

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• Disciplina Operacional / Melhoria Contínua: Todos fazem tudo certo, o tempo todo. A organização mede a aderência aos padrões e regras estabelecidos, e faz melhoria contínua destes padrões.

• Administração de Desvios: A organização atua sistemicamente em antecipação, através de ferramentas específicas para eliminar desvios antes que eles levem a incidentes.

• Estrutura de Governança: Foram criados comitês e subcomitês que deliberam, estudam, padronizam e implantam práticas de saúde e segurança nas distribuidoras e empresas de geração do Grupo

Dentro da premissa de colocar a vida acima de tudo, estimulamos ações de saúde e segurança para nossos colaboradores tais como:

• Academias de ginástica (dentro das instalações de algumas empresas ou convênios com academias locais);

• Clubes de corrida;

• Massagem terapêutica; • Ginástica laboral; • Feiras de saúde e qualidade de vida;

• Campanhas e palestras educativas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Destacamos a seguir os números que medem as principais ações apuradas na prevenção de acidentes:

SESMT – Serviço Especializado de Segurança do Trabalho e Medicina Ocupacional

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Nos gráficos dos indicadores de acidentalidade, taxa de frequência e taxa de gravidade, mostramos quanto nossas ações fizeram a diferença de 2015 a 2016, nos posicionando abaixo da média do setor elétrico, conforme referencial da Fundação COGE.

Nota: Mede a quantidade de acidentes por milhões de horas homem expostos ao risco

Nota: Mede a quantidade de dias perdidos por milhões de horas homem expostos ao risco

No gráfico abaixo, podemos identificar uma redução média de aproximadamente 40% de acidentes com afastamento de 2015 para 2016, e trabalhamos com o objetivo de registrarmos nenhum acidente de trabalho.

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7 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

A Sustentabilidade é um valor para o Grupo Neoenergia e está materializada na sua Missão: “Ser a energia que movimenta e ilumina a vida para o bem-estar e o desenvolvimento da sociedade, com eficiência, qualidade, segurança, sustentabilidade e respeito ao indivíduo”.

Com base nesse compromisso, em 2016 a empresa deu continuidade às ações voltadas para a satisfação dos clientes, de relacionamento com a comunidade, de promoção do uso seguro e eficiente da energia, de investimento em uma matriz energética renovável e de inovação em seus processos, produtos e serviços. As iniciativas são realizadas por meio de diversos programas e projetos, de forma a intensificar o relacionamento com as partes interessadas e alinhar as suas necessidades aos propósitos e valores da organização.

Para promover o diálogo e a transparência com seus públicos de relacionamento, a empresa publica, anualmente, seu Relatório de Sustentabilidade. Elaborado com a metodologia da Global Reporting Iniciative, o documento abrange os aspectos que determinam os resultados sustentáveis de uma empresa, alinhando o crescimento econômico com o desenvolvimento social e a preservação ambiental.

Em 2016, o Grupo Neoenergia renovou seu compromisso junto aos Dez Princípios do Pacto Global, iniciativa que reforça uma atuação baseada em princípios universais relacionados a direitos humanos, direitos do trabalho, preservação ambiental e combate à corrupção.

EDUCAÇÃO, CULTURA E INCLUSÃO SOCIAL

As ações socioambientais do Grupo Neoenergia incluem projetos próprios, apoio a projetos de terceiros com recursos diretos ou incentivados, e os programas corporativos de Eficiência Energética e de Pesquisa e Desenvolvimento, ambos regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Todas essas

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iniciativas se distribuem em quatro áreas de atuação: educação, cultura, inclusão social e meio ambiente. A seguir, alguns destaques de 2016.

Na área de educação, o Grupo Neoenergia renovou a parceria com o Instituto Ayrton Senna, estabelecida desde 2006 para a melhoria do desempenho escolar de crianças e adolescentes da rede pública de ensino. Por meio dos programas Se Liga e Acelera, voltados para a correção do fluxo escolar e o combate ao analfabetismo, a parceria abrange escolas públicas de Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Em 2016, a parceria beneficiou mais de 4.200 alunos nas cidades de Juazeiro (BA), Natal e Recife.

O Grupo Neoenergia manteve em 2016 seu apoio ao Selo Unicef Município Aprovado, que estimula avanços nas áreas de Educação, Saúde, Proteção e Participação Social que contribuam para a redução das desigualdades de crianças e adolescentes no Nordeste. Por meio das distribuidoras Coelba, Celpe e Cosern, o grupo apoiou as ações em 466 municípios do semiárido, onde vivem cerca de quatro milhões de crianças e adolescentes.

Algumas iniciativas regionais merecem destaque em 2016. A Coelba deu continuidade ao projeto Ecoteca –a biblioteca ecológica, levando-o para quatro cidades do interior (Lauro de Freitas, Feira de Santana, Jucuruçu e Encruzilhada). Ao final das atividades, as ecotecas foram doadas a escolas municipais de cada cidade. O público impactado por esse projeto, nas quatro cidades, foi de aproximadamente 20 mil pessoas impactadas em 2016.

Pelo quinto ano consecutivo, a Coelba patrocinou a Flica, tradicional feira de literatura do estado, realizada na cidade de Cachoeira, e pelo quarto ano apresentou a Fliquinha. Foram realizadas ações em praça pública com foco no uso seguro e eficiente da energia elétrica, com jogos educativos e exibição, em tabletes, dos dez episódios de vídeo do Projeto Paxuá e Paramim, desenvolvido pela área de Eficiência Energética, em parceria com o músico Carlinhos Brown. A distribuidora também contribui para a programação oficial da Fliquinha levando o músico Carlinhos Brown para uma apresentação no evento infantil, onde ele falou sobre o projeto e reafirmou a importância dos cuidados com a rede elétrica.

Na Celpe, o destaque vai para o Espaço Celpe nas Escolas, ação educativa, realizada no ambiente escolar, que orientou 6,8 mil estudantes sobre segurança com energia elétrica, e para o Espaço Celpe nas Comunidades, um mutirão para oferta de serviços comerciais e educacionais que beneficiou mais de 6,3 mil pessoas durante 2016.

No campo da inclusão social, merece destaque uma iniciativa da Cosern iniciada em 2016. O projeto Narrativas do Silêncio ofereceu oficinas de fotografia ao público surdo, traduzida na linguagem brasileira dos sinais (LIBRAS), totalizando 20 participantes, além da realização de exposição fotográfica e do espetáculo teatral “A Busca de Seo Peto e Seo Antônio”, que tem no elenco três atores surdos e foi apresentado em Natal para 400 expectadores ouvintes e surdos.

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EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO CONSCIENTE DE ENERGIA

Ao longo de 2016, o Grupo Neoenergia deu continuidade às ações do seu Programa de Eficiência Energética. Entre os destaques do ano estão os projetos de Doação de Geladeiras e Lâmpadas, Troca Econômica e Educação com Energia. O projeto de Doação de Geladeiras e Lâmpadas tem como objetivo a troca de refrigeradores ineficientes por novos com Selo Procel e doação de lâmpadas eficientes para os consumidores residenciais moradores de comunidades populares nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Já o projeto Troca Econômica concede bônus a clientes residenciais e de baixa renda para a compra de aparelhos eletrodomésticos eficientes (geladeiras, freezers, lavadoras de roupas e aparelhos de ar-condicionado).

O projeto Educação com Energia capacita educadores dos ensinos Fundamental e Médio, de escolas públicas e privadas, nos conceitos do uso eficiente e seguro de energia elétrica, e foi desenvolvido, de forma cooperada, pelas três distribuidoras do grupo em 2016. Ele utiliza a metodologia “Energia que Transforma”, que preconiza conceitos do uso seguro e eficiente de energia para a preservação ambiental.

O Grupo Neoenergia deu início em 2016 a uma parceria com o músico Carlinhos Brown para disseminação entre as crianças do uso seguro e eficiente de energia elétrica. Com shows em Salvador, Recife e Natal, Carlinhos Brown levou às crianças os personagens Paxuá e Paramim – que protagonizam histórias do cotidiano com conceitos básicos sobre segurança em relação às redes elétricas.

Cabe ainda destacar os projetos de eficientização de prédios públicos e de incentivo à substituição de motores elétricos, desenvolvidos em 2016 pelas três distribuidoras do grupo. O primeiro prevê ações de eficiência energética em instituições públicas dos três estados – como foi o caso, em 2016, do Hospital dos Servidores e da Escola de Referência em Ensino Médio Santos Dumont, no Recife. O segundo prevê a substituição de motores antigos por modelos mais modernos e eficientes.

INOVAÇÃO, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO

Os projetos do programa de P&D do Grupo Neoenergia giram em torno de cinco temas estratégicos: Redes Inteligentes (Smart Grid); Qualidade e Confiabilidade; Segurança de Instalações e de Pessoas; Combate às Perdas; e Sustentabilidade do Negócio. Para o Grupo Neoenergia, o tema inovação está diretamente relacionado com iniciativas que possam agregar valor ao negócio de suas empresas e, ainda, atender as necessidades de seus stakeholders.

Além de uma equipe de gestão composta por 13 profissionais, a área de P&D conta com mais de 80 profissionais de diversas áreas da empresa que atuam como pesquisadores nos projetos desenvolvidos pelo grupo. A seguir, alguns destaques da área em 2016.

O projeto de P&D considerado o mais ambicioso é o de "Desenvolvimento de Tecnologia Nacional para Redes Inteligentes". Iniciado em julho de 2016, dele participam as três distribuidoras do Grupo Neoenergia,

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sendo a Coelba a empresa proponente. A primeira parte desse projeto terá a duração de três anos e um custo de cerca de R$ 28 milhões.

Na Coelba destaca-se o projeto "Desenvolvimento de ferramental, equipamentos e metodologia para realização de poda com rede energizada em áreas urbanas através de braços mecânicos com comando remoto". O objetivo é desenvolver um braço articulado extensível e isolado, adaptável a veículos e operável remotamente, contendo em sua extremidade superior um sistema que permita a adaptação de ferramenta para a realização de poda em áreas urbanas.

Também merece destaque em 2016 na Coelba a inauguração da primeira usina de geração de energia com uso do biogás proveniente do esgoto, no estado da Bahia. Localizada na Estação de Tratamento Jacuípe II, em Feira de Santana, a usina é fruto do projeto de P&D "Arranjos técnicos e comerciais de geração de energia a partir do biogás proveniente de reatores anaeróbicos de estações de tratamento de esgoto".

Na Celpe, o destaque é o projeto "Desenvolvimento e Implementações de Provas de Conceito de Redes Inteligentes (RI) em Localidade Piloto com Elevadas Restrições Ambientais", como no caso da Ilha de Fernando de Noronha. Esse projeto tem como objetivo a implantação de um modelo de rede inteligente, utilizando a rede de distribuição de Noronha, com foco na avaliação e experimentação da sua aplicabilidade.

Já na Cosern, o principal projeto em andamento é "Cabeça de série do aferidor de medidores de energia elétrica sem interrupção no fornecimento". A ideia é transformar o protótipo (desenvolvido em projeto antecessor) em um equipamento resistente para uso profissional em campo, visando futura comercialização e produção em larga escala. O equipamento permite aferir os medidores de energia elétrica sem retirá-los da unidade consumidora, ou seja, sem interrupção do fornecimento.

Nas empresas geradoras e transmissoras do Grupo Neoenergia, o principal destaque é o projeto "SMART-SEN - Um Modelo de Simulação do Sistema Elétrico Nacional com Presença de Geração de Renováveis Intermitentes". O objetivo é desenvolver uma nova metodologia de extração e manipulação de dados de gerações de fontes intermitentes de energia em intervalos de tempo adequados para a simulação da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN).

MEIO AMBIENTE

Ao longo de 2016, por meio de vários projetos, o Grupo Neoenergia reafirmou seu compromisso de respeito ao meio ambiente e de preservação dos ecossistemas em suas áreas de atuação. Entre os destaques está o projeto Vale Luz, que integra o Programa de Eficiência Energética do grupo Neoenergia. Ele permite a troca de resíduos recicláveis por descontos na conta de energia. Iniciado em 2008, o projeto contempla clientes das três distribuidoras. Além de proporcionar que alguns consumidores até zerem a conta, o projeto estimula a coleta seletiva e dá destinação adequada aos resíduos arrecadados.

Também merece a campanha de controle de queimadas sob as linhas de transmissão na Zona da Mata de Pernambuco, desenvolvida pela Celpe desde 2009. A iniciativa visa sensibilizar a sociedade quanto à

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prática não controlada de queimadas, que afeta as redes de transmissão e distribuição e provoca interferências no fornecimento. Os resultados são alentadores. Na safra 2008/2009, foram registradas 15 ocorrências relacionadas à presença de fogo na extensão das linhas de transmissão. Na safra 2014/2015, só uma ocorrência foi registrada. Em 2016, foram realizadas dez oficinas de sensibilização e dez palestras comunitárias. Como forma de fiscalizar e orientar os produtores de cana, a empresa realiza visitas às áreas de plantio, oferecendo esclarecimentos sobre a prática de queimadas, e divulga spots em emissora de rádio com alcance para 54 municípios.

PRÊMIOS E RECONHECIMENTOS

Selo Energia Sustentável – As três distribuidoras do Grupo Neoenergia receberam o Selo Energia Sustentável do Instituto Acende Brasil para o período 2017-2019, depois de rigoroso processo de avaliação em 2016. A Celpe alcançou o nível ouro (o mais alto) e a Coelba e a Cosern, o nível prata.

Guia Você S.A – As melhores empresas para iniciar a carreira – O Grupo Neoenergia está entre as 10 melhores empresas do Brasil para iniciar a carreira, segundo o Guia Você S.A., da Editora Abril, divulgado em maio/2016.

Melhores e Maiores 2016 – No ranking dos 200 maiores grupos privados do país, por vendas líquidas, a Neoenergia está na 41ª posição (subindo duas posições em relação ao ano anterior).

Ranking 2016 Valor 1000 – A Neoenergia subiu cinco posições em relação ao levantamento anterior e ficou em 36º lugar no ranking dos 1.000 maiores grupos empresairiais do Brasil, segundo a publicação do jornal Valor Econômico.

14º Latin American Utility Week Awards – Com o projeto do Sensor Inteligente para Monitorar Eventos nas Linhas de Distribuição, a Neoenergia venceu na categoria Smart Grid deste que é considerado um dosmaiores prêmios de Inovação da América Latina. O projeto foi desenvolvido no âmbito do programa de P&Dda Coelba.

Prêmio Empresa Pró-Ética 2016 – Por ser uma empresa ética e comprometida com a prevenção e o combate à corrupção, o Grupo Neoenergia foi uma das 25 (entre 195 inscritas) a receber o prêmio, uma iniciativa do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União e do Instituto Ethos.

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8 AGRADECIMENTOS

A NARANDIBA agradece aos seus acionistas, aos Senhores membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, aos nossos clientes e fornecedores, aos nossos Governos Municipais, Estadual e Federal e demais autoridades, às Agências Reguladoras e aos Agentes do Setor pela confiança depositada no ano de 2016 e especialmente aos seus colaboradores pela dedicação e empenho na busca das metas estabelecidas.

RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS

Aos Administradores e Acionistas da Afluente Transmissão de Energia Elétrica S.A. Rio de Janeiro - RJ

Opinião Examinamos as demonstrações contábeis regulatórias da Afluente Transmissão de Energia Elétrica S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis regulatórias acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Afluente Transmissão de Energia Elétrica S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico – MCSE, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL através da Resolução Normativa n° 605, de 11 de março de 2014. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis regulatórias”. Somos independentes em relação à Companhia de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Ênfase – Base de elaboração das demonstrações contábeis

Sem modificar nossa opinião, chamamos a atenção para a nota 2 às demonstrações contábeis regulatórias, que descreve a base de elaboração dessas demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis regulatórias foram elaboradas para auxiliar a Afluente Transmissão de Energia Elétrica S.A. a cumprir os requisitos da ANEEL. Consequentemente, essas demonstrações contábeis regulatórias podem não ser adequadas para outro fim.

Centro Empresarial PB 370 Praia de Botafogo, 370 5º ao 10º andar - Botafogo 22250-040 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

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Principais assuntos de auditoria Principais assuntos de auditoria são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações contábeis regulatórias como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações contábeis regulatórias e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Infraestrutura da concessão Conforme divulgado na nota 8 às demonstrações contábeis regulatórias, em 31 de dezembro de 2016, a Companhia possui registrado ativo imobilizado e intangível nos montantes de R$ 175.023 mil e R$ 6.293 mil respectivamente, que representam a infraestrutura da concessão. O valor dos investimentos aplicados na infraestrutura a serviço da concessão será recuperado através dos valores a receber garantidos pelo poder concedente relativa à remuneração anual permitida (RAP) durante o prazo da concessão e através da indenização dos bens reversíveis no final do prazo da concessão. Devido às especificidades atreladas ao processo de capitalização e avaliação subsequente de gastos com infraestrutura, além da magnitude dos montantes envolvidos, consideramos esse assunto relevante para a nossa auditoria. Nossos procedimentos de auditoria envolveram, entre outros, a avaliação do desenho e da eficácia operacional dos controles internos implementados pela Companhia sobre a contabilização dos investimentos em infraestrutura, incluindo o rateio dos custos indiretos e o cálculo da depreciação e amortização de acordo com as taxas anuais determinadas pelo órgão regulador. Adicionalmente, avaliamos a adequação das divulgações da Companhia sobre este assunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis regulatórias e o relatório do auditor A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração Regulatório. Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis regulatórias não abrange o Relatório da Administração Regulatório e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis regulatórias, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração Regulatório e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis regulatórias ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração Regulatório somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Outros assuntos

A Companhia preparou um conjunto de demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas internacionais de relatórios financeiros (demonstrações contábeis societárias), sobre o qual emitimos relatório de auditoria independente separado, com data de 22 de fevereiro de 2017. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis regulatórias A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis regulatórias de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis regulatórias livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações contábeis regulatórias, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis regulatórias a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Companhia são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis regulatórias.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis regulatórias Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis regulatórias, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis regulatórias. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:

• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis regulatórias, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

• Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.

• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.

• Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis regulatórias ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis regulatórias, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis regulatórias representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar consideravelmente nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações contábeis regulatórias do exercício corrente, e que, dessa maneira constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público. Rio de Janeiro (RJ), 27 de abril de 2017 ERNST & YOUNG Auditores Independentes S.S. CRC 2SP015199/F-6

Shirley Nara S. Silva Contadora CRC-1BA 022.650/O-0

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Balanço Patrimonial dos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

(Valores expressos em milhares de reais)

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Notas 2016 2015AtivosAtivo Circulante 4.006 6.295

Caixa e equivalentes de caixa 5 1.783 4.599 Concessionárias e permissionárias 6 1.665 1.325 Tributos compensáveis 7 508 348 Títulos e valores mobiliários 23 - Outros ativos circulantes 27 23

Ativo Não Circulante 103.603 106.353 Tributos compensáveis 7 5.643 5.803 Títulos e valores mobiliários 258 26 Imobilizado 8 97.702 100.524

Total do Ativo 107.609 112.648

PassivoPassivo Circulante 18.876 14.505

Fornecedores 187 501 Empréstimos e financiamentos 9 17.729 13.141 Tributos a pagar 810 771 Encargos setoriais 115 81 Outros passivos circulantes 35 11

Passivo Não Circulante 53.064 66.637 Empréstimos e financiamentos 9 32.209 47.183 Dividendos declarados e juros sobre capital próprio 10 20.820 19.384 Encargos setoriais 35 60 Outros passivos não circulantes - 10

Total do Passivo 71.940 81.142

Patrimônio LíquidoCapital social 11 54.375 51.375 Reservas de lucros 8.524 3.915 Prejuízos acumulados (27.230) (23.784)

Total do Patrimônio Líquido 35.669 31.506 Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 107.609 112.648

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Regulatórias.

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Demonstração do Resultado dos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto lucro por ação)

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Notas Operações em ContinuidadeReceita / Ingresso

Disponibilização do sistema de transmissão

TributosPISCofins

Encargos - Parcela "A"Reserva Global de Reversão - RGRPesquisa e Desenvolvimento - P&D

Receita Líquida 12Custos Não Gerenciáveis - Parcela "A"

Taxa de fiscalização

Resultado Antes dos Custos Gerenciáveis

Custos Gerenciáveis - Parcela "B" 13MaterialServiços de terceirosArrendamento e aluguéisTributosDepreciação e amortizaçãoOutras despesas operacionais

Resultado da Atividade

Resultado Financeiro 14Despesas financeirasReceitas financeiras

Lucro antes dos impostosDespesa com impostos sobre o lucro

Lucro líquido do exercício

Lucro por Ação do capital - R$

2016 2015

14.039 14.039

(91) (420)

(511) (80)

(372)

13.111

(417) (286) (131)

(333) (218) (115)

11.490 (24)

12.275 12.275

(452)

(48)

13.063 11.466

(48) (24)

(1.975) (8)

(5.759) (143)

(2.902) (138) (122)

7.304

(4.877) (61)

(1.733) (23) (20) (44)

(3.467)

6.589

(4.218) (4.444)

226

(4.819) (5.782)

963

1.089 2.599

3.086 1.770 (681) (487)

0,05 0,02

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Regulatórias.

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Demonstração do Resultado Abrangente dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2016 e 2015

(Valores expressos em milhares de reais)

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Lucro líquido do ExercícioOutros Resultados AbrangentesTotal de Resultados Abrangentes do Exercício, Líquidos de Impostos

20152.599

- 1.089

- 1.089 2.599

2016

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Regulatórias.

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Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais)

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CapitalSocial

Reservas de Lucros

Lucros(Prejuízos)Acumulados

Proposta de distribuição de

dividendos adicionais

Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 (Não auditado) 51.375 1.130 (21.220) 7.670 38.955 Lucro líquido do Exercício - - 1.089 - 1.089 Destinação Proposta à A.G.O.:

Reserva legal - 183 (183) - - Dividendos mínimos obrigatórios - - (868) - (868) Reserva especial de dividendos não distribuídos - 2.602 (2.602) (7.670) (7.670)

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 51.375 3.915 (23.784) - 31.506

Aumento de Capital 3.000 - - - 3.000 Lucro líquido do Exercício - - 2.599 - 2.599 Destinação Proposta à A.G.O.:

Reserva legal - 302 (302) - - Dividendos mínimos obrigatórios - - (1.436) - (1.436) Reserva especial de dividendos não distribuídos - 4.307 (4.307) - -

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 54.375 8.524 (27.230) - 35.669

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Regulatórias.

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Demonstrações do Fluxo de Caixa dos Exercícios Findos em 31 de dezembro 2016 e 2015

(Valores expressos em milhares de reais)

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2016 2015FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAISLucro líquido do exercício 2.599 1.089 Despesas (Receitas) que não afetam Caixa e Equivalentes de Caixa 8.297 9.269

Depreciação 3.467 2.902 Imposto de renda e contribuição Social 487 681 Juros e variações monetárias 4.343 5.686

10.896 10.358 Redução (Aumento) de Ativos

Concessionários (340) (273) Imposto de renda e contribuição social (5) (261) Tributos compensáveis (72) (213) Outros (4) 66

Aumento (Redução) de Passivos (421) (681)

Encargos setoriais 9 41 Fornecedores demais (314) (406) Tributos e contribuição Social 4 29 Outros 15 (19)

(286) (355) CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADESOPERACIONAIS 10.189 9.322

Encargos de dívidas pagos (1.530) (2.049) Imposto de renda e contribuição social pagos (375) (393)

CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADESOPERACIONAIS 8.284 6.880

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOImobilizado (645) (3.704) Aplicação em títulos e valores mobiliários (459) - Títulos e valores mobiliários adquiridos 203 (1)

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE (901) (3.705) INVESTIMENTO

FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOAumento (redução) de capital 3.000 - Empréstimos e financiamentos obtidos - 13.547 Empréstimos e financiamentos pagos (13.199) (10.346) Juros sobre capital próprio e dividendos Pagos - (2.763)

CAIXA LÍQUIDO DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (10.199) 438

VARIAÇÃO LÍQUIDA DO CAIXA E EQUIVALENTES DECAIXA (2.816) 3.613

DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAIXA EEQUIVALENTES DE CAIXA

No início do exercício 4.599 986 No fim do exercício 1.783 4.599

(2.816) 3.613

As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Regulatórias.

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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1. Setor Elétrico no Brasil

O setor de energia elétrica no Brasil é regulado pelo Governo Federal, cujas atividades são exercidas pelo Conselho Nacional de Políticas Energéticas (CNPE), Ministério das Minas e Energia (MME) e Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). As atividades regulatórias e de fiscalização são exercidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e as atividades de planejamento, operação e contabilização são exercidas por empresas públicas ou de direito privado sem fins lucrativos, como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O objetivo do MME é assegurar a eficiência na operação e prestação do serviço aos Consumidores, garantir a modicidade tarifária e criar um ambiente regulatório estável que estimule a concorrência, mostrando-se atrativo ao ingresso de novos investimentos privados no setor e que mantenha orientação para as funções de planejamento setorial de longo, médio e curto prazos. A atual estrutura de funcionamento do setor elétrico foi concebida sob um ideal de equilíbrio institucional entre Agentes de Governo, Agentes Públicos e Privados.

De acordo com o disposto nos contratos de concessão de transmissão, a SE Narandiba S.A. (“Narandiba” ou “Companhia”) está autorizada a cobrar a Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (TUST). Essas tarifas são reajustadas anualmente na mesma data em que ocorrem os reajustes das Receitas Anuais Permitidas (RAP) das concessionárias de transmissão. Esse período tarifário inicia-se em 1º de julho do ano de publicação das tarifas até 30 de junho do ano subsequente.

O serviço de transporte de grandes quantidades de energia elétrica por longas distâncias, no Brasil, é feito utilizando-se de uma rede de linhas de transmissão e subestações em tensão igual ou superior a 230 kV, denominada Rede Básica. Qualquer agente do setor elétrico, que produza ou consuma energia elétrica tem direito à utilização desta Rede, como também o consumidor, atendidas certas exigências técnicas e legais. Este é o chamado Livre Acesso, assegurado em Lei e garantido pela ANEEL.

A operação e administração da Rede Básica é atribuição do ONS, pessoa jurídica de direito privado, autorizado do Poder Concedente, regulado e fiscalizado pela ANEEL, e integrado pelos titulares de geração, transmissão, distribuição e também pelos consumidores com conexão direta à rede básica. O ONS tem a responsabilidade de gerenciar o despacho de energia elétrica das usinas em condições otimizadas, envolvendo o uso dos reservatórios das hidrelétricas e o combustível das termelétricas do sistema interligado nacional.

2. Contexto operacional e concessões

A SE NARANDIBA S.A. (“SE Narandiba” ou “Companhia”) é uma sociedade anônima de capital fechado, constituída em 18 de agosto de 2008 com o propósito de reforçar o suprimento de energia para a Região Metropolitana de Salvador por meio de uma subestação de energia com concessão obtida em leilão de transmissão realizado em 03 de outubro de 2008. A subestação entrou em operação comercial em junho de 2011 e o contrato de concessão de transmissão n° 004/2009 ANEEL foi outorgado em 28 de janeiro de 2009 com vigência de 30 anos. Além deste Contrato, a Companhia sagrou-se vencedora dos Leilões 06/2011 (realizado em 16/12/2011) e 05/2012 (realizado em 06/06/2012), cujos objetos correspondem às Subestações de Extremoz II e Brumado II, respectivamente.

As instalações do Contrato de Concessão 009/2012, assinado em 10/05/2012, referente à Subestação Extremoz II, iniciaram a operação comercial julho de 2015. Já as instalações do Contrato de

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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Concessão nº 023/2012, assinado em 27/08/2012, referente à Subestação Brumado II, iniciaram a operação comercial em setembro de 2014.

Além deste reforço, encontra-se em operação comercial desde o dia 15 de maio de 2016 o 5o bay da SE Extremoz II 69 kV, construído para atender ao Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Destacamos que a RAP para esta instalação será definida no próximo ciclo tarifário e terá seu valor publicado em julho de 2017, retroativo à data de início da operação comercial.

3. Base de preparação e apresentação das Demonstrações Contábeis Regulatórias

As Demonstrações Contábeis para fins regulatórios foram preparadas de acordo com as normas, procedimentos e diretrizes emitidos pelo Órgão Regulador e conforme as políticas contábeis estabelecidas na declaração de práticas contábeis.

Essas demonstrações foram preparadas em consonância com as orientações emitidas pelo Órgão Regulador para demonstrações contábeis regulatórias. As demonstrações contábeis para fins regulatórios são separadas tomando por base as demonstrações financeiras estatutárias societárias da outorgada. Há diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e a base de preparação das informações previstas nas demonstrações para fins regulatórios, uma vez que as Instruções Contábeis para fins Regulatórios especificam um tratamento ou divulgação alternativos em certos aspectos. Quando as Instruções Contábeis Regulatórias não tratam de uma questão contábil de forma específica, faz-se necessário seguir as práticas contábeis adotadas no Brasil. As informações financeiras distintas das informações preparadas totalmente em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil podem não representar necessariamente uma visão verdadeira e adequada do desempenho financeiro ou posição financeira e patrimonial de uma empresa apresentar diferença de valores pelas aplicações diferenciadas de algumas normas contábeis societária e regulatória, estas diferenças estão explicadas em notas explicativas, para melhor entendimento do leitor, conforme apresentado nas demonstrações contábeis preparadas de acordo com estas práticas.

A Administração da Companhia autorizou a conclusão da elaboração destas demonstrações contábeis regulatórias em 27 de abril de 2017, as quais estão expressas em milhares de reais, exceto quando indicado o contrário.

4. Principais Práticas Contábeis

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão definidas abaixo:

4.1. Práticas Contábeis Gerais

a. Moeda funcional e de apresentação

As demonstrações contábeis regulatórias estão apresentadas em milhares de Reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia.

b. Apuração do resultado

O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência.

c. Análise do valor de recuperação dos ativos

A Administração da Companhia revisa anualmente o valor contábil líquido dos seus ativos com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável.

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015, não foi identificada necessidade de reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável.

d. Imposto de renda e contribuição social

As despesas de imposto de renda e contribuição social são calculadas e registradas conforme legislação vigente. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto para os casos em que estiverem diretamente relacionados a itens registrados diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.

São apurados com base no lucro presumido mediante a aplicação das alíquotas de 15% acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável excedente a R$ 240 para o imposto de renda e 9% para a contribuição social incidente sobre os percentuais de 8% para imposto de renda e 12% para a contribuição social sobre a receita bruta auferida no período de apuração, conforme determinado pela legislação tributária em vigor.

O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber/compensar esperado sobre o lucro ou prejuízo tributável do exercício.

O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

e. PIS e COFINS

O PIS e a COFINS incidem sobre a receita de disponibilização do sistema de transmissão – Rede Básica. O recolhimento de tais tributos ocorre de acordo com a suas atividades em operação e de acordo com o efetivo faturamento da RAP.

f. Instrumentos financeiros

A Companhia classifica seus ativos e passivos financeiros, no reconhecimento inicial, de acordo com as seguintes categorias:

Ativos financeiros

• Ativos financeiros a valor justo por meio do resultado: são apresentados no balanço patrimonial a valor justo, com os correspondentes ganhos ou perdas reconhecidas na demonstração do resultado.

• Empréstimos e recebíveis: são ativos financeiros não derivativos, com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. Após a mensuração inicial, esses ativos financeiros são contabilizados ao custo amortizado, utilizando o método de juros efetivos, menos perda por redução ao valor recuperável.

Passivos financeiros

Os passivos financeiros da Companhia incluem contas a pagar a fornecedores, outras contas a pagar e empréstimos e financiamentos.

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Após reconhecimento inicial, empréstimos e financiamentos sujeitos a juros são mensurados pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros e os ajustes decorrentes da aplicação do método são reconhecidos no resultado como despesas financeiras.

g. Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários e investimentos de curto prazo em operações compromissadas.

Para que um investimento de curto prazo seja qualificado como equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar sujeito a um insignificante risco de mudança de valor.

h. Demais ativos circulantes e não circulantes

São apresentados pelo seu valor líquido de realização.

Provisões são constituídas por valores considerados de improvável realização dos ativos na data dos balanços patrimoniais.

i. Passivos circulantes e não circulantes

São demonstradas pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e/ou cambiais incorridas até a data do balanço, quando aplicáveis.

j. Dividendos

O estatuto da Companhia estabelece um dividendo mínimo obrigatório equivalente a 25% do lucro líquido do exercício apurado com base nas demonstrações financeiras societárias da Companhia, ajustado pela constituição de reserva legal.

4.2. Práticas contábeis específicas regulatórias

As práticas contábeis utilizadas são as mesmas adotadas nas Demonstrações Contábeis societárias apresentados na nota explicativa nº 2.1, exceto quanto ao que se estabelece abaixo:

Imobilizado em serviço: Registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados conforme legislação vigente. As taxas anuais de depreciação estão determinadas nas tabelas anexas à Resolução vigente emitida pelo Órgão Regulador.

O valor residual é determinado considerando a premissa de existência de indenização de parcela não amortizada de bens pela taxa de depreciação regulatória e o prazo de vigência da outorga (concessão, permissão e/ou autorização). O valor residual de um ativo pode aumentar ou diminuir em eventuais processos de revisão das taxas de depreciação regulatória.

O resultado na alienação ou na retirada de um item do ativo imobilizado é determinado pela diferença entre o valor da venda e o saldo contábil do ativo e é reconhecido no resultado do exercício.

Imobilizado em curso: Os gastos de administração central capitalizáveis são apropriados, mensalmente, às imobilizações em bases proporcionais. A alocação dos dispêndios diretos com

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

30

pessoal mais os serviços de terceiros é prevista no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico. Estes custos são recuperados por meio do mecanismo de tarifas e preços.

A Outorgada agrega mensalmente ao custo de aquisição do imobilizado em curso os juros, as variações monetárias e cambiais, e demais encargos financeiros incorridos sobre empréstimos e financiamentos diretamente atribuídos à aquisição ou constituição de ativo qualificável considerando os seguintes critérios para capitalização: (a) período de capitalização correspondente à fase de construção do ativo imobilizado, sendo encerrado quando o item do imobilizado encontra-se disponível para utilização; (b) utilização da taxa média ponderada dos empréstimos vigentes na data da capitalização; (c) o montante dos juros, as variações monetárias e cambiais, e demais encargos financeiros capitalizados mensalmente não excedem o valor das despesas de juros apuradas no período de capitalização; e (d) os juros, as variações monetárias e cambiais e demais encargos financeiros capitalizados são depreciados considerando os mesmos critérios e vida útil determinada para o item do imobilizado ao qual foram incorporados.

Intangível: Registrado ao custo de aquisição ou realização. A amortização, quando for o caso, é calculada pelo método linear.

Os encargos financeiros, juros e atualizações monetárias incorridos, relativos a financiamentos obtidos de terceiros vinculados ao intangível em andamento, são apropriados às imobilizações intangíveis em curso durante o período de construção do intangível.

Reconhecimento de receita: A receita operacional do curso normal das atividades da Outorgada é medida pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A receita operacional é reconhecida quando existe evidência convincente de que os riscos e benefícios mais significativos foram transferidos para o comprador, de que for provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a entidade, de que os custos associados possam ser estimados de maneira confiável, e de que o valor da receita operacional possa ser mensurado de maneira confiável.

5. Caixa e equivalentes de caixa

As contas a receber estão apresentadas líquidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa “PCLD”, quando aplicável, e reconhecida em valor considerado suficiente pela administração para cobrir as prováveis perdas na realização das contas a receber de consumidores e títulos a receber cuja recuperação é considerada improvável.

2016 2015 Caixa e depósitos bancários à vista 40 41 Fundos de investimento 1.743 4.558

1.783 4.599

Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras de curto prazo. São operações de alta liquidez, sem restrição de uso, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

A carteira de aplicações financeiras é constituída, principalmente, por Fundos de Investimentos restritos, (participação somente das empresas do Grupo Neoenergia).

6. Consumidores e Permissionárias

A Companhia registrou a provisão de crédito de liquidação duvidosa para os títulos com vencimentos superiores há 365 dias.

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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Até 60 dias Mais de 60 dias Até 90 dias De 91 a 180 dias De 181 a 360 diasEncargos de uso de rede elétrica 1.629 - 28 8 9 (9) 1.665 1.325 Total 1.629 - 28 8 9 (9) 1.665 1.325

20152016DescriçãoCorrente a vencer Corrente vencida

Provisão p/ Devedores Duvidosos

Valores correntes

7. Tributos Compensáveis

2016 2015 Circulante Imposto de renda - IR 43 83 Contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL 5 37 Programa de integração social - PIS 3 3 Contribuição para o financiamento da seguridade social - COFINS 15 15 Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS 210 210 Imposto sobre serviços - ISS 160 -Outros 72 -

508 348 Não circulante Imposto sobre circulação de mercadorias - ICMS 5.643 5.803 Total 6.151 6.151

8. Imobilizado e Intangível

A composição do imobilizado é como segue:

Ativo Imobilizado em Serviço Valor Bruto em 31/12/2015

Adições (A) Transferências (C) Valor Bruto em

31/12/2016 Adições Líquidas =

(A)+(C) Depreciação Acum.

Valor Líquido em 31/12/2016

Valor Líquido em 31/12/2015

Transmissão 105.070 - 1.839 106.909 1.839 (12.476) 94.433 96.061 Edificações, obras civis e benfeitorias 9.371 - 1.192 10.563 1.192 (2.064) 8.499 7.719 Máquinas e equipamentos 95.692 - 647 96.339 647 (10.410) 85.929 88.337 Móveis e utensílios 7 - - 7 - (2) 5 5 Subtotal 105.070 - 1.839 106.909 1.839 (12.476) 94.433 96.061

Ativo Imobilizado em Curso Valor Bruto em

31/12/2015 Adições (A) Transferências (C)

Valor Bruto em 31/12/2016

Adições Líquidas = (A)+(C)

Depreciação Acum. Valor Líquido em

31/12/2016 Valor Líquido em

31/12/2015

Transmissão 4.463 645 (1.839) 3.269 (1.194) - 3.269 4.463 Máquinas e equipamentos (8.757) 645 - (8.112) 645 - (8.112) (8.757) Outros 13.220 - (1.839) 11.381 (1.839) - 11.381 13.220 Subtotal 4.463 645 (1.839) 3.269 (1.194) - 3.269 4.463

Total do Ativo Imobilizado 109.533 645 - 110.178 645 (12.476) 97.702 100.524

A composição do intangível é como segue:

Intangível - R$ MilValor Bruto em

31/12/2015Valor Bruto em

31/12/2016Amortização

Acum.Valor Líquido em

31/12/2016Valor Líquido em

31/12/2015

Ativo Intangível em ServiçoTransmissão 2 2 (2) - - Softwares 2 2 (2) - - Subtotal 2 2 (2) - -

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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2015

Taxas anuaismédias de

depreciação (%)Bruto

Depreciação eAmortizaçãoAcumulada

Valor líquido Valor líquido

Em serviçoTransmissão 106.909 (12.476) 94.433 96.061

Custo histórico 4,02 106.909 (12.476) 94.433 96.061 106.909 (12.476) 94.433 96.061

Em cursoTransmissão 3.269 - 3.269 4.463

3.269 - 3.269 4.463 110.178 (12.476) 97.702 100.524

2016

As principais taxas anuais de depreciação por macroatividade, de acordo com a Resolução ANEEL nº 474 de 2012, são as seguintes:

Taxas anuais de depreciação

TransmissãoCondutor do sistema 2,70Equipamento geral 6,25Estrutura do sistema 3,13Religadores 4,00

(%)

De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto nº 41.019 de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica são vinculados a estes serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. O ato normativo que regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concede autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto das alienações seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na concessão.

As adições (pelo critério de valor) ao imobilizado em serviço no exercício foram:

valores

1. Transformador de corrente 749 2. Chave seccionadora 554 3. Painel de proteção 261 4. Disjuntor 69 kv 200 5. Estrutura suporte para equipamento 51 6. Pára-raio 24

Descrição do bem

Não ocorreram baixas do imobilizado em serviço no exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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9. Empréstimos e financiamentos

Juros de Principal Principal + Saldo Adim- Data Captação Tipo de Indexador Spread Data Próximo Freqüência Data Próxima Vencimento Freqüência SistemáticaCurto PrazoCurto Prazo Juros LP Total plente? / Repactuação Garantia ou Juros % a.a. Pgto Juros Pgto Juros Amortização Final de Amortiz. Amortização 2018 2019 2020 2021 2022+ Total

Financ. / Emprést. Moeda Estrangeira - - - - - - - - - Outros (somar as demais) - - Financ. / Emprést. Moeda Nacional 5.563 12.166 32.209 49.938 12.188 10.522 5.693 1.718 2.088 32.209 SE Narandiba - FINAME - BB/BNDES 34 4.859 12.552 17.445 Sim jun-10 Outras 4,50% 15/02/17 Outro, especificar em obs. 15/02/17 15/07/20 Mensal SAC 4.859 4.859 2.834 - - 12.552 Extremoz II - FINAME - BB/BNDES 5 682 3.468 4.155 Sim dez-12 Outras 2,50% 15/02/17 Mensal 15/02/17 15/01/23 Mensal SAC 682 682 682 682 740 3.468 Brumado II - FINAME - BB/BNDES 5 801 4.007 4.813 Sim dez-12 Outras 2,50% 15/02/17 Mensal 15/02/17 15/12/22 Mensal SAC 801 802 801 801 802 4.007 Financiamento LP - Banco IBM 3.172 2.270 5.699 11.141 Sim mar-14 Outras CDI CDI + 0,26% a.a. 27/03/17 Semestral 27/03/17 26/03/20 Semestral Price 2.279 2.279 1.141 - - 5.699 Financiamento LP - Banco IBM 2.343 3.319 4.997 10.659 Sim jan-15 Outras CDI CDI + 0.30% a.a. 26/07/17 Semestral 26/07/17 28/01/19 Semestral Price 3.332 1.665 - - - 4.997 Financiamento LP - Ampliação e Extremoz II 4 235 1.486 1.725 Sim jun-14 Outras 2,5% a.a. 15/02/17 Mensal 15/02/17 15/04/24 Mensal SAC 235 235 235 235 546 1.486

INSTITUIÇÃO / LINHA CREDORA

Saldo Total

1.703 1.703

Caixa e Aplicações Financeiras Saldo Final de Caixa - Conta 111

INSTITUIÇÃO / LINHA DEVEDORA

Juros de Principal Principal + Total TotalCurto Prazo Curto Prazo Juros LP 2016 2015

Dívida Bruta 5.563 12.166 32.209 49.938 60.324 Financ. / Emprést. Moeda Nacional 5.563 12.166 32.209 49.938 60.324 Ativos Financeiros - (1.703) - (1.703) (4.599) Alta Liquidez - (1.703) - - - Dívida Líquida 5.563 10.463 32.209 48.235 55.725

RESUMO

10. Dividendos e juros sobre o capital próprio

A Assembleia dos Acionistas aprovou as destinações dos lucros da seguinte forma:

Valor mil por ação

Deliberação Provento Valor deliberado ON 2016 AGO de 28 de abril de 2016 Dividendos 868 0,0168895

2015

AGO de 27 de abril de 2015 Dividendos 7.670 0,0497649

De acordo com o previsto no estatuto social da Companhia, o dividendo mínimo obrigatório é de 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária.

A base de cálculo para os dividendos mínimos obrigatórios é como segue:

2016 2015 Lucro líquido do exercício societário 6.045 3.653Constituição da reserva legal (5%) (302) (183)Base de cálculo dos dividendos 5.743 3.470Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 1.436 868

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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A formação dos saldos de dividendos a pagar é como segue:

Saldo em 31 de dezembro de 2014 13.609Dividendos e juros sobre o capital próprio: Declarados 8.538 Pagos no exercício (2.763)Saldo em 31 de dezembro de 2015 19.384Dividendos e juros sobre o capital próprio: Declarados 1.436Saldo em 31 de dezembro de 2016 20.820

11. Patrimônio Líquido

Em 23/06/2016, os acionistas da Companhia aprovaram o aumento de capital no montante de R$ 3.000 o qual foi integralizado em espécie na mesma data. Desta forma, o capital social subscrito e integralizado da Companhia em 31 de dezembro de 2016 passou a ser de R$ 54.375 (2015 – R$ 51.375), dividido em 54.375.000 em 2016 (2015 - 51.375.000) ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, integralmente detidas pela Neoenergia S.A.

Reserva legal

A reserva legal é calculada com base em 5% de seu lucro líquido conforme previsto na legislação em vigor, limitada a 20% do capital social.

Reserva especial de dividendos não distribuídos

De acordo com o parágrafo 5º do art. 202 da Lei nº 6.404/76, a Administração da Companhia está propondo “ad referendum” a Assembleia dos Acionistas a constituição de reserva especial de dividendos não distribuídos no montante de R$ 4.306.

12. Receita Operacional líquida

Ref. 2016 2015

Receita operacionalReceita de transmissão – Rede Básica (a) 14.039 12.275

Deduções à receita

PIS/COFINS (511) (452) RGR – Reserva Global de Reversão (286) (218)TFSEE – Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica (48) (24) P&D – Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética (131) (115)

(976) (809)13.063 11.466

(a) Receita operacional

A receita de transmissão – Rede Básica é relacionada à construção, operação e manutenção sob o Contrato de Concessão nº 004/2009 – Linha de Transmissão e são reconhecidas no período no qual os serviços são prestados.

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13. Custos Gerenciáveis – Parcela “B”

2016 2015

Custo / Despesas Custos dos

serviços Despesas gerais e

administrativas Total Total Material (143) - (143) (61)Serviços de terceiros (1.837) (138) (1.975) (1.733)Arrendamentos e aluguéis (6) (2) (8) (23)Tributos (44) - (44) (20)Depreciação (3.467) - (3.467) (2.902)Outros (122) - (122) (138)Total custos / despesas (5.619) (140) (5.759) (4.877)

14. Resultado financeiro

Receita Financeira 2016 2015Renda de aplicações financeiras 222 963Juros e encargos sobre contas de energia em atraso 4 -Total 226 963

Despesa FinanceiraEncargos de dívida (1.917) (5.683)

Outras despesas financeiras (2.527)

(99)

Total (4.444) (5.782)

Resultado Financeiro Líquido (4.218) (4.819)

15. Saldos e transações com partes relacionadas

A Companhia mantém operações comerciais com partes relacionadas pertencentes ao mesmo grupo econômico, cujos saldos e natureza das transações estão demonstrados a seguir:

Ativo Passivo Resultado

Ref. 2016 2015 2016 2015 2016 2015

ITAPEBI - - - - 4 4COELBA 1.037 806 - - 8.116 8.590CELPE 2 2 - - 20 19COSERN 380 295 - - 3.253 1.074ENERGÉTICA ÁGUAS DA PEDRA 1 - - - 7 6TERMOPERNAMBUCO 1 1 - - 8 6NEOENERGIA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO (a) - - 114 349 (1.135) (1.102)COMPANHIA HIDROELÉTRICA TELESPIRES 6 - - - 61 -BAGUARI - - - - 1 -

1.427 1.104 114 349 10.335 8.597Controladores NEOENERGIA S.A. (b) - - 20.820 19.384 - -BANCO DO BRASIL S.A. (c) 2.025 26 - - - -

2.025 26 20.820 19.384 - -

TOTAL 3.452 1.130 20.934 19.733 10.335 8.597

CIRCULANTE 1.427 1.104 20.934 19.733 - -NÃO CIRCULANTE 2.025 26 - - - -

(a) Cobrança referente aos contratos de operação e manutenção das usinas. (b) Dividendos a pagar. (c) Aplicação financeira Fundo de Investimento Restrito (BB Polo 28).

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15.1. Aplicações em fundo de investimento BB Polo 28

A Companhia aplica parte de seus recursos financeiros no Fundo BB Polo 28, fundo este restrito as empresas do Grupo Neoenergia, que tem como objetivo investir em ativos financeiros e/ou modalidades operacionais de renda fixa que busquem acompanhar as variações das taxas de juros praticadas no mercado de depósitos interbancários – CDI e que sejam adequados à política de aplicações de recursos da Companhia.

Em 31 de dezembro de 2016, parte dos ativos do Fundo BB Polo 28 são representados por debêntures emitidas por empresas do próprio Grupo.

15.2. Remuneração da administração

Em 31 de dezembro de 2016 e 2015 não houve remuneração dos administradores da Companhia.

16. Gestão de risco financeiro

a) Considerações gerais e de políticas financeiras

A gestão dos riscos financeiros da Companhia segue o proposto em sua política financeira, aprovada pelo Conselho de Administração, e demais normativos.

O monitoramento dos riscos é feito através de uma gestão de controles que tem como objetivo o acompanhamento contínuo das operações contratadas e do cumprimento dos limites de risco aprovados.

b) Gestão de capital

A Companhia administra seu capital com o objetivo de salvaguardar a continuidade de seus negócios no longo prazo, oferecendo retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas e buscando manter uma estrutura ótima de capital que reduza seu custo de capital.

Sempre que necessário para adequar sua estrutura de capital, a Administração pode propor a revisão da política de pagamento de dividendos, a devolução de capital aos acionistas, a emissão de novas ações ou ainda a venda de ativos, dentre outras ações de adequação de estrutura de capital.

c) Gestão de risco de mercado

Risco de taxas de juros e índice de preços

Este risco é oriundo da possibilidade da Companhia vir a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que afetem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado ou as aplicações financeiras. A Companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de contratação de proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas.

d) Gestão de risco de liquidez

O risco de liquidez é caracterizado pela possibilidade das Companhias não honrarem com seus compromissos no vencimento. A política financeira adotada pelo Grupo busca constantemente a mitigação do risco de liquidez, tendo como principais pontos o alongamento de prazos dos empréstimos e financiamentos, desconcentração de vencimentos e diversificação de instrumentos

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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financeiros. O permanente monitoramento do fluxo de caixa permite a identificação de eventuais necessidades de captação de recursos, com a antecedência necessária para a estruturação e escolha das melhores fontes.

Havendo sobras de caixa são realizadas aplicações financeiras para os recursos excedentes com base na política de crédito do Grupo Neoenergia, com o objetivo de preservar a liquidez e mitigar o risco de crédito (atribuído ao rating das instituições financeiras). As aplicações são concentradas em fundos exclusivos para as empresas do Grupo e têm como diretriz alocar ao máximo os recursos em ativos com liquidez diária.

Em 31 de dezembro 2016, a Companhia mantinha um total de aplicações no curto prazo de R$ 1.783, sendo R$ 1.743 em fundos exclusivos.

A tabela abaixo demonstra o valor total dos fluxos de obrigações monetizáveis, por faixa de vencimento, correspondente ao período remanescente contratual.

2016

Valor contábil

Fluxo de caixa

contratual total

2017

2018 2019 2020 2021 Acima de 5

anos Passivos financeiros não Derivativos:

Empréstimos e financiamentos

49.938 100.468 15.370 15.953 13.819 6.996 1.816 46.512

Fornecedores 187 187 187 - - - - -

e) Gestão de risco de crédito

O risco de crédito surge da possibilidade da Companhia incorrer em perdas devido ao não cumprimento de obrigações e compromissos pelas contrapartes. Risco de crédito junto a contrapartes comerciais

Para as operações oriundas da atividade de transmissão existem limitações impostas pelo ambiente regulado, onde cabe a esse agente determinar alguns processos operacionais e administrativos, dentre eles, políticas de cobrança e mitigação dos riscos de crédito de seus participantes.

Risco de crédito junto a instituições financeiras

Para as operações envolvendo caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários, a Companhia segue as disposições da política de crédito do Grupo que tem como objetivo a mitigação do risco através da diversificação junto às instituições financeiras e a utilização de instituições financeiras com boa qualidade de crédito. É realizado ainda o acompanhamento periódico da exposição com cada contraparte e de sua qualidade de crédito.

A seguir demonstramos a exposição total de crédito detida em ativos financeiros. Os montantes estão demonstrados em sua integralidade sem considerar nenhum saldo de provisão de redução para recuperabilidade do ativo.

2016 2015Mensurados pelo valor justo por meio do resultado Caixa e equivalentes de caixa 1.783 4.599 Títulos e valores mobiliários 281 26Empréstimos e recebíveis Concessionárias e permissionárias 1.674 1.334

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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f) Análise de sensibilidade

A análise a seguir estima o valor potencial dos instrumentos em cenários hipotéticos de stress dos principais fatores de risco de mercado que impactam cada uma das posições, mantendo-se todas as outras variáveis constantes.

• Cenário Provável: Foram projetados os rendimentos para o período seguinte, considerando os saldos e as taxas de juros vigentes ao final do período.

• Cenário II: Esta projeção foi reduzida em 25% em relação ao cenário provável.

• Cenário III: Esta projeção foi reduzida em 50% em relação ao cenário provável.

A tabela abaixo demonstra a perda (ganho) devido a variação das taxas de juros que poderá ser reconhecida no resultado da Companhia no exercício seguinte, caso ocorra um dos cenários apresentados abaixo:

R$ Mil

Operação Indexador Risco Taxa no período Saldo

Cenário Provável Cenário (II)

Cenário (III)

ATIVOS FINANCEIROS Aplicações financeiras em CDI CDI Queda do CDI 13,6% 2.024 67 51 35

g) Estimativa a Valor justo

O quadro a seguir apresenta os valores contábil e justo dos instrumentos financeiros da Companhia em 31 de dezembro de 2016 e 2015:

2016 2015 Contábil Valor Justo Contábil Valor Justo

Ativo financeiros (Circulante / Não circulante)

Empréstimos e recebíveis 125.107 125.107 1.325 1.325Concessionárias e permissionárias 1.665 1.665 1.325 1.325

Mensurados pelo valor justo por meio do resultado 2.064 2.064 4.625 4.625Caixa e equivalentes de caixa 1.783 1.783 4.599 4.599Títulos e valores mobiliários 281 281 26 26

Passivo financeiros (Circulante / Não circulante)

Mensurado pelo custo amortizado 50.125 50.125 60.825 60.825Fornecedores 187 187 501 501Empréstimos e financiamentos 49.938 49.938 60.324 60.324

A Administração da Companhia entende que valor justo de contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte dos seus vencimentos no curto prazo, já está refletido em seu valor contábil. Assim como para os títulos e valores mobiliários classificados como mantidos até o vencimento. Nesse caso a Companhia entende que o seu valor justo é similar ao valor contábil registrado, pois estes têm taxas de juros indexadas à curva DI (Depósitos Interfinanceiros) que reflete as variações das condições de mercado.

Para os passivos financeiros classificados e mensurados ao custo amortizado a metodologia utilizada é a de taxas de juros efetiva. Essas operações são bilaterais e não possuem mercado ativo nem outra fonte similar com condições comparáveis as já apresentadas que possam ser parâmetro a

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determinação de seus valores justos. Dessa forma, o Grupo entende que os valores contábeis refletem o valor justo da operação.

Os ativos financeiros classificados como mensurados a valor justo estão, em sua maioria, aplicados em fundos restritos, dessa forma o valor justo está refletido no valor da cota do fundo.

Para os passivos financeiros (empréstimos) classificados como mensurados a valor justo, a Companhia mensura o valor justo através do valor presente dos fluxos projetados considerando características contratuais de cada operação.

Hierarquia de valor justo

A tabela a seguir apresenta os instrumentos financeiros classificados como mensurados a valor justo por meio do resultado, de acordo com o nível de mensuração de cada um, considerando a seguinte classificação:

• Nível 1 - Preços negociados (sem ajustes) em mercados ativos para ativos idênticos ou passivos. • Nível 2 - Inputs diferentes dos preços negociados em mercados ativos incluídos no Nível 1 que são

observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (como preços) ou indiretamente (derivados dos preços).

• Nível 3 - Inputs para o ativo ou passivo que não são baseados em variáveis observáveis de mercado (inputs não observáveis).

2016Nível 1 Nível 2 Total

Ativos Ativos financeiros Mantidos para negociação Caixa e equivalentes de caixa 40 1.743 1.783 Títulos e valores mobiliários - 281 281

17. Seguros

A Companhia tem a política de manter cobertura de seguros em montante adequado para cobrir possíveis riscos com sinistros, segundo a avaliação da Administração.

A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros, de acordo com os corretores de seguros contratados pela Companhia está demonstrado a seguir:

2016

Riscos Data da vigência Importância Prêmio (R$)

Responsabilidade Civil Geral - Operações 08/10/2016 a 08/10/2017 50.000 8Risco Operacional - Substações e Usinas 08/10/2016 a 08/10/2017 127.175 90

Os seguros da Companhia são contratados conforme as respectivas políticas de gerenciamento de riscos e seguros vigentes.

18. Conciliação do Balanço Patrimonial Regulatório e Societário

Para fins estatutários, a Companhia seguiu as práticas contábeis adotadas no Brasil para a contabilização e elaboração das Demonstrações Financeiras Societárias, sendo que para fins regulatórios, a Companhia seguiu a regulamentação regulatória, determinada pelo Órgão Regulador

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e apresentada no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE), aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL por meio da Resolução Normativa n° 605, de 11 de março de 2014. Dessa forma, uma vez que há diferenças entre as práticas contábeis adotadas no Brasil e as regulatórias, faz-se necessária a apresentação da reconciliação das informações apresentadas seguindo as práticas regulatórias com as informações contábeis apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Nota Regulatório Ajustes Societário Regulatório Ajustes SocietárioAtivosAtivo circulante 4.006 (12.476) 16.482 6.295 (13.079) 19.374 Caixa e equivalentes de caixa 1.783 - 1.783 4.599 - 4.599 Concessionárias e permissionárias 1.665 - 1.665 1.325 - 1.325 Tributos compensáveis 508 - 508 348 - 348 Títulos e valores mobiliários 23 - 23 - - - Ativo financeiro da concessão 19.1 - (12.476) 12.476 - (13.079) 13.079 Outros ativos circulantes 27 - 27 23 - 23

Ativo não circulante 103.603 (16.232) 119.835 106.353 (10.705) 117.058 Títulos e valores mobiliários 258 - 258 - - - Tributos compensáveis 5.643 - 5.643 5.803 5.803 Ativo financeiro da concessão 19.1 - (113.934) 113.934 - (111.229) 111.229 Outros ativos não circulantes 26 - 26 Imobilizado 19.2 97.702 97.702 - 100.524 100.524 -

Total do ativo 107.609 (28.708) 136.317 112.648 (23.784) 136.432

PassivoPassivo circulante 39.696 - 39.696 33.889 - 33.889 Fornecedores 187 - 187 501 - 501 Empréstimos e financiamentos 17.729 - 17.729 13.141 - 13.141 Obrigações sociais e trabalhistasBenefício pós-empregoTributos a pagar 810 - 810 771 - 771 Provisão para litígiosDividendos declarados e juros sobre capital próprio 20.820 - 20.820 19.384 - 19.384 Encargos setoriais 115 - 115 81 81 Outros passivos circulantes 35 - 35 11 - 11

Passivo não circulante 32.244 1.478 33.722 47.253 - 47.253 Empréstimos e financiamentos 32.209 - 32.209 47.183 - 47.183 Encargos setoriais 35 - 35 60 - 60 Tributos diferidos - 1.478 1.478 - - - Outros passivos não circulantes - - - 10 - 10

Total do passivo 71.940 1.478 73.418 81.142 - 81.142

Patrimônio líquidoCapital social 54.375 - 54.375 51.375 - 51.375 Reservas de lucros 8.524 - 8.524 3.915 - 3.915 Lucros ou Prejuízos Acumulados (27.230) (27.230) - (23.784) (23.784) -

Total do patrimônio líquido 35.669 (27.230) 62.899 31.506 (23.784) 55.290 Total do passivo e do patrimônio líquido 107.609 (25.752) 136.317 112.648 (23.784) 136.432

20152016

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Nota Regulatório Ajustes Societário Regulatório Ajustes Societário

Operações em continuidadeReceita / Ingresso 14.039 (2.101) 16.140 12.275 (3.365) 15.640 Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição 14.039 7.996 6.043 12.275 10.011 2.264 Outras receitas vinculadas 18.3.3 - (9.452) 9.452 - (9.673) 9.673 Receita de Construção 18.3.2 - (645) 645 - (3.703) 3.703

Tributos (511) - (511) (452) - (452) PIS (91) - (91) (80) - (80) Cofins (420) - (420) (372) - (372)

Encargos - Parcela "A" (465) - (465) (357) - (357) Pesquisa e Desenvolvimento - P&D (131) - (131) (115) - (115) Reserva Global de Reversão - RGR (286) - (286) (218) - (218) Taxa de fiscalização (48) - (48) (24) - (24)

Receita líquida 13.063 (2.101) 15.164 11.466 (3.365) 14.831

Custos não gerenciáveis - Parcela "A" - 645 (645) - 3.703 (3.703) Custo de Construção 18.3.2 - 645 (645) - 3.703 (3.703)

Resultado antes dos custos gerenciáveis 13.063 (1.456) 14.519 11.466 338 11.128 Custos gerenciáveis - Parcela "B" (5.759) (3.467) (2.292) (4.877) (2.902) (1.975) Entidade de previdência privadaMaterial (143) - (143) (61) - (61) Serviços de terceiros (1.975) - (1.975) (1.733) - (1.733) Arrendamento e aluguéis (8) - (8) (23) - (23) Provisões - - - - - - Tributos (44) - (44) (20) - (20) Depreciação e amortização 18.2.1 (3.467) (3.467) - (2.902) (2.902) - Outras Gastos Operacionais (122) - (122) (138) - (138) Resultado da Atividade 7.304 (4.923) 12.227 6.589 (2.564) 9.153 Equivalência patrimonialResultado Financeiro (4.218) - (4.218) (4.819) - (4.819) Despesas financeiras (4.444) - (4.444) (5.782) - (5.782) Receitas financeiras 226 - 226 963 - 963 Lucro antes dos impostos sobre o lucro 3.086 (4.923) 8.009 1.770 (2.564) 4.334 Despesa com impostos sobre os lucros (487) 1.478 (1.965) (681) - (681)

Lucro líquido do exercício 2.599 (3.445) 6.044 1.089 (2.564) 3.653 Lucro por ação 0,05 0,02

2016 2015

18.1. Ativos financeiros da concessão

As diferenças identificadas entre o ativo imobilizado societário e regulatório são decorrentes da aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços.

Estes lançamentos na contabilidade societária foram realizados em atendimento ao disposto na ICPC 01 –Contratos de Concessão, mas que para fins de contabilidade regulatória tais práticas não são adotadas e desta forma, apresenta-se ajustes nesta conciliação de saldos contábeis societários e regulatórios.

18.2. Imobilizado e Intangível

Os ajustes são decorrentes das diferenças identificadas entre o ativo imobilizado societário e regulatório são decorrentes da aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços.

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Os contratos de transmissão determinam quais os serviços e quem serão os usuários (geradores, distribuidoras, consumidores livres, exportadores e importadores). O concessionário é remunerada através da chamada RAP – Receita anual permitida, que já é definida no contrato, assim o preço não tem relação com a utilização e, sim com a disponibilização da infraestrutura. O modelo a ser utilizado para os contratos de concessão de transmissão nas demonstrações contábeis societárias é o reconhecimento de apenas o ativo financeiro, representando um direito incondicional de receber um valor determinável e assegurado, a RAP, remuneração desta já definida no contrato. Um dos pontos essenciais para tal conclusão vem da ausência de risco de demanda. Mesmo os fluxos de caixa vindo dos usuários (TUST) e não do poder concedente, não altera o direito incondicional de receber um valor determinável, o método de pagamento é apenas uma questão de formalidade. O ativo intangível não é reconhecido pois a concessionária não tem direito de cobrar pelo uso da infra-estrutura, e sim, é remunerada pela disponibilização da infraestrutura. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado substituído pelo ativo financeiro.

18.2.1. Depreciação

A depreciação é calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro – UC, conforme determina Resolução ANEEL nº. 367/2009. As taxas anuais estão determinadas na tabela anexa às Resoluções ANEEL nº 02, de 24 de dezembro de 1997, e nº 44, de 17 de março de 1999, e art. 9º da Resolução ANEEL nº 367, de 2 de junho de 2009.

Os ajustes são decorrentes das formas de reconhecimento nos saldos societários pela aplicação do ICPC 01 como Ativo Financeiro e regulatório pela Resolução Normativa ANEEL nº 396, como Ativo Imobilizado. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado é classificado como ativo financeiro da concessão não havendo contabilização de depreciação.

18.3. Efeitos de contabilização de contratos de concessão (ICPC 01)

Os ajustes são decorrentes da capitalização de gastos como ativos com aderência às disposições contidas no CPC 27, que estabelece os critérios de reconhecimento de ativo imobilizado.

18.3.1. Ativo financeiro

Os ajustes são decorrentes de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado foi classificado como ativo financeiro da concessão.

18.3.2. Receita e Custo de construção (resultado)

Os ajustes são decorrentes de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. A partir da adoção desse procedimento a Companhia contabiliza receitas e custos relativos a serviços de construção ou melhoria da infraestrutura utilizada na prestação dos serviços de transmissão de energia elétrica. A margem de construção adotada é estabelecida como sendo igual a zero. Mensalmente, a totalidade das adições efetuadas ao ativo financeiro em curso é transferida para o resultado, como custo de construção, após dedução dos recursos provenientes do ingresso de obrigações especiais.

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em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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18.3.3. Remuneração do ativo financeiro (resultado)

Os ajustes são decorrentes de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. A partir da adoção desse procedimento a Companhia contabiliza a parcela referente a recebíveis, junto ao poder concedente, que incondicionalmente pela construção, disponibilização e entrega de rede de transmissão, tem de entregar, direta ou indiretamente, caixa ou equivalentes de caixa. Esses valores são mensurados pelo método de fluxos de caixa futuros estimados de tarifas (RAP), descontados pela taxa interna de retorno do projeto.

18.4. Conciliação do patrimônio líquido societário e regulatório

2016 2015Saldos no início do exercício 62.899 55.290 Efeito dos ajustes entre contabilidade societária versus regulatória (27.230) (23.784) Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) (126.410) (124.308) Depreciação 97.702 100.524 Tributos sobre as diferenças de práticas contábeis 1.478 - Saldos no fim do exercício 35.669 31.506

Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) - Os ajustes são decorrentes de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado classificado como ativo financeiro da concessão. O valor reconhecido do ativo financeiro, suas estimativas de fluxos de caixas futuros e taxas efetivas de juros, são revisados anualmente, a cada data base de reajuste anual pelo IGPM

Depreciação - Os ajustes são decorrentes de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado é classificado como ativo financeiro da concessão não havendo contabilização de depreciação.

18.5. Conciliação do lucro líquido societário e regulatório 2016 2015

Lucro líquido conforme contabilidade societária 6.044 3.653 Efeito dos ajustes entre contabilidade societária versus regulatória (3.445) (2.564) Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) (1.456) 338 Depreciação (3.467) (2.902) Tributos sobre as diferenças de práticas contábeis 1.478 - Lucro líquido regulatório 2.599 1.089

Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) - o efeito é decorrente de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado classificado como ativo financeiro da concessão.

SE Narandiba S.A. Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Regulatórias dos Exercícios Findos

em 31 de dezembro de 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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Depreciação - o efeito é decorrente de aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) e OCPC 05 – Contratos de Concessão na contabilidade societária. Estas normas orientam os concessionários sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas e define os princípios gerais de reconhecimento e mensuração das obrigações e direitos relacionados aos contratos de concessão de serviços. A partir da adoção desse procedimento o ativo imobilizado é classificado como ativo financeiro da concessão não havendo depreciação.